IMPORTANTE: O candidato deverá considerar a nova Reforma Ortográfica contida no Decreto n.º 6.583, de 29 de setembro de 2008. Compreender e interpretar textos. Níveis de Linguagem na modalidade oral e escrita. Fenômenos Semânticos: Sinonímia, Antonímia, Polissemia, Ambiguidade, Homônimos e Parônimos. Ortografia Oficial. Coerência Textual. Coesão Textual. Concordância Nominal e Verbal. Regência Nominal e Verbal. Colocação pronominal. Pontuação. Figuras de Linguagem: Metáfora, Metonímia, Silepse, Ironia, Prosopopéia e Antítese. Acentuação gráfica. Emprego da crase.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS E GÊNEROS E TIPOS DE TEXTO
Compreensão e Interpretação de Textos Para expandir a capacidade de compreensão e, principalmente, de interpretação, é importante acostumar-se à leitura, seja de um texto ou um objeto, figura ou fato. Ao se ler algo, deve-se notar aspectos particulares que permitam associar o elemento da leitura ao tempo e a acontecimentos, destacar o essencial e o secundário relacionando-o a outros já lidos.Semanticamente, o elemento da leitura encerra em si todas as indagações, permitindo uma análise e oferecendo os subsídios da resposta. Compreender um texto é entender o seu
sentido; apreender a situação, o fato, a narração, a tese a nós expostos. Interpretar um texto é conseguir desenvolver em outras palavras a ideia do texto, é, portanto, parafraseá-lo ou reescrevê-lo. Para se interpretar bem um texto, é de suma importância uma boa leitura. Para se entender um texto é necessário uma leitura atenta, em que se notem as suas sutilezas e superficialidades. É conveniente marcar as ideias principais e estar atento as entrelinhas, aos detalhes e a todo o contexto.
Paráfrase: é o desenvolvimento ou citação de um texto ou parte dele, com palavras diferentes, mas de igual significação. Não há alteração da ideia central.
Perífrase: é um circunlóquio, um rodeio de palavras; a exposição de ideias é feita usando-se de muitas palavras. Usamse mais palavras do que o texto original, isto é, usam-se mais palavras que o necessário.
Intertextualidade: é a relação entre dois ou mais textos, cujo tema seja o mesmo, porém tratado de forma diferente.
Síntese: é uma resenha, que é feita utilizando-se das palavras do texto. Aparecem apenas as ideias ideias principais.
Resumo: é uma representação do texto em que só aparecem as ideias principais, não é necessário que seja com as mesmas palavras do texto.
Inferência: é uma informação que não está no texto, mas sim fora dele; está nas entrelinhas ou exige um conhecimento extra textual.
Tipologia Textual Descrição: ato de descrever características. Pode ser: Objetiva: descrição com caráter universal. Subjetiva: descrição com caráter particular, pessoal.
Técnica: descrição com caráter próprio de um ofício, profissão. Narração: é o relato de um fato, de um acontecimento. Seus elementos são:
sentido; apreender a situação, o fato, a narração, a tese a nós expostos. Interpretar um texto é conseguir desenvolver em outras palavras a ideia do texto, é, portanto, parafraseá-lo ou reescrevê-lo. Para se interpretar bem um texto, é de suma importância uma boa leitura. Para se entender um texto é necessário uma leitura atenta, em que se notem as suas sutilezas e superficialidades. É conveniente marcar as ideias principais e estar atento as entrelinhas, aos detalhes e a todo o contexto.
Paráfrase: é o desenvolvimento ou citação de um texto ou parte dele, com palavras diferentes, mas de igual significação. Não há alteração da ideia central.
Perífrase: é um circunlóquio, um rodeio de palavras; a exposição de ideias é feita usando-se de muitas palavras. Usamse mais palavras do que o texto original, isto é, usam-se mais palavras que o necessário.
Intertextualidade: é a relação entre dois ou mais textos, cujo tema seja o mesmo, porém tratado de forma diferente.
Síntese: é uma resenha, que é feita utilizando-se das palavras do texto. Aparecem apenas as ideias ideias principais.
Resumo: é uma representação do texto em que só aparecem as ideias principais, não é necessário que seja com as mesmas palavras do texto.
Inferência: é uma informação que não está no texto, mas sim fora dele; está nas entrelinhas ou exige um conhecimento extra textual.
Tipologia Textual Descrição: ato de descrever características. Pode ser: Objetiva: descrição com caráter universal. Subjetiva: descrição com caráter particular, pessoal.
Técnica: descrição com caráter próprio de um ofício, profissão. Narração: é o relato de um fato, de um acontecimento. Seus elementos são:
Fato: é o acontecimento; o encadeamento das ações forma o enredo. Personagens: são os participantes do acontecimento. Principais (mais atuantes) Secundários
Ambiente ou cenário: é o lugar onde ocorrem os acontecimentos. Tempo: é a localização cronológica do acontecimento. Foco Narrativo (narrador): a narração pode ser em: 1ª pessoa: narrador-personagem 3ª pessoa: narrador-onisciente/narrador-observador. Dissertação: ato de discorrer sobre um tema. A dissertação divide-se em três t rês partes: Introdução: apresenta a ideia principal a ser discutida.
Desenvolvimento: é o desdobramento da ideia central, a exposição dos argumentos.
Conclusão: retoma ou resume os principais aspectos do texto e confirma a tese inicial.
Tipos de Discurso Discurso Direto: a fala do personagem é, geralmente, acompanhada por um verbo de elocução (dizer, falar, responder, perguntar, afirmar etc), não havendo conectivo, porém uma pausa marcada por sinal de pontuação. Ex.: A mãe perguntou-lhe atarantada: - Onde você pensa que vai?
Discurso Indireto: o personagem não fala com suas palavras, é o narrador que reproduz com suas palavras o discurso do personagem. Os verbos de elocução são núcleos do predicado da oração principal seguido de oração subordinada. Ex.: Ele respondeu que sempre saía sozinho.
Indireto Livre: é um discurso misto, pois há características do discurso direto e do indireto. A fala do personagem se insere no discurso do narrador, são perceptíveis aspectos psicológicos e fluxos do pensamento do personagem. Ex.: Naquele dia o rapaz havia se declarado à sua vizinha. Ele já tinha sofrido muito. Custava à moça acreditar? Não sabia se tinha feito à coisa certa.
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL Estrutura Textual (Ideias Principais de um Texto) As ideias, em um texto, devem ser organizadas em ordem de importância, primeiro as mais importantes ou principais, seguidas daquelas menos relevantes ou secundárias. A coesão textual é a inter-relação, inter -relação, ligada entre frases, expressões ou palavras. Os elementos de referência textual entrelaçam as partes do texto, funcionam como elementos de coesão textual. Os elementos de referência textual podem se dar das seguintes formas: substituição vocabular e pronomi-nalização. Ex.: Notou o problema que seria o alvo da discussão naquele dia. O texto deve ter suas ideias bem articuladas, ou seja, os termos da oração, bem como as palavras devem estar ligadas de modo a formar uma unidade. É este nexo que toma o texto coeso, bem amarrado. A coerência só é conseguida a partir da ligação adequada entre as palavras ou ideias, portanto a coerência é resultado do uso correto dos elementos el ementos de coesão. Coerência é uma relação de sentido, ou seja, é uma relação harmônica das partes ou ideias do texto, que formam uma unidade. São os recursos vocabulares, sintáticos e semânticos que garantem a coesão textual. Eles servem para ligar palavras, retomar ideias ou substituir vocábulos já citados no texto. Os principais elementos de coesão são: conjunções, preposições, pronomes, advérbios, palavras ou locuções denotativas.
A coerência textual é, sem dúvida, obtida pela unidade, isto é, depende de as ideias estarem concatenadas, de que as relações de dependência estejam bem estabelecidas com as ideias expostas de forma clara, coerente e objetiva. Como assinala Othon Garcia, unidade e coerência têm características próprias, mas a falta de uma resulta na ausência da outra. A coerência depende da ordenação das ideias no texto, e a unidade, da organização do parágrafo. A coerência é a "alma" da composição.
Texto Diversos Textos do Cotidiano É fundamental a leitura de textos que se apresentam no cotidiano, sejam eles expressos numa linguagem verbal ou não verbal. A seguir, uma análise de alguns alguns desses textos: textos: Há, na figura abaixo, a combinação da linguagem verbal e não verbal criando uma mensagem em que predomina a função denotativa. Nas fotos de documentos pessoais, predomina a função referencial, pois identificam visualmente a quem pertence o documento. Na caricatura, sempre predomina a função emotiva, já que o emissor exagera uma característica da pessoa ou personagem retratada. Também é possível relacionar a caricatura ao contexto sócio-econômico-cultural. Vejamos: Aula de Educação Física Othelo Leva Três Facadas Na porta da sala de aula, um homem de 38 anos e um menino de 14 esperam o aluno do Centro de Ensino Educacional 201 em Santa Maria. Pai e filho estão com uma faca e vão tomar satisfação com David por causa de uma briga de garotos. O estudante é esfaqueado na frente de professores e colegas. Do hospital, ainda abalado, ele conta como tudo aconteceu.
Correio Braziliense, 2.08.2002 (Capa) Na mensagem acima, expõe-se, de modo objetivo, um fato acontecido, daí a função da linguagem predominante ser a referencial ou denotativa. Note que não há sentido figurado e o texto não permite mais de uma interpretação. Agora observe o seguinte texto: SAMPA (Caetano Veloso) Alguma coisa acontece no meu coração Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi Da dura poesia concreta de tuas esquinas Da deselegância discreta de tuas meninas Ainda não havia para mim Rita Lee A tua mais completa tradução Alguma coisa acontece no meu coração Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rosto Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto mau gosto É que Narciso acha feio o que não é espelho E a mente apavora o que ainda não é mesmo velho Nada do que não era a ntes quando não somos mutantes E foste um difícil começo Afasto o que não conheço E quem vem de outro sonho feliz de cidade Aprende depressa a chamar-te de realidade Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso Do Povo oprimido nas filas nas vilas favelas Da força da grana que ergue e destrói coisas belas Da feia fumaça que sobe apagando as estrelas Eu vejo surgir teus poetas de campos espaços Tuas oficinas de florestas teus deuses da chuva Panaméricas de Áfricas utópicas túmulo do samba Mas possível novo quilombo de Zumbi E os novos baianos passeiam na tua garoa E novos baianos te podem curtir numa boa.
No texto acima, destaca-se o predomínio da linguagem inovadora, com presença de neologismos e descrição de um determinado lugar. É também possível perceber que o emissor cita sua opinião e faz intertextualidade com outros artistas. Há, nessa mensagem não verbal, uma mensagem imperativa, portanto predomina a função conativa ou apelativa. Estrutura textual (ideias principais de um texto) Organização e hierarquia das ideias Ideia principal e ideias secundárias. As ideias, em um texto, devem ser organizadas em ordem de importância, primeiro as mais importantes ou principais, seguidas daquelas menos relevantes ou secundárias. Relações lógicas e formais entre elementos do texto A coerência e a coesão textual. A coerência textual é, sem dúvida, obtida pela unidade, isto é, depende de as ideias estarem concatenadas, de que as relações de dependência estejam bem estabeleci das com as ideias expostas de forma clara, coerente e objetiva. Como assinala Othon Garcia, unidade e coerência têm características próprias, mas a falta de uma resulta na ausência da outra. A coerência depende da ordenação das ideias no texto, e a unidade, da organização do parágrafo. A coerência é a "alma" da composição. A coesão textual é a inter-relação, ligada entre frases, expressões ou palavras. Os elementos de referência textual entrelaçam as partes do texto, funcionam como elementos de coesão textual. Os elementos de referência textual podem se dar das seguintes formas: substituição vocabular e pronominalização. Ex.: Notou o problema que seria o alvo da discussão naquele dia.
Defesa do ponto de vista A argumentação e a intencionalidade. A argumentação divide-se em três partes: Introdução: apresenta a ideia principal a ser discutida. Desenvolvimento: é o desdobramento da ideia central, a exposição dos argumentos. Conclusão: resume os principais aspectos do texto e confirma a tese inicial. A argumentação visa a convencer, persuadir, influenciar o leitor. Argumentar é discorrer a respeito de determinado assunto com intuito de formar opinião, tentando, assim, convencer. É essencial na argumentação que haja consistência do raciocínio e evidência das provas. Interpretação de textos literários ou informativos Literatura é a arte de compor escritos artísticos; o exercício da eloquência e da poesia; conjunto de produções literárias de um país ou de uma época; carreira das letras. A definição de literatura está comumente associada à ideia de estética, ou melhor, da ocorrência de algum procedimento estético. Um texto será literário, portanto, quando consegue produzir um efeito estético, ou seja, quando proporciona uma sensação de prazer e emoção no receptor. A própria natureza do caráter estético, contudo, reconduz à dificuldade de elaborar alguma definição verdadeiramente estável para o texto literário. Para simplificar, podemos exemplificar por meio de uma comparação por oposição. Vamos opor o texto científico ao texto artístico: o texto científico emprega as palavras sem preocupação com a beleza, o efeito emocional, mas, pelo
contrário, essa será a preocupação maior do artista. É óbvio que também o escritor busca instruir, procura perpassar ao leitor uma determinada ideia; só que, diferentemente do texto científico, o texto literário une essa necessidade de incluir a necessidade estética que toda obra de arte exige. O texto científico emprega as palavras no seu sentido dicionarizado, denotativamente, enquanto o texto artístico busca empregar as palavras com liberdade, preferindo o seu sentido conotativo, figurado. Então, o texto literário é aquele que pretende emocionar e que, para isso, emprega a língua com liberdade e beleza, utilizando-se do sentido conotativo ou metafórico das palavras. A compreensão do fenômeno literário tende a ser marcada por alguns sentidos, alguns marcados de forma mais enfática na história da cultura ocidental, outros diluídos entre os diversos usos que o termo assume nos circuitos de cada sistema literário particular. Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraemse informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar palavraschave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento. Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes. No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem
dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor. A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exceto errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver alternativa mais completa. Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retomar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura. Em qualquer atividade profissional, e mesmo na vida cotidiana, todos precisam conhecer os caminhos da escrita - tanto para escrever de forma inteligível quanto para ler com compreensão. Ler e escrever implicam em comunicação, e para atingir esse objetivo é preciso que o texto seja compreensível. Tratando dos fatores que podem constituir dificuldade para a leitura de um texto, sobretudo aqueles de caráter didático, acreditamos que é possível alterar a forma linguística de um texto de modo a facilitar sua compreensão. Para autores, sugerindo-lhes caminhos para a elaboração de textos mais legíveis, adequados a seu público específico. Para professores - sejam eles professores de português, ou de geografia, história, ciências, ou mesmo de matemática - sugerindo-lhes possíveis parâmetros para a avaliação de textos com que devam trabalhar, e sugerindo-lhes como prever e suprir as dificuldades que os alunos experimentam na leitura dos textos disponíveis.
Fique atento:
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura: Informativa e de reconhecimento Interpretativa A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras com NÃO, EXCETO, RESPECTIVAMENTE etc., pois fazem diferença na escolha adequada. Retome ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor.
Leitura Capacidade de compreensão e interpretação do contexto sócio econômicocultural (leitura do mundo). Para expandir a capacidade de compreensão e, principalmente, de interpretação, é importante acostumar-se a leitura, seja de um texto ou um objeto, figura ou fato. É imprescindível, na leitura, observarem-se as camadas de significados: o denotativo, concreto, com sentido próprio, objetivo, permite uma interpretação apenas; e o conotativo, com sentido figurado e significado subjetivo, atribui novos significados ao valor denotativo do signo. Ao se ler algo, deve-se notar aspectos particulares que permitam associar o elemento da leitura ao tempo e a acontecimentos, destacar o essencial e o secundário relacionando-o a outros já lidos.
Semanticamente, o elemento da leitura encerra em si todas as indagações, permitindo uma análise e oferecendo os subsídios da resposta.
Linguística A língua é um código de que se serve o homem para elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basicamente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais: 1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colaborando na educação, e não justamente o contrário; 2) a língua funcional de modalidade popular; língua popular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Norma culta: A norma culta, forma linguística que todo povo civilizado possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E justamente em nome dessa unidade, tão importante do ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e criativa, a língua popular se afigura mais expressiva e dinâmica. Temos, assim, à guisa de exemplificação: Estou preocupado. (norma culta) Tô preocupado. (língua popular) Tô grilado. (gíria, limite da língua popular)
Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para viver; urge conhecer a língua culta para conviver. Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das normas da língua culta.
O Conceito de Erro Em Língua: Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento íntimo do discurso, diz: "Ninguém deixou falar", não comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta. Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa praia, vestido de fraque e cartola. Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas perfeitamente normais construções do tipo: Eu não vi ela hoje. Ninguém deixou ele falar. Deixe eu ver isso! Eu te amo, sim, mas não abuse! Não assisti o filme nem vou assisti-lo. Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo. Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a norma culta, deixando mais livres os interlocutores. O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se por base aqui as normas estabelecidas na
gramática, ou seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se alteram: Eu não a vi hoje. Ninguém o deixou falar. Deixe-me ver isso! Eu te amo, sim, mas não abuses! Não assisti ao filme nem vou assistir a ele. Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe. Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista, etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgressões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas, quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço à causa do ensino, e não o contrário. O momento solene, acessível a poucos, é o da arte poética, caracterizado por construções de rara beleza. Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o comete, passando, assim, a constituir fato linguístico registro de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que não tenha amparo gramatical. Ex: Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!) Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.) Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos dispersar e Não vamos dispersar-nos.) Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de sair daqui bem depressa.) O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no seu posto.) Têxtil, que significa rigorosamente que se pode tecer, em virtude do seu significado, não poderia ser adjetivo associado a indústria, já que não existe
indústria que se pode tecer. Hoje, porém, temos não só como também o operário têxtil, em vez da indústria de fibra têxtil e do operário da indústria de fibra têxtil. As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos impedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos também de transgressões ou "erros" que se tornaram
Língua escrita e língua falada. Nível de linguagem: A língua escrita, estática, mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada. A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação (melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e a evoluções. Nenhuma, porém, se sobrepõe a outra em importância. Nas escolas principalmente, costuma se ensinar a língua falada com base na língua escrita, considerada superior. Decorre daí as correções, as retificações, as emendas, a que os professores sempre estão atentos. Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mostrando as características e as vantagens de uma e outra, sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade ou inferioridade, que em verdade inexiste. Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na língua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação de línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de dialetos, consequência natural do enorme distanciamento entre uma modalidade e outra.
A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-elaborada que a língua falada, porque é a modalidade que mantém a unidade linguística de um povo, além de ser a que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Nenhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo, se processam lentamente e em número consideravelmente menor, quando cotejada com a modalidade falada. Importante é fazer o educando perceber que o nível da linguagem, a norma linguística, deve variar de acordo com a situação em que se desenvolve o discurso. O ambiente sociocultural determina. O nível da linguagem a ser empregado. O vocabulário, a sintaxe, a pronúncia e até a entoação variam segundo esse nível. Um padre não fala com uma criança como se estivesse dizendo missa, assim como uma criança não fala como um adulto. Um engenheiro não usará um mesmo discurso, ou um mesmo nível de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum professor utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e na sala de aula. Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre esses níveis, se destacam em importância o culto e o cotidiano, a que já fizemos referência.
A gíria: Ao contrário do que muitos pensam a gíria não constitui um flagelo da linguagem. Quem, um dia, já não usou bacana, dica, cara, chato, cuca, esculacho, estrilar? O mal maior da gíria reside na sua adoção como forma permanente de comunicação, desencadeando um processo não só de esquecimento, como de desprezo do vocabulário oficial. Usada no momento certo, porém, a gíria é um elemento de linguagem que denota expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada à mensagem, ao meio e ao receptor. Note, porém, que estamos falando em gíria, e não em calão.
Ainda que criativa e expressiva, a gíria só é admitida na língua falada. A língua escrita não a tolera, a não ser na reprodução da fala de determinado meio ou época, com a visível intenção de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicação entre amigos, familiares, namorados, etc., caracterizada pela linguagem informal.
SEMÂNTICA Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua. Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração: Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Ex: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, remoto. Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Ex: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim. Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos:
As Homônimas Podem Ser : Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferente na pronúncia. Ex: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo consertar);
Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo); Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo (advérbio); Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Ex: cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição / onicolor - unicolor. Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados. Ex: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida. Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e origem completamente distintos. Exemplos: São (Presente do verbo ser) - São (santo) Ambiguidade ou Anfibologia: Deixar a frase com mais de um sentido.
“O menino viu o incêndio da escola” A nova reforma ortográfica Mudança Nova
regra Exemplos / como fica
Alfabeto: O alfabeto agora é formado oficialmente por 26 letras, incluindo "k", "w" e "y" As letras "k", "w" e "y" não estavam em nosso alfabeto Kiwi, yanomâmi, byron, watt. Trema O trema foi extinto na língua portuguesa. Ele permanece só em casos de nomes próprios estrangeiros e seus derivados Acento agudo Palavras com ditongos abertos "éi" e "ói" não são mais acentuadas, se a penúltima sílaba for a mais forte (paroxítonas) Palavras como alcalóide, bóia e Coréia recebiam acento Europeia, Pompeia, paranoia. Continuam com acento: herói, lençóis, chapéu, pastéis, ilhéu, céu (pois são oxítonas) Acento agudo Ainda em palavras Paroxítonas, não se acentua mais os "i" e o "u"tônicos, se eles vierem depois de um ditongo Palavras como boiúna, feiúra e bocaiúva recebiam acento Bocaiuva, feiura, boiuna Acento agudo O acento caiu do "u" tônico em expressões como "tu redarguis", "eles arguem" e outras do presente dos verbos arguir e redarguir Expressões como "tu redargúis" e "ele argúi" recebiam acento Tu arguis, ele argui, vós arguistes Acento agudo Não se usa mais acento em verbos terminados em "guar", "quar" e "quir", quando forem flexionados e tiverem "u" tônicoUsava-se acento em "eu
enxagúo", "tu enxagúas", "ele apazigúe", "ele obliqúe" Eu enxaguo, eu averiguo, tu obliques, que ele averigue Acento circunflexo Caiu o acento nas palavras terminadas em "ôo(s)" e "êem" - essas últimas conjunções da terceira pessoa (eles/elas) do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo Palavras como vôo, enjôo, dêem, crêem e lêem recebiam circunflexo Enjoo, voo, perdoo, abençoo, creem, deem, leem, releem, reveem Acento diferencial Era usado para identificar palavras que têm a mesma pronúncia (homófonas, como "pára" e "para") Expressões como "eu jogo pólo" eram acentuadas "Eu jogo polo", "meu cão tem pelos cinza", "comi a minha pera", "protesto para a avenida". Exceções: pôr e pôde Hífen 1 - Não se usa mais em prefixo terminando com vogal e com o sufixo começando com "s" ou "r". Nessa situação, a consoante é duplicada Palavras como anti-religioso, anti-semita, contra-regra recebiam hífen Contrassenha, antirracista, antissemita. Exceções: super-resistente, hiperrequintado (quando o prefixo e o sufixo terminam em "r" Hífen 2- Não se usa mais hífen em prefixo e sufixo terminando e começando com vogais diferentes Palavras como autoestrada, extra-escolar, infra-estrutura recebiam hífen Autoestrada, autoensino, infraestrutura, extraescolar Hífen 3 - Não se usa em prefixo terminado por consoante e o sufixo começando por vogal Palavras como hiper-ativo, supereconômico, super-amigo recebiam hífen Interescolar, nterestadual, superaquecimento, hiperacidez
Hífen 4 - Palavras em que houve perda da noção de composição não têm mais hífen
Manda-chuva,
pára-quedas,
pára-lama,
pára-choque,
pára-brisa
Mandachuva, paraquedas, paraquedista, parachoque, parabrisa Hífen 5 Locuções de vários tipos não usam mais hífen (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas) Água-de-colônia, arco-da-velha, cor-derosa, pé-de-meia Cão de guarda, fim de semana, água de colônia, arco da velha, cor de rosa Hífen 6 - O hífen deve ser usado quando o prefixo e o sufixo terminam e começam com a mesma vogal Micro-ondas,microorganismo Micro-ondas, antiibérico, anti-imperialista, antiinflacionário, anti-inflamatório, auto-observação, contra-atacar, contra-ataque,
Veja o que não muda com a reforma ortográfica. Sinal gráfico - Regra - Exemplos / como fica. Acento - A acentuação dos verbos "ter" e "vir" e seus derivados continua com circunflexo; palavras com mais de uma sílaba também continuam com o acento agudo Elas têm, eles vêm, ele detém, ele intervém Hífen 1 - Permanece o hífen em expressões compostas comuns, sem preposições, quando o primeiro elemento for numeral, verbo, substantivo ou adjetivo Boa-fé, guardachuva, criado-mudo Hífen 2-Em nomes de países e locais geográficos com "grã" e "grão", como Grã-Bretanha, permanece o hífen; em verbos também no mesmo caso de cidades e países Grã- Bretanha, Grão-Pará Hífen 3- Hífen continuam as expressões compostas que designam espécies vegetais e animais Não-me-toques, joão-de-barro, feijão-verde, coco-da-baía, erva-doce
Hífen 4- Ao usar o prefixo "mal", mantém-se o hífen antes de vogais, e também em expressões com "h" ou "l" Malhumorada, mal-acabado, mal-afamado, malestar Hífen 5 - Nos seguintes prefixos, o hífen continua: "além", "aquém", "recém", "bem" e "sem" Bem-estar, alémmar, aquém-oceano, recém-casado, recémnascido Hífen 6 - Expressões com duas palavras, os chamados "encadeamentos vocabulares", levam hífen A ponte Rio-Niterói; a relação patrão-empregado Concordância é a relação de igualdade de gênero e número entre substantivo e adjetivo, artigo, numeral, pronome e igualdade de número e pessoa entre verbo e sujeito. Regra geral: o verbo concorda com o sujeito a que se refere em número e pessoa. Ex.: Falaram os filhos toda a verdade aos pais. Casos especiais 1. Sujeito simples Coletivo: o verbo ficará no singular se estiver junto do sujeito coletivo. Ex.: O povo clamava por justiça na praça durante o ato público. Obs.: o verbo ficará no singular ou no plural (conforme a idéia que se pretende destacar - todo: plural; indivíduo: singular) se vier distanciado do sujeito coletivo. Ex.: O grupo protestava contra a proposta do governo, porém aceitou (ou aceitaram) seu pedido. Sujeito coletivo partitivo: verbo no singular concordando com o núcleo do sujeito ou no plural concordando com o adjunto no plural.
Ex.: A maioria das pessoas reprovou (ou reprovaram) a proposta dos candidatos à presidência do Brasil. Expressão de tratamento: o verbo irá para a 3ª pessoa, assim como os pronomes que se referem ao sujeito. Ex.: Vossa Excelência não quis receber seu veículo de volta. Mais de / menos de: o verbo concorda com a expressão ou palavra que segue a expressão mais de ou menos de. Ex.: Mais de um aluno reclamou da postura do professor. Menos de dois deputados pediram auxílio à população. Obs.: se houver a idéia de ação mútua ou a repetição da expressão mais de / menos de o verbo irá para o plural. Ex.: Mais de um deputado abraçaram-se. Mais de um professor, mais de um aluno, mais de um bedel sorriram. Perto de / cerca de + sujeito no plural: o verbo fica na 3ª pessoa do plural se o núcleo do sujeito for plural. Ex.: Cerca de cinco mil pessoas gritavam o nome do governador. Nomes próprios no plural: O verbo irá para o plural se os nomes vierem precedidos de artigo no plural; O verbo ficará no singular se o nome vier sem artigo; Nome de obra exige, preferencialmente, o verbo no plural. Ex.: Os Estados Unidos negociaram com a Cuba. Minas Gerais possui vários poetas. “Os Lusíadas” falam da viagem de Vasco da Gama.
Quem: o verbo pode concordar com o pronome quem ou com o sujeito antecedente. Um dosque / uma das ... que: o verbo pode concordar na 3ª Ex.: Fomos nós quem falamos. Fomos nós quem falou. Que: o verbo concordará com o sujeito antecedente. Ex.: Fui eu que falei. pessoa do singular ou do plural. Ex.: O funcionário era um dos que reclamava da nova diretoria. O funcionário era um dos que reclamavam da nova diretoria. Expressão interrogativa ou indefinida (qual de nós/ de vós, quais de nós/de vós, algum de nós/de vós...): Se o pronome-núcleo estiver no singular, o verbo ficará na 3ª pessoa do singular; Se o pronome-núcleo estiver no plural, o verbo ficará na 3ª pessoa do p lural, ou concordará com a expressão de nós ou de vós. Ex.: Qual de nós comunicou à diretoria o problema com o cliente? Quais de nós comunicaram (ou comunicamos) à diretoria o problema com o cliente? Sujeito oracional: o verbo fica na 3ª pessoa do singular. Ex.: São problemas que convém solucionar antes do final do mês. Da voz passiva pronominal: o verbo apassivado pelo pronome se concorda com o sujeito. Ex.: Alugam-se apartamentos. Vendem-se ilusões. Os problemas se resolveram.
Atenção: Se o verbo for transitivo indireto, intransitivo ou de ligação deverá ficar na 3ª pessoa do singular, pois o se não é pronome apassivador, mas indeterminador do sujeito. Ex.: Assistiu-se a bons filmes. Precisa-se de funcionários. 2. Sujeito composto Sujeito composto posposto: O verbo concorda no plural; O verbo concorda com o núcleo mais próximo. Ex.: Chegaram (ou chegou) o Padre e o vigário ao local indicado. Falo (ou falamos) eu e você. Sujeito composto por pessoas gramaticais diferentes: A 1ª pessoa tem preferência em relação à 2ª e à 3ª (nós) EU, TU, ELE => concordância com NÓS. Entre a 2ª e a 3ª, a preferência é da 2ª (vós). TU, ELE => concordância com VÓS. Ex.: Tu, ele e eu voltamos cedo. O chefe e tu fostes generosos. Um e outro / nem um nem outro: o verbo pode ficar no singular ou no plural. Ex.: Um e outro candidato pediu (ou pediram) revisão da prova no último concurso. Nem um nem outro senador compareceu (ou compareceram) ao debate organizado pelos alunos. Um ou outro: o verbo fica no singular, pois a expressão traz uma ideia de exclusão. Ex.: Um ou outro candidato ocupará a vaga de assessor legislativo. Com elementos que formam unidade de ideia: o verbo pode ficar no singular ou no plural. Ex.: Paixão e amor inundou (ou inundaram) todo o coração. Com elementos de ideias opostas: o verbo deve ficar no plural. Ex.: Amor e ódio trouxeram-lhe desconfortos durante a vida.
Sujeito composto resumido por pronome-síntese: o verbo concorda com o pronome (aposto). Ex.: Diretores, professores, pais, alunos, ninguém compreendeu o discurso emocionado do policial. Com elementos ligados por "ou": Se houver uma ideia de exclusão ou retificação, o verbo concorda com o mais próximo; Se predominar a ideia de alternância, o verbo pode concordar no singular ou no plural; Se houver ideia de adição o verbo concorda no plural. Ex.: Pedro ou José casará com Maria. Pedro ou eu casarei com ela. Esperei que a moto ou o carro passasse (ou passassem). Suco ou sorvete refrescam. 3. Verbos especiais Parecer: quando parecer vier seguido de verbo no infinitivo e tiver sujeito no plural, a f1exão de número pode ser feita num ou noutro verbo. Ex.: Os aposentados pareciam chorar. Os aposentados parecia chorarem. Ser: Quando o sujeito e o predicativo forem nome de coisas, o verbo concorda com o nome que estiver no plural; Ex.: Casamento são ilusões. Imóveis eram riqueza. Se o sujeito ou o predicativo forem nome de pessoa, o verbo concorda com o nome que se refere à pessoa; Ex.: Minhas alegrias é você. A criança foi alegrias. Se o sujeito ou o predicativo forem pronome pessoal, o verbo concorda com o pronome pessoal;
Ex.: O enfermeiro sou eu. Os interessados somos nós. Se aparecer a expressão perto de, o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou do plural; Ex.: Era (ou eram) perto de seis horas. Indicando hora, data, distância; Ex.: É uma hora. São seis horas. Eram quinze quilômetros. Quando precedido de expressões que indicam quantidade, preço, medida, o verbo fica na 3ª pessoa do singular. Ex.: Hoje são três / Hoje é três. Concordando com a palavra dia ou dias que está subentendida. Dar / bater / soar: na indicação de horas, esses verbos concordam com o número de horas, se não aparecer outra palavra como sujeito. Ex.: Deu três horas o relógio. Deram três horas no relógio. Soou seis horas o relógio da igreja. Soaram seis horas no relógio da igreja. Batiam duas horas. Batia duas horas o relógio. Os sinos batiam uma hora. Fique atento: Haja vista A expressão fica invariável, pode vir ou não seguida de preposição. O verbo haver pode variar, se vier seguido de palavra plural, não pode vir seguido de preposição. Ex.: Haja vista (a)os problemas, o diretor foi demitido. Hajam vista os problemas, o diretor foi demitido. Os verbos impessoais, por não possuírem sujeito, ficam na 3ª pessoa do singular. Ex.: Houve crimes hediondos na periferia na última madrugada. Fez três anos que morreu.
Deve haver livros suficientes para todos na biblioteca. CONCORDÂNCIA NOMINAL Regra geral: o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere. Ex.: Pessoas caridosas e felizes iam pela estrada deserta e sombria daqueles lados do sertão.
Casos Particulares Adjetivo em função de adjunto adnominal: Adjetivo anteposto aos substantivos: o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo (atração); Adjetivo posposto aos substantivos: o adjetivo pode concordar com o substantivo mais próximo (atração) ou com todos os substantivos (primazia). Ex.: O apaixonado rapaz e a moça saíram atrás de melhores condições de vida. A apaixonada moça e o rapaz saíram atrás de melhores condições de vida. A funcionária e o chefe nervoso notaram a falta do dinheiro no cofre. A funcionária e o chefe nervosos notaram a falta do dinheiro no cofre. Adjetivo em função do predicativo: Adjetivo anteposto aos substantivos: o adjetivo pode concordar com o substantivo mais próximo (atração) ou com todos os substantivos (primazia); Adjetivo posposto aos substantivos: o adjetivo concorda com todos os substantivos (primazia).
Ex.: Consideraram mortas as plantas e os animais. Consideraram mortos as plantas e os animais. Consideraram as plantas e os animais mortos. Era generosa a mãe e o irmão. (Note que o verbo também fica no singular) Eram generosos a mãe e o irmão. A mãe e o irmão eram generosos. Obrigado, mesmo, próprio, incluso, leso, junto, anexo: essas palavras variam em gênero e número. Ex.: A própria/mesma diretora disse obrigada. Eles disseram obrigados pela taxa já inclusa no valor a pagar. As crianças saíram juntas na noite passada. É crime de lesa-pátria ofender o Presidente. Anexas ao documento, seguem as cartas de cobrança. Atenção: As expressões em anexo, junto de, junto com e junto a são invariáveis. Ex.: As fotocópias em anexo devem ser autenticadas. As crianças saíram junto com o pai. A bolsa junto à porta me pertence. A apostila junto do material é minha. Meio: Como advérbio é invariável (tem valor de um pouco); Como numeral fracionário é variável (tem valor de metade). Ex.: A fruta estava meio estragada. Comeu vorazmente meia fruta e saiu correndo. Só, sós, a sós: Como advérbio é invariável (equivale a somente, apenas); Como adjetivo é variável (equivale a sozinho); A expressão a sós é invariável. Ex.: Todos viram, só o professor não. Os marginais estavam sós / Fiquei só. Ficaram a sós / Fiquei a sós. Menos, pseudo, alerta, a olhos vistos: são invariáveis. Ex.: Hoje, os jovens têm menos força do que na década de sessenta. Os policiais ficaram alerta ao perceber o tumulto na manifestação.
Os pseudomédicos não participaram do congresso organizado pela universidade. Os bens foram roubados a olhos vistos. Atenção: Se a palavra alerta acompanhar substantivo será adjetivo, portanto varia. Ex.: Os policiais alertas notaram o tumulto. Bastante, caro, barato, longe: Como advérbios são invariáveis; Como adjetivos ou pronomes adjetivos é variável. Ex.: No Brasil, alguns livros são bastante raros. Há bastantes estudantes carentes que abandonam o ensino superior por não poderem pagar a mensalidade. Sempre morei longe dos meus locais de trabalho. Terras longes são vendidas por valores simbólicos. Livros bons custam caro / barato. Roupas boas são caras /baratas. Atenção: As palavras caro e barato ficam invariáveis com o verbo custar. É proibido / é necessário / é bom / é preciso Ex.: As roupas custam barato/caro. Se, nessas expressões, o sujeito não vier precedido de determinante, o verbo e o adjetivo ficam invariáveis; Se o sujeito vier precedido de determinante, o verbo e o adjetivo concordam com o sujeito. Ex.: É proibido entrada. Água é bom. Prudência é necessário. Fita verde no cabelo é bonito. É proibida a entrada. Essa água é boa. Alguma prudência é necessária. A fita verde no cabelo é bonita. Quite: É variável em número. Ex.: Estou quite com você.
Os jovens estavam quites com o serviço militar, por isso foram admitidos naquela empresa. O mais (menos)possível/os mais (menos) ... possíveis: nessas expressões a palavra possível concorda com o artigo que inicia a expressão. Ex.: Trouxe problemas o mais difíceis possível. Trouxe problemas os mais difíceis possíveis. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL Regência é a relação de dependência que se estabelece entre dois termos. O termo que exige outro se denomina regente ou subordinante; aquele que completa o sentido de outro, regido ou subordinado. Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo, advérbio), a relação entre ele e o termo regido é denominada regência nominal.
Segue abaixo uma lista de palavras que podem apresentar dificuldades, acompanhadas de suas preposições mais frequentes. acostumado - a, com adaptado - a, para afável- a, com, para com aflito - com, em, para, por alheio - a alienado - a, de alusão - a analogia - com, entre análogo - a apto - a, para atento - a, em avesso - a ávido - de, por constituído de, por contemporâneo - a, de contíguo - a curioso - de, para, por devoto - a, de falho - de, em imbuído - de, em imune - a incompatível - com medo - a, de passível - de preferível - a propenso - a, para residente - em transversal - a vinculado - a vizinho - a, de REGÊNCIA VERBAL Apresenta-se, a seguir, uma lista de verbos cuja regência não é de domínio popular.
Agradar TD quando significa acariciar: Ex.: A empresária sempre agradava o filho antes de sair de casa. TI quando significa ser agradável a: Ex.: Os concursos públicos agradam aos estudantes de direito. 2. Aspirar TD quando significa sorver, tragar, inspirar. Ex.: A empresa contratada aspirou todo o recinto onde seria a palestra. TI quando significa pretender, desejar, almejar. Exige a preposição a. Não admite substituição por lhe(s). Deve, portanto ser substituído por a ele(s) ou a ela(s). Ex.: O Palmeiras aspirava à vitória para continuar no campeonato. (O Palmeiras aspirava a ela.) Assistir TI quando significa ver, presenciar, estar presente. Exige a preposição a. Não admite substituição por lhe(s). Deve, portanto ser substituído por a ele(s) ou, a ela(s). Ex.: Assistíamos ao jogo no telão durante a copa do mundo. (Assistíamos a ele.). TI quando significa caber, pertencer. Ex.: O direito ao voto assiste aos cidadãos brasileiros. TO quando significa ajudar, prestar assistência, socorrer. Ex.: A equipe médica assistia os idosos radicados naquela localidade. VI quando significa morar, residir, habitar. Ex.: O Presidente da República assiste em Brasília. Chamar TD: convocar, fazer vir. Ex.: O técnico da seleção brasileira chamou muitos jogadores do Flamengo. TI: invocar. Exige a preposição por. Ex.: Na hora do apuro, chamava por todos os santos de que era devoto.
Com sentido de apelidar, cognominar, qualificar, admite quatro construções; verbo transobjetivo: Objeto indireto + predicativo do objeto com preposição: Ex.: Chamaram ao governador de caridoso. Objeto indireto + predicativo do objeto sem preposição: Ex.: Chamaram ao governador caridoso. Objeto direto + predicativo do objeto com preposição: Ex.: Chamaram o governador de caridoso. Objeto direto + predicativo do objeto sem preposição: Ex.: Chamaram o governador caridoso. Custar TI quando significa ser difícil, ser custoso. Nesse caso, apresenta-se na 3ª pessoa do singular + sujeito oracional. Ex.: Custava-lhe acreditar que não havia inflação. Custa-me falar tudo à polícia, se não for interrogada por um agente honesto e de minha confiança. Esquecer / lembrar Pronominais: TI, exige a preposição de. Não pronominais: TD Ex.: O advogado do governo não lembrava a data do acontecimento. Ex.: O advogado do governo não se lembrava da data do acontecimento. Atenção: O verbo lembrar pode significar ocorrer, vir à memória, e esquecer pode, também, significar cair no esquecimento. Nesse caso, é TI. Ex.: Aqueles dias lembravam-lhe. Ex.: O nome esqueceu-me naquele momento. Implicar TO quando significa acarretar, causar. Ex.: A desobediência às leis implica multas de valores altíssimos.
TI quando significa causar rusga, intriga. Exige a preposição com. Ex.: O policial implicou com o motorista que dirigia pelo acostamento. Informar O verbo informar admite as seguintes construções: a pessoa interessada na ação do verbo / a coisa mencionada. OI OD Ex.: Informou aos candidatos o resultado parcial do concurso. OI OD Informou os candidatos do resultado parcial do concurso OI Os verbos avisar, certificar, notificar e prevenir possuem a mesma regência de informar. Obedecer / desobedecer Estes verbos são TI. Exigem a preposição a. Ex.: Os funcionários obedeceram às ordens do comando da PM. Atenção: Apesar de transitivos indiretos, esses verbos admitem a voz passiva. Ex.: As ordens do comando foram desobedecidas pela maioria dos estudantes. Pagar / perdoar Se o complemento desses verbos for coisa, eles serão TD se for pessoa ou coisa personificada, TI. Ex.: A empresa pública não pagou os impostos que deveria. Pagaram aos passageiros uma indenização altíssima. Perdoei a dívida aos devedores. Preferir TO e I, exigindo a preposição a. Ex.: Preferia o cargo de carregador ao de secretário. Prefiro suco a refrigerante. Proceder Intransitivo quando significa ter fundamento, portar-se, provir de.
Ex.: As suspeitas de traição não procediam. Como proceder em caso de incêndios em edifícios? Frutas exóticas procedem de outros países americanos. TI quando significa realizar, dar início a. Ex.: Os candidatos procederam ao debate calmamente. Pisar É TD. Ex.: Não pise o gramado, nem pise o meu pé. Querer TD quando significa desejar. Ex.: O povo sempre quis um governo democrático e interessado em causas sociais. TI quando significa estimar, gostar. Ex.: Os pais sempre querem aos filhos, é sempre um amor imenso. Simpatizar / antipatizar São verbos TI, não são pronominais e exigem a preposição com. Ex.: Os eleitores não simpatizavam com a proposta governista. Ninguém antipatizou com o novo chefe de sessão. Visar TD quando significa dar visto, mirar. Ex.: Na embaixada, a funcionária visou meu passaporte. O policial visou o meliante e atirou. TI quando significa pretender, ter em vista, ter por objetivo. Ex.: O Palmeiras visava à vitória. (O Palmeiras visava a ela.) Os pronomes oblíquos que substituem o OD são: o, a, os, as, os; e o OI: lhe, lhes. Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ser OD ou OI. Quando os verbos possuem regências diferentes não se deve atribuir um único complemento. Observe os exemplos: Os policiais visaram e atiraram no meliante. ERRADO Os policiais visaram o meliante e atiraram nele. CORRETO Gostou e comprou o livro. ERRADO Gostou do livro e comprou-o. CORRETO
Sempre que a oração iniciar-se por pronomes relativos, interrogativos, advérbios interrogativos ou conjunção, a preposição exigida pelo verbo deve preceder tais palavras. Donde você vem? (De + onde) Falei do filme a que assisti ontem. Eram políticos com quem antipatizávamos. A colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na oração em relação ao verbo: 1. Próclise: pronome antes do verbo 2. Ênclise: pronome depois do verbo 3. Mesóclise: pronome no meio do verbo Próclise A próclise é aplicada antes do verbo quando temos: • Palavras com sentido negativo: Nada me faz querer sair dessa cama. Ninguém me falou que tinha prova. • Advérbios: Nesta casa se fala alemão. Naquele dia me falaram que a professora não veio. • Pronomes
relativos: A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje. Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram. • Pronomes indefinidos: Quem me disse isso? Todos se comoveram durante o discurso de despedida. • Pronomes
demonstrativos: Isso me deixa muito feliz! Aquilo me constrangeu a mudar de atitude! • Preposição seguida de gerúndi o:
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais indicado à pesquisa escolar. • Conjunção subordinativa: Vamos estabelecer critérios, conforme lhe
avisaram. Ênclise A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A ênclise vai acontecer quando:
• Verbo estiver no imperativo afirmativo: Amem-se uns aos outros. Sigam-me e não terão derrotas. • O verbo iniciar a oração: Diga -lhe que está tudo bem.
Chamaram-me para ser sócio. • O verbo estiver no infinitivo: Eu não quis vangloriar-me. Gostaria de elogiar- te hoje pelo bom trabalho. • O verbo estiver no gerúndio: Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocupada. Despediu-se, beijando- me a face. • Houver vírgula ou pausa antes do verbo: Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no mesmo instante. Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas. Mesóclise A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no fut uro do presente ou no futuro do pretérito: A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. Por Sabrina Vilarinho Graduada em Letras Equipe Brasil Escola PONTUAÇÃO Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar recursos específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc.
DIVISÃO E EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO: Ponto (.) Indicar o final de uma frase declarativa. Ex.: Desejava falar com o Padre pela manhã. Separar períodos entre si. Ex.: Não reclame. Entre e fique calado. Nas abreviaturas Ex.: Av.; V. Ex.ª; Pe. Dois-Pontos (:) Iniciar a fala de personagens. Ex.: Então o chefe respondeu: - Não comente nada sobre o roubo. Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequencia de palavras que explicam, resumem ideias anteriores. Ex.: Li poucos autores: Machado de Assis, Clarice Lispector e Jorge Amado.
Ex.: Entendaquero ver os documentos para liberá-lo, porque Deixa para lá. Antes de citação. Ex.: Como afirmou Descartes: "Penso, logo existo." Reticências (...) Indicar dúvidas ou hesitação do falante. Interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta. Ex.: Você pode me ajudar a Ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de ideia. Ex.: "Alguma coisa acontece com o meu coração () E os Ex.: Nunca mais voltarei a falar desse assunto que me traz dor Indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita. novos baianos te podem curtir numa boa." (Sampa Caetano Veloso) 4. Parênteses (()) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas. Ex.: A 2ª Guerra Mundial (1939-1945) trouxe marcas sociais profundas. Lula (Presidente da República) quer baixar os juros. Atenção: Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão. Ponto de Exclamação (!) Após vocativo. Ex.: "Deus! Onde estás que não respondes?" ("Navio Negreiro" - Castro Alves) Após imperativo. Ex.: Volte cedo! Após interjeição. Ex.: Ah!/Ai! Após palavras ou frases que denotem caráter emocional. Ex.: Puxa vida! 6. Ponto de interrogação (?) Em perguntas diretas. Ex.: Que é importante para a prova? Às vezes, junto com o ponto de exclamação. Ex.: - Eu?! Você tem certeza? Pontoe-vírgula (;)
Separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma seqüência etc. Ex.: Art. 127 - São penalidades disciplinares: I – advertência e I - suspensão. Separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenha sido utilizada a vírgula. Travessão (-) Dar início à fala de um personagem. Ex.: o professor retrucou: Só darei aula se o barulho acabar. Unir palavras. Ex.: Belém-Brasília, sexta-feira Atenção: O travessão também pode ser usado em substituição à vírgula em expressões ou frases explicativas. Ex.: Ronaldinho - jogador brasileiro - foi considerado o melhor do mundo. 9. Aspas (" ") Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares. Indicar uma citação textual. Vírgula (,) Usa-se a vírgula obrigatoriamente: Para separar elementos de uma enumeração Ex.: O amor, a paixão, a alegria, a emoção e a dor tomavam conta da pequena mulher naquele instante singular. (Note que o último elemento veio precedido da conjunção e, por isso a vírgula foi dispensada) Separar o aposto Ex.: Itamar Franco, político mineiro, foi Presidente do Brasil. Separar o vocativo Ex.: Homem, que houve com você hoje? Separar o adjunto adverbial deslocado Ex.: Em Brasília, os jovens se interessam por concursos públicos. (Se o adjunto adverbial aparecer no final da oração não haverá vírgula, visto que estará na ordem direta).
Ex.: Os jovens se interessam por concursos públicos em Brasília. Isolar o nome de localidades nas datas Ex.: Brasília, 07 de janeiro de 2002. Indicar a omissão de um termo Ex.: O cheiro estava na sala, o defunto, no quintal. Separar as orações coordenadas Ex.: Os candidatos estavam exaustos, porém aguardavam o resultado sem reclamar. Trouxeram os livros, organizaram-nos nas estantes, promoveram a leitur a. Separar as orações intercaladas Ex.: Amar ao próximo como a nós mesmos, como já pregou o grande Mestre, é nosso dever. Isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas Ex.: Ronaldinho, que já foi considerado o melhor jogador do mundo, morou num subúrbio do Rio. Separar as orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas) invertidas Ex.: Embora não tenha estudado, foi aprovado. (Se a oração estivesse na ordem direta, a vírgula seria facultativa). Foi aprovado embora não tenha estudado. Foi aprovado, embora não tenha estudado. Separar as orações substantivas antepostas à principal Ex.: Que compareçam às urnas, o Ministro pediu aos brasileiros. NÃO SE USA A VÍRGULA ENTRE O sujeito e o predicado Ex.: Os pais e professores estavam preocupados com o desenvolvimento da criança.
Trouxeram a tranquilidade aos alunos alguns professores. (Note que mesmo a oração estando invertida, não se separa o sujeito do predicado por vírgula.) O verbo e seus complementos Ex.: O secretário de segurança comentou o aumento de casos de sequestros e roubos. O nome e o complemento nominal Ex.: O material foi útil para tirar as dúvidas dos candidatos ao concurso. O nome e o adjunto adnominal Ex.: O jogo de azar deve ser evitado. A oração principal e a subordinada substantiva, desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa Ex.: O trabalhador já pressentia que não iria receber aumento. FIGURAS DE LINGUAGEM Figuras de criação ou (figuras de sintaxe ) A gramática normativa, partindo de aspectos lógicos e gerais observados na língua culta, aponta princípios que presidem às relações de dependência ou interdependência e de ordem das palavras na frase. Ensina-nos, entretanto, que aqueles aspectos lógicos e gerais não são exclusivos; ocasionalmente, outros fatores podem influir e, em função deles, a concordância, a regência ou a colocação (planos em que se faz o estudo da estrutura da frase) apresentamse, às vezes, alteradas. Tais alterações denominam-se figuras de construção também chamadas de figuras sintáticas Silepse É a concordância com a ideia, e não com a palavra escrita. Existem três tipos: a) de gênero (masculino x feminino): São Paulo continua poluída (= a cidade de São Paulo). V. Sª é lisonjeiro b) de número (singular x plural): Os Sertões
contra a Guerra de Canudos (= o livro de Euclides da Cunha). O casal não veio, estavam ocupados. c) de pessoa: Os brasileiros somos otimistas (3ª pess - os brasileiros, mas quem fala ou escreve também participa do processo verbal) Figuras de palavras ou tropos ou Alterações Semânticas Metáfora Emprego de palavras fora do seu sentido normal, por analogia. É um tipo de comparação implícita, sem termo comparativo. Ex: A Amazônia é o pulmão do mundo. Encontrei a chave do problema. / "Veja bem, nosso caso / É uma porta entreaberta." (Luís Gonzaga Junior) Obs1.: Alguns autores define como modalidades de metáfora: personificação (animismo), hipérbole, símbolo e sinestesia. ? Personificação - atribuição de ações, qualidades e sentimentos humanos a seres inanimados. (A lua sorri aos enamorados) ? Símbolo - nome de um ser ou coisa concreta assumindo valor convencional, abstrato. (balança = justiça, D. Quixote = idealismo, cão = fidelidade, além do simbolismo universal das cores) Obs2.: esta figura foi muito utilizada pelos simbolistas Metonímia Substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles associação de significado. Ex: Ler Jorge Amado (autor pela obra - livro) / Ir ao barbeiro (o possuidor pelo possuído, ou vice-versa - barbearia) / Bebi dois copos de leite (continente pelo conteúdo - leite) / Ser o Cristo da turma. (indivíduo pala classe - culpado) / Completou dez primaveras (parte pelo todo - anos) / O brasileiro é malandro (sing. pelo plural - brasileiros) / Brilham os cristais (matéria pela obra - copos). Figuras de pensamento Antítese Aproximação de termos ou frases que se opõem pelo sentido.
Ex: "Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios" (Vinicius de Moraes) Obs.: Paradoxo - idéias contraditórias num só pensamento, proposição de Rocha Lima ("dor que desatina sem doer" Camões) Ironia Utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendose, assim, valor irônico. Obs.: Para alguns designado como antífrase Ex: O ministro foi sutil como uma jamanta. Prosopopéia, personificação, animismo É a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados. Ex: "A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel ..." (Jõao Bosco / Aldir Blanc) Obs.: Para alguns, é uma modalidade de metáfora
LINGUAGEM é a faculdade que o homem tem de expressão e comunicação por meio da fala, da escrita, dos gestos, etc. Cada povo exerce essa capacidade através de um determinado código linguístico, isto é, utilizando um sistema de signos distintos e significativos denominado LÍNGUA ou IDIOMA. A língua é, por excelência, o veículo do conhecimento humano e a base do patrimônio cultural de um povo.
A utilização da língua pelo indivíduo denomina-se FALA. Esta surge da necessidade humana de comunicar-se. A comunicação linguística, ou seja, a linguagem se realiza através de expressão oral ou escrita. A língua, por não ser imutável, apresenta vários NÍVEIS, VARIANTES ou MODALIDADES, pois está sujeita ao tempo, espaço geográfico, emissor, receptor, destinatário, escolaridade, profissão, assunto, ambiente, etc. 1. Linguagem Comum: é a língua-padrão do país, aceita pelo povo e imposta pelo uso. 2. Linguagem Regional: é a língua comum, porém com tonalidades regionais na fonética e no vocábulo, sem, no entanto, quebrar a estrutura comum. Quando se quebrar essa estrutura, aparecerão os dialetos. Antenor Nascentes, em seu livro O idioma Nacional, admite a existência de quatro subdialetos no Brasil (na classificação Língua Regional): o nortista, o fluminense, o sertanejo e o sulista. O linguajar de uma região, com seus modismos e peculiaridades, é frequentemente retratado pelos escritores regionalistas em suas obras. Veja alguns exemplos de vocábulos empregados em diferentes regiões do Brasil: aipim, mandioca ou macaxeira; bergamota ou tangerina, mosquito ou pernilongo; torrada ou misto-quente; roça, lavoura ou campo; menino, guri, piá ou rapazola. (De acordo com as diferenças socioculturais, temos as Linguagens: Culta ou Formal, Coloquial ou Informal, Popular ou Vulgar.) 3. Linguagem Culta ou Formal: é a usada pelas pessoas instruídas, orienta-se pelos preceitos da gramática normativa e caracteriza-se pela correção e riqueza vocabular. É a modalidade empregada nos discursos, nos documentos oficiais, na legislação, nos livros didáticos, na correspondência comercial, na ficção etc. Porém, esse tipo de expressão vêm apresentando modificações, geralmente introduzidas pelos meios de comunicação. Exemplo: Declaração Universal dos
Direitos Humanos - Artigo I -“Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal..”
4. Linguagem Coloquial ou Informal: é a linguagem do dia-adia, usada em família, entre amigos, nos meios de comunicação, em mensagens publicitárias, em crônicas, etc. É a fala espontânea do povo. Não obedece rigidamente as normas gramaticais. Exemplo: Heloísa, nós vamos fazer um jantar, você quer dar uma mãozinha? 5. Linguagem Popular ou Vulgar: é também uma fala espontânea do povo, só que crivada de plebeísmos, isto é, expressões vulgares, grosseiras, redundantes (pleonasmo vicioso), palavrões e gírias; é tanto mais incorreta quanto mais inculta a camada social que a usa. Exemplo: A gente somos inútil!!!! Fala aí, mano! Qualé qui é a tua? (Quanto às diferentes formas de expressão, a linguagem pode ser:) 6. Linguagem Falada: utiliza apenas signos vocais, a expressão oral; é mais livre, comunicativa e insinuante, pois as palavras são subsidiadas pela sonoridade e inflexões da voz, pelo jogo fisionômico, gesticulação e mímica; é prolixa. Exemplo: Alô! Oi, mãe! Tô te ligando pra avisar que vou chegar um pouco mais tarde hoje, tá? Um beijo! Tchau. 7. Linguagem Escrita: é o registro formal da língua(daí a dificuldade que muitos apresentam ao passar a linguagem falada para a linguagem escrita), a representação da expressão oral, utiliza-se de signos gráficos e de normas expressas; não é tão insinuante quanto a falada, mas é sóbria, exata e duradoura. Exemplo: Mãe, hoje chegarei um pouco mais tarde. Beijo. Ana 8. Linguagem Literária: é a língua culta em sua forma mais artificial e criativa, usada pelos poetas e escritores em suas obras. Exemplo: “Lá na rua em que
eu pensava, tinha uma livraria bem do lado da farmácia. Todo mundo ia à farmácia comprar frascos de saúde. E depois ia do lado, pra comprar liberdade.” Mário Quintana
Não se pode classificar os níveis de linguagem como “certos” ou “errados”.
Ainda que alguns jamais dominem o nível culto, não deixarão de comunicar-se bem. Outros precisam expressar-se de acordo com um padrão linguístico mais elevado devido ao tipo de profissão e ambiente em que vivem. O JARGÃO, por exemplo, é a linguagem típica de um grupo de profissionais que utiliza expressões e siglas próprias, como médicos, advogados, economistas. Exemplo: Senhor Cliente, o prazo para pagamento do IPVA foi prorrogado até o dia 15 de maio. A GÍRIA é uma linguagem especial usada por certos grupos sociais, pertencentes a uma classe ou profissão( estudantes, marginais, surfistas, etc.). O uso de tal linguagem impede que estranhos tomem conhecimento do assunto tratado. Exemplo: Ok! Então é só isso: uma Pepsi e um Xis? - Gírias usadas por um motorista de táxi que realizava tele-entrega de drogas em Porto Alegre. Pepsi significando cocaína e Xis, crack. ANTES AGORA Crêem Creem Dêem
deem
Lêem
leem
Vêem
veem
Prevêempreveem Vôo
voo
Enjôos enjoos
ACENTUAÇÃO GRÁFICA: ACENTO CIRCUNFLEXO: Observação:
A acentuação dos verbos ter e vir e seus derivados não muda. No plural, é mantido o circunflexo (ex: elas têm, eles vêm). Já as palavras com mais de uma sílaba continuam recebendo o acento agudo (Ex: ele detém, ele intervém). Acento Diferencial Utilizado para permitir a identificar as palavras que têm a mesma pronúncia (homófonas), o acento diferencial também é abolido com a reforma ortográfica. Deixam de acentuadas palavras como: - pára (do verbo parar)/para (preposição); - pêra (substantivo)/pera (preposição) -péla (verbo pelar)/ pela (junção de preposição e artigo) - pêlo (substantivo/pelo (do verbo pelar) - pólo (substantivo)/polo (junção de por e lo) Exemplos: ANTES As crianças gostam de jogar polo AGORA As crianças gostam de jogar polo Observação Duas palavras fogem à nova regra: pôr (verbo) e pôde (o verbo conjugado no passado) continuam com o acento diferencial. No caso do pôr é para evitar a confusão com a preposição por. Já o pôde continua com acentuação para não ser confundido com pode (o mesmo verbo conjugado no presente). Nas palavras fôrma/forma o uso do acento é facultativo. Não se usa mais os acentos: 1.Ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (com acento tônico na penúltima sílaba).
ANTESAGORA asteroide asteroide bóia
boia
Coréia
Coreia
Celuloide celuloide Claraboiaclaraboia Colmeia colmeia estréia
estreia
Européia Europeia heróico heroico idéia
ideia
ibóia
iboia
óia
oia
paranoia paranoia platéia
platéia
alcalóide alcaloide alcateia alcateia andróide androide apóia (verbo apoiar) apoia apóio (verbo apoiar) apoio Obs: As palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis continuam sendo acentuadas. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus. vierem depois de um ditongo 2. No “i” e no “u” tônicos das palavras paroxítonas quando Baiuc a , bocaiuva,
cauila, feiura, tuiuca. 3. No “u” tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente
do indicativo dos verbos arguir e redarguir. 4. Nas formas verbais terminadas em guar, quar e quir, quando forem pronunciadas com “u” tônico.
Exemplo: verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. Já se os verbos terminadas em guar, quar e quir forem pronunciadas com o “a” ou “i” tônicos é necessário utilizar a acentuação.
Exemplo: verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. Crase (Regras) Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma natureza. No português assinalamos a crase com o acento grave (). Observe: Obedecemos ao regulamento. ( a + o ) Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes. Mas: Obedecemos à norma. ( a + a ) IO termo antecedente exija a preposição a; Há crase pois temos a união de duas vogais iguais ( a + a = à ) Regra Geral: Haverá crase sempre que: I. O termo consequente aceite o artigo a. Fui à cidade. ( a + a = preposição + artigo ) ( substantivo feminino ) Conheço a cidade. ( verbo transitivo direto – não exige preposição ) ( artigo ) ( substantivo feminino ) Vou a Brasília. ( verbo que exige preposição a ) ( preposição ) ( palavra que não aceita artigo ) Observação: Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar o seguinte artifício: ISe pudermos empregar a combinação da antes da palavra, é sinal de que ela aceita o artigo.