Anotações sobre o livro A Arte da ConversaçãoDescrição completa
Definição, ação, consequências, relação com a magia-negra, superstições, amuletos, insaciabilidade, a inveja e a Bíblia, como se ver livre e protegido da inveja.
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A arquitetura da fraudeDescrição completa
Apostila A Psicologia Da AdolescênciaDescrição completa
Descrição: Análise junguiana e praxis.
A Revolta da Vacina Vacina O Rio de Janeiro, na passagem do século XIX para o século XX, era ainda uma cidade de ruas estreitas e sujas, saneamento precário e foco de doenças como febre amarela, varíola, tuberculose e peste. Os navios estrangeiros faiam !uest"o de anunciar !ue não parariam no porto carioca carioca e os imigrantes imigrantes recém#c$egados da %uropa morriam &s deenas de doenças infecciosas. 'o assumir a presid(ncia da Rep)blica, *rancisco de +aula Rodrigues 'lves instituiu como meta governamental o saneamento e reurbaniaç"o da capital da Rep)blica. +ara assumir a frente das reformas nomeou *rancisco +ereira +assos para o governo municipal. %ste por sua ve c$amou os engen$eiros *rancisco ical$o para a reforma do porto e +aulo de *rontin para as reformas no -entro. Rodrigues 'lves nomeou ainda o médico Osaldo -ru para o saneamento. O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas mudanças, com a derrubada de casar/es e cortiços e o conse!0ente despejo de seus moradores. ' populaç"o apelidou o movimento de o 1bota#abai2o3. O objetivo era a abertura de grandes bulevares, largas e modernas avenidas com prédios de cinco ou seis andares. 'o mesmo tempo, iniciava#se o programa de saneamento de Osaldo -ru. +ara combater a peste, ele criou brigadas sanitárias !ue cruavam a cidade espal$ando raticidas, mandando remover o li2o e comprando ratos. %m seguida o alvo foram os mos!uitos transmissores da febre amarela. *inalmente, restava o combate & varíola. 'utoritariamente, foi instituída a lei de vacinaç"o obrigat4ria. ' populaç"o, $umil$ada pelo poder p)blico autoritário e violento, n"o acreditava na eficácia da vacina. Os pais de família rejeitavam a e2posiç"o das partes do corpo a agentes sanitários do governo. ' vacinaç"o obrigat4ria foi o estopim para !ue o povo, já profundamente insatisfeito com o 1bota#abai2o3 e insuflado pela imprensa, se revoltasse. 5urante uma semana, enfrentou as forças da polícia e do e2ército até ser reprimido com viol(ncia. O epis4dio transformou, no período de 67 a 68 de novembro de 697:, a recém reconstruída cidade do Rio de Janeiro numa praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos generaliados. Cronologia do conflito
Cronologia da Revolta da Vacina
10 de novembro # 5evido & proibiç"o de reuni/es p)blicas estabelecida pelo governo, a polícia investe contra estudantes !ue pregavam resist(ncia & vacinaç"o e s"o recebidos a pedradas, ocorrendo as primeiras pris/es. 11 de novembro # 's forças policiais e militares recebem ordens para reprimir comício da ;iga contra a a praça ?iradentes, uma multid"o se aglomera e n"o obedece & ordem de dispersar. @á troca de tiros e a revolta se espal$a por todo o centro da cidade. ' populaç"o incendeia bondes, !uebra combustores de iluminaç"o e vitrines de lojas, invadem delegacias e o !uartel da rua *rei -aneca. Aais tarde, os tumultos c$egam aos bairros da Bamboa, =a)de, otafogo, ;aranjeiras, -atumbi, Rio -omprido e %ngen$o >ovo. 14 de novembro C Os conflitos continuam por toda a cidade. O e2ército está dividido. -erca de D77 cadetes da %scola Ailitar da +raia a Rua da +assagem, em otafogo, encontram#se com as tropas governamentais. =egue#se um intenso tiroteio. ' debandada é geral. O governo tem DE bai2as, nen$uma fatal. Os rebeldes, tr(s mortos e sete feridos. 15 de novembro # Os tumultos persistem, sendo os maiores focos no =acramento e na =a)de. -ontinuam os ata!ues &s delegacias, ao gasFmetro, &s lojas de armas. >o Jardim otGnico, operários de tr(s fábricas investem contra os seus locais de trabal$o e contra uma delegacia. %stivadores e foguistas reivindicam junto &s suas empresas a suspens"o dos serviços. @á conflitos ainda nos bairros do Aéier, %ngen$o de 5entro, %ncantado, ="o 5iego,
@orácio José da =ilva, con$ecido como o +rata +reta, lidera as barricadas na =a)de. Os jornalistas acompan$am os epis4dios e visitam alguns locais de
conflito. 5escrevem a 1multid"o sinistra, de $omens descalços, em mangas de camisa, de armas ao ombro uns, de garruc$as e naval$as & mostra3. ' Aarin$a ataca os rebeldes e as famílias fogem com medo. 16 de novembro # O governo decreta o estado de sítio. Os conflitos persistem em vários bairros. 's tropas do %2ército e da Aarin$a invadem a =a)de, aprisionando o +rata +reta.
O governo acaba por recuar e revoga a obrigatoriedade da vacinaç"o contra a varíola. ' polícia aproveita os tumultos e realia uma varredura de pessoas e2cluídas !ue perambulam pelas ruas da capital da Rep)blica. ="o todas enviadas & Il$a das -obras, espancadas, amontoadas em navios#pris"o e deportadas para o 'cre, a fim de trabal$arem nos seringais. Auitas n"o c$egam ao seu destino e morrem durante a viagem. ' revolta dei2a um saldo de D7 mortos, 667 feridos e 9:H presos, dos !uais :86 s"o deportados para o 'cre.
Fila de presos na Ilha das Cobras .. Acervo Acervo Casa Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz Fiocruz