762-TS028.16 – Animação para a Terceira Idade
Cencal - Mónica Peralta
• Conceitos de Geriatria e Gerontologia; • Conceitos de Envelhecimento e Velhice; • O idoso na sociedade contemporânea; • Instituições de apoio à terceira idade; • Formas de intervenção em animação sociocultural para a
terceira idade. Cencal - Mónica Peralta
Avaliação contínua: • Participação; • Motivação; • Relacionamento intergrupal; • Empenho e dedicação; • Assiduidade.
Instrumentos: Avaliação; • Ficha de Avaliação; • Trabalhos em grupo.
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A reflexão sobre o envelhecimento é tão antiga como a história da humanidade: - Indagações sobre a deterioração das funções vitais; - Perplexidade com o sofrimento e a morte; - Aspiração à vida eterna (lutar contra a morte).
Posturas diversas no pensamento antigo: • Platão e Cícero – visão positiva da velhice = virtude e sabedoria; • Aristóteles e Séneca – visão pessimista da velhice = decadência e
enfermidade.
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A questão do envelhecimento começa a ganhar visibilidade e a ser objeto de discussão com o surgimento de instituições (agentes especializados) no tratamento da população idosa na Europa no final do séc. XIX e início do séc. XX: • Envelhecimento da classe operária.
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Mas há estudos anteriores (Fernandez-Ballesteros, 2004): - Francis Bacon inaugura a investigação científica em gerontologia, no séc. XVII , com o seu trabalho “História da Vida e da Morte” (reflexão sobre o impacto das condições de salubridade e sociais na esperança de vida); - Quetelet (sec.XIX) - primeiro a estudar os princípios que regem o processo através do qual o ser humano nasce, cresce e morre. Cencal - Mónica Peralta
• Em 1903, Elie Metchnikoff, prémio Nobel da Medicina
Fisiologia e professor do Instituto Pasteur de Paris, propôs uma nova ciência – a Gerontologia (Geras: velho, Logia: estudo ou descrição) – como o estudo científico dos idosos;
• Cowdry – 1939 – primeiro tratado de Gerontologia “Problems of Aging”. Analisa questões médicas, físicas,
sociais, psicológicas do envelhecimento. Cencal - Mónica Peralta
GERONTOLOGIA – DISCIPLINA QUE SE OCUPA DO
ESTUDO E DO CONHECIMENTO DOS MAIS VELHOS (Fernandez-Ballesteros, 2004). A gerontologia afirma-se pelo reconhecimento:
• da existência de aspetos biopsicossociais que envolvem o
envelhecimento humano; • da dimensão social da velhice
e do envelhecimento como um problema para o indivíduo, família e sociedade. Cencal - Mónica Peralta
• Em 1909 foi criado o termo Geriatria ( Geras: velhos, latrikos: tratamento) pelo médico austríaco radicado nos
EUA, Ignaz Nascher;
• De acordo com Lima (1999), a Geriatria afirma-se pelo
reconhecimento das especificidades do organismo envelhecido e pela necessidade de o estudar cientificamente.
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• A consolidação da Gerontologia só aconteceu após a Segunda Guerra Mundial,
tendo aparecido em 1945, nos EUA, a Society of Gerontology e em 1946 a primeira grande publicação na área – Journal of Gerontology; • Os estudos e o interesse por esta área intensificaram-se a partir dos anos 80 -
Envelhecimento demográfico; • Este interesse foi confirmado com a consagração do ano de 1999 como o Ano
Internacional dos Idosos, pelas Nações Unidas; • Um pouco por todo o mundo políticos e cientistas começam a dar-se conta do “Grey Power” (poder grisalho) - Poder político e económico.
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Walker (1999, in Paul, 2005:21) considera que existem três fases na evolução da preocupação política com os idosos: • 1ª fase – entre 1940 e 1970 – quando se começa a colocar uma série de
questões relacionadas com as reformas e com o aumento da dependência (económica e social) dos idosos face à fixação de uma idade para essa reforma. • 2ª fase – entre 1970 e 1980 – passando o envelhecimento a ser encarado
como um problema económico.
• 3ª fase – desde a década de 80, continuando a ser dominante a
problemática da sobrecarga económica, mas emergindo cada vez mais o peso político dos idosos, através do surgimento de movimentos políticos. Cencal - Mónica Peralta
• O processo de envelhecimento tem sido objeto de estudo de
ciências como a sociologia, psicologia, economia, direito, medicina, bioquímica; • A diversidade diversidade de abordagens tem enriquecido o conhecimento sobre
este processo; • A gerontologia é uma área do saber multidisciplinar multidisciplinar,, ou mesmo
transdisciplinar, que resulta da conjugação de vários contributos científicos que ajudam a compreender a complexidade do processo de envelhecimento dos seres humanos.
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De acordo com Bengston, Rice e Johnson (1999, in Paul, 2005: 25) os gerontologistas tentam explicar: • Os problemas funcionais dos idosos em termos de incapacidades e
dificuldades para levar uma vida autónoma; • O envelhecimento como processo que ocorre ao longo do tempo,
estudando como é que os indivíduos crescem e envelhecem (aspetos biológicos, psicológicos e sociais da senescência); • A idade enquanto padrão de comportamento social. Cencal - Mónica Peralta
“ A A variabilidade interindividual dos idosos idosos é superior à verificada em outros grupos etários. Com o passar dos anos e o acumular de experiências, os indivíduos acentuam as suas diferenças de partida, sublinhando competências ou incapacidades que a sua base genética, em interação com o meio, permite expressar .” .”
Paul, 2005
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• O envelhecimento populacional resultado de um
conjunto de fatores como: o aumento da esperança de vida da população e o declínio das taxas de fecundidade e mortalidade, é hoje um fenómeno mundial
que
modifica
a
estrutura
população.
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etária
da
•
O envelhecimento é um processo complexo, multidimensional, universal, inevitável e irreversível, mas o entendimento que dele fazemos é social e culturalmente situado/condicionado.
•
Um velho é uma pessoa que tem mais anos de vida do que a maioria das pessoas que o rodeia e que sabe que os anos que lhe restam para viver são menos do que os que já viveu. Pode ter 30, 40 ou 85 anos. (Philibert, 1984). “Qualquer limite cronológico para definir as pessoas idosas é sempre arbitrário e dificilmente traduz a dimensão biológica, física e psicológica da evolução do ser humano.”
(INE, 2002: 10) Cencal - Mónica Peralta
“ um processo de diminuição orgânica e funcional, não decorrente de acidente ou doença e que acontece inevitavelmente com o passar do tempo.” (Gomes Ermida, 1999: 14)
• “perda progressiva e irreversível da capacidade de adaptação do organismo às condições mutáveis do meio ambiente.” (Robert, 1994 in Fernandes, 2000: 21)
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O envelhecimento normal ou primário é um processo de diminuição orgânica e funcional, que não decorre de acidente ou doença, mas que acontece, inevitavelmente, com o passar do tempo.
O envelhecimento patológico ou secundário resulta da interferência de factores anormais (acidentes ou doenças) que aceleram o processo de envelhecimento primário.
Não são fáceis de distinguir Confundem-se manifestações normais do envelhecimento com doenças e negligenciam-se doenças por se considerarem aspectos normais de envelhecimento Cencal - Mónica Peralta
Yates (1996, citado por Fernandez-Ballesteros, 2004: 41) estabelece distinção entre envelhecimento e senescência:
• Implica mudanças que ocorrem com a passagem do tempo e que podem
ser positivas, negativas ou neutras, consoante o entendimento de quem as vive;
• Progressiva perda de estabilidade dos sistemas biológicos, que aumenta a
probabilidade de falha do sistema.
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Moragas (1991) identifica domínios onde as implicações do envelhecimento se fazem sentir: - No domínio biológico, de um modo geral os tecidos perdem alguma flexibilidade e os órgãos e sistemas reduzem a qualidade e velocidade das suas funções. - No domínio psíquico, registam-se perdas de memória e de algumas competências intelectuais (não tão significativas como por vezes se afirma). Contudo, a inteligência e a capacidade de aprendizagem, desde que exercitadas, podem continuar a progredir. Relativamente à personalidade, os estudos demonstram que existe uma consistência da mesma. Cencal - Mónica Peralta
- No domínio social, as limitações passam pela diminuição dos contactos sociais, pela redução dos papéis e consequentemente pela desvalorização do estatuto. Contudo, estes devem-se mais às barreiras impostas pela sociedade do que às características dos idosos.
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A IMPRECISÃO DOS CONCEITOS E DOS SEUS SIGNIFICADOS
Qual a determina velhice?
idade que o início da
Qual a palavra mais correcta para identificar as pessoas que já entraram na velhice? O que significa ser velho? Definir o momento ou as circunstâncias em que podemos considerar o ser humano velho ou idoso não é fácil ou linear.
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“A velhice pode ser considerada como a última idade da vida, cujo início fixamos no sexagésimo ano, mas que pode ser mais ou menos avançada ou retardada, segundo a constituição individual, o género de vida e uma série de outras circunstâncias.” (Bernard, 1994 in Fernandes,
2000: 24) “... é um processo fisiológico, psicológico e social que aumenta a instabilidade, a sensibilidade e a susceptibilidade a processo patológicos. (...)
A velhice não é uma doença, mas sim a comprovação de que houve suficiente saúde para a atingir. (Fernandes, 2000: 25) Cencal - Mónica Peralta
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ENVELHECIMENTO
VELHICE
Resultante da interacção entre factores biológicos, psicológicos, e sociais;
Última etapa da vida que depende exclusivamente da trajectória de vida do indivíduo;
Desenvolve-se a ritmos diferente; Última fase do processo dinâmico do Ciclo Vital.
atribui ao idos o depende de cada s oci edade, e a importância que s e
“O valor que se
dá à velhice”
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A velhice pode ser vivida de forma problemática, pois está associada a muitas perdas:
PERDAS: •
Económicas: menor capacidade financeira e económica (população idosa vive de uma reforma ou de valores que arrecadaram toda a vida);
•
Sociais: falta de participação na comunidade envolvente, entre outros;
•
Interpessoais: falta de auto-estima, auto-confiança, falta de objectivos de vida.
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A velhice pode ser vivida de forma problemática, pois está associada a muitas perdas:
PERDAS: •
Físicas: cor do cabelo cinzenta ou branca; aparecimento de rugas; maior dificuldade na visão e na audição, entre outros;
•
Psíquicas: depressão, efeitos secundários de medicação, isolamento social, pobreza, falta de motivação, falta de cuidados pessoais;
-
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O conceito de idade pode ser utilizado em vários sentidos: •
Idade cronológica: indica o tempo que decorre desde o nascimento do ser humano até ao mesmo presente;
•
Idade jurídica: corresponde à idade em que o sujeito adquire determinados direitos e deveres perante a sociedade em que esta inserido.
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O conceito de idade pode ser utilizado em vários sentidos: •
Idade física e biológica: biológica: indica o ritmo a que cada indivíduo envelhece. Varia Varia de indivíduo para indivíduo;
•
Idade psico-afectiv psico-afectiva: a: reflecte a personalidade, a individualidade e as emoções do indivíduo, não tendo estes limites em função da idade cronológica, uma vez que o indivíduo pode assumir tarefas sociais ou profissionais que correspondam a uma idade superior à sua.;
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“ A A certa altura, dei-me conta de que o tempo
passava tão depressa que eu me sentia a correr para fora da vida. Em teoria, ter anos é bom. O que sou, o que sei, devo-o aos anos que tenho.”
Alçada Baptista
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• Um fenómeno complexo e comum a todos os indivíduos; • Um processo contínuo e multidimensional, constituído por
diversas fases; • Um fenómeno que afecta os indivíduos de forma
diferentes; • Uma fase inevitável, natural e inerente a todos os
indivíduos, cujo desenvolvimento progressivo depende da trajectória de vida de cada um. Cencal - Mónica Peralta
Modificações psicológicas Modificações físicas
Modificações sociais O ENVELHECIMENTO – é um processo que surge em todos os seres humanos como consequência da sua longevidade.
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A idade pode ter várias dimensões: Cronológica - tempo que decorre desde o nascimento do ser humano até à sua morte.
Biológica – distintos níveis de maturidade física.
Psicológica - capacidade de adaptação do comportamento do indivíduo, associado à evolução dos processos cognitivos e emotivos ao longo da sua vida.
Funcional - conjunto de indicadores que permitem compreender como se podem criar condições para um envelhecimento satisfatório.
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Domínios onde o envelhecimento pode efectivamente manifestar-se: • Onde a evolução é oscilante e mutável. Contudo, os tecidos efectivamente perdem
Domínio Biológico
flexibilidade e os órgãos podem reduzir a velocidade e qualidade das suas funções.
• Existe uma perda significativa de memória, nomeadamente a nível da memória
imediata e remota e da capacidade para assimilar novos saberes e conhecimentos.
Domínio Psíquico
Estas “perdas” estão relacionadas com as alterações químicas, neurológicas e
circulatórias que afectam a função cerebral do indivíduo. Todavia, estas transformações podem não ser significativas, caso exista uma estimulação.
• Verifica-se uma diminuição progressiva a nível do contacto social, derivado à
Domínio Social
desvalorização do idoso na sociedade, e consequentemente na redução do seu papel activo. Podem-se verificar, também, transformações a nível das reacções emocionais, devido à solidão, isolamento ou acumulação de perdas, entre outros.
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Nas pessoas idosas, muitos dos problemas ligados ao envelhecimento não são causados pela diminuição das funções cognitivas.
São causados por: - Perda de papéis sociais; - Situações de stress; - Doença; - Cansaço; - Desenraizamento.
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Envelhecimento fisico: • As nossas celulas têm uma longevidade precisa. Não se dividem
indefinidamente e a sua capacidade decresce com a idade.
Degenerescência do sistema tegumentar: •
Verifica-se um adelgaçamento da pele com perda da flexibilidade e elasticidade, surgindo as rugas. Carateriza-se por o aparecimento de manchas (lentigo senil) e de purpura senil ou áreas hemorrágicas na pele. A perda de pelos é progressiva (púbis, axilas, pernas). Os cabelos tornam-se menos fortes e vão-se tornando brancos progressivamente. As unhas têm um crescimento mais lento, com estrias longitudinais, mais espessas, secas e quebradiças. Cencal - Mónica Peralta
Degenerescência do sistema ósseo: •
Diminuição da massa óssea, acentua-se nas mulheres após a menopausa; perda de dentes e os restantes achatam-se e o maxilar atrofia, ocorre uma diminuição da distância entre o queixo e o nariz empurrando os dentes para traz. Verifica-se uma alteração do equilibrio corporal e da marcha devido a: Uma diminuição da altura (entre 0,5 a 5cm) devido ao estreitamento das vertebras dorso – lombares, acentuando a curva natural da coluna; Alargamento da cintura pélvica.
Degenerescência do sistema articular: • As articulações ficam mais rigidas e há uma perda da amplitude de
movimentos. Cencal - Mónica Peralta
Degenerescência do sistema neuromuscular: • Há uma diminuição da velocidade estimulo – resposta; perda de força
e agilidade; alteração da velocidade de contração ou seja o tempo de contração é prolongado tal como o tempo médio de relxamento. Aos 80 anos perdeu-se cerca de 50% da massa muscular máxima; verificndo-se o aparecimento do tremor benigno (tremor senil).
Degenerescência do sistema sensorial: • Ao nível do paladar , resultam da perda das papilas gustativas
associadas à perda de dentes, problemas de digestão e dietas terapêuticas. Estas alterações potenciam um risco elevado de aparecimento de falta de apetite e desnutrição.
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Ao nível do olfacto , comportam-se de modo semelhante ao do paladar, induzindo a indiferença e inaptência do idoso perante os alimentos, devido a atrofia dos orgãos ofactativos e aumento de pelos nas narinas. Ao nível audição, alterações internas e externas, condicionando a percepção auditiva da pessoa, limitando a sua capacidade para comunicar e consequentemente as suas relações pessoais, devido a: • Aumento do pavilhão auricular; • Espessamento do timpano; • Otosesclerose; • Degenerescência da fibra nervosa de audição; • Atrofia do nervo auditivo; • Presença de acufenos – sensações auditiva como campainhas,
estalinhos entre outro; • Perda progressiva de audição. Cencal - Mónica Peralta
Ao nível do tacto, esta alteração manifesta-se especialmente ao nível da capacidade para identificar e discriminar a sensação dolorosa, bem como dificuldade em discriminar e valorizar a temperatura dos estímulos, devido a alterações nos sistemas reguladores de temperatura.
Ao nível da visão, verifica-se que independentemente da gravidade, condicionam a atividade funcional normal do idoso pelo sentimento de insegurança que vão gerando. As alterações mais comuns são: • Aumento da sensibilidade à ofuscação; • Dificuldade de adaptação às mudanças de luz; • Redução marcada de visão noturna; • Maior dificuldade em focar; • Perda da visão fina dos pormenores; • Modificação da perceção das cores- capta mais facilmente cores vivas; • O campo visual diminui.
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Degenerescência da cognição: Carateriza-se pela diminuição das células cerebrais, refletindo-se na capacidade de retenção de informação e na capacidade de adaptação.
As
alterações
psicológicas
estão
intimamente
ligadas
às
transformações: • Cerebrais, anatómicas e fisiológicas do sistema nervoso e dos órgãos dos
sentidos; • Funções cognitivas (inteligência, memória, resolução de problemas,
criatividade e capacidade de reação perante o estímulos, etc.); • Área Afetiva. Cencal - Mónica Peralta
Degenerescência do sistema Cardiovascular, verifica-se: • Irregularidades de pulsação, arritmias, entre outros; • Diminuição da força contrátil dos ventrículos; • Aumento da pressão sistólica; • Diminuição do fluxo sanguíneo; • Diminuição da capacidade de ajuste cardio vascular ao esforço físico.
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Degenerescência do sistema respiratório: esta alteração manifesta-se especialmente ao nível da caixa torácica (aumentando o seu diâmetro), que leva ao aparecimento de uma marcada cifose dorsal e a um enfraquecimento dos músculos respiratórios.
Degenerescência do sistema digestivo: esta alteração está associada ao envelhecimento e à consequente perda de rendimento de todos os órgãos que o constituem, traduzindo-se por um comprometimento da assimilação dos nutrientes ingeridos e pelo aparecimento de quadros de obstipação.
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O processo de envelhecimento não pode ser encarado como um problema, mas como uma fase natural do ciclo da vida de todos os indivíduos; Pretendem-se que nesta mesma fase todos os sujeitos tenham acesso a um envelhecimento saudável e integrado na sociedade onde estão inseridos. Para tal, a ONU (1997) reorganizou um conjunto de medidas a serem implementadas nos programas nacionais dos governos de modo a fomentar um envelhecimento saudável. Estas medidas incorporam os seguintes cinco eixos: • • • • •
Independência; Participação; Cuidados; Crescimento pessoal; Dignidade.
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Os determinantes para a promoção da qualidade de vida da população sénior passam por: •
Assegurar as condições económicas;
•
A saúde;
• A satisfação a nível psicológico; • Os apoios e recursos das redes sociais de pertença e da
comunidade.
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Definição de Qualidade de Vida, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS): • A percepção que o indivíduo tem de sua posição na vida
dentro do contexto de sua cultura e do sistema de valores, do ambiente onde está inserido, os seus objetivos, expetativas, padrões, preocupações, a saúde física, estado psicológico, estado mental e o seu nível de dependência. (OMS, 1994)
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Qualidade de Vida segundo a OMS é: • Percepção individual da posição dentro do meio em que
• • • • • •
vive, confrontado com objectivos pessoais, expectativas, padrões e preocupações; Saúde física; Estado mental; Nível de dependência; Relações sociais; Crenças e valores; Relação com o ambiente. Cencal - Mónica Peralta
• As Nações Unidas reconhecem que desfrutar dum estado de saúde o
mais elevado possível, e sem qualquer tipo de discriminação, é um dos direitos fundamentais do ser humano; • A promoção da saúde alicerça-se nesse direito humano prioritário e
traduz um conceito positivo e inclusivo de saúde como determinante da qualidade de vida, que inclui o bem-estar mental e espiritual; • A promoção da saúde é o processo de capacitação de pessoas para
controlar os determinantes da saúde, e assim melhorarem a sua saúde. É uma função essencial da saúde pública, que coadjuva as ações de controlo de doenças transmissíveis e não transmissíveis, bem como de outras ameaças à saúde. Cencal - Mónica Peralta
Carta de Banguecoque: Na Carta de Banguecoque a 11 de Agosto de 2005 a OMS identifica as ações, os compromissos e as promessas necessárias para abordar os determinantes da saúde num mundo globalizado através da promoção da saúde.
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A Carta de Banguecoque, aponta estratégias para se obter maiores avanços, e define que todos os sectores devem atuar de modo a: •
Promover a saúde alicerçada nos direitos humanos e na solidariedade;
•
Investir em políticas, ações e infraestruturas dirigidas aos determinantes da saúde;
•
Adquirir capacidades no desenvolvimento de políticas, de liderança, de práticas de promoção da saúde, de transferência de conhecimento e pesquisa, e de educação sanitária;
•
Legislar e desenvolver normas reguladoras que assegurem um nível elevado de proteção para a redução de danos, que garantam a todas as pessoas os princípios de equidade em saúde e bem-estar;
•
Viabilizar alianças e parcerias com a sociedade civil, organizações públicas e privadas, não-governamentais e internacionais, que possam garantir a sustentabilidade das ações. Cencal - Mónica Peralta
(OMS, 2005)
O programa nacional para a saúde das pessoas idosas estabelece três estratégias fundamentais na área do envelhecimento ativo, da organização e prestação de cuidados de saúde e da promoção de ambientes facilitadores da autonomia e independência dos indivíduos: •
Promover um envelhecimento ativo;
• Adequar os cuidados às necessidades das pessoas idosas; •
Promover o desenvolvimento de ambiente capacitadores.
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Envelhecimento ativo – Estratégias: • Atividade física moderada; •
Estimulação cognitiva;
•
Gestão do ritmo sono-vigília;
•
Nutrição, hidratação, alimentação e eliminação;
•
Manutenção de um envelhecimento ativo, nomeadamente na fase da reforma. Cencal - Mónica Peralta
Adequar os cuidados às necessidades das pessoas idosas – Estratégias: • A utilização correta dos recursos necessários à saúde; • Abordagem
das situações mais frequentes de dependência, nomeadamente por défices motores, sensoriais, cognitivos, ambientais e sociofamiliares;
• Abordagem das situações demenciais; • Abordagem da incontinência; •
Promoção e recuperação da saúde oral;
•
Prevenção dos efeitos adversos da automedicação e polimedicação; Cencal - Mónica Peralta
Adequar os cuidados às necessidades das pessoas idosas – Estratégias: •
Prestação de cuidados domiciliários a pessoas idosas doentes ou com dependência;
•
Tipos e adequação de ajudas técnicas;
• Abordagem da patologia incapacitante mais frequente nas pessoas idosas,
nomeadamente fraturas, incontinência, perturbações do sono, perturbações ligadas à sexualidade, perturbações da memória, demências como o Alzheimer, doença de Parkinson, problemas auditivos, visuais, de comunicação e da fala; Cencal - Mónica Peralta
Adequar os cuidados às necessidades das pessoas idosas – Estratégias: •
Melhoria da acessibilidade à informação sobre medicamentos;
• Adequação da prescrição de medicamentos às pessoas idosas; • Abordagem da fase final da vida; •
Programação, organização, prestação e avaliação de cuidados de saúde no domicílio;
• Abordagem multidisciplinar e intersectorial da saúde e da independência da
pessoa idosa. Cencal - Mónica Peralta
Promover o desenvolvimento de ambientes capacitadores – Estratégias: •
Deteção e eliminação de barreiras arquitetónicas, assim como sobre tecnologias e serviços disponíveis fornecedores da sua segurança e interdependências, como o telealarme;
•
Prevenção de acidentes domésticos e de lazer;
•
Utilização em segurança dos transportes rodoviários;
•
Prevenção de acidentes domésticos e de lazer;
•
Deteção e encaminhamento de casos de violência, abuso e negligência em pessoas idosas. Cencal - Mónica Peralta
Duas perspetivas diferentes sobre o Idoso na sociedade contemporânea:
Idoso Rural – através da industrialização e do crescimento das sociedades urbanos o perfil do idoso alterou-se. Este defrontou-se com diversos problemas resultantes da cidade modernas, como por exemplo, a solidão (filhos emigram ou procuram emprego nas periferias com mais oferta), e a perda do emprego precocemente.
Idoso Urbano – aumento da população idosa urbana – cidade repleta de idosos. Sociedade necessitou de repensar a sua visão sobre o envelhecimento de modo a promover o bem-estar desta população e retirar da mesma sabedoria e conhecimentos. Cencal - Mónica Peralta
A Pessoa Idosa no final do séc. XX A partir da segunda metade do século XX com o surgimento um do envelhecimento demográfico - o aumento acentuado do número da população idosa:
Surgiu a necessidades a nível mundial, de caracterizar o fenómeno e principalmente de repensar o papel da pessoa idosa na sociedade, bem como os seus direitos e deveres; Atualmente, a representação da velhice é mercada pela inserção do indivíduo idoso na sociedade; Cencal - Mónica Peralta
A Pessoa Idosa no final do séc. XX • Foi no século XX – no ocidente – que cuidar de pessoas idosas se tornou
uma especialidade e mais tarde uma ciência; • A maior conquista do século XX: SER IDOSO – que no entanto é, ainda hoje,
um dos grandes desafios para este século;
De forma a tornar a nossa SOCIEDADE ABERTA E INCLUSIVA devemos: • Perspetivar o IDOSO como um ser ativo no seu próprio desenvolvimento
social, com direito a permanecer autónomo, com uma vida digna e respeitada, bem como valorizar o Envelhecimento e repensar estratégias para estimular as potencialidades da população idosa. Cencal - Mónica Peralta
A Pessoa Idosa no final do séc. XX Para criar uma SOCIEDADE ABERTA E INCLUSIVA e romper com mitos e préconceitos todos os cidadãos devem perspetivas o Envelhecimento não como uma fase negativa e problemática mas como uma fase ativa e saudável –
ENVELHECIMENTO ATIVO. O Envelhecimento ativo e saudável pressupõe: • A participação do indivíduo na força do trabalho; • A participação social, cultural, económica, mas também na participação
cívica em todas as fases da vida; •
No reconhecimento que todos os indivíduos devem possuir sobre os seus direitos humanos, como sobre os direitos humanos das pessoas idosas. Cencal - Mónica Peralta
A Pessoa Idosa no final do séc. XX As políticas e os programas que visam favorecer o envelhecimento ativo, reconhecem que: • Deve-se encorajar a população idosa;
• Criar ambientes mais favoráveis à sua estimulação, assim como de
desenvolver e fomentar a solidariedade intergeracional; • Promover a aprendizagem ao longo da vida;
• Criar atividades que visem otimizar as capacidades individuais. Cencal - Mónica Peralta
A Pessoa Idosa no final do séc. XX •
O envelhecimento não tem sido encarado ao longo dos séculos do mesmo modo, e o seu conceito tem sofrido alterações significativas, variando estas de acordo com diferentes sociedades, culturas e evoluções das mesmas;
•
Ser-se velho é ser-se sábio, é a mais-valia do tempo e das gerações;
“Envelhecer há 50 anos atrás não constituía um problema; era encarado como um fenómeno natural, na medida em que não só as pessoas que envelheciam não eram muitas, como o aproveitamento e imagem que a sociedade tinha da população que envelhece era diferente daquela que se tem hoje…” Costa, 1999 Cencal - Mónica Peralta
A Pessoa Idosa no final do séc. XX Só assim, conseguiremos “aumentar a qualidade média da vida dos indivíduos e, simultaneamente, ao nível societal, contribuir para um maior crescimento, menores encargos de dependência e poupanças substanciais nos domínios das pensões e da saúde ”
Cencal - Mónica Peralta
Respostas Sociais para a Terceira Idade A população idosa pode usufruir de um conjunto de benefícios sociais que visam promover a sua inserção social e melhorar a sua qualidade de vida e o seu bem-estar:
• Isenção de pagamento de taxas moderadoras nos serviços de saúde; • Redução da taxa de comparticipação no preço dos medicamentos • Acesso a ajudas técnicas; • Rendimento Social de Inserção; • Preços reduzidos a alguns equipamentos culturais e de utilidade pública; • Complementos por dependência através da Segurança Social; • Completos por invalidez através da Segurança Social; • Possibilidade de utilizar os transportes públicos a preços mais acessíveis. Cencal - Mónica Peralta
Programas para a Terceira Idade • Programa Conforto Habitacional para Pessoas Idosas: O Programa
Conforto Habitacional para Pessoas Idosas (PCHI) tem por finalidade melhorar as condições básicas de habitabilidade e mobilidade dos idosos que usufruem do Serviço de Apoio Domiciliário ou frequentem um Centro de Dia ou cuja prestação destes serviços esteja dependente da qualificação habitacional, de forma a prevenir e a evitar a institucionalização. • O Manual TÍTONO: Para o Atendimento a Pessoas Idosas Vítimas de
Crime e de Violência é um dos produtos do Projeto Títono - Apoio a Pessoas Idosas Vítimas de Crime e de Violência, desenvolvido pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), com o apoio financeiro da DireçãoGeral de Saúde e pela Fundação Montepio; e com a parceria da Faculdade de Psicologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
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Instituições para a Terceira Idade • Centro de Dia - Resposta social desenvolvida em equipamento, que
consiste na prestação de um conjunto de serviços que contribuem para a manutenção dos idosos no seu meio sócio-familiar; • Estrutura Residencial para idosos-Estabelecimento em que sejam
desenvolvidas atividades de apoio social a pessoas idosas através do alojamento coletivo, de utilização temporária ou permanente, fornecimento de alimentação, cuidados de saúde, higiene, conforto, proporcionando a animação social e a ocupação dos tempos livres; • Residência - Resposta social desenvolvida em equipamento, constituído
por um conjunto de apartamentos com serviços de utilização comum, para idosos com autonomia total ou parcial; Cencal - Mónica Peralta
Instituições para a Terceira Idade • Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) - Resposta social que consiste na
prestação de cuidados individualizados e personalizados, no domicílio, a indivíduos e famílias quando, por motivo de doença ou outro impedimento, não possam assegurar, temporária ou permanentemente, a satisfação das atividades da vida diária; • Acolhimento Familiar - Resposta social que consiste em integrar
temporária ou permanentemente, em famílias consideradas idóneas e tecnicamente enquadradas, pessoas idosas; • Centro de Férias e Lazer - Resposta social destinada à satisfação de
necessidades de lazer e de ócio essencialmente ao equilíbrio físico, psicológico e social da população idosa; • Centro de Convívio - Resposta social desenvolvida em equipamento, de
apoio a atividades sócio-recreativas e culturais, organizadas e dinamizadas com a participação ativa dos idosos; Cencal - Mónica Peralta
Instituições para a Terceira Idade •
Programa “Apoio 65 – Idosos em Segurança”, promovido pelo Ministério da Administração Interna - em vigor desde 1998;
•
Linha do Cidadão Idoso – número verde grátis (800 20 35 31), criado pela Provedoria de Justiça;
•
Plano Avô – medida promovida pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade, ao abrigo da Norma ISSO DIS 9001:2000, visa a qualificação dos equipamentos e das repostas sociais;
•
Projeto TIO – Terceira Idade On Line – teve como entidade promotora o Conselho Nacional de Política para a Terceira Idade;
•
Universidades Seniores - As UTIS em Portugal são uma resposta social e educativa, que pretende desenvolver atividades socioculturais, socioeducativas e de ócio, com vista à promoção do envelhecimento ativo e da participação social dos seniores. Cencal - Mónica Peralta
Cencal - Mónica Peralta
ANIMAÇÃO SÓCIO-CULTURAL O conjunto de acções realizadas por indivíduos, grupos ou instituições numa comunidade e dentro do âmbito de um território concreto.
Objectivo: promover nos seus membros uma atitude de participação activa no processo do seu próprio desenvolvimento (social e cultural). Cencal - Mónica Peralta
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Atividade Ação
Método
ASC Fator
Processo
Função Social
Programa Projeto
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“Maneira de actuar em todos os campos do desenvolvimento da qualidade de vida dos mais velhos, sendo um estímulo permanente da vida mental, física e afectiva da pessoa idosa” Jacob,2007
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O animador: é um: •
Um dinamizador;
•
Um mobilizador;
•
Um agente social.
O animador exerce: •
Mudança de atitudes nos sujeitos (da passividade à atividade);
• Atividades com grupos; •
Estabelece uma comunicação positiva entre pessoas, grupos. Cencal - Mónica Peralta
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O animador: sociocultural: tem: por base na sua intervenção o objetivo fundamental e global de ajudar a desbloquear o mundo interno do idoso, a promover relações humanas, pessoais e a descobrir dimensões novas da sua personalidade.
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A animação permite essencialmente: • Educar; • Motivar; • Aprender; • Quebrar rotinas e hábitos; • Valorizar; • Dinamizar; • Ativar.
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A animação de idosos, de acordo com Jacob (2007) tem por objetivos: • Definir um modo de organização entre os diferentes atores de animação
para dar dinamismo à Instituição ou do domicílio; • Criar um estado de espírito, clima, dinâmica, na Instituição que permita a
cada pessoa idosa e pessoal associarem-se numa caminhada global de animação;
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A animação de idosos, de acordo com Jacob (2007) tem por objetivos: • Centrar-se nas necessidades, desejos e problemas vividos por cada
pessoa; • Favorecer a adesão de todos os objetivos de animação elaborados
livremente; • Suscitar o interesse direcionado a outras pessoas com o intuito de viver em
harmonia aceitando e respeitando os valores, as crenças, o meio e a vivência de cada um;
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A animação de idosos, de acordo com Jacob (2007) tem por objetivos: •
Promover ou fazer renascer gostos e desejos dando a cada um a oportunidade de se redescobrir, de se situar no seio da Instituição ou do seu domicílio, e de participar na vida do grupo, favorecendo as relações e promovendo as trocas, criando uma nova arte de viver baseada na relação/interação;
•
Permitir aos idosos reintegrarem-se na sociedade como membros ativos, favorecendo os contactos;
•
Preservar ao máximo a autonomia das pessoas idosas assim como manter as relações dentro de uma animação lúdica. Cencal - Mónica Peralta
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Três tipos de população à qual se deve dar três tipos de resposta: •
Idosos que não participam em nenhuma atividade proposta haverá que questioná-los o motivo ou o porquê dessa não participação e analisar em que medida as atividades não correspondem aos seus interesses;
•
Idosos que necessitam previamente de serem motivados, ouvidos e a sua participação depende de fortes estímulos. Quando estes estímulos não se manifestam, aceitam de bom agrado ficarem de espetadores, deixando os outros atuarem como atores;
•
Idosos que participam sempre em todas as atividades propostas. O seu exemplo serve para estimular os restantes idosos. Cencal - Mónica Peralta
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Ao preparar as sessões de animação de seniores, o animador deve questionar-se sobre o seu papel no terreno, por exemplo:
•
Se as sessões são flexíveis e de interesse e se devem ter um papel bastante flexível na implementação;
•
Como mediar ou intervir com os idosos nas atividades;
•
Estimulá-los previamente para que mantenham um nível de interesse constante;
•
Criar atividades socioeducativas com temas apelativos.
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Diretrizes fundamentais para o planeamento das atividades destinadas às pessoas idosas: • Ter em consideração as características pessoais e individuais da
pessoa; • Incentivar à utilização de competências remanescentes; • As atividades podem relaxar e dar prazer; • Escolher atividades simples, realizadas sem pressa e com
significado; Cencal - Mónica Peralta
Diretrizes fundamentais para o planeamento das atividades destinadas às pessoas idosas: • Não permitir atividades que evidenciem a incapacidade ou que
aumentem o stress da pessoa; • Escolher
os momentos que se adequam ao melhor nível funcionamento da pessoa;
• Incentivar a libertação de emoções; • Incluir experiências sensoriais; • Não desistir. Cencal - Mónica Peralta
Objetivos das Atividades de Animação Socioculturais: • Incrementar a capacidade de comunicação, a partir do intercâmbio de
vivências e interesses com seus semelhantes de gerações, e proporcionar atividades de integração entre gerações; • Abrir caminhos à capacidade criativa;
• Proporcionar e aproveitar a grande motivação que supõe para os idosos
o fato de "brincar“ e utilizá-la como estímulo fisiológico controlado.
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A actividade física na população idosa: • Previne e melhora as condições cardio-respiratórias; • Previne a obesidade; • Previne a descalcificação óssea; • Melhora a postura, a coordenação e o equilíbrio; • Desenvolve a autoconfiança, a auto-imagem; • Promove o convívio; • Promove a autonomia e a independência.
Atividades
Objetivo
Metodologia
Material
Jogos com arcos
Desenvolver a motricidade geral e a agilidade
Fazer passar o arco por todo o corpo; Atirar um arco mais pequeno para um arco maior
Arcos pequenos e grandes
Basquete
Desenvolver a coordenação óculo-manual e a motricidade geral
Atirar uma bola para dentro de um cesto, que está colocado a uma distância razoável do chão; Pode ser jogado com uma baliza
Bolas de basquetebol ou outras
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• A estimulação cognitiva aumenta a actividade cerebral
na população idosa e possibilita atenuar os efeitos da perda de memória que surgem com o envelhecimento normal do ser humano; • A Animação cognitiva tem como objectivo primordial o
de promover uma mente sã e activa, com vista a um envelhecimento saudável, activo e positivo.
Atividade
Objetivo
Metodologia
Material
Labirinto
Desenvolver a perceção espacial
Descobrir o caminho certo para sair do labirinto
Papel
Palavras ao contrário
Desenvolver a agilidade mental e o vocabulário
Descobrir quais as palavras que estão escritas ao contrário
Papel
Sopa de letras
Desenvolver a agilidade mental
Identificar num mapa de letras aquelas que formam as palavras pedidas
Papel
Mapa
Desenvolver a perceção espacial
Com um mapa da Europa ou de Portugal, pedir que se encontre uma cidade, rio ou país
Mapa
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Na animação através da expressão plástica as pessoas idosas exprimem-se através de objetos. • Objetos:
- Transmitem os seus sentimentos e emoções através da voz, do comportamento, da postura e do movimento.
Animação através da expressão plástica visa:
• Proporcionar à população idosa a possibilidade de exprimir sentimentos
e emoções através dos trabalhos manuais; • Dar uso à imaginação; • Desenvolver a motricidade fina; • Desenvolver a dimensão congitiva e motora.
Atividades
Escultura
Objetivos
Metodologia
Materiais
Expressão
Ensinar técnicas básicas de manuseamento dos materiais; Trabalhar os materiais livremente ou segundo um plano
Barro, plasticina, gesso, madeira, pasta de papel
Executados com lãs, de diferentes tamanhos, tecidos sintéticos, podendo recorrer à tapeçaria de Tapeçaria e Bordados
“Arraiolos”;
Expressão
Nos bordados e rendas, utilizar técnicas de ponto-de-cruz, de Nisa, com 3 ou 5 agulhas, etc.); Actividades realizadas em locais com boa luminosidade
Lã, algodão, agulha, tear, tecido
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A animação através da expressão/ comunicação visa essencialmente fomentar a comunicação. • Comunicação:
- Através da música, do teatro, da dramatização, da dança, da poesia, da prosa, da fotografia, entre outros. . 91
Atividades
Objetivos
Metodologia
Materiais
Dança livre
Expressão corporal
Cada um dança como quiser ao som da música
Rádio e CD’s
Dança sincronizada
Expressão corporal
Segue-se um plano de movimento préestabelecido
Rádio e CD’s
Expressão corporal
O grupo dança com movimentos característicos de cada região, com roupas da região que estão a representar
Dança folclórica ou tradicional
Expressão dramática
corporal, facial, vocal e orientação
Reproduzir comportamentos ou sons de outras pessoas ou de animais
Rádio e CD’s
musicais ou de reprodução, adereços
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A animação fundamental:
lúdica
tem
como
• Divertimento; • Ocupação saudável do tempo livre e lazer; • Convívio; • Conhecimento e da transmissão de saberes .
objectivo
Atividades possíveis de desenvolver através da área da animação lúdica com a população idosa:
• Comemoração de Épocas festivas; • Festas & convívios; • Atividades Intergeracionais; • Passeios e visitas – turismo; • Internet; • Sessões de cinema; • Desporto e recreio; • Gastronomia.
Atividades possíveis de desenvolver através da área da animação lúdica com a população idosa: • • • •
Jogos de Ciência; Jogos de Magia; Jogos e Rábulas; Campeonatos de jogos recreativos.
ctividade Actividades de ciência
Jogos de magia
Jogos e Rábulas
Objetivo
Metodologia
Material
Aprender segredos simples da ciência
Recorrer a processos simples de ciência, com materiais do dia-a-dia e explicar os fenómenos relacionados com a experiência
Vários
Aprender pequenos truques de magia
Criar truques simples com cartas, cordas ou moedas, para posteriormente os idosos poderem apresentar aos colegas numa festa ou num passeio
Cartas, cordas, moedas
Entretenimento
Criar jogos em grupo como damas, dominó, xadrez, o galo; Contar anedotas, recorrer à mímica para adivinhar palavras ou conceitos, dizer inícios dos provérbios para os colegas terminarem
Cartas, dominó, xadrez, papel, canetas, outros jogos
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A animação através do Desenvolvimento Pessoal e Social pretende:
• Desenvolver o “eu” do idoso, as suas experiencias de vida, as suas
emoções e sentimentos; • Desenvolver competências pessoais e sociais; • Envolver a pessoa idosa no grupo e fomentar o seu bom relacionamento
intergrupal; • Estimular o autoconhecimento; • Desenvolver a importância da meditação, da espiritualidade ou da religião. .
A animação comunitária visa:
• Participação ativa do idoso no seio da sua comunidade envolvente; • Pessoa idosa vista como uma pessoa válida, ativa e útil na comunidade; • Fomentar o voluntariado; • Fomentar a participação em Universidades Seniores, Associações, Museus,
entre outros.
Nota: Esta animação destina-se essencialmente a idosos autónomos.
• Terapia de Validação • Musicoterapia; • Reminiscência; • Livro da Vida.