A força da entrega e da gratidão realmente muda as coisas ao redor: de David Godman, tradutor de Ramana Maharshi
Publicado em 17 de dezembro de 2013 por Nando Pereira Uma história compartilhada por David Godman, um dos principais tradutores dos ensinamentos do sábio indiano Sri Ramana Maharshi (187!1"0#, trata da entrega do ser humano a uma $or%a superior ou mais ampla e dominante (do &ue si mesmo#, &ue tanto ele &uando 'amana se re$eriam como )eus*+ maioria de nós, ou todos nós, como diz -odman, n.o &ueremos saber disso at/ &ue o próimo rande problema ou tra/dia assole nossa ida, a paramos e pedimos (ou imploramos# para sabe-se-lá-o-que, uma $or%a maior, alo assim, pois ninu/m sabe direito &ue coisa pode ser, se / &ue há tal coisa+ 4as, na necessidade, apelamos ao último recurso+ 5alez se6a necessário, no entanto, um raciocnio simples e anterior se há realmente alo maior, dominante, na &ual estamos inseridos e somos parte, isso n.o poderia ser tratado como ltimo recurso para nossas próprias a%9es+ : teto abaio / a resposta de -odman para a seuinte perunta entrea a )eus ou a um uru / rara nos dias de ho6e+ 4as oc; mencionou &ue em sua ida $re&uentemente oc; simplesmente tinha &ue se entrear+ eue a resposta 5odos pensamos &ue estamos no controle de nossas idas, &ue somos responsáeis por nosso bem!estar e pelo bem!estar de &uem depende de nós+ Podemos reconhecer num nel teórico &ue )eus está no comando do mundo, &ue )eus $az tudo, mas isso n.o nos $az parar de plane6ar e es&uematizar e $azer+ lumas ezes, &uando encontramos alo &ue n.o podemos controlar ? uma crian%a pode estar morrendo de leucemia apesar de receber o melhor tratamento m/dico ? ent.o nos iramos para )eus e pedimos interen%.o diina+ @sso n.o / entrea, / apenas mais a%.o+ A buscar uma $onte etra &uando todas as tradicionais $alharam+ entrea / di$erente+ A reconhecer &ue )eus sustenta o mundo cada minuto de cada dia, &ue Ble n.o / somente um recurso etra, um deus e machina, &ue procuramos &uando precisamos+ entrea entrea n.o / pedir pedir &ue as coisas se6am se6am di$erentesC / a aceita%.o e a ratid.o ratid.o pelas coisas como s.o+ N.o / um estoicismo $also ou $or%ado, / a eperi;ncia de aleria na a%.o de )eus, &ual&uer &ue se6a ela+ Derca de 20 anos atrás eu li um liro crist.o chamado :briado, )eus*+ tese básica dele era &ue deeramos aradecer a )eus continuamente pela 6eito &ue as coisas est.o aora, e n.o pedir!Ehe &ue se6am di$erentes+ @sso sini$ica aradec;!Eo por todas as coisas terreis &ue est.o acontecendo em nossa ida, n.o apenas aradec;!Eo pelas pelas coisas boas &ue est.o em nosso caminho+ B isso n.o deeria ser apenas no nel erbal+ Precisamos nos manter dizendo :briado )eus* para nós mesmos at/ &ue realmente sintamos uma aura de ratid.o+ Fuando isso acontecer, há conse&u;ncias conse&u;ncias marcantes e inesperadas+ )eie!me dar um eemplo+ Gaia uma mulher neste liro cu6o marido era um alcóolatra+ Bla tinha oranizado reuni9es de ora%.o na irela local em &ue todos rezaam a )eus, pedindo!Ehe &ue este homem parasse de beber+ Nada aconteceu+ Bnt.o essa mulher ouiu $alar sobre o :briado )eus*+ Bla pensou, Hem, nada mais $uncionou+
marido um alcóolatra*, e continuou dizendo isso at/ &ue ela realmente come%ou a sentir ratid.o internamente+ Pouco tempo depois, o marido dela parou de beber por conta própria e nunca mais tocou no álcool de noo+ @sso / entrea+ N.o / dizer, )esculpe!me )eus, mas eu sei &ue melhor &ue entei e comecei a dizer, :briado por 4r I n.o $azer seu trabalho+ :briado por 4r J por tentar me trapacear na&uele neócio &ue $izemos*, e assim por diante+ Kiz isso por alumas horas at/ &ue $inalmente comecei a sentir uma sensa%.o $orte de ratid.o em dire%.o a essas pessoas+ Fuando a imaem delas apareceu na minha mente, n.o lembraa de todas as $rustra%9es &ue tinha iindo ao lidar com elas+ 5inha apenas uma imaem delas em minha mente &ue sentia ratid.o e aceita%.o+ Na manh. seuinte+ &uando $ui trabalhar, todas as pessoas estaa esperando por mim+ -eralmente, eu ia atrás delas e ouia &ual era a mais noa desculpa &ue tinham+ 5odas elas estaa sorrindo, e todas elas tinha $eito os trabalhos &ue eu estaa importunando durante dias para $azerem+ Koi um testemunho inacreditáel da $or%a da aceita%.o amorosa+ Domo &ual&uer um, ainda estou preso no mundo do $azer!$azer!$azer, mas &uando todos os meus $azeres e&uiocados produzem uma con$us.o irascel, tento larar minha cren%a &ue Bu* tenho &ue $azer alo para resoler esse problema, e come%o a aradecer a )eus pela baun%a &ue $iz por mim mesmo+ luns minutos disso eralmente / su$iciente para resoler o mais espinhoso dos problemas+ Fuando eu tinha 1L anos, $iz um curso de Mo+ primeira ez &ue me deram os controles, o planador se balan%ou todo por&ue eu estaa reaindo, ou eu deeria dizer eaerando minha rea%.o, a cada pe&uena $lutua%.o da má&uina+ Por $im, o instrutor peou os controles de mim e disse :bsere isso*+ Ble colocou o planador no nel Mo, colocou os controles na posi%.o central e ent.o soltou+ : planador oou sozinho, sem &ual&uer balan%o, sem &ue ninu/m estiesse com as m.os nos controles+ 5odas as minhas a%9es estaam na erdade inter$erindo com a habilidade natural do planador de oar sozinho+ ssim / a ida para todos nós+ Dontinuamos a pensar &ue temos &ue $azerO coisas, mas todas as nossas a%9es meramente causam problemas+ N.o estou dizendo &ue aprendi e tirar minhas m.os do controle da ida e deio )eus pilotar minha ida para mim, mas lembro de tudo isso, com uma aleria irMnica, &uando os problemas (auto!in$liidos, claro# aparecem do nada+ lumas semanas atrás, por eemplo, me encontrei no meio de uma drama editorial &ue parece ser essencialmente insolel+ Bra uma con$us.o tal &ue eu nem tentaa conersar com as pessoas enolidas+ Kui para o samadhi de >ri 'amana, colocou o manuscrito na $rente dele, e epli&uei o &ue tinha acontecido+ radeci!lhe pelo drama e disse, @sso / responsabilidade sua, n.o minha*+ 4eus olhos se $echaram &uando eu disse isso+ Fuando os abri, um elho amio estaa lá, me o$erecendo biscoitos de chocolate, alo &ue nunca tinha acontecido antes+ ceite!os como o$erenda a 'amana+ Na&uele dia mais tarde o problema $oi resolido em cinco minutos+ 5odos os protaonistas (&ue eram duros antaonistas at/ um dia atrás# se uniram e o trabalho $oi $inalizada amiaelmente em tempo recorde+* David Godman, na entreista Eiin the @nspiration o$ >ri 'amana 4aharshi*
2
Dontinua%.o em @nl;s
Maalok: think on hearing some of !our a"ove e#amples $all of %hich led to desira"le final outcomes& %e can perhaps %rongl! deduce that if %e %ant to get things done our %a! %e should adopt this trick of leaving things up to God' don(t think that(s %hat !ou meant' n the state !ou % ere descri"ing, one trul! doesn(t have a preference for things to % ork out one %a! or the other' s that true)
David Jes+ 5he state o$ bein rate$ul $or the QaR thins are is the oal+ @tSs not
a tricT to et Qhat Rou Qant+ @$ thins turn out Qell, thatSs 6ust a side e$$ect+ @tSs not the main purpose o$ surrender+ >urrender is an aim and a oal in itsel$+ Eet me read Rou a couple o$ ansQers that >ri 'amana ae to a deotee Qho Qas asTin about surrender+ 5heR Qere recorded in the 10s bR )eara6a 4udaliar in Day by Day with Bhagavan
*uestion )oes not total or complete surrender re&uire that one should not
hae le$t een the desire $or liberation or -od= Ans%er Domplete surrender does re&uire that Rou hae no desire o$ Rour oQn+
Jou must be satis$ied Qith Qhateer -od ies Rou and that means hain no desires o$ oneSs oQn+ *uestion NoQ that @ am satis$ied on that point, @ Qant to TnoQ Qhat the steps
are bR Qhich @ could achiee surrender+ Ans%er 5here are tQo QaRs+ :ne is looTin into the source o$ S@S and merin
into that source+ 5he other is the $eelin S@ am helpless bR mRsel$C -od alone is all poQer$ul and ecept bR throQin mRsel$ completelR on him, there is no other means o$ sa$etR $or me+S HR this method one raduallR deelops the coniction that -od alone eists and that the eo does not count+ Hoth methods lead to the same oal+ Domplete surrender is another name $or 6nana or liberation+
@n the $irst replR >ri 'amana ies the ansQer that true surrender is bein satis$ied Qith Qhateer -od ies Rou, Qithout hain anR desire $or Rour li$e to be anR di$$erent+ @n the second ansQer he eplains that one can approach this oal in a radual QaR+ @ thinT that >ri 'amana TneQ that no one could immediatelR ie up all thouhts, ideas, desires and responsibilities, so he encouraed deotees to do it in a radual QaR+ :ne can start on the path o$ surrender bR handin oer to -od some o$ the pettR responsibilities o$ li$e that Qe beliee are ours to sole+ Vhen Qe $eel that -od has done a ood 6ob Qith manain them, Qe hae more $aith in Gim and Qe are encouraed to hand 3
oer more and more o$ our li$e to Gim+ 5he stories that @ narrated earlier belon to this phase o$ surrender+ >ri 'amana occasionallR encouraed his deotees to ie him all their problems+ 5hat is to saR, to tell him about them, and then $oret about them+ :ne o$ his persistent imaes or metaphors Qas o$ a passener on a train Qho insists on carrRin his luae on his oQn head instead o$ puttin it on the $loor and relain+ 5he idea behind this is that -od is runnin the Qorld and looTin a$ter all its actiities and problems+ @$ Qe taTe some o$ these problems on our oQn heads, Qe 6ust in$lict unnecessarR su$$erin on ourseles+ >ri 'amana is tellin us that -od is driin the train that constitutes our li$e on this earth+ Ve can sit doQn and rela Qith the TnoQlede that he is taTin us to our destination, and not inter$ere, or Qe can imaine that Qe are responsible $or it all+ Ve can pace up and doQn the aisles o$ the train Qith 100lbs on our head i$ Qe Qant to+ @tSs our choice+ Vhen deotees surrendered their problems to >ri 'amana, it Qas the same as surrenderin them to -od+ 5heR Qere submittin to the same diine authoritR, surrenderin to a liin mani$estation o$ that same poQer+ Gere are some statements that >ri 'amana made on this sub6ect+ @ hae taTen them $rom a booT @ am currentlR QorTin on+ Bach sentence Qas oriinallR recorded bR 4uruanar in 5amil erse
1+ 4R deotees hae the &uali$ications to re6oice abundantlR, liTe children o$ an emperor+ 2+ bandon the drama Wo$ the QorldX and seeT the >el$ Qithin+ 'emainin Qithin, @ Qill protect Rou, WensurinX that no harm be$alls Rou+ 3+ @$ Rou in&uire and TnoQ me, the indQeller, in that state there Qill be no reason $or Rou to QorrR about the Qorld+ + Kor the cruel disease o$ burnin samsara to end, the correct reimen is to entrust all Rour burdens on me+ "+ @n order that Rour needless anieties cease, maTe sure that all Rour burdens are placed on me throuh the brae act o$ dependin totallR on race+ L+ @$ Rou completelR surrender all Rour responsibilities to me, @ Qill accept them as mine and manae them+ 7+ Vhen bearin the entire burden remains mR responsibilitR, QhR do Rou hae anR Qorries= 8+ Eon ao Rou o$$ered Rour bodR, possessions and soul to me, maTin them mine, so QhR do Rou still reard these thins as S@S and SmineS and associate Roursel$ Qith them= + >eeT mR race Qithin the Geart+ @ Qill drie aQaR Rour darTness and shoQ Rou the liht+ 5his is mR responsibilitR+ 4
5hese erses come $rom a sub!section @ hae entitled SHhaaanSs PromisesS+ Vhen people surrendered completelR to him, he Qas more than happR to manae their lies $or them+ Yust about eerRone discoered that Qhen she surrendered the burden o$ responsibilitR $or her li$e to >ri 'amana, problems diminished or Qent aQaR completelR+ 5he -uru is primarilR there to teach the truth, to bestoQ race on his disciples and to brin about the liberation o$ the mature souls Qho come to him+ Hut he also has this erR nice sideline o$ bein able to manae the a$$airs o$ his deotees much better than theR can+
5