CIGANOS DO TERREIRO HISTORIA RUMO
Cigano Sandro Cigano de origem sul-americana viveu em Córdoba ( na Argentina). Gosta de dançar, aprecia bebidas fortes em cores berrantes O cigano Sandro é grande astrólogo através do Zodíaco, atende as pessoas e ajuda a cada um tomar decisões importante com discernimento e consciência. consciência. Atende principalmente principalmente os os que ele chama chama “ os marginalizados marginalizados da noite” que sofrem por AMOR, dançarinos, ru fiões, lumiascas ( prostitutas) , músicos etc. porque Sandro foi um dançarino e, por causa dos preconceitos preconceitos perdeu seu grande AMOR. .SUA MAGIA Quando entra na aura dos seus protegidos, não permite que eles bebam álcool, dizendo que foi isto que o matou. Sandro atende seus clientes a noite. Seus protegidos são procurados por pessoas desconhecida e que lhe contam seus problemas na primeira vez que os encontram. Graças a atuação energética de Sandro, dão conselhos e ajudam de diversas formas, e se imantam naturalmente, só precisando de algumas horas de repouso. Textos Extraído do livro: Segredo de Magia Cigana
CIGANO IGOR
Ele desencarnou em um naufrágio, junto com sua tripulação um negro,um oriental(chinês)e um outro cigano (cozinheiro com um olho de vidro),sendo que ele aparece hora como cigano quando era principe e hora como um pirata, ele trabalha especificamente para o amor, e quem tem esse cigano em sua vida sempre terá facilidade em ter o amor ,porém o mesmo não dura, como não durou o dele. obs. ele nunca mais há encontrou.ele tinha uma pouco mais de 30anos de idade em seu desencarne. esse cigano gosta de bebidas(vinho,conhaque,rum), tendo uma preferência por carne de coelho e javali, sua oferendas podem ser entregues assim como em uma praçinha (quanto mais pessoas em volta melhor) como também em baixo de uma árvore frutifera. Sendo que ,ele faz parte da mesma familia de Cigano Pablo (seu pai). Ele é um cigano que não se encontra uma literatura sobre a sua vida,pois o mesmo assim como não gosta de incorporar no seu médium, ele normalmente emana suas vibrações através de sonhos, premonições ,cartas (ele prefere os dados), e insights durante o dia ,isso pelo motivo de ele ser mais solitário. Sua magia para o amor normalmente tem muito mel,vinho e incenso, e por ser um cigano que trabalha para a união afetiva, devese ter em sua oferenda um par de alianças amarradas por 7 fitas mimosas (várias cores) menos preto,apesar de ele não ter problemas com a cor preta , pois ele ¨chega¨ na sessão de Umbanda na gira de exú e pomba gira, nas casas onde não se tem uma sessão para o povo cigano em separado.
Como é um cigano que viveu para o amor e passou parte de sua vida no mar, ele é um pouco melancólico, e suas canções são as mais tristes de se ouvir ,porém ao cantar ¨encantar¨ ela para a sua amada, a mesma fica apaixonada para sempre. Cigano de estatura mediana para alta, exibe-se hora de vermelho e preto , hora de azul turqueza, sendo que ele pode usar a forma ,roupas e cores que melhor lhe agrada e conforme o momento e local onde se encontra. Não é muito afeito a conversas, sendo as vezes muito rude , assim como num momento de necessidade ,pode dar palavras altamente reconfortantes, até mesmo dentro de um hospital para um enfermo em final de sua vida. OS CAMPOS E O MAR SÃO SEUS CAMPOS DE VIBRAÇÕES.
Sou um cigano errante, Filho do sol e da Lua, Quando nasci, me batizaram , na beira do rio Eufrates, Falaram em meu pequeno ouvido, o meu nome secreto, Me deram tantas virtudes, das quais me orgulho até hoje. Andei por muitos caminhos, E não encontrei o que tanto procuro, Mas não me canso de buscar, apesar dos espinhos Que ferem os meus pés , quando ainda está escuro. Sou o filho da Lua e do Sol, Um pássaro livre a voar, Estou aqui, ali e acolá, Realizo caminhadas, sem nunca sequer me cansar. Pois meu destino é andar e voar. Voô nos meus pensamentos E vou onde me leva o vento, Vou ao encontro do amor, Que eu sei que existe em algum lugar.
Preciso de um amor, Para encantar meus dias, Que não me esqueça e me chame, Que grite bem alto o meu nome e o repita mais vezes… Igor!…Igor!…Igor!….
Vem para mim, vem me amar! Sou o Rei e sou o Príncipe, de um Reino Universal Meu reinado nunca acaba, pois a minha coroa é a vida. Meu reino é feito de amor, de paz e de puro êxtase! Sou o caminheiro do tempo, pois faço qualquer roteiro. Pois o importante é nunca parar. Sou o primeiro e o último de todos os perseguidos Honrado ou deprezado, odiado ou simplesmente amado. Sou o ruído e o silêncio : sou o pranto e a alegria. Sou o eterno caminho, sou o menino do dia e o amante doce da noite, Sou o alívio das dores, dos corações que amam, portanto se precisares, Basta apenas chamar pelo meu nome, nunca esqueça, o meu nome é Igor! Me chame…, me chame…, me chame.
CIGANO, AMIGO DA LUA DE NOITE FAZ FARRA, DE DIA ANDA NA RUA ANDAR, ANDAR, ANDAR, VENDENDO ILUSÕES PARA ALGAZU COMPRAR PORQUE CIGANO TEM A FORÇA DA LUA SE VOCÊ PODIA, NÃO DEVIAS PROMETER
SE VOCÊ PROMETEU, VOCÊ TEM QUE PAGAR SE VOCÊ NÃO PAGAR, JAMAIS VAI ANDAR Quando principe ele amava uma jovem de 16 anos e sua familia e a dela não aceitaram, os pais dela enviaram-na para um lugar distante e nunca mais se encontraram. Ele saiu de sua tribo atrás dela e não achando-a ele virou um pirata, assim teria a oportunidade de encontrar-la.
CIGANA YASMIM
Um grupo de ciganos chegou ao Chipre, a pérola do Mediterrâneo. Conta uma lenda antiga que Vênus, a deusa da beleza e do amor, nasceu das águas espumejastes de Chipre. Não é difícil compreender por que os antigos acreditavam nesética fabula; a ilha, fulgurante de luz e de cores, circundada por um mar límpido e azul, é realmente um lugar encantador. E esse lugar tão lindo foi testemunha de um acontecimento com a cigana Yasmim. O grupo Natasha estava acampado em Limassol, quando as moças do grupo foram para a “água grande”(a praia) para se banhar e se
divertir.
Em dado momento, a cigana Nazira veio correndo e gritando desesperadamente: - A água grande levou a cigana Yasmim! Correram todos do grupo para a água grande, para socorrer a cigana, mas nada viram: o mar havia tragado seu corpo. Então, o Kaku revelou a todos que a cigana havia morrido. O grupo todo se ajoelhou e começou a rezar. Permaneceram ali para esperar que a água grande devolvesse o corpo da cigana. Passaram-se vinte e um dias e nada aconteceu. Quando se completaram vinte e três dias, á noite, a Lua cheia surgiu e clareou toda a ilha. O cigano Vlaz, que era o pai de Yasmim, foi para a areia e começou a rezar de olhos fechados. Em dado momento, abriu os olhos e avistou um peixe grande que, pulando, veio em sua direção. Ele ficou paralisado com o que via. A cigana Yasmim sai das águas e se dirigia a ele, dizendo: - Pai, não fique triste. Eu não sou mais da terra, e sim as água grande. Não fique esperando meu corpo, porque ele foi engolido pelo peixe grande. Estou feliz e daqui protegerei todo o grupo
Natasha. Peça a Kaku que levante o acampamento e eu irei levá-los para um lugar que tenha mais terra; e que nunca mais o grupo Natasha acampe num lugar cercado de água grande (em ilha). Yasmim deu ao pai uma concha grande e pediu que a entregasse ao Kaku como prova de tudo o que ela dissera; e, voltando para a água grande, desapareceu. Vlaz foi para o acampamento e revelou o acontecido ao Kaku. Na manhã seguinte, o Kaku revelou o acontecimento para o grupo e resolveram levantar acampamento. Embora tristes, sabiam que, daquele momento em diante, a cigana Yasmim seria sua protetora na água grande. Quando os ciganos se despediram de Chipre, o povo da localidade ofereceu para cada cigano um pão. Essa é uma tradição da ilha. Depois, os ciganos foram embora de Chipre, viajando em cima da água grande para outros países. È por esse motivo que o grupo Natasha tem um enorme respeito pelo mar; é por isso, também, que os membros do grupo não energizam pedras em águas salgadas e evitam se banhar no mar. No dia 02 de fevereiro, o grupo Natasha leva para o mar presentes para a cigana: comida, doces, Frutas, perfumes, pó-de-arroz, sabonete.
Também faz um coração de flores brancas e oferece a Yasmim nas águas grandes. Todo o grupo se ajoelha na areia da praia e reza em agradecimento, pedindo proteção. Fazem isso porque essa história se passou no dia 02 de fevereiro de 1902, quando o Kaku era o cigano Romão, avô da cigana Yasmim. Yasmim tinha pele clara, cabelos e olhos pretos.
Suas Roupas Iasmim usava vestido longo na cor azul-celeste, com mangas bufantes que iams cotovelos.
Seus Adereços Ela trazia na cabeça, em dias de festa, um diadema de pérolas.Nas orelhas usava brincos de ouro, com águas-marinhas e pérolas.
Sua Magia Essa Cigana fez a passagem muito jovem, mas já tinha suas cartas com os símbolos do seu clã.
A fase da Lua da sua preferência era a cheia. Suas oferendas devem ser colocadas sempre em frente ao mar e, se for possível, sempre no dia dois de fevereiro: foi nesse dia que foi para o mundo espiritual, no mar, próximo a Ilha de Chipre.
Nunca devem ser colocadas velas coloridas para essa Cigana, pois ela só aceita velas azuis.
Autora: Ana da Cigana Natasha Livro: Ciganos do Passado Espírito do Presente Editora: Pallas
A DÔCE CIGANA YASMIN APRESENTA-SE COMO UMA JOVEM MULHER, PELE MORENA CLARA, CABELOS LONGOS E E NEGROS.
É MUITO SUAVE AO FALAR E CARINHOSA COM TODOS.
VIBRA NA COR AZUL E VERDE.
PREFERE OS METAIS PRATEADOS AOS DOURADOS, USA TORNOZELEIRA, BRINCOS E PULSEIRAS, NÃO USA LENÇOS.
GOSTA MUITO DE DANÇAR, AS VEZES LÊ AS CARTAS EM SUAS CONSULTAS.
EM SUA MANIFESTAÇÃO NA UMBANDA, TRABALHA CRUZADA COM IEMANJÁ.
ATUA MAIS NOS CASOS DE AMOR, QUE EM OUTRAS QUESTÕES.
AJUDA COM SUA DOCE MAGIA A ESQUECERMOS AMORES NÃO GRATOS.
CLAUDIA BAIBICH
CIGANA, CIGANA VEM CIGANA VEM TRABALHAR ELA É A CIGANA DO SERENO QUE VEM PARA SEUS FILHOS AJUDAR ELA É BONITA, ELA É FACEIRA GOSTA DE BRINCOS, COLAR, MUITAS PULSEIRAS CABELOS LONGOS, PELE MORENA ATÉ A LUA ADMIRA SUA BELEZA CIGANA, ELA VEM DANÇANDO ELA VEM MOSTRANDO SUA DANÇA NO TERREIRO. COM SUA SAIA RODADA, SUA BOTA PRATEADA PRA ESPANTAR OS FEITICEIROS
CIGANA MADALENA DO ORIENTE
De origem árabe, viajou por todo Oriente Médio e Índia.
Foi muito reprimida, e tem grande amor e paciência para orientar os que dela precisam.
Suas magias são de fundamentos árabes e indianos. Cigana linda, adora dançar e se soltar, encantando à todos.
Era uma noite de lua Uma estrela candescente apareceu Seu brilho forte Povo cigano enxergou Era a cigana esperança
A cigana criança Que chegava Para ajudar aos filhos seus Madalena...Madalena
CIGANA SARAH Uma princesa da liberdade da glória e do amor, uma princesa onde as estradas são caminhos com rumos certos. Onde o vento que toca seu rosto é o afago de Deus. Onde as estrelas e a lua são seu guiar da noite. Onde o perfume que exala das rosas é o perfume de seu corpo, que as rosas ela emprestou. Cigana SARAH a que todos os segredos e mistérios de como descobrir o caminho da verdade foi transmitido pela sua mãe. A rainha das ciganas, ensinou previsões, leitura das linhas das mãos , leitura das cartas e a forma correta de usar o amor que e o maior dom de DEUS. Entre as ciganas a estes ensinamentos são processos naturais e intuitivos que é passado de mãe para filha. Mas como essa CIGANA SARAH foi especial.A eu pai competiu ensinar a verdadeira maneira de viver.-Rei cigano ensinou que viver e fazer presente do futuro de forma que todo que se faz no presente haverá recompensas ou não no futuro. Sentados em um tronco de árvore, próximo a sua tenda o REI CIGANO Disse- lhe;“Minha princesinha, lembre-se do futuro é o espelho do pressente. Temos rumos traçados que nunca poderão ser mudados alterá-los diante do livre arbítrio dado por DEUS, única força cósmica universal.”AFAGOU Seus cabelos e continuou.“Filha somos um povo diferente
aprenda a usar essa diferença e tenha sempre amor em tua vida, alma em teu coração. Olhai sempre para frente e nunca para trás PORQUE O PASSADO NÃO MOVE NADA. Aprenda a buscar em ti a tua melhor parte guerreira porque na hora certa tu saberás fazer justiça. Mas filha a justiça será julgada por DEUS; então cuidado ao julgamento da justiça pois, sem ele não somos nada”.E assim
CIGANA SARAH foi apresentada, mas se nada fosse ensino tudo a ela sabedoria,
pois DEUS a fez abençoada um dia durante o cair da noite ANJOS E ESTRELAS, enviados por DEUS desceram do céu para buscar a PRINCESA CIGANA SARAH e a levaram em seus braços.Muitos ciganos choram, mas assim estava escrito pela mão de DEUS no destino de cigana SARAH.Sua partida do acampamento teve o perfume das flores e o sabor das frutas, Houve paz no coração de cada cigano. Todas as flores e botões se abriram e aos pés de cada cigano caio uma estrela.E esse foi o sinal de DEUS para mostrar que a PRINCESA CIGANA SARAH estaria sempre viva.Hoje a princesa é uma alma de luz por todas as estrelas e está em todos os cantos desse mundo e seguindo apenas uma religião, a que se resume a DEUS, AMOR ,RESPEITO E A LIBERDADE.E livre como um pássaro que bate as asas e voa pra onde quer, livre como uma folha que o vento leva.Caminha sob o sol, a chuva, a lua e as estrelas que passa com jeito tão faceiro de menina – moça e ao mesmo tempo com a beleza de uma linda mulher.Formosa com sua jóias, pulseiras, colares, brincos e anéis de ouro. Andar formoso, firme, marcado pelo seu tamanco de ouro.Seu longo cabelo e penteado pelo vento, pela chuva, tornando tão brilhante e belo quanto ao céu estrelado, PRINCESA SARAH vive sempre em festa, adora musica e dançar, quando dança envolta da fogueira ao som da musica cigana move suas mãos e se corpo de maneira misteriosa, simples e sensual, hipnotizando e transmitindo emoções aos olhos e o coração de que ela deseja mas somente que ela deseja.Roda sua saia à volta da fogueira que ilumina parte de suas pernas mostrando um pouco de seu mistério carnal.E quanto dança seus cabelos longos segue seu ritmo, seu sorriso largo mostra o quanto é feliz, pois a vida pra ela e uma festa.E sendo a vida uma festa, ela adora brincar com o coração de quem ela deseja de maneira bonita.PRINCESA SARAH CIGANA marca sua presença, fica por um tempo e depois vai embora, onde seu destino é as estradas em busca da eterna liberdade.PRINCESA SARAH que anda em cavalgada pelas estradas sem fim, com o vento em seu rosto e em seus cabelos.Possui uma morada, mora em uma confortável como um afago, com o braço verdadeiro do amor, ouro e pedras preciosas, lá tem as pedra mais preciosas e valiosas pedras mas a mais preciosa é ELA MESMA.Aprecia a vida de forma que muitos não sabe fazer, crê que o melhor momento e aquele que se esta vivendo e faz tudo para vivê-lo.Segue que a segue pelas estradas, acolhendo-os, e infelizmente aqueles que não conseguem segui-la, talvez por medo, insegurança, doença. Ela reponde apenas com um sorriso deixando-os para traz, porque o importante é ir em frente com força e fé naquilo que Deus e ela provaram.Quem não crê em nada para ela não existe.E apenas mais um ser nessa terra fria terá o prazer de encontrar a felicidade através dela. Mas feliz aquele que consegue vê-la, senti-la e principalmente amá-la. Com eles estará presente trazendo paz, força, dignidade e felicidade.CIGANA SARAH não da explicação nem aceita interrogação, porque aqueles com quem ela anda nunca poderão duvidar de sua proteção, de seu amparo e de seu amor, nunca.Ela sabe que estradas possuem pedras, e as rosas possuem espinhos a vida é uma luta, mas, com todos que ela caminha nunca se machucaram, mas todos poderão tropeçar e cair, poderão se ferir no espinho de uma rosa ou ate mesmo perder uma batalha, mas nunca uma guerra.Ela estará lá, para amparar um tombo. Curar uma ferida e dar força para continuar a guerra basta amar e crer.Pois assim como DEUS prova as seus filos ela também prova os seus para saber se realmente são merecedores de seu Amor, do seu amparo e de sua proteçãoPOIS QUEM COM ELA ANDAR NUNCA ESTARA SÓ.PRINCESA CIGANA SARAH, alma de luz, força e de amor que vive nessa terra fria, que anda pelas estradas cachoeiras, pela beira do mar sagrado, que possuem força, beleza e amor.Tu es tudo para quem te
ama es nada para que não te ama, pois teu lema e ir em frente, segue cada estrada, cada caminho sem nunca olhar para traz, pois o que passou, passou.O melhor sempre há de vir trazido por ela e por deus a quem neles acreditem.
MAIS UM POUCO DA ROSA CAVEIRA
Uma Pomba Gira nos Himalaias Dona Rosa Caveira é um mistério só. Pomba gira pouco conhecida, tem reputação de maravilhosa curandeira e as pecto inquietante. Nas imagens populares, ironicamente difíceis de encontrar no Brasil, ela exibe um corpo meio esquelético e meio humano coberto com capa e capucho. Nos meios tradicionais é dito que ela é a “esposa” de Seu João Caveira, exu da “Velha Guarda” do cemitério e Chefe da Linha dos
Caveiras, um grupo de servi dores fiéis e muito prestativos. Em conversa ao pé do congá, com alguns irmãos de fé que também circulam pelos caminhos de algumas reli giões de origem bantu (Kim banda, Cangerê, Cabula), ou vi que Do na Rosa Caveira é protagonista de inúmeras lendas. Uma delas conta que Rosa nasceu no Oriente. Sétima filha de uma simples família do campo, desde cedo aprendeu com seus pais as artes da cura, pois eles eram xamãs. Sua falecida avó foi sua primeira guia espiritual.Em sonhos, a querida alma da ancestral instruia e aconselhava a neta. Rosa era uma menina privilegiada. Aos dezenove anos ela conheceu um xamã muito mais velho. Eles se apaixonaram e casaram. Ela então começou um período muito intenso de atendimento
espiritual aos cidadãos de sua vila e arredores. Sua vida transcorreu cheia de méritos e bênçãos. Rosa morreria depois de seu marido, saboreando o prazer de uma existência de dicada os mais necessitados. Outra lenda nos conta o segredo de seu nome... Ao redor da casinha onde sua família morava existia um roseiral selvagem. No final da gravidez, sua mãe não teve tempo de pedir ajuda à parteira local e a menina nasceu ali mesmo. Daí o nome: Rosa. Por que caveira ? Em certas regiões do Oriente, so bretudo na Índia, Tibet e Butão, alguns xamãs e yogues utiizam a caveira humana como um cálice ritual. A caveira, assim utilizada, não está relacio nada com magia negra ou qualquer arte malévola. No Budismo Tibetano os Lamas utilizam uma caveira como cálice. Também fazem um pequeno tambor com duas metades de caveira... Na Índia ele é chamado de Damaru e a caveira de Kapala. Quando conheci a lenda de Rosa Caveira, imediatamente percebi a conexão com as tradições yogues e tibetanas. Na minha imaginação eu “vi” a grande mestra sentada numa alta montanha, segurando uma caveira e em profundo estado de meditação. Seria Rosa Caveira tibetana? Pode ser que a lenda tenha se ocidentalizado e a planta original, que poderia ser o lótus, tenha se transfor mado em rosa. Neste caso seu nome seria Pema em tibetano. Em sânscrito, seu nome espiritual seria Kapa la padma (Lótus Caveira). Na tradição budista e mágica do Tibet, Mongólia e arredores, existem muitas histórias e lendas com as mes mas características das aqui men cionadas. O fato é que como Pomba Gira brasileira, na gira do dia-a-dia dos terreiros, Rosa Caveira é um pouco diferente de suas irmãs. Ela não se firmou como “mu lher da vida” ou errante marginal.
Mas se perpetuou como curandeira poderosa e ponte entre os diversos reinos do astral. Uma outra curiosidade cir cunda esta Pomba Gira. Rosa Caveira trabalha e vibra no cemitério... Em algumas tradições orientais, as mesmas mencionadas acima, certo grupo de adeptos utiliza o cemitério para trabalhos espirituais de cura e transformação. Eles são chamados de Kapa likas ou portadores da caveira! As mulheres do grupo, além da caveira transportam um tridente. Certa vez eu estava caminhando com um amigo indiano pelas ruas do centro de São Paulo. De repente, dian te de uma loja de artigos religiosos, ele literalmente ficou paralisado! Uma grande e vermelha estátua de Pomba Gira estava diante de nós. Nua, majestosa, segurando um tridente e com uma caveira nos pés. Shivaji, meu amigo indiano, se cur vou aos pés da imagem e disse:
“Trishula Kapala Ma! O que você faz aqui?”
Trishula Kapala Ma é a Mãe do Tridente e da Caveira,uma representação do feminino sagrado que pode rondar os lugares de cremação. Ela destrói os fantasmas malignos e os demônios, come as ilusões humanas e resgata as almas das mãos dos seres das trevas. Seu aspecto pode ser “terrível”, mas a luz e a bonda de emana de seu
coração. Atrás do aspecto funesto de Rosa Caveira com certeza brilha a mesma luz. Nela se encontram o Oriente e o Oci dente, o vermelho e o branco, a vida e a morte. Espero ter a humildade de Shivaji e também sempre me curvar diante do sagrado feminino. Terrível ou bondoso, que importa?
Dona Rosa caveira é a entidade chefe da falange das Rosas, ou seja, na realidade é o nome de uma falange, onde muitos espíritos trabalham e adotam o nome da mesma. Existem também os espíritos que trabalham na falange e não adotam o "Caveira", por motivos de funções ou hierarquias, como Dona Rosa Negra ou Dona Rosa da Noite. Essa falange é especializada na captura, prisão e encaminhamento de espíritos de magos negros e seus seguidores. Trabalha em parceria com a falange dos Exús Caveiras.
Sua manifestação quando incorporada é de poder e seriedade. Suas oferendas, devem ser feitas, somente a pedido da entidade e a entrega, no cemitério ou nas encruzilhadas em forma de T que terminem (fechem) nos cemitérios devem ser entregues por médiuns preparados e autorizados para tal. Suas cores nas roupas dos médiuns costumam ser pretas e discretas, podendo haver alguns detalhes em vermelho ou roxo. Também podem usar capa com capuzes, no caso de médium de hierarquia ou se autorizado pelos dirigentes. Raramente seus médiuns usam figurino extravagante, optando pela austeridade e seriedade dos espíritos que trabalham como guardiãs dessa falange. SALVE A DAMA DO CEMITÉRIO, COMO GOSTO DE CHAMÁ-LA!
Bom essa Lenda que será contada aqui, pertence à uma de suas vidas passadas, lembrado que nem sempre a Rosa Caveira que incorpora em Cicrano, é a mesma que incorpora Fulano. Então a historia poderá ser diferente da outra, mas sempre será a mesma Rosa Caveira. Larôye Pomba Gira. Ela viveu aproximadamente á 2.300 anos antes de Cristo, na região da Mongólia, os seus pais eram agricultores e tinham muita terra. Ela era uma das 7 filhas do casal, sendo que seu nascimento, deu-se na primavera e a mãe dela tinha um jardim muito grande de rosas vermelhas e amarelas, que rodeava toda sua casa. E foi nesse jardim, onde ocorreu seu parto. Seus pais além de serem agricultores, também eram feiticeiros, mas só praticavam o bem para aqueles que
os procuravam, e sua mãe tinha muita fé em um cruzeiro que existia atrás de sua casa no meio do jardim, onde seus parentes eram enterrados. No parto da Rosa Caveira, a mãe estava com problemas, e dificultava o nascimento da mesma e estava perdendo muito sangue, podendo até morrer no parto. Foi quando a avó da Rosa Caveira que já havia falecido há muito tempo, e estava sepultada naquele cemitério atrás de sua casa, vendo o sofrimento de sua filha, veio espiritualmente ajuda-la no parto, sendo que sua mãe com muita dificuldade e a ajuda de sua avó (falecida), conseguiu dar a luz a Rosa Caveira, e como prova de seu Amor a neta, sua avó, colocou em sua volta, várias Rosas Amarelas e pediu a sua filha que a batizase com o nome de ROSA CAVEIRA, pelo fato dela ter nascido em um jardim repleto de Rosas e encima de um Campo Santo (cemitério), e também por causa da aparência Astral de sua mãe (avó), que aparentava uma Caveira. E em agradecimento a ajuda da mesma, ela colocou uma Rosa Amarela em seu peito e segurando a mão de sua mãe, a batizou com o nome de ROSA CAVEIRA DO CRUZEIRO, conhecida com o nome popular de Rosa Caveira. Ela cresceu com as irmãs, mas sempre foi tratada de modo diferente pela suas irmãs, sempre quando chegava a data de seu aniversario sua avó ia visitá-la (espiritualmente), e por causa destas visitas e carinho que seus pais tinham a ela, suas irmãs começaram a ficar com ciúmes e começaram a maltratar a Rosa, debochar dela, chamar ela de amaldiçoada pois havia nascido encima de um Campo Santo e seu parto feito por uma morta, de caveira dos infernos, etc. E a cada dia que se passava, Rosa ficava com mais raiva de suas irmãs. Então ela pediu para seus pais, que ensinasse a trabalhar com magia, mas não para fazer maldade, mas sim para sua própria defesa, e ajuda de pessoas que por ventura a fosse procurar. Sua avó vinha sempre lhe dizer que ela precisaria se cuidar, pois coisas muito graves estariam para acontecer. Seu pai muito atencioso a ensinou tudo o que ela poderia apreender, e também ensinou-a a manejar espadas, lanças, punhais, ou seja, armas em geral. Sua mãe lhe ensinou tudo o que poderia ser feito com ervas, porções, perfumes, e principalmente o que se poderia fazer em um Cruzeiro. Foi ai que suas irmãs ficaram com mais raiva ainda, pois ela estava sendo preparada para ser uma grande Feiticeira, e sendo ajudada por seus Pais e sua Avó, e zombava mais ainda dela, chamando-a de mulher misturada com
homem e demônio, uma aberração da natureza, não por causa de sua aparência, pois ela era linda, mas sim por vir ao mundo nas mãos de uma Caveira (sua avó), e ter nascido encima de um cemitério. Suas irmãs se casaram com agricultores da região, porém uma de suas irmãs (a mais velha), se aperfeiçoou em Magia Negra, e por vingança do carinho e a presteza que seus Pais davam a Rosa e não a elas, não porque seus pais gostavam mais dela, pois eles tinham amor igual a todas, mas Rosa demonstrava mais interesse do que as outras, ela fez um feitiço que matou seus pais. A Rosa com muita raiva, matou sua irmã e seu marido. As outras irmãs com medo dela, juraram lealdade a ela e nunca mais zombaram dela. Aos 19 anos ela saiu ao mundo querendo descobrir algo novo em sua vida, foi quando ela conheceu um homem (Mago) que tinha 77 anos, e juntos com seus 4 irmãos, ele foi ensinando a ela varias magias e feitiços, tudo sobre a vingança, o ódio, a dor, pois esse homem era o Mago mais odiado e temido da redondeza pelos Senhores Feudais e Magos Negros. Vivia em um cemitério com seus 4 irmãos e discípulos. Ela aprendeu a ver o futuro e fazer várias Magias de um modo diferente, sempre usava um crânio tanto humano como de animal e em sua boca colocava uma rosa amarela, foi quando em uma de suas visões, viu suas irmãs planejarem sua morte. Ela por sua vez muito esperta, fez uma Magia, que matou todas suas irmãs. Após fazer isso ela voltou a companhia do mago, e com sua ajuda percorreu várias aldeias, causando guerras para fazer justiça e para livrar os povos dos Senhores Feudais, e também livrar esses povos de encantos de Magos Negros e Feiticeiros Malignos, e por causa disso ela era muito venerada, adorada e respeita por todos. Aos 99 anos, seu amado e seu mestre, morreu e ela assumiu seu lugar junto com o irmão mais velho do mago. Aos 77 anos ela foi traída por um dos irmãos do mago falecido, o terceiro irmão, que a entregou a um mago que estava a sua procura, este Mago era um dos mais temidos e perversos e que sabia o ponto fraco dela. Com a ajuda desse irmão, esse Mago a matou, e degolou a Rosa e entregou sua cabeça em uma bandeja de ouro rodeada de rosas vermelhas, para os Espíritos dos Magos Negros. Após isso ela ficou aprisionada espiritualmente por esse mago até ser liberta pelo seu amado e mestre o mago falecido, que entregou a falange do Exu
Caveira. O irmão do mago que a traiu, foi morto 3 anos depois pela própria Rosa, que deu sua alma de presente a seu Amado e Mestre, se tornando assim seu escravo. Foi ai que ela começou a trabalhar na linha das almas e ficou conhecida como Rosa Caveira (Pomba-Gira Guerreira e Justiceira), pois em sua apresentação astral ela vem em forma de mulher ou caveira, ou meio a meio sempre com uma Rosa amarela em suas mãos e uma caveira aos seus pés, caveira esta que representa, todos seus inimigos que cruzam seu caminho. Trabalha na linha das almas e faz parte da falange do Exu Caveira e Tava Caveira Seu ponto de força, é no cruzeiro das almas, onde são entregues seus pedidos e oferendas. Sua Flor preferida é Rosa Amarela Sua guia é, preto e branco ou amarelo e preto. Pertence a linha negativa dos pretos velhos. Texto de autor desconhecido. Pontos Cantados : ROSA CAVEIRA ... ROSA CAVEIRA... ELA É O EXU QUE NASCEU NA PORTEIRA ! NÃO SE PÕE SOBRE A MATA NÃO SE PÕE SOBRE A MESA ELA É O EXU QUE ACOMPANHA O CAVEIRA;. Rosa amarela, rosa vermelha Lá no cemitério onde mora Rosa Caveira
CIGANA NATASHA
Esta Cigana é protetora da família, protege as pessoas que precisam de entendimento com os seus. Familiares que se amam e se desentendem por influências de terceiros, pedem controle e fortalecimento dos laços. Assim como não ter, vergonha de pedir desculpas. É de origem Turca, Viajou por todo Oriente e Europa, diz ter sido profundamente infeliz com seus laços familiares. Por este motivo corta todas as influências estranhas (más) ao meio familiar de seus protegidos. Esta sempre em guerra com os que querem desarmonia. Seu símbolo principal é a coruja que vigia tudo o tempo todo e os gatos seus companheiros na jornada da vida. Cigana linda gosta de proporcionar tudo de melhor para sua família, para buscar estes meios, viaja para longe, porém mais perto impossível. Natasha faz magias com rituais de velas e perfumes mágicos. Tem uma grande ligação com a lua, a quem pede imantação para seus perfumes, quem os utiliza garante que o resultado é comprovado.
Seus protegidos têm, imantação energética, através de banhos, incensos, e amizade com os animais, sofrem muito em busca do amor verdadeiro, por se preocuparem demais com as outras pessoas e não deixarem tempo para si. Natasha diz sobre isto: “Peça a grande lua que é a mãe de tua família amor para todos, e que proteja o teu amor verdadeiro”.
MARIA NAVALHA
Também tenho ela como pomba gira e tenho algumas histórias, uma delas é... Alguns diziam que ela era mulher de vida fácil, porém ela sempre trabalhou muito para sustentar seu irmão doente mental. Trabalhou no
cais, nos mais diversos bares, botecos e Bin bocas que já existiu lá fez fama pelo seu temperamento rude e de difícil amizade, talvez, por sua vida humilde. Logo após nascer seu irmão houve complicações com o parto, vindo a falecer a Mãe, uma mulher doce e dedicada aos seus filhos e marido. O Pai, um militar muito severo, não conformado, rejeita o próprio filho e foi aí que Maria Regina das Dores, mais tarde chamada de Maria Navalha, se pôs: entre o Pai martirizado pela morte de sua amada e um filho que apresentava uma deficiência mental. Tudo isso a coagiu para uma vida de sofrimentos e angústias. Logo depois, o pai também se foi. Morreu de tristeza, pois não suportou a partida de tão doce mulher.
Após seu falecimento, eles tiveram que se mudar para um lugar muito humilde. Então, Maria Navalha, com seus 14 anos, começa entender que a vida para as mulheres na década de 50 não era tão fácil assim. Trabalhou em casa de família, mas seu jeito meigo logo atraia os olhares maliciosos de Patrões sedentos de desejos e foi por um deles que ela acabou deixando-se seduzir. Com esse patrão, ela compartilhou 10 anos de sua vida, até que um dia ele se foi sem deixar nenhuma notícia. Ela que sempre foi contra a dependência, logo naquele momento voltava para a rua da amargura com seu irmão que sempre estava ao seu lado. Seu desvio mental em nada comprometia o carinho e afeto de irmão e amigo que ela sentia. Foram muitas as noites que ela se pegou chorando, sem ter o que comer, com fome e frio na rua. Até que um dia se mudaram para o porto, de onde sigo com minha história. Não demorou e logo arrumou um emprego de garçonete em um prostíbulo. Ela era tão assediada que as meninas que ali ganhavam sua vida vendendo seu corpo se incomodavam com aquela bela jovem que agora já tinha seus 25 anos.
Em meio as várias pessoas que ali freqüentavam, apareceu, um homem negro, bem trajado, de terno de linho branco e com uma gravata vermelha que deixava um ar de conquistador. Ele, então, pediu uma bebida: “me da uma cerveja e meia minha querida” disse aquele homem que tremia os olhares enquanto esperava. Em seguida, sacou de seu bolso um baralho com que ficou a cartear em cima da mesa provocando o olhar de muitos ali naquele local. Não demorou muito, chegou o primeiro querendo saber o que mais do que boa pinta o nobre negro vestido tinha a oferecer. Então, ele tirou seu relógio e disse: “tenho isso”. Era um relógio ainda de corrente, muito bonito por sinal. E
foi só com isso que ele depenou os pobres freqüentadores do local. Entre uma rodada e outra, seu olhar se virava para a Maria, doce, bela e bonita e ela correspondia com um sorriso de deboche, ao acabar com quase todos ali presentes e com o bolso cheio de “pataco” ele se levantou, como se é
de costume e pediu uma Parati (pinga) para finalizar sua noite. Ele nunca passava das 03:00 da manha. Eram ordens expressas de uma vidente. Então, tomou a Pitu, uma pinga que lhe dava ânimo para chegar a sua morada. Antes de sair, agradeceu à Maria e se foi. Após algumas horas de sua partida, Maria, cansada por mais um dia de exaustivo trabalho, também foi se embora e ao passar por uma viela escura, um caminho mais curto, próximo a Av. Mem de Sá, se deparou com duas pessoas suspeitas, que tinham um olhar de maldade e cobiça. Nisso, ela apressou seus passos na tentativa de despistar aqueles homens estranhos. Quando ela sem esperar, outro homem a cerca entre as vielas, segura a em seu braço e lhe diz: “olá, bela moça. Vejo que me viu perder tudo que tinha nos bolsos para aquele homem de terno e não quero mais perder, pelo menos quero você agora como uma recompensa pelo pataco perdido. Também vi que dava risada da minha má
sorte ao lado daquele negro malandro!”. Nesse instante, ela correu em direção ao outro lado da viela e lá estavam os dois que a estavam perseguindo. Sentindo–se sem salvação, começou a pedir para São Jorge, seu santo de devoção a quem sempre teve um grande carinho e fé, para que a socorresse. Como em um passe de mágica, mais do que depressa, veio aquele negro todo engomado, cheio de passos bonitos até pra andar e disse: “Boa noite seu moço, você diz que me conhece, tem razão de me conhecer, eu nasci de madrugada antes do dia amanhecer”.
Em seguida, retirou do bolso da sua calça, uma navalha e como se fosse cortar um papel perfura o rosto do perdedor inconformado, que logo sai todo molhado com seu próprio sangue ruim e cheio de ódio. Os dois, mais do que depressa, também resolvem se retirar por medo ou por simplesmente vontade de não estar ali naquele nevoeiro que aumentava cada vez mais, fazendo o pavor crescer ainda mais. Ao se virar, Maria percebeu que a roupa branca do nego malandro estava cheia de sangue, resultado do corte do inimigo que tentara incomodar a bela mulher. Então, num intuito de agradecer ao seu belo herói, ela o convidou para que ele fosse pelo menos amenizar as manchas que estivera em sua nobre roupa e eles, assim, foram conversando, dando muitas risadas e ela cada vez mais seduzida e ele cheio de chamego pela bela moça. Ao chegar, ele retirou o paletó e ela começou a lavá-lo. Em seguida, deixouo secar um pouco, porém, não houve sucesso na retirada de toda a mancha e eles começaram a beber. Ela tinha, não se sabe porquê, uma garrafa de coquinho que serviu a si e ao herói. Ele, cada vez mais sedutor, fazia-a dar altas risadas enquanto o irmão dela roncava em sono pesado, sem imaginar que tinha visita. De tanto beber, ela acabou adormecendo e ao acordar sentiu algo diferente em si mesma, como se estivesse mais ousada, mais capaz, mas forte. Ao se levantar, o belo homem já tinha ido sem deixar rastro, apenas um bilhete e a navalha em cima como apoio. No bilhete, ele dizia: “Obrigado por confiar em mim. Essa navalha nos une para todo o sempre e
com ela vais cortar a injustiça, a maldade e a mentira. Saiba usar porque seu fio de corte está ligado diretamente ao seu coração saiba separar os bons dos maus e eu estarei sempre ao seu lado”.
Seu olho se encheu de água com a partida do seu eterno herói, sem nem ao menos um beijo de despedida, nada, apenas aquela navalha. Logo ela que demorou tanto para se simpatizar com outro homem, mal isso tinha acontecido e já houve a separação. Conforme ele disse, ela fez. Sempre que precisava de ajuda, a navalha a ajudava, tanto que os homens e pessoas ruins a apelidaram de Maria Navalha. Não havia quem a não conhecia. Logo que a vida começou a melhorar, ela comprou um chapéu Panamá de fita vermelha igual ao do seu amado e usava sempre para todo lado que ia. Às vezes, achavam que ela gostava de mulheres, pois fazia uma cara de mau e brigava como um homem, mas na verdade ela sempre esperava um dia poder reencontrar seu grande amor. Texto da médium Grazieli,que incorpora Dona Maria Navalha.
Pontos Cantados : Foi numa mesa de bar numa mesa de bar que Maria Navalha trabalhava ela trabalhou, ela trabalhava Maria Navalha é mulher da madrugada! Dizem que se perdeu Onde será que se meteu Fez história na Bahia Dizem que até nasceu por lá Esta linda pomba gira A Maria da navalha Ela prefere a multidão
A viver na solidão Parece que foi destino Que a colocou no meu caminho Mulher você é um tormento Que não sai do meu pensamento Eu sou Zé Pelintra O teu amante e companheiro Eu vou beber vou farriar para a polícia me levar eu moro em Casa Amarela lá nas sete esncruzilhadas e quem quizer saber meu nome sou eu Maria Navalha. Ô Anália Cadê Maria Navalha ela é moça bonita que se veste com sete saias
eu a procuro mas não vejo Cadê Maria Navalha?
Vai pro Japão jandáia vai pro Japão jandáia Mulher de malandro tem nome e se conhece pela saia vara curta e onça brava ela é maria navalha este ponto afirmado é de Navalha! “Quem foi que disse que mulher não briga bem
Quem foi que disse que mulher tem que chorar Eu firmo meu ponto na folha da Marambaia Corto demanda na Umbanda Me chamam Maria Navalha"
CIGANA DE VERMELHO
Ela é uma cigana de vestido rodado. Parece jovem quando o olhar passeia vago sem deter-se em detalhes. Parece alegre, parece rir meio de tudo e de chorar quando as coisas não tem a menor importância. Quando as coisas são grandes e querem provocar melancolia, ela dança, porque o corpo concentrado e largado no ritmo exorciza as dores - pelo menos foi o que me disse. Nem pensei em duvidar. Conversamos sobre muitas coisas sempre que eu tenho tempo para uma visita. Dentre as coisas que gosta, além da música que é sua alma, estão os cremes, perfumes e rendados xales que ela possa carregar. Nada com peso. E quando conta isso, me olha desdenhosa e francamente como a me dizer que preciso aprender a viver sem os pesos que carrego. Ela também me disse que sua cor favorita é vermelha. Perguntei se não é um pouco vulgar depois de uma certa idade - ela tem aquele semblante indecifrável de quem tem muitos anos. Mas ela riu - aquele riso sem juízo de quem ainda é criança: vermelho só é vulgar se ele não faz parte de você, se ele não te define, senão é como uma segunda pele, me respondeu. Não ousei contestar. Eu a vi dançando, rodando as saias (imaginei que eram sete) do vestido, olhar penetrante, atirando a cabeça prá trás desafiando uma platéia imaginária. Nessa tarde fria e opaca, a sensualidade cigana que habita essa mulher iluminou o dia, e a
sensação de calor tomou conta da sala que pegamos emprestada para nosso encontro marcado. Ela se transformava enquanto girava e parecia ainda mais livre. Como se isso fosse possível. Ela me disse que mora na rua, assim mesmo, sem eira nem beira, porque paredes e tetos são prisões dissimuladas. Que muda de lá pra cá e de cá pra lá porque arrancar raízes é dolorido na hora de partir e "as partidas, você sabe, são inevitáveis", confidenciou quase num sussurro. Que tem medo do amor porque ele aprisiona mais que as paredes e os tetos e liberta mais do que as ruas - e quem pode viver num inferno desses - perguntou. Mas não esperou pela minha resposta e fo i logo dizendo que não tem um nome porque, se fosse assim, seria uma e ela sabe que é um pouco de cada mulher e que cada mulher aspira um pouco dela. Chamo-a de cigana, simplesmente, e ela, naturalmente, responde. Um dia pedi que lesse minha mão. Ela se ofendeu. Com que covardia eu esperava que ela tivesse as respostas para minhas perguntas? Com que comodidade eu queria que ela me dissesse que tudo estava definido, determinado e que o destino era um deus? Tem uma agressividade nela que me instiga a conhecê-la melhor ao mesmo tempo que ela destila suavidade. Perguntei de onde ela vinha, já que dava a entender que nem sempre sabia para onde ia. E quando ela me respondeu "Madrid", percebi que não era só uma cigana. Ainda que sem endereço, sem rumo e sem nome, ela é espanhola, flamenca e castanholas. Postado por FODOSKI às 20:27 Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut Links para esta postagem Marcadores: CIGANOS Reações:
CIGANA DAMIRA
Conta a tradição que, certa vez, uma cigana sentada em uma grande almofada colorida, no interior de sua tenda, quando em sua frente formou-se um clarão azul-celeste. Deste clarão, surgiu a imagem de uma linda mulher, sem características de cigana, mas parecendo uma daquelas deusas da mitologia grega. A mulher usava uma longa túnica e um véu que cobria seu nariz e sua boca, deixando descoberto somente seus grandes olhos negros. A linda mulher começou a falar com a cigana, usando um dialeto que ela desconhecia, mas que sua mente captava e transformava em uma mensagem: “A partir de agora, cigana, você usará pedras em suas magias. Bem perto daqui, existe uma gruta repleta de pedras. Vá até lá e apanhe muitas pedras coloridas”. Em seguida, o clarão se desfez, levando consigo a imagem da mulher. A cigana ficou muito assustada com tudo que acontecera, principalmente porque pedras não faziam parte dos rituais de seu povo. Levantou-se e foi caminhar pelos montes, onde existia uma cachoeira. De repente, observou que havia uma grande abertura nas rochas da cachoeira, e lembrou da mensagem que ouvira. Caminhou até a rocha, passou pela grande abertura e avistou uma gruta com muitas pedras, todas cheias de pontas e das mais variadas cores. Até parecia que um arco-íris estava ali, dentro da gruta. A cigana voltou ao acampamento, apanhou uma candeia para clarear a gruta, que era um pouco escura, e uma ferramenta com que pudesse bater nas pedras e quebrá-las em pequenos pedaços; e foi para a gruta na cachoeira.
Algum tempo mais tarde, saiu da gruta e voltou para o acampamento levando muitas pedras pontiagudas de várias cores; espalho-as no tapete de sua tenda e começou a admirá-las. As pedras transmitiam uma luz e uma força que a cigana desconhecia. Nesse momento, apareceu o mesmo clarão com a imagem da linda mulher, e a mente da cigana captou uma nova mensagem: “Essa será sua nova magia. A magia das pedras e dos cristais. Eu lhe darei a força da Atlântida e você será a primeira mensageira dos cristais do planeta Terra. Com os cristais, você e seu povo farão mentalizações para todas finalidades: curar doenças, atrair sorte e prosperidade no amor e nos negócios, afastar negatividade e muito mais.” Em seguida o clarão azul e a linda mulher desapareceram.
CIGANA NISSA
Nissa, a espanhola, era morena queimada de sol, de olhos esverdeados e cabelos castanhos. Essa cigana foi, e continuará sempre sendo, muito religiosa. Seus adereços Usava na cabeça um lenço vermelho. Nas orelhas trazia argolas de ouro; no pescoço, cordões de pedras coloridas; e, no dedo anelar da mão esquerda, uma grossa aliança em ouro. Sua magia Essa cigana gostava muito de flores-do-campo, principalmente as de cor vermelha. Ela não dispensava um saquinho dourado, no qual trazia suas cartas de símbolos antigos e uma pedra de quartzo azul, com que fazia magia. Hoje ela é um espírito de muita luz, sua mensagem quando chega à Terra é esta: “Deus Nosso Senhor é o miolo do mundo e nós, espíritos, somo s apenas um mensageiro aqui na Terra. Sem sua permissão nós não somos nada.”