brasil escola bh.qxd
3/5/2005
16:02
Page 30
B R A S I L
M ARCEL ARCELO O AMO RIM E SIL SILVANA VANA LAMAS DA MATT MATTA ESCOLAS MU NICIPAIS 200 3/ 3/200 200 4
BELO HO RIZONT RIZONTE, E, MG
ESC O LA S EM SÉRIE COM UM A LINGU LINGU AGEM ARQUIT ARQUITET ETÔNICA ALEGRE ALEGRE E INSPIRADA INSPIRADA EM PRO PO STA PEDAG ÓG ICA, ESCOLAS PÚ BLICAS PADRONIZADAS DE BELO HORIZONTE ATENDEM ÀS CRIANÇAS DE 0 A 6 ANOS
O
s te terr rrenos enos de destinados stinados à i mplantação das Unidades Municipa nici pais is de Educaçã Educação o I nfantil (Umeis), (Ume is), em Belo Belo Hori Horizont zonte e, diferia diferi am em em forma, forma, proporção e área área.. Vi sando a atin atingir gir a meta meta de se construir 20 escolas públicas em um curto período de tempo tempo,, os arqui arquitetos tetos mineiros Marcelo Amorim e Silvana Lamas da Matta optaram pelo desenvolvimento de três pro jeto je toss-pa -padrã drão quese adapt pta assem às div dive ers rsiidadess dos terrenos disponí dade disponíveis. veis.Das Das 20es escocolas previstas,11 previstas, 11 delas, delas,não não por acaso justamente aquelas em que as propostas foram emprega pregadas, das,jjá for foram am inaugurada nauguradas. s.Apesar Apesar da padroni padronização, zação,se segundo gundo seus autores, autores,as as unidades têm características exclusivas,
s e m o G a l u a P e d r i m i d a l W i e m U – s e ã h l a g a M o t e B
30
ARQUITETURA&URBANISM O M AIO 2005 2005
como a composição de cores das fachadas e os painéis de mosaico cerâmico criados pela artista arti sta plástica plástica Liana Li anaValle. Durante Dur ante a concepç concepção ão do proj projeto, eto,a a asse assesssoria sori a deumaeq equipe uipe multi multidi discipli sciplinar, nar,com com a particip parti cipaçã ação de psicólogos psicól ogos epeda pedagog gogos, os,deu deu condições para que os arquitetos adaptassem os espaços espaços às necessi necessidades dades e ao confor conforto to das crianças crianças,, e criass criassem emum espaço espaço arqui arquitetetônico que expressasse a proposta pedagógica.A linguagem arquitetônica lúdica e alegre das construções contribui para o desenvolvimento saudável e para um melhor rendimento escola scolarr do público infantil inf antil.. "Procur "Procuraamos cri criar ar espaç espaços os fluidos fl uidos e claros, reple repletos tos de transparência, ve venti ntilaçã lação o cruzada cr uzadae iluil uminação natural", natural",justi justififica caMarcelo Amorim.
POR VALENTINA FIGUEROLA
A ergonom rgonomiia no local de ensin ensino o é refl refle eti tida da nos mobiliários e equipamentos sanitários, adaptados à estatura e aos movimentos dos alunos, que têm têm no máxi máximo mo sei sei s anos de idade.. Nas sa idade salas las de aula, pisos viní vinílilicos cos amortecem quedas e conferem à superfície um melhor conforto térmico."A térmico. "A abertur abertura a de portas integra as salas de aula aos terraços, que funcionam como extensão do espaço didático",a didático", afifirma rmaAmorim. A integração também é percebida nas áreas comuns, comuns, como no recreio coberto coberto e no refeit refe itóri ório o que,com que, com aab abertura ertura de portas-camarão, ma rão, tr transfor ansforma mam-se m-se em em um úni único co amambiente bie nte. "A idé i déia ia foi conferi conferirr maior maior flexibili flexibili-dade e versati rsatillidade aos espaços espaços que,quanque, quando am ampli pliados ados,, podem se serr utili uti li zados para
o h l e o C o d n i c u L i e m U – s e ã h l a g a M o t e B
brasil escola bh.qxd
3/5/2005
16:02
Page 31
outros fins, e até mesmo pela comunidade local", acrescentaSilvanaLamas. A padronização de plantas ou tipologias aliada a um sistema construtivo mais econômico tornou viável a implementação das escolas. "Não tí nhamos tempo suficiente para estudar soluções em pré-moldado ou detalhar uma estrutura metálica", justifica o arquiteto.A solução foi usar estrutura de concreto moldada in loco e vedação de ti jolo cerâmico. Na cobertura, a telha cerâmica garante maior conforto térmico aos ambientes.Em alguns pontos, como no recreio coberto e nas áreas de circulação, o telhado é aparente e deixa mostrar o engradamento metálico colorido que sustenta as telhas eo lanternim.
Nas fachadas, revestimentos cerâmicos compõem, com as portas e janelas de aço pintado,um jogo alegrede cores. Nas Umeis,a criatividadeeainventividade são estimuladas por elementos lúdicos. É o caso,por exemplo,da forma cônica vermelha de fibra de vidro sobre o volume da caixa d'água – além de constituir um referencial, o elemento cri a identidade visual para as escolas. Para divertimento das crianças foram instalados no jardim casinha debonecas,anfiteatro, painel cerâmico e um simpático brinquedo denominado pelos arquitetos de "kidwash", composto por quatro esferas acrílicas de concreto com aspersores que esguicham água fria nos dias quentes.
Estruturadas a partir das salas de aula ou células, as tipologias permitema implantação das escolas em diferentes tipos de terrenos, dos quadrados aos retangulares. "Os ambientes foram agrupados em blocos construtivos distintos de acordo com sua função",explica o arquiteto Marcelo Amorim.Recreio, refeitório, cozinha,despensa, sanitários públicos e de funcionários, e depósito de lixo, por exemplo, configuram o bloco deserviços,onde fica também aentrada.Há,ainda,os blocos desalas edo berçário que,como o próprio nome diz,abriga os equipamentos para crianças até dois anos, como fraldário, lactário e outras áreas. "A relação espacial entre esses blocos é que determina a tipologia",explica Amorim.
a r i e r r e F s e l l a S a i r a M i e m U – a ç n a r F o i r é g o R
M AIO 2005 ARQU ITETURA&U RBANISM O
31
brasil escola bh.qxd
3/5/2005
16:02
Page 32
B R A S I L
M ARCELO AMO RIM E SILVANA LAMAS DA MATTA ESCOLAS MU NICIPAIS 200 3/200 4
Tipolo g ia 1 Na Tipolog ia 1, os bloco s construtivos dispostos linearment e ad apt am-se em terrenos reta ngulares. Área construída de 696 m². Exemplos: Umei Jardim Vitória, Umei Wladimir de Paula e Umei Santa Maria.
BELO HO RIZONTE, M G
tornou necessário um grande movimento de terra com aterro e a construção de muros de arrimo. " A qui, o azul e o verde-claro contrapõem-se com o vermelho das esquadrias" , descreve a arquit eta Silvana Lamas da M atta.
Local: Rua Uarirá, no 350, Bairro M ariano de A breu Data do projeto: março de 2003 Data da conclusão da obra: outubro de 2004 Á rea do terreno: 3.100 m² Á rea construída: 696,05 m²
Umei Wlad imir de Pa ula Gomes A unidade foi im plantada em uma " sobra" de terreno de uma escola existente, no ponto mais alto de um bairro de classe baixa da periferia de Belo Horizonte. O terreno em declive, com rocha aflorada em alguns pontos, corte
0
5
s e ã h l a g a M o t e B : s o t o F
32
ARQUITETURA&URBANISM O M AIO 2005
brasil escola bh.qxd
3/5/2005
16:02
Page 33
M AIO 2005 ARQU ITETURA& URBANISM O
33
brasil escola bh.qxd
3/5/2005
16:02
Page 34
B R A S I L
M ARCELO AMO RIM E SILVANA LAMAS DA MATTA ESCOLAS MU NICIPAIS 200 3/200 4
BELO HO RIZONTE, M G
s e ã h l a g a M o t e B : s o t o F
Tipo log ia 2 Ideal para terrenos quadrados, o " bloco de salas" é liga do ao s demais por meio de passarelas. Área construída de 746 m². Exemplos: Umei Levindo Coelho e Umei Venda Nova.
Umei Levindo Coelho O terreno bastante acidentado, com dimensões reduzidas e proporção quadrada, exigiu a implantação em diferentes níveis do playground, inserido em dois níveis inferiores. Posicionada na cota mais alta, a escola possui terraços suspensos para melhor aproveitamento do terreno e da vista da cidade, já que está localizada no ponto mais alto de Belo Horizonte, em uma área entre o Parque das M angabeiras e a Villa M arçola. Local: Rua M angabeira da Serra, Bairro Serra Data do projeto: março de 2003 Data da conclusão da obra: novembro de 2004 Á rea do terreno: 2.605 m² Á rea construída: 742,69 m² corte
34
ARQU ITETURA&U RBANISM O M AIO 2005
0
5
brasil escola bh.qxd
3/5/2005
16:03
Page 35
M AIO 2005 ARQU ITETURA& URBANISM O
35
brasil escola bh.qxd
3/5/2005
16:03
Page 36
B R A S I L
M ARCELO AMO RIM E SILVANA LAMAS DA MATTA ESCOLAS MU NICIPAIS 200 3/200 4
BELO HO RIZONTE, M G
Tipo log ia 3 Mais complexa e a partir de um prog rama de necessidades extenso, foi desenvolvida em três blocos interligados por passarelas cobertas. Área construída de 1.440 m². Exemplo: Umei Ma ria Salles Ferreira.
Ume i Maria Salles Ferreira
0
corte
5
Cercado por edifícios residenciais na periferia da capital mineira, o terreno plano dispensou qualquer tipo de contenção ou movimentação de solo. Planejada para abrigar 440 alunos transferidos, aqui foi o único local em que se aplicou a tipologia 3. " O programa da antiga escola pública foi incorporado nesta, o que explica a presença de biblioteca e sala de computação" , di z M arcelo Am orim. M ais complexa, é desenvolvida em três blocos interligados por passarelas. Possui playground ao fundo, com anfiteatro circular semi-enterrado, painel cerâmico, mesas e bancos ao ar livre na escala infantil, e uma pequena horta." No recuo frontal foram implantado s estacionamento para funcionários e uma área arborizada com bancos para uso dos pais de alunos" , descreve Silvana. Local: Rua C anoas, Bai rro Betânia Data do projeto: abril de 2003 Data da conclusão da obra: maio de 2004 Á rea do terreno: 4. 696,35 m ² Á rea construída: 1. 409,61 m² C onstrução: C ollem C onstrutora M ohallem
a ç n a r F o i r é g o R : s o t o F
36
ARQU ITETURA&U RBANISM O M AIO 2005
brasil escola bh.qxd
3/5/2005
16:03
Page 37
FICHA TÉCNICA Arquitetura : Marcelo Amorim e Silvana Lama s da Matta Interiores: Silvana Lama s da Ma tta , Renata Glória e Dulce Magalhães Colaboração: Flávia Pinheiro, Aline Reis Bot elho , Michele Fa lleiro Torre s Ker Luminotécnica: Silvana Lama s da Matt a e Carla Macedo Comunicação visual: Silvana Lama s da Ma tta , Renata Glória, Dulce Maga lhães e Carolina Cavalcanti Esguicho de chão – " kidw ash" : Renat a Glória Painel de cacos cerâmicos: Liana Valle
Estrutura : Ana Rita Franco Isoni, Paulo Eduardo Franco Isoni, Edua rdo Bo rlido e Ricardo Dolab ella Elétrica: Carla Macedo e Júlio Junqueira Hidráulica: Floriano Moncorvo e Paulo Mendes Campos Mag nani Fotografias: Rogério França e Beto Magalhães Apoio Técnico: Kate Lilian de Lima e Ilza Conceição Maurício
FORNECEDORES cobertura: JM Estrutura s e Ma ria Nadir Vieira; telhas: Setelagoana, Cerâmica Grajaú, Cerâmica Mineira; policarbonato: Day Brasil; concreto: Concret ex, Concret o La fa rge , Tecmir; cozinhas:
House Inox, Aço Forte; divisórias: Beira Rio Pedras, Diviçena, Marmoraria Casanova; equ ipam ent os de seguran ça: AP Extintores, Comitec, Rocha e Souza; esquad ria s me tálicas: Alienco Serralheria, Maria Nadir, Jos's; pisos: Paviflex Fad ema c, Cerâmica Eliane ; fachadas: Cerâmica Cecrisa, Cerâmica Eliane; f un da ções: Enges, Arcos; im per m eab iliz ação: ML, Sirius; lum inária s: Ever Light , Rossele, Aloy; pa vim en t ação: Concret ex, Tecmir, Laf arg e; pedras: Marmoraria Casanova, Juliana ; revestim ento s intern os: Cerâmica Cecrisa, Cerâmica Eliane ; pintura: Tint a s Suvinil, Cora l; brinquedos: Madeira Imunizada IMA * Veja endereços no f inal da r evista
M AIO 2005 ARQU ITETURA& URBANISM O
37