Karina Kiyoko Kamizato
Imagem Pessoal e Visagismo
1ª Edição
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Kamizato, Karina Kiyoko Imagem pessoal e visagismo / Karina Kiyoko Kamizato. -- 1. ed. -- São Paulo : Érica, 2014. Bibliografia. ISBN 978-85-365-0 702-6 1. Aparência pessoal 2. Beleza - Cuidados 3. Estética 4. Etiqueta profissional 5. Face 6. Percepção visual 7. Visagismo I. Título. 14-01264
CDD-646.7
Índices para catálogo sistemático: 1. Imagem pessoal e visagismo : Cuidados 646.7
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Rosana Arruda da Silva Maurício S. de França Beatriz M. Carneiro, Bruna Gomes Cordeiro, Carla de Oliveira Morais Tureta, Juliana Ferreira Favoretto, Nathalia Ferrarezi, Silvia Campos Preparação e revisão de texto: Luciana Soares Soares Produção Editorial: Adriana Aguiar Santoro, Alline Bullara, Dalete Oliveira, Graziele Liborni, Laudemir Marinho dos Santos, Rosana Aparecida Aparecida Alves dos Santos, Rosemeire Cavalheiro Ilustrações: Ricardo Correa Editoração: Oitava Rima
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Agradecimentos Em minha carreira na área de estética, sempre tive vontade de tratar o tema visagismo e fiquei muito eliz com o convite para a publicação deste livro. Visagismo e estética são dois assuntos pelos quais sou apaixonad apaixonada. a. Por esse convite, gostaria de agradecer imensamente a Erika Perez, companheira, conselheira, amiga e uma grande profissional. A ela agradeço o convite e a ajuda no desenrolar deste livro. Agradeço aos amigos, principalmente às queridas amigas Marta Angelica Beletato Nery e Cristina Santos, que estiveram comigo durante a conclusão desta obra. À minha amília, em especial ao meu marido Rogger Saito Baba, agradeço o apoio nas horas em que abri mão da sua cara convivência por um envolvimento regular e constante em pesquisa. À Editora Érica, pela confiança e pela oportunidade de contribuir para a ormação técnica direcionada aos estudantes de estética.
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Sobre a autora Karina Kiyoko Kamizato é especialista em estética pela Faculdade Método de São Paulo (FAMESP) e técnica em estética pelo Centro de Ensino Método da mesma aculdade. Cursou bacharelado e licenciatura em Ciências Biológicas na Universidade Presbiteriana Mackenzie e é docente e supervisora de estágio do curso técnico de estética do Centro de Ensino Método da FAMESP. Também é docente no Centro Universitário Fieo (UNIFIEO) no curso de Tecnologia em Estética e Cosmética.
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Sumário Capítulo 1 - Imagem Pessoal e Aspectos Psicológicos .................................................... 13
1.1 Qual é a sua imagem? ...................................................................................................................................13 1.2 Representação e reconhecimento da imagem ...........................................................................................14 1.3 Linhas e ormatos: o que eles podem nos dizer?.......................................................................................17 1.4 A nossa própria máscara ..............................................................................................................................17 Agora é com você!...............................................................................................................................................18 Capítulo 2 - Relação entre Estética Facial e Imagem Pessoal ........................................... 19
2.1 Estética e beleza, uma questão de conscientização...................................................................................19 2.2 Os cuidados e os tratamentos estéticos aciais ..........................................................................................20 2.2.1 Limpeza de pele....................................................................................................................................20 2.2.2 Tipos de pele .........................................................................................................................................22 Agora é com você!...............................................................................................................................................26 Capítulo 3 - O Corpo: Aspectos Culturais e Psicossomáticos ........................................... 27
3.1 Alimento versus culto ao corpo...................................................................................................................27 3.1.1 Século XIX ............................................................................................................................................28 3.1.2 Anos 1960 .............................................................................................................................................28 3.1.3 Anos 1980 ..............................................................................................................................................29 3.1.4 Final do século XX até os dias atuais.................................................................................................30 3.1.5 Imagem corporal e suas influências...................................................................................................31 Agora é com você!...............................................................................................................................................34 Capítulo 4 - Percepção de Saúde e Estética .................................................................. 35
4.1 O peso da imagem ........................................................................................................................................35 4.2 Intererência das alterações cutâneas na imagem acial e corporal........................................................39 4.2.1 Acne .......................................................................................................................................................39 4.2.2 Dermatite de contato ...........................................................................................................................39 4.2.3 Hipercromia ..........................................................................................................................................40 4.2.4 Estrias ....................................................................................................................................................41 4.2.5 Fibroedema geloide (celulite) .............................................................................................................43 4.3 Queda de cabelo: mal somente dos homens?............................................................................................46 4.3.1 Androgenética ......................................................................................................................................47 4.3.2 Areata.....................................................................................................................................................48 4.3.3 Traumática ............................................................................................................................................49 4.3.4 Tratamento............................................................................................................................................49 Agora é com você!...............................................................................................................................................50
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Capítulo 5 - Beleza: um Senso Comum......................................................................... 51
5.1 Viagem no tempo: os cuidados com a estética e a beleza ........................................................................51 5.2 Imagem: primeira percepção.......................................................................................................................55 5.3 Influência da mídia .......................................................................................................................................57 5.4 Beleza em dierentes momentos da vida ....................................................................................................58 5.4.1 Adolescência .........................................................................................................................................58 5.4.2 Gestação ................................................................................................................................................58 5.4.3 Terceira idade........................................................................................................................................59 Agora é com você!...............................................................................................................................................62 Capítulo 6 - Visagismo e Tendências Atuais .................................................................. 63
6.1 Conceito .........................................................................................................................................................63 6.2 Qual o ormato do seu rosto? ......................................................................................................................64 6.2.1 Rosto oval ..............................................................................................................................................64 6.2.2 Rosto redondo ......................................................................................................................................65 6.2.3 Rosto quadrado ou retangular............................................................................................................65 6.2.4 Rosto triangular....................................................................................................................................66 6.2.5 Rosto triangular invertido...................................................................................................................66 6.2.6 Rosto hexagonal ...................................................................................................................................67 6.2.7 Rosto losango........................................................................................................................................68 6.3 Formatos de rosto, elementos naturais e temperamentos .......................................................................68 6.3.1 Temperamento colérico.......................................................................................................................68 6.3.2 Temperamento sanguíneo...................................................................................................................69 6.3.3 Temperamento melancólico ...............................................................................................................69 6.3.4 Temperamento fleumático ..................................................................................................................69 6.4 A expressão corporal ....................................................................................................................................71 6.4.1 Estrutura óssea .....................................................................................................................................71 6.4.2 Modo de andar e de se sentar .............................................................................................................71 6.4.3 Gestos e comportamento ....................................................................................................................71 6.4.4 Relação entre temperamentos e caracterizações aciais e corporais..............................................72 Agora é com você!...............................................................................................................................................74 Capítulo 7 - Terapia Capilar e Colorimetria .................................................................... 75
7.1 Cabelo.............................................................................................................................................................75 7.1.1 A haste do cabelo .................................................................................................................................76 7.1.2 Crescimento dos cabelos .....................................................................................................................77 7.2 O que o cabelo representa? ..........................................................................................................................78 7.2.1 Rosto oval ..............................................................................................................................................79
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7.2.2 Rosto redondo ......................................................................................................................................79 7.2.3 Rosto retangular ...................................................................................................................................80 7.2.4 Rosto triangular invertido...................................................................................................................81 7.2.5 Rosto triangular....................................................................................................................................81 7.2.6 Rosto hexagonal (reto nas laterais e nas bases) ................................................................................82 7.2.7 Rosto losango........................................................................................................................................83 7.3 Loira, ruiva ou morena, qual eu poderia ser? ...........................................................................................83 7.3.1 Loiro.......................................................................................................................................................83 7.3.2 Ruivo ......................................................................................................................................................84 7.3.3 Moreno ..................................................................................................................................................84 7.4 Saúde para os meus cabelos .........................................................................................................................84 7.5 Mais que belo, é preciso estar saudável ......................................................................................................85 Agora é com você!...............................................................................................................................................88 Capítulo 8 - Maquiagem ............................................................................................. 89
8.1 O rosto e suas emoções ................................................................................................................................89 8.2 Como preparar a pele? .................................................................................................................................90 8.3 Passo a passo da maquiagem com um toque visagista ............................................................................91 8.3.1 Base ........................................................................................................................................................91 8.3.2 Corretivo ...............................................................................................................................................91 8.3.3 Pó............................................................................................................................................................92 8.3.4 Rímel ......................................................................................................................................................92 8.3.5 Delineador de olhos .............................................................................................................................92 8.3.6 Sombras .................................................................................................................................................92 8.3.7 Blush .......................................................................................................................................................96 8.3.8 Batom.....................................................................................................................................................98 8.4 Harmonia da maquiagem com o tom da pele ...........................................................................................98 8.5 A maquiagem nos dierentes estilos ...........................................................................................................99 8.5.1 Mulheres com estilo esportivo ou romântico...................................................................................99 8.5.2 Mulheres elegantes ou tradicionais ..................................................................................................100 8.5.3 Mulheres sexy, dramáticas ou artísticas ..........................................................................................101 Agora é com você!.............................................................................................................................................102 Capítulo 9 - Embelezamento do Olhar......................................................................... 103
9.1 Momento de reflexão..................................................................................................................................103 9.2 As sobrancelhas ao longo dos tempos......................................................................................................104 9.2.1 Décadas de 1920 e 1930 .....................................................................................................................104 9.2.2 Década de 1940 ..................................................................................................................................105
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9.2.3 Década de 1950 ..................................................................................................................................105 9.2.4 Década de 1960 ..................................................................................................................................106 9.2.5 Década de 1970 ..................................................................................................................................106 9.2.6 Década de 1980 ..................................................................................................................................107 9.2.7 Década de 1990 ..................................................................................................................................107 9.2.8 Dias atuais ...........................................................................................................................................108 9.3 Formatos de sobrancelha para cada rosto ...............................................................................................108 9.3.1 Rosto oval ............................................................................................................................................109 9.3.2 Rosto redondo ....................................................................................................................................109 9.3.3 Rosto longo (retangular) ...................................................................................................................109 9.3.4 Rosto triangular..................................................................................................................................109 9.3.5 Rosto triangular invertido.................................................................................................................110 9.3.6 Rosto quadrado ..................................................................................................................................110 9.4 Passo a passo do design de sobrancelhas..................................................................................................110 9.4.1 Materiais necessários para o procedimento....................................................................................111 9.4.2 Delineamento da sobrancelha ..........................................................................................................112 9.4.3 Cuidados com as sobrancelhas.........................................................................................................113 9.5 Aplicação de hena .......................................................................................................................................113 9.5.1 Materiais necessários .........................................................................................................................114 9.5.2 Passo a passo.......................................................................................................................................114 9.6 Permanente de cílios...................................................................................................................................115 9.6.1 Materiais..............................................................................................................................................115 9.6.2 Passo a passo.......................................................................................................................................115 Agora é com você!.............................................................................................................................................116 Capítulo 10 - Unhas Artísticas .................................................................................. 117
10.1 As unhas do passado ................................................................................................................................117 10.2 Um estilo todo especial ............................................................................................................................118 10.2.1 Esportivo ...........................................................................................................................................119 10.2.2 Romântico .........................................................................................................................................119 10.2.3 Tradicional ........................................................................................................................................120 10.2.4 Elegante .............................................................................................................................................120 10.2.5 Moderno............................................................................................................................................121 10.2.6 Criativo ..............................................................................................................................................121 10.2.7 Sexy ....................................................................................................................................................122 10.3 Acessório de beleza...................................................................................................................................122 10.3.1 Francesinha .......................................................................................................................................123 10.3.2 Meia-lua.............................................................................................................................................123
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10.3.3 Unhas decorativas ............................................................................................................................124 10.3.4 Unhas postiças ..................................................................................................................................125 10.4 Formato das mãos .....................................................................................................................................125 10.4.1 O cuidado com as mãos e as unhas ...............................................................................................126 10.4.2 Nutrientes para mãos e unhas perfeitas ........................................................................................127 Agora é com você! .............................................................................................................................................128 Capítulo 11 - Apresentação Pessoal e Etiqueta Profissional ........................................... 129
11.1 Boas maneiras, sempre!............................................................................................................................129 11.1.1 A apresentação .................................................................................................................................130 11.1.2 Dos hábitos à elegância ...................................................................................................................130 11.2 Meu próprio estilo ....................................................................................................................................131 11.2.1 Esportivo ou natural ........................................................................................................................131 11.2.2 Elegante .............................................................................................................................................132 11.2.3 Tradicional ........................................................................................................................................133 11.2.4 Romântico .........................................................................................................................................134 11.2.5 Sexy ....................................................................................................................................................135 11.2.6 Criativo ..............................................................................................................................................135 11.2.7 Moderno ............................................................................................................................................136 11.3 As formas do corpo ..................................................................................................................................137 11.4 O significado das cores .............................................................................................................................138 11.4.1 Vermelha ...........................................................................................................................................139 11.4.2 Azul ....................................................................................................................................................139 11.4.3 Amarela .............................................................................................................................................139 11.4.4 Laranja ...............................................................................................................................................139 11.4.5 Violeta ................................................................................................................................................139 11.4.6 Verde ..................................................................................................................................................139 11.4.7 Preta ...................................................................................................................................................140 11.4.8 Branca ................................................................................................................................................140 11.4.9 Cinza ..................................................................................................................................................140 11.4.10 Marrom ...........................................................................................................................................140 11.4.11 Rosa..................................................................................................................................................140 11.5 Combinações de cores ..............................................................................................................................140 11.5.1 Combinação de alto contraste ........................................................................................................141 11.5.2 Combinação de baixo contraste .....................................................................................................141 11.5.3 Combinação triangular ...................................................................................................................142 11.5.4 Combinações monocromáticas ......................................................................................................142 Agora é com você! .............................................................................................................................................144
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Capítulo 12 - Estética e Cirurgia Plástica .................................................................... 145
12.1 Cirurgias estéticas aciais .........................................................................................................................145 12.1.1 Ritidoplastia ......................................................................................................................................146 12.1.2 Blearoplastia ....................................................................................................................................147 12.1.3 Rinoplastia ........................................................................................................................................148 12.1.4 Otoplastia ..........................................................................................................................................148 12.1.5 Enxerto de pele.................................................................................................................................149 12.1.6 Mentoplastia .....................................................................................................................................149 12.1.7 Implante capilar................................................................................................................................149 12.2 Cirurgias estéticas corporais ...................................................................................................................150 12.2.1 Lipoaspiração....................................................................................................................................150 12.2.2 Lipoescultura ....................................................................................................................................151 12.2.3 Mamoplastia de redução/aumento ................................................................................................151 12.2.4 Abdominoplastia ..............................................................................................................................152 12.3 A parceria cirurgião e esteticista.............................................................................................................153 12.3.1 Cuidados com a pele no pré-operatório .......................................................................................154 12.3.2 Cuidados no pós-operatório...........................................................................................................154 12.4 Relação profissional-paciente..................................................................................................................155 Agora é com você!.............................................................................................................................................156 Bibliografia ............................................................................................................. 157
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Apresentação Sempre ui ascinada por cortes de cabelo e maquiagens, e pela relação dessas duas técnicas com o ormato do rosto, temas abordados no visagismo. Com ormação em estética, acredito na importância de interligarmos os conceitos de imagem, visagismo e estética, todos preocupados em encontrar, no indivíduo, a personalidade na sua orma mais bela, natural e saudável, proporcionando o bem-estar da imagem e o potencial da autoestima. A área da estética como um todo, com os produtos cosméticos, o embelezamento e os tratamentos estéticos, vem crescendo e ganhando reconhecimento a cada dia. Os profissionais da área precisam se atualizar e interagir entre eles, a fim de conhecer as diversas técnicas divulgadas no mercado. O crescimento dessa área é reflexo da grande procura, por parte da sociedade, tanto homens como mulheres, por recursos que promovam a conservação da beleza e da saúde. Assim, este livro destina-se aos estudantes da área da estética e àqueles interessados em compreender as erramentas do visagismo e das técnicas estéticas - acial, corporal e capilar -, no intuito de valorizar a imagem do indivíduo. O conteúdo está organizado em capítulos que contemplam imagem, visagismo e estética. No início do livro, percebe-se o conteúdo voltado à concepção de imagem, relacionando corpo, saúde e tratamentos estéticos em busca da beleza. Falando nela, o livro aborda o conceito de belo, os padrões de beleza impostos pela sociedade e as consequências desses padrões impostos na saúde do indivíduo. O conceito de visagismo e sua interação com imagem e estética aparecem nos capítulos seguintes, que abordam as técnicas de corte, a maquiagem, inclusive nas roupas, os acessórios e a cirurgia plástica. Dessa orma, a obra permite aos iniciantes o aprendizado das técnicas de visagismo e estética e aos que já atuam na área, a reormulação e a consolidação de conhecimentos. Desejo a todos os leitores o desenvolvimento e a expansão do conhecimento dos assuntos apresentados. A autora
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1 Imagem Pessoal e Aspectos Psicológicos
Para começar Este capítulo tem como objetivo discutir a definição de imagem pessoal e sua importância para realçar a personalidade. Você também vai ver que a imagem está relacionada com diversas ormas e linhas geométricas e que cada uma delas pode transmitir uma inormação. Do ponto de vista psicológico, é possível saber como essas imagens são transormadas em emoções e como a nossa personalidade pode ser ressaltada ou inibida como orma de deesa.
1.1 Qual é a sua imagem? Você já se olhou no espelho e comentou: “hoje estou um arraso!” ou “nada fica bom em mim...”? Caso já tenha passado por isso, não se preocupe, é normal. As dierentes sensações e emoções que sentimos ao nos ver no espelho são exatamente o que a imagem refletida está querendo nos passar. A imagem que você tem de si mesmo está alicerçada em sua autoestima, um dos principais construtores da sua personalidade. Para entender melhor, observe a Figura 1.1:
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Imagem
Reprodução visual Imagem
Valorização de si mesmo
Caracterização pessoal e original Imagem
Figura 1.1 - Relação entre imagem, autoestima e personalização.
A imagem pessoal é a orma como você se expressa para outras pessoas, mostrando o que tem de si mesmo, sua beleza e seu conorto. Ao estar bem consigo mesmo, passa para as pessoas ao seu redor autoconfiança, autoestima e segurança, por meio da personalidade que você mesmo construiu. Quanto mais você gosta de si mesmo e mais se aceita, maior será a sua autoestima. Assim, a sua personalidade será criada com mais acilidade. Para você se gostar é preciso se sentir belo. Mas, afinal de contas, o que é belo e bonito? Para muitos, a beleza reere-se à pereição das ormas. Bonita é a pessoa cuja ace apresenta traços finos, é a pessoa magra com suas curvas bem esculpidas. Mas será que somente assim as pessoas conseguem ficar belas ou se acharem belas? Por definição, bonito e belo são traços que, em conjunto, se tornam harmoniosos e agradáveis de ver. Assim, ser belo não é somente ser magro e alto. Todos somos belos por natureza, porém devemos saber transmitir a imagem correta para que o belo da nossa personalidade seja colocado em destaque.
1.2 Representação e reconhecimento da imagem A fim de saber como ormar a imagem ideal por meio dos traços de uma pessoa, é preciso entender como a imagem é ormada, transmitida e representada por quem está olhando. Os traços presentes nos rostos e nos corpos ormam símbolos conhecidos como arquetípicos. E o que é um símbolo arquetípico? É o símbolo que nos transmite alguma sensação ou reação emocional de orma inconsciente. ique de olho!
Em um desenho de animação, um raio normalmente representa alguém com raiva. Já quando desenhamos algo utuando ou representamos alguém relaxado como se estivesse utuando, ocorre uma associação a movimentos ondulatórios. Todas essas formas que nos transmitem sensações boas ou ruins são chamadas de símbolos arquetípicos.
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Assim, qualquer imagem, seja otografia, objeto ou até mesmo a imagem pessoal, provoca primeiro uma resposta emocional para depois ser interpretada racionalmente. m o c . k c o t s r e t t u h S / l a r A z u g O
Figura 1.2 - Sistema límbico.
Encontramos símbolos arquetípicos em diversas situações. Quando estamos em uma sala de aula, na qual as cadeiras são organizadas em fileira, a figura do proessor à rente desse ambiente representado por linhas retas é de autoridade. Em contrapartida, quando o proessor se relaciona com a sala ormando um círculo, a imagem de autoridade se transorma em simpatia, tornando o ambiente mais envolvente. Percebe-se que as linhas curvilíneas remetem à suavidade do movimento, à ragilidade, dierentemente das ormas retas, que dão a impressão de robustez e de imponência.
O sistema límbico, Figura 1.2, refere-se a uma parte do cérebro relacionada às respostas emocionais e motivacionais. Ao visualizarmos uma imagem, essa informação é recebida pelo tálamo e enviada rapidamente à área límbica, responsável pelas nossas emoções. Posteriormente, a informação recebida pelo tálamo passa para o córtex, onde uma imagem racional será processada.
Essas linhas também podem ser vistas e expressadas no rosto e no corpo. A eminilidade, a sensualidade e a delicadeza da mulher estão nas ormas curvilíneas vistas em um rosto oval ou em um corpo de tronco comprido com os bustos e o quadril firmes e bem evidentes. Já a imponência do homem está no rosto quadrado, no tronco largo e nos ombros retos. Assim, os profissionais de publicidade utilizam esses conhecimentos a fim de atrair um público específico. Como exemplo, temos as linhas de perume masculino e eminino, Figuras 1.3 e 1.4. Note que a maioria dos perumes emininos apresentam o rasco com ormato curvilíneo, o que dá aparência delicada ao produto. Já os rascos dos perumes masculinos apresentam ormas retas, denotando robustez.
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Figura 1.3 - Perume eminino, com ormas curvilíneas, a fim de representar a delicadeza do corpo eminino.
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Figura 1.4 - Perume masculino, com ormato angular. A masculinidade está representada nesse ormato, com traços retos que dão um ar imponente ao produto.
Considerando a imagem pessoal como um símbolo arquetípico, é possível explicar as dierentes reações transmitidas a quem nos observa, pois essa imagem, ao chegar na amígdala (região do sistema límbico), provoca reações emocionais como amor e paixão antes de ser processada de orma racional. Pensando dessa orma, conseguimos explicar por que mudanças como um corte de cabelo aetam o lado emocional e o psicológico a ponto de alterar nosso comportamento e nossa autoestima.
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1.3 Linhas e formatos: o que eles podem nos dizer? Durante todo este capítulo, temos discutido a ormação de uma imagem e o que ela pode nos dizer do ponto de vista emocional. A importância disso é compreendermos os dierentes ormatos de rosto e de corpo, os dierentes cortes de cabelo e penteado, os estilos de roupas, enfim, compreender que tudo é visto por meio de traços e que precisamos entender o que esses traços podem transmitir a fim de aplicarmos exatamente o que queremos. Segue, em detalhes, qual mensagem ou sensação cada tipo de linha ou ormato pode transmitir. Tabela 1.1 - Dierentes sensações e emoções relacionadas às linhas e ormas Linhas e formatos
Sensação e característica
Forma quadrada
Com linhas retas na horizontal e na vertical, representa masculinidade, poder, força, autoconança, frieza e intelectualidade. Esse formato pode estar presente em diversos lugares, como no design de roupas e em penteados.
Forma circular
Origina-se das curvas. Essa forma traz uma ideia de autossustentação e de eternidade, pois é uma gura que não tem começo nem m.
Linhas curvas
Demonstram suavidade e sensualidade e são conhecidas como linhas femininas. Diferentemente das linhas retas, as curvilíneas são consideradas quentes e emotivas.
Forma triangular
Quando a base é para baixo, representa estabilidade; já quando a base está para cima, demonstra instabilidade.
Linhas inclinadas
Demonstram dinamismo e instabilidade.
1.4 A nossa própria máscara Você acha que o lado direito da ace é idêntico ao lado esquerdo? Eles são muito parecidos, mas não idênticos, especialmente no que diz respeito à representação das nossas emoções. Existe o lado dominante, que revela verdadeiramente as emoções de uma pessoa, e o lado máscara, no qual as emoções nem sempre são sinceras e verdadeiras. O lado máscara disarça as emoções, tenta agradar, mas não necessariamente gosta da situação; normalmente, esse é o primeiro lado a se expressar e o que se expressa mais. A máscara pode ser positiva ou negativa. A positiva tem a intenção de proteger a imagem, a fim de não se expor em demasia, não mostrando as raquezas e ressaltando as qualidades da pessoa. Já a máscara negativa pode ser considerada alsa, pois esconde a identidade do indivíduo e passa a impressão de ser superficial. A aparência alsa não quer dizer eia; muitas pessoas bonitas fisicamente podem ter um ar de alsidade por não se mostrarem verdadeiras. Partimos desse ponto, com base nos estudos dos traços e ângulos, a fim de entender, inicialmente, o que isso pode representar na imagem pessoal no que diz respeito aos dierentes ormatos de rosto, às roupas, aos estilos de corte de cabelo e penteados, entre outras coisas, para assim valorizar o que temos de melhor e transmitir o que realmente gostaríamos para quem está nos vendo.
Imagem Pessoal e Aspectos Psicológicos
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ara descobrir esse lado, encontre o olho dominante. Uma técnica fácil e rápida é colocar as m os estendidas, uma sobreosta a outra, deixando apenas um pequeo orifício entre elas. Com os dois olhos, ire algum ponto. Em seguida, feche um dos olhos e, depois, deixe apenas o outro olho fechado, sem tirar a m o da posiç o. O olho que manteve a imagem no orifício é o olho dominante.
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Figura 1.5 - Imagem alternativa da posição da mão que possibilita encontrar o lado dominante.
Vamos recapitular? Você viu neste capítulo o conceito de imagem e como as ormas e linhas podem ajudar a caracterizar essa imagem. Essas ormas e linhas ajudam a traçar a imagem do individuo porque emitem uma inormação e, consequentemente, uma emoção, boa ou ruim, graças ao nosso sistema límbico. Descobriu que a nossa imagem pode ser dierente a cada momento, mesmo porque, a cada dia, passamos por situações dierentes e, para cada evento, um comportamento satisatório ou não vai ser revelado pela nossa imagem. Esses eeitos são alcançados, pois a nossa ace pode transmitir emoções dierentes, por meio do lado máscara ou do lado dominante.
gora é com você 1) Qual a relação entre imagem, autoestima e personalidade? 2) Qual a importância dos símbolos arquetípicos? 3) Compare as imagens da Figura 1.6 a seguir e diga o que elas transmitem quando observamos suas ormas. m o c . k c o t s r e t t u h S / a t e j i r u Z
m o c . k c o t s r e t t u h S / a k i r E a k l I n a i b a F z s a z S
Figura 1.6 - Figura à esquerda: proessor no centro de um círculo de alunos. Figura à direita: proessora à rente dos alunos colocados em fileira.
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2 Relação entre Estética Facial e Imagem Pessoal
Para começar Este capítulo tem como objetivo mostrar que a relação da estética com a imagem não é meramente uma questão de embelezamento, e sim uma questão de tratamento. Isso porque a percepção da beleza não deve estar ligada somente ao uso de truques que vão disarçar impereições, mas também às situações em que esse disarce é mínimo ou inexistente. Você vai entender como a estética pode azer parte da vida das pessoas com o intuito de preservar a personalidade delas, na sua orma mais bela, natural e saudável, proporcionando o bem-estar da imagem e o potencial da autoestima.
No Capítulo 1, vimos o que é imagem e como ela pode influenciar a autoestima na conceituação de belo. Pensando dessa orma, precisamos entender como a estética pode nos ajudar a melhorar a nossa imagem e azer dela uma aliada na manutenção ou no enriquecimento da nossa autoestima.
2.1 Estética e beleza, uma questão de conscientização Uma pele inflamada, cheia de cravos e espinhas, ficaria bonita com uma belíssima maquiagem?
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Talvez a primeira impressão seja positiva: a pele maquiada disarçaria as lesões da acne, antes em evidência. No entanto, em longo prazo, isso não unciona. Com o uso requente de maquiagem, e dependendo da qualidade dos produtos, a tendência da acne ativa é piorar. Nesse ponto entram os cuidados e os tratamentos estéticos. A estética, como ciência da beleza, tem como intuito trazer para a realidade todos os aspectos relacionados ao belo. Percebe-se, então, que a estética e a beleza caminham juntas, porém a estética não tem apenas o intuito de embelezar utilizando alguns artiícios, como maquiagem e penteados, mas preocupa-se com as necessidades da pele, do cabelo e do corpo e com os cuidados destinados a eles. O cliente precisa entender que, para o belo sobressair na imagem, é necessário cuidar da essência. A beleza deve ser evidenciada na sua orma natural. Os artiícios utilizados devem ser vistos apenas como um acessório a fim de realçar a beleza que já existe. Daí a importância dos tratamentos estéticos, os quais proporcionam bem-estar, melhora da autoestima e autovalorização da imagem.
2.2 Os cuidados e os tratamentos estéticos faciais Os tratamentos estéticos são utilizados, primeiro, com o intuito de melhorar o aspecto da pele, ocando na queixa principal do cliente. A partir disso, determinam-se quais tratamentos lhe são mais adequados, resultando na melhora do quadro de queixa e, consequentemente, na elevação da autoestima desse cliente. Os tratamentos sugeridos são determinados baseando-se em uma minuciosa avaliação do tipo de pele. Com base nessa avaliação, é possível indicar quais procedimentos e produtos podem ser adotados durante o tratamento. 2.2.1 Limpeza de pele
A limpeza de pele pode e deve ser eita antes de iniciarmos qualquer tratamento acial em um cliente. A intenção desse procedimento é preparar a pele para os passos seguintes, os quais ocarão o tratamento específico. É claro que durante a limpeza de pele o tratamento já pode ser iniciado, tendo em vista que os produtos utilizados serão específicos para o tipo de pele do cliente. Por isso a importância de avaliarmos o tipo de pele a ser tratada. 2.2.1.1 Função da limpeza de pele
Essa limpeza tem como objetivo afinar a pele, mediante a remoção de células mortas, a fim de que os produtos tenham maior penetração, e retirar as sujidades e algumas lesões (comedões e pústulas) da pele. 2.2.1.2 Produtos »
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Sabonete: tem a unção de limpar a pele. Existem sabonetes em gel, em espuma, em barra e leite de limpeza. Alguns desses produtos têm ação demaquilante. Esoliante: também conhecido como peeling , pode ainda ser chamado, pelos leigos, de ácido. Os ácidos são apenas um dos tipos de esoliante, mas não são os únicos respon-
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sáveis por afinar a pele. Há vários produtos com essa unção e eles podem ser classificados em peeling ísico (laser), químico (ácido), mecânico (microdermoabrasão, cosméticos com grânulos) e biológico (enzimas extraídas de rutas, papaína). Loção tônica: tem como ação principal equilibrar o pH da pele. Esse produto também pode conter ativos específicos com ação hidratante, calmante, adstringente e antisséptica. Emoliente: apresentado na orma líquida e em creme, tem a ação de amolecer os comedões (cravos) e as pústulas (espinhas) para a posterior extração dessas lesões. O potencial hidrogênio iônico, também conhecido como pH, é utilizaMáscara: existem vários tipos de máscara, com suas do para medir o nível de acidez na respectivas ações. Há máscaras com ação calmante, pele. A acidez é uma barreira da de argila, oclusiva, entre outras. pele contra os microrganismos, e por isso o nível de pH precisa estar Protetor solar: undamental para proteger a pele conem equilíbrio. tra a radiação intensa do sol.
2.2.1.3 Passo a passo
Segue o passo a passo básico de limpeza de pele, que pode ser adotado para todos os tipos de pele: »
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Limpe a pele com sabonete. Faça movimentos circulares nas áreas maiores do rosto, do pescoço e do colo, e movimento de vaivém em áreas estreitas. Em seguida, remova o produto com algodão embebido em água. Esolie a pele com movimentos circulares nas áreas maiores do rosto, do pescoço e do colo, e nas áreas menores aça movimentos de vaivém. Remova o produto com algodão envolvido em gaze e umedecido em água. Tonifique a pele com algodão umedecido no produto. Aplique emoliente. Quando ele é apresentado na orma de loção, costuma-se umedecer chumaços de algodão com o produto e cobrir toda a região a ser trabalhada com esse algodão. Se o emoliente or em creme, cobrir a pele com ele e, por cima colocar algodão umedecido em água. O tempo é determinado pelo abricante, podendo variar de 10 a 20 minutos. Extraia as lesões (somente cravos e espinhas). Normalmente, o tempo para essa etapa é de trinta minutos. O ideal é não extrapolar o tempo de extração, pois o eeito amolecedor do produto vai se perdendo e, com isso, o cliente passa a apresentar maior sensibilidade. Aplique a máscara. Costuma-se utilizar máscara calmante a fim de diminuir a vermelhidão da pele. Deixe o produto na pele por 20 minutos e retire-o com algodão embebido em água. Aplique protetor solar.
A seguir, vamos conhecer os dierentes tipos de pele e os procedimentos mais indicados para cada uma.
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2.2.2 Tipos de pele 2.2.2.1 Eudérmica
Conhecida como pele normal. Tem aparência sedosa, graças ao equilíbrio de água e óleo. Não apresenta lesões acneicas, e os óstios (poros) são finos. 2.2.2.2 Alípica
Também chamada de pele seca. Apresenta aspecto opaco, sem brilho natural. Pode apresentar sensibilidade a cosméticos, principalmente àqueles com ação esoliante. Apresenta, como subclassificação, outro tipo de pele, o alípico desidratado, reerente à diminuição ou à alta de água no tecido. As características marcantes desse tipo de pele são descamação, aspereza, espessura fina e tendência a rugas, Figura 2.1. m o c . k c o t s r e t t u h S / g n a k t M
Figura 2.1 - Pele alípica, com rachaduras na superície.
ique de olho!
Na pele seca ou desidratada, que apresente descamação, use produtos em creme, pois eles apresentam óleo na composição, o que faz deles produtos pesados capazes de fazer uma camada protetora contra a perda de água do tecido. Para peles que necessitem de muitos nutrientes, vale usar um sérum nutritivo e hidratante.
2.2.2.3 Lipídica
Também conhecida como pele oleosa. As características mais evidentes são brilho intenso em toda a ace, óstios dilatados, pele mais espessa e tendência ao aparecimento de acne, Figuras 2.2 e 2.3.
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Figura 2.2 - Pele lipídica, com brilho intenso na superície.
Em virtude de suas características, a pele lipídica é subdividida em subtipos: »
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Lipídica desidratada: apresenta regiões com aspecto oleoso, porém, em razão da alta de água, é possível encontrar descamações. Lipídica seborreica: pele com brilho muito intenso, chamada de untuosa. Lipídica acneica: pele oleosa com acne, podendo apresentar os diversos graus dessa patologia.
Fique de olho!
Em peles oleosas, o ideal é utilizar produtos à base de água e géis, a m de evi tar o aumento de óleo .
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Figura 2.3 - Pele com lesões acneicas.
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2.2.2.4 Pele mista
Apresenta oleosidade e, consequentemente, brilho intenso na região conhecida como zona T, representada por testa, nariz e queixo. Os óstios nessa região são dilatados. Nas laterais pode ser eudérmica, alípica ou com tendência oleosa. 2.2.2.5 Pele envelhecida
Independentemente de o envelhecimento ser originado por atores extrínsecos ou intrínsecos, o ato é que um dia nós envelhecemos.
Os fatores extrínsecos são os fatores externos que podem inuenciar nas características e no funcionamento do nosso organismo, como cigarro, bebidas alcoólicas e alimentos. Por sua vez, os fatores intrínsecos são os fatores decorrentes do desgaste natural ou das alterações do próprio organismo, como envelhecimento das células e diminuição do metabolismo.
As características mais evidentes da pele durante essa ase são aumento na espessura, porém com sensibilidade, algumas lesões comedogênicas não inflamatórias, manchas na pele, opacidade e rugas. m o c . k c o t s r e t t u h S / 8 7 a r a m a r a T
Figura 2.4 - Foto ilustrativa, dierenciando a pele envelhecida, sem cuidados (à esquerda), e a pele tratada, com aspecto sedoso (à direita).
O processo de envelhecimento não é sinônimo de descuido e desleixo. A autoestima precisa estar presente em todas as ases da vida, especialmente nessa. Nesse sentido, as atividades estéticas nos permitem ver com outros olhos as transormações que estão acontecendo com o nosso corpo.
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Esse processo da vida é inevitável, mas hoje, com tantos recursos, podemos até mesmo retardar o envelhecimento, Figura 2.4. No entanto, é importante ter a consciência de que a beleza está em qualquer idade e que só precisamos encontrar o que temos em nós mesmos que nos az elizes e belos. Na Tabela 2.1 vemos os tratamentos e os respectivos tipos de pele. Tabela 2.1 - Relação entre tipos de pele e os respectivos cuidados necessários Tipos de pele
Eudérmica
Alípica
Estado cutâneo (subtipos)
Características
Pele sedosa, viçosa, com óstios nos.
Pele na, sem brilho natural, sensível.
Pele espessa, com óstios dilatados e brilho intenso.
Não há.
Ácido hialurônico; ácido lático; vitaminas A, C e E.
Desidratada: apresenta descamação, é áspera e tem tendência a rugas.
Procedimentos para renovação do tecido, hidratação e nutrição da pele, revitalização.
Glicerina, algas marinhas, ureia, vitamina E, erva-doce, aloe vera, aveia, camomila, tília, alfabisabolol.
Seborreica: tem brilho muito intenso (untuosa). Acneica: presença de lesões acneicas, inamatórias e não inamatórias.
Mista
Envelhecida
Oleosidade concentrada na zona T.
Pele hiperqueratinizada, opaca, ácida, comedônica e com manchas.
Ativos
Manutenção; hidratação a m de manter o equilíbrio de sebo e água.
Desidratada: apresenta oleosidade com descamação. Lipídica
Procedimentos ou tratamentos
Tendência à acne: na zona T; Desidratada ou com tecido equilibrado: nas laterais.
Desidratada. Bastante sensível.
Tratamento para redução de oleosidade e da espessura da pele, para renovação do tecido e tratamento da acne propriamente dita.
Ácidos: salicílico, glicólico e mandélico. Calmantes: camomila e azuleno. Antisséptico e anti-inamatório: própolis e melaleuca.
Tratamento de acne na região onde se encontram as lesões.
Zona T: ácido salicílico, glicólico e mandélico; melaleuca; e própolis.
Nas laterais, procedimentos para hidratação.
Laterais: ácido hialurônico, aveia, aloe vera e camomila.
Tratamentos que promovam rmeza da pele, hidratação e anamento, que amenizem o aspecto das rugas e manchas e realcem o brilho.
DMAE; colágeno; vitamina A, C e E; e peelings.
Ao tratarmos corretamente esses dierentes tipos de pele com os diversos recursos encontrados na área de estética, o cliente ficará mais satiseito com a sua própria imagem. Além disso, a pele, mesmo ao natural, se mostrará mais saudável e sempre pronta para receber uma bela maquiagem.
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ocê sabia que o uso de protetor solar é de fundamental importância até mesmo em dias nublados e chuvosos? Parece bobagem, mas é verdade. A radiaç o, conhecida como ultravioleta, pode provocar sérias alteraç es na pele, como manchas, envelhecimento precoce, queimaduras e até mesmo câncer de pele (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Vamos recapitular? Neste capítulo aprendemos a importância de cuidarmos da nossa pele a fim de que ela se apresente naturalmente bela, sedosa e saudável. Também vimos que a estética participa do conceito de imagem no que diz respeito: ao tratamento para a melhora da pele, avaliando e propondo tratamentos e utilizando os ativos mais apropriados para o tipo de pele; e ao embelezamento, assunto que veremos com mais detalhes no Capítulo 8.
Agora é com você! 1) Qual a importância da estética para a nossa imagem? 2) Por que não é indicado o uso de cremes em pele oleosa? 3) Antes de qualquer tratamento, o mais indicado é sempre azer uma limpeza de pele. Por quê? 4) Qual a unção da loção tônica na pele? 5) Atividade em grupo: identifique o tipo de pele de seus colegas de grupo.
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3 O Corpo: Aspectos Culturais e Psicossomáticos
Para começar Neste capítulo, a discussão terá como base as influências que os hábitos regionais podem ter na nossa vida e na nossa relação conosco e com a sociedade, no que diz respeito à valorização do corpo. Veremos que a ormação dos conceitos de certo e de errado pode ser influenciada por atores da região em que vivemos, como a cultura, a política, a economia e, inclusive, a nossa própria ormação ísica hereditariamente constituída e os nossos aspectos psicológicos, influências que já podiam ser vistas em tempos remotos.
3.1 Alimento versus culto ao corpo A imagem corporal, no que diz respeito ao conceito de beleza, soreu diversas variações ao longo da história, influenciadas por vários atores, como os hábitos alimentares. Quando o assunto é alimento versus valorização das ormas corporais emininas, as contro vérsias sempre existiram. Em épocas nas quais o alimento era escasso e reservado a poucos, a imagem de mulheres robustas era sinal de poder e status; nos períodos com artura de alimentos, como hoje, a imagem de mulheres magras é mais valorizada, pois representa autodisciplina e sucesso. Percebe-se, então, que as práticas alimentares e os padrões de beleza caminham juntos. Atualmente, essa relação entre disponibilidade de alimentos e modelos de beleza são os reerenciais para distinguir as dierentes classes sociais.
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No caso do Brasil, e semelhantemente ao que aconteceu em outros países, os modelos de beleza soreram variações, na tentativa de adaptação ao contexto social, político, econômico e histórico. A seguir, apresentamos alguns atos marcantes na história dos modelos de beleza que se passaram no mundo, inclusive no Brasil. 3.1.1 Século XIX
Momento em que a culinária valorizava alimentos com alto teor calórico. Nessa época, os corpos emininos mais desejados eram aqueles com ormas arredondadas, ainda que chegassem à flacidez. Nessa época, grandes pintores, principalmente os europeus, valorizavam mulheres de cabelos claros, ondulados, de rosto sedoso e colo leitoso como pérola, Figura 3.1. No Brasil, a beleza estava na pele morena, nos cabelos compridos e escuros e nos olhos pretos. A semelhança entre essas mulheres estava no corpo carnudo e cheio de sulco, dierenciando socioeconomicamente quem tinha poder de quem pertencia à classe social mais baixa.
Figura 3.1 - Valorização de corpos arredondados. Obra: Le Bain Turc, de Jean August Dominique Ingres, 1862.
3.1.2 Anos 1960
Esse é um período de grande marco na relação do indivíduo com os outros e com o mundo por meio do eminismo, da relação sexual, da expressão corporal, tudo exaltando o corpo e associando-se a ele. A partir dessa época, os padrões de beleza começam a mudar, e medidas cada vez menores começam a ser valorizadas, Figura 3.2. Com 42 kg e 1,67 m de altura, a modelo Lesley Hornby oi uma das pessoas que revolucionaram o padrão de beleza da época. Com porte pequeno e magérrimo, chegou a ser apelidada de Twiggy, da palavra twig , graveto em inglês.
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A imagem corporal e os desejos dessa época tornaram-se compulsivos. Por essa busca incansável, tudo era válido. Quando o real do próprio corpo se az visível e é considerado desavorável, ocorre a busca por transormações radicais. Medidas como plástica, lipoaspiração, tatuagem, uso de remédios e anabolizantes já estavam em prática nessa época.
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3.1.3 Anos 1980
A magreza já podia ser percebida com clareza. As ormas curvilíneas perdiam espaço para corpos cada vez mais magros e sem ormas definidas. Porém, além de mulheres magras sem ormas emininas evidentes, surgiu o interesse pelo realce Figura 3.2 - Ilustração de mulheres dos anos 1960, da eminilidade nos gestos, nas roupas e na própria com ormas magras. imagem do corpo. As mulheres passaram a mostrar toda a sensualidade, Figura 3.3, seguindo o modelo de divas como a Madonna, com suas músicas e gestos ousados e sensuais, e, aqui no Brasil, seguindo o exemplo de Sônia Braga. m o c . k c o t s r e t t u h S / r e s s u M y m e R s l l a f t e N
Figura 3.3 - Mulher magra e com a sensualidade evidenciada pelo corpo é um dos dierenciais dos anos 1980.
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3.1.4 Final do século XX até os dias atuais
O corpo pereito passa a ser uma obsessão para as mulheres, principalmente para as da classe média. A obesidade era e ainda é vista com maus olhos, e a magreza, vista como sinal de sucesso, pereição, competência e atrativo sexual. No decorrer do século XXI, as mulheres almejam a magreza; para isso, adotam dietas rigorosas e praticam atividade ísica de orma exagerada. Elas podem optar por corpos magros esculpidos e mostrar curvas emininas de orma delicada ou com bastante definição (com músculos torneados, tendo a massa gordurosa sido substituída por massa muscular, por meio de exercícios intensos, Figuras 3.4 e 3.5). Cameron Diaz é uma celebridade que aderiu a essa tendência de corpo magro e bem definido e exibe um corpo cada vez mais musculoso. Os homens, principalmente os jovens, relatam que seriam mais elizes se tivessem corpos musculosos, com barriga “tanquinho”. A fim de conseguir músculos bem definidos, acabam recorrendo ao uso de anabolizantes. No Brasil não se tem uma estimativa exata do uso de anabolizantes, pois muitos desses produtos chegam às mãos dos consumidores de orma ilegal, mas sabe-se que o público que utiliza esse tipo de produto tem idade entre 18 e 34 anos e é, em geral, do sexo masculino. Porém não descartamos o aumento da procura por esse produto pelo público eminino. Atualmente, interessadas em definir a musculatura, muitas mulheres procuram por anabolizantes no intuito de obter os resultados esperados em menor tempo. m o c . k c o t s r e t t u h S / v o k i n l e M y r t i m D
Figura 3.4 - O corpo magro é muito visado atualmente. A mulher preocupa-se em estar magra, porém sem perder suas silhuetas emininas.
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Figura 3.5 - Além da magreza, algumas mulheres buscam tônus muscular evidente e bem definido, não somente no abdome, mas em todo o corpo.
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Antes, a beleza no Brasil era definida por proporções pequenas nos seios e exaltação dos glúteos. No início do século XXI, o padrão mudou. Teve início uma obsessão americana em aumentar os seios, mas sem deixar de valorizar os glúteos, ou seja, as mulheres brasileiras começam a desejar corpos com seios maiores e quadris esculpidos, em busca de um corpo brasileiro curvilíneo, Figura 3.6. m o c . k c o t s r e t t u h S / n a m e l o C J y e r f f e J
Figura 3.6 - Valorização dos seios e do glúteo, corpo almejado por muitas brasileiras nos dias de hoje.
3.1.5 Imagem corporal e suas inuências
Todas as ormas de nos ver e ver o outro (estar acima ou abaixo do peso, ser alto ou baixo, musculoso ou flácido, entre outras características) passam por influências na definição do bonito e do eio, e essas definições são impostas pela própria sociedade em que vivemos. As ormas como nos vemos, como vemos o outro e como o outro nos vê são diversas. Isso porque a imagem do nosso corpo apresenta um complexo emaranhado de atores psicológicos, sociais, culturais e biológicos que ajudam a determiná-la. As características que determinam a parte ísica ou biológica são percebidas em nosso corpo, como altura, cor dos olhos, ormato do rosto e cor do cabelo, ou seja, trata-se de traços de origem, ligados aos nossos pais, avós, bisavós e carregados no material genético chamado de DNA.
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por meio do estudo da genética, ramo da biologia que analisa as características (diferenças e semelhanças) entre indiíduos da mesma linhagem pelas gerações, que se estuda o DNA (ácido desoxirribonucleico). Este é uma estrutura presente nos cromossomos que carrega a informação genética da maioria dos organismos vivos (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012). m o c . k c o t s r e t t u h S / r a t k i V h c i v e n a v a S
Figura 3.7 - Garota com sardas, herança genética mais comum em pessoas de pele clara.
Com relação aos aspectos culturais, o corpo pode sorer influências de acordo com o local em que o indivíduo está inserido. No mesmo país, pode haver diversidade cultural e, em cada região, o comportamento e o conceito com relação ao padrão de beleza do corpo podem ser dierentes. A influência cultural não está relacionada apenas à beleza ísica, mas a todo o conjunto que pode compor e proporcionar a beleza, por exemplo, acessórios, roupas e comportamento (modo de alar, de se expressar, utilização de palavras e expressões regionais etc.). Em virtude dos dierentes climas das regiões do Brasil, uma pessoa que vive na região Sul do país terá preerências e tendências de moda bem dierentes daquelas das pessoas que vivem no Nordeste, local em que o calor chega a ser escaldante. Além de adornos e vestimentas dierentes, há dierentes características no próprio corpo, como o tom de pele. De modo geral, as pessoas do Sul costumam ter pele clara, figura 3.6, e as do Nordeste são bem bronzeadas. Independentemente do país, além de os aspectos culturais influenciarem o nosso comportamento, a religião e as crenças também são significativas. Adornos, vestimentas e corte e comprimento do cabelo, por exemplo, são alguns dos itens que podem sorer intererência da religião.
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Figura 3.8 - A cultura regional pode influenciar a escolha de vestimentas e adornos, como ocorrem em algumas regiões da África.
Os aspectos psicológicos têm grande influência na nossa imagem, pois os pensamentos, as vivências e as experiências de vida é que vão determinar se aceitaremos o nosso corpo, nosso comportamento em relação a ele e o jeito de nos vestir. Sabe-se que as emoções são responsáveis pela busca de uma boa saúde e de bem-estar e, uma vez em desequilíbrio, essas emoções podem causar doenças psicofisiológicas (relacionadas à ansiedade) e também psicoemocionais (resultado da ação intercorrente das doenças psicofisiológicas). Nossas diferentes atitudes devem-se, por exemplo, às diferenças de sexo, personalidade, idade etc. Cada indivíduo vai lidar com uma determinada situação de maneiras diferentes que outro indi víduo, de acordo com os fatores: sexo masculino ou feminino, imunidade, personalidade, idade etc. Dessa forma, os fatores psicossomáticos podem interferir muito em nosso corpo, pois é com base nesses fatores que passamos a construir o conceito do que é bom ou ruim para a nossa própria vida. Uma pessoa pode ter uma saúde perfeita e achar, por exemplo, que tem alguma deformação estética, sem que ela exista, como dentes tortos, nariz de tucano, obesidade, e sentir que não se encaixa no padrão de beleza imposto pela sociedade. A ideia principal disso tudo é que esses fatores nos fazem construir os nossos próprios conceitos do que é melhor para a nossa vida e, dependendo de como lidamos com isso, essas influências poderão ter consequências benéficas e promover nosso bem-estar ou consequências maléficas em virtude da obsessão pela perfeição e das atitudes radicais, prejudicando consequentemente a saúde do indivíduo.
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Vamos recapitular? Neste capítulo abordamos dierentes ases do padrão de beleza e a influência que a política, a economia e a cultura podem ter na busca do corpo ideal. Além disso, tratamos da influência de aspectos como a ormação ísica, características regionais e culturais e atores psicológicos na constituição de nossos gostos, preerências e opiniões. Vimos que, mesmo com todas essas influências, é preciso ter consciência de até que ponto um comportamento pode ser benéfico, ísica, emocional e mentalmente. Vários atores ajudam a ormação de nossas opiniões, mas não podemos nos deixar levar e acreditar que tudo é correto para nosso corpo e nossa mente.
Agora é com você! 1) Dê um exemplo de ator cultural que pode influenciar o comportamento e a aparência das pessoas. 2) Atualmente, em relação ao padrão de beleza, quais são as opções de corpo? 3) Com o passar do tempo, como o alimento oi visto na sua relação com os critérios de beleza? 4) O que são atores biológicos e como eles podem influenciar a nossa imagem? 5) Dê exemplos de artistas emininas que optaram por ter um corpo musculoso.
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4 Percepção de Saúde e Estética
Para começar Saúde e estética são dois assuntos que não podem ser abordados separadamente, sobretudo quando o objetivo é chegar à pereição de beleza. Eles estão sempre relacionados, direta ou indiretamente, porém tanto um quanto outro, quando tratados de orma doentia, podem trazer sérias consequências, por exemplo a anorexia. Além da busca incansável e doentia pela beleza, as pessoas convivem em uma sociedade turbulenta; muitos não conseguem se dedicar à boa saúde - alimentam-se mal e não praticam atividade ísica, chegando a outro extremo, a obesidade. Além dessas alterações, outras serão abordadas neste capítulo, com o intuito de conhecermos alguns atores que levam à baixa autoestima e de sabermos como o esteticista pode ajudar.
4.1 O peso da imagem O valor da sua imagem e a beleza que você almeja provavelmente soreram influências da mídia. O corpo magro (quase esquelético) e longo das mulheres dos anúncios publicitários e da TV é o espelho para muitas outras mulheres. A fim de chegar a esse padrão imposto pela sociedade, muitas azem dietas absurdas e têm comportamentos não saudáveis de controle de peso, tudo isso no intuito de chegar a uma imagem idealizada, o que provoca sérias distorções na própria imagem corporal.
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Bulimia e anorexia são alguns dos transtornos alimentares que têm como consequência a diminuição de peso. Em casos de bulimia, a pessoa costuma comer exageradamente e de orma incontrolável e, em seguida, a fim de evitar o ganho de peso, induz o vômito, usa laxativos, pratica atividade ísica de orma exaustiva e az jejum prolongado. A pessoa com esse tipo de transtorno não costuma ser excessivamente magra, por isso não chama atenção, mas cuida da sua orma ísica de maneira obsessiva. Ao perceber que houve descontrole em uma reeição (grande quantidade e alimentos bem calóricos), essa pessoa é tomada por sentimentos de remorso e culpa e, por isso, pensa em dierentes ormas de não ganhar peso. Em razão dos constantes estímulos à saída desse alimento e a fim de evitar a absorção dos nutrientes, sérias complicações acabam acontecendo no organismo, como enraquecimento dos dentes, sangramentos, problemas gastrointestinais, entre outros. Já no caso da anorexia, a preocupação com o peso é extrema. As atitudes a fim de não ganhar peso são parecidas com as tomadas nas ocorrências de bulimia, mas, na anorexia o aspecto psicológico é tão aetado que, ao se olhar no espelho, por mais magra que esteja, a pessoa se vê gorda, Figura 4.1. Inelizmente, o número de distúrbios de peso vem aumentando cada vez mais, em especial entre os jovens. ique de olho!
Mesmo que esse tipo de transtorno aconteça em diferentes classes sociais, em variadas culturas e regiões, é sabido que ele acomete em sua maior parte meninas ocidentais, de raça branca e pertencente à classe socioeconômica alta. Décadas atrás, no Jap o, nem se falava desses tipos de transtorno; no entanto agora, com a ocidentalizaç o, o fenômeno se tornou frequente nesse país (OLIVEIRA; HUTZ, 2010). No Brasil, foi realizada uma pesquisa com o intuito de vericar os comportamentos alimentares entre as adolescentes nipônicas e as caucasianas. Concluiu-se que as adolescentes caucasianas parecem sofrer mais as press es culturais e estéticas sobre a imagem em comparaç o com as nipônicas (SAMPEI, 2009).
Além disso, o mundo capitalista e industrializado levou a muitas mudanças de comportamento, resultando na alta de tempo para uma vida saudável. Com uma vida agitada e corrida, as pessoas deixam de cuidar da saúde e dão preerência a alimentos rápidos, conhecidos como ast ood , lanches, rituras, entre outros, a fim de minimizar os intervalos das reeições, Figura 4.2. Além disso, pela alta de tempo, muitos não conseguem sequer realizar uma caminhada, uma vez que todos os horários são destinados ao trabalho. Com esse tempo todo dedicado ao trabalho, é possível perceber que o corpo será o modelo do esquecimento de uma vida saudável rumo à obesidade,Figura 4.4. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE, os brasileiros não estão se alimentando de orma correta: 38,8 milhões de pessoas com 20 anos ou mais estão acima do peso, ou seja, 40,6% da população total do país, sendo que 10,5 milhões desse grupo já são considerados obesos, Tabela 4.1.
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Figura 4.1 - Imagem refletida no espelho com distorção da realidade, um caso típico de anorexia. Esse transtorno aeta a parte psicológica do indivíduo e acomete principalmente as mulheres, por sentirem maior pressão em relação ao padrão de beleza imposto pela sociedade. m o c . k c o t s r e t t u h S / n o n e z K
Figura 4.2 - Por serem alimentos rápidos e práticos, muitas pessoas aderem ao ast ood , com rituras, embutidos e lanches. Assim, minimizam o tempo de intervalo e aproveitam o tempo para trabalhar mais.
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Figura 4.3 - Consequência de uma vida corrida, na qual a saúde fica em segundo plano, problemas como a obesidade e outras doenças decorrentes do aumento de peso, como hipertensão, colesterol, entre outros, podem começar a aparecer. Além dos problemas fisiológicos, os psicológicos também podem surgir, gerando baixa autoestima, sentimentos de rejeição e de depressão.
O ato de algumas circunstâncias da vida levarem à obesidade não quer dizer que as pessoas não estejam sendo influenciadas pela imagem corporal considerada pereita: é preciso ser magro e alto. A influência da padronização do corpo é tanta que algumas pessoas chegam a ter depressão e vergonha de seu próprio corpo por não conseguir chegar ao peso considerado ideal.
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Tabela 4.1- Prevalência de excesso de peso e obesidade na população de 20 anos ou mais, por sexo, no Brasil, no período de 2002-2003 Masculino
Excesso de peso (%) 41,1
Obesidade (%) 8,9
Feminino
Excesso de peso (%) 40,0
Obesidade (%) 13,1
A obesidade somada à idade avançada representa um problema ainda mais sério, porque a autodesvalorização e a baixa autoestima são maiores na terceira idade. Figura 4.4. Figura 4.4 - A obesidade é ainda pior no caso de mulheres em períodos de alterações hormonais, como gestação e menopausa, o que leva a impactos psicológicos como síndrome do pânico e depressão.
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4.2 Interferência das alterações cutâneas na imagem facial e corporal Além da aparência magra, do corpo longo e com silhueta bem definida, a mídia e os anúncios publicitários mostram uma pele acial e corporal totalmente íntegra, o que não condiz com a realidade das mulheres comuns da sociedade. São variadas as alterações cutâneas que podem levar à baixa autoestima, principalmente se orem evidentes. Quando se trata de ace, as alterações inestésticas que levam os clientes a buscar tratamento estão relacionadas à acne e à hiperpigmentação (mancha). Há outras irritações de pele, como a dermatite, e iremos tratar de algumas neste capítulo a fim de que o estudante de estética consiga identificá-las e dierenciá-las, no intuito de bem orientar os clientes a procurarem um profissional que vá tratar de orma correta dessas alterações da pele. Além dos problemas na ace, duas alterações chamam a atenção das mulheres e podem levar à baixa autoestima e à desvalorização do próprio corpo: a estria e a celulite. Diante dessas patologias ou disunções, os profissionais da área de embelezamento e estética podem, em certos casos, estabelecer uma parceria com outros profissionais a fim de ajudar pessoas complexadas em virtude das alterações que estão ocorrendo em seu corpo. Segue uma relação de alterações aciais e corporais. 4.2.1 Acne
A acne, já mencionada no Capítulo 2, provoca alterações ísicas e psicológicas que aetam principalmente adolescentes, período de diícil aceitação em que há o desejo e a busca pela pereição. A acne é uma aecção crônica, multiatorial, que ocorre principalmente na puberdade, podendo se estender até a ase adulta. Em relação à gravidade das lesões, ela pode ser classificada em até cinco estágios. Os três predominantes são: »
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Acne comedoniana: presença predominante de comedões (cravos). Acne papulopustulosa: presença de comedões, pápulas (espinhas) e pústulas (espinhas com pús). Acne nodulocística: além das lesões citadas, estão presentes os nódulos e os cistos.
Em estágios avançados da acne o indivíduo pode chegar a apresentar sintomas como ebre súbita e dor nas articulações. 4.2.2 Dermatite de contato
Outro tipo de alteração bem incômoda é a dermatite de contato. Considerada um processo inflamatório, a dermatite se caracteriza por lesões avermelhadas que podem apresentar coceira e descamação. Ela é resultante da exposição direta a algum agente externo, junto com a luz ultravioleta na superície da pele. Por causa do grau de irritação, coceira e sensibilidade, devem ser evitados produtos como sabão e detergente, que possam estimular ainda mais esse quadro.
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Quando a dermatite de contato provoca alterações na pele, é considerada uma dermatite de contato irritante, Figura 4.5. Porém existe a dermatite que é desencadeada pela resposta imune específica, chamada de dermatite de contato alérgico. Em ambos os casos, deve-se evitar o agente causador e, quando ele é identificado e evitado, pode-se perceber a cura da dermatite. No entanto, quando o agente persiste, a dermatite pode-se tornar crônica, dificultando o tratamento e até impossibilitando as atividades diárias do paciente. As dierenças entre os dois tipos de dermatite são: a causa, os mecanismos fisiopatológicos, a predisposição genética, os testes cutâneos, o tempo de aparecimento das lesões e a demarcação das lesões. m o c . k c o t s r e t t u h S / n i b n u X n a P
Figura 4.5 - Bolhas, eritema e edema são alguns sinais na superície da pele característicos da dermatite de contato irritante.
4.2.2.1 Tratamento
Nenhum tratamento estético poderá ser eito enquanto o paciente não investigar e tratar essa alteração de pele com o dermatologista. Normalmente o tratamento médico é eito por medicamentos como corticoide e anti-histamínico. Nesse caso, o uso de cosméticos pode provocar maior irritação na pele e piorar o quadro de dermatite. 4.2.3 Hipercromia
A pele, principalmente a da região acial, sore agressões do ambiente, por estar submetida à ação do vento, da poeira, do ar-condicionado e, principalmente, da radiação solar. Como consequência de tantas agressões, pode ser ormada uma mancha. A hipercromia acial é conhecida como uma desordem na hiperpigmentação da pele, sendo evidenciada pela presença de manchas em tons de marrom escuro ou claro, principalmente em razão da exposição ao sol (ator exógeno) ou de hormônio sexual (ato endógeno).
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Em peles caucasianas, a hiperpigmentação pode ser o resultado de anormalidades no mecanismo enzimático que controla a pigmentação, tendo como causas a idade avançada, um processo inflamatório, atores genéticos e distúrbios hormonais. Em peles asiáticas e negras, o risco de hiperpigmentação é maior, pois elas normalmente apresentam alta densidade de melanina. A melanina não deve ser vista como uma vilã, pois ela é uma das erramentas responsáveis por dar cor à pele e promover otoproteção. Esse pigmento nada mais é que um filtro solar natural, por refletir a radiação ultravioleta que entra em contato com a pele, protegendo o núcleo, local em que está o material genético das células. Porém sua produção desordenada pode levar à ormação de manchas escurecidas de senescência ou lentigem, por exemplo. 4.2.3.1 Tratamento
Os tratamentos estéticos de hiperpigmentação têm como objetivos: a) afinar a epiderme, a fim de remover os queratinócitos já pigmentados presentes na camada superficial da pele e estimular a renovação celular; b) minimizar a produção de melanina. »
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Microdermoabrasão: é muito indicada nos tratamentos de hipercromia, pois se destina ao processo de esoliação não cirúrgica, portanto afina o epitélio, potencializando o tratamento que insere ativos e promove a renovação celular por incremento da mitose celular fisiológica. O mesmo equipamento é utilizado na endermologia, a única dierença está no uso do acessório; na endermologia, microgrânulos de óxido de alumínio são jateados na pele com a pressão do aparelho ou por uma caneta com a ponteira diamantada - essa ponteira desliza sobre pele e, por meio da pressão do aparelho, os resquícios de células córneas são sugados. Ácidos: o ácido ascórbico (vitamina C) homogeniza os pigmentos, tendo ação clareadora. O ácido glicólico (ala hidroxiácido) tem a propriedade de afinar e regenerar a pele e pode auxiliar nos tratamentos de hipercromias; além disso, ele tem a capacidade de abrir as pontes entre as células, permitindo maior penetração dos ativos dos demais produtos que serão aplicados após o seu uso. O ácido kójico é obtido pela ermentação do arroz, sendo um agente despigmentante de grande eficácia; dierentemente da hidroquinona (ativo recomendado apenas por médico, por apresentar respostas adversas, como irritabilidade e sensibilidade ao sol, e risco de agravar a mancha), esse ácido apresenta resultados mais demorados, porém sem eeitos irritativos, podendo inclusive ser usado no verão.
4.2.4 Estrias
A estria é uma aecção irreversível. Ela é definida como uma atrofia tegumentar adquirida, ou seja, trata-se de uma diminuição da espessura da pele, que fica mais delgada, flácida, seca, com menos pelo e menor elasticidade, Figuras 4.6 e 4.7. Inicialmente, as estrias são rosadas, ase na qual ainda apresentam irrigação sanguínea e, por isso, podem se tornar menos evidentes com procedimentos estéticos adequados. Em uma ase tardia, as estrias se tornam esbranquiçadas, sendo denominadas de estrias albas. Nesse caso, elas já não apresentam irrigação sanguínea evidente, e fica mais diícil amenizá-las. Três teorias tentam explicar o surgimento das estrias:
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4.2.4.1 Mecânica
É a teoria que explica os casos de grandes estiramentos da pele, com consequente ruptura ou perda de fibras elásticas, provocando o aparecimento das estrias. A gravidez é um dos casos que exemplifica essa teoria: a pele pode não conseguir acompanhar o aumento do abdome e sorer esse estiramento. O aumento de volume por deposição excessiva de gordura é outro exemplo. A deposição de orma excessiva e repentina de gordura pode provocar danos às fibras elásticas e aos colágenos da pele. O rápido crescimento, evidenciado na adolescência, também pode provocar o aparecimento de estrias em certas regiões do corpo, uma delas é na parte posterior do joelho, chamada de poplítea. 4.2.4.2 Endócrina
Você já se perguntou por que uma pessoa jovem, magra e que nunca esteve acima do peso apresenta estrias? Talvez seja uma questão genética, mas a causa também pode estar relacionada com o ator hormonal. De acordo com alguns estudos, pacientes apresentaram estrias após o uso de medicamentos à base de hormônios. A adolescência é outro exemplo, período com orte influência hormonal. 4.2.4.3 Infecciosa
Alguns autores sugerem que processos inecciosos causam danos às fibras elásticas, provocando o aparecimento das estrias.
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Figura 4.6 - Estrias em região lateral do abdome. Perceba o aspecto da pele estriada, de aparência flácida, delgada e sem elasticidade.
4.2.4.4 Tratamentos
Ainda não se descobriu uma orma de desazer a estria por completo; sendo assim, o objetivo dos procedimentos estéticos é de apenas melhorar a sua aparência. Diversos são os procedimentos que um esteticista pode adotar a fim de minimizar o aspecto da estria e, dentre eles está a microdermoabrasão. Esse é um método realizado por meio de um aparelho que promove sucção. Nesse aparelho é acoplado um acessório que vai lixar a pele, deixando-a mais fina, e vai ajudar a melhorar a circulação do tecido.
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Figura 4.7 - Estrias na região do glúteo.
Com o intuito de melhorar o metabolismo das células da região aetada, de estimular a síntese de ATP e estimular a síntese proteica, o aparelho de microcorrentes pode ser utilizado nesses casos, potencializando o tratamento. Em alguns casos, pode-se utilizar o equipamento gerador de corrente galvânica, também conhecido como eletrolifing com agulha. O objetivo é estimular o processo de reparação e restabelecer a integridade do tecido por meio da corrente e do processo inflamatório agudo e localizado. Por provocar um processo inflamatório, duas inormações devem ser reassaltadas: 1) o intervalo entre as sessões é de uma semana, e sua aplicação pode ser intercalada com outros procedimentos, como o uso de microcorrentes associado com cosméticos; 2) é preciso haver maior cuidado com as peles de origem asiática e ototipos altos, pois há risco de manchas. É interessante associar com essas técnicas alguns produtos cosméticos que potencializem o resultado, como ácidos que estimulem a renovação e a regeneração do tecido (por exemplo, ácidos glicólico e mandélico), produtos com ativos hidratantes (por exemplo, ácido hialurônico) e que auxiliem na reestruturação do tecido (proteína colágeno). 4.2.5 Fibroedema geloide (celulite)
A palavra “celulite” é de origem latina, cellulite, e significa inflamação do tecido celular. Esse termo é errôneo, pois a celulite não se define como uma inflamação do tecido. O fibro edema geloide (FEG) é uma aecção desagradável tanto do ponto de vista estético como do uncional, pois pode acarretar dores nas regiões em que o grau é grave, chegando à imobilidade dos membros ineriores e a um abalo emocional por se apresentar de orma inestética. O FEG consiste numa infiltração edematosa do tecido conjuntivo, não inflamatória, com polimerização da sustância undamental, produzindo consequentemente uma reação fibrótica, Figura 4.8.
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Considerada complexa por envolver aspectos multiatorias, a sua etiologia pode estar relacionada com os atores considerados desencadeantes, predisponentes ou agravantes. Os atores desencadeantes são aqueles considerados de origem hormonal, e o principal hormônio envolvido é o estrógeno. Os atores predisponentes são os que correspondem à hereditariedade e outros como o sexo, a etnia, o biótipo corporal e também a sensibilidade dos receptores presentes nas células aetadas pelos hormônios envolvidos. E, por último, porém não menos importante, os atores agravantes compreendem aos hábitos alimentares inadequados, o sedentarismo, o estresse, medicamentos e patologias que podem acelerar esse quadro. m o c . k c o t s r e t t u h S / a u n g i s e D
Figura 4.8 - Ilustração da pele e a ormação do fibroedema geloide (FEG). No caso desse tecido, a pele se apresenta ondulada, com a aparência conhecida popularmente como “casca de laranja”. Note que, além da superície, outras modificações acontecem internamente, como o aumento no volume das células adiposas e a fibrose do tecido conjuntivo.
A FEG apresenta dierentes graus. Uma das ormas de classificar esses graus é analisar a região. Nesse tipo de análise, percebe-se que as ormas mais discretas são vistas somente no momento de contração da musculatura, enquanto nos maiores graus a depressão é nítida, conhecida popularmente como “casca de laranja”; nessa ase mais avançada, o aspecto “casca de laranja” pode ser observado mesmo na pele em repouso e, além de a orma inestética ser desagradável, a dor é muito incômoda. Segundo a gravidade do FEG, há três graus: »
Brando (grau I): observado somente com a contração da musculatura de orma voluntária, Figura 4.9. m o c . k c o t s r e t t u h S / v o r a k a M r d n a x e l A
Figura 4.9 - Imagem do FEG grau I, estágio no qual ele é visto com a contração voluntária da musculatura.
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Moderado (grau II): a celulite pode ser vista mesmo sem a contração do músculo. Nessa ase, pode haver alteração da sensibilidade, Figura 4.10. m o c . k c o t s r e t t u h S / k u h c n i l O
Figura 4.10 - Imagem do FEG grau II, estágio no qual os sulcos já são vistos de leve, mesmo sem a contração voluntária da musculatura. »
Grave (grau III): independentemente da posição que o paciente estiver (sentado, deitado ou em pé), as ondulações e os relevos na pele são evidentes, conhecidos como “casca de laranja”. O tecido se encontra mais dolorido, flácido e enrugado, Figura 4.11. m o c . k c o t s r e t t u h S / s m a i l l i W . C r a c s O
Figura 4.11 - Imagem do FEG grau III, estágio no qual ele é visto independentemente da posição em que a pessoa se encontra.
4.2.5.1 Tratamentos
Os tratamentos estéticos da FEG são diversos e muito bem-vindos, como: Ultrassom terapêutico
Aparelho muito utilizado para fins estéticos por apresentar respostas satisatórias sobre diversas aecções, uma delas o FEG. Esse nome reere-se às ondas emitidas, imperceptíveis à audição humana, sendo superior a 20 mil Hz. Trata-se de um equipamento que utiliza ondas sonoras por meio de um cabeçote acoplado na pele, em constante movimento, com auxílio de um agente composto por água, normalmente com a
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utilização de gel. O aparelho mais indicado para uso estético é o de 3 MHz, pois, assim, a proundidade atingida não atravessa a camada muscular e, consequentemente, não aeta órgãos vitais. Tem como eeito fisiológico atuar com micromassagem, aumentar a permeabilidade da membrana e descompactar os tecidos, sendo muito indicado em casos de FEG, por minimizar o aspecto fibrótico do tecido. Associado à onoorese, propriedade do próprio aparelho, possibilita o aumento da permeabilidade da membrana, potencializando a penetração de ativos, além de aumentar a circulação e promo ver o rearranjo das fibras colágenas. Pode ser utilizado de duas a três vezes na semana. Devem ser respeitadas as contraindicações, como tromboflebites e varizes, regiões com implantes metálicos e endopróteses, em gestantes, na presença de tumores, inecção ativa, região das gônadas e área cardíaca. Endermologia
É uma técnica que utiliza a pressoterapia por pressão negativa, com associação de roletes que promovem pressão positiva simultaneamente. Estimula a melhora da circulação, tanto venosa quanto linática. Com rolamento e sucção simultâneos, promove a massoterapia pelo chamado palper roller (palpar e rolar). Por ser um procedimento não invasivo, pode ser eito de duas a três vezes na semana. Após o uso de aparelhos, pode-se incrementar o tratamento com massagens terapêuticas, como a modeladora e a drenagem linática. Massagem modeladora
É um conjunto de técnicas com o objetivo de promover o alívio de estresse, mobilizar estruturas, diminuir edemas, incrementar a circulação sanguínea e linática e a analgesia. Essa técnica apresenta diversos movimentos com pressão vigorosa e manobras como amassamento, percussão, ricção, vibração e rolamento. Drenagem linfática
Dierentemente da massagem modeladora, a drenagem linática é uma técnica que insere movimentos suaves, lentos e superficiais, que impulsionam a lina e, por isso, deve-se respeitar a anatomia e a fisiologia do sistema linático. O oco principal da drenagem é trabalhar sobre o edema linático, drenando o excesso de líquido presente nos espaços intersticiais do tecido. Por trabalhar diretamente sobre o sistema linático, é contraindicada para pessoas com neoplasias, em processos inecciosos, ebre, insuficiência renal e cardíaca, hipotensão/hipertensão ou diabetes descompensados.
4.3 Queda de cabelo: mal somente dos homens? A calvície pode aetar a autoestima, quando a imagem apresentada não é a desejada. Inelizmente, ainda há relatos de discriminação em processos seletivos e entrevistas de empresas que priorizam determinada imagem em detrimento da competência. Essa situação pode levar
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indivíduos a apresentar sérias alterações emocionais, sendo a depressão uma das mais comuns e requentes na sociedade. Fique de olho!
Estima-se que há cerca de 100.000 a 150.000 os de cabelo no couro cabeludo. Dessa quantidade, 13% dos os entram em repouso, e ocorre uma queda normal de 60 a 100 os por dia.
A alopecia, também conhecida como queda de cabelo, pode acontecer tanto em homens quanto em mulheres e por diversos atores. O processo de alopecia acontece quando a queda de cabelo ultrapassa a quantidade diária normal. Há dierentes tipos de alopecia. 4.3.1 Androgenética
É aquela queda de cabelo nos homens, provocada pela herança genética e pela ação dos hormônios andrógenos, principalmente a testosterona, Figura 4.12. Por ser apresentado pelo gene autossômico dominante, esse tipo de alopecia pode estar presente em mulheres que possuam esse gene. Estima-se que cerca de 20% a 40% da população eminina seja atingida pela alopecia androgenética. Uma das alterações na mulher que podem levar à alopecia é a síndrome do ovário policístico (SOP), considerada uma das endocrinopatias mais requentes nas mulheres na idade reprodutiva. A maniestação da alopecia, incluindo o aparecimento de acne e de seborreia, deve-se ao diagnóstico de hiperandrogenismo. A perda de cabelo ocorre de orma diusa, mas geralmente concentra-se na região rontal e parietal. O tratamento nessas mulheres visa reduzir os sinais de hiperandrogenismo; somente o médico pode indicar a melhor terapêutica. A perda do cabelo é gradual e progressiva, e o pelo transorma-se em velo (pelo pequeno e fino), por isso os primeiros sinais desse tipo de alopecia é um afinamento dos cabelos. Tal alteração ocorre em virtude do encurtamento do ciclo de crescimento do pelo e da miniaturização dos olículos (estruturas nas quais ocorre o crescimento do pelo), azendo que o cabelo do couro cabeludo seja substituído por pelos velares. Os tratamentos têm eficácia limitada, diminuindo as chances de melhora quanto maior a perda de cabelo. Fique de olho!
Você acha que a alopecia androgenética está associada com o envelhecimento? Essa associação não é verdadeira, uma vez que casos assim podem ser vericados no período de puberdade. O que acontece é que a queda vai se intensicando com a idade, sendo mais evidente por volta dos 40 anos.
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4.3.2 Areata
Considerada uma doença autoimune (o corpo tenta combater o próprio organismo), ocasiona a queda do cabelo do couro cabeludo ou o pelo de outras partes do corpo. A etiologia e a fisiopatologia da doença ainda são desconhecidas, mas sabe-se que ela é multiatorial, atua em pessoas com predisposição genética e, principalmente, que pode desencadeada por atores emocionais, como o estresse. Episódios traumáticos como a perda de alguém muito próximo, um divórcio e a perda do emprego podem provocar um desequilíbrio psicológico com consequente perda de pelo. Pode acometer em ambos os sexos, sendo a inância e a puberdade as ases predominantes para o aparecimento. m o c . k c o t s r e t t u h S / v o n a y i r d n A a y l I
Figura 4.12 - Alopecia angrogenética. Percebe-se a presença do velo na área de maior perda do cabelo, tendo em vista que o velo é mais fino que o cabelo.
A área de perda de pelo costuma ter orma arredondada ou ovalada, Figura 4.13, e a pele fica lisa e brilhante e sem sinais de inflamação. A perda do pelo pode acontecer de orma variável, em questão de horas, dias ou semanas; porém, quando os fios renascem, inicialmente aparecem finos e despigmentados e, no decorrer do tempo, aumentam o calibre e voltam à cor normal. Esse tipo de alopecia pode ser classificado em quatro tipos: a) alopecia em áreas, com perda de cabelo em algumas áreas do couro cabeludo ou em outras regiões pilosas; b) alopecia total, com a perda de todo ou quase todo o cabelo; c) alopecia universal, que compromete todas as áreas pilosas do corpo; e d) alopecia ofiásica, que compromete a área marginal do couro cabeludo. O couro cabeludo é a primeira região a ser aetada, em 60% dos casos. Mas há casos em que a perda de pelo ocorre na sobrancelha, nos cílios e até mesmo nas áreas genitais Nesses casos, eliminar a causa do estresse é o melhor tratamento. Alguns medicamentos podem ser aplicados a fim de acelerar o crescimento do cabelo nessa região.
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Figura 4.13 - Alopecia areata. É possível ver a área arredondada, com a pele lisa e brilhante.
4.3.3 Traumática
É ocasionada por causa das constantes trações dos cabelos, sendo mais visíveis nas regiões da têmpora e no contorno do couro cabeludo. Procedimentos como escovas, alisamentos e penteados de grande fixação são alguns dos que provocam esse tipo de tração com consequente perda de cabelo. 4.3.4 Tratamento
Alguns profissionais da área da beleza se prontificam em ajudar, melhorando a imagem e a autoestima dessas pessoas. »
Em casos em que a alopecia passa a ser crônica e universal, nos quais a ausência de pelo pode incluir as regiões das sobrancelhas, pode-se recorrer a um dos métodos de embelezamento, a aplicação de hena. Trata-se de um procedimento superficial, temporário e que não prejudica nenhum tratamento que esteja sendo eito para a recuperação dos pelos, mas que, por outro lado, melhora a autoestima do paciente, azendo que ele responda melhor ao tratamento.
Outros tratamentos estéticos visam somente a retardar o processo de queda dos cabelos. »
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Uma das técnicas estéticas que pode ser utilizada é o aparelho de alta requência. Ele unciona emitindo uma corrente alternada de alta requência, a qual, em contato com o gás retido no eletrodo de vidro, ioniza as moléculas desse gás, que posteriormente produz um campo eletromagnético, gerando ozônio. O eletrodo tem orma de pente e pode ser utilizado nos tratamentos capilares em virtude de sua ação estimulante, atuando nos vasos capilares presentes nos bulbos e na raiz do cabelo. Deve ser aplicado no couro cabeludo já lavado. Produtos cosméticos como xampus e loções com ação ortificante podem auxiliar os tratamentos capilares.
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Na medicina estética existem outros recursos de grande eficácia, como a carboxiterapia e a intradermoterapia, e os dois são muito utilizados em casos de alopecia androgenética. »
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Carboxiterapia: a aplicação de gás promove uma vasodilatação local, melhorando o fluxo sanguíneo cutâneo, com consequente estímulo da celularidade e melhora da fisiologia local. Intradermoterapia: pequenos volumes de medicamentos escolhidos a partir de seus eeitos armacodinâmicos são administrados e injetados de orma intradérmica.
Vale lembrar que algumas das etiologias podem estar relacionadas com atores emocionais, principalmente o estresse. Sendo assim, é preciso investigar e eliminar as causas emocionais que podem estar levando ao quadro de alopecia a fim de que o tratamento obtenha melhor resultado.
Vamos recapitular? Neste capítulo você aprendeu que saúde, estética (beleza) e autoestima são assuntos diretamente relacionados, que ormam um tripé. Quando esse tripé está em equilíbrio, o indivíduo fica mais eliz com o corpo e a mente. Quando um deles apresenta um déficit ou excesso, o indivíduo passa a apresentar alterações e transtornos, desestruturando os demais componentes do tripé. Aprendeu também que, dessas alterações, algumas aetam a autoestima e que, na estética ou área de embelezamento, algumas técnicas podem melhorar essa autoestima, trazendo de volta a harmonia entre esses três itens importantes para a imagem pessoal.
Agora é com você! 1) A alopecia androgenética pode ser evidenciada em mulheres, uma vez que se trata da ação de um hormônio masculino, a testosterona? 2) O esteticista pode iniciar algum tratamento para estrias, sabendo que ela é uma aecção irreversível? 3) Como podemos dierenciar os graus do fibroedema geloide (FEG)? Descreva esses dierentes graus. 4) Quais os objetivos dos procedimentos estéticos para o tratamento de manchas escuras? 5) Por meio das inormações ornecidas no texto, elabore um protocolo que vise ao tratamento de FEG.
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5 Beleza: um Senso Comum
Para começar Neste capítulo você perceberá como a beleza oi vista e valorizada em dierentes épocas, desde a era paleolítica até os dias atuais. Hoje a beleza é vista e divulgada de diversas ormas, com a ajuda dos veículos de comunicação e da publicidade, os quais levam para a sociedade as inormações e atualizações da moda, com impacto sobre os ideais de beleza.
5.1 Viagem no tempo: os cuidados com a estética e a beleza A fim de entendermos o valor que a beleza tem em nossa imagem, vamos conhecer a importância disso em outras épocas e saber quais artiícios ajudavam a tornar uma imagem bela. Vamos conhecer alguns atos ocorridos em épocas passadas e que marcaram a história. Desde a era paleolítica o homem vem mostrando interesse por adornos, como colares de dentes e conchas, bem como o uso de pintura corporal, a fim de se destacar em seu grupo. Contudo, mesmo havendo indícios de vaidade entre os caçadores dessa época, a preocupação deles era a sobrevivência.
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Na Antiguidade, as organizações socioeconômicas têm início, o que levou os dierentes povos a desenvolver sua própria cultura e a elaborar dierentes técnicas de embelezamento, sendo este um item dierenciador e representativo do indivíduo diante da sociedade. Entre as civilizações da época, a egípcia se destacou no que diz respeito à sua grandiosidade, principalmente na área da estética, Figura 5.1. As descobertas eitas pelos egípcios contribuíram para a elaboração de produtos que ainda hoje existem no mercado, como o lápis para contorno dos olhos. A pintura, para os egípcios, não priorizava apenas a ace, mas destinava-se também ao corpo. Para eles, a pintura não significava apenas vaidade e preocupação com a beleza, ela tinha um significado mágico-religioso e ritualístico. A preocupação maior era realçar os olhos. Com esse intuito, eles utilizavam uma tinta negra à base de carvão, hoje conhecida como kohl , muito semelhante aos delineadores utilizados nos dias atuais. Acreditava-se que, ao traçar linhas alongadas na região dos olhos, seria possível estar próximo de Hórus, o deus que vê além das aparências e que apresenta olhos bem marcantes. Assim, homens e mulheres pintavam os olhos na esperança dessa proximidade com esse deus. m o c . k c o t s r e t t u h S / a t o l r a c y t a M
Figura 5.1 - A rainha Cleópatra, última rainha do antigo Egito, era considerada o maior símbolo de beleza da época. Com ácil acesso a recursos e tratamentos de beleza, era uma mulher sedutora e muito admirada por sua beleza e sofisticação. Reprodução de 2013.
Em locais como Mesopotâmia, Suméria e Babilônia, o uso do kohl também era requente, sobretudo entre os homens; o intuito era engrossar e unir as sobrancelhas, pois esse era o padrão de beleza da época e uma orma de proteção contra os raios solares. Já na Grécia Antiga as pessoas começam a dar valor às ormas harmônicas do corpo. Além disso, o padrão de beleza incluía ter olhos claros e cabelos loiros, por isso nessa época oram desen volvidas ormas de descoloração dos cabelos. Na Idade Média, com o Cristianismo, houve mudanças de pensamento com relação à arte, à moda e à beleza. As roupas passaram a ser mais echadas, a maquiagem oi deixada de lado e os penteados já não eram rebuscados, pois, para a Igreja, tudo isso eram práticas que induziam ao pecado, Figura 5.2.
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Fique de olho!
Na Idade Média, com a força do Cristianismo, surge uma grande repressão ao uso de cosméticos, à higiene e à exaltação da beleza. Essa época cou conhecida como “500 anos sem um banho” (OLIVEIRA et al., 2012). m o c . k c o t s r e t t u h S / n o d n o L , y r e l l a G l a n o i t a N
Figura 5.2 - O casal Arnolfini , de Jan van Eyck, 1434. Com o Cristianismo, o corpo, que antes era exaltado, passou a ser escondido por roupas echadas, e o ideal de beleza passou a ser caracterizado por testa raspada, pouca ou nenhuma sobrancelha, pele totalmente branca, sem, inclusive, o rosado das bochechas, que era considerado vulgar. Usava-se uma máscara à base de trigo, mel e óleo a fim de clarear a pele.
Com o fim da Idade Média, tem início o Renascimento, época de renovação na cultura e na arte da Europa. A Igreja Católica não exerce o mesmo poder que tinha na Idade Média, e o uso dos cabelos soltos e da maquiagem, como batom e kohl , está de volta. A palidez persiste, porém as maçãs do rosto ganham destaque rosado. Os homens também se mostravam bastante vaidosos e ostenta vam orgulhosamente seus cabelos e a barba bem-eita e tratada. No século XVIII, o estilo de vida é refinado, com muito luxo e elegância. Vários recursos de embelezamento são utilizados nessa época, como sombras coloridas, descolorantes de cabelo, deli-
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neadores de sobrancelha e batons. Nessa época, tanto mulheres quanto homens preocupam-se com a beleza e utilizam perucas, roupas luxuosas e maquiagem. De lá para cá, os recursos de embelezamento não saíram mais da vida das pessoas. Percebendo a importância da beleza para as pessoas, as indústrias passaram a desenvolver mais cosméticos para atender aos diversos públicos, dos jovens aos mais velhos, homens e mulheres. A partir da década de 1950, as práticas de maquiagem passam a ser acompanhadas de técnicas visagistas: a orma do rosto passa a ser observada e as técnicas são adaptadas aos dierentes ormatos. Nessa época eram considerados belos os rostos emininos com ormato oval e traços suaves, Figura 5.3, com ar de singelo e rágil, representando a pureza da mulher. Atualmente, isso já não é mais requisito de beleza eminina. O rosto que apresenta diversos ângulos e traços retos, como o hexagonal, Figura 5.4, é considerado mais atraente, pois representa firmeza e seriedade. Para os homens, também há preerência por ormatos angulares, como o quadrado, que dá um ar de autoridade e orça. Esse é um dos rostos mais atraentes nos homens. m o c . k c o t s r e t t u h S / y l a t i V a u l a V
Figura 5.3 - Sem traços angulares marcantes, o rosto oval na mulher passa a impressão de delicadeza, ingenuidade e ragilidade.
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Figura 5.4 - Com traços mais angulares, o rosto hexagonal consegue transmitir, além de sensualidade, a seriedade de sua imagem,principalmente em virtude de seus contornos marcantes.
Assim, o padrão de beleza vai mudando. Todas essas mudanças são influenciadas pela mídia, seja impressa ou visual, que impõe padrões de beleza pereitos, seguidos pela sociedade, a qual procura recursos de embelezamento como a maquiagem e os dierentes estilos de cabelo a fim de obter resultados satisatórios e se encaixar nesses padrões. Apesar de existir muita influência da mídia sobre os nossos conceitos de beleza, atualmente as pessoas procuram profissionais ligados à estética em busca de uma imagem conortável e natural, sem ugir do conceito de beleza, mas tentando adequar os padrões ao próprio estilo. Nessa linha de raciocínio, os profissionais, principalmente os que têm conhecimento de visagismo, buscam ornecer orientações sobre a própria beleza de seus clientes e ensinar como eles poderiam transmiti-la por meio da própria imagem. Fique de olho!
Trataremos do visagismo com mais detalhe no Capítulo 6.
5.2 Imagem: primeira percepção Você já ouviu alar que “A primeira impressão é a que fica”? A impressão que uma pessoa pode ter da nossa imagem se estabelece nos dez primeiros segundos em que ela nos vê como um todo, ou seja, roupa, maquiagem e cabelo, bem como nossa orma de nos comunicarmos.
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studos recentes mostram que 55% das pessoas formam a primeira impressão de você baseadas na sua aparência, 38% com base no seu tom de voz e 7% de acordo com o que você diz. (AGUIAR, 2011). Visualize essa informaç o no Gráco a seguir, 5.1. Gráfico 5.1 - Primeira impressão, considerando o visual, a voz e o assunto abordado
Aparência visual Tom de vez Assunto que você aborda
Como a impressão visual é marcante, é preciso ter certo cuidado com algumas mudanças na aparência, que podem resultar em algo inesperado. Algumas mudanças, como corte e tintura de cabelo muito radicais, podem transormar a imagem de uma pessoa tímida para sexy sem necessariamente haver essa intenção. Sabe-se que para cada situação podemos traçar uma imagem dierente. Uma esta ou o trabalho representam ocasiões em que a imagem precisa transmitir posturas dierentes, mas isso não significa que precisa ser alsa. Temos muitas características que constituem a nossa personalidade, o que muda é que, em cada momento, somente algumas dessas características e qualidades devem ser ressaltadas, promovendo uma relação mais harmoniosa com as pessoas ao redor. Essas dierentes qualidades, que ormam a nossa imagem, podem ser maniestadas a qualquer momento, mas o importante é que todas elas sejam verdadeiras, autênticas, a fim de revelarem nossa real beleza. Com esse intuito, costumamos utilizar técnicas de embelezamento como vestimenta, maquiagem e penteados. Aqui se enquadram recomendações como dar preerência para maquiagem em tons mais suaves durante o dia, no trabalho, e utilizar as mais carregadas à noite; apostar em roupas com traços retos, como o terno (tanto masculino quanto eminino), transmite a impressão de seriedade, sendo assim, essas roupas devem ser usadas em momentos que peçam tal postura. No caso de penteados e cortes de cabelo, usar o cabelo preso, sem realçar movimento, ou um penteado linear, no caso de cortes masculinos, são atitudes que transmitem sensação de segurança e seriedade.
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5.3 Inuência da mídia Lindas modelos em comerciais de xampu despertam nas mulheres a vontade de ser iguais a elas, deslumbrantes, na impressão de que o belo é exatamente o que a modelo representa. As imagens publicitárias com mulheres sensuais, cujas impereições são escondidas por retoques de maquiagem e que apresentam a pele sedosa, sem manchas ou rugas, podem azer que milhares de mulheres fiquem depressivas, com a autoestima baixa, sentindo-se ineriorizadas diante dessa imagem pereita. Como as mulheres costumam se comparar às imagens apresentadas na mídia, poucas apresentam boa autoestima e satisação com a própria beleza, elas não se sentem atraentes e a maioria se considera insatiseita com o próprio corpo. Em uma pesquisa realizada em diversos países sobre a insatisação do corpo, uma empresa obteve os seguintes dados: Gráfico 5.2 - Insatisação em relação ao próprio corpo por mulheres de diversos países
59%
37%
Japonesas
Brasileiras
36%
Inglesas e norte-americanas
27%
25%
Argentinas
Holandesas
A mídia e a moda acabam construindo valores de beleza irreais, priorizando o corpo e seus contornos. O que precisa ser entendido é que toda mulher possui algo de belo, em qualquer idade, independentemente de se enquadrar na padronização de beleza estipulada pela mídia. A beleza vem da diversidade e deve promover uma sensação de bem-estar e elicidade. Partindo desse conceito, o visagismo trabalha a fim de conscientizar e mostrar que a beleza é algo especial e individual, pois vem da soma das qualidades internas com o atrativo ísico. Para refletir: “A beleza traz elicidade ou a elicidade torna você bela?”.
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5.4 Beleza em diferentes momentos da vida Somos constantemente influenciados pela mídia e pela indústria de beleza. Sabendo disso, podemos aproveitar as novidades para realçar o que temos de mais belo nos nossos dierentes momentos. Algumas ases da vida são muito marcantes, graças a momentos agradáveis ou não, como constrangimentos, conquistas, sucesso, sossego e a sensação de missão cumprida. Há três grandes ases que podem marcar muito a vida de uma mulher, e nesses momentos a estética pode ajudar no conceito de beleza a partir do que ela vê em si mesma. 5.4.1 Adolescência
Fase de grandes mudanças ísicas, comportamentais e psicológicas. Em virtude das alterações hormonais, algumas mudanças ocorrem tanto no corpo do homem quanto no da mulher. A voz começa a se tornar mais grossa nos meninos e os seios começam a ganhar orma nas meninas, por exemplo. Uma mudança bastante desconortável para alguns adolescentes é o aparecimento dos pelos e da acne. Essas duas alterações, principalmente a acne, podem deixar o adolescente constrangido, ineriorizado, porque ele não vai se sentir atraente com aquela aparência. Nesse momento é muito importante realizar algum tipo de tratamento, a fim de evitar mudanças ísicas sérias, como cicatrizes e manchas, e mudanças psicológicas, como a depressão, que influencia, consequentemente, a autoestima desses adolescentes, de modo geral aetando em maior proporção as meninas. Dependendo do grau de acne, o profissional de estética pode intervir com tratamentos e produtos cosméticos específicos para a melhora da pele. Limpeza de pele, laser de baixa potência, ácidos de uso estético são exemplos de procedimentos estéticos que podem melhorar o quadro da acne. 5.4.2 Gestação
É um momento mágico, incrível. Uma nova vida surgindo e, durante o tempo da gestação, diversas mudanças ocorrem no corpo da utura mamãe. O aparecimento da acne é uma das alterações que podem surgir. Além dela, manchas, estrias e edemas representam algumas das queixas das gestantes. Para que todo esse momento seja envolto de elicidade pela chegada desse novo ser, é preciso que a mãe esteja eliz, sentindo-se bela. Além disso, em razão das alterações hormonais, o cuidado é redobrado no que diz respeito ao estado emocional de uma gestante, pois este se encontra bem ragilizado. Tendo em mente todas essas mudanças e pensando no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas, os profissionais de estética podem entrar com seus cuidados. Com o acompanhamento e a autorização do médico, após os três primeiros meses de gestação o esteticista poderá realizar procedimentos que valorizem o corpo da gestante, mesmo que ele esteja em constante mudança, Figura 5.5. Sessões de drenagem linática corporal e acial são as técnicas mais utilizadas nesse período e são muito bem-vindas. A fim de prevenir manchas, mais conhecidas como melasmas, deve-se recomendar o uso de protetor solar e, para prevenir o aparecimento das estrias, o uso de cremes hidratantes ricos em colágeno.
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O melasma, também chamado de cloasma, é caracterizado por manchas escuras na face e acomete principalmente mulheres por causa da gravidez, do uso de anticoncepcionais e da terapia hormonal. A predisposição genética também pode estimular o aparecimento desse tipo de mancha. Geralmente, o melasma se instala em algumas regiões da face, como no zigomático (maçã do rosto), na região frontal (testa), no nariz, na têmpora e na região supralabial. Quanto mais profunda for a mancha, chegando à derme, mais difícil será a resposta ao tratamento. Essa mancha é também chamada de máscara de gravidez, pois acomete em 50% a 70% dos casos em raz o do grande estímulo na produç o de melanina nessa fase (KEDE, 2005). m o c . k c o t s r e t t u h S / l e i r b a G j a l B
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Figura 5.5 - Procedimentos estéticos corporais (à direita) e aciais (à esquerda) são muito bem-vindos nessa ase, após, é claro, a aprovação do médico responsável. Além de promover melhora no uncionamento do organismo, os tratamentos corporais possibilitam a diminuição de edemas, hidratam a pele com cremes deslizantes utilizados no momento da massagem, previnem o aparecimento de estrias e, consequentemente, promovem relaxamento na cliente. No caso dos tratamentos aciais, além de hidratar e diminuir o edema, como no corporal, eles também vão prevenir ou minimizar o quadro de acne.
5.4.3 Terceira idade
Para algumas pessoas, essa é uma ase de tranquilidade, de sossego, sensação de missão cumprida, momento em que os propósitos de vida oram cumpridos. Para essas pessoas, envelhecer é um dos momentos, senão o melhor momento, a ser vivido com a plena consciência da idade que se tem e com orgulho de ter chegado até lá.
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No entanto, para outras pessoas essa consciência não é tão clara. A dificuldade em aceitar a própria idade pode estar relacionada com o que é imposto pela sociedade e pela própria cultura. Ainda existe discriminação em alguns setores nos quais não há vaga de emprego para pessoas a partir de certa idade, excluindo-se um grupo. Com a exclusão social enrentada por essas pessoas, torna-se provável o aparecimento de doenças, sendo uma delas a depressão. Tendo em vista a qualidade de vida das pessoas da terceira idade, o esteticista pode realizar vários tratamentos, mas é importante que o cliente se conscientize de que a beleza existe em todas as etapas da vida, inclusive na terceira idade, quando há o privilégio das lembranças dos diversos momentos já vividos e das experiências passadas, acrescentando emoções no que ainda está por vir. Aceitando isso e tendo um estado de espírito tranquilo, a beleza da própria pessoa conseguirá se destacar naturalmente. Nessa ase, por causa da diminuição dos hormônios, o corpo passa a estar mais comprometido e, consequentemente, ocorrem diversas alterações, inclusive estéticas. Assim, o papel do esteticista deve ser o de valorizar e ressaltar a beleza desse cliente. Para isso, pode-se optar por tratamentos para manchas e rugas, hidratação da pele, embelezamento (maquiagem) e até massagem de relaxamento, Figura 5.6.
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Figura 5.6 - Pensando no bem-estar do cliente, vários tratamentos estéticos podem ser realizados, inclusive corporais, como massagens terapêuticas e drenagem linática.
5.4.3.1 Tratamentos
Os tratamentos estéticos desenvolvidos para esse público visam a melhorar a hidratação da pele, estimular a renovação celular, amenizar o aspecto das hipercromias e melhorar a flacidez tissular e muscular.
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A fim de atingir esses objetivos, podem ser propostos tratamentos com eletroterapia: »
»
Microcorrente: trata-se de uma corrente subsensorial (não causa desconorto), de orma não invasiva. Apresenta resultados eficazes em virtude dos estímulos fisiológicos. Entre os diversos eeitos, estão a síntese de ATP em até 500% e o aumento no transporte de membrana e na síntese de proteínas em 30%-40%, sendo indicado para tratamentos de flacidez, cicatrização e pós-operatório. Ionização: por meio de transerência iônica, utiliza corrente galvânica, de baixa intensidade, a fim de potencializar a permeação de ativos cosméticos.
Por se tratar de procedimentos eletroterápicos, há restrições: o uso em pessoas hipo/hipertensas descompensadas, em cardíacos, a presença de marca-passos e região com presença de metal. Recursos como o peeling podem ser associados a esses procedimentos: »
»
Peeling mecânico (microdermoabrasão): atua na revitalização e no rejuvenescimento da
pele; com ação esoliante, promove renovação celular no incremento da mitose celular fisiológica, atenuando o aspecto das rugas superficiais e proporcionando uma textura fina à pele. Além disso, participa no tratamento de manchas por afinar a pele e remover as células superficiais já pigmentadas. Peeling químico (ácidos): ácidos hidratantes (ácido hialurônico), despigmentantes (ácido kójico) e esoliantes (ácido glicólico) são alguns dos diversos ácidos que podem ser utilizados nos protocolos estéticos, visando atenuar características inestéticas presentes nesse tipo de pele. Lembrando que, para peles sensíveis, ototipos altos e peles asiáticas deve-se ter cautela ou, em certos casos, evitar seu uso.
Conduta profssional
A primeira coisa que o esteticista precisa levar em conta é o bem-estar do cliente. No momento de atendê-lo, precisamos entender as necessidades dele, analisando sua situação como um todo, e não apenas o tratamento em si. Dierentes idades, como relatado anteriormente, podem apresentar resultados dierentes e, consequentemente, o profissional também precisará agir de orma dierente. Com adolescentes, a palavra-chave é a orientação, mais que isso, é preciso persistir nas orientações passadas a eles. A alta de comprometimento com o tratamento, apesar de acontecer em todas as idades, é mais evidente na adolescência. Importante alertar ao cliente que os melhores resultados acontecem quando o tratamento tem participação direta dele, que deve colocar em prática todas as orientações do que deve ser eito ora da clínica. No caso das gestantes, o oco durante os tratamentos deve estar no conorto. É provável que se leve um tempo maior que o normal durante a sessão pelo ato de a cliente querer trocar de posição diversas vezes. Sabendo que o atendimento será eito em uma gestante, reserve um tempo maior para ela, procure utilizar almoadas a fim de melhor posicioná-la na maca, inclusive para a região do abdome e utilize cremes de ragrância suave ou, de preerência, sem perume, pois nessa ase as mulheres apresentam o olato mais sensível, enjoando acilmente com cheiros. Em alguns casos, pessoas da terceira idade procuram procedimentos estéticos não somente pelo tratamento, mas também pela companhia. Como o intuito do profissional é proporcionar o bem-estar,
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em certos casos, o bem-estar pode estar exatamente numa conversa. Escute, converse caso ele queira conversar, pois com certeza o cliente sairá muito mais satiseito, pelo seu carinho e atenção. Além disso, atenção no final do procedimento, pois o ato de esse cliente ficar muito tempo deitado pode levá-lo a sentir uma leve tontura. No intuito de evitar tal desconorto, antes de retirar o cliente da maca, peça para ele se sentar e ficar alguns minutos nessa posição até se sentir conortável para levantar. Atitudes simples como essas podem azer toda a dierença no decorrer do tratamento e estabelecer a confiança do cliente no profissional, reorçando, assim, a relação cliente-esteticista.
Vamos recapitular? Neste capítulo viajamos no tempo a fim de identificar as diversas ormas de se ressaltar a beleza. Vimos que, nos dias atuais, a beleza está inserida no nosso cotidiano, e é por isso que devemos adaptá-la para cada momento ou evento de que participamos, sem que essas mudanças interfiram na nossa personalidade, a qual deve estar sempre em evidência. Por mais que a imagem seja o primeiro impacto para quem está a nossa volta, não podemos nos deixar levar pelas imagens e pelos perfis dos outros, como se a aparência do outro osse a pereita e como se todos devessem ser assim. Inelizmente, verificamos que hoje, mesmo com tantas mudanças de pensamento e atitude, muitas pessoas ainda sorem porque se intimidam com imagens publicitárias impostas na mídia, imagens que diminuem a autoestima, não valorizando a própria imagem. Vimos que, por tudo isso, as ideias visagistas entraram no ramo de embelezamento, para que todos entendam que a beleza parte das características do indivíduo e do que ele vê de belo em si mesmo.
Agora é com você! 1) Existe um padrão único de beleza? 2) Por que a Idade Média oi considerada a época dos “500 anos sem um banho”? 3) Em diversas pesquisas, oi detectada a insatisação das mulheres com o próprio corpo. O que poderia estar levando essas mulheres a tal insatisação? 4) Quais tratamentos estéticos podem ser eitos numa gestante? 5) Faça uma pesquisa entre mulheres de dierentes idades. Questione a satisação ou a insatisação que elas têm em relação ao próprio corpo e o que gostariam de mudar, caso tenham alguma queixa.
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6 Visagismo e Tendências Atuais
Para começar Para colocar em prática recursos a fim de se obter uma imagem desejada, é necessário um mínimo de conhecimento sobre o visagismo. Esse termo pode não ser ouvido com requência, porém é muito utilizado no dia a dia dos profissionais de beleza. Neste capítulo, você entenderá o que é visagismo, quais os dierentes ormatos de rosto e que inormações o rosto e a expressão do corpo podem passar com relação a nossa personalidade.
6.1 Conceito O termo visagismo é derivado da palavra rancesa visage, que significa rosto. Foi criado por Fernand Aubry (1907-1976) ao explicar que visagista é um escultor que utiliza o rosto como material de trabalho. Sendo assim, um bom conhecedor de visagismo precisa ter noção das técnicas de corte e tintura de cabelo e de maquiagem, erramentas essenciais para transormar e embelezar a “escultura” que é o rosto. O visagismo é o estudo que promove a personalização da imagem de orma harmônica, relacionando estrutura ísica, biotipo, profissão e idade, a fim de valorizar o estilo próprio do indivíduo e preservar a personalidade dele. Para o visagismo, o importante não é apenas estar bonito, mas estar bem consigo mesmo.
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Por meio de estruturas geométricas, é possível explicar as dierentes ormas do rosto e, a partir disso, as modificações necessárias são eitas para criar uma imagem que revele as qualidades da personalidade e, consequentemente, transmitir um tipo de emoção. Com base nesse conceito de visagismo, é possível traçar uma imagem pessoal. Entendido o visagismo e sabendo-se trabalhar com as erramentas adequadas, como design de sobrancelhas, maquiagem, corte de cabelo e penteado, é possível criar novos padrões de imagem, modificando os padrões existentes e realçando somente os traços que tornam o conjunto harmonioso, tendo em vista o que a pessoa deseja transmitir com essa imagem.
6.2 Qual o formato do seu rosto? A harmonia nos traços do rosto está na irregularidade, sem excessos, é claro. Tempos atrás, a orma oval era o padrão de belo para o rosto eminino por transmitir tal irregularidade. Hoje se percebe que o belo é o conjunto que alia os traços da pessoa com a sua personalidade. Para entender o estilo de cabelo e maquiagem que melhor se harmonizam em cada tipo de rosto, é preciso conhecer os dierentes padrões de rosto. Sendo assim, vamos a eles! 6.2.1 Rosto oval
A largura do rosto oval corresponde a dois terço de seu comprimento, como mostra a Figura 6.1. Nesse tipo de rosto, a região rontal não é muito larga, a têmpora (laterais dos olhos) não é muito prounda e a linha do cabelo é arcada. As regiões zigomática (“maçã do rosto”) e mento (“queixo”) são levemente arredondadas.
Região zigomática
Mento
Largura igual a 2/3 do comprimento
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Figura 6.1 - Rosto oval com ângulos suaves na região zigomática e mento.
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6.2.2 Rosto redondo
Por não apresentar ângulos, transmite um ar inantil. As regiões rontal e mento são menores, e os olhos, o nariz e a linha do cabelo são mais arredondadas , Figura 6.2. Esse ormato de rosto tende a ser muito encontrado em pessoas de origem asiática e indígena.
Figura 6.2 - Rosto redondo. Nota-se que, ao desenhar um circulo, toda a margem do rosto se encaixa no desenho, exemplificando a alta de ângulos em seus traços.
6.2.3 Rosto quadrado ou retangular
Esse tipo de rosto apresenta traços retos, proundidade na têmpora, linha dos cabelos reta, saliência na região zigomática e na lateral da mandíbula, que se localiza quase na horizontal com o mento, Figura 6.3. A dierença do rosto retangular é que ele é um pouco mais longo. Esse tipo de rosto é bastante encontrado entre as pessoas de origem europeia, principalmente do norte. Aqui no Brasil ele é encontrado com mais requência no Sul do país.
Zigomático saliente Canto da mandíbula saliente e abaixo da linha da boca
Mento menos pontudo
Figura 6.3 - Rosto quadrado, com traços retos e angulares.
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6.2.4 Rosto triangular
O rosto triangular com a base para baixo é mais diícil de ser encontrado. O destaque desse tipo de rosto está na mandíbula larga e na região rontal pequena e estreita, Figura 6.4.
Mandíbula mais larga que a região frontal
Mento pouco pronunciado
Figura 6.4 - Rosto triangular. A base desse ormato é representada pela largura da mandíbula, e a região rontal é bem mais estreita.
6.2.5 Rosto triangular invertido
Percebe-se, nesse tipo de rosto, exatamente um triângulo invertido: a região rontal é larga e a mandíbula, estreita. As regiões zigomáticas são mais saltadas e mais proundas nas têmporas. O mento é pontudo e quase não se percebe a curvatura da mandíbula, Figuras 6.5 e 6.6. Uma variação desse rosto, com traços mais arredondados, é o rosto em orma de coração.
Têmpora profunda
Mento pontudo
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Zigomático saltado
Mandíbula pouco evidente Traços arredondados
Figura 6.5 - As características mencionadas na figura descrevem a orma do rosto triangular com base para cima.
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Figura 6.6 - Rosto no ormato coração. Perceba os traços mais arredondados.
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6.2.6 Rosto hexagonal 6.2.6.1 Reto nas laterais
Semelhante ao rosto oval, porém com ângulos bem acentuados, como mostra a Figura 6.7.
O estreitamento da frontal e o mento pontudo representam os ângulos superior e inferior do hexágono
Mandíbula e região zigomática bem acentuadas, formando os ângulos laterais do hexágono
Figura 6.7 - Rosto hexagonal reto nas laterais. É possível observar os ângulos nas laterais, na base e no ápice.
6.2.6.2 Reto na base
Neste caso, a base e a região rontal são retas, Figura 6.8. Há a necessidade de uma observação cuidadosa nessas regiões a fim de não se conundir esse tipo de rosto com o triangular invertido.
Região frontal estreita e reta
Mandíbula um pouco mais evidente Mento menos pontudo A base ca reta, diferente da forma oval
Figura 6.8 - Rosto hexagonal reto na base.
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6.2.7 Rosto losango
Esse rosto também é semelhante ao triangular invertido. A dierença está na região rontal, incluindo a linha do cabelo. Essa região é mais estreita, podendo ter a orma de uma ponta ou de uma curva pronunciada, Figura 6.9.
Região zigomática pontuda, representando os ângulos laterais do losango.
Região frontal e mento estreitos e pontudos
Figura 6.9 - Rosto losango com traços pontudos nas laterais, na base e no ápice.
6.3 Formatos de rosto, elementos naturais e temperamentos A partir do momento em que o profissional de visagismo consegue analisar os traços aciais, ele passa a identificar também características individualizadas, conhecidas como temperamento, ou seja, um conjunto de reações que cada pessoa tem em relação à vida. Isso possibilita o direcionamento de seu trabalho, valorizando a estética de acordo com a personalidade do cliente. De acordo com Hipócrates, o temperamento é classificado em quatro tipos, chamados de colérico, sanguíneo, melancólico e fleumático. De modo geral, as pessoas apresentam as características de todas essas categorias, porém uma delas é mais orte para cada pessoa. Além disso, cada fisionomia exterioriza seus sentimentos pelos traços e elementos que corresponde a cada orma geométrica. Esses elementos são identificados como ar, água, ogo e terra. A partir dessas inormações, têm-se os ormatos dos rostos e seus respectivos temperamentos: 6.3.1 Temperamento colérico
O colérico é objetivo, tem orça, poder. Caracteriza-se por ser uma pessoa ambiciosa, autoritária e confiante. Tem grande aptidão para posições de comando, porém se zanga e se chateia acialmente. Seus passos são firmes e o corpo apresenta estrutura orte. O ormato do rosto costuma ser retangular, com queixo pronunciado, mas também encontramos coléricos de rosto quadrado e triangular. Seu elemento é o ogo.
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O conceito de humor, segundo a escola hipocrática, está relacionado a substâncias presentes no organismo, indispensáveis para a manutenç o da vida e da saúde. Elas s o de quatro tipos: euma, sangue, bile amarela e bile negra. A euma compreende às secreç es das mucosas; ela provém do cérebro e é considerada fria e úmida. O sangue é o líquido armazenado no fígado com destino ao coração, local em que é aquecido, portanto sendo considerado quente e úmido. A bile amarela é secretada pelo fígado, qualicada como quente e seca. E a bile negra é o líquido produzido pelo baço e no estômago, sendo de natureza fria e seca. Pela semelhança entre as qualidades dos tipos de humor e os elementos referentes à concepção losóca da estrutura do universo, ideia de Empédocles (a terra é fria; o ar é seco; a água é úmida eo fogo é quente), estes passaram a caminhar juntos. Galeno (século II d.C.) relacionou o humor com os temperamentos: sanguíneo, eumático, colérico (de ca bile) e melancólico (melános, negro; e holé, bile) (REZENDE, 2003).
cholé que
signi-
6.3.2 Temperamento sanguíneo
A emoção também prevalece nesse tipo de temperamento, porém neste caso a pessoa costuma ser extrovertida, comunicativa, alegre e cheia de vida. O rosto geralmente tem ormato de losango ou hexágono com laterais verticais. Por ter o elemento ar como predominante, a característica ísica marcante em seu rosto é o nariz. Ainda em relação a esse elemento, temos a orma de andar: o peso dos passos prioriza a ponta dos pés, dando a impressão de estar flutuando. 6.3.3 Temperamento melancólico
Por se enquadrar em personalidades intelectuais e controladas, o tipo melancólico apresenta um modo organizado, detalhista e pereccionista. Geralmente é inquieto, possui boa memória e imaginação com ideias originais e ousadas. Por ser agitado, é incapaz de praticar exercícios que necessitem de imobilização do corpo, como meditação. Seus traços são finos e alongados. Assim, o ormato do rosto é oval, podendo ser também retangular comprido e fino. Como tem uma estrutura alongada, os passos são cautelosos e precisos. O elemento presente é a terra. 6.3.4 Temperamento eumático
Focado na intelectualidade, o tipo fleumático apresenta uma personalidade diplomática e pacificadora, porém deixa de lado a sua aparência, dando a impressão de desleixo. Apresenta expressão calma e olhar distante e é muito observador, porém de ação lenta. Em momentos de sucesso ou racasso a calma prevalece a fim de refletir longamente antes de tomar qualquer decisão. O ormato do rosto costuma ser o redondo, podendo ser também oval e triangular. Ele é representado pelo elemento água.
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Além dessa relação com o rosto, o temperamento de determinada personalidade pode ser combinado com uma cor. Essa relação entre cores e personalidade pode ser assimilada em diversos ramos de embelezamento, como na cor do cabelo, do esmalte, da maquiagem, das roupas, entre outros, tema que será abordado nos próximos capítulos. Vejamos na Tabela 6.1 essas relações entre rosto, temperamento e cor: Tabela 6.1 - Relação entre temperamentos, descrição da personalidade, ormato de rosto e cor. Temperamento
Sanguíneo
Descrição
Extrovertido, comunicativo.
Rosto
Losango Hexagonal
Cor
Predomina o gosto por tons de amarelo.
Retangular Colérico
Determinado, objetivo e, às vezes, explosivo.
Quadrado
Tons de vermelho-alaranjado são o forte desse temperamento.
Triangular Melancólico
Tem como característica marcante a organização. É perfeccionista e detalhista.
Oval Retangular comprido e no.
Sua cor é o azul.
Redondo Fleumático
Diplomático, pacicador.
Triangular
A cor marcante para esse temperamento é o roxo.
Oval
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O grande escritor e pensador alem o Goethe descreve a representaç o das cores segundo as aç es e os padecimentos, diferenciando a luz como condiç es ativas e passivas. Para ele, as cores signicam a interaç o entre a luz e as trevas. Os ons de vermelho, laranja e amarelo (cores quentes) representavam o lado em que a vitória é da luz sobre as trevas. Já os ons de azul, verde e púrpura (cores frias) são a representação das trevas, do escuro, sobressaindo à luz. Compreende-se então que as cores quentes trazem sensação de energia, calor, alegria e vivacidade, e que as cores frias romovem sensações de tranquilidade e quietude. s cores estão presentes externamente, e no lado de dentro tem-se o espectro do temperamento (KÖNIG, 2013).
Ao brincarmos com as cores, não precisamos necessariamente utilizar aquelas que correspondam à nossa personalidade em todas as situações,Tabela 6.2. O nosso dia a dia está repleto de exemplos sobre isso. É o caso de pessoas com personalidade brincalhona, extrovertida, caracterizadas por um temperamento sanguíneo. Uma pessoa assim não poderá mostrar essas qualidades em todos os lugares, como seu local de trabalho, onde devem predominar características de outros temperamentos, como o melancólico, que é organizado, ou o fleumático, com sua diplomática postura. Assim, as cores podem ajudar as pessoas a transmitirem outra impressão de personalidade que não seja a predominante, mas que pode avorecer a relação com o próximo em determinado ambiente.
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Tabela 6.2 - As dierentes cores e a sua relação com o estado emocional Cor
Estado emocional
Azul
Repousante, calma.
Amarelo
Transmite energia.
Vermelho ou laranja
Relaciona a emoções fortes, orgulho, raiva, ambição
Roxo
Relacionada ao místico.
Verde
Promove sensação de vivacidade.
Preto
Associa-se à escuridão e à morte, porém traz a ideia de luxo.
Branco
Traz sensação de pureza.
Marrom
Lembra a terra.
Rosa
Mostra feminilidade, inocência.
6.4 A expressão corporal É possível decirar a personalidade de uma pessoa por meio do corpo? Assim como a ace, o corpo também pode “alar” conosco, ao mostrar a personalidade das pessoas pela estrutura ísica, pelo modo de andar e de se sentar, pelos gestos e pelo comportamento. Normalmente, quando vemos uma pessoa de longe, temos o hábito de analisarmos o corpo como um todo, nas proporções e na harmonia entre as ormas junto com o rosto. Alguns dos temperamentos podem ser percebidos logo que vemos alguém, pelas características evidenciadas em seu corpo. Conhecidos os diversos temperamentos, vamos destrinchar o que o corpo nos mostra com relação à personalidade de cada indivíduo. Para isso, é preciso analisar o corpo de acordo com os itens a seguir: 6.4.1 Estrutura óssea
Basicamente, existem pessoas: de ossatura grossa e com tendência a engordar; de corpo musculoso e porte ereto; de porte arcado e a cabeça caída para rente; e de porte longo, magro e/ou delgado, em virtude de sua estrutura óssea fina. 6.4.2 Modo de andar e de se sentar
O comportamento das pessoas com relação ao modo de andar e de se sentar pode mudar de acordo com o ambiente requentado. Então, a ideia é que nem sempre o que você está vendo é o que realmente os outros gostariam de estar expressando. Mesmo assim, é possível ter uma ideia geral da personalidade de uma pessoa a partir de seus movimentos. 6.4.3 Gestos e comportamento
Considerado um critério pouco confiável, pois trata de posturas que podem ser mudadas de ambiente para ambiente.
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No trabalho ou em uma reunião com os amigos, a impressão que você passa para as pessoas pode estar relacionada com seu estado de espírito naquela situação, naquele momento, e não necessariamente como você realmente é, ou seja, trata-se de um comportamento temporário. Mesmo considerado um critério de menor confiabilidade, normalmente uma pessoa pode se identificar mais com um gesto ou um comportamento específico, o qual pode estar relacionado com a sua personalidade. Acreditando na importância dessa inormação, vamos expor, no decorrer deste capítulo, os temperamentos, os gestos e os comportamentos de maior destaque. 6.4.4 Relação entre temperamentos e caracterizações faciais e corporais
As ormas e as expressões corporais são relacionadas com os respectivos temperamentos da orma apresentada nas Tabela 6.3, 6.4, 6.5 e 6.6: 6.4.4.1 Fleumático Tabela 6.3 - Caracterização do temperamento fleumático. Rosto
Ossatura do corpo
Costuma ser redondo, mas pode ser oval e triangular. Elemento: água. Estrutura: grande e pesada com tendência a engordar. Características: cabeça um pouco caída para frente; movimentos lentos, calmos; aparentando desinteresse.
Forma de andar
Andar arrastado e devagar. Tem um jeito solto, sem rumo, cabeça baixa e gosta de andar com as mãos nos bolsos.
Forma de sentar
Como ele gosta de car numa posição relaxada, ao sentar, costuma car encostado, porém não ereto, com as pernas esticadas e os braços cruzados atrás da cabeça.
Gestos
Por ser mais reservado e tímido, costuma colocar as mãs nos bolsos, segurar as mãos cruzando os braços e até mesmo esconder as mãos nas axilas.
Comportamento
Pode ser tímido, mas é amigável e simpático. Por causa de sua timidez, não costuma iniciar uma conversa, porém é muito atencioso. Descona de uma mudança radical, busca estabilidade de forma que se sinta seguro.
Ombros e pescoço
Tende a relaxar ou encolher os ombros e tem o pescoço curto e grosso.
6.4.4.2 Colérico Tabela 6.4 - Caracterização do temperamento colérico. Rosto
Formato retangular, quadrado ou triangular. Elemento: fogo.
Ossatura do corpo
Estrutura: grande e pesada com tendência a engordar. Características: pode apresentar um corpo denido e musculoso; porte ereto; apresenta conança nos movimentos.
Forma de andar
Seus passos se iniciam com o calcanhar, dando a impressão de estar marchando. Com passos fortes e rápidos, ele caminha como se estivesse com pressa. Tem uma postura ereta, podendo intimidar quem está em volta.
Forma de sentar
A forma de sentar é decidida e rme. Costuma sentar de forma ereta, apoiando-se no encosto e cruzando as pernas, às vezes fazendo o número quatro com as pernas.
Gestos
Fechado e reservado. Não costuma gesticular com frequência, porém no pouco que faz, apresenta gestos rmes e fortes, com linhas verticais e horizontais.
Comportamento
Muitos são extrovertidos, porém existe o colérico reser vado. Gostam de assumir liderança.
Ombros e pescoço
Ombros retos e pescoço grosso.
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6.4.4.3 Sanguíneo Tabela 6.5 - Caracterização do temperamento sanguíneo. Rosto
Geralmente losango ou hexágono com laterais verticais. Elemento: ar.
Ossatura do corpo
Estrutura: corpo longo, comprido e delgado. Característica: apresenta muito movimento, demonstra curiosidade e dinamismo.
Forma de andar
Pisam com a ponta dos pés. Tendem a andar de forma rápida, porém desajeitada. Costumam olhar para todos os lados, até mesmo para trás, por isso tendem a tropeçar com frequência.
Forma de sentar
Eles andam e logo se sentam num único movimento, como se estivessem se jogando no assento. Mexem-se constantemente no assento, costumam sentar na ponta, como se estivessem para se levantar e normalmente não conseguem car com a coluna ereta.
Gestos
Como são muito comunicativos, gostam de gesticular com as mãos durante a conversa. Seus gestos são largos e agitados, apresentando formas inclinadas.
Comportamento
São muito comunicativos e extrovertidos. Por serem muito brincalhões e chamarem a atenção, podem ter certo atrito ao encontrar pessoas de temperamento colérico, que gostam de assumir a liderança. Em qualquer situação, seu comportamento não costuma mudar, só não se exalta demais. Gostam de conversar com quem está a sua volta, é curioso e energético.
Ombros e pescoço
Os ombros são inclinados e o pescoço longo e estreito.
6.4.4.4 Melancólico Tabela 6.6 - Caracterização do temperamento melancólico. Rosto
Formato oval, podendo ser retangular comprido e no. Elemento: terra.
Ossatura do corpo
Estrutura: corpo longo, comprido e delgado. Característica: apresenta rigidez e um olhar desconado. Tem movimentos precisos e elegantes, porém com certa timidez.
Forma de andar
O andar é cuidadoso. Os passos são curtos, e o corpo pode estar ereto ou curvado, em virtude do hábito de observar o caminho que percorre.
Forma de sentar
Senta com cautela e preocupação com as roupas. Os tímidos não costumam utilizar o encosto, porém geralmente sentam eretos. As pernas podem se apresentar cruzadas, com os pés enganchados nas pernas das cadeiras; no caso das mulheres, elas costumam cruzar as pernas, e o pé ainda cruza com a perna de apoio, formando um oito.
Gestos
Gesticula o necessário. Com formas onduladas, são gestos precisos e suaves.
Comportamento
De todos os temperamentos, este é considerado o mais tímido. Quieto introvertido, conversa apenas com quem está ao seu lado, não chamando a atenção. Tem necessidade de ser reconhecido por algum feito, sempre buscando a perfeição.
Ombros e pescoço
Ombros e pescoço estreitos.
Vale lembrar que para traçar a personalidade e o temperamento de cada pessoa não basta somente ter a inormação sobre a fisionomia e os elementos que representam as ormas geométricas é preciso conhecer o cotidiano, as ações, os hábitos e o ritmo de vida dessa pessoa, para que assim o resultado da análise seja mais completo e verdadeiro. Considerando a importância dos conceitos visagistas e a sua relação com o temperamento das pessoas, percebe-se a sua grande interação com diversas áreas, inclusive a estética. A estética, o ramo da saúde e da beleza, com oco no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas, apresenta recursos estéticos que visam à prevenção de doenças e a tratamentos, por meio de técnicas não invasivas e do embelezamento do cliente.
Visagismo e Tendências Atuais
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Com oco nesses cuidados o profissional esteticista sabe que o visagismo pode contribuir com os procedimentos estéticos oerecidos aos clientes. Os procedimentos de embelezamento são os recursos em que mais visualizamos o uso dos conceitos visagistas. Por meio desse conhecimento é possível ter melhor noção das cores aplicadas na maquiagem, das técnicas de sombreamento e do ormato da sobrancelha que melhor se enquadra ao ormato do rosto, por exemplo. Além desse tipo de trabalho diretamente em contato com o cliente, o esteticista pode atuar com outros profissionais de beleza, como cirurgião plástico e cabeleireiros. Com essa gama de opções de atuação, percebe-se a importância de associar os conceitos estéticos ao visagismo, para, assim, atender da melhor orma.
Vamos recapitular? Neste capítulo você conheceu as principais ideias relacionadas com o visagismo e aprendeu a importância dessa técnica para os profissionais de embelezamento a fim de promover o realce das qualidades de cada indivíduo. Para que isso seja eito há uma classificação que explica os ormatos do rosto, o elemento natural que transmite energia e os temperamentos que uma pessoa pode apresentar como predominante em sua personalidade. Além disso, aprendeu que o visagista precisa entender o indivíduo como um todo. Assim, não podemos deixar de alar sobre a proporção do corpo diante do rosto, suas dierentes ormas e expressões e que influência isso pode ter na personalidade desse indivíduo.
Agora é com você! 1) Qual é a importância do visagismo na estética? 2) Com base em alguns tipos de expressões do corpo podemos traçar uma personalidade. Isso é possível? O diagnóstico dessa análise é de total confiança? 3) Faça uma análise de seu colega e descubra qual o ormato do rosto dele. 4) Faça uma pesquisa entre determinada quantidade de voluntários desconhecidos, analisando os ormatos de rosto e as demais caracterizações (temperamento, cor, comportamento etc.).
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7 Terapia Capilar e Colorimetria
Para começar O cabelo é um anexo da pele que apresenta várias unções, uma delas é a unção de adorno, sendo de interesse da estética, diante da possibilidade de moldar o rosto. Então por que não alarmos desse instrumento de beleza que nos remete à vaidade, independentemente de sexo ou idade? Num penteado conservador ou sexy, o cabelo vem ganhando diversas ormas e cores, do mais tradicional ao ousado, com grande poder e valor no que diz respeito ao embelezamento. Aqui, iremos conceituar o cabelo e tratá-lo em relação ao visagismo e à estética.
7.1 Cabelo Os cabelos, assim como todos os pelos do corpo, são produções epidérmicas com unções de proteção contra radiação solar e atritos e de isolante térmico. Além disso, o cabelo participa da resposta à sensibilidade tátil. Essas estruturas anexas da pele são produzidas pelos olículos pilossebáceos. Nesse olículo encontramos: »
»
»
Células germinativas: células que promovem o crescimento do cabelo. Queratinócitos: células que compõem o cabelo. Melanócitos: células que promovem a pigmentação do cabelo.
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»
»
»
»
Glândulas sebáceas: estruturas sebáceas: estruturas que produzem o sebo, a fim de ornecer oleosidade natural ao cabelo, o que dá seu brilho natural. Glândulas sudoríparas: estruturas próximas ao olículo que mantêm o pH do couro cabeludo e do cabelo em equilíbrio. Músculo eretor do pelo: em pelo: em outras regiões do corpo, como no braço e nas pernas, percebe a presença do pelo, pois é responsável pelo arrepio dos pelos; já no couro cabeludo, esse músculo tem a unção de inclinar os fios de um lado para o outro, moldando moldando o penteado. Vasos sanguíneos: responsáveis sanguíneos: responsáveis pela nutrição e pela oxigenação dos tecidos.
O cabelo propriamente dito, instalado num canal que se inicia na derme e se estende até a epiderme, canal conhecido como olículo piloso, Figura 7.1, apresenta duas partes, a raiz, raiz, região localizada na derme, que não podemos ver, e a haste, haste, região vista e tocada. A parte inerior do olículo apresentase dilatada e é chamada de bulbo piloso. É nessa região que se encontra a papila dérmica do pelo, que é altamente vascularizada e inervada e apresen apresenta ta células como as germinativas e os melanócitos. ique de olho!
Ao prender os cabelos, o músculo eretor dos pelos pode se romper, provocando a queda dos os. Por isso, o melhor é deixar o cabelo solto, a m de evitar danicar o músculo e, consequentemente, conservar mais o cabelo e o folículo piloso.
Anágena
Figura 7.1 - Anatomia - Anatomia do cabelo: olículo piloso e suas estruturas.
7.1.1 A haste do cabelo
A haste do cabelo é constit constituída uída por três partes conhecidas como: »
»
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Cutícula: ormada por células de queratina, apresenta-se de orma unida e sobreposta, Cutícula: semelhante à escama de peixe. Tem a unção de proteger a outra estrutura do fio, o córtex. Córtex: ormado Córtex: ormado por células também responsáveis pela estrutura do cabelo. Nessa região, encontra-se a melanina, pigmento que promove a coloração do cabelo.
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»
Medula: é a parte mais interna do cabelo (região central). Constituída por células grandes Medula: é e anucleadas (sem presença de núcleo). Acredita-se que essa região seja responsável pela consistência do fio.
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todo o o. Por formar uma película protetora, auxilia também na hidratação e no brilho do cabelo (VASCONCELOS; OLIVEIRA, 2008).
7.1.2 Crescimento dos cabelos
O ciclo do cabelo é ormado pela ase de crescimento do fio, pela maturidade desse fio, que é seu momento de repouso, e pelo colapso do fio, que é sua queda, Figura 7.7. Assim, esse ciclo pode ser dividido em três ases: »
»
»
Anágena: é a ase ativa de ormação e crescimento do cabelo. O cabelo cresce cerca de Anágena: é meio a um centímetro por mês, com duração total de dois a quatro anos. Catágena: é Catágena: é a ase de repouso do fio, quando cessam a atividade germinativa e a melanogênese (processo de produção de melanina), e dura cerca de três semanas. Telógena: é Telógena: é a queda do cabelo. Essa ase dura cerca de três a quatro meses. O fio se solta da papila e fica solto até o momento em que outro fio seja produzido e empurre o antigo para ora do olículo. m o c . k c o t s r e t t u h S / n a l a L
Esquema I
Esquema II
Anágena
Catágena
Telógena Te lógena
Esquema III
a
b
c
d
e
Figura 7.2 - Ciclo - Ciclo do pelo. O esquema III está e stá representado pelas diversas ases do crescimento. As letras a e b representam a ase anágena, período de crescimento do pelo. A letra c indica a ase catágena, na qual cessa o crescimento e o fio fica em repouso. As letras d e e representam a ase terminal do d o pelo, a telógena, com o crescimento de um novo fio (as e anágena) na imagem e.
Terapia Capilar e Colorimetria
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7.2 O que o cabelo representa? Desde os primórdios, o cabelo vem sendo considerado um símbolo de orça, sensualidade e até mesmo de status. Um exemplo é a história de Sansão e sua orça advinda de seus cabelos (MILTON, 2005), Figura 7.3. m o c . k c o t s r e t t u h S / l o z z e P i d l o P o e s u M _ d n a l i a M
Figura 7.3 - Sansão e Dalila , de Francesco Morone, século XVI. Sansão está adormecido no colo de Dalila e seus cabelos são cortados por um homem.
Hoje não é dierente. O cabelo, considerado um adorno de beleza, ainda é muito valorizado. Quando bem tratados, os cabelos, além de nos revelar traços de personalidade, podem nos mostrar principalmente uma expressão saudável do indivíduo. Pensando nas ideias visagistas, o profissional cabeleireiro ou um consultor de imagem precisa entender entend er que visuais de cabelo ficam melhor para cada pessoa. Na resposta dessa análise devem estar incluídos: a personalidade, o biotipo, o sexo, a idade, a profissão, a cultura e o estilo de vida. O objetivo é realçar os traços positivos e atenuar as características desarmônicas, resultando no equilíbrio dos traços e, consequentemente, na melhora da imagem. Antes de o visagismo ser trabalhado pelos profissionais de beleza, a imagem que as pessoas transmitiam de si era uma cópia do que estava na moda, nem sempre entrando entrando em harmonia com os traços do cliente. Hoje, com o visagismo em alta, podemos associar a beleza do que está na moda com a personalidade, construindo uma imagem externa aliada à imagem interna. Vimos no Capítulo 6 que o primeiro critério a ser analisado a fim de traçar um perfil do indi víduo é estudar o ormato do rosto dele. É por meio desse estudo que conseguimos obter características importantes e até alguns itens reerentes à personalidade e ao temperamento. Entendidos os dierentes ormatos de rosto, vamos analisar os cortes, de modo que eles se harmonizem com os traços.
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7.2.1 Rosto oval 7.2.1.1 Corte
Para esse tipo de rosto, em que as proporções entre largura e comprimento apresentam uma leve dierença (a largura é dois terços de seu comprimento) e as regiões que compõem o rosto são realçadas, porém sem exageros em nenhuma das partes, qualquer corte se torna avorável. Tanto cortes simétricos quanto assimétricos, curtos, longos e até mesmo desfiados ou repicados, todos caem bem neste ormato de rosto. Essa dica vale tanto para mulheres quanto para homens, Figura 7.4. m o c . k c o t s r e t t u h S / y l a t i V a u l a V
m o c . k c o t s r e t t u h S / y l a t i V a u l a V
Figura 7.4 - Como no rosto oval os traços são suaves, as proporções já se encontram em harmonia. Assim, não há necessidade de exaltar ou esconder algum traço, todos já estão em equilíbrio. Pode-se, então, optar por qualquer estilo de corte e penteado. Um exemplo é o cabelo comprido repicado e o curto j ogado para um dos lados, como mostram as imagens.
7.2.2 Rosto redondo 7.2.2.1 Corte
Esse tipo de rosto não apresenta ângulos. Assim, o intuito do corte ou penteado é alongar a ace. Para isso, são utilizadas as técnicas de desfiar ou repicar as laterais a fim de estreitar o rosto e dar a impressão de que ele é alongado. Como a tendência nesse tipo de rosto é ele vir acompanhado de um pescoço grosso e curto, é bom evitar, nos cortes emininos, o comprimento na altura do pescoço. Prefira os comprimentos médios na altura do ombro. Para os homens, a sugestão é usar cortes quadrados, com ranja curta e costeletas, afinando as laterais. Outra opção são fios desfiados, mais alto no topo da cabeça, Figura 7.5.
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m o c . k c o t s r e t t u h S / e h c n a l a v A k c o t S
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Figura 7.5 - O rosto de ormato redondo não apresenta ângulos. Para as mulheres, é melhor dar preerência aos cabelos longos, a fim de afinar o rosto (imagem à esquerda). Já para os homens, a ranja lateral disarça o ormato arredondado. Um truque é deixar uma costeleta média, afinando as laterais (imagem à direita).
7.2.3 Rosto retangular 7.2.3.1 Corte
Como esse rosto apresenta traços marcantes nas laterais, a intenção do corte é suavizar esses traços. Para isso, prefira um corte abaixo do ombro a fim de dar mais volume, principalmente nas laterais. Outra opção é o uso de ranja. Para esse tipo de rosto, a ranja ajuda a diminuir o comprimento dele. Evite penteados que dividam o cabelo ao meio e cabelos muito curtos, que realçam o comprimento do rosto, já que a intenção é exatamente o contrário. Para os cortes masculinos, vale apostar nos desfiados ou repicados, puxando os fios em direção à testa, diminuindo o comprimento do rosto com a ajuda da ranja ou diminuindo a largura com os fios desfiados nas laterais, Figura 7.6. m o c . k c o t s r e t t u h S / o i d u t s g V
m o c . k c o t s r e t t u h S / t r A n o i s i v r e n n I
Figura 7.6 - Em um rosto retangular, dê preerência para comprimentos de médio a curto, evitando penteados muito lisos e divididos ao meio (imagem à esquerda). Para os rapazes a ranja ajuda a quebrar a aparência longa do rosto (imagem à direita).
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7.2.4 Rosto triangular invertido 7.2.4.1 Corte
O ângulo echado do queixo torna essa região muito pontuda, é preciso suavizá-la. Além disso, a parte superior (rontal) é mais larga e o zigomático é mais pronunciado. Uma variação do rosto triangular invertido é o rosto com ormato de coração. Com traços mais suaves, é preciso equilibrar principalmente a parte inerior do rosto, região muito pontuda. Assim, para as mulheres, caem bem os cortes repicados e os penteados com ranja lateral. Evite cabelos retos. Dê volume na altura da mandíbula a fim de conerir aumento na largura da parte inerior do rosto, Figura 7.7. Para os cortes masculinos também valem os penteados que valorizam a ranja e o corte repicado no intuito de diminuir a largura da rontal. Outra opção é o cabelo de comprimento médio que dê mais volume à região da mandíbula. Cabelos curtos e repartidos ao meio devem ser evitados. m o c . k c o t s r e t t u h S / n u s y l s A
m o c . k c o t s r e t t u h S / n j i s o C d n a r b s Y
Figura 7.7 - Em um rosto triangular invertido, a ranja ajuda a diminuir a largura da rontal (testa), pois esconde parte da testa (imagem à esquerda). Para os homens, a ranja também cai bem, assim como o corte repicado (imagem à direita).
7.2.5 Rosto triangular 7.2.5.1 Corte
Como nesse rosto a testa é estreita e a mandíbula é larga, o objetivo do corte é dar mais volume à parte superior do rosto, a fim de minimizar essa dierença. Assim, o comprimento do corte eminino é de médio a curto; pode-se também optar pela ranja curta ou na metade do rosto. Para os homens, a sugestão é o cabelo mais longo e desfiado, que cubra um pouco a parte superior e as laterais, amenizando as proporções entre a parte superior e inerior, Figura 7.8.
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Figura 7.8 - O uso da ranja cobrindo toda a rontal esconde essa região mais estreita que a mandíbula (imagem à esquerda). Os homens podem usar o cabelo um pouco mais comprido e desfiado, cobrindo parcialmente as laterais e dando mais volume à parte superior (imagem à direita).
7.2.6 Rosto hexagonal (reto nas laterais e nas bases) 7.2.6.1 Corte
Esse rosto lembra o ormato oval, porém apresenta os traços angulares mais evidentes. Portanto, nesse caso é necessário um corte que suavize os ângulos do rosto. Evite modelos curtos, pois eles deixam o rosto mais largo. Dê preerência para cabelos compridos e desfiados, a fim de alongar o rosto e minimizar os traços, Figura 7.9. Para os homens, procure cortes com cabelo mais comprido e ranja na lateral, isso ajuda a harmonizar o traço. m o c . k c o t s r e t t u h S / y l a t i V a u l a V
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Figura 7.9 - Por apresentar ângulos mais evidentes que o rosto oval, o rosto hexagonal eminino ganha mais destaque com cabelo comprido e desfiado (imagem à esquerda). Já o rosto masculino precisa de um comprimento suficiente para deixar uma ranja lateral e a parte de cima bem desfiada (imagem à direita).
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7.2.7 Rosto losango 7.2.7.1 Corte
Como esse rosto é estreito nas duas extremidades (superior e inerior), a ideia é dar mais volume ao corte, Figura 7.10. Uma sugestão seria repicar para dar volume e usar ranja, suavizando, assim, as regiões pronunciadas da maxila e do queixo. O cabelo curto e desfiado, dando mais volume na parte de cima do rosto, é uma opção para homens e mulheres. m o c . k c o t s r e t t u h S / e l u r e D d r a u d E
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Figura 7.10 - Mulheres e homens de rosto losango se beneficiam de cortes com volume na p arte superior.
7.3 Loira, ruiva ou morena, qual eu poderia ser? Além dos cortes e dos penteados, as cores dos cabelos podem melhorar ainda mais a aparência de uma pessoa. De acordo com as características de nosso corpo, principalmente a cor da pele e dos olhos, algumas sugestões podem ser eitas para a cor do cabelo. Seguem sugestões relacionadas aos tons de loiro, ruivo e moreno. 7.3.1 Loiro
Cor de cabelo ideal para quem tem pele e olhos claros. Para pessoas de olhos azuis, indica-se o louro-bege. Para quem tem olhos verdes, o louro-dourado. No caso de mulheres morenas de olhos escuros, cuidado: ficar loira é possível, porém é preciso ugir dos tons muito claros.
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7.3.2 Ruivo
No inverno, principalmente, os tons de vermelho ficam em alta. Em pele morena é uma combinação pereita! Peles negras também podem apostar em tons de acaju. E para os orientais mais ousados, a sugestão é abusar dos tons avermelhados, garantindo uma combinação exótica. 7.3.3 Moreno
O cabelo escuro combina muito bem com quase todos os tipos de pele. Apenas as pessoas de pele muito clara devem tomar cuidado, pois o contraste pode ficar muito orte e dar a impressão de uma pessoa envelhecida.
7.4 Saúde para os meus cabelos A fim de que o cabelo cresça de orma saudável, é preciso que a reprodução celular esteja íntegra e, para isso, é undamental uma alimentação correta e balanceada, rica em minerais (cálcio, enxore, magnésio, zinco e erro), proteínas e vitaminas (B2, B6, B12, C). Qual a unção desses elementos e em que alimentos encontrá-los? Veja a Tabela 7.1, a seguir. Tabela 7.1 - Principais nutrientes, suas respectivas ações e ontes para auxiliar na ormação de um cabelo saudável Nutrientes
Ação
Fonte
Cálcio
Importante no transporte de nutrientes para as células.
Leite e derivados, peixes, ostra, brócolis e repolho.
Enxofre
Elemento presente na queratina dos pelos e da pele.
Peixes, aves, carnes e castanhas.
Zinco
Ajuda no metabolismo dos ácidos nucleicos, componentes das proteí nas. Sua ausência pode causar queda do cabelo.
Leite e molusco.
Magnésio
Participa na produção das proteínas.
Cereais de trigo integral, vegetais verdes e legumes.
Ferro
Componente importante para o transporte de oxigênio até as células.
Carnes vermelhas e vegetais escuros.
Proteínas
Principal estrutura para a formação do cabelo.
Carnes, peixes e soja.
Vitamina B2
Estimula a formação das células vermelhas do sangue (hemácias), responsáveis pela oxigenação das células.
Leite, hortaliças, folhas verdes e aves.
Vitamina B6
Essa é a vitamina do complexo B mais importante para o cabelo.
Carnes, gema de ovo, fígado de boi, abacate, banana, batata e pães integrais.
Vitamina B12
Estimula o metabolismo celular.
Fígado, coração, mariscos, peixes e queijos.
Vitamina C
Retarda o envelhecimento e atua na manutenção do colágeno (promove sustentação no tecido).
Frutas cítricas, folhas verdes, hortaliças e tomate.
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Imagem Pessoal e Visagismo
Os cabelos são compostos quimicamente por proteínas, água, carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxore, minerais de erro, cobre, zinco, alumínio e cobalto, entre outros elementos como lipídios e glicogênio, estes dois em menor quantidade, Gráfico 7.1. A redução ou a alta de algum desses nutrientes pode resultar em alterações da estrutura dos fios e, em certos casos, pode provocar a queda do cabelo por destruição do olículo. Gráfico 7.1 - Composição química de um cabelo normal, em percentual
Fonte: ANDRADE, 2008/2009.
Fique de olho!
A m de fortalecer o o e evitar a queda, o consumo de proteínas deve ser de aproximadamente 30% da nossa dieta (BARSANTI, 2009).
7.5 Mais que belo, é preciso estar saudável No que diz respeito aos procedimentos voltados ao embelezamento do cabelo, cuidado com as propagandas ilusórias! Alguns procedimentos, como escova progressiva, alisamento e descoloração dos fios, podem provocar o enraquecimento dos cabelos, tornando-os quebradiços. Dependendo do procedimento, podem até ocorrer queimaduras e perda parcial ou total dos fios.
Terapia Capilar e Colorimetria
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O profissional esteticista pode entrar nesse ramo a fim de indicar a imagem visual mais harmoniosa, relacionando o cabelo ao tipo de rosto, e também para indicar alguns tratamentos que melhore o aspecto da haste e em especial do tecido que sustenta todo o cabelo, o couro cabeludo. Para minimizar o quadro de caspa e seborreia, vejamos um procedimento simples: 1) Esoliar o couro cabeludo. Esta etapa deve ser pulada se a região estiver lesionada. 2) Enxaguar, retirando todo o produto esoliante. 3) Secar bem com uma toalha, sem ricção no couro cabeludo e na haste do cabelo, pois isso estimularia a atividade das glândulas sebáceas, levando ao aumento da oleosidade, e deixaria os fios mais quebradiços. 4) Aplicar, com pincel, uma máscara de argila verde. Para preparar essa máscara, dilua o pó de argila verde em loção tônica adstringente. Aplique a máscara no couro cabeludo, dividindo os fios em mexas. A argila verde apresenta muitos beneícios, como ação cicatrizante, regeneradora e adsorvente (remove a oleosidade da pele). 5) Ocluir com uma touca plástica ou de alumínio e deixar por 20 minutos. 6) Lavar com xampu adequado ao tipo de cabelo. 7) Aplicar um hidratante capilar. Esse produto deve ser aplicado somente na haste do cabelo, dois dedos abaixo da linha do couro cabeludo. 8) Durante a aplicação do hidratante, massagear a haste do cabelo, pegando os fios em pequenas mechas e puxando-as suavemente da raiz às pontas. 9) Enxaguar e usar secador, se necessário. No intuito de amenizar o quadro de alopecia, é preciso usar produtos específicos para queda de cabelo em conjunto com o aparelho de alta requência, visto no Capítulo 4. Se algum tipo de alteração dierente do normal aparecer, o ideal é sugerir que o cliente vá ao dermatologista verificar as causas das alterações e que tratamentos são recomendados. Os protocolos estéticos têm como objetivo prevenir ou amenizar o aspecto de algumas alterações. ique de olho!
Você sabia que no inverno as ocorrências de caspa e de seborreia podem aumentar? Vários fatores podem promover o surgimento ou o aumento dessas alterações no couro cabeludo. A menor exposição ao sol faz aumentar a descamaç o da pele (caspa), e os banhos quentes e a alimentaç o rica em gordura e açúcar podem aumentar a oleosidade do couro cabeludo (seborreia).
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Vamos recapitular? Neste capítulo, vimos diferentes ferramentas de embelezamento como cortes, penteados e colorimetria associados de forma harmônica ao trabalho visagista. Você aprendeu que a área da estética, preocupada com a beleza, mas também pensando na saúde e no bem-estar do cliente, procura sempre as possibilidades que possam proporcionar a soma de tudo isso, resultando na qualidade de vida física e mental. Por m, você aprendeu que o visagismo, uma das ferramentas mais utilizadas atualmente pelos prossionais no ramo de beleza, também atua na área de cabelo, com o intuito de nos oferecer uma enorme bagagem de conhecimento sobre as melhores orientações de corte e tintura, resultando no equilíbrio dos traços e ajudando a exaltar a personalidade do indivíduo de forma mais harmônica.
Terapia Capilar e Colorimetria
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Agora é com você! 1) Qual a unção do músculo eretor do pelo? 2) Em que o profissional esteticista poderia ajudar quando se trata em embelezamento do cabelo? 3) Quais são as ases do crescimento do cabelo? Explique as dierenças entre elas. 4) Para termos um cabelo mais orte, é preciso manter cerca de 30% de proteína em nossa dieta. Explique essa relação de ortalecimento do fio com as proteínas. 5) Pesquise em grupo os dierentes tipos de rosto e os cortes e a colorimetria de cabelo mais indicada para esses tipos de rosto.
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8 Maquiagem
Para começar Neste capítulo você vai ver uma das técnicas que o profissional visagista poderá utilizar em seu trabalho, a maquiagem. Mesmo quem não tem conhecimento de visagismo tem o hábito de melhorar a própria imagem utilizando esse recurso. A dierença é que, a partir deste capítulo, você conhecerá as técnicas de maquiagem sob um olhar visagista e poderá realçar os traços qualitativos de seus clientes.
8.1 O rosto e suas emoções A fisiognomonia, termo de origem grega, estuda a cabeça e o rosto no intuito de determinar as características e a personalidade das pessoas, Figura 8.1. Por meio desse estudo, analisa-se o ormato do rosto, a cor e as proporções num todo. Segundo a fisiognomonia, o rosto consegue nos passar dierentes emoções e pode ser dividido em três porções: »
»
Porção superior: vai da linha do cabelo até a sobrancelha. Essa é a região que se reere à intelectualidade e à inteligência. Geralmente, pessoas que usam ranja não gostam de mostrar seu lado intelectual, voltando-se mais às emoções. Porção média: começa nas sobrancelhas e vai até a ponta do nariz. Essa região exalta a emoção e os sentimentos. As emoções são transmitidas por meio da abertura dos olhos, de seus movimentos e seu brilho. Junto à área dos olhos, as sobrancelhas também são uma parte muito expressiva do rosto e podem revelar detalhes da personalidade, do humor e sagacidade.
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»
Porção inerior: relacionada ao instinto, começa onde termina a porção média e vai até o final do rosto (queixo).
Os diversos produtos da indústria de cosméticos representam muitas opções para o embelezamento do rosto. Com as mais variadas ormas, texturas e cores e dependendo da orma como são aplicados, é possível obter dierentes resultados e, consequentemente, realçar dierentes características psicológicas da personalidade.
Intelectualidade
Emotividade e sentimentos
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Instinto
Figura 8.1 - Divisão da ace de acordo com as dierentes expressões.
8.2 Como preparar a pele? Primeiro, é preciso verificar o tipo de pele a fim de estabelecer os cuidados adequados a ela. Nesse caso, podem-se examinar novamente os dierentes tipos de pele mencionados no Capítulo 2. Independentemente do tipo de pele, os cuidados diários básicos são os mesmos: utilizar produtos específicos para demaquilar e higienizar a pele no início e no final do dia e, em seguida, tonificar a pele. Acabado o processo de higienização, aplicar e reaplicar, durante o dia, o protetor solar de acordo com o tipo de pele e, à noite, caso a pele necessite, usar produtos que promovam algum tratamento, seja um antissinais, um hidratante, um despigmentante ou um produto antiacne. Aproveite o momento de sono para realizar o melhor tratamento para sua pele. Produtos com ação antioxidante são dos mais procurados atualmente e podem ajudar em diversos tratamentos, principalmente na prevenção ao envelhecimento precoce. ique de olho!
Os radicais livres são moléculas instáveis e reativas, por necessitarem de um elétron em sua órbita mais externa. Normalmente essas moléculas são formadas pelo nosso próprio organismo, pois apresentam inúmeras funções: atuam no processo de cicatrização, de imunidade e de coagulação, por exemplo. Porém, em excesso, tendem a danicar outras estruturas: com sua aç o oxidante, podem destruir enzimas e atacar células, levando a inúmeras doenças e injúria celular. A m de amenizarmos a ação dos radicais livres, precisamos proteger o corpo com ativos antioxidantes. Uma forma de fazermos isso é por meio de uma alimentaç o rica em vitaminas, principalmente do tipo A, E e K. Atualmente, também encontramos essas vitaminas em produtos cosméticos, inclusive em produtos de maquiagem.
Com esses cuidados, poderemos dar continuidade ao procedimento de maquiagem.
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8.3 Passo a passo da maquiagem com um toque visagista Por meio de técnicas de iluminação e sombreamento podemos ressaltar alguns traços, colocando-os em primeiro plano a fim de promover a harmonia da imagem. Porém, antes de iniciarmos essa técnica de luzes, precisamos preparar a pele, homogeneizando a sua textura. Para isso, há três passos: base, corretivo e pó. 8.3.1 Base
A base inicia a maquiagem com a finalidade de deixar a pele mais uniorme. Com ela tem-se a correção de tons ao cobrir as partes mais escurecidas, como olheiras; a base também cobre impereições, como cicatrizes, e ornece luminosidade à pele. Para a escolha da base, devem-se procurar os tons mais próximos da pele do rosto. Em relação aos produtos em si, existem diversos tipos: base líquida - dá um eeito mais natural; base cremosa - adere melhor à pele; base e pó (duocake) - é prática, pois seu uso dispensa o pó, porém tem um eeito um pouco pesado; pancake - apresenta uma textura mais pesada que o duocake, tem eeito seco, sendo mais agradável em peles oleosas, porém acentua as linhas de expressão. 8.3.2 Corretivo
Produto indispensável até para quem gosta de um estilo mais natural de maquiagem. Ele é muito utilizado para pequenas correções, como lesões leves, e também em áreas maiores, como as olheiras. Há pessoas que preerem aplicar primeiro o corretivo para depois a passar base, porém dependendo do tipo de base, ela precisará ser espalhada com certa pressão, o que pode acabar removendo o corretivo. Fique de olho!
Hoje existem produtos corretivos com ativos especícos para o tratamento da acne. Assim, para quem precisa esconder manchinhas da acne, e até a própria pústula (espinha), esse tipo de produto é uma boa opção, pois, além de esconder, trata o problema ao mesmo tempo.
O corretivo pode ser usado mesmo sem a presença de base na pele. Erroneamente, ala-se que o corretivo deve ser escolhido em um tom mais baixo que o da pele, mas o ideal é escolher um produto exatamente no mesmo tom da pele. Também existem vários tipos de corretivo: em bastão ou em lápis - são de diícil correção e não promovem um eeito natural; corretivo cremoso - mais ácil de aplicar.
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8.3.3 Pó
A aplicação do pó entra na sequência, com o intuito de fixar o preparo realizado na pele com a base e o corretivo. O pó deve ser, preerencialmente, da mesma tonalidade da base. O pó compacto é o mais adequado para fixar os produtos anteriores; o pó translúcido tem uma ormulação suave e dá uma aparência natural, podendo ser usado em todos os tipos de pele; o pó opaco é ideal para as peles com poros mais dilatados e visíveis. 8.3.4 Rímel
Do mais natural ao mais requintado, o rímel pode e deve ser usado em qualquer estilo de maquiagem, pois melhora muito a aparência e levanta o olhar. O rímel líquido deixa uma cobertura mais sutil; o tipo pastoso deixa um eeito mais carregado; e o rímel incolor ajuda a separar e a alongar os cílios. 8.3.5 Delineador de olhos
Esse produto é utilizado para marcar o olhar. Ele é passado na linha interna dos cílios, onde o traço também pode ser eito com lápis, e não é preciso haver muita precisão, dierentemente das regiões mais externas dos olhos, para as quais a habilidade só virá com o tempo e muito treino. No caso de olhos pequenos, prefira delinear a parte externa, a fim de aumentar o olhar. Na pálpebra superior, delineie evitando finalizar com aquelas puxadas extensas que ormam o amoso olho de gato, pois isso ará o olho parecer menor (a menos que essa seja a intenção). Na parte interna e inerior, pode-se utilizar lápis branco ou bege, o que realçará e aumentará o olhar. No caso de olhos maiores, o contrário mencionado será válido. Se a puxada com o delineador serve para diminuir o olhar, para esse tipo de olho ela será bem-vinda. Na hora de delinear, pode-se preerir o lápis, orma mais ácil de delinear e que proporciona um traço bem definido; o pincel é mais utilizado por quem já têm prática (a aplicação de delineadores que diluem em água com pincel deixa o traço orte e pesado, deixando o visual mais refinado). 8.3.6 Sombras
Existem sombras de vários tipos, para serem usadas em dierentes eventos, desde momentos casuais até os mais glamorosos. É possível azer misturas de cores e provocar diversos eeitos graças à variedade de sombras (peroladas, metálicas, com glitter , entre outras). Os traços realizados ao redor dos olhos vão provocar mudanças significativas na imagem pessoal. Com relação às texturas, existem: a sombra em pó - é a mais usada, a mais ácil de aplicar e a que tem melhor eeito, mesmo para quem não tem prática em se maquiar; a sombra líquida - necessita de muita habilidade na aplicação, porém, quando bem aplicada, apresenta eeitos de aquarela; a sombra cremosa - não tem aspecto melado, mas pode acumular na dobra da pálpebra; e a sombra em lápis - essa é melosa, mas é prática e uma boa opção caso seja preciso azer uma maquiagem rápida e sem o risco de se sujar com arelo, o que costuma acontecer com a sombra em pó.
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Precisamos ficar atentos a alguns detalhes referentes aos diferentes tipos de olhos. O formato do olho é determinado pelo tipo de curvatura da abertura do olho e a curvatura da pálpebra superior. 8.3.6.1 Olhos pequenos
A ideia principal é trabalhar na borda mais externa dos cílios, tanto na borda inferior quanto na borda superior. Utilize tons de bege ou marrom para o contorno e esfume na região contornada a fim de dar a impressão de que o contorno dos olhos é mais afastado, aumentando-os, Figura 8.2.
Figura 8.2 - Olho pequeno. Nesse tipo de olho cerrado, trabalhe nas bordas externas superiores e inferiores, a fim de dar a impressão de olhos maiores.
8.3.6.2 Olhos caídos
Como o canto externo do olho caído é inclinado para baixo, o olhar passa a impressão de tristeza ou preocupação. Nesse caso, acentue a maquiagem na região superior dos olhos, trabalhando nas pálpebras e nos cílios superiores e nas sobrancelhas. Pode-se intensificar o uso dos tons escuros a fim de esfumar as pálpebras superiores. Evite usar maquiagem na parte inferior dos olhos, Figura 8.3.
Figura 8.3 - Percebe-se o olho caído ao visualizar o canto externo do olho inclinado para baixo. Na maquiagem, esfume o canto superior externo das pálpebras no intuito de amenizar essa aparência.
8.3.6.3 Olhos fundos
Geralmente pode-se determinar um olho fundo, padrão ou saliente olhando-se a pessoa de perfil e analisando-se a borda do nariz. O olho padrão é aquele que está exatamente na linha da borda do nariz. Já o olho fundo costuma se encontrar mais para dentro do rosto. Assim, a fim de trazer os olhos para frente, fazemos um jogo de luzes. Neste caso, usar tons claros sobre toda a extensão das pálpebras; pode-se escurecer a região do côncavo de forma suave, em direção ao canto externo do olho, e realçar os cílios e as sobrancelhas, Figuras 8.4 e 8.5.
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Figura 8.4 - No olho undo a maquiagem tem o objetivo de realçar a região escurecida, trazendo-a para ora. Para isso, é interessante o uso de tons claro por toda a extensão das pálpebras.
Figura 8.5 - É possível identificar os olhos salientes observando a pessoa de perfil e traçando uma linha vertical desde os olhos até a borda do nariz. Nos olhos salientes a linha estará para dentro da borda do nariz. A maquiagem, nesse caso, tem como objetivo deixar o olho mais undo. Para isso, use cores escuras e sem brilho para esumar a região das pálpebras. Os tons claros devem ser usados na proximidade da sobrancelha, contrastando com o undo da s ombra.
8.3.6.4 Olhos saltados
Foque no escurecimento dos olhos por meio de contornos internos na linha dos cílios, tanto na linha superior como na inerior. Escureça toda a base da linha superior dos cílios com um tom um pouco mais escuro que a pele e esume, Figura 8.5. 8.3.6.5 Olhos muito próximos
Escureça os olhos a partir do centro para a região externa. Com o lápis, contorne a linha interna e a externa dos cílios, priorizando o canto externo dos olhos. Esume a pálpebra superior a partir do canto externo, que é o mais escuro, para o centro, que é o mais claro. No canto interno dos olhos, pode ser aplicada uma sombra clara, Figura 8.6.
Figura 8.6 - A intenção da maquiagem nesse tipo de olho é dar a impressão de que eles são mais aastados. Para isso, aplique sombra clara no canto interno e sombra escura no canto externo dos olhos.
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8.3.6.6 Olhos muito afastados
Ao contrário do anterior, o escurecimento deve ser realizado nos cantos internos dos olhos, aproximando-os. Sendo assim, aplique sombra escura nas pálpebras superiores na região próxima ao nariz. Pode-se esumar até o canto externo, porém sem ultrapassá-lo. Reorce a máscara de cílios, priorizando os cantos internos superiores e ineriores., Figura 8.7
Figura 8.7 - A maquiagem dos olhos aastados inclui o escurecimento do canto interno do olho, próximo ao nariz; evite esumar a lateral e reorce a máscara de cílios nos cantos internos.
Fique de olho!
Costumamos denir se os olhos s o separados ou próximos medindo a distância entre eles. Se essa distância for maior que a largura de um olho, eles s o considerados separados. Caso contrário (se a distância for menor que a largura de um olho), os olhos são considerados próximos.
8.3.6.7 Olhos com bolsas na pálpebra inferior
Uma maneira de minimizar o aspecto da bolsa na pálpebra é esumar com tons escuros a borda dos cílios superiores e ineriores. Isso az que a atenção se volte para os olhos e não para a sua perieria. 8.3.6.8 Olhos redondos e abertos
Olhos assim dão a impressão de que são grandes, pois apresentam as regiões superior e inerior bem arredondadas. A expressão é de inocência e atenção. Ao esumar as pálpebras superiores, contornando o côncavo, dê uma leve puxada com a sombra escura para ora da pálpebra, diminuindo a expressão arredondada, Figura 8.8.
Figura 8.8 - No olho grande e aberto, podem-se aplicar sombras escuras nos cantos externos das pálpebras. A sombra pode sair dos olhos, sendo puxada levemente para ora do côncavo.
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8.3.7 Blush
A fim de ruborizar as maçãs do rosto ou corrigir traços desarmônicos, pode-se usar o blush. Para realçar a região zigomática, utilizar tons róseos ou avermelhados, e para correções de traço da ace, aplicar tons terrosos ou marrons. Para realizarmos os realces de orma correta, devemos analisar alguns detalhes relacionados aos ormatos do rosto: 8.3.7.1 Rosto comprido ou triangular invertido
Nesses dois tipos de rosto, a região rontal é mais destacada que as outras partes do rosto. Assim, é necessário escurecer a região rontal e marcar suavemente a região zigomática (maçã do rosto). Nesse caso, é possível utilizar inclusive tons mais rosáceos, Figura 8.9. 8.3.7.2 Rosto redondo
Trata-se de um ormato que não apresenta ângulos. A intenção da maquiagem será a de escurecer alguns pontos, a fim de dar a impressão de proundidade e deixar o rosto mais longo. Assim, podese acentuar o blush (tons terrosos) nas regiões zigomáticas, abaixo da protuberância protuberância óssea, Figura 8.10. 8.3.7.3. Rosto hexagonal reto na lateral
Nesse tipo de rosto rosto,, costuma-se perceber o arco zigomático bastante acentuado. Para amenizar essa aparência, o blush pode ser concentrado nessa região. Esse mesmo tipo de rosto pode ser encontrado em
Figura 8.9 - Correção - Correção do rosto triangular invertido com a utilização de blush. Além da região rontal, pode-se usar o blush de correção na região do zigomático a fim de minimizar seu realce.
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Figura 8.10 - Correção - Correção do rosto redondo, com a utilização de blush. Acentue o blush na lateral do zigomático, dando impressão de proundidade, e em sua extensão, abaixo da protuberância óssea.
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Figura 8.11 - A - A correção do rosto hexagonal tem como prioridade a região zigomática. Vemos Vemos que o uso do blush deve ser aplicado somente na lateral dessa região.
Figura 8.12 - A - A imagem oca o uso do blush na região do zigomático e a utilização de um tom mais carregado nas laterais, com a parte mais interna desta região ficando mais suave.
pessoas muito magras e de aparência angulosa, com áreas proeminentes. Nesse caso é interessante passar o blush nas regiões rontal, rontal, zigomática zigomática e mento a fim de transmitir um aspecto saudável, Figura 8.11. 8.3.7.4. Rosto quadrado
Quando as laterais do rosto são muito largas, o blush pode ser concentrado no canto das maçãs, sem puxá-lo para a parte central do rosto, a fim de dar uma impressão de proundidade na região lateral. Em casos como este, de mandíbula saliente, o blush pode ser aplicado de orma suave nas laterais, diminuindo a saliência, Figura 8.12. Existem vários ormatos de nariz. Ele pode ser curto, longo, largo, pontudo, fino, caído, entre outros. O truque é escurecer levemente a parte em evidência, utilizando um blush terroso ou marrom, e deixar o nariz em segundo plano. Quando o oco de maior evidência se encontra à rente do nariz, costuma-se escurecer levemente com blush essa região. Um exemplo é o nariz com osso saltado. Porém, quando encontramos um nariz mais largo que o padrão, podemos utilizar um blush deslizando ao longo das laterais do nariz.
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Seguem, em resumo resumo,, algumas sugestões com relação à correção do ormato do nariz, Tabela Tabela 8.1. Tabela 8.1 - Sugestões - Sugestões de como passar o blush para cada tipo de nariz Formatos do nariz
Dica
Nariz largo
Comece a passar um blush de correção sob o pé da sobrancelha, indo rente ao canto interno do olho e seguindo a linha lateral do nariz. Com isso, a linha frontal do nariz será projetada para frente.
Nariz “batatinha”
Passe um tom de blush mais escuro a partir do canto interno do olho; desça pela lateral do nariz em direção à ponta, incluindo a aba do nariz, no intuito de anar a sua forma. O uso de corretivo pode ajudar a disfarçar essa aparência. Use-o em todo o dorso até a ponta.
Nariz grande
Cuidado com a escolha do corretivo. Em pele branca, use um corretivo dois tons acima do tom da pele. Já em pele morena, o ideal é o corretivo três tons acima.
8.3.8 Batom
Esse é um dos produtos indispensáveis na bolsa de uma mulher. A cor a ser usada depende muito de gosto, estilo e momento. A aplicação pode ser direta ou com a ajuda de um lápis que defina exatamente exatamen te a área a ser preenchida pelo batom. Uma boca considerada padrão é aquela que apresenta a mesma grossura dos lábios superior e inerior, que tem a linha central reta e o bico no alto do lábio superior bem definido, sem ser demasiadamente pronunciado. Sabendo disso, percebe-se que existem diversos tipos de lábio que ogem do padrão. Para chegar próximo dessas características, um dos recursos é contornar os lábios com o lápis, engrossando-os ou definindo seus traços. Cuidado com os contornos em lábios grossos. Por ele já apresentar um aspecto chamativo, evite contornos acentuados que demarquem a largura. Assim, os truques podem ser definidos da seguinte orma, Tabela 8.2: Tabela 8.2 - Sugestões - Sugestões de como pintar lábios de dierentes ormatos Formato dos lábios
Dica
Lábios grossos
Caso queira contornar os lábios, faça-o na borda interna, diminuindo a espessura deles.
Lábios nos
Faça um contorno contorno na borda externa, para dar a impressão de lábios mais carnudos. Além do contorno, passe um tom de batom mais claro que o do lápis e nalize com um gloss aplicado somente no centro.
Lábios superiores nos e inferiores grossos
A dica do contorno vale neste caso também. Utilize as duas técnicas para equilibrar as proporções: contorno externo no lábio no e contorno interno no lábio grosso.
8.4 Harmonia da maquiagem com o tom da pele A fim de não nos perdemos com as diversas opções de maquiagens e, principalmente, de cores, segue na Tebela Tebela 8.3 uma relação de cores mais adequadas a cada tonalidade de pele.
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Tabela 8.3 - Sugestões de maquiagem para cada tom de pele Pele
Maquiagem Blush: rosado.
Oriental
Sombra: amarelo vivo, azul e laranja. Lábios: cereja, rosa queimado e avermelhado. Cílios: bem curvados e pretos. Blush: tons claros e amarronzados.
Branca
Sombra: bronze, verde, marrom, rosa, salmão, com glitter em tons claros. Cílios: marrons ou negros. Blush:
Morena
pêssego e rosa. Sombra: cores fortes em tons de rosa, azul, roxo, verde e bronze. Lábios: cor de boca, laranja, tons do rosa ao bege, cores quentes. Blush: uva, vinho.
Negra
Ruiva
Sombra: vinho, azul-marinho, rosa, marrom opaco, amarelo e preto. Lábios: tons fortes e escuros. Sombra: cobre, dourado, laranja, verde-claro, tons de marrom. Lábios: acobreado e marrom. Blush: marrom e goiaba.
8.5 A maquiagem nos diferentes estilos Como ocorre com os diversos estilos de cabelo, a maquiagem entra no visagismo como um recurso para harmonizar os traços do rosto, valorizando o belo na imagem e no estilo pessoal. Mesmo que esses recursos ajudem a valorizar a imagem de alguém, não devemos intererir no gosto de cada pessoa. Cada um apresenta um estilo característico (romântico, sensual, elegante). Isso az que as pessoas adotem um estilo de roupa, um penteado e também a maquiagem que estejam de acordo com suas preerências. 8.5.1 Mulheres com estilo esportivo ou romântico
São pessoas vaidosas, porém priorizam a praticidade. Tendem a valorizar o blush e os batons ou o gloss com tons claros de rosa, ou somente um brilho labial, Figura 8.13.
Maquiagem
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m o c . k c o t s r e t t u h S / v e h c i m e S n a l s u R
Figura 8.13 - Perceba a maquiagem suave e natural, com a máscara de cílios e um gloss suave.
8.5.2 Mulheres elegantes ou tradicionais
Apresentam estilos bem semelhantes às esportivas. São discretas, acentuam os olhos ou os lábios sem muita sombra e blush. Arriscam-se nas sombras, porém sem muitos eeitos de cores, usando apenas tons suaves ou terrosos com um leve eeito de sombreado. Optam por lábios em tons nude ou rosados e sem muito brilho, Figura 8.14. m o c . k c o t s r e t t u h S / h k u d e D a n n A d n a d i n o e L
Figura 8.14 - Observe a elegância na suavidade da maquiagem. Os olhos oram levemente sombreados e destacados com a máscara de cílios; o blush oi utilizado apenas para realçar a região do zigomático e o gloss nude trouxe delicadeza.
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8.5.3 Mulheres sexy, dramáticas ou artísticas
Ao contrário dos estilos anteriores, essas mulheres gostam de cores ortes, algumas vezes brilhantes e dierenciadas. É o caso da personagem Lívia, interpretada pela atriz Claudia Raia, na novela Salve Jorge. Suas aparições oram bem marcadas pela beleza e elegância de tons ortes em vermelho e rosa além da mistura do batom rosa com o lápis vermelho, deixando os lábios mais atraentes e pro vocantes, Figura 8.15. m o c . k c o t s r e t t u h S / t n i a p D
Figura 8.15 - Por serem mulheres mais ousadas, gostam de brincar com as cores no momento de azer a maquiagem e costumam usar cores que chame a atenção. Na imagem, veja uma maquiagem mais chamativa, cobrindo toda a região dos olhos. Isso vale tanto para os lábios quanto para os olhos.
Vamos recapitular? Que mulher não gosta de uma bela maquiagem? Discretas ou mais ousadas, as mulheres não resistem aos itens de beleza que são os produtos de maquiagem. Neste capítulo você aprendeu os cuidados com a pele e conheceu os métodos capazes de proporcionar a realização de uma maquiagem bonita e em harmonia com seus traços, realçando partes da ace que transmitam o seu momento e a sua personalidade.
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Agora é com você! 1) Como sombrear um olho oriental? 2) O blush pode ser usado para realçar ou sombrear certas regiões. No caso de um rosto quadrado com nariz arredondado, como aplicar o blush a fim de melhorar a harmonia desses traços? 3) O que azer para diminuir lábios grossos em uma maquiagem? 4) Analise o rosto como um todo na Figura 8.16. Faça as sugestões de maquiagem que poderiam ajudar a realçar a beleza dessa mulher.
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Figura 8.16 - Rosto de pele limpa, mostrando seus traços naturais, sem uso de maquiagem.
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9 Embelezamento do Olhar
Para começar Este capítulo tem por objetivo inormar quanto de nossa saúde, de nosso temperamento e de nossos sentimentos pode transparecer em nosso olhar, e como nosso olhar pod e harmonizar a nossa ace. De todos os aspectos da expressão corporal, o rosto é o elemento mais importante e, nesse contexto, os olhos, as sobrancelhas e os cílios possuem uma relevante participação, pois revelam um uni verso de sentimentos muitas vezes não expressos oralmente.
9.1 Momento de reexão Nosso rosto é o elemento mais importante de nossa expressão corporal, principalmente quando alamos do olhar, mas nossos olhos não estão sozinhos. Se eles são a “janela da alma”, as sobrancelhas são a sua moldura. Sendo assim, elas merecem um cuidado todo especial, uma vez que são grandes responsáveis pela expressão do rosto. As sobrancelhas não devem estar somente em harmonia com os olhos, mas com todo o con junto do rosto e da personalidade. Na representação das porções da ace, estudada na fisiognomonia, a sobrancelha é o elemento que divide a porção da razão (porção superior) da porção da emoção (porção média - olhos), sendo muito significativa, pois o traço da sua orma pode expressar tanto o intelecto quanto a aetividade.
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9.2 As sobrancelhas ao longo dos tempos “Aquele” olhar az toda a dierença, não é verdade? Seja um olhar sensual, conservador ou tímido/reservado, as dierentes expressões transmitidas pelo olhar estão associadas às dierentes ormas das sobrancelhas. Por isso elas passaram a ser uma poderosa arma da mulher a fim de transormar o olhar. De acordo com as transormações ocorridas ao longo do tempo, percebe-se que, além das mudanças ísicas, tais mudanças podem ser influenciadas pelos padrões de comportamento de cada época. Vejamos as mudanças ao longo do tempo. 9.2.1 Décadas de 1920 e 1930
O destaque eram as sobrancelhas finas, curvas e bem desenhadas apenas com um lápis. Quem gostava do ar de mocinha ingênua, costumava usar a sobrancelha com um ormato mais curto; quem gostava de transmitir sensualidade preeria sobrancelhas mais longas e arqueadas, Figura 9.1. Uma das celebridades da década de 1930, que aderiu a esse estilo de sobrancelha, oi Hedy Lamarr. m o c . k c o t s r e t t u h S / n o i t c e l l o C t t e r e v E
Figura 9.1 - As mulheres dessa época optavam por sobrancelhas mais finas e chegavam a raspar quase todos os pelos para conseguir um desenho de sobrancelha bem definido.
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9.2.2 Década de 1940
Nessa época, ainda estava na moda ter sobrancelhas curvas e arqueadas, porém elas eram mais finas no final que no começo, Figura 9.2. A sobrancelha da atriz Rita Hayworth ilustrava esse padrão.
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Figura 9.2 - Modelo de sobrancelha semelhante ao ideal adotado na década de 1940.
9.2.3 Década de 1950
Na época de Marylin Monroe, a moda era usar sobrancelha um pouco mais espessa, e o destaque não era mais o ormato curvo, e sim uma orma angular bem pronunciada, que dava um ar de arrogância e, ao mesmo tempo, de sensualidade, Figura 9.3. Para completar, usava-se como artiício a hena, a fim de cobrir pequenas alhas e marcar bem os traços das sobrancelhas. m o c . k c o t s r e t t u h S / n i g u y l a M
Figura 9.3 - Na década de 1950, as mulheres preeriam sobrancelhas grossas e bem arqueadas.
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9.2.4 Década de 1960
Como certas modas vão e voltam, os estilos de sobrancelhas também passam por essas idas e vindas. A década de 1960 é um exemplo disso. Nessa época, volta-se a valorizar os ormatos mais arredondados, finos e arqueados, Figura 9.4, como nas décadas de 1920 e 1930. A atriz Marlene Dietrich, com suas sobrancelhas finas e arredondadas, é um exemplo. m o c . k c o t s r e t t u h S / d r o c c A
Figura 9.4 - Sobrancelhas semelhantes às usadas na década de 1960, com traços arredondados e finos.
9.2.5 Década de 1970
Nesse período, as pessoas começam a se preocupar com o ormato natural das sobrancelhas, mas o estilo fino ainda permanece no gosto das mulheres. Assim, as sobrancelhas passam a ter um ormato natural, fino, bem delineado, penteado e aparado, Figura 9.5. A atriz em destaque era a Farrah Fewcett, que participou de uma das séries de maior sucesso da época, As panteras, e que também optou pela orma natural e fina das sobrancelhas. m o c . k c o t s r e t t u h S / k i p i L
Figura 9.5 - Nos anos 1970, começou-se a valorizar o ormato natural das sobrancelhas, usadas finas, bem penteadas e aparadas.
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9.2.6 Década de 1980
A década de 1980 chega com padrões bem dierentes se comparada aos anos 1930. As sobrancelhas grossas, volumosas, não delineadas e com pelos em excesso, Figura 9.6, eram consideradas as mais bonitas. Sobrancelhas de estrelas como Jessica Parker, Julia Roberts e da atriz brasileira Malu Mader exemplificam o padrão. m o c . k c o t s r e t t u h S / l r i g t e l a h C
Figura 9.6 - Sobrancelhas grossas, volumosas e com pelos em excesso eram a moda da época.
9.2.7 Década de 1990
Após a rebeldia dos anos 1980, na década de 1990 as sobrancelhas continuavam com ormas naturais, porém não mais com pelos em excesso; elas passaram a ser afinadas e aparadas, Figura 9.6. A atriz Jennier Aniston pode ser considerada um dos exemplos da época com suas sobrancelhas delineadas. m o c . k c o t s r e t t u h S / a v o n a v I a g n I
Figura 9.7 - Sobrancelhas mais grossas que em outras épocas, exceto a década de 1980, pois aqui há a preocupação de deixá-las aparadas, porém sem perder o ormato natural.
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9.2.8 Dias atuais
Conhecer os dierentes modelos de sobrancelhas sobrancelhas usados em épocas passadas nos permite saber como os antigos padrões são aproveitados nos dias atuais. Hoje não há um modelo ideal de sobrancelha. O que está em alta é entender que os ormatos de sobrancelha devem seguir as proporções ideais do rosto de cada pessoa, harmonizan harmonizando do e valorizando os traços desse rosto. Unindo as proporções do rosto de cada pessoa Unindo p essoa aos padrões da moda, a tendência da atualidade são as sobrancelhas grossas, retas e bem marcadas, mostrando um olhar bem expressivo da mulher moderna de espírito orte, um olhar seguro e supereminino, Figura 9.8. m o c . k c o t s r e t t u h S / l r i g t e l a h C
Figura 9.8 - Hoje - Hoje o ormato da sobrancelha é aquele que melhor se enquadra nas proporções de cada rosto.
9.3 Formatos de sobrancelha para cada rosto Hoje, com tantas opções de ormatos de sobrancelha, o conhecedor do visagismo consegue orientar melhor seus clientes e decidir o melhor ormato de sobrancelha para cada um. Para isso, é necessário ter um bom entendimento sobre os dierentes ormatos de rosto e dos olhos, assuntos abordados nos Capítulos 6 e 8, respectivamente. Gosto não se discute! Não se esqueça de ouvir o cliente, mas também não ignore seus conhecimentos de visagismo para decidirem qual será o ormato de sobrancelha a ser eito. Sendo assim, para seguirmos as sugestões a seguir, você deve levar em consideração o biótipo, a cor de pele, a profissão e o próprio gosto pessoal.
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9.3.1 Rosto oval Lembrando que o rosto oval apresenta ângulos suaves, as sobrancelhas mais indicadas são as ligeiramentee angulosas, com fios mais arqueados, Figura 9.9. ligeirament
Figura 9.9 - Figura - Figura de sobrancelha s obrancelha levemente arqueada, indicada para o rosto oval.
9.3.2 Rosto redondo Devemos fugir das sobrancelhas finas, pois esse formato acentua acentua a forma redonda da face. Pelo fato de ser um rosto que não tem ângulos em destaque, devemos optar por formatos de sobrancelhas mais angulosas, que amenizam o formato redondo da face, Figura 9.10.
Figura 9.10 - Sobrancelha - Sobrancelha ligeiramente angulosa (imagem à esquerda) e sobrancelha angulosa (à direita). Percebe-se a diferença entre as duas sobrancelhas ao observar o ápice de cada uma: a sobrancelha da direita é bem b em pontuda.
9.3.3 Rosto longo (retangular) Como esse rosto apresenta a região frontal mais estreita, a sobrancelha pode ajudar a disfarçar essa proporção. A sobrancelha reta com uma leve caída no final é a sugestão mais apropriada para esse tipo de rosto, Figura 9.11.
Figura 9.11 - Uma - Uma opção para o tipo de rosto longo é a sobrancelha reta do centro ao meio e curvada na ponta.
9.3.4 Rosto triangular Nesse tipo de rosto, a atenção se volta para a parte inferior, que é mais alargada. Assim, é preciso usar sobrancelhas que acentuem a região superior do rosto, Figura 9.12.
Figura 9.12 - Sobrancelha - Sobrancelha angulosa e arqueada sugerida para o rosto triangular. triangular.
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O recomendado, nesse caso, são as sobrancelhas arcadas, com aspecto de acento circunflexo. As sobrancelhas angulosas amenizam amenizam o ormato da ace. 9.3.5 Rosto triangular invertido
Esse rosto chama a atenção para a parte de cima, com a rontal alargada. Pensando dessa orma, é necessário escolher um ormato de sobrancelha que não acentue mais ainda essa região. Os ormatos de sobrancelha mais indicados são aqueles em que o desenho é mais arredondado, Figura 9.13.
Figura 9.13 - Sobrancelha - Sobrancelha arqueada e arredondada à esquerda e sobrancelha arredondada à direita.
9.3.6 Rosto quadrado
É um rosto que apresenta traços angulares, portanto, na escolha do ormato da sobrancelha, deve-se preerir aquele que não tem ângulos acentuados. acentuados. Há duas opções: uma seria o que vai se afinado do ponto mais alto até o final, e a outra seria a sobrancelha cuja espessura continua por toda a extensão e tem seu ponto mais alto quase no seu final, Figura 9.14. / n m i g o u c . y k l a c o M t s r e t t u h S
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Figura 9.14 - Sobrancelha - Sobrancelha reta e curvada cur vada na ponta à esquerda e sobrancelha ligeiramente angulosa à direita.
Algumas dicas para não errarmos no ormato das sobrancelhas, como mostra a Tabela 9.1: Tabela 9.1 - Relação - Relação entre rosto e sobrancelhas Formato do rosto
Sobrancelhas
Rosto grande: quadrado ou retangular
Largas
Rosto no: triangular ou oval
Mais nas
Rosto redondo
Arqueadas
9.4 Passo a passo do design design de de sobrancelhas A partir da relação entre o ormato de rosto e as sugestões de sobrancelha, vamos conhecer como é realizado o design de sobrance sobrancelhas. lhas. Para isso, duas etapas são important importantes. es. A primeira é pro videnciar os materiais materiais necessários para o design design e a segunda é o delineamento. delineamento.
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9.4.1 Materiais necessários para o procedimento »
Algodão: para a limpeza do local.
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Pinça de ponta reta ou quadrada: para retirada do excesso de pelo, Figura 9.15.
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Pinça de ponta fina: para modelar a sobrancelha. m o c . k c o t s r e t t u h S / e y e _ n e e K
Figura 9.15 - Pinça. Existem em vários modelos e cores, mas a sugestão para o design de sobrancelhas é usar uma pi nça de ponta reta (imagem acima) e uma de ponta fina. »
Paquímetro: instrumento ideal para medir as sobrancelhas a fim de mantê-las simétricas, Figura 9.16. m o c . k c o t s r e t t u h S / k c i y d l o Z
Figura 9.16 - Paquímetro. Instrumento que fornece com precisão as medidas das sobrancelhas. »
Pau de laranjeira: auxilia nas marcações dos pontos.
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Lápis de olho: para marcar os pontos.
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Escova de sobrancelha, Figura 9.17.
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Loção adstringente: para a limpeza do local, a fim de retirar a oleosidade da pele.
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Tesoura de ponta curvada: usada para aparar os pelos, Figura 9.18. Julinzy/Shutterstock.com
Figura 9.17 - Escova de sobrancelha para alinhar os pelos. m o c . k c o t s r e t t u h S / e s u a r K l a c s a P
Figura 9.18 - Tesoura. A ponta curvada ajuda a cortar somente a parte do pelo que está para fora do contorno.
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9.4.2 Delineamento da sobrancelha
1) Prenda o cabelo do cliente para que você consiga visualizar todo o rosto. 2) Limpe a região a ser trabalhada com loção adstringente/antisséptica. 3) Defina os pontos principais da sobrancelha, ou seja, o ponto inicial, o intermédio e o terminal, Figura 9.19. Esses pontos podem ser definidos com a ajuda do paquímetro (ajuda a definir a simetria com relação ao comprimento e os pontos de curvatura nas duas sobrancelhas) e do pau de laranjeira e marcado com o lápis de olho, a fim de podermos visualizar os pontos no momento de delinear.
Figura 9.19 - Reerências dos pontos para delinear a sobrancelha. A - asa do nariz e canto interno do olho, esse ponto encontra o início da sobrancelha; B - meio da asa do nariz e lateral externa da pupila, encontra o ponto mais alto da sobrancelha; C - asa do nariz e canto externo do olho, encontra o final da sobrancelha.
ique de olho!
Para facilitar a visualizaç o dos pontos a serem marcados e iniciar o delineamento da sobrancelha, passe um pouco de creme hidratante na parte mais preenchida de pelos a m de que eles quem deitados e não gerem confusão no momento de extração dos pelos em excesso.
4) Retire os pelos em excesso para o delineamento da sobrancelha. 5) Apare os pelos, penteando-os para cima e cortando a parte que sair do contorno da sobrancelha; depois repita esse procedimento, agora penteando os pelos para baixo. ique de olho!
Para os rostos orientais, que costumam ser mais arredondados, sugerem-se sobrancelhas mais arqueadas. Assim, na hora de delinear esse tipo de sobrancelha, que costuma aparentar ser reta, procure deixá-la mais arqueada.
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Esse é um procedimento muito procurado por mulheres e por homens. O público masculino, em sua maioria, vai em busca dessa técnica somente para a retirada dos pelos em excesso, porém existem também aqueles que preerem sobrancelhas mais desenhadas, preerindo os modelos mais grossos. Portanto, independentemente do cliente, homem ou mulher, a técnica não muda. A dierença estará no delineamento das sobrancelhas. 9.4.3 Cuidados com as sobrancelhas
Não devemos considerar o cuidado com as sobrancelhas uma simples retirada de pelos, pois um erro na hora de retirar os pelos dessa região pode causar um dano muito sério. Além de modificarem a aparência, esses pelos demoram a crescer e podem levar meses para voltar ao normal ou, então, não nascerem novamente, dependendo da aixa etária do indivíduo (por ser jovem demais ou estar na terceira idade, em virtude dos hormônios). Existem técnicas que auxiliam a limpeza (depilação) da região das sobrancelhas, a fim de remover os pelos em excesso. Há duas técnicas muito utilizadas. Uma é a depilação com cera quente. Seu uso apresenta vantagens quanto à remoção rápida dos pelos, porém o risco de manchar a região e a possibilidade de deixar a pele flácida tende a ser maior. A outra opção é o uso da depilação com linha. Muitas clientes e profissionais aderiram a essa técnica de depilação acial. Os dois recursos são bons, porém, na hora de desenhar a sobrancelha, nada melhor que a boa e velha pinça para ir modelando com calma a sobrancelha do cliente. Uma técnica muito utilizada na área da beleza, que tem como finalidade corrigir com precisão impereições e alhas da sobrancelha, é a aplicação de hena. Trata-se de uma técnica que pode ser eita por profissionais em estética e tem como vantagem a sua rápida aplicação. Porém, como o produto permite a pigmentação superficial da pele, a sua permanência é de apenas alguns dias.
9.5 Aplicação de hena Técnica conhecida há tempos por outros povos, no Brasil é utilizada para alguns fins de embelezamento, como tatuagens e para marcar ou corrigir algumas alhas nas sobrancelhas. A vantagem dessa técnica é o tempo de duração: para quem ainda tem receio em relação à maquiagem definitiva, uma alternativa é o uso da hena, cuja duração na pele é de no máximo duas semanas. Amplie seus conhecimentos
mais no mercado de maquiagem. Por meio de um aparelho chamado dermógrafo o pigmento consegue ser depositado na pele. Esse procedimento tem como objetivo corrigir falhas na pele e no preenchimento de sobrancelhas, camuar cicatrizes e repigmentar a aréola mamária. Os prossionais da área da beleza, inclusive os esteticistas, podem realizar esse tipo de procedimento, porém há a necessidade de um curso de qualicaç o especíco. Esse procedimento é chamado de maquiagem denitiva erroneamente, pois seu resultado n o é permanente. O efeito da pigmentaç o pode durar por até cinco anos (SCHNEIDER; REIS, s.d.).
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O procedimento para a aplicação da hena leva cerca de 40 minutos. Como esse produto é capaz de pigmentar em pouco tempo, o profissional precisa ter cuidado ao aplicá-lo e azer o contorno correto de orma rápida, a fim de evitar um aspecto borrado na sobrancelha. Para o profissional que tem pouca prática, a dica é usar moldes de sobrancelha específicos para a aplicação da hena. Então, vamos ao procedimento: 9.5.1 Materiais necessários »
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Algodão. Cotonete. Palito de plástico de ponta fina. Kit para aplicação de hena em sobrancelha, com pó de hena, fixador e removedor. Molde de sobrancelha.
9.5.2 Passo a passo »
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Normalmente esse procedimento vem logo após o design das sobrancelhas. Mesmo que já tenha limpado essa região, pode limpá-la novamente com um produto adstringente a fim de preparar para a fixação da hena. Prepare uma mistura com o pó de hena e água. De modo geral, para cada duas medidas de hena são colocadas 10 gotas de água. Mexa bem. Ainda nessa mistura coloque uma gota do fixador e mexa novamente. Aplique o produto por cima do desenho da sobrancelha com o palito de plástico de ponta fina. Ao aplicar, pressione o palito entre os pelos para que a fixação da hena seja melhor. Umedeça o cotonete em água filtrada e contorne a sobrancelha retirando os borrados. O produto pode ser aplicado novamente, caso você perceba que há alguma alha. Caso a água seja insuficiente para retirar o borrado, coloque uma ou duas gostas de removedor no cotonete e contorne o desenho novamente. Ao terminar uma das sobrancelhas, marque o tempo de término, pois será a primeira sobrancelha a ter o produto removido, e comece a azer a outra. Após aplicar o produto nas duas sobrancelhas, aguarde de 15 a 20 minutos. Remova o produto com algodão umedecido em água filtrada. Lembre-se de começar retirando o produto da primeira sobrancelha, pois ela recebeu o produto primeiro. Em um cotonete, coloque algumas gotas de removedor e passe por cima da sobrancelha (principalmente na base dela), a fim de suavizar o aspecto da hena no desenho da sobrancelha.
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9.6 Permanente de cílios Se existe mais alguma técnica para tornar as mulheres mais belas, por que não tentar? Com esse tipo de pensamento é que, ano após ano, surgem diversas técnicas de beleza no mercado, as quais atraem muitos clientes. Uma dessas técnicas é o permanente de cílios, técnica que pode ser eita por profissionais da área da beleza, inclusive por esteticistas, e tem como objetivo acentuar a curvatura dos cílios, proporcionando maior expressividade ao olhar. A indicação para esse procedimento é principalmente para as pessoas que têm os cílios muito retos, como as orientais. A intenção do permanente é apenas curvar os pelos, e não aumentá-los. Como a curvatura dos pelos é acentuada, fica a sensação de que os cílios são maiores. O eeito dura de dois a três meses. 9.6.1 Materiais »
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Cola específica para cílios. Algodão. Cotonetes. Bobe para cílios. Produto específico para os olhos contendo tiogliconato de amônia. Produto neutralizante. Produto hidratante. Removedor. Tinta para a pigmentação dos pelos.
Todos os produtos (cola, produto de permanente, neutralizante, hidrante e removedor) costumam ser vendidos juntos num kit e são desenvolvidos para essa finalidade. Como se trata de produtos usados na região ocular, eles precisam ser específicos para essa área. 9.6.2 Passo a passo »
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Com o adesivo e com o bobe, aça a curvatura dos cílios. Aplique o produto permanente que contenha o ativo de tigliconato de amônia. Deixe agir por cerca de 15 minutos. Retire o produto com a ajuda de um cotonete umedecido em água morna. Aplique o produto neutralizante e deixe por 10 minutos. Em seguida, remova o produto com um cotonete umedecido em água. Aplique o produto hidratante e deixe por 3 minutos. O último passo é remover tudo utilizando o removedor. Com ele retire também o adesivo e o bobe, cuidadosamente.
Logo depois do permanente de cílios, pode ser realizada a tintura dos pelos:
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Prepare a região dos olhos, colocando um pedaço de algodão na pálpebra inerior e deixando por cima dele somente os cílios superiores. Dica: para não manchar as pálpebras e para fixar os algodões de proteção, aplique vaselina nas pálpebras superiores e ineriores (na parte de baixo fixe o algodão já umedecido com vaselina). Aplique a tinta sobre os pelos, tendo os algodões como apoio. Deixe por 8 minutos. Retire o produto com algodão umedecido em água.
As técnicas mostradas neste capítulo mostram aos profissionais e estudantes da área da beleza as opções de procedimentos que podem ser oerecidos aos clientes. Além de serem técnicas de rápida aplicação, tem um custo baixo no que diz respeito aos materiais, propiciando um retorno rápido. O valor médio de cada procedimento está em torno de R$50,00 a R$100,00. Além disso, são todos procedimentos com ótimos resultados.
Vamos recapitular? Neste capítulo você conheceu procedimentos que têm como promover o embelezamento do olhar, cuidando especialmente da região das sobrancelhas e dos cílios. Você viu que, por ser uma erramenta importante da moldura acial, as sobrancelhas, quando bem-eitas, conseguem elevar o olhar e deixar o rosto mais harmonioso. Aprendeu inda que o permanente e a tintura dos cílios proporcionam aos clientes cílios curvados e tingidos e dão uma aparência maquiada logo ao acordar.
Agora é com você! 1) Ao longo da história houve muitas mudanças com relação ao ormato da sobrancelha. Qual é a preerência atual? 2) O que a sobrancelha representa para o rosto? 3) Qual o objetivo da técnica do permanente e da tintura de cílios? 4) Pratique o design de sobrancelha.
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10 Unhas Artísticas
Para começar Assim como o rosto, as mãos e as unhas são consideradas um cartão de visitas. Em um simples gesto, como cumprimentar alguém, podemos perceber os cuidados que a pessoa tem consigo mesma reparando em suas mãos. Além das unções de proteção e de deesa, as unhas ganham ama no mundo da beleza como um adorno a mais para incrementar o visual. O cuidado que as pessoas têm com as unhas vem de épocas passadas. Esse cuidado já oi inclusive um meio de distinção social. Com as tendências da moda, hoje o importante é estar de bem consigo. E isso vale para as unhas também. A maior preocupação hoje em dia em relação às unhas tem a ver com a sua apresentação. Como tudo que está associado ao visual pode ter influências visagistas, não é dierente em relação às unhas. O ormato da unha e a cor a ser usada mantêm relação com o estilo de vida, os gostos e a personalidade. Pensando dessa orma, não temos como deixar de alar desse adorno, que caiu no gosto de todos, inclusive de homens. Então, vamos conhecê-lo com mais detalhes!
10.1 As unhas do passado Alguns atos históricos oram marcantes e podem ser mencionados para exemplificar a preocupação com as unhas em dierentes épocas.
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Na China, entre os anos 3500 e 3000 a.C., além dos destaques na arte, na arquitetura e na pintura, pintar as unhas também tinha valor. Naquela época, as unhas eram vistas como orma de distinção entre classes, determinadas pelo tamanho e as cores utilizadas para pintá-las. As cores douradas e prateadas oram aderidas por volta dos anos 700 a.C. e somente a amília real poderia usá-las. Já por volta do ano 3 a.C. as cores vermelha e preta passaram a ser exclusivas dos imperadores, destacando a sua posição na sociedade. No Egito, verificou-se o uso de hena na maquiagem e também na pigmentação das unhas. As mulheres mergulhavam as pontas das unhas nessa tinta a fim de que elas adquirissem uma coloração enegrecida. Assim como na sociedade chinesa, os egípcios também apresentavam comportamentos para distinguir as classes sociais. Um dos elementos dessa distinção era o cuidado com as unhas. No reinado da amosa Cleópatra, ela determinou que a população estava proibida de usar vermelho nas unhas; apenas ela poderia pintar as unhas com essa cor. As mulheres das classes mais baixas da sociedade poderiam pintar as unhas, porém somente com cores claras. As cores mais vibrantes era exclusividade da amília real. Após muitos séculos algumas dierenças nos cuidados com as unhas oram evidenciadas. Uma das novidades oi o surgimento de um instrumento para remover a cutícula. No princípio esse instrumento somente empurrava a cutícula, deixando as unhas muito mais bonitas. Até hoje este instrumento é utilizado; trata-se do pau de laranjeira (também encontrado como palito de aço inox). Com o passar do tempo, os produtos para as unhas oram sendo apereiçoados; surgiram alicates para remoção das cutículas e esmaltes que trouxeram maior liberdade na escolha das cores. Com o surgimento de cores claras e transparentes, elas passaram a ser consideradas as cores das mulheres de “boa reputação”, “de amília”; já as cores mais ortes ficaram marcadas como as cores das “mulheres da vida”. Mesmo após séculos e séculos de evolução, a discriminação e distinção social ainda estavam relacionadas às cores utilizadas nas unhas. Das últimas décadas até os dias atuais, muitas oram as novidades em esmaltes e técnicas, sendo possível adornar as unhas com figuras e brilhos que as deixam mais atraentes e conquistam as mulheres. Além disso, as cores agora estão relacionadas com o gosto pessoal, e não mais com a posição social. Agora a questão é deixar as unhas apresentáveis e bem cuidadas, como orma de bem -estar e como um acessório de beleza.
10.2 Um estilo todo especial Assim como o modo de se vestir, a maquiagem, o cabelo e o modo de se comunicar, o estilo das unhas também pode refletir as características da personalidade.
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10.2.1 Esportivo
O termo “esportivo” não se reere apenas às mulheres que gostam de esporte ou que praticam algum esporte ou atividade ísica. Ele está relacionado com as que gostam de conorto e praticidade. São pessoas que costumam ser mais discretas e, por isso, usam unhas curtas, geralmente no ormato quadrado, podendo ser levemente arredondadas na lateral, com cores claras e até transparente, Figura 10.1. m o c . k c o t s r e t t u h S / l e N n a e S
Figura 10.1 - Unhas curtas, arredondadas na lateral e com esmalte transparente.
10.2.2 Romântico
Caracteriza mulheres emininas, delicadas, vaidosas, porém não ousadas. Elas preerem esmaltes de cores claras e suaves, no mesmo estilo de suas roupas e maquiagem. Apostam em tons suaves como o rosa e o nude. A rancesinha lhes cai bem. Normalmente gostam de unhas um pouco maiores, mas nada que ultrapasse a ponta do dedo, e num ormato arredondado ou quadrado com as pontas mais arredondadas, Figura 10.2. m o c . k c o t s r e t t u h S / 3 8 a r a m a T
Figura 10.2 - Unhas médias, arredondadas, com aplicação de esmalte cremoso.
Unhas Artísticas
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10.2.3 Tradicional
Estilo semelhante ao esportivo. As mulheres gostam de tudo que não chame a atenção, pois elas ocam na discrição. Assim, dão preerência a unhas curtas, polidas e pintadas com cores neutras ou transparentes, Figura 10.3.
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Figura 10.3 - Unha curta pintada com cor clara.
10.2.4 Elegante
Mulheres elegantes geralmente se preocupam com a aparência. Por isso, cuidam para que as unhas estejam sempre bem-eitas, impecáveis em qualquer ocasião, o que mostra muita sofisticação. As unhas costumam ser quadradas e um pouco compridas. Em relação às cores, elas preerem os tons neutros e as cores básicas. No caso de algumas mulheres um pouco mais ousadas, os tons de vermelho são uma opção, Figura 10.4. m o c . k c o t s r e t t u h S / y l a t i V a u l a V
Figura 10.4 -Unhas de comprimento médio. As cores podem variar, desde os tons neutro até os mais ortes.
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10.2.5 Moderno
Mulheres com esse estilo gostam de ugir do tradicional e mostrar seu jeito ousado com cores ortes na maquiagem, no cabelo e também nas unhas, a fim de contrastar com a pele e com os acessórios. Costumam ter unhas de comprimento médio ou rente ao final do dedo e usam esmaltes cremosos, de cores ortes como roxo, rosa pink, vermelho vivo, tons puxados para o preto e o próprio preto, Figura 10.5.
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Figura 10.5 - Unhas de comprimento médio ou rentes à ponta da alange, pintadas com cores escuras.
10.2.6 Criativo
Caracteriza mulheres mais ousadas, que apostam na criatividade e na mistura de estilos. Além disso, elas brincam com as cores e os ormatos das unhas, que ora estão quadradas ora estão arredondadas, Figura 10.6. Essas mulheres chegam a pintar cada unha de uma cor, a fim de marcar bem seu gosto dierenciado. Elas estão sempre atualizadas em relação à moda. m o c . k c o t s r e t t u h S / a n n A a n i t o b b u S
Figura 10.6 - As mulheres de estilo criativo gostam de usar tanto unhas arredondadas quanto unhas quadradas.
Unhas Artísticas
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10.2.7 Sexy
E, para finalizar, temos o estilo sexy, característica de mulheres que mostram exuberância e sensualidade. Elas apostam em tons ortes, como vermelho cor de sangue e preto, e preerem unhas compridas no ormato redondo ou quadrado, Figura 10.7. m o c . k c o t s r e t t u h S / a n n A a n i t o b b u S
Figura 10.7 - Seja no ormato arredondado ou no quadrado, as mulheres de estilo sexy preerem unhas nos comprimentos médio e longo.
A Tabela 10.1 uma lista de sugestões que relaciona a cor do esmalte com a cor da pele: Tabela 10.1 - Relação entre cor da pele e do esmalte Cor da pele
Cor do esmalte
Branca
Tons de vinho, marrons e vermelho vivo
Escura
Tons pastéis: bege, cobre, bronze, dourado, branco
Amarela
Marrons, pêssego, areia, branco, vermelho escuro
A escolha da cor do esmalte e do comprimento das unhas deve ter como base o gosto pessoal, e é isso que precisa ser levado em consideração. É importante que os profissionais entendam que a unha e o tratamento que ela recebe também azem parte do estilo e da personalidade dos clientes, e por isso devemos respeitar as escolhas.
10.3 Acessório de beleza A cada dia surge uma novidade lançada pelas indústrias de cosméticos, principalmente quando se ala em esmaltes. Além das variedades de cores e texturas (esmaltes naturais, cintilantes, cremosos e metálicos), surgiram novidades como esmaltes com glitter e o esmalte osco. A aplicação de adesivos, carimbos e até pedras preciosas também são uma opção para embelezar as unhas. Além disso, existem as unhas decoradas com desenhos e personalizadas com dierentes texturas, trabalhadas cuidadosamente pelo profissional. A criatividade é infinita para o profissional especializado nesse tipo de decoração.
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Imagem Pessoal e Visagismo
Sabendo que a imagem pessoal e a personalidade de uma pessoa podem ser retratadas pelo estilo de suas unhas, o consultor de imagem não precisa ser um design de unhas, ou seja, um especialista em decoração artística de unha, mas precisa conhecer alguns desses estilos para que possa, com base na avaliação da personalidade dos clientes, sugerir algumas opções. Então vamos aos estilos: 10.3.1 Francesinha
Não se sabe ao certo a origem do nome “rancesinha” nem quando ele surgiu, mas há especulações de que tenha sido por volta do século XVIII, época em que os hábitos de higiene eram escassos e, para esconder as sujeiras embaixo das unhas, a parte de baixo delas era pintada na cor branca. Aqui no Brasil, a rancesinha surgiu por volta de 1990, como uma técnica a mais de embelezamento, Figura 10.8. A rancesinha original tinha somente o esmalte branco nas pontas e um esmalte transparente de cor mais clara por cima, mas agora há uma variedade de combinações, como duas cores ortes, ou uma cor orte e outra clara dierente da branca, e até uma cor dierente para a ponta de cada. Enfim, as combinações são imensas. Quando cores dierentes da branca são usadas, a pintura é chamada por alguns de “inglesinha”, mas a dierença entre elas está somente nas cores. m o c . k c o t s r e t t u h S / a v o s t n a v I a i l u J
Figura 10.8 - Francesinha tradicional.
Parecida com a rancesinha, existe a espanhola. Usando as mesmas cores tradicionais da rancesinha, a dierença da espanhola está na disposição das cores: a cor branca deixa de aparecer na ponta da unha e passa para a diagonal. Hoje a combinação de cores também é bem diversificada na espanhola, podendo até acompanhar desenhos decorativos no contorno entre as cores. 10.3.2 Meia-lua
É também chamada de rancesinha ao contrário, pois a cor dierente não fica nas pontas, mas na área inerior da unha, Figura 10.9.
Unhas Artísticas
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m o c . k c o t s r e t t u h S / a v o k b o r o K a y d a N
Figura 10.9 - Unha meia-lua.
Assim como na rancesinha, as cores tradicionais vão sendo substituídas por outras combinações, chamativas ou discretas, o importante é a criatividade. 10.3.3 Unhas decorativas
Tiveram início, no Brasil, durante a Copa de 2002. As mulheres começaram a pintar a bandeira nacional nas unhas. A partir daí, a criatividade só aumentou. Passaram a elaborar diversos desenhos, como rutas, animais, flores, ormas geométricas, e surgiram também colagens diversas, como estrelas, pedrinhas, flores, glitter etc, Figura 10.10. m o c . k c o t s r e t t u h S / 0 2 o g i r a M
Figura 10.10 - Unhas com glitter .
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Imagem Pessoal e Visagismo
10.3.4 Unhas postiças
Mulheres que apresentam unhas racas ou que costumam roer as unhas começaram a aderir a essa técnica. Hoje existem vários tipos de unhas postiças: em gel, acrigel, porcelana, silicone, acrílico, entre outras. Existem unhas postiças que já vêm decoradas e outras que servem apenas para alongar a unha, necessitando de todo o procedimento de pintura após a colocação das unhas. Uma das vantagens da colocação de unhas postiças é o intervalo de tempo entre uma sessão e outra. Em alguns casos, a manutenção ocorre após duas ou três semanas, com duração total de 40 dias aproximadamente. m o c . k c o t s r e t t u h S / r d n a z e r e B
Figura 10.11 - Unhas postiças decoradas.
A visão de unha como um adorno e um acessório de beleza desperta a criação de diversos produtos para o seu embelezamento. A infinidade de estilos, cores de esmaltes e técnicas de pintura está acilmente disponível para que todos consigam encontrar o estilo que melhor realce a sua personalidade.
10.4 Formato das mãos O ormato da unha pode ser sugerido a partir de algumas características das mãos, como indica a Tabela 10.2:
Unhas Artísticas
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Tabela 10.2 - Sugestão para o ormato de unha de acordo com o ormato da mão Formato da mão
Formato da unha
Pequena e gordinha
Unha reta e arredondada nos cantos
Magra e alongada
Unha quadrada
Pequena e delicada
Unha arredondada
10.4.1 O cuidado com as mãos e as unhas 10.4.1.1 Mãos
Desprotegidas e expostas, as mãos precisam de cuidado tanto quanto as unhas. A boa apresentação não está só nas unhas bem-eitas, pintadas e decoradas. As mãos precisam estar bem cuidadas e mostrar boas condições de hidratação da pele. Por ser uma região muito exposta ao sol e a produtos químicos diariamente, o uso de produtos hidratantes e de protetor solar é indispensável. Tenha sempre na bolsa produtos específicos para as mãos. Hoje em dia alguns desses produtos apresentam ator de proteção solar. Os esteticistas podem sugerir uma sessão para hidratar essa região. Trata-se de um procedimento rápido e ácil: »
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Faça uma higienização com gel de limpeza, limpando bem as mãos com movimentos circulares na palma e no dorso e deslizamentos ao longo dos dedos. Umedeça as mãos com água para a retirada do produto e seque-as. Com um pouco de produto esoliante aça movimentos circulares e de ricção, retirando as células mortas e afinando a pele. Retire os grânulos do esoliante com uma gaze seca e enxágue as mãos. Aplique creme hidratante e massageie as mãos com movimentos circulares e com pressão na palma; puxe os dedos de orma que deslizem com o produto, alongando-os. Sem retirar o creme, aplique por cima uma máscara hidratante em toda a mão e oclua com um filme plástico. Deixe por 20 minutos. Retire o plástico e remova o produto com a ajuda de algodão umedecido em água.
Esse tratamento proporciona mãos sedosas e macias e pode ser realizado uma vez por semana. 10.4.1.2 Unhas
Para mantermos a beleza das unhas, algumas mudanças nos hábitos alimentares e comportamentais podem ser adotadas. Seguem algumas dessas orientações: ique de olho!
Usar óleo de cravo, encontrado em farmácias de manipulaç o, é ótimo para retirar as manchas brancas das unhas. Deixe o esmalte de lado e use somente o óleo por alguns dias até os pontinhos brancos desaparecerem.
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Adote uma alimentação rica em nutrientes para o ortalecimento das unhas. Deixe as unhas sempre limpas e cortadas, evitando uma impressão de desleixo. Não retire demasiadamente as cutículas, pois elas são uma barreira contra inecções. Independentemente do ormato de unha mais adequado à sua mão, deixe-a ligeiramente arredondada nas laterais para evitar que encrave. Não roa as unhas, pois isso avorece as inecções e o crescimento irregular. Evite lixar a parte de cima das unhas. A cada troca de esmalte, deixe as unhas por pelo menos uma hora sem aplicação. Tenha o hábito de aplicar cremes nutritivos para evitar que as unhas descamem.
Amplie seus conhecimentos
O crescimento médio das unhas dos dedos das mãos é de cerca de 0,5 a 1 mm por semana. A sua constituição saudável é observada pela coloraç o rosada, que indica suprimento de sangue e oxigenaç o, e pela sua translucidez (PUJOL, 2011).
Fique de olho!
A unha, cuja função é proteger a ponta dos dedos, tem em sua composição apenas 14% de água e, por isso, merece atenção redobrada. Se as unhas estiverem quebradiças, opacas, manchadas ou descoladas, isso pode ser um indício de doenças como diabetes, micoses e problemas na tireoide.
10.4.2 Nutrientes para mãos e unhas perfeitas
Uma boa alimentação é o melhor conselho para a prevenção e o cuidado com a saúde, inclusive para as mãos e as unhas. As mãos precisam de uma boa hidratação, do consumo de fibras e de vitaminas, como as vitaminas A, E e K, que são antioxidantes e previnem o envelhecimento precoce, e a vitamina C, que estimula as células (fibroblastos) que produzem as proteínas, e de alimentos ricos em proteínas, a fim de dar mais firmeza à pele e prevenir contra o envelhecimento. O aparecimento de algumas alterações nas unhas pode significar alta de certos componentes no organismo. A Tabela 10.3 mostra alguns desses elementos e as alterações nas unhas: Tabela 10.3 - Relação entre a ausência ou déficit de determinado componente no organismo e sua respectiva alteração na unha Deciência
Alteração nas unhas
Unhas Artísticas
Manchas brancas
Selênio e zinco
Pregas transversais
Proteína
Quebradiças e frágeis
Cálcio, ferro e zinco
Estrias
Vitamina A
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Vamos recapitular? Neste capítulo você viu que o cuidado com as unhas vem de tempos remotos e que, por vaidade ou por distinção social, a unha era um dos adornos a ser visto. Aprendeu que, atualmente, as unhas são mostradas como um acessório de beleza, independentemente de posição social, e que o que irá determinar o estilo ou a cor da unha será o gosto pessoal. E é por isso que os cuidados com as unhas são de grande interesse no ramo de beleza, inclusive para a estética. Temos profissionais especializados em decoração artística de unhas, mas o importante para o esteticista visagista e os consultores de beleza é poder relacionar esse tipo de estética com o estilo de vida, os hábitos e a personalidade do indivíduo.
gora é com você 1) Em relação aos traços da mão, aça uma análise das mãos dos seus colegas e diga qual seria a sugestão para o ormato de unha deles. A atividade será desenvolvida com base nos dados da Tabela 10.2. Formato da mão
Formato da unha
Pequena e gordinha
Unha reta e arredondada nos cantos
Magra e alongada
Unha quadrada
Pequena e delicada
Unha arredondada
2) Analisando o estilo de vida de uma pessoa, podemos ter uma ideia das preerências dela com relação ao ormato de unha e às cores de esmalte. Faça uma pesquisa com os seus colegas de grupo e veja se essa relação coincide. 3) O cuidado das mãos é tão importante quanto o das unhas, para que a beleza seja harmônica entre elas. Assim, quais as preocupações no cuidado das mãos? 4) Qual a relação do consumo de proteínas com o ortalecimento das unhas? 5) Por volta dos anos 700 a.C. oi determinado que somente a amília real poderia azer uso das cores dourada e prateada nas unhas. A amília real mencionada pertence a que civilização? a) b) c) d) e)
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Grécia Egito China Roma n.d.a.
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11 Apresentação Pessoal e Etiqueta Profssional
Para começar Foi-se a época em que as pessoas vestiam-se inormalmente para ir ao trabalho, com a maior naturalidade. As boas maneiras devem ser colocadas em prática todos os dias, independentemente do local em que se esteja, mantendo assim um relacionamento mais respeitoso com as pessoas ao redor, seja no âmbito amiliar, no profissional ou em um grupo de amigos. Não somente a postura, mas a aparência podem dizer muito sobre uma pessoa, tanto aspectos positivos, como elegância e autoridade; quanto negativos, como desleixo, desinteresse, desatenção. Portanto, a postura e a apresentação pessoal trabalham juntas com o objetivo de transmitir a imagem pessoal para os outros. Dependendo de como isso or eito, o resultado poderá ser uma imagem ideal e avorável ao estilo e à personalidade do indivíduo, como também pode resultar numa imagem que desavorece a pessoa. A fim de evitar situações desagradáveis, este capítulo apresenta orientações, sugestões e dicas de etiqueta e de apresentação pessoal, no intuito de possibilitar, com sucesso, um relacionamento adequado com as pessoas ao redor.
11.1 Boas maneiras, sempre! Dierentemente de estar em um ambiente particular, como a nossa casa, estar no local de trabalho ou em eventos, rodeado de amigos e de pessoas não tão próximas, requer uma postura dierenciada, pois tanto a aparência quanto a postura dizem muitas coisas sobre uma pessoa.
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Algumas condutas devem ser adotadas a fim de que a sua companhia seja considerada agradá vel , principalmente quando alamos do seu contato com o cliente. »
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Tenha pensamento positivo sempre, o negativismo aasta as pessoas. Saiba quando usar expressões como “desculpe”, “com licença” e “obrigado”. Esses são gestos simples, mas que azem toda a dierença, pois mostram humildade e educação. Vista-se de acordo com o ambiente. Em seu ambiente de trabalho, caso não tenha uniorme específico, utilize roupas claras (de preerência o branco) ou jaleco e sapatos echados. Não critique alguém em público. Seja pontual em seus compromissos. Imagine como a outra pessoa se sente em ter que esperar por você. No que diz respeito aos seus atendimentos, organize-se nos horários entre um cliente e outro para que não ocorram atrasos. Memorize os nomes e pronuncie-os de orma correta.
11.1.1 A apresentação
Ao ser contratado em uma clínica, lembre-se de cumprimentar o seu chee com um aperto de mão firme quando or conhecê-lo, a fim de transmitir segurança, credibilidade e confiabilidade. Mas não deixe esse aperto de mão passar de três segundos, para não virar algo assustador. O contato visual também é muito importante, pois demonstra atenção no que está sendo dito, por isso não desvie o olhar. Sorria apenas quando esse sorriso or verdadeiro e espontâneo, caso contrário ele poderá soar also. Caso você tenha que apresentar alguém, inicie a apresentação com algum assunto que possa levar a um diálogo entre as pessoas apresentadas. Se você estiver no âmbito profissional, pode utilizar um assunto relacionado à área. 11.1.2 Dos hábitos à elegância
Alguns hábitos podem azer de você uma pessoa elegante: »
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Não se dirija às pessoas em voz alta. Uma orma elegante de alar com as pessoas é modulando a voz até atingir um tom não muito alto, mas claro o suficiente para que você possa ser compreendido. Na hora de se sentar, é importante manter as pernas juntas, podendo também cruzá-las. Isso vale para homens e mulheres. Em pé, policie-se para manter as costas eretas, mantendo o corpo em equilíbrio nas duas pernas. Durante um atendimento, dê total atenção a seu cliente. Não o abandone para atender outras pessoas. Esse tempo é exclusivo para o cliente. Cuidado com os assuntos abordados com os clientes. Na maior parte do tempo, prefira deixá-lo descansando e converse somente o necessário.
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11.2 Meu próprio estilo Para você criar o seu estilo é preciso se conhecer, encontrar os seus gostos e saber com o que a sua imagem se mostra mais conortável, mais autêntica, e qual estilo reflete a sua personalidade. O seu estilo não é único, mesmo porque você não requenta um único lugar no dia a dia. Cada ambiente pede um estilo dierente, em casa, no serviço, num encontro de amigos, e em cada situação você realça mais uma característica do que outra. Você pode ter diversas qualidades, porém não precisa nem deve exaltar todas elas em qualquer situação. A sua personalidade não quer dizer que você tenha somente um único estilo. Podemos ter o mesmo gosto com relação ao traje esportivo, mas, por termos personalidades dierentes, os nossos trajes refletirão dierentes características, por meio da cor (mais chamativa ou mais neutra) ou do modelo (mais agarrado ou mais largo, curto ou comprido). Sendo assim, mesmo que os trajes pertençam a um único grupo, podemos elaborar diversas combinações para dierentes estilos e gostos, de acordo com cada personalidade. Com essa consciência o esteticista consegue avaliar o cliente e prosseguir com os procedimentos de embelezamento, como na maquiagem e no design de sobrancelhas. Esse é o momento de tirar possíveis dúvidas dos clientes. Na maquiagem, por exemplo, o profissional conhecedor da técnica e do visagismo consegue passar algumas dicas que a cliente poderá utilizar no dia a dia a fim de realçar sua beleza. Para conseguir identificar o estilo de alguém, é preciso analisar: »
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A personalidade, ou seja, identificar como a pessoa se projeta diante dos outros. O tipo de vida, as atividades, a profissão. As cores ideais relacionadas à preerência da pessoa e às características dela. As proporções do corpo e do rosto a fim de destacar as partes que a avorecem. O estilo de roupa que deixa essa pessoa mais conortável. A vestimenta de serviço.
Além da avaliação do porte e dos traços do corpo e do rosto do cliente, é preciso conhecer o estilo dele a fim de nortear as orientações que você poderá dar. Os estilos e as cores das roupas e dos acessórios podem influenciar a harmonia de todo o conjunto: rosto, corpo e cabelo. Podemos identificar sete dierentes estilos, para homens e mulheres: 11.2.1 Esportivo ou natural
Trata-se de um visual menos ormal. A palavra-chave para esse estilo é praticidade, tanto em relação ao uso quanto em relação aos cuidados com a roupa. Porém não é um estilo que possa ser utilizado em todos os momentos, caso de um trabalho que exija trajes mais ormais, por exemplo.
Apresentação Pessoal e Etiqueta Profssional
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Quando esse estilo tende a ser natural não costuma haver preocupação com a vaidade; a preocupação está na praticidade e no conorto, como mostram a Tabela 11.1 e a Figura 11.1. Tabela 11.1 - Caracterização do estilo esportivo ou natural Personalidade
Espontâneo, alegre, comunicativo, amigável, despreocupado
Prossões
Preferências
Prossões mais despojadas, que peçam Roupas confortáveis, leves, conforto como fotógrafo funcionais e duradouras e professor
Roupas e acessórios
Cores
Mulher Jeans, polo, regata, baby look, sapato baixo, bolsa grande e prática, acessórios de cor natural Homem Camiseta, polo, calça jeans e sapatênis
m o c . k c o t s r e t t u h S / n a h r u K
Cores vivas, neutras e tons terrosos. Podem misturar de três a quatro cores em um mesmo visual
m o c . k c o t s r e t t u h S / n a h r u K
Figura 11.1 - Caracterização do estilo esportivo ou natural.
11.2.2 Elegante
A pessoa elegante tem aparência impecável e sem exageros. Apresenta uma imagem refinada, que pode chegar a ser até intimidadora. Preza pela qualidade das roupas e procura por peças bonitas e duráveis, como mostram a Tabela 11.2 e a Figura 11.2. Esse estilo pode ser utilizado em um grande número de ocasiões.
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Imagem Pessoal e Visagismo
Tabela 11.2 - Caracterização - Caracterização do estilo elegante Personalidade
Prossões
Preferências
Roupas e acessórios
Cores
Mulher
Seguro de suas Cargos executivos e opiniões, exigente, sosticado, respeitado outros de comando
Roupas com poucos detalhes, mas que impressionem pela qualidade e pelo caimento perfeito no corpo
Vestido tubinho social, scarpin, joias verdadeiras e bijuterias nas Tom sobre tom, cores neutras e discretas, Homem tons claros ou escuros Camisa sem gravata com mangas dobradas, paletó opcional, sapato penny loafer
m o c . k c o t s r e t t u h S / a i l u o I a y a k s v o k p a L
m o c . k c o t s r e t t u h S / t r A n o i s i v r e n n I
Figura 11.2 - Caracterização - Caracterização do estilo elegante.
11.2.3 Tradicional
Com ar ormal, conservador e sério, é um traje que impõe respeito. Pessoas com esse estilo não costumam acompanhar a moda nem ter atitudes ousadas, como usar decotes ou transparências, Tabela 11.3 e Figura 11.3. O estilo masculino costuma ser composto de paletó, camisa e gravata, impondo respeito e seriedade. Tabela 11.3 - Caracterização - Caracterização do estilo tradicional Personalidade
Prossões
Preferências
Roupas e acessórios Mulher
Prossões que aparentem Conservador, conabilidade e conabilidade eciente, responsável seriedade, como educador e sensato e empresário
Apresentação Pessoal e Etiqueta Profssional
Roupas que não modelem o corpo, modelos tradicionais e lisos, sem muitos detalhes
Terninho, scarpins, bijuterias discretas Homem
Paletó, camisa, gravata e sapato derby
Cores
Não costumam misturar muitas cores, no máximo três, voltando sempre para os tons neutros, opacos e claros
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m o c . k c o t s r e t t u h S / o i d u t s t n i o p G
m o c . k c o t s r e t t u h S / g n u K _ n a P
Figura 11.3 - Caracterização - Caracterização do estilo tradicional.
11.2.4 Romântico
Trata-se de um estilo delicado com uma imagem que avorece a interação pessoal. Pessoas com esse estilo costumam ser gentis, de emoção rágil, com atividades ligadas ao cuidado com o próximo, como mostram a Tabela 11.4 e a Figura 11.4. Tabela 11.4 - Caracterização - Caracterização do estilo romântico Personalidade
Prossões
Preferências
Roupas e acessórios
Cores
Mulher
Terapeuta, Delicado, gentil, romântico e sensível professor de criança.
Roupas soltas, ombros suaves e naturais
Vestidos e saias leves, rendas, crochê, estampas orais, sapatos arredondados e baixos, bijuterias delicadas de modelos antigos, pérolas, camafeu Homem
Nada clássico, seu visual apresenta linhas soltas, relaxadas e leves, calça de cós médio, sapatos de camurça m o c . k c o t s r e t t u h S / t h g i R c M e n n a e J
Cores leves, neutras, sem contraste, em tons pastéis
m o c . k c o t s r e t t u h S / e v a V w e N
Figura 11.4 - Caracterização - Caracterização do estilo romântico. romântico.
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Imagem Pessoal e Visagismo
11.2.5 Sexy
Sensualidade e exaltação ao corpo são as características do estilo sexy. As pessoas com esse estilo chamam a atenção pelo corpo esbelto, pelo carisma e pela exuberância, como mostram a Tabela 11.5 e a Figura 11.5. Tabela 11.5 - Caracterização - Caracterização do estilo sexy Personalidade
Prossões
Preferências
Roupas e acessórios
Cores
Mulher
Conante, sensual, carismático, desinibido
Modelo, ator
Estão sempre de olho na moda
Roupas que evidenciam as curvas, decote, brilho, transparência, estampas de bicho, sapatos com salto alto, Cores escuras e fortes, brincos grandes com strass, pulseiras principalmente o Homem preto e o vermelho Terno, blazer, camiseta simples, jaqueta de couro, sapato oxford, mocassim
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Figura 11.5 - Caracterização - Caracterização do estilo sexy.
11.2.6 Criativo
A arte e o dierencial azem parte desse estilo. As pessoas de estilo criativo não se importam com a moda, nem com o que os outros podem pensar sobre seu estilo; elas somente pensam em explorar as possibilidades e exaltar criatividade, Tabela Tabela 11.6 e Figura 11.6. Tabela 11.6 - Caracterização - Caracterização do estilo criativo Personalidade
Criativo, original, autoconante, exótico
Prossões
Preferências
Roupas e acessórios Mulher e homem
Estilista, artista plástico
Gostam de roupas antigas ou customizadas
Apresentação Pessoal e Etiqueta Profssional
Roupas rústicas e antigas, modelos diferenciados, camisetas estampadas, camisas, jeans rasgado, colete, botas
Cores
Terrosas, combinação com uma ou mais cores
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m o c . k c o t s r e t t u h S / u r d n a x e l A c a i c s u t a M
Figura 11.6 - Caracterização do estilo criativo.
11.2.7 Moderno
Esse estilo tem de tudo um pouco. Ousadia, elegância, sofisticação e luxo, além de chamar a atenção pela modernidade. Tanto o homem quanto a mulher com esse estilo têm um perfil conservador e transmitem segurança e orça, intimidando quem olha, como mostram a Tabela 11.7 e a Figura 11.7. Tabela 11.7 - Caracterização do estilo moderno Personalidade
Prossões
Preferências
Roupas e acessórios
Cores
Mulher
Sosticado, atraente, seguro de si
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Consultores de etiqueta
Saias, blusas estampadas, sapato de Estampas chamativas, bico quadrado, acessórios e bolsas golas exageradas, couro, grandes detalhes exuberantes Homem Camisa ft, calça social, sapato social oxford, derby, mocassim
Cores fortes e contrastantes: preto-branco, pretovermelho Brilho
Imagem Pessoal e Visagismo
m o c . k c o t s r e t t u h S / u r d n a x e l A c a i c s u t a M
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Figura 11.7 - Caracterização do estilo moderno.
11.3 As formas do corpo Um dos motivos para uma roupa ficar bem em uma pessoa e não cair bem em outra é a existência de dierentes ormatos de corpo. Há casos de pessoas que se sentem ineriorizadas, com a autoestima baixa, por não aceitarem o próprio corpo. Muitas, principalmente mulheres, procuram tratamentos no intuito de diminuir medidas, mas o ato é que existem pessoas com estruturas ósseas maiores, mais grossas ou largas, que dão a impressão de que se está acima do peso, sem que isso seja verdade. Pensando em casos como esse, roupas e acessórios podem ajudar as pessoas a se sentirem melhor com o próprio corpo, ao disarçar algumas partes incômodas. Assim, é com a ajuda de roupas e acessórios que você consegue disarçar as partes que você não quer expor e outras que merecem um pouco mais de atenção, Tabela 11.8. Fique de olho!
Independentemente de qual seja o seu tipo físico: tecidos moles, largos e escuros “emagrecem”, e os tecidos fofos, peludos, brilhantes e de cores quentes deixam o aspecto mais volumoso.
Apresentação Pessoal e Etiqueta Profssional
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Tabela 11.8 - Orientações do que usar ou não usar em determinado ormato de corpo Formato do corpo
Silhueta
Objetivo
Diminuir a coxa Caso a altura seja mediana e sem peso em excesso, poderá optar por quase todos os estilos de roupas que lhe caiam bem.
Ampulheta
Cintura bem denida, proporção entre quadril e ombros, destaque para as coxas volumosas.
Triângulo invertido
Volumosa em cima, na região dos ombros, Equilibrar as proporções e estreita no quadril, entre o quadril e o ombro. com pernas nas.
Invista
Evite
Calça de corte reto, vestido justo, levemente acinturado, blusas acinturadas que valorizarem essa região, roupas com linhas verticais.
Malhas de tricô, linhas horizontais, ombreiras, casacos de corte quadrado.
Saia rodada ou reta, calça de boca alta, camisa decotada, cores escuras na parte superior.
Volume na parte superior, ombreiras, mangas volumosas, saia ou calça justa.
Golas volumosas, manga de ombro caído, acessórios chamativos na Destacar a região superior e região do colo, cores escuras na minimizar a parte inferior. parte inferior e claras na parte superior, cintos na altura da cintura.
Calças com pregas, vestido ou blusa de alça na, cintos largos e jogados na altura do quadril, cores escuras dispostas na parte de cima e cores claras na parte de baixo.
Triângulo
Parte inferior mais acentuada que a superior, quadril e coxas volumosos.
Retângulo
Curvas não denidas na região da cintura, largura semelhante do Criar cintura. ombro e do quadril, braços e pernas nas.
Roupas com cortes retos, curtas ou compridas: Blusas e camisetas acinturadas, camisas e vestido de cintura baixa, calça com camisetas, vestidos; jaquetas curtas, pregas, blusas com decote, cintos blusas de material grosso e na diagonal. com aspecto pesado, como o tricô, cintos de cor clara.
Forma arredondada, região do abdome proeminente, desvalorizando as demais regiões.
Listras verticais ou na diagonal, calças de corte reto, decotes para chamar a atenção da região superior do corpo (rosto e ombros), blusas e vestidos de alças largas, mangas ¾ mais largas. O ideal é não exagerar no tamanho da roupa, usar apenas o número certo.
Oval
Criar uma aparência de corpo alongado.
Calça de cintura baixa, com prega, roupas acima do número ou curtas, listras horizontais, saias rodadas ou justas, pregas e babados, cintos que marquem a cintura
Tendo noções sobre vestimentas e acessórios que podem realçar a beleza do cliente, o profissional de estética conseguirá trabalhar com mais tranquilidade em seus procedimentos. Quando os clientes confiam no profissional, passam a perguntar sobre assuntos de beleza, inclusive pedindo inormações sobre o estilo de roupa e e as cores que poderiam combinar com determinada maquiagem e o cabelo, para um determinado evento. Por isso é importante ter noções de estilos, vestimentas e acessórios que melhor combinem com um ormato de corpo.
11.4 O signifcado das cores A cor que utilizamos na roupa, no cabelo ou na maquiagem transmite inormações a respeito da nossa imagem. Usar saia reta na cor preta pode transmitir uma aparência elegante e, ao mesmo tempo, ajuda a diminuir o volume do quadril. A cor também pode representar o que estamos sentindo: uma blusa amarela, por exemplo, transmite uma energia quente e dá a impressão de a pessoa ser alegre e extrovertida.
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Imagem Pessoal e Visagismo
Assim, quando você quiser expressar algum sentimento ou determinada personalidade em algum momento especial, use o recurso das cores. Conheça as cores e o que elas representam: 11.4.1 Vermelha »
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Cor da paixão. Personalidade: corajosa, dramática, sexy, extrovertida, agressiva. Momento ideal: encontro romântico ou eventos para chamar a atenção.
11.4.2 Azul »
»
»
Cor de respeito e serenidade. Personalidade: comunicativa, sincera, calma, paciente, pensativa. Momento ideal: atividades criativas.
11.4.3 Amarela »
»
»
»
Cor quente, estimulante. Representa iluminação, dinheiro. Personalidade: extrovertida, alegre, receptiva. Momento ideal: ocasiões em que precisa chamar a atenção de pessoas, como venda de produtos.
11.4.4 Laranja »
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Cor orte, energética. Personalidade: espontânea, audaciosa, calorosa. Momento ideal: por transmitir calor e sensação amigável, usar em momentos descontraídos, como estas.
11.4.5 Violeta »
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Cor mística, inspira nostalgia. Personalidade: sonhadora, apaixonada, inteligente. Momento ideal: passeios culturais.
11.4.6 Verde »
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Cor relaxante, representa paz e ajuda a rejuvenescer. Personalidade: receptiva, amiga, tranquila, simpática, prestativa, doce. Momento ideal: datas românticas.
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11.4.7 Preta »
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Cor que transmite poder, mistério. Personalidade: firme, orte, autoritária, elegante. Momento ideal: reuniões de negócio e também um primeiro encontro, pois transmite ar de mistério e erotismo.
11.4.8 Branca »
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Cor da pureza, esperança, limpeza. Personalidade: inocente, fiel, pura, expressiva. Momento ideal: por refletir sensação de renovação e indicar abertura a mudanças, pode ser usado em qualquer situação, como passeios ao ar livre (parque, praia).
11.4.9 Cinza »
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Cor da sabedoria, eficiência e refinamento. Personalidade: calma, conservadora, modesta, poderosa. Momento ideal: reuniões de negócios.
11.4.10 Marrom »
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Cor da humildade, não transmite muita emoção. Personalidade: resistente a mudanças, estável, educada.
11.4.11 Rosa »
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Cor do aconchego, transmite calma amor e vitalidade. Personalidade: romântica, aetuosa, sensível, delicada, doce. Momento ideal: data romântica.
ique de olho!
A moda inuencia muito a escolha dos nossos trajes em todas as estaç es, seja pelo modelo ou pelas tendências das cores. Caso você perceba que a cor que está na moda n o combina com você, o truque é usar essa cor da cintura para baixo, seja no cinto ou na bolsa. Assim, você vai car na moda sem prejudicar o visual.
11.5 Combinações de cores A cor é considerada um dos principais elementos da imagem. A fim de conseguir os belíssimos eeitos da maquiagem, incluindo os eeitos de contraste e de correção, é preciso, em um olhar visagista, entender as combinações que vão promover a harmonia na pele do cliente.
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Imagem Pessoal e Visagismo
Amplie seus conhecimentos
Percebemos a cor de um objeto quando a luz incide nele, que é iluminado, possibilitando a nossa visualizaç o. Isso porque as ondas que correspondem às cores do objeto s o reetidas, chegando aos nossos olhos, e as demais ondas da luz s o absorvidas quimicamente pelo objeto (HALLAWELL, 2010).
Seguem algumas sugestões de combinações de cores. 11.5.1 Combinação de alto contraste
Pessoas mais ousadas preerem esse tipo de combinação, por ser um jogo entre duas cores dierentes, dando um eeito de contraste. Para saber quais cores podem ser combinadas com um eeito contrastante, basta olhar para o círculo da Figura 11.8 a seguir e escolher uma cor de sua preerência. Depois, siga em linha reta em direção à cor oposta à que você escolheu, por exemplo: amarelo e violeta, verde e vermelho. Essas cores oram combinações contrastantes que você pode usar no seu visual sem medo de errar.
Figura 11.8 - Combinações de cores de alto contraste.
11.5.2 Combinação de baixo contraste
As pessoas que optam por esse tipo de combinação tendem a ousar, porém criando um eeito harmonioso entre as cores, sem contraste. Para saber quais são essas combinações, divida o círculo ao meio. As cores rias (verde, azul e violeta) ficam de um lado, e as cores quentes (amarelo, laranja e vermelho) do outro. Escolha uma cor e combine-a com a cor que estiver ao lado, dentro do mesmo grupo (quente ou rio), Figura 11.9. Combinações de verde com azul e azul com violeta são consideradas de baixo contraste.
Apresentação Pessoal e Etiqueta Profssional
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Figura 11.9 - Combinações de cores de baixo contraste.
11.5.3 Combinação triangular
Esse é um tipo de combinação ideal para as pessoas ousadas, que gostam de brincar com as cores. As pontas do triângulo possibilitam encontrar as três cores do círculo que podem ser combinadas em seu visual, Figura 11.10. Combinações com azul, amarelo e vermelho ou verde, laranja e violeta são combinações triangulares.
Figura 11.10 - Combinações de cores em tríade.
11.5.4 Combinações monocromáticas
Ao contrário do que ocorre na combinação triangular, as pessoas que optam por esse tipo de combinação preerem não se arriscar no uso das cores, optando pelo tom sobre tom. Se a cor escolhida para a roupa or a azul, a tendência é que os acessórios sejam da mesma cor, em tons mais escuros ou mais claros.
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Figura 11.11 - Círculo das cores de tom sobre tom.
Conhecendo as combinações de cores, e sabendo o estilo e a preerência de cor do cliente, fica mais ácil atuar em alguns procedimentos, principalmente na maquiagem, pois você terá uma visão melhor das possibilidades de combinações das cores, Figura 11.11.
Vamos recapitular? O capítulo abordou a etiqueta profissional, de modo que possa ser utilizada não somente no ambiente de trabalho, mas também em outras ocasiões, ormais ou inormais. As boas maneiras precisam ser inseridas em nosso cotidiano, a fim de demonstrar não apenas a elegância, mas também a educação e o respeito por si e pelo próximo. Você viu que, aliadas à postura, a vestimenta e as cores também podem transmitir algum tipo de inormação em relação à sua imagem. Assim, no desenrolar deste capítulo, oram descritos os diversos estilos de imagem que existem com base nos tipos de roupa e nas cores, transmitindo, assim, uma personalidade.
Apresentação Pessoal e Etiqueta Profssional
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Agora é com você! 1) Diante do que oi abordado neste capítulo, explique o que você entende por etiqueta profissional. 2) As dicas e orientações de etiqueta podem ser aplicadas ora do âmbito profissional ou são necessárias apenas nesse ambiente? Explique. 3) Uma roupa na cor laranja e um batom na cor vermelha exemplificam que tipo de combinação: a) b) c) d) e)
Combinação de alto contraste. Combinação tríade. Combinação monocromática. Combinação de baixo contraste. n.d.a.
4) Que sugestões de vestimenta podem ser passadas para uma pessoa que apresenta o corpo num ormato de triângulo invertido? 5) Em qual dos estilos apresentados neste capítulo o profissional esteticista poderia se enquadrar?
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12 Estética e Cirurgia Plástica
Para começar Como todos os recursos de embelezamento, a cirurgia estética tem a intenção de promover a harmonia dos traços da ace e do corpo. A dierença em relação aos demais procedimentos de beleza que estudamos até aqui é que a cirurgia plástica significa uma modificação permanente e, por isso, é necessário conhecer o procedimento a ser eito, os riscos e os tratamentos que podem beneficiar o pré e o pós-operatório a fim de se obter um resultado satisatório. Para que o cirurgião consiga orientar o paciente e se decidir pelo melhor procedimento, ele precisa ter sólidos conhecimentos de visagismo, para saber exatamente como harmonizar os contornos dessa pessoa. Em parceria, o profissional de estética pode atuar em diversos momentos, auxiliando o paciente a ter uma recuperação positiva da cirurgia.
Entendido o visagismo (Capítulo 6) e conhecendo os valores do profissional da beleza (proporcionar ao cliente a harmonização das ormas que compõe seu corpo, traçando a sua real personalidade), você vai conhecer agora as cirurgias estéticas que promovem mudanças na orma, no volume e no aspecto do tecido, tudo com o intuito de melhorar a imagem visual do indivíduo.
12.1 Cirurgias estéticas faciais Com o intuito de minimizar os eeitos externos provocados pelo envelhecimento, algumas cirurgias aciais, como a ritidoplastia, visam corrigir as distorções da ace, tornando a aparência mais saudável.
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Atualmente, a procura por cirurgias de rejuvenescimento têm a ver, em grande parte, com o desejo de melhoria do aspecto da ace com traços mais naturais e harmoniosos, predominando o bom senso das pessoas. Além de promover uma aparência rejuvenescida, há procedimentos que visam melhorar expressões aciais que possam transmitir um sentimento que não se deseja transmitir, Figura 12.1. Tabela 12.1 - Relação entre as alterações aciais e suas respectivas aparências Aparência
Característica facial
Bolsa palpebral
Cansaço
Olhos caídos
Falta de ânimo
Sobrancelhas cerradas
Agressividade
Envelhecimento em estágio avançado
Falta de vitalidade
12.1.1 Ritidoplastia
O envelhecimento acial começa a dar sinais a partir dos 30 anos de idade, acentuando os sulcos nasolabiais, o aparecimento de rugas e a flacidez da pele. A ritidoplastia tem como finalidade melhorar a aparência envelhecida da ace, retirando o excesso de pele e de gordura e ajustando a musculatura. Também conhecida como lifing acial, atenua o aspecto das rugas e da flacidez tecidual, minimizando os sinais visíveis de envelhecimento da região do rosto e do pescoço, Figura 12.1. As incisões cirúrgicas são eitas em locais em que a cicatriz resultante não fique aparente, em geral o couro cabeludo e o limite da zona estética acial, incluindo a região lateral da têmpora e da orelha. Complicações como alopecia, hematoma, lesão cutânea, pigmentação e dor podem surgir. m o c . k c o t s r e t t u h S / y y l l O
Figura 12.1 - O antes (à esquerda) e o depois (à direita) de uma ritidoplastia.
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12.1.2 Blefaroplastia
Cirurgia destinada à correção das pálpebras superior e/ou inerior, a fim de melhorar o aspecto cansado e proporcionar uma aparência rejuvenescida na área dos olhos, Figuras 12.2 e 12.3. Essa técnica é utilizada em casos de ptose palpebral, ou seja, queda da pálpebra superior além do seu nível normal, o que acontece em decorrência do enraquecimento do músculo responsável pela elevação da pálpebra. Esse problema pode ser congênito ou adquirido. O procedimento permite a retirada do excesso de pele, de uma aixa do músculo orbicular e de bolsas gordurosas na pálpebra. É possível que ocorram complicações temporárias, como edema, contratura cicatricial e retração palpebral, e outras permanentes, como secura nos olhos, lesão da córnea e assimetria palpebral. m o c . k c o t s r e t t u h S / e n i l n o x e l A
Figura 12.2 - Procedimento de blearoplastia. m o c . k c o t s r e t t u h S / V . V v o k i t l o h Z . r D
Figura 12.3 - Antes (à esquerda, com presença de bolsa gordurosa orbital na região inerior) e depois (à direita, com a pele mais linear, sem ondulações) da cirurgia de blearoplastia.
Estética e Cirurgia Plástica
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12.1.3 Rinoplastia
Considerada uma das cirurgias estéticas mais diíceis, a rinoplastia tem o objetivo de promo ver a correção do nariz, sem que ele perca a sua unção de umidificar, filtrar o ar inspirado, aquecer, expelir as impurezas e a olação. A dificuldade desse procedimento está no senso estético que o cirurgião precisa ter, pois, além da correção da orma do nariz, ele deve estabelecer a harmonia dessa região com o restante do rosto, Figura 12.4. As principais complicações que podem acontecer nessa cirurgia são: hemorragia, inecção, orma irregular, protusão, deormidade da sela e perda de alguma unção. m o c . k c o t s r e t t u h S / n i k v i R . r D
Figura 12.4 - Antes (esquerda) e depois (direita) da rinoplastia. Perceba-se que, anterior à cirurgia, os traços aparenta vam mais circulares e depois da cirurgia tornou mais lineares.
12.1.4 Otoplastia
Cirurgia que tem como objetivo corrigir o ormato, a posição e as proporções do pavilhão auricular. Esse tipo de cirurgia corrige deeito na estrutura das orelhas existentes desde o nascimento ou deormidades adquiridas por alguma lesão. Além da conhecida “orelha de abano”, Figura 12.5, outras deormidades podem ser melhoradas com essa cirurgia, como a “orelha de lobo”, que é a ponta da orelha dobrada para baixo, e “orelha de concha”, caracterizada pela ausência da curva da borda mais externa e das dobras naturais da orelha. A incisão fica discreta, pois é eita na parte posterior do pavilhão. / y m n o a c . m r k c e t o G s , r l e t h t e u i h W , S r e t e P . D s u a l K
Figura 12.5 - Exemplo de orelhas aastadas, conhecidas como “orelhas de abano” (à esquerda); o pavilhão auricular ficou mais próximo do crânio após a reconstrução com a otoplastia (à direita).
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12.1.5 Enxerto de pele
Trata-se da transerência de material viável de uma região para outra. O enxerto de pele transere parte da derme e da epiderme da área doadora para a área receptora. Assim que o tecido é enxertado ele tem a circulação sanguínea interrompida e, por isso, ele apresenta alterações degenerativas. A regeneração é incompleta, e o tecido não atinge a sua unção normal. A sensibilidade fica comprometida e é induzida pela pele circunvizinha, e a ação das glândulas sebáceas e sudoríparas aparece tardiamente. 12.1.6 Mentoplastia
O mento é um dos pontos de reerência da ace. O ideal é que ele acompanhe, de orma harmônica, as proporções das outras partes do rosto, como o nariz, a boca, os olhos etc. A mentoplastia é a cirurgia que remodela a região do queixo, com a utilização de implantes ou do próprio osso, avançando ou recuando essa região. Essa cirurgia é indicada de acordo com a posição mais avançada ou mais retraída do queixo, sendo essa última situação a mais comum. Durante a cirurgia, inclui-se uma prótese para a correção do retroposicionamento do queixo. A fim de manter o equilíbrio entre as proporções da ace, esse tipo de cirurgia é realizado levando-se em conta as ormas do nariz. Em casos de nariz muito alto, a ideia é azer com que o mento não se destaque, dando a impressão de estar retraído. Alguns pacientes buscam a cirurgia para correção do nariz e do queixo, porém, em certos casos e com a avaliação do cirurgião, apenas uma das correções é suficiente para atingir as proporções aciais equilibradas. Nessa cirurgia, são raros os casos de rejeição, mas ela pode ser causada por traumatismos, hemorragias ou inecções. 12.1.7 Implante capilar
O cabelo é um complemento de beleza muito valorizado e, por isso, criou-se esse recurso com a intenção de melhorar a aparência e a autoestima de quem sore de alopecia. O implante capilar é um procedimento eficaz, porém é indicado somente para as pessoas que ainda têm fios grossos, volumosos e elásticos na parte lateral e na parte posterior da cabeça, pois é dessas regiões que serão retirados os fios a serem implantados, ou seja, o paciente é o próprio doador do material, que é implantado fio a fio, em um procedimento cirúrgico bastante demorado, Figura 12.6. Às vezes o paciente precisa passar por mais de uma sessão, tendo em vista que se trata de um procedimento minucioso e que é preciso implantar muitos fios, em oriícios de até 0,8 mm por fio. O intervalo entre uma sessão e outra é de um a um ano e meio. A cada sessão dessa cirurgia, que leva de 5 a 10 horas, podem ser implantados cerca de 5 mil unidades oliculares, e em cada unidade pode haver de um a quatro fios de cabelo. A recuperação do paciente é rápida, e ele pode retomar suas atividades normais após dois dias. Depois de um mês do implante, os fios implantado caem, e começam a nascer novos fios que crescem em até três meses.
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Figura 12.6 - Exemplo de antes (à esquerda) e depois (à direita) de um implante capilar.
12.2 Cirurgias estéticas corporais A imagem que as pessoas têm de seu próprio corpo nem sempre é aquela que gostariam de ter. Seios artos, abdome liso e silhueta definida são algumas das características almejadas, características que correspondem ao modelo de beleza imposto hoje pela sociedade. Preocupadas com a estética ou a saúde, a insatisação com o corpo az que as pessoas recorram a procedimentos invasivos como a cirurgia plástica. Além das cirurgias para as correções aciais, os procedimentos corporais estão entre os mais procurados nas clínicas médicas. Esses procedimentos têm como objetivo deixar o corpo com traços mais harmoniosos e naturais, realçando a autoestima do paciente diante do seu próprio corpo. Passamos a estudar agora as cirurgias plásticas corporais mais procuradas atualmente, tanto por homens quanto por mulheres. 12.2.1 Lipoaspiração
Essa técnica tem como objetivo a retirada de gordura localizada, por meio de cânulas acopladas por um equipamento de sucção com alto poder de vácuo. Várias alterações permitiram a evolução dessa técnica, com o intuito de minimizar as possíveis sequelas, como sulcos e depressões no tecido, que dão um aspecto de acolchoamento da pele. Hoje, com instrumentos mais finos e perurantes, o risco desse tipo de sequela oi diminuído. Além da região abdominal, Figura 12.7, essa técnica pode ser realizada em outras do corpo, das quais se deseja retirar a gordura instalada, como a região lombar e a parte interna da coxa. Para a segurança do paciente, a gordura e o sangue aspirados não podem ultrapassar de 2,5 a 3 litros por sessão cirúrgica.
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Figura 12.7 - Exemplo de antes (à esquerda) e depois (à direita) de uma lipoaspiração realizada na região abdominal.
12.2.2 Lipoescultura
Também conhecida como lipoenxertia, é o procedimento inverso à lipoaspiração. Ele promove a infiltração de gordura em certas regiões a fim de esculpir o corpo, preenchendo certos locais que ganham maior volume. 12.2.3 Mamoplastia de redução/aumento
Os seios são considerados um símbolo de eminilidade e sexualidade e sempre representaram um grande valor para a mulher. Diante da maior acessibilidade aos procedimentos cirúrgicos estéticos e das influências do padrão de beleza, as mulheres têm procurando cada vez mais o recurso cirúrgico para corrigir tanto a orma quanto o tamanho dos seios. Existem casos em que esse tipo de procedimento é considerado reparador, principalmente quando as mamas se apresentam em tamanhos exagerados e provocam alterações ísicas, como a lordose. Além da redução do volume, a cirurgia objetiva a melhora da orma. Na redução das mamas, os objetivos podem estar relacionados à redução da mama, à retirada do excesso de pele, à correção da ptose das mamas, à correção da orma ou da simetria e à correção dos aspectos uncionais. Normalmente, as cicatrizes resultantes da cirurgia podem ser do tipo periareolar, periareolar e vertical, em “T” ou em “L”. No caso do aumento das mamas, a cirurgia é conhecida como mastoplastia de aumento, e ocorre a introdução de um implante de silicone. O médico pode colocar a prótese por três vias: pelo sulco inramamário, pela região axilar ou pela região areolar. A localização da prótese pode ser entre
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a glândula mamaria e o músculo peitoral, na região anteromuscular ou entre o músculo peitoral e as costelas - região retromuscular. Possíveis complicações, como hematoma, inecção e contratura capsular podem ocorrer após a cirurgia. Amplie seus conhecimentos
lordose é a curvatura da coluna vertebral de concavidade posterior. Também conhecida pela curvatura secundária, a ordose pode ser percebida ao se observar a pessoa de perl. Fatores congênitos, fraqueza dos músculos do abdome, treiamento excessivo ou hábitos de postura errada s o algumas das causas da lordose.
12.2.4 Abdominoplastia
Corresponde à utilização de um conjunto de técnicas cirúrgicas que objetivam corrigir alterações encontradas na região abdominal, desde a remoção de gordura, a plicatura da musculatura e a retirada do excesso de pele, Figura 12.8. Esse tipo de procedimento é mais indicado para pessoas que apresentam abdome flácido (conhecido como abdome de avental), hipotonia muscular com diástase ou hipotonia cutânea. ique de olho!
A regi o do abdome ca bastante dolorida e, nesse caso, recomenda-se fazer compressas de gaze umedecida em infus o de camomila ou soro siológico em todo o abdome. As compressas darão uma sensação de pele mais calma, diminuindo a dor. m o c . k c o t s r e t t u h S / X A R R A K
Figura 12.8 - Exemplo de antes (à esquerda) e depois (à direita) de uma abdominoplastia.
Tanto complicações imediatas, como hematomas, seromas e inecções, quanto complicações tardias, como irregularidades da superície abdominal, cicatrizes e áreas anestésicas, podem acontecer em um pós-abdominoplastia. ique de olho!
Outras cirurgias, como a braquiplastia (correção de acidez do braço), a gluteoplastia (correção da acidez e do excesso de tecido no quadril) e a inclusão de próteses na região do glúteo e da panturrilha são procedimentos com menor procura em comparaç o com os abordados até aqui.
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12.3 A parceria cirurgião e esteticista A participação do profissional esteticista em clínicas e consultórios médicos vem crescendo muito. Sua habilidade e experiência em diversos procedimentos possibilita cuidar do cliente do pré ao pós-operatório, principalmente. O intuito dos procedimentos estéticos no pré-operatório é melhorar as condições da pele a fim de que a região a ser operada consiga se recuperar adequadamente da agressão. Já o objetivo do pós-operatório é diminuir o tempo de recuperação do paciente, estimulando o local a regredir o edema e cicatrizar. Os procedimentos aplicados nesse momento deverão ser orientados e supervisionados pelo cirurgião responsável no intuito de garantir a segurança e a qualidade do resultado durante o tratamento estético. O profissional esteticista precisa conhecer as técnicas, pois o paciente se apresentará inchado e sensível. Diante dessa situação, algumas atitudes profissionais devem ser ressaltadas: »
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Em casos como esses, em que o paciente está debilitado e sem condições de se locomover e ir até à clínica, se or possível, realize atendimento em domicílio. Isso dará maior credibilidade e confiança ao seu trabalho. Ajude-o no que or necessário. Em muitos casos, e dependendo da cirurgia realizada, o cliente mal consegue azer os curativos. Oereça-se para cuidar disso. Procedimentos básicos e essenciais de qualquer atendimento não devem ser esquecidos, como higienização das mãos, utilização de luvas (manipulação próxima de erimentos) e utilização de acessórios devidamente limpos. No momento de acomodar o cliente, ajude-o a se posicionar da orma correta. No pós-operatório acial imediato posicione o cliente de orme que o rosto fique levemente inclinado, evitando que o tecido acial seja puxado e ajudando o deslocamento da lina. No pós-operatório corporal, prefira deixar o cliente sentado, evitando que o tecido seja repuxado. A partir daí, os protocolos estéticos podem ser iniciados.
Diversas técnicas estéticas passaram a ser incluídas nos cuidados da pré e da pós-cirurgia plástica. Conheça a seguir alguns desses procedimentos, para a ace e para o corpo: »
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Protocolos hidratantes: quando utilizados no pré-operatório, ajudam a dar maior elasticidade à pele, prevenindo, por exemplo, o aparecimento de estrias. A hidratação com uso de ionização (corrente galvânica) potencializa a permeação de ativos hidratantes, como ureia, ácido hialurônico, silício orgânico, colágeno e elastina hidrolisada, entre outros. Drenagem linática: é a técnica mais utilizada nos tratamentos de pré e pós-operatório e possibilita a sua execução já no pós-operatório imediato. A unção principal da drenagem é a redução do edema. Além disso, ela promove o incremento da circulação linática e sanguínea, potencializando o processo de regeneração tecidual. Vacuoterapia: tanto no pré quanto no pós-operatório, melhora a circulação sanguínea e linática do local operado; no pós-operatório, principalmente, auxilia a descompactação
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de fibrose do tecido e pode ser utilizada cerca de duas semanas após a cirurgia, porém com pressão baixa para que não prejudique a recuperação do tecido. Microcorrentes: procedimento utilizado nos dois momentos, tanto para melhorar a elasticidade, preparando a pele para o procedimento invasivo com consequente lesão, como para auxiliar a cicatrização e a revitalização do tecido, por aumentar a irrigação sanguínea e linática do local. Alta requência: aparelho emissor de aíscas eletromagnéticas que, por meio de um acessório de vidro, promove a ormação de ozônio na perieria do eletrodo; esse gás tem ação bactericida e antisséptica. A ação da alta requência ajuda a preparar a pele, removendo os agentes que possam causar um processo ineccioso. Ultrassom: aparelho com excelente eficácia, pode ser inserido na lista de aparelhos a ser usado no pré e no pós-operatório, pois age na micromassagem, no incremento da permeabilidade da membrana e na descompactação dos tecidos, evitando sequelas como a fibrose. Sua utilização ocorre somente nos procedimentos corporais.
Quando utilizados de orma correta, os recursos apresentados possibilitam resultados satisatórios no preparo e na recuperação da pele lesionada. 12.3.1 Cuidados com a pele no pré-operatório
Os procedimentos que ajudam a prepara a pele para um procedimento cirúrgico, acial ou corporal, são aqueles que visam à limpeza, ao remover agentes inecciosos, preparar a pele possibilitando maior elasticidade do tecido e estimular a circulação sanguínea e linática da região. Registramos a seguir alguns desses procedimentos. »
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Limpeza de pele: promove assepsia, diminuindo a possibilidade de contaminação pelas bactérias presentes nas glândulas sebáceas. É um procedimento que pode ser eito dez dias antes da cirurgia. Ele não deve ser realizado muito próximo do dia da cirurgia, para não deixar a pele sensível. Hidratação e nutrição da pele: promove melhor estruturação da pele, acilitando o processo cirúrgico, e avorece a recuperação do tecido. O ideal é ser realizado três dias antes da cirurgia. Drenagem linática: restabelece a circulação linática e sanguínea do local, possibilitando que o tempo de recuperação seja mais rápido e adequado. Pode ser realizada com a hidratação da pele.
12.3.2 Cuidados no pós-operatório
Os procedimentos anteriores à cirurgia têm sua importância, mas é no pós-operatório que o esteticista precisará mostrar toda a sua habilidade e sensibilidade, diante de situação rágil em que o organismo do cliente se encontra. Em razão da ragilidade extrema do tecido, após a liberação do cirurgião que, geralmente, ocorre no terceiro ou no quarto dias, o ideal é iniciar os procedimentos de drenagem linática, a fim
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de atuar diretamente na circulação sanguínea, na desintoxicação do tecido, na redução do edema, no metabolismo e na melhora da nutrição das células. Inicialmente, esse procedimento deve ser eito sem o uso de cremes e com um toque bem suave. Após algumas sessões, os aparelhos e o creme podem ser inseridos no protocolo. Após dois meses da cirurgia, são indicados procedimentos de tratamento da pele, como hidratação e peelings. O esteticista poderá elaborar diversos protocolos para manter o rejuvenescimento da pele operada, no caso de uma ritidoplastia. Procedimentos mais vigorosos (como a endermoterapia) tendem a ser evitados nos primeiros dias pós-cirurgia, em tecidos que passaram por cirurgias que promovam o descolamento da pele (ritidoplastia e abdminoplastia), para não prejudicar o processo de reestruturação interna do tecido. Esses procedimentos devem ser adotados após dois meses da cirurgia, inicialmente com pressões mínimas. Ao observar qualquer sinal dierente da normalidade da lesão, como um processo ineccioso, os procedimentos estéticos devem ser suspendidos, e você deve orientar o paciente a procurar o cirurgião.
12.4 Relação profssional-paciente A conduta profissional deve ser a mesma diante de um cliente homem ou mulher. Realize os procedimentos mais adequados à cirurgia realizada. Os procedimentos estéticos sugeridos para o pré e o pós-operatório têm a intenção de melhorar o aspecto do tecido, auxiliar na recuperação e amenizar a ansiedade que o paciente pode apresentar. Em parceria com o cirurgião, o esteticista pode transmitir ao paciente as orientações necessárias, a fim de esclarecer possíveis dúvidas, principalmente na pós-cirurgia. Isso porque o resultado esperado é demorado, por se tratar de um processo lento e gradual, que pode levar, em média, de seis meses a um ano de recuperação. O profissional cirurgião e também o esteticista podem e devem deixar claro para o paciente que nem sempre o que está lindo e harmonioso em uma pessoa ficará da mesma orma nele. As influências da mídia podem provocar uma distorção de ideias. Muitas mulheres passam a acreditar que somente com determinado corpo e com certas medidas serão bonitas, mas não é assim. O cirurgião avalia quais as proporções ideais para cada corpo, azendo com que a beleza seja vista a partir das ormas em harmonia com as alterações realizadas por ele. A mesma coisa acontece com os homens. A ansiedade que a mulher sore diante dessa situação é ainda maior que para os homens, mas eles também se sentem pressionados e rustrados por não terem o corpo musculoso que aparece nas propagandas de TV. Os homens acabam idealizando o padrão de beleza masculina imposto pela sociedade e buscam métodos cirúrgicos com a intenção de obter um corpo esculpido em pouco tempo. Para ambos, vale ressaltar as orientações de conscientização sobre os hábitos de vida e reeducação alimentar, pois os verdadeiros resultados virão após o procedimento cirúrgico. Este é apenas o início de um tratamento. O que virá depois é que irá estabelecer os resultados reais desse tratamento e, quando combinado com os procedimentos estéticos, os resultados são mais satisatórios.
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Vamos recapitular? Neste capítulo você aprendeu que a busca incansável por um ideal de beleza az surgir diversos recursos estéticos e que um desses recursos é a cirurgia plástica. Aprendeu também que esse tipo de procedimento, sendo tão sério, agressivo e definitivo, precisa ter como base uma relação de confiança entre o cirurgião, a sua equipe (incluindo o esteticista) e o paciente. Tendo claro o que será eito, como será eito e quais os procedimentos mais indicados no pré e no pós-operatório os resultados serão bem avoráveis. Por isso, neste capítulo, você estudou os procedimentos mais buscados no ramo da cirurgia estética, a parceria que existe hoje entre o cirurgião e o esteticista e como essa relação pode beneficiar os resultados dos procedimentos estéticos.
Agora é com você! 1) Quais procedimentos cirúrgicos podem ser sugeridos no intuito de tornar a ace mais rejuvenescida? 2) Quais os beneícios de realizar limpeza, hidratação e nutrição da pele antes de procedimentos invasivos ou que provoquem sérias lesões? 3) Como um cirurgião e um esteticista podem trabalhar em parceria diante de um procedimento estético? 4) Elabore um protocolo pós-operatório tardio (três semanas) que você, esteticista, poderá utilizar no paciente que passou por uma lipoaspiração. 5) Analise o protocolo a seguir: a)
Aplicar alta frequência sobre a cicatriz, por 10 minutos.
b)
Aplicar endermologia em toda a região operada, por 15 minutos.
c)
Realizar drenagem linfática por toda a região operada.
Esses procedimentos estão corretos para um paciente que passou por uma abdominoplastia e oi autorizado pelo cirurgião a receber atendimento estético no seu terceiro dia pós-operatório? Caso não esteja, esclareça qual é o problema e o que poderia ser mudado, a fim de se estabelecer um procedimento adequado a esse cliente.
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