A HISTÓRIA DA O.F.M.C.D.
Uma Ordem ou Loja de caráter puramente mágicka e mística foi fundada em 1840 em Munique por maçons que eram ricos industriais alemães e outros cidadãos bem situados financeiramente. A intenção da Ordem é trabalhar com o domínio sobre forças da natureza, deuses planetários, anjos e demônios, seres elementais, onde os membros são orientados a efetivar uma aliança com tais forças espirituais, para obter aumento da percepção, da influência, do poder e fortuna pessoal. Ao trazermos a tona a nossa Organização com seus textos, rituais e fatos, isto provocou, já na sua apresentação, um grande tumulto e perturbação. Mas este será o nosso fito, trazer a verdade à luz. Precisamos ter a consciência de toda a amplitude das ações ocultas. O fato disso não ser do interesse de diversas sociedades mágicas não é nosso problema. Estamos no início de um novo milênio. A Era de Aquário nos recebe e abraça a todos os sinceros estudantes do Oculto. Está na hora hora de acabarmos com as “falsas sociedades secretas ou discretas” e com os atos ditos herméticos, porém desprovidos de conhecimento ou verdade. É muito difícil para um membro de uma Ordem, que lá fica por anos a fio, para depois descobrir que não chegou a lugar algum. Ou ainda alguns que querem pompa e que deveriam mudar o nome de sua organização para “Sociedade dos Amigos do Bairro”, ou coisa parecida. A humanidade está crua e parece ainda nessa nova era querer fechar os olhos para verdade. A corrupção assola os governos do mundo. O homem tem seu livre arbítrio que lhe permite decidir qual é o melhor caminho, e precisa ter acesso à criação como um todo, e entender! Políticas secretas, sociedades veladas e lideranças mundiais ocultas devem continuar a doutrinar a humanidade escrava, porém, jamais os reis donos de sua vontade e destino. Nossa Ordem apresenta o ramo de uma irmandade secreta mágicomística em termos do conhecimento, porém, completa na totalidade de seu trabalho. Seremos testemunhas de rituais críticos, de um simbolismo profundo de iniciação e de chaves secretas de decifração. A Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada é um exemplo de uma assim chamada loja 99, mas ela não foi nem é a única. Existem muitas outras Ordens Secretas desse tipo, mas com objetivos diversos ou até mesmo perniciosos a humanidade. Algumas perseguem metas meramente de libertação de necessidades materiais, outras até política mundial, poucas, porém trabalham somente em sua própria evolução espiritual. Muitas dentre elas são marionetes de instâncias superiores, usadas por Poderes que as conduzem e dirigem. Essas irmandades secretas emanam uma fascinação peculiar. Elas trabalham e agem nos bastidores e parecem manter as rédeas. Geralmente elas são extremamente abastadas, de boa situação e possuem tudo o que poderiam desejar, do ponto de vista material. Mas o preço que se paga por isso é bem mais elevado do que eles mesmos poderiam ter consciência. Renunciam à própria vontade e destroem o poder das suas individualidades. Transformam-se em brinquedos das ações dos poderosos. Nossos ensinamentos não existem só para os membros, estes deverão ser também guias para os que estão do lado de fora. Para o “despertar” de uns e outros. Para fazê-los fazê-los reconhecer a semelhança de alguns procedimentos nas organizações. Vocês precisam reencontrar a liberdade de suas vontades e virar o espeto. Os tiranos
mundiais, os políticos corruptos, sejam eles ocultos ou não, não mais nos submeteremos, nós é que devemos submetê-los a nossa Vontade Mágica! A Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada é uma ordem mágica legendária e temida, que, um pouco distante dos objetivos da maçonaria regular, apesar de servir de uma forma muito peculiar aos ideais mais elevados de humanidade, representando a cura do lado obscuro das Organizações Esotéricas em geral, não tendo nada em comum comu m com seu modo de pensar. Os manuscritos da Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada foram mantidos em segredo por muitos anos, trancados em arquivos empoeirados, e não deveriam ser trazidos à luz do dia por pessoas fúteis ou tolas. Mas por obra do destino eles caíram em minhas mãos, e diante de mim se revelou um compêndio de sabedoria mágica, de grandes e desconhecidos rituais e sigilos críticos. Para mim, no mínimo um motivo a mais para prosseguir na revelação da verdade. Antes de entrar na história da Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada, quero mencionar ainda que a preocupação com o lado obscuro do poder, o assim chamado cerne negativo do espírito do homem, é no mínimo uma parte tão importante na própria evolução quanto o envolvimento com os aspectos luminosos. Toda moeda tem dois lados, e se faltasse um dos lados à moeda seria um objeto inútil. Aquele que não conhece seu próprio lado obscuro, e que pelo menos uma vez na vida não penetrou nas profundezas do abismo negro da própria alma, também não terá acesso à chave das esferas superiores do amor e da luz. Todos juntos, os irmãos da O.F.M.C.D. têm em média grandes talentos mágicos, que usados de forma equilibrada e dosada entre as forças da luz e das sombras, podem se tornar arautos e pontos de referência da magia ocidental. A liberação das necessidades materiais e a capacidade para os próprios desenvolvimentos espirituais é o que se espera do novo membro da O.F.M.C.D. Provavelmente todo o conjunto do material da Ordem estaria perdido para sempre, se não tivéssemos nos dado ao trabalho de explorar os documentos da Ordem e revive-los de forma sensata e segura. A O.F.M.C.D. foi fundada no ano de 1840 em Munique, como uma liga de homens, com pessoas da política e das altas finanças, assim como industriais e homens de negócios abastados. Todos deveriam ter, além da riqueza, um potencial mágico e esotérico excepcional. Devia ter conhecimentos e um grande patrimônio, possuir um cargo influente na vida pública e provar ter aptidões em diversas disciplinas mágicas. Muitos membros da O.F.M.C.D. eram maçons de graus elevados na maçonaria regular. Uma condição básica de aceitação era ser membro da maçonaria vermelha, assim como ter uma graduação elevada em alguma loja mágica reconhecida. Teriam existido ao todo 99 lojas diversas espalhadas pela terra, das quais supostamente Adolf Hitler quis saber, aplicando terríveis torturas a Franz Bardon. A tese de que o próprio Adolf Hitler teria sido membro da O.F.M.C.D. é falsa. Um simples boato. Como a O.F.M.C.D. perseguia suas próprias metas, não quis se submeter à Sociedade Thule, Thul e, jamais teria se ligado a ela. A Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada, uma Ordem poderosa, foi definitivamente abatida por uma máquina de poder ainda mais violenta, a do Terceiro Reich. Finalmente a Sociedade Thule, que na época manipulava todos os cordões mágicos, não aceitou um agrupamento paralelo, de ações independentes e metas próprias. A maioria dos irmãos de loja foi abatida como oficiais de alta patente do exército alemão, ou morta no bombardeio dos ataques
aéreos ingleses e americanos. Outros se ligaram aos aliados. O último grãomestre conhecido da Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada, que assumira a loja em 1934, foi levado, em 1940, ao campo de concentração em Buchenwald onde encontraria seu suposto fim na câmara de gás. Mas parece que algo deu errado. O posto de serviço da S.S. passou adiante o seu protocolo para o Departamento Superior de Segurança do Reich. Nesse protocolo se confirmava que depois da emissão de gases para execução do grão-mestre a câmara de gás foi encontrada vazia. Tudo indicava que o Grão Mestre se servira de seus poderes mágicos para sair ileso da câmara de gás. Dois anos depois do final da Segunda Guerra Mundial, portanto em 1947, oito irmãos se encontraram novamente em Munique, e fundaram novamente a Ordem Franco-maçônica da Centúria Dourada, no antigo local da loja do O.F.M.C.D.
A ORDEM FRANCO-MAÇÔNICA DA CENTÚRIA DOURADA NÃO PROMOVE OU INCENTIVA PRÁTICAS ILÍCITAS DE QUALQUER ESPÉCIE, NEM ADVOGA A FAVOR DA VIOLÊNCIA SEJA DA FORMA QUE SE APRESENTE, OU QUE POSSA FERIR AS LEIS ESTABELECIDAS PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL OU LEIS DE QUALQUER OUTRO PAÍS QUE ESTEJAMOS ESTABELECIDOS OU O USO DOS BONS COSTUMES. NOSSOS OBJETIVOS SÃO MERAMENTE SOCIAIS E CULTURAIS Todos os dias, os diretores da E.I.E. armados de sólidos conhecimentos Ocultos, começam a leitura de um novo possível Grimório a ser traduzido, dedilham um novo Curso, livro, palestra ou evento a ser realizado pela Escola. Em nossa didática pretendemos que os erros e impropriedades comuns em muitos materiais antigos, sejam suprimidos pelo crivo de quem ao largo de mais de 30 anos se envolveu com a teoria e prática dos mais diversos sistemas de magia em todo o mundo. Já, trazer uma nova Ordem para a sociedade é um trabalho metódico e minucioso. Ainda bem: se não existissem ocultistas providos da determinação - e se grandes Escolas Místicas como a E.I.E. não lhes dessem guarida, os ataques a “Verdade” certamente teriam pro vocado pro vocado estragos de dimensões ainda mais formidáveis. Felizmente, E.I.E CAMINHOS DA TRADIÇÃO e a O.'.F.'.M.'.C.'.D.'., a começar pelos colaboradores, está decididamente engajada na missão de levar aos estudantes, um trabalho irretocável tanto na forma quanto no conteúdo. E virtualmente impossível evitar que algum tipo mesquinho ou ganancioso se infiltre nos inúmeros trabalhos que propomos, tais como palestras e cursos. E como parte desse esforço, exigido também por força da Tradição que pertencemos, que a E.I.E decidiu implantar no Brasil a O.'.F.'.M.'.C.'.D.'., cuja tarefa agora é encontrar verdadeiros Irmãos com o perfil adequado para executar a tarefa de demonstrar a Verdade partindo do princípio da conquista interior e do despertar dos dons adormecidos e potencialidades inerentes a todos os seres humanos. Lutaremos sempre pela Verdade e pela justiça, perdoaremos nossos adversários, adversários, porém os venceremos antes. Esta Irmandade que vos apresentamos, ressalvamos desde logo, que ela não tem e nem terá semelhança alguma com determinadas Organizações que existem em outras paragens, aparentemente forjadas para a fabricação em série de pseudomísticos de proveta, robôs infensos a qualquer gênero de lealdade, igualdade e fraternidade. Existem algumas organizações que pretendem ser o Centro do Mundo, senão do próprio Universo. Têm-se a si próprias como Poder Moderador Absoluto e crêem poderem ditar regras para quaisquer outros que possam apontar-lhes seus erros ou pisarem em seus calos.
Estas Organizações, entretanto, não têm capacidade de auto-julgamento, sequer estabelecem regras para seus membros que adentram ao cenário político e se envolvem nas teias da corrupção. No Brasil deste início de milênio, sobretudo nas diversas Ordens e Fraternidades Iniciáticas, parecem efetivamente quixotescos os pseudo-iniciados que lá existem empenhados em defender sua fraca ideologia filosófica daquilo que consideram seus inumeráveis agressores, ou dedicados a impedir que aconteçam os espancamentos ao seu sistema. Na verdade temem que uma filosofia superior os deixem definitivamente prostrados. Assim, só mesmo os descendentes dessa estirpe pseudoiniciática esculpida por Cervantes se animariam a investir contra uma espécie de adversário que garantimos ser-lhes mais poderoso. A cada confronto parecemos esfumaçar-nos, porém ressurgiremos como a Fênix na manhã seguinte, desafiadoramente incólumes e ainda mais potentes e perigosos que dantes. Para Davi bastou um único e rápido tiro certeiro para acabar com Golias. Qualquer ocultista com alguma experiência sabe perfeitamente que um sistema iniciático sem erros configura uma terra prometida que jamais alcançaremos, se bem que podemos nos aprimorar para sermos impecáveis em nosso trabalho. Saibam que a O.F.M.C.D. não está aqui por acaso. Os corruptos serão nossos inimigos, assim como, todos aqueles que se voltarem contra a nação, através de atos ou atitudes desmerecedoras. Queremos que a Lei se cumpra em todos os níveis. Conhecemos plenamente os nossos direitos, assim como, o uso permissível de determinadas nomenclaturas que estejam em domínio público. Os Landmarks serão preservados, mas vale ressaltar que a Lei foi feita pelo homem, e o homem não foi feito pela lei. Velhos tabus dissonantes devem ser quebrados quando ferem a verdadeira Igualdade, Liberdade e Fraternidade de todos os seres humanos, sem distinção de raça, sexo, cor ou crença pessoal. A O.F.M.C.D. , de acordo com o Supremo Conselho da Centúria Dourada, é uma Potência Mista, ou seja, nossos membros podem ser homens e mulheres de bem, e que visem o seu aprimoramento interior assim como da Sociedade em que vivem como um todo. No Brasil, a liberdade de culto só foi aceita e legalizada após a proclamação da República, através do Decreto 119-A, de 1890, de autoria de Ruy Barbosa. E se tornou norma constitucional com a Constituição de 1891, que transformava, inclusive, o Brasil em um Estado laico, portanto, sem uma religião oficial definida por lei. Hoje a liberdade religiosa é algo amplamente difundido no ordenamento jurídico. Em nossa Constituição Federal podemos citar o artigo 5°: Artigo 5° - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: VI- é inviolável a liberdade de consciência de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII- é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII- ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; Além disso, estes direitos gozam da proteção que lhes é atribuída pelo Código Penal no artigo: Artigo 208. Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou pratica de culto religioso.
E ainda de acordo com o doutrinador Mirabete (1998, pg. 394) temos que: “Embora sejam admissíveis os debates, criticas ou polêmicas a respeito das religiões em seus aspectos teológicos, científicos, jurídicos, sociais ou filosóficos, não se permitem os extremos das zombarias, ultrajes ou vilipêndios aos crentes ou coisas religiosas.” Contudo, através do que pode ser observado acima, a liberdade religiosa é um direito que foi de difícil conquista e que deve ser feito observância a sua preservação em todo ato e processo jurídico. O SISTEMA DE GRADUAÇÃO DA O.F.M.C.D. O sistema de graduação da Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada tem uma hierarquia específica, mas não comparável com as sociedades secretas conhecidas, ou etapas mais profundas de conhecimento, como conseqüência de um processo. Tratava-se de uma simples divisão dos 99 irmãos de loja. Originalmente também não existiam graus específicos de mestre. Só na metade dos anos vinte cristalizaram-se os graus específicos de aprendiz, companheiro e mestre, celebrados com rituais próprios. Todos se situam praticamente no mesmo nível de conhecimento mágico. O sinal de um grau mais elevado é principalmente o tempo de permanência como membro da Ordem. O conhecimento básico sobre a estrutura e o segredo das evocações da loja é transmitido em parte na própria iniciação, em parte no próprio ritual. As exigências para o aprendiz, o companheiro e o mestre têm um caráter mais simbólico do que mediatório, e também não são vistas como uma hierarquização, mas simplesmente como pedras da construção do templo, guarnecidas de números e nomes. Isso também implica no importante aspecto da manutenção do segredo, para que nenhum forasteiro possa penetrar no nosso Templo. Naturalmente os graus e as senhas são utilizados como sinais e símbolos de identificação. O número de membros é sempre 99 , i.e., sempre 3 X 33 . 33 graus de aprendiz, 33 graus de companheiro, e 33 graus de mestre. Cada um dos 99 graus era conferido uma única vez. O 100º grau pertence ao egrégora protetor da loja. O grão mestre possui o 99º grau. Os graus de aprendiz variam de 1 a 33, os graus de companheiro de 34 a 66, e os graus de mestre de 67 a 99. ∴
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OS 33 GRAUS DE APRENDIZ Os detentores dos graus de aprendiz de 1 a 33 usam, em cerimoniais de lojas tradicionais, como também em reuniões de rotina, um terno preferencialmente preto com um avental e uma borda azul, assim como o anel da loja. Em rituais mágicos, elevações de graus mais altos e na missa solene os detentores de graus de aprendiz usam, além disso, um hábito azul. É permissível o uso de meias-máscaras azuis, i.e., tanto com o paletó quanto sob o hábito. OS 33 GRAUS DE COMPANHEIRO Os detentores de graus de companheiro de números 34 a 66 usavam em cerimônias de loja tradicionais, como também em reuniões de rotina, um terno preto com avental e borda vermelha. Adicionalmente usavam duas rosetas vermelhas, uma echarpe e um enfeite de pescoço. Em rituais mágicos, elevações de graus altos assim como na missa, usa-se uma túnica ou hábito negro e um cordão dourado. Sempre usamos meias-máscaras negras, i.e., tanto com o terno quanto sob o hábito. O GRAU DE GRÃO-MESTRE 99 Ao grão-mestre está reservado um hábito ou túnica dourada e uma meia-máscara dourada. São três graus na verdade, redistribuídos em 99 graus que correspondem as 10 Sephiroth ou esferas da Santa Cabala, a Daat - o abismo e os 22 caminhos. Os graus são: O grau do Aprendiz ou Homem da Terra, grau do Companheiro ou Amantes, e o grau de Mestre ou Eremitas. Cada Iniciação confere um único grau por vez. O Supremo Grão Mestre administra a Ordem como um todo e possui o 33º grau. Os graus de aprendiz variavam do 1º ao 11º, os graus de companheiro do 12º ao 22º, e os graus de mestre de 23º ao 33º. Os três graus correspondem também aos três estágios de manifestação do homem na terra. Daí temos a seguinte classificação:
Atração ao Sistema Solar (x3): 1) Aprendiz 2) Companheiro(a) 3) Mestre(a) Conduta de vida na Terra - Aprendizado sobre a Verdadeira Vontade: 4) Mestre(a) Secreto(a) 5) Mestre(a) Perfeito(a) 6) Secretário(a) Íntimo(a) ou Mestre(a) por Curiosidade Senhorio ou Senhoria da Terra (Morte) 7) Preboste e Juiz(a) ou Mestre(a) Irlandês(a) 8) Intendente dos Edifícios ou Mestre(a) em Israel 9) Cavaleiro ou Dama Eleito(a) dos Nove ou Mestre(a) Eleito(a) dos Nove Homem ou Mulher Livre 10) Cavaleiro ou Dama Eleito(a) dos Quinze ou Ilustre Eleito(a) dos Quinze 11) Sublime Cavaleiro ou Dama dos Doze ou Sublime Cavaleiro ou Dama Eleito(a) 12) Grã(o)-Mestre(a) Arquiteto(a) Escudeiro ou Escudeira 13) Cavaleiro ou Dama do Real Arco (de Enoch) 14) Grande Eleito(a) da Abóboda Sagrada de Jaime VI ou Grande Escocês(a) da Perfeição ou Grande Eleito(a) ou Antigo(a) Mestre(a) Perfeito(a) ou Sublime Maçom 15) Cavaleiro ou Dama do Oriente ou da Espada Cavaleiro ou Dama 16) Príncipe ou Princesa de Jerusalém (Grande Conselheiro) 17) Cavaleiro ou Dama do Oriente e do Ocidente 18) Cavaleiro ou Dama ou Soberano(a) Príncipe ou Princesa Rosa-Cruz Noviça ou Noviço - Guardião ou Guardiã Sentinela 19) Grande Pontífice ou Sublime Escocês(a) de Jerusalém Celeste 20) Soberano(a) Príncipe/Princesa da Maçonaria ou Mestre(a) "ad Vitam" ou Venerável Grã(o)Mestre(a) de todas as lojas 21) Cavaleiro ou Dama Prussiano ou Noaquita Diácono ou Diaconisa -Inspetor ou Inspetora - Arauto 22) Cavaleiro ou Dama Real Machado ou Príncipe/Princesa do Líbano 23) Chefe(a) do Tabernáculo 24) Príncipe/Princesa do Tabernáculo Sacerdote ou Sacerdotisa - Juiz ou Juíza 25) Cavaleiro ou Dama da Serpente De Bronze 26) Príncipe/Princesa da Mercê ou Escocês(a) Trinitário(a) 27) Grande Comendador(a) do Templo ou Soberano(a) Comendador(a) do Templo de Salomão Santo Rei ou Santa Rainha - Out Head of Order - Cabeças externas da Ordem são autorizados a desempenhar tarefas em âmbito externo da Ordem a que forem designados pelo Supervisor Geral. 28) Cavaleiro ou Dama do Sol ou Príncipe Adepto
29) Grande Cavaleiro ou Dama Escocês de Santo André da Escócia ou Patriarca dos Cruzados ou Grão-Mestre da Luz 30) Grande Inquisidor(a), Grande Eleito(a) Cavaleiro ou Dama Kadosh ou Cavaleiro ou Dama da Águia Branca e Negra Magus Magister 31) Grande Juiz(a) Comendador(a) ou Grande Inspetor(a) Inquisidor(a) Comendador(a) 32) Sublime Cavaleiro ou Dama do Real Segredo ou Soberano(a) Príncipe ou Princesa da Maçonaria 33) Soberano(a) Grande Imperator - Supervisor Geral ou Grão Mestre Geral. OS NÚMEROS SAGRADOS 9, 99 e 999. O 99 era o número sagrado mais importante da FOGC, e encontrou seu significado no mundo material. São exclusivamente 99 membros por Loja e 99 demônios protetores correspondentes. 99 também deve ser o número de lojas da FOGC espalhadas pelo mundo. O 9 resgata o seu significado original através da potência de 3, portanto 3x3 = 9. O três é o número máximo da perfeição, no cristianismo podemos encontrá-lo na trindade de pai, filho, e espírito santo. A trindade na criação perfeita de todas as coisas. Segundo Aristóteles, podemos encontrar tudo o que é espiritual e corporal na trindade. O três como símbolo de Alpha & Astron & Omega – o início, a estrela como símbolo do meio, e o fim. 38 O recinto se compõe de três grandezas: linha, superfície e corpos. Todo corpo tem três dimensões: comprimento, largura e altura. A lista de exemplos extrapolaria os limites desta página. Mas como último exemplo quero só apresentar o triângulo da franco-maçonaria regular. O triângulo simboliza os três reinos da natureza, i.e., do A B A W. No meio do triângulo aparece a letra G, de gnose, ou de gênese. A parte inferior do triângulo corresponde ao grau de aprendiz – é o reino mineral. O reino mineral como base do templo arquitetônico fundido por Tubalkain, o velho mestre e fundador. O segundo lado do triângulo corresponde ao reino vegetal – ao grau de companheiro – e está ligado ao símbolo da espiga de trigo – o schibboleth. Como último lado do triângulo perfeito encontramos o reino animal – o lado dos mestres como símbolo dos seres vivos – identificados através de Macbenak – o filho da decomposição. Partindo do número sagrado três, chegamos, através da potencialização com ele mesmo, ao número nove. Sobre o portal de entrada do templo da Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada encontramos a inscrição: “Lasciate ogni speranza voi qu’e entrate.” Essa frase foi extraída do 1º parágrafo da Divina Comédia. Aqui constatamos que o paraíso se compõe de oito círculos, aos quais se contrapõem nove anéis infernais. No Islão o Universo é constituído de nove esferas. A cabala fala de nove esferas celestes e nove ordens dos espíritos celestes. A nona Sefira na árvore da vida cabalística é YESOD. YESOD é a senda da “inteligência Pura”, ela cria o fundamento para o nível materialista MALKUTH. O nove, no sinal YESOD, cria um desejo sutil de sexualidade reveladora na matéria. O símbolo secreto do quadrado mágico da Lua é nove. Existe um mistério também no comprimento dos nove côvados do rei Og de Basan, que é um retrato do demônio. O 99 é o número ainda incompleto. Nos contos antigos árabes um herói chamado Schanfara jura matar cem inimigos, mas é atacado pelo 99º, porém consegue ferir mortalmente o 100º com sua própria lasca de osso. O número 99 , de membros, surgiu a partir dos 99 gênios daquela esfera que reveste o 100º gênio – o demônio da loja. O segredo do número 999 pode ser encontrado no número 666, que também foi definido por Aleister Crowley como o número do deslumbramento, da cegueira e da fascinação. As inteligências ocultas por trás da esfera do 99 revelaram aos irmãos da F.O.G.C. a forma espiritualizada do número 666 convertido ao número 999. Neste número 999 encontramos o caminho de volta, da matéria ao espírito. A O.F.M.C.D. tem um caráter bem distinto de outras organizações. Não é uma organização de massa. Ela é extremamente seletiva. A O.F.M.C.D. trabalha com monografias de estudo mensais, por download com acesso através de senha. São 08 Ritos anuais, O Trabalho é feito em Loja (Centúria). O
comparecimento é obrigatório e na impossibilidade de comparecimento o fato deverá ser formalmente justificado ao Mestre de Loja. A Ordem é dividida em Lojas ou Centúrias. As Lojas - Centúrias - são dirigidas pelo Mestre de Loja ou Mestre Centurião - ela é composta por no máximo 99 membros sendo um o demônio, um guardião ou egrégora que protege magicamente e materialmente a Loja. Além das filosofias tradicionais e herméticas (magia), estudamos Qabalah, Goetia, estudamos profundamente as fórmulas mágicas orientais tibetanas (Bönismo), o Panteão GrecoRomano (Magia Planetária) além da egrégora Luxferris - etc. A Ordem é assim dividida: um Mestre Centurião tem 10 Decuriões que se encarregam cada um de 9 Cavaleiros (irmãos ou frateres) ou Amazonas (irmãs ou sórores). Além disso, existem as Coortes ou Legiões (composta por seis lojas ou centúrias) (Diretor de Coorte) e Principados (Príncipes e Princesas ou Diretores de Principados que dirigem nove Coortes) que possuem seus diretores e o Imperator (Supervisor Geral) que dirige a Ordem como um todo. Nosso movimento é a nível mundial. A escolha de um mestre é feita no Mínimo por um diretor. Por outro lado, não aceitamos menores de 21 anos. Não aceitamos pedintes, O membro seja mulher ou homem, negro, branco, amarelo, não importa raça, precisa ter bom nível social. A Ordem ajuda em troca de trabalho e fidelidade, mas não é uma muleta. Nosso trabalho é discreto, não abrimos portais ou vórtices obscuros, não toleramos indisciplina. Há muita seriedade no que fazemos. O nosso sistema é rígido, bem estudado e dirigido. Nossos objetivos além do estudo místico são sociais e políticos.
CONSTITUIÇÃO CAPÍTULO I DA POSIÇÃO CONHECIDA E DESCONHECIDA E DAS ORGANIZAÇÕES QUE A COMPÕE: Art. 1.º: A ORDEM FRANCO-MAÇÔNICA DA CENTÚRIA DOURADA é uma organização não lucrativa, secreta, de duração ilimitada, a qual nunca revelará sua posição central no país. Isto protegerá os poucos membros do círculo secreto que tidos como Diretores. Nossas atividades, que cobrem o mundo inteiro, são de natureza FILOSÓFICA & RELIGIOSA. Nossa sociedade promove práticas e estudos filosóficos, científicos e esotéricos, bem como, atividades culturais, educacionais, recreativas, esportivas e do bem-estar geral. O Supervisor Geral ou Imperator presidirá a Sociedade em caráter vitalício. A O.F.M.C.D. é composta pela Ordem de Prometeus, Ordem Templária, Ordem de Melquisedec, Ordem Rosa+Cruz. CAPÍTULO II DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS. Art. 1.º: A ORDEM TEM DOIS PRINCÍPIOS BÁSICOS: Para promulgar os Ideais Filosóficos para a humanidade e conseqüentemente uma melhora nos padrões da vida, da liberdade, da luz e do amor, estabelecendo para humanidade uma dinastia espiritual superior a que vemos e uma hierarquia completamente dentro dos ditames cósmicos universais. Para reviver os ideais verdadeiramente nobres já a muito tempo esquecidos, formando uma nova dinastia de homens e mulheres irmanados que visam o amanhã melhor em todos os níveis, sejam eles, culturais, filosóficos e financeiros, primeiro voltadas a nossa pátria e depois para o resto do mundo. Reconhecer ADONAI – O G.A.D.U., como nosso DEUS SUPREMO e LUXFERRIS – como o Regente Planetário, o mais Poderoso que já existiu até então, sendo ele Prometeus o mensageiro do anciente deus Júpiter (Zeus). Buscar a
compreensão científica, religiosa e mágico-filosófica do Panteão Greco-Romano e seus sincretismos. Convém mencionar que tal Gnose sobrevive hoje num ambiente hostil de uma era ignorante. Ser os verdadeiros guardiões da nossa Grande Fraternidade estabelecendo o limiar do equilíbrio entre Luz e Trevas, da Paz e da Guerra espalhando o Amor de Ágape, atingindo a Harmonia Suprema. Art. 2.º: DO OBJETIVO DA SOCIEDADE A) Para promover as atividades necessárias à consecução dos seus princípios; B) Para buscar o aumento da dignidade e tolerância mútua entre todos os seres; C) Para estimular a organização das instituições e para vivificar todas as atividades congregadas com seus objetivos e seus princípios. PARA ATINGIR OS OBJETIVOS ACIMA ELA PODERÁ: a) Estabelecer apoio a entidades educacionais, hospitais, clubes, bibliotecas, e atividades similares; b) Promover recursos para o estudo através, das palestras, das conferências e dos seminários, das exibições de arte, de jogos esportivos, de edições literárias, e de outras formas de comunicação; c) criar lojas internas e organizações. CAPÍTULO III DOS MEMBROS ART. 4.º: Membros da sociedade são aqueles admitidos por ela, na forma explicada neste capítulo, independentemente do sexo, da raça, do status social ou da nacionalidade. DA ADMISSÃO: ART. 5º: A admissão dos membros será feita com a deliberação da diretoria e com o consentimento do Supervisor Geral; sendo que os seguintes requisitos deverão ser cumpridos para a aprovação dos candidatos: a) Maioridade absoluta com no mínimo 21 anos de idade. b) Assine a carta patente de membro e o juramento mágico em conjunto com a assinatura do Mestre Centurião de Loja, de acordo com os modelos fornecidos pelo supervisor geral; c) Possuir boa saúde física e mental; d) Possuir certa estabilidade social e financeira; DOS TIPOS DE MEMBROS ART. 6.º OS MEMBROS PODEM SER DOS SEGUINTES TIPOS: a) Membros (Frateres e Sórores) de Loja (Centúria) -- devem assinar a carta patente de membro e realizar o juramento mágico, de acordo com o modelo fornecido pelo supervisor geral, e seguir os deveres e os direitos lá contratados; b) Mestres de Loja (Centurião) -- devem assinar a carta patente de mestre, e o seu juramento mágico, de acordo com o modelo fornecido pelo supervisor geral, e seguir os deveres e os direitos lá contratados – o
Mestre Centurião supervisionará até 99 membros diretos devendo eleger até 10 Decuriões que serão responsáveis por 9 membros de sua Loja ou Centúria. c) Diretores de Coorte (Pretorianos) -- devem assinar a carta patente de mestre, e o seu juramento mágico, de acordo com o modelo fornecido pelo supervisor geral, e seguir os deveres e os direitos lá contratados – O Diretor Pretoriano supervisionará a Coorte que engloba 06 Lojas ou Centúrias; d) Diretores de Legião ou Principado (Príncipes e Princesas) devem assinar a carta patente de diretores, e o seu juramento mágico, de acordo com o modelo fornecido pelo supervisor geral, e seguir os deveres e os direitos lá contratados – Os Príncipes e Princesas supervisionarão até 10 Coortes ou 60 centúrias. 1. Os Membros (Frateres e Sórores) de Loja (Centúria) devem ser supervisionados pelos mestres de loja (Centuriões) que os recebem; 2. Os Mestres de Loja (Centuriões) devem ser supervisionados pelos diretores (Pretorianos – Praefectus Praetori) que os recebem. 3. Os Diretores de Coorte (Pretorianos) e Diretores de Legião (Príncipes e Princesas) -- devem assinar a carta patente de um diretório, de acordo com o modelo fornecido pelo Supervisor Geral (Imperator), e seguir os deveres e direitos desse modo contratados. e) Os membros de loja que têm talentos especiais podem ser atribuídos um dever especial, tal como um astrólogo ou um contabilista que trabalhará sob a autoridade do Supervisor Geral. ART. 7.º: Os Diretores de Coorte(Pretorianos) e de Legião (Príncipes e Princesas) devem ser supervisionados diretamente pelo supervisor geral ou representante nomeado pelo supervisor geral (Imperator) conforme o descrito no documento de forma legal. DIREITOS E DEVERES ART. 8.: É DO DEVER DOS MEMBROS E DOS MESTRES E DIRETORES EM GERAL: a) obedecer aos termos previstos em sua patente, de acordo com o modelo dado pelo supervisor geral; b) Aceitando tarefas, funções, ou serviços para a sociedade, para cumprir tais com probidade e zelo. ART. 9.º: Os direitos dos membros das lojas, dos mestres de loja são como definidos na carta patente assinada por eles; tal carta patente segue o modelo fornecido pelo supervisor geral. §1: Os membros serão munidos com cartões de identidade da sociedade para que suas famílias possam apreciar todas as facilidades sociais atribuídas pela sociedade. EXPULSÃO OU SUSPENSÃO ART. 10.º: Os membros de loja, dos mestres de loja e dos diretores podem ser excluídos somente pelo afastamento, ou através da suspensão, ou pela expulsão. 1: O Afastamento é efetuado por um pedido, nos termos da patente de letra; a pessoa que pede o afastamento não pode readmitida à sociedade exceto com a permissão expressa especial do supervisor geral. 2: A suspensão resulta do não-pagamento cumulativo de três mensalidades da Loja a que pertença; a readmissão segue após o pagamento das três ou mais mensalidades mais eventuais juros e correções legais.
3: Resultados de expulsão infringir regras previstas na carta patente ou no capítulo dois da constituição: um membro, um mestre ou um diretor expulsa pode somente ser readmitido com permissão notória especial do supervisor geral. Art. 11.º: A suspensão será imposta aos membros pelo Mestre de loja; a expulsão dos membros de loja ou dos mestres de loja pode somente ser impostas por Diretores; a expulsão dos Diretores pode somente ser efetuado pelo próprio Supervisor Geral. 1: Todo o membro ou mestre de loja expulso, terá direito de apelação diretamente ao supervisor geral; e a decisão do supervisor geral será dada como decisiva em todos os casos, sendo expresso na forma escrita e devidamente notória. Art. 12.º: A sociedade é administrada por um diretório escolhido pelo supervisor geral; cada diretor deve assinar a carta patente de diretor, de acordo com o modelo fornecido pelo supervisor geral. 1: O diretório do será composto inicialmente ao menos por um diretor indicado pelo supervisor geral. Art. 13.º: Os deveres e os privilégios do diretório serão como definidos na carta patente de diretor, de acordo com o modelo fornecido pelo supervisor geral. O diretório exercerá as funções definidas nos artigos quinze e dezesseis e seus parágrafos. Art. 14.º: É de competência de cada diretor representar a sociedade diante dos ditames legais dentro dos limites de suas responsabilidades definidas na carta patente e todos os membros sob sua jurisdição; a sociedade não será responsabilizada por quaisquer atos ilegais cometidos pelo Diretor. a) O Supervisor Geral ou representante especialmente nomeado pelo supervisor geral representará a sociedade legalmente, nacionalmente ou internacionalmente. CAPÍTULO CINCO: DO SUPERVISOR GERAL (IMPERATOR) ART. 15.º: O supervisor geral tem sua posição vitalícia, e não pode ser deposto, podendo entretanto, deixar sua posição por sua própria vontade livre. 1. O supervisor geral não tem nenhum salário, mas uma contribuição a suas despesas conforme foi definida na carta patente de diretor. ART. 16.º O supervisor geral nomeia seu sucessor: 1: Se o supervisor vagar o seu posto sem nomear um sucessor, um sucessor será eleito pelo diretório por um ano da data da vacância com unanimidade. 2: Se o escolhido não for unânime, uma outra eleição será feita um ano depois que o primeiro voto feito for, e assim sucessivamente. 3. Se a ausência de um supervisor geral, ou a vacância de sua função, os diretórios decidirão pela cédula unânime com os exemplos previstos no artigo 10, (3) e artigo 11. 4. Se a necessidade do diretório for eleger um novo supervisor geral, o critério será qu e o membro do grau o mais elevado seja eleito, independentemente da cor, idade, ou sexo; e se existir naquela ocasião mais de um indicado, o membro sênior será eleito à função, pois a data da Antigüidade estará sendo contada da data de assinatura da carta patente. Outros princípios aplicados, seriam os graus ou Antigüidade na contagem de tempo da ORDEM FRANCO-MAÇÔNICA DA CENTÚRIA DOURADA ART. 17.º: É da competência do supervisor geral:
a) Nomear ou depor diretores da sociedade; b) Para votar ou aprovar a alteração na constituição, c) Votar ou aprovar a criação, de regulamento ou a dissolução das organizações mencionadas no artigo 3.º e seu único parágrafo; d) Para suspender ou expelir membros da sociedade, bem como administradores dos estabelecimentos e organizações criadas pela sociedade, incluindo gerentes das fundações e dos membros honorários. 1: Os atos do supervisor geral são isentos da revisão, da explanação, ou da justificação, exceto não incorrendo no crime de fraude financeira como previsto no artigo 15.º. CAPÍTULO SEIS: DA ASSEMBLÉIA GERAL ART. 18.º: As assembléias gerais podem ser ord inárias ou extraordinárias. 1: As Assembléias ordinárias serão compostas somente dos diretores a sociedade do e pelo supervisor geral. 2: As Assembléias extraordinárias serão compostas pelos diretores e pelos mestres de loja sob sua jurisdição. Em tais vezes o supervisor geral poderá ser representado. # 2: Da Assembléia ordinária e extraordinária ART. 19.º: A Assembléia geral é composta pelo supervisor geral em tem o seu sentido para discutir assuntos do interesse da sociedade. ART. 20.º: Assembléias extraordinárias gerais debatem assuntos da política geral, da criação de organismos subsidiários, de toda a expansão das atividades da sociedade ou de reformas de sua organização. Os assuntos a serem discutidos serão declarados antes da assembléia pelo representante do supervisor geral. ART. 21.º: A Assembléia extraordinária geral discutirá livremente os assuntos colocados antes dele, a seguira a votação sobre eles. Uma contagem do voto com as recomendações da assembléia será posicionada mais tarde ao supervisor geral por seu representante; e a decisão do Supervisor Geral será final em todos os casos. ART. 22.º: Os conjuntos extraordinários gerais elegerão seu próprio moderador para as finalidades do debate; o moderador não pode ser um diretor ou o representante geral do supervisor. CAPÍTULO SETE NORMAS DISCIPLINARES ART. 23.º É um demérito infringir a constituição ou regulamentos e as regras legais das organizações maçônicas criadas pela sociedade. #1 A sociedade pode constituir seu patrimônio ou parte dele em uma fundação, ou empresa jurídica constituída e administrá-la. #2 Se uma fundação for constituída, seus administradores serão nomeados ou demitidos pelo supervisor geral; os candidatos às posições administrativas podem ser escolhidos pelo diretório, ou ser sugeridos nas assembléias gerais ou extraordinárias.
#3 Até que tal fundação ou empresa esteja instituída, o patrimônio da sociedade será registrado na forma da lei, em um livro caixa, com menção do valor, da natureza, e da fonte. ART. 24: O patrimônio da sociedade será constituído com todos os bens e propriedades que, com todos os meios, poderão ser adquiridas pela sociedade. A sociedade pode constituir seu patrimônio ou parte dele em uma fundação ou empresa, e administrá-lo. ART. 25: A fundação acima mencionada será dada forma como patrimônio da sociedade, e de todas as organizações internas e externas criadas pela sociedade, e usarão os recursos financeiros daquelas organizações como seus próprios. # 1: Além do acima exposto a administração e das finalidades da sociedade, a fundação terá como de seu alvo essencial, para todos os efeitos, da promoção de eventos místicos, filosóficos, científicos, escolares e artísticos cujo trabalho se harmonize com a nossa filosofia e trabalhos. ART. 26: No caso da dissolução da sociedade, o patrimônio, se não for instituído ainda em uma fundação, deverá ter o destino atribuído à disposição do supervisor geral. CAPÍTULO NOVE: A RESPONSABILIDADE LEGAL E A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ART. 27: Os recursos financeiros da sociedade originarão de seus membros, através das anuidades, taxas mensais cobradas pelas sedes físicas ou Lojas ou de donativos. Esta renda deve totalmente ser aplicada os objetivos e as finalidades para que a sociedade foi criada, além disso, 30% do total arrecadado de cada Loja vão para o Diretor e 10% do que for arrecadado pelo Diretor vai para o Supervisor Geral. § ÚNICO: A ORDEM FRANCO-MAÇÔNICA DA CENTÚRIA DOURADA por sua administração central, poderá ainda cobrar o deslocamento do(a) Iniciador(a) em caso de Rituais ou Iniciações. A cobrança de anuidades se dará pela Ordem e das mensalidades se dará pela formação de Lojas fisicamente constituídas por interessados desde que satisfaçam os quesitos mínimos para a constituição da mesma. ART. 28: Transações financeiras serão cobertas pela renda adquirida como no artigo 27, e o diretório ou Loja não deverá, sob nenhumas circunstâncias, efetuar dívidas em nome da Sociedade sem condições financeiras para cobrir tais responsabilidades, ou retornos previstos e pré-calculados a tempo de cobrir tais responsabilidades oriundas de uma dívida. ART. 29: Proíbe-se absolutamente colocar em risco o patrimônio da sociedade sem consentimento procedente do supervisor geral. CAPÍTULO DEZ: Da formação de Lojas (Centúrias) Art. 31: As Centúrias serão formadas com aval dos Diretores ou do Supervisor geral. O Mestre Centurião deverá fazer o trabalho na conformidade com os parâmetros da Ordem para a formação de sua Loja. Os valores de mensalidades são parâmetros estabelecidos por circular interna emitida pelo Imperator com seu timbre. A CONSTITUIÇÃO ART. 32: A sociedade será dirigida por esta constituição, sendo que os atos do Supervisor Geral, do Diretório e de outros membros não podem ir de encontro às normas estabelecidas nesta Constituição. ART. 33: Todos os regulamentos e normas, assim como quaisquer normas estabelecidas pelo diretório serão complementares a esta Constituição.
ART. 34: Estes artigos e esta Constituição podem somente ser mudados pelo Supervisor Geral. CAPÍTULO ONZE: DA DISSOLUÇÃO ART. 35: A sociedade é dissolvida pelo abandono de seus membros e o diretório, como previsto pela lei. CAPÍTULO DOZE: DE DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS ART. 36: O ano fiscal das Lojas terminará em setembro de cada ano, e aqueles responsáveis para as finanças da sociedade apresentarão um balanço dentro de trinta dias. ART. 37: A sociedade pode ser dividida em áreas administrativas diversas, como pode ser julgado conveniente pelo supervisor geral. ART. 38: A sociedade pode absorver ou incorporar outras organizações que podem ter alvos e finalidades similares àquelas da sociedade, e pode ser dispostas submeter-se a constituição, aos regulamentos, e as normas da sociedade. ART. 39: Os escritórios dos diretores, assim como todos os escritórios administrativos restantes da sociedade e suas organizações, não serão remunerados diretamente pela sociedade e sim pelas ajudas de custo concebidas pelo diretório local. . 40. É OBRIGATÓRIO O COMPARECIMENTO DE TODOS OS MEMBROS POR COMEMORAÇÃO DOS SABATHS, RITOS E INICIAÇÕES OU QUANDO CONVOCADOS, SENDO QUE O NÃO-COMPARECIMENTO DEVERÁ SER PLENAMENTE JUSTIFICADO E SEMPRE POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR. ART. 41. NOSSA SAGRADA ORDEM NÃO ADVOGA NEM PROMOVE OU INCENTIVA PRÁTICAS ILÍCITAS DE QUALQUER ESPÉCIE, NEM ADVOGA A FAVOR DA VIOLÊNCIA DE QUALQUER ESPÉCIE, OU QUE POSSA FERIR AS LEIS ESTABELECIDAS PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE NOSSO PAÍS OU O USO DOS BONS COSTUMES. ART. 42. Todos os membros e eventuais interessados declaram ter lido e concordado e aceitado a totalidade das cláusulas dessa Constituição.
Deuses
Júpiter - Zeus Zeus (nome grego) — Júpiter (nome romano) ZEUS — DEUS DO PANTEÃO OLÍMPICO Brilhar; perspectiva ampla; origem da constelação da Serpente e das Ursas; fundador de uma nova era; formar alianças para consolidar seu poder e impor sua vontade sobre os outros; consciência onde leva a atitudes conscientes, onde é exaltado o controle, a razão, a vontade e o poder; rapidez para decidir e imediatamente agir; discurso duro e forte impondo seu poder absoluto; envolvimento emocional para fazer alguma coisa para corrigir os erros do meio ou das pessoas; visão distante; justiça; raio; poder punitivo por uma ação fulminante; aventuras; juizes e advogados; sabedoria e prudência; destino; várias uniões; paixões repentinas; artifícios; pensar grande; postura majestosa; generosidade por desejo de controlar; viagens; tem características sagitarianas. ZEUS Governante do Monte Olimpo, rei dos deuses e dos homens, deus do tempo, sexto filho de Cronos e de Réia. Estava destinado a ser comido pelo pai, como seus irmãos. Mas a mãe o escondeu, dando a Cronos uma pedra para comer. Depois de crescido, Zeus deu uma beberagem a Cronos e o fez vomitar filhas e filhos, que se uniram a Zeus contra os deuses mais velhos. Usando raios roubados, eles ganharam a batalha e o universo...
Zeus tomara como sua primeira amante Métis - a Prudência. Gaia que representa a terra (uma das divindades primordiais, avó de Zeus), e Urano, o céu, filho e amante de Gaia, haviam revelado a Zeus que se ele tivesse uma filha, e depois um filho homem de Métis, este seria mais poderoso que o pai, e lhe tomaria o poder supremo, assim como ele, Zeus, havia feito a Cronos. Quando Métis ficou grávida pela primeira vez, Zeus engoliu-a para que a profecia de Gaia não se concretizasse. Ao término da gestação, Zeus começou a ter terríveis dores de cabeça. Não sabendo a razão das dores que o enlouqueciam, Zeus ordenou a Hefesto, um deus ferreiro, que lhe abrisse a cabeça com um machado. Da cabeça fendida de Zeus saltou Atena (em grego: Atena; em latim: Minerva), já adulta, inteiramente vestida e armada com a égide e a lança. Atena lançou um terrível grito e dançou a pírrica, dança de guerra. A égide era um escudo coberto com pele de cabra que funcionava como arma defensiva e ofensiva. Enquanto deusa da astúcia e da prudência, da guerra, e sobretudo da capacidade de criar estratagemas, engenhos, planos e métodos de ação para realização de objetivos concretos, Minerva tem entre os heróis e os guerreiros, seus favoritos e protegidos. Assim, muitas de suas histórias mais conhecidas, tratam do auxílio e do aconselhamento que ela presta, imprescindíveis para que os heróis consigam realizar seus feitos mais gloriosos. Dentre as mais conhecidas são as de Perseu e a Cabeça de Medusa, Os Doze Trabalhos de Hércules, O Cavalo de Tróia e o Mito dos Argonautas. JÚPITER Em grego, Zeus. O mais poderoso dos deuses. Era filho de Saturno e de Réia. Saturno recebera de seu irmão Titã o império do mundo, com a condição de que não criaria jamais nenhum filho masculino; todos aqueles que nascessem, seriam devorados por ele. Réia, que tivera a dor de ver vários de seus filhos devorados pelo marido, sentindo-se novamente grávida, dirigiu-se para a ilha de Creta, onde deu à luz Júpiter; em seguida para enganar o marido, deu-lhe uma pedra embrulhada em panos, que o voraz deus logo engoliu sem se dar conta do logro. O deus recém-nascido foi aleitado numa gruta do monte Ida pela cabra Amaltéia, e cuidado pelas Ninfas. Logo que Júpiter cresceu e
soube ser filho de Saturno, dirigiu-se ao pai a fim de que este o reconhecesse como filho. Titã, que ignorava a burla, acusou Saturno de fraude; prendeu-o e pôs Júpiter no trono. Este atacou o Titã, libertou seu pai e colocou-o, novamente, no trono. Saturno, espantado com a força do filho, procurou por todos os meios ver-se livre dele. Júpiter revoltou-se, então, contra o pai, expulsou-o do céu e obrigou-o a ir morar no Lácio. Feito senhor absoluto do mundo, reservou-se o reino dos Céus, deu os mares a Netuno e os Infernos a Plutão. De tantas amantes teve um número imenso de filhos. IV ZEUS IV Zeus é o deus supremo da mitologia grega. Na mitologia romana ele recebe o nome de Júpiter, é em homenagem ao deus dos deuses que foi dado seu nome ao maior dos planetas do sistema solar. Zeus é o chefe dos deuses no Olimpo e seus símbolos são o cetro, o relâmpago e a águia. Ele governa os céus, tem o poder de lançar raios, dissipar as nuvens e fazer chover abundantemente, assim fertilizando o solo. Filho de Cronos e Réia, tinha ainda as irmãs Hera, Héstia e Deméter. Havia uma profecia que dizia que um dos filhos de Cronos iria destroná-lo, o que levou Cronos a engolir seus filhos logo que nasciam. No nascimento de Zeus, Réia quis evitar aquela situação e ofereceu a seu marido, uma grande pedra toda enfaixada, Cronos engoliu-a imediatamente. Depois de muitos anos, quando Zeus foi apresentado a Cronos, seu pai não o reconheceu e aceitou uma poção preparada com néctar que o fez vomitar a pedra e todos os irmãos e irmãs de Zeus. Estes se uniram e venceram uma guerra contra os Titãs que durou dez anos, após a vitória, Zeus, Possêidon e Hades dividiram o planeta entre eles e passaram a governar o seu território escolhido. Zeus é sem dúvida alguma, a maior entidade da mitologia clássica. Esta carta simboliza a grandeza, a pompa, poder, onipotência e a proteção da família. No sentido positivo também pode significar liderança, popularidade, ambição, evolução e habilidade com cargos de confiança, poder e autoridade. Representa ainda a possibilidade de se atingir o máximo em relação ao que se deseja.
Quando Zeus aparece para um homem é provável que ele precise se defender com mais avidez. Já para uma mulher, pode significar que ela não deva ser tão submissa aos seus namorados ou marido, nem às suas amigas. Ao aparecer invertida, a carta representa autoritarismo, ressentimento, rebeliões, corrupção ou dominação sexual excessiva. Na vida profissional pode significar falta de capacidade em chefiar ou de talento para posições de autoridade. A carta Zeus invertida pode significar também brigas e discussões em abundância, escândalos e até confusões e problemas com a lei. Numa analogia com o Tarô de Marselha, Zeus corresponderia ao Imperador, que é a corporificação da autoridade e da lei.
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HERMES — MERCÚRIO Hermes (nome grego) — Mercúrio (nome romano) HERMES
Filho de Zeus e mensageiro aos mortais, protetor dos rebanhos e do gado, dos ladrões e dos malandros, guardião dos viajantes, festejou o dia em que nasceu com o roubo do gado de Apolo. Enganou os que o perseguiam com uma pista engenhosamente falsa. Apanhado, alegou que era muito moço para roubar. Talvez com alguma ironia, esse trapaceiro foi feito deus não apenas do comércio: também dos oradores e escritores.
MERCÚRIO Filho de Júpiter e da Atlântida Maia. Era o mensageiro dos deuses. Nasceu sobre o monte Cilene, na Arcádia. Foi criado e educado pelas Estações. Não há, na Mitologia, divindade que tenha tantas atribuições como Mercúrio. Intérprete e ministro fiel dos demais deuses, sobretudo de Júpiter, servia com zelo em todas as oportunidades, mesmo as menos honestas. Era o encarregado de todos os negócios do Olimpo. Conduzia aos Infernos as almas dos mortos (psicopompo) e também as trazia quando necessário. O corpo somente morria quando Mercúrio cortava definitivamente os laços que unem a alma ao corpo. Consideravam-no o deus da eloqüência, dos comerciantes e dos ladrões. Contam que logo depois de nascido ele saltou do berço, fugiu da gruta e, encontrando uma tartaruga, matou-a. Jogou fora a carne e da carcaça fez a lira, estendendo nela sete cordas de tripa de ovelha.
Em, Piéria, na Macedônia, roubou cinqüenta novilhos de Apolo. Para não ser descoberto, envolveu os pés em pano, e voltou de costas, caminhando sobre as pegadas. Retornou para sua gruta, fez fogo matou dois novilhos, ofereceu uma parte em sacrifício e foi, novamente para o berço. A mãe, que percebeu tudo, ameaçou-o com a ira de Apolo. Mercúrio afirmou que não temia o poderoso deus. As aves agoureiras contaram a Apolo quem era o ladrão das suas reses. Mercúrio nega o furto e é levado à presença de Júpiter. Constrangido termina mostrando onde escondera as restantes. Para serenar Mercúrio dedilha algumas melodias na sua lira. Apolo, embevecido, propõe uma troca: dá-lhe o caduceu e Mercúrio a lira. Representam-no jovem com um caduceu numa mão e uma bolsa na outra. Sobre a cabeça tem um chapéu alado e nos pés asas pequenas. I HERMES I O arauto dos deuses, Hermes é a divindade grega conhecida como patrona dos viajantes. Eqüivale a Mercúrio na mitologia romana, em que é tido como deus da indústria e do comércio, e o deus mensageiro do Olimpo. Segundo a lenda, já no primeiro dia de vida Hermes inventou a lira e roubou os bois que pertenciam a Apolo. Ao perceber a falta de seu gado e saber quem era o ladrão, Apolo levou o pequenino garoto até seu pai Zeus. Durante a acusação, Hermes tocou lira e divertiu os velhos deuses, além de distraí-los. No final, Hermes ofereceu sua lira a Apolo, este deu em troca uma vara mágica com víboras enroladas junto com algumas ovelhas. Participava de todos os negócios divinos como ministro ou servidor, deus da eloqüência, rege as encruzilhadas (é o deus Mercúrio que entra no inferno para encaminhar as almas junto com o Arcanjo Miguel). Hermes é considerado como o guia dos heróis aventureiros e dos viajantes perdidos. A pedido de Zeus, Hermes raptou a mortal Io do gigante de 100 olhos Argos. Depois desse feito Hermes passou a ser padroeiro dos ladrões, jogadores e oradores. O mensageiro celestial é visto quase sempre na figura de um jovem esbelto e atlético.
Os símbolos de Hermes são uma vara com duas cobras enroladas (emblema da medicina), o capacete alado e as sandálias aladas. A carta Hermes quer dizer ao consulente: velocidade, astúcia, equilíbrio, adaptabilidade, diplomacia e comunicabilidade, habilidade literária, para comércio e negociações. Na vida profissional, ótimas perspectivas para trabalhos investigativos e em profissões relacionadas com medicina. Hermes sempre traz sinal de viagens, comércio, aprendizado e todo tipo de atividade mental. Na posição invertida, a carta significa charlatanismo, artimanhas, trapaças, falsidades, espionagem, desequilíbrio ou preguiça mental e problemas de comunicação. Numa analogia com o Tarô de Marselha, Hermes corresponderia ao Mago, símbolo da criatividade com astúcia.
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HERA — JUNO Hera (nome grego) — Juno (nome romano, é uma lua de Júpiter) HERA — A GRANDE DEUSA DO OLIMPO
Protetora do casamento, das mulheres casadas, das crianças e dos lares, era esposa e irmã de Zeus, uma das que tinham sido vomitadas por Cronos. Algumas histórias diziam que Zeus a namorou durante 300 anos, até que ela consentisse em casar-se com ele. Hera aparece nas histórias sempre como uma esposa traída. JUNO Juno é um asteróide relacionado com as relações conjugais. Ele traz uma energia para definirmos nosso ponto de vista com relação ao casamento. Ele nos diz o que esperamos das pessoas que escolhemos para nos casarmos e o que esperamos obter da nossa relação conjugal. Por exemplo, Juno em Escorpião: Você espera que as suas relações conjugais se dêem em um clima de sensualidade e paixão. E que um traga para o outro intensidade emocional e vontade de transformação. Significa: protetora; reconciliação; deusa belíssima; quer comprometimento; amores legítimos; deusa do casamento; ricos presentes; lua de mel; fecundidade; onde temos fidelidade e ou fidelidade radical aos compromissos; monogamia; depois do comprometimento pode vir a reinar, ter poderes; parceria e igualdade; não deixa o dever do casamento; capacidade diplomática para manipular; pode ser ciumenta, possessiva e implacável; os fins justificam os meios; perseguição implacável; tem características librianas. II HERA II Hera é a deusa do casamento e da maternidade, além da personificação feminina do céu. Seu emblema é o pavão e tem por atributos a romã (símbolo do amor conjugal e da fecundidade) e um cetro encimado por um cuco. Hera é a esposa de Zeus e rainha do Olimpo. Apesar do casamento ser muito comemorado e muito prestigiado no Olimpo, isto não significa que Zeus parou de ter relações extraconjugais. Como Hera é muito ciumenta, realizou diversas vinganças contra as suas rivais, uma vez tentou acorrentar o marido que, por sua vez, ficou muito irritado e a suspendeu nos ares. O ciúmes de Hera, suas vinganças cruéis contra as numerosas rivais e os constantes esforços para atrapalhar os outros relacionamentos do marido, são bem conhecidos através da literatura clássica.
Mesmo sendo cruel, Hera continuou sendo venerada e sua reputação de protetora do lar e do casamento permaneceu. Corresponde a Juno na mitologia romana. Em torno dela existem várias versões lendárias em que o tema principal é o conflito com o esposo, pois é muito ciumenta. A carta da deusa Hera significa dignidade, fidelidade, paciência, resistência e compreensão. Amor intenso, necessidade de competir com o parceiro e capacidade, muita segurança pessoal para enfrentar ocasiões e pessoas bastante difíceis. Também é sinal de força e respeito para quem realmente merece. Quando a sua carta aparece invertida, pode ser que haja infidelidade do cônjuge, ciúmes exagerado e destrutivo tanto para si mesmo como para os outros. Sentimentos de vingança e rancor totalmente desnecessários. Existem quase sempre pouca responsabilidade com compromissos quando o objetivo já foi conseguido e falta consideração com pessoas que não sirvam para uso imediato. Ao aparecer para os homens, pode representar muito ciúmes e que são consideravelmente possessivos. Para as mulheres o significado é que se pode ser uma ótima mãe e esposa, mas também indicação de instabilidade feminina contra qualquer tipo de machismo. Numa analogia com o Tarô de Marselha, Hera corresponde à Papisa, símbolo do bom senso e da sabedoria.
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DEMÉTER — CERES Deméter (nome grego) — Ceres (nome romano) CERES ou DEMÉTER Deusa mãe da Terra; função de proteger, abençoar e garantir a fertilidade; arte de semear, colher e fabricar o pão; potencial de nutrição; não pertencer a ninguém; arquétipo materno; descobrir razão para viver; posse e obstinação; necessidade de acompanhar os ciclos da vida; tem características taurinas. DEMÉTER Deusa das colheitas, dispensadora dos cereais e dos frutos, negou seus dons quando Zeus permitiu que Hades lhe levasse a filha, Perséfone, para o inferno. Houve fome até que se chegou a um acordo. Perséfone só passaria no inferno um terço do ano. Deméter se abrandou e as colheitas tornaram a florescer. CERES Em grego Deméter. Filha de Saturno e Ops e irmã de Júpiter. Ceres é a deusa da terra cultivada, e, por conseguinte, da agricultura. Desposou um filho de Júpiter e gerou Pluto, o deus da riqueza. Viajou longamente em companhia de Baco, ensinando aos homens a arte de cultivar os cereais. Com Júpiter teve duas filhas, Ferefate e em seguida Prosérpina que foi raptada por Plutão enquanto colhia flores.
Inconsolável com a perda da filha, Ceres acendeu uma tocha no vulcão Etna e saiu a sua procura. Fatigada de tanto caminhar, deteve-se na corte de Céleo, que a acolheu com bondade. Ceres retribuiu ensinando ao rei e seu filho a agricultura. De lá Ceres foi à Lícia, onde transformou os camponeses em rãs pois tinham sujado as águas que ela queria beber. Ficou sabendo da Ninfa Aretusa, que Prosérpina tornara-se esposa de Plutão. Imediatamente subiu aos Céus em seu carro e suplicou à Júpiter que lhe restituísse a filha. Júpiter encarrega Mercúrio, para quem os caminhos para o inferno não tem mistério, de trazer Prosérpina. Infelizmente a jovem por ter comido um bago de romã ficou ligada para sempre aos infernos... Como consolo à Ceres, ficou estabelecido que Prosérpina desceria anualmente ao reino do seu esposo, durante a estação hibernal, quando a terra repousa; o resto do ano em companhia de sua mãe. Ceres contente voltou a trabalhar pela alimentação dos mortais. Conta-se que na antiguidade ninguém poderia morrer sem que Prosérpina lhe cortasse o fio de cabelo que o ligava à vida. O culto de Prosérpina foi bastante desenvolvido na Sicília. Ela presidia os funerais. Os amigos do morto cortavam os cabelos e os jogavam numa fogueira, em honra à deusa infernal. Entre os arcadios, afirmava-se que Prosérpina fazia reencontrar os objetos perdidos. III DEMÉTER III Deusa da fertilidade e patrona dos mistérios na mitologia grega, Deméter é sempre desenhada na figura de uma mulher bonita, madura e séria. Seus símbolos são espigas de milho e uma tocha. Entre os romanos a deusa das colheitas chamava-se Ceres. Deméter amava ardentemente Perséfone, sua filha. Perséfone foi raptada por Hades aparentemente com o consentimento de Zeus. A mãe procurou desesperadamante por sua filha em todos os lugares, quando soube do ocorrido, retirou seus poderes de fazer crescer os frutos e os grãos da Terra. Assim, Zeus foi obrigado a interferir na questão e ordenou que Hades devolvesse a filha de Deméter, desde que Perséfone não houvesse comido nada enquanto estivera no inferno (reino de Hades).
Tinha comido sim, grãos de romã, símbolo do casamento. Zeus decidiu então, depois de um acordo com Deméter, que Perséfone deveria permanecer um terço do ano no inferno com o marido e dois terços do ano no Olimpo com a mãe. Esta história simboliza o porquê as frutas crescem em determinadas fases do ano e em outras não. A palavra cereal deriva-se do nome Deméter na mitologia romana (Ceres). Na Grécia, o templo de Elêusis era dedicado ao culto de Deméter. Sua carta expressa para o consulente felicidade, fecundidade, fertilidade, perseverança, multiplicação, amor materno (intenso pelos filhos), preocupação, perseverança, investigação e sacrifício. Indica ainda, o oculto, misterioso ou paranormal. Deméter ou a grande mãe, é representada pela lua cheia, é a deusa mãe, o grande ventre da Terra, símbolo do amor incondicional, da energia e da afetuosidade. Quando Deméter está no sentido invertido, expressa como todas as outras cartas, traços negativos, superstição, exacerbada, esterilidade, experiência sem sucesso, sentimento de posse pelos filhos em excesso ou abandono do dever e futilidade. Se Deméter sai para os homens, significa que podem ser bons fazendeiros, jardineiros e filósofos. Para as mulheres significa que elas devem evitar homens muito emocionais ou possessivos, já que podem dificultar as habilidades delas intelectualmente e até como mães. Uma grande vantagem das pessoas muito influenciadas por Deméter sobre as outras, é a capacidade em se adaptar às diversas situações ou ambientes. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, Deméter corresponde à Imperatriz, símbolo da fertilidade e intuição.
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DIONISO — BACO Dioniso (nome grego) — Baco (nome romano) DIONISO Dionysus, deus do vinho e da fertilidade, da vida alegre e da hospitalidade, era filho de Zeus e de uma mortal. A ciumenta Hera destruiu-lhe a mãe e transtornou-lhe o juízo. Errava pela terra rodeado de sátiros e mênades. Símbolo da vida dissoluta, presenteou a Grécia com o vinho, às vezes benéfico e tantas maléfico.
V DIONISO V Dioniso é filho de Zeus e Sêmele. Na Grécia antiga ele era considerado o deus do vinho. Na mitologia romana corresponde a Baco. Ele é sempre retratado como um deus jovem e belo.
Seus símbolos são a videira e a hera (planta trepadeira da família das araliáceas), além do tirso (bastão enfeitado com hera e ramos de videira). Ao saber que seu marido estava tendo um caso de amor com Sêmele, a ciumenta Hera disfarçou-se de enfermeira e matreiramente sugeriu para Sêmele que seu amante deveria aparecer diante dela como ele realmente era, senão como ela poderia realmente saber se ele não era de fato um terrível monstro? Assim, Zeus foi obrigado a mostrar sua verdadeira forma para Sêmele, apesar de Zeus ter implorado para que não lhe pedisse tal favor. Ele sabia que isto significava o morte de sua amada. Dito e feito. Milagrosamente, um grosso pedaço de arbusto protegeu o bebê, ainda não nascido que estava no útero de Sêmele, contra o esplêndido fogo celestial de Zeus. Segundo a lenda, Zeus teve que defender Dioniso várias vezes da fúria de Hera, e mesmo assim, os poderes da ciumenta deixaram Dioniso insano. Depois de muitos anos de sofrimento, Dioniso recuperou a sanidade, foi considerado divindade e bem recebido no Olimpo por seu pai. As pessoas muito influenciadas por Dioniso podem sentir fraqueza de caráter, mas podem superar esse problema sem muita dificuldade com disciplina e ponderação. Da mesma maneira, podem enfrentar a sua tendência para masoquismo e de autodestruição. Esta carta simboliza transformação e ao mesmo tempo estabilidade, organização, realização, poder, progresso material e principalmente honestidade. Quando a carta de Dioniso aparece invertida, simboliza imaturidade, vacilação, futilidade, limitação e um grande perigo de se abusar do álcool, narcóticos, ou qualquer tipo de droga ou estimulante químico. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, Dioniso corresponde ao Imperador, símbolo do poder e da estabilidade, ou ao Papa.
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HERÁCLES — HÉRCULES Herácles (nome grego) — ? (nome romano) VI A ESCOLHA DE HÉRCULES VI Herói tebano, filho de Zeus e de Alcmena, é um semideus. Famoso por sua impressionante força física. Empregou grande parte de sua vida na famosa jornada conhecida como Os 12 Trabalhos de Hércules, a mando de Euristeu, rei de Mecenas. Originalmente Hércules era chamado pelos gregos de Herácles, o que significa "a glória de Hera". Já no nascimento de Hércules, Hera enviou duas serpentes para acabar com o semideus ainda no berço, mas o menino as estrangulou com sua incrível força.
Hera tinha ciúmes porque Zeus pretendia ter como filho e herdeiro do trono alguém bastante forte para proteger não só os mortais, mas também os imortais. Hércules, como filho de Alcmena (descendente do fortíssimo Perseu), era o principal candidato de Zeus. Hércules é um herói que destruiu vários monstros e teve inúmeras conquistas, a mais conhecida é sobre a Medusa (que transformava todos em pedra ao se olhar para seus olhos), de quem cortou a cabeça. Em suas lutas, Hércules, tinha sempre que optar entre a força e a resolução intelectual, embora quase sempre optasse pela primeira alternativa. Segundo algumas versões, o famoso herói teve que escolher entre duas condutas de vida completamente opostas. Ele é representado como um gigante barbado, coberto com uma pele de leão e portando uma grande clava. A carta da Escolha de Hércules simboliza um momento de opção, liberdade, livre-arbítrio, energia, força, otimismo, cautela necessidade de enfrentar provas e uma personalidade criativa que nunca se encontra em estagnação. Na posição invertida significa dispersão, insatisfação, imprudência, separação, temperamento explosivo e complexos de culpa. Pode significar também que o consulente está muito envolvido em problemas de outra pessoa, deixando os seus próprios de lado. Para ambos os sexos, a Escolha de Hércules quer dizer, que a hora da opção chegou ou está prestes a chegar, pode ser tanto no sentido amoroso, como no sexual, intelectual e material. Por isso, não é raro que esta carta indique a vinda de um grande novo amor, uma mudança de emprego ou de profissão. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, a Escolha de Hércules corresponderia aos Amantes, símbolo do livre-arbítrio e da cautela.
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ARES — MARTE Ares (nome grego) — Marte (nome romano) ARES Deus da guerra, simbolizado apropriadamente pelo abutre, era detestado pelos pais, Zeus e Hera, mas era estimado por Hades, porque as guerras que Ares provocava aumentavam a população do inferno. Ares embaraçou os outros deuses quando ele e Afrodite foram surpreendidos num encontro amoroso pelo marido de Afrodite, Hefesto, que os apanhou com uma rede quase invisível. Mas Ares, embora fosse um guerreiro persistente, nem sempre tinha êxito. Foi capturado pelos gigantes e ferido três vezes por Héracles e
uma vez por Diomedes. Como símbolo da guerra e de seus males, sofrimentos e tristezas, infundia respeito e terror aos gregos, mas nunca foi objeto de adoração.
MARTE Deus da guerra. Conforme Hesíodo, era filho de Júpiter e de Juno. De acordo com os poetas latinos, Juno, invejosa de ter Júpiter tirado Minerva de seu cérebro, quis imitar a façanha, e produzir um filho sem o concurso de seu esposo ou de qualquer outro homem. Resolveu dirigir-se para o Oriente, a fim de aí encontrar os meios propícios a tal realização. Fatigada do caminho, sentou-se ao pé do templo da deusa Flora, que lhe perguntou a causa da sua viagem. A deusa, ouvindo seu desejo, mostrou-lhe uma flor maravilhosa, a qual, pelo simples contato, fecundava qualquer mulher, sem o auxílio de qualquer homem. Assim deu a luz a Marte, que foi confiado aos Dáctilos. O jovem tornou-se árbitro dos combates. Marte teve inúmeras amantes, mas amava sobretudo Vênus, esposa de Vulcano, que os apanhou em pleno adultério. Teve inúmeros filhos. É o deus da guerra feroz, sangrenta, brutal, ao passo que Minerva é a deusa da guerra estratégica, hábil e inteligente. Dizem que sua voz era mais estridente que a de dez mil homens. Os gregos não o veneravam e dizem ser odiado pelas próprias divindades. Os Romanos, porém, prestaram-lhe culto excepcional, chegando a ser o deus nacional. Era o pai de Rômulo e Remo, ligados a fundação de Roma. Figuramno armado de escudo, com capacete e lança.
VII ARES VII No Olimpo ele era o deus da guerra, Ares é descrito como um guerreiro valentão, forte e másculo, mas insensível. Seus símbolos são todas as armas de guerra e destruição. Como Ares era bastante impulsivo, Atenas era naturalmente sua inimiga, pois ela possuía inteligência, sensatez, autocontrole e ao mesmo tempo suas habilidades como guerreira eram extraordinárias. Logicamente Ares não gostava da concorrência, até porque teria poucas chances em um conflito com Atenas. Filho de Hera e Zeus, Ares corresponde a Marte na mitologia romana. As qualidades bélicas de Ares ficaram muito conhecidas nos idiomas modernos. A carta do deus Ares significa um caráter industrioso, coragem, vigor, força muscular, eficácia em seus empreendimentos e uma paixão (ou várias) incontrolável. Este deus significa para os homens que podem ser vistos facilmente como machistas e chauvinistas, quanto aos traços negativos. Em relação as influências positivas, pode-se observar que muitos podem ser grandes soldados, líderes militares ou sindicais e são quase todos muito trabalhadores. A carta de Ares significa positivamente para as mulheres, que elas podem se dar bem em serviços militares, polícia ou indústria e que não são submissas a homem nenhum. Negativamente, significa que podem ser explosivas e podem até ser alguma líder de “gang” de rua. As pessoas de ambos os sexos muito
influenciadas por esta carta, têm ótimas oportunidades de serem excelentes vendedores.
Quando Ares sai na posição invertida, revela insensibilidade, atrevimento, agressividade, brutalidade, sentimento de pena de si mesmo, falta de educação e bons modos, conflitos e uma personalidade briguenta. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, Ares corresponde ao Carro, símbolo de equilíbrio com segurança.
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TÊMIS — NÊMESIS VIII TÊMIS E NÊMESIS VIII
Têmis é a deusa da ordem e da justiça, enquanto que Nêmesis é a deusa da vingança divina, da ira justiceira ou da retribuição. Têmis é descrita como uma mulher madura que segura a balança da justiça, o seu símbolo. Nêmesis é uma deusa alada e seus símbolos são ramo de maçã, roda e uma coroa prateada. Têmis e Nêmesis são os dois lados de uma mesma moeda, a da justiça. Um lado representa a superação dos obstáculos da vida, o outro representa a luta interna do ser humano para alcançar o equilíbrio. Em ambos os casos, para as pessoas muito influenciadas por esta carta, deve-se usar a imparcialidade como a principal arma de enfrentar os problemas da vida. A deusa Têmis, também era conhecida por ser muito sábia, o fato de ser conselheira de Zeus valorizava os seus conselhos. No Olimpo suas tarefas eram manter a ordem, regularizar as cerimônias e presidir os rituais públicos. Era uma deusa do bem. Tendo como missão punir os faltosos, Nêmesis vingava o rompimento dos juramentos, castigava os filhos que ofendiam aos pais, humilhava os orgulhosos, vingava o rompimento dos juramentos e consolava as amantes abandonadas. Ela despertava o temor do remorso e do castigo. Era na maioria das vezes parcial, o que comprometia o seu sentido de justiça. Quando esta carta aparece em pá (Têmis), expressa justiça, ordem, austeridade, imparcialidade, disciplina, julgamentos corretos e decisão. Ao aparecer invertida (Nêmesis), indica retaliação, intolerância, abuso, excesso de severidade, punição, prejuízo e falta de equilíbrio. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, Têmis corresponderia à Justiça, símbolo da integridade e da disciplina e Nêmesis seria a Justiça invertida.
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CRONOS — SATURNO Cronos (nome grego) — Saturno (nome romano) CRONOS — DEUS DO TEMPO Primeiro Édipo; tempo; separador; o controle; o limite; a lei, ordem e disciplina; construir o futuro; igualdade e justiça para todos; autoridades e instituições; tradição; dificuldade em aceitar aquilo que não seja oficial, acadêmico ou institucional; o pai; essencialmente fiel; medo X admiração.
SATURNO Em grego, Cronos, o Tempo. Saturno, filho de Celo ou Urano e Gaia. Ocupou o trono após castrar o pai com uma foice, atendendo solicitações da mãe uma vez que Urano não reconhecia os filhos e após nascerem devolvia-os ao tártaro, o interior da terra. Saturno recebera de seu irmão Titã o império do mundo, com a condição de que não criaria jamais nenhum filho masculino; todos aqueles que nascessem, seriam devorados por ele. Réia, que tivera a dor de ver vários de seus filhos devorados pelo marido, sentindo-se novamente grávida, dirigiu-se para a ilha de Creta, onde deu à luz embrulhada em panos, que o voraz deus logo engoliu sem se dar conta do logro. Geralmente é representado como um velho com uma foice. IX CRONOS IX Ele é o senhor do tempo Filho mais jovem das uniões entre o Céu e a Terra, que tiveram dezoito filhos, são eles: três Hecatônquiros, monstros com cem mãos que administravam os terremotos; três ciclopes, os fabricantes de relâmpagos; e os titãs, seis irmãos e seis irmãos, dentro os quais, Cronos era um deles. O Céu encarcerou os Hecatônquiros e os ciclopes no Tártaro, daí Réia indignou-se e elaborou com os filhos uma revolta contra o pai. Cronos armado de uma foice que a mãe lhe dera, corta os órgãos genitais do pai e os joga no mar. Do sangue que se derramou sobre a terra procriaram os gigantes e da espuma formada no mar gerou-se Afrodite.
Os Titãs destronaram seu pai, soltaram seus irmãos aprisionados e nomearam Cronos como seu rei. O novo rei aprisionou os Hecatônquiros e os ciclopes no Tártaro novamente, logo ao tomar posse do reinado. Então Cronos casou-se com a irmã Réia, tiveram seis filhos, mas Cronos os devorava quando nasciam temendo perder o trono para um deles. Cronos é considerado como sendo o senhor dos deuses durante o ciclo das divindades tenebrosas, época em que governavam as forças destrutivas. Na mitologia romana ele corresponde a Saturno. Esta carta significa acumulação de conhecimento, sabedoria, informação, circunspeção como melhor forma de enfrentar a traição, discrição estudo e paciência. Retorno de um projeto abandonado há muito tempo. O consulente precisa de muita paciência e dedicação, além de muito cuidado a cada nova etapa iniciada. Ao surgir invertida, esta carta proporciona tristeza, destruição, receios, desconfiança, perda de seu grande interesse pelo novo ou pesquisa e investigações. Significa principalmente um vazio na vida do consulente e maus conselhos, tanto os recebidos como os oferecidos. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, Cronos corresponderia ao Ermitão, símbolo do conhecimento e da paciência.
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ESFINGE X A ESFINGE X A Esfinge é filha de Tifão e Équidna. Foi enviada por Hera para punir a cidade de Tebas, a qual tinha desrespeitado a deusa do Olimpo. A Esfinge grega, ao contrário da egípcia, não era nada amigável. Ela se instalou em um monte perto de Tebas e perguntava a seguinte charada para todos que passavam: Quem, com apenas uma voz, tem às vezes dois pés, às vezes três, às vezes quatro e é mais fraco quanto tem mais pés? Qualquer pessoa que não soubesse responder esta pergunta era imediatamente devorado pela Esfinge. Até que um dia, Édipo deu a resposta certa: "O homem, que engatinha durante a infância, anda com os dois pés na idade madura e se ajuda com uma bengala na velhice". Ao ouvir que seu enigma tinha sido revelado a Esfinge se atirou da montanha e espatifou-se no vale abaixo. Em agradecimento a Édipo o povo de Tebas o fez seu rei. A Esfinge tem como símbolo um leão alado. Ela é um monstro fêmea, que é descrito e retratado como uma criatura com cabeça e peito de mulher, corpo de leão, cauda de serpente e asas de águia. Pessoas muito influenciadas pela Esfinge, geralmente possuem o bom senso e a capacidade para serenamente resolver e lidar com seus próprios problemas, o que lhes garante uma boa auto-estima e a possibilidade de adquirir as boas coisas da vida. No amor, a Esfinge determina uma boa solução, embora com a presença de alguns pesares e dores. Esta carta é o início de uma
etapa em que as influências negativas se revelarão com maior intensidade. A Esfinge invertida significa que fracassos e retrocessos serão inevitáveis. Significa para o consulente a vinda ou a existência de um problema ou enigma que precisa ser resolvido, mudança, iniciativa, ascensão, supremacia e êxito. Por outro lado, ao aparecer na posição invertida a Esfinge indica fracasso, má sorte, mau humor, inconstância e interrupção. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, a Esfinge corresponderia à Roda da Fortuna, símbolo do êxito e supremacia.
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ATENA — MINERVA Atena (nome grego) — Minerva (nome romano) PALAS-ATENA ou PALAS ATENÉAI DEUSA DA JUSTIÇA E DA SABEDORIA Atená, virgem padroeira das artes domésticas, deusa da sabedoria e protetora na guerra dos que lhe rendiam culto, nasceu da fronte de Zeus, já adulta... Atena, nos primeiros tempos, era representada como uma jovem, mas foi envelhecendo como Atenas, sua cidade favorita. No fim, era representada como uma figura matronal, sob cuja proteção florescia o que havia de mais valioso na civilizada Atenas: a inteligência e as artes apuradas de viver.
Dizia-se que inventara a flauta, mas desprezara femininamente o instrumento ao ver como seu rosto ficava desfigurado quando ela enchia de ar as faces, para soprar... Embora tivesse ajudado aos gregos a vencer em Tróia, vingou-se dos heróis que deixaram de lhe prestar as homenagens devidas. Estabeleceu o domínio da lei e até o conceito da misericórdia, no julgamento que libertou Orestes das temíveis Fúrias depois de haver assassinado a mãe por ordem de Apolo. Dizia-se que ganhara a devoção de Atenas por haver dado a oliveira de presente à humanidade... Poder mental; prudência e sabedoria; habilidade para soluções práticas; criação psíquica; capacidade de reflexão; diplomata; ideais elevados; ótimas secretárias; o lado urbano; apreciação da vida social; jantares; receber e organizar festas e reuniões; prazer requintado; bem estar social; filosofia; mãos e mentes trabalham juntas; amante da beleza e da perfeição.
MINERVA Em grego Atena (Palas Atena ou Palas Atenéia). Deusa da Sabedoria, da guerra, das ciências e artes, era filha de Júpiter. Depois que Júpiter devorou sua primeira mulher, Métis, passou a sentir-se mal e surgiu-lhe uma terrível dor de cabeça. Pediu então para que Vulcano lhe abrisse a cabeça ao meio, de onde saiu, instantaneamente Minerva completamente armada. Foi imediatamente admitida entre os deuses, tornando-se uma das mais fiéis conselheiras de seu pai. Seu pássaro favorito é a coruja, cujo olhar penetra nas trevas, assim como a inteligência penetra na obscuridade das coisas... XI ATENA XI Atena é a deusa da inteligência, das artes e do saber. Ela era inicialmente na Grécia, apenas o gênio protetor da cidade de Atenas, mas a crença e a imaginação populares a promoveram para o posto de uma divindade superior. Na Grécia e também em Roma, Atena era a padroeira dos tocadores de flauta e todos os trabalhadores de qualquer ramo artístico. Zeus, Hera e Atena eram as divindades mais veneradas no mundo greco romano. Atena era uma deusa virgem por sua própria escolha, pois recebeu não apenas uma, mas várias propostas românticas de seus admiradores.
Sua destreza e estratégia eram tamanhas como deusa guerreira que só mesmo Ares, o deus da guerra, poderia competir com ela, em um campo de batalha. Lança, escudo, capacete, coruja, flauta e oliveira são os símbolos de Atena. Conhecida como deusa do Olimpo e filha de Zeus, Atena é considerada uma guerreira invencível e sábia. Na mitologia romana corresponde à Minerva. A carta Atena quando está na posição para cima indica, sabedoria, cura, engenhosidade, talento intelectual e musical, auto-disciplina e um caráter forte. Tendência para ser protetor dos outros e capacidade para esclarecer, ensinar e liderar os menos privilegiados. A cabeça governando o coração. Agora, quando Atena aparece na posição invertida, significa desprezo intelectual pelos outros, agressividade descontada em alvos errados. Apelo a desumanidade quando os objetivos ou metas são ameaçados e desrespeito com a individualidade alheia. Quem é muito influenciado por Atena raramente erra o lado para o lucro pessoal. Geralmente, para as mulheres, revela muita preocupação com a carreira profissional, dedicação e ao mesmo tempo uma vida calma. Já para os homens, aponta uma intuição lógica que lhes proporciona segurança e confiança em si mesmos e em outras pessoas. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, Atena corresponde à Força, símbolo da inteligência com valentia.
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PROMETEU XII PROMETEU XII Titã letrado e estudioso, amigo da humanidade, Prometeu em geral é visto como um homem maduro, belo, sério e esperto. Segundo uma antiga lenda grega, Prometeu foi o criador da humanidade, ele construiu o corpo do primeiro homem com uma mistura de barro e água (suas próprias lágrimas, segundo alguns), no qual a deusa Atena introduziu vida e alma. Prometeu pediu para a deusa Atena que o levasse até o Olimpo, ela o satisfez. Quando Prometeu desceu dos céus e passou pelo carro de Apolo, roubou uma fagulha do fogo divino e deu para o homem. Este episódio provocou irritação em Zeus, que resolveu vingar-se... Zeus mandou que Ares acorrentasse Prometeu ao Cáucaso, onde uma águia (filha de Tifão e Equidna), iria devorar-lhe o fígado durante todo o dia, enquanto que à noite o fígado se restauraria para que a ave continuasse a torturá-lo eternamente. Curiosidade: Prometeu, que era irmão de Atlas, também se desentendeu com Zeus. Seu castigo foi ter a perna acorrentada no alto de um penhasco para que as águias devorassem seu fígado com ele ainda vivo. Por conta desse fato mitológico, existe uma técnica cirúrgica de hepatectomia parcial chamada "Técnica de Prometeu", na qual porções do fígado são retiradas em pequenos fragmentos...
Constantemente Prometeu ajudava os humanos desfavorecendo os deuses. Seus símbolos são figuras do ser humano de barro, arca, borboleta e nártex. Sua carta manifesta liberalismo, ajuda externa, hesitação, escolha errada, falta de vontade, traição, abandono, sacrifício por causas elevadas, capacidade de participar dos sofrimentos das pessoas alheias e conquistas espirituais. Quando a carta sai invertida, expressa total falta de praticidade, projetos irrealizáveis, impotência para agir, excesso de confiança, fuga da realidade, uma causa perdida ou inatingível e necessidade de reavaliar objetivos. As características de Prometeu não se relacionam com o tempo permanente, mas revelam a situação do consulente durante o momento atual, por isso há sinal de mudanças próximas. Em relação a essas mudanças, nunca se amedrontar. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, Prometeu corresponderia ao Enforcado, símbolo de hesitação e abandono.
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HADES — PLUTÃO Hades (nome grego) — Plutão (nome romano) HADES — DEUS DOS INFERNOS Descida ao próprio subterrâneo e ao inconsciente coletivo; memória cármica; acompanhar almas - terapeutas que lidam com doenças terminais - médiuns; o subterrâneo e as profundezas; onde eu tenho dificuldade de ser entendido; difícil de ser compreendido pela lógica humana; compulsões; vida celibatária ou prostituição; quando bem utilizado: poderosa vivência iniciática da vida e da morte; aprender a abrir mão; tem características escorpianas.
PLUTÃO Em grego Ades ou Hades. Deus dos Infernos. Filho de Saturno e de Réia, irmão de Júpiter e de Netuno. Plutão significa "o que se enriquece com os despojos humanos"; tem, também, o nome de Orco. Temido pelos seus súditos, odiado pelos mortais, poucos foram os templos ou altares que os antigos lhe dedicaram. Plutão sai dos infernos para ajudar seu irmão, Júpiter, contra os gigantes e para raptar Prosérpina, filha de Ceres. XIII HADES XIII
Hades tem como símbolos o capacete da invisibilidade e o cipreste. É descrito como um deus de meia idade e com fisionomia severa. Na mitologia romana corresponde a Plutão. Ela é irmão de Zeus e Possêidon. Na partilha do Universo, ficou com o império dos infernos. Agradecido a Zeus, por tê-lo retirado das entranhas do pai, que o tinha devorado, Hades colaborou com o irmão, rei do Olimpo a derrotar os Titãs. Já que nenhuma deusa quis casar-se com ele, talvez por possuir uma aparência rude e hábitos cruéis, Hades deu um jeito, raptou Perséfone e tornou-a a rainha dos infernos e sua esposa. Ele usava um capacete que o deixava invisível, assim quando queria transitar pelo mundo terreno, ninguém podia notar sua presença. A carta do deus do inferno indica para o consulente uma transformação radical, renascimento, desprendimento em relação ao supérfluo, novas perspectivas, lucidez mental, libertação dolorosa e insegurança financeira. Hades na posição invertida revela imobilidade, abandono forçado, avareza, tristeza, ruína e fracasso. Também há indicação de que as transformações ou não se realizam ou demoram muito tempo para ocorrer, além de incapacidade de ação em momentos desfavoráveis. Nem todas as características reveladas por Hades são negativas, já que na maioria das vezes essas mudanças anunciam libertação, eliminação de uma condição opressiva ou que deprime de uma maneira considerável o consulente. Grandes transformações podem ser sinal ainda de mudança de casa, cidade, estado e até país. Assuntos como política e religião podem abalar a personalidade e bestializar as pessoas muito influenciadas por Hades, pois estes podem transformar amigos íntimos e familiares em inimigos de uma hora para outra, apenas por terem opiniões consideradas opostas ou muito divergentes. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, Hades corresponderia à Morte, símbolo de mudanças e transformações. ASTROLOGIA Plutão habita os confins do Sistema Solar, o seu lado mais escuro. Ele preside todos os processos subterrâneos, tudo que se desenvolve no interior das coisas, acumulando uma imensa energia potencial, um poder avassalador, que pode tanto destruir como construir.
Plutão rege o poder, a reprodução, e portanto tem a capacidade de produzir vida. Por outro lado também rege a morte e a destruição das formas. Sua descoberta em 1930 se deu numa época em que a máfia se formava em Chicago, grupos organizados agiam no submundo, extorquiam, controlavam e assumiam um poder subterrâneo, similar ao simbolismo do planeta. Mas também foi nessa época e nessa mesma Chicago que se descobriu a energia nuclear, com a primeira reação atômica em cadeia que marcou o advento da Era Nuclear. Com a chegada de Plutão o homem descobriu a energia atômica, que pode levá-lo à salvação ou à total destruição. Na sua aparição Plutão trouxe uma possibilidade até então inimaginável: a da autodestruição da vida na Terra.
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ÍRIS XIV ÍRIS XIV Íris é a deusa do arco-íris. Ela é descrita como uma figura feminina alada e muito bonita, na maioria das vezes ela parece vestida com uma longa túnica e suas asas possuem coloração dourada. Seus símbolos são: o arco-íris e um cálice dourado. Deusa mensageira, como Hermes, era venerada pelos gregos que acreditavam que Íris tinha como função manter a ligação entre o céu e a terra, entre os deuses e os homens, transmitindo ordens, pedidos e conselhos. No Olimpo, Íris atendia aos deuses, principalmente a Zeus, mas dedicava-se mais a Hera. Segundo a lenda, as asas adquiriam as cores do arco-íris quando a jovem partia para suas tarefas. Freqüentemente Íris era retratada usando sandálias aladas, semelhantes as do também mensageiro Hermes. Sua carta manifesta moderação e equilíbrio, autocontrole, boas notícias, serenidade, paciência, estabilidade e prazer. Sinal de que o tesouro está no final do arco-íris. Quando Íris aparece na posição invertida, manifesta para o consulente discórdia, desunião, más notícias, desapontamentos nos envolvimentos emocionais, inabilidade, esterilidade e instabilidade emocional.
Tendência para momentos de passividade exagerada e vacilações passarem a ter predomínio sobre o próprio ânimo e os sentimentos. No plano positivo, há indicação de que novas amizades auxiliam tanto social como profissionalmente. Probabilidade de se auto superar e desenvolver, caso se saiba manter a harmonia com as pessoas e as idéias. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, Íris corresponderia à Temperança, símbolo de moderação e harmonia.
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PAN — DIABO Pan (nome grego) — ? (nome romano) XV PAN XV Pan é representado como uma figura humana da cintura para cima e bode da cintura para baixo. Ele tem como símbolo a "flauta de Pan", que ele mesmo inventou ao aproveitar o caniço em que a ninfa Sirinx tinha sido transformada. Os deuses do Olimpo se aproveitaram de Pan, do mesmo modo que os humanos se aproveitaram do planeta terra hoje em dia. Um claro exemplo disso é o fato de que Hermes copiou sua flauta e se auto proclamou como o autor do invento, além de ter vendido logo em seguida para Apolo. Ele era o deus da Arcadita, uma região montanhosa e selvagem. Pan desafiou Apolo para ver quem tocava flauta melhor, o juiz escolhido foi Midas, que era muito amigo de Pan.
Midas atribuiu a vitória a Pan com suspeitos de ter sido parcial, o que irritou muito Apolo. Pan também era considerado deus das florestas. Acreditava-se que o turbulento deus quando notava que alguém se adentrava muito em uma floresta, aproximava- se “de fininho” e dava um tremendo berro, as pessoas levavam um susto tão grande que ficavam geladas de terror. A voz de Pan era muito desagradável para o ouvido humano.
Esta carta quando aparece significa a presença de uma força misteriosa (destruidora de planos e anseios), egoísmo, sedução sem escrúpulos, sucesso por vias ilegais ou imorais, o instinto predominando sobre a lógica ou a intuição, punição e paixões desenfreadas. Comumente, tudo ou todos ligados com esta carta estarão cheios de vitórias, só que fúteis e com o perigo de sofrerem punição. Pan representa o inconsciente, por isso é bom ter todo cuidado e cautela, os desejos mais reprimidos e profundos podem estar para surgir. Como é uma carta geralmente negativa, o fato de aparecer invertida aumenta ainda mais esta característica. Nesta posição indica degeneração, luxúria, bisbilhotice, entreveros, egoísmo inescrupuloso, violência, depredação ecológica e amores furtivos. Pan invertido também avisa que as atitudes explosivas e instintivas devem ser evitadas a qualquer custo. Muita moderação, cautela, paciência e exame de consciência são as melhores formas para impedir que se caia em tentações nocivas como por exemplo: violência sexual, infrações, delitos e os mais diversos tipos de crimes. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, Pan corresponderia ao Diabo, símbolo do egoísmo e da punição.
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POSSÊIDON — NETUNO Possêidon (nome grego) — Netuno (nome romano) POSSÊIDON — SENHOR DOS MARES Deus do mar e dos terremotos, que deu os cavalos aos homens, tinha, no dizer de Homero, um palácio de "ouro cintilante" no fundo do mar Egeu. Os gregos eram gratos pelos cavalos, mas tinham sempre cautela com os mares traiçoeiros. E, assim, suplicavam a Poseidon que "fosse bondoso de coração e ajudasse os que viajavam pelo mar".
Evocação dos mistérios infinitos; infinitos perigos do fluido inconsciente; pulsões instintivas da nossa natureza bruta; sacode a terra, provoca tormentas e terremotos; devastação súbita; perigos eminentes quando forças adormecidas sob a superfície irrompem a consciência; comportamento imprevisível; reações intempestivas com oscilações de extremos; pode não criar vínculos e não se compreender; compaixão; impetuosidade dos desejos; lado violente e primitivo das emoções; pode ser avassalador e selvagem ou terno, carinhoso e sedutor; medos antigos; armadilhas geradas pelo desejo e pela paixão; imensidão profunda; poetas, romancistas, compositores, músicos e terapeutas; mendigos, marginais, os desamparados, os alcoólatras e usuários de drogas; os loucos e desesperados; êxtase X terror; inconsciente pessoal e coletivo; grande namorador; conquistas e sedução; compaixão; fantasias; profundidade emocional; piscianos.
NETUNO Em grego Poseidon. Deus do mar, filho de Saturno e de Réia e irmão de Júpiter e Plutão. No dia de seu nascimento foi devorado pelo pai (Saturno) e foi devolvido graças ao vômito causado por uma beberagem que Métis deu a seu pai. Esposou Anfitrite, mas teve inúmeras amantes. Muitas vezes para obter favores, mudava de figura, transformando-se em vários animais. Ajudou Apolo na construção dos muros de Tróia. Era severo e misterioso.
Infundia mais terror que veneração. Os Líbios cultuavam-no como sendo o primeiro dos deuses. Homero descreve seu fantástico palácio: "...onde tem seu glorioso e indestrutível palácio, edificado na limpidez profunda das águas remansadas, todo feito de peças de ouro puríssimo..."
XVI A IRA DE POSSÊIDON XVI Possêidon é o deus do Olimpo que é soberano dos oceanos, lagos, rios e de todas as águas. Em português pode-se encontrar ainda Possêidon escrito das seguintes formas: Poseidon, Poseidão, Posêidon e Posídon. Em Roma era cultuado sob o nome de Netuno. Ele comumente representado como um senhor idoso, forte e barbado, com um tridente na mão, às vezes em um carro puxado por cavalos marinhos e a parte inferior de seu corpo contém uma forma de cauda de peixe. Seus símbolo são o tridente, cavalo branco, peixe e concha de molusco. A carta A Ira de Possêidon é a mais perigosa e alarmante de todas, já que representa a explosão de raiva e a vingança do “velho homem do mar”, como Possêidon é conhecido popularmente.
Por ter furado o olho de Poliféro, um ciclope (gigante de um só olho na testa), filho de Possêidon, Odisseu se tornou alvo de vingança do deus. Enquanto Odisseu voltava para casa depois da guerra com Tróia, maremotos e naufrágios eram criados por Possêidon. Assim, o deus dos mares dificultou ao máximo o retorno de Odisseu.
Essas vinganças não eram lá muito comuns, mas quando ocorriam eram sempre muito drásticas e acompanhadas de muita fúria. A Ira de Possêidon é uma carta que indica destruição, dificuldades gerais, deterioração física e mental, grande fracasso, timidez, vaidades efêmeras, malogro financeiro, orgulho em exagero e repulsa à embromações. Há indicação para ambos os sexos de que pode haver destruição afetiva de importância ou separação amorosa muito sofrida. Existe também a possibilidade de surgir alguns aspectos positivos, pois A Ira de Possêidon representa um momento de profunda crise, mas essa crise pode trazer melhoras. Desta maneira, revela-se desconfiança em si mesmo; austeridade como meio de reparar excesso e abuso passados; temperamento piedoso e tímido, em contraposição com atitudes arrogantes praticadas anteriormente. Quando esta carta sai invertida, anuncia catástrofe, ruína, acidente, terremoto ou maremoto, ganância, autodestruição, abatimento moral (depressão) intenso devido um imaginário sentimento de injustiça e egoísmo desenfreado, que provoca sofrimento e vinganças generalizadas, destruição e rupturas. Só com muita reflexão pode se chegar a uma saída destas situações. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, A Ira de Possêidon corresponderia à Casa de Deus, símbolo da destruição e das catástrofes. ASTROLOGIA Mais suave que Urano, Netuno (Possêidon na mitologia grega), rege a imaterialidade, a sensibilidade e a espiritualidade. No seu lado difícil Netuno tem a ver com os processos de escapismo, onde o indivíduo tenta escapar da realidade material em busca de reinos mais fascinantes - através das artes, do misticismo ou das drogas. Sua descoberta em 1846 coincidiu com fatos relacionados à sua natureza astrológica, como o advento dos anestésicos e seu uso médico. A hipnose e movimentos espiritualistas tão marcantes como a Teosofia e o Ocultismo explodiram nesta época.
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PLÊIADES XVII AS PLÊIADES XVII As Plêiades, ou Atlântidas são as encantadoras filhas de Pleione e Atlas - o titã que foi condenado a carregar a terra sobre os ombros por ter se confrontado com Zeus pela supremacia do Olimpo. Por causa de um desentendimento com Zeus, Atlas recebeu o castigo de ter que carregar sobre seus ombros, para o resto da vida, o globo terrestre (como a 1ª vértebra cervical suporta o peso de nossa cabeça, ela é chamada de atlas para lembrar o sacrifício imposto ao deus grego).
Elas eram em número de sete, embora outras versões enumeravam quinze. Seus nomes eram: Maia, Electra, Taígeta ou Taígete, Astérope ou Asteropo, Mérope, Alcíone e Celeno. De acordo com a lenda, as moças foram raptadas pelo rei do Egito Busíris, Hércules libertou-as, mas a seguir foram perseguidas por Orion que estava fascinado pela beleza das Plêiades. Para escapar da implacável perseguição de Orion, o maior caçador de todos os tempos, as moças recorreram aos deuses que as metamorfosearam em estrelas. Transformadas numa constelação composta de sete estrelas, além de fugirem de seu pretendente assustador, elas passaram a servir de consolo para seu pai, já que quando Atlas as via brilhando no céu sentia alívio e menos pesar ao cumprir sua pena. As Plêiades anunciavam tempo bom e bonito quando surgiam, de 22 de abril a 10 de maio, e quando se punham, de 20 de outubro a 11 de novembro, anunciavam mau tempo. Esta carta representa, acima de tudo, a esperança e também indica autoconfiança, otimismo, bom humor, período decisivo na vida profissional, sucesso, recompensa pelo esforço e dedicação desprendidos no passado, energia, beleza, inspiração criadora e a possível chegada de um relacionamento afetivo ou amoroso repleto de satisfação e prazer. A carta As Plêiades ao aparecer invertida perde todo o seu brilho, a esperança se esvai com facilidade. Proporciona má sorte, desunião, falta de confiança em si mesmo, incapacidade de seguir caminhos criativos e promissores, fracasso, desapontamento, inocência e necessidade de se adquirir mais fé. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, As Plêiades corresponderiam à Estrela, símbolo da esperança e do otimismo.
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ÁRTEMIS — DIANA Ártemis (nome grego) — Diana (nome romano) ÁRTEMIS Deusa-virgem da lua, irmã gêmea de Apolo, poderosa caçadora e "prodigalizadora de flechas", era protetora das cidades, dos animais jovens e das mulheres de qualquer idade. As mulheres pediam-lhe um parto feliz, e ela foi a parteira no nascimento de seu irmão gêmeo, Apolo. Podia ser cruel. Bloqueou a passagem do exército grego para Tróia porque Agamémnon se vangloriou de ter melhor pontaria do que ela, e exigiu o sacrifício da filha dele, perdoando-o depois. Nota: Veja página as Sete Maravilhas da Antiguidade, com o Templo de Ártemis!
DIANA Filha Júpiter e Latona. Irmã gêmea de Apolo. Conhecida como uma deusa caçadora. Júpiter formou seu cortejo com sessenta Oceânidas e vinte outras Ninfas, que, como ela, renunciaram ao casamento. Ela não permitia que ninguém a visse despida, no entanto o caçador Acteão a viu tomando banho num lago e foi logo transformado em um veado. Sua matilha, não mais o reconhecendo termina estraçalhando o caçador. Diana tinha em Éfeso o templo mais magnífico que se construiu no mundo. É uma das sete maravilhas do mundo. É conhecida por vários nomes: Hécate (deusa dos infernos - aquela que bate de longe); Lucinda (deusa que presidia os partos); Febe e Lua. Ainda que o conjunto dos planetas representam a alma a Lua a representa por excelência e o mito de Eros e Psiquê fala por si só da alma e de seus processos. XVIII ÁRTEMIS XVIII Ártemis ou Artemisa é a patrona dos animais, é a virgem caçadora do Olimpo. Ela tem uma estrutura atlética e é uma arqueira exímia. Irmã gêmea de Apolo. Seus símbolos são: o arco e flecha; tocha; animais em geral, principalmente o cão, gato, leão, corsa e urso. Amante de todos os animais, mas com pouca paciência com seres humanos, nunca mostrou misericórdia de quem ousou violar sua pessoa. De acordo com a mitologia, Ártemis só ficou apaixonada uma única vez e foi pelo caçador Órion (filho de Possêidon, um gigante guerreiro, forte, atraente e corajoso), mas Apolo que tinha muito ciúmes da irmã, acabou numa atitude suspeita, almejando o grande amor de Ártemis.
Ela tinha uma linda voz e enquanto cantava seu irmão tocava lira, as canções de Ártemis maravilhavam todos os habitantes do Olimpo. Ártemis é a deusa das florestas e da caça, e tanto ela como Apolo tem uma excelente pontaria. Ártemis ou donzela, representa a lua crescente, é o aspecto puro, independente e dinâmico da deusa. Representa a fragilidade, tornando-se cada vez mais forte e brilhante. Pessoas que recebem forte influência desta deusa, geralmente conseguem um melhor desempenho em suas vidas quando se encontram no campo ou perto das florestas. Os que vivem em grandes aglomerações urbanas, quando vivem, ficam perturbados durante boa parte do tempo. A carta desta deusa revela confiança, castidade, pureza, cautela, boa coordenação, amor por animais, tendência para se dar bem em esportes, ótimas oportunidades de sucesso com uma vida levada ao ar livre e grande dedicação para os pais e amigos íntimos. Quando a carta aparece na posição invertida, indica imprudência, impureza, insensibilidade, inexorabilidade, obscuridade e um desprezo gratuito a tudo e a todos muito indesejável. Tanto os homens como as mulheres muito influenciados por Ártemis, tem uma certa contrariedade em relação a humanidade como um todo. Eles não são muito de festas, nem de badalações, preferindo tranqüilidade e a companhia de pessoas que tem mais a ver com eles mesmos. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, Ártemis corresponderia à Lua, símbolo da obscuridade e do entorpecimento.
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APOLO — FEBO Apolo (nome grego) — Febo (nome romano) APOLO — DEUS SOLAR Visualizar um alvo distante; compreensão intelectual; análise objetiva das situações; aventuras; legislador; sabe o que quer, enxerga o futuro e define as suas metas; são realizadores, criadores, autores, legisladores; deus jovem, belo, alto e de longos cabelos negros; valores tradicionais; generosidade e benevolência; racional,
lógico, intelectual e filosófico; valorização da beleza das formas; extremismo; necessidade de mergulhar em seu eu interior; tem características leoninas.
APOLO Deus do sol e patrono da verdade, do tiro com arco, da música, da medicina e da profecia, foi o mais majestoso dos Olímpicos. Esse filho de Zeus é associado com os preceitos básicos dos gregos: "Conhece-te a ti mesmo" e "Nada em excesso". Fundou em Delfos o oráculo, que dava à Grécia conselhos, bons e maus, e profecias claras ou obscuras. Em grego Foibon Apólon; o nome que procede de fos, "luz" e do substantivo bios, "vida", Luz da Vida. Seus pais são Júpiter e Latona. É o mais radioso dos imortais. Vivifica todos os seres, mas também queima e desseca tudo. Deus fecundo e purificador. Grande curador e médico, pai de Esculápio. Deus da harmonia e da música apaziguante. Comanda as Musas. Deus da profecia, inspira as Sibilas e Pitonisas, em Delos, Tênedos, Claros, Pátara, Cumas, e outros lugares importantes. É representado com raios ao redor da cabeça, e percorrendo o zodíaco num carro puxado por quatro cavalos brancos. XIX APOLO XIX Deus mais conhecido universalmente da mitologia grega, Apolo ou Febo é o deus da luz, música e profecia. Retratado principalmente como um belo arqueiro de cabelos dourados. Ele era adorado como rei da luz do dia e da luz do entendimento. Segundo os ideais gregos, era a divindade que conduzia o carro do
Sol e possuía todos os aspectos mais sagrados e preciosos, era a representação da beleza, verdade, harmonia e inteligência. Um dos feitos de Apolo que mais contribuíram para a humanidade, foi eliminar a enorme serpente Píton que perturbava as pessoas nas proximidades de Parnaso, por isso a vitória da luz sobre as trevas é simbolizada em Apolo e na serpente. Seu pai era Zeus e seu mãe Leto (uma titânica). Foi expulso temporariamente do Olimpo pelo pai por ter matado os ciclopes, gigantes com um só olho. De acordo com a lenda, a razão do planeta Terra ter regiões muito secas e outras desoladas e frias, é porque um filho de Apolo, Faéton, conduziu desastradamente uma vez o carro do Sol em lugar do pai. Além de ser bastante ligado às artes, Apolo era o patrono das ciências. Seus símbolos são a lira, arco e flecha e o golfinho. Apolo significa para o consulente carisma, inteligência, harmonia, intuição, habilidade para as artes e músicas, bom gosto para estética, generosidade e simplicidade. Pode significar ainda aptidão para adivinhação e profetização. Quando a carta de Apolo está na posição invertida, quer dizer abuso ou mal tratamento das artes, ingratidão, sarcasmo, narcisismo, insegurança, fingimento e excentricidade. Para as mulheres esta carta traz independência, o que pode levá-las a importantes cargos profissionais principalmente na área artística. Em relação aos homens produz charme, elegância, simpatia, ousadia e muitas vezes também romantismo. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, Apolo corresponderia ao Sol, símbolo da felicidade e do prazer.
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OLIMPÍADAS
XX AS OLIMPÍADAS XX As Olimpíadas ou Jogos Olímpicos representam um momento de glória na cultura grega. Sua realização se dava de quatro em quatro anos nas encostas do Monte Kronion, chamado de território do Olimpo. Reunia representantes das principais cidades da Grécia e durava alguns dias. Durante os períodos de jogos, guerras e conflitos eram suspensos e todas as atenções da civilização helênica se voltavam para os jogos. As Olimpíadas eram de fato um cerimonial em homenagem aos deuses do Olimpo. Nela é que os homens (mortais) procuravam através da habilidade e da força atlética alcançar a glória divina, a partir do julgamento das aptidões dos humanos e sua conseqüente aceitação junto a benção dos deuses. As Olimpíadas significavam a consagração do povo grego e de seus deuses. Era o julgamento divino da força dos homens em sua busca da glória através de vitórias. Os jogos consistiam de várias provas tais como: corridas, arremesso de peso, dardos e disco, bem como por lutas. Esta carta indica gênio inventivo e disputa sublime. Pressupõe a necessidade de esforços concentrados na busca de novos caminhos. Simboliza a passagem para patamares mais elevados nos quais a glória e as conquistas imperam.
Quando invertida, esta carta, significa perdas e danos, num amontoado de incapacidade e erros. Simboliza culpa, derrota e dúvida. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, As Olimpíadas corresponderia ao Julgamento, símbolo de libertação e iluminação.
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OLIMPO
XXI O OLIMPO XXI Olimpo é o nome de várias montanhas da Grécia antiga, a mais famosa situa-se entre as regiões da Macedônia e da Tessália. De acordo com a mitologia, era o lugar onde os deuses moravam.
Quer dizer, o Olimpo representava para os gregos o mesmo que o céu representa para os cristãos. Ao contrário do céu cristão, o Olimpo não era um lugar onde as pessoas que podem ser consideradas boas durante a sua vida terrena merecem ir para lá. O Olimpo não é uma forma de recompensa ou gratificação para os mortos. É um lugar onde os deuses tem o direito de viver devido ao que eles representam e são, ou por conseguirem sua imortalidade através de alguma conquista ou feito realizado em alguma dimensão inimaginável por nós humanos. Em outras palavras, o Olimpo representa um estado de espírito e mental equilibrado, que só dá para ser alcançado pela humanidade se ela superar as instabilidades que são naturais da condição humana. O Monte Olimpo propriamente dito, tem no seu pico a aparência de um anfiteatro e as rochas mais altas assemelham-se a tronos gigantes. A própria natureza confirma, com sua extraordinária beleza e com formatos intrigantes, o misticismo do lugar. Esta carta indica sorte, lucidez para diferenciar o certo do errado, realização, amor sublime, grande inspiração, profundidade de análise, sucesso total, encontro de amor, liberdade e felicidade. É uma carta tida como a melhor de todas, pois significa realização muito importante conforme a moral do consulente. Por ser uma carta bastante significativa e positiva, ela altera todo o conjunto das cartas que já apareceram. Ao surgir na posição invertida, o Olimpo expressa incapacidade de concentração, dispersão que pode estar sendo causada por falta de aspirações ou por acomodamento, obstáculos, hostilidades por parte dos outros e estagnação. É necessário que o consulente faça uma boa reflexão e se fortaleça, para depois enfrentar os obstáculos e então esquecer a fase de estagnação. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, O Olimpo corresponderia ao Mundo, símbolo da felicidade e lucidez.
============================================== POETA
XXII O POETA XXII O Poeta é a única das cartas do Tarôt dos Deuses que não se refere a nenhuma divindade... O Poeta representa um mortal, uma figura típica da Grécia clássica. Eram viajantes em sua maioria, homens que relatavam a história, os costumes e as tradições. Homero é talvez a figura que melhor represente esta gama de mortais, que mesmo sendo caracterizados como pessoas sem dinheiro e sem poder, possuíam a graça e a proteção divina. Pois eram mensageiros da história e das lendas, sejam elas dos homens ou do Olimpo. Mortais, mais providos de inteligência, os poetas são seres bizarros, demarcados pelo estigma da loucura e da ingenuidade. Age por intuição e vaga pelo mundo, sendo desprovido de capacidade de discernimento e racionalidade já que é mortal, mas tendo assim a clarividência divina. O Poeta significa situações de instabilidade e loucura. Simboliza infantilidade e busca desconexa da sorte. É o carma dos aventureiros errantes, das crianças e dos loucos. Estando invertido, ele aponta para desânimo e inoperância. Perde o brilho alegre e irresponsável do Poeta boêmio e viajante, para se configurar em remorso e tristeza. É medo e dificuldade. Numa analogia com o Tarôt de Marselha, O Poeta corresponderia ao Louco, símbolo da loucura e ingenuidade.
clique na figura abaixo e conheça a O.F.M.C.D.
A Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada tem ou teve alguma relação com alguma outra ordem (Rosacruz, Maçonaria, Thelema, Templários, etc.) ? R: A OFMCD e suas ligações: - Rosacruz - temos por conceito que ROSACRUZ muito mais do que uma Ordem é um sistema de consecução espiritual para emancipação do espírito. Entretanto a OFMCD não possui ligação com nenhuma Ordem ou Fraternidade "dita" Rosacruz existente. - Maçonaria - A Ordem foi fundada por Maçons, mas nunca obedeceu nenhuma potência regular. - Thelema - Aceitamos a Lei de Thelema, estudamos os conceitos thelêmicos, bem como, o sistema magick. - Templário- Tem-se por definição que Templário é todo aquele que possui um Templo dentro de si.
- Luciferianismo - Aceitamos o Arcanjo Lúcifer como o Regente Planetário e o Portador da Luz e do Conhecimento. É através dele que ascenderemos até o GADU. - Satanismo - Não somos satanistas. O termo satanista foi modernamente criado pela Igreja Church of Satan fundada por Anton de La Vey. O Satanismo em sua versão moderna adota o culto a sombra, isso difere tecnicamente em muitos aspectos do Luciferismo ou Luciferianismo. A Ordem tem alguma ligação com Fraternitas Saturni, Astrum Omega? R: Não temos nenhuma ligação ou similaridades com estas Ordens ou Organizações. A OFMCD é ligada algum organismo internacional? R: Sim, mas num caráter de interdependência, ou seja, não obedecemos a nenhuma potência maçônica conhecida pelos público em geral. A OFMCD é em linhas gerais a mesma organização apresentada no livro FRABATO de Franz Bardon? R: De forma alguma. O livro FRABATO é uma obra de ficção, assim como diversas outros romances ocultistas.Podemos dizer que a O.F.M.C.D. é uma organização genuinamente brasileira que não aceita qualquer ingerência internacional. Entretanto, tratados nacionais e internacionais poderão ser consumados desde que objetivem o crescimento da Ordem e de seus interesses como um todo. O que significa a Ordem de Melquisedeck e a Ordem de Prometeus cujos selos estão presentes no selo geral da OFMCD? R: Os trabalhos da Ordem de Melquisedeck são os trabalhos em LUX e os trabalhos na Ordem de Prometeus são os trabalhos de NOX. Isto significa que trabalhamos em ambas polaridades no intuito de estabelecer o equilíbrio do Adepto. Poderia me esclarecer um pouco mais sobre o egrégora da Ordem? R: A fórmula mágicka da Ordem está envolta a Egrégora de Proteção dos Espíritos ou Deuses Planetários. Por exemplo: Entendemos que os Deuses partiram de uma única fonte primordial e sua egrégora por demais potente, tem simplesmente mudado de nome (ex: Hórus, Marte, Ogum, Ares) mas, mantido seu ponto focal na conformidade com as energias planetárias, energia astral que ele é regente. Como nós, seres encarnados, somos cópias de um original moldados em nosso veículo astral pelas influências astro-físicas, entendemos
que a fórmula mágicka planetária é a mais potente existente, e por isso mesmo por nós desenvolvida através do arquétipo Cabalista. Da mesma forma a Ordem, com sua Loja se defenderá e defenderá seus membros das forças contrárias (correntes abissais, espíritos transplutonianos, demônios, exus, quiumbas, véus de existência negativa, raios negros e vórtex ou vórtices obscuros) utilizando-se de Daemons(Servos Astrais destinados a servir o Mago) ou através de Criações Mentais amplificadas ou magickamente concebidas denominadas de Egrégora. Note que uma Egrégora uma vez criada, só poderá ser destruída por uma força mental três vezes superior aquela que a criou. A fonte ou energia de geração dessa Egrégora de Proteção, captada pelos Magos da Ordem é emanada por Prometeus ou Luxferris, que é exatamente o Regente da Ordem de Prometeus, ainda que submissa a Ordem de Melquisedeck cujo regente é Adonai. Todos esses mistérios são minuciosamente estudados e melhor compreendidos conforme a evolução dos estudos de nosso membro. Quais as origens da Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada e qual simbolismo deste Nome? R: Por favor leia os estatutos e Constituição da Ordem que irá compreender. http://www.cursosdemagia.com.br/constituicao_fogc.htm Apenas para elucidar, nossa Loja é também chamada de Centúria, isto se dá porque cada Loja só poderá compor no máximo 99 membros completando com o "Daemon" ou egrégora de proteção a centésima cadeira. Centena em latim Centúria. E "Dourada" se deve ao fato da iluminação pelo Sol interior. (Tipharet) Em se tratando de uma Ordem Ocultista, quais finalidades da Egrégora da Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada? R: Por favor leia os estatutos e Constituição da Ordem que irá compreender. http://www.cursosdemagia.com.br/constituicao_fogc.htm A Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada trabalha também com rituais sexuais? R: O assunto é parte integrante de nosso Currículo de estudos. Entretanto, não existe qualquer fomento a ritos ou práticas sexuais em nosso Templo. Quantas Lojas ou templos A Ordem Franco-Maçônica da Centuria Dourada possui no Brasil e no mundo? R: No Brasil por enquanto só uma Loja em São Paulo. No mundo desconhecemos a extensão do evento, uma vez que a Ordem sofreu reformulação pós a segunda guerra mundial. E as possíveis Lojas trabalhem de forma independente.
Qual a freqüência regular obrigatória para o membro da Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada? R: Depende do local de residência do membro. Gostaríamos entretanto, que o membro participasse de nossos Ritos Equinociais e Solstícios. Quais os ensinamentos oferecidos pela Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada? (Kabalah, Alquimia, Astrologia, Teurgia, Magia elemental, Alta e baixa magia, hipnose, etc.) R:Todos os ensinamentos supra mencionados, indo um pouco mais adiante. O que é ser um aspirante ao Sagrado? Qual o real significado para novos membros que adentram aos portais Sagrados da Ordem que administra? E o que significa pertencer a classe minerval? R: Bom, comecemos pelos atributos da Deusa Minerva. Deusa guerreira, ela não vence seus inimigos pela força bruta, mas pelos ardis que inventa, pela astúcia e pela inteligência de seus estratagemas. Minerva tem a face feminina e a masculina: embora mulher, é uma deusa virgem que defende o poder masculino. É a senhora das técnicas, da racionalidade instrumental, a criadora das saídas de engenhosidade. Deusa guerreira, da sabedoria, das atividades práticas, mas também do trabalho artesanal, do espírito criativo e da vida especulativa, ela reúne aspectos fundamentais à formação da engenhosidade humana. assim o aspirante ao Sagrado deveria sintetizar em si os próprios atributos da Deusa Minerva, que por sua vez sintetiza duas dimensões do trabalho do aspirante a Grande Obra: a criação, por um lado, e a execução, por outro. Ela reformula em si só o velho axioma hermético: "Solve et Coagula" ou "Dissolve e Reforma" através dos Ritos Sagrados. Mas o que dissolve e o que pode ser reformado ou reconstituído no ser humano ou no aspirante? R: O Ego pessoal, pois este sendo o único e real ser que nossa personalidade tão fielmente se envolveu, agarrou, defendeu e serviu. Entretanto o Ego dessa nossa única existência não passa de uma máscara que encobre o verdadeiro ser envolto pela Alma Imortal. Por isso um dos atributos do Mago é o diálogo com o seu Sagrado Anjo Guardião que corresponde ao seu verdadeiro Eu Sagrado. Somos deuses e toda a matéria não é nada mais do que uma ínfima expressão, até mesmo imperfeita de um modo de vida superior. Na Qabalah estamos em Malkuth o reino da Terra, portanto quando eu digo imperfeita, me refiro as realidades contidas por trás das aparências, daquilo que ainda não percebemos em virtude de sua sutileza.
Tal situação que menciona como esse relacionamento com o Anjo da Guarda, não seria em partes uma alegoria ou criação da nossa imaginação? R: Uma mente Imaginativa é uma Mente Poderosa! A mente imaginativa abre canais por onde o concreto se torna palpável. Você pode criar inúmeras imagens mentais em sua cabeça, por exemplo de pássaros voando, ou de um dia movimentado numa avenida de uma cidade grande, entretanto verá que tais imagens perdem o seu controle pois passam a ter vida própria, de repente vai se tornar difícil precisar o número de pássaros voando, ou os tipos de carros ou até pessoas transitando em sua criação mental, ou seja, o pensamento passa a ter forma. No caso do chamado SAG ou Sagrado Anjo Guardião o mesmo pode ser compreendido como a melhor parte nós mesmos, pois é esta parte que mantém o elo de ligação com as formas ascencionadas ou divinas.
Por que dizem na sua doutrina que segue algo como Deus é Homem ou o Homem é Deus. Vocês não acreditam em Deus? R: Conforme disse acima com outras palavras a Alma Humana é parte de um universo maior e é ela própria uma réplica desse universo. Em Magia dizemos que ele é o Microcosmo dentro do Macrocosmo. Não existe para o mago a chamada matéria morta num sentido vitoriano, porque em sua visão ele já subsiste como parte da vida eterna, e que tudo que é material pode existir no tempo e no espaço. Se vemos aqui a lâmina de metal de nossa espada, o que para o vulgo é apenas um pedaço de metal ou de matéria morta, para o mago este metal de aparência material será um conjunto de energias saindo dos diversos planos invisíveis para se integrar num último plano. Nas Escrituras Sagradas é dito: "O Espírito do Senhor a tudo preenche"; assim para o mago nada é vulgar ou sujo pois tudo servirá um propósito como expressão de vida daquilo que é eterno. Assim é dito nos Rituais Sagrados: "Não há parte de mim que não seja de Deus ou dos Deuses". Bom, falamos de Deus e quanto aos Deuses o que eles representam no seu contexto filosófico? R: A visão de um adepto do significado do que seriam os Deuses não seria algo tão ortodoxo como se poderia esperar. Assim poderíamos dizer que os Deuses quanto cultuados por um grupo acabam por encontrar tanto no universo visível como no invisível um campo de poder onde diversas forças interagem, sendo estes aspectos integrantes do supremo, e nessas energias e forças cintilantes e dançantes, eles vêem a unidade de uma vida, filhos de Deus, que evoluíram em universos precedentes e que, agindo como canais perfeitos para o supremo poder, são como lentes de aumentam que transformam e ampliam a luz e o calor do Sol que é emanado de cima para baixo. Tudo que vemos no plano material é apenas substância formadas por qualidades secundárias daquilo que chamamos de universo "real". Assim dizia o Sábio Grego: "Sou criança da Terra, mas minha raça veio das estrelas".
Seria a meta do ser humano de se transformar em deuses? Isto não seria um tanto utópico? R: Na entrada do Templo do Oráculo de Delfos está a inscrição: " Conhece a ti mesmo". Mirando no seu interior o mago contempla o plano primal sobre o qual a natureza humana foi formada, olha ao seu redor e vê um mundo decaído, mas mesmo assim consegue enxergar nesse mesmo mundo, o universo como suprema harmonia e beleza, assim com esta luz, ele percebe o ideal no qual seu verdadeiro ser está fundamentado e por onde se sustentará em sua busca. Pois é em meios as quedas, é que existirão os obstáculos ou ordálias do retorno mediante o sacrifício ou Sagrado Ofício em miríades de vida. MANIFESTO Escuridão & Luz Pelo Ir.'. Francisco Marengo A mente humana não consegue imaginar os estranhos e terríveis mistérios que se escondem no mundo invisível. O homem acha que ele já não tem mais o que pesquisar no espaço que o cerca: ele determinou as distâncias, mediu as temperaturas, analisou a composição das substâncias e, no entanto, os seus instrumentos, onde quer que seja, só encontraram o vazio, o frio e a escuridão... Para estudarmos o mal, sem o qual nós não podemos aprender a fazer bem, pois não se pode defender-se de um perigo que não se conhece. Justamente é a ignorância que desarma o ser e o leva a derrota. É a ansiedade que destrona o rei, mata o guerreiro, limita o conhecimento, semeia discórdias e desordens por todos os cantos. A ignorância nos faz caminhar contra as forças que governam o Universo. O poder superior e a perfeição criam seres imperfeitos e os obrigam a elevarem-se até o protoplasma de um arcanjo, através de milhões de mortes, a padecer em função de seus instintos, cujo germe foi concebido junto com eles, e a torturar-se com todos os sofrimentos possíveis da alma e do corpo, até que se atinja a almejada Luz. Mas seria esse o único caminho? Um caminho de dor, torturas e morte? Qual o ser humano que realmente aspira evoluir através dessa agonia infinita? À perfeição, como à bem-aventurança suprema? Vaga promessa de uma felicidade duvidosa! Como se fosse tão desejável alcançar a harmonia, que representa, sob a máscara de imparcialidade e amor à humanidade, nada mais além do que uma profunda indiferença e egoísmo empedernido. Nós nos insurgimos contra essas leis implacáveis que prometem alegrias remotas e desconhecidas, enquanto sentenciam, de antemão, as infelizes criaturas aos sofrimentos inumanos - elos inquebrantáveis de uma corrente infinita, geradas imperfeitas e escravas do trabalho sem fim, que a ignorância empurra autocraticamente. E com que direito? Sempre se sustentando naquela terrível lei da escravidão do fraco pelo mais forte. O fraco ignorante é sempre esmagado pela roda daquele que sabe governar as leis. A humanidade extenuada chora cônscia de sua ignorância, treme e consome-se: na terra - do medo da morte, sempre a ameaçar como a espada de Dâmocles, e no espaço -
sob o flagelo da expiação. (“Dionísio, o poderoso Rei de Siracusa, a mais rica cidade da Sicilia (432- 367 a .C), vivia num luxuoso palácio rodeado por guardas e empregados prontos à atender a todas as suas ordens e satisfazer todos os seus desejos. Ele comandava o império com poderes absolutos. Sua palavra era lei – uma ordem a ser cumprida sem questionamento. Acontece que, um de seus melhores amigos, Dâmocles, vivia afirmando que ele, como tinha o destino do povo em suas mãos,era o homem mais feliz da terra.Cansado de tanto ouvir a mesma conversa, desafiou o seu súdito à vivenciar,por um único dia,todas as regalias de um reinado invejável. Aceita a proposta, Dâmocles, colocou as vestes reais,recebeu o cetro e a coroa de ouro e foi apresentado à todos como o novo monarca.Para consolidar a sua autoridade o novo rei ordenou a preparação de um grande banquete, com a presença dos mais ilustres convidados. Assim foi feito.Durante a belíssima festa Dâmocles foi saborear o vinho da mais antiga safra existente na adega,levou o copo aos lábios,inclinou a cabeça para trás e, como se tivesse visto um fantasma, empalideceu. Ele viu uma brilhante e pontiaguda espada direcionada para a sua testa, segura apenas por um fio de crina de cavalo.Ninguém poderia vê-la,somente quem estivesse sentado no trono real. Enquanto ele tremia de medo,o verdadeiro rei gargalhava a sua frente.Como sobre um mesmo fato as pessoas podem ter percepções completamente diferentes entendemos que, em vários aspectos, a humanidade caminha sob a “espada de Dâmocles” ).
O chão das igrejas e religiões está surrado pelas marcas de joelhos de homens aterrorizados que clamam por um falso Deus misterioso, suplicandolhe clemência e misericórdia, e, no entanto, o falso deus em tom mais zombeteiro que o nosso - que vocês chamam de "satânico" -, responde: - Vivam segundo a Minha inabalável lei, ou seja, a lei que homens mesquinhos tentam impor aos vulgos. E esta lei proíbe que vocês se utilizem dos instintos inseridos em suas almas, sendo que a manifestação livre desses instintos chega a ser criminosa por chocar os preconceitos meramente mundanos. Disciplinem os sentidos de acordo com a massa de conformismo a vocês concedidos pelas igrejas, e viva sua vida só com o que for imprescindível para o movimento universal, que os impele para trás para transformarem-se na farinha celestial da qual se panifica a matéria primeva. Por que tanto espanto com minhas palavras? Dê uma olhada ao redor e a justeza de minhas palavras ficará patente. Quem conhece o deus da igreja? Quem sabe o que ele é? Normalmente o explicam assim: “É Pai todomisericordioso, infinitamente bondoso, refúgio de todos os sofredores, protetor dos fracos e deserdados, sempre preocupado com a felicidade de suas criaturas”. É na teoria histórica. Pois na prática basta respirar para sofrer; e todo bom sentimento é punido cruelmente naquilo em que ele se manifesta. Por exemplo, o amor à primeira vista, é o sentimento mais puro do coração humano, mas o que ele proporciona além dos sofrimentos? Uma morte cega e cruel subtrai os seres mais queridos; a doença acorrenta as pessoas ao leito da dor; um destino caprichoso lança na miséria as pessoas mais nobres; a fatalidade persegue os mais puros, causando-lhes sofrimentos que somente podem ser suportados pelo infeliz coração humano. E para que tudo isso? Para depurá-los; para testar a sua fé na misericórdia de Deus... O que já não foi inventado para testar a fé das criaturas!? Que cruel escárnio! Junto do banquete para ser servido aos eleitos, acomodam-se os deserdados e famintos, permitindo-se que eles admirem, de estômago vazio, como se refestelam os comensais. Mas... ai deles se lhes passar
na cabeça a vontade de estender a mão em direção a algum naco de pão. Sobre eles desabará o fogo celestial; uma voz irá vociferar: “Não ouse tocar naquilo que pertence ao seu próximo”! Você é privado do essencial para a sua própria purificação. Você deverá morrer de fome para que a sua fé seja testada. A recompensa aguarda-o no paraíso! Vaga promessa de uma felicidade incompreensível. Com a morte decretada inutilmente devido a toda espécie de provações, um pobre faminto, que furtara um pedaço de pão e fora posto atrás das grades, quebra a cabeça para conseguir entender: por que, gerado com um estômago que exige alimento, é crime contra a Divindade haver pegado o que ninguém lhe dá para a satisfação da primeira necessidade? Por que só os outros têm direito de almoçar e jantar, enquanto ele não tem direito nem ao menos a uma casca amanhecida? "Não filosofe e se submeta com fé e humildade à sapiência divina, que só lhe deseja o bem" - dizem-lhe. É claro que essas palavras são muito reconfortadoras, mas continuam sem explicar nada da mesma forma. De igual maneira são misteriosas e incompreensíveis às causas de sofrimento dos seres inferiores, pouco desenvolvidos, é claro, não obstante capazes de sentir e entender o sofrimento. Existe alguma sentença de morte que um ser humano, para a satisfação de sua gula, sua preguiça e de sua falsa, mas famigerada sede de saber, não utilize contra esses indefesos seres que não são protegidos nem por céu nem por inferno? Muitos se esforçam para se vingarem pelas injustiças sofridas, e a Magia não tem melhores aliados como os espíritos que ela invoca e atiça contra os homens mesquinhos. Em função dessa luta, motivada por ódios mortais, nós finalmente triunfamos sobre as forças escravizadoras que nos condenavam ao trabalho escravo e ao sofrimento, atirando-nos, feito uma esmola, nesgas de conhecimento. Não, nós queremos saber tudo, só queremos penetrar no saber da criação e ter a chave do mistério. Se você prega somente à revolta, sofrerá, mas se você quer ser sempre o bonzinho hipócrita, fingir que é o bom samaritano, os céus não lhe atenderão no sofrimento e os demônios devorarão suas entranhas quando lhes pedir ajuda. Esse será o destino dos mornos. A existência da contradição é aparente, pois, conforme eu disse antes, nos corações dos aspirantes a nossa Iniciação há tanto bem quanto mal. Essa insegurança, sempre renascente, essa luta entre os dois instintos é justamente o sofrimento que nos legaram com o fito de aprendermos. E por que nós não podemos oferecer proteção aos profanos e prevenir as catástrofes da vida? Quem sofre, entende dos sofrimentos dos outros, principalmente se conhecemos e amamos esses outros. Não importa que eles vão nos enfastiar com as suas gratidões; mas você achará totalmente natural que nós ofereçamos a proteção, essencialmente, para aqueles cujos desejos são mais passionais, para aqueles que são mais audaciosos; pois o nosso exército necessita daqueles cujas vidas foram esmagadas e asfixiadas em suas garras, e que tenham sido suficientemente martirizados e desprezados sem razão, para ficarem com aversão a seus ímpetos magnânimos e a sua aspiração ao céu. Aquilo que vocês chamam de "virtude", "humildade cristã" etc..., ou seja, tudo aquilo que, entoando "aleluia", é suportado sem rancor frente às injustiças e perseguições, nós chamamos de pusilanimidade, que não é respeitada nem na Terra nem no Astral... Para provar este axioma é possível trazer uma série de exemplos. Os pais que se sacrificam para educar os filhos enchendo-os de mimos, ao educá-los morrem, mutilam-se ou perecem moralmente, enquanto os filhos que são
ensinados a viver as aventuras do mundo - florescem, crescem e trazem-lhes alegrias e reconhecimento. Da mesma forma, uma mulher hipócrita repleta de falsas morais, sobrevive à sombra e na solidão; enquanto uma sacerdotisa de nossa Tradição – inteligente e intuitiva é reverenciada, brilha na primeira fila. O forte sempre triunfa; ele é invulnerável em sua satisfação mesmo que um tanto egoística. E sempre os fracos são responsabilizados por ele. Essa hipocrisia social absurda faz com que quando os pais são devassos, quem sofra o castigo sejam os filhos, nascidos de um amor ilegal para a sociedade; sobre esses desaba toda a fúria da falsa virtude moralista afrontada. Os pobres filhos, testemunhas inconvenientes da vergonha, que ousam ainda reivindicar certos direitos, são rejeitados, asfixiados, afogados ou entregues para a "engorda" nas mãos cruéis do destino, onde, na pressa de se ver livre de sua dor, estas pequenas e indefesas vítimas são condenadas para servirem a duas mortes seqüenciais: a do espírito e a do corpo. Ambas as passagens são duras e inúteis nestas condições. Os pais e as mães dos sacrificados permanecem, no entanto, incólumes; continuam a freqüentar a sociedade e são os que mais alto falam em defesa da moral, enquanto esta, indulgente, fecha os olhos para as suas fraquezas. O assassinato, dizem, é um dos crimes mais odientos. Por que é que então o massacre de milhares de inocentes permanece impune? Terra, dizem também, foi dada a homens para nela se encarnarem, suportarem provações preestabelecidas e se aperfeiçoarem. Mas por que, então, tantos seres são descartados para o mundo invisível onde eles não têm condições de cumprir com esses propósitos, doridos, repletos de fluidos vitais, inúteis para eles? E, no entanto, asseveram-nos que nada ocorre por acaso e que em cada átomo existe o elo imprescindível ao grandioso "tudo". Mas, pelo visto, essa estranha anomalia não diz respeito a ninguém, e ninguém se apressa em corrigi-la. Isso asseguram-nos os nossos adversários - são as provações para pais e filhos. Não é nossa tarefa desmenti-los, pois justamente essas provações, mais as encarnações mal sucedidas, têm preenchido as nossas fileiras com os mais rancorosos. E isto é compreensível! Abandonados pelo céu, eles procuram ajuda em nosso meio, enquanto o defensor legal dos destituídos está em algum lugar ao longe... Ele está sempre ausente na hora da necessidade de evitar alguma injustiça ou proteger um inocente... É por isso que os homens não o temem. Eles sabem perfeitamente que podem pecar sem punição e zombam dos tolos que sacrificam as delícias do presente em troca de uma vaga esperança do futuro incerto. O pobre de espírito, de saúde, de amor, de prosperidade, derrama lágrimas amargas no túmulo antecipado de seu filho - enquanto isso, o rico de espírito, de saber, de saúde, de amor é verdadeiramente imortal, cheio de contentamento, sem nada a temer - nem à morte - e ávido da coroa dos magos está separado do escárnio e da dor moral por um abismo. Se você pretende vir até nós estudar a essência do bem e do mal, ótimo. Se você chega até nós com vistas de nos vencer com as nossas próprias armas. Tanto faz! Nós resistimos, inclusive, a ataques de adversários bem mais fortes que você. Agora eu lhe responderei, sem vacilar, por que nós lutamos contra as forças muito mais poderosas que as nossas e vencemos. É porque nós não estamos como você no limite do desespero. Nós podemos contar com o poderoso Senhor Portador da Luz. Ele não terá misericórdia de nossos inimigos, semelhante a uma máquina infernal que o arrastará para uma turba enlouquecida.
Se o seu coração e inteligência sempre esbarram no incompreensível, é porque você é parte integrante do desespero o gênero humano. Daqueles que ao invés de respostas, só encontram silêncio e mistérios insondáveis que envolvem o passado e o futuro de toda a criação. E assim vai girando no infinito, os mundos e os seres, sem conhecerem o caminho a seguir. Só uma coisa é clara: se você é um falso moralista, hipócrita, se você é um corrupto, você é governado por duas forças terríveis. Uma delas o empurra para frente e a outra - o detém e impedindo o seu retorno à sede. Ao encontro dessas forças, você se debaterá inutilmente e no final engrossará o exército de demônios que nos assistem e nos servem. No intermédio entre a ordem e o caos nós vemos o objetivo final da dança da vida e ficamos de posse da chave do enigma, antes de atravessarmos a ígnea barreira límpida que nos oculta os grandes mistérios da existência. Talvez esse santuário seja inacessível para todos, mas nossos esforços serão coroados para edição de uma nova lei, quando então ficaremos cercados por um exército de átomos claros, um exército de sabedoria, por virtudes de poder e beleza de perfeição ilimitada, e nos tornamos senhores daqueles muros fulgurantes que nos separam para sempre do mundo com o qual estamos ligados com todas as fibras do coração. Os lábios dos arcanjos estão cerrados pelo grandioso selo dos mistérios; o silêncio é o seu poder. Mas quem poderá nos provar que esses seres límpidos não estejam arrependidos por terem vencido todas as suas fraquezas, que emocionam o coração imperfeito de humanos? Não seria essa a lenda do Arcanjo Caído? A alma aparentemente límpida é estúpida e vazia, pois está, perdendo o hábito de chorar, amar, sentir as alegrias e penalizar-se por aqueles que sofrem. Com um olhar apático, ela observa as duras provações daquele que outrora amou. Egoísta ela não tem outro interesse além da qualidade da luz ou da falsa bem-aventurança da paz infinita. Mas, se por um lado nos é difícil descortinar os mistérios que nos cercam, podemos tentar impedir o movimento descendente dos espíritos. Quem é que está em condições de garantir que nós não seremos o fiel da balança na hora da transição dos Aeons? Que tipo de tempestade será desencadeada? Que tipo de mudanças ocorrerão por conta da alteração do equilíbrio? Quem, no fim das contas, irá governar o Universo?! Você quer fugir? E para onde? Aonde você vai se esconder das verdades amargas que eu disse? Em vez de correr do mal é melhor aprender a governá-lo, não no intuito de vencê-lo, mas para fazê-lo seu aliado e impedir que a odiosa e cruel força o impila para trás. Se você fraquejar e a sua alma tola for buscar a luz nas convenções retrógradas da religiosidade humana, você será arrastado pelos cabelos para o abismo, e cada degrau que cair martirizará o seu corpo e a alma, e os demônios o trarão ensangüentados e dilacerados aos pés do Mestre das Trevas. Olhe agora para o céu noturno. Lá, no meio de centenas de milhões de vias lácteas, reinam as energias criadoras e destruidoras, entrelaçados num eterno romance astral (como diria Raul Seixas). Mas naquele redemoinho celestial se você não se emancipar se transformará, no máximo numa mola, num fio elétrico a mais da máquina criadora, sem preservar sua individualidade e a consciência de si: você deixará de odiar e amar, e fará parte da rotação universal, "perfeito e imperfeito" e "feliz e infeliz", pois de você não sobrará nada além do vazio, que substituirá o seu coração morto... Que esse meu discurso o domine com tal força, que se diante de você aparecer os mentirosos oferecendo as portas do céu que lhes serão abertas, você
instintivamente recuará, duvidando da falsa luz diante de seus olhos sem nenhuma empolgação. Tudo que as religiões opressoras dizem é falso, e quando é verdade, geralmente é enfocado sob um falso ponto de vista. Eles não querem admitir que para a alma - já que ela é imortal - seria insuportável permanecer estática num único lugar por toda a eternidade, e que as transformações, por mais que elas sejam difíceis, possuem um grande objetivo inevitável. As perspectivas das falsas religiões abominam o ser humano poder se tornar uma das molas propulsoras da perfeição, que deve sempre constituir-se, entretanto, num ideal que qualquer espírito deve almejar. Livrar-se para sempre de dúvidas que atormentam, de sentimentos mesquinhos e de impulsos ilógicos, para abraçar toda a humanidade num sentimento de liberdade e amor puro e harmônico, desprovido de qualquer interesse pessoal, mas que ao mesmo tempo deve ser uma felicidade completa com as alegrias terrenas, pois afinal aqui estamos. Além disso, por acaso, a sensação da consciência saciada em ter alcançado a totalidade do ser e compreendido a origem e a finalidade de todo ser existente fará toda diferença. Os deuses valem a pena serem alcançados, da mesma forma, para compreender e vencer o mal é necessário estudá-lo. As legiões das trevas são numerosas e poderosas, todos esses espíritos vêem no sofrimento uma injustiça, e, esperam por meio da difusão do seu saber, deter a inexorável dor da existência. Para vencer esse exército de cegos que permeia a humanidade, nós devemos estudar o mal; e sabermos utilizá-lo, e para nos elevarmos até a luz, a qual, apesar de todos os obstáculos, nos arrasta a ela, feito uma mariposa à lâmpada. Nós fomos feitos de luz e nela nos transformaremos de novo. Nenhuma escuridão pode se misturar com a origem ancestral da pureza Luciferiana perfeita. É possível que alguma imundície se grude a ela, mas chegará à hora que esta mácula se soltará e se transformará em cinzas, e de seu bojo fulgirá uma luz ofuscante, que representa a essência de nosso ser, uma herança eterna de nosso verdadeiro lar. E a este lar nós retornaremos, apesar de todas as provações no infinito caminho através de todos os reinos da natureza; superando todos os sofrimentos e amarguras passadas, para depois gozar de paz, a bonança, o amor e harmonia perfeita.
A Magia e os poderes do ser humano (Eliphas Levi) Definição e escolas principais A crença na realidade dos poderes mágicos do ser humano é um fator comum a todas as culturas. Não há povo, tribo ou civilização, desde os primórdios da história até os nossos dias, que não traga o relato de pessoas especiais ou possuidoras de segredos e técnicas que os tornam capazes de operar efeitos surpreendentes ou mesmo aparentemente impossíveis. A Magia, de um modo geral, nada mais é do que a arte de causar EFEITOS VISÍVEIS a partir de CAUSAS INVISÍVEIS. O Mago, a bruxa ou o pajé são, portanto "colegas" de ofício, já que as leis mágicas pouco diferem entre si, apesar das diferenças culturais.
O uso concentrado e determinado do pensamento, da emoção e da vontade constitui o material básico que permite ao Mago atingir os efeitos que procura. No entanto, para que esses conteúdos interiores tornem-se mais efetivos, são apoiados em sinais físicos, concretos, surgindo assim uma infinidade de símbolos, ritos e métodos específicos. Devido a seu potencial perturbador da Ordem Social, a Magia na Antigüidade ficava restrita à classe sacerdotal. O acesso aos Arcanos da Natureza era considerado um processo sagrado, sendo minuciosamente regulado. Também é importante observar que, muitas vezes, o acesso à própria escrita era também restrito aos Magos e Sacerdotes, categorias que muitas vezes confundiam-se em uma só. A Magia apresenta uma série de conceitos básicos, idênticos ou muito semelhantes entre si. Os Magos postulam que o Ser Humano possui uma capacidade inata para o exercício da Magia. Essa capacidade, modernamente, recebeu o nome de função psi, conhecida há milênios e também chamada de manas, ju-ju, od, vril, gri-gri, axé... "TUDO TEM A VER COM TUDO" Outro conceito importante é o da unidade de todas as coisas em um outro plano, mais sutil, no qual trabalham os Místicos e os Magos. Esse campo, conhecido por alguns como PLANO ASTRAL, corresponde, em linhas gerais, a um conceito moderno de INCONSCIENTE COLETIVO, embora englobe muitas outras derivações. Outro dado importante, e que também extrapola os limites do inconsciente coletivo, é o de que nesse "mundo" os Magos se encontram, convivem e até duelam.
O QUE É A MAGIA? Magia, imagem, imaginação: A noção de que todos os seres e coisas da natureza integram um Todo articulado e coerente entre si, nos traz o terceiro conceito essencial para que se compreenda o que é a Magia: A LEI DA ANALOGIA. Esta Lei Mágica nos propõe que tudo no mundo possui um valor simbólico natural, intrínseco. Assim, por analogia: PARA OS MAGOS, O SOL NO UNIVERSO... O CORAÇÃO PARA O HOMEM... O LEÃO ENTRE OS ANIMAIS... O OURO ENTRE OS METAIS... E O DIAMANTE ENTRE AS PEDRAS...
... EXPRESSAM uma energia semelhante, cada um em seu REINO. Essa concepção deriva da relação entre o Microcosmo (o Ser Humano) e o Macrocosmo, pela qual o Homem representa no plano físico todas as Potências Espirituais. Assim, cada um é um universo único, singular, mas possui de forma potencial todos os poderes do Cosmo e da própria Divindade. Além dessas, outra lei universalmente reconhecida entre os Magos de todos os tempos é a de que é imprescindível optar por uma das Forças: da LUZ ou das TREVAS. Mesmo nos raros casos em que a dualidade sobrexiste, há sempre uma tendência predominante, persistindo um antagonismo inevitável. Apenas hoje em dia começaram a surgir, pelo influxo de novas concepções filosóficas, escolas mágicas que propõem a unificação das duas Forças, numa visão não dualista da Existência.
Escolas Principais Como qualquer outra forma de Arte e principalmente por ser muito antiga, a Magia ramificou-se em uma infinidade de escolas e linhas distintas, de forma inumerável. Modernamente salientam-se algumas pelo seu caráter filosófico singular ou pelo expressivo número de seus adeptos. Inglesa A Escola Inglesa apresenta três correntes principais de grande importância na História da Magia. A mais antiga é a escola dita enochiana , a partir dos trabalhos do célebre mago John Dee (1527-1608)e de seu discípulo Edward Kelley, que levaram a cabo uma série de operações mágicas que culminaram com a descoberta, através de anjos, de uma poderosa linguagem mística que seria o próprio idioma angélico, ou enochiano. Suas obras e os alentados tratados que legaram continuam sendo objeto de intensa pesquisa e experimentação por parte dos Magos ainda hoje.
Magia Wicca Outra escola inglesa clássica de grande relevância é a da Magia Wicca, que também apresenta divisões. De modo geral, trabalha com o culto às Forças da Natureza através dos Antigos Deuses pagãos: a Grande Deusa-Mãe e o Grande Deus Chifrudo Cernunnos, que não se confunde com o Diabo, como querem alguns de seus detratores. A Wicca resgata os valores, ritos e instrumentos da antiga magia medieval e mesmo pré-cristã, de marcada influência celta. Os ciclos lunares, bem como os equinócios e solstícios, desempenham papel fundamental nessa escola. Também são essenciais as datas específicas do culto, relacionadas com o ciclo das Terra e das colheitas.
As antigas sacerdotisas, para burlar a repressão, transformavam os próprios apetrechos domésticos em instrumentos mágicos, como a célebre vassoura, o caldeirão, a colher de pau, a faca, a corda, etc. Hoje em dia é uma das correntes mais atuantes dentro da Magia Moderna.
Crowley A mais moderna dentre as linhas da escola inglesa é também a mais radical. Deriva diretamente das obras de Aleister Crowley (1875-1947), um caso à parte na História da Magia. Auto-intitulado "A Besta do Apocalipse", devido à sua irredutível orientação anticristã, Crowley integrou e fundou algumas das mais poderosas sociedades secretas de seu tempo, como a Golden Dawn, na Inglaterra, a qual transformou completamente imprimindo a sua marca pessoal; e a O.T.O. , "Ordo Templi Orientis", grupo alemão de magia sexual de grande importância no cenário ocultista da época. Em suas inúmeras obras, tais como "Magick", "777"e "O Livro da Lei", Crowley propôs uma nova visão da Magia e do papel do Homem no Universo. Apesar de sua intensa crueldade pessoal e de uma trajetória cheia de incidentes sinistros, Crowley deixou um legado cultural fundamental para aqueles que procuram entender como a Magia pôde adentrar o século XX como uma forma ainda válida para compreender o mundo.
França A chamada escola francesa também lança raízes profundas no tempo. Desde o famoso alquimista Nicholas Flamel (1330-1418) e o legendário Michel de Notredame (1503-1566), até toda uma longa geração de "grimoires" (grimórios), livros quase sempre apócrifos com símbolos, encantamentos e receitas mágicas quase sempre macabras, dificílimas, grotescas ou tudo isso ao mesmo tempo. Dentre esses sobressaem-se "Le Grimoire de Honoire", atribuído talvez falsamente a um Papa do séc.XIII e "Le Grand Albert", ou "Le Dragon Rouge" e "Le Petit Albert", atribuídos errôneamente a Alberto Magno.
Alta Magia Também merecem destaque o "Heptameron", de Pietro de Abano e o "Lemegeton", suposta obra do próprio Rei Salomão. Toda essa base histórica lançou as sementes para o florescimento, no séc. XIX, da chamada Alta Magia, a partir dos trabalhos de Papus, Eliphas Levi, Stanilas De Guaita, Josephin Péladan e Saint-Yves D'Alveydre. Integrados entre si por identidades doutrinárias ou por vínculos de mestre e discípulo, esses autores propõem uma
visão eticamente orientada, enfatizando a importância do Mago alinhar-se com as Forças da Luz. O apelo aos anjos católicos, à Jesus e mesmo à Virgem Maria não era descartado. Ainda hoje existem muitos adeptos dessa linha em todo o mundo.
A Grade Chave de Salomão: O texto essencial de evocar, proteger e prender espíritos de todos os gêneros, creditado a Salomão, o Sábio, mas este livro foi muito alterado de edição para edição, perdendo muito de sua versão original.
O Lemegeton - A Chave Menor de Salomão: Uma completa descrição judaico-cristã de anjos e demônios, alem de ritos para evoca-los.
Escolas Orientais Muitas escolas orientais também influenciam o moderno pensamento mágico e constituem uma importante corrente filosófica dentro das Ciências Ocultas. Dentre elas sobressaem-se algumas, principalmente as linhas Tântricas, que utilizam magia, sexo e meditação de forma integrada para atingir as transformações interiores desejadas.
Tantra Originárias da região da Cachemira, na Índia, as seitas tântricas remontam a tempos imemoriais e propõem uma visão do mundo baseada no culto ao Deus Shiva e às forças femininas da Natureza, principalmente à Shakti, a força sexual feminina que permite ao adepto e sua parceira cavalgar o êxtase e abraçar os mundos!
Divisão De forma geral divide-se em duas linhas: a da "Mão Esquerda", que trabalha com práticas sexuais concretas e a da "Mão Direita", que utiliza materiais simbólicos como mandalas e mantras para evocar a energia sexual do Cosmo. O ponto comum entre elas é o trabalho sobre a Kundalini, o poder sexual que jaz mais ou menos adormecido em todo ser humano. As doutrinas Tântricas constituem um importante elemento incorporado pelos Magos modernos. Nas Antilhas, principalmente no Haiti, originaram o Vodu, marcado por seu potencial mágico extremamente forte e mesmo agressivo. Tribos de outras
regiões da África originaram, principalmente no Brasil, a Macumba e suas derivações: a Umbanda e a Quimbanda. Apesar das diferenças, todos esses cultos são caracterizados por uma atitude de familiaridade com as divindades e de resistência à opressão social que atinge os devotos, quase sempre oriundos das camadas mais desfavorecidas da sociedade. Devido à sua natureza de resistência social e de apoio aos oprimidos, são cultos que preservam intensamente os seus segredos e suas técnicas.
SÃO LUCIFER - O SANTO CATÓLICO QUE A IGREJA "ESCONDE". SIM, EXISTE UM SANTO CONHECIDO COMO SÃO LÚCIFER OU LÚCIFER CALARITANO, VOCÊ NÃO SABIA NÉ? MUITOS NÃO SABEM! A IGREJA NÃO TOCA MUITO NO ASSUNTO, POIS FAZENDO ISSO, TERIA QUE ADMITIR QUE O NOME LÚCIFER COLOCADO NA BIBLIA TEM OUTRO SENTIDO E É TOTALMENTE DETURPADO. O SEU REAL SIGNIFICADO NÃO TEM NADA A VER COM AQUILO QUE A MAIORIA DAS PESSOAS "INFORMADAS" PENSAM... TANTO É QUE EXISTE ATÉ UM SANTO CANONIZADO COM O NOME DE... LÚCIFER! MAS SE A IGREJA ADMITISSE ISSO OFICIALMENTE E DIVULGASSE, É FATO QUE A FÉ DE MUITAS PESSOAS SERIA ABALADA!
Lúcifer ou Lúcifer
Calaritano (em
italiano San
Lucifero)
(m.
370
ou
371)
foi
um bispo de Cagliari na Sardenha e é um santo cristão conhecido, sobretudo, pelo sua oposição ao arianismo. No Concílio de Milão em 354 defendeu Atanásio de Alexandria e se opôs a arianos poderosos, o que fez o imperador Cosntantino II, simpatizante dos arianos, confiná-lo por três dias no palácio. Durante seu confinamento, Lúcifer debateu tão veementemente com o imperador que ele acabou por ser banido, primeiro para a Palestina e depois, para Tebas, no Egito. No exílio escreveu duras cartas ao imperador, que o pôs sob o risco de martírio. Após a morte de Constantino e a ascensão de Juliano, Lúcifer foi solto em 362. Entretanto não pode se reconciliar com os antigos arianos. Ele consagrou o bispo Paulino, sem licença, criando assim um cisma. Possivelmente foi excomungado. Nos dá uma pista disso os escritos de Santo Ambrósio, Santo Agostinho e São Jerônimo, que referem-se a seus seguidores como luciferianos, uma divisão que surgiu no início do século V. Jerônimo em seu ALTERCATIO LUCIFERIANI ET ORTHODOXI
(Altercação entre Luciferianos e Ortodoxos) demonstra quase tudo que
se sabe sobre Lúcifer e suas idéias. Inclui-se entre os principais escritos do bispo de Cagliari: DE NON CONVENIENDO CUM HAERETICIS , DE REGIBUS APOSTATICIS , e DE S. ATANASIO. Sua festa, no calendário da Igreja Católica é dia 20 de maio. Seu nome demonstra que Lúcifer não era, pelo menos no século IV, apenas um sinônimo para Satã. Todavia, com os movimentos a partir do século XIX houve certa confusão, dando a entender que luciferianos (diferentemente do sentindo teológico que é apresentado aqui) fossem satanistas. É de se observar que isso não faz com que seu culto seja suprimido ou sua canonização reavaliada. Muito embora ele não seja muito citado para evitar mal-entendidos e escândalos. Uma capela na Catedral de Caligliari é dedicada a São Lúcifer (talvez a única no mundo). Maria Josefina Luísa de Savóia, rainha consorte, esposa de Luís XVIII de França está enterrada lá.
Igreja de São Lúcifer, em Cagliari (SARDENHA)
São Lucifer Calaritano
São Lúcifer, no Concílio de Milão (354), defendeu violentamente Santo Atanásio de Alexandria e suas ideias, ao ponto de ser também exilado pelo imperador Constâncio II, que havia aderido à doutrina ariana. Juntamente com o bispo, outro santo foi exilado, Eusébio de Vercelli, defensor da plena divindade de Cristo. Escreveu obras contrárias às heresias, sempre criticando duramente o arianismo, de modo que, seus seguidores eram chamados luciferianos, que posteriormente foram liderados por São Gregório de Elvira. A seu respeito, escreveu São Jerônimo na Altercatio Luciferiani Et Orthodoxi.
Capítulo XX – Como Levar as Operações até o Final Quando se termina a operação fundamental que descrevemos até aqui, e necessário completar essas instruções e indicar a forma de realizar as diversas práticas que você poderá empreender. Uma vez que tenha chegado a esse glorioso resultado e obtido tão precioso tesouro, não poderá elevar e enaltecer o suficiente o Santíssimo Nome de Deus, ainda que tivesse mil línguas. Por isso mesmo, tampouco você deixaria de honrar e agradecer ao seu Anjo Guardião como ele merece. Assim e que deverá dar graças á Deus de acordo com as suas possibilidades e ao imenso bem que tem recebido. Porém, é preciso que você saiba como deve aproveitar essa enorme riqueza, a fim de que toda ela não seja infrutífera e, o que seria pior, perniciosa, já que essa arte é como uma espada que você tem nas mãos, que pode servir também para ofender o seu próximo e para toda classe de maldades. Assim, para usa-la bem, deve colocá-la a serviço de um único fim verdadeiro, que consiste em vencer o demônio e os inimigos de Deus. Com esse propósito, quero dar a você instruções e conselhos sobre os principais pontos. Ao terminar a operação dos espíritos, você continuará elevando a Deus durante uma semana inteira e se absterá de executar qualquer trabalho servil durante esses sete dias, assim como de efetuar qualquer invocação, geral ou particular, dos espíritos. Quando houver transcorrido esse tempo, começará a exercer seus poderes tal como indicarei a seguir. Antes de tudo, leve em conta que não deverá efetuar nenhuma invocação nem operação mágica durante o dia do Sabá, o qual você observará até o fim da sua vida, já que esse dia foi consagrado ao Senhor. Por conseguinte, deverá dedicar-se ao repouso, santificar e elevar a Deus em suas orações. Guarde sempre, como se trata do fogo eterno, de comunicar a qualquer ser humano o que o seu Anjo Guardião lhe confiou, exceto àquele a quem você vai transmitir essa operação, já que com ele terá quase a mesma obrigação que seu pai teve. Abstenha-se de servir-se dessa arte contra o seu próximo, exceto no caso de uma justa vingança. Porem, ainda assim, eu o aconselharia que imite a Deus, que perdoa e tem perdoado inclusive a nós mesmos, pois não existe um gesto mais nobre que o perdão. Se o seu Anjo não aprova alguma operação, não insista em levá-la ao fim e não seja obstinado contra a sua advertência, pois disso você se arrependerá para sempre. Deixe de lado qualquer tipo de ciências mágicas e encantamentos, pois todos eles não são outras coisas que inventos diabólicos e não dê nenhum crédito aos livros que os ensinam, ainda que as aparências sejam excelentes, pois detrás de todos eles se esconde o pérfido Belial. Ao falar com os espíritos, nunca use palavras que sejam incompreensíveis para você, já que isso seria causa do seu prejuízo e vergonha. Nunca peça ao seu Anjo Guardião um sinal para praticar logo o mal, pois com isso você o ofenderia. Haverá muitas pessoas que lhe pedirão isso, mas você deverá deixar de lado e se abster totalmente de fazê-lo. Acostume-se à pureza do seu corpo e à sobriedade no vestir. Os espíritos Í sejam bons ou maus – assim o preferem. Não use nunca a arte para ajudar outros em assuntos malignos. Considere de antemão a quem vai prestar um serviço, posto que se isso ocorre com frequência para ajudar alguém, estamos provocando da-nos a nós mesmos. Não invoque os Santos Anjos de Deus para nenhuma operação, a menos que
tenha necessidade extrema de fazê-lo, já que eles estão muito acima de você e isso seria como pretender comparar-se com eles, sem levar em conta a sua insignificante condição. Para todas aquelas operações que podem ser realizadas pelos espíritos familiares, não faz falta invocar nenhum outro. Tenha também a força de servir-se dos seus espíritos familiares em prejuízo do seu próximo, mas deverá aproveitar-se deles, a menos que seja para reprimir a insolência daqueles que atentem contra a sua pessoa. Quanto a esses espíritos (os familiares), faça com que nunca fiquem ociosos, e se você os ceder a alguém para fazerem algum serviço, que seja só para pessoas distinguidas por seus méritos, já que esses espíritos se veriam desgostosos por servirem a pessoas de baixa condição ou vulgares. Caso essas pessoas tenham conciliado algum pacto, os espíritos se levantarão ao vê-las e cairão. Seis meses antes de começar a operação que temos descrito ao longo do tempo, você deve ler e meditar sobre estes três livros, a fim de estar inteirado acerca de tudo. Caso você seja judeu, já terá algum conhecimento dos costumes das cerimônias requeridas por essa religião, que são também favoráveis a própria operação, como o que se refere ao isolamento, tão útil e necessário. Durante os seis meses que a operação leva, evite absolutamente incorrer em qualquer pecado mortal, sancionado pela Tábua da Lei, pois, se assim ocorrer, não poderá chegar a adquirir essa sabedoria. Dormir durante o dia é proibido, a não ser que seja absolutamente necessário por razões de enfermidade ou debilidade física do praticante. Essa exceção provém da atitude humanitária que Deus mostra para com os homens. Caso não exista intenção seria de concluir a operação, aconselho-o a não começar, já que isso seria como um abuso feito ao Senhor, e Ele castiga com enfermidade física a quem abusar desse modo. Seria diferente se você se visse impedido de continuar em razão de algum acidente imprevisto, já que tal caso não seria pecado algum. As pessoas maiores de 50 anos não poderão aprender essa operação. Esse ponto se baseia na Antiga Lei do Sacerdócio, e também estão excluídos os menores de 25 anos. Não se deve dar demasiada confiança aos espíritos familiares e tampouco se deve discutir com eles, pois conhecem muitas coisas e se interessam por muitos assuntos; podem criar confusão e distrair a sua mente. Em relação aos mesmos espíritos familiares, não use os sinais do Terceiro Livro, exceto os do Capítulo V. Porém, se quiser algo deles, você pode pedir de forma oral. Não é conveniente que inicie varias operações por vez nem que as faça ao mesmo tempo, senão, pelo contrário, é preferível que sejam independentes e que sejam feitas uma depois das outras. Siga desde o principio esse método, já que um aprendiz sozinho chega à categoria de Mestre passo a passo. Sem causa maior, você não deve chamar os quatro Príncipes Supremos e tampouco os oito príncipes subalternos, já que eles têm uma categoria especial que os distingue dos demais. Durante as praticas, não é necessário que você faça aparecer os espíritos; bastará falar com eles e farão o que você mandar. Todas as orações, conjuros e invocações e, regra geral, tudo o que você falar, deve dizê-lo de forma clara, pronunciando e falando naturalmente, sem levantar muito a voz e sem se agitar muito. Durante as seis luas, você deverá varrer o oratório todas as vésperas do dia de sábado, e cuidar para que permaneça muito limpo, já que se trata de um lugar sagrado, destinado aos Anjos, que são puros e santos. A menos que haja uma imperiosa necessidade, procure
nunca começar uma operação durante a noite. Durante o resto de sua vida, procure cuidar para não levar uma vida desregrada e também com todo o vicio ou coisas iguais[1]. Quando você tiver terminado a operação e estiver de posse da verdadeira Sabedoria, jejuará durante três dias, antes de começar qualquer prática. Todos os anos comemorara o grande dom que 0 Senhor lhe concedeu. Nesse dia, você honrará, festejara e fará oração com todas as suas forças, em ação de graças para Ele e também para o seu Anjo Guardião. Durante os três dias nos quais invocará os espíritos malignos, convém também que você faça jejum, já que, além de ser essencial para a prática, você estará mais livre e tranquilo em seu corpo e mente. O jejum se conta a partir da primeira estrela que surge depois do crepúsculo. Um preceito que você deve ter em conta é que não deve transmitir essa operação a nenhum governante, já que Salomão foi o primeiro a fazer mau uso dela. Se desobedecer a essa advertência, perderão, tanto você quanto os seus descendentes, a Graça que permite governar os espíritos. Quanto a mim, ao ter recebido uma solicitação do imperador Segismundo, coloquei ã sua disposição o meu melhor espirito familiar que tinha, mas tomei cuidado para não lhe comunicar a operação. Você poderá comunicar a operação, mas não vendê-la, já que isso seria abusar da Graça do Senhor. Se chegar a fazer isso, perderá o poder recebido. Se você levar a cabo a operação dentro de uma cidade, deverá tomar cuidado para que o local não fique à vista de ninguém, para que você não fique exposto aos inconvenientes da curiosidade humana. Por outro lado, é necessário que a casa esteja rodeada de um jardim, por onde você possa passear com toda a tranquilidade. Durante as seis luas ou meses, não é conveniente que perca ou tire sangue do seu corpo, exceto se isso acontecer de forma involuntária ou natural. Nesse meio tempo, não deverá tocar nenhum corpo morto, de qualquer espécie que seja. Não comerá came e nem beberá sangue de nenhum animal, durante esse tempo – fará isso em sinal de respeito. Deverá prestar juramento àquele que você possa comunicar a operação, de não dá-la nem vendê-la a nenhum ateu ou blasfemo. Antes de transmitir a outro a operação, você jejuará por um tempo de três dias, e também deverá fazê-lo e da mesma forma quem está recebendo. Receberá dessa pessoa 10 florins de ouro ou seu valor equivalente (esse valor e simbólico), os quais você deve distribuir com as suas próprias mãos aos pobres, e estes, em troca disso, se encarregarão de recitar os Salmos que começam dizendo “Misere Mei Deus” e “De Profundis”. Com o objetivo de facilitar a
operação, recomendo que recite todos os Salmos de Davi, já que eles contêm grandes virtudes e graças, e isso você fará pelo menos duas vezes durante a semana. Por outro lado, evitará o jogo como se fosse uma peste, levando em conta que é uma ocasião de cólera e blasfêmia. A única ocupação verdadeiramente recomendada durante a operação é a oração e a leitura dos Livros Sagrados. Não devemos esquecer nenhuma dessas advertências, com a finalidade de observá-las rigorosamente, sem faltar o menor detalhe, conhecendo sua grande utilidade. Uma vez que tenha concluído a operação, receberá muitas advertências do seu próprio Anjo Guardião. Em seguida, vou dar-lhe outras instruções, que considero suficientes, para o uso dos sinais, e também sobre a forma de obter outros, caso se faça necessário. Os sinais Quando se tem o poder suficiente, não faz falta utilizar os sinais escritos; bastará chamar pelo nome em
voz alta o espirito, para o qual você comunicará a forma como se deverá fazer visível, se esta for indispensável. Assim ocorre da forma como eles fizeram o juramento, Os sinais se dão com o objetivo de facilitar as operações. É conveniente levá-los consigo, a fim de que, apenas tocando os sinais com as suas mãos, os espíritos conheçam a sua vontade. O espírito que for correspondente ao sinal o servirá pontualmente. Porém, caso desejar deles algo em particular, que não dependa do sinal, você deverá dizer em breves palavras. Se usar tudo isso com prudência, poderá reparar que as pequenas coisas poderão ser resolvidas com os próprios espíritos que acompanham você, e que, uma vez que tenham sido invocados, compreenderão o que devem fazer. Não obstante, faz-se necessário revelar as suas intenções com palavras, posto que não lhes é permitido ler a mente humana. Mesmo assim, com a sua grande inteligência, bastará somente uma palavra, já que captarão pelo menor indício perceptível qual é a sua vontade, graças à enorme astúcia e sutileza deles. Quando se trata de coisas graves e importantes, você se retirará para um lugar secreto (qualquer um que seja bom para eles) e lhes comunicará o que eles deverão cumprir. E quando quiser que atuem imediatamente, irá lhes dar a Palavra e o sinal que você escolheu de antemão. Dessa forma fizeram Abramelin, no Egito, e Joseph, em Paris. Eu mesmo tenho feito assim sempre, e com isso obtido grandes honras, como a de servir os Príncipes e os mais importantes senhores. Mais adiante, especificarei as operações que correspondem a cada sinal. Em seguida, falarei sobre a forma de conseguir os sinais que estão revelados neste Livro e todos os demais que você queira adquirir, pois o número desses sinais é infinito e seria impossível incluir todos aqui. Caso necessite efetuar novas operações, para as quais se requeiram sinais diferentes dos que aparecem no Terceiro Livro (refiro-me, claro está, a práticas boas e permitidas), você pedirá ao Anjo Guardião, da seguinte forma: Jejuará na véspera e na manhã seguinte. Depois de se lavar cuidadosamente, entrará no oratório e vestirá a túnica branca, acenderá a lamparina e colocará perfume no incensário, depois do que colocará a placa de prata sobre o altar, tocando antes as duas pontas do altar com óleo sagrado. Você se colocará ajoelhado e fará a oração ao Senhor, e dará graças pelos benefícios que recebe continuamente Dele. Ato seguinte, suplicará ao seu Anjo Santo para que o instrua na sua ignorância e se digne a executar as suas perguntas. Então, invocará e rogará para que lhe conceda o favor de mostrar-se aos seus olhos, e para que ensine a forma como deve interpretar e preparar os sinais correspondentes a essa operação. Permanecerá, pois, em oração, e bastará ver o local iluminado pelo resplendor do seu Anjo. Fique muito atento, porque ele lhe dirá ou sugerirá qualquer coisa com relação ao sinal requerido. Quando você terminar a oração, irá se levantar, irá até o altar e observará a placa de prata, na qual aparecerá escrito, como se fosse um vapor ou umidade, o sinal que deverá usar, junto com o nome do espírito que o executará, ou do seu Príncipe. Então, sem tocar nem mover a placa, você copiará o sinal tal como aparece nela e a deixará no mesmo lugar, sobre o altar, até a tarde. Chegado o momento, depois de ter feito sua oração cotidiana e dado graças, você a guardará, envolvendo-a em um pano de seda fina, preparado especialmente para isso. O dia mais apropriado para obter os sinais é o sábado, já que com essa prática não falta a santificação que é própria desse dia e
porque, durante a véspera, você pode preparar todo o necessário para ela. Mas se o Anjo não se fizer presente para ensinar-lhe o sinal, fique certo de que a pretendida oração, ainda que para você pareça positiva e boa, não o é aos olhos de Deus nem do seu Anjo Guardião, sendo que deverá trocar seu pedido por outro. Quanto aos sinais peculiares das práticas negativas, estes são muito mais fáceis de obter. Para isso, você queimará o perfume, fará a sua oração e vestirá a túnica branca e, sobre esta, outra túnica de seda, presa por um cinturão; tomará também a corda e, varinha, virar-se-á de frente para o terraço com areia e invocará os espíritos do mesmo modo que fez no segundo dia. Quando se fizerem todos presentes, não lhes permita partir, ainda que tenham manifestado o sinal para a operação desejada e o nome dos espíritos aptos para realiza-la, junto com os seus sinais. É também provável que apareçam os príncipes a quem está vinculada essa operação. Avançando, faça com que escrevam sobre a areia e tracem o sinal, com 0 nome do espírito subalterno que deverá executa-la. Você tomará então o juramento desse espirito ao Príncipe e ao Ministro, tal como se descreve no Capitulo XIV. No caso de haver vários sinais, e preciso que tome o juramento sobre cada um deles. Copiará no mesmo momento os sinais que tenham traçado sobre a areia, já que ao partir se apagam rapidamente. Tão logo o faça, poderá dispensa-los. Então você tomará o incensário e perfumará o terraço, na forma usual para esses casos. Porém, não digo essas coisas com a finalidade de que você procure esses sinais para fazer coisas prejudiciais ao seu próximo, assim corno tampouco deve usar aqueles que estão no Terceiro Livro, que se destina às operações malignas. Trago em conta a você somente o que poderá trazer a perfeição dessa prática e para que o ajude nas suas operações, Já sabe que os espíritos malignos estão sempre dispostos e obedientes quando se trata de fazer 0 mal, como seria desejável se fizessem 0 mesmo com o bem. Ande sempre com muito cuidado e lembre-se de que antes de tudo existe Deus. Para escrever os sinais, não é preciso uma prática especial nem canetas, tintas ou papéis especiais nem dias propícios ou escolhidos, como pretendem os falsos magos. Bastará que estes estejam bem traçados, com qualquer caneta ou tinta sobre qualquer tipo de papel, de forma que se possa discernir a operação à qual correspondem os sinais. A propósito, é conveniente que você leve um registro de todos eles. Antes de começar a operação, aconselho-o a escrever todos os sinais do Terceiro Livro, ou os que queira escolher entre todos. Você guardará esses sinais durante o tempo todo na caixa do altar. Quando os espíritos tiverem prestado juramento sobre esses sinais, você deverá guarda-los e escondê-los muito bem, de maneira que nada possa vê-los nem tocá-los, já que, se tal coisa acontecer, pode ocorrer uma grande desgraça. Agora vou dizer-lhe quais foram os sinais que me revelaram os Anjos Bons e quais obtive dos espíritos malignos, como também o príncipe ou subalternos pertinentes a realizar cada operação. Finalmente, algumas indicações para que observe a respeito de cada sinal. Sinais revelados pelos anjos Os sinais manifestados exclusivamente pelos Anjos ou pelo Anjo Guardião são os que correspondem aos seguintes capítulos do Terceiro Livro: I, III, IV, V, VI, VII, X, XI, XVI, XVIII, XXV e XXVIII. Sinais revelados em parte pelos anjos e em parte pelos espíritos malignos Em razão do caráter ambíguo, é preciso utilizar-se deles somente sob a permissão do Santo Anjo e eles correspondem aos Capítulos: II,
VIII, XII, XIII, XIV, XV, XVII, XIX, XX, XXIV, XXVI, XXIX. Sinais manifestados exclusivamente pelos espíritos malignos São os que correspondem aos Capítulos IX, XXI, XXII, XXIII, XXVII, XXX – do mesmo Terceiro Livro. Príncipes a quem estão atribuídas as operações de cada capítulo Astarot e Asmodea, reunidos, têm a seu cargo as operações descritas nos Capítulos VI, VII, IX do Terceiro Livro. Asmodea e Magot, reunidos, realizam as operações do Capítulo XV. Astarot e Aritón, capítulo XVI do mesmo Livro, por meio da ação especifica de cada um de seus Ministros. Oriens, Paymón, Aritón c Amaymón levam as operações até o final por intermédio de seus Ministros comuns, as praticas que correspondem aos Capítulos I, II, III, IV, V, Xlll, XVII, XXVII e XXIX do Terceiro Livro. Amaymón e Aritón, reunidos, do Capítulo XXVI. Oriens têm a seu cargo o Capítulo XXVIII. Paymón, o Capítulo XXIX. Aritón, Capítulo XXIV. Amaymón, Capítulo XVIII. Astarot, Capítulos VIII e XXIII. Magot, os Capítulos X, XI, XXI, XXIV e XXX. Asmodea, Capítulo XII. Belzebu, Capítulos IX, XX, XXII. Por sua vez, os espíritos familiares podem levar ao fim as operações descritas nos capítulos II, IV, XII, XIX, XVIII, XXIII, XXIX, XXVII, XXVIII, XXX. Caso se trate de outros Capítulos ou operações, eles podem se recusar a atuar, e não se deve obrigá-los a fazê-lo. Porem, todos os que acabamos de anotar devem obedecer-nos em tudo o que pedirmos. Instruções detalhadas sobre a forma de operar para os diferentes capítulos do Terceiro Livro Para os sinais dos capítulos I, II, IV, VI, VII, X, XXIII, XXV, XVII, XXIX e XXX: 1 – Pegue o sinal que corresponde e coloque sob o seu chapéu (ou boina, boné, qualquer cobertura sobre a cabeça). É dessa forma que você fará contato em segredo com o espírito, ou, se não for necessário, ele apenas executará a ordem que você tem a intenção de lhe pedir. 2 – Pegue em sua mão o sinal e invoque o espírito, o qual aparecerá na forma que você pedir. Convém saber que cada ser humano pode ter a seu serviço quatro espíritos familiares ou domésticos, e não pode exceder esse número. Esses espíritos podem ser de utilidade para muitas coisas e são assistidos pelos príncipes subalternos. O primeiro estende o seu poder desde a saída do sol até o meio-dia; o segundo, desde o meio-dia até o sol se pôr; o terceiro, do pôr-do-sol até a meianoite e o quarto, da meia-noite até a saída do sol. Aquele que possui espíritos familiares, pode sentir-se deles com inteira liberdade. Existe uma infinidade de espíritos, os quais, logo depois da sua queda, foram obrigados a colocar-se a serviço dos humanos, de forma que cada homem dispõe de quatro, e cada um deles o serve durante seis horas do dia. Caso você ceda um dos seus espíritos à outra pessoa, este não poderá voltar a servi-lo; porém, você poderá substitui-lo por outro, o qual deverá ser escolhido entre os espíritos comuns. Se quiser, também, poderá deixar livre um espirito familiar durante as horas que estarão na sua guarda. Basta que use o sinal correspondente e ele se irá. Quanto à troca de guarda a cada seis horas, isso se realiza sem que seja necessário que o espírito peça permissão para se retirar, sendo que simplesmente ele se vai e chega ao lado de você o que o sucedera para as próximas seis horas. SINAIS DO CAPÍTULO VIII: Para desencadear as tempestades, pegará o sinal de modo que a parte escrita fique para cima. Para fazer como ganhar dinheiro na internet parar, devera colocar ao contrário, de modo que a parte escrita fique para baixo. SINAIS DO CAPÍTULO IX: Para a sua prática, esse sinal deverá ser colocado à vista do
homem que será transformado e também ele devera toca-lo – na realidade, o que acontece é um sensível fenômeno de fascinação. SINAIS DO CAPÍTULO XI: No começo do mundo, nossos antepassados haviam escrito vários e preciosos livros sobre a Cabala, cuja importância supera todas as riquezas do mundo. A maior parte desses livros foi perdida, por obra da Providência ou por mandato divino, já que Deus não pretende nem quer que os seus Altos Mistérios sejam divulgados dessa forma. Isso é justificável porque, com a ajuda de tais livros, tanto por pessoas dignas ou indignas, qualquer um poderia ter acesso aos segredos do Senhor. Alguns desses livros foram queimados em incêndios, outros foram destruídos pelas aguas e outros sofreram destinos semelhantes, e, por isso, quem se tem aproveitado são os espíritos malignos, pois eles iludem os homens dizendo possuir grandes tesouros e estes se veem obrigados a obedecer-lhes. No nosso caso, porém, a terceira parte da Magia Sagrada não se perdeu, graças ao fato de ter sido muito bem escondido na Muralha quase que todo o seu ensinamento. Isso aconteceu por ordem dos espíritos benignos, que não permitiram que essa arte se perdesse para sempre, com a intenção de que seus adeptos se servissem dos meios dignos de Deus, e não o que oferece o pérfido Belial, para se obter e começar a praticar essa arte. Se a operação de que trata o Capitulo XI se realizar na devida forma, poderá ver os livros e também lê-los, porém não é permitido copia-los nem guarda-los em sua memória mais de uma vez. De minha parte, tratei por todos os meios de copiá-los, mas o que eu estava escrevendo ia desaparecendo à medida que eu o fazia. Nisso pude conhecer o Senhor, conhecedor da nossa natureza quando se inclina a fazer o mal e Ele não quer que um tesouro tão grande seja usado contra Ele nem em detrimento do gênero humano. SINAIS DO CAPÍTULO XII: Para essa operação, bastará que toque o sinal, o qual receberá a resposta do espírito ao ouvido e conhecerá assim as coisas, por mais vis que sejam. Porém, se você amar as graças do Senhor, guarde-se de usar esse sinal, já que se o fizer vai causar danos ao seu próximo. Toda as vezes que tocar o sinal, é preciso que fale o nome da pessoa a qual deseja conhecer 0 segredo. SINAIS DO CAPÍTULO XIII: Posso afirmar – e com isso digo a verdade – que, no momento de morrer, o ser humano está dividido em três partes: corpo, alma e espírito. O corpo vai para a terra, a alma vai a Deus ou ao Diabo e o espírito, passado o tempo que o Criador dá para ele, fica vagando o número sagrado de sete anos, durante os quais lhe é permitido errar e ir por onde quiser, até mesmo Voltar para o lugar de onde saiu (0 corpo). Trocar o estado da alma é impossível. Porém, a Graça do Senhor, realizada por diversas causas e razões que não me é permitido dizer aqui, com a ajuda dos espíritos, pode tornar a unir o espirito com o corpo, de forma que, durante esses sete anos, se assim for feito, pode fazer esse tipo de coisa. Esse espírito e esse corpo, reunidos de novo, podem realizar todas as funções e atos de antes quando estavam juntos. No entanto, no seu estado anterior, a alma ia unida a eles; o que então teremos é um ser imperfeito, já que carecerá de alma. Essa operação e uma das mais importantes e não deve ser levada a cabo exceto em casos extraordinários, pois exige a ação conjunta dos espíritos principais. Para que se tenha êxito nessa prática, é preciso estar presente no momento em que a pessoa acaba de morrer e colocar sobre esta o sinal segundo as quatro partes do dia. Em seguida, assim que
a pessoa comece a se mover, é preciso vesti-la e costurar sobre a sua roupa um sinal semelhante ao que se colocou sobre ela (de acordo com a hora em que morreu). Deve saber também que, uma vez transcorridos os sete anos, o espirito que havia voltado ao corpo partirá de improviso, não sendo possível prolongar esse estado além dos sete anos. Da minha parte, realizei essa operação na Morávia, com o duque da Saxônia, que, no momento, tinha muitos filhos pequenos (o mais velho estava com 12 ou 13 anos), os quais eram ineptos para assumir o governo; fato que levaria seus próprios parentes a se aproveitar da situação. A operação, nesse caso, impediu que a coroa fosse para mãos indevidas. SINAIS PARA O CAPÍTULO XIV: Fazer-se invisível é coisa muito fácil, precisamente por isso é que não é permitido, posto que, por tal meio, pode-se ocasionar danos ao próximo e se fazer uma infinidade de maldades. Por essa razão, está expressamente proibido fazer uso inapropriado disso. Só se deve praticar essa operação para o bem do próximo e para glória de Deus. Para esse capítulo, você contará com 12 espíritos distintos, todos eles sob o comando do Príncipe Magot, e todos eles com a mesma força. Você colocará o sinal sob o seu chapéu ou turbante (ou qualquer cobertura sobre a cabeça) e se tomará invisível. Para recobrar seu estado visível, você virará o sinal para baixo. SINAIS DO CAPÍTULO XV: Quando desejar usar esse sinal, você o colocará entre dois pratos ou vasilhas que se tampem um ao outro, e colocará estes sobre uma janela. Antes que tenham passado 15 minutos, você os recolherá e encontrará dentro o que houver pedido. Porém, deverá saber que esses alimentos não servem para mais de dois dias porque, desde que são agradáveis a vista e ao paladar, não nutrem o seu corpo como deveriam, e você continuará tendo fome, pois não lhe dão nenhuma energia. Saiba também que nenhuma dessas coisas permanece visível por mais de 24 horas, de modo que você necessitará renovar o pedido quando tiver transcorrido esse tempo. SINAIS DO CAPÍTULO XVI: Se deseja encontrar ou adquirir tesouros, você usará o sinal das operações particulares ou comuns, e o Espirito lhe dirá em seguida de que consta e em que consiste o dito tesouro. Você colocará então, no lugar indicado, o sinal particular que lhe corresponda. O tesouro não poderá voltar a ser enterrado nem ser transportado a outro lugar, desde que os espíritos que o cuidavam tenham partido. Então você poderá dispor do mesmo e levá-lo consigo. SINAIS DO CAPÍTULO XVII: Deve-se nomear o lugar para onde se deseja transportar e colocar o sinal sobre a cabeça, debaixo da cobertura que estiver usando. Porém, deverá tomar cuidado para que o sinal não caia, por descuido ou por negligência. Nunca viaje durante a noite, a menos que exista grande necessidade disso, e procure fazê-lo em condições favoráveis, com clima sereno e tranquilo. SINAIS DO CAPÍTULO XVIII: Desfazer as bandagens que cobrem a parte afetada pela enfermidade e limpa-la. Aplicar unguento e bálsamo sobre ela e pôr as bandagens de volta, nas quais deverá ter escrito o sinal correspondente. Deixar assim durante uns 15 minutos. Volte a tirar as bandagens e guarde-as. Emcaso de enfermidade interna, você poderá pôr o sinal diretamente sobre a cabeça do paciente. Esses sinais podem ser vistos por outras pessoas sem que haja perigo nisso; porém, é mais prudente que trate de evita-lo, de modo que não sejam vistos nem tocados mais do que por você mesmo. SINAIS DOS CAPÍTULOS XIX e XX: Pelo seu pedido e por intermédio dos espíritos, é possível obter amor,
benevolência e de certa maneira favor dos príncipes soberanos. Você nomeará as pessoas de quem espera ser amado e moverá com a sua mão o sinal que lhes corresponda. Essa é a forma de operar, se trate de você mesmo. Se a prática for feita para outra pessoa, seja para união ou desunião, é preciso nomear expressamente ambas as pessoas e mover os sinais de acordo com a sua condição, ou tocar essas pessoas com o sinal, caso isso seja possível, quer se trate de um sinal comum ou genérico. Nessa operação se incluem também todos os atos de benevolência por parte de outras pessoas, das quais o menos difícil é o de obter a estima de pessoas de índole religiosa. SINAIS DO CAPÍTULO XXI: A transmutação a que se refere esse capítulo é mais do que uma simples fascinação e de certa forma ocorre verdadeiramente. Para isso, toma-se o sinal com a m ão esquerda e tapa-se o rosto com ele. Se algum mago negro quiser transformar seu aspecto pelo uso de alguma arte diabólica, será facilmente descoberto por você. E mais: se, pelo contrário, trata-se de alguém que tenha obtido essa mesma Magia Sagrada, você não poderá desmascará-lo, já que nada se pode fazer contra a Graça do Senhor, não importa quem seja que a tenha recebido. Mas poderá usar essa prática para descobrir todas as operações diabólicas obtidas por meio de pactos secretos ou outras feitiçarias. SINAIS DO CAPÍTULO XXIII: Para essa prática, colocar-se-ão os sinais correspondentes sobre as portas, escadas, caminhos e corredores, nas cavalariças, e nos leitos lugares onde se dorme, transita ou se apoia o corpo. Nesses últimos casos, bastará apenas tocar esses lugares com o sinal. Lembre-se, não obstante, de que você poderá chegar a causar muito dano aos inimigos que verdadeiramente pretendam atentar contra a sua vida, já que em tal caso tudo está permitido. Porém, se fizer essa operação pelo capricho de ajudar um amigo, você será reprovado fortemente pelo Santo Anjo! Sirva-se da espada contra os inimigos, mas nunca contra o seu próximo, porque você não tirará dela nenhuma utilidade; em troca, isso lhe acarretaria grave prejuízo. SINAIS DO CAPÍTULO XXVI: Se é a sua intenção abrir o que está fechado, seja fechaduras, cadeados, ferrolhos, cofres, armários, portas ou portões, bastará tocá-los, usando o sinal indicado para eles, pelo lado em que se acha escrito o mesmo. Tudo se abrirá em seguida, sem nenhum ruído e sem ter danificado nem quebrado nenhum elemento. Para voltar a fechar, você tocará dessa Vez com a parte inversa do sinal (por trás de onde você 0 escreveu), e voltarão à sua posição primitiva. Não deverá utilizar essa operação nas igrejas, tampouco para cometer atos detestáveis como homicídios, violações ou estupros, já que isso seria irritar a Deus e abusar da Graça que você recebeu. Sirva-se dele somente para o bem e evite fazê-lo com o fim de impressionar a outros ou causar sensação. Condições que deve ter a criança O menino que ajudará você na parte final da operação não deve ter mais de 7 anos. É preciso que possua uma pronúncia clara, que seja vivo e desperto e que entenda bem todas as indicações que você lhe dê em relação ao serviço. Não tema que a criança seja capaz de revelar ou dizer alguma coisa a outras pessoas sobre o sucedido. Ela não se recordará de nada. Você mesmo poderá confirmar e, se a interrogar depois de sete dias, Verá que ela não se lembra de nada em absoluto, o que é extraordinário. * * * Quando você decidir dar a alguém a presente operação, a qual deve ser sempre um dom gratuito, como já foi advertido, lembre-se de que a
pessoa deverá entregar-lhe 7 ou 70 florins de ouro (valor simbólico), os quais você distribuirá com suas próprias mãos a sete ou 72 pessoas, que se encontrem verdadeiramente necessitadas. Você lhes pedirá que recitem (em troca) durante sete dias os Sete Salmos Penitenciais (os Salmos Penitenciais são os VI, XXXI, XXXVII, L, CI, CXXIX, CXLII, da Bíblia católica, ou VI, XXXII, XXXVIII, LI, CII CXXX e CXLIII, na Bíblia protestante), ou então sete Vezes o Pai-Nosso e a Ave-Maria, rogando ao mesmo tempo a Deus pela pessoa que lhes deu essa ajuda e por eles mesmos. E por você mesmo, que entregou essa ajuda a eles. Tudo isso tem como fim obter Dele a força necessária no futuro, para que o candidato a essa operação nunca descumpra os seus mandatos. Durante o tempo em que dura a operação, esteja seguro de que cada um estará submetido a grandes tentações para abandonar o que começou e também a enormes inquietudes espirituais. Tudo isso tende a fazê-lo desistir dos seus planos. O inimigo mortal do homem se enraivece ao ver que este tende a adquirir essa Ciência Sagrada e a receber do mesmo Deus tão grande tesouro sem sua diabólica intervenção, já que tudo isso é o fim único dessa Sapiência Sagrada. Todos os feitiços de que fazem uso os bruxos malvados e feiticeiros não se levam a cabo pela via correta. Eles não têm verdadeiro poder para executa-los, sendo que não 0 fazem rendendo tributos, pactuando ou oferecendo sacrifícios à luz, mas sim mediante a perda das suas almas e a morte do seu corpo. E quanto ao demônio, despencado do Céu por causa do seu orgulho, imagine quão humilhante e para ele que um homem, feito da terra, do barro comum, possa chegar a governa-lo, um espirito de nobre origem e um Anjo que se vê submetido a obedecer ao homem não por sua própria vontade, e sim por um poder outorgado por Deus ao mesmo. E muito forte o castigo para aquele que não quis humilhar-se perante o seu Criador e tenha de fazê-lo diante de uma de suas criaturas! Sem mais, apesar de tudo, e para sua vergonha e dor, vê-se obrigado a submeter-se perante esse homem, para quem o céu esta reservado, 0 mesmo céu que o demônio perdeu para toda a eternidade. Por tudo isso, e preciso que não desista de continuar a operação até o seu fim, com a ajuda do Senhor e sem se deixar vencer pelo escândalo, já que assim poderá vencer todas as dificuldades! Quando quiser transmitir essa Sabedoria Sagrada, tenha em conta que só poderá fazê-lo a duas pessoas e, se chegar a fazê-lo a uma terceira, essa pessoa poderá pratica-la, mas você será privado da Sabedoria para sempre… Rogo -lhe novamente, com todo o meu coração, que abra bem os olhos antes de dar um tesouro tão grande, e examine aquele que vai recebê-lo de Você, que não o dê a um inimigo de Deus e que este utilize para ofendê-lo. Isso constituiria um grave pecado e nós, judeus, podemos comprova-lo, para a nossa desgraça. Desde o tempo no qual nossos antepassados se servem dessa magia para fazer o mal, somos muitos poucos aqueles a quem Deus designou para concedê-la, desde o ponto que somente sete de nós atualmente, incluindo a mim, conhecemo-la pela graça de Deus …………………………… No momento em que a criança adverti-lo da aparição de seu Anjo Guardião, sem se mover de seu lugar, deverá recitar o Salmo CXXXVII “Confiteor tibi Domine, in totó corde meo…” Pelo contrario, durante a primeira invocação que fizer aos quatro Príncipes Supremos, você recitará o Salmo XC: “Qui habitat in adjutorio Altissimi…”, já não em voz baixa, como no caso anterior, e sim em tom normal e
de pé, e dizer, na posição que você devera manter para essa ocasião …………………………………………………………………………………………
SINAIS DO CAPÍTULO XXVIII: (Resolvi incluir, aqui ao comprovar que havia omitido antes) Você colocará o sinal que corresponda à moeda na sua bolsa e esperará. Em pouco tempo, encontrara na bolsa sete peças da mesma moeda solicitada. Mas cuidado para não fazer a operação mais de três vezes por dia. Aquelas peças de que você não necessitar verdadeiramente desaparecerão por si só. Por essa razão, se você necessitar somente de uma pequena quantidade de dinheiro, deverá abster-se de solicitar grandes somas. Se não se requer incluir aqui mais nomes ou sinais, foi porque quis dar a conhecer os que considero indispensáveis para um começo, com o fim de evitar dificuldades maiores ao principiante. Tampouco seria justo que, sendo um homem mortal como sou, desselhe instruções muito amplas, sabendo que você tem um Anjo por Mestre e por Guia. Tendo mencionado que e possível adquirir essa Sabedoria e essa Magia Sagrada, sem ter em conta a religião a qual uma pessoa pertença, creia sempre em Deus e sirva-se dos meios adequados para obtê-la. Quanto a esse assunto, quero tomar mais alguns tópicos: Seja qual for sua Lei, você pode continuar observando suas festas sagradas e comemorações, já que essa Lei não se opõe a essa operação. O importante e que você tenha um verdadeiro e firme propósito para estar prestes a corrigir os seus erros, cada vez que receber a luz que o seu Anjo enviará, a qual fará você ver mais facilmente aquilo que pode evitar, como também deve estar disposto a obedecê-lo em todos os seus preceitos. De qualquer forma, no tocante à prática e ao regime de vida, assim como a todas as advertências que lhe dou neste Livro, você devera observar tudo isso cuidadosamente, realizando tudo ponto por ponto, tal como indiquei. Se por azar lhe sobrevier alguma pequena indisposição depois de haver começado a operação, deverá observar o que indiquei a respeito. Mas, se esse mal persistir, fazendo-se necessários medicamentos, e se você se vir obrigado a extrair sangue do seu corpo, não deve insistir em prosseguir contra a vontade do Senhor. Em tal caso, faça uma curta oração, agradecendo-lhe por haver manifestado por esse meio Seu desejo e fazendo com que dessa forma, você interrompesse a operação, já que do contrário seria como converte-lo em seu próprio homicida. Desde que isso chegue a pesar, você deverá conformar-se com a sua Santa Vontade. Mais adiante. quando você tiver recobrado a saúde, e no tempo propício, recomeçará de novo a operação, com a certeza de que receberá a ajuda necessária. No caso anterior, o fato de interromper a pratica não e motivo que impeça você de voltar a inicia-la no momento apropriado, já que essa interrupção foi voluntária e você não tomou parte nisso. Mas sim, pelo contrário, se for para parar por puro capricho, pense muito bem, pois aquele que abusa de Deus… Há dois t ipos de peca do que desagradam profundamente a Deus. Um deles é a ingratidão, e outro e a incredulidade. Digo-lhe isso, pois o demônio não descansará em nenhum momento para fazer você crer que a operação pode falhar, ou então que os sinais não estavam bem traçados, etc., com o fim de fazê-lo duvidar da validade dessa prática. Por conseguinte, e muito importante que ele creia que você tem fé. Não faz falta discutir sobre aquilo do qual nada você sabe. Lembre-se de que Deus criou todas as coisas a partir do nada e que o poder reside Nele. Observe trabalhe
e assim chegará a conhecer…………………………………… Em nome do
Santíssimo Adonai, Único e Verdadeiro Deus, damos por terminado este Segundo Livro, em que oferecemos a melhor instrução de que pudemos dispor. E em Deus que você deve pôr sua esperança, só Nele você poderá encontrar o único e verdadeiro caminho. Siga então, com toda a exatidão, o que lhe expliquei neste Livro e assim obterá essa verdadeira Sapiência Sagrada. Quando colocar algumas dessas coisas em prática, reconhecerá quão grande e incalculável tem sido o amor paterno, pois me atrevo a dizer em verdade, querido filho Lamek, que fiz por você algo sem par em nosso tempo, e isso lhe digo, sobretudo, por lhe haver revelado os sinais[2], sem os quais, juro-lhe pelo Deus verdadeiro, de cem que começam essa operação, não chegam a terminá-la mais de dois ou três. Dessa forma, quis evitar para você toda dificuldade. Olhe então agora tudo isso com tranquilidade e não desconsidere meus conselhos. Não estranhe que essa obra não se pareça com outras, nas quais é empregado um estilo muito mais elevado e sutil. Foi feito assim de propósito, para evitar-lhe o trabalho e as dificuldades que você poderia encontrar nas ditas obras. Amiúde me servi de um estilo peculiar, mesclando os temas de diferentes capítulos, a fim de que à força de reler muitas vezes este Livro, de estuda-lo e transcrevê-lo, ele se vá imprimindo em sua memória. Dê, pois, graças ao Senhor Deus Todo-Poderoso, e não esqueça nunca, ate a morte, meus fiéis conselhos. E então sua riqueza será essa Divina Sabedoria e essa Magia, e não poderia você ter um tesouro maior neste mundo. Obedeça a quem lhe ensina por sua experiência. Peço-lhe e rogo, pelo Deus Todo-Poderoso, que observe de forma inviolável os três mandamentos que lhe vou dar em seguida, os quais deverão servir-lhe de guia, desde que haja passado mais além deste miserável mundo: Que Deus, Sua Palavra, seus mandamentos e os conselhos do próprio anjo não saiam nunca da sua mente nem do seu coração. Que você seja inimigo ferrenho de todos os espíritos malignos, assim como de seus servidores e adeptos, durante o resto da sua vida. Você deve domina-los e vê-los como seus servidores. Se eles lhe propuserem ou exigirem pactos ou sacrifícios, ou também obediência ou a servidão, você recusará tudo isso com desprezo e ameaças. É evidente que Deus pode chegar a conhecer o coração dos homens melhor que ninguém. Sem mais, você deve pôr à prova durante um tempo aquele a quem quiser transmitir essa obra. [1] Essa indicação é muito importante, já que do contrário o operante seria presa fácil da possessão por parte do demônio. [2] Refere-se aos sinais para o operante, no primeiro dia da aparição do Anjo, que constituem os quadrados mágicos Uriel e Adam, e seus anversos numéricos.
A Corrupção da Magia – parte I deldebbio | 1 de julho de 2011
Publicado no S&H em 01/07/09, Após as celebrações de Solstícios e Equinócios, voltamos à nossa programação normal. Hoje eu selecionei um texto que ajuda a entender como está a situação nas Escolas iniciáticas. Ao longo destes 20 anos estudando ocultismo, mitologias e ritualística, presenciei praticamente os mesmos problemas que o “Prophecy” (autor do texto original) menciona neste post. Atualmente, graças à internet, tenho visto tomos e mais tomos de magias disponíveis em pdf, os “segredos” das Ordens Iniciáticas “revelados” por ai, e cada vez mais gente estudando cada vez menos, mas sem capacidade para realizar os rituais mais simples, como o Ritual Menor do Pentagrama ou um banimento. Magia é como uma Arte Marcial, Ciclismo ou Natação: você pode ler todos os livros do mundo a respeito, mas nunca será um praticante, a não ser que tenha a parte “prática”. Em um mundo bipolarizado pelos religiosos fanáticos e pelos ateus-materialistas fanáticos, onde está o espaço para a Magia verdadeira? Esta será uma lição longa, portanto, ao trabalho. Não pule partes por causa de seu tamanho. Leia cada palavra, e tome notas diligentemente.
A predominante abordagem à magia, nos dias atuais, deve ser abolida. O processo iniciatório dos maçons do passado e a ideia do avanço espiritual através apenas do conhecimento devem ser deixados como relíquias do passado. Como a Jnana Yoga atesta, e como Francis Bacon declara, existe, certamente, poder no conhecimento. Porém, o melhor poder é aquele adquirido da prática e, consequentemente, da experiência. Um pouco de prática vale muitos livros. Esta deve ser a ideia predominante dos anos vindouros, se a humanidade quiser reviver a irmandade de magos no mundo e redistribuir a carga de trabalho espiritual que, no momento, cai quase inteiramente nos ombros de iogues. A incompreensão da magia legítima criou uma ameaçadora carência de adeptos ocidentais iluminados. Esses adeptos mestres, reais Deuses-Homens do passado, estão raramente reencarnando. Parece, portanto, que, no geral, existem poucos grandes magos disponíveis. O número deles se tornou escasso; seu nível, baixo. Nos meus tempos de garoto, antes de minhas memórias retornarem, eu procurei aqui e ali alguma faísca de sabedoria, estudei muitos sistemas de magia e de xamanismo, e, no fim, me senti como Abraão, o Judeu, depois de seus anos de procura pela Ciência Divina, antes de ser abençoado por seu guru, Abramelin. Em lugar algum, eu pude encontrar alguém que merecesse o título de professor da ciência divina. Fraudes e charlatãos eram numerosos, e pessoas pensavam que eles eram magos só porque nunca conheceram um mago verdadeiro. Hoje, essas mesmas pragas ainda infectam bastante as buscas de jovens aspirantes ao redor do mundo. Existe um número de razões para a escassez atual de sábios na tradição oculta ocidental. Eu me esforçarei aqui para compartilhar com vocês algumas das razões que as minhas
experiências com aspirantes esperançosos, os ensinamentos de várias ordens e paradigmas, e meu tempo com as “vítimas” de vários movimentos new age, me levaram a classificar como causas para o problema. Eu baseei essas conclusões nas súplicas de aspirantes esperançosos buscando iniciação, e nos meus encontros pessoais com alguns dos ditos adeptos de vários grupos e ordens. Ao fazê-lo, eu compreendo totalmente que falar com alguns estudantes e alguns membros superiores nunca pode dar uma representação compreensiva. Porém, eu também compreendo que, não importa quão ideais as condições internas de uma ordem possam ou não ser, ela não deveria levar seus estudantes externos à procrastinação ou a um treinamento inadequado. Eu identifiquei dez problemas principais na magia de hoje. O primeiro é que o treinamento proposto por certas ordens nos últimos 200 anos ou mais era incompleto, e por eles terem ditado a regra para as ordens de hoje, os problemas continuaram. O segundo é que os materiais originais e manuscritos para certos sistemas são atribuídos com mais valor do que o que eles realmente possuem. O terceiro é que a mente ocidental transformou a magia em algo feito para se realizar os desejos materiais. A quarta razão para o problema presente é que, na medida em que nossa cultura propaga a concessão à preguiça, a abordagem ocidental à magia se torna mais e mais preguiçosa. A quinta razão é a tendência peculiar da mente ocidental de se tornar altamente investida em sua própria personalidade. A sexta razão é a destruição da sucessão de mestre e discípulo, a causa que é a raiz para muitos outros problemas. A sétima razão, que é um verdadeiro veneno para a evolução, é o movimento presente, na magia ocidental, de se tentar remover a ideia essencial de Deus e o valor da moralidade da magia. A oitava razão é a popularidade crescente de charlatãos, e seu poder sobre as massas ignorantes. A nona razão é a tendência de magos legitimamente treinados permanecerem silenciosos, aceitarem poucos estudantes e escreverem pouco ou nada. A décima e última razão que discutiremos é a atenção dada, no Ocidente, ao desenvolvimento dos poderes mágicos em vez do desenvolvimento de estados elevados de consciência. Essas dez ra zões primárias bastarão para nossa consideração, embora mais razões pudessem ser listadas.
A Primeira Razão Treinamento Inadequado em Ordens Modernas Entre aproximadamente 1850 e 1920, o mundo ocultista presenciou a formação de várias ordens que se ergueram no mundo como realizações gloriosas. De seus ensinamentos, vieram muitos dos livros influentes que agora são considerados clássicos do ocultismo, e os quais agora muitos estudantes otimistas estudam. Infelizmente, essas ordens não eram tão ideais quanto tentavam parecer. A maioria delas usava como fonte manuscritos desatualizados, sobre os quais falaremos mais daqui a um momento, e o resto usava métodos que se baseavam inteiramente sobre estimulação intelectual ou emocional, e muito pouco sobre a consciência da alma. Essas ordens iludidas criaram muitos iniciados igualmente ou até mais iludidos. Um número considerável deles publicou livros, muitos dos quais agora são considerados clássicos do oculto no mundo da literatura ocidental ocultista. Em alguns casos, esses livros tinham riqueza de informação teórica, mas a maioria deles não tinha quase um momento de percepção prática. O aspirante esperançoso é levado a folhear um livro de centenas de páginas, para
perceber que ele não absorveu nada dele além de filosofia. Até mesmo os livros chamados de “teoria e prática” deveriam ser renomeados para “teoria e possível aplicação ritual”. Isso pode parecer uma afirmação iconoclástica. Ela é, e com razão, porque a iconologia da magia está falhando gravemente. Portanto, o que não produz resultados deve ser jogado de lado. “E agora também o machado é enterrado nas raízes das árvores: desse modo, qualquer árvore que não traga traga bons frutos é cortada, e jogada no fogo. (Mateus 3:10)”. A série de ações à qual a magia ocidental foi levada não trouxe muitos frutos. Essas ações produziram pseudoiniciados que conseguem executar truques de salão, que eles, erradamente, chamam de magia. Enquanto magos de cadeira estiveram gastando seu tempo, exercitando suas mentes com teorias e filosofias, o trabalho prático que realmente cria um mago esteve apodrecendo. Quem pode culpá-los, quando cada livro que lêem diz que precisam saber essa ou essa outra palavra hebraica ou magia simbólica para serem efetivos? Tudo isso compõe as armadilhas postas para o teste de iniciados, testes nos quais essas “autoridades” não passaram. Um indivíduo pode memorizar sigilos do sol, kameas planetários, selos e talismãs salomônicos, e compreender intelectualmente os muitos processos que compõem a Maquinaria Universal. Ainda assim, ele não será um mago nos olhos de iniciados verdadeiros. Eu conheci pessoas que poderiam ser chamadas de enciclopédias de filosofia oculta, e, ainda assim, não possuem rotina diária de prática estabelecida, e nenhuma faculdade mágica de qualquer tipo. Eles estão presos à ilusão de Maya do mesmo modo que os homens comuns também o estão. A única diferença é que eles sabem que existe uma ilusão, enquanto a maioria nem se apercebe disso. Pessoas assim gostam de falar muito, porque, ao se ouvirem, tentam apoiar sua abordagem à magia, psicologicamente, para si mesmos. Tais pessoas sempre terão uma opinião, sempre parecerão ter respostas prontas, e esse tipo de “aspirante em potencial” torna-se torna-se particularmente perigoso aos buscadores genuínos da verdade. Você não pode construir uma base confiável somente nas palavras! Ao mago treinado, aos irmãos e irmãs de minha Ordem (N.T.: Fraternidade Rosa-Cruz), e os verdadeiros mestres reinantes deste mundo, essas pessoas estão mais enganadas do que o mais cru dos iniciantes neste caminho. O grupo deles é o pior, e, infelizmente, não é sempre a culpa deles. Para essas pessoas, eu farei muito esforço para desligar suas mentes e abrir seus corações para receber instrução prática. É por isso que eu aconselho a todos não se tornarem ligados demais a livros. Eu já li todos esses livros, e extraí seus pontos importantes em artigos no fórum do Veritas para o benefício de todos. Isso não significa que a informação teórica é ruim. Um conhecimento sólido da filosofia oculta é necessário para que o mago compreenda tudo que faz. Ele deveria se orgulhar de conhecer todas as operações em funcionamento quando ele manipula um tipo de energia, e, quando uma operação mágica se manifesta, ele deveria ser capaz de explicar perfeitamente os mecanismos envolvidos. De fato, ele deve ser um cientista. Contudo, mais e mais pessoas se contentam apenas com o conhecimento da filosofia e o “como fazer”, sem nunca colocarem nada na prática, e, normalmente, sem terem ideia de como fazê-lo. Em muitas ocasiões, estudantes vieram a mim e disseram, “Eu li todos os livros que as pessoas me recomendaram, mas não tenho idéia alguma de como começar o caminho.” c aminho.” Isso acontece porque a estimulação intelectual somente não faz de alguém um mago, e, lá no fundo, o estudante
inteligente sabe isso. A mente procura por fórmulas e símbolos; a alma busca por prática e experiência. Que utilidade há em se conhecer como as estrelas afetam as nossas atividades, e não ser capaz de meditar por nem dez minutos? Que utilidade há em se conhecer todas as filosofias sobre quem Deus é, sem nunca experimentar Deus diretamente? Essas pessoas nunca se tornam nada na verdade, mas sim só aparentam ser magos. Você não pode alcançar o Reino através de inquisição intelectual somente. Você precisa viajar até lá. O ponto ao qual eu quero chegar aqui é que o estudo intenso da Tábua de Bembine de Ísis, ou do selo da Rosa-Cruz, ou do dodecaedro mágico, etc, é incorreto. Eu não estou sugerindo que, por exemplo, a investigação das fórm ulas do Etz Chaim e dos Nomes Nom es Divinos é inútil. Eu não estou dizendo que uma pessoa não deveria compreender os usos mágicos do pentagrama e do hexagrama. Do contrário, eu sou um forte defensor de tudo isso. Porém, tudo deve ser aprendido no tempo certo! Um aspirante não tem razão alguma para estudar os pentagramas, hexagramas, etc. Ele não deveria passar seus dias praticando magia ritual. Sim, com o passar do tempo isso gerará resultados no termo de crescimento de poder, mas afetará muito pouco a consciência e a realização geral do mago, depois, em sua carreira mágica. Por, pelo menos, os dois ou três anos iniciais, dependendo da aptidão do estudante, o foco deveria ser colocado no treinamento da mente, do corpo material, e do corpo astral para a verdadeira execução da magia. Uma vez que o estudante se preparou dessa maneira, e criou uma excelente base em sua consciência, então ele pode continuar, a fim de compreender e apreciar totalmente o poder de tal conhecimento e do simbolismo oculto. A razão pela qual esses autores, embora não intencionalmente, cobriram o mundo ocultista ocidental em filosofia, é a de que eles nunca receberam o treinamento correto que deveria dálos a base da experiência espiritual autêntica. Eles serviam como enciclopédias que regurgitavam o que eles foram ensinados. Juntos, eles criaram uma imagem contraprodutiva de que a prática diária não era necessária para se tornar um adepto. Eles se referiam a pessoas que nem tinham conquistado suas emoções primitivas e desejos como adeptos! Desse modo, eles baixaram muito o nível para as gerações seguintes, que seriam forçadas a olhar os ensinamentos dessas pessoass se quisessem saber alguma coisa sobre magia. Agora que o nível está tão baixo, as pessoas em geral são incapazes de alcançar grandeza espiritual. Portanto, esse nível deve ser elevado novamente, certo? O que exatamente essas ordens estão fazendo de errado? Seus dois problemas principais foram que eles tentaram ensinar aos iniciados a correr antes de mostrá-los como engatinhar e andar, e eles não incluíram o desenvolvimento do caráter como parte de seu treinamento. O aspirante egoísta, glutão, e de pavio curto, entraria na ordem como neófito, e sairia como um “adepto” ainda contendo essas falhas de caráter. Eles são todos capazes de pequenos feitos de magia, e pelo fato de o nível ser baixo, pensam que são adeptos. Muitas vezes o aspirante começaria a trabalhar com ritual e forças espirituais muito antes de ter aprendido a como sensibilizar seu corpo astral ou desenvolver suas faculdades mágicas. Através de repetição contínua, alguma proficiência poderia ser alcançada, talvez algumas pancadas fantasmais durante uma evocação ou coisa do tipo, mas o resto de seu ser nunca era desenvolvido. O caminho para a evocação deveria ser um caminho longo e frutífero, que
preparasse o estudante de modo que, pela primeira vez que ele execute um ritual, ele receba a total experiência, por causa de seu treinamento e as faculdades que ele já desenvolveu. Pessoas que entram na sala ritual para evocar sem tal treinamento estão apenas enganando a si mesmas. Elas irão, é claro, ser as primeiras a te contar que são magas bem-sucedidas, e que elas conversam regularmente com com esse ou aquele espírito. Eles dirão que “sentiram” isso ou aquilo, ou receberam essa ou aquela “impressão”, e desse modo “sabiam” que um espírito estava presente. Deixe essas pessoas continuarem desse modo em suas práticas. Na verdade, o que você pode experimentar experimentar em uma evocação real não são “sensações” ou “impressões”, mas fenômenos muito reais! Quantos aspirantes perdidos pensam que executar o Ritual Menor do Pentagrama cem vezes por dia os levará às alturas espirituais? Até mesmo o mago aspirante que medita somente 10 minutos por dia para controle e foco mental fará um progresso em um ano que o outro estudante fará em cinqüenta!
A Segunda Razão Manuscritos originais Sobrestimados Um número das ordens populares que surgiram no século 19 estilizou uma parte de suas práticas e rituais, baseando-se em coisas que não continham, na verdade, o valor atribuído a elas. Desses manuscritos, talvez aquele que foi mais usado (e abusado) foi o Livro Egípcio dos Mortos. Embora seja uma bela série de rituais e de invocações, os fundadores de uma pretensa ordem oculta não deveriam precisar de se basear em antigos pergaminhos empoeirados e da interpretação de seus hieróglifos para serem capazes de ensinar magia! Se a fonte deles para muitas de suas práticas e filosofias vem de tais coisas, então isso só serve para demonstrar que eles não tinham experiência prática real através da qual organizavam seus ensinamentos, e não eram treinados por adeptos verdadeiros que podiam iniciá-los numa linha de sucessão de mestre e discípulo. Simplesmente o fato de se ler algo que está disponível num Museu de História Egípcia nunca poderia ser o suficiente para permitir que alguém iniciasse uma ordem ocultista. O Livro Egípcio dos Mortos não foi a única coisa atacada pela ignorância dos autoproclamados adeptos, no entanto. Sua hostilidade os levou também ao coração de Jerusalém, onde eles se uniram, com suas facas, para despejar terror sobre a Cabala. Usando dois ou três textos hebraicos pobremente traduzidos, eles presumiram ter diante deles informação cabalística suficiente para uma compreensão do sistema inteiro. Assim sendo, eles roubaram uma pequena parte desse sistema glorioso de misticismo e a levaram de volta a suas ordens, onde eles tentaram ao máximo fazer com que um fragmento se parecesse com algo completo. A Cabala ocidental moderna, frequentemente chamada de Cabala Rosacruz (erradamente), se tornou apenas uma fina camada de manteiga espalhada em muito pão. Interpretações e mais interpretações bombardearam o sistema, e o tornaram inteiramente sujeito aos caprichos filosóficos de intelectuais e estudantes de simbolismo. Agora, reconhecidamente, a beleza da Cabala é a de que ela é um sistema universal, cuja ideia pode ser aplicada fora do esquema judaico. Porém, tudo deve ter seus limites razoáveis, e esses limites foram ultrapassados há muito tempo atrás pela maioria dos autores desse assunto. Se você quiser relacionar a esse
esquema os deuses de outras religiões, os nomes divinos judaicos, plantas, animais, ações, planetas etc, tudo bem com isso, mas essas relações deveriam fazer ao menos sentido! A mais infeliz destruição da Cabala não ocorreu em relação ao simbolismo empregado ou a seu papel como um método de categorização conveniente. Embora essas duas coisas tenham saído do controle, elas não são a jóia da Cabala. A jóia, o verdadeiro tesouro, é sua real aplicação prática na ciência da magia. Essa jóia tem sido quase inteiramente esquecida por ordens modernas e autores, que proclamam que a aplicação prática da Cabala reside somente em se conhecer quais nomes divinos ou cartas de tarô correspondem a quais sephiroth e a quais caminhos. Esse é um dos usos da Cabala, mas não é a verdadeira essência da Cabala prática posta em execução. Em sua raiz, anterior a todas as culturas, num nível muito mais profundo do que qualquer associação religiosa, a Cabala é uma bela síntese de forma, de som e de virtude. Isso pode ser dito de outra maneira, ao se afirmar que a Cabala combina, numa maneira prática, os três pilares primários de quantidade, vibração e qualidade. Isso se torna aplicado tangivelmente como luz, som e vibração. Quando isso é compreendido pelo iniciado, então, muitas portas são abertas a ele, e o uso prático da Cabala é entendido. Então, em vez de passar horas num devaneio espiritual, tentando fazer “pathworking” de uma esfera para outra, o adepto consegue absorver praticamente as autoridades e poderes daquela esfera e conquistá-los diretamente, de uma maneira mágica. Não apenas tal abordagem é muito mais eficiente, mas, por causa do maior número de habilidades conseguidas, artigos de sabedoria que se tornam compreensíveis, e por causa de mais trabalho meticuloso em todos os três reinos, é, dessa maneira, uma experiência mais significativa. Passar tempo se contemplando os símbolos de uma esfera pode ser uma prática útil, mas torná-la o curso principal é um erro. A consciência se expande mais quando todo o ser se torna imergido nas energias através de suas utilizações, não apenas através de sua contemplação. A Cabala e sua aplicação apropriada devem ser, necessariamente, reservadas para um trabalho posterior em minha vida, mas é importante para o estudante sincero da magia de hoje compreender que uma das pedras angulares da magia ocidental moderna foi enormemente corrompida, e que ela não é tudo que as pessoas tentam fazê-la parecer. É meu conselho ao aspirante, se ele deseja aprender a Cabala, que espere até que um professor apropriado seja conseguido. Deixo que o estudante avançado contemple, nesse meio tempo, o significado da sabedoria de Poimandres a Hermes Trismegisto, quando ele disse, “A vida é união da palavra e mente.” O estudante que consegue entender isso, mais especialmente em conexão à formula Abracadabra, começará a pegar a essência da Cabala prática. Portanto, acontece que os fundadores das ordens mágicas eram, simplesmente, intelectuais. No início, eles só eram mais avançados que o homem comum, em vista de sua compreensão superior de linguística e sua vontade de visitar frequentemente os museus. Por causa de sua habilidade de apenas traduzir, não por sua proeza mágica, tais homens eram tratados como adeptos. Embora houvesse alguns raros, como MacGregor Mathers, que eventualmente se tornou um adepto por um curto tempo, em essência, a maioria deles era simplesmente de intelectuais. Intelectuais podem treinar intelectuais, mas eles não têm nem uma ideia de como criar magos.
A Terceira Razão A Corrupção da Magia para a Realização de Desejos Pessoais
Quando se folheia livros sobre espiritualidade, e até livros que, supostamente, ensinam a evolução espiritual, descobre-se que a maioria dos ensinamentos espirituais se adequou à satisfação de paixões e desejos mundanos. Ironia peculiar, porque o indivíduo iluminado compreende que essas duas coisas (evolução espiritual e desejos materiais) não podem vir juntos, porque um é contraprodutivo à consumação do outro. Eu não consigo deixar de rir alto ao ler títulos tais como “Tornando-se um Mestre Ascencionado: Como Materializar Todos os Seus Desejos”. Seria igual a intitular um livro de “Tornando-se Elevado: Como ser Inferior.” A poluição da tecnologia espiritual foi uma inevitabilidade quando alguns relances das leis espirituais foram obtidos pelas massas indisciplinadas. O homem normal, abatido pela tristeza, procura um caminho fácil de sair dela, e erradamente acredita que ele encontrou a alegria dentro dos salões da espiritualidade. Realmente, nada poderia ser mais distante da verdade. Essas pessoas, desejando modos de alcançarem facilmente todos os seus desejos mundanos e terem sucesso, glória, honra, riquezas etc, se trancam ao pequeno número de leis espirituais que foi publicado, nas esperanças de usá-las para seus próprios fins egoísticos. Eles lêem um livro que discute alguns dos pequenos mistérios, e então corrompem essas chaves para fins egoísticos. Se eles tiverem algum sucesso, eles ficam cheios de excitação e, ansiosamente, escrevem livros ou criam websites que pregam os bons ensinamentos do egoísmo. Desse modo, em apenas poucas décadas, a vasta maioria de livros “ocultistas” se tornou livros que prometem ao homem fraco e egoísta um caminho fácil, ao se usar leis ocultas básicas para abastecerem seu animalismo. As pérolas foram jogadas aos porcos, e, tão certo quanto o sol deva nascer e se pôr novamente, também os porcos pisaram sobre essas pérolas, aprofundando-as na lama. Muito mais perigosos do que o homem de negócios ambicioso desejando modos de aumentar seu portfólio, ou do que aquelas pessoas em sofrimento que procuram por um modo fácil de sair dele, são aqueles que perseguem seriamente a magia prática e ainda assim a corrompem numa arte egoística. Eles proclamam, ignorantemente, “A Magia é uma ferramenta do homem, e deixemos o homem usá-la para conseguir tudo que ele deseja!”. Eles gritam orgulhosamente, “Faça como quiser, tudo é caos mesmo, e não existem repercussões negativas”. Tais pessoas cegaram a si mesmas a até a mais básica das operações, observada até na própria natureza. Elas são tão cegas, contudo, que nem percebem que suas “realizações” não são realmente mágicas. Elas são egoístas e egoísticas, e, realmente, executam apenas truques de salão. Elas ficam tão presas em suas ilusões de sucesso por terem sido capazes de ganhar um aumento de salário ou seduzir alguém que não percebem quão fracos e inferiores esses pequenos truques são. Quando essas pessoas, iludidas como são, passam para os mundos espirituais depois da morte física, eles percebem imediatamente o tempo que gastaram, e depois de servirem o seu tempo, voltam ao mundo para levarem uma vida mais frutífera. Por eles nunca terem buscado uma realização imortal, e não “construíram seu tesouro no céu”, eles não estão mais distantes no caminho supremo do que o homem mediano. Esse é um ponto importante, que todos aqui deveriam dedicar à memória: você NÃO CARREGA poderes mágicos com você para a sua próxima encarnação. Até que você alcance henosis, que é a deificação e a imortalidade do corpo astral, a única coisa que continuará a crescer e expandir, de uma vida a outra, é a sua consciência. Isso irá, naturalmente, carregar algumas siddhis, que são poderes inerentes, mas não os frutos de uma grande parte de seu treinamento mágico. O
corpo astral cresce e evolui de uma vida a outra, como resultado de treinamento mágico, e discutiremos isso mais no futuro. Por causa da obsessão com os pequenos mistérios, que podem ser aprendidos até antes de alguém ter alcançado um caráter iluminado, as pessoas se tornaram satisfeitas com o aperitivo e esqueceram até que a entrada principal exista. O resultado disso é que o termo “magia” tomou um significado ambíguo, que nunca pretendeu de ter: na mão esquerda, refere-se simplesmente à mudança de acordo com a vontade, e, na mão direita, significa a perseguição da evolução espiritual. Se o mundo fosse um lugar bom e o último significado de magia o mais bem conhecido, todos compreenderiam que a magia é uma maneira de se buscar Deus. Esse não é o caso, contudo, e o mundo é um lugar predominantemente egoístico. Assim, a mais comum compreensão do quê magia significa é fenomenalmente egoísta e corrompida. Através da graça de Deus, o século por vir verá uma evolução acontecer dentro do mundo da magia, no qual esse grande e glorioso caminho será exaltado à sua altura correta em seu mérito espiritual.
A Quarta Razão Preguiça Na medida em que a tecnologia avança e o mundo material se torna mais e mais uma parte do ser de alguém, as pessoas têm se tornado mais e mais preguiçosas. A preguiça, é claro, é um instinto diretamente conectado ao egoísmo, o qual vimos acima como um desejo dominante no modo com o qual as pessoas abordam a magia. Assim, a preguiça também é inerente na maioria das abordagens das pessoas à magia. Hoje, as pessoas se acostumaram a ter tudo em suas mãos. O sucesso se tornou definido como se fazer o mínimo possível para alcançar alguma coisa. Pessoas ao redor do mundo, todos os dias, prefeririam passar dez minutos em busca de um controle remoto do que levantarem e ligarem ou desligarem a televisão em poucos segundos de esforço físico. Essas pessoas abordam a magia do mesmo modo. Querem saber onde o controle remoto para a evolução espiritual está, de modo que eles possam se ligar em Samadhi quando não estão muito ocupados para Deus, e então o desligam novamente quando eles têm coisas “melhores” para fazer. Do mesmo modo que se procura por um controle remoto, eles gastarão uma hora numa livraria procurando por um livro “torne-se um mago rapidamente”, quando o fato de se gastar até mesmo dez minutos daquela hora em meditação teria sido muito mais benéfico. A profundidade do egoísmo da pessoa comum nunca cessa de me impressionar. Eu falo a eles sobre magia, e sobre se procurar Deus e evolução espiritual, e eles desistem porque soa como “muito trabalhoso”. As mesmas pessoas que não jogarão nem dez dólares para um dízimo também não darão a Deus nem dez minutos de seu dia. “Eu dou a Ele uma hora por semana todo domingo”, dizem para si mesmos. “Se isso não é bom o bastante para Ele, Ele precisa superar isso. Eu estou ocupado.” A falta de habilidade de se perturbar a rotina usual de preguiça por até poucos minutos, por Deus, é precisamente o que muitos autores e os chamados professores pregam hoje. Eles ganham centenas de milhares de dólares ao escreverem livros especificamente criados para
esse tipo de pessoa, dizendo a ela “É normal ser preguiçoso”. Nos olhos desse autor, é claro que é normal. Essas pessoas irão torná-lo rico! Formas de magia que estão surgindo hoje estão refletindo essa preguiça. As pessoas estão tentando convencer outras de que a magia pode ser um esporte de um tipo fácil, e que tudo estará bem. O que eles estão ganhando? Eles estão convencendo pessoas de que magia não é real, porque, depois de tentarem essas tentativas preguiçosas e não verem nenhum resultado, proclamam que, uma vez, tentaram fazer magia e descobriram que era tudo mentira. Nunca diriam que talvez eles só estivessem sendo preguiçosos. O homem comum se levanta orgulhosamente e grita, “Eu, com certeza, não sou o problema!”. Não espere ter uma boa colheita sem primeiro trabalhar o solo e cultivar as plantas com cuidado. Não espere ter uma boa refeição sem primeiro cozinhá-la. Não espere chegar a um lugar distante sem viajar até lá. O universo não é mau; mas ele não atenderá à sua egoística letargia.
A Quinta Razão Egomania A quinta razão que eu observei como fonte dos problemas de hoje na magia, é a egomania geral que infesta o mundo ocidental. No mundo de hoje, somos constantemente ensinados a sermos individuais, que ser único é o sonho humano, que você é especial e diferente de todo mundo, e que tudo isso é bom e verdadeiro. Infelizmente, o incorreto nessas autoafirmações é uma ligação fenomenalmente resistente à falsa percepção de quem se é. As pessoas se tornaram absolutamente investidas em suas cascas de ego que permeiam a parte mais externa de sua personalidade, e a defendem selvagemente. Um dos medos mais comuns que as pessoas têm no que diz respeito à evolução espiritual é a perda de autoidentidade. Esse medo é baseado sobre duas percepções inteiramente falsas: a falsa percepção do que a iluminação é, e a falsa percepção de si mesmo. Quando esses dois se unem, um medo intrínseco surge, colocando muralhas entre a mente e a ideia de realização espiritual. Em algum ponto, as pessoas colocaram em suas cabeças que a destruição do ego é a destruição de sua personalidade, de seu caráter, e isso é, simplesmente, não verdadeiro. É, na realidade, simplesmente, a purificação do seu caráter, de modo que se eliminem os vícios e defeitos maiores, removendo-se assim o desequilíbrio espiritual. O problema real surge quando alguém é tão defensivo de sua personalidade que defenderá até mesmo seus vícios. Eles dirão coisas como “Claro, eu sou um mentiroso crônico, mas isso é quem eu sou, é assim que Deus me fez”. Tal ideia é inteiramente sem fundamento. Você não é um mentiroso crônico, porque, em sua essência, você é Deus. Apenas sua casca de ego mais externa é mentirosa, e não foi porque Deus o fez, mas por causa de suas ações que você, conscientemente, escolheu perseguir. Contudo, as pessoas não aceitarão isso. Isso cai novamente no quarto problema, o da preguiça. As pessoas desejam tudo por nada, ou, se elas investem dez dólares, querem instantaneamente cem dólares de volta. Elas não acreditam que um relacionamento com Deus é um relacionamento recíproco, mas sim que é um relacionamento de “servidão”, onde Deus dá tudo, enquanto nós recebemos. Não funciona dessa maneira; nunca funcionou, nunca funcionará. Deus é um pai melhor que isso.
Infelizmente, as pessoas prefeririam se apegar a seus vícios do que oferecerem seus aspectos negativos ao fogo alquímico para que sejam destruídos. A uma pessoa assim, o “ser único” é sempre mais importante que a Divindade. Existe esperança para tal pessoa? Você não pode ajudar alguém que não ajuda a si mesmo. A falta de desejo de se sacrificar as falhas pecaminosas de caráter resultou não apenas na corrupção da magia, mas contribuiu grandemente à queda de um grande número de ordens ocultistas. No campo geral da magia, autores não treinados, que não são mais maduros do que uma criancinha de um ponto de vista mágico estão lançando livros que são absolutamente corrompidos por suas falhas pessoais. No campo das ordens ocultistas, os “adeptos superiores” são ainda crianças egoístas que tramarão vários dramas dentro da ordem, normalmente a fim de abolirem a autoridade do Grão-Mestre, de modo que possam competir com esse poder. Uma ordem ocultista genuína consiste de adeptos que ultrapassaram tais simples preocupações, e que nunca tentarão se elevar para prejudicar outras pessoas ou ao risco de prejudicarem um bem maior. Quando pessoas são permitidas a carregarem todas as suas falhas mundanas para uma posição de, supostamente, autoridade divina, o caos deve, necessariamente, resultar. Precisa-se meramente olhar a história do Papa para ver as evidências. Deveria ser suficiente, nesse meio tempo, enfatizar que aspirantes nunca são postos em algum programa de lavagem cerebral que faz com que eles pensem e ajam de um modo determinado. Isso não poderia ser mais verdadeiro. Cada pessoa tem uma personalidade absolutamente única, e essa personalidade é uma expressão muito real do próprio Deus. Desse modo, todos são um avatar, uma manifestação de uma Personalidade Divina. A diferença entre uma pessoa comum e um santo realizado, porém, é a de que a pessoa comum turvou e sujou sua personalidade divina com uma lama imunda, enquanto o santo realizado poliu sua alma de modo que sua verdadeira personalidade pudesse brilhar. Você não é quem pensa que é! As pessoas acreditam que são tão velhas quanto seus corpos físicos, mas, na verdade, você é muito mais velho. Pelo fato de que a única personalidade que você pode lembrar é aquela em seu presente corpo, que tem apenas alguns anos de idade, você pensa que é você. A verdade é que você tem uma personalidade universal, uma personalidade muito única, sendo a única expressão total de Deus em essa forma exata, que esteve por aí por muito mais tempo do que o seu corpo. Deslocar a sua identidade de si mesmo da falsa percepção de seu corpo, para o supremo local de sua alma, é a meta da Grande Obra, a Verdadeira Alquimia. Para fazer isso, você deve remover gradualmente a lama que se acumulou como um grosso muco sobre sua alma, de modo que você se torne o você verdadeiro, em vez de esse você mortal e temporário. A personalidade que você tem neste momento tem todas as virtudes positivas da sua alma, mas você adicionou a elas os vários vícios e defeitos que você adquiriu nesta e nas últimas encarnações. A sua personalidade pode ser vista como uma parede cheia de buracos. A luz que brilha através desses buracos é sua personalidade real, enquanto o resto da parede é a imundície e o muco com o qual você se cobriu. A meta da sublimação pessoal é fazer com que o seu inteiro ser brilhe com pura luz. Isso é, como muitos assuntos do oculto são, uma coisa difícil de ser explicada se usando a linguagem humana. Até com a explicação acima, será difícil, até para os mais inteligentes leitores, absorverem exatamente o que eu estou tentando dizer, até se pensam que