Bibliografia I - Educador 1 – CARVALHO, R. E. Educação Inclusiva com os pingos nos “is”. Correntes históricas na área da educação: antiguidade primitiva (voltada para o cotidiano);
clássica
(espirito
e
corpo);
Idade
média
(cristianismo);
Renascimento (marcantes descobertas); Idade Moderna (homem interessado na natureza); Positivismo (otimismo pedagógico); Escalonovismo (valorizar a atividade espontânea da criança); Estágio pós-moderno (escola reproduz o status quo vigente, na medida em que alimenta os movimentos geradores da desigualdade social). Proposta da educação inclusiva: envolver a todos e a cada um, graças ao interesse e à motivação para aprendizagem. Pingos nos “is” – reflexões – individualidade – identidade – ideais democráticos – remoção de barreiras.
Processos de avaliação – oferece subsídios para analisar as práticas e as politicas adotadas nas escolas, com vistas à ressignifica-las em beneficio do sucesso na aprendizagem e na participação de todos.
2 – CORTELLA, M. S. A escola e o conhecimento fundamentos epistemológicos e políticos. Significado do ser humano – sentido de nossa existência - homem é um cadáver adiado. Construtores de sentido – construtores de nós mesmos. Animal humano – capaz de ação transformadora consciente. Hominização – humano produzindo a cultura – nós humanos somos, um produto cultural; não há humano fora da cultura nela somos socialmente formados e historicamente determinados. Aprender é recordar/conhecer recordar/conhecer é descobrir. Verdade não é descoberta – é uma construção cultural e, portanto, mutável.
Reflexão entre educação e o conhecimento como construção. Saber com intenção e finalidade. Conhecimento – resultado do processo. Errar – decorrência de busca – quem não busca não erra. Otimismo ingênuo – autonomia absoluta – neutralidade – pessimismo ingênuo – otimismo crítico – pedagocidio.
Avaliação – identificar problemas e facilidades na relação ensino-aprendizagem de modo a reorientar o processo pedagógico.
3 – FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Aprendizado – quando o aprendiz se tornou capaz de recriar ou refazer o ensinado. Ensinar exige: rigorosidade metódica; pesquisa; respeito aos saberes dos educandos; criticidade; estética e ética; corporeificação das palavras pelo exemplo; aceitação do novo e rejeição; reflexão critica sobre a prática; reconhecimento e assunção de identidade cultural; consciência do inacabamento; reconhecimento de ser condicionado; autonomia do ser educando; bom senso; humildade, tolerância; apreensão da realidade; alegria e esperança; convicção de que a mudança é possível; curiosidade; segurança, competência profissional, generosidade; comprometimento; liberdade e autonomia; tomada consciente de decisões; saber escutar; ideológica; disponibilidade para o diálogo; querer bem aos educandos.
4 – FREITAS L. C. Eliminação adiada: o ocaso das classes populares no interior da escola e a ocultação da (má) qualidade do ensino. Eliminação adiada – avaliação institucional – avaliação do sistema – responsabilização – qualidade negociada. Ausência de reprovação não é sinônimo de aprendizagem e qualidade.
Eliminação adiada – identificar uma das situações geradas no processo de exclusão das camadas populares do interior da escola: o conceito referia-se à permanência dos alunos dessas camadas na escola durante algum tempo, postergando sua eliminação da escola e realizando-a em outro momento mais oportuno.
Qualidade negociada – reconhecer as falhas nas escolas, reconhecer as falhas nas politicas publicas, no sistema socioeconômico, etc. Politicas de Estado para a avaliação: instituir a obrigatoriedade da avaliação de sistema; instituir a obrigatoriedade de processos de avaliação projeto politicopedagógico das escolas; instituir a obrigatoriedade da avaliação do professor; definir um teto para gastos dos municípios. Avaliação em larga escala – externa; avaliação institucional – interna; avaliação da aprendizagem – professor em sala de aula.
5 – GATTI, B. Politicas docentes no Brasil: um estado da arte. Levantar e analisar compreensiva e integradamente politicas voltadas aos docentes no Brasil. Formação de professores – condições de trabalho. Estudar as novas competências que o professorado deve adquirir na sociedade atual: tornar a profissão mais atrativa; tornar a instituição educativa mais autônoma, mais responsável pela sua gestão pedagógica, organizativa e de pessoal. Politicas de currículo – concebe a função social da escola – professor é a autoridade institucional para dar cumprimento a essa função. Sistemas de avaliação externa – programas de formação continuada de profissionais da educação básica – programa pró-letramento – programa gestão da aprendizagem escolar – curso de especialização em educação infantil – carreira e remuneração dos professores – politicas de valorização do magistério (evasão de professores melhor capacitados para a rede privada). Importância do conjunto das politicas de ação implementadas nos três níveis de Federação e dos esforços de articulação das politicas pela União, na direção da ampliação da formação de docentes, de melhoria da carreira e dos salários e de oferta de apoios pedagógicos diversos.
6 – LA TAILLE, Y. Piaget, Vygostsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão.
Piaget – desde
o
nascimento,
o
desenvolvimento
intelectual
é
simultaneamente, obra da sociedade e do individuo. A socialização da inteligência só começa a partir da aquisição da linguagem.
Piaget – estágio sensório-motor (inteligência individual); estágio pré-operatório (trocas intelectuais equilibradas ainda são limitadas); estágio operatórioconcreto (alcança a personalidade) - A personalidade é o ponto mais refinado da socialização; estágio das operações formais (adolescência). Consciência de regras (Piaget) – anomia; heteronomia; autonomia. Autonomia – significa ser capaz de se situar consciente e competentemente na rede dos diversos pontos de vista e conflitos presentes numa sociedade. Noção de justiça – coação e cooperação.
Wallon – homem é “geneticamente social” – as fases da inteligência: 1impulsivo-emocional; 2 – sensório-motor e projetivo; 3 – personalismo; 4 – categorial; 5 – puberdade e adolescência. Eixo da teoria de Wallon – questão da motricidade (motor – psicomotor)
Vygotsky – consciência – organização objetivamente observável do comportamento, que é imposta aos seres humanos através da participação em práticas socioculturais. Dimensão social do desenvolvimento humano – funções psicológicas superiores referem-se a processos voluntários, ações conscientemente controladas, mecanismos intencionais.
7 – MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Ensinar a condição humana – ser humano – físico, biológico, psíquico, cultural, social, histórico. Circuito
cérebro/mente/cultura;
Circuito
razão/afeto/pulsão;
Circuito
individuo/sociedade/espécie. Caracteres antagonistas: sábio e louco; trabalhador e lúdico; empírico e imaginário; econômico e consumista; prosaico e poético.
Ensinar a identidade terrena – história da era planetária; legado do século XX (herança de morte, guerras mundiais, armas nucleares, morte ecológica, ameaça do vírus (aids), drogas pesadas). Esperança na educação.
Ensinar a compreensão – compreensão mútua entre os seres humanos; necessidade de estudar a incompreensão. Compreender – apreender em conjunto, abraçar junto (o texto, o contexto, as partes, o todo, o múltiplo e o uno). Obstáculos para a compreensão: ruído; polissemia; ignorância dos ritos e costumes do outro; incompreensão dos valores; egocentrismo; etnocentrismo; sociocentrismo.
8 – RIOS, T. Ética e competência. Homem – culto – participação – criação de cultura – estabelecer normas, ações, valores e crenças.
Educação – envolvimento no contexto social onde está inserida. Escola – espaço de transmissão sistemática do saber historicamente acumulado pela sociedade, com o objetivo de formar indivíduos, capacitando-os a participar como agentes na construção dessa sociedade. Função da educação: dimensão técnica e politica.
Cultura – relação da educação e a sociedade, o mundo transformado pelo homem.
Homem – ser-no-mundo. Mundo – está dentro do homem, há uma reciprocidade. Trabalho – essência do homem. Competência = saber fazer bem. 9 – SACRISTAN, J.G. Compreender e transformar o ensino. Funções sociais da escola: reprodução – reconstrução critica do conhecimento e da experiência. Mecanismos de socialização – processo de socialização (preparação para o mundo do trabalho). Teorias de aprendizagem: E-R; teorias mediacionais; teorias cognitivas; teorias do processamento da informação.
Ensino para compreensão: transmissão cultural; treinamentos de habilidades; fomento do desenvolvimento natural; produção de mudanças conceituais. Currículo – construção. Currículo como processo – avaliado, organizado, em ação.
10 – SAVIANI, D. Histórias das ideias pedagógicas no Brasil. Pedagogia Tradicional (religiosa) 1549 – 1759 - monopólio da vertente religiosa da pedagogia tradicional; Pedagogia Tradicional (leiga) 1759 – 1932 - coexistência entre as vertentes religiosa e leiga da pedagogia tradicional – visão leiga predominante. Pedagogia Nova 1932 – 1969 – predomínio da concepção moderna; Pedagogia Tecnicista e Produtivista 1969 – 2001 – emergia a visão critica. Princípios da análise das ideias pedagógicas no Brasil: caráter concreto do conhecimento histórico- educacional; perspectiva de “longa duração”; olhar analítico-sintético no trato com as diferentes fontes; articulação do singular e do universo, entre o local, o nacional e o internacional; atualidade da pesquisa histórica. O autor expressa otimismo, ao defender como bandeira uma educação pública e de qualidade para todos os brasileiros.
11 – TEIXEIRA, A. A escola pública universal e gratuita. Tema: politica educacional - reunião dos ministros da educação - Escola eficiente e adequada para todos – evolução da educação – Declaração de Lima – educação a grande igualadora das condições entre os homens.
A educação comum para todos – ir além do ler, escrever e contar. Precisa formar hábitos de competência executiva, ou seja, eficiência de ação, hábitos de sociabilidade. Interesse na companhia de outros, para o trabalho ou o recreio; hábitos de gosto, de apreciação da excelência de certas realizações humanas (arte); hábitos de pensamento e reflexão (método intelectual) e sensibilidade de consciência para os direitos e reclamos seus e de outrem.
Bibliografia II – Docente 1 - ABRAMOVAY. M; CASTRO M. G. SILVA L. B. Juventudes e sexualidade. Sexualidade – dimensão do ser humano que envolve: gênero, identidade sexual, orientação sexual, erotismo, envolvimento emocional, amor e reprodução. É experimentada ou expressa em pensamentos, fantasias,
desejos,
crenças,
atitudes,
valores,
atividades,
práticas,
papéis
e
relacionamentos.
Juventude – ciclo decisivo para demarcação de diferenças de gênero no campo de identidade.
Adolescência – iniciação sexual dos jovens; gravidez juvenil; métodos e formas de contracepção; aborto inseguro; DST/AIDS; riscos à saúde e a vida dos jovens; ressignificando sexualidade, por violência sexual (assedio sexual, sedução, atentado violento ao pudor, prostituição infantil, incesto e estupro); preconceitos e discriminações.
Intervenção da escola no campo da sexualidade – complexa, com riscos – a escola é intrinsecamente orientada para disciplinamentos, ênfase na razão e no controle, preocupando-se em ministrar conhecimentos especializados e ensinar para a vida em coletividade. A sexualidade pede observação de desejos, individuação e atenção para as tênues fronteiras entre prazer, libido e pulsões e o fixar limites para que tais orientações individuais não ponham em risco projetos civilizatórios, a convivência e o direito do outro.
2 - FREURI, R. M. Educação Intercultural: mediações necessárias. Interculturalidade, multiculturalidade, diferença cultural, identidade cultural, diversidade, etnia, gênero, infância, complexidade.
Intercultura – complexo campo de debate entre as variadas concepções e propostas que enfrentam a questão da relação entre processos identitários socioculturais diferentes, focalizando especificamente a possibilidade de respeitar as diferenças e de integrá-las em uma unidade que não as anule.
Cultura escolar – onde o aluno recebe uma gama de normas e condutas que pressupõe o seu comportamento na sociedade em que vive. Socialização das práticas educativas – grupos exclusos (índios, homossexuais, comunidades periféricas, entre outras).
Atividade formativa e didática – formas e conteúdos da cultura interiorizada pelos indivíduos na vida cotidiana, a variedade dos canais e das experiências com que estabelecem contato de acordo com sua posição social, as sínteses
de modelos – frequentemente contraditórios – que vão elaborando no discurso da própria vida.
3 – LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. Aprender a avaliar – aprender os conceitos teóricos sobre avaliação, mas aprender também a praticar essa avaliação em atos do cotidiano. Ato de examinar – classificação e seletividade. Ato de avaliar – diagnóstico e pela inclusão. A avaliação opera com desempenhos provisórios, na medida em que ela subsidia o processo de busca dos resultados os melhores possíveis. Avaliar é atribuir um valor a fatos, objetos e desempenhos. Instrumentos de avaliação: provas objetivas; provas abertas; operatórias; observação e auto avaliação. Ferramenta importante – observação de registros. Funções e parâmetros da avaliação – função diagnóstica, controle, classificação. Segundo o autor – todos devem avaliar e ser avaliados. A mudança exige uma postura pedagógica do educador na qual ele reconheça que a sua função é assegurar ao aluno condições reais que lhe possibilitem aprender e conhecer.
4 – MOREIRA, A. F. B. Currículo, diferença cultural e diálogo. Multiculturalismo – tem sido empregado para indicar o caráter plural das sociedades ocidentais contemporâneas, essa condição inescapável do mundo atual, à qual se pode responder de diferentes formas, mas não se pode ignorar.
Multiculturalismo critico – examiná-la e questioná-la. Multiculturalismo benigno – identificar as diferenças e a estimular o respeito, a tolerância e a convivência entre elas.
Cultura – processo social constitutivo que cria modos de vida distintos e específicos.
Intercultural – não basta reconhecer a diferença, é preciso estabelecer uma relação, a inter-relação entre pessoas de culturas diferentes para justamente permitir um entendimento recíproco, de tal forma que essa relação implique um desafio à reelaboração de cada um.
Implicação para a prática pedagógica: daltonismo cultural; reescrever o conhecimento; ancoragem social.
5 – TARDIF, M. LESSARD, C. O Trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Objetivo da obra: penetrar no coração do processo de escolarização; analisar e compreender o trabalho docente tal como é desenvolvido, a um tempo conforme as representações e situações de trabalho vividas e denominadas pelos próprios atores e segundo condições, os recursos e as pressões reais das suas atividades cotidianas. Docência moderna – lugar organizado, espacial e socialmente separado dos outros espaços da vida social cotidiana. Divisão do trabalho – organização cognitiva e simbólica do currículo escolar. Ponto de vista administrativo – conteúdos e duração pela organização escolar em função das normas oficiais emanadas geralmente do governo e negociadas com as associações e sindicatos de professores. Condições de trabalho – trabalho diário, semanal, anual, etc. e jornadas de trabalho. Ensinar – agir em função de objetivos no contexto de um trabalho relativamente planejado no seio de uma organização escolar burocrático. Experiência do trabalho docente – multidimensional (domínio, identidade, personalidade, conhecimento, critica, etc).
6 – SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Currículo – curriculum – pista de corrida – caminho. Envolvido naquilo que somos, naquilo que nos tornamos, portanto, na nossa subjetividade, na nossa identidade. Currículo – questão de saber, poder e identidade.
Teorias tradicionais: ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização planejamento, eficiência, objetivos.
Teorias criticas: ideologia, reprodução cultural e social; poder; classe social; capitalismo; relações sociais de produção; conscientização; emancipação e libertação; currículo oculto; resistência.
Teorias
pós-criticas: identidade,
alteridade,
diferença;
subjetividade;
significação e discurso; saber-poder; representação; cultura; gênero, raça, étnica, sexualidade, multiculturalismo.
7 – ZABALA, A; ARNAU, L. Como aprender e ensinar competências. Formação para desenvolvimento de capacidades. Aprender mediante uma situação real e determinada. Competência no âmbito escolar – identificar o que qualquer pessoa necessita para responder ao problema aos quais será exposto ao longo da vida. Conteúdos: factuais; conceituais; procedimentais; atitudinais. Competências – abrange todas as capacidades do ser humano. Delors (UNESCO) 4 pilares: aprender a conhecer; a fazer; a viver com os outros; a ser. Diferentes conteúdos se aprendem de diferentes formas:
Fatos – telefones, datas comemorativas, nomes – memória (exercitar e repetir várias vezes).
Procedimentos – dirigir carros, cozinhar, algoritmo – frequência (receber ajuda daquele que sabe).
Conceitos – sistema alfabético, fotossíntese, divisão – construção pessoal (pensar, comparar, compreender, estabelecer relações).
Atitudes – responsabilidade, hábito de leitura, solidariedade – coerência (vivenciar situações que representam valores).