AARTEDATOLERÂNCIA TextoOrganizadopor: Ir.`.GustavoMichelottiFleck–CIM264.547 LojaEquidadeeJustiça,2.336 FederadaaoGOBeJurisdicionadaaoGODF
1.-SobreaLiberdade:
Aliberdadedecomunicaç Aliberdadedecomunicaçãoepensamento ãoepensamentoéumadas éumadasbases bases da Maço Maçona nari ria, a, pois pois é a form forma a de expr expres essã são o e de dese desenv nvol olvi vime ment nto o filosófico. Contud Contudo, o,tal tal liberd liberdade ade surgiu surgiujunt junto o afra a frater ternida nidade, de, ousej ou seja, a, uma política de peso e contra-peso, pois a liberdade deve vir assen assenta tada da em respo responsa nsabi bili lida dade de de não não feri ferir r seu seu próxi próximo mo e, assim, assim, nãomacularaconvivênciaentreosIrmãos. Essa Essa libe liberd rdad ade e de comu comuni nica caçã ção o é ind indispe ispens nsáv ável el para para o desenvolvimentoeaampliaçãodoconhecimentocientífico,aspectode grande importância prática. Em primeiro lugar, ela deve ser assegur assegurada ada por lei. Mas asleisporsimesma asleispor simesmas snão não podemassegu podemassegurar rar a liberdadedeexpressão;paraquetodohomempossaexporsuasidéias sem ser ser puni puniddo, deve deve have haver r um espí espíri rito to de tole tolerâ rânc ncia ia em toda toda a população. Tal ideal de liberdade externa jamais poderá ser plenamente atingido, mas deve ser incansavelmente perseguido para que que o pensa pensame ment nto o cient científ ífic ico o e o pens pensam amen ento to filo filosó sófi fico, co, e criati criativo vo em geral,possam geral, possamavançar avançartanto tantoquanto quantopossível. possível. (SobreaLiberdade,Albert Einstein)
Além Além de Einst Einstein ein já ter ter menc mencion ionad ado o que a liber liberda dade de deve deve serpautadanaresponsabilidadedeumaatuaçãopositivaaoconvívio social,MachadodeAssisjádespontacomlimitações. Étransparenteomotivodestalinguagem;nãofoinegar-seo assinanteaopagamento,foinãoterlidoafolha.ALiberdadereconhece todasasliberdades,menosaliberdadedenãoleraLiberdade.Écomo algunstolerantesquetoleramtudo,menosodireitodenegarumpouco atolerânciadeles.Ohvaidadehumana!(AoAcaso-CrônicasdaSemana, Publ Public icad ado o origin original alme mente nte no Diári Diário o do Rio Rio de Jane Janeiro iro,, Rio Rio de Jane Janeiro iro,, de 12/06/1864a16/05/186 12/06/1864a16/05/1865.Texto-fo 5.Texto-fonte:ObraComplet nte:ObraCompleta,Machad a,MachadodeAssis, odeAssis, RiodeJaneiro:EdiçõesW.M.Jackson,1937.)
Portanto, o velho brocardo, mesmo que quanto ao vernáculo, ainda persiste: Liberdade sem responsabilidade é libertinagem. 2.-SobreoLimitedaLiberdade–AMoral:
O insti institut tuto o da mora moral l é uma uma das das chave chaves s para para a conv convivê ivênc ncia ia social. Defi Defini niti tiva vame ment nte e a mora moral l cons consis iste te em um sent sentim imen ento to de fazer e ser o melhor para a soc sociedade, como omo um todo, odo, e par para o
semelhante, individualmente. Desenvolver-se moralmente é polir a pedrabrutaafimdesetornarumcomponentedopilarsocial. Amelhordecisãoparaumindivíduoéumaatuaçãoemprol dasociedade,poisqueosucessodasociedaderefleteemumsucesso paratodaacivilizaçãonelacontida. Com esta simples constatação, a moral é a forma de um indivíduotomaramelhordecisãoemumcontextosocial. Então observa-se dois simples pontos de atenção: a interpretação do contexto social, que prescinde uma atuação do indivíduo, e a decisão interna do melhor posicionamento para a sociedade. São, na verdade, estes dois argumentos de partida os pontosprimais dedesenvolvimento maçônico,onde sãotidoscomo vastoscamposaptosasemeaduradeumfuturomelhoreumavanço social, pacífico, respeitador e subsistente, livre de conflitos e das amarrasdosvícioshumanos. Por esses dois caminhos segue-se a Libertação Maçônica, poislibertanossoespíritoparaentendertaisconceitos,aprenderque existemdiversasdecisõesasertomadasemcadamomentodenossas vidas e que existe uma gama considerável de detalhes que fazem parte do contexto determinador e que devem fazer parte das consideraçõesantesdadeliberaçãofinal. Do reconhecimento da própria ignorância nasce a necessidade de aprendizado, que com a tutela dos princípios e filosofiamaçônicoslevamo maçoma umaanálisemaisprofunda do queenvolvecadaumadassituaçõesdocotidianohumano. A Maçonaria parte do princípio de que todos os seres “maduros”, tidos estes como livres e de bons costumes antes do recebimentodaluz,sãobons,sãocorretoseestãodispostosauma excelenteatuaçãoindividualesocial. Otrabalhodemaçônicopodeseraferido,tendoseutraçado corrigido ou mesmo apenas angulado pela ação do Esquadro da Moral, e suas medidas, pelo Compasso,de forma a verificar se está sendo adequadamente executado de modo a conseguir alcançar o perfeitoesquadrinhamentoeserencaixado,oMaçom,àobrasocial comoumsustentáculodeseuspilares,deformaanãomaisouvir-seo barulhodasferramentasnaconstruçãodeTemplosàVirtude. Portanto, liberdade sem uma atuação moralmente responsávelsetornalibertinagemeagride,ofende,machuca,fere,os demaisIrmãoseconviventessociais. Não somos um simples agrupamento humano, mas sim seresemconvíviosocial.
3.-SobreaTolerância:
Este instituto, na Maçonaria, é verdadeiro princípio, pois traz a forma de se lidar com as advercidades existentes no pensamentofilosófico,ondedevemostoleraraopiniãocontrária,as desprovidas de conhecimento, bem como as que forçam sua existênciasemummaduroexame: De Sexto, a benevolência; o exemplo de casa regida pela tradição;aconcepçãodecomoviversegundoanatureza;agravidade nãoafetada;asolicitudeatentaparacomosamigos;atolerânciapara comosignoranteseparacomosqueopinamsemmaduroexame;aboa harmonia com todos, tanto que seu convívio agradava mais que qualquer blandícia, apesar de infundir, ao mesmo tempo, o máximo respeitoparacomsuapessoa;oatinarargutaemetodicamentecomas normas necessárias à vida e ordená-las; o jamais mostrar nem aparência de cólera ou qualquer outra emoção, mas ser ao mesmo tempo muito sereno e muito afetuoso; o elogiar sem espalha-fato; a erudiçãovastasemalarde. (MarcoAurélio–Meditações,Traduçãoenotas deJaimeBruna)
De toda a forma, ante várias definições, temos duas que valem a pena ser citadas. A primeira de um grande pensador da antiguidade, nosso Irmão, a segunda de outro grande pensador da atualidade. Aprimeira,Voltaire: TOLERÂNCIA Queéatolerância?Éoapanágiodahumanidade.Estamos todos empedernidos de debilidades e erros; perdoemo-nos reciprocamente nossas tolices, é a primeira lei da natureza. Que na bolsadeAmsterdã,deLondres,deSurataoudeBassorá,osguebros,os banianos, osjudeus,os mafomistas,os deícolaschins, osbrâmanes, os cristãos gregos, os cristãos romanos, os cristãos protestantes, os cristãosquakers façamsuas traficâncias juntos: eles não brigarão de punhal. Por que motivo, pois, nos esganamos quase sem interrupção desdeoprimeiroconcíliodeNicéia? É claro que todo indivíduo que persegue um homem, seu irmão,porquenãoédasuamesmaopinião,éummonstro.Istoestáfora de dúvidas. (Dicionário Filosófico, 1764, Voltaire, 1694-1778, Edição RidendoCastigatMores)
Asegunda,NorbertoBobbio: Tolerância. I.DEFINIÇÕES.—OprincípiodeTolerânciapreparaeem parteantecipaoprincípiodaliberdadepolíticae,emalgunsaspectos, transfere a teoria do laisser faire da política econômica para a atividadepolíticageral.Umdoscomponentesrelativistas,historicistas e pluralistas do pensamento liberal conduz ao reconhecimento de posições contrastantes dentro de um sistema conflituoso disciplinado por "regras de jogo" convencionadas. … Nesta acepção, a Tolerância significarenúnciaemimpediralgunsmalesjustificadapeloriscodeque
seforemimpedidosàforçasetornariampiores.ATolerânciaparacom osdissidenteséportantoaceitacomoummalnecessárioquandonãoé possívelreprimirodissenso,ou seja,ummalmenorquandoocustoda repressãoresultariaexcessivo.Éevidentequeemtalcasooconceitode Tolerânciaconstituiumgraupreparatóriodoprincípiodeliberdade:a Tolerânciainstitui,naverdade,umespaçodeliceidadeoupelomenos deimunidadenasdecisõesindividuais,masoqualificacomoconcessão revogávelenãoaindacomodireitoirrevogável."ApalavraTolerância —sustentavaMirabeauàAssembléiaNacionalfrancesa—meparece decertomodotirânica,umavezqueaautoridadequetolerapoderia também não tolerar"; e lord Stanhope na Câmara alta britânica: "houvetempoemqueosdissidentesinvocavamaTolerânciacomouma graça;hoje,osmesmosainvocamcomoumdireito,masviráumdiaem queadesdenharãocomouminsulto". (Bobbio, Norberto, Dicionário de política-Brasília:EditoraUniversidadedeBrasília,1laed.,1998.)
De todo o modo, a tolerância parte do princípio de que todososhomenssãobonspornatureza,queseusatosjungidospor algumaformadeerro,sãonaverdadetentativasdeacerto. Separadosporalgunsséculos,oImperadorMarcoAurélio: Afinal, o que é que te aflige? Os vícios da humanidade? Lembra-tedadoutrinaquedizquetodososseresracionaissãocriados unsparaosoutros;queatolerânciaépartedajustiça;equeoshomens não são malfeitores intencionais. (Marco Aurélio – Meditações. Versão portuguesa baseada na tradução inglesa do original, com o título Meditations,deMaxwellStaniforth,EdiçãodaPenguinBooks)
EMonteiroLobato: Grande serviço, pois, prestam aos povos esses homens beneméritos que trabalham na difusão da literatura alheia em seus próprios países. Estão a preparar os preciosos coxins de veludo, amortecedores dos choques. Criam a compreensão e a tolerância. Demonstram, com a exibição de documentos humanos, que somos iguais,todosfilhosdomesmomacacoque rachou acabeçaaocairdo pau.(NaAntevéspera:ReaçõesMentaisdumIngênuo-MonteiroLobato) Atolerânciaé,pois,umaferramentaparaatuarquandoum Irmão apresenta uma opinião diferente da que nos é mais afeta, mesmoquedesprovidadeconhecimentooueivadadeardor. 960.Paraossabeus,veranotadoversículo62da2ºSurata; o versículo 72, da 5º Surata, também se refere a eles. Em ambas as passagensosmuçulmanossãomencionados,juntamentecomosjudeus, oscristãoseossabeus,recebendoaproteçãoeamisericórdiadeDeus. Aqui, além as quatro religiões, há uma menção mais consistente aos Magos e aos Politeístas; não é dito que eles deverão receber a MisericórdiadeDeus,mastão-somentequeDeusjulgaráentreasvárias formas de fé. A adição dos politeístas - aqueles que juntam deuses a Deus-podeparecerumpoucosurpreendedora.Porém,aargumentação é que todas as formas de fé que são sinceras (e não meramente contumazes) são assuntos em que nós, como homens, não podemos interferir. Nosso dever é sermos tolerantes, dentro dos limites da
tolerância-istoé,desdequenãohajaopressão,injustiçaeperseguição. Quandopudermoscorrigirumerroóbvio,énossodevertratardefazêlo;contudo,seriaerradodanossapartequerermosalvoroçar-nos,sem poder nem autoridade, simplesmente porque as outras pessoas não acatamonossopontodevista. (OAlcorãoSagrado.Tradução,introdução eanotaçõesdeSamirElHayek)
DaientãosurgeagrandeimagemdequeaTolerânciadeve prevalecerafimdeproporcionarumaaçãodentrodoentendimento demoralsociológica,ouseja,afimdeproporcionarumaatuaçãoque sejaamaiscorretaparaasociedadeenvolvidaenãosomenteparao indivíduo. Quando fez a distribuição, falou assim na presença dos taxiarcas,doslogagosedosoutrosaquemerafeita: —Amigos,agoratemosrazãoparanosdeixarmosdominar pela alegria, visto vivermos na abastança e podermos premiar as pessoas beneméritas. Mas não risquemos da memória, que procedimento foi o nosso, que nos granjeou estas prosperidades. Lembremo-nos que foram nossas vigílias, nossas fadigas, nossa agilidade,eonuncacederaoscontrários;ereflitamosqueosgrandes prazeres e grandes venturas só se alcançam com a obediência, tolerância,trabalhoseriscos .(Ciropedia-AeducaçãodeCiro-Xenofonte -430A.C.-352A.C.-TraduçãodeJoãoFélixPereira1822-1891)
Assim, em razão da fraternidade ser uma das características, senão a principal, que nos distingue como maçons, traz-seliçãoexcepcionaldeLuizCaramaschi: Com esta larga visão, cessam todos os exclusivismos separatistase desamorosos,reinando,emseuslugaresaindulgência,a tolerância, únicas capazes de tornar viável a fraternidade universal. Dize-me,pois,comoéteuDeus,edir-te-eiqueméstu,ecomoéoteu universopessoal.(LuizCaramaschi–OHomem,oMundoeDeus) Anteoexplanado,tolerar,praticaratolerância,éabster-se de condenar e aprender a ser indulgente a fim de propagar a fraternidadeemdetrimentodeforçaroqueentendemossercorreto. Issosedeve,porqueafraternidadeéoprincípiomaioreéo mais frágil, desse modo a força de corrigir o erro SEMPRE pode trazermaisdanosdoqueacontinuidadenocaminho. Devemosaprender,comnossoserrosecomaexperiência dosmaisantigos: É a grande mudança e, se bem que possua seu segredo, condenou-se ela mesma a não revelá-lo jamais. Diz-nos: buscai, aprofundai,trabalhai,revolveioterreno:otesouroquevosprometoéo mesmoquefoiarecompensadosfilhosdolavradordafábula.Buscara verdadeécompreenderqueelanosescapae,então,aprendemosaser indulgentesparacomoserrosdosoutros.Daíemdiante,abster-nosemosdecondenar,praticandoatolerância,virtudeporexcelênciados Franco-Maçons.(OIdealIniciático–OswaldWirth)
Emfim,todoocuidadoépouco,poiso quesefereemuma ação forçada de imposição de nossos pensamentos(mesmo que certos) é um atentado contra o que nos distingue como Maçons: A FRATERNIDADE. Esses homens, reconhecidos bons, leais e probos, são obrigadosaevitarcomomaiorcuidadotudoaquiloqueosarriscariaa dividirem-se.É-lhesespecialmenteinterditoocasionarlitígiosquantoàs suasconvicçõesíntimas,tantoreligiosasquantopolíticas,suavirtude característicadevendoser,emtodasascoisas,aTOLERÂNCIA. Ora, para ser tolerante, é indispensável adquirir idéias amplas e elevar-se acima da estreiteza de todos os preconceitos. A Franco-Maçonaria esforça-se, em conseqüência, por emancipar os espíritos;aplica-se,emparticular,alibertá-losdoserrosquesustentam adesconfiançaeoódioentreoshomens.Estes,aseusolhos,nãodevem ser considerados senão em razão do valor efetivo que obtêm de suas qualidadesintelectuaisemorais,qualqueroutradistinçãodecrença,de raça, de nacionalidade, de fortuna, de classe ou de posição social devendoeclipsar-senoseiodasreuniõesmaçônicas. (OswaldWirth-A Franco-MaçonariaTornadaInteligívelaosseusAdeptos)
Meus Irmãos, conclamo-os a conviver em harmonia fraterna, conclamo-os a praticar a liberdade com moralidade e utilizar a ferramenta da tolerância para alcançar uma melhor egrégora,dentroeforadaLoja. GrandeseFraternosAbraços.