1-Interpretar o conceito de renascimento O Renascimento é um movimento cultural iniciado em Itália, que se baseia na Antiguidade Clássica e faz do homem o centro do conhecimento, da cultura e da beleza artística. mbora a Itália, !ela sua heran"a e contactos, sirva de matriz ins!iradora ao ressurgimento greco#latino, toda a uro!a !artici!ava na renova"$o cultural. %or toda a !arte se fundem as novidades italianas com as descobertas e tradi"&es locais. 'o ocidente da uro!a, (isboa (isboa e )evilha s$o !ortas abertas abertas !ara o mundo, como !onto !onto de !artida e chegada das rotas transoce*nicas transoce*nicas que interligam !ara sem!re sem!re a uro!a, a +frica, a América e a +sia. %elo conhecimento de e-!erincia feito/ de novas terras, t erras, novos mares, novos !ovos, os !aíses ibéricos contribuem !ara a vivncia universalista da cultura do Renascimento.
2-Distinguir os principais centros culturais da Europa do Renascimento Os !rinci!ais centros culturais da uro!a do Renascimento s$o as cidades Italianas, 0landres, 0loren"a, Roma, 1eneza 1eneza que enriquecem 2 custa dos comércios com o Oriente.
3-Resumir os progressos: na construção naval e nas técnicas de orientação náutica #3tiliza"$o da b4ssola na navega"$o !or rumo era usada !ara tra"ar linhas de rumo nas cartas# !ortulano/5 #3tiliza"$o do astrolábio que !ermitia fazer a navega"$o astron6mica orientada !ela medi"$o da altura dos astros/5 #3tiliza"$o da balestilha, inventada !elos !ortugueses, media a altura dos astros e contribuía assim !ara a navega"$o astron6mica5 #)urgimento do leme montado no cadaste !e"a de !o!a/ que !ermitia mudar de direc"$o mais ra!idamente5 #A tábua quadrienal que !ermitia a obten"$o da latitude5 #Os guias náuticos e os roteiros resumiam os dados mais relevantes !ara a navega"$o ventos, correntes7/5 #As cartas#!ortulanos eram ma!as onde se assinalavam os !ortos e as rotas de navega"$o obtidas !or meio da b4ssola. #Inicialmente os %ortugueses usavam a barca, que os obrigava a andar numa es!écie de ziguezague !ara vencerem os ventos contrários, o que denominavam de navega"$o 2 bolina. A necessidade de navegar 2 bolina motivou mudan"as estruturais na constru"$o naval. )urgiram, ent$o, as caravelas com dois e trs mastros dotados de velas triangulares, mais manobráveis, !ermitindo tirar !artido de todas as varia"&es de direc"$o de vento. vento. 8ais tarde, as longas viagens em direc"$o ao Oriente e 2 América levaram 2 constru"$o de navios mais resistentes e de maior !orte, susce!tíveis de receber carga mais avultada, a nau.
4-Relacionar esses progressos com a apropriação do espaço planetário proporcionado pela epansão marit!ma I"érica 'os séculos 91 e 91I, os descobrimentos marítimos !ro!orcionaram a %ortugal um desenvolvimento dos saberes técnicos e científicos. A inova"$o nas técnicas náuticas e na re!resenta"$o cartográfica da :erra, bem como a observa"$o e descri"$o da 'atureza, !ermitiram que %ortugal contribuísse !ara o alargamento do conhecimento do mundo.
#-Resumir os grandes contri"utos da epansão mar!tima$ nomeadamente portugu%s$ nos dom!nios da geogra&ia &!sica e 'umana$ da "ot(nica$ da )ooogia e da cosmogra&ia A e-!ans$o marítima dos séculos 91 e 91I !ro!orcionou aos %ortugueses uma atenta observa"$o da 'atureza, que !;s em causa muitas das conclus&es dos Antigos. Adquiriu#se uma mais correta !erce"$o dos continentes e mares. -!icou#se o funcionamento dos ventos e das correntes marítimas, tal como se calculou dist*ncias e latitudes. %rovou#se que as zonas equatoriais e !olares s$o habitáveis, que a :erra é esférica e que e-istem antí!odas !ontos diametralmente o!ostos na su!erfície da :erra/. Alargou#se o leque de conhecimentos étnicos, bot*nicos, zool6gicos e cosmográficos. m obras sobre geografia física, humana e econ6mica, os %ortugueses descrevem com ob
ndia. )urgiram informa"&es !recisas sobre a bot*nica e a farmaco!eia orientais.
*-+u"lin'ar o carácter eperiencialista do novo sa"er proporcionado pela epansão mar!tima Ao negar ou corrigir os Antigos, os %ortugueses a
,- Distinguir eperiencialismo de eperimentalismo Os novos conhecimentos derivados da e-!ans$o marítima resumiram#se na maior !arte dos casos, a observa"&es e descri"&es em!íricas da 'atureza e n$o a resultados de e-!erincias !ro!ositadamente !raticadas !ara a verifica"$o de hi!6teses e-!erimentalismo/. )6 neste 4ltimo caso se !odem elaborar leis e !rincí!ios universalmente válidos.
-Relacionar a revolução cultural renascentista com as trans&ormaç.es na vida material ocorridas no inicio da Idade /oderna Causas da transforma"$o da mentalidade do homem Renascentista? #O crescimento da industria e o desenvolvimento do comércio e a consequente ascens$o social da burguesia5 #A redescoberta dos valores da cultura clássica devido 2 fi-a"$o em Itália de sábios gregos e =izantinos a!6s a Conquista de Constantino!la !elos :urcos5 #O desenvolvimento econ6mico das Re!4blicas Italianas5 #Os descobrimentos, res!onsáveis !elo alargamento do conhecimento do es!a"o !lanetário, !elo aumento da circula"$o de !essoas e bens, !or uma nova vis$o do @omem e do 3niverso baseada na observa"$o e na e-!erincia. O homem do renascimento rom!e com a mentalidade medieval e assume a defesa de novos com!ortamentos e valores5 #A valoriza"$o do @omem através da afirma"$o !essoal e e-alta"$o da sua !ersonalidade e das suas ca!acidades físicas e intelectuais individualistas/. O!&e#se 2 conce"$o teocentrista e abre caminho ao antro!ocentrismo5 #%rocura da fama e gl6ria5 #3m es!ecial interesse !ela arte e !elo lu-o5 #%reocu!a"$o com a vida terrena e com a valoriza"$o do homem5 #Contesta"$o do valor da hierarquia social tradicional5 #-alta"$o da inteligncia, da !ers!icácia, da ast4cia, da frieza, do calculismo e da for"a.
0-Eplicar e eempli&icar a crescente a&irmação da mentalidade uantitativa esde o renascimento que a 8atemática influenciou a vivncia humana da realidade. O homem renascentista revelou uma mentalidade quantitativa ao recorrer 2 utiliza"$o dos n4meros indo# árabes e n$o <á romanos/ com uma frequncia que n$o era habitual. Como navegar, ge6grafo e astr6nomo, calculava dist*ncias, dura"&es, latitudes, funduras, !ro!or"&es. Como mercador e financeiro, !rocedia a c*mbio de moedas, calculava !esos e !re"os, avaliava lucros e !re
1-Relacionar as inovaç.es técnicas com o desenvolvimento da vida material 1árias foram as inova"&es técnicas? técnicas náuticas5 cartografia inclus$o de novas terras/5 mares, etnias, !lantas, faunas, escalas de latitude, !lanos hidrográficos, tra"ado e !ro
11- /ostrar o contri"uto da imprensa para a renovação cultural A inven"$o da im!rensa, deveu#se a Butenberg, alem$o, que substitui as !ranchas -ilográficas !or caracteres m6veis de madeira, mais tarde feitos em cobre e, finalmente, !elo a"o/. Criou um !rocesso que consistia em cunhar as letras em matrizes de cobre, com um !un"$o de a"o com letras gravadas em relevo, gerando uma es!écie de molde de letras, que eram
finalmente montadas em uma base de chumbo, tintadas e !rensadas. A im!rensa dissemina#se !ela uro!a e !elo 8undo. :orna#se um !oderoso veiculo de e-!ans$o cultural, de interc*mbio de ideias e difus$o de noticias.
12-onstatar a eist%ncia de valores e atitudes socioculturais de nature)a antropoc%ntrica e individualista Os intelectuais do Renascimento humanistas/ sobressaíram em diferentes ramos da !rodu"$o literária, como a !oesia, a hist6ria, o teatro, a sátira, a filosofia e a ret6rica. m todos eles defenderam a e-celncia do ser humano, que consideravam um ser bom e res!onsável, inclinado !ara o bem e !ara a !erfei"$o e é o 4nico ser dotado de raz$o. :ransmitiram, !ortanto, o ideal do antro!ocentrismo, t$o em voga no Renascimento. O individualismo revelou#se !rinci!almente !elo facto dos autores come"arem a assinar as suas obras. Os artistas do renascimento assinavam orgulhosamente as suas obras, eram ciosas das suas ideias e saber e contrariamente aos artistas medievais tinham conscincia da im!ort*ncia do seu !a!el marcante na sociedade.
13-nalisar a import(ncia desses vaores e atitudes 5mentalidade6 para a renovação da criação cultural e da vida pol!tica da época 14- nalisar a interdepend%ncia da riue)a$ cultura e poder na Europa Renascentista 1#-Discriminar os o"7etivos8 tare&as dos 'umanistas O humanista? #-alta o homem e as suas ca!acidades5 #tem a certeza do lugar !rivado que o homem ocu!a no universo !or ser o 4nico ser racional5 #liberta#se do servilismo cultural da Idade 8édia recusando a autoridade livresca5 #valoriza a ca!acidade racional do homem e o seu es!írito critico, recusando tudo o que a raz$o n$o !ode com!reender5 #valoriza a observa"$o e a e-!erincia na aquisi"$o do conhecimento5 #ncara o saber antigo com um es!írito novo, isto é, como um instrumento educativo da !ersonalidade humana, um meio de um individuo desenvolver as suas ca!acidades morais e intelectuais e de se conhecer a si !r6!rio, mas que !ode ser criticado e su!erado em tudo o que estiver errado e ultru!assado5 #stá consciente de viver numa é!oca nova moderna/ em que os homens su!eram, !elo, estudo, observa"$o e e-!erincia, o saber dos AntigosD que lhes serve de modelo os descobrimentos foram fundamentais !ara a aquisi"$o desta no"$o de modernidade/5 .%rocuram através de novos ideais educativos e !edag6gicos !lano de estudos enciclo!édico a!oiado nos clássicos e no contacto com a natureza/ obter uma forma"$o integral do homem, favorável ao desenvolvimento do es!írito critico, aberta 2 inova"$o e 2 mudan"a.
1*-De&inir 9umanismo @umanismo é a faceta literária e ideol6gica do Renascentismo. :raduziu#se na admira"$o, estudo, comentário e divulga"$o dos te-tos Antigos, na imita"$o das formas estéticas da cultura cássica e na defesa e valoriza"$o do homem de acordo com os valores antro!ocntricos dessa mesma altura/.
1,-De&inir lassicismo O classicismo caracteriza#se através da admira"$o e imita"$o dos modelos clássicos greco# romanos tanto do !onto de vista temático, como técnico, mas sem servilismos. 8anifestou#se através do des!rezo !elo g6tico, liberta"$o dos temas e-clusivamente religiosos, ado"$o de temas mitol6gicos, !rofanos, do quotidiano, ado"$o das ordens arquitet6nicas da c4!ua e arcos de triunfo, uso do arco da volta !erfeita, das ab6badas de ber"o, colunas de ber"o e front&es triangulares, decora"&es com elementos naturais e temas mitol6gicos, !reocu!a"$o com a ordem, re!resenta"$o da figura humana7
1-In&erir a inspiração dos 'umanistas na ntiguidade lássica Os humanistas defendem a leitura, tradu"$o, comentário e imita"$o sobretudo de temas e formas/ das obras da Antiguidade, mas sem servilismos. ncaram a cultura antiga como meio !elo qual o homem !ode desenvolver as suas ca!acidades morais e intelectuais e conhecer#se a si mesmo, mas que !ode e deve ser criticada quando errada ou ultru!assada.
10-/ostrar ue o 9umanismo concilia a erudição clássica com a mensagem cristã entro do quadro de toler*ncia que cultivam defendem a concilia"$o das tradi"&es !ag$ e crist$. Ao mesmo tem!o que divulgaram os clássicos, os humanistas recu!eravam as sagradas escrituras. A vontade de mergulhar nas fontes clássicas e nas sagradas escrituras mostram#nos, os humanistas como homens de grande rigor linguístico e e-igncia ética. Com os humanistas, efectivamente, as letras antigas renasceram, tal como os valores antro!ocntricos !erfilhados !elos clássicos e a !ureza da mensagem bíblica.
2-+u"lin'ar a a&irmação da /odernidade pelos 'umanistas Os humanistas tm conscincia de viver numa é!oca nova de mudan"a onde o homem, através do estudo, da e-!erincia, do es!írito critico e da raz$o !ode !rogredir continuamente. sta conscincia da modernidade, levou os humanistas a entenderem o estudo dos clássicos n$o como um fim, mas antes como um instrumento formativo que !ossibilita ao individuo o desenvolvimento das suas ca!acidades intelectuais e morais e o au-ilia a conhecer#se a si !r6!rio e ao mundo.
21-Relacionar o esp!rito critico 'umanista com o eerc!cio da critica social e a produção de utopias Os humanistas escreviam 3to!ias, ins!iradas na Re!4blicaD de %lat$o e dei-am trans!arecer uma vis$o !essimista do !resente ao descreverem modelos !erfeitos de organiza"$o social ine-istentes/. A!resentam como ideias fundamentais? mundo !aradisíaco dominado !ela imagina"$o da mitologia !ag$ ada!tada ao maravilhoso crist$o5 !ro
22-Demonstrar o carácter antropoc%ntrico do 'umanismo O humanismo renascentista !ro!&e o antro!ocentrismo. O antro!ocentrismo era a ideia de o homem ser o centro do mundoD e isso verifica#se em todas as diferentes obras dos intelectuais, quer fosse a !oesia, a literatura, a !intura7 O homem era a !ersonagem que se sobressaia, era dignificado, valorizado e e-altado !or ser o 4nico ser racional e, !or isso, ocu!ar um lugar es!ecial no universo.
23-In&erir as carateristicas clássicas e naturalistas a pintura renascentista Caraterísticas? Original e criativa5 realismo na re!resenta"$o5 !erfei"$o anat6mica5 inser"$o da natureza nas obras5 relevo5 monumentalidade, es!iritualidade5 figuras esguias e cor!os volumosos5 dis!ostas segundo um esquema fi-o !iramidal5 naturalismo através de? es!ontaneidade dos gestos5 e-!ressividade dos rostos5 concord*ncia de vestes e cenários5 movimento. :emas? figura humana, natureza e mitologia. :écnicas? %intura a 6leo com maior gama de cores e tonalidade que !ermitiam maior luminosidade e brilho/5 uso da tela5 técnica a sfumato, ou claroEescuro que dá a sensa"$o de se ver através de um véu e fazer os contornos das figuras através da grada"$o de luz e cor5 #utiliza"$o da técnica de !ers!etiva que !ermite dar a sensa"$o de terceira dimens$o/ através da utiliza"$o de !ontos de fuga. O naturalismo traduziu#se no estudo e re!resenta"$o da natureza, valoriza"$o do mundo real e natural na re!resenta"$o da realidade física, do nu e de cenas sensuais. F res!onsável !elo retorno a conce!"$o !ag$ da natureza e a !resen"a da natureza em todas as obras de arte.
24-/ostrar a superação da 'erança do legado antigo na pintura renascentista O renascimento assistiu a uma autntica revolu"$o no cam!o da Arte. Imitar as formas e temáticas clássicas tornou#se corrente entre os artistas renascentistas, que, na arte greco#romana, viam o e-em!lo da harmonia, !ro!or"$o e su!rema beleza. %orém, a admira"$o !elos clássicos