EME734 – Técnicas Experimentais em Metalurgia ENSAIOS MECÂNICOS Prof. Adriano Scheid
Introdução: Propriedades mecânicas indicam o comportamento dos materiais quando sujeitos a esforços de natureza mecânica, representando a capacidade de resistir ou transmitir esforços sem romper ou deformar além do previsto. Estas propriedades são determinadas a partir de ensaios mecânicos padronizados, como: ensaio de tração uniaxial, ensaio de impacto, ensaio de dureza, etc.
Introdução: Propriedades mecânicas indicam o comportamento dos materiais quando sujeitos a esforços de natureza mecânica, representando a capacidade de resistir ou transmitir esforços sem romper ou deformar além do previsto. Estas propriedades são determinadas a partir de ensaios mecânicos padronizados, como: ensaio de tração uniaxial, ensaio de impacto, ensaio de dureza, etc.
Ensaios Mecânicos
Propriedades Mecânicas em Tração Relação tensão-deformação Deformação Elástica Comportamento tensão-Deformação O grau com o qual a estrutura cristalina se deforma depende da magnitude da tensão aplicada. Para tensões baixas, a relação entre a tensão e a deformação é dada por:
Descarregamento
o ã s n e T
Coeficiente angular = Módulo de Elasticidade
Carregamento
Deformação
Esta é conhecida como lei de Hooke, com comportamento linear entre a tensão e a deformação, sendo E a constante de proporcionalidade ou Módulo de Elasticidade ou
Propriedades Mecânicas em tração: Tensão e Deformação Deformação Elástica Na região de deformação elástica, o comportamento pode ser pensado como a rigidez do material ou resistência à deformação Elástica. Neste regime de deformação, uma vez que a carga for cessada, o componente retorna às suas dimensões originais. Módulo de Elasticidade Descarregamento
Metal ou Liga Alumínio Latão Cobre Magnésio Níquel Aço Titânio Tungstênio
o ã s n e T
Coeficiente angular = Módulo de Elasticidade
Carregamento
Propriedades Mecânicas: Tensão e Deformação Deformação Elástica Não Linear Alguns materiais (Ferro Fundido Cinzento, Polímeros, Concreto) podem apresentar comportamento não linear, sendo então representados pelos Módulos Tangente ou Secante.
O Módulo Tangente é calculado em uma determinada tensão e o Módulo Secante é sempre considerado da origem até um dado valor de tensão.
Módulo Tangente (em
o ã s n e T
Módulo Secante (entre a origem e 1)
2)
Propriedades Mecânicas: Deformação Elástica E l a i c n e t o P a i g r e n E
o ã s l u p e R
o ã ç a r t A
Energia Repulsiva E R
Separação Interatômica r Energia Resultante EN
Energia Atrativa E A
Força Atrativa F A
a ç r o F
o ã ç a r t A o ã s l u p e R
Separação Interatômica r Força Repulsiva FR Força Resultante FN
Em escala atômica, a deformação elástica é manifestada como pequenas mudanças no espaçamento atômico ou estiramento das ligações atômicas.
Propriedades Mecânicas: Deformação Elástica
Material com Ligações Fortes
F a ç r o F
Separação r
Material com Ligações Fracas
Propriedades Mecânicas: Deformação Elástica O Módulo de Elasticidade é similar entre Metais e Cerâmicos, sendo significativamente menor para os Polímeros, como conseqüência dos diferentes tipos de ligação atômica de cada material. Temperatura (ºF)
Tungstênio
) a P G (
e d a d i c i t s a l E e d o l u d ó M
) i s p
6
Aços
Alumínio
0 1 ( e d a d i c i t s a l E e d o l u d ó M
Propriedades Mecânicas Propriedades Elásticas dos Materiais Como resultado da aplicação de tensão no eixo z, surgem deformações nos eixos x e y. A razão de Poisson () é definida como a razão da deformação no eixo x e y em relação a z, conforme segue: Módulo de Elasticidade Metal ou Liga Alumínio Latão Cobre Magnésio Níquel Aço Titânio Tungstênio
Razão de Poisson
Propriedades Mecânicas Limite de Escoamento Os projetos são concebidos para que o componente trabalhe no regime elástico, sob pena de perder as dimensões ou deixar de funcionar adequadamente se deformado plasticamente. Limite de Escoamento de Engenharia
Limite de Escoamento Nítido
Elástica Plástica
Tensão de Escoamento Superior
Tensão de Escoamento y Tensão de Escoamento y o ã s n e T
o ã s n e T
Deformação
Tensão de Escoamento Inferior
Propriedades Mecânicas: Deformação Plástica dos Materiais A maioria dos materiais apresenta deformação no regime elástico até cerca de 0,5%. Quando a tensão promove deformações superiores a este valor, surge um outro modo de deformação, chamado deformação Plástica. Neste regime, o material não retorna à dimensão original quando cessada a tensão. Deformação o ã s n e T
A deformação Plástica envolve a ruptura de ligações atômicas com a formação ou estabelecimento das ligações em regiões diferentes das anteriores no material. Este processo ocorre pela geração de movimentação de discordâncias.
Deformação Plástica Metais – Movimento de Discordâncias
Tensão de Cisalhamento
Plano de Escorregamento Discordância em Cunha
Tensão de Cisalhamento
Tensão de Cisalhamento
Degrau de Escorregamento
Deformação Plástica Metais – Movimento de Discordâncias (a) Sistema de Escorregamento {111} [110] da estrutura CFC (b) Plano (111) com as três direções de escorregamento [110]
Metais
Plano Escorregamento Cúbica de Face Centrada Cúbica de Corpo Centrado
Hexagonal Compacto
Direção Escorregamento
Número de Sistemas Escorregamento
Deformação Plástica - Metais Policristalinos Em materiais Policristalinos, a movimentação da discordância ocorre ao longo do sistema de escorregamento que possui orientação mais favorável.
Propriedades Mecânicas Limite de Resistência à Tração A tensão máxima ou limite de Resistência à tração é a máxima tensão suportada pelo material submetido a ensaio de tração. A partir do escoamento, o material: a- se deforma plasticamente até o máximo M da curva (deformação uniforme) com encruamento associado. b- Entre M e F, a tensão cai, como resultado do coslescimento de microcavidades, o que resulta na estricção do corpo de prova.
o ã s n e T
Deformação
Propriedades Mecânicas: Ductilidade A ductilidade é uma medida do grau de deformação plástica até a fratura. Os materiais podem ser: a- Frágeis: pequena (<5%) deformação plástica até a fratura. b- Dúcteis: apresentam grande deformação plástica até a fratura. É uma propriedade importante para referir a deformação até a ruptura e para conhecer a capacidade de deformação plástica em processos. Frágil Dúctil
o ã s n e T
Propriedades Mecânicas Liga Metálica
Escoamento MPa (ksi)
Resistência MPa (ksi)
Ductilidade A (%) em 50mm
Alumínio Cobre Latão (70Cu-30Zn) Ferro Níquel Aço (1020) Titânio Molibdênio
O limite de escoamento, a resistência mecânica e a ductilidade são sensíveis à temperatura.
) a P M ( o ã s n e T
) i s p 3 0 1 ( o ã s n e T
Propriedades Mecânicas Resiliência É a capacidade de absorver energia quando deformado elasticamente e, então, devolvê-la no descarregamento. O módulo de resiliência é dado por U r .
Tenacidade É a capacidade do material de absorver energia até a fratura. Um material tenaz precisa ser resistente e dúctil. É uma medida da área abaixo da curva tensãodeformação.
o ã s n e T
Deformação
Frágil
o ã s n e T
Dúctil
Propriedades Mecânicas Curva Tensão-Deformação Verdadeira A curva tensão-deformação verdadeira considera a área instantânea da seção ao invés da área inicial do corpos de prova. Para a região de estricção, surgem componentes de tensão adicionais à tensão axial, de forma que surge a curva de tensão verdadeira corrigida: Verdadeira
o ã s n e T
Corrigida
Engenharia
Deformação
Propriedades Mecânicas Curva Tensão-Deformação Verdadeira Onde n é o expoente de encruamento, dependente de cada material e K também é uma constante. Material Aço Baixo Carbono (Recozido) Aço Liga 4340 Temperado e Revenido a 315ºC) Aço Inoxidável 304 (Recozido) Cobre (Recozido) Latão Naval (Recozido) Liga Alumínio 2024 (Trat. Térm. T3) Liga Magnésio AZ-31B (Recozida)
Propriedades Mecânicas Recuperação Elástica após Deformação Plástica Quando a deformação plástica é cessada, ocorre uma recuperação da deformação referente ao comportamento elástico. Esta recuperação é particularmente importante para processos de conformação mecânica a frio. Outro efeito importante da deformação plástica está relacionado ao novo limite de escoamento que o material apresenta após ter sido deformado plasticamente. O novo Limite de Escoamento é maior que o original, sem deformação plástica associada.
Descarga o ã s n e T
Reaplicação da carga Deformação Recuperação
Ensaio de Tração Uniaxial Conceito: O ensaio de tração consiste em submeter um corpo de prova padronizado a força de tração uniaxial crescente até a sua ruptura. Máquinas Universais de Ensaios: O ensaio é realizado em máquinas universais de ensaios (MUE), que podem ser hidráulicas ou mecânicas (fuso). As máquinas hidráulicas (mais antigas) apresentam limitação de controle da velocidade de ensaio. Atualmente, máquinas com acionamento servo-hidráulico podem controlar adequadamente a velocidade; As máquinas mecânicas (com fuso) apresentam controle de velocidade e apresentam menor investimento quando a finalidade é a realização de ensaio de tração uniaxial.
Ensaio de Tração Uniaxial Procedimento de ensaio – Máquina Universal de Ensaios
Propriedades Mecânicas em Tração - Normas
Outras Normas: NBR 6152 - Materiais metálicos ambiente.
– Ensaio
de tração à temperatura
ASTM E8 - Standard Test Methods for Tension Testing of Metallic Materials ISO 6892 Metallic materials -Tensile testing at ambient temperature DIN 50125 - Testing of metallic materials - Tensile test pieces (Foreign
Propriedades Mecânicas em Tração Corpos de Prova: 1- Os corpos de prova para ensaio de tração uniaxial deverão seguir uma norma de referência; 2- As dimensões deverão ser adotadas respeitando a capacidade da máquina universal de ensaios. 3- Os corpos de prova apresentam seções normalmente circulares ou retangulares, podendo ser semi-coroa circular quando forem preparados a partir de tubos. 4- Os corpos de prova usados no ensaio de tração uniaxial apresentam três regiões distintas: região de agarre (cabeça), raio de concordância e região útil.
Propriedades Mecânicas em Tração
Propriedades Mecânicas em Tração Ensaio em seções tubulares
Propriedades Mecânicas em Tração Fixação dos Corpos de Prova na MUE a- por cunha, b – por rosca, c assentamento esférico.
–
por flange e d
– por
Propriedades Mecânicas em Tração – ASTM A 370
Propriedades Mecânicas em Tração
Propriedades Mecânicas em Tração A padronização dos corpos de prova permite: 1- a fácil adaptação do corpo de prova à MUE; 2- evitar sobredimensionamento e inviabilização do ensaio; 3- facilitar a determinação das propriedades em tração; 4- comparar valores de propriedades com outros ensaios; 5- eliminar falhas na fabricação dos corpos de prova que interferem no ensaio.
Propriedades Mecânicas em Tração Limite de Escoamento ou resistência ao escoamento A resistência ao escoamento poderá ser determinada pela divisão da força de escoamento pela área da seção transversal inicial da região útil do corpo de prova. Neste caso, é dito Limite de Escoamento Nítido e poderá ser calculado como superior ou inferior. Tensão de Escoamento Superior
Re = Fe / A0
Tensão de Escoamento R e o ã s n e T
Tensão de Escoamento Inferior
Deformação
Propriedades Mecânicas em Tração Limite de Escoamento ou resistência ao escoamento A resistência ao escoamento poderá ser determinada pela divisão da força atingida em um percentual de deformação plástica pela área da seção transversal inicial da região útil do corpo de prova e será chamado de Limite de Escoamento de Engenharia ou convencional. Elástica Plástica Tensão de Escoamento R 0,002
R0,002 = F0,002 / A0
o ã s n e T
Deformação
Propriedades Mecânicas em Tração Limite de Resistência à Tração ou resistência mecânica A tensão máxima ou limite de Resistência à tração é a máxima tensão suportada pelo material submetido a ensaio de tração. A partir do escoamento, o material: a- se deforma plasticamente até o máximo M da curva (deformação uniforme) com encruamento associado. b- Entre M e F, a tensão cai, como resultado do coaslescimento de microcavidades, o que resulta na estrição do corpo de prova.
Rm
Fm M F
o ã s n e T
Rm = Fm / A0 Rr = Fr / A0 (menos usual)
Deformação
Fr
Propriedades Mecânicas em Tração A ductilidade é uma medida do grau de deformação plástica até a fratura. A ductilidade pode ser medida pelo aumento de comprimento a partir da marcação do corpo de prova ou por extensômetros. Alongamento (A%):
A%
Propriedades Mecânicas em Tração A ductilidade pode ser medida pela Estricção ou Redução de Área (Z%): Estricção (Z%): Z%
Propriedades Mecânicas em Tração – Uniões Soldadas Corpos de Prova Soldados Para ensaio de tração em soldas, os corpos de prova poderão ser retirados na direção do cordão, conforme segue:
Propriedades Mecânicas em Tração – Uniões Soldadas Corpos de Prova Soldados Os corpos de prova poderão ser retirados com o cordão no seu centro, em referência à norma API 1104/1994: As bordas deverão ser lisas e paralelas
O reforço da solda não deverá ser removido, conforme norma API
Propriedades Mecânicas em Tração – Uniões Soldadas Critérios de Avaliação conforme API 1104 / 1994 : A resistência à tração da solda, incluindo a zona de fusão de cada CP, deverá ser maior ou igual à resistência à tração especificada para o material da tubulação, mas não necessáriamente superior à resistência do material usado. 1- Para ruptura fora do cordão (fora da zona de fusão): Quando a resistência é igual ou superior à mínima tensão de tração especificada para a tubulação, a solda deverá ser aceita e considerada conforme os requisitos. 2- Para ruptura no cordão de solda (na zona de fusão): Quando a resistência à tração é maior ou igual à especificação da tubulação e são atendidos requisitos de penetração, fusão, porosidade e inclusões (em nickbreak), a solda deverá ser aceita. 3- Para ruptura abaixo da resistência mínima especificada para o material da tubulação, a solda deverá ser rejeitada e outro teste deverá ser
Transição Dúctil-Frágil Este tipo de comportamento ocorreu primeiramente em grandes e contínuas estruturas como vasos de pressão, tubulações, navios de guerra, pontes e outras estruturas, frequentemente construídas por soldagem. Histórico: 250 navios na 2º guerra mundial apresentaram fratura frágil, tendo aços dúcteis como matéria-prima. Destes, 19 romperam ao meio. Temperatura ( 0F)
Escala
Posição Inicial Pêndulo de Impacto
Ponteiro
Altura final CP
Apoio
) J ( o t c a p m I e d a i g r e n E
Energia de Impacto Fratura por Cisalhamento
) % ( o t n e m a h l a s i C r o p a r u t a r F
Fratura Frágil
Fratura Frágil Fratura Frágil em Aços Normalmente Dúcteis Fatores que devem estar presentes simultaneamente para causar fratura frágil: 1- Concentração de Tensões: Pode ser um defeito de soldagem, uma trinca de fadiga, trinca corrosão-fadiga ou entalhe de projeto como canto “vivo”, rasgo de chaveta ou raio de concordância. Concentrações de tensão estão freqüentemente presentes pelo projeto, em função da necessidade de cantos “vivos”, furos, chavetas e de forma não intencional por defeitos de fabricação ou uso. Um grande cuidado tem sido dedicado à prevenção destes fatores que geram concentração de tensão nos metais podendo, mesmo assim, ocorrer e influenciar no comportamento dos aços.
Fratura Frágil Fratura Frágil em Aços Normalmente Dúcteis Fatores que devem estar presentes simultaneamente para causar fratura frágil: 2- Tensão Trativa: A tensão trativa deve apresentar magnitude suficiente para causar deformação plástica microscópica na concentração de tensão. Pode ser tanto uma tensão aplicada como uma tensão residual. Durante o carregamento em serviço, o aparecimento de tensões trativas é muitas vezes inevitável. Por outro lado, cuidado especial pode ser dedicado para que tensões residuais estejam ausentes ou sejam minimizadas.
3- Temperatura Baixa: Em baixas temperaturas, a possibilidade de ocorrência de fratura frágil será maior. A temperatura de transição dúctil/frágil pode ser superior à ambiente para alguns aços. Para certas aplicações a temperatura pode ser controlada, mas não em todos os casos. Neste caso, o aço deve ser o fator de controle.
Ensaio de Impacto
Ensaio de Impacto Charpy-Izod (ASTM A 370) Conceito: O ensaio de impacto consiste em submeter um corpo de prova pré-entalhado e apoiado a uma carga dinâmica aplicada por meio de um pêndulo (martelo), liberado a partir de uma altura pré-determinada. O pêndulo atinge o centro do corpo de prova no lado oposto do entalhe (charpy) ou no lado do entalhe (Izod), vindo a fraturá-lo.
Ensaio de Impacto Charpy-Izod (ASTM A 370) Tipos de ensaio de impacto:
Tenacidade em Impacto Charpy (ASTM A 370) Escala
Ponteiro
Posição Inicial Martelo de Impacto
Posição Final CP
Apoio
Tenacidade em Impacto Charpy (ASTM A 370)
Cutelo de Impacto
CP Entalhe V
Tenacidade em Impacto Charpy (ASTM A 370) Aspectos Importantes: 1- Padronização de Corpos de Prova, 2- Acabamento superficial dos Corpos de Prova / Entalhe, 3- Tipo de Cutelo de Impacto, 4- Calibração dos Equipamentos (Comprimento do eixo de rotação ao centro de impacto, Massa do pêndulo, Perdas por atrito, Termopares / Termômetros).
Corpos de Prova para Impacto Charpy (ASTM A 370)
Corpo de Prova para Impacto Izod (ASTM A 370)
Tenacidade em Impacto Char Ensaio Charpy Detalhes Máquina
Corpo de Prova padrão para Impacto Charpy (ASTM A 370)
Corpos de Prova Sub-size - Impacto Charpy (ASTM A 370)
Avaliações do Ensaio de Impacto Energia Absorvida em Corpo de Prova Padronizado Aspecto da Superfície de Fratura Contração Lateral (medida da ductilidade) Temperatura de Transição Dúctil-Frágil Ensaio usado para: - Avaliar a influência de elementos de liga - Avaliar diferentes tratamentos térmicos - Controle de Qualidade e testes de aceitação de materiais.
Transição Dúctil-Frágil Temperatura (0F)
) J ( o t c a p m I e d a i g r e n E
Energia de Impacto Fratura por Cisalhamento
Temperatura (0C)
) % ( o t n e m a h l a s i C r o p a r u t a r F
Transição Dúctil-Frágil Alguns fatores que afetam a transição Dúctil-Frágil Estrutura cristalina Metais de Baixa Resistência – CFC e HC ) J ( o t c a p m I e d a i g r e n E
Metais de Baixa Resistência - CCC
Materiais de Elevada Resistência
Temperatura (0C)
Transição Dúctil-Frágil Alguns fatores que afetam a transição Dúctil-Frágil em aços. Teor de Carbono – Eleva a temperatura de transição dúctil-frágil.
Transição Dúctil-Frágil Alguns fatores que afetam a transição Dúctil-Frágil em aços. Direção de Conformação
Ensaio de Impacto Charpy Procedimento de Ensaio em temperatura ambiente 1- Posicionar o corpo de prova pré-entalhado na posição de impacto, centralizando o mesmo a partir do entalhe 2- Zerar o ponteiro de arraste na escala do equipamento 3- Liberar o pêndulo de impacto e fraturar o corpo de prova 4- Realizar a leitura da energia absorvida na escala lateral 5- Medir a contração lateral com auxílio de paquímetro
Ensaio de Impacto Charpy Procedimento de Ensaio em baixa temperatura 1- Preparar a solução criogênica (Nitrogênio líquido, gelo seco + álcool, Gelo seco + metil-etil-cetona, outros) e ajustar a temperatura com auxílio de termômetro ou termopar. 2- Mergulhar os corpos de prova pré-entalhados na mistura criogênica e mantê-los mergulhados por 5 minutos, mantendo na temperatura de interesse. 3- Zerar o ponteiro de arraste na escala do equipamento 4- Em tempo máximo de 5 segundos: colocar o corpo de prova pré-entalhado na posição de impacto, centralizá-lo a partir do entalhe, liberar o pêndulo e fraturar o corpo de prova. 5- Realizar a leitura da energia absorvida na escala lateral
Ensaio de Impacto Charpy Procedimento de Ensaio em Soldas 1- Definir a região da solda que será avaliada, podendo ser: Metal base, ZAC ou Cordão de solda. 2- Usinar corpos de prova com comprimento maior que o CP padrão de 55mm. 3- Realizar macroataque químico, visando revelar as três regiões da solda. 4- Entalhar com brochadeira ou fresa a região de interesse que será avaliada no ensaio. 5- Cortar os corpos de prova na dimensão de 55mm a partir da posição do entalhe. 6- Realizar ensaio conforme procedimentos anteriormente
Propriedades Mecânicas Ensaios de Dureza Dureza - Conceito: “Resistência à deformação plástica localizada causada por um indentador”
Principais Métodos: - Brinell - Rockwell - Vickers - Knoop
Ensaio de Dureza Aspectos Importantes: 1- Preparação de Corpos de Prova: Superfície isenta de óxidos, graxas, óleos, sujeiras. Superfície Plana e perpendicular ao Penetrador 2- Seleção do método de Dureza em função da operacionalização, homogeneidade do material, espessura, objetivo do controle, entre outros. 3- Cuidado com o manuseio dos indentadores (instalação e desinstalação), 4- Calibração dos Equipamentos (Direta: força, dimensional do penetrador e sistema ótico (escala) ou relógio comparador. Indireta: Uso de blocos padrão de dureza certificados em cada escala a ser usada). 5- Verificação de funcionamento (blocos padrão).
Dureza Brinell J. A Brinell, 1900, primeiro método aceito e padronizado. O ensaio de dureza Brinell consiste em comprimir lentamente uma esfera de aço, de diâmetro D, sobre uma superfície através de uma força F, durante um tempo t. A compressão da esfera produz uma impressão permanente em forma de calota esférica de diâmetro d, que é medida por meio de um micrômetro ótico (microscópio ou lupa graduada), depois de removida a força. A medida d é a média de duas medições a 90º uma da outra.
Dureza Brinell Representação do Princípio:
Dureza Brinell Escalas: A dureza Brinell é representada pelos seguintes símbolos: 1- HB ou HBS, quando o penetrador é uma esfera de aço; utilizada em materiais que não excedam a dureza Brinell de 450. 2- HBW, quando o penetrador é uma esfera de metal duro, utilizada em materiais que não excedam a dureza Brinell de 650.
Dureza Brinell Representação dos resultados: O número de dureza Brinell deve ser seguido pelo símbolo HB, seguido pelo diâmetro da esfera, força e tempo de penetração. Exemplo: 350 HBS 5/750 – Dureza Brinell de 350, determinado com esfera de aço com 5mm de diâmetro e força de ensaio de 7355 N, durante 10 a 15 segundos.
Forças de Ensaio - Restrições 1- O diâmetro da impressão (d) deve estar entre 0,24 e 0,60D 2- A relação F/D² deve ser constante: F/D² = 30 – para durezas entre 95 e 415 kgf/mm² F/D² = 10 – para durezas entre 30 e 140 kgf/mm² F/D² = 5 – para durezas entre 15 e 70 kgf/mm² F/D² = 2,5 – para durezas até 30kgf/mm²
Dureza Rockwell Stanley P. Rockwell, 1919, método de dureza que utiliza uma pré-carga. Alia a rapidez, a facilidade de execução e o pequeno tamanho de impressão. O ensaio de dureza Rockwell está baseado na profundidade de penetração de uma ponta, subtraída da recuperação elástica decorrente da retirada da carga principal. A pré-carga serve para garantir o contato firme do penetrador com a superfície da peça cuja dureza será medida.
Dureza Rockwell Representação do Princípio: Rockwell Normal: Pré-carga de 10 kgf Rockwell Superficial: Pré-carga de 3 kgf Uma unidade Rockwell normal equivale a 2m de profundidade de penetração. Uma unidade Rockwell superficial equivale a 1m de profundidade de penetração.
Dureza Rockwell Escalas: A dureza Rockwell é representada pelos seguintes símbolos: 1- HR, que significa Hardness Rockwell, 2- Letras A, B, C, D e assim por diante, representam a escala de dureza utilizada para o ensaio. Exemplo: 59 HRC – Dureza Rockwell de 59, medida na escala C.
Dureza Vickers Smith e Sandland, 1925, levando o nome da Companhia Vickers-Armstrong Ltda, pioneira na fabricação deste tipo de máquina de ensaio de dureza. O ensaio de dureza Vickers está baseado na resistência à penetração de uma pirâmide de diamante com base quadrada e ângulo entre faces de 136º, sob determinada força. Uma vez que o penetrador é de diamante e que as impressões de dureza tem o mesmo formato independentemente da carga usada, diz-se que o número de dureza é o mesmo quaisquer que sejam as formas usadas no ensaio, desde que os materiais sejam homogêneos.
Dureza Vickers Representação Representa ção do Princípio:
Dureza Vickers Escalas: A dureza Vickers é representada pelos seguintes símbolos: 1- HV, HV, que significa Hardness Vickers, 2- A carga utilizada no ensaio em kgf. Exemplo: 500 HV10 – Dureza Vickers de 500, medida com carga de 10 kgf.
Dureza Knoop Frederick Knoop, National Bureau of Standards (agora NIST – USA), 1939. O ensaio de dureza Knoop está baseado na resistência à penetração de uma pirâmide de diamante com base rômbica e ângulo entre faces de 130º e 172º30 ’, sob determinada força. A profundidade de penetração é de cerca de 1/30 do seu comprimento.
Dureza Knoop Representação do Princípio: