DIÁLOGO
IMAGINÁRIO
DEUS Para Para uso dos do s q u e creem cree m e d o s q u e n ã o creem
S e r g e
T o u s s a i n t
DIÁLOGO
IMAGINÁRIO
DEUS 0 0 ^ 0
Vara uso dos que creem e dos que não creem
Ia Edição
O rdem R d s a c k u z GRANDE LOJA DA JURISDIÇÃO OE LÍNGUA PORTUGUESA
Curitiba - PR 2014
T radu zido do original francês, de m aio de 20 2011 Dialogue Dialogue imaginaire imaginaire avec avec Dieu Dieu
Tradução: Janaína Ravagnani
C O O R D E N A Ç Ã O E S U P ER E R V IS IS Ã O Hélio de Moraes e Marques, F. R. C. G rande M est es t r e
B IB I B L IO IO T E C A R O S A C R U Z ORDEM ROSACRUZ, AMORC GR A ND E LOJ LOJA DA JURISDIÇÃO JURISDIÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA
I a Edição em Língua Po rtugu rt ugu esa 2014
ISBN-978-85-317-0220-4
To dos os direitos direitos reservad os à ORD EM ROSACRU ROS ACRUZ, Z, AM ORC GRANDE LOJA DA JURISDIÇÃO DE LÍNGUA LÍ NGUA PORTUG UESA
Proibid Proibida a a reprod reproduç ução ão em parte par te ou no todo
C om posto, revisado revis ado e impresso na G rand e Loja Loj a da Juris Jur isdição dição de Língua Portuguesa Rua N icarágua, icar água, 2620 - CEP 82515-260 82515- 260 Caixa Postal 4450 - CEP 82501-970 C uritiba uriti ba / PR Tel Tel.: (41) 3351 -300 0 - Fax: Fax: (41) (41) 3351 -3065 www.amorc.org.br
Talvez pareça presunçoso o objetivo do autor deste deste livro ivro,, mas prosseguind prosseg uindoo nnaa leitura leitura entend en tendem emos os melhor suas intenções. Longe de pretender conhecer plenamente a “posição” da Divindade relativamente a vários assuntos importantes, o Frater Serg Sergee Toussaint Toussaint,, Gran G rande de Mestre M estre da AMORC AMOR C pa p a ra os pa paíse ísess de lín lí n g u a fran fr ance cesa sa,, faz, n a v erda er dade de,, um exercíci exercícioo filo filosó sófi fico co,, apoian apo iando do-se -se no n o misticism m isticismoo rosacruz, para extrair daí alguns ensaios muito úteis à nossa reflexão transcendental. E se pudéssemos “entrevistar” a Divindade? Evidentemente, a “entrevista” a que o livro alude não se s e realizaria fora do ser humano, mas por meio de um diálogo interior, do homem com o Deus do seu coração, no silêncio da alma. É assim que os rosacruzes sempre ensinaram a estabelecer contato com o Grande Arquiteto do Universo, concordando com Santo Agostinho, quando este declarou em suas Confissões: “Tarde te amei , ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Estavas dentro de mim e eu estava fo f o r a , e a í te p r o c u r a v a ... .. . Esta Es tava vass comi co migo go e eu esta es tava va
contigo... Mas Tu me chamaste, clamaste e rompeste a minha surdez. Brilhaste, resplandeces-te e curaste a minha cegueira.”
É m eu desejo de sejo que este “diálogo” diálog o” hipoté hip otético tico possa inspirar o leitor à consecução de um diálogo real com Deus, o que só será possível pela aplicação da mística em sua vida, pela aplicação das técnicas que ajudam a silenciar a mente, sensibilizar seus centros psíquicos e ampliar o compasso de sua consciência ao máximo ângulo possível, a fim de que as palavras do Cántico dos Cânticos ganhem real significado: “A q u ieta ie taii-vv o s e sabei sabe i que qu e Sou So u D e u s ...” (Salmos 46:10). Ou seja, o homem e Deus são um só. Paz Paz Profunda. Profunda .
Hélio de Moraes e Marques GRANDE MESTRE
Um dos maiores maiores mistéri m istérios os ao qual o ho hom m em tem tem sido confrontado desde que ele adquiriu a aptidão pa p a ra refle re fletir tir sob so b re a sua su a co cond ndiç ição ão,, e sobr so bree o luga lu garr que ele ele ocu ocupa pa no universo, é o da existência ou não n ão de Deus. Através dos séculos e dos milênios, são raras as pessoas que não se fizeram esta pergunta. Neste Ne ste iníc in ício io do sécu sé culo lo XXI e d o III M ilêni ilê nio, o, ela tornou-se tão atual quanto o fato da humanidade estar atravessando uma crise existencial sem pre pr e cede ce dent nte, e, e p r o c u r a n d o d e ses se s p e rad ra d a m e n te se encontrar. Seus indicadores econômicos, sócio polít po lítico icos, s, ge geop opol olíti ítico cos, s, cien ci entíf tífic icos os,, tecn te cnoo lógi ló gico cos, s, éticos, religiosos etc., indicadores que ela tem gradualmente forjado no curso da história, começam a vacilar e criam expectativa. Sobre este assunto, pode-se ler no Manifesto que a AMORC pu p u blic bl icou ou em 2001, sobr so bree u m p lan la n o m u n d ial: ia l: “A H uman um anid idad adee atua at uall está está ao ao mesmo mes mo tempo perturba per turbada da e desamparada. Os imensos imensos prog progre ress ssos os que ela realizou no plano material não lhe
trouxeram verdadeiramente felicidade e não lhe permitem entrever o futuro com serenidade: guerras, fom fo m e, epidemias, epidemias, catás catástro trofes fes ecológ lógica icas, crises sociais, atentados contra as liberdades fund fu ndam amen enta tais is,, são outros outros tantos flagelos flagelos que que contradizem a esperança que o Ser Humano depo deposi sitar tara a em seu seu fu t u r o ”
Mais do que nunca, a humanidade se encontra numa encruzilhada, talvez pelo fato dela mesma po p o s s u ir os meio me ioss pa p a ra se a u tod to d e s tru tr u ir e de desap sapare arece cer. r. Sem nos ater ao “catastrofismo” ou a uma visão apocalíptica, todo indivíduo suficientemente sensí sensível vel e inteligente inteligente não nã o pod p odee deixar de inqu in quietar ietar se face face à situação atual a tual do mun m undo do.. Esta inquietação inquietaç ão é tanta, que um número crescente de pessoas se sente infeliz, e começa a interrogar-se sobre o verdadeiro sentido da existência. Por extensão, esta tomada de consciência leva muitas dessas pess pe ssoa oass a se p e r g u n tar ta r e m (no (n o v a m e n te) te ) se De Deus us existe ou, como Nietzsche afirmou, se ele morreu. Inicialmente, esta questão admite duas respostas prin pr inci cipa pais is:: “sim” sim ” o u “n ã o ”. Mas n e n h u m a de desta stass duas respostas é realmente satisfatória, pois elas são demasiado formais e não explicam nada. Deve-se, po porta rtanto nto,, ir além e tenta ten tarr expl explicáicá-las las.. Para isto, eu os proponho a compartilhar um diálogo
imaginário com Deus, este Deus que existe ou que não existe, segundo as concepções de cada um. Na N a tura tu ralm lmee n te, te , este diál di álog ogoo p ress re ssuu p õ e q u e D eu euss existe, sendo que você talvez faça parte daqueles ou daquelas que não creem na sua existência. Neste Ne ste caso, sem se m d ú v ida id a voc vocêê julg ju lgaa rá este es te diál di álog ogoo não somente surrealista, mas também pueril e até presunçoso, e você está em seu direito. Talvez ele seja, ao contrário, uma fonte de reflexão e de meditação? Na verdade, não há outro objetivo a não ser o de incitá-lo a aprofundar suas próprias crenças e, como fez Blaise Pascal em seu tempo através de seu célebre “Pa “Pari” ri”,, a posicion posic ioná-lo á-lo,, mes m esm mo que provisoriamente, provisoriamente , a respeito da existência ou da não-existência de Deus, e sobre a sua concepção sobre iss isso. Qua Q ualqu lquer er que seja a con conclusão clusão a que você chegue após tê-lo lido, eu desejo sinceramente a você vo cê aquilo a que todos tod os nós aspiramos a spiramos:: a felic felicida idade. de. Eu lhe proponho “jogar este jogo” e que você se aproprie apro prie das questões questõe s que se seguem seguem,, como com o se você as fizesse a Quem de direito. Quanto às respostas, elas não têm evidentemente nada de dogmático, e po p o r u m a raz ra z ão e v i d e n t e ... Serge Toussaínt
Diálogo
- “Deus, aqueles que não creem em Você pensam que se Você existisse não haveria na Terra rra nem guerra, guerra, nem sofrim s ofrimento ento,, nem doença, doen ça, nem miséria” mi séria”.. O que você voc ê diz di z disso? - Qu Quee não n ão sou eu quem qu em declara e faz faz as guerras. São os próprios homens. São então eles os responsáveis pelos sofrimento sofrim entoss e pelos ho horrore rroress que delas resultam. Isto me entristece enormemente, po p o is são n a tur tu r a lm e n te a pa pazz e a h a r m o n i a q u e eu desejo a vocês. - Mais foi Você quem criou os homens... - Não para que se matem entre si. Se eles o fazem, é porque utilizam mal seu livre-arbítrio e po p o r q u e ag agem em p o r imp im p u lso ls o , n ã o p ela el a alma al ma,, mais ma is po p o r seus seu s egos, n a q u ilo il o q u e há de m ais ai s h u m a n o . Se eles colocassem sua inspiração no que há de mais divino ne nele les, s, a ideia ideia de se se destruírem des truírem m utuam utua m ente nem lhes chegaria ao espírito. Pelo contrário, eles teriam teria m o desejo desejo sincero de amar-se amar-s e e de se se ajudarem mutuamente.
- E com relação a estes milhares de homens, mulheres e crianças que morrem de fome ao redor do mundo? - Em muitos dos casos, os famintos surgem por causa das guerras, e então, mais uma vez, por causa dos homens. A superpopulação é igualmente um fator agravante em certo c ertoss paíse países; s; seria necessário necessá rio que os povos provassem a sua sabedoria nesse sentido, pois ter te r cria cr ianç nças as nã nãoo é só um ob objet jetiv ivoo próp pr ópri rioo , mas ma s supõe que tenhamos condições de responder às suas necessidades mais legítimas. Além disso, se vocês fossem menos egoístas uns com relação aos outros, teriam o desejo desejo sincero de co com m pa partilh rtilhar ar seus seus recursos alimentares com os mais necessitados, e não espoliar aquilo que eles possuem. - E as doenças? doenças? - A m aior parte pa rte é devida a falta falta de higiene, higiene, ou ao fato fato dos homen hom enss violarem as leis leis naturais que q ue regem seus corpos. Fumar, beber muito álcool, ingerir um alimento não saudável ou mal equilibrado, não descansar suficientemente, a falta de atividades físicas, cultivar pensamentos negativos etc. são vários fatores que demandam responsabilidade, e que geram doenças.
- Mas os homens não são responsáveis pelas doenças hereditárias ou genéticas, principal mente me nte aquelas que atingem crianças crianças inocentes? inocentes? Geralmente eles são indiretamente responsáveis, pois os pais, bisavós e tataravós violaram as leis naturais desenvolvendo vícios que foram transmitidos a alguns de seus descendentes. Sendo assim, contrariamente ao que vocês pensam em geral, geral, não é na verdad verd adee o acaso que faz faz com que certa pessoa ou certa criança c riança sofra sofra de uma um a doença hereditária ou genética. Na maioria dos casos, sua alma escolheu esta prova antes de reencarnar e já sabia que ela ela herdaria herd aria um co corpo rpo difíci difícill de assumi assumir. r. No e n tan ta n to, to , tud tu d o de deve ve s e r feito feit o p a ra c u rar ra r essas doenças doen ças e ameniz am enizar ar os sofrimentos sofrim entos físico ísicoss e morais que as acompanham. - Mas por que essas essas pessoas teriam escolhido encarnar em um corpo doente? - Para compensar erros de comportamento cometidos com etidos em suas suas vidas precedentes, com relaç relação ão a ele eles mesmos mesm os ou a outros. outros. Ou ainda, para despertar de spertar neles neles ou em ou outros tros virtudes virtu des tais como a coragem, coragem, a paci pa ciên ênci cia, a, a c o m p a ixã ix ã o etc.
- E quanto àqueles que que não escolheram? escolheram? - Em termos humanos, podemos dizer que estes f a t a lid li d a d e ”, ou seja, de u m a prov seria seriam m víti vítimas mas d a " fa p rovaa que não depende nem da sua escolha, nem de sua responsabilidade, mas que, apesar das aparências, é algo útil à sua evolução espiritual. Estou certo de que isto os parecerá injusto, mas não é, pois como compensaçã com pensaçãoo eles eles se se beneficiam na n a vida seguinte s eguinte de condições condições mais fel felizes do que teriam teria m normalm norm almente. ente. - Então nós vivemos diversas vezes sob a Terra? - Naturalmente. De que serviria uma só vida? Se vocês estão sob a Terra, é para evoluir espiritualmente, ou sej seja, pa para ra despe de spertar rtar as virtudes virtud es inerentes à alma que os anima, anim a, tais como a coragem, coragem, a paciência e a compaixão, das quais acabei de falar, mas também a humildade, a generosidade, a integridade, a não violência, a benevolência etc. E como tal objetivo não pode ser atingido em uma só vida, cada um de vocês deve reencarnar tantas vezes ve zes qu quan anto to for necessário. necessário. - Mas então, o que pensar do paraíso e do inferno? - Tanto um quanto outro nunca existiram. Na origem, as religiões criaram estes dois conceitos
pa p a ra inc in c e n tiv ti v a r os h o m e n s a p r a tic ti c a r o be bem m e dissuadi-los de praticar o mal. Aparentemente isto não foi suficiente. Não dizemos que “o inferno está cheio de boas intenções?” - No entanto foi justamente Você quem inspiro insp irouu as religiões religiões.. - É o que dizem. dizem. Tanto é que não n ão pertenço a nenhuma delas. Eu diria mesmo que eu me reconheço bem pouco naquilo que elas ensinam» e de forma alguma algum a no co com m po portam rtamen ento to de vários vários fiéis. - Com o ass assim? - Desde que os homens perceberam a minha existência, eles não pararam de me dirigir cultos, com o objetivo de obter minha clemência e outros favores, como se eu fosse um Ser antropomórfico que mora em algum lugar do céu e que decide pe p e sso ss o a lme lm e n te sobr so bree a sort so rtee deles, dele s, inclusiv inc lusivee sobr so bree o m omento om ento de sua sua morte. O que dizer então de todos todos os horrores e todos os crimes que cometeram em meu Nome! - Então não é Você que quem m decide qual é a hora de nossa morte? - Em regra geral, não. Se, como acabei de dizer, vocês negligenciam seus corpos a ponto
de desenvolver doenças graves, se vocês são imprudentes na sua forma de conduzir a vida, ou ainda, se vocês a colocam em perigo em atividades extremas; se vocês constroem suas habitações em lugares inapropriados e tornam seu meio natural inviável etc. vocês não deveriam espantar-se pelo fato de morrerem prematuramente.
- Precisamente, alguns pensam que é Você que está na origem dos terremotos, das erupções vulcânicas, das tempestades e de outros cataclismos cataclismos que devastam devastam nosso nos so planeta p laneta e provocam, provocam, a cada cada vez, milhares m ilhares de m orte or tes... s... - Eles estão errados. A Terra que vocês têm o privilégio de habitar é um ser vivo que se transforma continuamente através dos tempos. Ela mudou muito desde que existe, e continuará se transformando, mas não sem confrontá-los ao que vocês chamam de “cataclismos”. E para àqueles àqueles entre e ntre voc vocês ês que vivem nas regiões de risco, risco, a probabilidade de conhecer desordens naturais é maior, juntamente com os dramas humanos que po p o d e m de delas las resu re sulta ltar. r. Mas graç gr aças as ao p rog ro g res re s so d a ciência, vocês estão conseguindo cada vez mais prev pr evêê-la lass e se prote pr otege ger. r.
- Então Você não é contra a ciência? - Nã Não, o, tanto não sou contra como sou eu eu quem quem inspira os cientistas cientistas às descobertas desco bertas que contribu co ntribuem em ao bem-estar dos homens. Infelizmente, a maioria deles são racionalistas demais e lhes falta espiritualidade, o que explica as divagações atuais da ciência, notadamente no campo médico. Sendo assim, é bem verdade que “ciência sem consciência não é nada além da ruína da alma”
- Quais divagações? - O excesso de medicamentos e de vacinas, quando alguns possuem efeitos secundários que fa zem deles perigosos perigos os sem s em serem, no entanto, entan to, efic eficaazes; es; a clonagem reprodutiva, que é um atentado à vida e à dignidade humana; a manipulação genética das plan pl antas tas,, o n d e vá vária riass acab ac abam am se torn to rnaa n d o nocivas nociv as à saúde etc. Sem negar os benefícios e o bem-estar que a medicina trouxe a vocês, ela acabou se dis tanciando daquilo que é natural e, por isso mesmo, tornou torn ou-se -se uma um a causa de doenças, doenças, o que é paradoxa paradoxal. l. - Na maioria dos Textos sagrados é dito que Você criou o hom h omem em à sua sua imagem. Se o julgamos pelo seu comportamento, a perfeição que as reli giões giõ es atribuem a Você deixa deixa a desejar... deseja r... - Não sou eu o autor de nenhum livro dito sagrado. Por mais inspiradores que eles possam ser
pa p a r a aq aque ueles les qu quee fize f izera ram m de deles les o gu g uia de s u a fé, fé, eles foram escritos por homens e para os homens, e ainda, dentro de um contexto histórico, geográfico e sociológico bem particular. Sendo assim, é verdade que vo você cêss foram criados à min m inha ha imagem, no sentido de que vocês possuem uma alma que emana de mim e que faz de cada um de vocês um ser virtualmente perfeito. O objetivo da presença de vocês na Terra e de sua evolução espiritual é pre p reci cisa sam m e nte tom to m a r co conn sciê sc iênn cia ci a d esta es ta p erfe er feiç ição ão latente latente e de exprimi-la exprim i-la através através de seus seus pensam pen samento entos, s, palav pa lavra rass e ações. ações .
- Você criou o homem tal como ele é? - Não ão.. Ele Ele é resultado de um u m a evolução evolução milenar m ilenar que começou no instante mesmo em que a vida apareceu em seu planeta. Para convencê-lo, basta somente pensar no que era o homem nos tempos pré p ré-h -his istó tóri rico cos. s. Saiba q u e ele a ind in d a e v o luir lu iráá m u ito it o durante os próximos séculos, tanto sob o plano físico quanto mental e espiritual. Contanto que, naturalmente, ele não desapareça pelo efeito de suas suas próprias escolh esc olhas... as... - Como Com o ass assim? - Vocês não podem mais ignorar que o futuro da humanidade está ameaçado. Por negligências,
po p o r o rgu rg u lho lh o e p o r co cobiç biça, a, voc vocês ês c o loca lo cara ram m a n a tu tu reza em perigo, em um ponto em que sua própria sobrevivência tornou-se incerta. Se vocês persis tirem nesta direção, sua espécie desaparecerá em médio prazo, e vocês serão os únicos responsáveis.
- O que acontecerá com o universo? - Como se o universo dependesse da humani dade! Deveria estar claro para vocês que eu não criei o universo com o objetivo de que um só pla p lann e ta e n tre tr e bilh bi lhõõ e s ab abri rigg ue a vida. vida . Existe Ex istem m outros mundos, e cada um deles participa na Evolução Cósmica - este processo universal que eu coloquei em funcionamento no início dos tempos e que vocês chamam de “big bang”. - Com o que se parecem estes estes outros mundos? mundos? - Àquilo que q ue seu plan p laneta eta foi foi e será será,, se el ele seguir o curso cu rso natu n atural ral de sua evol evoluçã ução. o. Ao Ao contrário contrá rio do que vocês pe pensa nsam m , as leis leis pelas quais opero ope ro no universo são simples e relativamente pouco numerosas. São as mesmas leis que regem a vida, de modo que se m anifestam através através de de arquétipos arqué tipos univers universais ais.. Desta forma, os vegetais, animais, e os seres que habitam os outros mundos não são fundamentalmente di ferentes daquelas que habitaram, habitam e habita rão a Terra.
- As humanidades que vivem em outros pla netas são mais ou menos evoluídas que a nossa? - Algumas são menos; outras são mais. Eu acrescentaria que as que são mais evoluídas que a sua não possuem a intenção de invadi-los para exterminá-los ou escravizá-los. Senão, elas já o teriam feito há muito tempo. Quanto a isso, eu lamento a visão que a maioria entre vocês ainda po p o s sue su e m do qu quee qu qual alif ific icam am c o m o “e x tra tr a ter te r rest re stre res” s”.. Vocês estão errados em projetar sobre eles as suas crenças e as suas tendências bélicas. Sem aguardálos como se aguardássemos um messias, vocês deveriam se preparar para a vinda deles, pois eles virão; e terão muito que ensinar a vocês. - Por Por que eles ainda ainda não n ão vieram? vieram? - É você quem diz isso. O que é certo é que vocês ainda não estão prontos a acolhê-los como eles merecem, ou seja, com humanidade. E ao contrário de vocês, eles são bastante pacientes. - Porque Você Você criou criou o universo? - Porque eu me sentia só e porque desejava compartilhar o que sou com seres sensíveis. Eu então criei o universo, feito de forma que ele se tornasse o receptáculo da vida, e dotei toda cria-
tura viva de urna forma de consciência adaptada a seu estatuto. A humanidade da qual você faz pa p a r t e ins in s c r e v e -se -s e n e s te p r o c e sso ss o c ó smic sm icoo e i n te te gra potencialmente a perfeição que me atribuem jus ju s t a m e n t e . É d e s ta f o r m a , c o m o eu já diss di sse, e, qu quee vocês possuem uma alma que faz de vocês seres virtualmente perfeitos. Meu mais caro desejo é que cada um de vocês tome consciência disto, e ajam em conseqüência disto, e que conheçam, desta m an aneira, eira, a feli felicid cidade ade..
- Mas então a humanidade não está na Terra por causa da queda de Adão e Eva, após um castigo Seu? - Não. Isto que é chamado de “Queda do homem” nos textos religiosos ou tradicionais é uma alegoria. Adão e Eva nunca existiram como casais primitivos, e nunca houve da parte deles um “pecado original”, e muito menos um castigo dirigido a eles. Na verdade, Eva representa a alma hum hu m an anaa e Adão o corpo hum hu m ano, de m aneira que que se produz uma “queda” cada vez que uma criança nasce sob a Terra e que urna alma se encarna em um corpo. Por extensão, extensão, Eva Eva simboliza igualmente igualm ente a alma coletiva da humanidade, e Adão o género humano.
- É verdad verdadee que Você Você criou o univer u niverso so em sete dias? - Não. Esta duração mencionada em alguns es critos também é uma alegoria. A criação do uni verso e o surgimento da vida necessitaram de bi lhões de anos e co contin ntinua uam m ainda ain da hoje. hoje. Na verdade, elas se inscrevem numa dimensão que integra ao tem po o passado, o presente presen te e o futuro. futuro. m e s m o tempo - Por que Você não sai de Seu silêncio para Se mostrar aos homens, falar com eles, ter a confiança deles? deles? - Porque, como eu já te disse, eu não sou um Super-Homem animado pelos pensamentos e pelas pelas e m oç oçõõ e s q ue são p r ó p r ias ia s a vocês. - Então, quem é Você? - Eu sou ao m esmo esm o tempo tem po a Inteligênci Inteligência, a, a Consciência e a Energia universal, atempora atem porall e im pes p esso soal al que qu e está na n a orig or igem em de tod to d a a C riaçã ria ção. o. C o m o tal, vocês não podem nem me conhecer, nem me compreender. Mas eu me manifesto no universo, na natureza e no próprio homem por meio de leis que vocês vocês po pode dem m , e até dev devem em estudar. Na verdade, é no respeito dessas leis que está o bem-estar que voc ocês ês procura pro curam m mais mais ou menos men os conscientemente.
- Mas quais são essas leis? - Em sua linguagem, eu diria que são as leis ditas naturais (como a alternância do dia e da noite, a sucessão das estações...), as leis universais (como (com o a gravidade, gravidad e, a propagaç propa gação ão da luz lu z ...), ...) , e as leis espirit espirituais uais (como o karma, a reenca reen carna rnaçã ção...). o...). Ora, se é um fato que vocês progridem nos estudos das leis naturais e universais, fato que me agrada, você negligenciam muito o estudo das leis espirituais, o que explica em grande parte o estado atual do mundo. - E o que fazer então? - Consagrar-se Consag rar-se mais mais à espiritu espiritualida alidade. de. - Mas é o que fazem faze m várias pessoas pessoa s atrav através és das das religiões! Não N ão c o n f u n d a “e s p irit ir ituu a lid li d ad adee ” co com m “religiosidade”! - E qual é a diferenç difer ençaa que existe e xiste entre as duas duas?? - A religiosidade é fundada sob as crenças que as religiões ensinam sobre mim ou sobre o profe ta ou messias associado a elas. Infelizmente, estas crenças são são m uito frequ fr equente entem m ente dogmáticas dogm áticas e na maioria das vezes errôneas. Além do mais, muitas
não estão adaptadas à sua época. Quanto à espiri tualidade, ela é baseada no desejo de compreender o sentido profundo da existência e sob o conhe cimento das leis das quais falei anteriormente. Ela é então uma garantia de abertura de espírito e de sabedoria.
- Creio Creio que esta esta sutileza sutileza de linguag linguagem em não seja seja suficiente para convencer os ateus a acreditarem em Você.. Vo cê.... - Não pretendo convencê-los de minha existência, já que isso é impossível. Eu sei, no entanto, que o melhor mestre dos homens é o tempo, e que ele encarregar-se-á de conduzir cada um deles a se renderem à evidência, e de saberem que não tem como eu não existir. - Mas Mas e então? então? - Cada um deve entender que o universo, a natureza e a humanidade são uma realidade tangível. A partir daí, existe necessariamente um Criador na origem desta realidade. A verdadeira pe p e rgu rg u n ta qu quee os h o m e n s d e v e r iam ia m se faze fa zerr a m e u respeito não é para saber se existo ou não, mas, antes disso, para saber em que medida eu interfiro em suas vidas individual e coletiva.
- A resposta para para esta questã questão? o? - Na medida med ida do respeito respeito que ele eless dedicam às minhas leis, no sentido em que já expliquei anteriormente. - Sem procurar convencer, o que Você diria para “pleitear” Tua existência? - Se eu não existisse, você acredita de verdade que o mais sábios entre os filósofos, os pensadores, os teólogos, cientistas e outros grandes espíritos com os quais quais a hum an anidad idadee conta, conta, teriam teriam admitido adm itido minha existência como uma evidência? Você acha sinceramente que eles teriam se nutrido durante toda tod a a vida de ilusões ilusões e de quimeras? E d ep epoo is... - E depois dep ois o que que? - Quando consideramos o que vocês atingiram de mais belo e de mais útil nas ciências, nas artes, na literat literatura, ura, na arq a rquite uitetur tura..., a..., e quando pensamos pensamos nos senti se ntim m en entos tos mais nobres nobre s que você vocêss são são capaze capazess de provar e de exprimir, como o amor, a amizade, a compaixão, o “encantamento”..., como vocês po p o d e m d u v ida id a r q u e p o ssu ss u am em vo vocês cês algu al gum ma coisa de divino?
- Mas o que signiñca “qualquer coisa de divino”? - É a alma que q ue está em vocês vocês.. - Em que ela ela consiste exatament exatamente? e? - Precisamente, ela não possui nenhuma con sistência, pois ela não é uma substância. Ela é a es sência espiritual espiritual que qu e os anima anim a e que faz faz de cada um de vocês um ser consciente. Como tal, ela impreg na todo seu ser, como o ar que preenche uma casa. - Em que momento ela penetra em nossos corpos? - No momento mom ento do nasci nascimento, mento, quan quando do a crian ça inspira pela primeira vez. Inversamente, é no momento da morte quando vocês dão seu último suspiro, que ela deixa definitivamente seu corpo. - Como a alma faz do homem um ser consciente? - Contrariamente ao que pensam a maioria de vocês, não é o cérebro a sede da consciência, pois ela é um atributo da alma. alma. Certam ente, a alma uti u ti liza liza o cérebro para pa ra exp e xprim rimir-se ir-se através através das suas fa culdades sensoriais e mentais, mas ela possui for mas de percepção que transcendem este órgão.
- Da onde o nde vêm as alma almas? s? - Todas provém da Alma universal, esta Essênci Essênciaa cósmica que emanei de mim mesmo no momento em que criei o universo, e da qual ele mesmo está impregnado. É por isso, como já disse, que elas são virtualm ente pu puras ras e perfei perfeita tas. s. - E os animais, eles também possuem uma alma? - De um m od odoo geral geral,, ele ele evoluem evoluem sob a impulsão de um u m a alma alm a coletiva específica específica a cada espécie. espécie. Isto colocado, os animais mais evoluídos, sobretudo aqueles que vivem perto de vocês, chegam a se emanc em ancipar ipar de sua alma alm a coleti coletiva va e a gerar uma u ma alma individual, que confere a ele eless uma um a forma form a primitiva prim itiva de consciência de si. É por isso que são sensíveis e inteligentes. Vocês mesmos não dizem, a propósito de alguns deles, que só lhes faltaria falar? Mas este pro pr o cess ce ssoo ev evol olut utiv ivoo n ão p ára ár a p o r a í... í. .. - O que quer diz dizer er?? - Num dado momento, os mais evoluídos entre os mais evoluídos acendem ao reino humano e conhecem sua primeira prim eira vida nest nestee reino reino.. Um no novo vo ciclo ciclo de evolução começa com eça então en tão pa para ra ele eles.
- Inversamente, um ser humano pode se reencarnar em um animal? animal? - Não. Isto seria contrário à lei da evolução e não serviria serviria para nada. - Nem mesm me smoo para para “resga “resgatar” tar” os erros ou para para repa repara rarr o mal com co m etido etid o em uma vida anterior ao encontro enco ntro de outrem? outrem? - Não. Todo ser humano reencarna no reino humano hum ano e assume neste neste reino as conseqüências do que ele fez nas vidas anteriores, principalmente na pre p recc ed eden ente te.. - Se voltamos voltam os à condição cond ição humana, hu mana, então e ntão par paraa que serve acreditar na Tu Tua existênc existê ncia ia e interessarse pela espiritualidade? - Para nada, se esta crença e este interesse não forem acompanhados de um comportamento tão digno quanto poss possível ível no plano humano. hum ano. Q ua uanto nto a isso, o único fato de crer em minha existência não melhora as coisas. É desta forma que muitos fiéis, em todas as religiões, comportam-se pior até que os ateus, sem falar dos fanáticos e dos extremistas religios religiosos. os. Da D a mesm mes m a forma, for ma, a fé, som so m ente ent e ela, ela, não é suficiente para ser feliz. Se fosse, todos os que creem seriam felizes.
- Então, Então, o que pode po de deixar os homens hom ens feli felize zes? s? - Co Com m o eu já diss disse, e, é o conhecim conhe cimento ento das lei leiss que regem o universo, universo, a natureza nature za e o próprio pró prio hom h omem em,, o que pressupõe estudá-las e respeitá-las. Ignorá-las ou violá-las só pode causar provas e sofrimentos. Tendo consciência consc iência ou não, cada um de vocês vocês é, é, em em grande parte, o artesão de sua felicidade ou de sua desgraça. Sendo assim, insisto, vocês estão todos destinados a serem felizes e não infelizes. - Então o sofrimento não é uma necessidade para evoluir? - Não Não.. É verdade verd ade que o sofrimento, sofrim ento, seja ele físico ou moral, leva vocês geralmente a se fazerem pe p e rgu rg u n tas ta s sobr so bree a razão raz ão de seu s eu esta e stado do,, e a refle re fletir tirem em sobre a condição condiçã o hum ana, o que lev leva geralmente às às tomadas úteis de consciência. Às vezes ele chega a levar um ateu a conduzir uma busca espiritual. Mesmo assim, ele não é necessário para abrirse à espiritualidade e para evoluir interiormente. O ideal seria fazer de tudo para não sofrer. Quanto a aqueles que creem agradar-me se auto pe p e n ite it e n cia ci a n d o , estã es tãoo tota to talm lmee n te erra er rado dos. s.
- Como compreender que algumas pessoas passam passam por muito m uito mais provas que out outras? ras? - Justamente, todos os sábios que viveram entre vocês, os ensinaram, sob uma forma ou sob outra, que cada um colhe cedo ou tarde aquilo que semeia. Em aplicação a esta lei espiritual, chamada de “karma” nas religiões e nas tradições orientais, aquilo que vocês pensam, dizem e fazem condiciona seu futuro e traz a vocês sucesso, alegria e felicidade, ou, ao contrário, fracasso, sofrimento e tristeza. Esta lei não é nem punitiva, nem repressiva; ela tem por objetivo fazê-los tomar consciência daquilo que é bom ou mau no comportamento humano. Através disso ela os incita ncita co continu ntinuam amente ente a ex exprim primir ir o melho m elhorr de voc vocês ês mesmos, ou seja, de evoluírem espiritualmente. - Nós realmente somos som os responsáveis responsáveis por todas as provas às quais nós somos confrontados? - Como regra geral, sim. No entanto, lembrese do que eu te disse sobre a fatalidade. Pode acontecer também que uma prova seja resultado de um karma não individual, mas coletivo. - Como Com o ass assim im?? - Aplicando seu seu livr livree arbítrio no cotidiano, cotidia no, vocês vocês criam um karma individual que pode ser positivo
ou negativo. Mas cada comunidade, cada nação e mesmo a humanidade criou um karma coletivo que também pode ser negativo ou positivo. Ora, isto isto influi influi positivamente positivam ente ou o u negativamente n egativamente sob cada um de vocês, sem que sua responsabilidade esteja necessariamente engajada. Para dar um exemplo, aquilo que vocês chamam de “desemprego” parece um karma coletivo negativo que resulta de más escolhas escolhas econômicas. A parti pa rtirr disso disso,, todo to do indivíduo, indivíduo, po p o r mais cor c orajo ajoso so e c o m p eten et ente te que qu e seja, seja, p o d e sofrer so frer deste karma karm a coleti coletivo vo e não enco en contra ntrarr trabalho. trabalho.
- Como saber o que é bom e o que é ruim no comportamento comportam ento human humano? o? - As noções de bem e de mal são são parte integrante da consciência humana. No mais profundo de vo cês, cês, mesm me smoo se à vezes vezes escolham ignorar, sabem que certos comportamentos são positivos e que outros são são negativos. negativos. Desta forma, dem d emon onstra strarr tolerânc tolerância, ia, gentileza, generosidade, solidariedade, fraternida de, amor... vêm a ser o bem. Ao contrário, calu niar, mentir, manipular, agredir, matar, odiar... faz pa p a rte rt e do mal. D u r a n te tod to d a a sua vid v idaa você voc ê deve de ve es e s colher entre estas duas vias, ficando bem claro que uma um a é um caminho cam inho de harmon harm onia ia e de serenidade serenidade,, e a outra de discórdia e de tormenta. É isso que gera todo o problema de seu livre-arbítrio.
- O que são são os “pec “pecado ados” s” a que as religiões religiõe s se referem? - Alguns deles se parecem efetivamente a atos e comportamentos que podemos qualificar como “maus” ma us” ou “neg negativo ativos” s”,, po pois is eles eles realm rea lmen ente te aten a tentam tam contra sua dignidade ou sua integridade. integridade. Mas Mas outros são arbitrários, arbitrários, no sentido em que correspo corre sponde ndem mà faltas ou erros considerados como tais pela religião concernente, sendo que elas não são na verdade religião nem sob o plano humano, nem mesmo no divino. Qualquer que seja, nenhum “pecado” po p o d e ser se r sufi su ficc ien ie n tem te m e nte grav gr avee p a ra c a u sar sa r u m a “danação” definitiva do “pecador”. - Mas Mas então, então, o que se deve pensar da confíssão confíssã o destes pecados a uma autoridade religiosa? - Que ela não pode, em caso algum, anular as conseqüências kármicas das faltas ou dos erros cometidos, cometidos, principalmente principalm ente se prejudicaram prejud icaram outros. - É verdade que que o diabo diab o existe, e que ele incita os homens a praticarem o mal? - Não. O diabo nunca existiu, não mais que os demônios. Infelizmente, este personagem mítico fez nascerem falsas crenças e superstições que esti mularam o medo, e conduziram alguns de vocês a
cometerem com eterem atos atos de bruxaria, bruxa ria, e a cometerem com eterem crimes diversos. Na verdade, o mal é obra do próprio ho m em, em , e resulta de um a aplicação negativa do seu livre-arbítrio. vre-arb ítrio. É desta mane m aneira ira que el ele po pode de cometer co meter atos ditos “diabólicos” ou “demoníacos”.
- Então, o que significa o exorcismo? - Esta prática não possui nenhum fundamento ontológico nem nenhuma eficácia. Sendo que o diabo não existe, ele não pode possuir um ser hum hu m ano durante dura nte a sua vida, vida, nem a sua sua alma alma após a sua morte. Neste caso, nos encontramos no campo da ignorân ign orância cia e da superstição. superstição. - Nesta ordem de ideias, o que pensar pensar daque daqueles les que praticam pratica m magia mag ia negra e brux bruxari aria? a? - Que eles não possuem nenhum poder a não ser aquele que vocês os atribuem. Ninguém pode pre p reju judd ica ic a r o o u tro tr o atra at ravé véss de deste ste tip ti p o de prát pr átic ica. a. - Os anjos existem? - Eu sei que a maioria das religiões refere-se a eles, e os assimilam a seres espirituais que, segundo estas religiões, me ajudam no quotidiano para que tenha ten ha êxito êxito a m inha in ha grande gra nde obra através através da Criaçã Criação. o.
Algumas fazem deles, igualmente, mensageiros encarregados de contatar vocês em meu nome. Além desta abordagem religiosa, deve-se enxergar nele ne less planos de consciência consciên cia cósmica. - Nós Nós devemos devemos acreditar acre ditar em milagr milagres? es? - C ontrariam ontra riamente ente à crença popular, popular, não se se trata de intervenções da minha parte para curar tal pessoa pes soa,, p r o teg te g e r o u tra tr a , sabe sa be-s -see lá m ais o quê quê.. Eles correspondem a fatos ou a fenômenos que têm sua origem nas leis naturais, universais ou espirituais. Seus aspectos “miraculosos” são devidos ao fato de que voc vocês ês são são incapazes incapazes de com co m preend pre ender er sua causa real no momento em que eles se produzem. - Mudando de assunto, qual é a origem das raças? - A humanidade, como eu já te falei, não prov pr ovém ém de u m casal cas al orig or igin inal al,, c o m o o c o r rên rê n c ia de Adão e Eva, como diz a Bíblia. Ela é o ápice da evolução milenar, que a vida seguiu sob a Terra, desde a aparição dos primeiros seres unicelulares. Creia nisso ou não, ela emergiu do reino animal através através de vários centros, ce ntros, em lugares lugares diversos e em épocas diferentes, daí a existência das raças.
- Existe uma raça mais evoluída que a outra? - Não. Mas por outro lado, existem, em cada raça, indivíduos mais evoluídos que outros. - O que se deve compreender por “mais evoluídos que outros”? - Isto Isto significa significa que alguns algun s entre vocês, vocês, em todas as raças juntas, junta s, são melhores que outros ou tros sob o plano humano. Em outras palavras, eles despertaram mais qualidades humanas: são mais modestos, mais generosos, mas tolerantes, mais corajosos... Ora, despertaram esta inteligência do coração que faz faz o valor e a dignidade dignid ade de todo tod o ser humano. - C omo om o explicar esta esta dif difere erenç nça? a? - Pelo número de encarnações que cada um de vocês viveu, e pelos esforços que desenvolveu em vida para aperfeiçoar-se sob o plano humano. Alguns entre vocês são “velhas almas”, no sentido que já conheceram numerosas vidas e adquiriram mais experiência, mais maturida m aturidade, de, mais sabedori sabedoria. a. Outros, em comparação, são “almas jovens”, o que explica o fato de serem menos experientes, menos maduras, menos sábias. Mas elas evoluem necessariamente em direção a um nível de consciência mais elevado. Trata-se simplesmente de uma um a questão de tempo. tempo.
- Um homem sempre foi e sempre será um homem, vida após vida, e uma mulher, uma mulher? - Não. De uma um a vida vida para outra um homem hom em pode p ode tornar-se uma mulher e inversamente, segundo o que sua sua alma escolh escolher er para con conduzir duzir bem o caminho caminh o de sua evolução espiritual. Naturalmente, uma encarnação encarnação em homem hom em não possui nada de superior superior a uma encarnação em mulher, e reciprocamente. - Escolhemos também a família e o país nos quais reencarnamos? - De maneira mane ira gera geral, l, sim sim.. Aí també tam bém m esta esta escolha escolha está condicionada pelas experiências que vocês desej desejam am conhecer con hecer para melhor m elhor progredir prog redir sob o plano interior. Sendo assim, o país de seu nascimento não é necessariamente aquele onde você deve viver. - Reencarnamos indefinidamente, ou existe um final para este processo? - Cada um reencarna reen carna-s -see pelo pelo tem tempo po em que for for imperfeito e que tenh te nhaa erros e rros a reparar. reparar. - E quando nos tornamos tornam os perfei perfeitos tos?? - Sua alma funde-se definitivamente na Alma universal, em plena consciência e em perfeito
conhecimento de causa. A partir daí, eia não tem mais obrigação de reencarnar e é parte integrante disso que eu sou, uma Essência cósmica.
- Nós conservamos a mesma família, vida após vida? vida? - Não necessariamente. Assim, quanto mais os laços afetivos são fortes entre os membros de uma família, mais suas almas tornam-se gêmeas, ao ponto de reencarnarem no mesmo círculo familiar ou de perseguirem juntas a sua evolução espiritual. Geralmente, os papéis mudam. É desta maneira que os avós podem tornar-se as crianças, as crianças os pais, os pais os irmãos e irmãs etc. Na ve verd rdaa de de,, tod to d a s as pe p e rmu rm u taç ta ç õ e s são sã o possíveis. possíve is. - As almas-gêmeas limitam-se aos membros da família? - Não. Esta noção se estende às pessoas que po p o s sue su e m u m nível nív el de co cons nscc iên iê n cia ci a eq equi uiva vale lent nte, e, e entre as quais existe uma grande afeição. Além dos membros da “família de sangue”, os amigos ou pessoas próximas são frequentemente almasgêmeas, o que explica sua ligação mútua e afinidades em diferentes áreas.
- Nós podemos nos lembrar das nossas vidas passadas? - Sim, mas não de forma sistemática, e somente por fragmentos. Não se deve forçar nada com relação a isso, pois se você não se lembra espontanea espo ntaneam m ente de sua suass vidas vidas passadas passadas,, é porque existe uma boa razão para isso. - Qual? - Vocês economizam a lembrança de coisas indignas que vocês podem ter feito em alguma dela de las, s, e vocês vocês evitam, evitam, desta de sta maneira, m aneira, o traum tra um a que isto sto poderia pod eria produ pro duzir zir na sua vida vida presente presente.. - Como Com o ter ter certe certeza za de que que reencarnamos reencarnamos?? - Já aconteceu a todos de terem uma sensação de “déjà vu”. É também a reencarnação que explica a atração que às vezes vocês têm por algum país que jamais visitaram, por uma civilização antiga, um período histórico etc. Acontece ainda com as crianças prodígio, que, desde muito novos fazem coisas que precisariam de uma experiência impossível de ser adquirida em poucos anos. - Como conciliar a reencarnação e a ressur reição reição do corpo, corp o, pregada por algum algu m as religiões? - A ressurreição não tem nenhum fundamento ontológico. De quer serviria ressuscitar no mesmo
corpo? E em que q ue idade? idade? Como Com o conceber concebe r que corpos corpos enterrados há séculos ou incinerados possam se reconstituir e reviver? Seguramente, é a sua alma que “ressuscita” de modo que ela reencarna cada vez em um novo corpo. E para isso ninguém prec pr ecis isaa e s p e rar ra r o “julg ju lgaa m e n to final”, final”, o qu qual al dize di zem m que farei farei ao final dos tempos. tem pos.
- O fato de que a população mundial esteja aumentando, não é contraditório ao da reencarnação? - Nã Não, o, pois indep ind epend enden entem temente ente daqueles daqueles e daquelas entre vocês que reencarnam, a Alma universal emana dela própria tantas almas quanto necessário para responder às necessidades da humanidade. Pense ainda naquilo que eu te disse a respeito dos animais mais evoluídos, os quais acendem um dia ao reino humano. - Existe Existe uma ligação ligação entre o nível de consciência de uma pessoa e seu nível intelectual? - Não. Em alguns indivíduos muito inteligentes e muito cultos, faltam consideravelmente humanismo e espiritualidade. Mas cedo ou tarde sua inteligência e sua cultura param de causar ilusões e os deixam frente frent e a frente com eles eles mesmos. mesm os.
É então o mom mo m en ento to para pa ra ele eless se se interrog inte rrogarem arem sobre o sentido profundo pro fundo da existê existência ncia e de começar começ ar uma um a bu b u s c a r inte in terio rior. r.
- Isso significa que todo ser humano, cedo ou tarde, vai em direção a uma busca espiritual? - Sim, e isto independentemente de sua raça, nacionalidade, seu meio sócio-cultural... Como eu já te disse, é isso que justifica a sua existência. De vida em vida vocês tomam gradualmente consciência da necessidade de melhorarem através do contato com outros, o que os conduz a trabalh trab alharem arem po porr voc vocês ês próprio pró prioss e se aperfeiçoarem. - Mas nós não dizemos que a “perfeição não existe existe neste neste mundo mu ndo”? ”? - Mesmo que vocês não tenham consciência disso objetivamente, a aspiração à perfeição faz pa p a rte rt e da sua su a n a ture tu rezz a p rofu ro funn d a . Você n o tar ta r á também que vários entre vocês são perfeccionistas naquilo que fazem. Sob a impulsão de sua alma, vocês não cessam de se aperfeiçoar, e através daí, de evoluir espiritualmente. À vista humana este proc pr oces esso so é b a sta st a n te longo lon go,, ao p o n t o de p a rec re c e r imperceptível. Mas ele prossegue inexoravelmente, até até o dia em que, em uma um a de suas su as sucessi sucessivas vas vidas, vidas, você tenha acesso, se não à perfeição, mas pelo menos ao estado de sabedoria.
- Mas Mas o que é a sabedoria? - É o estado de consciência de todo individuo que manifesta em seu comportamento as virtudes inerentes à sua alma, a qual, lembrando, é pura e pe p e rfe rf e ita it a e m essên ess ência cia.. - Um estado como este me parece inacessível! - Vo Você cê se engana. engana . Ele é acess acessível ível em longo praz pr azo, o, co com m o pro pr o va diss di ssoo tem te m o s a vida vi da de algu al guns ns entre vocês que construíram sabedoria. Mas arriscando surpreende-lo, o mais importante aos meus olhos não é alcançar este estado, mais sim de empenhar-se para alcançá-lo. Imagine o que seria o mundo se todos os homens, imperfeitos que são, são, se se empenhassem empen hassem cada dia dia em tornarem -se melhores me lhores em seus julgam julgamentos entos e comportamentos. comportam entos. Você Vo cê há de convir con vir que a Terra Terra não nã o estaria assim tão longe deste famoso paraíso que as religiões situam em algum lugar do céu. - Deve-se De ve-se ser perfeito ou próximo da perfeição perfeição para ser feliz? - Não Não.. Co Com m o acabei de te dizer, dizer, é mais louváve louvávell o esforço esforço para pa ra se aperfeiçoar aperfei çoar que q ue a própr pró pria ia perfeição, perfeição, ao olhar das leis que regem sua evolução espiritual. Ter a consciência de que o objetivo da vida é o
de melhorar, e o de trabalhar vocês mesmos para alcançarem alcanç arem este este objetivo, objetivo, só p o d e ser algo benéfico benéfico par p araa vocês sob so b tod to d o s os p lan la n os, os , e tor to r n á - los lo s felizes. felizes. É isso isso que explica e xplica o po porq rquu ê ddee vocês ficarem felize felizess com vocês mesmos, quando superam uma de suas fraquezas ou transmutam um de seus defeitos.
- O que Você entende por “transmutar”? - Todo Todo defeit defeitoo é a ausência da qualida q ualidade de oposta. o posta. Por exemplo exemplo,, o orgulho org ulho é a ausência da hum h umildad ildade, e, o egoísmo é a ausência da generosidade etc. O m elhor elho r meio de “ven vencer” cer” um defeito defeito não é, po portan rtanto, to, combatê-lo, mas substituí-lo pela qualidade oposta, oposta, qualidade que voc vocês ês possuem possu em virtualm v irtualmente ente e que só precisa ser despertada. Aí se encontra o fundamento da transmutação espiritual que vocês devem colocar em prática para se aperfeiçoarem. - Quais são, segundo Você, os defeitos mais nocivos do homem? - Aqueles que atentam mais contra a sua inte gridade, sua dignidade, e seu bem-estar. Assim é o orgulho, que está na origem da maior parte dos conflitos e das guerras; a inveja, que leva vocês a cobiçar os bens do próximo; a cobiça, que os leva a colocar em perigo o planeta no qual vivem; o ran cor, co r, que destila d estila em vocês o desejo da d a vingança. vingan ça.
- E as qualidades qualida des mais m ais útei úteis? s? - Aqu Aquel elas as que mais mais contribuem para o bem co c o mum mu m : a tolerância, a benevolência, a generosidade, a não-violência, e naturalmente, o amor. - Mas não precisamos crer em Você para conduzir cond uzir uma um a busca espiritual, espiritual, e assim sabermos que é bom aperfeiçoar-nos, melhorarmos? - Nã Não, o, mas o fato de saber que este este trabalho é o que justifica sua presença na Terra, e que ele bene ficia sua alma de vida em vida, confere a ele uma dimensão que transcende a morte. Além disso, ele condiciona cond iciona sua pós-vida, no sentido de que ela ela será será tão feliz feliz qu quan anto to foi a sua boa-vo boa -vonta ntade de aqui aq ui na Terr Terra. a. - Nó Nóss temos tem os razão razão em temer a mort morte? e? - Não, e eu não entendo este temor, pois ela continu con tinuaa sendo sen do ppara ara vocês o m aior dos mistér m istérios ios e obra do desconhecido. No entanto, ela não marca o fim definitivo de sua existência. - Mas e então? - Na verdade ela ela é somente um u m a transição, transição, uma um a pass pa ssag agem em em dire di reçã çãoo ao m u n d o espi es piri ritu tual al.. No No m o mento em que vocês dão seu último suspiro, sua alma deixa gradualmente seu corpo físico, volta a
ser a energia-consciência que ela era antes de en carnar, e harmoniza-se no invisível com o plano de consciência correspondente ao nível de evolu ção que ela atingiu em conseqüência da vida que acabou de se se encerrar. Ali, Ali, ela ela prepa pre para ra sua próxima próxim a encarnação, em companhia de seres queridos que vieram do além, e de outras almas que estão no mesmo plano cósmico.
- Mas se as coisas acontecem assim, por que não temos nenhuma prova tangível? - Na verdade, existem vários testemunhos de pess pe ssoa oass qu que, e, logo log o ap após ós u m a cid ci d e n te, te , n o m o m e n to de uma operação cirúrgica, após um choque viole vi olento nto...... viveram viveram as premissas da mort m ortee e tiveram tiveram acesso provisoriamente ao além. Mas “o pior surdo e pior cego é aquele que não quer escutar e nem ver.” Além do mais, é melhor mesmo que vocês nem saibam o quanto a morte não é o nada que vocês tanto temem. - Por quê? - Porque muitos entre vocês iriam preferir m orrer a viver viver em um m un undo do onde as contradições são tantas, as dificuldades numerosas, e as provas freqüentes: dito de outra forma, onde a felicidade
é dificilmente acessível e tào rara de alcançar. E é também para evitar esta tentação que vocês pos po s s u e m u m ins in s tin ti n to de vida vi da tão tã o forte. forte .
- Mas, no entanto, existem entre nós, pessoas que se se suicidam suicidam todos o s dias! - É infelizmente este o caso, mas estes que colocam fim fim em suas vidas vidas o faze fazem m geralm ge ralmente ente por p or desespero, e não por que realmente sabem o que é o pós-vida. Mais do que outros, eles precisam da sua compreensã comp reensãoo e da sua compaixão. compaixão. - Algumas religiões afirmam que as almas daqueles que se se suicidam não conhecem conhec em jamais a paz no além, e erram erram eternam eterna m ente nos limbos! - É tão falso quanto o fato dos limbos existirem. Na verdade, a alma de uma pessoa que se suicida segue o mesmo processo que qualquer outra no momento de sua morte, e é somente no além que ela entende que isso trará para sua pr p r ó x im a e n c a r n a ç ã o d ific if icuu lda ld a d e s e pro pr o va vas, s, da dass quais ela queria se livrar quando tirou sua vida. Ela se conscientiza também que a vida, apesar das vicissitudes vicissitudes que com po porta, rta, é o bem mais preci precioso oso que existe.
- Por associação de ideias, isso me faz pensar na pena de morte que, em alguns países, atinge alguns condenado conde nados. s. O que você pensa disso? disso? - Um de seus filósofos disse certeiramente que não deveríamos jamais tirar de um ser humano aquilo que não somos capazes de devolver a ele. A vida é o direito mais inalienável para quem dela goza, e ao olhar das minhas leis, a pena de morte é como se foss fossee um crime crim e que gera responsabilidade responsab ilidade kármica, tanto para quem decidiu, como para quem executou. E bem melhor do que liberar no invisível a alma de um assassino que arrisca fazer o mesmo quando reencarnar, seria ajudá-lo a se conscientizar da extrema gravidade de seu ato, e dar a ele a possibilidade de reparação. - Se a vida é um direito inalienável, o que devemos pensar da eutanásia? - Quando uma pessoa é portadora de uma do ença incurável, e não temos condições de aliviar seu sofrimento, abreviar esta vida é um ato huma nitário que todos deveriam aprovar, sobretudo se for solicitado. Contrariamente ao que acreditam alguns entre vocês, a dor não é redentora, nem ex piat pi atór ória ia..
- E o aborto? - Co Com m o eu te te dis dissse, é no mom m omento ento do nascimento que a alma penetra no corpo da criança e faz dela um ser consciente. Isso significa que ela ainda não está no feto, e que o aborto não provoca a morte de um ser humano “formado”, na falta de um termo mais apropriado. Por outro lado, priva-se uma alma do corpo que estava preparado a animá-la pa p a ra u m a no nova va vida. vid a. N ão se t rat ra t a e ntão nt ão,, de u m ato anodino. Os pais que fazem esta escolha devem refletir sobre as razões profundas que os levaram a agir desta forma, pois isso isso traz traz conseqüências conseqüê ncias para sua responsabilidade kármica. - Sobre Sobre a impo im portância rtância que devemos devemos dar da r à vida, vida, o que Você Você pen pensa sa sobre a doação doa ção de órgãos? órgãos? - Qu Quee é um ato generoso generos o e úti útil. l. Eu sei sei que vários entre vocês não se interessam ou são contra, alguns po p o r razõ ra zões es religio reli giosas sas.. No e n tan ta n to, to , tod to d a alma al ma,, an ante tess ou após a morte, só tende a se alegrar com a ideia de que uma parte do corpo que era seu pôde salvar uma um a vida e aliviar aliviar sofrimentos. sofrimentos. - Nós podemos fazer contato com as almas dos mortos m ortos?? - Sim, mas é bem difícil. Aqueles que vocês chamam de “médium” conseguem às vezes,
colocando-se em um estado intermediário. A melhor maneira de estabelecer tal contato é o de elevar-se interiormente em direção ao mundo espiritual, visualizando com confiança o ser querido que você deseja contatar.
- Como se identifica um contato assim? - Se ele ele ocorre, você tem a impressão impre ssão de ter visto visto o rosto do falecido ou de escutá-lo, sendo que deve ficar claro que tal comunhão espiritual é sempre breve bre ve e fugidia fug idia.. Ao m e n os, ela p e r m ite it e o c o n tato ta to com o falecido, e de adquirir a convicção de que a morte é tão somente uma u ma transição da alma. alma. - Alguns se utilizam das preces para chegar até até Você. Você. O que Você diz disso? - O texto de uma prece, por mais sagrado e inspirador pelo que diz, não proporciona contato comigo. Não sendo um Ser antropomórfico, eu não posso escutá-lo, mesmo quando ele é recitado em voz alta. Aquilo a que sou sensível, enquanto Inteligência Universal, é o estado de consciência no qual vocês se colocam quando rezam, mesmo se vocês o fazem com suas próprias palavras e mentalmente. Dito de outra forma, é o chamado do seu coração e de sua alma que eu percebo.
- E o que diz da meditação? - Ela é o melhor meio não de me contatar, mas de com ungar com a minha m inha Sabedori Sabedoriaa e de de receber receber dela, inspiração. Tudo o que foi dito de mais verdadeiro a meu respeito foi fruto de meditações que os mais sábios entre vocês fizeram, para tentar me contatar c ontatar e me compreender. - Que importância devemos atribuir aos sonhos? - Os mais inspiradores correspondem a uma comunhão de sua alma com o mundo espiritual e pe p e rm ite it e a vo você cêss c o n h e c e r m e lho lh o r voc vocês ês m esm es m os. os . Vocês devem, então, estar atentos aos seus sonhos, pri p rinn c ipa ip a lm e n te aq aque ueles les cu cujo joss c o n teú te ú d o s os questionam. - O que Você pensa dos ateus e dos materialistas? - São seres em via de evolução, assim como os que creem e os espiritualistas. Eu acrescentaria que vários ateus ateus se se tornara torn aram m ateus ateus após terem rejeitad rejeitadoo crenças religiosas que antes foram as deles, mais frequentemente porque elas não respondiam mais a seus questionamentos. Quanto aos materialistas, eles pensam erroneamente que a Criação se reduz
ao mun m undo do mater materia iall e que somente som ente este este pode trazer o bem-estar e a felicidade. Mas tanto uns quanto outros ou tros são chamados a reenc ree ncon ontrar trar ou a ad adqu quirir irir fé fé.
- Mas a fé é um sentim sent imen ento to religioso! - Não, ela é própria de todos entre vocês que admitem a minha existência, qualquer que seja a concepção que eles tenham de mim, quer pe p e rte rt e n ç a m o u n ã o a um u m a religião relig ião.. - Vo Você cê pode pod e preve preverr o futuro do mundo? - Seu futuro não está pré-determinado, e não sou eu quem decide. Ele depende de vocês e será aquele que vocês construírem individualmente e coletivamente. No mais profundo de vocês mesmos, vocês possuem o conhecimento e a sabedoria que deveriam permitir a vocês de estar em conformidade com as suas esperanças mais desej desejadas adas.. É seu papel, papel, portanto porta nto,, tom to m ar consciência co nsciência destes conhecimentos e de agir em conseqüência, sendo que o m un undo do não passa passa de um só paí país. s. - Precisamente, Precisamente, alguns entre entre nós são contra a chamada “globalização”. Eles têm razão? - Não, pois ela corresponde a uma etapa “programada” na evolução da humanidade. Era
inevitável inevitável que os países e as nações naçõe s que a con constitu stituem em acabassem um dia por entrelaçar as relações polí po líti tica cas, s, e co conn ô m icas ic as,, c u ltu lt u rais ra is e o u tra tr a s. Mais que temê-la, vocês deveriam alegrar-se, pois este pro pr o c esso es so é u m fato fa torr de a p roxi ro xim m a ção çã o e pa p a z e n tre tr e os homens. Naturalmente, Naturalmen te, vocês vocês ainda têm muito qu quee fazer fazer para que q ue ela ela contribua con tribua ao bem -estar de todos e de cada um, sem exceção.
- Contrariamente ao que algumas pessoas pensam, o mundo então não estaria prestes a desaparecer em um apocalipse apo calipse definitivo? definitivo? - Não. É certo que a situação da humanidade é preocupante. Em várias áreas, pode-se ter um sentimento de que ela está, se não em via de desa pari pa riçã ção, o, ao m e n o s em de decl clín ínio io.. Mas além al ém da dass a p a rências, rências, ela está num nu m a fase fase de mutação mu tação que deveria deveria conduzir à reestruturação e ao planejamento de um belo futur fut uroo par p araa si si. Se Se ela ela chegou nesta ne sta situação é porque, de uma forma geral, vocês se tornaram muito individualistas e demasiado materialistas. Mas ainda não é tarde demais d emais para pa ra reag reagir ir.. - O que que fazer então? então? - Dar ao seu futuro uma orientação humanista e espiritualista.
O que devemos compreender por “humanista”? - O humanismo consiste em tudo fazer para tornar os homens felizes, sem distinção de raça, nacionalidade, meio sócio-cultural, ou de qual querr ou que outro tro elemento aparen a parentem temente ente distintivo. distintivo. Ist Istoo implica colocar a seu serviço todos os principais setores da sociedade: a economia, a política, a tec nologia, a ciência, etc. etc. Mas para pa ra isso ainda ain da falta falta que aqueles que dirigem estes setores sejam, eles pró prio pr ios, s, h u m a n ista is tass , o q u e ain ai n d a está es tá long lo ngee de s er o caso. É preciso igualmente que cada um de vocês seja cuidadoso do bem-estar dos outros, o que su põe p õe ex exer erci cita tarr m u tua tu a m e n te a to t o lerâ le rânn cia, ci a, a ge g e n ero er o si si dade, a benevolência benevo lência etc. etc. Isto Isto leva leva à necessidade nece ssidade de vocês se aperfeiçoarem e se comportarem verda deiramente como cidadãos do mundo. - Como Com o nos tornamos tornam os tão mater materia iali list stas? as? - É normal que vocês busquem melhorar suas condições de vida, e adquirirem certo conforto material. Esta aspiração é legítima, e faz parte da natureza humana. Mas com o tempo vocês come çaram a se comportar como se esse fosse o objeti vo último de sua existência, ao ponto de quererem sempre mais e mais posses, bens e riquezas. O que
dizer então do culto ao corpo e das aparências, pa p a ra o qu qual al vo vocês cês se e n tre tr e g am cada ca da vez m ais, ais , e do qual vocês fizeram quase uma religião? Ora, sou forçado a constatar que isso não os torna necessa riamente mais felizes.
- A espiritualidade é suficiente para fazer feliz? - Não. O ideal é levar um a vida que se equilibre equilibre entre o material e o espiritual espiritual.. Interessar-se Interessar-se somente som ente pela pe la e spir sp irit ituu a lid li d ad adee é tão tã o p reju re judd icia ic iall q u a n to pr p r o c u r a r a felic fe licid idad adee s o m en ente te n a m ater at eria iali lidd ad ade. e. Vocês são corpo e alma. Consequentemente, vocês devem responder às necessidades, aos desejos e às aspiraçõ aspirações es tanto de um qu quanto anto do outro. outro. - E se tivéssemos que escolher entre hum hu m anism o e espir espiritu ituali alidade? dade? - Vo Você cêss vão se espantar, espantar, mas deveriam d everiam privi legiar o humanismo, pois sua felicidade depende antes de tudo da sua aptidão de se respeitarem e respeitar uns aos outros. Sendo assim, vocês só o conseguirão a partir do momento e m que admiti rem que todos os seres humanos possuem a mes ma origem espiritual e que, além das aparências, eles são almas-gêmeas.
- Tal tomada de consciência levará muito tempo! - Sim, Sim, mas mais urna urn a vez, vez, é ela ela que justifica justifica sua pre p rese senn ça na Terra. Ter ra. E déla déla d e p e n d e seu se u futu fu turo ro.. - O que fazer para para acelerá acelerá-la? -la? - A humanidade precisa mais do que nunca de um projeto federativo e unificador. No estado atual das coisas, ele deveria ser a preservação de seu planeta, pois sua sobrevivência depende disso. Se vocês conseguirem fazer disso urna causa mundial, vocês se aproximarão da natureza, e compreenderão o quanto ela é urna obra-prima da Criação. Fazendo isto, vocês se despertarão para a espiritualidade, no sentido místico do termo. A partir daí, vocês se renderão à evidência: o homem não é fruto do acaso ou de um conjunto de circunstâncias. Se ele vive sobre a Terra, é por um objetivo bem preciso: evoluir gradualmente em direção ao estado de sabedoria. - Isto Isto quer quer dizer dizer,, como com o alguns algun s acreditam, que a humanidad huma nidadee evolui em direção a uma teocrac teocracia? ia? - Não. A noção de teocracia possui uma cono tação religiosa e supõe que aqueles que governam vocês o façam em Meu nome. A história mostrou
quantos erros tal presunção pode levar. A espiri tualidade não pode ser uma forma de governo; ela deve ser uma escolha de vida individual, estando claro que quantos mais entre vocês se conforma rem com isso, melhor será para a humanidade.
- Você seria laico? laico? - A esta esta questão, questão, um tanto quan q uanto to capciosa, capciosa, eu te responderia respo nderia com est este ditado que muitos conhecem: conhecem: “Dai a Cesar o que é de Cesar, e dai a Deus, o que é de Deus.” Em outras palavras: “Não misturem polí po líti ticc a e relig re ligiã ião” o”.. O s d o g m a s q ue são p róp ró p r ios io s a elas as tornam inconciliáveis. Em vista de tudo que eu te disse até agora, o ideal neste caso é o de trabalhar em direção a uma laicidade espiritualista ou, se você você preferir, de espiritualid esp iritualidade ade laic laica. a. - Se o futuro não é pré-determinável, o que pensar daqueles que dizem adivinhá-lo adivinh á-lo ou prevêprevêlo? - Por razões que vocês achariam difíceis de compreender, comp reender, o tem tempo po se apl aplic icaa somente ao mundo mun do material. Sob o plano espiritual, o passado, o pre sente e o futuro futur o são simultâneos simu ltâneos e são somente som ente um na Consciência Cósmica. Harmonizando-se com ela, é possível então obter visões sobre o futuro.
Mas tal harmonização é difícil de ser realizada, de modo que muito poucas pessoas são capazes de entrever o que o futuro os reserva. E depois, é real mente útil sabê-lo?
- Um profeta ou um messias comparável a Moisés, Buda, Jesús, Maomé... vai reencarnar no decorrer decorrer deste século sé culo para ara guiar guiar os hom ens a urna rna vida vid a de sabedoria? sabedor ia? - Não. Isto pertence ao passado, nos tempos em que os homens precisavam das religiões para viver sua fé. Além do mais, eles atingiram um nível de consciência suficientemente elevado para se conduzirem e assumirem eles mesmos as suas evoluções espirituais. - Para terminar, eu gostaria de te fazer uma pergunta: pergunta: Por que você voc ê solic so licito itou u esta entrevista? - Talv alvez po porque rque você inspirou em m im o desej desejoo de fazê-lo? - Quem sabe!
A Ordem Rosacruz, AMORC é uma organização interna cional, de caráter cultural, fraternal, não-sectário e nãodogmático, de homens e mulheres dedicados ao estudo e aplicação prática das leis naturais que regem o universo e a vida. Seu objetivo é promover a evolução da humanidade através do desenvolvimento das potencialidades de cada individuo e pro p ropp icia ic iarr urna ur na vida vid a h a rm o n iosa io sa co com m saúd sa úde, e, felic fe licida idade de e paz. A Ordem Rosacruz oferece um sistema eficaz e comprovado de instr instrução ução e orientação orientação para o autoconhecim autoconh ecimento ento e com pre pre ensão dos processos que determinam a mais alta realização humana. Essa profunda e prática sabedoria, cuidadosamente pres pr eser erva vada da e de dese senv nvol olvi vida da pe pelas las Escolas Escola s de M isté is téri rios os e soté so téri ri cos, co s, está está à disposição de toda tod a pessoa sincera, de m ente aberta e motivação positiva e construtiva. Para mais informações, os interessados podem solicitar o informativo gratuito “O Domínio da Vida”, escrevendo ou telefonando para: para: Ordem Rosacruz, AMORC Grande Loja da Jurisdição de Língua Portuguesa Rua Nicarágua, 2620 - Bacacheri - 82515-260 Curitiba Cu ritiba - PR - Brasil Caixa Postal 4450 - 82501-970 Fone: (41)351-3000 Fax: (41 (41) 3 351-30 65 e 3351-3020 www.amorc.org.br
Missão Rosacruz A O rdem Rosacr Rosa cruz uz,, AM OR C é um a O rganização rganizaçã o In ternacional de caráter m ísticoístico-fi filosóf losófico, ico, que tem p o r MISSÃO desp ertar o potencial interior i nterior do ser hum ano, auxili auxi liando-o ando-o em seu desenvolvimento, em espírito de fraternidade, respeitando a liberdade individual, dentro da Tradição e da C ultura Rosacruz. Rosacr uz.
Este E ste livro liv ro é um ensa en saio io de u m a conversa conve rsa i n t i ma com Deus. De us. Ele procura responder respon der como a Grande Mente Cósmica pode nos orientar em direção aos nossos pensamentos, palavras e açòes mais acertados. E um convite à rejlexão que o Frater Serge Toussaint
Grande Gra nde Mes-
irç da Ordem Rosacru Ro sacru// de Lingu Lin gua a Franc Frances esa, a, nos f a / sob a lu z do pen sam ento rosacru/ rosacru/..