SQUERDA E O NOVO LEVIATÃ 1 A ESQUERDA E
Everaldo Leite2
A antevisão socialista moderna ainda não conseguiu superar velha lhas limitações, apontando como decorr decorrênc ência ia de suas suas estrat estratégi égias as soment somentee o caos, caos, o impraticável ou a estagnação socioeconômica. Mas cuidado, o cavalo só ““parece parece estar morto.
Há um estranhamento comum entre pessoas cujo conhecimento específico não está voltado para a política, quando ouvem que estamos às portas de algum tipo de socialismo. maioria acredita que as velhas ideol ideolog ogia iass da esqu esquer erda da ficar ficaram am esqu esquec ecid idas as no temp tempo, o, enfim enfim,, so! so! os destro"os do muro de #erlim. $e at% a &hina hoje % 'capitalista(, porque temer por uma nova onda de foice e martelo, de repressão e mis%ria) *uerra +ria foi vencida pelos americanos e o que so!rou daquilo foram resquícios e-ticos em lugares que faem pouca diferen"a, como &u!a e &oreia do /orte. 0 Hugo &háve) h, este % somente mais um populista que, porventura, está à !eira da morte. 1aí que para tais indivíduos ficou cada cada ve ve mais mais fáci fácill acei aceita tarr que que o prog progre ress ssoo civi civili lia att-ri rioo cami caminh nhaa u!licado no !ornal "pção, edi"ão 3456, de 37 a 26 de fevereiro de 2836. Everal Everaldo do Leite Leite % econo economi mista sta do &onselh &onselhoo de 1esenv 1esenvolv olvime imento nto do Estad Estadoo da $ecret $ecretari ariaa da 9nd:stria e &om%rcio de *oiás.
1 2
naturalmente para o Estado de !em;estar social, quando o capitalismo deverá o!edecer a regras que s- trarão !onan"a e satisfa"ão coletiva, sustenta!ilidade e justi"a social.
1e fato, num mundo repleto de ta!lets, apps e smartphones não eiste momento possível para que o cidadão comum reflita melhor so!re pro!lema 'tão d%mod%(. Eceto quando o pro!lema se tornar um pro!lemão, eigindo maior aten"ão. 0 que se pode perce!er % que o Estado de !em;estar social que essas criaturas t=m na imagina"ão não chega nem perto daquele que vem sendo formulado nas profundeas daquela outra por"ão da sociedade que está no poder, que circula pelo ou tem interesse acerca deste. 0 que ocorre realmente % que grande parte política do mundo está investindo !oa parcela do seu tempo para construir um novo arqu%tipo geopolítico que !uscará enquadrar muitos países em formatos mais ou menos socialistas, de modo a incorporar uma s%rie de modernos valores culturais, certeas políticas, cren"as econ>micas e consensos internacionais, so!retudo para a acomoda"ão espont?nea nos países das enormes corpora"@es p:!lico;privadas, das
inovadoras redes partidárias supranacionais e dos ocasionais novos !locos continentais. Aas, seguramente, essa conduta acima de tudo tem como desígnio garantir uma hegemonia de longo prao anticapitalista, de 'legítima( sujei"ão do mercado, cujo produto no final das contas su!stituirá o atual sistema por um colossal regime oligárquico de esquerda ao qual a sociedade deverá sua servidão.
si,
mas
intercam!iáveis
ideologicamente,
satisfaendo
respectivamente as !ases marista;clássica, socialista;fa!iana e a falso; BeCnesiana Dneoestruturalista ou neodesenvolvimentista. /as :ltimas d%cadas, alguns autores, como 1avid HoroFit, Gichard oe, eter &ollier, /icholas Hagger e o !rasileiro fil-sofo professor 0lavo de &arvalho, t=m destacado que tais projetos há muito a!andonaram a perspectiva te-rica para assumir a a"ão prática de uma nova ordem mundial. /os E, m%rica Latina e na chamada Eurásia, os movimentos neste sentido t=m deiado claro os contornos de uma geopolítica alternativa, de modo a faer interagir nos m:ltiplos discursos conceitos equivalentes e díspares, ora apoiando causas glo!alistas, ora motivos muito particulares. Aas o discernimento já pode ser possível na
inconfundível for"a como cada projeto atua em cada lugar, espelhando o pr-prio patamar de desenvolvimento dos mesmos, a pujan"a de suas institui"@es, da sua evolu"ão econ>mica e do seu caráter cultural. ara maior entendimento, destarte, improviso uma !reve eplica"ão so!re tais projetos, alguma análise pontual e suas limita"@es evidentes.
rimeiramente, em locais onde se reconhece uma fragilidade institucional e !aiíssimo nível cultural, como na Ieneuela, #olívia e outros países latino;americanos, t=m prevalecido o crescimento das ideias maristas clássicas para a forma"ão de um novo Estado, podendo;se de antemão dier que este deve ser considerado o mais incisivo, com implica"@es realmente inquietantes para os indivíduos. ara come"ar, Jarl Aar D3K3K;3KK6, o autor de '0 &apital(, acreditava que os fins não deveriam ser !uscados 'no Estado -timo, no Estado que atingiu a perfei"ão, mas sim na nega"ão, no t%rmino, na etin"ão, na desapari"ão do Estado(, como ep@e o fil-sofo militante /or!erto #o!!io D3484; 288, que igualmente adverte que, para Aar, o Estado nunca foi o reino da raão, mas sim da for"a, nem do !em comum e sim do interesse parcialM al%m disso, que este nunca teve como finalidade o !em;estar de todos, mas sim dos que det=m o poderM caracteriando qualquer Estado como uma ditadura e considerando relevante somente a questão de quem
governa N seja !urguesia ou proletariado N e não de como o governa. 0ra, quando um novo Estado esquerdista tem Aar como par?metro, terá como regra, novamente, uma assom!rosa antidemocracia, moldada pela ditadura do proletariado, quando uma minoria convertida em classe oligárquica governante passará a se lam!uar nas furnas do poder e na desordem, sendo muito difícil acreditar que, quando vitoriosos, esta!elecerão um regime que não escancare vasta chance à maldade. Gesultado finalO caos.
segunda concep"ão de Estado da esquerda, chamada de fa!ianista Dos socialistas, apesar do nome gen%rico, não estão todos na trilha marista, como se pensa, vem sendo idealiada inequivocamente em países desenvolvidos, especialmente agora nos E e em alguns países europeus e asiáticos, como registra 0lavo de &arvalho, citando;se como uma de suas refer=ncias mais sá!ias o pensamento do fil-sofo #ertrand Gussell D3K72;3478, que, a despeito de sua estimável intelig=ncia, defendia um tipo de socialismo glo!al onde os Estados teriam condi"@es, em suas palavras, de realiar um 'ajustamento à produ"ão mec?nica(, sendo 'demandado por considera"@es de senso comum e calculado para aumentar a felicidade não apenas dos proletários, mas da totalidade da ra"a humana, com a ece"ão de uma ínfima minoria(. sua parte
econ>mica consistiria 'na propriedade estatal do máimo poder econ>mico, que a!arca, pelo menos, as terras e os minerais, os capitais, os !ancos, o cr%dito e o com%rcio eterior(, enquanto que a parte política eigiria 'que o máimo poder político( fosse democrático. 0 que parece difícil Dou impossível), neste caso, será realiar efetivamente tal ideia, já que o processo social e a mentalidade individual se mostram mais compleos na prática do que racionaliava o argucioso pensador. demais, apesar do seu humanismo em !usca da felicidade geral e do poder político democrático, não pegaria !em hoje numa sociedade civiliada, para a consolida"ão do moderno Estado de esquerda, a sua condescend=ncia a respeito de uma possível elimina"ão de pessoas D'ínfima minoria( que divergissem do novo regime. Gesultado finalO impratica!ilidade no longo prao.
or sua ve, o socialismo falso;BeCnesiano, idealiado e atualmente praticado por países em desenvolvimento, como o #rasil e a rgentina, compete antes nas raias esquerdistas na inten"ão de ser a salva"ão da ideologia ap-s uma d%cada e meia de li!eralismo, se apresentando como um modelo amparado em no"@es nacionalistas e neodesenvolvimentistas para o !em;estar, tendo como eio um Estado de propor"@es colossais, com total li!erdade para interven"@es drásticas e com a!soluta autoridade
so!re 'o que, quanto, como e para quem produir(, atendendo demandas que ele tam!%m intenciona controlar, seguindo em grande escala o par?metro apresentado pelo economista +ran"ois &hesnais N queridinho da esquerda alque!rada na d%cada de 3448 N, para o qual um Estado correspondente às aspira"@es socialistas modernas seria aquele dotado 'de institui"@es suficientemente fortes para impor ao capital privado disposi"@es de todo tipo e disciplinar o seu funcionamento(, que disponha de recursos que lhe permita 'tanto suprir as defici=ncias setoriais do investimento privado, como fortalecer a demanda(. P, portanto, o novo Leviatã da velha social;democracia europ%ia, mas com a face voltada para o marismo, um alvo que para eles não precisa ser acertado na mosca, ao menos no curto prao, mas que deve ser mantido como meta secreta enquanto se conclui uma revolu"ão cultural. Gesultado finalO a estagna"ão socioecon>mica.
Quase conclusãoO Enfim, o que se pode verificar % que a antevisão socialista moderna de Estado ainda não conseguiu superar velhas !arreiras e, por todos os modos eequíveis discorridos, apontam como decorr=ncia de suas estrat%gias somente o caos, o impraticável ou a estagna"ão socioecon>mica. $endo assim, porque tais estrat%gias persistiriam) rosseguirão at% onde puderem, porque para a esquerda os
meios interessam mais do que os fins.