ESCOLA ESTADUAL CLODOMIRO CARNEIRO
LUIS FELIPE ZOTTI DE SOUZA
ÉTICA E MORAL
SÃO PAULO – SP SP 2013
ESCOLA ESTADUAL CLODOMIRO CARNEIRO
ÉTICA E MORAL
DISTINÇÃO ENTRE ÉTICA E MORAL TRANSFORMAÇÕES DA MORAL VALORES PERDIDOS NA SOCIEDADE
LUIS FELIPE ZOTTI DE SOUZA
SÃO PAULO - SP 2013
ESCOLA ESTADUAL CLODOMIRO CARNEIRO
ÉTICA E MORAL
DISTINÇÃO ENTRE ÉTICA E MORAL TRANSFORMAÇÕES DA MORAL VALORES PERDIDOS NA SOCIEDADE
Trabalho elaborado por Luis Felipe Zotti de Souza, à Escola Estadual Clodomiro Carneiro, como um dos requisitos para a nota. Orientador: Prof. Renato
SÃO PAULO 2013
LUIS FELIPE ZOTTI DE SOUZA
ÉTICA E MORAL
DISTINÇÃO ENTRE ÉTICA E MORAL TRANSFORMAÇÕES DA MORAL VALORES PERDIDOS NA SOCIEDADE
Trabalho elaborado por Luis Felipe Zotti de Souza, à Escola Estadual Clodomiro Carneiro, para a disciplina de Filosofia sob orientação do prof. Renato, do 2º ano do ensino médio, turma C, aprovado em 08 de Novembro de 2013.
____________________________ Professor Orientador: Renato Escola Estadual Clodomiro Carneiro
SÃO PAULO – SP 2013
Este trabalho é dedicado aos meus avós, meus amigos, e professores, a todos que me ajudaram direto e indiretamente e em especial dedico este trabalho para meu pai.
AGRADECIMENTOS
A Deus que me da forças todos os dias, e que me faz acreditar que hoje é um novo dia para se obter novos conhecimentos e novas experiências. Aos meus pais, sua atenção e apoio, é por eles que quero crescer cada vez mais. Aos amigos, pela paciência, apoio e compreensão, pelo ombro amigo e por me ouvir todas as vezes que fiquei ansioso para concluir meu trabalho. A todos os meus professores, em especial ao professor Renato, pelo tempo e paciência dedicado, passando todos seus conhecimentos. É a todos que, direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho.
“ Geralmente, quem foge da ética é, fatalmente, atropelado pela moral.”
- Juahrez Alves
RESUMO
São Paulo, Luis Felipe Zotti de Souza, Ética e Moral, 2013. 24f. Trabalho escolar de filosofia da Escola Estadual Clodomiro Carneiro de São Paulo, 2013. A sociedade moderna assiste a um progresso tecnológico jamais imaginado, que ultrapassa as previsões dos mais perspicazes futurólogos. O extraordinário progresso técnico-científico, principalmente na área médico-biológica, e o avanço econômico-social, não são suficientes para deter no homem contemporâneo uma certa angústia, que o afasta de si, do outro e da auto realização. Deve-se isto à massificação da informação, através dos meios de comunicação e da informática, que por sua vez traz como corolário, uma "desagregação de certos valores quede a lguma form a vinham con duz indo a m aioria das pess oas e grupos hum anos nos seus posicionamentos morais básicos. Esta crise, em fins do século XX, é o reflexo da conturbação moral, em que o homem adota uma posição relativista em torno da vida; os juízos de valores e as normas éticas são considerados meramente uma questão de preferência de cada um, sem qualquer validade objetiva. É objeto deste trabalho realizar a distinção entre os vocábulos Ética e Moral; autores há que usam os termos indistintamente, enquanto que para outros, considera-se Moral como tradução latina de Ética. Per cebe-s e que historic amente há dif erença s; procu ramos, deste mo do, an al isa r suas diferenças e principalmente a interligação entre ambas, mostrado o quanto ambas estão ligadas em nosso modo de agir e pensar.
Palavras-chave: Sociedade Moderna, Progresso, Analisar, Moral, Ética
ABSTRACT
São Paulo , Luis Felipe de Souza Zotti , Ethics and Morality , 2013 . 24f . School work in the philosophy of State School Chlodomer Ram São Paulo , in 2013 . Modern society watching a technological progress never imagined that exceeds the predictions of the most insightful futurologists . The extraordinary technical and scientific progress , especially in the medical - biological , social and economic advance - are not enough to deter the contemporary man a certain anxiety that alienates himself, of others and self-realization . This is due to the mass of information through the media and information technology , which in turn has as a corollary, a ' breakdown of certain values quede somehow came conducting most people and human groups in their basic moral positions . this crisis in the late twentieth century , reflects the moral upheaval , in which man adopts a relativist position around life : the judgments of values and ethical standards are considered merely a matter of preference of each, without any objective validity . 's object of this work make the distinction between the words ethics and morals , there are authors who use the terms interchangeably , while for others , it is considered as Latin translation Moral Ethics . noticed that historically there are differences ; seek , thus analyze their differences and especially the interconnection between both shown how both are linked in the way we act and think .
Keywords : Modern Society , Progress , Analyze , Morals, Ethics
LISTAGEM DE ABREVIATURAS Séc.
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Século
Prof.
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Professor
p.
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Página
f.
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Folhas
SÚMARIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 12 2. ÉTICA .................................................................................................................................. 13 2.1. DEFINIÇÃO...................................................................................................................... 13 2.1.1. METAÉTICA ................................................................................................................. 13 2.1.1.2 QUESTÕES DA META-ÉTICA ................................................................................. 14 2.1.2. ÉTICA NORMATIVA ................................................................................................... 14 2.1.3. ÉTICA APLICADA ....................................................................................................... 15 2.1.4. ÉTICA DESCRITIVA .................................................................................................... 15 2.1.5. OUTRAS DEFINIÇÕES ................................................................................................ 15 3. MORAL................................................................................................................................ 17 3.1. MORAL E DIREITO ........................................................................................................17 3.1.1. TEORIA DOS CÍRCULOS SECANTES ...................................................................... 18 3.1.2. TEORIA DOS CÍRCULOS CONCÊNTRICOS ............................................................ 19 3.1.3. TEORIA DO MÍNIMO ÉTICO ..................................................................................... 19 4. DISTINÇÃO ENTRE ÉTICA E MORAL ...........................................................................20 5. TRANFORMAÇÕES DA MORAL..................................................................................... 21 6. VALORES PERDIDOS NA SOCIEDADE......................................................................... 22 CONCLUSÃO.......................................................................................................................... 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................................24
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho a ser apresentado à disciplina Filosofia tem como objetivo abordar os vocábulos ética e moral sob um enfoque filosófico um tanto prático, onde irá procurar delinear as suas diferenças e principalmente a interligação entre ambas, mostrado o quanto ambas estão ligadas em nosso modo de agir e pensar. A sociedade moderna está vivendo um progresso tecnológico jamais imaginado que ultrapassa as previsões dos mais perspicazes, o que leva o homem contemporâneo a agir com certa angústia, o que acaba por afasta-lo do real, do que é certo ou errado, e até mesmo da auto realização, ameaçando a integridade e a dignidade do ser humano, a agir sem moral, sem ética. É importante dizer que as ideias, as normas e as relações sociais nascem e se desenvolvem em correspondência à necessidade social desenvolvida, que está sempre visando garantir uma determinada ordem social, regulando desta forma as ações coletivas e individuais
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2. ÉTICA O termo ética deriva do grego ethos, que significa caráter, modo de ser de uma pessoa. Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social. A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos.
2.1. DEFINIÇÃO
O estudo da ética dentro da filosofia, pode-se dividir em sub-ramos, após o advento da filosofia analítica no séc. XX, em contraste com a filosofia continental ou com a tradição filósofica. Estas subdivisões são:
Metaética, sobre a teoria da significação e da refêrencia dos termos e proposições morais e como seus valores de verdade podem ser determinados. Ética normativa, sobre os meios práticos de se determinar as ações morais. Ética aplicada, sobre como a moral é aplicada em situações específicas. Ética descritiva, também conhecido como ética comparativa, é o estudo das visões, descrições e crenças que se tem acerca da moral.
2.1.1. METAÉTICA
Em filosofia, meta-ética é o ramo da ética que procura entender a natureza das propriedades éticas, enunciados, atitudes e juízos. Metaética é um dos três ramos da ética geralmente reconhecidos pelos filósofos. Os outros são a ética aplicada e a ética normativa, Teoria ética e ética aplicada formam a ética normativa. A meta-ética tem recebido considerável atenção dos filósofos acadêmicos nas últimas décadas.Enquanto as éticas normativas formulam seguintes questões como “O que alguém deve fazer?”, endossando a ssim alguns juízos éticos de valor e rejeitando outros, a meta-ética
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formula questões como “O que é o bem?” e “Como podemos dizer o que é bom e o que é mau?”, procurando entender a natureza das propriedades e avaliações dos enunciados éticos.
Algum teóricos afirmam que certas considerações metafísicas sobre a moral são necessárias para uma correta avaliação de teorias morais atuais e para a tomada de decisões acerca da moral prática. Outros argumentam com premissas contrárias, afirmando que nossas ideias morais advêm de nossas intuições na tomada de decisão, antes de termos qualquer senso de uma moralidade metafísica.
2.1.1.2 QUESTÕES DA META-ÉTICA Segundo Richard Garner e Bernard Rosen , há três tipos de problemas meta-éticos, ou três questões gerais: 1. Qual o significado dos termos e juízos morais? 2. Qual a natureza dos juízos morais? 3. Como os juízos morais podem ser apoiados e defendidos? Uma questão do primeiro tipo envolve questões como, “O que as palavras ‘bem’, ‘mal’, ‘certo’ e ‘errado’ significam?”. A segunda categoria inclui questões sobre se os julgamentos morais são ou universais ou relativos, ou algum tipo de pluralismo plularismo de valorativo. Questões do terceiro tipo indagam, por exemplo, como podemos saber que algo é certo ou errado. Garner e Rosen dizem que as respostas a estas três perguntas básicas “não são dissociáveis, e algumas vezes a resposta de uma compromete fortemente a resposta de outra”.
2.1.2. ÉTICA NORMATIVA
Ética Normativa é a investigação racional, ou uma teoria, sobre os padrões do correto e incorreto, do bom e do mau, com respeito ao carácter e à conduta, que uma classe de indivíduos tem o dever de aceitar. Essa classe pode ser a humanidade em geral, mas podemos também considerar que a ética médica, a ética empresarial, etc., são corpos de padrões que os profissionais em questão devem aceitar e observar. Esse tipo de investigação e a teoria que daí resulta (a ética kantiana e a utilitarista são exemplos amplamente conhecidos) não descrevem o modo como as pessoas pensam ou se comportam; antes prescrevem o modo como as pessoas devem pensar e comportar-se. Por isso se chama "ética normativa": o seu objetivo principal é formular normas válidas de conduta e de avaliação do caráter. O estudo sobre que normas e padrões gerais são de aplicar em situações problema efectivos chama-se também "ética aplicada". Recentemente, a expressão "teoria ética" é muitas vezes usada neste sentido. Muito do que se chama filosofia moral é ética normativa ou aplicada.
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2.1.3. ÉTICA APLICADA
Ética aplicada é um estudo de ordem ética, que atua em um meio social, o seu comportamento, e sua aplicação nesse meio. Nos anos de 1950 os meios de comunicação vigentes e o público em geral já discutiam a ética da inseminação artificial e de transplantes de órgãos que começavam a ser postos em prática. Além da ética médica incluem-se em seu campo de pesquisa a bioética, a ética da ciência, a ética econômica ou ética empresarial, a ética do trabalho, a ética ambiental, a ética do futuro, a ética do direito, a ética política, a ética da informação, a ética dos meios de comunicação social, a engenharia ética, a ética administrativa, a ética da técnica, a ética social, a ética sexual e a ética animal.
2.1.4. ÉTICA DESCRITIVA O estudo, de um ponto de vista externo, dos sistemas de crenças e práticas de um grupo social também se chama “ética”, e mais especificamente “ética descritiva”, visto que um dos seus principais objetivos é descrever a ética de um grupo. Também tem sido denominado etinoética, e pertence às ciências sociais.
2.1.5. OUTRAS DEFINIÇÕES Já houve quem definisse a ética como a "ciência da conduta". Essa definição é imprecisa por várias razões. As ciências são descritivas ou experimentais, mas uma descrição exaustiva de quais ações ou quais finalidades são ou foram chamadas, no presente e no passado, de "boas" ou "más" encontra-se obviamente além das capacidades humanas. E os experimentos em questões morais (sem considerar as consequências práticas inconvenientes que provavelmente propiciariam) são inúteis para os propósitos da ética, pois a consciência moral seria instantaneamente chamada para a elaboração do experimento e para fornecer o tema de que trata o experimento. A ética é uma filosofia, não uma ciência. A filosofia é um processo de reflexão sobre os pressupostos subjacentes ao pensamento irrefletido. Na lógica e na metafísica ela investiga, respectivamente, os próprios processos de raciocínio e as concepções de causa, substância, espaço e tempo que a consciência científica ordinária não tematiza nem critica. No campo da ética, a filosofia investiga a consciência moral, que desde sempre pronuncia juízos morais sem hesitação, e reivindica autoridade para submeter a críticas contínuas as instituições e formas de vida social que ela mesma ajudou a criar. Quando começa a especulação ética, concepções como as de dever, responsabilidade e vontade – tomadas como objetos últimos de aprovação e desaprovação moral – já estão dadas e já se encontram há muito tempo em operação. A filosofia moral, em certo sentido, não acrescenta nada a essas concepções, embora as apresente sob uma luz mais clara. Os problemas da consciência moral, no instante em que
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essa pela primeira vez se torna reflexiva não se apresentam, estritamente falando, como problemas filosóficos. Ela se ocupa dessas questões justamente porque cada indivíduo que deseja agir corretamente é constantemente chamado a responder questões como, por exemplo, "Que ação particular atenderá os critérios de justiça sob tais e tais circunstâncias?" ou "Que grau de ignorância permitirá que esta pessoa particular, nesse caso particular, exima-se de responsabilidade?" A consciência moral tenta obter um conhecimento tão completo quanto possível das circunstâncias em que a ação considerada deverá ser executada, do caráter dos indivíduos que poderão ser afetados, e das consequências (à medida que possam ser previstas) que a ação produzirá, para então, em virtude de sua própria capacidade de discriminação moral, pronunciar um juízo. O problema recorrente da consciência moral, "O que devo fazer?", é um problema que recebe uma resposta mais clara e definitiva à medida que os indivíduos se tornam mais aptos a aplicar, no curso de suas experiências morais, aqueles princípios da consciência moral que, desde o princípio, já eram aplicados naquelas experiências. Entretanto, há um sentido em que se pode dizer que a filosofia moral tem origem em dificuldades inerentes à natureza da própria moralidade, embora permaneça verdade que as questões que a ética procura responder não são questões com as quais a própria consciência moral jamais tenha se confrontado. O fato de que os seres humanos dão respostas diferentes a problemas morais que pareçam semelhantes ou mesmo o simples fato de que as pessoas desconsideram, quando agem imoralmente, os preceitos e princípios implícitos da consciência moral produzirão certamente, cedo ou tarde, o desejo de, por um lado, justificar a ação imoral e pôr em dúvida a autoridade da consciência moral e a validade de seus princípios; ou de, por outro lado, justificar juízos morais particulares, seja por uma análise dos princípios morais envolvidos no juízo e por uma demonstração de sua aceitação universal, seja por alguma tentativa de provar que se chega ao juízo moral particular por um processo de inferência a partir de alguma concepção universal do Supremo Bem ou do Fim Último do qual se podem deduzir todos os deveres ou virtudes particulares. Pode ser que a crítica da moralidade tenha início com uma argumentação contra as instituições morais e os códigos de ética existentes; tal argumentação pode se originar da atividade espontânea da própria consciência moral. Mas quando essa argumentação torna-se uma tentativa de encontrar um critério universal de moralidade – sendo que essa tentativa começa a ser, com efeito, um esforço de tornar a moralidade uma disciplina científica – e especialmente quando a tentativa é vista, tal como deve ser vista afinal, como fadada ao fracasso (dado que a consciência moral supera todos os padrões de moralidade e realiza-se inteiramente nos juízos particulares), pode-se dizer então que tem início a ética como um processo de reflexão sobre a natureza da consciência moral. A ética, independente da dimensão em que se apresenta social ou individual, tem como objetivo, servir à vida, sua razão é o ser humano, seu bem estar, de forma que provenha a felicidade.
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3. MORAL Moral deriva do latim mores, "relativo aos costumes". Seria importante referir, ainda, quanto à etimologia da palavra "moral", que esta se originou a partir do intento dos romanos traduzirem a palavra grega êthica. E assim, a palavra moral não traduz por completo, a palavra grega originária. É que êthica possuía, para os gregos, dois sentidos complementares: o primeiro derivava de êthos e significava, numa palavra, a interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que gera uma ação genuinamente humana e que brota a partir de dentro do sujeito moral, ou seja, êthosremete-nos para o âmago do agir, para a intenção. Por outro lado, êthica significava também éthos, remetendo-nos para a questão dos hábitos, costumes, usos e regras, o que se materializa na assimilação social dos valores. A tradução latina do termo êthica para mores "esqueceu" o sentido de êthos (a dimensão pessoal do ato humano), privilegiando o sentido comunitário da atitude valorativa. Dessa tradução incompleta resulta a confusão que muitos, hoje, fazem entre os termos ética e moral. A ética pode encontrar-se com a moral pois a suporta, na medida em que não existem costumes ou hábitos sociais completamente separados de uma ética individual. Da ética individual se passa a um valor social, e deste, quando devidamente enraizado numa sociedade, se passa à lei. Assim, pode-se afirmar, seguindo este raciocínio, que não existe lei sem uma ética que lhe sirva de alicerce. Segundo José Ferrater Mora, os termos 'ética' e 'moral' são usados, por vezes, indistintamente. Contudo, o termo moral tem usualmente uma significação mais ampla que o vocábulo 'ética'. A moral é aquilo que se submete a um valor. Hegel distingue a moralidade subjetiva (cumprimento do dever, pelo ato de vontade) da moralidade objetiva (obediência à lei moral enquanto fixada pelas normas, leis e costumes da sociedade, a qual representa ao mesmo tempo o espírito objetivo). Hegel considera que seja insuficiente a mera boa vontade subjetiva. É preciso que a boa vontade subjetiva não se perca em si mesma ou se mantenha simplesmente como aspiração ao bem, dentro de um subjetivismo meramente abstrato. Para que se torne concreto, é preciso que se integre com o objetivo, que se manifesta moralmente como moralidade objetiva. É a racionalidade da moral universal concreta que pode dar um conteúdo à moralidade subjetiva da mera consciência moral.2 Alguns dicionários definem moral como "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada" (Aurélio Buarque de Hollanda), ou seja, regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo.
3.1. MORAL E DIREITO Moral é um conjunto de regras no convívio. O seu campo de aplicação é maior do que o campo do Direito. Nem todas as regras Morais são regras jurídicas. O campo da moral é mais
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amplo. A semelhança que o Direito tem com a Moral é que ambas são formas de controle social. Existem algumas teorias que podem explicar melhor o campo de aplicação entre o Direito e Moral, quais sejam: Teoria dos círculos secantes Teoria dos círculos concêntricos Teoria do mínimo ético "Os egípcios, os babilônios, os chineses e os próprios gregos não distinguem o direito da moral e da religião. Para eles o direito confunde-se com os costumes sociais. Moral, religião e direito são confundidos. Nos códigos antigos, encontramos não só preceitos jurídicos, como, também, prescrições morais e religiosas. O direito nesse tempo ainda não havia adquirido autonomia, talvez porque, como nota Roubier, 'nas sociedades antigas, a severidade dos costumes e a coação religiosa permitiram obter espontaneamente o que o direito só conseguiu mais tarde', com muita coerção." (GUSMÃO, 2007,p. 69)
Conclui-se que a Moral vem antes do Direito, ou da ciência do Direito. “Os romanos, organizadores do direito, definindo -o sob a influência da filosofia grega, consideraram-no como ars boni et aequi . (arte do bom e equitativo). O grande jurisconsulto Paulo, talvez fosse melhor silmplificar compreendendo a particularidade do direito, sustentou que non omne quod licet honestum est .3 Nem tudo que é lícito é honesto. Nem tudo que é legal é moral. O permitido pelo direito nem sempre está de aco rdo com a moral.”(GUSMÃO, 2007, p. 69) “A moral tem por objeto o comportamento humano regido por regras e valores morais, que se encontram gravados em nossas consciências, e em nenhum código, comportamento resultante de decisão da vontade que torna o homem, por ser livre, responsável por sua culpa quando agir contra as regras morais.” “O direito é:
Heterônomo: por ser imposto ou garantido pela autoridade competente, mesmo contra a vontade de seus destinatários Bilateral: em virtude de se operar entre indivíduos (partes) que se colocam como sujeitos, um de direitos e outro de obrigações. Coercível: porque o dever jurídico deve ser cumprido sob pena de sofrer o devedor os efeitos da sanção organizada, aplicável pelos órgãos especializados da sociedade. A moral é:
Autônoma pois é imposta pela consciência ao homem. Unilateral: por dizer respeito apenas ao indivíduo. Incoercível: o dever moral não é exigível por ninguém, reduzindo-se a dever de consciência.”
3.1.1. TEORIA DOS CÍRCULOS SECANTES
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Segundo Claude Du Pasquier, jurista francês, o Direito e Moral possuem um campo de competência comum e, ao mesmo tempo, uma área particular independente. A representação das suas relações é a de dois círculos secantes. Existem portanto normas jurídicas fora da área abrangida pela moral. A Teoria de Claude Du Pasquier ou Teoria dos Círculos Secantes é a que mais se aproxima da concepção real das relações entre o Direito e a Moral, mostrando que existem normas jurídicas com conteúdo moral, mas que também existem normas meramente jurídicas alheias e até mesmo contrárias à moral.
3.1.2. TEORIA DOS CÍRCULOS CONCÊNTRICOS Iniciada com o filósofo inglês, Jeremy Bentham, segundo o qual a ordem jurídica estaria incluída totalmente no campo da Moral. Os dois círculos (Moral e Direito) seriam concêntricos, com o maior pertencendo à Moral. Assim, o campo moral é mais amplo do que o do Direito e este se subordina à Moral.
3.1.3. TEORIA DO MÍNIMO ÉTICO A Teoria do Mínimo Ético, que foi exposta pelo filósofo inglês Jeremias Bentham e depois desenvolvida pelo grande jurista alemão Georg Jellinek, que afirmava que o direito seria um conjunto mínimo de regras morais obrigatórias para a sobrevivência da moral e, consequentemente, da sociedade. O direito apenas atuaria como instrumento para o cumprimento destes preceitos morais básicos. Nesta teoria, parte-se fundamentalmente de que nem todos os indivíduos estão dispostos a aceitar todos os preceitos morais básicos à estabilidade social. Portanto, o direito seria como uma ferramenta que teria como função garantir o cumprimento deste mínimo ético necessário, por parte dos indivíduos, para a sobrevivência da sociedade. Assim, figurativamente o direito estaria contido dentro da moral.
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4. DISTINÇÃO ENTRE ÉTICA E MORAL Se for pesquisar no dicionário Aurélio o significado da palavra moral, iremos encontrar a seguinte definição: adj. De acordo com os bons costumes. / Que é próprio para favorecer os bons costumes. / Relativo ao espírito; intelectual (por oposição ao físico, ao material). / S.m. Estado de espírito, disposição de ânimo. / S.f. A parte da filosofia que trata dos costumes, deveres e modo de proceder dos homens nas relações com seus semelhantes; ética. / Corpo de preceitos e regras para dirigir as ações do homem, segundo a justiça e a equidade natural. / As leis da honestidade e do pudor; moralidade. Se for analisar, a moral não é algo individual, ela vem da cultura de uma sociedade. Um exemplo no Brasil, a poligamia é algo imoral, pois temos uma herança cultural e moral católica, do qual condena a poligamia. A moral estabelece limites, ela determina o que é correto ou não para aquela sociedade e cada ao indivíduo decide seguir ou não. A palavra moral vem do latim mores, que significa costume. Podemos descrever então que moral são as normas de conduta de uma sociedade, para permitir um equilíbrio entre os anseios individuais e os interesses da sociedade. Por isso do termo conduta moral, que é a orientação para os atos segundo os valores descritos pela sociedade. A ética tem um significado muito próximo ao da moral. Ética vem do grego ethos, que também significa conduta, modo de agir, mas o que diferencia moral da ética é o sentido etimológico, no qual a moral tem como propósito estabelecer um convívio social de acordo com o que é bem quisto pela sociedade, já a ética é identificada como uma filosofia moral, onde se busca entender os sentidos dos valores morais. A ética busca avaliar os princípios em seu individual, onde cada grupo possuem seus próprios valores, culturas e crenças. Ela constitui um sistema de argumentos dos quais os grupos ou as pessoas justificam suas ações. A configuração principal da ética é solucionar conflitos de interesses, baseando em argumentos universais. A ética tem seu impasse, pois o que é considerado ético para um grupo, não é para outro. Podemos ver nas redes sociais muita discursão sobre a homossexualidade, se é ético e está dentro da moralidade o relacionamento homo afetivo e o quanto a sociedade permite a exposição do mesmo. A verdade que impasse se dar devido o brasileiro vir de uma cultura cristã que sempre impôs que o relacionamento tem como o objetivo principal a procriação e como isso não acontece nos relacionamentos homo afetivos, esses são consideramos por muito imorais e antiéticos. A modernidade vem mudando muitos desses valores éticos, e hoje os indivíduos são considerados pessoas livres, o que leva a um relativismo, do qual a ética pode contornar a situação e conduzir a uma moralidade do qual os fins justificam os meios. O sentido hoje da ética é estabelecer uma universalidade dos valores, sem considerar a influência de uma ordem universal. Todos estão corretos e todos estão errados, vai de acordo com o que é ético para o indivíduo.
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5. TRANFORMAÇÕES DA MORAL Dissemos que o sistema moral de cada grupo social é elaborado ao longo do tempo de acordo com os valores reconhecidos por aquele grupo como significativos para a convivência social. Num primeiro momento, esses valores são adquiridos pelos indivíduos como uma herança cultural. Cada indivíduo assimila , desde a infância noções do que é bom e desejável, e também do que é ruim, desaconselhável ou repugnante. De acordo com esses valores, ele passará a julgar como bons ou maus o seu próprio comportamento e dos outros. No entanto , é importante notar que, apesar desse caráter social , a oral tem também um aspecto pessoal. Ou seja, embora herdemos um conjunto estabelecido de normas morais chega um momento em nossas vidas em que podemos refletir sobre ele, aceitá-lo consciente e livremente ou rejeita-lo. Por isso dissemos anteriormente, na comparação entre normas morais e normas jurídicas, que o comportamento moral se caracteriza essencialmente pela livre escolha do indivíduo . Portanto, a liberdade é a base da conduta moral. Na relação entre indivíduo e sociedade , o indivíduo pode reafirmar e consolidar a moralidade existente. Mas ele pode também nega-la e, dessa forma, contribuir para transformação dessa moralidade. Assim, podemos caracterizar essa relação entre sociedade e indivíduo como dialética, ou seja, uma relação de mútua influência entre dois pólos, em que: • Por um lado, o indivíduo, um ser singular , é levado , através da educação , à universalidade expressa nos costumes e normas morais. Isso significa que cada indivíduo assimila os princípios morais consolidados como próprios do ser humano até então. • Por outro lado, os indivíduos, não assimilando passivamente esses princípios, podem contestá-los ou interferir em sua formulação, de acordo com as novas condições históricosociais, e acabar por transformar as normas e costumes morais.
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6. VALORES PERDIDOS NA SOCIEDADE Nos dias atuais acabamos por não ver mais os valores na sociedade assim como era antes, com o decorrer do tempo o ser humano vem deixando de lado seus valores e princípios para com a sociedade na qual o vive. Um exemplo de um valor perdido na sociedade é o valor familiar, onde muitas pessoas matam seus familiares e entes queridos por motivos fúteis como brigas ou até mesmo dinheiro. Temos perdido na sociedade também o valor do respeito, onde muitas pessoas acabam desrespeitando os demais, vale ressaltar que é principalmente aos mais velhos. Com o decorrer dos tempos a nossa sociedade vem deixando seus valores e tornando-se um mundo individualista.
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Sites: http://pensador.uol.com.br/moral_e_etica/ http://numeracaoromana.babuo.com/numeros-romanos-de-1-a-500 http://www.pulpitocristao.com/2012/07/em-busca-dos-valores-perdidos/ http://pt.scribd.com/doc/52786563/RESUMO-DE-ETICA-E-MORAL http://www.suapesquisa.com/o_que_e/etica_conceito.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica http://pt.wikipedia.org/wiki/Meta%C3%A9tica http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica_normativa http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica_aplicada http://criticanarede.com/eti_eticamoral.html http://www.dhnet.org.br/direitos/codetica/textos/oque_e_etica.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Moral http://www.significados.com.br/etica-e-moral/ http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/43087/a-diferenca-entre-moral-eetica http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Trabalho-Filosofia-%C3%89tica-e-Moral/30202.html http://jus.com.br/forum/127818/ http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090403083012AAW7qnW http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_m%C3%ADnimo_%C3%A9tico http://respirandodireito.blogspot.com.br/2008/03/direito-e-moral.html http://professorrodrigosouza.blogspot.com.br/2010/07/transformacao-da-moral.html