Características da Educação Moderna Franco Cambi é professor de Pedagogia Geral na Universidade de Florença, onde lecciona Filosofia da Educação,
História da Pedagogia e Estratégias formativas da comunicação. Uma das vozes mais respeitveis e apreciadas da pedagogia italiana, é autor de um dos manuais de !istória da pedagogia mais adaptado nas Universidades italianas. 1. A modernid modernidade ade como Revoluçã Revolução o Pedag Pedagógic ógica a • •
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Fim do "uatrocentos, fec!a#se um ciclo e inicia#se outro c!amado modernidade. Um ciclo com caracter$sti caracter$sticas cas diferentes diferentes da %dade &édia, ocorre uma ruptura consciente, consciente, manisfestando manisfestando estruturas estruturas su'stancialmente !omog(neas e org)nicas. *arter revolucionrio em relação a sociedade e economia da esttica, autoritria, tendencialmente imodificvel da %dade &édia, mesmo nas suas constantes convuls+es internas. %dade &édia negava o e-erc$cio das li'erdades individuais para valorizar os grandes organismos coletivos igre/a ou império, fam$lia e a comunidade0, favorecendo o 'lo"ueio de "ual"uer mudança e interc)m'io social. 1ociedade governada pelo imperador ou papa, avalistas da ordem social e cultural e intérpretes e s$m'olos da ordem do cosmos, esta'elecida pelo ato divino. Fim dos anos "uatrocentos a Europa se laiciza economicamente com a retomada do comércio0 e politicamente com o nascimento dos Estados 2acionais e sua pol$tica de controle so're toda a sociedade0, mas tam'ém ideologicamente, separando o mundano do religioso e afirmando sua autonomia e centralidade na própria vida do !omem. 3uptur 3uptura a com a %dade %dade &édia, &édia, uma revoluç revolução ão nos )m'itos )m'itos geogr geogrfic fico, o, pol$ti pol$tico, co, social social,, ideoló ideológic gico, o, cultura culturall e pedagógico. Geogrfica deslocando o centro do &editerr)neo para o 4tl)ntico, do 5riente para o 5cidente, e com a desco'erta no 2ovo &undo um contato com as diferentes reas do &undo e suas etnias. Econ6mi Econ6mica ca aca'a#se aca'a#se com o modelo modelo agrri agrrio o feudal feudal para entrar entrar em um modelo modelo de interc interc)m'i )m'io, o, 'asead 'aseada a na mercadoria e no din!eiro. 2asce o capitalismo, independente de princ$pios éticos, de solidariedade e /ustiça, caracterizando#se ao contrrio pelo clculo econ6mico e e-ploração de todos os recursos natural, !umano e técnico0. Pol$tica Poder centralizado nas mãos de um so'erano. &uda tam'ém a concepção de poder, "ue apesar de estar centralizado na figura do rei se distri'ui capilarmente pela sociedade, através de um sistema de controle, de instituiç+es da escola ao crcere, da 'urocracia ao e-ército, aos intelectuais0 delegadas 7 ela'oração de um consenso e 7 penetração de uma lógica estatal centralização das decis+es e do controle0 na sociedade em seu con/unto. 1ocial formação da 'urguesia, promovendo o capitalismo e delineando uma nova concepção de mundo, laica e racionalista, esta'elecendo novas relaç+es de poder, primeiro com a coroa depois rompendo com ela 3evolução Francesa0. %deológico#cultural 8upla transformação 9 laicização, emancipando a mente do !omem ligando#o 7 !istória e a direção do progresso li'erdade e progresso0. 3acionalização, revolução nos sa'eres através de um livre uso da razão, opondo#se a toda forma de preconceito. *aracterizado pelo iluminismo. Educação e Pedagogia transformação no sentido laico e racional "ue interessa 7 ideologia e 7 cultura, isto é, a visão do mundo e a organização dos sa'eres. 1egue#se o modelo !omo fa'er e do su/eito como indiv$duo, em'ora ligando#o 7 cidade e depois ao Estado, potencializando a sua capacidade de transformar a realidade e de impor a ela uma direção e uma proteção, até mesmo a da utopia. Fins da educação educação para um indiv$duo indiv$duo ativo na sociedade, li'erado li'erado de v$nculos v$nculos e de ordens, mundanizado, mundanizado, nutrido de fé laica e a'erto para o calculo racional da ação e suas conse"u(ncias. &udam os meios educativos locais formativos, além da fam$lia e da igre/a, oficinas, e-ércitos, escolas, !ospitais, pris+es ou manic6mios. 4gem em função do controle e da conformação social, operando no sentido educativo. Escola ocupa lugar central para o desenvolvimento da sociedade moderna, sua ideologia de ordem e produtividade e de seu sistema econ6mico, criando figuras profissionais, as "uais o sistema tem necessidade. :eorias Pedagógicas se emancipam, tomam uma conotação !istórica e emp$rica, encarregando#se das novas e-ig(ncias sociais de formação e de instrução, modelando fins e meios da educação em relação ao tempo !istórico e s condiç+es naturais do !omem, "ue deve ser estudado cientificamente, de modo anal$tico e e-perimental, se/a nas suas capacidades de aprender, se/a em seu crescimento f$sico, moral e social. Pedagogia como ci(ncia como sa'er da formação !umana "ue tende a controlar racionalmente as comple-as e in;meras variveis "ue ativam esse processo. Pedagogia social "ue se recon!ece como parte org)nica do processo da sociedade em seu con/unto, na "ual ela desempen!a a função de formar o !omem cidadão e o produtor e c!egando ao dirigente. Pedagogia antropológicautópica! desa"iando a e#istente e colocando tal desa"io como verdadeiro sentido de pensar e "a$er pedagogia %Comenius e Rousseau&. Comenius! A educação educação realista realista e permanente' permanente' Ensinamento a partir partir de e#peri(ncias e#peri(ncias )uotidianas. )uotidianas. M*todo! +Ensinar tudo a todos,' Ensino claro- direto e lógicocausal' eve ensinarse de maneira direta e clara' Educação /n"antil' Escolaridade "ormal' Família e Escola' 0ransmissão de saberesgrupos de alunos%as&' Recon2ecimento do mestre %pedagogo& Rousseau! 3isão rom4ntica do ser 2umano' 3isão de )ue a sociedade * sempre corrupta. Emílio e Educação! 5bra "ilosó"ica sobre a nature$a do 2omem %1678&. 0emas políticos e "ilosó"icos re"erentes 9 relação do indiví indivíduo duo com com a socie socieda dade de %o bom # a corru corrupç pção& ão&.. Rouss Roussea eau u acomp acompan2 an2a a o trata tratado do de uma 2istó 2istória ria
romanceada do :ovem Emílio e seu tutor- para ilustrar como se deve educar ao cidadão ideal. Cinco partes! 5s tr(s primeiros dedicados 9 in"4ncia de Emílio- 5 )uarto 9 sua adolesc(ncia- 5 )uinto 9 educação de ;o"ia a +mul2er ideal, e "utura esposa de Emílio- %vida dom*stica- civil e política&. Foi- portanto- um precursor da pedagogia nãocentrada no%a& docente ou conte
1?@8& e o2n eBe %1=@?1?@8&. 8. Estado Moderno- Controle ;ocial- Pro:eto Educativo •
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Pro/eto &oderno 9 4m'iguidade?@A, o mundo se organiza em processos de civilização, institucionalização e racionalização da vida social, dando lugar a um estilo de vida novo. *omportamentos de autocontrole B'oas maneirasC e atitudes de ética e racionalização razão calculista 9 clculo dos custos e 'enef$cios dos atos0. Processos de civilização 9 Elias Elias leva#nos a pensar no "ue aconteceria se um !omem da sociedade contempor)nea fosse, de repente, transportado para uma época remota de sua própria sociedade. D poss$vel "ue encontrasse um modo de vida muito diferente do seu, alguns !'itos e costumes l!e seriam atraentes, convenientes e aceitveis do seu ponto de vista, en"uanto outros seriam inade"uados. Estaria diante de uma sociedade "ue, para ele, não seria civilizada. Do Processo Civili$ador- Elias procura analisar )uestes "undamentais como )uais os motivos e de )ue "orma ocorreu essa mudança Desse te#to apresentaremos a )uestão presente na obra na )ual não 2G uma intenção deliberada de cada su:eito )ue produ$ a civili$ação- mas são os atos dos su:eitos singulares agregados uns aos outros )ue a tornam universal e produ$em ou não a civili$ação.
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Processos de racionali$ação 9 &a- e'er 4 1ociologia 4nal$tica de &a- e'er foi responsvel por tra'al!os "ue
'uscavam entender diversos fen6menos sociológicos do mundo moderno ocidental. 1ua a'ordagem 'uscava compreender, por meio da anlise sócio#!istórica, os camin!os percorridos pela sociedade ocidental até o per$odo moderno, em uma tentativa de construir um con/unto de modelos teóricos "ue a/udariam na compreensão de diversos aspectos sociais da civilização ocidental de sua época. 5 processo de racionalização ao "ual e'er refere#se est relacionado com as mudanças estruturais, culturais e sociais "ue as sociedades modernas passaram no decorrer do tempo. Essas mudanças geraram grandes impactos, como a gradual construção do capitalismo e a monstruosa e-plosão do crescimento dos meios ur'anos, "ue se tornaram as 'ases da reordenação das organizaç+es tradicionais "ue predominavam até então. 4 preocupação de e'er estava em tentar apreender os processos pelos "uais o pensamento racional , ou a racionalidade , impactou as instituiç+es modernas como o Estado, os governos e ainda o )m'ito cultural, social e individual do su/eito moderno.
Foucalt "a$ uma re"le#ão sobre esse novo sistema de governo! a partir da +micro"ísica do poder,- agindo em muitos espaços do social- de "orma capilar penetrando na consci(ncia- atitudes- gestos- tornando os su:eitos dóceis- possuídos e guiados pelas "inalidades do poder. /nstitucionali$ação H Foucalt Por meio de uma anlise !istórica inovadora, o filósofo viu na educação moderna
atitudes de vigil)ncia e adestramento do corpo e da mente. Para Foucault, a escola é uma das instituiç+es de se"uestro, como o !ospital, o "uartel e a prisão. Espaços "ue moldam o pensamento e conduta do !omem. 5 "ue est profundamente articulado com a epistemologia e, de certa forma, tam'ém direcionado a uma sociedade pol$tica de classe social, como o Estado organiza politicamente a sociedade civil, colocando a mesma em seu dom$nio. 5 discurso passa ser visto nesse momento, a partir do seu aspecto o'/etivo do mundo pol$tico, da sociedade li'eral capitalista e sua funcionalidade, a realidade econ6mica "ue faz compreens$vel, os motivos pelos "uais a sociedade é estruturada como determinado modelo produtivo pol$tico. Entretanto, para ele a força pol$tica é vista de forma essencialmente não compreensiva, por se apresentar difusa, não identificada naturalmente apenas com o Estado. Profundamente articulada com outros fatores em relação ao Estado pol$tico, em todas as suas inst)ncias de comando da vida social e cultural. Portanto, a pol$tica é articulada, aparece em todos os lugares de um guarda de tr)nsito ao Presidente da 3ep;'lica, o "ue se denomina coesão, a força micro# f$sica dela mesma, um emaran!ado de inst)ncias contra a li'erdade do !omem, "ue se encontra /urisdição em diversas instituiç+es. 1ua o'ra igiar e Punir resulta da sustentação de tal interpretação, a mudança da sociedade passa necessariamente pela modificação das micro#forças em relação a macro#força. 2ão é poss$vel a modificação da pol$tica desconsiderando a tem$vel relação dialética do dom$nio entre a !ierar"uização dos micros poderes ao macro poder. *om efeito, é uma /unção pol$tica
completa "ue d sustentação, acepção 7 forma de Estado constitu$do, o "ue se denomina de micro#f$sica do poder de uma nação. 4 mudança institucional do Estado, encontra#se nessa relação, formas as "uais t(m de sofrer interfer(ncias pela sociedade organizada politicamente, não compete apenas uma revolução do ponto de vista da institucionalidade da macro# força esta'elecida /uridicamente. •
/nstitucionali$ação do controle social! classificação dos indiv$duos e comportamentos loucos, po'res,
doentes, criminosos, etc0 "ue são estudadas para uma integração produtiva na sociedade ou de uma separação desta para torn#las inofensivas. criminoso 9 cadeia < louco manic6mio< órfão orfanato0. • •
Centro motor desse pro:eto de pegagogi$ação! Estado, centrado na figura do rei, 'urocratizado, mas ainda
sacralizado. E-. 4 centralização a'soluta do poder ocorrida na consolidação do 4'solutismo. uando =u$s I%, o 3ei 1ol, disse isso, estava evidenciando "ue tudo no Estado franc(s, a =ei, a Justiça, a 'urocracia, a 5rdem, tudo se resumia 7 sua vontade. ale lem'rar "ue de todos os reis a'solutistas da Europa, o 3ei 1ol foi o "ue realmente criou um espetculo a'solutista o'ras fara6nicas ver palcio de ersailles0, pompa e lu-o na corte, sui'ordinação a'soluta a seu poder, ostentação, presentes ao povo, menta lidade de onipot(ncia do so'erano, etc. •
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Esse processo é conduzido pelas instituiç+es educativas, dirigidas pelo Estado Hospitais, pris+es, manic6mios, escolas "ue forma as novas geraç+es e as conformam a modelos de normalidade e de efici(ncia
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Ho''es =eviat)0. 5 autor ressalta "ue os !omens tem a necessidade urgentemente de sair da condição precria em "ue viviam, evitando a guerra em 'usca de mel!or condição de vida. 2este contesto entra o papel do Estado como sustentador da sociedade civil. 1egundo Ho''es, o Bo'/etivo do Estado é o 'em comum de todos os mem'ros deste o mais impontaste ao mais simples campon(s. Ho''es defende o poder . 1endo assim todo o Estado por o'rigação tem "ue ter um poder a'soluto como forma de organizador social, Porém e necessrio um poder ,capaz de defender a comunidade, garantindo#l!es a paz e uma segurança suficiente. D este Estado "ue Ho''es defende. =ogo de passagem Ho''es claramente defende o a'solutismo "ue e ad"uirido com muita luta utilizando a viol(ncia ou por um tratado entre. K. %nstitucionalização Educativa e Escola &oderna Fam$lia e Escola, sofrem uma redefinição na modernidade, tornam#se centrais na formação do indiv$duo e na reprodução da sociedade.D delegado 7 ela não só ao cuidado e crescimento do su/eito, mas tam'ém a formação pessoal e social. 2a %dade &édia fam$lia mais ampla e dispersa, muitos n;cleos, autoridade de um pai, pouco afeto, mais econ6mica. Escola religiosa, não articulada a idade, com pouca didtica. 4"ui es"uece#se a Paideia. 4 sociedade de !o/e, sa'e "ue depende de um eficaz sistema de educação, somos !erdeiros dessa mudança da modernidade, tem consci(ncia da sua import)ncia. Fam$lia retomada de um lugar de afeto, de proteção da criança e preparação até a vida adulta para torn#la adulta e se /untar a sociedade. Em espaços controlados e plane/ados.5'/etivo Preparar para o mundo. Fam$lia 2uclear. Para 4ries D famosa sua afirmação de "ue na sociedade medieval, a ideia de inf)ncia não e-istia.
Ariès (1981) afrma que o sentimento de inância não existia na Idade Média, a ela não se disensa!a um tratamento esec"fco corresondente # consci$ncia inantil e as suas articularidades que a dierenciasse dos adultos% &ão lo'o a criana não necessitasse mais da mãe ou da ama ela * era inserida na sociedade dos adultos e assim articia!a de o'os, de aa+eres domésticos ou traal-a!a como arendi+es% .uas rouas eram inc/modas e similares # do adulto% 0ssas !estimentas imossiilita!am a criana # lierdade de mo!imento, tirandol-e o ra+er em correr, suarse, suir em *r!ores, odandol-e de tudo aquilo que a+ arte do mundo inantil descaracteri+andoa daquilo que realmente é% 0scola que ao lado da am"lia ensina con-ecimentos e comortamentos2 se articula em torno da did*tica, da racionali+aão da arendi+a'em dos di!ersos saeres, e em torno da discilina, da
conormaão ro'ramada e das r*ticas reressi!as (no!os comortamentos)% 3ma escola que reor'ani+a, racionali+andoas, suas r4rias fnalidades e meios esec"fcos% Instituião do colé'io no século 56I 7 (atio .tudiorum esu"tas) elaoraão de métodos de ensino:educaão, ro'ramas de estudo e comortamento, discilina, internato, classes or idade, 'raduaão% A artir dos anos quatrocentos, o colé'io !em se consa'rado a educaão e ormaão da u!entude, insirandose nos elementos de sicolo'ia que !em sur'indo% ;iscilina< Aereioamento moral e esiritual, condião necess*ria do traal-o, tamém como !alor a edifcaão e ascese% !scese" fil na filosofia grega, con/unto de prticas e disciplinas caracterizadas pela austeridade e
autocontrole do corpo e do esp$rito, "ue acompan!am e fortalecem a especulação teórica em 'usca da verdade. rel no cristianismo e em todas as grandes religi+es, con/unto de prticas austeras, comportamentos disciplinados e evitaç+es morais prescritos aos fiéis, tendo em vista a realização de des$gnios divinos e leis sagradas. Foucault igiar e Punir0 4s instituiç+es operam em controle do corpo, assim como a escola "ue disciplina gestos e posiç+es, conformando#o a uma 'oa maneira e disciplina. 8epois opera em uma divisão produtiva do tempo, visando organiz#lo sem desperd$cio. o'rigaç+es produtivas efici(ncia na aprendizagem e interiorização de um uso produtivo do tempo0. E-ame age como um instrumento disciplinar de controle e conformação do su/eito. Para Foucault, a escola a partir da vigil)ncia !ierr"uica, do controle interno, da sanção normatizadora pr(mios e castigos 9 micropenalidade0, "ue tem função corretiva e capacidade de reafirmar o carter regulativo do 2ormal, através enfim do e-ame, caracteriza a escola, instaurando um poder so're o su/eito , produzindo#o segundo as inst)ncias do poder , cria um corpo dócil e um su/eito normalizado, um novo su/eito "ue interiorizou o poder e se foi conformando segundo seu modelo. =onormaão< tamém nos amientes de traal-o (*rica< -or*rios e a m*quina) e no temo li!re (não ocioso e ro'ramado o temo de não traal-o)% >a éoca contemorânea (democracias de massa e estados totalit*rios) le!ando o roeto # execuão m*xima, mas tamém rodu+indo anticoros% &omada de consci$ncia de seu ael reressi!o e alienante, desmascaramento de sua l4'ica de dom"nio, alternati!as ara a lierdade indi!idual% 4. Uma nova cultura para a instrução
Modernidade comea com o retorno da ?aideia% ;esen!ol!imento do asecto liter*rio -uman"stico% Matem*tica com ;escartes e a ci$ncia exerimental com @alileu% >o!as instâncias reli'iosas com o rotestantismo e deois com a contrareorma% uin-entos e seiscentos< Matem*tica e ci$ncia, ol"tica e reli'ião uni!ersal, ou tolerância, comreensão, di*lo'o, comearão a a+er arte do curriculum ormati!o ideal, dos 'ruos sociais ri!ile'iados e destinados a um ael de direão ol"tica% .etecentos< ro'ramas e métodos de ensino% Batim, !alori+aão da l"n'ua nacional e literatura !ul'ar, ci$ncias em"ricas e exerimentais, -ist4ria (sociedades, o!os e naCes), 'eo'rafa li'ada # ela (luralismo econ/mico e social, clima), l"n'uas modernas (o!ens que direcionarão as sociedades de!em con-ecer)% Imortância da ci$ncia ('alileana) modelo de racionalidade% 0s"rito cient"fco% Ds ino!adores eseram que a educaão não se ec-e na cultura da ala!ra e do ensamento% D -omem de!e ormarse em contato com a matéria, em !ista da sua articiaão nas ati!idades do mundo% Ditocentos< >ascimento das escolas técnicas com ase cient"fca além de -uman"stica% Mudana nos oeti!os da educaão< não !ersa sore a ormaão do om cristão ou doutocortesão, mas sim na ormaão do cidadão%
Ideia de educaão nacional% 0scola muda< tornase Elica e estatal, iniciaão de !alores coleti!os reroduão da or'ani+aão do traal-o e rerodu+indo sua comlexa or'ani+aão% ;e!ese mudar tamém os ro'ramas e métodos< reensar toda a cultura escolar, ir em usca de um no!o centro ara ela, de um no!o nEcleo em torno do qual se aa 'irar todo saer escolar% In"cio dos deates em torno de um rolema% >o século 5I5 ter* mais claro essa !isão% .ur'imento do ositi!ismo (ci$ncia como no!o rinc"io educati!o) e marxismo (união entre instituião e traal-o) F% A!enturas do saer eda'4'ico &eoria eda'4'ica se or'ani+a em no!as ormas, recusando o meta"sico reli'ioso% 6oltase ao emirismo, temo -ist4rico, #s necessidades da sociedade, #s ideolo'ias que a ercorrem, ati!ando tios de modelos de saer eda'4'ico, c-e'ando até n4s% Modelos sociool"ticos e cient"fcos de eda'o'ia, com rocesso dialético% 0eitos ase da re!oluão eda'4'ica da modernidade< o luralismo dos aradi'mas (ou modelos recorrentes de teoria) e o decl"nio tendencial da meta"sica, rodu+indo como consequ$ncia a conGitualidade entre os modelos e uma exi'$ncia de reoro anal"tico (eist$mico) da teoria, tornando este âmito da eda'o'ia cada !e+ mais comlexo e mais dinâmico% =ontudo isso não rocede de orma linear, -a!endo descontinuidades, ruturas, in!ersCes, saltos% Iluminismo 7 e!oluão Hrancesa 7 e!oluão Industrial .éculos 5I5 e 55, arir* a teoria eda'4'ica ara soluCes decididamente de rutura em relaão ao assado e caa+es de reensar o rocesso educati!o%?eda'o'ia ermanece solidamente no centro da cultura% >o!a eda'o'ia% ;ois aradi'mas (social e cient"fco)% .ocial< =onexão entre eda'o'ia e os oeti!os ol"ticos e culturais da sociedade% eor'ani+aão da sociedade em torno de um modelo roduti!o e ideolo'icamente or'ânico% Hormar o -omem social (ati!o e Etil ara a sociedade), com uma cultura en'aada, com uma sociedade so o asecto da efci$ncia, de roduão e de 'o!erno, onde tamém se coloca a instância reli'iosa, mas como uncional as instâncias do -omem e não le'itimadora% =ient"fco< a+er eda'4'ico, adequandoo a cientifcidade, do controle em"rico e do ri'or l4'ico e exerimental% ?eda'o'ia racionalem"rica% L. 4 pedagogia entre conformação e emancipação
.e'undo autores, 0stalet, ourdieu e o r4rio Alt-usser, a escola é o rincial aarel-o ideol4'ico de 0stado caitalista dominante nas ormaCes sociais modernas, ois é ela que orma as oras roduti!as ara o mercado de traal-o e, ao mesmo temo, mantém e 'arante as relaCes de roduão requeridas elo sistema% 0ssas relaCes dicot/micas (atrãoemre'ado, ur'u$sroletariado) são rerodu+idas no r4rio contexto do aarel-o escolar% A luta de classes, ortanto, não est* ausente da escola, ao contr*rio é alimentada or ela% =ae então # escola, aarel-o ideol4'ico do 0stado, ser!ir aos interesses do 0stado e da classe social que dominante% Du sea, ela est* a ser!io da manutenão da dominaão de uma classe sore a outra, or meio de um discurso ideol4'ico, alienante, eretuando em Eltima instância as relaCes de roduão e a distriuião social e econ/mica desi'ual% ?or isso, Alt-usser, se'uindo @ramsci, ode afrmar que o 0stado caitalista se mantém utili+ando aarel-os de coerão ( oras armadas, o aarel-o ur"dico, etc%) e ela ersuasão (artidos ol"ticos, meios de comunicaão, escola, etc%)%