ESCOLA TÉCNICA DAMA CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
PETÁIA SUCHARA
ESTUDO DE CASO: EPILEPSIA
CANOINHAS 2010 1
ESCOLA TÉCNICA DAMA CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
PETÁIA SUCHARA
ESTUDO DE CASO: EPILEPSIA
Trab Trabal alhho de Est Estudo udo de Caso aso que que será erá apresentado à Profª Enfª Jomara de Lemos C, comoo requis com requisititoo parcia parciall para para a obt obtenç enção ão de pon pontos tos nos nos Está stágios gios Super pervisi vision onad ados os Escola Técnica Dama – Canoinhas SC.
CANOINHAS 2010
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RESUMO
O presente trabalho buscou a elaboração de um estudo de caso referente uma cliente portadora de Epilepsia. Neste sentido, o estudo emergiu de uma experiência vivenciada durante o estágio de Fundamentos de Enfermagem. O início da coleta de dados ocorreu no Posto I do Hospital Santa Cruz de Canoinhas no dia 04 de agosto de 2010. Através do consentimento livre e esclarecido da cliente, inicio-se o estudo com uma análise documental (prontuário), e em seguida realizou-se anamnese e exame físico. Este trabalho teve como principal objetivo aprimorar conhecimentos sobre a patologia. Através deste estudo pode-se conhecer mais sobre a patologia, perceber que a enfermagem contribui de forma relevante para o levantamento diagnóstico, bem como, prestar uma assistência qualificada. Apesar da pouca permanência da cliente nas dependências do hospital, conseguiu-se alcançar o objetivo principal, aprimorar conhecimentos no assunto. Após toda a teoria revisada pode-se perceber que a enfermagem tem um grande papel no que diz respeito à assistência a cliente com epilepsia.
Palavras chaves: Epilepsia, Convulsão, Assistência de Enfermagem.
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LISTA DE SIGLAS CCs: Crises convulsivas; CPM: Conforme Prescrição Médica; EEG: Eletroencefalograma; EME: Estado de mal epiléptico; EMENC:Estado de mal epiléptico não convulsivo; EV: Via Endovenosa; HSCC: Hospital Santa Cruz de Canoinhas; IM: Intra-muscular; LCR: Líquido cefalorraquidiano; MMII: Membros Inferiores; MSD: Membro Superior Direito; PA: Pressão Arterial; SIC: Segundo Informações Colhidas; SSVV: Sinais Vitais; TC: Tomografia computadorizada; TCE:Traumatismo crânio encefálico; VO: Via Oral;
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......... INTRODUÇÃO...... ... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ..... .. ........................ ........................... ........................... ........................... ........................... ......................... ...........
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2 DESEN DESENVO VOLV LVIM IMEN ENTO TO DO TRA TRABA BALH LHO. O... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... ..
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2.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................... BIBLIOGRÁFICA................................ ........................... ........................... ................... ......
7
2.1.1 Definição da Epilepsia....................... Epilepsia..................................... ........................... ........................... ..................... .......
7
2.1.2 Causas, Manifestações e Fatores de risco........................ risco...................................... ..................
7
2.1.3 Fisiopatologia........................ Fisiopatologia...................................... ........................... ........................... ........................... .................... .......
7
2.1.4 Diagnóstico......................... Diagnóstico....................................... ........................... ............................ ............................. ..................... .......
8
2.1.5 Sinais e Sintomas........................ Sintomas...................................... ........................... ........................... ......................... ...........
9
2.1.6 Tratamento....................... Tratamento..................................... ........................... ........................... ........................... ....................... ..........
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2.1.6.1 Condutas terapêuticas....................... terapêuticas..................................... ........................... ........................... ................
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2.1.6.2 Terapia medicamentosa.......................... medicamentosa....................................... ........................... .......................... ............
11
2.2 METODOLOGIA................... METODOLOGIA................................. ........................... ........................... ........................... ....................... ..........
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2.2.1 Questões Éticas......................... Éticas...................................... ........................... ........................... ........................... ..............
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2.2.2 Coleta de Dados............................ Dados........................................ .......................... ........................... .......................... .............
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2.3 RESULTADOS E DISCUSSÕES....................... DISCUSSÕES................................... .......................... ....................... .........
15
2.3.1 Relatório das Atividades Desenvolvidas......................... Desenvolvidas....................................... ................... .....
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2.3.2 Histórico....................... Histórico..................................... ........................... ........................... ........................... ........................... ..................
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2.3.3 Identificação....................... Identificação..................................... ........................... ........................... ........................... ....................... ..........
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2.3.4 Exame Físico......................... Físico...................................... ........................... ........................... ........................... .................... ......
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2.3.5 Sinais Vitais....................... Vitais..................................... ........................... ........................... ........................... ....................... ..........
17
2.3.6 Medicamentos.......................... Medicamentos....................................... ........................... ........................... ........................... .................. ....
18
2.3.7 Evoluções............................ Evoluções......................................... ........................... ........................... ........................... ..................... .......
18
2.3.10 Assistência de Enfermagem....................... Enfermagem..................................... ........................... ...................... .........
19
3 CONS CONSIDE IDERAÇÕ RAÇÕES ES FINAIS FINAIS... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ..... ..
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.................. BIBLIOGRAFICAS................................ ........................... .......................... .............
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1. INTRODUÇÃO A Epilepsia constitui um grave problema de saúde que atinge todo o mundo. A incidência da epilepsia varia de acordo com a localização geográfica. Ela ocorre com maior freqüência nos países em desenvolvimento, onde há mais desnutrição, doenç do enças as infe infecci cciosa osass e de defifici ciênc ência ia no at aten endim dimen ento to mé médi dico. co. Em paí países ses ma mais is desenvolvidos, a incidência é de aproximadamente 1%, subindo para 2% em nações menos desenvolvidas. A epilepsia é mais comum na infância, quando aumenta a vulnerabilidade a infecções do sistema nervoso central (meningite), acid aciden ente tess (tra (traum umat atis ismo moss do crâni crânio) o) e do doenç enças as com comoo sara saramp mpo, o, varic varicel elaa e caxumba, cujas complicações podem causar crises epilépticas. Apresen Apresentata-se se com comoo jus justif tifica icativ tivaa da ela elabor boraçã açãoo dest destee trabal trabalho, ho, a ide identi ntific ficação ação pessoal com afecções do SNC, bem como o interesse pelo assunto despertado no decorrer dos estágios, onde se percebe a necessidade em aprofundar-se sobre o te tema ma,, po pois is em embo bora ra seja seja um assun assunto to pou pouco co discu discutitido do,, é um umaa do doenç ençaa mu muititoo preocupante que merece destaque. Porta Portant ntoo des desej ejaa-se se com com este este trab trabal alho, ho, ap apro rofu fund ndar ar conh conheci ecime ment ntos os sob sobre re a patologia, despertar o interesse de profissionais de saúde quanto à importância de uma assistê assistênci nciaa qua qualif lifica icada da e uma visão visão amp ampla, la, afinal afinal trata trata-se -se de vid vidas. as. Para Para tanto, o trabalho lista as principais complicações da patologia e esclarece sobre o plano de tratamento e condutas a serem tomadas perante a cliente com epilepsia.
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2. DESENVOLVIMENTO 2.1 REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS 2.1.1 Definição da Epilepsia Epilepsia (palavra de origem grega que quer dizer atacar de surpresa) é uma afecção crônica do Sistema Nervoso Central, na qual o paciente é predisposto a apresentar episódios agudos de descarga excessiva, anormal e transitória de células nervosas nervosas (crises (crises epilépticas epilépticas). ). Este Este qu quad adro ro po pode de ou nã nãoo ser ser acom acompa panh nhad adoo de Distúrbios do Comportamento ou Déficit das Funções. Para que se caracterize a epilepsia, é fundamental a repetição das crises, ou seja, uma crise isolada não constitui elemento para defini-la. 2.1.2 Causas, Manifestações e Fatores de risco. Fortes golpes na cabeça, infecções cerebrais, malformações congênitas, abuso de drogas e álcool são acontecimentos acontecimentos relevantes na manif manifestação estação da epilepsia, epilepsia, ainda que possam se passar dias, semanas ou anos entre a ocorrência da lesão e a primeira convulsão. Em alguns pacientes, as crises são desencadeadas por luzes piscantes, certos tipos de ruídos, leitura prolongada, privação de sono, fadiga, uso de álcool, hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue) etc. Na ma maio iori riaa dos casos casos,, porém porém,, des desco conhe nhecem cem-s -see as caus causas as que leva levam m ao seu seu surgimento 2.1.3 Fisiopatologia A epilepsia caracteriza-se por crises epilépticas repetidas e não é contagiosa. Às vezes, a pessoa com epilepsia perde a consciência, mas às vezes experimenta apenas pequenos movimentos corporais ou sentimentos estranhos. Porém, sintomas menores não significam que a crise seja de menor importância. Se as alterações epilépticas ficam restritas a uma parte do cérebro, a crise chama-se parcial; se o 7
cérebro inteiro está envolvido, chama-se generalizada. Crises parciais simples não ocasionam a perda da consciência e caracteriza-se por distorções na percepção audi au dititiva va ou visu visual al,, de desc scon onfo fort rtoo esto estoma maca cal,l, sens sensaç ação ão súbi súbita ta de me medo do e/ou e/ou movimentos estranhos de uma parte do corpo. Se uma crise parcial complexa ocorre a seguir, seguir, essas sensações são denominadas denominadas "aura". Crises parciais complexas são cris crises es qu que, e, com comoo as parci parciai aiss simp simple les, s, inici iniciam am-s -see em um foco foco de dete term rmin inad adoo no cérebro, mas espalham-se para outras áreas, causando perturbação da consciência. A pessoa aparenta estar confusa e pode caminhar sem rumo, falar sem coerência, salivar em excesso, morder a língua língua.. . Crises Crises de ausência constituem-se constituem-se por lapsos de consciência que, em geral, duram de cinco a 15 segundos. O paciente fica olha olhand ndoo pa para ra o na nada da e po pode de vira virarr os olho olhos, s, em embo bora ra seja seja capa capazz de reto retoma mar r normalmente sua atividade depois do episódio. Essas crises não são tipicamente precedidas por aura e costumam ocorrer na infância, desaparecendo por volta da adolescência. Crises tônico-clônicas são convulsões generalizadas, com perda de consciência, que envolvem duas fases: na fase tônica, o corpo da pessoa torna-se rígido e ela cai. Na fase clônica, as extremidades do corpo podem contrair-se e tremer. A consciência é recuperada aos poucos. 2.1. 2.1.44 Diagn iagnós ósttico ico O diagnóstico da epilepsia é clínico, ou seja, não se confia exclusivamente em exames físicos. O neurologista baseia-se na descrição do que acontece com o paciente antes, durante e depois de uma crise. Se o paciente não lembra, as pessoas que acompanharam o episódio são testemunhas úteis. Além dos exames neurológicos de rotina, um eletrencefalograma (EEG) pode reforçar o diagnóstico, ajud ajudar ar na class classifific icaçã açãoo da ep epililep epsi siaa e inve invest stig igar ar a exis existê tênc ncia ia de um umaa lesão lesão cerebral. No EEG, eletrodos fixados no couro cabeludo registram e amplificam a ativ ativid idad adee cere cerebr bral al.. Nã Nãoo há pa pass ssag agem em de corr corren ente te elét elétri rica ca.. Hipe Hiperp rpné néia ia e fo foto toes estitimu mula laçã çãoo po podem dem mo most stra rarr an anom omal alia iass na nass ond ondas as cereb cerebra rais is e, por isso isso,, costumam costumam integrar o exame. Na primeira, primeira, o paciente respira fundo e simula simula estar cans cansad ado; o; na segu segund nda, a, é esti estimu mula lado do po porr algu alguma mass freq freqüê üênc ncia iass de luz. luz. O
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neurologista poderá solicitar, ainda, o exame durante o sono, com privação de sono ou com monitoramento 24h. Entretanto, um resultado normal no EEG não descarta a epilepsia. As alterações ocorrem, por vezes, tão no interior do cérebro, que não são captadas; é possível também que nenhuma alteração tenha ocorrido no momento do exame. Outros exames comumente solicitados na investigação da epililep ep epsi siaa
sãoo sã
to tomo mogr graf afia ia
comp co mput utad ador oriz izad adaa
e
ress resson onân ânci ciaa
mag agné néttica, ica,
principalmente para verificar se a epilepsia está ligada a um tumor ou a outra lesão cerebral. E também a determinação do diagnóstico de epilepsia requer investigação clínica criteriosa: •
História clínica com descrição da crise;
•
Antecedentes pessoais (neurológicos e psiquiátricos);
•
Antecedentes familiares;
•
Exame clínico;
•
Exame neurológico;
•
Exames complementares, como:
•
EEG;
•
TC;
•
RM;
•
Exame do LCR; etc.
21.1.5 Sinais e Sintomas
Em crises de ausência, a pessoa apenas apresenta-se "desligada" por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises parciais simp simple les, s, o pac pacie ient ntee expe experi rime ment ntaa sen sensaç sações ões estr estran anhas has,, como como dist distor orçõ ções es de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Ele pode sentir
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um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Em crises tônico-clônicas, o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido; depois, as extremidades do corpo corpo tremem tremem e cont contrae raem-s m-se. e. Existe Existem, m, ain ainda, da, vários vários out outros ros tipos tipos de crises. crises. Quan Qu ando do elas las du dura ram m ma maiis de 30 minut inutos os se sem m qu quee a pe pess ssoa oa rec ecup uper eree a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais.
2.1.6
Tratamento
Quando se fala em epilepsia, epilepsia, é impossível impossível falar em dados ou probabilidad probabilidades es sem associá-los ao tipo de crise em questão. Algumas crises desaparecem com o te temp mpoo e a me medi dica caçã çãoo po pode de ser ser susp suspen ensa sa;; ou outr tros os pa paci cien ente tess prec precis isam am de tratamento a vida inteira para controlar as crises, e outros não respondem bem aos medicamentos. Da mesma forma, a eficácia do tratamento medicamentoso depende de pessoa para pessoa e do tipo de crises crises que ela tem. Em geral, cerca cerca de 50% terão seus ataques totalmente controlados, 30% terão seus ataques reduzidos em freqüência e intensidade a ponto de poderem levar vidas normais, e os outros 20% ou serão resistentes resistentes à medicação, ou precisarão precisarão de uma dose tão alta alta de remé remédi dioo qu quee será será me melh lhor or ace aceititar ar um cont contro role le pa parc rcia ial.l. Às vezes vezes,, é necessário experimentar mais de um medicamento para obter o efeito desejado, ou mesmo combinar mais de uma medicação. A maneira como os antico ant iconvu nvulsi lsivant vantes es alteram alteram o lim limiar iar convuls convulsivo ivo ou previn previnem em a ocorrên ocorrência cia de descargas elétricas anormais não é totalmente conhecida. . Uma dieta rica em lipídios e calorias, a dieta cetogênica, tem sido utilizada em especial nas crianças, mas deve ser muito bem acompanhada pelo médico e estritamente seguida. O metabolismo criado pela preparação cuidadosa dessa dieta pode aumentar o limiar convulsivo em alguns indivíduos. A cirurgia torna-se uma solução quando a
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medicação medicação falha e quando apenas uma parte do cérebro é afetada, de forma que ela possa ser removida com a segurança de não causar prejuízo à personalidade ou a outras funções. Paralelamente ao tratamento médico, uma vida saudável tem efeito efe itoss ben benéfi éficos cos sobre sobre a epi epileps lepsia. ia. Isso Isso inc inclui lui die dieta ta bal balanc ancead eada, a, exercíc exercícios ios,, descanso, redução de stress e de depressão e a não utilização de álcool e drogas ilegais. 2.1.6.1 Condutas terapêuticas Tend Tendoo-se se de deci cidi dido do qu quee o depara-se
a
paci pa cien ente te req eque uerr trat ratam amen ento to me medi dica cam men ento toso so,,
necessidade
de
escolher
a
medicação
adequada.
Muito importante é ter em conta que a medicação, após instituída, deverá ser mantida durante muitos anos, por vezes até o final da vida. O tratamento deve, portanto, não apenas visar o controle de suas crises, mas a melhora da qualidade de
vida
do
paciente,
garantindo
uma
melhor
integração
social.
A escol escolha ha da me medi dica cação ção an antitiep epililép éptitica ca a ser ser util utiliz izada ada é feit feitaa com com ba base se no tipo
de
crise
apresentada
pelo
paciente.
A conse conseqü qüênc ência ia imed imedia iata ta da escol escolha ha ad adeq equad uadaa da me medic dicaç ação ão,, assoc associa iada da à eficácia contra as crises, melhora a adaptabilidade social do paciente epiléptico, quee po qu poder deráá at atend ender er me melh lhor or e ma mais is fa faci cilm lment entee às exig exigên ênci cias as de seu seu me meio io,, dentro de uma vida de qualidade.
2.1.6.2 Terapia medicamentosa. Os medicamentos antiepilépticos são escolhidos de acordo com o tipo de crise que a pessoa apresenta e de acordo com os possíveis efeitos colaterais que cada medicamento apresenta. Os médicos procuram escolher o medicamento mais adequado e ao mesmo tempo com menos efeitos colaterais. Basicamente as crises podem ser divididas em:
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•
Parciais Parciai s ou localizadas - as crises têm origem numa determinada área do cérebro.
•
Generalizadas - as crises têm origem ao mesmo tempo nos 2 hemisférios do cérebro.
Alguns Medicamentos e seus efeitos: •
CLOBAZAN
Como ansiolítico pode ser usado com a dose de até 60mg por dia, acima disso apenas sob supervisão médica constante. Como adjuvante no tratamento da epilepsia a dose empregada costuma ser de 0,5mg por quilograma.Além da seda se daçã çãoo e do ef efei eitto ca calm lman ante te pod odee ind nduz uzir ir ao aoss sint sintom omas as típico picoss do doss benzodiazepín benzodiazepínicos icos como tonte tonteiras, iras, vertigens, vertigens, esquecimento esquecimentos, s, descoordenação descoordenação motora e em alguns casos especiais reações dermatológicas na pele. •
FENITOÍNA
A fen fenito itoína ína é um med medica icamen mento to ant antiep iepilé ilépti ptico, co, ant antico iconvul nvulsiv sivant ante, e, usad usadoo para para controlar certos tipos de convulsões, no tratamento da epilepsia. Não é sedativo nas doses habituais. O principal local de ação parece ser o córtex motor, onde a extensão da atividade das crises é inibida. A fenitoína reduz a atividade máxima dos centros tronco-cerebrais responsáveis pela fase tônica das crises tônicoclônicas no EME. Alterações comportamentais, lentidão ou instabilidade ao andar, confusão, alterações no estado de ânimo ou mental são alguns efeitos colaterais.
•
CARBAMAZEPINA
Foi originalmente usado, e continua sendo, para o tratamento da epilepsia, mas encontra bons resultados para o controle do Transtorno Afetivo Bipolar. Além desta indicação pode também ser usado para controlar a agressividade em pacientes com outros tipos de transtornos mentais, como a demência, demência, o
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retardo mental e com pacientes psicóticos. psicóticos. Também pode ser usado para tratar a síndrome das pernas inquietas, a abstinência abstinência alcoólica alcoólica e a neuralgia do trigêmio. trigêmio. Reações Reações alérgicas na pele com pequenas pequenas placas avermelhadas avermelhadas são relativamente comum, mas não há necessidade de se interromper o tratamento por isso. Sedação, Sedação, descoordenação descoordenação motora, tonteiras, tonteiras, cansaço, enjôo e visão borrada são mais comuns de acontecer. •
FENOBARBITAL
Usado como medicamento anticonvulsivante, anticonvulsivante, hipnótico e sedativo. sedativo. Os efeitos colate col aterai raiss pode podem m ocorrer ocorrer geralm geralment entee apó apóss o uso crônic crônicoo de fen fenobar obarbit bital, al, principalmente por via oral: sonolência no início do dia; dificuldade em acordar e às vezes, dificuldade para falar; problemas de coordenação e equilíbrio; raramente, vertigem com cefaléia.
2.2 2.2 METO METODO DOLO LOG GIA
Este trabalho trata-se de um estudo de caso, onde foi acompanhado um caso de epilepsia, com o propósito de descrever depoimentos. O trabalho realizou-se no Hospit Hospital al Santa Santa Cruz Cruz de Canoinh Canoinhas. as. Com Comoo fon fonte te de lev levant antame amento nto bib biblio liográ gráfic ficoo utilizou-se a biblioteca da UNC/Marcílio Dias, Escola Técnica Dama, além de artigos científicos disponíveis na internet e material didático. O estudo realizado aponta que um atendimento qualificado possibilita um melhor prognóstico, e conseqüentemente diminuição no índice de agravos. O grande destaque deste trabalho é voltado à assistência. Apesar dos dados apresentados, pode-se observar que a tarefa de qualificar a assistência de enfermagem no atendimento ao portador de epilepsia vem
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sendoo realiz send realizada ada por mui muitos tos profis profissio sionai nais, s, regist registran randodo-se se ava avanços nços crescen crescentes tes e significativos. Sendo assim, este estudo sugere um aperfeiçoamento na assistência à patologia, tendo em vista o bem-estar psicossocial do cliente com epilepsia.
2.2.1 Questões Éticas
Foi garantida à cliente a manutenção do sigilo e anonimato de sua identidade. “O conse consent ntim imen ento to livr livree e escl esclar arec ecid idoo po poss ssib ibililititaa o resp respei eito to à dig digni nida dade de hu huma mana” na” (VÍCTORA, 2000). Para orientá-lo utilizou-se uma linguagem simples e acessível contendo informações referentes aos objetivos.
2.2.2 Coleta de Dados A pesquisa realizou-se no período de agosto/2010, no Hospital Santa Cruz de Canoinhas. A primeira parte da coleta de dados foi realizada no Posto I do HSCC através através de aná anális lisee doc docume umenta ntall (pront (prontuár uário) io),, ana anamnes mnese, e, e obse observa rvação ção direta direta da cliente, sendo observadas manifestações de comportamento, e as particularidades de cada situação situação no prontuário. prontuário. No decorrer decorrer da coleta de dados foram esclarecidas esclarecidas dúvi dú vida dass sob sobre re a pa pato tolo logi giaa en entr tree ou outr tras, as, bem com como, o, fora foram m ob obser servad vados os sua suass necessidades, e em cima delas fornecidas as orientações necessárias.
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2.33 RESUL 2. RESULTA TADO DOS S E DIS DISCUS CUSSÕ SÕES ES Os portadores da patologia podem apresentar vários apresentar vários sentimentos que variam conforme o tipo de crise. Antes de uma convulsão iniciar, algumas pessoas experimentam uma sensação ou advertência chamada "aura". Uma descrição apurada do tipo de aura ao neurologista poderá fornecer pistas sobre a parte do cérebro onde se originam as descargas elétricas anormais. A aura pode ocorrer sem ser seguida de crise, e em alguns casos pode ser considerada um tipo de crise parcial simples. Durante a crise, incerteza, medo, cansaço físico e mental, confusão e perda de memória são alguns dos sentimentos mais comuns, embora a pessoa possa não sentir absolutamente nada, ou não se lembrar do que aconteceu. Da mesma forma, quando a atividade do cérebro volta ao normal, em determinados casos o paciente sente-se bem para retomar o que estava fazendo; em outros, tem dor de cabeça e mal-estar . Com todos os dados captados, pode-se afirmar que a epilepsia é uma patologia extremamente séria. As soluções devem estar, na melhoria das condições de educação, orientação e melhoria da identificação dos pacientes de maior risco para intensificação da assistência clínica e neurológica. Entende-se que, se a pessoa passa anos sem ter crises e sem medicação, pode ser considerada curada. O principal, entretanto, é procurar auxílio o quanto antes, a fim de receber o tratamento adequado. As drogas antiepilépticas são eficazes na maioria dos casos, e os efeitos colaterais têm sido diminuídos. Muitas pessoas que têm epilepsia levam vida normal, inclusive destacando-se na sua carreira profissional.
2.3.1 Relatório das Atividades Desenvolvidas •
Apresentações à cliente e convite para que a mesma fizesse parte do estudo;
•
Permissão para realizar a pesquisa documental (prontuário);
•
Histórico/anamnese;
•
Exame físico;
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•
Verificado SSVV;
•
Verbalização (orientações) para a cliente e familiares;
•
Cuidados gerais;
•
Medicação Conforme Prescrição Médica (CPM);
•
Evolução de enfermagem; •
Passagem de plantão.
2.3.2 Histórico Cliente Cliente refere que na sua infância entre 6,7 anos de idade começou a apresentar apresentar episódios de cefaléia e tonturas, até ocorrer então à primeira crise convulsiva, que SIC foi de mais ou menos 3 minutos. Sem conhecimento clinico da doença a cliente explica que não procurou atendimento médico imediato devido á falta de recursos. Na semana seguinte após a primeira crise a cliente apresenta outro quadro de convulsão que se estendeu por um período de 5 minutos, assustados com os movimentos bruscos das crises resolvem então procurar um médico. Na consulta o médico a encaminha para um neurologista onde é feito o diagnóstico da doença, acompanhado por exames sendo eles: •
TC;
•
RM;
•
Exame do LCR.
•
RAIO-X de crânio. Seguindo também o tratamento medicamentoso. Depois de constatado a
doença refere ter feito o tratamento corretamente até os dias de hoje, porém as causas do internamento no Posto I do HSCC no dia 30 de agosto de 2010 são outras. A cliente explica que no dia 29 de julho de 2010 enquanto fazia limpeza de uma janela de sua residência teve uma queda onde acabou batendo com cabeça, vindo então a sentir fortes dores. Diz também que no momento da queda estava sozinha em casa, e após a queda então foi deitar-se e só retornou a chamados de seus familiares, que por vez não tinham consentimento da queda. Relata que no 16
dia 30 de julho ainda com episódios fortes de cefaléia acabou apresentando convulsão que teve duração de mais ou menos 7 minutos segundo informações de seus familiares, após a crise diz ser trazida rapidamente para o PAM, onde depois de avaliada foi encaminhada para internamento nas dependências do HSCC.
2.3.3 Identificação
Cliente de iniciais A. R. C. B., sexo feminino, casada, residente do bairro Campo D’Água Verde, no município de Canoinhas/SC. Nascida no dia oito de maio de um mil novecentos e sessenta e dois (08-05-1962), na cidade de canoinhas/SC, 48 anos de idade. De cor branca, dona de casa, concluiu o ensino médio. 2.3.4 Exame Físico Paciente inquieta, responde a os estímulos, sem sujidades, vestimenta adequada. Couro cabeludo íntegro, cabelos lisos pouco grisalhos, limpos; pavilhão auricular dentro da normalidade, olhos castanhos, pupilas isocóricas, sobrancelhas e cílios normai normais, s, cav cavida idade de oral oral úmi úmida da e corada, corada, láb lábios ios esbranq esbranquiç uiçados ados e secos, secos, pul pulso so carotídeo cheio, pulso radial forte. Tórax sensível ao toque e inspiração e expiração coordenadas. Abdome hiperestendido. Eliminações vesicais presentes e intestinais ausentes SIC. Observado edema em MIE.
2.3.5 Sinais Vitais Dia 06/O8/2010 •
PA:130/80 mmHg;
•
T:36°C;
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•
P:89 bcpm;
•
R:14 mrpm.
2.3.6 Medicamentos Dia 06/O8/2010 •
Metoclopramida (PLASIL) de 6/6h EV;
•
Carbamazepina (TEGRETOL) de 6/6h EV;
•
Clobazan (URBANIL) 1 comp. 60mg de 8/8h VO;
•
Fenitoína (HIDANTAL) de 6/6h EV;
•
Haloperidol (HALDOL) de 6/6h EV;
•
Cimetidina (TAGAMET) de 6/6h 6/6h EV;
•
Tramadol (TRAMAL) de 6/6h EV;
•
Cefalotina (KEFLIN) de 8/8h 2.3.7 Evoluções
Dia 05/08/2010 Evolução Evolução de enfermagem enfermagem (período vespertino): vespertino): Paciente Paciente agitad agitada, a, confusa. confusa. Refere tonturas e dores em MIE.Permanece em repouso no leito. Aceitou parcialmente dieta oferecida. Realizado medicação CPM. Eliminações vesicais presentes e intestinais ausentes no período. SIC. Puncionado acesso venoso em Veia Jugular Externa e Fluidoterapia em curso. Segue cuidados. Evoluçã Evoluçãoo de enf enferm ermage agem m (perío (período do vespert vespertino ino): ): Pacien Paciente te conf confusa, usa, inq inquie uieta, ta, com crises de choro. Refere fortes dores na região ventral do tórax e em toda a extensão do MI MIE. E. Diz Diz te terr ap apet etitite, e, po poré rém m nã nãoo cons consegu eguee alim alimen enta tarr-se se dev devid idoo a ná náus usea eas. s.
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Apresentou episódios de hemetêmese de coloração escura e odor característico. Realizado banho de leito e massagem de conforto. Eliminações vesicais presentes e intestinais ausentes. Permanece com acesso venoso em VJE com abocath nº 22 e fluidoterapia em curso. Medicada CPM. 2.3.10 Assistência de Enfermagem •
Ajudar o paciente a se acomodar no leito;
•
Marcar o horário do início da crise;
•
Observar e anotar a seqüência dos sintomas apresentados pelo paciente;
•
Proporcionar privacidade e proteção da curiosidade alheia;
•
Proteger a cabeça, afrouxar as roupas, afastar qualquer objeto que possa
causar lesão no paciente; •
Evitar abrir a boca do paciente durante a crise, evitando fraturas;
•
Mant Ma nter er o pa paci cien ente te late latera ralm lmen ente te ap após ós a cris crisee pa para ra evit evitar ar aspi aspira raçã ção, o,
certificando-se que as vias aéreas estejam permeáveis; •
Aspirar secreções se necessário;
•
Observar período de confusão, sonolência após a crise;
•
Escala de glasgow;
•
Permanecer ao lado do paciente até o despertar e ajudá-lo a reconhecer o
ambiente e as pessoas; •
Manter acesso venoso salinizado para medicação se a crise for freqüente ou
prolongada (mais que 9 minutos); •
Orientar o paciente sobre os fatores que desencadeiam as crises: distúrbios
emocionais (ansiedade e frustração), dieta (álcool e cafeína), hipertermia, atividade física exagerada, estimulação fotogênica (televisão, luz intensa). •
Orientar o paciente sobre a patologia, prognóstico e tratamento a longo
prazo;
19
Orientar o paciente e familiares sobre a importância de seguir o esquema
•
terapêutico rigorosamente; •
Monitorar sinais neurológicos e SSVV após a convulsão;
•
Manter oxigênioterapia quando possível;
•
Orientar o paciente a usar cartão de identificação com nome, endereço e
telefone de familiar que possa ser avisado caso ocorra uma crise convulsiva em ambiente estranho.
Atenção: - Nunca introduzir os dedos entre os dentes do doente; - Não tentar impedir os movimentos ou transportá-lo para outro lado exceto em situação de perigo; - Não dar de beber. ESCALA DE COMA DE GLASGOW Essa escala possibilita a avaliação da consciência do paciente após uma crise epiléptica (tônico-clonico) •
Abertura Ocular
• • •
•
Sem resposta Orientado Confuso (mais ainda responde) Resposta inapropriada Sons incompreensíveis
•
Sem resposta
• •
Resposta Verbal
• • •
•
Resposta Motora
Espontânea Por estimulo verbal Por estimulo a dor
• • • • •
Obedece ordens Localiza a dor Reage a dor (mas não localiza) Flexão anormal – Decorticação Extensão anormal Decerebração
• • •
4 pontos 3 pontos 2 pontos
•
1 ponto 5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos
•
1 ponto
• • • •
• • • • •
6 pontos 5 pontos 4 pontos 3 pontos 2 pontos
20
•
Sem resposta
•
1 ponto
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir partir dos dad dados os ant anteri eriorm orment entee apresen apresentad tados, os, con conclu cluí-s í-see que a preven prevenção ção primár primária ia da pat patolo ologia gia é pratic praticame amente nte ine inexist xistent ente. e. Entende Entende-se -se tam também bém,, que a preve prevençã nçãoo secun secundá dári riaa po pode de ser real realiz izada ada po porr me meio io da saú saúde de pú públ blic ica, a, ond ondee equipes de enfermagem devem fazer atendimento ambulatorial e, se possível domiciliar, através do Programa de Saúde da Família (PSF). Observa-se com este estudo, a necessidade de um tratamento clínico adequado, dando ênfase ao conhecimento sobre a patologia. Aprendemos que os epilépticos não devem ter uma vida diferenciada, que podem trabalhar estudar e ter filhos. Ter epilepsia é ter uma doença como as demais, a qual permite, na grande maioria dos casos, e desd de sdee qu quee os co cons nsel elho hoss do méd édic icoo se seja jam m cu cump mprridos idos,, leva levarr um umaa vida ida completamente normal. Para muitos, é o preconceito que lhes causa problemas e não a epilepsia em si; por isso, deve ter esperança no tratamento e confiança nos médicos e outros profissionais que o tratam e estão prontos para ajudá-lo. Frente aos resultados obtidos vê-se também a necessidade dos profissionais de saúde em est estar arem em at aten ento toss às ma manif nifest estaç ações ões clín clínic icas as da do doenç ença, a, prom promov oven endo do um atendimento integral e humanizado com oportunidade de promover o cuidado da doença.
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