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M o l d a d o s p e l o S e n h o r
NO N O S BON BO N S E N O S MAUS MAU S M O M E N T O S DA V IDA ID A
Copyright 2008 Steve Farrar David C ook , 4050 Lee Vance Vance View, View, Colorado springs springs,, C O 80918, U.S.A U.S.A Co pyright 2012 da obra em português p or E ditora ditora C entral Gospel, Gospel, com com permissão permissão da David C ook , 4050 L ee Vance Vance View, View, Co lorado springs, springs, CO 80918, U.S.A U.S.A Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) F a r r a r , Steve Forja Forjados dos por D eus — M oldados pelo pelo Senhor nos bons e nos maus mo m entos da vida vida Título original: God Built R io de Janeiro: 2012 2012 224 páginas ISBN: 978-85-7689-279-3 1. Bíblia Bíblia - Vida Cr istã I. Tít ulo II.
Gerência editorial e de produção Gerência de Marketing Coordenação editorial Tradução I a revisão
Revisão final Capa Projeto gráfico e diagramação Impressão e acabamento
Gilmar Chaves M a r c o s H e n r i q u e B a r b o z a M ic h e ll e C â n d id a B e t h D i a s Elen Canto Queila Martins Patrícia Calhau Ribeiro Patrícia Nunan Adap Ad aptaç tação ão da capa original origi nal de T h e D esig es ignnWorks Group/David Uttley J u l i o F ad o Gráfica Stamppa
I a edição: edição: julho /20 12 Ia reimpressão: outubro/2013 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do texto deste livro po r qu aisquer m eios (m ecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográfico s etc.), a não ser em citações breves, com indicação da fonte bibliográfica. As citações bíblicas bíblicas utilizadas ne ste livro foram extraídas d a Versão Versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), salvo indicação específica, e visam incentivar a leitura das Sagradas Escrituras. Este livro livro está de acordo com as mud anças pro postas pelo novo Aco rdo Ortográfico, que entrou em vigor em janeiro de 2009. Editora Central Gospel Ltda. Estrada do Guerenguê, 1851 —Taquara CEP: 22.713-001 R io de Janeiro Janeiro —RJ Tel. (21) 2187-7000 www.editoracentralgospcl.com
Uma visão panorâmica da história de José Capítulo 1
De modo estranho e lento, Deus está trabalhando Capítulo 2
Mesmo quando os seus sonhos morrem, Deus está no controle de perdas devastadoras Capítulo 3
Não foi por acaso... Deus está no controle de todas as circunstâncias Capítulo 4
Pegue este trabalho e engula... Deus está no controle de todo o seu trabalho Capítulo 5
Mesmo quando faz você voltar à estaca zero, Deus está no controle de retrocessos dolorosos Capítulo 6
Mesmo quando a esperança é interceptada, Deus está no controle de esperanças despedaçadas
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Capítulo 7
Rebaixado e colocado no banco dos reservas... Deus está no controle das esperas prolongadas
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Capítulo 8
Indivíduos influentes... Deus está no controle dos poderosos
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Capítulo 9
Deus programa o “boletim de meteorologia”... Ele está no controle da fome, do clima e dos desastres naturais
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Capítulo 10
Subindo a escada do sucesso egípcia... Deus está no controle de todas as promoções e avanços
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Capítulo 11
Do útero à sepultura, Deus está no controle de todos os eventos da 197 sua vida, e Ele fará com que tudo coopere para o seu bem Perguntas para reflexão pessoal ou discussões em pequenos grupos
207
Notas bibliográficas
219
U m a
v i s ã o
p a n o r â m i c a
DA H I S T Ó R I A D E J O S É
(15
MINUTOS
DE
LE I TU R . A)
Se você estiver familiarizado com a história de José, narrada no Livro de Gênesis, enxergará este capítulo como uma visão pano râmica da vida dele. Por outro lado, se ainda não conhece bem a Bíblia e não sabe muito sobre ele, este capítulo servirá como uma introdução [à história desse grande homem de Deus]. Caso possa dispor de algum tempo, abra a sua Bíblia no capí tulo 37 de Gênesis e leia até o capítulo 50; assim, você passará a conhecer todos os detalhes dessa história, e poderá congratular-se p o r m uitos anos. C o m isso, acabamos de decolar! A com ode-se em seu assento ju n to à jane la e prepare-se para con tem plar algumas paisagens inesquecív eis.
José tinha 11 irmãos e era odiado por pelo menos dez deles. Ele veio de uma família problemática cuja árvore genealógica se tornou bastante famosa. Alguns podem traçar sua genealogia até o Mayflower!‘
1 Mayflo wer foi o famoso navio que, em 1620, transportou os chamados Peregrinos do p orto de Sou tham pton, Inglaterra, para o No vo M un do (Fonte: W i k i p é d i a ) . Obviamente, o autor está referindo-se à origem dos
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Uma visão panorâmica da história de José
Mas José era bisneto de Abraão, o grande patriarca e pai de todos os judeus, neto de Isaque e filho de Jacó. Por toda a Bíblia, lemos a frase o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Isso é extremamente importante, afinal, José vinha de uma linhagem privilegiada. Por que os dez irmãos desse jovem o odiavam tanto? Para com preenderm os isso, é necessário que voltem os um pouquin ho na histó ria até o seu pai, Jacó. Este teve 12 filhos, além de uma filha chamada Diná. Essas 13 crianças eram filhas do mesmo pai, mas de quatro mães diferentes. E foi aí que a maior parte dos problemas começou. Jacó fora enganado e acabara casando-se com Léia. Embora ele realmente quisesse casar-se com Raquel, é provável que tenha exage rado [no vinho] na noite do casamento (se fosse hoje, diríamos que ele se excedeu nas doses de uísque Jack D aniel’s). Ele pensou que estivesse casando-se com Raquel, mas quando acordou de m anhã viu que havia se casado com Léia. Labão, o pai da noiva, havia pregado uma peça das boas em Jacó. Este sempre fora mais ardiloso do que qualquer outro, mas em Labão havia encontrado um oponente à sua altura. C om o R aquel era o amor de sua vida, Jacó decidiu renegociar seu contrato com Labão. Ele havia trabalhado por sete anos pelo di reito de casar-se com a bela Raquel, mas agora estava casado com a não tão bela Léia. Labão então lhe fez um a nova proposta: se Jacó tra balhasse por mais sete anos para ele poderia casar-se com R aquel na semana seguinte. Como Jacó não era mais um homem livre, não teve escolha senão aceitar a proposta de Labão. Jacó firmou o novo contrato, e acabou ficando com duas esposas. Quando suas duas filhas se casaram, Labão deu uma serva a cada uma: Bila a Raquel e Zilpa a Léia. Existe um motivo para que eu mencione todos esses fatos. Os 13 filhos de Jacó vieram dessas quatro mulheres diferentes. Essa é a razão de os dez irmãos de José o odiarem tanto. D i s p u t a f a m il i a r
José foi o primeiro filho de Raquel, que mais tarde morreu dando
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relacionamento muito bom, mas os outros irmãos não suportavam nem olhar para José. Afinal, Raqu el era o am or da vida de Jacó, e José, o seu primeiro filho com ela. Por muitos anos, Raquel não pudera ter filhos. Então, quando Jacó já estava mais velho, ela engravidou inesperadamente de José. Este era o filho da meia-idade de Jacó (Benjamim se tornaria o filho da sua velhice). Por todas essas razões, José era o favorito absoluto do pai, e seus irmãos sabiam muito bem disso. Quando Jacó deu uma túnica colorida a José (que poderia ser comparada a um terno Arm ani), e não comprou nada para os outros filhos, gerou mais problemas entre eles. Esse acontecimento jogou le nha na fogueira do ciúme. Depois disso, em duas ocasiões distintas, o jovem José teve sonhos proféticos. N o primeiro, viu 11 feixes de trigo no campo de colheita que se inclinavam diante do seu feixe. Ao contar o sonho aos irmãos, estes ficaram irritadíssimos. A mensagem era direta, e os outros jovens a entenderam perfeitamente. Zombando do irmão mais jovem por conta do sonho, eles deixaram bem claro que era mais fácil o inferno congelar do que eles se inclinarem diante de José. Algum tempo depois, José teve um segundo sonho. Dessa vez, o sol, a lua e 11 estrelas se inclinavam diante dele. Ao contar o segundo sonho aos irmãos, eles ficaram ainda mais furiosos. Até mesmo Jacó ficou aborrecido com a ideia de que um dia todos eles se inclinassem diante de José. Mas, Jacó não descartou o sonho de seu filho — ele apenas o guardou em uma “gaveta”. [Por ser o preferido de seu pai e por conta dos sonhos que teve] Os dez irmãos de José tinham m uito ciúme dele. Isso também explica o porquê de eles tentarem matá-lo aos 17 anos. V amos fazer um negócio
Os irmãos de José pastoreavam o rebanho ao norte, ju nto a Siquém, onde havia mais chuva e pasto abundante. Querendo saber como es tavam os filhos e as ovelhas, Jacó m andou José ir ter com eles a fim de
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Uma visão panorâmica da história de José
José teria de pegar a estrada para se encontrar com seus irmãos. Para um jovem de 17 anos naquela época, viajar não era algo corri queiro, e essa seria um a viagem longa, entre 110 e 130 km . Há três mil anos, uma viagem assim era considerada um evento importante em Israel. Norm alm en te, José não se afastava de casa mais do que cinco a seis quilômetros, e era obrigado a voltar sempre antes das 11 da noite. José partiu rumo ao norte, e, quando chegou a Siquém, um ho mem lhe disse que seus irmãos haviam ido para o oeste, em direção a Dotã. A notícia não pe rturbou José, já que isso significava estender sua viagem por mais 30 a 50 quilômetros (hoje seria como brincar um pouco com seu novo GPS). Aparentemente, os irmãos o reconheceram enquanto ele ainda estava ao longe, antes mesmo que este conseguisse vê-los. Na mesma hora, começaram a maquinar um plano contra José e perceberam que aquela era a oportunidade ideal para livrar-se dele. Depois de uma breve discussão, os irm ãos decidiram matá-lo e jogá-lo em uma cova. Quem saberia? Quem descobriria? Poderiam assassiná-lo e simples mente enviar um a mensagem ao pai dizendo que José havia sido m or to por um animal selvagem. Rúben era o irmão mais velho, por isso se sentia responsável pela família. Ele conseguiu convencer os irmãos a não matarem José, então optaram por jogá-lo em uma cova, e foram jantar. Eles mastigaram seus hambúrgueres de homus, beberam seu leite de cabra e debateram sobre a melhor maneira de livrarem-se de José. O plano de R úben era voltar escondido até o poço, tirar José da cova e mandá-lo de volta para casa. Mas, enquanto Rúben estava ausente, os outros irmãos viram passar uma caravana de mercadores midianitas, e Judá teve uma ideia que todos acharam brilhante: ele convenceu os irmãos de que a m elhor opção não era matar José, mas vendê-lo aos traficantes de escravos, pois assim poderiam ganhar um dinheiro rápido para pagar suas despesas (as contas do cartão de cré dito se fosse nos dias de hoje). Eles encobririam o crime pegando a túnica de várias cores de José, sujando-a de sangue de cabra e dizendo
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Aquele era um plano perfeito! E foi exatamente isso que eles fi zeram, venderam José com o escravo p or 20 moedas de prata. Ao retornar à cova, Rúben desejava resgatar José (como se fosse Littlejoe) e mandá-lo de volta “ao rancho Ponderosa”, mas José não estava mais lá. Os irmãos nunca mais teriam de lidar com aquele me nino irritante. Finalmente haviam se livrado de José para sempre! Pelo menos era nisso que acreditavam. En q u a n t o isso , no Egito
Quando Jacó viu a túnica de José coberta de sangue, ficou inconsolá vel. Ele sabia que seria impossível recuperar-se da m orte do filho. Jacó teria de carregar esse fardo pelo resto da vida, até que um dia morresse com o coração partido. Enquanto o pai se lamentava pelo filho pensando que este mor rera, José fora vendido no Egito a um alto oficial do governo chama do Potifar. A essa altura, José estava convencido de que viveria como escravo pelo resto de sua vida. Escravos tinham “emprego garantido”, mas um futuro não muito promissor. Aparentemente a vida de José havia terminado aos 17 anos. Ele agora pertencia a um homem com o estranho nome de Po tifar, respeitável oficial do governo e figura de destaque na política egípcia. Potifar basicamente estava à frente do “serviço secreto” do faraó. Ele era um importante membro do gabinete real, com todas as mordomias costumeiras de quem detém poder; um homem de vastas conexões e extraordinária riqueza. Potifar era bem-sucedido e acabara de adquirir um escravo que estava prestes a tornar-se um ho m em de grande sucesso. Mas, ninguém sabia disso quando José chegou acorrentado à casa de seu senhor. Na Bíblia está escrito que O S E N H O R era com José, que veio a ser homem próspero (Gn 39.2a, a r a ) . Escravos não se tornam homens prósperos; eles são usados, abusados e morrem cedo. N o entanto, algo extraordinário começou a acontecer enquanto José cum pria suas obrigações como escravo.Tudo em que tocava pare
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indo além do esperado. E, à medida que era fiel no pouco, passou a ser colocado sobre o muito. Seus superiores o promoviam continua mente, e as realizações de José eram tão notáveis que o próp rio Potifar começou a observá-lo de perto. Havia algo de diferente naquele jovem, todos os “lances” de José acabavam em “gol” . C om isso, ele foi ganhando mais e mais responsa bilidades, a p onto de o próprio Potifar, um pagão egípcio, reconhecer que o Senhor estava com José. Foi então que o impensável aconteceu. Potifar promoveu José e encarregou-o de administrar todos os seus bens. E aquele não era um patrim ônio qualquer! Potifar era dono de uma propriedade enorme e próspera, que requeria estreita supervisão. E, em uma decisão que deve ter pegado José de surpresa, Potifar entregou a administração de todas as suas ter ras, seus escravos e obras nas mãos do jovem escravo hebreu. Potifar confiou a José tudo o que possuía, e seus negócios continuaram indo de “vento em popa” sob a liderança de José. José provavelmente estava maravilhado, sentindo-se grato pela bon dade de Deus. Ele chegara ao Egito como escravo e agora se tornara responsável pelo gerenciamento de um patrimônio considerável. Essa promoção extraordinária lhe proporcionou mais poder, privilégios e posses. Era uma versão masculina da história de Cinderela. Mas, havia um pequeno problema, a esposa de Potifar queria dorm ir com José. D es pe r a t e H o u s e w i f e "
N a Bíblia lemos que José era form oso de porte e de semblante, ou seja, ele era bonito e “sarado”. Havia acabado de com pletar o “Triátlon do N ilo” . José devia ter pouco menos de 30 anos quando uma “p eru a” egípcia rica e obviamente entediada insistiu em ter um caso com ele, o braço direito do seu marido. Ela fez uma proposta a José (na verdade, ela lhe deu uma “inti mação”), e a resposta cheia de classe do jovem revelou o caráter dele: Como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus? (Gn 39.9b).
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José também deixou bem claro para a esposa atraente de Potifar que seu patrão o havia encarregado de todo o patrimônio e que não havia deixado nada fora do seu alcance, exceto ela. José não tinha a intenção de trair a confiança de Potifar. Com isso, recusou a proposta dela, mas a mulher não aceitou a resposta negativa. Todos os dias ela se oferecia a José, e ele se negava a ceder, procurando evitá-la ao máximo. Frustrada, a esposa de Potifar preparou uma armadilha para José e conseguiu agarrá-lo; porém, José se esquivou dela e fugiu, literal mente, deixando sua capa para trás. Ardilosa, a mulher então usou a capa como evidência, acusando-o de tentar estuprá-la, e, no m om ento seguinte, José se viu na prisão. José havia sido preso por fazer algo errado? Não. Pelo contrário, fez o que era certo. Perder sua posição de prestígio junto a Potifar foi um golpe duro para José, e agora ele estava preso (e quem sabia por quanto tempo ficaria naquela situação?) por um crime que não cometera. Contudo, mesmo na prisão, o Senhor continuava com José. Foi por isso que este encontrou graça aos olhos do carcereiro. S a ia g r a t u it a m e n t e d a p r is ã o
Em pouquíssimo tempo, o carcereiro entregou nas mãos de José todos os presos que estavam no cárcere. Você prestou atenção? José havia sido preso, e agora ele mandava na cadeia! Ele passou a gerenciar aque le cárcere com a mesma integridade e classe com que havia adminis trado o patrimônio de Potifar. Mais uma vez, sua vida foi resgatada e ressuscitada. Pouco depois da promoção de José, dois importantes oficiais do faraó também foram presos. Na mesma noite, os dois tiveram sonhos distintos, os quais José interpretou. Ele previu que em três dias o cargo prestigioso do copeiro-m or lhe seria restituído. Q uanto ao padeiro-m or, José predisse que em três dias ele seria enforcado. Foi exatam en te isso que aconteceu. Quando o copeiro-mor foi chamado até a presença do faraó três dias depois, José lhe disse: “N ão se esqueça de m im. Fale de m im ao
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faraó e tire-me daqui”. Porém, assim que saiu da cadeia, o homem se esqueceu de José, que permaneceu em seu duplo cativeiro — como escravo e prisioneiro — por mais dois anos. Passados dois anos inteiros, certa noite, chegou a vez de o faraó ter sonhos perturbadores. Foram sonhos estranhos e malucos, que não pareciam fazer sentido, mas que de algum m odo o faraó sabia serem importantes. O primeiro sonho era sobre sete vacas gordas e sete vacas magras e emaciadas. O sonho acordou o faraó, mas ele logo voltou a dormir. Então sonhou novamente, dessa vez com sete espigas cheias seguidas de sete espigas miúdas e esturricadas. Ao acordar na manhã seguinte, antes que alguém pudesse tomar café, ele mandou chamar todos os sábios do reino para que interpretassem os dois sonhos. N o entanto, ninguém naquele reino fazia a mínim a ideia [do significado dos sonhos do faraó]. Foi então que o copeiro-mor se lembrou de José. Ele contou ao faraó sobre quando José interpretara o seu sonho e sobre como tudo havia se passado exatamente como fora interpretado. O faraó então mandou chamar José imediatamente. [Assim que foi convocado pelo faraó] José correu para o chuveiro, fez a barba e em alguns minutos estava diante do soberano mais pode roso da terra. Ele não só disse ao faraó que os sonhos significavam que Deus enviaria sete anos de prosperidade seguidos de sete anos de fome severa, com o tam bém sugeriu uma estratégia ao monarca. Em suma, se o faraó armazenasse 20% de toda a colheita do Egito durante os anos de fartura, o reino sobreviveria ileso aos anos de fome. José recomendou que o faraó encontrasse um administrador, um homem criterioso e sábio que ele pudesse colocar no comando de toda a terra do Egito, e o faraó disse: “Acho que já o encontrei.Você é o cara!” A d i v i n h e q u e m v e m p a r a o j a n t a r
Em aproximadamente 45 minutos, José passou da posição mais degra dante para a mais prestigiosa do Egito. Num piscar de olhos, ele fora nomeado corregente do faraó, tornando-se o segundo homem mais
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Sete anos se passaram, sete anos de fartura e prosperidade, e então veio a fome, exatamente como José havia previsto. E, pouco tempo depois, adivinhe quem veio com prar trigo no Egito? Você adivinhou. Os dez irmãos malvados de José! Jacó havia mandado os filhos viajarem rumo ao sul para comprar mantimentos, mas não deixara Benjamim ir com eles, por medo de que algum mal lhe acontecesse durante a viagem. Quando chegaram ao Egito para comprar comida, os dez rapazes nem poderiam imaginar que estariam lidando com José, seu irmão. Como poderiam saber? O “sujeito” se parecia com o faraó e falava com eles po r meio de um intérprete. José reconheceu imediatam ente os irmãos, e vemos na Bíblia que, quando se inclinaram diante dele, se lembrou José dos sonhos que tivera a respeito deles (Gn 42.9a, a r a ) . Após interrogar os irmãos, José descobriu que seu pai ainda estava vivo em Canaã e que seu irmão caçula, Benjamim, havia ficado em casa. Então José lhes pregou um a peça, acusando-os de serem espiões e prendendo-os por três dias. Quando finalm ente decidiu soltá-los, deu-lhes uma chance de provarem que não eram espiões, ordenando que fossem para casa e retornassem ao Egito com Benjamim. Enquanto isso, ele manteria Simeão no cárcere. Para lhes causar um a ligeira indigestão no cam inho de volta, José colocou secretamente o dinheiro que haviam usado para pagar pelos mantimentos nos sacos de trigo que estavam levando. N o cam inho de casa, eles pararam num local como a cafeteria Starbucks, e um deles abriu um dos sacos de trigo para alimentar seu ju m ento. Foi assim que encontraram o dinheiro. Ao abrirem o restante dos sacos, os irmãos se depararam com o dinheiro que pensavam ter pagado pelos mantimentos no Egito. A essa altura, estavam à beira de um colapso nervoso. Eles ficaram apavorados, pois em seu íntimo sabiam que estavam sendo castigados po r Deus pelo mal que haviam feito anos antes a José. Embora a Bíblia ainda não tivesse sido escrita, eles estavam vivenciando a verdade que Moisés escreveria séculos mais tarde: Estejam certos de
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Os irmãos voltaram para casa, exceto Simeão, e contaram ao pai tudo o que havia ocorrido. Disseram que deveriam retornar ao Egito com Benjamim; o único problema era que Jacó se recusava terminantemente a permitir que Benjamim fosse com eles. N o entanto, como a fome persistia, Jacó se convenceu de que não havia outra saída. Então, enviou os filhos de volta ao Egito com o irmão mais novo a reboque e ordenou que levassem prata em dobro e devolvessem o dinheiro que haviam encontrado nos sacos de trigo. Quando José viu que os irmãos estavam de volta com Benjamim, convidou todos para um grande banquete, assentando-os em volta da mesa na ordem exata do seu nascimento. Os irmãos ficaram estupefa tos. Com o era possível tamanha coincidência? Além disso, José orde nou aos criados que servissem a Benjamim uma porção cinco vezes maior que a dos outros. Quando José chegou à sala do banquete, viu os irmãos se incli narem novamente diante dele e encontrou-se com Benjamim. Aquele encontro foi demais para o seu coração! José se apressou em sair da sala para se recompor. Então, regressou ao banquete e comeu com os irmãos. Depois de falarem um pouco de “futebol” e de política, todos se recolheram. Os irmãos imaginaram que tudo estivesse resolvido, e que aquele estranho episódio com o assistente do faraó estivesse encerrado. Toda via, estavam redondamente enganados.
"Eu sou J o s é ! " N a manhã seguinte, José ordenou ao seu despenseiro que carregasse de trigo os jumentos de seus irmãos e colocasse o dinheiro deles no meio da bagagem .Tam bém m andou que ele colocasse sua taça de pra ta no saco de Benjamim. Quando deixaram o Egito, eles se sentiram aliviados. Mas, antes que tivessem se afastado muito da cidade, José enviou seus guardas atrás deles para que os alcançassem. N ão é preciso dizer que os irmãos ficaram apavorados ante a acusação de que haviam roubado a taça de prata do oficial egípcio.
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os irmãos de José perceberam que estavam perdidos. Deus com certe za estava dando-lhes a paga pelo pecado terrível que haviam cometido ao vender José com o escravo. Ao retornarem à cidade, prostraram-se mais um a vez diante de José, e Judá lhe implorou misericórdia. Explicou que, se Benjamim não vol tasse para casa, o pai deles m orreria de desgosto, já que por anos havia se lamentado incessantemente pela morte de seu outro filho. José mandou que todos saíssem do aposento, exceto seus irmãos. Então declarou: “Eu sou José!” Aquela revelação, com certeza, deixou-os em estado de choque. José então se apressou em tranquilizá-los, dizendo que não deviam temer. Ele demonstrou uma extraordinária atitude de misericórdia. Disse que Deus o enviara ao Egito para preservar a vida de muitas pessoas, inclusive a deles. José sugeriu que os irmãos voltassem para caSa e trouxessem Jacó e toda a sua família para o Egito. Haveria mais cinco anos de fome, e ele os sustentaria e construiria moradias para eles na terra de Gósen, uma região do Egito. Q uando voltaram para casa, Jacó ficou pasmo ao ouvir o relato do que ocorrera. Eles então pegaram seu pai, suas esposas e seus filhos e partiram dali para o Egito, a fim de habitarem ju nto a José. O dia em que Jacó finalmente reviu José, o filho que ele julgava estar morto, foi um dos mais felizes de sua vida. Jacó e José viveram ainda 17 anos juntos, restaurando o relacionamento entre pai e filho e recuperando o tem po perdido. [Só depois desse período] M orreu Jacó, o pai dos 12 homens que um dia dariam origem às 12 tribos de Israel. Quando Jacó morreu, seus dez filhos entraram em pânico. Por que isso? Eles acreditavam que José agora retribuiria o mal que haviam feito a ele tanto tem po antes. Aos 49 anos, José era virtualmente o homem mais poderoso do planeta. Ele poderia fazer o que bem en tendesse para se vingar dos irmãos pelo que lhe haviam feito quando ele tinha apenas 17 anos de idade. Alarmados, os irmãos de José enviaram uma mensagem a este basicam ente dizi “Ei, José, nós , ant
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de morrer, papai mencionou que queria muito que um dia você nos perdoasse por todo o mal que fizemos a você” (veja Gn 50.16,17). Quando José escutou essas palavras, chorou. Ele conhecia o co ração dos irmãos e sabia o que estava por trás daquela mensagem. Estavam morrendo de medo de que ele os enforcasse e esquartejasse como fizeram a William Wallace em Coração Valente (embora isso só fosse acontecer 2.500 anos depois). A resposta de José revelou sua perspectiva de tudo o que lhe havia acontecido. Ele disse: Não temais;porque, porventura, estou eu em lugar de Deus? (Gn 50.19b). Em outras palavras, José quis dizer que seus irmãos não precisa vam ter medo, pois Deus estava no controle de tudo o que havia acon tecido. “Por que eu me tornei o homem mais poderoso do mundo? Por causa dos meus ‘contatos’ ou dos meus ‘diplomas’? Não, foi o pró prio Deus quem me colocou aqui.” Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fa zer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande (Gn 50.20).
José demonstrou, com isso, não estar contra seus irmãos, mas ao lado deles.“Eu sustentarei vocês e seus filhos”; com essas palavras,José expressou benignidade e misericórdia para com seus irmãos, os mes mos que haviam planejado a morte dele e o haviam vendido como escravo, anos antes. José fez essa declaração aos 49 anos. Ele ainda gozaria de uma vida longa, morrendo somente aos 110 anos. Mais de 400 anos mais tarde, quando Moisés tirou os israelitas do Egito, eles carregaram os ossos de José e enterraram-nos na Terra Prometida, a terra de Abraão, Isaque ejacó. Esta é a visão panorâmica da história de José. Agora, pousaremos nosso avião e mergulharemos no caudaloso rio de verdades que corre daqui para a eternidade, com algumas cor redeiras ao longo do caminho. Vai ser uma aventura e tanto!
C
a p ítí t u l o
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D e m o d o e s t r a n h o e l e n t o , D e u s e s t á t r a b a l h a n d o Soberano Rei dos céus, cheio de graça e sabedoria, todos os meus dias estão em Tuas mãos, e todas as circunstâncias sob o Teu mandar. — J o h n R y la lan d s
Se algum dia houve uma verdadeira vítima, esta foi José. O m un undo do hoje parece estar estar cheio de vítima vítimas. s. Voc Vocêê já percebeu perceb eu isso? Todos se se colocam coloca m ne ness ssaa posição e estão estão a todo tod o tem po procur pro curand andoo vingar-se [daquele ou daquilo que gerou o seu sofrimento], Mas, José foi um u m a vítim a de verdade. verda de. Se Se ele ele esti estive vess ssee vivo hoje, h oje, talvez sua história trágica fosse contada no programa da Oprah, e ela não dedicaria apenas um programa a ele, levaria uma semana inteira para pa ra c o n tar ta r sua hist hi stór ória ia.. As lágr lá grim imas as c o rre rr e ria ri a m soltas, e n ã o ha have veria ria lenços de papel suficientes para toda a platéia. Psicólogos seriam cha mados para analisar o trauma de José. C on ontud tudo, o, aos aos 49 ano anos, s, quando encarou seu seus irmãos, José não era um homem traumatizado. Não estava amargurado nem cheio de ódio. Para falar a verdade, não era isso que seus irmãos espera vam que acontecesse. Eles acreditavam que José lhes faria o mesmo
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torturá-lo s, prendê-los pren dê-los ou matá-los logo de uma um a vez, vez, José usou de misericórdia para com seus irmãos. Eles Eles não conseguiam conse guiam en enten tende derr a reação reação de José. N o coração deles deles,, não havia nada além do medo, isso porque não conheciam seu irmão nem o Deus deste. E, como não temiam ao Senhor, estavam apavora dos com o que o irmão poderia fazer. José, porém, havia aprendido a temer a Deus, por isso falou pa lavras de conforto e perdão aos irmãos amedrontados. Ele era um hom em de Deus, Deus, não u m ho hom m em mundano. A ideia ideia de ving vingar ar-s -see ou paga pa garr-lh lhes es n a “m “ m esm es m a m o e d a ” seq s equu er lhe lh e passava pel p elaa cabeça. cabe ça. Em toda família, existe alguém que precisa crescer. Em toda família, existe alguém que precisa superar a mágoa. Em toda família, existe alguém que precisa amadurecer e perdoar. Os irmãos de José mereciam a retribuição de seus atos e tudo aquilo aquilo que temiam. Mas, Mas, não foi is isso o que aconteceu. aconteceu . A forma form a como com o José agiu, com certeza, deixou-os para lá de chocados. Por que não receberam o que mereciam? Porque seu irmão era um ho m em maduro, que não havia havia se deixado deixado dom inar pela pela amargura amargura nem ne m pelo desej desejoo de vingança. vingança. Ele não queria intimidar, process processar ar nem ferir ninguém. Foi compassivo e bondoso com aqueles que haviam tentado destruí-lo, amparando financeiramente seus irmãos e as famí lias destes. Na N a d a n a reação rea ção de José Jo sé ind in d ica ic a qu quee ele se sentia sen tia u m a vítim ví tima. a. N a verdade, essa atitude só foi possível porque ele não se via como vítima, e sim como um vencedor.
D e v í ti m a a v e n c e d o r Como José passou de vítima a vencedor? Apenas uma doutrina nos pe p e r m ite it e viaja vi ajarr p o r essa essa estrada estr ada,, e foi essa essa ver v erda dade de q u e José Jo sé ab abra raço çouu de todo o coração. Trata-se da doutrina da soberania e da providência de Deus. Isso significa que nosso Senhor é um grande Deus. Provavelmen te, muito maior do que pensamos. Esses dois atributos divinos são minas de ouro que infelizmente
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lhe oferecesse uma mina de ouro de graça, você imediatamente acha ria a oferta boa b oa demais para ser verdade. Mas, digamos qu quee a oferta seja seja verdadeira, e que, aliás, esse alguém esteja oferecendo-lhe não uma, mas duas minas de ouro.E disso que estamos falando aqui! Essas duas minas de ouro são duas verdades gêmeas. Temos um grande Deus, que trabalha de modo soberano e providencial em nossa vida. Agora, preste bastante atenção nisto: para que você possa expe rimentar uma virada de 180 graus em seu coração, transformando-se de vítima v ítima em ven vencedo cedor, r, precisa precisa ancora a ncorarr sua vida nes nessas sas dua duass verdades. verdades. Sem a soberania e a providência de Deus, você será sempre uma ví tima. Elas são absolutamente essenciais para a sua sobrevivência. Ao descobrir a verdade desses atributos do Pai celestial, as circunstâncias da sua vida ficarão sob uma perspectiva totalmente diferente. A soberania e a providência de Deus são como os dois lados de uma mesma moeda, inescapavelmente conectados um ao outro. Andam sempre juntas. E uma tragédia que essas verdades poderosas tenham sido esquecidas por nossa geração. Então, o que isso significa? Esto u eu em luga lugarr de D eu s ? (Gn 50.19b). José pe pergu rgu ntou nto u aos irmãos: irmãos: Estou D iante do tem or de delles, es, questionou: questionou: “Esperem “Esperem um pouco. C om o vo você cêss acham que cheguei a esta posição de poder e autoridade? Acham que foi por acaso?” José não havia alcançado aquela posição por sorte, por ter um currículo invejável, nem porque conhecia pessoas influentes. Chegou aonde chegou porque Deus, desde antes da fundação do mundo, tinha um plano para ele. Chegou ali porque aquele era o lugar que Deus tinha para ele, e o Senhor o havia colocado naquele grande palácio de modo soberano e providencial. José não alcançou sua bênção por coincidência. José não alcançou sua bênção por sorte. José não alcançou sua bênção por acaso. Deus havia determinado que ele ocupasse aquela posição mesmo antes de criar o universo. Foi por isso que José chegou aonde chegou. Ele não congratulou a si mesmo por essa conquista, pois sabia que
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Então, o que é a soberania de Deus? A soberania inclui três ideias prin pr inci cipa pais is:: pro p ropp rie ri e d a d e , a u tori to ridd a d e e c o n tro tr o le (E e r g u s o n e t a l , 1988, p. 65 6 5 4 )1. )1. D eu euss c r iou io u tud tu d o , é d o n o de tud tu d o e rein re inaa sobr so bree tud tu d o ; Ele c o n trola tudo. O mesmo princípio poderia ser aplicado aos soberanos que deti nham nha m a propriedade e o dom ínio de se seus territórios, territórios, po porém rém lembre-se lembre-se reis.. Ele é o Senhor de todos os reis, domina de que Jesus é o R e i dos reis sobre todos eles, controla todos os reis da história — no passado, no pre p rese senn te e no n o futu fu turo ro — , p o rqu rq u e foi Ele El e q u e m c rio ri o u cada cad a u m deles. Em Em outras palavras, é Ele quem está no controle. Algumas passagens bíblicas podem demonstrar essa verdade de modo ainda mais concreto: Porque Porque eu co conheço eço que o S E N H O R é grande grande e que que o nos nosso so D eus está stá acima acima de todo todoss os deus deuses es.. Tudo o que o S E N H O R qu quis is,, ele ele of e z , nos céu céuss e na terra, nos mares e em todos os abismos. Salmo 135.5,6
M a s o nosso noss o D e u s está no noss céus e f a z tudo tu do o qu quee lhe ap apra raz. z. Salmo 115.3
estabe bele leci cido do o seu trono trono nos nos céu céuss, e o seu rein reinoo dom ina O S E N H O R tem esta sobre tudo. Salmo 103.19
D o S E N H O R é a terra e a sua su a p len le n itu it u d e , o m u n d o e aq aquele ueless qu quee nele habitam. Porque ele afundou sobre os mares e afirmou sobre os rios. Saimo 24.1,2
Estamos falando de um grande Deus. Um Deus maior que o uni verso que Ele criou, além do que a nossa mente é capaz de compre ender. Esse Deus está no controle de todas as coisas. Ele não somente tem o controle do movimento das galáxias e de incontáveis trilhões
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Isso o incomoda? Essa verdade de fato incomoda a maioria das pessoas. A soberania de Deus é como uma pílula grande demais para engolir, que costuma ficar atravessada em nossa garganta, causando um considerável desconforto.Todavia, essa é uma verdade que você preci sa engolir e digerir bem , um princípio sobre o qual deve fundamentar sua vida. O grande teólogo B. B. Warfield descreveu muito bem a raiz do nosso desconforto. Aliás, gosto muito desse autor. Ele não fica “en chendo lingüiça” e não é chato como a maioria dos sujeitos que en sinam teologia. Ele “chuta direto para o gol”, e seu chute é uma ver dadeira bomba. Todos nós desejamos pertencer a nós mesmos e ressentimo-nos quando pertencemos — principalm ente de m od o absoluto — a qualquer outra pessoa, mesmo quando essa outra pessoa é Deus. Sentim o-nos co m o o au tor do hino que começa dizendo: “Eu já fui ovelha errante”, e logo declara: “e não me deixava controlar”. N ão p erm itim o s que n in gu ém nos controle. O u m elhor, para ser mais exato, recusam o-no s a adm itir que somos controlados. Acho que é mais certo dizer que nos recusamos a admitir o fato de que somos controlados. Quer admitamos ou não, a verdade é que somos con trolados. A creditar que não somos controlados é imaginar que Deus não existe, pois uma vez que mencionamos a palavra D eus, estamos falando de controle. Se uma única criatura formada po r Deus escapa do Seu controle, naquele exato m om en to ela está efetivamente abolindo a existência do Senhor. U m D eus q ue pudesse ou quisesse criar um ser o qual Ele não pudesse ou não quisesse controla r na realidade não seria D eus. N o momento em que Ele fizesse tal criatura, estaria obviamente abdi cando do Seu trono. O universo que Ele criou cessaria de ser o Seu universo, o u m elhor, cessaria de existir, já qu e o universo é sustenta do tão somente pelo poder de Deus. (Warfield, 1916, p. 265-267)2
A soberania de Deus garante que Ele está no controle de tudo. Por
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Isso quer dizer que, quando olhamos ao nosso redor e temos a nítida sensação de que o mundo e a nossa vida estão fora de controle, estamos equivocados. Podemos achar que as circunstâncias descarrilharam e estão prestes a cair em um abismo, mas na verdade nosso trem está movendo-se exatamente na rota e no horário previstos e em perfeita harm onia com o plano e o propósito divinos. Há cerca de 300 anos, Jo hn Flavel disse à sua congregação na In glaterra: “Assim como palavras em hebraico, algumas das providências de Deus são mais bem compreendidas de trás para frente”. Em portu guês, a leitura é feita da esquerda para a direita. Em hebraico, da direita para a esquerda. Então, para nós, o hebraico é lido de trás para frente. Alguns capítulos de nossa vida parecem não fazer sentido. Somos pegos de surpresa por tragédias e perg untamo-nos onde Deus está. Simplesmente não faz sentido! “Onde está esse Deus que me ama, e por que Ele perm itiu que isso acontecesse comigo?”Você e eu pode mos fazer esse tipo de pergunta milhares de vezes, mas o fato é que esses capítulos confusos de nossa vida jamais farão sentido enquanto estivermos no meio deles. Quando se trata desses episódios desconcertantes, às vezes é preciso esperar cinco, dez, ou até 20 anos para que as coisas comecem a fazer sentido. Só então, olharemos para trás como José e veremos como algu mas das providências de Deus se tornaram perfeitamente claras. Ao relembrarmos determinadas situações, podem os ver que Deus estava no controle até mesmo quando pensávamos que nossa vida estava descontrolada. Muitas vezes não conseguimos enxergar a provi dência divina até que a tempestade passe e examinemos [novamente a situação]. Olhamos para trás e custamos a acreditar que sobrevivemos à ferocidade daquela tempestade. Mas, o fato é que sobrevivemos. E isso por causa da bondade e do plano de Deus. N ão conseguíamos ver esse plano enquanto estávamos em meio à tribulação. Na verdade, em alguns momentos sentimos como se Deus nos houvesse abandonado. Jó sabia o que era sentir-se assim. Em meio à sua perda devasta dora e ao seu desespero, ele não podia encontrar o Senhor em lugar
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A h ! Se eu soubesse que o poderia achar! Entã o me chegaria ao seu tri bunal. Com boa ordem exporia ante ele a minha causa e a minha boca encheria de argumentos. Eis que, se me adianto, ali não está; se torno para trás, não o percebo. Se opera à mão esquerda, não o vejo; encobre-se à mão direita, e não o diviso. Jó 23.3,4,8,9
José deve ter sentido a mesma coisa durante aquela longa viagem de camelo, enquanto suas correntes retiniam a cada passo do caminho para o Egito, ru mo a uma vida de escravidão sem fim. A soberania de Deus nos garante que Ele é o Rei e que está no controle absoluto de tudo; ela também assegura que o controle [do que acontece em nossa vida] não pertence a nós. José se dirigiu aos seus irmãos não na posição de vítima, mas de vencedor. Como foi possível ele não ter sido dominado pela amargura e pelo desejo de vingança? Ao fazer um retrospecto de sua vida, José pôde perceber o controle absoluto de Deus operando o Seu plano eterno em todas as circunstâncias por que passou, tanto as boas como as más.Tudo estava sob o controle soberano do grande Deus de Israel. E o que implica a providência? Ela se manifesta quando Deus executa o Seu plano em nossa vida e em todo o universo. Há um provérbio que diz que “o diabo está nos detalhes”, mas isso é absolu tamente incorreto. E Deus quem está nos detalhes. Senhor, tu és o meu Deus; eu te exaltarei e louvarei o teu nome, pois com grande perfeição tens fe ito maravilhas, coisas há muito planejadas. Isaías 25.1 (nvi)
Será que estamos falando de planos que Deus traçou na correria da noite passada para consertar algo que deu errado em nossa vida? Será que o Senhor está formulando um Plano B porque o Plano A não funcionou para nós? Não! Todos os planos de Deus foram traçados por Ele antes da criação do mundo. Ele não passou a noite em claro, com planilhas e mapas espa
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encaixasse nas atuais circunstâncias de nossa vida. Não! Seus planos para nós sempre foram e continuam sendo os originais. Planos perfeitos, que jamais precisarão ser retificados. Isso é que é um grande Deus! Os planos que Ele delineou sempre são executados com perfei ção. Sua vontade é certa, jamais incerta. Para que o Seu propósito seja executado e cumprido, Ele coordena os mínimos detalhes da nossa vida e de todo o universo. Deus executa, sustenta e mantém tudo funcionando de acordo com o Seu querer. E isso só pode ser efetuado quando se está no controle absoluto. Ele está no controle, por isso Jó declarou: Porque [Deus] cumprirá o que está ordenado a meu respeito e mui tas coisas como estas ainda tem consigo (23.14). O plano de Deus para a sua vida será cumprido no tempo exato. John J. Murray resume isso muito bem: •
O plano de D eus é perfeito.
•
O plano é com pleto.
•
O p la n o é p a ra o m e u b e m su p re m o .
•
O p lano é secreto. D eus o esconde de m im até que ele se cum pra.
•
E u o descubro dia após dia co nfo rm e ele vai desenrolando-se. (M u r ra y ,
1990, p. 10)3
Basicamente, a doutrina da providência nos ensina que de con tínuo Deus sustenta e supre as necessidades de tudo o que Ele cria, e isso inclui você. Ele o criou e jamais cessará de suprir suas necessidades e sustentá-lo — é assim que o Senhor executa o Seu plano em sua vida. E afirmado em Hebreus que Jesus sustenta todas as coisas pela pa lavra do seu poder (Hb 1.3b). A mesma passagem na Bíblia de Jerusalém declara que Cristo sustenta o universo com o poder de sua palavra.4 O que esse nosso grande Deus fica fazendo o dia todo? O Dr.Wayne Grudem nos dá um vislumbre de como Deus investe o Seu tempo: A palavra grega traduzida com o sustenta é phero, que significa carre gar, conduzir. Ela é m uito usada no N ov o Testamento em referência
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caso dos quatro amigos que levaram o homem paralítico até Jesus (Lc 5.18), ou qua ndo Paulo ped iu a T im ó teo que lhe trouxesse a capa e os livros que ele havia deixad o em Trôa de (2 T m 4.13). A palavra não significa apenas sustentar. Em Hebreus 1.3, [a gramá tica] indica que Jesus está co ntinu am ente con du zind o tudo o que existe no universo pela palavra do seu poder. De modo semelhante, em Colossenses 1.17, Paulo faz uma alu são a Cristo dizendo que todas as coisas subsistem por Ele. A expres são todas as coisas se refere a tudo o que foi criado no universo (v. 16), e o versículo afirma que Cristo mantém a existência de todas as coisas, ou seja, nele tudo continua a existir ou a perdurar. Ambos os textos indicam que, se Cristo interrompesse sua ati vidade contínua de sustentar todas as coisas no universo, então tudo , à exceção do D eus trino, cessaria instan tanea m ente de existir. (G
r u d e m
,
1999, p. 143)5
Entretanto, o mundo continua a existir, assim como você. En tão, definamos providência da seguinte forma: Deus continuamente sustenta e supre as necessidades de tudo o que Ele cria, e nada — in dependente de quão grande ou pequeno — escapa ao Seu absoluto controle. Ele é o R ei e tem um plano. Seu plano soberano para você, para m im e para o mundo inteiro se cumprirá exatamente segundo as Suas especificações. Q uando José aliviou os temores de seus irmãos perguntando-lhes: Estou eu em lugar de Deus? (Gn 50.19b), ele estava olhando em retros pectiva para os eventos de sua vida. E, quando viu a sua história dessa forma, ele reconheceu a providência soberana do Senhor dirigindo cada um de seus passos, até mesmo o momento em que foi raptado e vendido como escravo. Ao olhar para trás, José enxergou o plano providencial perfeito que o havia elevado à posição de corregente do Egito. Quando ava liou sua história em retrospectiva, compreendeu a organização extra ordinária do plano minucioso do Senhor para sua vida. Deus estava no
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Fa ç a m o s u m a p a u s a p a r a f a l a r UM POUCO DE FUTEBOL AMERICANO
Talvez esse assunto esteja ficando pesado demais. Então, por que não falamos um pouco sobre futebol americano? Se você entende de futebol americano, deve estar familiarizado com Bill Belichick, o lendário treinador dos New England Patriots. Ele levou os Patriots a três vitórias no Super Bowl e é considerado um dos maiores treinadores de futebol americano da atualidade (apesar das recentes alegações de que costuma enviar seus assistentes para dar uma espiada nos treinos de seus futuros adversários). O que você não deve saber é que o pai dele, Steve Belichick, talvez tenha sido o maior olheiro na história do futebol americano. Ele era treinador assistente da Marinha americana, e sua principal função era observar os futuros adversários e apresentar um relató rio à equipe de treinadores. Antes de Steve Belichick, o trabalho de olheiro era feito de um modo um tanto aleatório. Steve o transfor mou em uma ciência. Nos anos 50, o futebol americano universitário dominava a cena, e a Marinha e o Exército americanos eram verdadeiras potências fute bolísticas. E m 1957, o Exército se gabava de possuir dois A li American111 running backsIV e um ataque que raramente passava a bola. A filosofia de olheiro de Steve Belichick era a seguinte: “Descubram o que os outros caras fazem de melhor, o que preferem fazer, principalmente quando estão sob pressão em um jog o importante; descubram tudo e forcem -nos a fazer jogadas com que não estão acostumados” ( H a l b e r s t a m , 2005, p. 2)6. Belichick passou horas pesquisando o que o Exército gostava de fazer, então apresentou ao treinador principal da Marinha, Eddie III AU American é um título ho norá rio esportivo usado nos EU A para se referir a jogadores amadores que se destacam em sua atuação em times de universidades ou de escolas de ensino médio, selecionados por mem bros da mídia nacional. IV U m nmning back (RJB) é uma posição do futebol americano que normalmente se alinha no backjield. O
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Erdelatz, o seu plano para impedi-los de executar essas jogadas. O consenso geral antes do jogo, que se deu em um estádio com lotação esgotada, era o de que a Marinha não tinha chance alguma de enfren tar o ataque veloz e poderoso do time do Exército. Mas, o time conseguiu fazer exatamente isso. Ele neutralizou os jogadores do Exército forçando-os a executar o que estes não que riam, ou seja, passar a bola. O time do Exército não conseguiu domi nar o jogo e perdeu para o time da Marinha de 14 a zero. N o vestiário, u m colunista de esportes congratulou Erdelatz pela vitória, mas ele apontou para Belichick e disse: “Ele ganhou o jogo para nós há duas semanas” ( H a l b e r s t a m , 2005, p. 3,4)7. Em outras pa lavras, o relatório entregue por Belichick foi tão detalhado e preciso que a Marinha ganhou o jog o duas semanas antes de entrar em campo. Há algo que você precisa saber sobre Deus. Ele não apenas deu uma “espiada” em seu futuro, mas planejou-o. E não fez isso duas se manas atrás, mas antes de criar o universo. Por isso, no fmal, você será um vencedor! Você não precisa ser um a vítima. Assim como José provavelmente pensou quando estava a cam inho de um futuro de escravidão, você pode pensar que a sua vida está acabada. Mas, por causa do plano eter no e grandioso de Deus e de Sua execução providencial desse plano, José se tornou um vencedor. C om você não será diferente! C om o José, você precisa abraçar a soberania e a providência de Deus. Essa é a única forma de escapar da vitimização. Jonathan Edwards expressou [sua confiança na soberania e na providência de Deus] melhor que ninguém: “Todos os átomos do uni verso são direcionados por Cristo de modo a ocuparem a posição mais vantajosa possível para os cristãos”. Essa é uma declaração verdadeira e extraordinária, mas inclui um aviso. Um aviso? Por que precisaríamos de um aviso anexado à afir mação de que “todos os átomos do universo são direcionados por
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temos um grande Deus que trabalha de forma soberana e providencial em nossa vida? Sim, é verdade. Contudo, a afirmativa [de Edwards] inclui um aviso bíblico que você precisa levar em consideração ao analisar sua vida e as circunstâncias por que passa. Imagine que você está lendo a seguinte placa na estrada:
AVISO DEUS TRABALHA DE MODO ESTRANHO. DEUS TRABALHA DE MODO LENTO.
D eus t r a b a l h a de m o do e s t ra n h o Agora você já conhece a história de José e sua incrível ascensão ã posição de corregente no Egito. N o entanto, será que não havia uma maneira mais fácil de colocá-lo no topo? Se eu fosse Deus e quisesse colocar José no topo da escada do sucesso egípcia, transformando-o no braço direito do faraó, teria pla nejado que ele se formasse no ensino médio com as maiores notas da turma.Também faria com que ele fosse um grande atleta. Que combinação ideal: um grande atleta que só tira nota máxima nas avaliações. Então, eu planejaria que José fosse escalado para o time estadual de futebol americano, o que chamaria a atenção do treinador do time da “Universidade do Egito”. José ganharia uma bolsa integral para a faculdade e concluiria seus estudos em gestão de negócios. Porém, no último jogo, no último ano da faculdade, ele machucaria o joelho; isso acabaria com a possibilidade de tornar-se um jogador profissional. Por causa da impossibilidade de uma carreira esportiva, José cur saria um mestrado e depois um doutorado em administração. Quando se formasse, ele se casaria com a garota dos seus sonhos, que estaria namorando desde o ensino médio, passaria em um concurso público, e, depois de 20 anos de uma carreira brilhante, seria escolhido a dedo pelo faraó para administrar a crise agrícola que começaria a despontar no horizonte.
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Esse plano faz muito mais sentido para mim . Ele levaria José à po sição de corregente com muito menos dificuldade e estresse. Já pensei muito sobre isso, e, para mim, esse parece simplesmente ser um cami nho bem melhor. Entretanto, dê só uma olhada no que Deus tem a dizer sobre nossos caminhos e planos “lógicos”: Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos. Isaías 55.8,9
Os caminhos do Senhor não são os nossos caminhos. Os pen samentos do Senhor não são os nossos pensamentos. Os planos do Senhor não são os nossos planos. Deus trabalha de modo estranho! O plano do Senhor para José incluía o mal que seus irmãos fize ram a ele. Estranho, não? Eles tinham traído o irmão e mentido para o seu pai. O que cometeram foi um pecado abominável e bárbaro. Movidos pelo ciúme e pelo ódio, intentaram o mal. Deus o tornou em bem, para fa ze r como se vê neste dia (Gn 50.20b). Você consegue entender o que José disse a seus irmãos quando os tranquilizou quanto ao seu futuro? Ele assumiu que a providência de Deus é maior do que qualquer pessoa, momento ou lugar. Seus ir mãos intentaram o mal, mas o Senhor tomou posse daquele ato cruel e transformou-o em bem. Deus não impediu o plano maligno deles nem o interrompeu. Mas, em todo o tempo, Sua mão invisível estava no controle de todos os detalhes e circunstâncias. Enquanto passava po r aquela difícil situação, José se encontrava tomado de choque, angústia e descrença. Mas agora, 32 anos mais tarde, quando olha para a sua vida em retrospecto, consegue ver a incrível providência de um Deus santo e bondoso.T udo o que acon teceu a José é impressionante, mas também é estranho. Maravilhosa
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D eus
t r a b a l h a de modo l e n t o
Mesmo José se sentindo arruinado e acreditando que tudo estava perdi do, com o coração partido por causa das decepções, a mão do seu gran de Deus continuava trabalhando em sua vida. José deve ter pensado que as coisas jamais mudariam. Ele havia sentido o gostinho da prosperidade na casa de Potifar, mas aqueles dias tinham ficado para trás. José fora preso por um crime que não cometera, e não existia a menor esperança de que algo em sua vida pudesse mudar. Ele não conhecia um advogado famoso que pudesse ajudá-lo nem havia um Supremo Tribunal para o qual pudesse apelar. Não havia saída para José. Estava tudo acabado! Dia após dia, se mana após semana, mês após mês, ele não via absolutamente chance alguma de uma virada. Nada estava acontecendo! Ele havia se resignado a cuidar de seus afazeres diários e buscara adaptar-se o melhor possível à sua vida como prisioneiro, tão sem graça, tão entediante, tão lenta. Todavia, um chamado mudou tudo! E, 45 minutos depois, ele se viu transformado no [segundo] homem mais poderoso da face da terra. DEUS TRABALHA DE MODO ESTRANHO. DEUS TRABALHA DE MODO LENTO. MAS DEUS TRABALHA. E SABE EXATAMENTE O QUE ESTÁ FAZENDO EM SUA VIDA.
A
o n d e q u e r emo s c h e g a r c o m isso
?
Este livro vai levar você a mergulhar nas profundezas [da história de vida de José], Não vai ser um livro do tipo O gato da Cartola, de Dr. Seuss. Se é isso que você está procurando, é melhor ir até a livraria mais próxima e buscar [algum título] na seção infantil. Assim como eu, é provável que você já tenha desperdiçado tem po demais perm anecendo no lado raso da vida, andando por aí com água pelas canelas, fingindo que está nadando. Quero aprofundar-me e fortalecer-me como homem de Deus, e, a menos que eu esteja en
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Então, prepare-se! Mergulharemos fundo na vida desse ousado homem de fé. A medida que fizermos isso, vamos deparar-nos com dez evidências irrefutáveis da providência de Deus. Assim como essas providências foram uma realidade na vida de José, elas são na sua. Os títulos dos capítulos são declarações da soberania e da providência do nosso grande Deus. Ele está no controle: i / t / i / i /
l/ 1/ i /
*/ s / \ /
de perdas devastadoras; de todas as circunstâncias; de tod o o seu trabalho; de retrocessos dolorosos; de esperanças despedaçadas; das esperas prolongadas; de indivíduos poderosos; da fome, do clima e dos desastres naturais; de todas as promoções e avanços; de todos os eventos da sua vida e fará com que tudo coopere para o seu bem .
Existe uma obra que Deus preordenou para a sua vida (Ef 2.810). Nada pode prever nem deter esse propósito. Talvez você não veja ou sinta isso, pode ser que nem acredite nessas palavras hoje, mas não importa: o Senhor está no controle. Quando Davi recebeu essa revelação, talvez estivesse deitado sob as estrelas no deserto enquanto pastoreava as ovelhas de seu pai e, en tão, tenha cantado o seguinte: N o teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda. Salmo 139.16b (ara)
Em outras palavras, o plano do Senhor já foi escrito e se cumprirá [à risca].
C
a p ít u l o
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M e s m o q u a n d o o s s e u s s o n h o s m o r r e m , D e u s e s tá n o c o n tr o le d e p e r d a s d e v a s ta d o r a s Nas tuas mãos, estão os meus dias. — D a v i ( SI 31 . 15 a )
Ele tinha 25 anos, e aqu ele deveria ter sido o melhor ano de sua vida. O jovem acabara de casar-se com a mulher que amava e havia plane jado cuidadosamente cada detalhe de sua lua de mel na Europa. Entretanto, durante uma forte tempestade, sua bela esposa, Annie, foi atingida por um raio. O incidente a deixou paralítica pelo resto da vida. Nos 39 anos que se seguiram, seu esposo cuidou fielmente dela. O casal nunca mais pôde viajar, e os dois começaram a colecionar cartões postais do mundo todo. Jamais poderiam visitar pessoalmente aqueles lindos lugares, mas juntos apreciavam as fotos que seus amigos lhes enviavam de suas viagens. O marido era o grande teólogo cristão Benjamin B. Warfield. Por quase 40 anos, ele deu aulas, escreveu artigos e cuidou da esposa. O r ganizou seu horário de modo a quase nunca sair de perto da mulher por mais de duas horas.
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Mesmo quando os seus sonhos morrem, Deus está no controle de perdas devastadoras
devastadora. Contudo, as pessoas mais próximas do casal sabiam que eles não eram vítimas. Com o José, Benjamin e Annie eram vencedores mesmo em meio àquela perda. Alguns anos mais tarde, Dr. Warfield escreveu as seguintes pala vras acerca da providência de Deus. E uma citação longa, mas decidi incluí-la por causa de sua profunda sabedoria. As vezes somos tentados a folhear um livro às pressas (também faço isso de vez em quando), porém a seguinte citação merece uma leitura cuidadosa. Você acabou de ler sobre a incrível perda sofrida pelo Dr. Warfield. Agora observe como suas palavras não demonstram sequer um pingo de amargura ou ressentim ento contra Deus: Tomem os co m o exemplo u m acontecim ento qualquer, seja ele gran de ou pequeno — a queda de um império ou de um passarinho, a qual o Senhor mesmo afirmou jamais acontecer sem a vontade de nosso Pai (Mt 10.29) [...] Deus certamente tem conhecimento de tudo o que se passa no universo. Não há sequer um canto escuro que escape aos olhos do Senhor, que tudo vê; nada ocorre que esteja oculto ao Seu olhar universal. E certamente não se pode imaginar que algum acontecimento no universo o pegue de surpresa. [...] Tampouco po dem os imag inar que D eus seja indiferente aos acontecim entos, com o se, em bora soubesse qu e algo está para ocorrer, Ele não se importasse se o episódio de fato aconteça ou deixe de acontecer. Nosso Deus não é assim; Ele é um Deus que se importa infinitamente com as mínimas coisas. Acaso nosso Salvador não citou [o cuidado com] os passarinhos e os cabelos de nossa cabeça para nos ensinar essa verdade? Ora, porventura alguém poderia imaginar que, embora Deus se importe infinitamente conosco, Ele seja impotente diante dos acontecimentos do Seu universo e não possa preveni-los? Acaso deveríamos supor que desde a eternidade Ele vê acontecimentos contrários à Sua von tade aproximarem -se cada vez mais no tempo, até finalmente ocorrerem, sem, contudo, poder impedi-los? Bem, se Ele não pudesse evitar tais acontecimentos, não preci saria ter criado o universo; ou talvez devesse tê-lo feito de forma
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— ou qualquer outro que fosse. N ada o com peliu a isso, exceto Seu bel-pra zer; e nada é capaz de fo rç á-lo a p erm itir a ocorrê ncia de qualquer evento contrário aos Seus desígnios no universo que Ele mesmo criou ao Seu bel-prazer. Está claro que certas coisas não deveriam ocorrer no universo criado p o r D eus, pois essas coisas lhe desagradam. Ele n ão fica para do, observando impotente o desenrolar de acontecimentos contrá rios ao Seu qu erer. O que qu er que acon teça já foi antevisto po r Ele desde a eternidade, tendo êxito apenas pelo fato de enquadrar-se à vontade do Senhor. [...] Sabemos que evento algum poderia advir a menos que tivesse uma função a desempenhar, um lugar a ocupar e um papel a cum prir no abrangen te plano de Deus. E tal co nh eci mento nos basta. ( W a r f i e l d , 1916, p. 26 S-2 67 )8
O plano daqueles recém-casados com certeza não era vivenciar tamanha tragédia durante a sua lua de mel. Entretanto, não podemos detectar nas palavras de Warfield qualquer sinal de ira com relação a Deus. Não vemos nelas indicação alguma de que Deus fosse obrigado a submeter Seu plano à aprovação do casal. Os Warfield se contenta ram tão somente em confiar e em obedecer [ao Senhor], Mesmo em meio a uma perda devastadora. A perda da saúde é um golpe devastador quando acontece a al guém jovem e cheio de vida. Mas é igualmente devastadora quando ocorre durante a velhice. Um famoso homem certa vez disse: “Minha vida está acabada, mas ainda não chegou ao fim” . W inston Churchill tinha 85 anos quando disse isso à filha ( G i l b e r t , 1991, p. 956)9. Depois de sofrer uma série de pequenos derrames, o grande estadista britânico teve de lutar contra a depressão, que ele chamava o cachorro negro. Em bora sua mente continuasse afiadíssima, seu corpo estava começando a ceder. Churchill ainda viveria mais cinco anos, mas, para ele, sua vida acabara — porém ainda não havia chegado ao fim. José, filho de Jacó, poderia ter dito a mesma coisa aos 17 anos: “Minha vida está acabada, mas ainda não chegou ao fim”. A vida de
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olhos havia perdido algo igualmente precioso: a liberdade. Quando José se tornou um escravo, sua vida acabou — mas não chegou ao fim.
NO
MEIO DA TEMPESTADE
Aquilo não fazia sentido algum para o jovem José. Como o bondoso Deus de Israel poderia permitir que tais coisas acontecessem com ele? Suas esperanças, ambições e sonhos haviam desaparecido para sempre, varridos em um instante. Haviam não só desaparecido, mas também estavam mortos e enterrados. Sua jornada praticamente terminara, e José mal a tinha iniciado. Não havia como José saber disso na época, porém esse capítulo de sua vida duraria 13 anos. Durante aquele período, a intervalos va riados, ele experimentaria a exaustão, a humilhação, a perplexidade e um medo paralisante. Por vezes, José deve ter se perguntado se conseguiria sobreviver. Todos os seus planos estavam destruídos, completamente desarraigados e demolidos pelo ódio daqueles que deveriam tê-lo amado e apoiado. Seus próprios irmãos tramaram arruinar a vida dele. Porém, o plano dos irmãos de José seria ofuscado pelo plano de Deus. Reais e ameaçadoras, devastadoras e caóticas, as tempestades da vida às vezes nos fazem perguntar a nós mesmos se conseguiremos sobreviver. Não obstante, sobrevivemos para enfrentar a tempestade de novo no dia seguinte. Algumas são breves, desaparecendo da tela do nosso radar em uma questão de horas ou até mesmo minutos. Uma nuvem encobre o sol, mergulhando o m undo na penumbra, mas logo o sol volta a brilhar, e a vida volta ao normal. A tempestade de José durou 13 anos, e nada fez sentido até que ele a atravessasse. Q uan do chegou do outro lado, José pôde olhar para trás, para os acontecimentos daqueles anos terríveis, e ver claramente o plano bem-ordenado do Deus todo-poderoso. Entretanto, quando estava no meio da tempestade, sua vida parecia totalmente fora de controle. Talvez você se sinta assim com respeito à sua vida neste momento.
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fora de controle. Se você for sincero, dirá que concorda com a ava liação de Churchill. E assim que você está: sua vida está acabada, mas ainda não chegou ao fim.
A
PERDA DEVASTADORA DE ÜOSÉ
Quando José foi vendido como escravo por seus irmãos, foi como se tivesse levado uma paulada na cabeça. Não, muito pior que isso. Um ho mem pode recuperar-se muito bem de uma paulada. Mas disso? Sua vida estava acabada. Como você acha que José deve ter se sentido enquanto estava montado naquele camelo a caminho do Egito? José não era burro. Sabia muito bem o que acontecia aos escravos. Ele sabia que estava acabado. Não havia saída para a sua situação. Quem o resgataria? Ja mais voltaria para casa ou veria sua família de novo. José havia sido traído de modo atroz, e sua vida estava irremediavelmente arruinada. Você não teria se sentido da mesma maneira? E provável que você também já tenha passado por algumas tem pestades. O u talvez seu sofrimento não tenha ficado no passado, mas ainda permaneça. Talvez você esteja vivenciando o choque de uma perda devastadora neste momento. Se isso é verdade, então você deve fazer uma boa ideia de com o José se sentiu durante aquela viagem de camelo rumo a uma vida de escravidão. Talvez esse pensamento sequer tenha passado pela cabeça daquele jovem naquele momento, porém, independente de todo o choque e de toda a aflição que José estivesse sentindo, era de admirar que ainda estivesse vivo. A intenção clara de seus irmãos era matá-lo, e eles o teriam feito não fosse pela intervenção da providência de Deus no último instante. Há um grande hino cujo título fala da providência do Senhor: Tu és fiel. Sempre gostei muito de cantar aquele verso que diz “Tua mercê me sustenta e me guarda”. A ideia aqui é:“Tua providência me sustenta e me guarda”.
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teria morrido. Se Deus se atrasasse apenas 15 segundos, seria tarde demais para salvá-lo. Todavia, isso nunca acontecerá. Deus nunca chega cedo demais, e Ele jamais chega atrasado. Sempre chega na hora certa. As vezes que remos que Ele se adiante. Enquanto o esperamos, vemos o ponteiro do relógio girando e entramos em pânico. Mas o Senhor entrará em cena no momento exato.
Na
hora exata
Talvez você já tenha ouvido falar de ju st in timev. Trata-se de uma técnica de administração e produção atribuída ao falecido Edwards Deming. Entretanto, não foi Edwards Deming que inventou o ju st in time. Foi o Criador. E isso que chamamos de providência. O Senhor sem pre aparece na hora certa para nos dar exatamente o que precisamos. Elgin Staples era um marinheiro de 19 anos que fazia parte da tripulação do USSAstoria, um cruzador pesado de Nova Orleans que atuou na Segunda Guerra Mundial. Certa manhã, um dos canhões do navio explodiu, e, com o impacto da explosão, Staples foi lançado ao mar. Suas duas pernas foram atingidas por estilhaços, e ele entrou em estado de choque. A única coisa que mantinha sua cabeça fora d’água era uma boia salva-vidas. Quando caiu na água, permaneceu cons ciente apenas o tempo necessário para acionar a boia, que acabaria salvando sua vida. Quatro horas depois, um contratorpedeiro que passava por per to resgatou o jovem marinheiro e levou-o de volta ao seu navio. Após algumas horas, o capitão do USS Astoria decidiu ancorar o navio, já que este havia sofrido danos muito maiores do que ele ha via pensado. Essa tentativa, contudo, não correu como planejado, e, por incrível que pareça, Elgin Staples foi lançado ao mar novamente. Como ainda não havia removido a boia salva-vidas, esta o salvou
v Ju st in time é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido,
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mais uma vez. Horas mais tarde, ele foi resgatado por outro navio, o U S S Andrew Jackson.
Deitado num leito de enfermaria, Staples se recusava a tirar a boia, que havia salvado sua vida duas vezes. Ele estudou cada centímetro da sua superfície, reparando em cada detalhe da fabricação cuidadosa. Alguém havia produzido meticulosamente aquele salva-vidas. Deitado no leito, Staples não se cansava de examinar a boia, maravilhado pelo fato de ela ter salvado sua vida duas vezes no mesmo dia. A ironia era que a boia havia sido fabricada em Akron, sua cidade natal, no estado de Ohio, pela Firestone Tire and Rubber Company [Companhia Firestone de Pneus e Borracha]. Quando Staples teve alta, a Marinha lhe concedeu uma licença para que fosse para casa rever a família. Em suas próprias palavras, ele descreveu sua chegada: Quando eu finalmente obtive minha licença de 30 dias, fui para casa ver m inha família em O hio. Dep ois de um a e m ociona nte re cepção, eu m e sentei com m inha m ãe na cozinha, contei a ela tudo o que tinha me acontecido e depois a ouvi relatar o que havia se passado em casa durante a m inha ausência. M inh a m ãe m e disse que, para “ fazer a pa rte d ela” , havia arranja do um em prego na fábrica da Firestone du rante a guerra. Surpreso, dei um pulo, peguei minha boia salva-vidas na mala e coloquei-a sobre a mesa da cozinha. “Olhe para esta boia, mamãe. Ela foi fabricada aqui em Akron, na fábrica em que a senhora trabalha.” Minha mãe se inclinou para frente , peg ou o cole te e leu a etiqueta. Ela havia acabado de escutar minha história e sabia que, na escuridão daquela noite ter rível, aquele pedaço de borracha tinha salvado minha vida. Então ela olhou para mim com os olhos arregalados e disse quase num sussurro: “ Filho, eu trabalho co m o inspeto ra na Firestone. Este é o número da minha matrícula”. O lham os u m para o o utro, marav ilhados demais para falar. En tão me levantei, dei a volta à mesa e a ergui da cadeira. Nós nos abra
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dizer nada. Minha mãe não era o tipo de pessoa que demonstrava abertamente suas emoções, mas a importância daquela coincidên cia incrível sob rep ujou sua reserva habitual. Perm anec em os ali, abraçados, po r m uito, m uito tem po, sentindo o vínculo palpável que havia entre nós. Os braços de minha mãe haviam m e alcançado do o utro lado do m un do para me salvar.10
Você percebeu que Staples se referiu a esse incidente como uma “coincidência incrível”? Mas não foi uma coincidência, e sim a bonda de de Deus. Não devemos classificar acontecimentos desse tipo como coincidência. Devemos dar glória a Deus. John Flavel costumava dizer: “Saiba apreciar a providência”. Ela sempre aparece no momento exato. Foi a providência de Deus que enviou a caravana de mercadores de escravos no momento em que os irmãos de José estavam considerando a melhor maneira de matá-lo. Será que ele pulou de alegria quando viu a caravana se aproximando exatamente naquela hora? E claro que não! Para José, aquilo foi como levar um soco na boca do estômago. Era o pior cenário possível. No entanto, a verdade é que a providência de Deus salvou sua vida. Contudo, José não sabia disso, sabia? Ele chegou à conclusão de que estava tudo terminado e de que seria um escravo pelo resto da vida. A existência dele seria um inferno, uma m orte em vida. Por que Deus permitiria que algo tão terrível acontecesse? Esses pensamentos deviam estar correndo pela mente de José à medida que ele tentava absorver a realidade do golpe arrasador que acabara de sofrer. A providência de Deus o havia salvado da morte, mas essa mesma providência trouxera consigo uma perda devastadora. Será possível que Deus realmente esteja por trás das perdas que asso lam nossa vida? Não faria mais sentido atribuirmos essas perdas terríveis ao maligno? Como sempre, devemos buscar a resposta nas Escrituras. Ondas
de per d a
Se você já morou perto do mar, sabe que as ondas vêm em séries.
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olhando para o horizonte à espera da próxima série. As séries podem ser pequenas, com duas ou três ondas, ou grandes, com 12 ou mais ondas. Então chega o remanso, período em que o mar se acalma por alguns minutos até a chegada de uma nova série de ondas. N o Salmo 88.7 ( n v i ) , o salmista solitário escreveu: Com todas as tuas ondas me afligiste. Se você ler o contexto, verá que ele estava fa lando de lutas, aflições e perdas. Não é incomum Deus nos enviar dificuldades em séries — e é interessante no tar que muitas vezes elas vêm em séries de três. O fato de o salmista ter dito que o Senhor o afligiu surpreende você? Ele especificamente afirmou que as ondas vieram de Deus. As ondas de dificuldade rebentando sobre ele vinham do Senhor. U m dos grandes homens de fé, Thomas Watson, costumava dizer: “Independente de de onde venha a aflição, Deus é quem a envia”. Talvez você nunca tenha pensado nisso, mas essa verdade está presente em toda a Bíblia. Talvez você esteja pensando: “Isso não faz sentido. Por que Deus enviaria ondas de aflição? Parece estranho demais”. É estranho, mas Deus trabalha de modo estranho. Já voltaremos a falar de José e de sua perda devastadora. Porém, agora eu gostaria que você visse que Jó concordava com o salmista no que diz respeito a ondas de sofrimento e perdas assoladoras. Na época de Jó, ninguém m elh or do que ele sabia o que era so frer uma perda terrível. Num período que pode não ter durado mais do que alguns minutos, três ondas arrasadoras vieram do nada, mudan do para sempre a paisagem da sua vida. Cada tsunami trazia consigo mais um golpe devastador. E importante notar que Jó era um hom em que andava com Deus e que havia desfrutado das ricas bênçãos do Senhor sobre sua vida. Ele gozava de segurança financeira, era um líder em sua comunidade e levava uma vida de profunda devoção a Deus. Jó desejava que seus filhos conhecessem o Senhor como ele o conhecia. O patriarca orava por eles e oferecia sacrifícios em seu favor. Este é o pano de fundo da história de Jó. A cortina do céu é aber ta, e ganhamos um assento na primeira fila para assistir à cena em que Satanás se apresenta diante de Deus para lançar acusações contra Jó.
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As acusações de Satanás são diretas: “É claro quejó te serve e te ama! Quem não faria o mesmo? Tu tens dado tudo a ele. Ele dirige um “Bentley”, passa as férias em sua “casa de praia em M au i” , e seus filhos são perfeitos. E claro que ele se deleita em servir-te. E não é preciso ser um engenheiro aeroespacial para entender por q uê”. Então o Senhor dá permissão para que Satanás aflija Jó. Mas note que, embora Deus perm ita que o inimigo prove Jó, Ele permanece no controle absoluto de todo o processo. Satanás não está no controle. Sa tanás precisa da permissão de Deus afim de provar sua teoria. Isso significa que o Senhor detém o controle absoluto. Satanás não sabia disso na época, mas seu estratagema seria usado por Deus p or milhares de anos para declarar Sua verdade a incontáveis gerações. Gr a n d e D eus,
gr andes o n d a s
,
g r a n d e s p r o p ó s it o s
Satanás não pode ver nem imaginar os propósitos que o nosso grande Deus tem em mente. Embora o Senhor dê permissão a Satanás para agir, Ele continua no controle. Certo dia, quando os filhos e as filhas de Jó estavam num banquete, comen do e bebendo vinho na casa do irmão mais velho, um mensageiro veio dizer a Jó: “Os bois estavam arando e os jumentos estavam pastando por perto, quando os sabeus os atacaram e os levaram embora. Mataram à espada os empregados, e eu fui o único que escapou para lhe contar!” Enquanto ele ainda estava falando, chegou outro mensageiro e disse: “Fogo de D eu s caiu do céu e queim ou totalmente as ovelhas e os empregados, e eu f u i o único que escapou para lhe contar!” Enq ua nto ele ainda estava falando, chegou outro mensageiro e disse: “Vieram caldeus em três bandos, atacaram os camelos e os levaram embora. Mataram à espada os empregados, e eu f u i o único que escapou para lhe contar!” Enq ua nto ele ainda estava falando, chegou ainda outro mensageiro e disse: “Seu s filh os e suas filhas estavam nu m banquete, comendo e bebendo vinho na casa do irmão mais velho, quando, de repente, um vento muito forte veio do deserto e atingiu os quatro cantos da casa, que desabou. Eles morreram, e eu fui o único que escapou para lhe contar!”
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Em alguns minutos, a vida de Jó foi irremediavelmente destruída. Você notou quantas vezes as palavras enquanto ele ainda estava falando se repetem? Jó mal tinha tempo de recompor-se do choque de uma notí cia trágica quando mais um mensageiro chegava com outra ainda pior. Em questão de instantes, a vida de Jó foi totalmente paralisada. Ele perdeu seus imensos rebanhos, seus servos e seus filhos. Suas finan ças já haviam sido arruinadas e seus servos mortos quando ele recebeu a notícia de que todos os seus filhos morreram num incidente trágico. Isso é o que podemos chamar de perda devastadora. Como você reagiria se passasse pela mesma situação? Não precisamos imaginar a reação de Jó, pois a Bíblia a relata claramente: Então, Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou, e disse: N u saí do ventre de minh a mãe e nu tornarei para lá; o S E N H O R o deu e o S E N H O R o tomou; bendito seja o nome do S E N H O R . E m tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a D eus fa lta alguma. Jó 1.20-22
Se isso acontecesse a um cristão comum hoje, a resposta seria a seguinte: “O Senhor deu, e Satanás tirou; bendito seja o nome do Senhor”. Porém, note que não foi isso que Jó falou. Ele não atribuiu essas tragédias a Satanás; Jó en tendeu que o Senhor estava por trás de sua perda devastadora. Leia atentamente as palavras que Thomas Watson pregou em Londres há mais de 300 anos: N osso cora ção é consola do quando consid eram os que as mãos de Deus estão sobre todas as aflições que nos sobrevêm. “O Altíssimo m e afligiu.” Assim com o u m m achado não po de cortar sozinho, a m enos que seja manuseado, instrum ento algum pod e atuar até que D eus lhe dê Sua ordem. Jó enx ergou o S enh or em sua aflição. Por
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Watson estava certo quando disse: “Independente de de onde ve nha a aflição, Deus é qu em a envia”. Satanás não poderia ter afligido Jó a menos que o Senhor lhe tivesse permitido fazê-lo. Então, na verdade, foi Deus quem afligiu Jó. Satanás foi apenas o instrumento da aflição. Foi o Senhor quem ordenou que as devastadoras ondas de perda rebentassem sobre a vida de Jó. Ou
t r a onda
Se resta alguma dúvida quanto a Deus estar no controle das adversidades que atingiram Jó, observemos do patriarca e m jó 2.8. Ao lermos os primeiros sete versículos do mesmo capítulo, vere mos que o Senhor teve outra conversa com Satanás a respeito de Jó. Deus disse ao diabo que este havia se equivocado quanto a Jó. O amor de Jó a Deus continuava forte, embora ele tivesse sofrido uma perda assoladora. A resposta de Satanás foi basicamente a seguinte: “Se me deixares tocar em sua saúde, mostrarei o que há de fato no coração dele!” Então o Senhor permitiu que Satanás afligisse o corpo de Jó. Vemos novamente que Deus permaneceu no controle absoluto. Mais uma vez, Sua permissão foi necessária para que Satanás pudesse afligir Jó fisicamente. Entenda o seguinte: Deus impõe limites ao que Satanás pode fazer. Satanás não pode ultrapassar os limites impostos pelo Senhor.
Satanás afligiu Jó com chagas, deixando o patriarca na mais ab soluta miséria física, sem nenhum alívio à vista. A esposa de Jó, uma verdadeira “vencedora”, achegou-se a ele com palavras de desalento: Então , sua mulher lhe disse: A in d a reténs a tua sinceridade? Am aldiçoa a D eus e morre. M as ele lhe disse: Como fala qualquer doida, assim fa la s tu; receberemos o bem de D eu s e não receberíamos o mal? E m tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. Jó 2.9,10
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aflições e dificuldades vêm de Satanás. Mas não foi isso que Jó disse! E não é isso que as Escrituras ensinam. Deus está no controle tanto das situações agradáveis como das adversidades em nossa vida. Ele está no controle absoluto de tudo. O Senhor envia ondas de bênção e ondas de perda. O Senhor dá e o Senhor tira. Não é Satanás que tira. E o Senhorl Isso lhe soa estranho? Existem bons e maus pregadores na televi são; talvez você esteja assistindo a pregadores demais. Como podemos diferenciar os dois tipos? Eu começaria pelo cabelo. Se o cabelo do pregador for esquisito, norm alm ente a doutrin a é esquisita também . Parece engraçado, mas esse teste costuma funcionar. Graças ao Senhor existem pastores fiéis, que ensinam cuidadosa mente a Palavra de Deus na televisão, mas também existem os que não são tão cuidadosos e só sabem pregar sobre a prosperidade. Se o prega dor ministrar apenas sobre a prosperidade, terá um problema com toda a Bíblia. Ministros da prosperidade nunca pregam sobre a história de Jó, pois ela contradiz a sua teologia. Deus está no controle tanto da prosperidade como da adversida de, usando ambas na vida dos Seus servos para que Seu propósito se cumpra. Porém, a maioria dos cristãos aprendeu que, se alguma perda devastadora nos sobrevêm, ela deve estar vindo de Satanás. Isso pode parecer difícil de entender. Por que Deus permitiria que sofrêssemos perdas devastadoras? Se Ele está no controle de tudo, por que não im pede que o sofrimento nos alcance? Se o Senhor podia ter evitado que a vida de Jó fosse atingida por tamanha tragédia, por que cargas d’água não fez isso? Existe um termo que explica essa forma estranha de Deus traba lhar. E o que chamamos de providência contraditória. P r o v i d ê n c ia s c o n t r a d it ó r ia s
Deus nos avisou logo de cara que nós não o entenderíamos. Isso é um princípio bíblico. N o capítulo anterior, vimos a declaração do Senhor em Isaías 55.8: Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos,
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U m dos métodos usados po r Deus para executar o Seu plano em nossa vida é a providência contraditória. Esta consiste em qualquer acontecimento que faz parecer que Deus está trabalhando contra nós. Uma onda de aflições é uma providência contraditória. Uma perda devastadora é um a providência contraditória. Você sabe que foi atin gido por uma providência contraditória quando começa a questionar a bondade de Deus em sua vida. Em outras palavras, uma providência contraditória é um deceptío vísus. O que significa isso? (Eu também não sabia e tive de pesquisar.) Deceptio visus é uma expressão em latim que quer dizer engano visual. Thomas Fuller explica como isso se relaciona às providências contra ditórias com que nos deparamos: Se você pegar uma vareta reta e colocá-la na água, ela parecerá torta. Por quê? Porque nós a estamos vendo através de dois meios, a água e o ar. É assim que acontece o deceptio visus, ou seja, algo que não pod em os discernir corretam ente. Po r isso, em Sua justiça, os cam inhos de De us — que em si mesm os são sempre retos, sem o m en or traço de obliquidade [desvio] — nos parecem tortuosos. Tome como exemplo o fato de homens iníquos prosperarem e homens justos serem afligidos [...] essas coisas fazem os cristãos mais firme s titubearem . E por quê? Porque eles enxergam os caminhos de Deus através de dois meios: a carne e o espírito, de modo que todas as coisas parecem estar no sentido contrário ao que deveriam, quando na verdade estão exatamente na direção certa. E é por isso que, em Sua justiça, os cam inhos de Deu s não costumam ser mu ito b em discernidos, pois os olhos do homem não são juízes muito com petentes. (Thomas, 1997, p. 230)11
Deus está fazendo mais por meio de Suas providências contra ditórias do que nossos olhos podem enxergar e nossa mente limitada é capaz de entender. Porém, não compreendemos os Seus caminhos, então achamos imediatamente que estão errados. Mas eles não estão
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Se Deus está no controle, por que não impediu que os irmãos de José o vendessem como escravo? Essa perda foi tão arrasadora para aquele jovem idealista! Se o Senhor está no controle, por que pelo me nos não poupou os filhos de Jó? Uma filha? U m filho? O fato de Ele ter trabalhado daquela maneira parece extremamente severo e cruel. Os caminhos do Senhor não são os nossos. Contudo, quando Deus não f a z sentido — pegando emprestado o título do excelente livro de James Dobson [When God Doesn’t Make Sense] — , há algo com que podemos contar, ainda que não possamos ver isso de pronto. Estou falando da Sua bondade. N o Salmo 119.68 está escrito que o Senhor é b om e abençoador. N o momento, você pode não conseguir ver a bênção. Talvez a única coisa que esteja vendo seja o sofrimento, a dor e a tristeza esmagadora da sua perda. Entretanto, o Senhor é bom e faz o bem.Talvez você não consiga enxergar o bem porque está envolvido demais com sua perda pessoal. Mas dentro dos propósitos de Deus, por Seus caminhos e no Seu tempo, e porque Ele está no controle de tudo, o Senhor levará você a ver o bem. Pense nisto: talvez você não esteja mais nesta terra quando fin alm ente enxergar o bem. C. S. Lewis especulou que, quando morrermos e che garmos ao céu, as primeiras palavras que sairão da nossa boca serão: ‘‘Ah, entendi!” O que não fez sentido algum na terra fará todo o sen tido no céu. Um dia veremos o bem. Lewis estava certo quanto a isso, e ele sabia exatamente o que era sofrer uma perda. 0 que
o S e n h o r n ã o p od e f a z e r
Existem algumas coisas que Deus não pode fazer: Ele não pode mentir. Ele não pode pecar. Ele não pode fazer o mal. Por isso, em última instância, as providências contraditórias e as perdas contribuirão para o nosso bem. Deus é santo. Esse é o seu principal atributo (ver Is 6). Sua santi
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Sua própria natureza. Porque Deus é santo, Ele só pode fazer o bem. Ele é bom e faz o bem mesmo quando não nos parece ser esse o caso. Não pareceu bom a José que ele estivesse destinado a uma vida de escravidão no Egito. Onde estava a bondade de Deus em tudo aquilo? N o momento, José não podia responder a tal pergunta. N o entanto, anos depois, ele obteve a resposta. Reputação
negativa
William Carey, considerado o pai do movimento missionário mo derno, mudou-se para a índia com a família em 1793 para pregar o evangelho. Naquele tempo, praticamente não havia cristãos naquele enorme país. O lema de Carey era: “Espere grandes coisas de Deus, faça grandes coisas para Ele”. Pouco depois, seus amigos William Ward e Joshua Marshman se uniram a ele no ministério. Esses três homens se dedicaram incansa velmente à obra de Deus. Em 1797, Carey já havia traduzido o Novo Testamento inteiro para o bengalês, e dois anos depois faltavam apenas dois livros para que ele completasse a tradução do Antigo Testamento Em 1801, o N ovo Testamento foi impresso em bengalês. Durante oito anos de trabalho árduo, Carey traduziu o Novo Testamento para mais oito dialetos indianos. Então veio o incêndio. No dia 11 de março de 1812, um incên dio na gráfica destruiu manuscritos, livros e tipos móveis valiosos. O prejuízo foi estimado em 50 mil dólares (uma soma astronômica na época), e o trabalho de tradução precisou ser abruptamente inter rompido (D a v i s , 1963, p. 58)12. Anos de trabalho árduo e cuidadoso evaporaram numa questão de minutos. Uma perda devastadora? Pode acreditar. A notícia do incidente teve grande repercussão na Inglaterra. Tocadas pela tragédia, as igrejas começaram a arrecadar fundos para ajudar o ministério de Carey. Em seis semanas, os cristãos ingleses haviam levantado dinheiro suficiente para reerguer a gráfica. A medida que a notícia se espalhava pela comunidade cristã, um
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Com isso, mais e mais irmãos começaram a apoiar financeiramente aquela missão pioneira, enquanto outros foram contagiados pela visão de Carey de disseminar o evangelho. Como resultado da perda, mais recursos e mais obreiros passaram a afluir para a índia. Antes de morrer, Carey e seus dois amigos, Ward e Marshman, haviam fundado 26 igrejas e 126 escolas (totalizando dez mil alunos), traduzido as Escrituras para 44 línguas, produzido gramáticas e dicio nários, organizado a primeira missão médica na índia, assim como o primeiro banco de investimentos, seminário, escola de meninas e jo r nal impresso na língua vernácula ( d o u g l a s & c o m f o r t , 1992, p. 132)13. Por meio da atuação estranha do nosso grande Deus, uma perda devastadora acabou sendo transformada em frutos formidáveis. Por trás de nossa vida está o Tecelão O peran do Sua extraordinária vontade; Deixemos tudo em Suas sábias mãos, Confiando em Sua perfeita aptidão. Se Seu plano for envolto em m istério, E nossa limitada visão se turvar, N ão tentem os o to d o esquadrinhar, Mas entreguemos cada fio em Suas mãos. 1995, p. 333 )14
(M
u r r a y
apud
M
e y e r ,
Talvez você esteja pensando que Deus jamais faria algo assim por você, mas acho que o Senhor quer que saibamos que Ele age dessa íorma regularmente. Todos nós somos pessoas diferentes, com histó rias diferentes. Porém, Deus é especialista em transformar derrotas em vitórias ou conquistas impressionantes. O Senhor tem um propósito e um plano para a sua vida. Ele já começou uma boa obra em você quando o trouxe para Cristo. Mas Ele também tem uma missão para você (Ef 2.8-10). Deus tinha uma missão para José, embora isso nem passasse pela cabeça deste. E Ele tem um a para você também. Quando Deus começa uma obra, Ele a termina.Você não precisa
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nas Escrituras: Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo (Fp 1.6). Deus está no controle de nossas perdas devastadoras. Ele compre ende que ficamos feridos, com o coração despedaçado, quando somos pegos de surpresa por uma tragédia. Perto está o S E N H O R dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito (SI 34.18). Não deveríamos surpreender-nos quando o sofrim ento e a perda nos sobrevêm como seguidores de Cristo. O Senhor Jesus nos avisou: no mundo tereis aflições (Jo 16.33b). Em Atos 14.22, lemos que por mui tas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus. Em Filipenses 1.29, a mesma verdade é declarada com clareza absoluta: Porque a vós vos fo i concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele.
José foi pego de surpresa por uma perda assoladora. Mas a expe riência dele deve servir de exemplo para nós. Se a perda de José estava sob o controle do Todo-poderoso, a nossa também está. E, mesmo quando sua perda não fazia sentido algum para ele, a providência do Senhor estava ah, escondida atrás das nuvens de sofrimento. Sua vida não estava fora de controle, e sim sob o controle do Senhor. Deus ti nha algo grande em mente para José. JohnTrapp expressou isso muito bem: “Aquele que está cavalgan do rumo à sua coroação não se deixa incomodar pela chuva”. Princi palmente quando olha para trás! José teria concordado com as palavras de Jó: A h ! Se eu soubesse que o poderia achar! Entã o me chegaria ao seu tri bunal. Com boa ordem exporia ante ele a minha causa e a minha boca encheria de argumentos. Eis que, se me adianto, ali não está; se torno para trás, não o percebo. Se opera à mão esquerda, não o vejo; encobre-se à mão direita, e não o diviso. Jó 23.3,4,8,9
Então Jó fez uma declaração impressionante no versículo 10: Mas ele sabe o meu caminho; prove-me, e sairei como o ouro. Deus não desper
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de Jó era proposital. Em ambos os casos envolvia grande sofrimento e perda. Esse sofrimento não era aleatório, pois tinha um propósito. Deus não os deixaria sofrer indefinidam ente. Ele estava refinando-os e provando-os, e um dia sairiam daquela prova como ouro. Isso foi verdade na vida de José. Isso foi verdade na vida de Jó. Isso foi verdade na vida de um a jovem esposa e de seu marido [os Warfield] quando um raio lhes causou uma perda devastadora. E isso também é verdade na sua vida.
C
a p ít u l o
3
N ã o f o i p o r a c a s o ... D e u s e s ta n o c o n tr o le d e to d a s a s c ir c u n s tâ n c ia s A característica mais distinta do poder de Deus é que nossa imagi nação se perde quando começamos a pensar nele. — B l a i se Pa s c al
Harold Mac M illan foi Oprimeiro-ministro da Grã-Bretanha de 1957 a 1963. Certa vez um jovem lhe perguntou qual fora o maior desafio que ele enfrentara como estadista. “Acontecimentos, m eu caro rapaz, acon tecimentos” , respondeu MacMillan (Em: Acontecimentos inesperados constituem o maior desafio de um líder)15.
O sábio Thomas Watson dizia: “Quando um homem piedoso morre, ele entrará em paz (Is 57.2); enquanto ele está vivo, porém, a paz é que precisa entrar nele”. O segredo que nos leva a encontrar a paz de que precisamos para aquietar nossa alma em meio a crises imprevistas e angustiantes é a profunda convicção de que o nosso grande Deus está no controle de todas as circunstâncias. U m jovem piloto da M arinha dos Estados Unidos descobriu isso
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cujos aviões foram abatidos na pequena ilha de Chichi-jima durante a Segunda Guerra Mundial. Oito pilotos foram capturados, torturados, decapitados e canibalizados. Apenas um escapou e sobreviveu. Esse jovem de 20 anos com certeza estava apavorado. Porém, tinha um trabalho a fazer e não po dia nem pensar em ter medo. Quando ele mergulhou para jogar suas bombas, seu avião se to rnou o alvo de dezenas de mísseis antiaéreos. Chichi-jima era uma pequena ilha com dois picos que funciona vam com o os principais centros de com unicação da Marinha japonesa no Oceano Pacífico. Os imensos transmissores e antenas de rádio ti nham de ser preservados a qualquer preço. Por isso os japoneses defen diam a ilha com unhas e dentes, e a sorte não favorecia nenhum piloto que ousasse voar em meio à implacável saraivada da artilharia japonesa. Enquanto esse jovem piloto mergulhava para jogar suas bombas, seu avião foi atingido. De algum modo ele conseguiu manter o curso do voo e jogar as bombas. Com todas as suas forças, ele tentou estabi lizar o avião e afastar-se da ilha. A aeronave avariada, contudo, entrou em parafuso e começou a cair. Usando o rádio, ele deu uma ordem para que seus tripulantes saltassem de paraquedas. Depois que todos haviam pulado, o jovem desafivelou seu cinto de segurança e p ulou também. Por causa de uma falha em seu paraquedas, o piloto acabou cain do na água em alta velocidade. Ele estava cerca de seis quilômetros ao no rte da ilha. C om muito esforço, conseguiu nadar até um b ote salva-vidas que havia sido jogado por outro avião. Porém, sua vida corria grande perigo. Ele não tinha remos, e o vento forte com eçou a em purrar o bote em direção à ilha de tortura e de morte. Com a cabeça sangrando e muito dolorida por causa da ferroada de uma caravela portuguesa, ele tentava orientar-se enquanto colocava periodicamente a cabeça para fora do bote para vomitar. Algum tempo depois, o piloto olhou para cima e viu que alguns barcos haviam partido da ilha e estavam aproximando-se para capturá-
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Foi então que viu um objeto estranho emergir na superfície do oceano. Ele não podia acreditar no que via. Era o periscópio de um submarino americano. Em apenas alguns minutos, o piloto estava a bordo do Finback, são e salvo do inimigo ( B r a d l e y , 2003, p. 194-197)16. Nove pilotos haviam sido abatidos. O ito foram torturados, deca pitados e canibalizados. Ele fora o único que conseguira escapar. “Que sorte impressionante! Que coincidência incrível! Que gol pe do destino!” Muitas pessoas com certeza diriam isso, mas todas estariam equivocadas. Aquele jovem piloto da Marinha americana fora resgatado do mar por um submarino porque Deus tinha uma missão para ele. Com o ainda não havia cumprido o seu propósito, nenhum inimigo no mundo poderia matá-lo. Por isso não foi morto e canibalizado como seus companheiros. O nome daquele jovem era George Herbert Walker Bush, e ele sobreviveu para se tornar o 41° presidente dos Estados Unidos. Nas 16 semanas seguintes, aquele submarino seria seu lar. Duran te sua estadia ali, ele foi escalado para montar guarda da meia-noite às quatro da manhã, período em que o submarino ficava na superfície. Em suas próprias palavras, Bush descreveu os pensamentos que passa vam po r sua mente: Jamais m e esquecerei da beleza do O ce an o Pacífico: os peixes vo adores, a maravilha absoluta do mar, as ondas rebentando na proa do b arco. A escuridão era absoluta n o m eio do Pacífico; as noites eram claríssimas, e as estrelas de u m br ilh o intenso . Essa paisagem extraordinária e revigorante me propiciava momentos preciosos de comunhão com Deus. E u tinh a tem po para refletir, [...] para b usc ar respostas. As pessoas costumam falar de um tipo de cristianismo de trincheiraVI, que é o que acontece qu ando você está em p erigo, achando que vai m orrer,
Vl Expressão baseada na f
“não existem ateus em trincheira s”;
aforismo usado para arg
enta
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e por isso decide reconciliar-se com Deus e com as pessoas no último minuto. Entretanto, a minha experiência foi exatamente o oposto disso. Eu já havia ficado cara a cara com a morte, e o Senhor tinha me poupado. Eu me sentia profundamente grato e maravilhado. As vezes, em meio a uma tragédia, as pessoas oram perguntando: “P or que eu, S enhor?” D e m o d o inverso, eu p e rg u n tava ao Senhor por que eu havia sido poupado e qual era o Seu propósito para m im
(B
r a d l e y
,
2003, p. 197)17.
José deve ter feito a mesma pergunta. Seus irmãos queriam matá-lo, mas uma caravana de mercadores de escravos o livrara da morte. Sim, José se tornara um escravo, mas pelo menos estava vivo. Ele devia estar pensando, assim como George Bush naquele submarino: “Por que fui poupado? Que missão Deus tem para mim?” Quando você olha para a sua vida em retrospectiva, consegue lembrar-se de alguma situação em que tenha escapado da morte por pouco? Talvez tenha escapado ileso de um acidente de carro em sua adolescência ou tenha sido tirado da piscina por um salva-vidas, que o fez recobrar o fôlego. Isso não aconteceu por sorte, nem foi uma coincidência. Você está vivo neste exato momento porque Deus tem uma missão para você. O apóstolo Paulo escreveu: Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais D eus preparou para que andássemos nelas (Ef2.10). A resposta é muito simples... e igualmente profunda. Pr
o v id ê n c ia
—
me l h o r do q ue a s o r t e
José não foi vendido como escravo porque estava “no lugar errado na hora errada”. Graças à providência de Deus, ele na verdade estava no lugar certo na hora certa — embora tenha sido vendido como escravo. A traição de seus irmãos foi o fator principal que desencadeou o cum prim ento da vontade de Deus na vida dele. Seus irmãos não o jogaram na cova porque ele estava tendo um dia ruim. N ele di ível, José be da vontade
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Em sua vida não existe sorte, acaso nem carma. Não existem aci dentes nem acontecimentos aleatórios. Deus está no controle de todas as circunstâncias. J. I. Packer resumiu isso muito bem: A doutrina da providência ensina aos cristãos que eles nunca são vítimas de forças cegas (fortuna, acaso, sorte, destino); tudo o que lhes sobrevêm é divinamente planejado, e cada acontecimento é um novo convite a confiar, obedecer e regozijar-se no Senhor, sa b en d o que todas as coisas co n c o rre m para o noss o b e m esp iritual e eterno (Rm 8.28). (P a c k e r , 1993, p. 3 3 )18
Essa afirmação imediatamente gera perguntas. Grandes perguntas. Se é isso que as Escrituras ensinam sobre Deus, então por que deve ríamos rejeitar esse ensino? A providência divina é uma das doutrinas mais reconfortantes de toda a Bíblia. Isso significa que nada que esteja fora do plano de Deus para nossa vida pode acontecer conosco. E não nos esqueçamos de Hebreus 1.3, que afirma que Jesus sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder. Ele está no controle de tudo, e isso inclui todas as circunstâncias do
universo. Isso inclui as circunstâncias da vida de José... e da sua também. Porém, o fato de Ele estar no controle de tudo levanta pelo menos duas questões: Deus é o autor do mal? Onde ficam a minha vontade e as minhas escolhas? Então como se explica o mal? Essa é a primeira questão que nos vem à mente. O mal certamente aconteceu na vida de José. Ele não tentou maquiar a verdade quando disse aos seus irmãos: Vós bem intentastes mal contra mim (Gn 50.20a). Se Deus está no controle de todos os aspectos da minha vida, e se o mal me sobrevêm, então Deus não seria responsável pelo mal? Isso não o caracterizaria como o autor do mal? O falecido pastor e teólogo Dr. Martyn Lloyd-Jones fez algumas considerações diretas sobre essa questão: O grande problema é o seguinte: se Deus realmente governa e controla todas as coisas, então qual é a Sua relação com o pecado?
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A única maneira de responder a essa pergunta é mencionando um a série d e premissas ensinadas claram ente nas Escrituras. A p ri meira delas é que todos os atos pecaminosos estão sob o controle divino, ocorrendo apenas pela permissão de Deus e em conformi dade com Seu supremo propósito (Gn 45.8). A segunda é que Deus refreia e controla o pecado (SI 76.10). A terceira é que Deus reverte o mal em bem (Gn 50.20). A últim a é q ue D eus nu nca causa o pecado, ne m jam ais o aprova; Ele apenas o permite, dirige, refreia, limita e reverte. Cada indiví duo é o único responsável por seu próprio pecado (Tg 1.13-15). ( L l o y d - J o n e s , 1996, p. 1 50 )19
Em Provérbios 16.4 consta; O S E N H O R f e z toâas as coisas para os seus próprios fin s e até ao ímpio, para o dia do mal.
Thomas Watson observou: “A sabedoria de Deus pode ser vista no fato de que Ele usa o pecado dos homens para realizar Sua obra sem, contudo, ter nele qualquer participação. O Senhor permite o pecado, mas não o aprova”. Deus poderia ter impedido que os irmãos de José praticassem o mal contra ele, vendendo-o aos mercadores de escravos? E claro que sim! Em um piscar de olhos. Mas Ele não fez isso. Seu plano era usar aquele mal para promover um bem muito maior na vida de José e de seus irmãos. N o entanto, naquele momento terrível, José se encontrava à bei ra do desespero absoluto. Sua situação aparentava ser completamente irremediável. Um homem que possuía um profundo conhecimento do mar escreveu um poema sobre o desespero. Talvez você e eu jamais pas semos por isso, mas, se um dia você se encontrar em uma pequena embarcação no meio de um mar imenso e revolto, poderá entender por que uma situação dessas seria capaz de levar qualquer homem são à loucura. Em meio à escuridão, ao barulho ensurdecedor e à violên cia das ondas, qualquer pessoa é tomada pelo desespero, a menos que conheça o Senhor.
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Embora o vento e as ondas golpeiem meu barco, Ele é quem o preserva e o guia, Mesmo quando tud o parece estremecer. A tempestade é a obra triunfal de Suas mãos. Embora Ele pareça fechar Seus olhos, Nosso Deus jamais fechará Seu coração. — P as t o r G eo r g e H e r b e r t
A REALIDADE DO MAL
O mal e o pecado são reais, e às vezes parecem dominar tudo em nossa vida. Mas isso não é verdade. Deus é maior do que eles. O mal jamais poderá im pedir que Seu plano seja cumprido. Deus é tão grande que faz o mal se encaixar e cooperar com Seu propósito. O Pai é soberano, porém o hom em é responsável por suas escolhas e decisões. O que podemos dizer a respeito de Deus é que Ele está no con trole, e Sua vontade é maior do que qualquer outra. Ele não só está no controle de tudo, como também de todos. Isso inclui mísseis antiaéreos, caravanas de mercadores de escravos e jovens esposas atingidas por raios em plena lua de mel. Essa verdade não é fácil de ser digerida. Temos muita dificuldade em aceitá-la. Algumas coisas estão além da nossa compreensão. Deus tem motivos que prefere não revelar (Dt 29.29). Enquanto isso, tudo o que podemos fazer é repetir a declaração de Jó: Ainda que ele me mate, nele esperarei (Jó 13.15a). E fácil confiar [em Deus] em tempos de bênção e de prosperi dade. E difícil confiar em tempos de angústia e de dor. Mas somos chamados a confiar em ambas as situações. V
ontades fortes
Seu filho de quatro anos tem vontade própria, mas isso não significa que você o deixa controlar sua família. Alguns o permitem, porém sugiro que parem imediatamente. Pais sábios não deixam que a vontade de
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O Pai nos concedeu vontades. Todavia, Ele não deixou a direção do universo por conta de nossas vontades e de nossos caprichos. Deus tem controle sobre todas as circunstâncias que ocorrem em nossa vida. Deus é Senhor porque está no controle de tudo. No Salmo 24.1 vemos isso bem claro: Do S E N H O R ê a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.
Esse versículo não diz que a terra é do Senhor assim como a maior parte do que existe nela. Ele não diz que o mundo pertence ao Senhor assim como a maioria de seus habitantes. A passagem declara que Deus é o dono e Senhor de tudo. Também diz que Ele reina sobre tudo. Se voltarmos à doutrina da providência e examinarmos Provér bios 16.33 novamente, veremos que na Bíblia está explicitado que o Senhor ordenou todas as coisas. Aliás, orámar significa estabelecer ou dispor por ordem ou decreto. Então vamos esclarecer bem isso: O Senhor é dono de tudo. Ele reina sobre tudo. Ele ordenou tudo. Ele controla tudo. Isso quer dizer que eu não deveria ter nenhuma dificuldade em dormir esta noite. José possuía esse entendimento, por isso foi capaz de dizer aos seus irmãos: Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fa ze r como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande
(Gn 50.20). Quando os irmãos de José o tiraram daquela cova e o venderam aos mercadores de escravos midianitas, isso não resultou de um simples golpe de sorte naquele dia, mas sim da operação do plano soberano de Deus. O Senhor está no controle de todas as circunstâncias em sua vida, e isso inclui acontecimentos, crimes e setas aleatórios. A
c o n t e c i m e n t o s a l e a t ó r io s
Já que Deus está no controle de todas as circunstâncias de nossa vida,
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A palavra aleatória se refere à ocorrência de uma ação, uma escolha ou um evento destituída de qualquer conexão, padrão, ou plano específico. Isso jamais acontecerá com você. Por causa do plano e da provi dência de Deus, todas as circunstâncias e experiências de sua vida se encaixam perfeitamente no padrão, no plano e no propósito do Se nhor. Todos os acontecimentos estão conectados pela Sua providência e pelo Seu poder. Por isso, não existem acontecimentos aleatórios. Tudo acontece p or algum motivo. Mas, na maioria dos casos, esse mo tivo não lhe é revelado. Ciro Acabe era um arremessador canhoto do time de beisebol Detroit Tigers. Talvez nenhum outro homem dos Estados Unidos ti vesse menos chances de tornar-se um jogad or de beisebol profissional. Quando ele era pequeno, um trágico acidente com uma enfardadeira de feno o deixara com uma perna de madeira, um olho de vidro e a mão esquerda mutilada. Porém, entre 1913 e 1918, esse jovem excep cionalmente talentoso ganhou mais de 100 jogos com uma incrível curveball11', que deixava os batedores aturdidos. O que fazia Ciro Acabe arremessar uma curveball tão fenomenal era o fato de ele ter apenas três dedos na mão esquerda. Isso permi tia que bola fosse lançada com uma rotação impressionante. A queda súbita ao aproximar-se do home plate tornava a bola praticamente im possível de rebater. O que arruinou sua carreira não foi a mão mutilada, mas a perna de madeira. Depois de anos de esforço, a perna encurtada não era mais capaz de suportar o peso do seu corpo após cada lançamento. Assim, o acidente de sua infância finalmente levou ao fim sua carreira esportiva. Uma história e tanto. Mas ela não é verdadeira. Eu a inventei, tirei do nada porque queria apresentar dois sujeitos que realmente existi ram no Antigo Testamento. Ambos eram reis. Um deles se chamava Ciro, e o outro, Acabe. N enhum dos dois tinha uma curveball fenomenal, mas ambos são excelentes ilustrações do fato de que nada acontece na vida de uma pessoa por sorte ou por acidente. N enhum dos acontecim entos na
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vida desses dois reis foi aleatório, assim como não existem aconteci mentos aleatórios na sua. Vamos começar com Ciro, que não era rei de Israel, mas sim da Pérsia. Sua história é uma das mais incríveis na Bíblia. Mais de 100 anos antes do seu nascimento, Deus falou com ele por intermédio do profeta Isaías, chamando-o pelo nome e revelando-lhe os Seus planos. Em Isaías 44.28, o Senhor disse acerca de Ciro: E meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz.
Em outras palavras, Deus disse claramente: “Usarei um homem chamado Ciro para cumprir a minha vontade e executar o meu pla no”. O problema foi que na época ninguém entendeu nada. As pes soas ficaram olhando-se, perguntando umas às outras: “Ciro? Quem é Ciro? Vocês conhecem alguém com esse nome? Será que é aquele sujeito que acaba de mudar-se para o bairro?” E a razão por que as pessoas daquela época não sabiam nada sobre Ciro era muito simples: ele ainda não havia nascido. Seu pai ou seu avô tampouco. Mas o mais impressionante de tudo foi o que Deus decla rou a seu respeito logo em seguida: quem diz de Ciro: E meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; dizendo também a Jerusalém: Sê edificada; e ao templo: Funda-te (Is 44.28). Isso soava mais estranho ainda, uma vez
que, quando a profecia foi escrita, Jerusalém não precisava ser recons truída. A cidade estava de pé. E o templo não precisava de alicerces, pois já possuía um bom. Entretanto, não por m uito tempo. A nação de Judá estava prestes a cair e a ser destruída pelo rei Nabucodonosor, e muitos dos seus cidadãos seriam levados cativos para a Babilônia. Jerusalém se tornaria um monte de ruínas fumegantes, sem que ficasse pedra sobre pedra. O povo de Judá (que incluía Daniel e seus três amigos) perm ane ceria no exílio babilônico por 70 anos. Então os exércitos dos medos e dos persas derrotariam a poderosa Babilônia. Depois de algum tem po, um rei chamado Ciro teria uma ideia inovadora: perm itiria que todos os judeus que estivessem dispostos retornassem à sua terra natal e restabelecessem a capital em Jerusalém. Ele não só os deixaria voltar
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E foi isso que aconteceu. Ciro, o rei da Pérsia, realizou um a gran de obra revelada por Deus (e registrada pelo profeta Isaías décadas antes do nascimento desse rei). Ciro não conhecia o Senhor (Is 45.1-5), mas sabia que Deus o havia chamado para realizar uma grande obra (2 Cr 36.22,23). Esse rei pagão tinha absoluta certeza de que não havia nada de aleatório em sua vida. E você, também tem essa certeza? O teólogo John Frame colocou isso em perspectiva para nós: Ao longo dos séculos da história da redenção, tudo proveio de Deus. Foi Ele quem planejou e executou tudo. Ele não somente de lim itou a ação de Suas criaturas, mas fez tud o acon tecer. P orta n to, Deus governa sobre todo o curso da história humana. [...] Mas D eus não controla apenas o curso da natureza e dos grandes acon tecimentos da história. Como vimos, Ele também está interessa do nos detalhes. As Escrituras nos ensinam qu e o S en ho r está no controle de cada vida. Co m o p od eria ser diferente? Ele con trola a histó ria das nações e da salvação hu m an a. Estas, p o r sua vez, gov er nam em grande parte os acontecimentos de nossa vida cotidiana. Po r ou tro lado, se Deu s não controlasse individua lm ente um vasto nú m ero de pessoas, seria difícil im aginar c om o Ele po de ria dirigir os grandes acontecimentos da história. N a verdade, as Escritu ra s ensinam explicitam ente que o Senhor controla individualm ente o curso de nossa vida. Esse controle c o m eça antes m esm o de nascermos. Deu s disse a Jeremias: A n tes que eu te form asse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta (Jr 1.5). ( F r a m e , 2 0 0 2 ,p. 59)20
Tudo foi planejado antes do nosso nascimento. Essa verdade pode ser aplicada à vida de José, à de Jeremias, à de Ciro e também à sua. Nada do que acontece em sua vida é aleatório. Tudo faz parte do plano de Deus. E ninguém m elhor para ilustrar esse fato do que Acabe — consi
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Um crime aleatório A história do rei Acabe nos proporciona uma ilustração sem paralelo da providência de Deus. A morte do rei, prenunciada pelo profeta Elias, demonstra mais uma vez o fato de que mesmo eventos aparen temente aleatórios fazem parte do plano do Senhor. Então vamos voltar um pouco na história e considerar a vida de Acabe, um dos personagens mais diabólicos da Bíblia. Numa longa lista de reis iníquos de Israel, Acabe se distinguia como o pior deles. A Bíblia relata que A cabe/es: muito mais para irritar ao S E N H O R , Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele (1 Rs 16.33). Não consigo imaginar uma descrição mais alarmante que essa. Se algum dia você encontrar palavras assim no seu currículo, sugiro que se arre penda imediatamentel Acabe viveu em rebeldia contra o Deus de Israel todos os dias de sua vida. Ele era casado com uma estrangeira chamada Jezabel, uma das mulheres mais perversas em toda a história. Acabe e Jezabel acha vam que o fato de governarem Israel lhes dava o direito de fazerem o que bem entendessem. Em vez de servirem ao Senhor, Jezabel levou Acabe e toda a nação [israelita] a adorarem Baal. Por isso Deus mandou Elias confrontá-los, como está escrito em 1 Reis 17. Elias lhes disse que, porque eles tinham orado a Baal pedindo que enviasse a chuva, o próprio Deus não deixaria que uma gota de água caísse na terra durante três anos e meio. Acabe e Jezabel odiavam Elias, assim como odiavam o Senhor. Se você ler a narrativa bíblica, verá que aquele era um casal cruel. Certa vez, como Acabe havia cobiçado a vinha de u m israelita cha mado Nabote, Jezabel arranjou testemunhas que fizessem falsas acusa ções contra esse homem inocente, levando-o a ser apedrejado [para ficar com a propriedade dele]. Quando alguém pensa estar acima da lei, acha que pode sair impune de qualquer coisa, até mesmo de um assassinato. Acabe e Jezabel não achavam que precisavam prestar contas a ninguém , nem ao Senhor. Se você vivesse em Israel no tempo do rei Acabe e fosse temente
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o Senhor permitiria que um casal como esse ocupasse o trono da nação [escolhida] ? João Calvino fez a seguinte observação: “Q uan do Deus quer ju l gar uma nação, ele lhe dá governantes iníquos”. Em outras palavras, mesmo quando as coisas parecem estar fora de controle, tudo está correndo de acordo com o plano de Deus. O Senhor mandou o Seu servo Elias entregar uma mensagem a Acabe: Então, veio a palavra do S E N H O R a Elias, o tisbita, dizendo: Levanta-te, desce para encontrar-te com Acabe, rei de Israel, que está em Samaria; eis que está na vinha de Nabote, aonde tem descido para a possuir. E falar-lhe-ás, dizendo: A ssim d iz o S E N H O R : Porventura, não matas te e tomaste a herança? Falar-lhe-ás mais, dizendo: A ssim d iz o S E N H O R : N o lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote, os cães lamberão o teu sangue, o teu mesmo. 1 Reis 21 .17-19
N ão deixe que a providência de Deus em todas as circunstâncias dessa história lhe passe despercebida. Elias disse a Acabe que o sangue deste seria lambido por cães no mesmo lugar em que Jezabel havia matado Nabote. Somente Deus poderia prever o que aconteceria, e depois realizar o que foi predito. E preciso muito poder para cumprir uma profecia dessas.Tal feito demanda um controle absoluto de todas as circunstâncias. Mas isso não é problema para o Senhor. Aliás, Deus ainda usou Elias para transmitir uma mensagem a Jezabel no versículo 23: o sangue dela também seria lambido por cães junto ao antemuro de sua casa. Essa profecia se cumpriu em detalhes, como consta em 2 Reis 9.30-37. Mais uma vez, Deus mostrou estar no controle de todas as circunstâncias. Ele não faz ameaças vãs nem promessas vazias. O “cri me aleatório” do rei e da rainha estava prestes a ser julgado de modo
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U
ma seta aleatória
Agora voltemos a Acabe. Embora no fundo o rei soubesse que o Se nhor era Deus, simplesmente se recusava a obedecer e a servir a Ele. Acabe creu na palavra profética transmitida por Elias. E, por algum tempo, humilhou-se diante do Senhor (1 Rs 21.27-29). Mas isso foi mais uma atitude fingida do que um quebrantamento genuíno diante de Deus, pois não vinha do coração. Então, em vez de arrepender-se realmente e voltar o coração para Deus, Acabe retomou depressa seus caminhos enganosos. Ele conven ceu Josafá (que nomes lindos, não?), o rei de Judá, a juntar-se a ele em combate (1 Rs 22.4). De um modo geral, pode-se dizer que Josafá era um bom rei. Entretanto, sendo um bom rei ou não, essa foi uma decisão estúpida. E a coisa ainda ficou pior! Acabe sugeriu que Josafá saísse à peleja com suas vestes reais, enquanto ele iria disfarçado. Acabe deve ter ima ginado que o inimigo tentaria matar ambos os reis, e, se pudesse pintar um alvo nas costas de Josafá e camuflar a si mesmo, ele estaria seguro. Por ingenuidade, Josafá concordou com isso. Acabe, o rei iníquo de Israel, pensou que poderia driblar a provi dência de Deus por meio da esperteza. Porém , descobriu que isso não era possível. A ssim , o rei de Israel e Josafá, rei de Ju dá, subiram a Ramote-G ileade. E disse o rei de Israel a Josafá: Eu me disfarçarei e entrarei na peleja; tu, porém, veste as tuas vestes. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel e entrou na p e leja. E o rei da Síria deu ordem aos chefes dos carros, que eram trinta e dois, dizendo: Não pelejareis nem contra pequeno nem contra grande, mas só contra o rei de Israel. Sucedeu, pois, que, vendo os chefes dos carros Josafá, disseram eles: Certamente, este é o rei de Israel. E chegaram-se a ele, para pelejar com ele; porém Josa fá gritou. E sucedeu que, vendo os chefes dos carros que não era o rei de Israel, deixaram de segui-lo. Então, um homem entesou o arco, na sua simplicidade, efe riu o rei de Israel por entre as fiv elas e as couraças; então, ele disse ao seu carreteiro: Vira a tua mão e tira-me do
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dia, e o rei parou no carro defronte dos siros; porém ele morreu à tarde; e o sangue da ferid a corria no fu n d o do carro. E , depois do sol posto, passou um pregão pelo exército, dizendo: Cada um para a sua cidade, e cada um para a sua terra! E morreu o rei, e o levaram a Sam aria e sepultaram o rei em Samaria. E, lavando-se o carro no tanque de Samaria, os cães lamberam o seu sangue (ora, as prostitutas se lavavam ali), conforme a palavra que o S E N H O R tinha dito. 1 Rei s 22.29 -38
Você notou como Acabe foi ferido? Um homem entesou seu arco e atirou a esmo, e a flecha de algum modo conseguiu encontrar o espaço milimétrico entre a couraça e a armadura abdominal que Acabe estava usando. Essa história é clássica. Acabe não somente estava disfarçado, mas também havia vestido sua armadura. Ele deve ter pensado: “Por que me seguiriam se eu convenci Josafá a vestir as vestes reais?” Porém, em todo caso, como uma medida adicional de seguran ça, Acabe colocou sua armadura completa, inclusive a couraça. E ele provavelmente estava viajando numa carruagem com características semelhantes a um Hummer (veículo dos Estados Unidos usado na Guerra do Golfo que, por suas especificações, comportava-se como um tanque).21 Contudo, um soldado do exército inimigo preparou seu arco e atirou a esmo. Ele não tinha um alvo nem um plano definido. “Atirei uma flecha ao ar e não sei onde ela caiu...” Ele não estava tentan do atingir Acabe. Simplesmente preparou o arco e lançou a flecha. E o que aconteceu a essa flecha foi absolutamente incrível. De algum modo ela conseguiu encontrar o espaço minúsculo e desprotegido entre a couraça e a armadura abdominal que Acabe havia vestido com tanto cuidado. Naquela noite, os cães lamberam o sangue de Acabe no lugar exato onde haviam lambido o sangue de Nabote. Assim, a profecia de Elias se cumpriu em detalhes. Somente um Deus que está no controle
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Em Hebreus 9.27 está escrito que aos homens está ordenado morre rem uma vez, vindo, depois disso, o ju íz o . O tem po determ inado de Acab< havia chegado. Todos nós temos nosso tempo determinado. O momento da su; morte e da minha foi estabelecido antes da fundação do mundo. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas esta coisas fo ra m escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quan do ner ainda uma delas havia. Salmo 139.1
Antes que a terra girasse pela primeira vez em torno do seu pró prio eixo, Deus já havia determinado o mom ento exato da sua con cepção, do seu nascimento e da sua morte. Esse princípio é ensinad( com clareza e m jó 14.1,5: O homem, nascido da mulher, é de bem poucos dias e cheio de inquietação Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seu meses; e tu lhe puseste limites, e não passará além deles.
E o que isso significa? Que somos feitura sua, criados em Crist Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nela
(Ef 2.10). Deus tem uma missão para você — assim como tinha um missão para Ciro e José. Isso quer dizer que você não pode morrer até que os propósitos qu Deus tem para você sejam cumpridos na terra. Por outro lado, somente un Deus que esteja no controle de todas as circunstâncias pode guarda sua vida no meio do fogo cruzado. Ú
l t ima s c o n s id e r a ç õ e s
Terminemos este capítulo considerando mais uma vez a vida de Josc A intenção original dos seus irmãos não era vendê-lo, mas sim matá -lo (Gn 37.18-28). Entretanto, eles não fizeram isso. Deus tinha un propósito para a vida de José e, antes desse propósito se cumprir, el
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Quando José olhou em retrocesso para os eventos de sua vida, lembrou-se de que seus irmãos queriam matá-lo antes de decidirem vendê-lo. Entretanto, o fato de ele não ter sido morto tem uma expli cação bem simples. Deus tinha uma missão para José. Deus tinha uma missão para George Bush. Os milhares de disparos contra George Bush não conseguiram atingi-lo. Os irmãos ciumentos de José não conseguiram matá-lo. Em cada um desses casos, o Senhor interveio para m anter esses homens vi vos. Somente um Deus que está no controle de todas as circunstâncias tem poder para fazer isso. Seus inimigos podem feri-lo, podem falar mal de você, porém, como George Whitefield costumava dizer: “Eu não posso morrer até que m inha missão na terra tenha sido cum prida” . Você também não.
C
a p ít u l o
4
Pegue este trabalho e engula... D e u s e s tá n o c o n tr o le d e to d o o s e u tr a b a lh o A dureza de Deus é mais branda que a brandura dos homens. — C. S. L e w i s
Existe uma velha música country chamada Take This Job and Shove It [Pegue este trabalho e engula]. Mas há outra opção: pegue o seu
trabalho e submeta-o ao plano providencial e estranho que Deus está executando em sua vida. Em que você trabalha atualmente? Você está satisfeito com isso? Ou você sente que está flutuando a esmo, sem nenhuma carreira de finida? Alguns empregos nos agradam; outros, não. Mas todos eles vêm do Senhor.
O Salmo 37.23a deixa isso bem claro: Os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor. Deus está no controle da sua jornada e do seu destino neste exato momento. Ele está no controle do seu trabalho. O próprio Deus nos escala para ocuparmos nosso posto. Quando o Senhor lhe dá um trabalho, isso não significa que você ficará nele para sempre. Seu emprego pode mudar dentro de um ano, um mês ou mesmo uma semana. Ele pode mudar amanhã. No entanto, por ora
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Pegue este trabalho e engula... D eus está no controle de todo o seu trabalho
Talvez seu trabalho seja entediante, ou quem sabe você tenha capacidade para ocupar1uma posição melhor, ou não se sinta suficien temente desafiado ou valorizado, ou se sinta um peixe fora d’água. Isso não significa que seu emprego seja uma perda de tempo. O Senhor não desperdiça nossa vida. Ele sabe exatamente o que está fazendo quando nos dá nosso emprego. Então digamos que no momento você não esteja satisfeito com o seu trabalho. Você não sabe dizer exatamente com o foi parar nesse emprego e certamente não deseja permanecer nele. Mas não fique aborrecido ou desanimado a ponto de não perceber um fato muito importante: o mais provável é que esse não seja seu emprego definiti vo. Contudo, de algum modo, ele o está preparando para a obra que o Senhor tem para você. N o plano de Deus, nenhum trabalho é uma perda de tempo. N o plano de Deus, todo trabalho é uma preparação. Es c r a v o
na casa grande
José agora era um escravo na casa de Potifar. Mas o Senhor não havia se esquecido dele, embora José fosse obrigado a realizar essa tarefa nova e indesejável. Pelo contrário, seu trabalho como escravo no Egito tinha um papel crucial na missão que Deus lhe reservara. E B. Meyer descreveu como José deve ter se sentido ao chegar ao Egito para uma vida de escravidão. José foi posto à venda em algum grande mercado de escravos ju n to a centenas de outr os indiv íd uos que havia m sido ra pta dos ou capturados à força nos países circunvizinhos. Ele foi com prado p o r Potifar, o capitão da guard a, qu e provavelm ente era o chefe da guarda real na corte de faraó [...] Potifar era um lorde, um membro da orgulhosa aristocracia egípcia, um funcionário de alto escalão que usufruía do favor do rei. Ele com certeza vi via num palácio esplêndido, coberto de hieróglifos e repleto de
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esfinges, ao adentrar os recessos do vasto palácio egípcio onde todos falavam uma língua desconhecida e lhe pareciam tão estra nhos. (M e y e r , 1981, p. 115)22
Se você dissesse a José enquanto ele entrava por aqueles portões que um dia ele seria encarregado daquele vasto palácio e de todas as suas operações Jo sé responderia: “Você está fora de si” . Mas era exata mente isso que Deus — o Deus que controla tudo — tinha em mente para ele. N a concepção de José, ele havia chegado ao fundo do poço. Recentemente li a biografia de outro homem que, numa idade um pouco mais avançada, havia chegado ao fundo do poço. Com 51 anos, ele se considerava um fracasso absoluto, virtualmente sem futuro nenhum. Seu nome era D w ight Eisenhower, e ele mal imaginava o que lhe estava reservado. Aos 51 anos, não podia enxergar nada disso. Stephen Ambrose escreveu sobre a vida de Eisenhower, o supremo com andan te das forças aliadas na Segunda Guerra Mundial e o 34° presidente dos Estados Unidos: Eisenhower foi um dos líderes que mais se destacaram no mundo ocidental no século 20. Como soldado, ele era profissionalmente competente, conhecedor da história da guerra assim como de es tratégias, táticas e armamentos modernos, um homem decidido, disciplinado, corajoso, dedicado e querido por seus companheiros, superiores e subordinados. Como presidente, ele alcançou e manteve a paz na Coréia, um estadista que cond uziu o m un do livre em segurança durante um a das décadas mais perigosas da G ue rra Fria, u m po lítico que cap turou e manteve a confiança do povo americano. Ele foi o único presid ente do século 20 que conseguiu governar durante oito anos de paz e prosperidade. (Ambrose, 1990, p. 11,12)23
Pois é, aos 51 anos, Eisenhower não podia enxergar nen hum sinal de seu futuro sucesso. Ambrose resumiu a situação adversa em que
Pegue este trabalho e engula... D eus está no controle de todo o seu trabalho
Ele havia devotado sua vida e seus talentos ao exército. Ele tinha 51 anos de idade; somente o advento da guerra o havia salvado da aposentadoria forçada e de uma vida na penúria, sem economias, sustentado apenas por uma modesta pensão. Embora ele tivesse impressionado todas as pessoas para quem havia trabalhado, ele não tinha n enh um a habilidade especial ne m qualquer grande feito que pudesse con tar aos netos c om orgulho. Se ele tivesse m orrid o em 1941, num a idade em que a m aioria dos grandes hom ens já realizou suas tarefas monumentais, ele hoje seria completamente desconhecido. ( A m b r o s e , 1990, p. 59)24
O Senhor tinha planos muito maiores para Dwight Eisenhower do que ele poderia ter imaginado. E o mesmo pode ser dito de José, quando passou a viver com o escravo na mansão de Potifar. José havia chegado ao fundo do poço, mas na mente de Deus seu trabalho como escravo era apenas o trampolim que o levaria à sua próxima tarefa. Embora o jovem José não soubesse disso, ele tinha um encontro mar cado com o sucesso. E qual era o trabalho que o Senhor lhe reservara? U m dia, nu m futuro não tão distante, José governaria e adminis traria o poderoso império egípcio numa época de prosperidade mo numental, e prepararia a nação para uma grande crise. Será que José sabia disso? Não. Ele nunca tinha lido o livro de Gênesis. Não conhecia a Bíblia, porque esta ainda não existia. Então com o poderia ser treinado para governar uma grande nação? Ele te ria de aprender a administrar uma mansão gigantesca — a mansão de Potifar. Como Potifar era um oficial de alto escalão que fazia parte da corte do faraó, não vivia em uma casa comum. Ele vivia num grande palácio localizado numa propriedade descomunal cuja manutenção demandava uma complexa infraestrutura de servos e empregados. Esse foi o primeiro período que José cursou na “faculdade de administração de reinos”. No segundo período, ele aprenderia como dirigir uma grande prisão. Então, estaria pronto para governar uma grande nação. Consideremos a seguinte progressão: uma grande propriedade;
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A conclusão disso tudo foi que nenhum dos trabalhos realizados por José fo i desperdiçado. Cada um era parte de u m plano que ele não podia ver. E o mesmo se aplica a você. Deus está no controle de tudo. Por tanto, três observações relativas às nossas tarefas podem ajudar-nos a entender como funciona a providência de Deus: \
A s vezes Deus coloca você num trabalho que não tem futuro. A s vezes Deus lhe dá uma tarefa dentro de outra tarefa. A s vezes Deus lhe nega a posição que você deseja. U
m t r a b a l h o sem futuro
José tinha um novo trabalho. Ele agora era um escravo. Não era isso que queria, nem o que esperava, muito menos o que sonhava fazer quando era apenas um jovem na casa de seu pai. Mas era um fato. Ele achava que estava condenado a trabalhar como escravo pelo resto da vida. Em Gênesis 39.1 encontramos as seguintes informações: E Jos é fo i levado ao Egito, e Potifar, eunuco de Faraó, capitão da guarda, varão egípcio, comprou-o da mão dos ismaelitas que o tinham levado lá.
Admitamos: às vezes tomamos caminhos que nos levam a um beco sem saída. Achamos que estamos seguindo uma estrela e acaba mos num valão, numa favela ou num a viela sombria. Assim como alguns lugares, certos trabalhos parecem um beco sem saída. O problema de u m beco sem saída é que você não tem para onde ir. A situação de José era exatamente essa — ele era um escravo e estava fadado a viver o restante de sua vida como tal. Escravos não têm muitas opções. Aliás, não têm nenhuma. Talvez você esteja num beco sem saída ou num trabalho sem futuro. Como foi parar aí? Na verdade, o Senhor o colocou nessa si tuação. E Ele fez isso por uma razão. “Que razão?”, você se pergunta. Por ora, essa resposta lhe está oculta. Só Deus conhece esse segredo (Dt 29.29). Quando as pessoas se encontram em situações ou trabalhos assim,
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verdade. O fato é que essa é uma fase preparatória, e situações que aparentam ser um beco sem saída cumprem um papel fundamental naquilo que Deus planeja fazer em sua vida. O Senhor usa trabalhos desse tipo para preparar você para aquilo que Ele tem planejado para o seu futuro. Muitas vezes, porém, quando nossas circunstâncias são obscuras e desanimadoras, pensamos que não temos futuro. Foi isso que aconteceu a Dwight Eisenhower. Gostaria de falar mais sobre a vida dele, já que tão pouco de sua história é conhecido. Contudo, junto com Winston Churchill, ele foi um dos principais líderes que atuaram na Segunda Guerra Mundial. Eisenhower foi o General dos Generais — mais influente do que Patton, Montgomery, Bradford, ou qualquer um deles. Foi ele quem desenvolveu a estratégia do Dia D. Entretanto, comparativamente fa lando, muito pouco foi escrito sobre a sua vida. Eu mesmo possuo inúmeras biografias de Churchill, mas apenas duas de Eisenhower, em bora sua história seja quase tão extraordinária quanto a de Churchill. Por que, aos 51 anos de idade, Eisenhower perguntava a si mesmo se sua vida tinha algum futuro? Ele servira o exército desde 1911. Nos últimos 29 anos, ele havia sido co ntinu am en te elogiado p o r seus superiores e ocupava o pos to mais elevado para a sua idade e categoria. Ele havia freqüenta do as mais prestigiosas faculdades de pós-graduação, formando-se em primeiro lugar no United States A rm y Co mm and and General Staff College [Faculdade de Comando e Assessoria do Exérci
to dos Estados Unidos], Mas nenhuma dessas realizações o havia ajudado a avançar em sua carreira militar [...] Embora ele fosse um oficial exemplar e cumprisse com perfeição todos os seus deveres, as promoções eram governadas estritamente pela regra da senioridade. Certa ocasião, Eisenhower disse ao seu filho John que, no mun do dos negócios, um indivíduo podia chegar até onde seu caráter, habilidades e am bições honrosas o pud essem levar. Mas n o exército,
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A senioridade prevalecia em todas as promoções até a patente de coronel, mas, em 16 anos, Eisenhower havia sido promovido ape nas uma vez, e não passava de um major. Com a sua idade, ele não via nenhum meio de tornar-se coronel. E, mesmo que o conseguisse, estaria tão próximo à idade da aposentadoria compulsória que jamais chegaria ao posto de general. Ele era um líder brilhante e talentoso, um homem repleto de energia e movido por u m ardente desejo de fazer algo importante em sua vida. Porém, estava empacado. Por isso se sentia desencorajado, no fundo do poço. N o começo da década de 1930, o grande general Douglas MacArthur declarou acerca dele: “Eisenhower é o melhor oficial do Exército” ( A m b r o s e , 1990, p. 44)26. MacArthur disse isso quando Eisenhower era capitão. No entan to, por mais que ele se esforçasse, “o melhor oficial do Exército” não conseguia avançar em sua carreira. M acArthur não fez essa declaração para lisonjear Eisenhower. Ele realmente acreditava nisso. MacArthur o havia apontado como chefe do Estado-Maior em 1929 e sabia do que Eisenhower era capaz. Essa era uma das razões por que ele não podia avançar: MacArthur não abria mão dele. Então, por dez anos, Eisenhower trabalhou sob a sombra de Douglas MacArthur, um general que tinha um ego descomunal. Eisenhower queria trabalhar num posto onde pudesse ser mais ativo, mas todas as vezes que pedia um a transferência M acA rthur se negava a atender ao pedido. Não importava o que ele tentasse fazer, seu crescimento pro fissional parecia estar fora de seu alcance. Eisenhower morria de tédio realizando tarefas insignificantes para o general. Todavia, não conse guia uma oportunidade de entrar em ação e mostrar sua capacidade de liderança. MacA rthur chegou a admitir o fato de que estava detendo a carreira de Eisenhower numa carta de recomendação que lhe enviou em 1935: A quantidade de vezes em que chefes de diversos dos principais se tores do exército me requisitaram especificamente os seus serviços
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constituem u m a prova convincente da sua reputação co m o u m sol dado extraordinário. Não posso dizer mais nada a não ser que essa reputação coincide exatamente com a minha opinião sobre o seu desempenho. ( A m b r o s e , 1990, p. 48)27
Eisenhower trabalhou sob a supervisão de MacArthur por dez anos, sendo os cinco últimos nas Filipinas. Em seu íntimo, sentia que estava num beco sem saída. O trabalho de Eisenhower, como o de José, não tinha futuro. E talvez o seu também não tenha. N
e n h u m beco s em s a í d a é p er ma n en t e
Todo beco sem saída e todo trabalho sem futuro têm um começo, um meio e um fim. Deus estabeleceu um limite ao redor do seu beco sem saída. Ele quer que você aprenda lições aí que não podem ser aprendidas em nenhum outro lugar. Seu beco sem saída provavel mente incluirá provas no meio do período e uma prova final, assim como alguns testes no meio do caminho. Deus já determinou seu calendário escolar. O período tem um começo e um fim, mas você não conhece essas datas. Q uan to mais tem po você passa nesse beco sem saída, mais se con vence de que ficará nele para sempre.Você começa a pensar que não tem escapatória. Todavia, no tem po certo, a saída aparecerá. Tenho um amigo responsável pelo conteúdo bíblico e editorial de inúmeros livros cristãos — obras publicadas em diversas línguas e distribuídas pelo m undo todo. Ele supervisiona um grande número de autores, toma decisões importantes sobre o conteúdo bíblico e dou trinário desses livros. Seu trabalho consiste em certificar-se de que a verdade é apresentada de forma equilibrada. Ele exerce uma função crucial, já que suas decisões afetam potencialm ente milhões de pessoas. Era um dos melhores alunos no seminário, encarando seu curso com extrema seriedade. Tendo se formado com menção honrosa, es perava que Deus abençoasse seu ministério. Mas, depois de pastorear uma igreja por apenas alguns anos, foi afastado do posto. Arrasado,
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N o entanto, por mais que ele procurasse, nada aparecia. Por três anos, o único trabalho que conseguiu arranjar foi o de entregador de jornais. E só. Todos os dias acordava às quatro da manhã e saía para entregar jornais. Aquele trabalho não tinha futuro. Às vezes ele achava que ficaria ali para sempre; achava que Deus tinha se esquecido dele. Quando meu amigo estava entregando jornais, sentia-se um fra cassado. Mas o Senhor o acompanhava, e ele estava prestes a tornar-se um homem bem-sucedido. Ao encontrar-se num beco sem saída, saiba que não está sozinho. Você pode achar que está, mas não está. José era um escravo numa na ção estrangeira cuja cultura e língua lhe eram absolutamente estranhas. Ele não conhecia ninguém e estava a centenas de quilômetros de seus amigos e de sua família. Porém, a Bíblia deixa bem claro que José não estava sozinho. Em Gênesis 39.2 é declarada uma verdade significativa: E o Senhor estava com José.
O contexto dessa declaração se encontra na seguinte passagem: E José fo i levado ao Egito, e Potifar, eunuco de Faraó, capitão da guarda, varão egípcio, comprou-o da mão dos ismaelitas que o tinham levado lá. E o Senh or estava com José, e fo í varão próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio. Vendo, pois, o seu senhor que o S E N H O R estava com ele e que tudo o que elefa z ia o S E N H O R prosperava em sua mão,José achou graça a seus olhos e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa e entregou na sua mão tudo o que tinha. E aconteceu que, desde que o pusera sobre a sua casa e sobre tudo o que tinha, o S E N H O R abençoou a casa do egípcio por amor de José; e a bênção do S E N H O R fo i sobre tudo o que tinha, na casa e no campo. E deixou tudo o que tinha na mão deJosé, de maneira que de nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia. E José era form oso de aparência efo rm oso à vista. Gênesis 39.1-6
E o Senhor estava com José, e fo i varão próspero. A rigor, a declaração
é absurda. Escravos não prosperam, não fazem amigos nem influen
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uma única razão: o Senhor era com ele. E esse fato era tão claro que até mesmo Potifar, um político egípcio durão, podia enxergá-lo. Talvez inicialmente o trabalho de José tenha sido o pior dos pio res. Ainda assim, o Senhor estava com ele. E o fato de o Senhor estar com você muda tudo.Todas as coisas se tornam possíveis. Se o Senhor está com você — independente do beco sem saída em que você se encontre — , afinal tudo ficará bem. Pode ser que suas circunstâncias não sejam favoráveis agora, mas um dia todas as coisas contribuirão juntamente para o seu bem. Com o tempo, Potifar ficou tão impressionado que entregou a José a administração de toda a sua casa. José cuidava de tudo para ele — assim como Eisenhower fazia tudo para MacA rthur. A única coisa que Potifar precisava fazer era decidir se queria comer “cheeseburger” ou “lasanha” no jantar. José havia se saído muito bem. Ele prosperou num trabalho sem futuro porque o Senhor estava com ele. Todavia, essa história fala de algo maior do que o sucesso aparente. U
ma t a r e f a d e n t r o de o u t r a t a r e f a
N o texto não consta que o Senhor era com José e que este prosperou instantaneamente, mas sim que José se tornou próspero. Em outras pala vras, isso não aconteceu em 24 horas. Deus precisou submeter José a um processo essencial. O Senhor costuma trabalhar ao mesmo tempo em diversas áreas de nossa vida. Ele tem propósitos múltiplos que nós não conseguimos enxergar. Por isso às vezes Ele nos dá uma tarefa dentro de outra tarefa. A primeira tarefa de José era tornar-se um escravo. A segunda era aprender a perdoar aqueles que o haviam vendido. Creio que seria seguro afirmar que a primeira tarefa foi mais fácil que a segunda. Quando se é profundamente ferido por alguém, nada é mais difícil do que aprender a perdoar. Com o vimos, o Senhor abençoou José com o sucesso aparente. Po deríamos dizer que o sucesso de José era óbvio, claro, visível. Mas havia
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Para que isso acontecesse, José teria de passar por um processo, e isso não se deu da noite para o dia. Não estamos falando de semanas nem de meses. Esse processo levou anos. O texto bíblico explicita isso? Não. Contudo, se alguém tentasse matá-lo e depois o vendesse como escravo, você conseguiria perdoar essa pessoa de coração e dar a volta po r cima num fim de semana? É claro que não. José tam bém não conseguiu. N o entanto, enfim ele deu a volta por cima. Como? Descobrindo que seu grande Deus estava no controle do seu passado, do seu presente e do seu futuro. Em algum m om ento, José decidiu entregar toda a sua vida a Deus. Alguém o havia prejudicado no passado? Sim. Alguém tentaria prejudicá-lo de novo no futuro? Provavelmente. Mas, independente do mal que nos façam — no passado, no pre sente ou no futuro — , nosso Deus transforma tudo isso em bem. Essa é uma verdade tremenda que nos capacita a perdoar. Você não precisa tornar-se o melhor amigo da pessoa que ten tou destruí-lo, mas também não precisa odiá-la. Quando você perdoa, consegue orar po r quem o magoou e pedir a Deus que abençoe a vida dele. Essa é uma lição que precisamos aprender continuamente. Por mais difícil que seja, perdoar é muito melhor do que ficar amargurado. Então, meu conselho é que você fure o pró prio braço, sugue o veneno da amargura, cuspa-o no chão e pise bem nele antes que ele o mate. Então creia que o Senhor tornará a sua vida doce — do jeito dele, no tempo dele. Estou falando de uma vida tão doce quanto uma xícara de mate adoçada com quatro xícaras de açúcar. Porém, antes de expe rimentar essa doçura, você precisa livrar-se do veneno. Jesus perdoou você. Nenhuma razão no mundo justifica sua re cusa em perdoar alguém. Não estou dizendo que é fácil. Entretanto, o Senhor deixou bem claro que o perdão é necessário. Suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fa ze i vós também (Cl 3.13).
Johannes G utenb erg foi o i
tor da
móvel. O prim ei
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fizesse questão de que a Bíblia fosse o primeiro livro impresso, ele nunca aceitou sua mensagem. Pode-se dizer que a prensa móvel foi a invenção mais importante do período moderno. O advento trans formou dramaticamente o mundo. Ao pensarmos nessa invenção, pensamos em G utenberg. Q uando era vivo, porém , as pessoas não associavam sua invenção a ele, já que nin gu ém havia ouvido falar em Gutenberg. Naquela época, a invenção de Gutenberg era atribuída a Johann Fust. Quando Gutenberg teve a ideia e traçou os planos para a fabri cação da prensa móvel, não dispunha dos recursos necessários para produzi-la. Então pediu um em préstim o a Fust. A construção da pri meira prensa móvel era um projeto extremamente caro. Mais tarde, Gutenberg pediu mais dinheiro emprestado a Fust. Depois de haver aperfeiçoado sua invenção e quando estava pronto para realizar a pri meira impressão em massa da Bíblia, Fust o processou. O juiz deu ganho de causa a Fust. Gutenberg perdeu sua prensa, suas ideias, anos de trabalho, e até mesmo suas ferramentas. Perdeu tudo quando estava a apenas alguns dias do sucesso. Quando a Bíblia foi impressa, as pessoas ficaram maravilhadas com a clareza das letras e a beleza artística do trabalho. E todos passaram a falar de Fust e de sua grande invenção. Fust não sabia sequer colocar uma folha de papel na prensa. No entanto, era ele quem estava sendo elogiado como o inventor da má quina que revolucionava o mundo. Gutenberg viu tudo lhe ser tirado, inclusive o crédito por sua invenção. Nunca recebeu um centavo pelo trabalho que havia consu mido toda a sua vida. Ele morreu na pobreza — um homem falido e amargurado. Até o dia da sua morte, nunca conseguiu perdoar Fust por sua traição. O veneno da amargura sugou cada miligrama da energia de Gutenberg e da sua vontade de trabalhar. A impressão da Bíblia havia sido o sonho dele, mas Gutenberg tend A Bíblia não é um livro sobre a amar
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Consciência
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pesada
Então por que nos referimos hoje à primeira Bíblia impressa como a Bíblia de Gutenberg? Anos depois da morte de Gutenberg, a consci ência de Fust continuava a atormentá-lo. Ele não podia viver consigo mesmo. Estava sendo elogiado e aclamado pelo trabalho de outro ho mem. Finalmente, Fust resolveu retratar-se e dar a Gutenberg o de vido crédito pela invenção da prensa móvel. Mas Gutenberg já estava na sepultura, e sua própria amargura fora responsável por colocá-lo lá. José se tornou um homem próspero, e uma das razões desse su cesso foi a sua decisão de entregar ao Senhor todo o seu ódio e a sua amargura e confiar em Sua benignidade. N o Salmo 37.3 está registrado qual deve ser nosso foco quando somos injustiçados: Confia no S E N H O R e fa ze o bem; habitarás na terra e, verdadeiramente, serás alimentado.
A responsabilidade de José era não se estressar por causa do que seus irmãos lhe haviam feito. Ele tinha de seguir adiante e colocar sua confiança somente no Senhor. Quando desperdiçamos nossos dias mergulhados em amargura e ira para com aqueles que nos feriram, não estamos confiando no Senhor nem fazendo o bem. Quando mantemos nosso foco naqueles que nos causaram grande dor, estamos olhando para a vida com olhos vesgos. Não podemos enxergar claramente e não estamos entregando nosso futuro ao Senhor. A fé na promessa de que Deus será fiel a nós nos faz enxergar a vida através de lentes poderosas que nos permitem ver nossas circuns tâncias com maior clareza. Assim podemos seguir adiante, confiando que o Senhor fará um caminho para nós. Nosso dever é habitar na terra, trabalhar naquilo que nos chega às mãos e alimentar-nos da fidelidade de Deus. O Senhor sabe exa tamente onde estamos, assim como tudo que nos aconteceu. Mas Ele tem planos maiores para nós, conforme nos ensina o Salmo 37.4,5:
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Pegue este trabalho e engula... Deu s está no controle de todo o seu trabalho
Às vezes procuramos um conselheiro e saímos desapontados com o conselho recebido. Então pensamos: “Perdi meu tempo. O carteiro poderia te r me dado um conselho melhor que esse” . Aqui vão alguns conselhos na forma de um poema de sabedoria inestimável. Se você foi profundamente ferido, se foi traído, abusado, se teve suas riquezas ou reputação roubadas, este conselho sábio é para você: Tua vereda, e não a minha, Senhor, A inda q ue seja sombria. O guia-m e co m a Tua mão direita Escolhe o caminho para mim. Seja tranqüilo ou tempestuoso, Ainda assim será o melhor; Tortuoso ou reto, não importa, Ele me leva ao Teu descanso. N ão ouso d e term inar m eu destino; Ainda que pudesse, não o faria; Escolhe para mim, O Deus, Para que eu possa andar retamente. Pega o meu cálice, E enche-o de alegria e pesar; Da forma que lhe parecer melhor, Escolhe meu bem e minha aflição.
( S p u
r g e o n
,
1983, p. 189)28
Acho que foi isso que José fez. E tudo começou quando ele de cidiu perdoar seus irmãos, em vez de odiá-los. O texto bíblico não revela o processo pelo qual José teve de passar para superar seu profundo ressentimento, mas ele era humano! C er tamente se ressentia de seus irmãos. N ão era um super-homem . José era apenas um sujeito comum cuja vida havia sido destruída. E lógico
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o Senhor não podia deixar que ela ficasse infeccionada. Quanto mais tem po a questão fosse ignorada, maiores seriam as chances de que uma infecção espiritual se instalasse na alma e no coração. Deus tinha grandes planos para José, mas Ele não o prom overia se seu coração estivesse doente ou seu espírito amargurado. Por isso José teve de realizar uma tarefa dentro de outra tarefa. Junto com sua irmã, Corrie ten Boom passou vários meses num campo de concentração nazista. Sua irmã foi horrivelmente abusada e acabou morrendo. Grande parte do ministério de Corrie depois da guerra foi dirigido aos sobreviventes dos campos de concentração. Certa ocasião, Corrie fez uma declaração reveladora sobre os so breviventes: “Aqueles que conseguiram perdoar seus velhos inimigos foram capazes de inserir-se novamente na sociedade e reconstruir sua vida; aqueles que preferiram alimentar sua amargura permaneceram inválidos”. Corrie ten Boom perdoou pessoalmente um dos guardas mais cruéis do campo de concentração que mataram sua irmã. Ela seguiu adiante e conseguiu viver uma vida produtiva porque havia aprendido a perdoar. José passou pelo mesmo processo. O fato de ele ter perdoado seus irmãos o capacitou a desfrutar de um a vida produtiva. Gutenberg nunca perdoou o homem que o traíra. E ele morreu como um velho miserável e amargurado, sem um centavo no bolso. Então, quem você precisa perdoar? E tempo de seguir adiante. Seguindo
adiante
Se José não tivesse aprendido a lidar com a amargura que sentia em re lação aos irmãos, como poderia lidar com a amargura que estava pres tes a experimentar ao ser falsamente acusado pela esposa de Potifar? José estava no caminho do sucesso, tendo alcançado uma extra ordinária posição de prestígio e responsabilidade. Mas Deus não con fiaria uma posição tão importante a um homem vingativo e empeçonhado, tomado de ressentimento e fantasias de vingança. Por isso
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enquanto a ferida ainda era relativamente recente. E foi o que fez. Ele sabia que o Senhor estava no controle absoluto do seu passado, do seu presente e do seu futuro. Isso nos leva de volta ao fato de que Deus está no controle de todas as tarefas que nos chegam às mãos. Todo trabalho que realizamos faz parte do Seu plano. Isso não significa que todas as tarefas serão em polgantes ou satisfatórias, mas que todas servirão como preparação para a missão que Ele tem para cada um de nós. Consequentemente, nenhum trabalho é desprezível. Todas as tarefas que o Senhor faz chegar às nossas mãos são relevantes, embora algumas possam fazer com que nos rebai xemos, não sendo em nada semelhantes àquilo que teríamos escolhido. Essa era a situação de José quando foi vendido como escravo. Seu trabalho era degradante e extremamente desagradável. E José não podia enxergar a importância estratégica dessa situação que o Senhor estava usando para prepará-lo para a missão que tinha para ele. Corrie queria ajudar outras pessoas a aprender a perdoar aqueles que tinham abusado delas e as injuriado. Por isso, era necessário que ela também aprendesse essa lição nos recessos mais íntimos do seu coração. O mesmo se aplicava a José. Era preciso que o perdão completasse sua obra árdua e oculta em seu coração para que ele pudesse superar a amargura e a hostilidade que ameaçavam destruí-lo. Esse foi o sucesso que José precisou alcançar nas profundezas secretas de sua alma. Foi assim que deixou de ser uma vítima para se tornar um vencedor. Ele entendeu a providência de Deus. Compreendeu que todas as tarefas vêm do Senhor, e isso incluía a escravidão.José dobrou os joelhos e submeteu sua vontade a Deus. Essa é a definição do verdadeiro sucesso. Às
vezes
D eus
l he nega a posição q ue você deseja
Às vezes o Senhor nos choca, recusando-se a colocar-nos na posição que realmente desejamos. Que decepção arrasadora isso pode causar! Talvez você não consiga entrar na faculdade de sua preferência ou seja deixado no altar pela pessoa amada. Talvez você seja um soldado de sesperado para entrar no combate, enquanto seus superiores o m antêm
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Foi isso que aconteceu a D w igh t Eisenhower. Ele havia se forma do em West Point e ambicionava um a brilhante carreira militar. Então, em 1917, os Estados Unidos entraram na Primeira Guerra Mundial. Eisenhower estava empolgadíssimo, já que finalmente teria a opor tunidade de liderar tropas em combate. Entretanto, ele foi designado para treinar a 57a Infantaria em San Antonio. Eisenhower queria desesperadamente entrar em combate, mas suas mãos estavam atadas. Então ele empregou todas as suas energias fazendo daqueles recrutas soldados excepcionais. Não ficou lamurian do-se nem chafurdando na autocomiseração. Ele deu o melhor de si. Com isso, suas habilidades e sua capacidade administrativa se des tacaram tanto que ele recebeu um novo comando. Foi encarregado de estabelecer e comandar a nova Tank Corps [divisão nacional de tanques]. Aquela incumbência foi uma honra, mas também manteve Eisenhower longe de onde realmente queria estar. Finalmente a ordem foi dada para que ele partisse para a França em 18 de novembro de 1918. Mas, em 11 de novembro, a Primeira Guerra Mundial acabou. Ele nunca chegou ao campo de batalha. “Ei senhower ficou desalentado e deprimido. Ele mal podia acreditar no que lhe havia acontecido — ele era um soldado profissional que fora impedido de entrar em ação na maior guerra da história” ( A m b r o s e , 1990, p. 34).29 Eisenhower achou que havia perdido uma oportunidade única. Ele nunca mais teria outra chance de participar de uma guerra. C on tudo, o que não sabia era que, cerca de 20 anos mais tarde, ele não somente participaria de uma guerra, mas estaria no comando dela. Talvez Eisenhower tenha ficado profundam ente desapontado, mas não ficou amargurado contra seus superiores que o haviam mantido longe do combate. Ele não se irou nem murm urou. C on tinuo u dando o melhor de si em seu trabalho. E, por causa de sua disciplina e atitude, aqueles mesmos superiores notaram o potencial dele. Eles mantiveram os olhos em Eisenhower e não se esqueceram dele. Por isso, acabou no comando de uma guerra que ele pensava que jamais veria. Toda tarefa é providencial. O mesmo se aplica às que nos são
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Pegue este trabalho e engula... D eus está no controle de todo o seu trabalho
entendemos Sua providência, mais podemos ver Sua mão nas posições que desejávamos obter, mas que nos foram negadas. João Calvino fez uma observação acertada: “Quando a luz da providência divina brilha sobre um hom em justo, ele não somente é aliviado e liberto de todos os temores e ansiedades que tinha antes, mas também de todos os cuidados”. Sendo assim, dê a volta por cima. Deus está no controle da sua vida e sabe exatamente o que está fazendo.
C
a p ít u l o
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M e s m o q u a n d o f a z v o cê v o lta r a e sta c a z e r o , D e u s e s tá n o c o n tr o le d e retro ce sso s d o lo ro so s D eus m uitas vezes prospera Seus filhos em pob recen do -os. — T ho m a s W at s o n
Uma velha história se tornou parte da cultura corporativa da Federal Express. Fred Smith, o visionário fundador da companhia, sempre fora conhecido como um grande aventureiro. Ele pilotava aviões desde muito jovem e adorava a emoção de voar. Certa ocasião, porém, Fred estava sentindo-se um tanto entediado. Estava no meio de um voo curto e rotineiro entre Memphis e Little Rock quando, no meio do trajeto, decidiu divertir-se um pou co. Ele voou o restante do caminho de cabeça para baixo ( L a n d r u m , 1993, p. 91)30. As vezes nos damos conta de que estamos voando pela vida de cabeça para baixo. Mas em geral isso não acontece por escolha nossa. Nada é capaz de desorientá-lo e virar sua vida de cabeça para baixo como um retrocesso doloroso. Com certeza foi isso que aconteceu a José. E ele não foi o pri meiro nem o último homem a sentir como um murro no estômago
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Mesmo quando faz você voltar à estaca zero, Deus está no controle de retrocessos.
Martinho Lutero — o grande reformador que lutou contra o mundo inteiro em defesa da verdade bíblica — travava um a batalha constante contra a depressão. Ele fazia de tudo para combater a doen ça, mas às vezes esta o vencia. Certa ocasião, ele estava perdendo a peleja. Circunstâncias adver sas haviam se acumulado em sua vida, e ele acabara de experimentar outro retrocesso desanimador em seu combate pela verdade. Isso o levou a entocar-se em seu gabinete por vários dias. Introvertido e taci turno, saía apenas para comer, retornando logo aos seus livros. E todos na família sabiam o que estava acontecendo. Depois de alguns dias, sua esposa, Katie, entrou em seu escritório vestida de preto dos pés à cabeça. Lutero olhou para ela e perguntou: “Você está indo a algum enterro?” “Não” — respondeu ela. “Mas já que você está agindo com o se Deus estivesse morto, decidi vir até aqui me lamuriar com você” ( V e i t h , 2005, p. 101).31 Deus não está morto, mas às vezes age de modo estranho. Ele per mite que experimentemos retrocessos dolorosos. E isso nos deixa atur didos, confusos, e nos faz perguntar-nos onde estará Sua benignidade. Em um capítulo anterior, discorremos sobre providências con traditórias, ou seja, dilemas que nos confrontam quando Deus age de uma forma que não entendemos. Quando passamos por uma provi dência contraditória, somos tentados a pensar que Deus está traba lhando contra nós, e não em nosso favor. Retrocessos dolorosos certa mente se enquadram nessa categoria, já que não fazem sentido algum para nós. Q uando os vivenciamos, como M artinho Lutero, ficamos mais vulneráveis à depressão, pois situações assim dão a impressão de que Deus está morto.
AS
INTERESTADUAIS DA PROVIDÊNCIA
Assim como eu, tenho certeza de que você já passou por algum re trocesso doloroso. De igual modo, é provável que, enquanto estiver mos nesta terra, tenhamos de enfrentar outros tantos. Nossos planos “perfeitos” foram virados de cabeça para baixo. De repente não temos
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É nesses momentos que precisamos da Palavra de Deus, que fun ciona como um mapa. Q uanto mais a conhecermos, m elhor com pre enderemos as circunstâncias devastadoras e repentinas que acometem nossa vida. Quanto mais nos familiarizarmos com as rodovias inte restaduais da providência divina, melhor entenderemos que Deus usa retrocessos, problemas e tragédias para fazer o bem ao Seu povo e glorificar o Seu nome. O Senhor controla e usa retrocessos dolorosos para cumprir os propósitos que tem para nós. M atthew H en ry disse: “Deus às vezes leva o Seu povo a passar por circunstâncias adversas para que, à medida que Ele nos ajudar a superar as adversidades, rendamos glórias a Ele”. Essa é uma verdade que só pode ser aprendida por meio das Escrituras, onde encontramos esse princípio inúmeras vezes, tanto no Antigo como no Novo Testamento. E sempre bom ter um mapa quando estamos navegando por um território desconhecido. E ainda melhor quando sabemos ler esse mapa. Entretanto, ao desbravarmos um novo território, o ideal é es tarmos na companhia daquele que desenhou o mapa que nos está guiando. José com certeza foi surpreendido pelo próprio sucesso. Quando estava sendo levado para o Egito, sabendo que estava destinado a uma vida de escravidão, a última coisa que passava pela sua cabeça era que Deus iria prosperá-lo. N o capítulo anterior, vimos como a incrível providência de Deus fez com que José se tornasse responsável pela administração do grande palácio de Potifar. Mas estou certo de que essa não era a expectativa do filho de Jacó quando se viu no mercado de escravos. O sucesso lhe trouxe diversos benefícios. Em geral, escravos não têm privilégios, mas José não era um escravo comum. Ele era um ho mem bem-sucedido que provavelmente não podia acreditar que sua vida tivesse tomado um rumo tão positivo. José tinha um trabalho que lhe proporcionava desafios, um patrão que confiava plenamente nele, e muito mais privilégios e recompensas do que qualquer escravo podia esperar receber. Por isso tinha um “cartão Platinum Egyptian Express”. A maioria dos escravos não tinha crédito suficiente para conseguir um
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Mesmo quando faz você voltar à cstaca zero, Deus está no controle de retrocessos.
É claro que não conhecemos os benefícios de que José desfrutava — mas podemos usar nossa imaginação. José havia sido promovido e ganhado privilégios p or causa de seu sucesso e de seus visíveis talentos. Ele administrava tudo para Potifar. Isso é que é poder. E o poder sem pre é seguido de privilégio e status. Por isso José era o único escravo a ter se tornado “membro do country club”. E ele era o único escravo a dar uma gorjeta ao caddyvlu do próprio bolso. U ma coisa interessante sobre o sucesso é que, um a vez que o con seguimos, não queremos jamais perdê-lo. Queremos manter o salário gordo, o grau elevado de autoridade e o aumento significativo de pri vilégios. José não era diferente. Você acha que ele queria perder tudo aquilo? E claro que não. Quando experimentamos determinado nível de sucesso, queremos certificar-nos de que vamos mantê-lo. Contudo, os planos de Deus para a vida de José eram mais impor tantes do que seu conforto pessoal. O que o Senhor tinha em mente para ele o teria deixado sem fôlego. U m dia José governaria sobre todos os palácios e propriedades do Egito, incluindo os de Potifar e os do faraó. José seria com o um pai para o faraó (Gn 45.8), e, portanto, o homem mais poderoso e influente na face da terra. Mas, para que tudo isso pudesse acontecer, José precisava ser pre parado. Seu caráter precisava ser provado e refinado. Por isso, ele es tava prestes a experimentar um retrocesso doloroso pelo qual jamais esperava. Por causa desse grande plano de Deus, do qual José nada sabia, ele estava prestes a perder o poder, os privilégios e o sucesso — e isso numa questão de minutos. Aliás, isso não aconteceria por causa de alguma falha ou decisão errônea da sua parte. Pelo contrário: José perderia sua posição e proem inência por escolher obedecer a Deus e resistir ao adultério. Em curto prazo, esse retrocesso lhe custaria caro. Não se trataria de um simples retrocesso, mas de um retrocesso doloroso. Além disso, o fato de José ter sido lançado na prisão por fazer o que era reto ca racterizava um a providência contraditória.
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Naquele momento, porém, aquilo não fazia nenhum sentido para ele. Como aquele retrocesso poderia ser bom, e como Deus poderia transformar aquela situação para o seu bem? José simplesmente não conseguia enxergar nem imaginar as respostas para essas perguntas. Mas os caminhos de Deus vão além da nossa compreensão, e o que o Senhor tinha reservado para José era muito maior do que ele jamais poderia ter imaginado. Essa era a razão por trás do que estava para lhe acontecer. Mais uma vez, Deus estava no controle de todas as circunstâncias da vida de José. Ele havia experimentado o sucesso, o que tinha sido muito bom. Porém, seu mundo estava prestes a ser abalado por um retrocesso doloroso, e o Senhor estava nos bastidores orquestrando todos os detalhes do acontecimento, recompensando a decisão piedosa de José com conseqüências ruins. Esse é um exemplo típico de provi dência contraditória. As providências contraditórias, raramente ensinadas na igreja hoje, estão registradas em toda a Bíblia. Como esse ensino tem sido tão negligenciado, vale a pena darmos um pouco mais de atenção a ele. E a boa notícia no tocante às providências contraditórias é que são incrivelmente encorajadoras. Se você está no meio de uma providên cia contraditória que o levou a sofrer um retrocesso doloroso, pode apostar no fato de que Deus um dia vai virar a mesa em seu favor. É exatamente isso que Ele é especializado em fazer.
Isso É UM
TESTE
José era grato a Deus por seu sucesso e sua promoção. Mas o Senhor tinha em mente uma promoção maior para ele. Estou certo de que José teria ficado satisfeito se as coisas tivessem permanecido como estavam. Entretanto, os caminhos do Senhor não são os nossos. Se dependesse de nós, nossos sucessos continuariam indo de vento em popa, em pleno acordo com nossas próprias ambições e objetivos. Mas Deus tem todo direito de interromper nossos planos a qualquer momento para que o Seu plano, que é infinitamente superior, seja
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remover nosso sucesso quando isso serve aos Seus propósitos. Este é um princípio que não devemos esquecer: Ante s de promover, Deus prova. Se existe alguma dúvida quanto a esse princípio, o Salmo 105.1619 confirma exatamente isso na vida de José: C ha m ou a fo m e sobre a terra;f e z mirrar toda a plan ta do pão. M an dou adiante deles um varão, que fo i vendido por escravo: fo sé, cujos pés aperta ram com grilhões e a quem puseram em ferros, até ao tempo em que chegou a sua palavra; a palavra do S E N H O R o provou.
Deus tinha uma razão para o retrocesso doloroso de José que esse jovem piedoso ainda não podia enxergar. Ele estava prestes a ser sub metido a outra prova excruciante. Para ingressar na universidade nos Estados Unidos, é necessário fazer o exame do SATIX (Scholastic Aptitude Test — Teste de Apti dão Escolar). Para ser promovido por Deus, também é preciso passar no SAT, só que, no vocabulário do Senhor, a sigla SAT quer dizer Setback And Trial [Retrocesso e provação]. E, no caso de José, ela também queria dizer Sex And Temptation [Sexo e tentação]. Uma mulher egípcia “cheia da grana e do botox, lipoaspirada, siliconada e toda esticada” estava de olho nele. E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que de nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia. E Jos é era formoso de aparência e form os o à vista. E aconteceu, depois destas coisas, que a m ulher de seu senhor pôs os olhos em Jos é e disse: D eita-te comigo. Porém ele recu sou e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo e entregou em minha mão tudo o que tem. Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como,pois, fa ria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus? E aconteceu que,fa lando ela cada dia a fo sé , e não lhe dando ele ouvidos para deitar-se com ela e estar com ela, sucedeu, num certo dia,
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que veio à casa para fa ze r o seu serviço; e nenhum dos da casa estava ali. E ela lhe pegou pela sua veste, dizend o: De ita-te comigo. E ele deixou a sua veste na mão dela, efu g iu , e saiu para fora. E aconteceu que, vendo ela que deixara a sua veste em sua mão efug ira para fora, chamou os homens de sua casa e falo u-lh es, dizendo : Vede, trou xe-nos o varão hebreu para escarnecer de nós; entrou até mim para deitar-se comigo, e eu gritei com grande voz. E aconteceu que, ouvindo ele que eu levantava a min ha vo z e gritava, deixou a sua veste comigo, e fugiu, e saiu para fora. E ela pô s a sua veste perto de si, até que o seu senhor veio à sua casa. Então, fa lou-lh e conforme as mesmas palavras, dizendo: Veio a mim o servo hebreu, que nos trouxeste para escarnecer de mim. E aconteceu que, levantando eu a minh a vo z e gritando, ele deixo u a sua veste comigo e fu g iu para fora. Gênesis 39.6-18
Há testes e testes, e, para um jovem saudável com seus vinte e poucos anos, esse teste era dureza. José estava prestes a ser tentado na área da pureza sexual. Ele era jovem, bonito, atlético e estava no auge de sua sexualidade. Provavelmente malhava seis vezes por semana: três dias de exercícios aeróbicos e três dias de musculação. Esse jovem he breu era “supersarado” mesmo sem tomar esteroides. Como dissemos, José estava prosperando, e todos podiam notar isso. Então a bela esposa de Potifar ficou “caidinha” por ele. Não sabe mos muito sobre essa mulher, mas podemos fazer algumas deduções: era uma mulher pagã muito rica, mimada e paparicada, sem n enhum padrão moral. Q uando viu José, decidiu que queria dorm ir com ele. A vida o havia favorecido. Ele gozava de todos os frutos do su cesso. Achava que seus piores dias haviam ficado para trás. Então essa mulher apareceu. E ela não era uma mulher qualquer, mas a esposa do seu senhor! Não sabemos o seu nome, porém gosto de chamá-la de Predadora — uma m ulher que estava prestes a arruinar a vida de José. Por que José se encontrava nessas circunstâncias? C omo ele foi meter-se numa situação tão difícil? Deus queria provar a determinação e a obediência de José colocando-o em contato com essa mulher oferecida. E ela não aceitava não como resposta. Logo, continuou assediando José dia após dia, na esperança de seduzi-lo a romper com a sua inte
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Por isso, lemos em 1 Tim óteo 4.16 ( n v í ) : A tente bem para a sua pró pria vida e para a doutrina. Precisamos atentar bem para a nossa maneira de viver e para as convicções que temos sobre Deus e Sua Palavra. Estou tocando nesse assunto por uma razão: as convicções que José tinha sobre Deus determinaram a maneira com o ele reagiu à ten tação sexual. Seu comportamento não estava separado das suas con vicções; pelo contrário, estava ligado a elas e foi uma conseqüência das mesmas. José sabia que Deus era soberano, mas também acreditava que ele era responsável diante do Senhor p or suas escolhas. José atentava bem para a sua própria vida e para a doutrin a — ambas eram mais im por tantes para ele do que o seu sucesso. Sim, José sabia que Deus estava no controle. Ele tinha plena cons ciência de que o Senhor comandava sua vida, mas também sabia que ele próprio era responsável por andar cuidadosa e prudentemente na vereda em que o Senhor o havia colocado. Existe um equilíbrio bíbli co que devemos manter sempre diante de nós: Deus é soberano, mas nós somos responsáveis. José havia alcançado esse equilíbrio. Quando aquela mulher egíp cia, pagã e rica tentou seduzi-lo, ele já tinha sua reação preparada. Pre cisava decidir o que fazer quanto à esposa de Potifar. Ele dormiria ou não com ela? E José precisava tomar essa decisão todos os dias porque ela tentava seduzi-lo todos os dias. Ele não foi provado apenas uma vez, porém o era diariamente — ela nunca o deixava em paz. N ão é preciso muita imaginação para concluir que ela deve ter usado todos os truques femininos possíveis e imagináveis na tentativa de fazê-lo ceder. A ênfase deste livro tem sido o fato de que Deus é soberano e de que todas as coisas estão sob o Seu cuidado e o Seu plano providen ciais. Ele está no controle! Essa é a mensagem central. Todavia, esse princípio fundamental não nega o fato de que o homem é responsável por suas escolhas e decisões! Tal verdade está presente na resposta primorosa de José ao convite daquela mulher ímpia: Como, pois, posso eu cometer este grande
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José não hesitou nem racionalizou. Ele não minimizou ou subes timou a seriedade da tentação — e foi por isso que saiu correndo, não andando, daquela nuvem de perfum e e daquele aposento! Ele cham ou o convite dela de grande mal. Isso era absolutamente claro para José. Ele não podia nem iria trair o seu Deus soberano. Contudo, José era humano, 100% hom em , e isso não deve ter sido fácil. Deus colocou a Predadora no caminho de José para provar o coração e a determinação desse jovem. Enquanto dia após dia a mu lher desavergonhada jogava seu charme para cima de José, Deus estava provando o caráter, a pureza e a fidelidade do Seu servo. U m dia, a Predadora pensou ter armado uma cilada perfeita. Não havia mais ninguém em casa, e, quando José apareceu, ela o agarrou, puxando-o para a sua cama. Mas, em vez de aceitar sua proposta sexual, ele literalmente correu do quarto. Para a Predadora, aquela fora a última gota. Você já ouviu o velho ditado “Hell hath no fury like a woman scorned” [A fúria do inferno não pode ser comparada à de uma mulher desprezada]? Sentindo-se desprezada pelas inúmeras negativas de José, a Predadora decidiu vingar-se. E aconteceu que, ouvindo o seu senhor as palavras de sua mulher, que lhe falava, dizendo: Conforme estas mesmas palavras m e fe z teu servo, a sua ira se acendeu. E o senhor de José o tomou e o entregou na casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam presos; assim, esteve ali na casa do cárcere. Gênesis 39.19,20
S e m d i r e it o a l ib e r d a d e c o n d i c io n a l
N o m om ento seguinte, José estava sendo algemado e levado para o calabouço. Por que ele havia sido preso? O que tinha feito de errado? Nada. Agira da forma correta! E agora José estava pagando por isso porque uma mulher iníqua havia mentido. Ela cometera perjúrio só para arruinar a vida de José. Como não pôde roubar-lhe a pureza, a esposa de Potifar fez questão de que José fosse punido. Thomas Watson, um pregador londrino do século 17, disse:
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mulher era exatamente isso. Por causa da sua acusação mentirosa e vingativa, a carreira bem-sucedida de José como executivo da prop rie dade de Potifar havia chegado ao fim. Agora ele estava na cadeia. Para José, fora um retrocesso doloroso, uma providência contra ditória. Ele havia agido retamente e agora sofreria as conseqüências. José acabara de perder tudo o que havia trabalhado tão duro para conquistar. Sua posição, seus privilégios e seu poder na propriedade de Potifar desapareceram como uma nuvem de fumaça. Isso não era um retrocesso qualquer. Era um retrocesso doloroso. Todavia, Deus está no controle de retrocessos dolorosos e muitas vezes trabalha de modo estranho. Além disso, havia um a razão para o retrocesso.
Aliás, isso fazia parte de uma brilhante estratégia divina. Porém, na quele momento, sentado no chão úmido de um calabouço escuro e fedorento, José não conseguia enxergar nada disso. O S E N H O R , porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade, e deu-lhe graça aos olhos do carcereiro-mor. E o carcereiro-mor entregou na mão de José todos os presos que estavam na casa do cárcere; e ele fa zia tudo o que se fa zia ali. E o carcereiro-mor não teve cuidado de nenh um a coisa que estava na mão dele, porquanto o S E N H O R estava com ele; e tudo o que ele fa z ia o S E N H O R prosperava. G ê n e s i s 3 9 . 2 1 - 23
Repare como aquela frase transformadora aparece novamente: O Senhor, porém, estava com José. Nós vimos essa frase pela primeira vez quando o filho seqüestrado de Jacó foi comprado por Potifar; agora ela aparece de novo. Você alguma vez sofreu um retrocesso doloroso? Isso pode não parecer verdade, mas o Senhor está com você. Será que Ele está plane ja ndo algo que você não consegue ver? In t
e r r o mp e mo s e s t e p r o g r a ma
...
Gostaria de interromper esta análise da batalha de José contra a tenta
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às vezes podem ser experimentados no âmbito profissional. Também podem ser de natureza financeira, emocional ou física. Ravi Zacharias, em um momento crítico de sua vida, sofreu um doloroso retrocesso profissional. Ele é um evangelista e apologista que tem sido usado pelo Senhor no mundo inteiro. Mas, quando era jo vem, estava confuso quanto ao rumo que sua vida deveria tomar. En tão um dia teve a certeza de que havia encontrado sua vocação. Ele decidira tornar-se um piloto da aeronáutica em seu país de origem, a índia. Junto com u m amigo, Ravi viajou até a distante base militar onde teria de passar pelos testes extenuantes requeridos para admissão no programa de pilotos. Centenas de jovens competiam por um punhado de vagas. Em seu livro Walkingfrom East to West [Andando do Leste para o Oeste], Ravi contou: Depois de uma bateria completa de testes mentais, físicos e de resistência, fiquei radiante de alegria ao saber que, das centenas de candidatos, eu havia ficado em terceiro lugar, e meu amigo em quarto. Os oficiais responsáveis pelos testes pareciam impressio nados. Eles sabiam que eu possuía uma excelente resistência física p o r haver praticado m uitos esp ortes. N aquela noite, lig uei para a m inha fa m ília excitado e disse: “E u vou conseguir. Preciso apenas passar por uma entrevista com o oficial superior am anhã” . N a m anhã se guin te , sente i-m e confiante dia nte do oficial supe rior — um ho m em rude e gordo — , pronto para entrar em ação. Depois de fazer várias perguntas sobre meus valores, esperanças e sonhos, ele me surpreendeu com uma declaração direta: “Filho, estou rejeitando vo cê” — disse ele bruscam ente. “ O quê?”, pensei emudecido. “Você está sendo rejeitado pela aero ná utica” — repetiu ele. Fiquei sem saber o q ue dizer. N ão podia acreditar no que estava ouvind o. Antes qu e eu pedisse um a expli cação, ele disse: “Neste trabalho você precisa matar, e psicologica
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trem end am ente abalado. Ao ver as lágrimas brotarem em meus olhos, ele acrescentou: “Estou lhe fazendo um favor, meu jovem. Pode acreditar”. Quando saltei do trem em Deli, um grupo de familiares e ami gos me aguardava com guirlandas de flores. Aquele foi um dos pio re s dias da m inha vida. S enti-m e absolutam ente hum ilhado! Fiquei muito conflitado; mas, no fundo, o que eu precisava era enco ntrar um a razão para acreditar que o que m e acon tecera não fora simplesmente uma derrota. Eu perguntava a mim mesmo: “Será que D eus está bloq uea nd o meus passos?” Fiquei pensan do nisso p o r vários dias. Finalm ente alguém suge riu que eu fosse conversar co m um m issionário canadense q ue es tava hospedad o na Jo cu m en qu anto visitava nossa cidade. O no m e dele era Russell Self. Quando nos encontramos, derramei meu coração e contei-lhe sobre a minha decepção. O Sr. Self ficou sentado m e ouv indo, balançand o a cabeça. E n tão m urm urei com igo mesmo: “Ele deve estar pe nsan do :‘Esse jo vem está desperdiçando o m eu tem p o” ’. Mas, para m inha surpresa, ele m e respon deu co m u m conselho sábio: “As vezes ficamos tão confiantes em nós mesmos — disse ele — que não sabemos qu e existem m uitas portas pelas quais não deveríamos entrar. D eus n ão apenas abre portas; Ele tam bé m as fecha. E p o r vezes o faz de m a neira bastante dolorosa”. “Esta deve ser uma dessas ocasiões”, pensei comigo. Mas essa descoberta não aliviou minha dor. “O que m uitas vezes deixamos de enxe rgar” — acrescentou ele — “ é que algumas dessas portas fechadas re vela m as pistas mais im po rtantes sobre aonde o Se nho r qu er nos levar” . Que pista Deus queria me dar?
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Ele disse:“Lembre-se do que a Bíblia nos ensina no Salmo 37.23: Os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor, e ele deleita-se no seu caminho. Deus tem tud o sob controle, Ra vi. A cho que é isso
que vo cê precisa apre nd er co m essa situação” . E ntão ele abriu sua Bíblia, inclinou-se em minha direção e leu: Entrega o teu caminho
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Ravi queria pilotar aviões. O Senhor queria que ele alcançasse milhões de pessoas pela pregação e pela escrita. Quando Ravi era jo vem, não fazia a men or ideia de que esse era o plano de Deus. A única coisa que sabia era que havia sofrido um retrocesso doloroso. P er
pl ex o n a p r is ã o
O Senhor estivera com José na casa de Potifar e agora estava com ele na prisão. E tem mais: o Senhor prosperou José e deu-lhe graça aos olhos do carcereiro. Em pouco tempo, José havia se tornado respon sável pela prisão inteira. José amava o sucesso que havia experimentado no palácio de Potifar. Ele aprendera diversas coisas à medida que Potifar lhe dele gara cada vez mais responsabilidade. José descobrira talentos que não sabia que tinha. A mansão de Potifar era imensa, por isso José teve de aprender a fazer orçamentos, planilhas, inventários e a administrar os recursos humanos. Depois de algum tempo, ele havia aprendido tudo que podia ser aprendido naquela posição. José não sabia disso, mas já havia extraído todas as lições possíveis daquela situação. José gostava de sua posição e de seus privilégios, mas não podia continuar ali, pois Deus queria que ele aprendesse outras coisas. E onde ele as aprenderia? Na prisão do faraó! Em pouquíssimo tempo, José estava dirigindo a prisão, assim como havia dirigido a grande propriedade de Potifar. Aquela era mais uma etapa da sua preparação. E é justamente nisso que consistem os retrocessos dolorosos: Deus interrompe nossos planos, esperanças e sonhos para cumprir o Seu plano em nossa vida. As vezes uma prova severa nos deixa estonteados e cegos. Se não tivermos cuidado, o choque e a desorientação causados por essa perda nos levarão à depressão e até ao desespero. Um dos melhores amigos de Winston Churchill era um físico brilhante e excêntrico, o professor universitário F. A. Lindem ann. O professor era um gênio, e nada comprova melhor sua maneira peculiar de encarar a vida do que algo que ele fez durante a Primeira Guerra
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Mesmo quando faz você voltar à estaca zero, Deus está no controle de retrocessos.
Em 1916, pilotos da Força Aérea Real inglesa estavam morrendo todos os dias ao mergulharem seus aviões. Então, no centro de pesq uisa aeronáutica R oyal A ircraft Establish men t em Farnborough, Lindem ann desenvolveu, com precisão m atemática, uma m anobra que, segundo ele, tiraria qualquer aeronave do parafuso. Os pilotos afirmaram que sua ideia não funcionaria. Então o pro fessor aprendeu a pilota r, decolo u n u m voo sem para quedas, colocou o avião em parafuso deliberadamente e o tirou do para fuso com tanto sucesso que, a partir de então, passou a requerer-se que todos os pilotos iniciantes dominassem a manobra criada por ele.
(M
a n c h e s t e r ,
1983, p. 781 )33
Uma luta inesperada que assola nossa vida pode levar-nos a mer gulhar em parafuso no abismo devastador da depressão. Embora pre firamos acreditar que conseguiríamos sair desse parafuso, às vezes a pressão das circunstâncias é maior do que podemos suportar. A solu ção, porém , não se encontra num a fórmula matemática, mas sim numa fórmula bíblica. Saindo
do pa r a f u s o
N o Salmo 119.68a é apresentada uma verdade transformadora: Tu [Deus] és bom e abençoador. Quando somos cegados po r uma reversão surpreendente em nos sas circunstâncias favoráveis, perdemos imediatamente o equilíbrio e a estabilidade. Perdemos o controle e caímos em parafuso no despenhadeiro da depressão. Nesses momentos, é preciso acionar a cordinha do paraquedas, a qual revela a verdade em meio ao caos. Assim que a vida com a qual está acostumado e na qual se sen te confortável desmorona, a que você tenta agarrar-se? Você precisa agarrar-se à verdade.Talvez tenha sido ferido ou acusado injustamente, ou talvez as lutas o tenham deixado atônito. Qual é a sua âncora em
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Nossa primeira reação ao sofrermos uma perda é questionarm os a benignidade de Deus.Todos nós já fizemos isso. Mas posso ser sincero? Precisamos amadurecer na fé. Precisamos superar nossas feridas e de cepções e ancorar nossa vida e nossas emoções na verdade de Deus. E essa verdade é bem simples: Deus é bom, faz o bem , e está no controle de tudo. Talvez eu não consiga enxergar, sentir, entender ou apreciar essa verdade. Contudo, de uma coisa estou certo: Deus é bom . E, se Aquele que controla todas as coisas permitiu que eu sofresse esse retrocesso doloroso, então Ele m e mostrará a Sua benignidade de alguma manei ra que não consigo enxergar neste momento. Quando D
eus s eq ü es t r a
Voltemos a Martinho Lutero. Aliás, antes de voltarmos a Lutero, vol temos a Johannes Gutenberg, o brilhante inventor da prensa móvel, que morreu amargurado. Permita-me mostrar como Deus usou um retrocesso doloroso na vida de Lutero para que seu caminho se cru zasse com a invenção de Gutenberg.Trata-se de uma situação tão im provável que só Deus poderia tê-la planejado. Quando Lutero, um padre católico, enfrentou a Igreja Católica Romana em 1517 porque ela havia se afastado radicalmente dos ensi namentos bíblicos, ele se tornou um homem marcado. Sua vida passou a correr grande perigo. Enquanto viajava para Worms, na Alemanha, para se defender diante do imperador, sua expectativa era de que seria queimado vivo. Essa era a punição corriqueira para aqueles que desa fiavam a autoridade da Igreja. Lutero se recusou a retratar-se diante do imperador. Então rece beu um dia para reconsiderar sua decisão. Q uando ele se apresentou novamente diante do imperador, perguntaram-lhe diretamente se re nunciaria aos ensinamentos de seu livro. Sua resposta se tornou um clássico: A não
r que alguém m
pelo testem unh
d s Escritu
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Mesmo quando taz você voltar à estaca zero, Deus está no controle de retrocessos.
não creio na infalibilidade do Papa, nem dos concílios, porque é manifesto que frequentemente se têm equivocado e contradito). Fui vencido pelos argum entos bíblicos que acabo de citar e m inha consciência está cativa à Palavra de Deus. Não posso e não quero revogar, porque é perigoso e não é certo agir contra sua própria consciência. Q ue Deu s m e ajude. Am ém.
(V e
it h
,
2005, p. 70)34
O caos se instalou imediatamente. Lutero foi levado para fora do prédio, enquanto se ouviam gritos demandando que ele fosse lançado à fogueira. Alguns dos presentes ouviram Lutero murmurar: “Estou perdid o” (Ve it h , 2005, p. 71)35. Embora houvessem lhe prometido que ele poderia voltar a Wittenberg em segurança, Lutero foi intimado a retornar a Worms em três semanas. Enquanto viajava de volta para casa numa carruagem com alguns amigos, seu grupo foi repentinamente atacado por homens armados. Lutero não sabia ao certo se os agressores eram soldados do imperador ou do papa, mas sabia que a intenção deles era feri-lo. An tes de ser seqüestrado, ele conseguiu pegar seu Novo Testamento em grego e sua Bíblia em hebraico. Então foi levado por seus captores para um destino desconhecido. Sem dúvida, naquele momento Lutero pensou apenas no pior. Tratava-se de um retrocesso doloroso. Ele pensava que teria pelo menos três semanas para colocar sua vida em ordem. Mas agora o fim parecia estar próxim o. Era uma amarga decepção, uma providência contraditória. Por que Deus permitira que ele fosse seqüestrado no pio r m omento possível? Entretanto, naquela noite, quando chegaram a um castelo remoto, Lutero descobriu que seus captores haviam sido enviados por seu bom amigo Friedrich der Weise [Frederico, o Sábio], mem bro do colégio eleitoral da Saxônia. Ele pensara que o seqüestro significava o fim da sua vida. Porém, na verdade, Lutero havia sido seqüestrado por seu amigo para que sua vida fosse salva. N o castelo, ele trocou o hábito de monge por vestimentas de ca
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grato por sua vida ter sido poupada; contudo, sentia-se muito solitário no castelo. Estava longe de seus amigos e alunos. Durante vários meses ele ressentiu sua permanência naquele lugar, embora soubesse que era a única solução segura. Então Lutero teve uma ideia. Por que não usar todo aquele tem po livre para traduzir a Bíblia para o alemão? Se as pessoas pudessem ler suas próprias Bíblias, as coisas seriam diferentes! Até aquele mo mento somente os padres podiam lê-la, já que estava escrita em latim. Mas, se ele conseguisse traduzi-la para a linguagem comum do povo, este poderia gravar a Palavra de Deus em seu coração. E foi exatamente isso que Lutero fez. A Bíblia que ele traduziu para o alemão abalou toda a Europa e continua sendo a tradução con sagrada da Bíblia em alemão (Ve it h , 2005, p. 77)36. O tempo que Lutero passou no Castelo de Wartburg transformou a vida dos milhões de pessoas que leram sua tradução das Escrituras ao longo dos séculos. Ele pensou que morreria pelo fogo, mas a intenção do Senhor era que Lutero incendiasse toda a Europa com o poder da Palavra. Essa é a beleza das providências contraditórias de Deus. E existe outra preciosidade nessa história. As prensas móveis de Gutenberg, que na época de Lutero existiam em toda a Alemanha, começaram a publicar milhares e milhares de exemplares da Bíblia traduzida po r ele. Uma coisa era Lutero traduzir a Bíblia, outra era sua tradução ser impressa e distribuída a milhares de pessoas. Cem anos antes, isso não poderia ter acontecido. No entanto, a providência de Deus estava trabalhando tanto na vida de Gutenberg como na de Lutero. E a Palavra foi difundida, dando origem à Reforma. Quando somos abalados por uma providência contraditória, que não faz sentido algum para nós, precisamos dar um passo atrás, deixar nossa pulsação galopante se acalmar por um mom ento, e lembrar que o Senhor está trabalhando (de algum modo) em nosso favor. N o momento em que Lutero foi seqüestrado, tudo o que ele po dia enxergar era um retrocesso doloroso. Não lhe passava pela cabeça que Deus transformaria aquela situação para promover um extraordi
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Mesmo quando faz você voltar à estaca zero, Deus está no controle de retrocessos.
0 QUE NÃO ACONTECEU
José deve ter entrado em choque durante sua primeira noite no cala bouço egípcio.Tudo o que havia conquistado acabara de lhe ser tirado. N o seu entender, ele jamais teria outra oportunidade. N ão podia en xergar nenhuma esperança para o seu futuro. Sua reputação havia sido aniquilada por uma mulher extremamente poderosa e influente. Do ponto de vista de José, ele não tinha nenhum futuro no Egito. Imagine que o Senhor tivesse sentido pena desse jovem sofrido e desapontado. Imagine que Ele tivesse visitado aquele calabouço à meia-noite e sussurrado as seguintes palavras ao ouvido de José: “José, escute bem. Eu sei que você está sofrendo e também sei que não pode compreender o porquê de tudo isso estar lhe aconte cendo. Sei que essa situação deve estar sendo devastadora para você. Por isso, decidi fazer algo que não costumo fazer. Decidi lhe contar o motivo por que o coloquei aqui. Está pronto? Bem, é o seguinte: Dentro de pouco tempo, você dirigirá esta prisão. Eu lhe darei graça aos olhos do carcereiro, e ele entregará tudo em suas mãos, exa tamente como Potifar.Você aprenderá coisas aqui que não poderia ter aprendido na casa do oficial. Por isso coloquei você aqui. Dentro de algum tempo, dois dos oficiais do faraó serão presos. Eles terão sonhos distintos, e você interpretará o sonho de cada um deles. Um dos ofi ciais viverá, e o outro morrerá, exatamente conforme a sua interpreta ção. Q uando um deles voltar a trabalhar para o faraó, você pedirá a ele que não se esqueça de você, mas ele se esquecerá. Eu o farei esquecer, e você permanecerá aqui por mais dois anos. Está me acompanhando, José? Ao fmal desse período, darei um sonho ao faraó que o deixará apavorado. Ele chamará todos os seus magos e conselheiros, mas nenhum deles será capaz de interpretá-lo. Então farei o copeiro se lembrar de você. Ele falará de você ao faraó e lhe contará sobre os sonhos que você interpretou. O faraó mandará chamá-lo, você se apresentará diante dele e anunciará que eu enviarei sete anos de prosperidade seguidos de sete anos de fome.Você o acon selhará a escolher um homem sábio para administrar o Egito durante
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à fome. Ele apontará você para a tarefa, transformando-o no segundo homem mais poderoso do mundo. Depois disso, José, trarei seu pai e seus irmãos ao Egito, e você estará perto deles novamente.Você e seus irmãos formarão as 12 tribos de Israel, e por intermédio da sua família trarei meu Filho ao mundo. Ele nascerá de uma virgem e dará a Sua vida pela redenção de muitos. Por isso você está aqui. Entendeu?” José responderia: “Sério? Isso é incrível! Quanto tempo disse que terei de ficar aqui?” “Dois anos.” “E enquanto isso o Senhor cuidará de mim e proverá todas as minhas necessidades neste lugar?” “Isso mesmo.” “Então está bem . Estou dentro.” Não foi isso que aconteceu. N a verdade, José não fazia a menor ideia do plano que Deus tinha para ele. Porém, nós não andamos por vista, mas sim pela fé. Quando so fremos um retrocesso doloroso, Deus não nos dá explicações deta lhadas da situação nem de como pretende consertá-la. Ele pede que confiemos nele, crendo que Ele é bom e que fará o bem ainda que não consigamos enxergar as evidências disso no momento. E esse o propósito dos retrocessos dolorosos. Por isso, não perma neceremos neles por muito tempo.
C a p ít u l o 6
M e s m o q u a n d o a e s p e ra n ç a é in te r c e p ta d a , D e u s e s tá n o c o n tr o le d e e s p e ra n ç a s d e s p e d a ç a d a s A esperança é a pilastra que sustenta o mundo. — C ai o P l ín i o S eg u n d o
Howard Head era um atleta sofrível que transformou radicalmente dois esportes: o esqui e o tênis. Tudo isso aconteceu por causa da sua esperança frustrada de tornar-se um bom atleta. Desde pequeno, Howard queria ser um bom esquiador. Mas, por causa da sua falta de habilidade atlética, quase sempre que tentava encarar um declive ele quebrava os esquis de madeira. Mesmo assim, manteve a esperança de um dia tornar-se um esquiador habilidoso. O fato de essa esperança algumas vezes ter quase se esvaído não impediu Howard de tentar algo que naquele momento pareceu uma loucura. Quanto mais ele pensava no assunto, mais se convencia de que seu problema com o esporte não era sua falta de habilidade como esquiador, mas sim os esquis! Então, em 1941, Howard Head, um en genheiro brilhante, pegou os seis mil dólares que havia ganhado no pôquer e devotou toda a sua energia à construção de esquis feitos de
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Mesmo quando a esperança é interceptada, Deus está no controle de esperanças.
Seus amigos pensavam que ele havia enlouquecido. Todos sabiam que os melhores esquis eram feitos de nogueira. Sem se deixar inti midar, Howard investiu vários anos de sua vida desenvolvendo um es qui que combinava diversos materiais e era virtualmente inquebrável. Com isso, o mundo do esqui foi transformado para sempre. Head Skis se tornou a companhia mais poderosa no ramo. Por fim, Howard Head vendeu sua companhia e ficou multimi lionário. Nesse meio tempo, também realizou seu sonho de tornar-se um bom esquiador. Rico e aposentado, construiu uma quadra de tênis em seu quintal e gastou cinco mil dólares em aulas. Porém, mais uma vez, sua falta de habilidade atlética parecia bloquear-lhe o caminho. Para que pudesse praticar sozinho, ele adquiriu uma máquina arremessadora de bolas de tênis da marca Prince, mas ficou logo con vencido de que esta podia ser aprimorada. Então Howard comprou a companhia que a fabricava e passou alguns meses aperfeiçoando a máquina. Em um curto período de tempo, sua versão aperfeiçoada conquistara 50% do mercado (La n d r u m , 1993, p. 161)38. Todavia, ele continuava sendo um jogador de tênis medíocre. En tão lhe ocorreu que seu problema talvez fosse a raquete. Ele deveria aumentar seu tamanho. Mais uma vez, seus amigos pensaram que ele havia enlouquecido — raquetes maiores eram contra as regras do tênis. Howard Head investigou os manuais oficiais de tênis e descobriu que não havia nenhuma regra especificando o tamanho da raquete. Segundo as normas, era permitido jogar tênis até com uma máquina de waffles se quisesse. Então ele desenvolveu uma raquete cinco cen tímetros mais larga e sete centímetros e meio mais comprida que as habituais. Assim que com eçou a usar a própria raquete, Howard ficou impressionado com a melhora em seu desempenho. Depois de inúmeras tentativas e erros e extensivos testes em labo ratório, Howard finalmente obteve resultados que comprovavam que a área de contato ideal da sua raquete era 20% maior do que a de uma raquete comum. A raquete Prince se tornou o padrão ouro no tênis, e em 1982 Howard Head vendeu a Prince Tennis por 62 milhões de
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de tênis a menos que aperfeiçoasse o equipam ento, foi exatamente isso que ele fez. E todos se beneficiaram. Entretanto, a maioria das pessoas perde a esperança com relação a assuntos significativamente mais importantes — e mais próximos do coração — do que o esqui ou o tênis. Qual é a importância da esperança? Sabemos que o homem pode viver sem água por apenas alguns dias e sem comida por algumas se manas. No entanto, nada mata mais rápido o coração do que a falta de esperança. Quando a esperança morre, a vida acaba. J
o g a n d o o j o g o d a v i d a
José não estava preocupado em jog ar tênis. Ele estava preocupado com o curso de sua vida. Embora estivesse a apenas dois anos de uma gran de realização, esse jovem precisava travar uma batalha primeiro. Tinha de lutar contra as esperanças despedaçadas. Com a sabedoria que Deus lhe deu, Salomão descreveu bem os efeitos de uma esperança frustrada: A esperança demorada enfraquece o coração, mas o desejo chegado é árvore de vida (Pv 13.12). E um excelente resumo. Quando nos enchemos de esperança de que nosso sonho está prestes a realizar-se e de repente tudo vai por água abaixo, nosso co ração desfalece. Não existe dor mais profunda do que o sofrimento emocional. E todos nós já passamos por isso. A esperança despedaçada é como um chute no estômago. Q ua n do uma grande esperança é frustrada, a vida pode tornar-se um infer no na terra. Esperanças destroçadas muitas vezes andam lado a lado com a de cepção e o desgosto. Perdemos a esperança quando somos esmagados e surrados pelas decepções e tristezas da vida. Você já passou p or isso, e eu também. Andei uma milha com o prazer, Conversamos por todo o caminho, Mas nenhuma de suas palavras
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Mesmo quando a esperança é interceptada, Deus está no controle de esperanças.
Andei uma milha com o sofrimento Ele não disse uma palavra, Mas ó quanto pude aprender, Quando tive o sofrimento ao meu lado.
Garth Brooks não é um teólogo, mas alguns anos atrás compôs uma música de teor bastante teológico. O título é simplesmente Some o f G od ’s Greatest G ijtsA re Unanswered Prayers [Orações não respondidas às vezes são os melhores presentes de Deus]. Vemos um emprego que queremos, alguém com quem gostarí amos de casar ou um sonho para nossa vida e começamos a orar. E algumas vezes Deus diz não. Orações não respondidas frequentem ente resultam em esperanças estilhaçadas. A música de Garth Brooks conta a história de um homem que vai a uma reunião com os antigos colegas do ensino médio acompa nhado da esposa. Ali ele encontra a garota por quem era apaixonado no colégio, a jovem com quem queria tão desesperadamente se casar. Sua oração não fora respondida na época, deixando seu coração par tido. Mas agora ele está de mãos dadas com a resposta àquela oração. Orações não respondidas muitas vezes são os melhores presentes de Deus. Porém, como vimos, quase sempre só conseguimos compre ender isso muitos anos depois, quando olhamos para nossa vida em retrospectiva. Deus está no controle das orações não respondidas e das esperan ças despedaçadas. Sua providência dirige nossa vida, realizando aquilo que é melhor para nós. Neste exato momento, Deus está tecendo sua vida para a glória e a honra do Seu nome. Ele sabe exatamente o que está fazendo, mesmo quando nossa esperança é despedaçada. Esperanças estilhaçadas são uma das ferramentas na oficina do Senhor. “Se é verdade que a oficina da providência não contém ape nas ferramentas de todos os tipos e tamanhos, mas também a mão habilidosa que as manuseia, não poderíamos dizer que tais ferramentas seriam tão incapazes de produzir seus efeitos por si mesmas quanto um machado, uma serra ou um formão seriam incapazes de entalhar
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uma tora de madeira e transformá-la em uma bela figura sem as mãos de um habilidoso artesão?” (Fl a v e l , 1678, p. 32)39 Quem além de Deus poderia usar esperanças destroçadas como uma ferramenta providencial para realizar o que Ele tem de melhor para nós? O Senhor é o maior dos artesãos. Isso pode ser visto com clareza na história de José. Nós o havía mos deixado na prisão. Como você se lembra, ele não tinha sido co locado lá por ter feito algo errado. Estava lá porque seguira o Senhor. Como resultado disso, fora acusado falsamente. Contudo, pela benignidade e pelo favor de Deus, José logo se tornou responsável por toda a prisão. O Senhor fez com que ele cha masse a atenção do carcereiro, por isso foi encarregado de administrar um “departamento” de tremenda importância. Em bora Deus tivesse sido gracioso ao conceder a José a respon sabilidade de dirigir a prisão, essa não era uma tarefa que ele teria ambicionado fazer. José não queria sequer estar ali.Você ia querer? É claro que não. Duas coisas acontecerão nos próximos dois capítulos da vida de José: ele se encherá de esperança, e sua esperança será despedaçada. Parecem capítulos a serem evitados a qualquer custo, mas são parte do plano. 0 COPEIRO E 0 PA DEIRO E aconteceu, depois destas coisas, que pecaram o copeiro do rei do Egito e o padeiro contra o seu senhor, o rei do Egito. E indignou-se Faraó muito contra os seus dois eunucos, contra o copeiro-mor e contra o padeiro-mor. E entregou-os à prisão, na casa do capitão da guarda, na casa do cárcere, no lugar onde José estava preso. E o capitão da guarda pô-los a cargo de José, para que os servisse; e estiveram muitos dias na prisão. E ambos sonharam um sonho, cada um seu sonho na mesma noite; cada um conforme a interpretação do seu sonho, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que estavam presos na casa do cárcere. E veio José a eles pela manhã e olhou para eles, e eis que estavam turbados. Então, perguntou aos eunucos de Faraó, que com ele estavam no cárcere da casa de seu senhor, dizendo:
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sonhado um sonho, e ninguém há que o interprete. E José disse-lhes: N ão são de Deus as interpretações? Contai-mo, peço-vos. Então, contou o copeiro-mor o seu sonho a José e disse-lhe: Eis que em meu sonho havia uma vide diante da min ha face. E , na vide, três sarm en tos, e ela estava como que brotando; a sua fl o r saia, e os seus cachos ama dureciam em uvas. E o copo de Faraó estava na m inha mão; e eu tomava as uvas, e as espremia no copo de Faraó, e dava o copo na mão de Faraó. Então, disse-lhe José: Esta é a sua interpretação: os três sarmentos são três dias; dentro ainda de três dias, Faraó levantará a tua cabeça e te res taurará ao teu estado, e darás o copo de Faraó na sua mão, conforme o costume antigo, quando eras seu copeiro. Porém lembra-te de mim, quando te fo r bem; e rogo-te que uses comigo de compaixão, e que faça s menção de m im a Faraó, e fa ze -m e sair desta casa; porque, de fato , f u i roubado da terra dos hebreus; e tampouco aqu i nada tenho feito, para que me pusessem nesta cova.
Gênesis 40.1-15
Vamos colocar-nos no lugar de José por um instante. Ele estava preso, tendo sido falsamente acusado de ser u m predador sexual. Estava desesperado para sair daquele lugar, mas fora promovido ao cargo de “assistente executivo” do carcereiro. José tinha um escritório espaçoso, alguém que sempre lhe trazia um cafezinho assim que ele chegava de manhã, e ainda uma secretária que o ajudava a administrar a prisão. Então, um dia, dois oficiais do faraó foram encarcerados. Ambos haviam feito algo que o deixara furioso. Não eram presos insignifi cantes. Pelo contrário, eram pessoas estratégicas na administração do Egito. Todo chefe de Estado ocasionalmente organiza banquetes para os dignitários que o visitam — às vezes esses banquetes acontecem quatro a cinco vezes por semana. Era aí que o padeiro entrava em ação. Esse sujeito não estava confeccionando sonhos na padaria da esquina. Ele era como um chef de fama internacional, responsável pela pro du ção de iguarias finíssimas para os convidados do faraó. Se o padeiro-
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O copeiro-m or era mais importante ainda. Era um homem de in teira confiança do faraó, que, antes de oferecer-lhe vinho, provava a bebida. Quando o copeiro tomava um gole de vinho, todos prendiam a respiração por um minuto, esperando para ver se ele cairia morto. O fato de ele não cair morto significava que o vinho era seguro, e que os “paramédicos” podiam voltar a “assistir ao jo go”. O copeiro-mor prote gia o faraó do envenenamento, arriscando a própria vida a cada refeição. Ele era um oficial digno de confiança, um valioso membro da corte. Então, um dia, esses oficiais foram lançados na prisão que estava sob o comando de José. Este procurou conhecer bem os dois, e, com o passar do tempo, certo grau de relacionamento foi desenvolvido entre eles. Os homens já estavam sob a responsabilidade de José no cárcere havia algum tempo, quando algo extraordinário ocorreu. Na mesma noite, ambos tiveram sonhos que os deixaram bastante confusos e de primidos. Quando José noto u o semblante ansioso deles na manhã seguinte, perguntou o que tinha acontecido. Os oficiais taciturnos responderam que haviam tido sonhos per turbadores durante a noite. José pediu a eles que os contassem. Ambos não conseguiam entender o que significavam, mas, como José lhes declarou, Deus poderia dar uma interpretação clara a respeito. Q uando o copeiro e o padeiro contaram tud o a José, o Senhor imediatamente deu a este uma interpretação clara e exata. A mensa gem para o copeiro era que em três dias ele seria restaurado à sua po sição e voltaria a servir ao faraó. A mensagem para o padeiro era que em três dias ele seria enforcado. N o terceiro dia, tudo aconteceu conform e a interpretação que o Senhor dera a José. Por isso, quando o faraó m andou chamar o copeiro de volta ao trabalho, José se encheu de esperança. Em algum mo m ento de sua sentença de duração indeterm inada, José com certeza deve ter se perguntado se algum dia conseguiria sair daquela prisão. Ele não podia chamar a ACLU [American Civil Liberties Union — Un ião Americana pelas Liberdades Civis] nem contratar um advogado. N ão estava nos Estados U nidos mas no Egito.Talvez ele tivesse de ficar naquela prisão
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Mas e agora? Agora José conhecia alguém da corte! O homem responsável pela vida e pelo bem-estar do faraó era seu amigo. José havia lhe feito um favor, encorajando-o num momento difícil; talvez nesse m om ento o copeiro pudesse apelar ju nto ao faraó em seu favor. Ele certamente faria isso! Esse foi o primeiro raio de esperança que José experimentou em sabe-se lá quanto tempo. Ele deve ter se sentido como Howard Head quando produziu sua nova raquete. O fato de o copeiro e o padeiro terem ido parar na prisão com José não podia ter sido apenas uma coincidência. E com certeza o fato de Deus haver lhe dado a interpretação exata dos sonhos não tinha sido acidental. Realmente, nada daquilo fora um acaso, ne nh um daqueles eventos acontecera por sorte! D eus havia orques trado tudo, e um dia o copeiro se tornaria o passaporte que tiraria José da prisão. Bastava que aquele homem dissesse uma palavra ao faraó, e José seria solto. Você não pensaria assim se estivesse no lugar de José? E claro! Se ainda duvida que José tenha se enchido de esperança, observe nova mente o que ele disse ao copeiro quando este estava sendo solto: Porém lembra-te de mim, quando tejor bem; e rogo-te que uses comigo de compaixão, e que faças menção de mim a Faraó, efa ze-m e sair desta casa; porque, de fato , fu i roubado da terra dos hebreus; e tampouco aqui nada tenho feito, para que me pusessem nesta cova. Gênesis 40.14,15
Aí está! “Fale de mim ao faraó e me tire daqui!” Note ainda que José menciona que sua esperança já tinha sido despedaçada duas ve zes. Primeiro, quando seus irmãos o venderam como escravo; depois, quando ele estava começando a recuperar um pouco do equilíbrio, tornara-se alvo de uma falsa acusação de estupro. Em suma, as últimas palavras de José quando o copeiro estava saindo da prisão foram: “Por favor, não se esqueça de mim!” E o que
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D eus
Depois disso, o que aconteceu? A resposta a essa pergunta é um gran de e gordo nada. Absolutamente nada. Por isso, a esperança de José se despedaçou. Trazendo a situação para hoje, poderíamos dizer que José ficava esperando o telefone tocar, mas nunca tocou. Checava sua caixa de mensagens cinco vezes por dia — e nada. Verificava repetidamente seu e-mail, achando que o copeiro se comunicaria com ele, mas nada acontecia. O silêncio era ensurdecedor. C. S. Lewis disse que Deus fala conosco [sussurrando] quando estamos sendo consolados, mas grita quando estamos sofrendo. [“A dor é o m egafone de Deus.”] José estava sofrendo. Sua esperança tinha sido adiada mais uma vez, e mais uma vez seu coração fora partido. Pela terceira vez em sua vida suas esperanças tinham sido destroçadas, e dessa vez a situação parecia irreversível. Isso me lembra uma notícia que li alguns anos atrás sobre um grande cardume de atuns que estava migrando para a costa de Cape Cod, em Massachusetts — um acontecimento muito raro. Nenhuma migração de atum havia sido vista na Nova Inglaterra nos últimos 47 anos. Logicamente, a pesca do atum pode ser um negócio bastante lu crativo. Alguns compradores japoneses estavam oferecendo até 50 mil dólares por um grande atum-rabilho. A notícia de que havia atum para dar e vender a 50 km da costa se espalhou com rapidez. Você não precisava ter uma licença de pesca nem experiência, apenas um barco e o equipamento adequado. Mui tas pessoas ficaram sabendo quanto estavam pagando por um atum e decidiram que pescar não seria má ideia. Elas pegaram seus barquinhos e partiram para o mar. E muitas foram bastante bem-sucedidas. Con tudo, existe uma diferença entre fisgar um atum e apanhar um atum. Em 23 de setembro, o Christi A n n e emborcou enquanto travava uma batalha com um atum. N o mesmo dia, outra embarcação peq ue na, o Basic Instinct, teve o mesmo infortúnio. O dono do barco estava atrás dos 50 mil dólares, mas acabou perdendo seu barco e por pouco
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tamanho considerável, com 8,5 m de com primento, afundou en quan to tentava apanhar um atum de 272 kg. O atum literalmente arrastou o barco para debaixo d’água ( M y r a & S h e l l e y , 2005, p. 59)40. Isso é que eu cham o de esperança despedaçada. Você está perti nho da maior guinada da sua vida, mas não consegue concretizá-la. Quando José se despediu do copeiro, este representava seu atum de 50 mil dólares. No entanto, quando o carcereiro o esqueceu, a esperança de José afundou mais rápido que um barquinho sendo ar rastado para o fundo do m ar por um atum-rabilho de 180 kg. José se encheu de esperança de que o copeiro seria seu passaporte para a li berdade. Mas sua esperança começou a emborcar quando ele não teve mais notícias do seu antigo companheiro de cela. Embora José provavelmente não soubesse disso na época, ele ha via acertado em cheio quanto ao copeiro e ao que esse oficial do faraó poderia fazer por ele. José também estava certo ao presumir que nada daquilo havia acontecido por acidente. O Senhor realmente lhe pro porcionara um relacionamento significativo. Porém, no momento em que foi restituído ao cargo, o copeiro apagou por completo José de sua mente. Ao voltar ao trabalho, esqueceu-se do rapaz que interpretava sonhos na prisão. Como era possível ele se esquecer de uma coisa dessa? Há apenas uma explicação para isso: o Senhor o fez esquecer. Não era o momen to certo. Dois anos depois, aquele oficial do faraó se lembrou subita mente de José. E foi o Senhor que o fez lembrar-se. Em Provérbios 21.1 vemos por que isso acontece: Como ri beiros de águas, assim é o coração do rei na mão do S E N H O R ; a tudo quanto quer o inclina. O Senhor inclina o coração dos reis e o dos copeiros. Ele os faz lembrar e também esquecer. Isso porque Deus está no controle.
O copeiro realmente se tornaria o passaporte para a liberdade de José. Mas José não teria nenhum a notícia dele p or dois longos anos. Nada é mais devastador do que uma esperança despedaçada.Você se enche de esperança só para vê-la ser frustrada logo depois. Isso já
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a do c o n t r o l e
Quando nossas esperanças são despedaçadas, nossa vida parece ter per dido totalmente o controle. Não há mais plano, nem estrutura, nem organização. Nada mais faz sentido. Quando nossas esperanças são es tilhaçadas, a “cola” que mantém a vida estruturada se perde — ou pelo menos essa é a impressão que temos. Abraham Lincoln era um desastre ambulante. E ninguém sabia melhor disso do que seu parceiro William Herndon. Este descreveu assim o homem com quem trabalhou durante anos: Ele não tinha ne nh um sistema, ne nh um a ordem; ele não tinha u m escrevente, uma biblioteca, um arquivo ou um livro-caixa. Quan do escrevia uma nota, ele a jogava em uma gaveta, colocava-a no bolso do cole te ou dentro do chapéu [...] mas no h o m e m in terio r a simetria e o método prevaleciam. Ele não tinha um escritório organizado e não precisava de caneta nem de tinta porque tinha uma oficina na cabeça. (Jo h n s o n , 1997, p. 438)41
Quando nossas esperanças são despedaçadas, podemos desestruturar-nos rapidamente. A impressão que temos é de que nossa vida não tem nen hu m sistema, nenh um a ordem, nenhum a estrutura. Nada parece estar acontecendo de acordo com nossa agenda ou nosso ca lendário. Mas na mente de Deus existe uma simetria e um método. Ele trabalha em meio a esperanças estilhaçadas. Estas constituem ape nas mais uma ferramenta na oficina da Sua providência. O Senhor estava por trás do silêncio do copeiro. Essa situação deve ter sido absolutamente excruciante para José. Sua única espe rança na vida era de que o copeiro se lembrasse dele. E isso estava no calendário de Deus, mas não aconteceria até que o Senhor desse a ordem. Davi sabia muito bem o que era ter as esperanças despedaçadas. Contudo, também conhecia a fidelidade de Deus. Ao lermos o Salmo
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Mesmo quando a esperança é interceptada, Deus está no controle de esperanças.
Estava cercado de inimigos, e a destruição pairava sobre a sua cabeça. Aqueles sujeitos não estavam brincando nem fazendo ameaças vazias: eles queriam matar Davi.Veja o que Davi disse quando se encontrava bem naquela situação crítica e desalentadora: Clamarei ao Deus Altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa. Ele dos céus enviará seu auxílio e me salvará.
Veja como um tradutor capturou a essência dessa passagem: Clamarei ao Deus Altíssimo, a Deus, o tr ansato r x d o s m e u s n eg ó cio s. E l e d o s c é u s e n v i a r á s e u a u x í li o e m e s a lv a r á .
Cuidando
dos nossos negócios
Você sabe o que significa estar envolvido numa transação comercial. Consiste num negócio em processo de ser acordado ou já fechado. Mantendo isso em mente, considere o Senhor como o transator de seus negócios. E Ele quem realiza tudo por você, quem cuida dos negócios pertinentes à sua vida. E mesmo quando você se encontra numa situação similar à de Davi, que estava escondido numa caverna, ou à de José, que estava preso sob uma acusação falsa, o Senhor per manece tomando conta dos seus negócios. Talvez você esteja paralisado, mas Deus não. Independente da sua situação, o Senhor é quem está cuidando de tudo o que lhe diz respei to. Será Ele quem fará tud o por você. Entenda isto: não importa como as coisas se apresentem em qual quer mom ento de sua vida, a providência de Deus jamais trabalha con tra você. Ela atua sempre a seu favor. Mesmo quando o Senhor parece ter permitido que seus planos e esperanças fossem esmagados, Ele não está agindo contra você. Isso é um a promessa, é a verdade. O Senhor é o transator de todos os seus negócios.
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Quem está em Cristo sabe que Deus nos ama tanto que enviou o Seu próprio Filho para morrer por nós. Porém, talvez você diga: “Eu sou um grande pecador”. Sim, isso é verdade, e foi por isso que Deus enviou o Senhor Jesus. Ele está a seu favor, e, como Davi disse no Sal mo 57.3, Ele dos céus enviará seu auxílio e me salvará. Deus está prestes a enviar-lhe o Seu auxílio porque Ele é o gran de transator dos seus negócios. Quando sua esperança é despedaçada por causa do aparente silên cio de Deus, o plano do Senhor para a sua vida continua em vigor. Seu plano não pode ser frustrado, tampouco adiado. Também não pode ser obstruído, impedido, nem sair do cronograma do Senhor. Deus cumprirá a obra dele em sua vida, cuidará dos seus negócios. Ninguém pode resistir ao Seu plano. Ninguém, absolutamente ninguém, pode atrapalhá-lo. Mas nem sempre vemos as coisas dessa forma. Quando nos en contramos na caverna das circunstâncias ou na prisão das decepções, a primeira coisa que fazemos é questionar Deus ou julgar a maneira como Ele está trabalhando. Aliás, às vezes parece que o Senhor não está fazendo nada, que Ele tirou férias prolongadas, e então começa mos a murmurar e a reclamar. Todos nós já passamos por isso e tivemos essa atitude. Em vez de agradecermos a Deus e entregarmos a Ele o nosso caminho, começa mos a julgar precipitadamente nossas circunstâncias e a questionar a benignidade do Pai. Começamos a acusar o Senhor como um ávido pro m otor de justiça acusa um time de lacrosseXI. N
e m t ã o e l e m e n t a r , m e u c a r o
W
atson
Em todo este livro, tenho feito várias referências a Thomas Watson e John Flavel, dois ingleses que viveram no século 17. Duas obras desses autores têm sido meus livros de cabeceira nos últimos oito anos: A li
XI Alusão a um episódio o corrid o em 2006 em que três mem bros do time m asculino de lacrosse da Duke
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Mesmo quando a esperança é interceptada, Deus está no controle de esperanças..
Thingsfor Good [Todas as coisas para o bem] ,jde Watson, e The Mystery o f Providence [O mistério da providência], de Flavel. Comprei os dois na
mesma livraria no mesmo dia e venho digerindo ambos desde então. Quando se trata da providência de Deus, tanto Watson como Flavel sabem do que estão falando. O assunto aparece em todas as páginas das suas obras. Ambos eram homens brilhantes, mas não escreviam apenas para impressionar o pessoal de Oxfo rd ou de Cam bridge. Eles viviam essas verdades debaixo de pressão e perseguição inimagináveis. Você tem ideia do que aconteceria se o governo de repente de cretasse que todos os pastores que pregassem o evangelho de Jesus Cristo deveriam ser imediatamente removidos de suas igrejas? Era exatamente isso que estava acontecendo na Inglaterra em 1662. A Igreja e o Estado eram a mesma entidade na época, e com isso o rei de repente ordenou a remoção imediata de todos os pastores conservadores que cressem na Palavra de Deus de suas igrejas. Eles foram proibidos de pregar e obrigados a manter uma distância de oito quilôm etros de qualquer cidade. Depois de perderem suas igrejas e seu único meio de sustento, esses pastores foram expulsos das cidades sem nenhuma provisão para si nem para suas famílias. Esse evento ficou conhecido como The Great Ejection [A grande expulsão]. Tanto Watson como Flavel foram expelidos de suas igrejas. Watson escreveu o livro A li Things fo r Good para encorajar seus colegas que também haviam sido expulsos de suas igrejas. O pai de John Flavel era um dos pastores que haviam sido expul sos. Ele foi preso, morrendo pouco depois durante a peste de 1665. Flavel teve de lidar com a amargura de ver o pai ser falsamente acusado, emprisionado e empobrecido. Como se isso não bastasse, sua própria vida estava em constante perigo. Ele foi expulso de sua igreja, de sua casa, e forçado a viver sob a pressão diária de saber que poderia ser preso, torturado e m orto a qualquer momento. Então, quando John Flavel nos aconselha a não prejulgarmos o agir de Deus no momento em que as coisas não vão conforme gos taríamos, ele sabe por experiência própria do que está falando. Seus
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sua vida e sua experiência. Ele vivia das promessas e da providência do Senhor e sabia que Deus estava trabalhando em meio às suas es peranças frustradas. E isso era algo que não lhe faltava. Ele conhecia a realidade de ter tido as esperanças despedaçadas em sua vida e em sua própria família. José teve suas esperanças destroçadas quando o copeiro se esque ceu dele. Mas um dia, dois anos depois, o copeiro se lembraria de José na hora certa. Quando a resposta do seu pedido de oração é adiada, não sig nifica obrigatoriamente que Deus está dizendo não. Talvez Ele esteja dizendo não no momento — por mil razões das quais você não tem a menor ideia. Como se costuma dizer, os atrasos do Senhor não são necessariamente Suas negativas. Ele está no controle e sabe o que está fazendo mesmo quando nossas esperanças são despedaçadas. Tudo isso constitui apenas um elo na trama que Deus está tecendo para você, seus filhos, os filhos dos seus filhos e as gerações vindouras. Quando
os piedosos são m o r t o s
Quando Steve Saint tinha cinco anos, esperava que seu pai voltasse de sua expedição à selva a tempo para o jantar. Todavia, seu pai não voltou, assim como os outros quatro homens que estavam com ele no coração da Floresta Amazônica. Nenhum deles saiu de lá vivo. Foram atravessados pelas lanças dos índios Aucas no dia 8 de janeiro de 1956. Os Aucas na verdade são índios da tribo Waodani, mas também são conhecidos como Aucas, que significa assassinos selvagens. A espe rança que Steve tinha de ver seu pai de novo foi estilhaçada. Esse é um remédio amargo para um menino de cinco anos. Entretanto, acompa nhado da mãe, da tia e de algumas das esposas dos outros missionários martirizados, Steve continuou vivendo entre os homens e as famílias que mataram seu pai. A bondade de Deus tirou esses assassinos da escuridão espiritual
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fato é que a esperança de um menino de cinco anos foi despedaçada ao perder o pai daquela maneira. Foi uma tragédia devastadora. Entre tanto, 50 anos mais tarde, em seu extraordinário livro E nd o f the Spear [Ponta da lança], Steve compartilhou seu ponto de vista sobre como teve suas esperanças destroçadas naquele dia tão triste. Estou apenas conjecturando, já que ne nh um de nós pode conh e cer a vontade do Senhor, mas acho que o plano de Deus era que aqueles cinco homens morressem naquele dia. Sei que isso talvez ofenda algumas pessoas de opinião mais estreita quanto aos parâ metros segundo os quais Deus deve operar, mas não creio que o que ocorreu ao meu pai e aos seus quatro amigos tenha pegado o Se nh or de surpresa. Tam bém não acho que D eus tenh a simples m ente perm itido aquele acontecim ento. Não. Dep ois de conh ecer os detalhes do que sucedeu em 8 de jane iro de 1956 — enq uan to eu aguardava ansioso que o pontinho do pequeno avião 56 Henry do m eu pai aparecesse sobre as m ontan has de P enny R idg e — , creio que o envolvimento do Senhor no que aconteceu foi muito maior do que um mero descuido [...] Inúm eros fatores tiveram de trabalhar ju nto s para qu e os eventos daquele dia transcorressem da mane ira com o transcorreram. Fato res demais para que eu acreditasse que tudo aquilo ocorrera por acaso. Cheguei à conclusão de que Deus não olhou para o outro lado. Ele não apenas permitiu que isso acontecesse. Ele planejou tudo. Em bo ra para m im não tenha sido fácil chegar a essa con clu são, creio que ela é acertada. Eu paguei um eno rm e preço pessoal pelo que aconteceu n aque le dia em Palm Beach [Praia das Palmeiras]. Mas também tive o priv ilégio de ver da prim eira fila o desenro la r dessa his tória nas úl timas cinco décadas. Pu de ver em prim eira m ão que muitas coisas boas re sultaram disso. C reio que só D eus seria capaz de criar um a história tão incrível a partir de um evento tão trágico.
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Beach para transformar suas vidas para melhor. Além disso, para m im seria suficiente saber que, po rqu e M incaye m atou o m eu pai, m inha família agora tem o privilégio de amá -lo e de ser amada po r ele. E po rqu e m eu pai, Jim , Ed, Peter e R o g er estavam dispostos a morrer, Kimo, Dyuwi, Gikita, Ompodac,Tementa, Gaba, Odae, Tidi, Dawa, Cawaena, Coba, Gaacamo, seus filhos, netos, bisnetos e muitos outros terão uma oportunidade de viver. Se eu pudesse voltar no tempo agora mesmo e reescrever o roteiro desse filme, não m udaria um a cena sequer. Co nsegui com preend er que a vida é complexa e curta demais para que a história seja dirigida por amadores. Prefiro deixar o Me stre C on tad or de H istórias escrever a minha. (S a i n t , 2005, p. 59, 60)42
Howard Head não se tornou um jogador de tênis melhor até conseguir uma grande raquete. Você não vai conseguir superar a de cepção de suas esperanças despedaçadas até que entenda que precisa de um grande Deus. E eu tenho uma boa notícia: você não precisa inventar um grande Deus para que sua vida melhore. Ele já existe, sempre esteve e sempre estará presente. E o transator dos seus negócios e cumprirá aquilo que lhe diz respeito. Em meio às suas esperanças despedaçadas, o Senhor enviará Seu auxílio do céu e o ajudará. Sem querer desrespeitar nenhum dos dois esportes, Deus tem planos muito, muito maiores para você do que simplesmente melhorar sua habilidade no esqui ou no tênis.
C a p ít
ul o
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R e b a ix a d o e c o lo ca d o n o b a n c o d o s re se rv a s ... D e u s e s tá n o c o n tr o le d a s e sp e ra s p r o lo n g a d a s Aguard o o S E N H O R ; a min ha alma o aguarda, e espero na sua palavra. Salmo 130.5
Embora Alb ert Einstein fosse um gênio, assim como todos os alunos de pós-graduação, ele levou anos para concluir sua tese de doutorado. O dia em que Einstein finalmente apresentou sua tese de doutorado em física ao seu professor foi uma ocasião marcante para ele. Algumas semanas depois, ele recebeu o trabalho de volta com uma observação. Sua tese havia sido rejeitada. O professor a achara curta demais. O fato deixou Einstein bastante decepcionado. Uma tese rejeitada poderia significar mais um ou dois anos de trabalho ex tenuante. Isso significava ainda que ele teria de esperar pelo diploma, além de não poder candidatar-se a ne nh um emprego como catedrático, já que todos exigiam o diploma. Einstein precisava encontrar um jeito de driblar a espera. Foi aí que teve uma ideia. Ele se sentou e releu sua tese. Então fez um acrés cimo — não de um capítulo ou de um parágrafo. Para dizer a verdade, acrescentou apenas uma frase à tese inicial e entregou-a novamente ao
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Rebaixado e colocado no banco dos reservas... Deus está no controle das esperas.
Sua tese foi prontamente aceita, e Einstein de algum modo con seguiu evitar a longa espera. Só um gênio poderia realizar tal proeza. Essas coisas não funcionam assim para o restante de nós, pobres mor tais com QI abaixo de 180. Esperar é como comer cascalho. Ninguém em perfeito juízo deseja fazê-lo. Por quê? Porque nenhum de nós gosta de esperar — por nada. José tinha sido encarcerado p or causa de uma falsa acusação. Ago ra era obrigado a esperar. Quanto tempo demoraria a ser solto, se é que isso aconteceria? Ele não tinha ideia. Sabemo? pelo relato bíblico que José permaneceu no calabouço por dois anos, mas ele não ima ginava que seria assim. Devia achar que ficaria preso por anos a fio e que acabaria morrendo naquele lugar. Quando você está esperando numa prisão egípcia ou quando está preso em uma circunstância difícil, não há muito que fazer. E quanto mais você espera, mais desencorajado fica. Por que Deus não faz algo miraculoso e muda instantaneamente nossa situação quando estamos esperando? R ob ert J. M organ tem uma excelente resposta para isso: Embora milagres ainda aconteçam, Deus os usa com moderação. Mesmo nas Escrituras, os milagres não representam o padrão de conduta do Senhor. Muitas pessoas presumem que a Bíblia está cheia de milagres, mas isso não é verdade. Milagres em série o co r reram apenas duran te alguns períodos da história bíblica — du rante o êxodo, nos ministérios de Elias e Eliseu, durante a vida de Cristo e por intermédio dos primeiros apóstolos. N a m aior parte da Bíblia, D eus ajudou Seu povo de form a or dinária e providencial, em vez de operar de modo abertamente sobrenatural. O mesmo é verdade hoje. E por isso que os cristãos maduros prestam atenção aos acidentes, infortúnios e coincidên cias da vida, já que tais na realidade não existem. O qu e existe é apenas a ordem providencial de Deus, que cuida dos seus filhos que o buscam e confiam nele, e cuja mão invisível guia, guarda,
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Às vezes somos obrigados a esperar em circunstâncias desconfor táveis e difíceis, sem que tenhamos a menor ideia de qual será o fmal da história. Mas mesmo então — e especialmente nesses momentos — Deus está trabalhando. O profeta Isaías esclareceu bem isso: Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera. Isaías 64.4
Quando José estava na prisão, Deus lhe deu a habilidade de inter pretar os sonhos do copeiro e do padeiro. Isso foi um milagre. Mas, à exceção dessa interferência miraculosa de Deus, José teve de esperar. Durante esse período de espera, todas as suas necessidades foram su pridas enquanto o Senhor girava lenta e diariamente a roda da pro vidência em sua vida. José não via milagres todos os dias, mas experi mentava a providência divina. Muitas vezes pensamos que o Senhor só opera por milagres. Esse é o grande erro da Igreja contemporânea. Contudo, Deus está sempre trabalhando. Enquanto esperamos, o Senhor age. Talvez Ele não nos explique por que nos faz esperar, mas o Todo-poderoso não tem obrigação de explicar coisa alguma. Ele sabe exatamente o que está fazendo. A espera representa uma grande parte da vida cristã. O princí pio da espera pelo agir e pelo te m po do Senhor pode ser encontra do em toda a Bíblia. No entanto, essa é a última coisa que qualquer um de nós deseja fazer. O cascalho é duro de roer e impossível de digerir! Às vezes, enquanto esperamos, nós nos perguntamos por que o Senhor está demorando tanto para mudar nossa situação. Isso sim plesmente não faz nenhum sentido para nós. Esperam os, esperamos
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0 PROPÓSITO PROVIDENCIA L DA ESPERA
Em determinado mom ento de sua vida, o pastor sul-africano Andrew Murray se encontrou numa situação bastante difícil e adversa. En quanto esperava por uma solução, ele escreveu as seguintes linhas em seu diário: N ão devo m e esquecer de que esto u aqui: 1.
Po r ord em de Deus;
2.
Sob os cuidado s de Deu s;
3.
Sob o treinam ento de Deus;
4.
Pelo tem po de D eus.
(M
o r g a n
,
2001, p. 13)44
Essas quatro observações não são verdadeiras apenas na vida de Andrew Murray, mas também na sua e na minha. E são visíveis na vida de José. Aliás, eu gostaria de tomar emprestadas as anotações de Murray para este capítulo sobre esperas prolongadas. J o s é e s p e r o u p o r o r d e m d e D e u s
Como vimos, o propósito de Deus na vida de José era que este se tornasse o corregente do faraó. Mas, antes que esse propósito se cum prisse, José precisava “ficar com as barbas de m olho” na cadeia p or dois anos. Durante esse período, ele não sabia por que estava na prisão ou quanto tempo teria de permanecer ali. Sabia apenas que estava num lugar onde não desejava estar. Isso muitas vezes acontece conosco. Quando somos submetidos a um longo período de espera, não conseguimos enxergar uma boa razão para isso. Para muitos homens, a viagem mais interessante do mundo seria uma expedição de caça ou pesca nas regiões remotas do Alasca. Meu amigo Rock y McElveen trabalha lá há 30 anos como guia e fornecedor de equipamentos esportivos. Ele tem ajudado a realizar os sonhos de centenas de homens, incluindo presidentes dos Estados Unidos, execu
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Por ter vivido no interior desse estado extraordinário e guiado inúmeras excursões, Rocky já enfrentou muitos perigos. Ele sobrevi veu a desastres de avião, ataques de ursos-cinzentos e nevascas ater radoras — tudo isso num só fim de semana (brincadeirinha!). Rocky relatou suas experiências incríveis num livro cativante intitulado Wild M en, W ildA laska [Homens selvagens, Alasca selvagem], Uma das histórias mais impressionantes é sobre um grupo de caçadores que teve de esperar, embora não fizesse ideia do porquê da espera. Eles estavam numa região remota e elevada onde um dos homens, Ron, acabara de caçar um imenso alce. Ele havia limpado e cortado o animal em pedaços, com isso os demais componentes do grupo teriam de carregar centenas de quilos de carne, além da cabeça e das galhadas, para o acampamento onde pegariam o avião. Quando se está numa região isolada e selvagem, existe um peque no problema: no momento em que um grande animal é cortado, o cheiro de sangue pode ser detectado a vários quilômetros de distância por lobos e ursos. Rocky relatou: A cam inhada de volta ao acam pam ento seria assustadora. Prim eiro teríamos de atravessar o vale, cruzando a tundra e diversos ribeiros, através de florestas de amieiros e arbustos; depois precisaríamos cruzar um cânion muito íngreme e descer outro desfiladeiro escorregadiço até a pista de aterrissagem que ficava a alguns quilô m etros de distância dali. C ad a m oc hila pesava en tre 70 e 90 quilos. Eu sabia qu e Jared precisaria de ajuda, então decidi cha m ar ou tro guia, Jon, que tam bém é o m eu cozinheiro go urm et. Liguei para o m eu piloto, Joel, e pe di q ue ele trouxesse Jo n e m e levasse de volta à pousada. “Estarei de volta am anh ã” , disse eu a R o n qu and o Joel e Jo n che garam. “E nq ua nto isso, Joel po de ajudá-lo a caçar um urso ou um lobo. Se eu fosse você, acamparia no local onde matou o alce.” (M
c
E
l v e e n
,
2006, p. 158)46
Rocky entrou no avião e partiu. Isso foi em 10 de setembro de
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Eu não podia ter antecipado isso, mas a partir da manhã seguinte nen hu m avião particular estaria voando po r u m bo m tempo. R on , Jared e Jo n te riam de se virar sozinhos, incomunicáveis e sem n en hu m envio de sup rime nto p o r vários dias.
(M
c
E
l v e e n
,
2006, p. 158)47
Na manhã seguinte aconteceram os ataques terroristas às torres gêmeas e ao Pentágono. O FAAXU m anteve em terra todos os voos domésticos po r um período in defin ido, e isso in clu ía o m eu avião. N e n h u m guia ou piloto tin h a perm issão de voar n o Alasca; c o m isso, n in g u ém pô de socorrer as centenas de caçadores isolados em acampamentos re motos. Os poucos afortunados que podiam ser alcançados de bar co ou de quadriciclos foram contatados e resgatados. U m piloto amigo m eu levantou voo num a tentativa desesperada de levar suprim entos até um caçador que ele sabia ter po uca água e comida, mas foi forçado a pousar o avião por aviões de caça F-14. ( M c E l v e e n , 20 06 , p. 159)48
Rocky não pôde chegar até os caçadores. E eles esperaram, es peraram e esperaram. Não faziam a menor ideia do motivo por que Rocky não havia aparecido. Aquela tarde chegou ao fim e logo escu receu. Agora eles teriam de passar a noite com centenas de quilos de carne num a região cheia de ursos e lobos. A última coisa que queriam era um encontro com os lobos. E com certeza não precisavam de um urso se aproximando do acampamento, em busca de um lanchinho noturno. Mas ambos os cenários eram possibilidades bastante reais. Rocky não apareceu na manhã nem na tarde seguinte. A escuri dão chegou mais um a vez. R on , Jared e Jon tinham muito com que se preocupar. Eles estavam incomunicáveis, a centenas de quilômetros da cidade mais próxima. Pensaram que o avião de Rocky havia caí do. E quanto mais tempo esperavam, mais o medo e a preocupação
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aumentavam. Não havia explicação alguma para aquela espera. Com o passar do tempo, começaram a se perguntar se algum dia consegui riam sair dali. A espera não fazia nenhum sentido para aqueles hom ens aparentemente abandonados à própria sorte. Da pousada, Rocky contatou as famílias dos caçadores e infor mou-lhes que estes tinham suprimentos em abundância, e que ele voaria para resgatá-los assim que os voos fossem liberados. No dia 13 de setembro, Rocky finalmente pôde mandar seu piloto buscar os caçadores exaustos. Quando o avião pousou, um dos caçadores desabafou sua frus tração antes mesmo que o piloto pudesse sair do avião: “Onde vocês estiveram esse tempo todo? Cadê o Rocky? Ele ficou de terminar a caçada comigo!” O piloto respondeu educadamente: “Os Estados Unidos foram atacados por terroristas”. Inicialmente os caçadores pensaram que o piloto estava brincan do. Contudo, alguns segundos depois perceberam que ele estava falan do sério, e muito. Sim, aqueles homens tiveram de esperar numa situação bastante perigosa e precária. Mas existia uma razão muito boa para tal espera, da qual eles nada sabiam. Algum tempo depois, um dos caçadores escreveu o seguinte para Rocky: N u n c a m e esquecere i do m o m en to em que aterrissam os na pista de terra atrás do H oltna Lodge, taxiando até a pousada e vend o seu rosto sorridente e barbado acenar para o avião. Eu desembarquei, abracei você e senti um tremendo alívio por você estar bem.Você fez um a retrospectiva dos eventos que oc orre ram entre os dias 11 e 13 de setem bro. Disse q ue, desde o adv ento da aviação na Am érica, aquela havia sido a primeira vez em que todos os voos domésticos tinha m sido detidos po r tanto tempo. N u n c a m e esquecerei do que você disse logo em seguida. Você olhou para o céu e disse: “Ron, Deus está no controle, e não eu.
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presente e o futu ro, e Ele está n o controle de tu do. Precisamos confiar n ele” . ( M
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Os caçadores não podiam ver uma boa razão para a sua espe ra. Entretanto, havia uma boa razão — eles apenas não conseguiam enxergá-la da sua perspectiva. Rocky teve de esperar tanto quanto eles. Sabia muito bem por que estava esperando, mas isso não mudou a situação. Ainda assim ele teve de esperar. Rocky esperou sabendo o porquê da espera; os caçadores tiveram de esperar no escuro. Se você está esperando Deus agir, talvez Ele tenha algumas razões muito boas para a Sua demora. Aliás, eu não diria talvez. Com certeza Ele tem razões importantes das quais você não tem ne nh um conheci mento. Então, por que não entrega suas frustrações ao Senhor e confia nele, certo de que Ele conhece o melhor caminho? Vamos lá. Pouse este livro, abaixe sua cabeça, e entregue tudo a Ele. Diga a Deus o que está em seu coração. Desabafe sua ira, e depois lhe diga que você está disposto a esperar, ainda que não entenda as razões para isso. J o sé es pe r o u so b o s c u i d a d o s de D eus
José tinha certeza de que o copeiro, por ter acesso direto ao faraó, seria seu passaporte para fora da prisão. E José estava certo. O copeiro seria o instrum ento usado po r Deus para levar José ao faraó. O problema foi que José achou que isso aconteceria imediatamente, mas as coisas não sucederam assim. Ele seria obrigado a ver os dias se arrastarem naquela prisão por mais dois anos inteiros. Entretanto, o Senhor estava com ele durante todo esse tempo. José permanecia sob os Seus cuidados. Quando Rocky foi forçado a esperar pelo grupo de caçadores na pousada, ele fez o máximo ao seu alcance para que tudo estivesse preparado quando o avião finalmente pudesse ir resgatá-los. Porém, Rocky teve de esperar tanto quanto eles. Suas mãos estavam atadas. As mãos do Senhor nunca estão atadas. Se as circunstâncias de nossa vida parecem amarradas, tenha certeza de que foi o próprio
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Os caçadores não tinham a menor ideia do motivo por que esta vam esperando. No entanto, o governo americano havia determinado que era do interesse da segurança nacional que todos os aviões fossem mantidos em terra. Havia um bom motivo para a espera daqueles homens, mas eles não tinham como saber ou imaginar qual era. Sua espera não fora um erro. Ficamos perplexos quando Deus nos manda esperar. Esperas pro longadas, a nosso ver, não fazem sentido! Mas está tudo sob controle. Sua espera não é um erro. A. M. Overton expressou muito bem isso em seu poema H e M aketh N o M ista ke [Ele não comente erros]. Torcidos e tortuosos podem ser os caminhos, Meu coração pode palpitar e doer, Mas em minh’alma me alegro em saber, Q ue D eus nenh um erro há de cometer. Meus planos podem até se perder, Minhas esperanças desaparecer, Mas na direção do Senhor eu confio, N aquele que o cam in ho m e faz conhecer. Embora a noite seja escura E o dia pareça nunca chegar, Minha fé no Senhor está segura N aquele que não po d e errar. Ainda que eu não consiga enxergar Que turvado seja o meu olhar; Venha o que vier, nele irei confiar, E a Ele tudo entregar. Pois logo a névoa se dissipará, E o Senhor tudo claro fará; Ainda que escuro pareça o caminho meu,
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Se você tem esperado por muito tempo, saiba que isso não é um erro. Deus o guardará e o carregará em Seus braços enquanto você espera nele, e continuará a fazer isso quando a espera terminar. O Senhor é quem nos carrega, quem supre as nossas necessidades e sustenta-nos durante todo o curso de nossa vida na terra. As seguintes passagens deixam isso bem claro: Salvai, Senhor, vosso povo e abençoai a vossa herança; sede seu pastor, levai-o nos braços eternamente.
Salmo 28.9 (ACRF versão católica)
Porque este Deus é o nosso Deus para sempre; ele será nosso guia até à morte. Salmo 48.14
O uvi-m e, ó casa de Jacó e todo o resíduo da casa de Israel; vós, a quem trouxe nos braços desde o ventre e levei desde a madre. E até á velhice eu serei o mesmo e ainda até às cãs eu vos trarei; eu o f i z , e eu vos levarei, e eu vos trarei e vos guardarei. Isaías 46.3,4
Isso é o que eu chamo de promessa. E ninguém pode tirá-la de nós! Thomas Watson estava certo ao escrever que “o cuidado da Pro vidência corre paralelo à linha da vida”. J
o s é e s p er o u s o b o t r e in a m e n t o d e
D
eus
Se o Senhor o chamar a esperar, será imperativo obedecer. A espera faz parte do treinamento que nos prepara para realizar a obra que Deus tem para nós. José estava sendo treinado enquanto esperava na prisão. Ele teve de aprender a esperar o tempo do Senhor. Gostaria de deixar algo bem claro: existem dois tipos de espera — e a espera bíblica não é a do preguiçoso, que fica de braços cru
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sem cuidar da vida. Ela não é uma desculpa para a passividade, nem quer dizer que você vai passar o dia todo contando as flores no papel de parede ou jogando paciência até a madrugada. Estamos falando de períodos em que Deus o coloca numa situação difícil e o faz esperar até que Ele dê uma solução ao seu dilema. Enquanto isso, você cuida da sua vida, “pega o touro pelos chifres” e faz tudo o que estiver ao seu alcance. As Escrituras indicam que José estava disposto a esperar e a traba lhar duro. Nunca lemos que ele murmurou contra o Senhor ou ficou amargurado. Decidira, com o é recomendado em 1 Pedro 4.19, confiar sua alma ao fiel Criador, praticando o bem. Esperar é um exercício de fé que demonstra o estado do nosso coração. Esperar no Senhor é um ato de fé, e esta é o que separa os homens dos meninos. Saul e Davi, os dois primeiros reis de Israel, oferecem-nos um nítido contraste pela maneira como reagiram a situações em que fo ram forçados a esperar. Havia uma diferença enorme entre esses dois homens. Um estava disposto a esperar no Senhor; o outro, não. Um estava disposto a ser treinado (Davi); o outro (Saul), não. Assim, Saul com eçou bem, mas não term inou bem. Saul era o homem mais alto de Israel, porém era um fracote, por que não tinha coragem de esperar. Certa ocasião, os filisteus haviam enviado u m exército imenso para atacar Israel, seu arqui-inim igo. Apa vorado, o povo literalmente tentou esconder-se do exército invasor em cavernas. Ao ver isso, a fé de Saul derreteu mais rápido que uma escultura de gelo numa sauna. Em vez de esperar no Senhor pelo tempo que o profeta Samuel determinara, Saul entrou em pânico e resolveu agir por conta própria. Preste bem atenção no que vou dizer: tirar os problemas das mãos de Deus e tentar resolvê-los sozinho nunca é uma boa ideia. Aliás, o resultado invariavelmente é um desastre. Vendo, pois, os homens de Israel que estavam em angústia (porque o povo estava apertado), o povo se escondeu pelas cavernas, e pelos espinhais, e pelos
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Rebaixado e colocado no banco dos reservas... Deus está no controle das esperas..
para a terra de Gade e Gileade; e, estando Saul ainda em Gilgal, todo o povo veio atrás dele, tremendo. E esperou sete dias, até ao tempo que Sa muel determinara; não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se espalhava dele. Então, disse Saul: Trazei-me aqui um holocausto e ofertas pacíficas. E ofe receu o holocausto. E sucedeu que, acabando ele de oferecer o holocausto, eis que Samuel chegou; e Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar. Então, disse Samuel: Q ue fizeste? D isse Saul: Porquanto via que o povo se espalhava de mim, e tu não vinhas nos dias aprazados, e os filisteu s já se tinham ajuntado em Micmás, eu disse: Agora, descerão os filisteus sobre mim a Gilgal, e ainda àfiace do S E N H O R não orei; eforcei-m e e ofereci holocausto. Então, disse Sam uel a Saul: Ag iste nesciamente e não guardaste o mandamento que o S E N H O R , teu Deus, te ordenou; porque, agora, o S E N H O R teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre. Porém, agora, não subsistirá o teu reino;já tem buscado o S E N H O R para si um homem segundo o seu coração e já lhe tem ordenado o S E N H O R que seja chefe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o S E N H O R te ordenou. 1 Sam u el 13.6-14
O Senhor estava buscando um homem segundo o Seu coração. Saul não era esse hom em . Em vez de esperar em Deus, ele tomou com impaciência as rédeas da situação e fez o que havia sido claramente ordenado a não fazer. Sua recusa em esperar foi uma demonstração de desobediência. N ão é interessante que, quando Deus procura um hom em se gundo o Seu coração, o teste do coração desse homem esteja em sua disposição de esperar? Saul não estava disposto a isso. E ele perdeu o reino que poderia ter pertencido à sua família por muitas gerações. Saul resistiu ao treinamento do Senhor simplesmente porque não ti nha um coração obediente. J
o sé e sp er o u pel o t e mp o de
D eus
Deus é o grande “cronometrista” durante nossos períodos de espera lo ad D i aludiu a isso clar Salmo 31.15 Os meus
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Quando a espera de José na prisão começou, ele não fazia a me nor ideia de quanto tempo duraria. O Senhor havia determinado que duraria dois anos, e assim sucedeu. Já passei por quatro períodos de espera prolongada: o primeiro, logo depois de ter completado 20 anos, durou 18 meses; o segundo, quando eu já tinha vinte e poucos anos, perdurou 12 meses; o terceiro, quando chegara aos 30, durou três anos; e o quarto aconteceu perto dos 40, cuja duração foi de quatro anos. Passei um bocado de tempo esperando, mas posso garantir que não fiquei sentado enquanto esperava. Fiz duas faculdades, casei e tive três filhos.Também pastoreei três igrejas diferentes.Todavia, por outro lado, Deus me fez esperar um bom tempo enquanto Ele me treinava para uma obra sobre a qual eu nada sabia. Gostaria de fazer uma breve narrativa de uma das minhas exp eri ências de espera prolongada, que durou cerca de um ano. Es per
a n d o p e l o s i n a l v er d e
Quando eu era estudante no seminário, trabalhava à noite numa doca de carga e descarga para pagar meus estudos. Era um trabalho de meio expediente em que eu trabalhava quatro horas por noite, o que me perm itia cursar todas as matérias do seminário e ainda arranjar tempo para estudar e fazer todos os trabalhos propostos. Mas então o país foi acometido por uma recessão, e perdi meu emprego de meio expediente. Procurei outra ocupação por várias se manas, porém parecia que todos os empregos num raio de 150 km ha viam evaporado. As empresas estavam efetuando demissões em massa. Tudo dava a entender que eu teria de trancar a matrícula no seminá rio, voltar para a Califórnia, onde meus pais moravam, e trabalhar por um ano para juntar dinheiro para terminar o seminário. Essa parecia ser minha única opção. Foi então que, conhecendo a minha situação, um amigo per guntou: “Steve, você conhece a XYZ Corporation?” Esse não era o verdadeiro nome da firma, mas digamos que fosse. A empresa que ele
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corporações dos Estados Unidos. Seu centro de operações ocupava o prédio mais alto do estado. Meu amigo disse ainda que o presidente dessa empresa era amigo de sua família. Ele o conhecia desde a infância, eram bastante íntimos. Poucos dias depois, meu amigo me disse que havia marcado um en contro para a tarde seguinte no escritório do presidente. Mal pude acreditar. Por incrível que pareça, esse homem era um cristão fervoro so que sempre havia apoiado o seminário onde eu estudava. Quando meu amigo mencionou minha situação e o fato de que eu estava sen do forçado a trancar a matrícula no seminário, aquele senhor sugeriu que eu fosse ao seu escritório e conversasse com ele. Senti-me um tanto intimidado ao entrar no majestoso escritório com vista panorâmica de toda a cidade. Mas o presidente da empresa era muito simpático e pediu logo que eu relatasse a minha situação. Depois de escutar minha história, ele sorriu e disse: “Bem, Steve, acho que o m elhor seria você ficar e term inar seu seminário. Vou falar com meu diretor de recursos humanos. Estou certo de que ele encontrará algum trabalho que possa ajudá-lo a concluir seus estudos.Você pode ria voltar amanhã à tarde?” Eu disse que sim. O maior empregador do estado ia conseguir um emprego para mim. Confesso que de repente me enchi de es perança. Q uando relatei o encontro ao meu amigo, ele disse: “Tenho certeza que amanhã a esta hora você terá um novo emprego. Senão, esse senhor tem uma fundação m ultimilionária que concede bolsas de estudo. De u m jeito ou de outro, ele se certificará de que você termine o seu seminário sem precisar voltar à Califórnia”. Com essa notícia, minha esperança ficou nas alturas. N a tarde seguinte, entrei no escritório do presidente da empresa às 16 horas. Porém, em vez de mostrar-se simpático e acolhedor, dessa vez ele me pareceu um tanto distante e formal: “Steve, sinto muito, mas não tenho nenhum emprego a oferecer-lhe. Gostaria que as coisas tivessem sido diferentes. Obrigado por ter vindo”. Então ele se levan tou e a reunião acabou. Confesso que fiquei um tanto chocado, não tanto por causa do
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deixou perplexo. Será que eu havia feito algo errado ou dito algo inapropriado? Não conseguia encontrar nenhuma razão para aquele comportamento. “O brigado por ter procurado um emprego para mim ” — disse eu enquanto me levantava para sair da sala. “Entendo perfeitamente. Mas, antes de partir, gostaria de deixar algo bem claro: só voltei hoje à tarde porque o senhor me pediu que voltasse.” “Perfeitamente. Obrigado po r ter vindo.” Eu queria deixar bem claro que havia voltado a pedido dele, já que seu comportamento tinha sido tão radicalmente diferente na tar de anterior.Tão diferente que cheguei a pensar que eu havia feito algo para ofendê-lo. Depois de apertar sua mão, saí do imenso escritório e entrei no elevador. Enquanto andava para o meu carro, lembro-me de ter pensado: “Pai, a mudança no com portam ento daquele hom em foi tão radical que isso só pode ter vindo do Senhor”. Naquele momento, eu sabia que aquela fora minha última opor tunidade de ficar no seminário. Voltei para o meu quarto, fiz as malas e parti para a Califórnia na manhã seguinte. Ou
t r a r o d a d a de e sp er a
Pelo menos, pensei eu, poderia conseguir trabalho numa doca de car ga e descarga em San José. Mas o que eu não sabia era que o desem prego também havia afetado a Califórnia. Pelos próxim os seis meses, esperei. Falei com todos os encarregados de docas que pude encontrar. Procurei emprego por toda parte, mas por três meses nada aconteceu. Finalmente, um dos encarregados me ligou e disse que eu pode ria trabalhar uma noite por semana. Isso era melhor que nada, mas não era o suficiente. Eu estava morando na casa dos meus pais e sentia-me um fracassado. Tinha 25 anos e não estava indo a lugar nenhum . Meus amigos estavam no seminário, na reta fmal para a formatura. E o que eu estava fazendo? Eu permanecia sentado. Bem, não me encontrava sentado somente porque gastava muito tempo preenchendo formu lários de recrutamento. Todas as empresas que eu visitava diziam não ter nenhuma vaga, então preencher formulários o dia todo era uma
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É difícil expressar meu grau de frustração. Era como se o Senhor tivesse me colocado de molho. Eu estava fazendo tudo o que podia para arranjar um emprego, mas não havia trabalho em lugar nenhum. N em mesm o o M cD onalds estava contratando! Eu não cursava o seminário, não trabalhava e não juntava dinheiro para retomar os estu dos. Uma noite de trabalho por semana foi tudo o que consegui. Então comecei a ler nas horas vagas. Comecei a ler muito. Li to dos os livros que eu queria ter lido enquanto estava no seminário, mas que nunca conseguia ler por falta de tempo. Durante aquele período, li mais de 40 livros. Isso durou seis meses. Então uma noite o encarregado se aproximou de mim e disse: “Steve, em três semanas abriremos uma vaga no horário noturno. Se você acha que consegue trabalhar à noite, a vaga é sua. Está interessa do?” “E claro!” — foi m inha resposta. Finalmente a espera havia chegado ao fim, e eu estava empolga do. Depois de meses sem fazer nada (exceto ler alguns livros muito importantes que continuam impactando minha vida), finalmente eu tinha um emprego. E, com o adicional noturno, eu sabia que conse guiria juntar dinheiro suficiente para retomar meus estudos e formar-me no seminário. A espera havia chegado ao fim e meu próximo passo estava claro.Assim pensava eu. Mas tudo isso mudou domingo à noite quando fui visitar a Península Bible Church [Igreja Bíblica da Península] em Paio Alto, na Califórnia. Como sempre, a igreja estava lotada de estudantes univer sitários, jovens solteiros e famílias. Nesses cultos, tanto a música como as mensagens costumavam ser excelentes, com pregadores como Ray Stedman, David R o p er e R o n Ritchie. Contud o, havia outra coisa que eles sempre faziam: dedicavam 20 minutos do culto ao que chamavam de Body Life [Vida do Corpo] Durante esse período, o microfone era aberto para todos que dese jassem fazer um pedido de oração, compartilhar uma necessidade ou um versículo. As pessoas levantavam a mão, e um diácono levava o mi crofone até elas para que compartilhassem. Esse momento era sempre
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Naquela noite, o clima estava meio pesado. Todos que compar tilharam pareciam ter um grande peso no coração. Enquanto ouvia aquilo, pensei que um testemunho de resposta de oração seria uma boa maneira de encorajar a todos. Quando aquela parte do culto estava quase chegando ao fim, le vantei a mão, e Ron Ritchie pediu que o microfone fosse trazido até onde eu estava. Nos próximos dois minutos, relatei a história de como eu havia trancado a matrícula no seminário e ficado vários meses na casa dos meus pais sem fazer nada a não ser esperar. Mas a boa notícia era que eu finalmente havia arranjado um emprego, e dentro de três semanas começaria a trabalhar em horário integral. Uma
c u r v e b a l l
n o ú l t im o m i n u t o
Quando o culto acabou, um sujeito se aproximou de mim e apresen tou-se. Ele disse que achava que nós já nos conhecíamos de algum lugar. Contou-me de onde era, e eu disse que havia estado em sua cidade apenas uma vez. Tinha ido visitar uma igreja com um grupo musical de que eu fazia parte quando estava no ensino médio. Ele disse que naquela época era o pastor dos jovens daquela igre ja e que agora era o pastor principal. Era um sujeito bem-apanhado, com trinta e poucos anos. Em nossa breve conversa, descobrimos que tínhamos alguns amigos comuns. Então ele me perguntou se poderí amos tomar um café. N a cafeteria, perguntei-lhe o que o havia trazido à Califórnia. Ele disse: “Estou buscando alguém que possa ajudar-me a pastorear minha igreja. Nós acabamos de passar por uma grande transição”. Então ele me contou que sua igreja era afiliada a uma denomi nação, mas havia decidido separar-se dela porque alguns ensinamentos estavam sendo hiperenfatizados. Eu conhecia a denominação de que ele estava falando por ter sido criado nela, e havia chegado à mesma conclusão. Durante a con versa, ele me perguntou sobre a minha experiência e o que eu estava fazendo. Relatei minha história, contando-lhe que finalmente havia arranjado um emprego e que breve poderia retomar os estudos e aca
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Depois de alguns minutos, ele disse: “Acho que você é a pessoa que estou procurando. Por que não vem comigo e me ajuda a pasto rear essa igreja?” Achei que ele tinha enlouquecido. Afinal, eu precisava trabalhar e juntar dinheiro para acabar o seminário. Ele me perguntou quanto eu ganharia descarregando caminhões. Quando revelei a quantia, ele disse que provavelmente poderia pagar-me o mesmo salário. “Mas eu voltarei para o sem inário daqui a seis meses!” — re truquei. “Vocês não iriam querer contratar alguém por apenas seis meses!” Com um sorriso, ele respondeu que seis meses talvez fosse exatamente o tempo necessário para estabelecer a igreja durante essa transição. Era a coisa mais louca que eu já tinha ouvido. Três dias depois ele me ligou e convidou-me para passar o fim de semana em sua igreja. Tinha conversado com os membros da junta, e eles manifestaram o desejo de conhecer-me. Respondi que achava que m inha viagem seria um desperdício de dinheiro e de tempo, já que sua proposta não se encaixava em meus planos. “Bem, que outro compromisso você tem para este fim de sema na?” Ele havia me pegado. Eu não tinha absolutamente nada para fazer, com isso não tinha nenhum a desculpa para não viajar. Então, relutante, aceitei o convite. Conclusão: depois de esperar seis meses, no dia em que eu deveria ter começado meu novo emprego na doca de carga e descarga, estava dirigindo meu carro até uma cidade em outro estado para iniciar meu pastorado de seis meses. Naquele período, aprendi na prática como liderar uma igreja em crescimento durante uma transição. Ao fmal da tarefa de meio ano, voltei ao seminário munido de uma bagagem ministerial que nunca teria obtido descarregando caminhões. Mal sabia eu que, apenas três anos depois, seria chamado para pastorear uma pequena igreja que também estaria passando por uma grande transição. Sem aqueles seis meses de experiência prática, estou
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grande. Porém, o que eu tinha aprendido na experiência anterior me ajudou a lidar com as questões que tive de enfrentar. Olhando em retrospecto, o intervalo de 12 meses em que estive afastado do seminário faz bastante sentido. Enquanto eu me encon trava no meio da situação, não conseguia entender o porquê daquilo tudo. A verdade é que tive muitas experiências agradáveis durante o período em que trabalhei na igreja. Fiz algumas amizades perm anentes e pude absorver conhecimento e experiência como nunca antes. Mas ainda assim o que eu queria mesmo era voltar para o seminário. Durante meus 12 meses de espera, eu estava mais do que pronto a ver Deus pisar no acelerador, mas Ele não tirava o pé do freio! Isso foi motivo de grande frustração para mim. Em minha imaturidade, eu tinha pouquíssima paz e alegria. Jeremias enfrentou uma batalha semelhante: E afastaste da p a z a min ha alma; esqueci-me do bem. Então , disse eu:Já pereceu a min ha força, como também a min ha esperança no S E N H O R . Disso me recordarei no meu coração; por isso, tenho esperança. A s miseri córdias do S E N H O R são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fi m . No vas são cada m anhã; grande é a tua fidelidade. Bom ê o S E N H O R para os que se atêm a ele, para a alma que o busca. Bom ê ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR. Lamentações 3.17,18; 21-23; 25,26
Resumindo
É fácil escrever sobre a espera, mas esperar é difícil. Talvez tenha sido por isso que, enquanto escrevia este capítulo, continuava sendo obri gado a esperar. Eu pensava que a resposta à promessa do Senhor tinha chegado há meses e meses. No entanto, ainda não chegara. Enquanto escrevia este capítulo, precisei tirar um a semana de folga porque em meu próprio coração eu estava tendo dificuldade de acei tar o tempo de Deus. Entendo o conceito da espera prolongada em minha mente, mas esse entendimento precisa chegar ao meu coração.
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Você notou esta frase em Lamentações 3.25m ( a b a ) : Bom é o Se nhor para os que esperam por ele? Já depositei a minha confiança nesse versículo antes e agora estou fazendo isso outra vez. Por alguma razão, tenho a nítida impressão de que não sou o único. O capítulo anterior fala de esperanças despedaçadas, e este fala de esperas prolongadas. Há uma inter-relação entre as duas. O fato é que, quanto mais tem po esperamos, mais temos de batalhar com esperanças despedaçadas. Qual é a solução? Ela se encontra no Salmo 130.5: Aguardo o S E N H O R ; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra.
Aí está a resposta. Se você está esperando no Senhor, a única ma neira de manter a esperança viva é permanecer na Palavra dele. Leia a Bíblia, medite nela e abrace as suas promessas. Faça a obra que Deus colocou diante de você. Faça tudo o que legitimamente puder fazer para melhorar a sua situação, mas continue esperando pelo socorro do Senhor. Independente do que fizer, não feche a sua Bíblia nem a coloque na prateleira. Se você fizer isso, estará fechando a porta para a sua única fonte de esperança. M antenha a sua Bíblia aberta e viva das suas promessas. O Senhor as cumprirá. Quando Ele o fizer, você concordará que valeu a pena esperar. Enquanto isso, não se esqueça de que você está esperando: 1. Por ord em de D eus 2. Sob os cuidados de Deus 3. Sob o treinamento de Deus 4. Pelo tempo de Deus
(M
o r g a n
,
2001, p. 13)50
Ele tem tudo sob controle, mesmo que esteja faltando uma frase [para você alcançar o esperado milagre, como ocorreu com a tese de Einstein].
C a p ít
ul o
8
I n d iv íd u o s in flu e n te s ... D e u s e s tá n o c o n tr o le d o s p o d e r o s o s Deus é a causa das causas. — C h r is t o p h er N es s e
Semana passada, comprei dois livros enquanto estava na livraria Barnes and Noble: MoonPie: Biography o f an Out-of-This-W orld Snack [MoonPie: a biografia de um doce do outro mundo], de David Magee, e God Is Not Great [Deus não é grande], de Christopher Hitchens. MoonPie ganhou de goleada. Se você já teve o privilégio de com er uma MoonPie™ 1acompa nhada de um a C oca-Cola, sabe o que é ser agraciado pela providência divina. Q uanto ao segundo livro... Ao longo dos anos, tenho podido apre ciar a coragem de Hitchens em dizer a verdade como ela é com res peito a assuntos mundiais, mas ele confunde as coisas quando fala do cristianismo e de religião em geral. Chega a fazer algumas reclamações Xl!l D oc e o rigin ário da N ova Inglaterra, sem elhante ao alfajor, que consiste de dois biscoitos redon do s do tipo
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Indivíduos influentes... Deus está no controle dos poderosos
legítimas sobre certos ensinamentos e práticas religiosas, porém ul trapassa os limites quando escarnece do único Deus verdadeiro. Ele escreveu a seguinte sinopse: Imagine que você é capaz de realizar uma façanha que para mim é impossível: imagine que você consegue idealizar um criador in finitamente benigno e todo-poderoso, que o concebeu, criou e moldou, e então o trouxe a este mundo que ele criou para você, e que ele agora supervisiona e cuida de você mesmo quando você está dormindo. (H it c h e n s , 2007, p. 1 5 ,16)51
N ão tenho nenhuma dificuldade em imaginar isso. Essa é a his tória da minha e da sua vida. A coisa mais reconfortante do mundo é saber que existe um Deus que cuida de nós. Hitchens é digno de pena. O Deus da Bíblia é grande. E Ele não somente é grande, mas também está no controle de todas as coisas, e isso inclui indivíduos poderosos. U
ma acusação falsa
Na época de José, o faraó era o homem mais poderoso da terra. Ele ti nha acesso a todos os luxos e privilégios que se pode imaginar (exceto a MoonPies, pois nasceu uns 2.900 anos antes da criação dessas delícias). José estava preso no cárcere do faraó. Eu não estou preso, mas conheço alguém que está. Trata-se de u m hom em nascido num res peitável lar cristão, que teve uma educação exemplar, ou seja, a última pessoa que você imaginaria ver na prisão. Quem conhece o caso concorda que ele não deveria estar atrás das grades. Sem querer entrar em detalhes, a situação desse homem é a seguinte: ele foi acusado, junto a um punhado de indivíduos, de ter cometido um crime de colarinho branco. Os demais foram acusados de crimes muito mais graves. Todos, porém, incluindo o advogado de acusação, concordam que ele não deveria ter sido preso. O fato, po rém, é que ele o foi. Depois de passar anos lutando contra a sua condenação e de ter
Capítulo 8
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negociar: ele não seria preso, e todo o episódio seria esquecido. Toda via, logo depois de firm ar o acordo, ele recebeu um telefonema infor mando que iria para a cadeia de qualquer jeito. Algum juiz poderoso havia intervindo no caso e anulado o acordo. Então, duas semanas depois do nascimento do seu primeiro filho, ele foi encarcerado numa prisão federal por um crime que não tinha cometido, para cum prir um a sentença que não merecia. Esse hom em é cristão e havia participado de um grupo de estudo bíblico do qual eu fora o líder por muitos anos. Então, como isso se encaixa no conceito de que Deus está no controle de indivíduos poderosos? O advogado dele entrou com um recurso, mas, daqui que o seu caso seja revisto, ele já terá cumprido a sentença. Alguém muito poderoso invalidara o acordo, mas Deus está no controle de indivíduos poderosos. Isso faz algum sentido? 0 R ei
d o s r e is e
J
u i z d o s j u í z e s
Jesus é o Rei dos reis. Ele detém o controle sobre os reis e os indiví duos poderosos. Isso inclui o seu chefe e todos os juízes da terra. Vbeê se lembra do que está escrito em Provérbios 21.1? Como ri beiros de águas, assim é o coração do rei na mão do S E N H O R ; a tudo quanto quer o inclina.
Isso também abrange primeiros-ministros, presidentes, diretores executivos, ditadores militares, reitores, chefes de polícia e membros dos conselhos escolares. Qualquer pessoa em qualquer lugar que ocu pe uma posição de autoridade está sob o controle do R ei dos reis. Qualquer um que respira Ele controla (Is 42.5). O Senhor está no controle dos poderosos, dos fracos e de todos os que se encontram entre esses dois extremos. Jerry Bridges declarou acertadamente: “Deus reina tanto na terra quanto no céu. Por razões que só Ele conhece, Ele permite que as pes soas ajam de maneira contrária e em rebeldia à Sua vontade revelada na Bíblia” 2006, p. 29)32. Mas, ainda assim, Ele está no controle
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Indivíduos influentes... Deus está no controle dos poderosos
usados por Ele para os Seus propósitos. E fazem exatamente o que Ele ordena. Essa é uma declaração e tanto sobre o poder que o Senhor exer ce sobre os reis da terra: Ele toma o coração dos poderosos e inclina-o, como correntes de água, na direção que bem entende. N em todos os cristãos creem nisso e nem todos os pastores acre ditam nesse ensinamento claro das Escrituras. Um pastor certa vez questionou o poder que Deus exerce sobre indivíduos poderosos: “Deus não pode simplesmente passar por cima do livre-arbítrio das pessoas quando este entra em conflito com a Sua vontade. Já que Deus decidiu criar o mundo da forma com o ele é,Ele não pode garantir que Sua vontade seja feita em todas as situações. Precisamos tolerar e contornar com sabedoria a irrevogável liberdade dos agentes humanos e espirituais” ( B o y d apud B r id g e s , 2006, p. 28)53. Então, deveríamos presumir que homens poderosos supostamen te têm mais poder do que Deus? Eles podem fazer o que bem enten dem,enquanto o Senhor está de mãos atadas? Provérbios 21.1 declara que Deus subjuga o livre-arbítrio e faz o que entende como o melhor. Inúmeros outros versículos ensinam o mesmo princípio. - .. " Isso me lembra o rei Nabucodonoso r no capítulo 4 de Daniel. Na época, ele era o hom em mais poderoso da terra. N ão é de espantar que todo aquele mimo, lisonja e adulação lhe tivessem subido à cabeça. Quando Nabucodonosor assumiu as rédeas do poder na Babilô nia, seu ego embarcou numa viagem interestelar. Ele não achava que Deus era grande, mas sim que ele era grande. Então, um ano depois de ignorar um alerta de Daniel, N abu codonosor recebeu do Senhor a mente de um animal. Durante os próximos sete anos, ele pastou com as vacas no campo. No fmal desse período, Deus restaurou sua mente. Ele se tornou fortemente inclinado a admitir que o Senhor é grande. Todavia, de acordo com o pastor que citei acima, o livre-arbítrio dos seres humanos, assim como dos agentes espirituais, é irrevogável. Devo presumir que ao mencionar agentes espirituais ele se referia a anjos e demônios (que são anjos caídos). Então vamos ver se eu en tendi: ele está afirmando que a vontade do homem ou de um anjo
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Como é possível que o livre-arbítrio do homem seja irrevogável, mas não a vontade do Senhor? Em Romanos 9.16 está escrito que isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.
C om esse tipo de ensinamento errôneo, não é de se estranhar que pensemos que indivíduos poderosos estejam no controle. Mas, se cre mos nisso, estamos redondamente enganados. O Senhor é quem con trola os indivíduos poderosos. Eles estão à Sua disposição e o servem 24 horas por dia. Eles o servem ainda que estejam em rebelião contra Ele. Respiram porque Ele permite que respirem, e pensam porque Ele permite que pensem (é só perguntar a Nabucodonosor). Deus pode tirar deles a habilidade de pensar e raciocinar em um instante. Com o vimos, quando líderes ou presidentes pecam, são responsá veis por seus pecados. Sabemos que Deus nunca é o autor do pecado por causa da Sua santidade absoluta. Porém, Ele usa indivíduos pode rosos para os Seus propósitos e, no fim das contas, usa-os para a Sua glória e para o bem do Seu povo. N o capítulo 41 de Gênesis, somos introduzidos ao faraó — o homem mais poderoso da terra. Esse homem teve dois sonhos (o segundo como uma continuação ou confirmação do primeiro), José os interpretou, e, como resultado, o faraó lhe confiou o posto de corregente do Egito. P o r
que o fara ó tinha poder
Em bora R obert Moses nunca tenha exercido nenh um cargo político, ele foi o homem mais poderoso da história do estado de Nova Ior que. Teve mais po der do que qualquer governador, incluindo Franklin Delano Roosevelt, que governou Nova Iorque de 1928 a 1932. A menos que você seja nova-iorquino, provavelmente nunca ou viu falar de R ob ert Moses. Contudo, ele talvez tenha sido o burocrata mais brilhante e poderoso que os Estados Unidos já produziram. Moses comandava as agências públicas que construíam estradas, pontes, par ques e conjuntos habitacionais. D e acordo com a monumental biografia The Power Broker [O poder do mediador], de autoria de Robert Caro,“ele desenvolveu uma má
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Moses ergueu um império e viveu como um imperador. Ele foi o maior construtor que o m undo já viu” (C a r o , 1974, contracapa)54. Como Robert Moses alcançou uma posição tão poderosa? Di versas vezes ele conseguiu escrever projetos de lei consistentes para deputados estaduais que nunca liam os detalhes grafados em letras minúsculas. O poder conquistado por Moses praticamente o tornou um ditador em Nova Iorque por quase quatro décadas. Entretanto, a verdade é que o Senhor permitiu que ele alcançasse essa posição de poder para que pudesse usá-lo para os Seus propósitos. Antes de analisarmos os sonhos do faraó, consideremos a razão por que ele era o rei do Egito. Como alcançou essa posição? A respos ta superficial seria que seu pai era o faraó, e que, com a morte deste, o título e a posição lhe foram transmitidos, já que ele era o prim ogênito. Mas há uma razão mais profunda do que a simples sucessão familiar. Nosso Deus, soberano, é Aquele que coloca homens e mulheres em posições de proeminência e poder e os remove. Como Maria, a mãe de Jesus, afirmou em seu Magnificat: Com o seu braço, agiu valoro samente, dissipou os soberbos no pensamento de seu coração, depôs dos tronos os poderosos e elevou os humildes (Lc 1.51,52).
Cerca de dois mil anos antes de Maria, o profeta Isaías teve uma visão surpreendente da grandeza de Deus se comparada aos nossos conceitos de grandeza terrena. Num capítulo extraordinário (Is 40), o Senhor nos exorta a considerar pessoas e nações que vemos como poderosas e im ponentes e a compará-las a Ele. Q uando fazemos isso, adquirimos uma nova perspectiva das coisas. Em Isaías 40.18, consta a seguinte pergunta: A quem, pois, fareis semelhante a Deus ou com que o comparareis?
Sugiro que você leia os versículos abaixo bem devagar, para que possa apreciar a grandeza do nosso Deus. Considere atentamente o Seu poder ilimitado: Quem mediu com o seu punho as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu em um a medida o pó da terra, e pesou os montes e os outeiros em balanças? Qu em guiou o Espírito do S E N H O R ? E que
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entendimento, e lhe mostrasse as veredas do juízo, e lhe ensinasse sabedo ria, e lhe fizesse notório o caminho da ciência? Eis que as nações são consideradas por ele como a gota de um balde e como o pó miúdo das balanças; eis que lança por aí as ilhas como a uma coisa pequeníssima. N e m todo o Líbano basta para o fogo, nem os seus animais bastam para holocaustos. Todas as nações são como nada perante ele; ele considera-as menos do que nada e como uma coisa vã. Isaías 40.12-17
N o tempo de José, o Egito era a grande superpotência mundial, o “menino grandalhão e malvado do bairro”. As demais nações temiam o Egito e seu poderio militar. Contudo, seu domínio chegou ao fim, e o Egito se torn ou uma nação praticam ente insignificante e desprovida de influência (ver Ez 29— 32). Muitos historiadores escreveram sobre a ascensão e a queda das grandes nações, dentre os quais o mais famoso foi Arnold Toynbee, que escreveu 12 volumes sobre o assunto. Em 1976, Sir John Glubb escreveu um ensaio intitulado The Fate ofEmpires [O destino dos impérios], Glubb expôs sua teoria segundo a qual os grandes impérios raramente sobrevivem por mais de 250 anos ( G l u b b apud O d o m , 1990, p. 186)55. Por que eles caem? Sir John sugere inúmeras causas. Contudo, a verdadeira razão, entalhada nas páginas das Escrituras, é que o Senhor é quem os derruba. Deus está no controle das nações e de seus líderes poderosos, incluindo os impérios listados a seguir: Nação
Datas
Duração em anos
Assíria
859-612 a.C.
247
Pérsia
538-330 a.C.
208
Grécia
331 -100 a.C.
231
República Romana
260-27 a.C.
233
Indivíduos influentes... D eus está no controle dos poderosos
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Império Árabe
634-880 d.C.
246
Império Mameluco
1250- 1517 d.C.
267
Império Otomano
1320-1517 d.C.
250
Espanha
1500- 1750 d.C.
250
Dinastia Romanov (Rússia)
1682-1916 d.C.
234
Grã-Bretanha
1700-1950 d.C.
250
(Fonte: http://dariusthemede.tripod.com/glubb.Acesso 17 /03/2 00 8).36
W inston Churchill afirmou: “Q uanto mais longe você olhar para o passado, mais longe enxergará o futuro”. Então, qual é a nação mais temida nos dias de hoje? Obviamente, os Estados Unidos da América. Mas muitas pessoas perdem o sono ao pensarem sobre o poderio nuclear do Irã ou da Coreia do Norte. Entretanto, em Isaías 40.12-17, vemos que todas as nações são como nada diante do Senhor. Aliás, elas são menos do que nada e to talmente insignificantes. Então, em vez de preocupar-se com a guerra nuclear hoje à noite, por que você não lê Isaías 40 antes de dormir? A China Vermelha, o Iraque, o Talibã, o Hezbollah, o Hamas e outras nações e organizações terroristas estão sob o controle sobera no do Senhor. Elas não são nada, são insignificantes. Tais instituições podem fazer o mal e causar a destruição? E claro que sim, mas não podem tocar na vida de um só cristão sem a permissão de Deus. Ele controla e governa tanto nações poderosas como grupos terroristas. E nenhum deles se dá conta do seguinte: Deus, o único Deus vivo e verdadeiro, aponta os seus líderes e determina a duração dos seus governos. E, quando o propósito do Senhor com eles termina, Ele os sopra, e eles caem. Isso é o que eu chamo de poder. Porventura, não sabeis? Porventura, não ouvis? O u desde o princípio se vos não notificou isso mesmo? O u não atentastes para os fu nd am en tos da
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são para ele como gafanhotos; ele é o que estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar; o que fa z voltar ao nada os prínci pes e torna coisa vã os ju iz e s da terra. E não se planta m , nem se semeiam , nem se arraiga na terra o seu tronco cortado; sopra sobre eles, e secam~se; e um tufão, como pragana, os levará. A quem pois me fareis semelhante, para que lhe seja semelhante? -- d iz o Santo. Levanta i ao alto os olhos e vede quem criou estas coisas, quem produz por conta o seu exército, quem a todas chama pelo seu nome; po r causa da gr an de za das suas forças e pela fortaleza do seu poder, nen huma faltará. Isaías 40.21-26
Grandes líderes constroem palácios. Deus só precisa falar, e siste mas solares são instantaneamente criados. Teddy Roosevelt foi um dos maiores presidentes que os Estados Unidos já conheceram. Estava habituado ao poder e sentia-se confor tável em usá-lo. Mas ele entendia muito bem a origem do verdadeiro poder. Teddy confessou aos seus amigos: “Depois de uma semana li dando com problemas difíceis de serem resolvidos, minha alma des cansa quando entro na casa do Senhor e canto de todo o coração: Santo, Santo, Santo é o Senhor todo-poderoso” (G b a n t , 1996, p. 176)57. N ão é de espantar então que “muitas vezes antes de se deitar, Roosevelt e seu amigo naturalista William Beebe saíssem até a va randa da Casa Branca e olhassem para o céu noturno, buscando uma pequena mancha luminosa próxim a à constelação de Pégaso. ‘Aí está a galáxia espiral de Andrômeda’, diziam eles em uníssono. ‘Ela é tão grande quanto a nossa Via Láctea. E uma das cem milhões de galáxias que existem no universo. Ela possui cem bilhões de sóis, todos maiores que o nosso.’Depois de um m om ento de silêncio reverente, Roosevelt virava-se para o amigo e dizia: ‘Já deu para ver que somos bastante pe quenos. Agora vamos para a cama.’” (G r a n t , 1996, p. 126)58 O presidente Theodore Roosevelt era um homem poderoso e com um grande ego. No entanto, refreava esse ego mantendo os olhos bem abertos quando olhava para as estrelas. E ele sabia muito bem que Aquele que as criara não era apenas todo-poderoso, mas também
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Indivíduos influentes... D eus está no controle dos poderosos
N em todos os indivíduos poderosos gostam de reconhecer que existe alguém mais poderoso que eles/ Porém, de tempos em tempos somos relembrados de que juntos eles não passam de um grande e redondo zero. Então, por que o faraó era um dos governantes mais poderosos do mundo na época de José? A resposta é simples: Deus o havia colocado naquela posição. O Senhor exalta e derruba os poderosos. Quando sopra neles, são reduzidos a nada como a Bruxa Malvada do Oeste em O mágico de O z . E Deus quem aniquila os príncipes e reduz a nada os juizes deste mundo. Primeiro Ele declara que as nações não são nada; em seguida, afirma que os juizes e outros indivíduos poderosos são igualmente insignificantes. Então o Senhor ordena: “Levantem os olhos e vejam quem criou essas estrelas!” Indivíduos poderosos gostam de ponderar a própria grandeza, quando, na verdade, não são nada, são insignificantes. Só ocupam uma posição de autoridade porque Deus os colocou ali por um período determinado por Ele para o Seu propósito e a Sua glória. Por isso, o faraó era o rei do Egito. N o capítulo 41 de Gênesis, o Senhor está prestes a invadir o ela borado sistema de segurança e todas as defesas do faraó para plantar um sonho bem no meio do seu subconsciente. Sonhos
p r a ze r o s o s e s o n h o s d e s a g r a d á v eis
Quando o faraó teve os sonhos que mudaram sua vida e o curso da história? Quando estava dormindo, é claro. Heráclito observou que “até os que dormem trabalham e colaboram para o que ocorre no universo”. Isso é verdade porque Deus dirige o universo. O faraó estava prestes a cooperar com o plano de Deus simples mente porque precisava dormir. Isso indica que ele na verdade não era tão poderoso quanto se imagina. Se você precisa dormir todas as noites, então não tem tanto poder assim. Aliás, em Isaías 40.28, é revelado um detalhe interessante sobre o poder divino: Não sabes; não
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Deus não dorme jamais. Ele nunca cai no sono, nunca precisa ti rar uma soneca à tardinha. O Senhor não dorm e porque jamais perde energia. Isso é o que eu chamo de poder! Mas o faraó, o qual todos temiam e consideravam tão poderoso e aterrador, precisava dormir. Certa noite, lá para as nove ou dez horas, ele começou a bocejar e a deitar o corpo no trono. Então colocou seu “pijama de seda” e enfiou-se debaixo de seus lençóis de algodão egíp cio de 300 fios para dormir. E, conforme o relato em Gênesis 41.1-8 ( n v i ) , foi isso o que aconteceu: A o fin a l de dois anos, o faraó teve um sonho. Ele estava em pé ju n to ao rio Nilo, quando saíram do rio sete vacas belas e gordas, que começaram a pa star entre os juncos. Dep ois saíram do rio mais sete vacas, feias e magras, que foram para ju n to das outras, à beira do Nilo . E ntã o as vacas feia s e magras comeram as sete vacas belas e gordas. N isso o faraó acordou. Tornou a adormecer e teve outro sonho. Sete espigas de trigo, graúdas e boas, cresciam no mesmo pé. Depois brotaram outras sete espigas, mirradas e ressequidas pelo vento leste. A s espigas mirradas engoliram as sete espigas graúdas e cheias. Então o faraó acordou; era um sonho. Pela manhã, pe r turbado, mandou chamar todos os magos e sábios do Egito e lhes contou os sonhos, mas ning uém fo i capaz de interpretá-los.
Esses sonhos foram daqueles que fazem a pessoa acordar per turbada, com as imagens ainda dançando na tela da mente. O faraó acordou angustiado por causa do sonho das vacas gordas e das vacas magras. Talvez tenha percebido que havia algo fora do comum ou significativo no sonho, que este não resultava apenas do excesso de “churrasco de coxinhas de rã” que havia comido na noite anterior. Tentando livrar-se daquela sensação inquietante, é provável que ele tenha dito a si mesmo “relaxe, foi só um sonho”, tenha virado para o outro lado e voltado a dormir. Entretanto, assim que pegou no sono, o faraó teve outro sonho, dessa vez envolvendo espigas de trigo. Inicialmente, havia espigas graúdas e boas, mas estas logo foram engolidas por espigas mirradas e
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Indivíduos influentes... Deus está no controle dos poderosos
Mais uma vez ele acordou e viu que estivera sonhando. Todavia, não conseguiu esquecer os sonhos. O faraó ficou perturbado porque sabia que significavam algo. Então, pela manhã, mandou chamar os magos e sábios do Egito para que os interpretassem (afinal, para que ele mantinha um bando de sábios na folha de pagamento?). Aqueles homens deviam ter se formado em “universidades” egíp cias equivalentes a Harvard,Yale e Oxford, mas, quando se tratava de so nhos, eles eram totalmente incompetentes. Isso porque os sonhos do fa raó vieram do Senhor, e as coisas de Deus se discernem espiritualmente. Seria necessário chamar um homem que conhecesse Deus para interpretar os sonhos enviados por Ele. E já estava mais do que na hora de o copeiro se lembrar daquele extraordinário jovem hebreu que conhecera no calabouço do faraó. Então o chefe dos copeiros disse ao faraó: “Eloje me lembro de minhas faltas. Certa vez o fara ó ficou irado com os seus dois servos e mandou prender-m e ju n to com o chefe dos padeiros, na casa do capitão da guarda. Certa noite cada um de nós teve um sonho, e cada sonho tinha uma inter pretação. Pois bem, havia lá conosco um jovem hebreu, servo do capitão da guarda. Contamos a ele os nossos sonhos, e ele os interpretou, dando a cada um de nós a interpretação do seu próprio sonho. E tudo aconteceu conforme ele nos dissera: eu fui restaurado à minha posição e o outro fo i enforcado”. Gênesis 41.9-13
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Era tudo o que o faraó precisava ouvir. Seus conselheiros não sabiam o que fazer, mantinham os olhos esbugalhados como veados surpreendidos pelo farol alto de um carro na estrada, completamente inúteis para o rei. Naquele exato momento o hom em mais poderoso da terra per cebeu que estava de mãos atadas. Ele não tinha po der para resolver seu próprio dilema. Foi então que o poder de Deus entrou em ação. De repente, uma “lâmpada” se acendeu na cabeça do copeiro. Como ele poderia ter-se esquecido? Havia um hom em na prisão perfeitamente
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E qual era a necessidade do faraó? Ele precisava de um homem que soubesse interpretar sonhos acuradamente. Não queria alguém que tentasse adivinhar a interpretação ou que quisesse apenas bajular o chefe com uma explicação agradável e politicamente correta. Algo havia abalado a alma do faraó, e ele queria saber a verdade — precisava de alguém que pudesse interpretar de maneira correta e detalhada seus sonhos perturbadores. O faraó mand ou chamar fo sé , que fo i trazido depressa do calabouço. D e pois de se barbear e trocar de roupa, apresentou-se ao faraó. Gênesis 41.14
(n v i)
Durante anos, a providência de Deus vinha preparando aquele jo vem, a quem as rédeas do poder do Egito estavam prestes a ser entregues pelo próprio faraó. Potifar e o carcereiro haviam feito exatamente a mesma coisa. Esses homens poderosos haviam delegado sua autoridade a José. E agora, o próprio faraó, o “bam bam bã” do poder, o deus vingador do Nilo, faria o mesmo. Porém, ele ainda não sabia disso. José permaneceu no cárcere — que a Bíblia chama de cova — por dois longos anos. Como dissemos, é provável que tenha pensado que viveria o restante dos seus dias naquele lugar fechado e escuro. Mas, de repente, tudo mudou. N a Bíblia está escrito que o fizeram sair logo da cova, então José veio a Faraó (Gn 41.14). Isso é o que eu chamo de ir de um extremo ao outro! Num minuto José estava na masmorra, no minuto seguinte se encontrava no palácio. Num minuto estava na prisão, no minuto seguinte, diante do homem mais poderoso do mundo. É o que acontece às vezes em nossa caminhada com Deus. Sen timo-nos cercados ou aprisionados em alguma circunstância sombria, então oramos, e oramos, e oramos, até que começamos a acreditar que o Senhor perdeu nosso número em algum lugar. De repente, no momento exato, nosso Rei soberano escancara a porta e saímos dali, apertando os olhos na luz ofuscante da manhã e apreciando o ar fresco. A espera pode parecer interminável para nós, mas o Senhor sabe
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Indivíduos influentes... D eu s está no controle dos poderosos
E Faraó disse a José: Eu sonhei um sonho, e ningu ém há que o interprete; mas de ti ouvi diz er que, quando ouves um sonho, o interpretas. E respon deu José a Faraó, dizen do: Isso não está em m im ; D eu s dará resposta de p a z a Faraó. Então, disse Faraó a José: Eis que em meu sonh o estava eu em pé na praia do rio. E eis que sub iam do rio sete vacas gordas de carne eformosas à vista e pastavam no prado. E eis que outras sete vacas subiam após estas, muito feia s à vista e magras de carne; não tenho visto outras tais, quanto à fea ldad e, em toda a terra do Egito. E as vacas magras efe ia s comiam as primeiras sete vacas gordas; e entravam em suas entranhas, mas não se conhecia que houvessem entrado em suas entranhas, porque o seu aspecto erafe io como no princípio. Então, acordei. Depois, vi em meu sonho, e eis que de um mesmo pé subiam sete espigas cheias e boas. E eis que sete espigas secas, miúdas e queimadas do vento oriental brotavam após elas. E as sete espigas miúda s devoravam as sete espigas boas. E eu disse-o aos magos, mas ninguém houve que mo interpretasse. Gênesis 41.15-24
O rei mais tem ido da terra esperava obter respostas de u m jovem escravo estrangeiro. Quem estava de fato no controle daquela situa ção? José, pois havia sido preparado pelo Senhor durante toda a sua vida para aquele momento. Deus lhe daria a interpretação do sonho que Ele próprio havia implantado no subconsciente do faraó. Se você parar para imaginar essa cena, verá como ela é irônica. Aquela situação havia sido inteiramente orquestrada pelo Senhor. O faraó não estava no controle daquele momento. Deus era quem estava. N o fim, o faraó fez exatamente o que o Senhor queria que ele fizesse. José propôs um plano para que o faraó se preparasse para a crise re velada no sonho. O plano veio de Deus, e o faraó o seguiu fielmente. Por que ele fez isso? Porque o Senhor está no controle de indivíduos poderosos. Ou
t r o r ei p o d e r o s o
As vezes achamos que indivíduos poderosos detêm o controle absolu
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Alguns anos atrás, almocei com um executivo que se encontrava em estado de choque. Ele havia trabalhado por muitos anos numa com panhia bastante prestigiosa que tinha como princípio jamais demitir seus funcionários. Entretanto, junto a milhares de outras pessoas, ele tinha sido demitido porque a saúde financeira da companhia havia en trado em declínio. Ele planejara trabalhar nessa firma por mais seis ou sete anos. Com isso, teria garantido um futuro financeiramente seguro. Aliás, esse homem havia planejado o que faria nos próximos 20 anos de sua vida. Agora todos os seus planos tinham ido por água abaixo. E compreensível que esse ex-executivo tivesse sérias preocupa ções quanto ao seu futuro. Seu mundo tinha sido virado de cabeça para baixo por um comitê de recursos humanos que decidira colocá-lo no olho da rua. Durante a refeição ele expressou seu medo e sua ansiedade com relação ao porvir, e num determinado momento eu disse: “Você não consegue ver que foi o Senhor Jesus C risto quem o dem itiu?” Ele olhou para mim como se eu tivesse dito um palavrão. “O que você quer dizer com isso? Foi o comitê que me despediu!” Então respondi: “Você realmente acredita que o destino de sua vida esteja nas mãos de um comitê? Seu plano era permanecer na companhia p or mais sete anos, mas esse não era o plano do Senhor. Se Ele quisesse que você trabalhasse nessa firma por mais sete anos, seria exatamente ali que você ficaria. E n en hu m comitê do m undo poderia mudar isso. O coração do comitê é como corrente de águas nas mãos do Senhor; Ele o inclina para onde b em entende. É Deus quem dirige o comitê e foi Ele quem o mandou demitir você. O Senhor quer que você faça algo que não estava em seus planos, mas que certamente está nos planos dele”. É assim que você precisa ver os indivíduos poderosos em sua vida. O poder deles foi concedido pelo Senhor, po r isso é limitado. Quando Deus diz “pulem”, eles pulam, mesmo que não acreditem nele nem achem que Ele é grande. Você se lembra daquele meu amigo que foi jogado na prisão por
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D eu s está no controle dos poderosos poder osos Indivíduos influentes... Deu
antes de ser preso, ele teria descrito a si mesmo como um cristão que havia havia pe perdid rdidoo o senso senso de prior pr iorida idade de em sua vida espiritual e que esta estavva afastando-se daquilo que sabia ser verdade. Em sua carta, ele escreveu as seguintes palavras (que cito aqui com sua permissão): Steve, tem sido maravilhoso ter tanto tempo para refletir, rever e analisar minha vida. Nunca dispus de tanto tempo a sós com o Senhor. Com toda a sinceridade, fazer um inventário completo da sua vida diante de Deus (sendo brutalmente honesto consigo m esm o) não é um a tarefa fáci fácill. Para dizer a verdade, não gostei de um a boa parte do que descobri (ou (ou do que o Sen hor me m ostrou) ostrou).. Agora cabe a mim fazer algo a respeito disso. Parece que sou capaz de enxergar a direção de Deus com muito mais clareza agora que não estou sendo inundado com questões m un dan as. Essa Essa é a únic a coisa coisa bo a sob re a prisão. Você nã o está está sujeit sujeitoo a nen hu m a pres pressã são. o. D esco bri q ue preciso e ntregar todos os aspectos da minha vida ao Senhor. O mais engraçado ou irônico é que, enquanto estou sentado aqui na prisão, fisicamente encar cerado, cerado, nu nca m e senti tão tão livre livre espiritualmente. espiritualmente. Espero Espero que tenha conseguido expressar o que sinto. Paulo é muito melhor do que eu quando se trata de escrever da prisão. Deus tem falado muito comigo. Eu realmente me desviei do caminho nos últimos anos. E maravilhoso sentir Sua presença o tem po todo. Ele prom eteu jamais me deixar ou m e abandon ar [.. [...] Ess Essa é um a verdade verdade trem end am ente reconfortante. reconfortante.
N o pa pará rágr graf afoo segu se guin inte te,, ele fez u m a p e rgu rg u n ta: ta : “ Steve, vo você cê acha ach a que Deus às vezes faz com que coisas ‘ruins’ aconteçam de propósito para pa ra traz tr azer er Seus filhos filh os de vo volta lta ao ap apris risco co?” ?” Coisa Coisass ruins como co mo m and andar ar juizes poderosos anularem um acordo judi ju dici cial al?? Respondi que sim. E ele concordou. Que Deus tremendo!
C a p ítí t
ul o
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D e u s p r o g r a m a o “ b o l e t i m d e m e t e o r o l o g i a ” .. . E l e e sts t á n o c o n trt r o lel e d a f o m e , d o c lil i m a e dos desastres naturais Deus não teve nada a ver com os eventos de 11 de setembro de 2001. — P as a s t o r a n ô n i m o f a l a n d o n a t e l ev ev i s ã o
A frase
GStá gravada em todas as moedas dos
em Deus Deus con fiamos
Estados Unidos. Em 1588, a rainha da Inglaterra ordenou que a frase “Ele soprou, e eles foram espalhados” fosse cunhada numa medalha de o u ro.5 ro .59 “Ele soprou e eles foram espalhados.”Por que essa frase foi grava da numa medalha de ouro? Em maio de 1588, a Espanha era a nação mais poderosa do mundo. Encorajados por essa onda de poder, os espanhóis começaram a consi derar a possibilidade de invadir e conquistar a Inglaterra. Para realizar esse esse feito, feito, Felipe II, o rei da Espanha, env e nviou iou a mais mais pode p oderosa rosa força na nava vall do mundo — a Marinha espanhola. A esquadra, formada por mais de
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Deus programa o “boletim de meteorologia”...Ele está no controle da fome, do..
Ao sair sair da Espanha, Espanha, a esquadra esquadra velejou velejou rum o ao no rte em direção direção à Inglaterra. Entretanto, antes que pudessem atacar, os navios depa raram raram com uma tempestade tempestade m onstruosa — na verd verdade ade,, um fura furacã cãoo maciço numa região que ficava muito mais ao norte do que a rota habitual dos furacões. Então, com seus ventos assassinos, esse furacão surpreend surp reendente ente praticam p raticamente ente aniquilou a armada espanhol espanhola. a. Foi o fim da Espanha Espanha como co mo superpotência mundial. Os ventos destruíram os navios antes que estes alcançassem a In glaterra. E toda a Inglaterra, incluindo a rainha Elizabeth, sabia que Deus havia enviado a tempestade. A frase de louvor ao Senhor “Ele p u b soprou, e eles foram espalhados” foi proclamada em cada vilarejo, pu e igreja da Inglaterra. N i n g u é m disse um u m a pa palavr lavraa sobr so bree a mãe m ãe n atu at u reza re za o u u m go golp lpee de sorte. Toda a glória foi dada ao Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Fa l
a n do em d es a st r es
...
Imagine que o boletim abaixo acaba de ser veiculado no “Jornal N a c io n a l” : U m ofic oficiial anôn imo no gabinete gabinete do faraó faraó acaba acaba de confirma r a seguinte informação: Deus abrirá as comportas do céu e inundará a eco nom ia do Eg ito com prosperidade prosperidade nos próxim próxim os sete sete ano anos. s. E n tão Ele fechará a torneira do céu e enviará um desastre natural que afetará o Egito e todas as nações vizinhas nos sete anos seguintes. Isso acontecerá com toda a certeza e não poderá ser impedido.
Essa foi basicamente a interpretação que José fez dos sonhos que tanto perturbaram o faraó. Nos dias de hoje, a boa notícia deixaria os corretores da bolsa de valores e os economistas exultantes. A inflação cairia, e os lucros chegariam ao teto! Mas e qua quanto nto à segunda parte do boletim bole tim informativo — aquela aquela que afirmou que Deus enviaria uma calamidade duradoura que amea çaria a própria existência do Egito como nação? E provável que todos os membros da corte do faraó tivessem
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no rádio e na televisão. Mas não havia nada que o faraó ou qualquer outra ou tra pessoa pud pudessem essem fazer para para prevenir prev enir o de desa sast stre re.. A s sete set e vacas boas são sete set e anos, e as sete espigas espig as boas são tam ta m bém bé m sete anos; trata-se de u m único sonho. A s sete vaca vacass magras efeia fe ia s que surgiram depois das outras, e as sete espigas mirradas, queimadas pelo vento leste, são sete anos anos.. Serão sete anos de fo m e. “É exa tam ente en te como eu disse disse ao faraó: faraó : D e u s mo most stro rouu ao fara fa raóó aq aquil uiloo qu quee ele vai va i fa z e r . Sete Se te an anos os de m u ita it a fart fa rtuu ra estão para vir sobre toda a terra do Egito, mas depois virão sete anos de fo m e . E n tã o todo o tem te m po de fa rtu rt u ra será esquecido, p o is a f o m e arruina arru inará rá a terra terra.. A f o m e que virá depo depois is será será tão rigoro rigorosa sa que o tempo tem po de fartur far turaa não será será mais lembrado lembrado na terr terra. a. O sonho veio aofaraó far aó duas veze v ezess porque porqu e a questão já foi decidida por Deus, que se apressa em realizá-la. “Procure agor ag oraa ofaraó far aó u m ho m em criter criterioso ioso e sábio e coloque-o no comando coma ndo da terra terra do Egito. O faraó fara ó também tam bém deve estabe estabelec lecer er supervisores supervisores para reco recolhe lherr um quinto qui nto da colhei colheita ta do Egito E gito durante os sete anos de far tura. tur a. Eles E les deve deverão rão reco recolh lher er o que pu pude derem rem nos anos bons que virão e fa z e r estoques de trigo trigo que, sob sob o controle controle do faraó far aó,, serã serãoo arm a rm azena az ena do doss nas cidades. cidades. Esse Es se estoque estoq ue servirá de reser reserva va para os sete sete anos an os de fo m e qu quee virão sobre sobre o Egito, Egito , para que a terr terraa não seja arrasa arrasada da pela fom fo m e. Gênesis 41.26-36
(n v i)
Secas e fomes desastrosas são uma péssima notícia. As pessoas morrem por causa delas. E a escassez de alimentos que Deus enviaria pe p e rdu rd u rari ra riaa p o r sete pe peno noso soss ano anos. s. No N o sso ss o dile di lem m a é o segu se guin inte te:: as as pessoas m o r r e m e m tsuna tsu nam m is, te t e rre rr e motos e incêndios. E, se Deus está no controle de todos esses eventos, então é Ele quem as faz morrer. Se o Senhor está no controle desses acontecimentos, é responsável pelos sofrimentos físicos e emocionais que resultam deles. Cerca de 50 milhões de pessoas morrem a cada ano, seis mil a cada ho hora ra e mais mais de 100 a cada cada min m inuu to6 to 60. Mas, qu quan ando do milhares m o r rem ao mesmo tempo no mesmo lugar, costumamos perguntar-nos
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Deus programa o “boletim de meteorologia”...Ele está no controle da fome, do.
Muitos cristãos sensíveis acham difícil entender os inúmeros de sastres naturais que ocorrem em todo o m und o — um terrem oto aqui, uma seca ali, tufões e enchentes acolá. Milhares de pessoas morrem, e outras perecem lentamente de fome. Regiões inteiras são devastadas, safras são arruinadas e moradias destruídas. “Por que Deus p erm ite isso?” , podem os pergu ntar-nos. “Po r que D eus p erm ite que aquelas cria ncin has inocentes m o rra m de fo m e?” N ão é errado debate r-se com essas questões, contanto que m an tenhamos uma atitude reverente e submissa para com Deus. Na verdade, não se debater com a questão das grandes catástrofes in dicaria uma falta de compaixão para com os outros. Entretanto, se não tivermos cuidado, acabaremos tirando o Senhor do Seu trono soberano em nossa mente, coloca ndo -o no banco dos réus e ju lg an d o -o em nosso tribunal. ( B r i d g e s , 20 06, p. 58, 59)61
D eus
continua no t r o n o
Quando um pastor diz que Deus não teve nada a ver com os eventos de 11 de setembro (o que a citação no início deste capítulo parece indicar), ele está tirando Deus do trono. Por que aquele pastor disse isso? Acho que estava tentando inocentar o Senhor. Ele não quer que as pessoas pensem que Deus é um sujeito malvado. Mas, quando afir ma que o Senhor não teve nada a ver com aquele evento, o pastor está cavando um buraco ainda mais profundo. Se Deus não teve nada a ver com o 11 de setembro, então de algum modo o incidente lhe passou despercebido, e, se isso é verdade, Ele não está no controle absoluto de tudo. A verdade é que o Senhor não precisa que o inocentemos. Ele não precisa ser defendido ou explicado. Talvez não conheçamos Seus propósitos ao enviar os eventos de 11 de setembro, mas nem por isso devemos negar que Ele estava no controle e que até mesmo planejou o ocorrido. Porque nós amamos e honramos a Deus, queremos que todos tenham sentimentos positivos em relação a Ele e que todos tenham
Capítulo 9
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de nós terá todas as suas perguntas sobre o Senhor respondidas nesta vida. Se a única maneira que você encontrou de sentir-se confortável com o modo como Ele trabalha foi enfraquecendo o Seu poder ou diluindo qualquer um dos Seus atributos para torná-lo mais admirável, então você não conhece o Deus da Bíblia. O Deus da Bíblia pode ser conhecido, mas Ele também é incom preensível. O Senhor faz coisas que nos deixam perplexos. [Meus cami nhos não são os seus caminhos .] As vezes Ele nos confunde e outras vezes nos frustra [Meus pensamentos não são os seus pensamentos .] Em outras ocasiões, faz-nos sofrer. E, por razões que fogem ao nosso entendi mento, Ele às vezes usa o clima, ataques terroristas e desastres naturais para cumprir Seus santos propósitos. Seu poder absoluto sobre a natureza nos espanta, conforme ve mos emjó 37.1-6,9-13 ( n v i ): “Diante disso o meu coração bate aceleradamente e salta do seu lugar. Ouça! Escute o estrondo da sua voz, o trovejar da sua boca. Ele solta os seus relâmpagos por baixo de toda a extensão do céu e os manda para os confins da terra. Depois vem o som do seu grande estrondo: ele troveja com sua majestosa voz . Q ua nd o a sua vo z ressoa, nada o f a z recuar. A vo z de Deu s troveja m aravilhosamente; elef a z coisas grandiosas, acima do nosso entendimento. Ele diz à neve: ‘Caia sobre a terra’, e à chuva: ‘Seja um fo rte aguaceiro’. A tempestade sai da sua câmara, e dos ventos vem o frio . O sopro de D eus p ro d uz gelo, e as vastas águas se congelam. Também carrega de umidade as nuvens, e entre elas espalha os seus relâmpagos. Ele asf a z girar, circulando sobre a superfície de toda a terra, para fa ze re m tudo o que ele lhes ordenar. Ele traz as nuvens, ora para castigar os homens, ora para regar a sua terra e lhes mostrar o seu amor. ”
Então, quando um terremoto mata milhares de pessoas, ou um tsunami afoga dezenas delas, ou um furacão arrasa uma cidade, ou aviões são seqüestrados em 11 de setembro e milhares de pessoas mor rem, oque tentamos fazer? Tentamos inocentar o Senhor, dizer que Ele não teve nada a ver com esses eventos. Mas a Palavra de Deus
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Deus programa o “boletim de meteorologia”...Ele está no controle da fome, do.
Sucederá qualquer mal à cidade, e o S E N H O R não o terá feito? Amós 3.6b
E u sou o S E N E IO R , e não há outro. E u for m o a lu z e crio as trevas; eu faço a p a z e crio o mal; eu, o S E N H O R , faço todas essas coisas. Isaías 45.6a,7
Se você acredita na Bíblia, não pode negar que Deus está no con trole das calamidades: O termo traduzido como calamidade é a palavra hebraica ra, tra duzida com m uito m aior frequência com o mal (e também malva do, nocivo, ou perverso). Não existe nenhuma palavra hebraica mais
forte do que esta para indicar tudo que é destrutivo, desastroso e pernic io so, tanto do p o n to de vista da experiência hum ana com o da perspectiva do próprio Deus. (Wa k e , 2004, p. 72)62
Se ainda resta qualquer dúvida quanto ao fato de que o Senhor assume total responsabilidade pelas calamidades e pelos desastres que ocorrem no mundo, observe as seguintes passagens. Mas esteja avisado: o que esses textos têm a dizer talvez o deixe bastante perturbado. Vede, agora, que eu, eu o sou, e mais nenhum deus comigo; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e ninguém há que escape da m inha mão. D e u t e r o n ô m i o 3 2 .3 9
O S E N H O R é o que tira a vida e a dá; f a z descer à sepultura e f a z tor nar a subir dela. O S E N H O R empobrece e enriquece; abaixa e também exalta. 1 Sa m u el 2.6,7
Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande?
Capítulo 9
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er dades d u r a s
Em seu livro God’s Greater Glory [A maior glória de Deus], o Dr. Bruce Ware analisa cuidadosamente o ensinamento desses versículos: A maioria dos cristãos afirmaria sem hesitar que Deus está no con trole de todas as coisas boas q ue aco ntec em ; afinal, T iago 1.17 declara que todo dom perfeito procede do Pai das Luzes. Portanto, não deveríamos ficar surpresos ou perturbados ao lermos nessas passagens que o S en h or faz viver, o S enh or sara, o S enhor en riq u e ce, o Senhor exalta, o Senhor traz dias de prosperidade, o Senhor endireita, o Senhor forma a luz, o Senhor concede o bem-estar e o Senhor promove o que é bom. Mas o que é surpreendente e elucidativo nesses versículos é que, nas mesmas linhas, eles atribu em a Deu s realidades hum anas qu e se encontram do lado oposto do espectro. O Senhor não apenas faz viver, mas Ele tam bé m mata; Ele n ão apenas sara, mas Ele tam bé m fere. Aliás, a Bíblia diz que o Senhor empobrece, o Senhor abate, o Senhor faz torto, o Senhor traz dias de adversidade, o Senhor cria as trevas e a calamidade, o Senhor traz aquilo que é mau. [...] Precisamos entender as Escrituras, deixando que essas passagens nos instruam quanto à extensão do controle soberano de Deus. Ainda que não consigamos compreender satisfatoriamente como o Senhor controla o bem e o mal sem que o Seu relacionamento com o mal o comprometa moralmente, esses versículos afirmam claramente que Deus está no controle de ambos. 70 , 71 )63
(W a r e ,
2004, p.
Algumas páginas adiante, Dr. Ware discute as implicações morais de um Deus que controla tanto o bem como o mal. Deus reina sobre o bem e o mal, sobre a luz e as trevas, e esse ensinamento bíblico, assim como muitas outras passagens das Es
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Deus programa o “boletim de meteorologia”...Ele está no controle da fome, do.
Lembre-se de que em Isaías 45.7, o Senhor disse: Eu formo a luz e crio as trevas. Contudo, considere juntamente 1 João 1.5: E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Que interessante! Embora Deus controle tanto a luz como as trevas (Is 45.7), Sua natureza é exclusivamente de luz, e não de trevas (1 Jo 1.5). Então, embora Deus controle tanto o bem-estar como as calami dades (o mal), Ele não te m ne nh u m prazer na perversidade. O mal não habita nele, e Ele não pode aprová-lo. Em suma, o Senhor é b o m e não m au, em bora Ele contr ole o b em e o mal. Ele ja m ais compromete Sua natureza eterna e santa. Não é manchado pelo mal tampouco o aprova. O mal é contrário à natureza santa e mo ral de Deus, e Sua atitude com relação ao mal é sempre de ódio e oposição, enquanto Sua atitude com relação ao bem é sempre de aprovação e concordância.
(W
a r e
,
200 4, p. 1 0 1 ,102)64
N ão precisamos limitar o Senhor e o Seu poder para resolver o dilema moral relativo à Sua responsabilidade pelo mal. O que devemos fazer é apenas aceitar o que dizem as Escrituras. A
b r a ç a n d o á r v o r e s e t o r n a n d o - a s o c a s p o r d e n t r o
Tenho uma pergunta: será que Deus precisa de permissão para cortar uma árvore? A resposta é não. O Senhor criou as árvores e é dono de las. Ele envia tempestades e incêndios, com isso árvores são destruídas. Mas às vezes Deus decide simplesmente tornar uma árvore oca. Há pouco tempo uma cerimônia extraordinária ocorreu em Isra el. Enquanto tocava o tronco oco de uma árvore que ele havia trazido da Europa, um sobrevivente do Holocausto disse a uma audiência fascinada: “Esta árvore salvou a minha vida”. Ao doar a árvore ao M em orial do Holocausto Yad Vashem em Jerusalém, o polonês Jakob Silberstein contou que se escondera em seu t do oldados alemães foram procu jud
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Durante a guerra, Silberstein, hoje com 83 anos, abrigou-se na casa de uma senhora tcheca chamada Jana Sudova. Enquanto perse guia um coelho, ele encontrou a árvore oca no quintal de Jana e a escolheu como um possível esconderijo caso fosse descoberto. Pouco antes das tropas alemãs deixarem aquela área, a Gestapo, polícia secreta alemã, decidiu realizar uma última operação de busca aos judeus. Silberstein correu para a árvore. Eu estava incrivelme nte apertado lá dentro. Perm aneci ali po r nove horas inteiras, o coração disparado e o co rpo todo treme ndo , certo de que se os soldados chegassem perto da árvore poderiam escutar minha respiração. Durante todo esse período, eu estava morrendo de medo. Não queria morrer ali. Eu temia que eles me cortassem com uma serra elétrica ou atirassem em mim.
Depois da guerra, Silberstein se mudou para Israel. Ele voltou à República Tcheca em 2005 e, com a ajuda de um jornalista local, conseguiu encontrar a árvore, que havia sido recentemente cortada e estava prestes a ser usada para a confecção de móveis de jardim. Ele conseguiu que lhe dessem parte do tronco, o qual levou para Israel. Os pais e três irmãos de Silberstein estão entre os seis milhões de judeus assassinados pelo regime nazista de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.65 Deus usou uma árvore de tronco oco para salvar a vida de um jovem. Será que o Senhor planejou que o tronco daquela árvore fosse oco ou Ele apenas permitiu que isso acontecesse? E provável que você esteja se perguntado que importância tem isso. Quando se trata de árvores, talvez isso não pareça tão importante. N o entanto, quando se trata do mal, a história é bem diferente. Bruce Ware propõe:
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Deus programa o “boletim de meteorologia”...Ele está no controle da fome, do.
textos, onde os escritores bíblicos parecem reconhecer e adotar claramente esse conceito: M as vosso pai me enganou e mudou o salário d ez vezes; p o ré m D eu s não lh e p e r m itiu que m e fiz e s s e m a l.
Gênesis 31.7
E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo : M an da -no s para aqueles porcos, para que entremos neles. E Jesus logo lh o p e r m itiu . E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos. Marcos 5.12,13a
O, qua l nos tempos passados, deixou andar todos os povos em seus pró prios caminhos. Atos 14.16
Porque não vos quero agora ver de passagem, mas espero fic ar convosco algum tempo, se o Senhor o p e r m itir . 1 Co rín tio s 16.7
E isso faremos, se
D eu s o p e rm it ir .
Hebreu s 6.3 (Ware,
2004,
p.
106, 107)66
Ware então nos leva à conclusão que nos ajuda a resolver esse dilema moral: O que precisamos entender é que Deus permite que o mal ocorra apenas qua nd o Ele sabe que isso irá servir Seus propósitos, jamais frustrá-los ou preveni-los. Ele po de fazer isso porq ue , antes que qual quer mal ocorra, Ele tem poder suficiente para impedir que aquele mal específico ch egu e a acontecer.
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a r e
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2004, p. 1 0 6 ,107)67
Então o Senhor permite que o mal ocorra quando serve Seus propósitos santos e bons. E será que todos esses eventos — o que in cluiria furacões, incêndios florestais, deslizamentos de terra, doenças,
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Não!Por isso, precisamos ter o cuidado de não acusar o Senhor de fazer o mal quando Ele o usa para os Seus bons propósitos, mesmo que não consigamos entendê-los. O que devemos fazer é apenas confiar na Sua benignidade e no Seu caráter quando as coisas não fazem sentido para a nossa mente limitada. De
vqltâ a
J
osé
José olhou nos olhos do faraó e disse que haveria sete anos de fartura seguidos de sete anos de fome absoluta. Fomes severas resultam de um calor excruciante acompanhado de uma seca prolongada. Em outras palavras, dias quentes sem nenhuma chuva. E quando você planta suas safras nu m clima desse po r sete anos, você se depara com um a fome — um grande desastre natural. Alguém chame a F [Agência Federal de Gestão de Emergências] e ore para que seus agentes apareçam! As companhias de seguro chamam os desastres naturais de “atos divinos”. Não é interessante que elas tenham mais senso teológico do que alguns pastores contemporâneos? Será que o mesmo pode ser dito de desastres que assolam o nosso corpo? Meu amigo Paul Lanier é médico. Seu hobby é a musculação. Ele é um freqüentador assíduo dos estudos bíblicos que ministro em Dalas às quartas-feiras à noite. Mas preciso contar-lhe algo sobre Paul. Embora ele tenha apenas quarenta e poucos anos, não exerce mais a medicina. E também não pratica mais a musculação. Aliás, Paul não consegue nem levantar a mão ou entrar andando na sala. Quando vai ao estudo, seus amigos o levam numa cadeira de rodas. Paul é portador da doença de Lou Gehrig e perdeu a habilidade de falar há alguns anos. A maioria dos hom ens acometidos dessa doen ça morre em dois ou três anos. Paul sofre dela há oito. E provável que tenha conseguido sobreviver tanto tempo assim por estar em forma tão extraordinária antes de a doença atacar seu corpo. A última coisa que me lembro de ter escutado Paul dizer antes e m a
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“Steve, esta doença salvou a minha vida. Foi um presente de Deus, pois me trouxe até Ele. Sem ela, eu não teria a vida eterna” . Em Êxodo 4.11 (NVi),lemos a seguinte declaração sobre o con trole absoluto de Deus: “Quem deu boca ao homem? Quem o f e z surdo ou mudo? Quem lhe concede vista ou o torna cego? Não sou eu, o Senhor1”
O Dr. Donald Grey Barnhouse, um dos grandes teólogos e pasto res do século passado, fez o seguinte comentário sobre esse texto claro das Escrituras: N e n h u m in divíduo ja m ais nasceu ou fic ou cego sem que D eus tivesse planejado que ele fosse cego; igualmente, ninguém nunca nasceu ou ficou mudo sem que Deus tivesse planejado que essa pessoa fosse m uda [...] Se você não acre dita nisso, você tem u m Deus estranho que possui um universo que ficou desengrenado e que Ele não pode controlar.
(B r
id g e s
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2006, p. 61)68
Meu amigo Paul se alegra na soberania de Deus. Ele não está re voltado contra o Senhor po r ter lhe tirado a saúde física. Será que Paul gosta das suas circunstâncias? E claro que não. Mas ele sabe que Deus está no controle delas. Ele confia no Senhor para cuidar da sua família quando for promovido ao céu. Paul sabe que a morte está próxima e que Deus já planejou o momento preciso da sua partida (Hb 9.27). Ele está em paz com o seu futuro porque tem consciência de que o Senhor tem tudo planejado. Paul não serve a um Deus que se sente confuso quanto ao que transcorrerá. Ele serve a um Deus que é dono do futuro e de tudo o que este reserva — incluindo tornados, terre motos, câncer e nevoeiros. N um a sexta-feira, no dia 30 de abril de 1776, nove mil soldados americanos sob o comando de George Washington foram salvos por um nevoeiro. Sem ter como sair de Brooklyn, em Nova Iorque, os soldados estavam prestes a serem cercados por tropas britânicas e a tornarem -se alvos fáceis para o bombardeio dos navios ingleses. Então Washington deu uma ordem radical: eles evacuariam os nove mil ho
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barco. Teriam de fazer uma travessia de 1,6 km até o outro lado do rio à noite, sem nenhuma iluminação. Assim que escureceu, os soldados começaram a carregar os barcos. N inguém dizia uma palavra e nenhuma luz foi acesa. D urante toda a noite, fizeram diversas viagens. Com o dia prestes a amanhecer, porém, muitos homens ainda não haviam sido evacuados. Contudo, para a surpresa de todos, minutos antes dos primeiros raios de sol iluminarem a cena, uma densa névoa desceu sobre eles. Era impossível enxergar mais de dois metros em qualquer direção. “Mesmo depois do nascer do sol, o nevoeiro permaneceu tão denso quanto antes, enquanto na margem de Nova Iorque do rio não havia nevoeiro algum” (McC u l l o u g h , 2005, p. 191)69. Pouco depois das sete da manhã, os últimos soldados desembar caram em N ova Iorque, e em poucos minutos o nevoeiro havia se dis sipado. Nove mil tropas americanas foram salvas das garras do inimigo com a ajuda da escuridão e de um nevoeiro. Quando este se desfez, os oficiais britânicos ficaram abismados. Puderam ver os soldados de Washington acenando para eles do outro lado do rio. Em seu livro 1766, David M cC ullough escreveu: “Mais uma vez, inexplicavelmente, as circunstâncias — o destino, a sorte, a providên cia, a mão de Deus, como muitos disseram — intervieram” ( M c C u l l o u g h , 2005, p. 191)70. N ão foi o destino. N ão foi a sorte. O mesm o Deus que 200 anos antes havia salvado a Marinha britânica agora a confundia. Em 1588, Deus soprou, e eles se espalharam.Em 1776, Deus so prou, e o nevoeiro se formou. Davi expressou isso desta forma: O nosso Deus está nos céus e fa z tudo o que lhe apraz (SI 115.3). D ez
atos divinos
As páginas das Escrituras estão cheias de episódios nos quais figura a intervenção divina por meio das chamadas forças da natureza. Cerca de 400 anos depois de José, Moisés se apresentaria dian te de outro faraó e ordenaria que ele deixasse os israelitas saírem da
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Senhor enviou dez pragas sobre o Egito, que hoje seriam conhecidas como desastres naturais. Aliás, foram desastres sobrenaturais, ou seja, atos divinos. • • • • •
A água do Nilo se transform ou em sangue (Ex 7.14-25). Rãs cobriram a terra (Ex 8.1-5). Piolhos se espalharam por toda parte (Ex 8.16-32). Enxames de moscas desceram sobre a terra (Ex 8.20-32). Todo o gado do Egito mo rreu de uma praga da noite para o dia (Êx 9.1-7). • Feridas purulentas (sarna) surgiram nos homens e nos animais (Êx 9.8-12). • O granizo destruiu todas as safras da nação (Ex 9.13-35). • Enxames de gafanhotos devoraram tud o o que era verde (Ex A
10 . 1- 20).
• Por três dias o Egito foi coberto de trevas espessas (Ex 10.21-29). • Todos os prim ogênitos da terra do Egito foram mortos (Ex 11.1— 12.30). Os egípcios e os israelitas não viviam na mesma cidade. Os israeli tas viviam em Gósen, local adjacente àquele onde residiam os egípcios. Havia uma fronteira, e Deus a deixou bem clara quando enviou as pragas (Ex 8.22). As últimas sete não tocaram os israelitas. “Apenas o grande Deus de Israel poderia controlar o curso do voo de moscas minúsculas e impedi-las de entrar na terra de Gósen. O cuidado providencial de Deus sobre Israel ficou evidente em cada uma dessas sete pragas, já que os israelitas escaparam de todas elas” ( W i e r s b e , 2001, p. 192)71. Essa foi uma demonstração extraordinária do poder de Deus. Pense na praga da escuridão. Estava tão escuro no Egito que as trevas podiam ser apalpadas (Ex 10.21). Em Gósen, contudo, o sol continu ava brilhando. A distinção era tão clara que você poderia estar junto à fronteira, do lado de Gósen, com o sol aquecendo o seu rosto, estender a mão até o lado do Egito e não conseguir mais vê-la por causa da A
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A última praga foi a pior. Os primogênitos do Egito morreram todos numa só noite, assim como os primogênitos de todos os ani mais. Mas porque cada uma das famílias israelitas havia sacrificado um cordeiro e colocado o seu sangue sobre os umbrais da porta de suas casas, o anjo da morte passou adiante, e os primogênitos israelitas fo ram poupados. Imagine o lamento de dor escutado em todo o Egito naquela noite terrível! Até o primogênito do faraó havia morrido. E isso não precisava ter acontecido. Antes de cada praga, o rei havia sido avisado do que o Senhor pretendia fazer. Se tivesse deixado os israelitas par tirem, nenhuma praga teria vindo sobre o Egito. Mas o faraó se recu sou a obedecer. A cada episódio, ele endurecia ainda mais o coração. N o fim das contas, ele mesmo foi o culpado da morte do filho e dos outros primogênitos do Egito. Ele se recusou a prostrar-se diante do soberano Deus de Israel e a obedecer à Sua vontade.
A
MAIOR DE TODAS AS DORES
Não existe nada mais profundo nem mais doloroso do que a m orte de um filho. Quando ensino sobre a providência de Deus, muitas pessoas me perguntam o que devemos dizer a pais que acabaram de perder um filho. Gostaria de exercer cautela nesse ponto. Nunca precisei enterrar um filho. Nunca experimentei essa dor, que é a mais profunda de to das. Então, não sei o que é isso. Joe Bayly sabe muito bem o que é isso porque enterrou três fi lhos. Então, acho que deveríamos atentar para o que ele tem a dizer sobre o que devemos falar a pais enlutados: E u estava sentado, devastado pelo sofrimento. U m ho m em chegou e com eço u a falar sobre a m aneira co m o D eus opera, sobre o p or quê de tudo aquilo, sobre por que meu filho havia morrido, sobre a esperança além do túmulo. Ele falou sem parar. Disse coisas que eu sabia serem verdadeiras. Mas nada daquilo me comoveu. Pelo contrário, eu mal podia esperar que ele fosse embora. Então ele
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Deus programa o “boletim de meteorologia”...Ele está no controle da fome, do.
Pouco tempo depois, outro homem chegou e se sentou ao meu lado. Ele não disse nada. N ão m e fez ne nh um a perg unta. Apenas se sentou com igo po r mais de um a hora, escutando-m e q uando eu dizia algo, dan do respostas breves, fazend o u m a simples oração no final, e partindo. Isso me comoveu. Senti-me consolado. E detestei vê-lo partir.
Joe Bayly nos oferece um manancial de sabedoria proveniente de sua própria dor. Ele era pastor e teólogo. Conhecia a soberania de Deus e sabia que Ele estava no controle de todas as coisas. Joe conhe cia muito bem o sofrimento de Jó e sabia que o Senhor dá e o Senhor tira. Mas, em meio ao seu sofrimento, não precisava de versículos bí blicos; ele precisava de amigos que o escutassem, que estivessem dis postos a sentar-se ao seu lado sem dizer nada. Joe agora está no céu com os três filhos que o precederam, deleitando-se na presença de Jesus. Eles não têm mais d or n em sofrimento. Todavia, não foi assim na terra. Deus é soberano no céu e na terra. Porém, quando alguém perde um filho ou uma filha ainda jovem, a dor é excruciante. Precisamos ter muito cuidado com as palavras que dirigimos a pais enlutados. Dizer simplesmente que “Deus está no controle” não lhes trará grande consolo, embora no fundo saibam que isso é verdade. Que o Senhor nos dê sabedoria nessas situações. Às vezes os filhos morrem. Outras vezes sofrem de doenças pro longadas. E a única fonte de consolo em todo o universo é a verdade de que existe um Deus soberano que é bom e abençoador (SI 119.68), mesmo quando o mal nos atinge. Margaret Clarkson expressou isso muito bem; A soberania de Deus é uma rocha inexpugnável à qual o coração humano precisa se apegar. As circunstâncias de nossas vidas não são u m acidente; elas po de m ser obra do mal, mas nosso soberano Deus tem esse mal firmemente seguro em Suas mãos poderosas
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Seus filhos a menos que Ele o permita. Deus é o Senhor da histó ria humana e da história pessoal de cada membro de Sua família redimida. ( B r i d g e s , 2006, p. 31)72
D e v o l t a a 11 d e s e t e m b r o Este capítulo começou com uma pequena citação de um pastor rela tiva aos eventos de 11 de setembro de 2001. Ele disse: “Deus não teve nada a ver com os eventos de 11 de setembro de 2001”. Muitas vezes nos perguntamos por que tantas pessoas sofreram e morreram naquele dia, um dia tão terrível na história dos Estados Unidos. No entanto, o que deveríamos nos perguntar seria quantas pessoas se converteram pela devastação de 11 de setembro. N ão é possível que o Senhor tenha usado o furacão Katrina para trazer muitos ao Seu Reino? Ele usou um pai quebrantado como Joe Bayly para proclamar o evangelho no funeral de seu filho mais velho — e muitos jovens se converteram. Joe Bayly teria preferido que Deus tivesse usado outro método. Paul Lanier também. Mas eles sabiam que os caminhos do Senhor não são os nossos caminhos. Apesar disso, Seus caminhos são sempre certos e bons, mesmo quando estão além de nossa habilidade de compreender.
C a p ít u l o 1 0
S u b i n d o a e s c a d a d o s u c e s s o e g í p c i a ... D e u s e s tá n o c o n tr o le d e to d a s as prom oções e avanços Q uero tudo. Agora. — Q u ee n [ b an d a d e
rock ]
Escravo aos 17 anos e rei aos 30. Essa foi a história de José, a qual representa a maior promoção de todos os tempos. E ele não precisou falsificar seu currículo para obtê-la. De acordo com um estudo recente, mais da metade dos america nos já mentiram em seu currículo. “Uma pesquisa realizada em 2004 pelo Government Accountability Office (GAO)XIV descobriu que 463 funcionários de oito agências fe derais haviam listado credenciais acadêmicas falsas em seu currículo. Vinte e oito dos mentirosos ocupavam cargos do alto escalão, um nú mero que o GA O co nside rou‘uma subestimação’” .73 Dentre eles, os que ocupavam os cargos mais elevados incluí am três gerentes com habilitações de segurança máxima na National
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Subindo a escada do sucesso egípcia... Deus está no controle de todas as promoções.
Nuclear Security Administratíon [Administração Nacional de Segurança
Nuclear] e executivos dos departamentos de Segurança Nacional e Transporte. Esses indivíduos obviamente concordam com o conselho de W. C. Fields: “Vale a pena trapacear por qualquer coisa que valha a pena ser ganha”. Entretanto, se você serve a um Deus que está no controle de tudo, incluindo promoções, então não precisa falsificar seu currículo para causar um a boa impressão. Em vez de dizer que é formado, quando na verdade não concluiu o curso, simplesmente escreva em seu currículo que você cometeu a burrice de in terro m per os estudos quando faltavam apenas seis maté rias para o término da faculdade.Vá em frente, escreva isso. Sua hones tidade será apreciada. O Senhor cuida daqueles que são honestos o suficiente para di zerem a verdade. Ele é grande para zelar por suas promoções sem que você precise mentir sobre suas realizações. Se o Senhor foi poderoso para cuidar da carreira de José, Ele com certeza pode cuidar da sua. Os 13 anos de tempestades, turbulências, reveses e decepções constantes finalmente haviam chegado ao fim. Em menos de uma hora, José foi do fundo do poço ao pináculo, da masm orra à posição de corregente do h om em mais poderoso da face da terra. José foi do lugar mais vil ao posto mais alto do Egito em menos tempo do que nossos filhos levam para se arru mar para ir à escola. Foi uma promoção espantosa. Assim que José expressou de modo convincente a urgência da si tuação e sugeriu um plano para enfrentá-la, o faraó soube exatamente que decisão tomar. E o sonho fo i duplicado duas vezes a Faraó é porque esta coisa ê deter minada de Deus, e Deus se apressa afazê-la. Portanto, Faraó se proveja agora de um varão inteligente e sábio e o ponha sobre a terra do Egito. Faça isso Faraó, e ponha governadores sobre a terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos defartura. E aju nte m toda a comida destes
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mantimento nas cidades, e o guardem. Assim, será o mantimento para pro vim en to da terra, para os sete anos de fome que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome. E esta palavra fo i hoa aos olhos de Faraó e aos olhos de todos os seus servos. E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um varão como este, em qu em haja o Espírito de Deu s? D e pois, disse Faraó a José: Pois que D eus te f e z saber tudo isto, ninguém hã tão inteligente e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o m eu povo; som ente no trono eu serei maior que tu. Disse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do E gi to. E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e of e z vestir de vestes de linho fin o, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. E o f e z subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajo elhai. A ss im , o pôs sobre toda a terra do Egito. E disse Faraó a José: E u sou Faraó; porém sem ti ninguém levantará a sua mão ou o seu pé em toda a terra do Egito. Gênesis 41.32-44
Antes que José percebesse o que estava acontecendo, a tempesta de de 13 anos havia cessado. As nuvens se dissiparam e um sol refulgente inundou a paisagem de sua vida. Nada jamais seria o mesmo. Deus pode fazer algo assim por você. Se você acha isso pouco provável, é justamente o tipo de pessoa que o Senhor gosta de surpre ender com Sua infinita graça e bondade. Thomas Watson observou que “Deus trabalha de modo estranho. Ele cria a ordem a partir da confusão, a harmonia a partir da discórdia. Ele muitas vezes usa um homem injusto para fazer justiça” ( W a t s o n , 16 63,1986, p. 60).74 Foi o que aconteceu quando José foi promovido. Talvez sua pro moção tenha sido a mais estranha e improvável da História. U
m a p e r g u n t a n o c éu
Há algo que eu gostaria de perguntar a José quando o encontrar no céu. Queria saber como ele estava sentindo-se naquela manhã antes de ser chamado pelo faraó, perguntar se estava animado para um novo dia
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Subindo a escada do sucesso egípcia... Deus está no controle de todas as promoções.
num a escala de um a dez, o dez representando o grau máximo de bem -estar. Como será que ele se encontrava em termos emocionais? Posso dar minha opinião a respeito? Acho que José não devia estar sentindo-se muito bem. Não acho que ele estava andando pela cadeia cantando “Este é o dia, este é o dia que o Senhor Deus fez, que o Senhor Deus fez, eu me alegrarei, eu me alegrarei e serei feliz”. Não posso provar isso nem possuo nenhuma evidência bíblica que sustente minha teoria. O único respaldo das Escrituras que posso ofe recer é o fato de que José estava prestes a ser “ressuscitado”. E, que eu saiba, para que haja uma ressurreição, é preciso que alguém esteja morto. Acho que José não estava bem porque vinha suportando aquela tempestade por 13 anos, os dois últimos na masmorra do faraó. Ele já estava preso havia dois anos. Durante todo esse período, não teve nenh um a notícia do copeiro-mor. Posso afirmar o seguinte: se eu fosse José e estivesse vivendo aque la situação por 13 anos, sem qualquer perspectiva de mudança, minha esperança e meus sonhos estariam à beira da morte. Foi exatamente nesse momento que chegou a convocação para que se apresentasse diante do faraó. A VERDADE SOBRE AS PROMOÇÕES Quando olho para essa história e fico maravilhado ao ver a forma como a providência de Deus se manifestou na promoção de José, di versos princípios me saltam aos olhos. Essa promoção representou a culminância de um período longo e difícil de 13 anos de desventuras e decepções. Mas tudo isso, incluindo a extraordinária promoção de José, foi arquitetado pela providência divina. Q uan do a tempestade de José chegou ao fim, houve uma í . promoção instantânea, que resultou do fato de José estar 2. perfeitamente posicionado pelo Senhor após um longo período de 3. preparação paciente, que incluiu um teste significativo, em que José foi
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A prom oção instantânea chegou depois de anos e anos de frustra ção e espera. Por vezes, José deve ter pensado que sua situação jamais mudaria. Entretanto, no tempo de Deus, mudou de um modo que ele jamais poderia te r imaginado. Em Efésios 3.20 (n v i ) está escrito: A quele que é capaz de fa ze r infinitamen te mais do que tudo o que pedi mos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós.
Estou certo de que José tinha um a imaginação fértil. Porém, mes mo em seus sonhos mais extravagantes, ele jamais poderia ter imagi nado o que o Senhor tinha planejado para sua vida. Não se esqueça, contudo, de que ele não começou do topo. José passou por um processo. E, como já vimos num dos capítulos anterio res, antes de promover, Deus prova. Antes que o Senhor elevasse José a um nível tão monumental de poder e responsabilidade, ele precisou ser provado quanto à sua pureza. Pr
o p o s it a d a m e n t e p u r if ic a d o
José devia ser um jovem muito talentoso. A forma acelerada como es calou os diversos níveis de hierarquia na casa de Potifar — até que esti vesse dirigindo toda a propriedade — revela como ele aprendia rápido. José com certeza possuía excelentes habilidades interpessoais e uma inteligência privilegiada. Mas todos nós já vimos jovens talentosos com um potencial tremendo, porém sem um elemento essencial: caráter. O caráter de José era testado dia após dia enquanto a mulher de Potifar tentava seduzi-lo sem sucesso. José sabia que teria de prestar contas a Deus por suas ações e seu comportamento. No entanto, essa mulher implacável não desistia. José era um jovem extremamente ta lentoso. Porém, Deus se certificou de que ele fosse propositadamente purificado submetendo-o ao fogo da tentação sexual proveniente da mulher de Potifar. Recentemente fui lembrado da importância crucial da pureza
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Subindo a escada do sucesso egípcia... Deus está no controle de todas as promoções.
um telefonema que recebi de um sujeito com quem não falava havia quase 15 anos. Ele tinha acabado de completar 40. Eu o conheci logo depois do seu casamento, quando ele tinha 20 e poucos anos. Trata-se de alguém simplesmente brilhante. Se não me engano, ele gabaritou o exame do SAT. Quando o conheci, ele havia acabado de terminar seu primeiro doutorado aos 23 anos de idade. Ao nos fa larmos na semana passada, ele me disse que já possui três doutorados. Foi criado num lar cristão. Seu avô era pastor. Esse homem provavel mente sabe a letra de todos os hinos compostos até hoje na história do cristianismo. Durante toda a sua vida, esteve envolvido com a igreja até o pescoço, freqüentando fielmente os cultos de domingo e os es tudos bíblicos durante a semana. Quando o conheci, ele havia acabado de casar-se e estava deslanchando em sua carreira. Rico e bem-sucedido nos negócios, meu jovem amigo investia generosamente na obra do Senhor. Certa vez me ligou perguntando sobre um ministério específico no qual ele estava interessado. Descobri depois que havia ofertado mais de 25 mil dólares àquele ministério — e ele ainda não tinha nem 25 anos. Pouco depois, ele me ligou convidando-me para almoçar porque queria conversar comigo sobre tentações na área sexual. Havia lido meu livro Point Man [Na linha de frente] e me inquiriu: “Por que as cem primeiras páginas desse livro falam de tentações na área sexual?” Respondi: “Porque acho que essa é a maior tentação que as pessoas têm de enfrentar” . [Ele insistiu:] “Você realmente considera isso um proble ma assim tão grave?” [Reafirmei:] “Sinceramente, considero, sim”. Durante uma hora inteira ele me fez inúmeras perguntas sobre tentações nessa área. Meu amigo realmente não considerava isso uma questão assim tão importante. O que eu não sabia era que aquele homem recém-casado já havia engravidado outra mulher. Ele estava casado havia menos de um ano e já estava vivendo uma mentira. Achei que ele estivesse buscando um conselho bíblico, mas não era isso que queria. Ele já conhecia a verdade, sabia o que as Escritu ras diziam sobre isso. Contudo, estava lutando contra a sabedoria do
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fizesse, mas simplesmente não tinha vontade de fazê-lo. Não estava nem um pouco interessado em passar no teste da pureza e do caráter. O que meu amigo desejava era encontrar uma forma de permanecer no pecado e ao mesmo tempo continuar sendo visto como um ho mem espiritual. Esse hom em continua ganhando muito dinheiro, porém sua vida tem sido um desastre após o outro. Toda vez que precisa tom ar um a decisão importante, ele lê sua Bíblia e escolhe o caminho errado. Com isso, tem deixado um rastro de esposas e filhos destruídos. E ele tem apenas 40 anos. Quantas outras vidas ainda arruinará? Esse sujeito é tão inteligente que chega a ser burro. Ele consegue gabaritar o SAT, mas não tem nenhum interesse em passar no teste da pureza. E, a despeito de seus incríveis talentos e potencial, Deus jamais irá usá-lo. E ele é o único responsável por isso. Poderia ter resistido às in vestidas da “mulher de Potifar” pelo menos por cinco minutos. Mas a verdade é que não quis resistir. Então essa escolha determinou o curso de sua vida. Graças a Deus, José to m ou um rum o diferente. Pacientemente
pr epar ado
Nas páginas deste livro, tem os exam inado o processo de preparação ao qual Deus subm eteu José.Treze anos são um longo, longo tempo. Mas, quando consideramos os fatos de que José se tornaria o corregente do Egito aos 30 anos e de que viveria até os 110,13 anos não representam tanto tempo assim. Quando Deus quer fazer uma grande obra em nossa vida, Ele leva tempo desenvolvendo em nós os traços internos necessários para a tarefa que nos espera. William Wilberforce era um jovem que estava desperdiçando sua vida. Mas o Senhor tinha um plano para ele. Deus o usaria para erra dicar a escravidão do império britânico. Q uando estava na faculdade, Wilberforce gastava o dinheiro que havia recebido de herança bebendo, indo a festas e pensando ape
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articulado e persuasivo. Todavia, esses talentos eram ignorados e ne gligenciados enquanto William continuava a beber e a gastar seu di nheiro com os amigos, numa busca incessante pelo prazer. Este era o resumo de sua vida: amigos e divertimento. William gostava de beber e de jogar cartas — a dinheiro. Não trapaceava quando jogava, mas sua mente era tão brilhante que estava sempre quilômetros à frente dos outros jogadores. Seu melhor desem penho vinha à tona quando as apostas eram mais altas. Ele ganhava mais dinheiro jogando cartas do que a maioria dos homens ganharia nu m trabalho honesto. Estava matriculado na faculdade, porém jogava pelo ralo a oportunidade de estudar. Ficava farreando com os amigos até tarde e levantava cedo no dia seguinte para ir às aulas. Era hora de William tomar um rum o na vida. Com o mem bro da elite inglesa no fmal do século 18, ele decidiu que deveria ingressar na política. Candidatou-se a um cargo público e gastou 320 mil dólares na campanha eleitoral. Agora ele era um jovem rico e privilegiado membro do Parlamento inglês. No entanto, não tinha nenhum sen tido de direção ou propósito na vida. Em seus escritos posteriores, ele admitiu ter desperdiçado seus primeiros três ou quatro anos no Parlamento. U m a mudança profunda ocorreu entre o inverno de 1784, quan do tinha 25 anos, e o fmal do verão de 1785. Ele passou a conviver com um antigo professor, Isaac Milner. Para surpresa de Wilberforce, ele descobriu que M ilner havia se tornad o um fiel discípulo de Cristo. N o ano seguinte, suas objeções e dúvidas intelectuais foram erodindo, uma a uma. Durante esse período, ele passou do mero “as sentimento intelectual” a uma “convicção profunda” ( P i p e r , 2002, p. 124)75. Q uan do confessou Jesus como Senhor e creu em seu coração que Deus o levantou dentre os mortos (R m 10.9,10), Wilberforce se tornou uma nova criatura em Cristo. Ele se referia à sua experiência de conversão como “a grande mudança” ( P i p e r , 2002, p. 125)76. Deus preparou Wilberforce pacientemen te, assim com o fez com José. Ao ler sua biografia, percebi claramente que ele também pas
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absoluta devoção a Cristo.Wilberforce conheceu mágoas e decepções. Aliás, estas seriam suas companheiras pelo resto da vida. Mas em todo esse tempo, a providência de Deus o sustentou em meio às tempesta des que o assolavam constantemente. Q uando olhamos para a História, nós nos maravilhamos pela ma neira como Deus usou Wilberforce. A vida de milhares de pessoas de diversas gerações foi positivamente influenciada pela desse homem. Ele não apenas libertou os escravos no império britânico, como tam bém usou sua riqueza para fundar escolas e orfanatos cristãos por toda a Inglaterra. Wilberforce era o tipo de h om em que tocava a vida de outras pessoas aonde quer que fosse. Mas o Senhor precisou submetê-lo a anos de dificuldades e pro vações pessoais para prepará-lo para a obra que tinha planejado para ele. As vezes Wilberforce perdia as forças. Isso lhe parece familiar? Você já perdeu as forças alguma vez? Já se sentiu exaurido depois de sofrer onda após onda de adversidade e tribulação? Aquele homem conhecia as vagas de uma tempestade tão bem quanto José. Eles não eram isentos de aflições pessoais. Você também não é. Contudo, essas dificuldades e provações vêm das mãos de um Pai ce lestial infinitamente amoroso, e o propósito delas é aprofundar-nos, fortalecer-nos e criar em nós a resistência necessária para a obra que Ele nos reservou. Qualquer pessoa que já foi usada po r Deus precisou passar p or esse processo. Não existem atalhos.Todavia, o Senhor irá sustentá-lo e abrir um caminho para você em meio às adversidades. Martyn Lloyd-Jones fez a seguinte observação. Essas palavras têm sido uma grande fonte de encorajam ento para mim ao longo dos anos: A fé diz: aquilo que Ele começou a fazer Ele continuará fazendo. O começo da obra foi um milagre; então, se Ele tem poder para iniciar um a ob ra milagrosa, tam bém tem po de r para dar prossegui m en to a ela; o qu e Ele já com eço u Ele é poderoso para term inar. Tendo por certo isto mesmo, disse Paulo, que aquele que em vós começou
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“Sim”, diz [o poeta] Toplady, “a obra que Sua benignidade co meçou o braço da Sua força completará”. Este é um argumento irrefutável. (Ll o y d - Jo n e s , 1965, p. 158)77
Trata-se de um argumento conclusivo, porque, se Deus começa uma boa obra, Ele certamente há de sustentá-la e terminá-la. Foi isso que fez com José e com William Wilberforce, e é o que está fazendo em sua vida. O Senhor não está interessado em realizar uma obra su perficial, e sim profunda. A seguinte citação de F. B. Meyer nos oferece grande insight : Ao referir-se ao ap risiona m ento de José, o Salmo 105.18 po ssui uma leitura alternativa surpreendente: Sua alma entrou no fe n o . Se atualizássemos a lingu age m do texto, leríamo s: O ferro entrou em sua alma. Isso por acaso não é verdade? Talvez essa não seja a verdade tencion ada nessa passagem, mas é u m a verdade m uito profunda: o sofrime nto e a privação, o ju g o suportado na juv en tud e e a res trição forçada da alma — tud o isso prod uz a tenacidade de ferro, o propósito inabalável, a resistência e a força que constituem o alicerce fundamental e a estrutura de um caráter nobre. Não se esquive do sofrimento. Suporte-o silenciosa, paciente e resignadam en te. Esteja certo de q ue essa é a m ane ira pela qual Deus in fund e ferro à sua espiritualidade. (M e y e r , 1995, p. 43)78
Per
f e it a m e n t e p o s i c i o n a d o
Como parte do Seu plano providencial na vida de José, Deus sempre o colocava no lugar certo, na hora certa. Por isso José estava perfeitamente posicionado para a promoção que o Senhor havia reservado para ele. E o lugar do posicionamento providencial de Deus na vida de José era a prisão. Isso não é típico do Senhor? A providência de Deus é tão criativa! Ele pode usar uma prisão, uma cadeira de rodas, um di vórcio, um retrocesso na carreira ou a perda da reputação para nos po sicionar de modo providencial e perfeito para a obra que tem para nós. E absurdo pensarmos que alguém que num determinado mo
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estaria compartilhando o poder com o homem mais poderoso do mundo instantes depois. Mas foi exatamente isso que aconteceu se gundo o plano soberano de Deus. Sua atual posição não constitui um empecilho para Deus ou para os pla nos que Ele tem para a sua vida. Aliás, foi Ele mesmo quem o posicionou.
Voltemos a William Wilberforce. Ele não estava na prisão; estava no Parlamento. Porém, à medida que Deus foi trabalhando em sua vida, William decidiu fazer tudo o que podia para o Senhor. Aos 26 anos, começou a mudar totalmente o seu foco. Ele havia desperdiçado muitos anos e agora queria recuperar o tempo perdido. William pensou em largar a política e ingressar no ministério, mas um sábio pastor chamado John N ew ton (o hom em que escreveu o hino A m a zin g Grace) aconselhou-o a usar seus dons na política e a perm anecer no Parlamento. Deus poderia usar homens na política tanto quanto os usava num púlpito. Wilberforce não conseguia entender isso. Achava que aqueles que quisessem ser usados de modo pleno por Deus precisariam dedicar-se integralmente ao ministério. Entretanto, o sábio pastor finalmente conseguiu convencer William de que a posição em que este se encon trava era um reflexo da providência divina. C om esse conselho, o propósito da sua vida começou a ficar claro. Mais de um ano depois de sua transformação espiritual, no dia 28 de ou tubro de 1787, um dom ingo, W illiam descobriu sua vocação. Em uma página do seu diário, ele escreveu: “O Deus todo-pode roso colocou dois grandes objetivos diante de mim: a supressão do com ércio de escravos e a reform a m oral da socied ade ” . A p artir daquele momento, ele passou a lutar por esses objetivos com uma determ inação sem preceden tes na história do seu país. ( B e 2002, p. 102)79
l m o n t e
,
William Wilberforce decidiu tomar o rumo certo e realizar algo de relevante em sua vida. E ele o fez. Lutou contra a escravatura e liderou a batalha que levaria à sua abolição em todo o império britâ
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Grã-Bretanha e mais 26 anos para abolir a escravatura de uma vez por todas nas colônias inglesas e em todo o império britânico (B e l m o n t e , 2002, p. no verso da capa)80. William ficou conhecido como o George Washington da huma nidade. Seu exemplo e caráter foram honrados por ninguém menos do que Abraham Lincoln. Charles Colson observou: Se W illiam W ilberforce tivesse se con tentad o co m a vida que a provid ência div in a lhe havia concedid o, ele po d eria ter facilm ente se tornado o primeiro-ministro da Grã-Bretanha e, consequente mente, o líder político mais poderoso de sua época. Ele era rico, culto, espirituoso, um excelente cantor e um orador brilhante, além de ser imbatível quando se tratava de divertir-se ou atrair as pessoas [...] mas n u m determ in ado m om en to , sua vid a to m o u u m rum o m uito diferente, já que a parentem ente Deus tinha outros planos para ele. ( B e l m o n t e , 200 2, p. I I ) 81
Será que as coisas se encaixaram facilmente quando Wilberforce decidiu buscar o propósito e a obra que Deus tinha para sua vida? A resposta é não. Todos os seus dias eram de luta. Sua batalha contra a escravatura consumiria 46 anos de sua vida (de 1787 a 1833) (P i p e r , 2002, p. 117)82. As derrotas e os retrocessos ao longo do caminho teriam levado qua lquer o utro político a abraçar um a causa mais popular. Em bora W ilberforce jamais tenha p erdido um a eleição parlam entar dos 21 aos 74 anos, a proposta de abolição do comércio de escravos foi de rrotad a 11 vezes antes de ser aprovada em 1807. E a batalha pela abolição da escravatura só teve uma vitória decisiva três dias antes da sua morte, em 1833. ( P i p e r , 20 02 , p. 11 7)83
Wilberforce foi chamado por Deus para realizar uma obra em prol da abolição da escravatura no im pério britânico. Três dias depois de concluir o trabalho, ele morreu. Porém, enquanto sua missão não
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In s t a n t a n e a m e n t e
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p r o m o v id o
Quando Deus decide promover alguém, a promoção é certa. Ninguém pode impedir o agir do Senhor ou frustrar Seus planos. Numa manhã José estava supervisionando a cadeia; na manhã seguinte, estava circu lando na carruagem do faraó enquanto o povo se prostrava diante dele. N o Salmo 75.6,7, é dito claramente que a exaltação vem do Se nhor: Porque nem do Oriente, nem do Ocidente, nem do deserto vem a exal tação. Mas Deus é o juiz; a um abate e a outro exalta.
Entretanto, como vimos, antes de promover-nos Deus nos testa e fortalece-nos por meio de adversidades e provações. Pa
ralelos entre
J
osé e
J
esus
A história de José é extraordinária, pois evidencia plenamente a sobe rania e a providência de Deus na vida do Seu povo. Mas muitos estu diosos têm observado tam bém que a vida de José prenuncia a vinda e a obra do Senhor Jesus Cristo. • José foi rejeitado p o r seus irmãos; Jesus, pelos jud eu s, Seus ir mãos segundo a carne. • José foi ve nd ido aos ismaelitas po r 20 m oed as de prata;Jesus foi vend ido p o r Judas po r 30 moe das de prata. • José foi colocad o na prisão; Jesus foi coloc ado na sepultura. • N a prisão, José apregoo u a libertação ao co pe iro-m or; Jesus p roclam ou o evangelh o aos esp íritos aprisionados. • José tinha dois com panh eiros na prisão — um foi liberto, e o ou tro m orreu ; Jesus tinha dois crim inosos co m Ele no Calvário — u m fo i perdoado, e o outro escolh eu a m o rte eterna. • José foi pr om ov ido ao trono . Jesus está assentado à direita do trono de Deus Pai e em breve será coroado Rei dos reis e Se nhor dos senhores. ( M e y e r , 1995, p. 381)84
Algumas pessoas talvez considerem tudo isso uma coincidência. Contudo, a esta altura, sabemos que não foi nada menos do que a
C a p ít u l o 11
D o ú te r o a s e p u ltu r a , D e u s e stá n o c o n tro le d e to d o s os e v e n to s d a s u a v id a , e E l e f a r á c o m q u e tu d o c o op ere p a r a o s e u b e m Alguma vez você correu para se abrigar de uma tempestade e acabou enco ntrando frutos inesperados? Algum a vez, m ovido po r tempestades exteriores, você buscou a proteção de Deus e acabou encontrando ali frutos inesperados? — J o hn O w e n
Quando começaram sua viagem em 1831, os dois homens tinham muita coisa em comum. Ambos eram cristãos e acreditavam num Deus soberano que havia criado o mundo, conforme relatado no Livro de Gênesis. Sua viagem no HMS Beagle levaria cinco anos. Quando re tornaram à Inglaterra, no entanto, apenas um deles, o capitão Robert FitzRoy, considerava-se um discípulo de Cristo e um crente em Sua Palavra. Charles Darwin havia abandonado a fé e estava prestes a pu blicar seus escritos sobre a teoria da evolução. FitzRoy era um navegador brilhante e o inventor do barôme
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ressentiu-se de ter capitaneado o navio que acabaria tornando-se o pano de fundo para os ensinamentos radicais de Darw in. Se FitzRoy soubesse o que Darwin publicaria posteriormente, não o teria convidado a participar da viagem. FitzRoy se sentiu de algum modo responsável pela grande heresia da evolução que acabaria afastando tantos de Deus e da verdade das Escrituras. O mal que Da rwin havia feito enquanto estivera sob sua responsabilidade represen tava sangue em suas mãos — ou pelo m enos FitzR oy pensava assim. Por fim, em 1865, dominado pelo sofrimento e em depressão profunda, FitzRoy se suicidou. Ele nunca se perdoou pelo mal que Darwin havia feito. O foco de toda a sua vida se tornara a viagem de cinco anos no HMS Beagle que resultara na teoria da evolução. E porque FitzRoy não conseguiu afastar seus olhos do mal, este acabou por destruí-lo. Ele deveria ter mantido os olhos no Deus que tudo intenta para o nosso bem. U
m a p e r s p e c t iv a s o b r e a p r o v id ê n c ia
O mal é real, e todos nós já fomos vítimas dele. Q uando José se dirigiu aos seus irmãos, não m inimizou o que es tes lhe haviam feito. Eles intentaram o mal quando o venderam como escravo aos 17 anos (Gn 50.20). Sabiam que o haviam prejudicado. Quando o pai deles morreu, o mal que tinham feito tornou-se uma fonte de ansiedade, preocupação e culpa: Vendo, então, os irmãos de José que o seu pai já estava morto, disseram: Porventura, nos aborrecerá José e nos pagará certamente todo o mal que lhe fizem os (Gn 50.15).
Perfeitamente cientes do que estavam fazendo, eles conspiraram e planejaram o mal contra seu irmão de sangue. Joseph Goebbels era o confidente mais próximo de Hitler. Um homem brilhante, porém amargurado por causa dos pés tortos e da estatura pequena, ele se tornou o ministro de propaganda de Hitler, atuando como um influente estrategista que convenceu o povo ale mão da mentira nazista. Paul John historiador eminente, conta sob informe
Capítulo 11
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abril de 1940, apenas quatro dias antes de os nazistas invadirem a N o ruega. Um dos jornalistas transcreveu o encontro, citando as palavras de Goebbels. Com a guarda abaixada, Goebbels relatou como Hitler havia ascendido ao poder: Até agora temos conseguido manter o inimigo no escuro quanto aos verdadeiros objetivos da Alem anha, assim co m o em 1932, qua n do nossos adversários internos nunca chegaram a perceber aonde estávamos indo ne m que nosso jur am en to de legalidade não passava de um truque. Nós queríamos tomar o poder legalmente, mas não queríam os usá-lo de m o do legal [...] Eles po de riam ter-n os im pe di do. Poderiam ter prendido alguns de nós em 1925 e isso teria sido o nosso fim. Mas, não, eles nos de ixaram cruz ar a zona de perigo. E o mesmo ocorreu na política externa [...] Se eu fosse o primeiro-ministro francês em 1933, p o r exemp lo, teria dito o seguinte: “O novo chanceler do Reich é o homem que escreveu M ein Kampf, uma obra que afirma isso e aquilo. N ão po dem os tolerar a presença desse ho m em na Europa. O u ele desaparece, ou teremo s de enfrentá-lo!” Mas eles não fizeram isso. Eles nos deixaram em paz e permitiram que cruzássemos despercebidos a zona de risco, e com isso tivemos a oportunidade de navegar ao largo de diversos corais perigosos. E quando terminamos, estávamos bem armados, melhor armados que eles. En tão eles começaram a guerra.
(J o
h n s o n
,
1991, p. 34 1)85
Assim como esse grupo malévolo arquitetou seu plano perverso, os irmãos de José planejaram e conspiraram para removê-lo da vida deles. Estavam dispostos a usar de violência contra José e mentir para o seu pai sobre o seu desaparecimento. V
io l ê n c i a e m e n t ir a
Tanto a violência como a mentira provêm do mal e sempre andam juntas.
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Do útero à sepultura, Deus está no controle de todos os eventos da sua vida, e.
muitos anos numa prisão na Sibéria. Foi naquele terrível Gulag que ele encontrou Jesus. Anos depois, quando Soljenítsin imigrou para os Estados Unidos, ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Mas seu relato foi muito criticado. Isso não deveria surpreender-nos, já que continha tanta verdade. Em seu discurso, ele demonstrou a conexão entre a violência e a mentira: N ão nos esq ueçamos de que a v io lê ncia não pode florescer sozinha; ela está inevitavelmente atrelada à men tira. Existe u m vínculo pro fundo e natural entre as duas: nada pode acobertar a violência ex ceto pela mentira, e a mentira só é capaz de triunfar pela violência. Todo aquele que anuncia a violência como método inevitavel mente tem de escolher a mentira como princípio [...] A atitude mais simples que um homem comum e corajoso pode tomar é não pa rticipar da m entira ne m jamais apoiá-la! Q u e a m entira venha ao mundo, que ela até mesmo o domine, mas não por meu intermédio. (Os G u i n n e s s , 2005, página de intro du çã o)86
Todos sabem que no dia 11 de setembro de 2001 o mal perpe trou um ataque implacável contra o afluente e próspero estilo de vida americano. Sobre aquele dia, Os Guinness escreveu o seguinte: N o dia 11 de sete m bro de 2001, eu tinha m arc ado em m in ha agenda um jantar em M anhattan onde um grupo estaria parti cipando de um a discussão cujo tem a era o mal. Q ua nd o o jan tar finalmente aconteceu uma semana depois do terrível ataque ter rorista, as únicas outras pessoas no hotel onde jantamos eram os sobreviventes de uma firma de investimentos que havia perdido cerca de 70 funcionários durante a tragédia. U m deles, um ho m em que havia conseguido escapar do 104° andar da segunda torre, compartilhou conosco seu testemunho angustiante daquele dia de terror. Como disse nosso anfitrião ao
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alguns desses escritos antes de 11 de setembro, achei-os demasia damente sombrios. Quando os reli depois daquele dia, porém, vi que não eram sombrios o suficiente”. (Os G u i n n e s s , 2005, p. x i)87
E incrível que nossa perspectiva sobre o mal possa mudar com tanta rapidez. D
o r p e s s o a l
Todos nós já fomos vítimas de algum ato de maldade. Alguém tra mou machucar-nos e prejudicar-nos. Talvez tenha sido um colega de trabalho, um ex-cônjuge ou alguém da família. Assim como existem diferentes graus de maldade, nossas experiências com pessoas que ma quinaram o mal contra nós são distintas. Porém , independente do grau de maldade, violência ou mentira que tenham dirigido contra nós, existe uma verdade que se aplica a todos: O maior de todos os males é perder a própria alma. O maior de todos os males é viver sem Cristo. Porém, se estivermos em Cristo, Deus será o nosso Pai. E isso muda tudo no tocante ao mal, à violência e à mentira lançados contra nós. Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fa z e r como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande. G ê n e s i s 5 0 .2 0
O que mais surpreende na providência de Deus é que Ele é po deroso para transformar em bênção todo o mal que vem contra nós para nos ferir ou ferir aqueles que amamos. José entendeu essa verdade, e isso o livrou de tornar-se um ho mem amargurado. R obert FitzRoy não tinha essa perspectiva, e isso o levou ao suicídio. O apóstolo Paulo declarou essa verdade na conhecida passagem: E sabemos que todas as coisas contribuem juntam en te para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto (Rm 8.28).
N o texto não está escrito que todas as coisas são boas. O seqües
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outras enfermidades do coração humano não são bons. O que a pas sagem afirma é que Deus usa todo o mal, todas as circunstâncias ruins que ocorrem em nossa vida, para operar o bem em favor daqueles que o amam e que foram chamados por Ele. Foi exatamente isso que José declarou aos seus irmãos: “O mal que vocês planejaram e fizeram contra mim para arruinar minha vida, Deus o intentou para o bem, para produzir o presente resultado”. E o resultado a que ele se referia era que se tornara o corregente do Egi to, por isso tinha poder para consolar aqueles que haviam planejado destruí-lo e prover as necessidades deles. Que conclusão estranha para circunstâncias tão complexas! Estranha, porém maravilhosa. Thomas Watson escreveu: Veja a sabedoria de Deus, que
é
capaz de transformar as piores
coisas imagináveis para o bem dos Seus santos [...] O Senhor fez da prisão de José u m degrau p ara a sua prom oçã o [...] D eus enriquece Seus filhos empobrecendo-os [...] O Senhor trabalha de modo estranho. Ele cria a ordem a partir da confusão, a har m on ia a partir da d iscórdia [...] E le m uitas vezes socorre os Seus servos quando suas esperanças estão praticamente se esvaindo, e salva-os p o r m eio daqu ilo qu e eles acham qu e irá destruí-los [...] Os ca m inhos de Deus são inescrutáveis (R m 11.33). N ão devemos) p ro cu rar decifrá-lo s, mas sim adm irá-lo s. ;N en h u m a providência de Deus
é
destituída de misericórdia ou de maravilha.
(W
a t s o n
,
1663, 198 6, p. 60, 61 )88
A vida de José foi um milagre que refletiu a benignidade e a providência de Deus. O Senhor usou o grande mal arquitetado contra ele para o seu bem. O nascimento dos dois filhos de José mostra com clareza essa perspectiva: A n tes dos anos de fo m e, A zena te, filh a de Potífera, sacerdote de O m , deu a Jos é dois filhos. A o primeiro, José deu o nome de Manassés, d izend o:
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A o segundo filh o cham ou Efraim , dizendo: “D eus me f e z prosperar na terra onde tenho sofrido”. Gênesis 41.50-52
( n v i)
Warren Wiersbe fez alguns comentários bastante pertinentes so bre essa passagem: O n o m e Manasses significa esquecimento. José não se esquec eu de sua família nem dos eventos que transcorreram, mas ele se esque ceu da do r e do sofrimen to q ue causaram. Ele che go u à conclusão de que Deu s havia intentado tud o para o seu bem (Gn 50.20). Por isso, ao ver seu passado a partir dessa perspectiva, alcançou vitória sobre as más recordações e a amargura. O n o m e Efraim significa duplam ente frutífero. O Egito tinha sido u m lugar d e aflições para José, mas ag ora ele tin ha dois filhos e era frutífero n a terra. Porém , o qu e era ainda mais im po rtante, ele se tornaria frutífero como corregente do Egito e seria usado por D eu s para salvar muitas vidas, inclusive as de sua família e d a nação de Israel.
(W
ie r s b e
,
20 01 , p. 150)89
Os irmãos de José intentaram o mal, mas Deus o torn ou em bem. Manassés e Efraim eram testemunhos vivos da benignidade de Deus para com José. A medida que José via seus filhos crescerem, deve ter ficado maravilhado com a contínua fidelidade do Senhor. Quando ele pensou que sua vida havia chegado ao fim, estava apenas começando. A mão de Deus esteve sobre José durante toda a sua trajetória, mesmo quando seu futuro parecia sombrio ou inexistente. Como vimos, o Senhor estava com José (Gn 39.2). O Senhor estava com José e também está com você.Afinal, temos o mesmo Pai. Por isso, Ele transformará o mal em bem. C om o vimos, Deus nunca com ete um erro ou deslize. Mesmo quando as circunstân cias não fazem sentido para nós, Ele está trabalhando em nosso favor. A esta altura já aprendemos que adquirimos uma melhor pers tiv de id d olha trás. E, d faz
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nós, visto que, se apenas um elo estivesse faltando na corrente da nossa história, nossa vida teria seguido u m rumo diferente. Se quiséssemos jogar o jogo da suposição com José, teríamos de voltar à túnica de várias cores. Se aquela túnica não tivesse existi do, talvez seus irmãos não tivessem sentido tanta inveja e ciúmes dele. Se eles não tivessem sentido ciúmes, não o teriam vendido aos mercadores de escravos ismaelitas. Se os mercadores estivessem viajando na direção oposta, José jama is teria id o parar no Egito. Se ele não tivesse ido para o Egito, não teria sido vendido a Potifar. Se ou tra pessoa o tivesse com pra do , ele jam ais teria sido falsam ente acusado pela esposa de Potifar. Se a esposa de Potifar não o tivesse acusado, ele não teria sido preso. Se ele não tivesse sido preso, não teria conhecido o padeiro e o copeiro. Se não tivesse conhecido o copeiro, não teria sido ch am ado para interp retar o sonho do faraó. Se ele não tivesse sido chamado a apresentar-se diante do faraó, José jamais teria se torna do prim eiro-m inistro. Se considerarmos todas essas suposições, concluiremos que, se não fosse pela túnica de várias cores de José, o cristianismo jamais teria existido, e todos os capítulos da história humana teriam tido um fmal diferente. (S p r o u l , 1996, p. 95)90
Em outras palavras, Deus está no controle. Gostaria de en cerrar este livro com uma oração de Jo hn Rylands. Embora tenha sido escrita há mais de 100 anos, sua mensagem con tinua tão atual e relevante como o sol que nasceu hoje pela manhã. Que Deus seja louvado por Seu cuidado, Sua proteção e Seu controle sobre nossa vida! Soberano Rei dos céus, Eternamente sábio e gracioso, Os meus tempos estão nas Tuas mãos, E todos os eventos sob o comando Teu.
Capítulo 11
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Seu decreto a terra formou M eu p rimeiro e segundo nascimentos Ele ordenou; Meus pais, o local e o momento em que nasci, Cada detalhe Ele determino u. Aquele que no ventre me formou, Até a morte há de me guiar; Cada um dos dias que eu viver Seu sábio decreto irá ordenar. Tempo de saúde e de doença; Tempo de penúria e de riqueza; Tempo de adversidade e de tristeza; Tempo de triunfo e de consolo; Tempo de supo rtar o pod er do tentador; Tempo de experimentar o amor do Salvador, Cada um deles virá e passará Co nform e Sua vontade determinar. Pragas e morte poderão me cercar; Eu não posso m orrer enqu anto Ele não ordenar. N en hu m a seta poderá m e ferir Se o amor do meu Deus assim não permitir. (Rylands
apud
Packer,
20 01 , p. 9 )91
P er g u n t a s pa r a r ef l ex ã o PESSOAL OU DISCUSSÕES EM PEQUENOS GRUPOS
C a p ít
ul o
1: D
e modo estr anho e l e n t o
. D
eus
está trabalhando
1. Odiado e cruelmente traído pelos seus irmãos, José certamente era um excelente candidato ao título de vítima. Entretanto, de alguma forma, em meio a todos os estonteantes altos e baixos de sua vida, ele não pareceu jamais ter assumido essa posição. Como José conseguiu manter a cabeça erguida e a confiança em Deus enquanto passava por circunstâncias pessoais tão horrendas? 2. O autor deste livro comparou a soberania de Deus a “uma pílula grande demais para ser engolida, que costuma ficar atravessada em nossa garganta, causando considerável desconforto”. Essa analogia se aplica à sua vida? Se sua resposta for afirmativa, que aspectos do con trole soberano do Senhor mais o incomodam? 3. John Flavel disse: “Assim como palavras em hebraico, algumas pro vidências de Deus são mais bem compreendidas de trás para frente”. Em suas próprias palavras, explique as implicações dessa declaração em sua vida. O que você consegue enxergar quando olha “de trás para frente”?
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Perguntas para reflexão pessoal ou discussões em p equenos grupos
4. A providência de Deus se refere ao Seu controle absoluto. Como isso pode tornar-se uma fonte de consolo quando situações adversas ou até mesmo desesperadoras invadem sua vida? 5. José sabia muito bem que sua exaltação ao cargo de corregente do Egito não se devia ao acaso, a uma coincidência, ao destino, ou sim plesmente à sorte. Ele conseguiu enxergar claramente os propósitos de Deus naquela promoção milagrosa (ver Gn 50.20). Como o reco nhecimento da providência e da soberania de Deus nos momentos de prosperidade pode ajudá-lo a lidar melhor com os retrocessos inevitá veis e as situações aparentemente desastrosas que você vivência? 6. Imagine um universo em que Deus não fosse soberano e do qual Ele não tivesse o absoluto controle. Como você se sentiria ao enfren tar um futuro incerto? Que questões o preocupariam ou o fariam sentir-se inseguro? C a p ít u l D eus
o
2: M
esmo quando os seus sonhos m o r r e m.
está no c o n t r o l e de per d a s d ev a st a d o r a s
1. O Dr.Warfield disse que nada do que acontece no universo surpre ende Deus. Não devemos, porém, imaginar que Ele seja indiferente a esses eventos, embora saiba de antemão tudo o que vai acontecer. Então, se o Senhor permite que nossa vida seja afetada por tragédias que Ele poderia prevenir facilmente, por que não deveríamos sentir que não se preocupa conosco? 2. O autor deste livro disse que, quando José estava no meio de suas maiores tempestades, “sua vida parecia totalmente fora de controle”. Tente lembrar-se de um momento em que suas circunstâncias lhe pa receram aleatórias e fora de controle. O que você pensou sobre Deus e o plano dele para a sua vida durante esse período? Consegue imaginar como poderia ter enxergado as coisas a partir de outra perspectiva? 3. O fato de ter sido traído pelos próprios irmãos deve ter ferido José como uma paulada na cabeça. Como podemos evitar que emoções
Foijados Foijados po r Deus
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4. O au autor tor deste livro escreveu escreveu o seguinte sobre José: “ Se a providência provid ência de Deus não tivesse interferido naquele exato momento, ele teria morrido. Se Deus tivesse se atrasado apenas 15 segundos, seria tarde demais para salvá-lo”. Tente lembrar-se de um incidente como esse em sua vida. De que maneira a providência de Deus o resgatou? 5. Joh Jo h n Flave Flavell costumava costumava dizer: dizer: “Aprenda “Apren da a apreciar a providênc prov idência” ia”.. Ele afirma que, a partir do momento em que começamos a entender a providência de Deus, De us, “não devemos clas classi sifi fica carr eventos desse desse tipo como com o Devem os da darr glória glória a Deus De us”. ”. Separ coincidência. Devemos Separee alguns alguns mome mo mento ntoss agora para louvar louv ar o Senh Se nhor or po p o r Seu cuidado soberano para com c om a sua sua vida. vida. 6. Farrar afirma que, embora em bora Deus tiv tives esse se pe perm rmitid itidoo que o inimigo inim igo provasse provasse Jó J ó , Ele pe perm rman anec eceu eu no co contr ntrole ole absoluto abso luto de todo to do o p ro ro cesso. Quando você se lembra das provas mais duras que já teve de enfrentar, esse pensamento o reconforta? Por quê? C a p í t u l o 3: N ã o f o i p o r a c a s o . . . D eu s e s t á n o c o n t r o l e de t o d a s as c i r c u n s t â n c i a s
í . J. I. Packer Pack er diss dissee que os cristãos cristãos p o d em sentir-se consolados consolad os pelo
conhecimento de que cada evento de sua vida “é um novo convite a confiar no Senhor, obedecer-lhe e regozijar-se nele, sabendo que todas as coisas concorrem para o nosso bem espiritual e eterno”. Lembre-se de algum episódio difícil ou devastador que vivenciou. Como as coi sas po pode deria riam m ter sido diferentes d iferentes se você tive tivess ssee enxergad enx ergadoo esse esse evento da forma descrita acima? 2
De us está no co cont ntro role le de todos todos os aspe aspecto ctoss da minha min ha vida, e se o mal me Se Deus sobrevêm, então Deus não seria responsável pelo mal? Isso não o caracteriza ria como o autor do mal? Baseado no que você aprendeu neste capítulo,
como responderia a alguém que lhe fizesse essas duas perguntas? 3. Se Deu Deuss é soberano, de que modo mo do você continua contin ua sendo respo responsá nsável vel po p o r suas suas próp p rópria riass escolhas e decisões? decisões? 4.
O Se Senh nhor or é dono de tudo. tudo. Ele reina sobre sobre tudo, tudo, ordenou tudo tu do e con controla trola tudo.
Enumere algumas circunstâncias de sua vida em que você poderia ter
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Perguntas para reflexão pessoal ou discussões em pequenos grupos
se sentido encorajado e reconfortado pela segurança contida nessas palavra palavras. s. 5. R ecente ece ntem m en ente te a pa pala lavr vraa aleatório tem se se tornado um termo muito po pular pul ar no n o meio me io da geração mais mais jovem jov em.. De D e algum algu m mod m odo, o, ela ela parece re fletir uma cosmovisão baseada num dar de ombros que diz “não estou nem aí”. Imagine-se acordando um dia pela manhã com a convicção de que tudo em sua vida é aleatório. Como isso afetaria a sua atitude em relação aos eventos do dia a dia? Agora, inversamente, como sua atitude mudaria se você percebesse que na verdade não existem acon tecimentos aleatórios, e que tudo ocorre por alguma razão? 6. E m Isa Isaías ías 44, o Senho Sen horr diss dissee de u m rei chamad cha madoo Ciro que q ue Ele o usaria usaria par p araa 'per 'p erm m itir iti r qu quee os israe israelit litas as retornassem retorn assem do cativeiro cativeiro bab babilônic ilônicoo a Jerusalém e a Judá. Entretanto, com c omoo nota not a o autor, au tor, ess essa previsão previsão acon aco n teceu muitos anos antes do nascimento desse rei, e até mesmo antes de a Babilônia ter conquistado Judá. Se você tivesse essa verdade — a presciência de De Deus us co com m relação relação aos eventos da história histó ria hu huma mana na — firmemente fixada em sua mente, como isso mudaria a forma como lê as manchetes do jornal ou reage ao noticiário noturno? C a p ítí t D eus
ul o
4: P e g u e
este t r a b a l h o e engula
...
e s t á no c o n t r o l e de t o d o o seu t r a b a l h o
1. N o Salmo 37.23 está está escrito: Os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor. Farrar concluiu: “Deus “De us está está no controle contro le da sua sua jorn jo rnad adaa e do seu destino [...] neste exato momento”. Aplique essa verdade aos aconte cimentos de hoje.Você acha que essa declaração do autor deste livro é exagerada? Presumindo que sua conclusão seja verdadeira, que nova perspectiva isso isso lhe traz de tudo tu do o que lhe aconte aco ntece ceuu hoje? 2. “No “N o plano de Deus, nen nenhu hum m traba trabalho lho é uma perda de tempo. N o plano pla no de De Deus, us, tod to d o trabalho trab alho é um u m a preparação.” preparaç ão.” D o qu quee você gosta ou desgosta em seu atual emprego? 3. C om o você reage reage à afirmativa:“Às afirmativa:“Às ve veze zess Deu Deuss coloca você nu num m tra
Fogados por Deus
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confiar nos motivos que levaram o Senhor a deixá-lo naquele lugar po p o r de dete term rmin inad adoo pe perío ríodo do?? C o m o aconselh acon selharia aria u m amigo amig o (ou um filho) que se encontre em situação semelhante neste momento? 4. O au autor tor escr escrev eve: e: “Todo “To do be beco co sem saíd saídaa e todo tod o trabalho sem futuro têm um começo, um meio e um fim. Deus estabeleceu um limite ao redor do seu beco sem saída. Ele quer que você aprenda lições aí que não podem ser aprendidas em nenhum outro lugar”. Que tipos de lições você já aprendeu em seus becos sem saída? 5. O au autor tor deste deste livro livro afir afirma: ma: “O fato de o Senhor Senh or esta estarr com você muda mud a tudo.Todas as coisas se tornam possíveis”. Quando nos encontramos num beco sem saída, onde colocamos nosso foco? Será que gastamos toda a nossa energia tentando encontrar uma maneira de escapar, ou será que colocamos nosso foco no Senhor, procurando enxergar Sua mão em meio às nossas circunstâncias? Por que às vezes é tão difícil escolher a segunda opção? 6. Neste Ne ste capítulo, capítulo, Farrar diz que o Senho Sen horr deu a José “u “uma ma taref tarefaa de den n tro de outra tarefa”. Quais foram essas tarefas? Especule sobre a possi bilidade bilid ade de Deu D euss estar dando dan do a voc vocêê uma um a tarefa tare fa den d entro tro de ou outra tra tarefa na situação em que se encontra atualmente. C a p ítí t u l o 5 : M D eus e s t á
esmo q u a n d o f az você v o l t a r à estaca zer o
.
no c o n t r o l e de r et r o c es so s d o l o r o s o s
1. Q ua uand ndoo nosso nossoss meticulosos meticu losos planos são são virados de cabeça para baixo, às vezes nos sentimos perdidos ou desorientados. Como a Palavra de Deus pode estabilizar-nos e redirecionar-nos depois de absorvermos o impacto de um retrocesso doloroso? 2. José deve ter ficado dev devast astado ado ao pe perder rder tudo novamente, logo depois de ter alcançado o sucesso e o poder mesmo contra todas as expecta tiva tivas. s. Alguma Algu ma vez você já se sentiu assim assim?? Qua Q uann do isso isso lhe aconte aco nteceu ceu,, voltou-se para Deus ou tentou depender de suas próprias forças para superar a perda? Se você depositou toda a sua confiança no Senhor,
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Perguntas para reflexão pessoal ou discussões em pequenos grupos
3. O au autor tor deste deste livro livro observou que os planos que Deus tinha para para José José eram muito maiores do que ele jamais poderia ter imaginado. Que planos! Res R eser erve ve u m m o m e n to agora para pa ra ler a oração oraçã o en enco cont ntra rada da em Efésios 3.14-20, de preferência usando mais de uma versão da Bíblia. Medite nas palavras infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos pen samos.. Em que áreas e circunstâncias de sua vida você talvez esteja limitando o Senhor? 4. Reflita Re flita sobre sobre a seguinte afirmação: afirmação: “Deus “De us tem todo o direito de inter int er romper nossos planos a qualquer momento para que o Seu plano, in finitamente superior, seja cumprido cum prido em nossa nossa vida. vida. O Senhor Senh or não tem nenhuma dificuldade em remover nosso sucesso quando isso serve aos Seus propósitos”. Isso significa que nós não deveríamos planejar nada? Como podemos equilibrar um planejamento prudente com o enten dimento de que os planos de Deus devem ter sempre a precedência? 5. Em 1 Tim óteo óte o 4.16a
A tenn te bem para a sua consta o seguinte: Ate própria vida e para para a doutrina. Ao comentar essa passagem, Farrar afir ma: “Precisamos atentar bem para a nossa maneira de viver e para as convicções que temos sobre Deus e Sua Palavra”. Por que ele diz isso? Por que precisamos avaliar nossa conduta à luz do nosso conhe cimento da Bíblia? (n v i )
De us é sobe sobera rano no,, mas nó nóss somos responsá responsáveis veis po porr nosso nossoss atos. atos. Expliqu 6. Deus Expl iquee esse fato imutável de acordo com o seu entendimento. C a p ítí t u l D eus
o
6: M
e s m o q u a n d o a e s p e r a n ç a é in t e r c e p t a d a
.
e s t á no c o n t r o l e de es pe r a n ç a s despedaçadas
1. O au auto torr deste deste livro afirma: “Mas nada mata mais mais rápido o coração de um homem do que a falta de esperança”. Como podemos manter a esperança viva em nosso coração quando as circunstâncias da vida pare pa rece cem m aglom agl omerarerar-se se co cont ntra ra nós? 2. O cantor de de música música country coun try Garth Brooks gravo gravouu uma um a canção canção in Somee o f G o d ’s Greatest Gifts G ifts Are Ar e Unanswered Pray Prayer erss [Ora titulada Som
Fogados por Deus
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Quando você olha para a sua vida em retrospecto, que orações agra dece a Deus por, em Sua sabedoria, não ter respondido? 3. Esperanças despedaçadas despedaçadas são são ferramentas ferram entas que Deus Deu s usa para nos refi nar e levar-nos à vida frutífera e superabundante que Ele deseja que tenhamos. Imagine que alguém muito próximo a você sofra uma decepção profunda e peça-lhe um conselho. Como você poderia encorajar essa pessoa à luz do que tem aprendido neste capítulo? 4. C om o você po pode deria ria usar as Escrituras Escrituras para encorajar alguém p ró ró ximo a você que tenha enfrentado decepções e cujas esperanças te nham sido despedaçadas? 5. Injustam Inju stament entee preso, preso, José dep deposi ositou tou su suas esperanças esperanças no copeir c opeiroo que havia sido liberto da prisão e restaurado ao serviço do faraó. Que fim levou essa oportunidade? Como podemos equilibrar a esperança que investimos nas pessoas e nossa contínua esperança no Senhor? 6. O au autor tor deste deste livro livro obse observa rva:: “ O copeiro realmente se torna tor naria ria o pas pas saporte para a liberdade de José. Mas José não teria nenhuma notícia dele por po r dois longos longos anos”. anos” . Parece que José acertara na mosca quanto qua nto ao que e ao quem, mas não tinha nenhuma ideia do quando. Por que Deus adiaria Sua resposta à nossa oração se Sua intenção é exatamen te nos conceder essa resposta? C a p ítí t
ul o
D
7: R e b a i x a d o
e c o l o c a d o n o b a n c o d o s r e s e r v a s ...
eu s e s t á n o c o n t r o l e d a s e s pe r a s p r o l o n g a d a s
1. Farrar Farra r afirma afirma:: “As vezes vezes somos obrigados obriga dos a esperar esperar em circunstâncias circunstâncias desconfortáveis e difíceis, sem que tenhamos a menor ideia de qual será o final da história”. Que tipos de disciplina ou atividades diárias pod p oder erão ão ajuda aju dar-n r-nos os a m an ante terr a fé qu quan ando do nos en enco cont ntra rarm rmos os nu num ma situação como essa? 2. Leia as seguintes seguin tes passa passagens gens do Livro de Salmos: 25.3; 25.3 ; 27.14; 27.1 4; 37.7,3 37. 7,34; 4; 62.5; 147.11. Depois leia Isaías 40.31. O que a Palavra de Deus pro mete àqueles que esperam pacientemente no Senhor? 3
Andrew An drew Murray Murr ay certa ve vezz escr escrev eveu eu:: “N “Não ão dev devoo esquecer-me esquecer-m e de que
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Perguntas para reflexão reflexão pessoal pessoal ou discus discussõe sõess em pequ pequenos enos grupos
treinamento e pelo tempo que Ele determinar”. Qual desses aspectos da espera lhe proporcionam maior consolo e encorajamento neste momento? 4. O autor auto r deste deste livro livro escreve escreveuu sobre quan quando do Deus nos nos ped pedee que espe espe remos pelas respostas às nossas orações urgentes. E propôs: “Por que você não entrega suas frustrações ao Senhor e confia nele, certo de que Ele conhece o melhor caminho? Vamos lá. Pouse este livro, abaixe a cabeça, e entregue tudo a Ele. Diga-lhe o que está em seu coração. Desabafe sua ira, e depois diga a Ele que você está disposto a esperar — ainda que não entenda as razões para isso”. Por que resposta de oração você tem esperado? Tem sido paciente enquanto a espera? 5. Farrar cita cita alguns alguns versículos bíblicos co com m o evidência evidênc ia de que o Se nhor nos sustentará e nos guardará enquanto esperamos que Ele res pond po ndaa às no nossa ssass orações oraçõ es ou livreliv re-no noss de uma um a situação difícil. difícil. Separe alguns minutos agora para ler as seguintes passagens em sua Bíblia: Salmo 28.9; 48.14; e Isaías 46.3,4. Qual é a principal promessa em cada um desses versículos? 6. Quais são são os perigos de recusarm recu sarmo-no o-noss a esperar esperar pelo tempo tem po do Senhor e avançarmos em nosso próprio tempo, baseados em nossa pró p rópr pria ia sabedoria? C a p ít u l o 8 : I n d i v í d u o s i n f l u e n t e s ... D eus e s t á no c o n t r o l e do s po d er o s o s
1. O au autor tor deste deste livro livro escrev escreveu eu:: “A coisa coisa mais mais recon rec onforta fortante nte do mun m un do é saber que existe um Deus que cuida de nós”. De que maneira pode po dem m os co coop opera erarr co com m o Sen Se n ho horr e co com m o Seu plano pla no para qu quee po pos s samos desfrutar do melhor que Ele nos reservou? 2. C omo om o você você pod poderia eria usar usar Provérbios Provérbios 21 21.1 .1 e a história de N ab abuc ucod odoonosor, em Daniel 4, em resposta a alguém que não acredita que Deus possa tra t rans nsce cend nder er o livre liv re-a -arb rbítr ítrio io do ho home mem? m? 3. Farrar escreveu:“Nosso Deus soberano é aquele que exalt exaltaa e remove
Forjados por Deus
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forma essa afirmação pode proporcionar a você uma nova perspecti va do jogo político que ocorre em nosso país? 4. Em vez de preocupar-nos com o terrorismo, ataques nucleares e os impérios malignos deste mundo, o autor deste livro sugere que leiamos Isaías 40 antes de dormir. Que trechos desse capítulo das Escrituras podem ajudar você a colocar de lado essas preocupações e simplesmente descansar em Deus? 5. “O faraó estava prestes a cooperar com o plano de Deus”, diz Steve Farrar, “simplesmente porque precisava dormir”. E foi exatamente naquela noite que o Senhor lhe enviou os sonhos que impactariam o seu destino. Que outros exemplos você pode citar de pessoas po derosas que estão nas mãos do Senhor, quer o reconheçam ou não? 6. Theodore Roosevelt tinha o costume noturno de olhar para as es trelas com o propósito de lembrar-se de sua própria pequenez e da grandeza de Deus. Que rotina você pode criar para lembrar a si mesmo de que seu destino, suas provações e oportunidades estão nas mãos de um Deus soberano que o ama? C a p ít
ul o
9: D e u s p r o g r a ma El e e s t á no c
o
"
b o l e t im d e m e t e o r o l o g ia
"...
o n t r o l e da f o m e,
d o c l im a e d o s d e s a s t r e s n a t u r a is
1. “O Deus da Bíblia pode ser conhecido, mas Ele também é incom preensível.”Você acha essa afirmação contraditória? Por quê? 2. O autor deste livro escreveu:“Por isso, precisamos ter o cuidado de não acusar o Senhor de fazer o mal quando Ele o usa para os Seus bons propósitos, mesmo que não consigamos entendê-los” . E claro que, quando somos atingidos pelo mal ou por alguma tragédia, queremos entender o que Ele está fazendo. De que forma podemos equilibrar nosso desejo de entender e a fé num Deus cujo modo de trabalhar muitas vezes está além da nossa capacidade de compreensão? 3. Leia Êxodo 4.11. Que outros insights você pode obter sobre essa pas sagem ao compará-la à história do homem que nasceu cego em João
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Perguntas para reflexão pessoal ou discussões em pequenos grupos
4. O autor deste livro disse o seguinte acerca de seu amigo com uma do ença terminal:“Ele sabe que a morte está próxima e que Deus já plane jo u o momento preciso da sua partida (Hb 9.27). Ele está em paz com o seu futuro porque sabe que o Senhor já tem tudo planejado”. Leia Jó 21.21, Atos 13.36 e Hebreus 9.27. O que esses textos dizem sobre o tempo da nossa morte? Você se sente reconfortado com a verdade de que Deus sabe exatamente quando você vai morrer? Por quê? 5. Por que as palavras “Deus está no controle” podem incomodar um amigo enlutado em vez de reconfortá-lo? O que devemos dizer (se é que devemos dizer algo) a pessoas nessa situação? 6. Margaret Clarkson disse: “A soberania de Deus é uma rocha inex pugnável à qual o coração humano precisa apegar-se. As circunstân cias de nossa vida não são acidentais; elas podem ser obra do mal, mas nosso soberano Deus tem esse mal firmemente seguro em Suas mãos poderosas [...] Todo o mal está sujeito a Ele, por isso o mal não pode tocar Seus filhos a menos que Ele o permita”. No entanto, o mal que toca nossa vida ainda é o mal. Será que o entendimento de que o mal não pode tocar-nos a menos que o Senhor o permita é realmente reconfortante? Por quê? Capítulo D
10: S u b i n d o a e s c a d a d o s u c e s s o e g í p c i a .. .
eus e s t á no c o n t r o l e de t o d a s a s pr o mo ç õ es e a v a n ç o s
1. O autor deste livro escreveu: “Se você serve a um Deus que está no controle de tudo, incluindo promoções, então não precisa falsificar seu currículo para causar uma boa impressão”. Lembre-se das pro moções que já obteve. De que maneira você pode enxergar a mão do Senhor por trás delas? 2. Em apenas algumas horas, o curso da vida de José foi mudado de modo dramático e permanente. Uma porta foi escancarada diante dele, e, embora José certamente estivesse surpreso, ele se encontrava pronto para atravessá-la. Que lições você pode aprender aqui sobre
Foijados po r Deus
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pronto para mudar de direção ou aproveitar uma oportunidade en viada por Ele? 3. José recebeu uma promoção instantânea que resultou do fato de ele es tar perfeitamente posicionado pelo Senhor após um longo período de preparação paciente, o qual incluiu um teste significativo em que ele foi propositadamente purificado. Onde você se posicionaria nessa progressão? 4. Talvez você se encontre no meio de um longo período de preparação. Nada parece estar acontecendo, e você não vê nenhuma mudança ou melhora no horizonte. Que palavras de encorajamento pode encon trar em Hebreus 12.1-12? 5. Farrar escreveu: “Dificuldades e provações vêm das mãos de um Pai celestial infinitamente amoroso, e o propósito delas é aprofundar-nos, fortalecer-nos e criar em nós a resistência necessária para a obra que Ele nos reservou”. Leia Romanos 5.1-6. Como o apóstolo des creveu o fortalecimento da fé de um cristão por meio de provações? 6. Imagine que você seja um pai ou uma mãe tentando explicar a um adolescente como o Senhor pode usar nossas decepções e provas para nos preparar para oportunidades maravilhosas em nosso futuro. Que palavras você usaria para expressar isso? C a p ít u l o 1 1 : D o ú t e r o à s e p u l t u r a . D e u s e s t á n o c o n t r o l e de t o d o s o s e v e n t o s d a s u a v i d a , e El e f a r á c o m q ue t u d o c o o p er e pa r a o s eu b e m
1. O autor deste livro cita o exemplo do capitão Robert FitzRoy e de como a vida desse homem foi destruída pelo fato de ele ter assumido a responsabilidade pelo mal que Charles Darwin eventualmente in troduziu neste mundo [com a sua teoria da evolução]. De que forma FitzRoy poderia ter sido ajudado se tivesse meditado em versículos bíblicos como Gênesis 50.20 e R omanos 8.28? 2. Compare o que José disse aos seus irmãos em Gênesis 50.20 sobre o que se vê neste dia às palavras do Senhor em Mateus 5.10-12. Pode mos esperar que Deus sempre reverta uma situação injusta enquanto
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Perguntas para reflexão pessoal ou discussões em pequenos grupos
ainda estamos vivos? O que Jesus disse sobre a recompensa que Deus tem reservada nos céus para nós? 3. O autor deste livro afirma: “O que mais surpreende na providência de Deus é que Ele é poderoso para transformar em bênção todo o mal que vem contra você para feri-lo ou ferir aqueles que você ama”. De que maneira você já viu esse princípio atuar em sua vida? Como usaria essa verdade para aconselhar e reconfortar alguém que foi ferido por um ataque injusto? 4. José chamou seus dois filhos de Manassés e Efraim. Esses nomes sig nificam esquecimento e duplamente frutífero, respectivamente. De que maneira eles refletem a promoção e a prosperidade repentina que o Senhor concedeu a José? 5. N o último discurso de Estêvão, antes de ser morto por uma multi dão, ele citou o exemplo de José e de como Deus o havia resgatado do mal (At 7.9,10). Contudo, Estêvão não foi resgatado. Com o você concilia o fato de que Deus pode livrar, e algumas vezes livra, Seus filhos dos males que os atingem na terra com o fato de que Ele nem sempre faz isso? 6. Citando Romanos 11.33, onde está escrito que os caminhos do Se nhor são inescrutáveis, Thomas Watson observou que não devemos “procurar decifrar Seus caminhos, mas sim admirá-los”.Você já che gou a um estágio em sua vida em que é capaz de louvar a Deus por circunstâncias difíceis que não consegue entender? Que passo de fé poderia tomar agora mesmo para demonstrar ao Senhor que você está determinado a confiar nele, ainda que não entenda os Seus ca minhos?
N o t a s b ib l io g r á f ic a s Capítulo 1
1 F e r g u s o n , Sinclair B.; W r ig h t , David F . ; P a c k e r , J. I. (ed.). New Dictionary ofTheology [Novo D icion ário de Teologia], D ow ners Grove, II: InterVarsity Press, 1988, p. 654. 2 W a r h e l d , Benjamin B. The Christian Workers Magazine, dez. 1916, p. 265-267. Disponível em: homepage.mac. com/shanerosenthal/reformationlink/bbwpredest.htm. Acesso 17/03/2008. 3 M u r r a y , John J. B ehin i a Frowning Providence [Por trás de uma providência colérica], Carlisle, PA :The Ban ner ofTru thT rust, 1990, p. 10. 4 Disponível em http://www.biblíacatolica.com.br/27/65/l.php . Acesso 26/042012. 5 G r u d e m , Wayne. Bible Doctrine: Essential Teachings o f the Christian Faith [Doutrina bíblica: ensinamen tos fundam entais da fé cristã], Grand Rapids, M I: Zon derva n, 1999, p. 143. 6 H a l b e r s ta m , David. The Education o f Coach [A instrução do treinador], Ne w York: Hy perio n, 200 5, p. 2. 7 Ib id,,p . 3,4. Capítulo 2
8 W a r f ie l d , Benjamin B. The Christian Workers Magazine, dez. 1 9 1 6 , p. 2 6 5 - 2 6 7 . Disponível em: hom epage.mac.com/shanerosenthal/reformationlink/bbw predest.htm.Acesso 1 7 / 0 3 / 2 0 0 8 . 9 G i lb e r t, Martin. ChurchilV.A Life [Churchill: uma v ida]. N ew York: Hen ry H olt and C ompany,
1991 , p. 956. 10 Disponível em www.geocities.com/dwwsmw56/Astoria.html.Acesso 17/03/2008. 11 T h o m a s , I. D. E. A Puritan Golden Treasury [Um precioso tesouro puritano]. Carlisle, PA:The Ba nn er o f Tru th Trust, 1997, p. 230. 12 D a v i s , W alter Bruce. William Carey: Father o f Modem Missions [William Carey: pai das missões mo dernas]. Chicago: M oo dy Press, 1963, p. 58. 13 D o u g l a s , J. D . & C o m f o r t, Philip W (ed.). W ho’s Wh o in Christian History [Quem é quem na história do cristianismo], W he ato n, IL:Tyndale, 1992, p. 132. 14 M u r r a y , C apud M e y e r, F. B. Patriarchs o f the Faith [Patriarcas da fé], C ha ttano og a,TN : AM G Publishers, 1995, p. 333. Capítulo 3
15 Disponível em www.hoover.org/publications/policyreview/2930951.html. Acesso 17/03/ 2008. 16 B r a d l e y , James. Flyboys [Jovens voadores]. Boston: Little, Brown and Company, 2003, p. 194197. 17 Ibid.,p. 197. 18 P a c k e r , J. I. Concise Theology [Teologia concisa], W he ato n, IL:Tyndale, 1993, p. 33.
220
Notas Bibliográficas
20 FRAME,John M . The Doctrine of God [A dou trina de Deus], Phillipsburg, PA: P & R Publishing, 200 2, p. 59. 21 Disponível em: h t t p : / / p t . w i k i p e d i a . o r g / w i k i / H u m m e r. Acesso 30 /04 /20 12 . Capítulo 4 22 M e y e r, F. B. Great Men of the Bible [Grandes homens da Bíblia], vol. 1. Grand Rapids, M I :
Z on der va n, 1981, p. 115. 23 A m b r o s e , Stephen E. Eisenhower: Soldíer and President [Eisenhower: soldado e presidente], New York: Simon and Schuster, 1990, p. 11,12. 24 Ibid., p. 59. 25 Ibid., p. 53. 26 Ibid., p. 44. 27 Ibid., p. 48. 28 S p u r g e o n , C. H. The Treasury of David [O tesou ro de Dav i], vol. 2. Pasadena, T X : Pílgrim , 1983, p. 189. 29 A m b r o s e , Stephen E. Eisenhower: Soldier and President [Eisenhower: soldado e presidente]. N ew York: Sim on and Schuster, 1990, p. 34.
Capítulo 5 30 L a n d r u m , Glen N. Profilcs of Genius [Perfis de gênios], Buffalo, NY: Prometheus, 1993, p. 91. 31 V e i t h , Gene Edward. A Place to Sta nd:T he Word o f God in the Life of Martin Luther [U m lugar
de descanso: a Palavra de Deu s na vida de M artin Luth er], Nashville: C um berla nd , 2005 , p. 101. 32 Z a c h a r i a s , Ravi. Walkingjrom E ast to West [C am inhand o do leste para o oeste], Gra nd Rap ids, M I : Z ond ervan, 2006, p. 139-141. 33 M a n c h e s t e r , William. The Last Lion [O ú ltimo leão], Ne w York: Dell Publishing, 1983, p. 781. 34 V e i t h , Gene Edward. A Place to Stand: The Word o f God in the Life o f Martin Luther [U m lugar de descanso: a Palavra de Deus na vida de Martin Luther], Nashville: Cumberland, 2005, p. 70. 35 Ibid., p. 71. 36 Ibid., p. 77. Capítulo 6 37 L a n d r u m , Glen N. Profiles of Genius [Perfis de gênios]. Buffalo, NY: Prometheus, 1993, p. 161.
38 Ibid. 39 F l a v e l , John. The Mystery o f Providence [O mistério da providência], Carlisle, PA :Th e Ban ner of T ru th Trust, 1678, p. 32. 4 0 M y r a , H a r o l d & S h e l l e y , Marshall. The Leadership Secrets of Billy Graham [Os segredos de liderança de Billy Graham], G rand R apids, MI: Zo nde rvan , 2005, p. 59. 41 J o h n s o n , Paul. A History o f the American People [U ma h istória do povo americano]. N ew York: H arp er Perennial, 1997, p. 438. 42 S a i n t , Steve. End of the Spear [A extremidade da lança], Carol Stream, IL: SaltRiver, 2005, p. 59,60. Capítulo 7 43 M o r g a n , R ob ert J. The Red Sea Rules [Os estatutos do mar V erm elho]. Nashville: Th om as
N els on, 2001, p. 86, 87. 44 Ibid., p. 13. 45 M c E l v e e n , Rocky. Wild Men, Wild Alaska [H om em selvagem, Alasca selvagem]. Nashville: Tho mas Nelso n, 2006, p. 5
Foijados por Deus
221
47 Ibid. 48 Ibid., p. 159. 49 Ibid., p. 162,16 3. 50 M o r g a n , R ob ert J. The Red Sea Rules [Os estatutos do m ar Vermelho], Nashville: Th om as N els on, 2001, p. 13. Capítulo 8
51 H i t c h e n s , Christopher. God Is Not Great:Why Religion Poisons Everything [Deus não é grande: p o r que a religião enven en a tu do]. N ew York: Twelve, 2007, p. 15,16. 52 B r i d g e s , Jerry. Is God Really in Control? [Deus está realmente no controle?] Colorado Springs: Nav Press, 2006, p. 29. 53 B o y d , Greg apud BRiDGES.Jerry. Is God Really in Control? [Deus está realmente no controle?] Co lorado Springs: NavPress, 2006, p. 28. 54 C a r o , R ob ert A. The Power Broker [O poderoso mediador], N ew York: R an do m House, 1974, contracapa. 55 G l u b b , Sir John apud O d o m , G u y R . Mothers, Leadership and Success [Mães, liderança e sucesso]. Ho usto n: Polybius, 1990, p. 186. 56 Disponível em: h ttp :// dariusthemede.tripod.com/glubb.Acesso 17 /03/200 8. 57 G r a n t , George. Carry a Big Stick:The Uncommon Heroism ofTheodore Roosevelt [Conduzindo um grande bastão: o heroísmo incomum de Theodore Roosevelt], Nashville: Cumberland, 199 6, p. 176. 58 Ibid., p. 126. Capítulo 9
59 Disponível em: www.elizabethi.org/us/armada.Acesso 17/03/2008. 60 In: ww w.desiringgod.org/ResourceLibrary/Sermo ns/ByD ate/2005/223_The_Supremacy_ oíLChrist_ in_an_Age_of_Terror. Acesso 17 /03 /200 8. 61 B r i d g e s , Jerry. Is God Really in Control? [Deus está realmente no controle?] Colorado Springs: Nav Press, 2006, p. 58, 59. 62 W a r e, Bruce A. God’s Greater Glory [A mais grandiosa glória de Deus],Wheaton, IL: Crossway, 2004, p. 72. 63 Ibid., p. 70,71. 64 Ibid., p. 101, 102. Obviamente não podemos, nas páginas deste livro, explorar cada questão e nuança da soberania de Deus e como ela opera em relação ao mal. Para isso, precisaríamos de mais do que u m livro e, até mesmo, mais qu e um a biblioteca. Sugiro àqueles que qu erem estudar este conceito mais detalhadamente que adquiram God’s Greater Glory [A mais grandiosa glória de Deus], do D r. Bru ce Ware, um livro cuidadosam ente fun dam entado na obra da providência divina descrita na Bíblia. Na verdade, sugiro que adquiram dos exemplares dele, sendo que um pa ra dar de pre sen te ao seu pastor. C o m certeza será u m pre se nte m uitíssim o ap reciad o. 65 Disponível em: www.alertnet.org/thenews/newsdesk/L08160754.htm . Acesso 17/032008. 6 6 W a r e, Bruce A. God’s Greater Glory [A mais grandiosa glória d e D eus]. W he ato n, IL: Crossway, 2004, p. 106 ,107. 67 Ibid., p. 106,10 7. 68 Como citado em B r i d g e s , Jerry. Is God Really in Control? [Deus está realmente no controle?] C olo rad o Springs: NavPress, 200 6, p. 61. 69 M c C u l lo u g h , David. 1776. N ew York: Simo n and Schuster, 2005, p. 191. 70 Ibid. 71 W i er sb e , W a r re n W The Bible Exposition Commentary: Pentateuch [O Comentário Bíblico
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Notas Bibliográficas
72 Como citado em B r i d g e s , Jerry. Is Go d Really in Control? [Deus está realmente no controle?] C olo rad o Springs: NavPress, 2006 , p. 31. Capítulo 10
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Disponível em: www.forbes.eom/leadership/2007/92/071eadership-resume-jobs-leadcareers-cx_ll_0207resume.html?partner=rss. Acesso 14/07/2007. 74 W a ts o n , Thomas. A l i Th ingsfor Good [Todas as coisas para o bem ], Carlisle, PA :Th e B an ne r o f T ru th Trust, 1663, 1986, p. 60. 75 P i p e r , John. The Roots o f Endurance [As raízes da resistência]. W he ato n, IL: Crossway, 2002 , p. 124. 76 Ibid., p. 125. 77 L l o y d - J o n e s , D. Martyn. Spiritual Depression [Desânimo espiritual]. Gran d R apids, MI: W B. Eerdm ans, 1965, p. 158. 7 8 M e y e r , F. B. The Life ofjoseph [A vida d e José], Seattle:YW AM , 1 9 9 5 , p . 4 3 . 79 B e l m o n t e , Kevin. Hero fo r Hum an ity : A Biography o f William Wilbeforce [Herói para a hum anidade: um a b iografia de W illiam W ilberforce], C olo rado Springs: NavPress, 20 02 ,p. 102. 80 Ibid., no verso da capa. 81 Ibid., p. 11. 82 P i p e s , John. The Roots o f Endurance [As raízes da resistên cia]. W h ea to n , IL: Crossway, 20 02, p. 117. 83 Ibid. 84 M e y e r, F. B. Patriarchs of the Faith [Patriarcas da fé]. C ha ttano og a,TN : AM G Publishers, 1995, p. 381 . Capítulo 11 8 5 J o h n s o n , Paul. M od em Times: T he Word from the Twenties to the Nineties [Tempos modernos: a Palavra dos anos 8 0 aos 90], rev. ed. N ew York: H arp er Perennial, 1 9 9 1 , p. 3 4 1 . 8 6 O s G u i n n e s s . Unspeakable: Facing Up to Evil in an Age of Genocide and Terror [Indescritível:
enfrentand o o m al na era do g enocídio e do terror], N ew York: HarperSanFrancisco, 2005, págin a de in trodução . 87 Ibid., p. xi. 88 W a ts o n , Thomas. A liThin gs for Good [Todas as coisas para o bem ], Carlisle, PA :Th e B ann er o f T ru th Trust, 1663, 1986, p. 60, 61. 89 W i er s b e , Warren W . The Bible Exposition Commentary: Pentateuch [O Comentário Bíblico Expositivo: Pentateuco], C olorad o Springs:Victor, 2001, p. 150. 90 S p r o u l , R. C. The Invisible Hand [A m ão invisível]. Dallas: W ord, 1996, p. 95. 91 R Y L AN D S ,Jo hn c i ta d o e m P a c k e r , J . I. God ’s Plans forYou [ P la n os d e D e u s p a r a v o c ê ] . W h e a t o n , IL: Crossway, 2001, p. 9.