estudo
História da Magia de Eliphas Levi
ÍNDICE DOS VOLUMES
Volume I — AS ORIGENS MGICAS Orige!s "a#ulosas $ Magia dos Magos% Ir& e Meso'ot(mia $ Magia !a Í!dia $ Magia Herm)ti*a% Egito $ Magia da Gr)*ia $ Magia Matem+ti*a de ,it+goras $ A Sa!ta Ca#ala Volumes II e III — "ORMA-.O E REALI/A-.O DO DOGMA Sim#olismo ,rimiti0o da História $ O Misti*ismo $ I!i*ia1&o e ,ro0as $ Magia do Culto ,2#li*o $ Mist)rios da Virgi!dade $ Das Su'ersti13es $ Mo!ume!tos M+gi*os $$ Cristo A*usado de Magia ,elos 4udeus $ Verdade do Cristia!ismo ,ela Magia $ Do Dia#o $ Dos 5ltimos ,ag&os $ Das Le!das $ ,i!turas Ca#al6sti*as e Em#lemas Sagrados $ "ilóso7os da Es*ola de Ale8a!dria Volume IV — A MAGIA E A CIVILI/A-.O Magia E!tre os 9+r#aros $ I!7lu:!*ia das Mul;eres $ Leis S+li*as Co!tra os "eiti*eiros $ Le!das do Rei!o de Carlos Mag!o% Ca0alaria A!da!te A!da!te e "ra!*o< 4u6=es $ M+gi*os% Ra#i!o 4e>uiel $ ,ro*essos C)le#res% ?em'l+rios < 4oa!itas < 9ar#a A=ul $ Su'ersti13es Relati0as ao Dia#o Volume V — OS ADE,?OS E O SACERD@CIO Sa*edotes e ,a'as A*usados de Magia $ A'ari1&o dos 9o:mios Nmades < Ciga!os $ Le!da e História de Raimu!do Lullo $ Al>uimistas% "lamel < ?ritemo < Agri'aBBB $ "eiti*eiros e M+gi*os C)le#res $ ,ro*essos de Magia% Gau7ridi < Gra!dier < ,eB GirardBBB $ Orige!s M+gi*as da Ma1o!aria Volume VI — A MAGIA E A REVOLU-.O "RANCESA Autores Not+0eis do S)*ulo VIII $ ,erso!age!s ,erso!age!s Mara0il;osos do S)*ulo VIII $ ,ro7e*ias de Ca=otte $ Re0olu1&o "ra!*esa $ "e!me!os da Medioma!ia $ Im')rio e Restaura1&o
Volume VII — OS ADE,?OS E O SACERD@CIO Mag!eti=adores Mag!eti=adores M6sti*os e Materialistas $ Das Alu*i!a13es $ Os Mag!eti=adores Mag!eti=adores e os So!(m#ulos $ Os "a!tasistas em Magia $ Lem#ra!1as Í!timas do Autor $ Das Ci:!*ias O*ultas $ Resumo e Co!*lus&o A,NDICE I — 9IOGRA"IAS SU,LEMEN?ARES Agri''a $ Ro#ert "ludd $ 4a*o# 9o;eme $ ,ara*elso $ Mesmer A,NDICE II — ?RECHOS DIVERSOS O Mal $ Lu= Astral $ Magos A!imais $ Magia Negra $ Lilit; Naema $ Igualdade $ ,e*ado $ C)u e I!7er!o
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História da Magia de Eliphas Levi
ÍNDICE I!trodu1&o LIVRO I — As Orige!s M+gi*as Ca'6tulo I — Mitos e "+#ulas Ca'6tulo II — Magia !o Orie!te M)dio Ca'6tulo III — Í!dia Ca'6tulo IV — Egito% Magia Herm)ti*a Ca'6tulo V — Gr)*ia Ca'6tulo VI — ,it+goras Ca'6tulo VII — A Sa!ta Ca#ala
Volume VII — OS ADE,?OS E O SACERD@CIO Mag!eti=adores Mag!eti=adores M6sti*os e Materialistas $ Das Alu*i!a13es $ Os Mag!eti=adores Mag!eti=adores e os So!(m#ulos $ Os "a!tasistas em Magia $ Lem#ra!1as Í!timas do Autor $ Das Ci:!*ias O*ultas $ Resumo e Co!*lus&o A,NDICE I — 9IOGRA"IAS SU,LEMEN?ARES Agri''a $ Ro#ert "ludd $ 4a*o# 9o;eme $ ,ara*elso $ Mesmer A,NDICE II — ?RECHOS DIVERSOS O Mal $ Lu= Astral $ Magos A!imais $ Magia Negra $ Lilit; Naema $ Igualdade $ ,e*ado $ C)u e I!7er!o
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História da Magia de Eliphas Levi
ÍNDICE I!trodu1&o LIVRO I — As Orige!s M+gi*as Ca'6tulo I — Mitos e "+#ulas Ca'6tulo II — Magia !o Orie!te M)dio Ca'6tulo III — Í!dia Ca'6tulo IV — Egito% Magia Herm)ti*a Ca'6tulo V — Gr)*ia Ca'6tulo VI — ,it+goras Ca'6tulo VII — A Sa!ta Ca#ala
I!trodu1&o Há muito tempo que se vem confundindo a Magia com o prestígio dos charlatães, com as alucinações dos doentes e com os crimes de certos malfeitores excepcionais !or"m, a magia " a ci#ncia exata e a$soluta da %ature&a e de suas leis ' Magia " a ci#ncia dos antigos magos ' tradição dá ainda a estes magos o título de reis, porque a iniciação ( Magia constitui a verdadeira reale&a) a arte real ou o Sanctum Regnum *+anto eino- ' Magia era a ci#ncia de d e '$raão e de .rfeu, de /onf0cio e de 1oroastro .s dogmas da magia foram esculpidos so$re as mesas de pedra de Enoch e 1oroastro ' F
Ca'6tulo I — Mitos e "+#ulas Eliphas Levi " um ocultista ocidental, de formação cat3lica e especialmente interessado na /a$ala e na teologia 4udaica Em sua Hist3ria da Magia, as origens da ci#ncia dos encantamentos " diretamente relacionada ao epis3dio da 5ueda dos 'n4os, tomando como refer#ncia o Li0ro de E!o*;, um livro he$raico que não foi incluído no canon *reconhecidos como escritura sagrada-, um texto antigo que tam$"m não consta nas 6í$lias oficiais sendo, portanto, um escrito ap3crifo . Livro de Enoch permaneceu desconhecido na Europa durante mil anos at" que alguns exemplares, escritos em língua etíope, foram encontrados na '$ssínia, atual Eti3pia *9LAVA?SJK, 7889, p :;- %este livro, os segredos da magia são transmitidos aos homens por an4os re$elados
Houve an4os que se deixaram cair do c"u para amar as filhas da 2erra +eu chefe era +am=asa e foram du&entos deles que desceram so$re as montanhas de 'rmon ou Montanha do >uramento Eles tomaram esposas
com as quais viveram, ensinando?lhes a Magia, os encantamentos e a divisão das raí&es e das árvores Ama=ara* ensinou todos os segredos dos encantadores 9araial foi o mestre dos que o$servam os astros@ Ai#eel revelou os signos e A=aradel, o movimento da Lua .utro livro o$scuro, O Li0ro da ,e!it:!*ia de Ad&o, apresenta uma outra origem para a Magia) morto '$el, /aim foi $anido, condenado a Avagar pela 2erraA 'dão e Eva tiveram outro filho) +et, que teria se retirado com sua família para o .riente onde foi o precursor da Magia 6ranca ou Magia dos Bniciados Enquanto isso, /aim inventava a Magia %egra na Cndia, o Apaís do fraticídioA, e punha a maldade ao serviço da impunidade 2am$"m no Li0ro de Nod, /aim " o primeiro Mago %egro, iniciado diretamente por Lilith, primeira mulher de 'dão, tam$"m $anida do Dden por sua re$eldia, amaldiçoada e iniciada na feitiçaria pelo 'n4o caído +amael, geralmente identificado com a serpente do !araíso e portanto responsável pela Amá id"iaA do pecado original Mais antigas e fa$ulosas ainda são as teorias que locali&am as origens da Magia na cultura da /ivili&ação 'tlante, que desapareceu com suas terras e rique&as engolidas pelos terremotos e maremotos, um castigo, determinação /ármica desencadeada pelo uso indevido 4ustamente das /i#ncias da Magia, desviadas para usos profanos, criminosos e aviltantes da condição humana %este caso, tam$"m os 'tlantes foram instruídos por mestres divinos, A'n4os /aídosA, o que fa& suspeitar que os relatos cristãos e 4udeus são uma herança de tempos muito recuados na hist3ria da aça ou das aças humanas
Ca'6tulo II — Magia !o Orie!te M)dio %este capítulo, Eliphas Levi começa a traçar um panorama cronol3gico e cultural das práticas mágicas Entretanto, o texto do mestre ocultista deixa muitas lacunas de nature&a hist3rica al"m de ser estruturado de maneira confusa !or esta ra&ão, este estudo procura ordenar e complementar o conte0do de Hist3ria da Magia
meso'ot(mia% #a#il!ia e 'ersas %o .cidente, a escrita surgiu há cerca de 888 anos, entre os povos mesopotFmicos, marcando o início da hist3ria propriamente dita, hist3ria preservada em registros onde são encontradas as primeiras refer#ncias documentadas so$re práticas mágicas .s sum"rios são o povo mais antigo a ocupar as terras entre os rios 2igre e Eufrates +ua cultura influenciou as civili&ações que vieram depois) assírios, caldeus, he$reus 2oda a magia da MesopotFmia, assim como no Egito, tem sua origem enrai&ada nas mitologias relacionadas ( /osmog#nese, so$retudo, ( 'ntropog#nese /ada povo tem suas tradições mas o estudo comparado sugere uma origem comum +ão hist3rias aparentemente diferentes mas todas que t#m a figura de um
ulgava?se que alguns demInios eram responsáveis pelas doenças e outras desgraçasA GRANDES IM,RIOS, J;;K ? MesopotFmia vol B, p K AMágica e religião para os povos da 'ntiga MesopotFmia eram partes inseparáveis de um mesmo todo, pois tanto uma quanto a outra eram vistas como o traço de união entre a realidade física e palpável e as esferas mais sutis da exist#ncia
multifacetada, sendo que a prática das artes mágicas visava fundamentalmente tentar afetar fatos ou prever acontecimentos da vida real e do mundo físico ' distinção entre mágica e religião, portanto, fica cada ve& mais t#nue neste contexto, porque a prática de mágica na MesopotFmia era praticar religião, uma ve& que as artes mágicas eram postas em prática por sacerdotes e sacerdotisas especiali&ados para os mais diversos fins !ortanto, neste contexto, a religião tam$"m era vista como um ato mágicoA 9A9ILNIA 9RASIL , 788
%a antigNidade, o que ho4e denomina?se Magia, não somente se confundia com a religião mas tam$"m dominava a área do conhecimento científico %a medicina, a física e a metafísica aliavam?se a fim de o$ter a cura de um paciente 'creditava?se que muitas doenças tinham causas so$renaturais) deuses, espíritos, demInios etc e cada entidade era relacionada a mol"stias determinadas, a afecções que atingiam certas partes do corpo Gma dessas entidades " Lamashtu, um terrivel demInio feminino capa& de provocar anemias profundas, depressão e morte %a MesopotFmia, existiam dois tipos de m"dico?sacerdote?mago) o 'shipu, fa&ia o diagn3stico da doença determinando a AassinaturaA do espírito ou deus causador do mal Em certos casos, a doença resultava de algum grande erro ou pecado cometido pelo enfermo . tratamento consistia então de evocações e encantamentos destinados a apa&iguar o espírito causador ou anular a aura negativa do mal feito do paciente Em questões mais complexas, o pr3prio 'shipu remetia o doente ao 'su, um especialista em rem"dios her$áceos, um AfísicoA, como eram chamados Em caso de feridas em geral, o 'su preparava receitava $anhos, fa&ia $andagens, ataduras, enfaixamentos, preparava e aplicava emplastros e ungNentos . r3tulo AMagiaA, tantas ve&es usado pe4orativamente em relação (s práticas científicas dos 'ntigos deve?se, em parte ao desconhecimento da terminologia usada na "poca %a tá$uas cuneiformes encontradas em sítios arqueol3gicos há grandes listas de plantas e outras su$stFncias terapeuticas, por"m seus nomes tornam quase impossível identificá? las quando não confundem o leitor com suas denominações ex3ticas que remetem ao universo da feitiçaria folcl3rica como) Agordura de leãoA ou Afogo da terraA, por exemplo Entre su$stFncias que foram identificadas, muitas revelaram ser apenas extratos vegetais, resinas ou condimentos, temperos comuns como pimenta, cominho, hortelã, alho etc !lantas que at" ho4e são utili&adas in natura ou na composição de anti$i3ticos, anti?inflamat3rios, antipir"ticos, cicatri&antes ,)rsia) .s persas são um dos povos mais misteriosos da 'ntigNidade .s livros de hist3ria do Mundo e as enciclop"dias temáticas escritas no .cidente, em geral, dedicam muito pouco espaço a esta civili&ação * e o mesmo ocorre em relação a outras nações como as africanas e as orientais) Cndia, /hina, >apão- ' desinformação começa com as datas incertas) alguns di&em que este povo AapareceuA no !lanalto Braniano por volta de 7888 a/@ outros encontram os rastros desta civili&ação e de sua cultura no s"culo OP a/, como nestes trechos da História Geral de +outo Maior e da História da Civilização Ocidental , de Mac%all 6urns)
A' partir de meados do segundo mil#nio antes de /risto, apareceram no noroeste do !lanalto Braniani novos povos indo?europeus, mais tarde conhecidos como medos e persasA *SOU?O MAIOR , J;KQ ? p 9-
A!ouca coisa se conhece dos persas antes do s"culo PB a/ 't" essa "poca parece terem levado uma exist#ncia o$scura e pacífica na costa oriental do olfo !"rsico REntretanto, mais adiante, escreve o mesmo autor so$re a religião dos persasS ' influ#ncia mais duradoura deixada pelos antigos persas foi, sem d0vida, a religião 's raí&es desta religião podem ser encontradas em "poca tão remota como o s"culo OP antes de /ristoA * Ma*NALL 9URNS, J;K ? p ;K-
Estas contradições mostram a grande confusão em se encontram os historiadores sempre que se fala das origens das culturas mais antigas, que são as orientais .s persas dos livros de hist3ria, cu4a exist#ncia somente começa a ter registro há poucos mil#nios antes de /risto, são um povo, cultura, nação, que vinha se formando ao longo de um processo demorado que consumiu pelo menos mil anos 's pesquisas mais recentes indicam que os persas t#m uma origem comum com os indianos@ eles foram os proto?indo?iranianos, da etnia dos indo?europeus +acerdotes, guerreiros e pastores semi?nImades provenientes das estepes do sudeste da 0ssia *CUL?URE O" IRAN, 788- que, em torno de 9888 a/, fixaram suas tri$os a leste do rio 2igre Eram duas nações irmãs, como evidenciam estudos da língua, derivada do sFnscrito .s Medos, se esta$eleceram no deserto ao sul do Mar /áspio enquanto os persas ocuparam terras ainda mais ao sul, (s margens do olfo !"rsico ' herança mágica dos persas está dispersa, misturada ( magia dos mesopotFmicos, egípcios, gregos, ára$es e he$reus . sincretismo foi m0tuo por"m as crenças dos AparsesA deixaram um legado poderoso que pode ser identificado em doutrinas teol3gicas do passado e do presente Gm $om indicativo desta forte influ#ncia " a pr3pria palavra AMagoA ou AMagusA, que deriva da língua dos persas onde " designativo da condição de sacerdote . persas mais antigos di&iam AMagiA, os mais modernos, do tempo do imp"rio, eram os AMagusA, significando Ahomem sá$ioA .s gregos adotaram o termo e di&iam AMag)iaA para se referir (s artes de um mago *UR9AN, 7887- 's práticas mágicas da !"rsia possuíam uma tradição das mais remotas, com origens recuadas at" o neolítico de onde vieram os /ultos da Lu&, do Togo e da Ugua . precursor desta magia " o mítico 1oroastro ou 1aratustra 1oroastro, apontado como o grande Bniciador da magia não " um indivíduo@ antes, muito provavelmente, 1oroastro " um nome sim$3lico como 2oth ou Hermes e há vários 1oroastros mencionados nos anais da hist3ria persa Eud3xio e 'rist3teles situam sua vida há seis mil anos antes de /risto +ua hist3ria " envolta em mist"rio por"m) Aos dogmas do verdadeiro 1oroastro são os mesmos da pura /a$ala e suas id"ias so$re a divindade são as mesmas que as dos !ais da Bgre4a 'penas diferem os nomes) 1oroastro chama ?r6ade o que chamamos de ?ri!dade 's tr#s pessoas divinas, ele chama de as 2r#s !rofundidades ' !rofundidade primeira ou !aternal " a fonte de ")@ a +egunda ou !rofundidade do Per$o, " a fonte da Verdade@ a terceira ou 'ção /riadora, " a fonte do AmorA *LEVI, 788 ? p :-
. 1oroastro hist3rico viveu no s"culo PB antes de /risto e a ele " atri$uída a ordenação de tradições e crenças populares da religião Ma&deísta, em uma outra religião, um ma&deísmo reformado, estruturado na doutrina chamada &oroastrismo +o$re os mist"rios do fogo, escreveu 1oroastro em seus .ráculos) A' %ature&a nos ensina por indução que existem demInios incorp3reos . fogo sempre agitado e movendo?se na atmosfera pode tomar uma configuração semelhante ( dos corpos
Este AfogoA a que 1oroastro se refere " a lu& astral Acom sua força configurativa e sua pot#ncia para refletir o ver$o e repercutir a vo&A e o conhecimento da Lu& 'stral era o começo da iniciação mágica . adepto que se tornava capa& de AlerA na lu& astral tornava?se vidente
Ca'6tulo III — Í!dia *LEVI, 788 ? p QK-
IN?RODU-.O% %este capítulo, o $rilhante ocultista de
suprema sa$edoria, o $ramanismo condu& o espírito aos a$ismos da loucuraA
*LEVI, 788 ? p QK-
A' Cndia, que a tradição ca$alística nos di& ter sido povoada pelos descendentes de /aim a Cndia ", por excel#ncia, o país da o"cia e dos prestígios Lá se perpetuou a Magia %egra com as tradições originais do fraticídioA !ara Eliphas Levi, todas as tradições indianas são resumidas em uma id"ia) panteísmo e Aa consequ#ncia desse panteísmo " a destruição de toda moral@ não há mais crimes nem virtudes num mundo onde tudo "
AD evidente que no sexto m#s o fanático $astante im$ecil para perseverar em tal prática, estará morto ou doido . emprego graduado de narc3ticos ou de uma gama de discos coloridos produ& efeitos análogos aos que descreve o feiticeiro indiano 2odas essas práticas *contidas no Ou'e!e;at - são dolorosas e perigosas tanto quanto ridículas e não as aconselhamos a ningu"m@ mas não duvidamos que elas produ&am, num espaço de tempo mais ou menos longo, conforme a sensi$ilidade dos indivíduos, o #xtase, a catalepsia e o esvaimento letárgico !ara o$ter visões, para chegar aos fenImenos da segunda vista, " preciso por?se num estado que se4a como o sono, morte ou loucura D nisto, so$retudo, que os indianos são há$eisA *LEVI, 788 ? p KJ-
C;ega a es'a!tar >ue Eli';as Le0i te!;a es*rito de 7orma t&o o7e!si0a so#re estas 'r+ti*as iogues >ueP *om outras 'ala0rasP s&o rees*ritas e re*ome!dadas 'or ele 'ró'rio e 'or outros estudiosos o*ide!taisP >ua!do 7alam de medita1&oB Nada ;+ de im#e*il ou de lou*ura em e8er*6*ios res'iratóriosP ;oQe re*o!;e*idame!te #e!)7i*os 'ara o e>uil6#rio do *or'o e da me!teB S&o e8er*6*ios >ueP !o m6!imoP i!du=em o es'6rito a um estado de 'ro7u!da *almaP e7eito *om'ro0ado 'ela o#ser0a1&o *ie!t67i*a *o!tem'or(!eaB Em ?ratado Eleme!tar de Magia
,r+ti*aP o o*ultista ,a'usP >ue tam#)m era m)di*oP es*re0e% . ritmo respirat3rio age so$re os centros nervosos de maneira notável ' inspiração rápida age como excitante@ a inspiração lenta e so$retudo a expiração prolongada e espaçada, acalmará os centros nervosos . pulmão e o coração podem ser considerados como duas rodas com engrenagens entrosadas uma na outra, o que fa& com que o aumento do ritmo respirat3rio se4a reprodu&ido no ritmo cardíaco com reflexos em todo o sistema circulat3rio ' respiração ", pois, o dispositivo mecFnico?orgFnico que resta$elece o equilí$rio dos fluxos sempre que este equilí$rio se perde por um dist0r$io qualquer *,A,US, J;; ? p JYJQ-
So#re o Oupnek'hat P *o!ti!ua Eli';as Le0i% Mas não ficam aí os segredos mágicos do Oupnek'hat @ existe um que o hierofante tene$roso confia a seus iniciados como grande e supremo arcano Eis como se exprime o autor do livro indiano) A5ualquer que se4a o pecado que cometa, a má o$ra que faça, ele não " nunca culpado 'inda que fosse duas ve&es parricida, ainda que matasse um $ramane iniciado nos Pedas, qualquer coisa que cometa enfim, sua lu& não diminuirá, porque, disse
fatalidade e em quietismo mortal
Bsso " tudo que Eliphas Levi tem a di&er so$re a Hist3ria da Magia na Cndia D uma exposição superficial, superticiosa e preconceituosa que ignora as escrituras sagradas da Cndia, nada explica so$re os Pedas e os !uranas nem mesmo para fa&er uma refer#ncia a o$ras importantes como a 6agavad ita, as confer#ncias de 6uda +a=amuni e a teosofia $aseada na
Ca'6tulo IV — Magia Herm)ti*a EGI?O D no Egito que a magia se completa como ci#ncia universal nas poucas sentenças da doutrina gravada na 2á$ua de Esmeralda, atri$uída a Hermes 2rimegisto *2r#s ve&es Mestre-@ Rsão dogmas que afirmamS a unidade do +er e a unidade das harmonias, a lei imutável do equilí$rio e o progresso proporcional das analogias universais, o Per$o como mediador entre o /riador e a criatura A. superior " como o inferior e o que está em$aixo " como o que está em cima para formar as maravilhas da coisa 0nicaA ' sa$edoria do Hermes egípcio revela e descreve a LG1 '+2'L, que " o agente criador, " o fogo pantomorfo Ensina Hermes que esta lu& " uma força, uma alavanca *capa& de ação mecFnica-, " um princípio criador *coagulador-, que dá forma (s coisas e, ao mesmo tempo, " o aquele que dissolve o todo em nada .utras o$ras são atri$uídas a Hermes 2rimegisto) !imandro, 'scl"pio, Minerva do Mundo etc 's ruínas do Egito são como páginas esparsas de um livro 2emplos e pirFmides guardam, em sua estrutura e situação, a sa$edoria dos tempos antigos ' divisão mesmo *geográfica- do Egito era uma síntese mágica) o 'lto Egito ou 2e$aida, representa o mundo celeste, pátria de #xtases@ o $aixo Egito sim$oli&a a 2erra e o Egito
M"dio ou /entral, " o país das ci#ncias e das iniciações . Egito era um grande livro cu4os ensinamentos estavam escritos em toda parte, na linguagem codificada da pintura, escultura, arquitetura, em todas as cidades, em todos os templos . Egito " o $erço das ci#ncias e da sa$edoria ' arte sacerdotal e a arte real ali formavam adeptos pela Bniciação, que era restrita como privil"gio de casta *como na Cndia- Piu?se um escravo he$reu iniciar?se e atingir a posição de primeiro ministro *>os", da 6í$lia- D sa$ido que >os" deveu sua elevação RsocialS ( sua capacidade de interpretar sonhos ' ci#ncia de >os" não era senão a intelig#ncia RconhecimentoS das relações naturais que existem entre as id"ias e as imagens, entre o Per$o e suas figuras Ele sa$ia que dura!te o so!oP a alma mergul;ada !a lu= astralP 0: os re7le8os de seus 'e!same!tos mais se*retos e mesmo de seus 'resse!time!tosT ele sa$ia que a arte de tradu=ir os ;ierógli7os do so!o " a chave da lucide& universal, porque todos os seres i!telige!tes t:m re0ela13es em so!;os ?ARO %o Zalfa$etoZ hieroglífico todos os deuses eram letras, todas as letras eram id"ias, todas as id"ias eram n0meros, todos os n0meros eram sinais perfeitos Este alfa$eto, di&emos n3s, " o famoso livro de 2hot, que /ourt de "$elin suspeitou ser conservado at" ho4e so$ a forma deste 4ogo de cartas que se chama tarot REntretantoS o (arot que temos " de origem 4udaica e os tipos das figuram não remontam al"m do reino de /arlos OBB . 4ogo de cartas de >acquemin ringonneur " o primeiro tarot que conhecemos, mas os sím$olos que ele reprodu& são da mais alta antiguidade /onta?nos Mois"s que os israelitas, ao saírem do Egito, condu&iram os vasos sagrados dos egípcios Esta historia " aleg3rica Estes vasos sagrados são os segredos da ci#ncia egípcia que Mois"s aprendera na corte do Tara3 R%a "poca do [xodoS, a verdadeira ci#ncia perdia?se no Egito, em$rutecendo?se em práticas de idolatria . vulgo im$ecil Ro povo, ignoranteS tomou por realidades vivas as formas hieroglíficas de .siris e Hermanu$is .siris tornou?se um $oi e o sá$io Hermes, um cão LEVI < '
Ca'6tulo V — Magia !a Gr)*ia Este *a'6tulo *ome1a *om 0+rios 'ar+gra7os de 'ou*o 0alor ;istóri*oB O autor 'erdeueP !a Gr)*iaP os gra!de 're*ursores da MagiaP em termos de tradi1&o mitológi*aP 7oram Or7eu e CadmoP *o!7orme o te8to a seguir%
'os cantos po"ticos de .rfeu a$randam?se os rochedos, desenrai&am?se os carvalhos e os animais selvagens su$metem?se ao homem Toi .rfeu que deu vida aos n0meros, foi /admo que ligou o pensamento aos caracteres */admo, personagem mítico, " considerado o inventor da escrita na r"cia- /admo " um exilado Rsua origem "
2e$as, EgitoS Ele trás para a r"cia as letras primitivas e a harmonia que as re0ne ' fá$ula do 2osão de .uro liga a Magia Herm"tica *Egípcia- (s Bniciações gregas 2udo nesta lenda " alegoria, como o %avio dos 'rgonautas cu4o correspondente egípcio " o 6arco dos Mist"rios de Bsis, arca das sementes e da renovação R%a lendaS ' ci#ncia " ainda uma ve& traída por uma mulher) Med"ia Esta hist3ria da antiguidade grega encerra a epop"ia das ci#ncias ocultas asão !rometeu, . 2osão de .uro, a 2e$aída, a Blíada e a odiss"ia, cinco grandes epop"ias todas cheias de mist"rios da nature&a e dos destinos humanos compõem a 6í$lia da antiga r"cia ' fá$ula de .rfeu " toda um dogma Ele " um poeta +ua amada morre e ele não " capa& de resgatá?la do Hades .rfeu sente?se vi0vo e tendo no coração uma ferida que s3 a morte poderá curar, fa&?se m"dico das almas e dos corpos@ enfim, morre vítima de sua castidade@ morre a morte dos iniciadores e profetas, depois de ter proclamado a unidade de
MAGIA NEGRA
poderia ser uma ci#ncia@ " o emprirismo da fatalidade 2oda paixão excessiva produ& uma força que escapa ( Pontade, ao contrário, o$edece ao despotismo da paixão
"EI?ICEIRAS GREGAS 's feiticeiras entre os gregos, e especialmente na 2essália, praticavam horríveis ensinamentos e a$andonavam?se a ritos a$omináveis Eram em geral, mulheres perdidas de dese4os que 4á não podiam satisfa&er@ cortesão envelhecidas, monturos de imoralidade e hedionde& /iosas do amor e da vida, estas miseráveis mulheres não tinham amantes senão nos t0mulos RnecrofiliaS, ou antes, elas violavam sepulcros para devorar de terríveis carícias a carne gelada dos moços Elas rou$avam crianças cu4os gritos a$afavam, premindo?as contra as mamas pendentes Eram chamadas l(mias, estriges, em'ulsas@ as crianças, o$4eto de sua inve4a e 3dio, eram sacrificadas 'lgumas destas feiticeiras, como Ca!6dia, de que fala Horácio, as enterravam at" a ca$eça e as deixavam morrer de fome, cercando?as de alimentos que não podiam alcançar@ outras, cortavam?lhes a ca$eça, os p"s e as mãos e fa&iam redu&ir a gordura e a carne dos infantes em $acias de co$re, at" o$terem um ungNento que misturavam ao suco de meimendro, da $eladona e das papoulas negras Elas enchiam deste ungNento o orgão incessantemente irritado por seus detestáveis dese4os, friccionavam as t#mporas e as axilas, depois caíam numa letargia cheia de sonhos desenfreados e luxuriosos /onv"m di&er) eis as origens da magia negra, segredos que se perpetuaram at" a Bdade M"dia@ eis, enfim, que as pretendidas vítimas inocentes da execração p0$lica que a sentença dos inquisidores condenava a morrer nas chamas Toi na Espanha e na Btália, so$retudo, que so$reviveu a AraçaA das estriges, das l(mias e das em'ulsas@ e os que duvidam disto podem consultar os mais sá$ios criminalistas destes países, reunidos por T de 2orre$lanca em seu Epitome delictorium Med)ia e Cir*e são dois tipos da magia malfa&e4a entre os gregos /irce " mulher viciosa que que fascina e degrada seus amantes@ Med"ia " a envenenadora apaixonada que a tudo se atreve e fa& a pr3pria nature&a servir a seus crimes Há, de fato, seres que encantam como /irce e perto dos quais todos se aviltam@ há mulheres cu4o amor degrada as almas Elas não sa$em inspirar senão paixões $rutais@ elas vos enervam e depois vos despre&am D preciso, como Glisses, sa$er su$4ugá?las pelo temor e depois, deixá?las sem pesar +ão monstros de $ele&a, não t#m coração@ s3 a vaidade as fa& viver %a antigNidade eram representadas pela figura das sereias
5uanto a Med"ia, " a criatura perversa, que quer o mal e que o opera Esta " capa& de amar e não se det"m diante do temor@ mas seu amor " mais temível que o 3dio Ela " mãe ruim e assassina de criancinhas 'ma a noite e vai clher ao luar ervas mal"ficas para preparar venenos Ela magneti&a o ar, leva a desgraça ( terra, infecta a água, envenena o fogo .s r"pteis emprestam?lhe sua $a$a@ ela murmura terríveis palavras@ traços de sangue a acompanham +eus conselhos endoidecem, suas carícias horrori&am LEVIP ' WX
Ca'6tulo VI — Magia Matem+ti*a de ,it+goras !itágoras de +amos, chegou ( Btália para fugir ( tirania de !olícrate Ele 4á percorrera todos os santuários do mundo %a >ud"ia, se fe& circuncidar para ser admitido nos segredos da /a$ala@ depois, iniciou?se no Egito com a recomendação do rei 'másis +eu g#nio superou os hierofantes e ele se tornou um mestre revelador !itágoras definiu ue se de0e des*o!7iar da 7ra>ue=a e da 'er0ersidade dos ;ome!sB 5uando ele se esta$eceu em /rotona, a princípio, os magistrados o temeram@ depois, o consultaram !itágoras aconselhou que procurassem manter a mais perfeita harmonia entre eles mesmos porque são os conflitos entre os senhores que revoltam os servidores e ensinou um grande preceito religioso, político e social) A%ão há mal nenhum que não se4a preferível ( anarquiaA Entre os preciosos legados de sa$edoria deixados por !itágoras, os mais populares, at" ho4e, são os Versos ureos Eis um trecho) 'os deuses, segundo as leis, presta as devidas homenagens espeita o 4uramento, os her3is e os sá$ios Honra teus pais, teus reis, teus $enfeitores Escolhe para teus amigos os melhores homens +e4a o$sequioso *educado-, se4a fácil *o$4etivo e claro- em seus neg3cios %ão odeies teu amigo por faltas leves +erve com teu poder a causa do $om direito 5uem fa& tudo o que pode fa& sempre o que deve !or"m, sai$a o momento de reprimir como mestre severo os apelos do sono, de P#nus *do sexo e do amor- e da c3lera
%ão peques contra a honra nem de longe nem de perto +e4a a mais rigorosa testemunha de voc# mesmo +e4a mais 4usto em ações e menos em palavras %ão d# pretextos frívolos ao despertar do mal ' sorte que nos enriquece, pode nos empo$recer Mas fracos ou poderosos, todos morreremos %ão fu4a da tua parte nas dores da vida terrena 'ceita o rem"dio 0til e salutar e sai$a que os homens virtuosos são os menos infeli&es entre os mortais aflitos esigna teu coração diante de alianças in4ustas
!itágoras acreditava na imortalidade da alma e na eternidade da vida ' sucessão contínua dos verões e dos invernos, dos dias e das noites, do sono e do despertar, explicavam?lhe assa& o fenImeno da morte ' imortalidade especial da alma humana consistia, na sua opinião, na prolongação da lem$rança Ele pretendia lem$ra?se de suas exist#ncias anteriores e achava, de fato, alguma coisa semelhante em suas reminisc#ncias
Ca'6tulo VII — A Sa!ta Ca#ala emontemos agora (s fontes da verdadeira ci#ncia e retornemos ( santa /a$ala ou tradição dos filhos de +et *terceiro filho de 'dão e Eva-, preservada na /ald"ia por '$raão, ensinada ao sacerd3cio egípcio por Mois"s, oculta em sím$olos na 6í$lia, revelada pelo +alvador */risto >esus- a +anto >oão e contida no 'pocalipse deste ap3stolo .s ca$alistas t#m horror a tudo o que parece idolatria@ contudo, conferem a
alma se separa do corpo, então, necessariamente, ela muda de meio e muda de inv3lucro Rou despe?se do inv3lucro de mat"ria densaS Ela parte somente revestida de sua forma astral, que " um inv3lucro de lu&, e so$e acima da atmosfera como o ar se mant#m acima da água . ar atmosf"rico torna?se s3lido para estes corpos de lu& +omente podem retornar ( 2erra encarnando?se de novo .s ca$alistas formularam por um s3 axioma toda a doutrina que expomos aqui) A. espírito reveste?se para descer e se despo4a para su$irA +eria impossível que uma alma separada de seu corpo pudesse viver, um s3 instante, na espessura de nossa atmosfera 's almas dos mortos não estão, portanto, ao nosso redor como supõem alguns Agiradores de mesaA RespíritasS .s que amamos, podem ver?nos e aparecer?nos, mas somente por miragem e por reflexo no espelho comum que " a lu& Rlu& astralS 'liás, eles não podem interessar?se por coisas terrenas, mortais, e s3 se prendem a n3s por sentimentos elevados que t#m algo de análogo ( sua vida na eternidade A'ari13es R+o$re manifestações de mortos em sessões espíritasS " preciso a$ordar aqui um dos segredos mais perigosos da Magia D a hip3tese das lar0as 7lu6di*as conhecidas na antiga teurgia como es'6ritos eleme!tares /om efeito, evocar estes espíritos elementares " ter o poder de coagular os fluidos por uma pro4eção de lu& astral ' lu& " o age!te e7i*ie!te das formas e da vida, porque ela ", ao mesmo tempo, movimento e calor 5uando ela chega a fixar?se e polari&ar?se ao redor de um centro, ela produ& um ser vivo, cu4a mat"ria constitutiva, su$stFncia plástica RmoldávelS, ela mant"m coesa e conservada Esta su$stFncia plástica formada, em 0ltima instFncia, de terra e água, foi denominada na 6í$lia de limo da terra Ro $arro em lamaS Mas a lu& não " espírito, como cr#em hierofantes indianos e todas as escolas de o"cia Revocação de mortosS ' lu& " instrumento do espírito
procuram o sangue derramado e, outrora, nutriram?se muito com exalações Rprodu&idas em rituais de sangue e orgias sexuaisS
"IM DO VOLUME I Retor!o% Í!di*e de Volumes
9i#liogra7ia do ,es>uisador 9A9ILNIA 9RASIL Bn ^http)YY___angelfirecomYmeY$a$ilonia$rasilYmagicJhtml` acessado em 7KY8Y788 9LAVA?SJK, Helena !etrovna rS +ão !aulo) Madras, 788 GRANDES IM,RIOS E CIVILI/A-ZES Enciclop"dia MesopotFmia vol B Madrid) Ed !rado, J;;K 4OCAS?IAN, '=isha . Livro de %od Edição online Bn^ http)YYp_pnetca$optYdtangelYLivrobdebnodpdf ` acessado em 7JY87Y788 Ma*NALL 9URNS, Ed_ard Hist3ria da /ivili&ação .cidental, vol B !orto alegre) lo$o, J;K ,A,US *erard 'naclet Pincent Encausse- 2ratado Elementar de Magia !rática +ão !aulo) !ensamento, J;; SOU?O MAIOR , ' Hist3ria eral As *i0ili=a13es ira!ia!as, p 9 +ão !aulo) Editora %acional, J;KQ
estudo
História da Magia de Eliphas Levi
ÍNDICE LIVRO II — "ORMA E REALI/A-.O DO DOGMA Ca'6tulo I% Sim#olismo ,rimiti0o da História Ca'6tulo II — Misti*ismo Ca'6tulo III — I!i*ia1&o e ,ro0as Ca'6tulo IV — Magia do Culto ,2#li*o% E8oterismo Ca'6tulo V — Mist)rios da Virgi!dade% Roma Ca'6tulo VI — Su'ersti13es Ca'6tulo VII — Mo!ume!tos M+gi*os
LIVRO III < SÍN?ESE E REALI/A-.O DIVINA DO MAGISMO ,ELA REVELA-.O CRIS?. Ca'6tulo I% Cristo A*usado de Magia ,elos 4udeus Ca'6tulo II — Verdade da Magia ,elo Cristia!ismo — SIM.OP o mago Ca'6tulo III — Do Dia#o Ca'6tulo IV — Os 5ltimos ,ag&os LINJS SU,LEMEN?ARES% I < A'ol!io de ?;[a!a IN \\\Bso#re!aturalBorg II < A'ol!io de ?;[a!a IN Orio!Bmed Ca'6tulo V — Das Le!das Ca'6tulo VI — ,i!turas Ca#al6sti*as Em#lemas Sagrados Ca'6tulo VII — "ilóso7os da Es*ola de Ale8a!dria
LIVRO II "ORMA-.O E REALI/A-.O DO DOGMA Ca'6tulo I < Sim#olismo ,rimiti0o da História Este ) outro e8em'lo de um te8to de Le0i >ue dei8a muitas la*u!as !o >ue se re7ere ] *i:!*ia da HistóriaP 'ro'riame!te ditaB O ^Sim#olismo ,rimiti0o^P tema *e!tral do *a'6tuloP restri!geue *om'3em o relato da >ueda do ;omemP de uma *o!di1&o de ser 'aradis6a*a 'ara uma *o!di1&o i!7er!alB O autor #us*a de*i7rar o e'isódio >ue 7ala de Ad&o e8'ulso do de!B A#ai8oP algu!s *ome!t+rios do o*ultista%
E8'uls&o do ,ara6so . homem a$dica o domínio da intelig#ncia cedendo (s solicitações da parte sensitiva@ ele profana o fruto da ci#ncia que deve nutrir a alma e usa a ci#ncia para satisfa&er a dese4os in4ustos e puramente materiais RterrenosS Então, o homem perde o sentimento da harmonia e da verdade Ele se reveste de uma pele animal, porque a forma física conforma?se, cedo ou tarde, com as disposições morais R'ssim, A'dãoAS " expulso do círculo $anhado pelos quatro rios da vida e um >ueru#im, armado com uma espada flame4ante, o impede de entrar no dom6!io da u!idade . queru$im " o an4o " representativo da terra e aparece nos antigos mist"rios na figura de um $oi, um an4o com ca$eça de touro ?orre de 9a#el ' primeira conseqN#ncia do pecado de Eva " a morte de '$el Eva separou o amor da intelig#ncia e com isso a intelig#ncia tornou?se uma força cega, entregue (s am$ições terrenas REnquanto issoS .s filhos de /aim perpetuaram o crime de seu pai !useram no mundo filhas fatalmente $elas, filhas sem amor, nascidas para a danação dos an4os
ti*aP moral e suas rela13es *om Magia Negra ' castidade conservadora da família " o caráter distintivo das iniciações hieráticas@ a 'ro7a!a1&o e a re0olta s&o sem're o#*e!as e tendem ( promiscuidade infanticida Macular os mist"rios do nascimento, o atentado contra crianças eram o fundo dos cultos da antiga !alestina, a$andonada aos ritos da magia negra 'li reinava o deus negro da Cndia, o monstruoso utra, de formas principescas, que no .riente M"dio foi chamado 9el7egor .s talmmudistas e o 4udeu platInico Tílon contam coisas vergonhosas so$re o culto a este ídolo Era, di&em eles, uma figura $ar$uda, de $oca a$erta, tendo por língua um gigantesco falo@ todos se depiam sem pudor diante deste sem$lante
Ca'6tulo II < Misti*ismo ' legitimidade de direito divino pertence de tal forma ao sacerd3cio que sem ela o verdadeiro sacerd3cio não existe ' iniciação e a consagração são uma verdadeira hereditariedade . santuário " inviolável para os profanos 's lu&es da revelação divina se distri$uem com uma suprema ra&ão, porque descem com ordem e harmonia
;ierar>uia legítima e aprova não o suplício, mas a condenação dossectários e feiticeiros +endo a anarquia o ponto de partida e o caráter distintivo do misti*ismo disside!te, a conc3rdia religiosa " impossível entre os sectários@ mas eles se entendem admiravelmente num ponto) o 3dio a autoridade hierárquica e legítima D sempre o crime de /am@ o despre&o ao princípio da família, o ultra4e inflingido ao pai .s místicos anarquistas em$riagam?se de vertigens e não tardam a cair no a$ismo da loucura .s loucos tomam horror aos m"dicos e os místicos alucinados detestam os sá$ios
Rituais de sa!gue ' Bgre4a, admitindo a possi$ilidade e a exist#ncia dos milagres dia#óli*os, reconhece a exist#ncia de uma 7or1a !atural que, em mãos humanas, pode servir tanto ao $em quanto ao mal .s falsos RmalígnosS milagres ocasionados pelas consgestões astrais t#m sempre uma tend#ncia anárquica e imoral, porque a desordem *;ama a desordem !or isso os deuses e os g#nios dos sectários são ávidos de sangue e prometem sua proteção ao preço do assassínio .s id3latras da +íria e da >ud"ia fa&iam oráculos com ca$eças de crianças
Ca'6tulo III < I!i*ia1&o e ,ro0as .s que os adeptos chamam gra!de o#ra não " somente a transmutação dos metais, " tam$"m e so$retudo a medicina universal, isto ", o rem"dio a todos males, entre os quais, a morte . grande mist"rio da vida e de suas provas acha?se representado na esfera celeste e no ciclo do ano 's quatro formas da Esfinge correspondem aos quatro elementos e (s quatro estações 2odo homem que pensa " um Ddipo que tem de adivinhar o enigma da esfinge ou morrer 2odo iniciado deve ser um H"rcules a reali&ar o ciclo de um grande ano de tra$alhos para merecer, pelos sacrifícios do coração e da vida, os triunfos da apoteose ' 'ro0a, tal " a grande palavra da vida@ a vida " uma serpente que se procria e se devora sem cessar@ " preciso fugir aos seus a$raços e por?lhe o p" so$re a ca$eça 's grandes provas de M#nfis e Eleusis tinham por alvo formar reis e sacerdotes !ara ser admitido nestas provas, era preciso entregar?se de corpo e alma ao sacerd3cio e fa&er a$andono da pr3pria vida
I!7er!o Grego Em sua descrição aleg3rica dos infernos os hierofantes gregos ocultaram grandes segredos da magia 5uatro rios se encontram ali, como no paraíso terrestre Gm rio de dores e gemidos, o Co*ito@ um rio do esquecimento, o rio Lete@ um rio de água rápida que a tudo arrasta, o A>uero!te@ e um rio de fogo, o "legeto!te .s dois 0ltimos se cru&am) o Tlegetonte aquece e fa& fumegar as águas frias e negras do 'queronte e o 'queronte co$re de espessos vapores as chamas líquidas do Tlegetonte
Ca'6tulo IV < Magia do Culto ,2#li*o ou E8ot)ri*o 's id"ias produ&em as formas e as formas, por sua ve&, refletem e reprodu&em as id"ias Estas duas grandes leis da nature&a, o$servadas pelos antigos magos, fi&eram?lhes compreender a necessidade de um culto p0$lico Rexot"ricoS, 0nico, o$rigat3rio, hierárquico e sim$3lico ' humanidade nunca teve senão uma religião e um culto Essa religião " uma lu& universal@ tem suas miragens incertas, seus reflexos enganadores e suas som$ras, mas depois das noites do erro, n3s vemos a lu& da verdadeira religião ressurgir 0nica e pura como o $rilho do +ol 's magnifici#ncias do culto são a vida da religião e se o /risto quer ministros po$res, sua divindade so$erana não quer altares po$res .s protestantes, com suas igre4as frias e nuas, não compreenderam que o culto " um ensinamento e que na imaginação da multidão não se deve criar um deus mesquinho e miserável ' ortodoxia " o caráter a$soluto da Magia D pela intelig#ncia RentendimentoS da hierarquia e a prática da o$edi#ncia que se o$t"m a iniciação e um verdadeiro iniciado não será nunca um sectário RdissidenteS +endo a iniciação a conseqN#ncia necessária da hierarquia, princípio fundamental das reali&ações mágicas, os profanos, depois de terem tentado inutilmente forçar as portas do santuário, tomaram o partido de indispor altar contra altar Hist3rias horríveis correram so$re os magos@ feiticeiros e estriges lançaram so$re eles a responsa$ilidade de seus crimes e quanto maior a cal0nia, tanto maior impressão fa& so$re os tolos
Ca'6tulo V < Mist)rios da Virgi!dade% Roma ' tradição mágica de todas as idades concede ( virgindade alguma coisa de so$renatural e divino 's inspirações prof"ticas procuram as virgens ' inoc#ncia e virgindade sempre foram as vítimas preferidas dos praticantes da oetia, que sacrifica crianças em cu4o sangue reconhece uma virtude sagrada Re que lhes faltaS Lutar contra os atrativos da geração " exercitar?se em vencer a morte e a suprema castidade era a mais gloriosa coroa proposta aos hierofantes Espalhar a vida nos a$raços humanos " lançar raí&es no t0mulo Vestais .s romanos, herdaram a cultura dos gregos por"m, com diferenças notáveis a partir de um fato em especial que caracteri&a a iniciação dada aos romanos, a iniciação de %uma Esta diferença " a importFncia conferida ( mulher %uma pedirá sua inspiração ( sá$ia e
discreta Eg"ria, a deusa do mist"rio e da solidão . que deve assegurar o futuro de oma " o culto da pátria e da família %uma tratou de honrar a Mãe dos deuses elevando um templo esf"rico cu4a c0pula a$riga um fogo que não deve nunca apagar?se Este fogo " mantido por quatro virgens que se chamam Vestais R' mulher romana assume um novo papel no quadro socio?cultural da antiguidade ocidentalS ? não " mais a escrava oriental, " a divindade dom"stica, " a guarda do lar, honra do pai e do esposo . fogo sagrado das Pestais era sím$olo da f" e do casto amor do amor ( pátria e da religião do lar 2al era a religião de oma e foi a Magia deste tipo de moral que fe& de oma o centro do mundo@ mas quando o casamento deixou de ser sagrado, a decad#ncia não estava longe Mo!ast)rios %uma, iniciado nas leis mágicas e conhecendo as influ#ncias da vida comum, instituiu col"gios de sacerdotes e de aug0rios, e os su$meteu a regras@ estes foram os primeiros modelos dos monast"rios, um dos grandes poderes da religião >á há muito tempo, na >ud"ia, os profetas se reuniam em *6r*ulos sim'+ti*os e fa&iam em comum a inspiração e a prece %uma instruiu seus sacerdotes na arte dos aug0rios, isto ", revelou a eles uma certa teoria dos pressentimentos e da segunda vista, determinada por leis secretas da nature&a 's pertur$ações físicas da atmosfera t#m, muitas ve&es, causas morais 's revoluções se tradu&em no ar por grandes $orrascas e a respiração dos povos agita os c"us . $om #xito marcha com as correntes el"tricas AHá alguma coisa no arA, di& o povo com seu instinto prof"tico .s ar0spices e aug0rios ensinavam a ler os caracteres impressos na lu& astral e reconhecer os vestígios das correntes e das revoluções astrais Eles sa$iam porque os pássaros voam isolados ou se re0nem, as influ#ncias que os fa&em ir para o norte ou para o sul, oriente ou ocidente ?radi13es . calendário religioso de %uma " calcado no calendário dos antigos magos D uma s"rie de festas e mist"rios que lem$ram toda a doutrina secreta dos iniciados Re sua influ#ncia resiste nos dias atuaisS /omo os romanos de %uma, santificamos ainda por a$stin#ncia os dias consagrados ( lem$rança da geração e da morte mas para n3s, o dia de P#nus *sexta?feira- " santificado pelas expiações do /alvário REntre cristãos cat3licos a sexta?feira " o dia das orações do terço dedicadas os mist"rios dolorosos ou da !aixão de /ristoS . dia som$rio de +aturno *sá$ado- " o dia do repouso do /risto em seu t0mulo, antes da
ressurreição, no domingo, dia do +ol . m#s que os romanos consagravam ( Maia, ninfa da 4uventude e das flores, dedicamos ho4e a Maria a rosa mística, o livro da pure&a, a celeste mãe do +alvador 'ssim, nossos costumes religiosos são antigos como o mundo, nossas festas assemelham?se (s de nossos pais e o +alvador dos cristãos não suprimiu nada das $ele&as sim$3licas e religiosas da antiga iniciação@ ele veio, como ele mesmo di&ia, não para destruir a lei, mas para cumpri?la
Ca'6tulo VI < Su'ersti13es 's superstições são formas religiosas que so$revivem (s id"ias perdidas 2odas t#m uma ra&ão de ser, uma verdade que ningu"m conhece mais ou que se transfigurou ' palavra, do latim superstes, significa Ao que so$reviveA ? são os restos materiais das ci#ncias ou das opiniões antigas ' multidão, sempre mais instintiva que pensante dificilmente muda de há$itos 5uando se quer com$ater as superstições, ao povo parece que estão atacando a religião !or isso, +ão reg3rio, um dos maiores !apas da cristandade, não queria que suprimissem as práticas Ele escreveu aos seus missionários) A!urificai os templos mas não os destruam porque enquanto o povo vir su$sistir seus antigos lugares de orações, para estes lugares ele vai se dirigir pelo há$ito e assim conquistareis as pessoas mais facilmente para o culto ao verdadeiro
*om 0iol:!*iaP ela !&o se a7asta eP *omo as almas ;uma!as dos >ue morreram 0iole!tame!teP a alma a!imal 7i*a 'erto do *or'o BBB7i*am aliP retidas 'or sim'atiaA sim'atiaA Cre!1as regos e romanos acreditavam em 'ress+gios 'ress+gios Entre os romanos, especialmente, tudo era presságio +e trove4ava ( esquerda ou ( direita, o aug0rio era auspicioso ou desgraçado .s espirros eram presságios Gm calhau em que se tropeçava, o grito de um mocho, o ladrar de um cão, um vaso que$rado, uma mulher velha que vos olhava Estes terrores vãos tinham por princípio a ci#ncia mágica da adivinhação, que não despre&a nenhum indício porque um fato de apar#ncia irrelevante pode ser parte de uma s"rie de outros fatos que, encadeados entre si, resultam em ocorr#ncia relevante ' tradição mágica romana ensina, por exemplo, que as influ#ncias atmosf"ricas que fa&em os cães ladrar são mortais para certos doentes@ que a presença e o giro dos corvos anunciam cadáveres a$andonados, o que q ue " sempre de sinistro aug0rio at" porque, os corvos são ha$ituais frequentadores de lugares que a$rigam morte e suplício ' passagem de certos pássaros anuncia invernos rigorosos@ outros, por gritos lastimosos, dão sinal das tempestades .s romanos eram tam$"m grandes o$servadores de sonhos e a arte de explicá?los relaciona?se ( ci#ncia RconhecimentoS da lu& astral . sonho " uma lem$rança de imortalidade nesta morte de todas as noites que chamamos so!o Rporque so!o Rporque durante o sono, não nos sentimos no mundo físico ordinário e, no entando, continuamos a sentir que existimosS M)diu!s .s mdiuns são, em geral, seres doentes que atraem a lu& RastralS como os a$ismos atraem as águas dos tur$ilhões Estas nature&as mal equili$radas, em que o corpo fluido " informe, pro4etam ( distFncia sua força de atração e criam em si mesmos mem$ros suplementares e fantásticos !oder?se?ia di&er que os mdiuns são criaturas em que a morte luta visivelmente contra a vida. mesmo se dá com os fascinadores, os lançadores de sorte, as pessoas que t#m mau olhado e os feiticeiros S&o 0am'iros, 0am'iros, quer voluntários, quer involuntários Eles atraem a vida que lhes falta e pertur$am o equilí$rio da lu& +e o fa&em voluntariamente são malfeitores que " preciso punir@ se o fa&em involuntariamente, são doentes perigosos que as pessoas delicadas e nervosas devem evitar
Ca'6tulo VII < Mo!ume!tos M+gi*os
Neste *a'6tulo *urto e o#s*uroP o autor trata da sim#ologia 'rese!te !as estruturas das *o!;e*idas ^Sete Mara0il;as Mara0il;as do Mu!do A!tigo^P a sa#er% B as ,ir(mides do EgitoT FB os 4ardi!s Sus'e!sos da 9a#il!iaT B o "arol de Ale8a!driaT B a Est+tua 42'iter Ol6m'i*oT XB o Colosso de RodesT YB o ?em'lo de Dia!aT B O Se'ul*ro do Rei MausoloB Em $ )outrina SecretaP da teóso7a HB,B 9la0ats[P 0+rios tre*;os s&o muito mais es*lare*edores >ua!do to*am !a sim#ologia >ue e!0ol0e estes mo!ume!tos dei8a!do *laro 'or>ue eles s&o *o!siderados 0erdadeiros li0ros ar>uitet!i*os o!deP em *ada detal;eP estariam registrados *o!;e*ime!tos *a'a=es de e8'li*ar todos os mist)rios da ;uma!idadeB
's pirFmides, dedicadas a Hermes 2rimegisto, triangulares nos lados e quadradas na $ase representavam a ci#ncia da %ature&a R+ua estrutura re0ne o 2ernário e 5uaterário, ou se4a, a 2rindade /riadora da realidade das id"ias *mundo psicotrInico, sutil- e a realidade das formas materiais correspondentes (s id"ias ou o mundo material, terreno, densoS . /olosso de odes era um pentaclo *sím$olo*sím$ olo- do +ol . 2emplo de 0piter olímpico era o *sím$olo- de >0piter .s Amuros da 6a$ilIniaA *>ardins
+uspensos- eram de Marte Enfim, o templo de d e +alomão Rque o autor coloca no lugar do Tarol de 'lexandriaS ? esse pentaclo universal e a$soluto era, para a gentilidade, pentaclo terrível de +aturno RPemos que o autor não esclarece quase nada so$re suas id"ias em relação aos significados ocultos nas +ete Maravilhas- Li! rela*io!ado% As Sete Mara0il;as do Mu!do A!tigo
LIVRO III SÍN?ESE E RALI/A-.O DIVINA DO MAGISMO ,ELA REVELA-.O CRIS?. Ca'6tulo I < Cristo A*usado de Magia ,elos 4udeus %as primeiras linhas do evangelho segundo +ão >oão há uma palavra que a Bgre4a cat3lica não pronuncia nunca sem do$rar d o$rar os 4oelhos) A. ver$o se fe& carneA /onsiderado como a expressão perfeita, reali&ada e viva da /a$ala, isto ", da tradição primitiva, o /ristianismo ainda " desconhecido e por iso, o livro ca$alístico e prof"tico do 'pocalipse continua inexplicado 2odo mundo sa$e que com a vinda de >esus os oráculos cessaram no mundo inteiro e uma vo& exclamou so$re o mar) A. grande !ã morreuVA D preciso di&er a mesma coisa dos prestígios, que foram desdenhados quando se produ&iram os verdadeiros milagres .s milagres tornaram so$renaturais como as virtudes que os produ&em %o 2almude Ros 4udeusS contam que >esus 6en?+a$ta, ou o *ilho da separada, tendo estudado no Egito os mist"rios profanos ergueu em Bsrael uma falsa pedra angular e arrastou o povo ( idolatria Eles reconhecem, todavia, que o sacerd3cio israelita não tem ra&ão para amaldiçoá?lo com as duas mãos, de acordo com o preceito talmudista que um dia aproximará Bsrael do /ristianismo) A%ão amaldiçoeis nunca com as duas mãos, para que vos reste sempre uma para perdoar p erdoar e a$ençoarA
Ca'6tulo II < Verdade do Cristia!ismo ,ela Magia +u$meter as coisas da f" aos preceitos da ci#ncia " uma coisa tão ridícula como su$meter as ci#ncias (s o$edi#ncia cega da f"@ não ca$e ao te3logo a demonstração de um teorema como a um sá$io não conv"m discutir, em nome da ci#ncia, pr3 ou contra os mist"rios do dogma !ergunta ( 'cademia das /i#ncias se " matematicamente verdadeiro que há tr#s pessoas em
que Maria, mãe de
A Le!da de Sim&oP o Mago . primeiro heresiarca de que fa&em menção as tradições da Bgre4a foi um taumaturgo chamado +imão, o Mago >udeu na origem, supõe?se que nasceu no $urgo de iton no país de +amaria 2eve por mestre o sectário
exageradas e o taumaturgo passou por um ser divino /omo ele alcançou tal poder por excitações que pertur$avam sua ra&ão, ele mesmo 4ulgou?se digno de honras divinas e dese4ou as adorações do mundo inteiro +uas crises, ou #xtases, produ&iam so$re seu corpo efeitos extraordinários .ra viam?no pálido, encovado, alque$rado, qual um velho que vai morrer@ ora, um fluido luminoso revigorava seu sangue tornando suave seu rosto de modo que parecia re4uvenescido de repente !or toda parte s3 se falava de seus milagres e ele tornou?se um ídolo dos 4udeus de +amaria e dos padres circunvi&inhos Mas os adoradores do maravilhoso são geralmente ávidos de emoções novas . ap3stolo +ão Telipe foi pregar o Evangelho em +amaria e angariou uma nova corrente de entusiasmo +imão perdeu todo o seu prestígio e sentindo?se a$atido por sua mol"stia, que tomava por uma impot#ncia >ulgando?se superado por magos mais sá$ios que ele, decidiu unir?se aos ap3stolos para estudar e apoderar?se de seus segredos +imão, certamente, não era iniciado em 'lta Magia@ se fosse, sa$eria que para dispor das forças secretas da %ature&a, de modo a dirigí?las sem ser que$rado por elas, " preciso ser um sá$io e um santo !rivado de suas vertigens, +imão estava infeli& %ingu"m se conforma em voltar a ser um simples mortal depois de ter se sentido como um
desco$re ' pa& entre adversários " o triunfo de um e a derrota do outro !edro replicou !or qu# recusas a pa&] Toram os vícios dos homens que criaram a guerra@ a pa& acompanha sempre a virtude ' virtude " a força e a destre&a di& +imão Eu afronto o fogo, elevo?me nos ares, ressucito as plantas, mudo a pedra em pão@ e tu, que fa&es] .ro por ti responde +ão !edro para que não pereças vítima de teus prestígios uarda tuas preces@ elas não su$irão no mesmo instante que eu aos c"us %este momento, o Mágico precipita?se por uma 4anela, elevando?se nos ares +ão !edro estava de 4oelhos e orava@ de s0$ito, +imão grita e cai@ levantaram?no ainda vivo, com as coxas que$radas@ mas não se recuperou e morreu em decorrr#ncia da gravidade do acidente %ero mandou encarcerar +ão !edro, que lhe parecia ser um mago menos divertido que +imão
Hera!1a de Sim&o% a seita dos me!a!dri!os ' seita de +imão não se extinguiu com ele +eu sucessor foi um de seus discípulos, chamado Menandro de onde derivou o nome destes sectários) são os menandrianos Menandro contentava?se com o papel de profeta@ quando $ati&ava seus pros"litos um fogo visível descia so$re a água@ ele lhes prometia a imortalidade da alma e do corpo por meio deste $anho mágico 'inda no tempo de +ão >ustino, havia meandrinos que se 4ulgavam imortais ' morte de uns não desenganava aos outros, porque o defunto era imediatamente excomungado e considerado como falso irmão .s menandrinos consideravam a morte como verdadeira apostasia .s que sa$em at" onde pode chegar a loucura humana, não se admirarão se lhes informarmos que neste mesmo ano, de J::, existiam ainda na 'm"rica e na Trança da seita dos menandrinos
Ca'6tulo III < Do Dia#o . /ristianismo, que compreende
alucinações, as visões, os #xtases, são uma e8alta1&o perigosa dessa lu& interior Essa lu& " da nature&a do fogo, cu4o emprego inteligente aquece e vivifica, cu4o excesso, ao contrário, queima, dissolve e aniquila Essa lu&, enquanto devoradora seria o fogo do inferno, a serpente da lenda 's ações do mal dirigidas pela vertigem da lu& astral, as miragens enganadoras de pra&er, de rique&a e de gl3ria seriam as pompas do inferno 2udo o que entrega nossa alma ( fatalidade das vertigens ", de fato, infernal RdesordemS, ou se4a, o oposto do que visto como c"u, reino da ordem .s possessos do Evangelho fugiam diante de >esus /risto, os oráculos calavam?se diante dos ap3stolos e os doentes alucinados manifestavam repugnFncia pelos sá$ios e iniciados ' cessação dos oráculos e das possessões era uma prova do triunfo da li$erdade humana so$re a fatalidade 5uando as mol"stias astrais se mostram de novo, " um sinal funesto que anuncia o enfraquecimento das almas . c"le$re criminalista 2orre$lanca, que estudou a fundo as questões da magia dia$3lica Re sua relação com o crimeS, descreveu precisamente todos os fenImenos de pertur$ação astral %o sumário do capítulo OP da +agia Operatória R2orre$lanca, atri$uindo doenças ( ação do demInio permite entender que Ao demInioA, " uma pertur$ação da intelig#ncia que dá causa a ações ditas demoníacasS Eis parte do sumário do livro) ` . esforço contínuo do demInio mira levar?nos ao erro F` . demInio e!ga!a os se!tidos pertur$ando a imaginação X` e Y` 5uando o e>uil6#rio da imagi!a1&o e da ra&ão " destruído por uma causa m3r$ida, sonha?se acordado e pode?se ver com apar#ncia real o que não existe ` 's visões saem de n3s e são reflexos de nossa pr3pria imagem ` .s antigos conheciam duas mol"stias que eles chamavam, a uma *renesi e ( outra cori!antismo ' primeira fa&endo ver formas imaginárias@ a segunda fa&endo ouvir vo&es e sons que não existem .s enfermos de 'er0ers&o astral são inclinados ao mal e entristecem?se com a alegria dos outros D tam$"m a perversão astral que produ& os a$usos sexuais /ada um dos vícios humanos e terrenos personificou?se em um demInio que " uma imagem negativa, desfigurada da divindade +ão ídolos da morte) Molo*; " a fatalidade que devora os filhos Sat& e Nisro*; são AdeusesA do 3dio, da fatalidade e do desespero
Astart)iaP Lilit;P Naema e Astarot; são os ídolos da devassidão e do a$orto Adramala>ue " o AdeusA do assassínio 9elial produ& a revolta e a anarquia !ara os iniciados, Ro dia$oS não " uma pessoa@ " uma força Rcriadora que seres animados e inteligentes usam livremente, para $em e para o malS REm suaS forma mitol3gica e cornuda, R" o S deus !ã@ daí veio o $ode do sa$á Re as figurações desta força que aca$am se impondo (s mentes mais simpl3rias que, não entendendo as id"ias a$stratas so$re o mal, acolhem facilmente representações concretas dotadas de forma e personalidadeS
Ca'6tulo IV < Os 5ltimos ,ag&os Este ) mais um dos *a'6tulos o!de Eli';as Le0i 'romete e !&o *um'reB O autor 7or!e*e um >uase !ada em termos de dados #iogr+7i*os das 'erso!age!s so#re as >uais 'rete!de es*re0er% A'ol!io de ?ia!a ou ?;[a!aP 4ulia!oP o Im'eradorP 4(m#li*o e M+8imo de ?iroB No sum+rioP tam#)m *o!sta o su#t6tulo ^Come1o das so*iedades se*retas e 'r+ti*as 'roi#idas^P tó'i*o 'rati*ame!te i!e8iste!te !o *or'o do te8toB Os tre*;os es*ol;idos seguem a#ai8o%
A'ol!io de ?;[a!a esusS@ Til3strato encarregou?se de fa&er uma lenda a esse deus novo ' hist3ria de 'polInio por Til3strato, a$surda se quisermos tomá?la ao p" da letra, " muito curiosa D uma esp"cie de Evangelho pagão oposto aos Evangelhos do /ristianismo *p JQ92oda a vida de 'polInio, escrita por Til3strato segundo ue A'ol!io era um I!i*iadoB "er0oroso de7e!sor do *ristia!ismo *atóli*o roma!oP Eli';as Le0i 'reo*u'a
Im'erador 4ulia!o ' figura do imperador >uliano nos aparece mais po"tica que a de 'polInio >uliano queria transfundir a seita nova do /ristianismo no corpo do helenismo envelhecido !ara contra$alançar a pot#ncia reali&adora do dogma cristão, tomou tam$"m a Magia %egra em seu auxílio e entregou?se a tene$rosas evocações +eus deuses, cu4a $ele&a e 4uventude queria ressucitar, apareceram?lhe velhos e decr"pitos, inquietos da vida e da lu& e prestes a fugir diante do sinal da cru&V ue *o!du=em a '+gi!as >ue *o!t:m #iogra7ias #em mais *om'letas de A'ol!ioB Uma delasP ;os'edada !o site So#re!aturalP 7oi e8tra6da da edi1&o o!ue *;egou aos !ossoa dias% o Nu*tamero!P li0ro >ue tam#)m 'ode ser o#tido !a i!ter!etB I < A'ol!io de ?;[a!a IN \\\Bso#re!aturalBorg II < A'ol!io de ?;[a!a IN Orio!Bmed
Ca'6tulo V < Das Le!das
S&o Ci'ria!o 'nti3quia ? >ustina era uma 4ovem e $ela virgem pagã, filha de um sacerdote dos ídolos +ua 4anela dava para o pátio vi&inho da igre4a dos cristãos 2odos os dias ela ouvia a vo& pura de um diácono ler $em alto os santos Evangelhos Esta palavra desconhecida tocou e revolveu?lhe o coração Gma tarde, sua mãe, vendo?a pensativa, insisitiu para que lhe confiasse as preocupações >ustina lançou?se aos seus p"s di&endo?lhe) AMãe, a$ençoai? me ou perdoai?me, eu sou cristãA ' mãe chorou a$raçando sua filha e foi procurar o esposo a quem confiou o que aca$ava de sa$er Eles adormeceram e tiveram o mesmo sonho Gma lu& divina descia so$re eles e uma vo& doce os chamava di&endo?lhes) APinde a mim, v3s que viveis aflitos e eu vos consolarei@ vinde, os amados de meu !ai e eu vos darei o reino que vos está preparado desde o começo do mundoA 'o amanhecer, o pai e a mãe a$ençoaram sua filha .s tr#s fi&eram?se inscrever entre os catec0menos e depois das provas de costume foram admitidos ao santo $atismo >ustina voltava $ranca e radiosa da igre4a, entre sua mãe e seu velho pai, quando por ela passaram dois homens som$rios em$rulhados em seus mantos) era o mago /ipriano e seu discípulo, 'cládio .s homens pararam deslum$rados pela visão da moça >ustina não os notou e entrou em casa com sua família %o la$orat3rio de /ipriano, uma vítima degolada palpita perto de um estrado fumegante Em frente ao mago, apareceu então o g#nio das trevas) Eis?me aqui@ por que me chamas?te] TalaV 5ue queres]
'mo uma virgem +edu&e?a Ela " cristã esus /risto Logo, tu me entregarás a 4ovem] 2oma este ungNento mágico@ $esuntarás com ele o limiar da porta dos aposentos da moça e do resto eu me encarregarei >ustina dorme em seu quartinho casto e severo /ipriano posta?se ( porta murmurando palavras sacrílegas e procedendo a ritos horríveis . demInio coloca?se ( ca$eceira da rapariga e sopra?lhe sonhos voluptosos cheios da imagem de /ipriano que ela cr# encontrar ainda ao sair da igre4a@ mas desta ve& ela o contempla, escuta o que ele di& e pertur$a?se Ela se agita e desperta Ta& o sinal da cru& e o demInio desaparece . sedutor que fa& sentinela ( porta aguarda?a inutilmente toda a noite %o dia seguinte ele recomeça suas evocações e fa& amargas censuras ao c0mplice infernal Este, confessa sua impot#ncia /ipriano o expulsa e fa& aparecer um demInio de ordem inferior . rec"m convocado transforma?se alternadamente em formoso mance$o e moça para tentar >ustina por carícias e conselhos ' virgem vai sucum$ir mas seu an4o da guarda a assiste@ ela fa& o sinal da cru& e expulsa o mau espírito /ipriano invoca, então, o rei dos infernos e vem +atã em pessoa Ele acomete >ustina com todas as dores de >3 e espalha uma peste terrível em 'nti3quia, mandando os oráculos di&erem que a peste cessará quando >ustina acalmar P#nus e o amor ultra4ados >ustina ora pu$licamente pelo povo e a peste cessa Pencido mais uma ve&, /ipriano o$riga +atã a confessar a onipot#ncia do sinal da cru& e o afronta, marcando?se com este sinal Ele a$4ura a magia, torna?se cristão, chega a $ispo e reencontra >ustina num mosteiro de virgens Eles se amam, então, com o puro e durável amor da celeste caridade@ a perseguição, por"m, os atinge) são presos 4untos e mortos no mesmo dia, consumando no seio de
Le!da de A'uleio Eis o assunto do livro de 'puleio) ele " um via4ante de passagem pela 2essália, país dos encantamentos 'li rece$e a hospitalidade de um homem cu4a mulher " feiticeira +edu& a criada desta mulher pretendendo, por este meio, o$ter segredos de magia ' criada promete entregar ao amante uma poção por meio da qual a feiticeira se transforma em pássaro por"m engana?se com as caixas e 'puleio se v# mudado em 'sno ' amante desastrada o consola di&endo?lhe que para retomar sua forma humana $asta comer rosas, que " a flor da iniciação Mas onde achar rosas ( noite] D preciso esperar o dia seguinte ' criada condu& o asno ( estre$aria 'parecem ladrões que rou$am o asno 2orna?se difícil aproximar?se de rosas, que não são feitas para $urros@ sempre que tenta, os 4ardineiros expulsam?no a pauladas 'puleio vai perdendo as esperanças mas, certa ocasião, tendo adormecido, aparece?lhe em sonho a deusa Csis e lhe promete que seu sacerdote, prevenido por uma revelação, lhe dará rosas durante as solenidades de sua festa, que está pr3xima /hega o dia da festa) homens mascarados seguem ( frente@ depois v#m as mulheres espalhando flores@ por fim, as imagens dos deuses, em n0mero de tr#s, seguidas pelo grande hierofante, que condu&, não uma imagem, mas o sím$olo de Csis, uma $ola de ouro com o caduceu em cima L0cio 'puleio v# na mão do sacerdote uma coroa de rosas 'proxima?se e não " repelido /ome as rosas e recupera a nature&a humana
Ca'6tulo VI < ,i!turas Ca#al6sti*as e Em#lemas Sagrados So#re a IgreQa ,rimiti0a ' Bgre4a primitiva, o$edecendo ao preceito formal do +alvador, não entregava seus mais santos mist"rios (s profanações da multidão 'o $atismo e ( comunhão s3 se era rece$ido por meio de iniciações progressivas 's imagens eram então menos numerosas e, so$retudo, menos explícitas '$stinham?se de reprodu&ir a figura do +alvador@ as pinturas das catacum$as são, em sua maior parte, em$lemas ca$alísticos G!ósti*os
. nome Agn3sticoA nem sempre foi um nome proscrito na Bgre4a .s padres empregaram muitas ve&es esta denominação para designar o cristão perfeito .s falsos gn3sticos foram todos re$eldes ( ordem hierárquica quiseram nivelar a ci#ncia, vulgari&ando?a concedendo licença ( mística das paixões sensuais em detrimento da so$riedade cristã e da o$edi#ncia (s leis !rodu&ir #xtases por meios físicos e su$stituir a santidade pelo sonam$ulismo, tal foi sempre a tend#ncia das seitas caínicas continuadoras da Magia %egra da Cndia ' Bgre4a devia reprová?las com energia Esperando escapar ( hierarquia pelo milagre comum os gn3sticos eram operadores de prodígios, su$stituindo o culto regular pelos ritos impuros da Magia %egra, fa&endo aparecer sangue em ve& do vinho eucarístico ' intrusão da mulher no sacerd3cio foi sempre o sonho dos falsos gn3sticos porque nivelando assim os sexos, eles introdu&iam a anarquia na família e punham, para a sociedade, uma pedra de tropeço . sacerd3cio real da mulher " a maternidade e o culto desta religião do lar " o pudor Ma!)s < Ma!i>ue6smo ue6smoP tal *omo o g!osti*ismo e outras *orre!tes doutri!+rias religiosasP est+ rela*io!ado e!tre os *;amados ^mo0ime!tos ;er)ti*os^ dos 'rimeiros s)*ulos da Era Crist&B O e!*o!tro do Cristia!ismo *om a 7iloso7ia !eo'lat!i*a em 0+rias ^;eresias^P ou seitas de 'erdi1&oP *o!7orme S&o ,edro e S&o ,auloT e!tre elasP a g!ose ) mais *o!;e*idaB E!tre os s)*ulos III e IV surgiu o Ma!i>ue6smoP um sistema de 'e!same!to ela#orado 'elo !eo'lato!i*o Ma!i ou Ma!)sB Suas i!7lu:!*ias eram o #udismo e o /oroastrismoB ,rega0a a e8ist:!*ia da dualidadeP dois 'ri!*6'iosP o #em e o malB A mat)ria era esse!*ialme!te m+B Sa!to Agosti!;o *;egou a 'erte!*er a esta seitaB Outras ;eresias 'roli7eraramB O Aria!ismoP *riado 'or rioP #is'o de Ale8a!driaP >ue 'rega0a o Cristo *riaturaP elimi!a!do assim o mist)rio da di0i!dade *oe8iste!te *om a !ature=a ;uma!aB O Nestoria!ismoP ;eresia de NestórioP !ega0a a Maria a *o!di1&o de M&e de DeusB O mo!o7isismoP de Euti>uesP !ega0a a !ature=a ;uma!a de CristoB O 'elagia!ismoP !ega0a o 'e*ado origi!alB "o!te% ENCICLO,DIA 9ARSAP 0ol VII < ' WYB S&o ,aulo% Mel;orame!tos $ 9rit(!i*a EditoresP cYYB
Ca'6tulo VII < "ilóso7os da Es*ola de Ale8a!dria 'mInio +acas, !lotino, !orfírio, !roclo, são grandes nomes paraa ci#ncia e para a virtude +ua teologia e moral eram elevadas, seus costumes austeros Mas a maior e a mais tocante figura desta "poca, a mais $rilhante estrela desta pl#iade, foi Hipátia, filha de 2eon %a escola de Hipátia formou?se +in"sio de /irene, que foi mais tarde $ispo de !tolemaida, um dos mais sá$ios fil3sofos e o maior poeta do /ristianismo dos primeiros s"culos Si!)sio de Cire!e escreveu) . povo escarnecerá sempre das coisas difíceis de compreender, ele tem necessidade de imposturas Gm espírito amigo da sa$edoria e que contempla de perto a verdade " forçado a mascará?la para que se4a aceita pelas multidões +e o olho rece$esse de repente uma lu& muito a$undante, ele seria deslum$rado %o meu entender, as ficções são necessárias ao povo e a verdade se torna funesta aos que não t#m força para contemplá?la em todo o seu fulgor ' verdade deve ser mantida em segredo e as multidões t#m necessidade de um ensino proporcional ( sua imperfeita ra&ão . livro mais notável de +in"sio " um ?ratado dos So!;os %o pensar de +in"sio, o estado de sonho prova a especialidade e imaterialidade da alma, que cria campinas, palácios ou cavernas som$rias segundo suas afeições e seus dese4os 'lguns críticos atri$uem tam$"m a +in"sio livros notáveis que tra&em o nome de +aint
9i#liogra7ia do ,es>uisador 9A9ILNIA 9RASIL Bn ^http)YY___angelfirecomYmeY$a$ilonia$rasilYmagicJhtml` acessado em 7KY8Y788
9LAVA?SJK, Helena !etrovna rS +ão !aulo) Madras, 788 GRANDES IM,RIOS E CIVILI/A-ZES Enciclop"dia MesopotFmia vol B Madrid) Ed !rado, J;;K 4OCAS?IAN, '=isha . Livro de %od Edição on line Bn^http)YYp_pnetca$optYdtangelYLivrobdebnodpdf ` acessado em 7JY87Y788 Ma*NALL 9URNS, Ed_ard Hist3ria da /ivili&ação .cidental, vol B !orto alegre) lo$o, J;K ,A,US *erard 'naclet Pincent Encausse- 2ratado Elementar de Magia !rática +ão !aulo) !ensamento, J;; SOU?O MAIOR , ' Hist3ria eral As *i0ili=a13es ira!ia!as, p 9 +ão !aulo) Editora %acional, J;KQ
estudo
História da Magia de Eliphas Levi
ÍNDICE LIVRO IV — A MAGIA E A CIVILI/A-.O Ca'6tulo I% Magia E!tre os 9+r#aros Ca'6tulo II — I!7lu:!*ia das Mul;eres Ca'6tulo III — Leis S+li*as Co!tra os "eiti*eiros Ca'6tulo IV — Le!das do Rei!o de Carlos Mag!o
Ca'6tulo V — M+gi*os Ca'6tulo VI — ,ro*essos C)le#res ?em'l+rios 9ar#a A=ul Ca'6tulo VII — Su'ersti13es Relati0as ao Dia#o
LIVRO IV A MAGIA E A CIVILI/A-.O Ca'6tulo I < Magia E!tre os 9+r#aros R' magia dos $ár$arosS, que o cristianismo ia encadear e atirar no poço do a$ismo manifestou suas 0ltimas convulções e seus 0ltimos esforços entre os $ár$aros por 'artos monstruosos 5uase não há regiões onde os pregadores do Evangelho não tivessem de com$ater animais de formas horríveis, encarnações da idolatria agoni&ante .s AvouivresA, os AgraouillesA, as carrancas, as tarascas, não são unicamente aleg3ricas D certo que as desordens morais produ&em monstruosidades físicas e reali&am de alguma sorte figuras apavorantes que a tradição empresta ao demInio .s ossos f3sseis, com auxílio dos quais a ci#ncia de /urvier reconstruiu monstros gigantescos, pertencem todos realmente a "pocas anteriores ( nossa criação] Era uma tradição entre os antigos que os deuses irritados por crimes extraordinários enviavam monstros ( terra, e esta tradição " muito universal para não ser apoiada em fatos reais Entre todas as lem$ranças que nos restam dos povos $ár$aros na "poca em que o /ristianismo conquistou a civili&ação, se nos deparam o aviltamento idolátrico no qual caíra o sim$olismo do antigo mundo@ por toda parte reinavam, em lugar dos discípulos dos magos, adivinhos, feiticeiros, encantadores Esqueciam?se do
de 6elen ou 6el, que significa em assírio A. +enhorA, nome que corresponde ao de 'donai@ e de /amul ou /amael, nome que na /a$ala personifica a 4ustiça divina '$aixo desse triFngulo de lu& eles supunham um reflexo divino, composto tam$"m de tr#s raios personificados) 2#utates, ou 2euth, o mesmo que 2oth dos egípcios, Per$o ou intelig#ncia formulada@ depois a Torça e a 6ele&a, cu4os nomes variavam Eles completavam o sete!+rio sagrado com uma imagem misteriosa era uma moça velada tendo uma criança nos $raços e eles dedicavam esta imagem ( 0irgem >ue 0ir+ a ser m&e SE?ENRIO SAGRADO% *o!*e'1&o o*ultista so#re a estrutura o!tológi*aP do SERP da *riatura ;uma!aB Segu!do tradi13es de di7ere!tes *ulturasP o ;omem !&o ) a'e!as uma *om#i!a1&o eleme!tar dualP *or'o
.s antigos druídas viviam numa rigorosa a$stin#ncia, guardavam o mais profundo segredo so$re seus mist"rios, estudavam as ci#ncias naturais e não admitiam entre eles novos adeptos senão depois de longas iniciações .s druídas não construíam templos@ reali&avam os ritos de sua religião so$ os d3lmens Ros círculos de pedra do tipo +tonehengeS e nas florestas %ingu"m sa$e ainda com auxílio de que máquinas eles puderam levantar as pedras colossais que formavam seus altares, e que se erguem ainda, som$rios e misteriosos, so$ o c"u nevoento da 'rm3rica .s druídas ensinavam que a alma dos antepassados se ligaaos filhos@ que ela " feli& de sua gl3ria ou atormentada pela sua vergonha@ Rensinavam aindaS que os g#nios protetores se ligam (s árvores e (s pedras da pátria@ que o guerreiro morto por seu país expiou todas as suas faltas e cumpriu dignamente sua missão !or isso, entre os gauleses o patriotismo era uma religião) as mulheres e at" as crianças se armavam se fosse preciso para repelir uma invasão as A>oana
Ca'6tulo II I!7lu:!*ia das Mul;eres ' !rovid#ncia, impondo ( mulher os deveres tão severos e tão doces da maternidade, deu?lhe direito ( proteção e ao respeito do homem +u4eita pela nature&a mesma (s conseqN#ncias das afeições que são sua vida Rfilhos, casa, maridoS, ela dirige seus senhores Rhomens, marido, pai, filhoS com as r"deas que o amor lhe dá@ quanto mais se
su$meter (s leis que constituem e protegem sua honra, tanto mais poderosa ela " e respeitada no santuário da família . /ristianismo s3 pIde legitimamente emancipar a mulher chamamdo?a ( virgindade e gl3ria do sacrifício %uma pressentiu este mist"rio quando instituiu as vestais@ mas os oana ue 'erte!*e ao mu!do das 7adas < 'ró'rio das 7adas < m+gi*oB
Ca'6tulo III Leis S+li*as Co!tra os "eiti*eiros 'lguns parágrafos curiosos das Leis +álicas, datadas em 7 d/) A+e algu"m tratou altivamente a um outro de ;ere#urgo ou estrio'orto, denominações para quem leva o vaso de co$re ao lugar onde as estriges fa&em seus encantamentos e se não pode provar o que di&, que se4a condenado a uma multa de sete mil e quinhentos dinheiros, que fa&em cento e oitenta sous e meioA
A+e algu"m tratar uma mulher livre de estrige ou de prostituta sem poder prová? lo, se4a condenado a uma multa de dois mil e quinhentos dinheiros, que fa&em sessenta e dois sous e meioA A+e uma estrige devorou um homem e tenha sido provado tal fato, será condenada a pagar oito mil dinheiros, que fa&em du&entos sousA ES?RIGES% Na mitologia gregaP mo!stros 7emi!i!os dotados de asas e garrras semel;a!tes ]s das a0es de ra'i!aB Nutriamue ]s marge!s do rio ?i#re BBBCar!a 'rotegia os re*)muises e A7roditeP me!*io!ado 'or Virg6lioP em E!eidaP *omo 7u!dador de RomaB DICIONRIO DE MI?OLOGIA GRECO
P#?se que naqueles tempos a antropofagia era possível a dinheiro e que a carne humana não custava caro !agava?se cento e oitenta e sete sous e meio para caluniar um homem@ por mais do&e sous e meio podia?se degolá?lo e com#?lo, o que era mais leal e completo 's Leis +álicas eram as de um povo ainda $ár$aro onde tudo se redimia, como na guerra, com um resgate ' 0nica legislação forte desta "poca era a da Bgre4a@ por isso os /oncílios decretaram contra as estriges e envenenadores que tomavam o nome de feiticeiros, as penas mais severas . Co!*6lio de Agde, no 6aixo Languedoc, reunido em 8Q, os excomunga@ o primeiro Co!*6lio de Orlea!s, reunido em JJ, proí$e expressamente as operações adivinhat3rias@ o Co!*6lio de Nar#o!a, em :;, fere os feiticeiros de uma excomunhão sem esperança e ordena que se4am feitos escravos e vendidos em proveito dos po$res Este mesmo /oncílio ordena açoitar pu$licamente os amadores do dia#o
Ca'6tulo IV Le!das do Rei!o de Carlos Mag!o /arlos Magno " o verdadeiro príncipe dos encantamentos e das fadas /om ele começou a era da cavalaria /arlos Magno, dando um trono ao papado e rece$endo dele o imp"rio do mundo, " o mais grandioso de todos os personagens da hist3ria europ"ia R+egundo a lendaS este rei possuía o E!*;iridio!, presente do autor, o pontíficie Leão BBB, livro que cont"m as mais $elas preces cristãs e os mais ocultos caracteres da /a$ala . so$erano proprietário deste livro, dele sa$endo dignamente
servir?se, devia ser o senhor do mundo Os "ra!*o<4u6=es ' espada e o punhal mágico figurados no Enquiridion parece ter sido o sím$olo secreto do tri$unal dos franco?4uí&es .s franco?4uí&es foram uma sociedade secreta oposta (s sociedades secretas anárquicas e revolucionárias Era uma polícia secreta com direito de vida e morte RToram instituídos para reprimir insurreições políticas de comunidades que se recusavam a a$ndonar seus antigos líderes, crenças e tradiçõesS 2odos os cultos vencidos, o paganismo romano, a idolatria germFnica, o rancor 4udaico, ligavam?se contra o /ristianismo vitorioso eali&avam?se assem$l"ias noturnas . sa#+, em uma palavra, cele$rava?se ainda em todas as florestas e nos desertos das províncias ainda selvagens /arlos Magno resolveu com$at#?los com suas pr3prias armas %este mesmo tempo as tiranias feudais conspiravam com os sectários contra a autoridade legítima) as feiticeiras eram as prostitutas dos castelos@ os $andidos, iniciados no +a$á, partilhavam com os senhores o fruto das rapinas /arlos Magno enviou ( Pestfália, onde o mal era maior, agentes dedicados encarregados de uma missão secreta Estes agentes instituíram o tri$unal dos franco?4uí&es ' Santa ,ema tomou proporções gigantescas . povo falava das aparições de homens mascarados, citações apareciam fixadas nas portas de poderosos senhores, chefes de $andidos eram encontrados mortos com o terrível punhal cruciforme no peito e em uma faixa, presa no punhal, o resumo do 4ulgamento da +anta Pema REstas A+anta PemaA chegaram a serS assem$l"ias formidáveis, algumas tão numerosas que pareciam um ex"rcito de exterminadores Gma noite, o imperador +egismundo presidiu uma +anta Pema e mais de mil franco?4uí&es tinham assento a seu lado Em J88, havia cem mil franco?4uí&es na 'lemanha Bmprimiu?se no eichstheaer de MNller, o c3digo da corte P#mica, encontrado nos antigos arquivos da Pestfália Eis o título deste velho documento) A/3digo e estatutos do +anto 2ri$unal secreto dos franco?condes e francos?4uí&es de Pestfália, que foram esta$elecidos no ano de K77 pelo imperador /arlos Magno, corrigidos em J8 pelo rei o$erto que fe& as alterações e adições que exigia a administração da 4ustiça nos tri$unais dos iluminadosA !ode?se ver nos /apitulários com que penas deviam ser punidos os feiticeiros, os adivinhos, os encantadores, os evocadores do dia$o, os envenenadores Estas mesmas leis proí$em de pertur$ar o ar, de excitar tempestades, fa$ricar caracteres e talismãs, tirar sortes, fa&er malefícios praticando feitiçaria contra re$anhos .s feiticeiros, astr3logos, adivinhos, necromantes, matemáticos ocultistas, são declarados execráveis e sentenciados (s mesmas penas dos assassinos /omprender?se?á esta severidade se nos
lem$ramos do dissemos so$re os ritos horríveis da Magia %egra de seus sacrifícios infanticidas@ grande devia ser o perigo para que a repressão se manifestasse de forma tão implacável Heróis e Roma!*e de Ca0alaria .utra instituição que se liga (s mesmas fontes da +anta Pema " a Ca0alaria Erra!te Rou /avalaria 'ndanteS Estes cavaleiros eram como franco?4uí&es que recorriam a
Ca'6tulo V M+gi*os . dogma fundamental da alta ci#ncia, que consagra a Lei eterna do Equilí$rio, o$tivera sua inteira reali&ação na constituição do mundo cristão uiel +o$ o reino de +ão Lui& viveu o famoso a$ino >equiel, grande ca$alista e físico notável 2udo o que se di& de sua lFmpada e de seu fogo mágico prova que ele conhecia a eletricidade Este conhecimento, tão antigo quanto a Magia, se transmitia como uma das
chaves da alta iniciação 5uando chegava a noite, uma estrela radiosa parecia $rilhar no quarto de >equiel@ sua lu& era tão viva que ningu"m podia fixá?la sem se ofuscar %ingu"m a via esmaecer nem apagar?se e todos sa$iam que ela não era alimentada com a&eite ou com qualquer das su$stFncias com$ustíveis então conhecidas 5uando um importuno ou curioso mal intencionado tentava introdu&ir?se na casa de >equiel e peristia em forçar a aldrava da porta, o ra$ino $atia num prego que se achava plantado em seu ga$inete e saía, ao mesmo tempo, da ca$eça do prego e da aldrava da porta uma lu& a&ulada, e o importuno era sacudido de tal sorte que pedia miseric3rdia sentindo a terra entrea$rindo?se a seus p"s >equiel conquistou sua tranquilidade pelo terror que espalhava +ão Lui&, que por ser um grande cat3lico não deixava de ser um grande rei, quis conhecer >equiel@ mandou $uscá?lo para sua corte e com ele teve muitas palestras, ficando plenamente satisfeito com suas explicações !rotegeu?o contra seus inimigos e não deixou de testemunhar?lhe estima e fa&er?lhe $em
Ca'6tulo VI ,ro*essos C)le#res ?em'l+rios Em JJJ:, nove cavaleiros cru&ados no .riente consagraram?se ( religião e prestaram 4uramento diante do patriarca de /onstantinopla, sede sempre secular e pu$licamente hostil ( de oma . o$4etivo confessado dos templários era proteger os cristãos que visitavam os lugares santos@ seu o$4etivo secreto era a reconstrução do templo de +alomão de acordo com o modelo profeti&ado por E&equiel Rdaí o nome A2empláriosA, segundo E LeviS Esta reconstrução, predita pelos místicos 4udaicos dos primeiros s"culos, tornara?se um sonho não confessado dos patriarcas do .riente . templo de +alomão, reconstruído e consagrado ao culto cat3lico, seria, de fato, a metr3pole Ro centroS do Gniverso . .riente prevaleceria so$re o .cidente e os patriarcas de /onstantinopla apodera?se?iam do !apado 4oa!itas .s templários seguiriam os modelos da 6í$lia, os pedreiros guerreiros de 1oro$a$el que tra&iam a espada em uma mão e a trolha Rpá de pedreiroS na outra D por isso que a espada e a trolha foram as insígnias dos templários que, mais tarde se ocultaram so$ o nome de Airmãos maçõnsA REntre os nove cavaleiros consagrados estava Hugues de !a=ens que não estava interessado nos sonhos dos patriarcas Ele tinha ingressado em uma seita de *rist&os Qoa!itasS que pretendiam ser os 0nicos iniciados nos verdadeiros mist"rios da religião do +alvador@ pretendiam conhecer a hist3ria real de
>esus /risto e, adotando em parte tradições 4udaicas 4 udaicas e narrações do 2almude, acreditavam que os fatos contados nos Evangelhos não passavam de alegorias %o que se refere ( hist3ria, eis o que os >oanitas contavam) AGma moça de %a&ar", chamada Míriam, noiva de um rapa& de sua tri$o chamado Iocanaã, foi surpreendida por um certo !andira, ou !anter, que a$usou dela ( força depois de se ter introdu&ido em seu quarto so$ as vestes e nome do noivo Bocanaã, conhecendo sua noiva, deixou?a sem compromet#?la e a moça deu ( lu& um menino que chamou >osuá ou >esus Este menino foi adotado por um ra$ino de nome >os", que o levou em sua s ua companhia para o Egito 'li, >esus teria sido iniciado nas ci#ncias secretas e os sacerdotes de .síris, reconhecendo nele a verdadeira encarnação de Horo, prometido há muito tempo aos adeptos, o consagraram so$erano pontífice da religião universal >osua e >os" voltaram ( >ud"ia onde a ci#ncia e a virtude v irtude do moço não demoraram a excitar a inve4a e o 3dio dos sacerdotes que, um dia, lhe censuraram pu$licamente a ilegitimidade de nascimento >osua que amava e venerava sua mãe, interrogou >os" e sou$e toda a hist3ria do crime de !andira e da desgraça de Míriam +eu primeiro movimento foi renegá?la pu$licamente, di&endo?lhe no meio de um festim de n0pcias) AMulher, que q ue há de comum entre ti e eu]A oão, o Evangelista, responsável por esta pretendida tradição e atri$uíam a este ap3stolo a fundação de sua Bgre4a secreta .s grandes pontífices desta seita tomavam o título de Cristo e Cristo e pretendiam ser os sucessores de +ão >oão 'ssim, a ordem dos cavaleiros foi manchada desde sua origem ' ordem fa&ia profissão exterior da mais perfeita ortodoxia cat3lica?romana R+ecretamente, por"mS . >oanismo dos adeptos era a /a$ala dos n3sticos degenerada em um panteísmo místico !ara ter melhor #xito e criar adeptos, eles RacolhiamS os pesares dos cultos decaídos e as esperanças dos cultos novos, prometendo a todos li$erdade de consci#ncia e uma nova ortodoxia que seria a síntese de todas as crenças perseguidas .s templários foram 4esuítas mal sucedidos +ua palavra de ordem era tornarem?se ricos para comprar o mundo com efeito, em J9J7 eles possuíam na Europa mais de mil senhorias ' rique&a foi seu desastre) tornaram?se insolentes, mostraram seu desd"m para com as instituições religiosas e sociais que aspiravam d derru$ar erru$ar . !apa /lemente P e o rei Telipe, o 6elo, deram um
sinal ( Europa e os templários, envolvidos por uma imensa rede, foram presos, desarmados e encarcerados . estupor apoderou?se do mundo cristão e esperavam?se revelações Era impossível explicar ao povo o plano da conspiração dos templários ecorreu?se ( acusação de Magia e acharam?se denunciadores e testemunhas D conhecido o fim deste drama como >acques de Molai e seus companheiros morreram nas chamas@ mas antes de de morrer, o chefe do templo organi&ou e instituiu a ma1o!aria o*ulta o*ulta
9ar#a A=ul illes de Laval, senhor de ai&, tinha de fato a $ar$a tão negra que parecia ser a&ul, como se pode ver em seu retrato que está no museu de Persalhes, na sala dos Marechais Ele era um marechal da 6retanha, $ravo porque era franc#s, faustoso porque era rico e feiticeiro porque era louco 'ndava sempre precedido da cru& e do estandarte@ seus capelães eram co$ertos de ouro e ornamentados como prelados@ tinha consigo um col"gio inteiro de pequenos pagens pag ens 2odos os dias, um menino era enviado enviad o a algum lugar e seus camaradas não o viam mais voltar Gm rec"m?vindo su$stituía o que partira e era severamente proi$ido (s crianças tentar sa$er da sorte dos que desapareciam . marechal o$tinha estas crianças com pais po$res, sedu&idos pelas promessas de um futuro $rilhante para os filhos .ra, eis o que se passava ' devoção era apenas uma máscara, passaporte para práticas infames . marechal,
arruinado por suas loucas despesas, queria a todo custo o$ter mais rique&as .s empr"stimos dos agiotas logo faltariam Ele resolveu recorrer ( Magia %egra +eus c0mplices e confidentes eram !relati, um sacerdote ap3stata da diocese de +aint Malo e o feiticeiro florentino +ill" 'conteceu que o marechal illes de Laval, o 6ar$a '&ul, desposara uma moça de origem no$re Ele matinha a esposa praticamente como uma prisioneira no castelo, em Machecoul %este castelo havia uma torre cu4a porta era murada Ela parecia em ruínas e o marechal advertia para que ningu"m fosse ali Madame de ai& passava longas temporadas so&inha e, uma noite, perce$eu lu&es a&uladas que vinham das 4anelas da torre Ticou curiosa mas não ousava interrogar o marido, cu4o caráter estranho e som$rio lhe inspirava terror %a !áscoa de J8, o marechal, depois de ter comungado na capela, despediu?se da mulher di&endo que partia para a 2erra +anta Ela estava grávida de poucos meses . marechal permitiu que a irmã ficasse com ela em sua aus#ncia e illes de Laval se foi +o&inha com a irmã, Madame de ai& confidenciou?lhe suas inquietações, seus temores) que se passava no castelo] !orque andava tão som$rio o +enhor de ai&] !orque as aus#ncias freqNentes] 5ue acontecia com as crianças que desapareciam todos os dias] E as lu&es noturnas na torre a$andonada] esolveram entrar na torre
sanguinolenta, vermelha
senhoras empunhando suas espadas e at" os su$ordinados do marechal voltaram?se contra o patrão dando tempo de fuga para as mulheres, seus irmãos e os outros cavaleiros %o dia seguinte, o duque >oão P mandou prender illes de Laval que entregou?se sem resist#ncia . parlamento da 6retanha decretou sua prisão como homicida@ os 4uí&es eclesiásticos prepararam?se para 4ulgá?lo como her"tico, sodomita e feiticeiro Po&es que o terror conservara mudas por muito tempo fi&eram?se ouvir Eram os pais das crianças desaparecidas Houve um luto e um clamor universal em toda a província Teita a $usca nos castelos de Machecoul e /hantoc", foram encontrados os restos de mais de du&entos esqueletos de crianças illes de Laval foi queimado vivo no prado de Madalena, perto de %antes .$teve permissão para comparecer ( execução com todo o fausto que o acompanhara durante a vida
Ca'6tulo VII Su'ersti13es Relati0as ao Dia#o R+o$re o dia$o ou so$re o g#nio do mal, a Bgre4a ensinaS a não tem#?lo, recomenda a seus filhos não se ocupar com ele e nunca pronunciar?lhe o nome Entretanto, durante a Bdade M"dia, a inclinação das imaginações doentias e das ca$eças fracas deu uma importFncia formidável e formas ameaçadoras a este ser tene$roso Esta reali&ação aparente do fantasma da perversidade foi uma encarnação da loucura humana@ o dia$o tornou?se o pesadelo dos claustros 's superstições condu&em depressa ( in"pcia e ( dem#ncia +3 se ouvia falar de íncu$os e s0cu$os . padre Hilário 2issot di& que o crime " uma loucura@ infeli&mente, ele explica sempre a loucura como uma o$sessão do mau espírito 'dmitamos pois, que o dia$o somente o$seda os que se entregam voluntariamente ( ele e estes são responsáveis por tudo o que poderá Rele, o dia$oS sugerir?lhes, como o "$rio deve ser responsável por todas as desordens (s quais ele poderá a$andonar?se so$ a influ#ncia da em$riagu#s ' em$riagu#s " uma loucura passageira e a loucura uma em$riagu#s permanente@ uma e outra são causadas por um engurgitamento fosf3rico dos nervos do c"re$ro que destr3i nosso equilí$rio luminoso e priva a alma de seu instrumento de precisão ' alma do mundo " uma força que tende sempre ao equilí$rio 2oda vida incompleta a atormenta como uma monstruosidade e ela Ra alma do mundoS esforça?se sempre para rea$sorver os a#ortos i!tele*tuais@ " por isso que os maníacos, os alucinados sentem um atrativo irresistível para a destruição e a morte Eles sentem que a vida lhes escapa, a consci#ncia os queima e desespera@ sua exist#ncia não " mais que o sentimento de morte, " o suplício do inferno . ser " su$stFncia e vida A 0ida se ma!i7esta 'elo mo0ime!to e o mo0ime!to se 'er'etua 'elo e>uil6#rioT o e>uil6#rio )P 'oisP a lei da imortalidadeB !or toda parte
onde se manifeste uma vida imperfeita e mal formada, Ro movimento astral, alma da terraS fa& afluir suas forças para destruí?la como espíritos vitais a$undam para fechar feridas
"IM DO VOLUME IV Retor!o% Í!di*e de Volumes
9i#liogra7ia do ,es>uisador 9A9ILNIA 9RASIL Bn ^http)YY___angelfirecomYmeY$a$ilonia$rasilYmagicJhtml` acessado em 7KY8Y788 9LAVA?SJK, Helena !etrovna rS +ão !aulo) Madras, 788 GRANDES IM,RIOS E CIVILI/A-ZES Enciclop"dia MesopotFmia vol B Madrid) Ed !rado, J;;K 4OCAS?IAN, '=isha . Livro de %od Edição on line Bn^http)YYp_pnetca$optYdtangelYLivrobdebnodpdf ` acessado em 7JY87Y788 Ma*NALL 9URNS, Ed_ard Hist3ria da /ivili&ação .cidental, vol B !orto alegre) lo$o, J;K ,A,US *erard 'naclet Pincent Encausse- 2ratado Elementar de Magia !rática +ão !aulo) !ensamento, J;;
SOU?O MAIOR , ' Hist3ria eral As *i0ili=a13es ira!ia!as, p 9 +ão !aulo) Editora %acional, J;KQ
estudo
História da Magia de Eliphas Levi
ÍNDICE LIVRO V — OS ADE,?OS E O SACED@CIO Ca'6tulo I% Sa*erdotes e ,a'as A*usados de Magia Ca'6tulo II — A'ari1&o dos 9o:mios Nmades Ca'6tulo III — Le!da e História de Raimu!do Lullo Ca'6tulo IV — Al>uimistas Ca'6tulo V — "eiti*eiros e M+gi*os C)le#res Ca'6tulo VI — ,ro*essos de Magia Ca'6tulo VII — Orige!s M+gi*as da Ma1o!aria
LIVRO V OS ADE,?OS E O SACERD@CIO Ca'6tulo I < Sa*erdotes e ,a'as A*usados de Magia
processo dos 2emplários consolidou a ruptura e, desde aquela "poca, a Magia, redu&ida a esconder?se na som$ra, por sua ve&, proscreveu a Bgre4a .s adeptos dissimulavam seus ressentimentos e suas doutrinas@ ligaram?se entre si por 4uramentos terríveis e, sa$endo o quanto importa Ra opinião p0$licaS, adotaram a estrat"gia de acusar seus acusadores@ empenharam?se em disseminar entre o povo a id"ia de que o sacerd3cio era uma escola de Magia %egra D in4ustiça lançar so$re todos os sacerdotes os crimes de alguns homens que dele se achavam revestidos Gm homem, qualquer que se4a, pode ser mau@ um verdadeiro sacerdote " sempre caridoso !or"m, não desse modo que entendiam os falsos adeptos e para apoiar suas cal0nias eles inventaram fá$ulas .s !apas, di=iam eles, eram devotados ao espírito das trevas desde o s"culo O . sá$io o$ert, que foi investido no papado so$ o nome de Sil0estre II, confessara sua ligação com a magia negra na ocasião de sua morte Ho!ório III, que confirmou a ordem de +ão erusal"m e o !apa?mago fe&, internamente, voto de nunca ir a >erusal"m Teito !apa, um dia, re&ando a missa numa igre4a de oma, sentiu?se gravemente doente Lem$rou?se, então, que a capela onde estava chamava?se +anta /ru& de >erusal"m /ompreendeu que tudo estava aca$ado e mandou estender um leito na capela /hamou ao redor de si os cardeais e confessou em alta vo& ter tido contato com demInios .rdenou que ap3s sua morte o pusessem numa carroça de madeira nova com dois cavalos atrelados, um preto e outro $ranco@ que soltassem estes cavalos sem guiá? los e enterrassem seu corpo no lugar onde estes cavalos parassem ' carroça percorreu ruas de oma e foi parar diante da igre4a de Latrão Então, foram ouvidos gritos e gemidos@ depois, tudo voltou ao sil#ncio e pIde?se proceder ao sepultamento R'inda de acordo com a crInica de !latinoS o t0mulo de +ilvestre BB permanece feiticeiro Rencantado ou assom$radoS@ ele chora profeticamente na imin#ncia de queda dos !apas@ no fim da vida dos pontífices Aouve?se o estremecer e entrechocar dos ossos malditos de e$ertA Gm epitáfio gravado so$re este t0mulo AatestariaA
esta maravilha !latino, $i$liotecário do Paticano durante o pontificado de +ixto BP escreveu a hist3ria dos !apas Ele viveu em oma, onde era fácil verificar Rque não existe no t0mulo tal epitáfioS R's acusações contra +ilvestre BB são falsasS !ara fa&er cair a acusação de feitiçaria $astaria di&er que ele era o homem mais sá$io de seu tempo /onhecia a fundo as matemáticas Ra física, astronomia, mecFnicaSe construiu na cidade eims, segundo uillaume Malmes$er=, máquinas hidráulicas tão maravilhosas que a água executava nelas sinfonias e tocava árias agradáveis %a cidade de Magde$urgo, montou um rel3gio que marcava todos os movimentos do c"u e a hora do despontar e do pIr das estrelas R!ossuíaS uma erudição universal !referia instruir os príncipes a excomungá?los e, possuindo o favor de dois reis de Trança e de tr#s imperadores, ele não tinha necessidade de se dar ao dia$o para su$ir aos arce$ispados de eims e de avena e por fim, o !apado O Grimório de Ho!ório III Hon3rio BBB foi um dos mais &elosos pontífices do s"culo OBBB@ a ele Ros caluniadoresS atri$uíram a autoria deste Alivro ímpioA R+eu nome eraS /#ncio +avelli, coroado !apa em J7JQ, confirmou a ordem de +ão esus /risto a +ão !edro) Eu te dou as chaves do reino dos cus, tem poder de comandar somente R4ustamenteVS o príncipe das trevas e seus an4os pois, como criados a seus amos, lhe devem Ros
demInios ao !apadoS honra, gl3ria e o$edi#ncia em virtude destas outras palavras dirigidas por >esus /risto ao pr3prio +atã) (u não servir%s senão a um só Senhor !ela o$edi#ncia a estes decretos, o chefe da Bgre4a foi feito o +enhor dos BnfernosA Eis aí o pontificado dos infernos +egue?se a $ula infernal do ApontíficeA . mist"rio das evocações tene$rosas se acha aí exposto .s 4e4uns, as vigílias, os mist"rios profanados, as *erim!ias alegóri*as, os sacrifícios sangrentos
Ca'6tulo II A'ari1&o dos 9o:mios Nmades < Ciga!os %o começo do s"culo OP, espalharam?se pela Europa $andos de via4antes morenos e desconhecidos Eram chamados 9o:mios porque di&iam que vinham da 6o#mia, ou então eram Eg6'*ios, porque seu chefe tomava o nome de Aduque do EgitoA Eles exerciam a advinhação, o saque e o rou$o Eram hordas nImades Piviam em tendas, sua religião era desconhecida, apesar de se di&erem cristãos Bnimigos do tra$alho, elesnão respeitavam nem a propriedade nem a família e pertur$avam, com sua pretensa adivinhação, a pa& das pessoas de $em e dos lares honestos Resus pesava so$re todo o povo e por isso foram a oma $uscar salvação com o !apa . pontífice, tendo?os ouvido, lhes dera como penit#ncia o destino de andar pelo mundo durante sete anos sem deitar?se em cama nenhuma e por isso, há cinco anos viviam como nImadesS Eram cerca de J78 pessoas incluindo melheres e crianças 'firmaram que ao deixar seu país eram cerca de mil e du&entas pessoas@ haviam morrido no caminho e os aqueles que so$reviveram esperavam possuir $ens ainda neste mundo, porque o +anto !adre lhes prometera país $om e f"rtil, logo que terminassem sua penit#ncia +eus filhos, rapa&es e moças, eram extraordinários escamoteadores 5uase todos tinham orelhas furadas e em cada uma, um ou dois an"is de prata@ di&iam que era de no$re&a em seu país 2inham a pele escura e os ca$elos encarapinhados
's mulheres eram as mais feias que se possam ver) todas tinham o rosto co$erto de chagas, os ca$elos negros como cauda de cavalo e por vestido tinham uma velha flaussoie Eram as mais po$res criaturas que porventura 4á se viram na Trança %ão o$stante sua po$re&a, tinham eles feiticeiros que olhavam as mãos da gente e di&iam a cada um o que lhes acontecera e o que lhes devia acontecer Bsto chegou ao conhecimento do 6ispo de !aris, o qual lá foi e fe& ver a eles que deviam ir em$ora %ingu"m sa$e se eles continuaram sua viagem mas certo " que a lem$rança deles ficara Existe um $osque, perto da aldeia de Hamel , a quinhentos passos de um monumento de seis pedras druídicas, uma fonte chamada Cozinha dos Feiticeiros
Ca'6tulo III Le!da e História de Raimu!do Lullo
Roma!*e /orria o ano de J78 Em !alma, na ilha de Ma=orca, 'm$r3sia, uma dama $ela e sá$ia dirigia?se ( igre4a !ela rua passava um cavalheiro de alto porte e ricamente vestido@ v# a senhora) pára fulminado Ela entra no templo . cavalheiro, transtornado, arremessa seu cavalo e entra atrás dela no meio dos fi"is aterrori&ados causando grande rumor Toi um escFndalo . cavalheiro " o conhecido +enhor aimundo Lullo, mordomo?mor das ilhas e dono do paço Ele " casado@ tem dois filhos e uma filha Madame 'm$r3sia di /astelo tam$"m " casada e tem uma reputação sem mancha aimundo Lullo era tido como grande sedutor +ua entrada eqNestre na igre4a de !alma causou grande sensação na cidade 'm$r3sia, confusa, consultou o marido que era, sem d0vida, um homem prudente@ ele não considerou ofensa a atitude de Lullo, mas elogio ( $ele&a da mulher e aconselhou 'm$r3sia a curar seu louco adorador pela loucura mesma de que ela era causa aimundo Lullo escrevera ( senhora para desculpar?se) o que ela lhe inspirava, di&ia ele, Aera estranho, so$re? humano, fatal@ ele respeitava sua honra, sua afeição, que sa$ia pertencer a outro@ mas precisava expressar seu amor, precisava de dedicações, de sacrifícios a fa&er, de milagres a reali&ar, de penit#ncias, das proe&as de um cavaleiro erranteA 'm$r3sia lhe respondeu) A!ara viver um amor que di&eis ser so$re?humano ser?me? ia necessária uma exist#ncia imortal
não compreendeu assim e a partir daquele dia, o $rilhante senhor desapareceu para dar lugar a um som$rio e grave alquimista !assaram?se anos ' mulher de aimundo Lullo morreu, 'm$r3sia di /astelo ficou vi0va . alquimista parecia t#?la esquecido e somente se ocupava da rande .$ra Gm dia, estava a vi0va em sua casa quando anunciaram?lhe aimundo Lullo Estava velho, pálido, calvo@ tra&ia um frasco cheio de um elixir vermelho como fogo 'vançou cam$aleando, procurando a amada com os olhos Estava em sua frente mas ele não a reconheceu porque em seu pensamento, ela era sempre moça e $ela, como naquele dia, na igre4a de !alma +ou eu ela di& que dese4a] .uvindo?lhe a vo&, o alquimista estremeceu, reconheceu 'm$r3sia e, delirante, enxerga a moça de outrora@ lançando?se a seus p"s, estendeu o frasco) 2oma disse ela $e$e, " a vida !us aí dentro trinta anos da minha vida mas eu o experimentei, estou certo disso, " o elixir da imortalidade /omo o experimentaste] pergunta 'm$r3sia com um triste sorriso Há dois meses, depois de ter $e$ido uma quantidade de elixir igual a esta, a$stive?me de todo alimento ' fome torceu?me as entranhas mas não morri e posso di&er que sinto em mim mais vida e mais força que nunca Eu vos creio disse 'm$r3sia mas este elixir que vos conserva a vida não fa& voltar a mocidade Meu po$re amigo, olhai?vos e apresentou?lhe um espelho aimundo recuou %unca, nos 0ltimos trinta anos ele pensara em mirar?se 'gora, aimundo, olhai?me disse ela desco$rindo seus ca$elos $rancos
Escondendo o rosto entre as mãos, ele se retirou $anhado em lágrimas 'lguns meses depois, um monge da ordem de +ão Trancisco de 'ssis assistia 'm$r3sia di /astelo em seus 0ltimos momentos Este monge era aimundo Lullo Le!da ' lenda di& que o alquimista viveu ainda muitos s"culos em expiação %as ocasiões em que deveria naturalmente morrer, o po$re adepto sentia todas as dores da agonia, tinha crises extremas e depois sentia a vida retomá?lo Ele orava e dedicou sua exist#ncia (s $oas o$ras esus /risto /onseguiu que a tur$a furiosa o perseguisse Toi espancado, apedre4ado, mas não morria, em$ora ferido, que$rado !or fim, as pedras que lhe atiravam co$riram? no completamente %a noite seguinte, dois negociantes genoveses, navegando 4unto ( costa de 20nis, viram uma grande lu& que se elevava pr3xima ao porto Toram at" o lugar e encontraram um monte de pedras de onde saíam os raios da esplendorosa lu& emovendo as pedras, encontraram Lullo, que$rado e vivo Em$arcaram?no em seu navio e o levaram at" Ma=orca, sua pátria 'o avistar a ilha, o mártir expirou
História aimundo Lullo, o fil3sofo e adepto que morreu sendo considerado A
Este ouro foi chamado ouro de Raimundo e existem ainda moedas, muito raras, conhecidas como raimundinas +o$re aimundo Lullo, L Tiguier escreveu em seu octrines et !ra"au# des $lchimistes) Aaimundo Lullo, foi um g#nio que alcançou todos os ramos dos conhecimentos humanos, como exposto em seu livro $rs Ma%na ? Magna 'rte Ele aperfeiçoou e descreveu com cuidado diversos compostos que estão muito em uso na química ' ele devemos a preparação do car$onato de potássio por meio do tártaro e por meio das cin&as de lenha, a retificação do espírito do vinho, a preparação dos 3leos essenciais, a purificação da prata e a preparação do merc0rio doceA aimundo Lullo encerrou em seu testamento filos3fico todos os princípios desta ci#ncia RquímicaS mas de um modo velado, como era uso e dever de todos os adeptos Este estudioso foi o primeiro iniciado depois de +ão >oão que se dedicou ao apostolado hierárquico da santa ortodoxia 2oda a sua vida foi dedicada a fundações pias e aos tra$alhos científicos Em J7KQ, fundou em oma um col"gio de franciscanos onde era ensinada a língua ára$e, com o prop3sito de refutar os livros dos doutores mamometanos e de pregar aos mouros a f" cristã >oão OOB confirmou esta instituição, o col"gio, no primeiro ano de seu pontificado Entre os anos de J7;9 e J9JJ, ele solicitou e o$teve do !apa %icolau BP e dos reis de Trança, +icília, /hipre e Ma=orca o esta$elecimento de muitos col"gios para o estudo de línguas !or toda parte ensinou sua grande arte, que " uma síntese universal dos conhecimentos humanos e tem por o$4etivo esta$elecer entre os homens uma s3 língua %a Espanha, em /ompluto, fundou uma academia para estudo de línguas e ci#ncias eformou muitos conventos, via4ou pela Btália recrutando soldados para uma nova ordem militar aimundo Lullo morreu em J9J ou J9J aos oitenta anos, segundo ene$ard
R' teoria de Lullo pode ser classificada de pueril, infantil, tão pueril quanto a moral daquele que disse) A+e não vos tornardes como crianças não entrareis no eino dos /"usAS aimundo Lullo queria opor a /a$ala tornada cristã ( magia fatalista dos ára$es, (s tradições do Egito e da Cndia, opor a magia da lu& ( magia das trevas Ele di&ia que nos 0ltimos tempos, as doutrinas do 'nticristo seriam de um realismo materiali=ado e >ue e!t&o ressus*itariam todas as mo!struosidades da magia m+BBB
Ca'6tulo IV Al>uimistas
Neste *a'6tuloP Eli';as Le0i *o!ti!ua e*o!mi*o *om o *o!te2do ;istóri*o<#iogr+7i*o e 'ou*o di= so#re as 0ida e a o#ra dos al>uimista >ue rela*io!a !o i!6*io do *a'6tulo% Ni*olau "lamelP A#ade ?ritemoP Cor!)lio Agri'aP Guil;erme ,ostel e ,ara*elsoB
Tlamel pertence exclusivamente ( alquimia@ por isso, s3 faremos menção dele para falar deste livro hieroglífico de '$raão, o >udeu, Rrefere?se ao 2aroS no qual o alquimista encontrou as chaves da grande o$ra ' tradição assegura que Tlamel não morreu e que ele enterrou um tesouro de$aixo da torre de +aint >acques?la? 6oucherie Rresid#ncia de TlamelS
Em J:8 apareceu 4o&o ?ritemo, mestre de /orn"lio 'gripa e o maior mágico dogmático da Bdade M"dia 2ritemo era um a$ade da ordem de +ão 6enedito, de irrepreensível ortodoxia e de conduta regular 2odos os seus tra$alhos mágicos tratam da arte de ocultar os mist"rios Escreveu !ratado das Causas &e%undas e ainda uma hist3ria da magia toda em pentaclos) eterum &ophorum &i%illa et Ima%ines Ma%icae, onde dá a chave de todas as escrituras ocultas e explica, em termos velados, a ci#ncia real dos encantamentos e evocações 2ritemo ", em magia, o mestre dos mestres e não hesitamos em proclamá?lo o mais sá$io dos adeptos Cor!)lio Agri'a) durante toda sua vida foi um investigador que não achou nem a verdadeira ci#ncia nem a pa& .s livros de 'gripa são cheios de erudição e ousadia /om seu caráter fantasioso e independente ganhou fama de ser um a$ominável feiticeiro Toi perseguido pelo clero e pelos príncipes Morreu po$re e a$andonado Guil;erme ,ostel Era filho de um po$re campon#s dos arredores de 6arenton, na %ormandia@ ( força de perseverança e sacrifícosconseguiu instruir?se, tornando?se cedo o homem mais sá$io de seu tempo@ a po$re&a o acamponhou sempre e a mis"ria o forçou, (s ve&es a vender seus livros !ostel tra$alhava como um mouro para ganhar um pedaço de pão e voltava em seguida para estudar 'prendeu todas as línguas conhecidas e todas as ci#ncias de seu tempo@ desco$riu manuscritos preciosos e raros, como os Evangelhos 'p3crifos e o +epher >esirah@ ele mesmo inicou?se nos mist"rios da /a$ala e quis revelá?la ao mundo Escreveu $ Cha"e das Coisas Ocultas esde o (rincípio do Mundo Ele enviou este livro aos padres do /oncílio de 2rento, con4urando?os a entrar na senda da conciliação e a síntese universal %ingu"m o compreendeu, alguns o acusaram de heresia, os mais moderados se contentaram em di&er que ele era louco
Doutri!a de ,ostel ? ' 2rindade, di&ia ele, fe& o homem ( sua imagem e semelhança . corpo humano " duplo e sua unidade ternária compõe?se da união de duas metades@ a alma humana tam$"m " dupla) ela " animus e anima, espírito e ternura@ ela Ra almaS tem dois sexos, o sexo paterno, que tem sede na ca$eça e o sexo materno, que reside no coração . cumprimento da redenção da humanidade deve ser duplo . Per$o fex?se homem mas s3 quando ele se fi&er mulher " que o mundo virá a salvar?se D o g#nio materno da religião que ensinará aos homens as su$limes grande&as do espírito de caridade e então a ra&ão se conciliará com a f" M&e 4oa!a ? esta personagem foi uma esp"cie de mestre espiritual de uilherme !ostel Ele a considerava AiluminadaA 's relações místicas de !ostel e desta religiosa duraram cerca de cinco anos depois dos quais ela morreu@ teria aparecido a !ostel do al"m?t0mulo) AEla cumpriu sua palavra Peio visitar?me em !aris@ esclareceu?me com sua lu&, conciliou minha ra&ão com minha f" +ua su$stFncia e corpo espiritual, dois anos depois de sua ascenção ao c"u, desceu em mim e estendeu?se sensivelmente por todo o meu corpo de tal modo que " ela e não eu quem vive em mimA
,ara*elso 2e3frasto 'ur"lio 6om$ast, o !aracelso, " conhecido por ser o renovador da medicina oculta Ele curava por simpatia de luz @ aplicava os medicamentos, não no corpo exterior e material mas a esse m"dium interior R o corpo astralS princípio das sensações cu4a quintess#ncia ela reavivva por quintess#ncias simpáticas 'ssim, por exemplo, ele curava feridas aplicando reativos poderosos no sangue derramado, Rque contendo em si uma conexão simpática com o corpo de origem produ&ia naquele corpo o reflexo da medicação aplicada no sangueS !ara curar um mem$ro doente ele fa&ia um mem$ro de cera ao qual ele dava pelo poder de sua vontade, o magnetismo do mem$ro doente@ o paciente reagia, por correpond#ncia magn"tica, ao tratamento aplicado ao símile Mist)rios do Sa!gue !aracelso conhecia os mist)rios do san%ue ele sa$ia por qu# os sacedotes de 6aal fa&iam em si mesmos incisões com faca para fa&er descer o fogo do c"u +a$ia por qu# os orientais que querem inspirar a uma mulher o amor físico, espalham seu sangue diante dela +a$ia como o sangue derramado clama vingança ou miseric3rdia e enche o ar de an4os ou demInios D o sangue, com efeito, instrumento dos sonhos, " ele que fa& a$undar as imagens em nosso c"re$ro durante a noite, porque o sangue " cheio de lu& astral 2ais eram os segredos que !aracelso conhecia e era aplicando na medicina as forças ocultas da nature&a que ele fa&ia tantos admiradores e tantos inimigos +ua vida foi uma luta incessante) ele via4ava, escrevia, medicava, ensinava R/onsiderado profetaS deixou escritos que devem ser lidos com precaução Rporque ele não " um verdadeiro mestre adeptoS Morreu ainda moço esgotado por seus tra$alhos e seus excessos
Ca'6tulo V "eiti*eiros e M+gi*os C)le#res Lutero e o Dia#o %ão foi certamente Lutero que fe& a reforma Reforma !rotestanteS mas a reforma apoderou?se de Lutero Ele 4ulgava?se o$sedado pelo dia$o@ o dia$o ditava?lhe argumentos contra a Bgre4a, o dia$o o fa&ia raciocinar, disparatas e so$retudo escrever Lutero sentia e odiava o dia$o A'ntes turco que papistaA, era a divisa
de Lutero .sprotestantes são, do ponto de vista do dogma cat3lico, muçulmanos com algumas superstições a mais e um profeta a menos .s homens renunciam mais voluntariamente a ue III ? 5uando foi 4urado de morte, o fraco e miserável Henrique BBB, foi o$4eto dos feitiços da Magia %egra ' imagem de cera do rei achava?se colocada so$re altares onde sacerdotes cele$ravam missa 'li a figurinha era espetada e eram pronunciadas orações de maldição e anátemas /omo o rei não morreu, concluíram daí que ele era feiticeiro . rei tinha entre os seus favoritos uma personagem desconhecida queera o dia$o em pessoa . povo dava cr"dito a essas fá$ulas e enfim apareceu um fanático para reali&ar o que os feitiços não puderam fa&er) >acques /lemente teve visões, ouviu vo&es imperiosas e matou o rei Enquanto as guerras religiosas ensanguentavam o mundo as sociedades secretas do Bluminismo, não mais que escolas de 2eurgia e 'lta Magia, cresciam so$retudo na 'lemanha ' mais antiga dessas sociedades parece ter sido a dos osa?/ru&es %a primavera de JQ79, viu?se fixada nas ruas de !arias esta estranha proclamação) A%3s, deputados dos irmãos rosa?cru&es, temos morada visível e invisível nesta cidade, pela graça do 'ltíssimo, para o qual se volta o coração dos sá$ios) ensinamos, sem nenhuma sorte de meios exteriores, a falar as línguas dos países que ha$itamos e tiramos os homens, nossos semelhantes, do terror da morte +e algu"m tiver vontade de ver?nos somente por curiosidade, este não se comunicará nunca conosco@ se sua vontade o leva realmente e de fato a inscrever?se so$ os registros de nossa confraternidade, n3s, que 4ulgamos conhecendo os pensamentos, far?lhe?emos ver a verdade de nossas promessas, de tal modo que não indicamos o lugar de nossa morada visto como o pensamento, unido ( vontade real do leitor, será capa& de nos fa&er conhecer a ele e ele a n3sA
He!ri>ue J;u!rat; D um personagem pouco conhecido) Henrique hunrath nasceu em J87 Era m"dico e químico 2inha 7 anos quando alcançou a alta iniciação teos3fica D considerado um mestre D um príncipe so$erano da rosa?cru& ' mais notável de suas o$ras, $nfiteatro da &abedoria *terna, foi pu$licada em J;: Este livro extraordinário cont"m todos os mist"rios da mais alta iniciação@ ele ", como se anuncia no título) Cristiano+cabalístico, di"ino m-%ico, físico+.uímico, triplo /nico e uni"ersal D um verdadeiro manual de 'lta Magia e de filosofia herm"tica e, a não ser no +epher >esira e +ohar R1oharS, em parte alguma se poderá encontrar uma mais completa e perfeita iniciação Al>uimistas !o S)*ulo VIII . começo do s"culo OPBBB foi a grande "poca da alquimia +ão nomes de destaque do período) Telipe Muller, >ohn 2orne$urg, Miguel Ma=er, !ot"rio, +amurl %orthon, $arão de 6eausoleil, ohn ac3 6oheme
Ca'6tulo VI ,ro*essos de Magia
^Só ;+ um #em 0erdadeiro a deseQarP a sa#edoriaP só ;+ um mal a temerP ) lou*uraB^
I!trodu1&o . mal moral com efeito, a maldade, o crime não são outra coisa que uma loucura e o padre Hilário 2issot tinha sua dose ra&ão quando di& emsuas $rochuras que em lugar de punir os criminosos seria preciso tratá?los e curá?los REntretantoS nossa ra&ão protesta contra esta interpretação demasiado caritativa do crime /omparamos a loucura ( em$riagN#s e considerando que a em$riagN#s " quase sempre voluntária, concordamos com a sa$edoria dos 4uí&es que, desconsiderando a perda momentFnea da ra&ão, punem sem piedade os delitos e crimes cometidos na em$riagN#s Pirá o dia em que a em$riagN#s será contada entre as circunstFncias agravantes R. ocultista acertou) o /3digo !enal 6rasileiro considera a em$riagN#s como condição de agravamento da pena nos crimes em geral, como no caso de atropelamentos e acidentes outros do trFnsito de autom3veisS /oitado do homem que se em$riaga se4a de vinho, se4a de orgulho, se4a de 3dio, se4a de amorV Ele " cego, " in4usto, " 4oguete da fatalidade@ " um flagelo que caminha, calamidade viva Ele pode matar, pode violar, " um loucosem cadeias /uidado com eleV ' sociedade tem direito de defender?se@ " mais do que um direito, " um dever porque ela tem filhos Leis Magia R5uando se fala de processos, de poderes 4uídicos aplicados a condutas ligadas ( magia, freqNentemente fala?se de loucura e de em$riagN#sS ' Bgre4a foi por demais acusada, e a sociedade tam$"m, de morticínio 4udiciário praticado em loucos@ admitimos que os feiticeiros eram loucos@ mas eram loucos de perversidade@ se entre eles pereceram alguns doentes inocentes, são desgraças Rinevitáveis em uma realidade construída por seres imperfeitos e falíveisS 2odo homem condenado segundo as leis de seu país e as formas 4udiciárias do seu tempo " 4ustamente condenado +3crates, condenado a morte, teria podido fugir e seus pr3prios 4uí&es facilitariam sua fuga@ mas ele respeitou a leis e quis morrer D (s leis e não aos tri$unos da Bdade M"dia que se deve responsa$ili&ar pelo rigor de certas sentenças !or"m, crimes com o de illes de Laval ? . 6ar$a '&ul, deveriam permanecer impunes em nome de uma loucura questionável] Eram inocentes estas horríveis multidões que compunham filtros com os miolos das criancinhas] %aquela "poca, a Magia %egra era a loucura geral ' feitiçaria, em muitas localidades, tornava?se epid#mica e os suplícios pareciam multiplicar os culpados .s condenados são na maioria alucinados e idiotas@ mas são idiotas maus e alucinados perigosos 's paixões er3ticas, a cupide& e o 3dio são as causas principais
de transvio da ra&ão .s feiticeiros medievais eram capa&es de tudo
m"diuns de nosso tempo Ro autor escreve no s"culo OBO, quando a doutrina espírita proliferava na TrançaS %a presença destes demInios feitos ( sua imagem e semelhança, os padres não duvidaram mais da possessão e da veracidade dos espíritos infernais@ e foi assim que rece$eram o infeli& aufridi aufridi era um sacerdote assa& mundano, figura agradável, caráter fraco e de moralidade mais que suspeita Ele fora confessor de Madalena de la !alud e inspirara?lhe uma profunda paixão Esta paixão, transformada em 3dio pelo ci0me, arrastou o sacerdote ( fogueira 2udo o que podia di&er o acusado para defender?se voltava?se contra ele R+u$metido ( torturaS prometeram?lhe perdão se ele assinasse as declarações de Madalena de la !alud . r"u, desatinado, enganado, esmagado, assinou tudo@ assinou o $astante para ser queimado
Ur#a!o Gra!dier ? ' hist3ria de Gr$ano randier aconteceu quando reinava o terrível /ardeal de ichilieu %a província de Loudoun, um havia um eclesiástico notável e de grande caráter@ tinha ci#ncia e talento mas pouca circunspecção ichilieu o via como perigo em potencial, um possível sectário . protestantismo sacudia a Trança e o cura randier, por demais disposto (s id"ias novas e pouco devotado ao celi$ato, podia tornar?se um pregador mais $rilhante e mais audacioso que /alvino e Lutero 's religiosas ursulinas de Loudun tinham por superiora, so$ o nome de mãe >oana dos 'n4os, uma certa >oana de 6elfiel %ão era uma religiosa fervorosa e seuconvento tinha fama de não ser dos mais regulares) passavam?se lá cenas noturnas que se atri$uíam aos espíritos .s pais começavam a retirar as pensionistas e a casa ia fechar em pouco tempo
randier tinha casos amorosos e rumorosos 's pensionistas ursulinas ouviam falar deles e ficavam preocupadas com o personagem escandaloso Elas o viram durante a noite aparecer nos dormit3rios com atitudes conforme o que se di&ia de seus costumes 's freiras 4ulgaram?se o$sedadas) eis o dia$o em casa 's diretoras dessas moças, inimigas mortais de randier, viram que podiam tirar partido da situação no interesse de seu rancor e no interesse do convento Ti&eram?se exorcismos@ primeiro em segredo depis, em p0$lico .s amigos de randier sentiam que se tramava alguma coisa e insistiam com ocura a deixar Loudun Mas randier era um homem valente, não sa$ia o que era ceder ( cal0nia Ticou e foi preso uma manhã quando entrava numa igre4a vestido com seus há$itos sacerdotais Toi tratado como criminoso de Estado +eus pap"is foram apreendidos, seus m3veis selados e ele mesmo condu&ido de$aixo de vara ( fortale&a de 'ngers
randier estava entregue a loucos furiosos %unca escFndalo semelhante houvera afligido a Bgre4a) religiosas uivando, torcendo?se, $lasfemando randier, calmo, defendeu?se com dignidade 2r#s religiosas, em momento lucide&, foram prostar? se em frente ao tri$unal gritando que randier era inocente@ 4ulgou?se que o demInio falava por suas $ocas 2al foi o Aprocesso randierA +ua morte foi o
crime da ignorFncia e dos preconceitos de seu tempo e foi mais uma catástrofe que um assassinato Gr$ano randier foi queimado vivo em J: de agosto de JQ9 /omeçara o s"culo OPBBB e queimavam?se ainda homens Em JK9J, uma moça, Catari!a Cadi)re, acusou seu confessor, o 'adre Girard, 4esuíta, de sedução e de magia Esta moça era uma extática estigmati&ada Raprensentava o fenImeno dos estigmasS que passara muito tempo por santa Houve toda uma hist3ria de ataques lascivos, flagelações secretas, contatos luxuriosos La /ardi"re não foi acreditada e o padre irard escapou aos perigos de uma condenação 's pessoas supersticiosas tinham, at" então, explicado os fenImenos extraordinários pela intervenção do dia$o e dos espíritos Em todos os tempos, pertur$ações físicas acompanham certas mol"stias nervosas .s loucos, os epil"ticos, os hist"ricos t#m faculdades excepcionais, são su4eitos a alucinações *o!tagiosas e produ&em, por ve&es, quer na atmosfera, quer nos o$4etos que nos cercam, comoções e desarran4os
Ca'6tulo VII Orige!s M+gi*as da Ma1o!aria ' grande associação ca$alística conhecida na Europa so$ o nome de Maçonaria surgiu de repente .s historiadores dessa ordem não sa$em explicar?lhe a origem R/onforme disse o autor no Livro BP, capítulo QS eles tiveram os templários por modelos, os rosa?cru&es por pais e os 4oanitas por antepassados +eu dogma " o de 1oroastro e o de Hermes, sua regra " a iniciação progressiva, seu princípio, a igualdade regulada pela hierarquia e a fraternidade universal@ são os continuadores da Escola de 'lexandria, herdeiros de todas as iniciações antigas, depositários dos segredos do 'pocalipse e do 1ohar . o$4eto de seu culto " a Perdade representada pela lu& Eles toleram todas as crenças . fim aleg3rico da maçonaria " a reconstrução do templo de +alomão@ o fim real " a reconstituição da unidade social pela aliança entre ra&ão e f" e o resta$elecimento da hierarquia conforme a ci#ncia e a virtude, com a iniciação e as provas por graus %ada " mais $elo do que estas id"ias e tend#ncias@ infeli&mente as doutrinas da unidade e a su$missão ( hierarquia não se conservaram na maçonaria dissidente, oposta ( maçonaria ortodoxa, e as maiores calamidades da revolução francesa foram resultado desta cisão Le!da de Hiram
5uando +alomão mandou construir o templo, confiou seus planos a um arquiteto chamado Hiram !ara dar ordem aos tra$alhos, Hiram dividiu os tra$alhadores segundo sua ha$ilidade e como era grande o n0mero deles, a fim de reconhec#?los, quer para empregá?los segundo seus m"ritos, quer para remunerá?los segundo seu tra$alho, ele deu a cada categoria, de aprendi&es, companheiros e mestres, palavras de passe e senhas particulares 2r#s companheiros quiseram usurpar a condição de mestres sem o devido merecimento@ puseram?se de em$oscada nas tr#s portas principais do templo e quando Hiram se apresentou para sair, um dos companheiros pediu?lhe a palavra de ordem dos mestres ameaçando?o com uma r"gua Hiram respondeu) A%ão foi assim que rece$i a palavra que me pedisA . companheiro, furioso, $ateu em Hiram com sua r"gua fa&endo?lhe uma primeira ferida Hiram correu a uma outra porta onde encontrou o segundo companheiro Mesma pergunta, mesma resposta e desta ve& Hiram foi ferido com um esquadro@ di&em outros, com uma alavanca %a terceira porta estava o terceiro assassino que a$ateu o mestre com uma machadinha Em seguida, os tr#s companheiros esconderam o cadáver so$ um monte de escom$ros e plantaram, so$re este t0mulo improvisado, um ramo de acácia +alomão, dando pela falta do arquiteto, despachou nove mestres para procurá?lo . ramo de acácia revelou?lhes o cadáver Eles o tiraram de so$ os escom$ros e como lá havia ficado $astante tempo, eles exclamaram levantando?o) AMac benachV ? que significa) a carne solta?se dos ossos ' Hiram foram prestadas as 0ltimas honras@ depois, +alomão mandou 7K mestres em $usca dos assassinos . primeiro foi surpreendido em uma caverna !erto dele ardia uma lFmpada /orria um regato a seus p"s e ao seu lado, havia um punhal . mestre que penetrou na caverna reconheceu o assassino 2omou o punhal e feriu?o gritando) 3ekunV, ou se4a, AvingançaA +ua ca$eça foi levada a +alomão que estremeceu ao v#?la e disse ao que tinha assassinado) Aerusal"m onde sofreu o 0ltimo suplício . terceiro foi morto por um leão que foi preciso vencer para resgatar o cadáver
R2odos os elementos da lenda são aleg3ricosS +alomão " a personificação da ci#ncia e da sa$edoria supremas . templo " a reali&ação e a figura do reino hierárquico da verdade e da ra&ão so$re a 2erra Hiram " o homem que chegou ao domínio pela ci#ncia e pela sa$edoria Ele governa pela 4ustiça e pela ordem, dando a cada um segundo suas o$ras Re assim por dianteS .s verdadeiros maçons são os que persistem em querer construir o templo segundo o plano de Hiram .s ritos da maçonaria são destinados a transmitir a lem$rança das lendas de iniciação e conservá?la entre nossos irmãos !erguntar?nos?ão como, se a maçonaria " tão su$lime e tão santa, como pIde ser proscrita e tantas ve&es condenada pela Bgre4a >á respondemos a essa questão falando das *is3es e das profanações da maçonaria ' maçonaria " a gnose e os falsos gn3sticos fi&eram condenar os verdadeiros R.s maçons verdadeiros mant#m? se ocultos porqueS temem os profanadores, isto ", os falsos int"rpretes, os caluniadores, os c"ticos de sorriso est0pido, os inimigos de toda crença e toda moralidade Em nosso tempo, aliás, um grande n0mero de homens que se 4ulgam maçons ignoram o sentido de seus ritos e perderam a chave de seus mist"rios ' maçonaria foi não somente profanada mas serviu mesmo de v"u e de pretexto para as Aca$alasA da anarquia, pela influ#ncia oculta dos vingadores de >aques de Mola= e dos continuadores da o$ra cismática de seu tempo .s anarquistas retomaram a r"gua, o esquadro, a malheta e em cima escreveram ALi$erdade, igualdade e fraternidadeA Bsto ", li$erdade para as co$iças, igualdade na $aixe&a e fraternidade para destruir Eis os homens que a Bgre4a condenou 4ustamente e que condenará sempre
"IM DO VOLUME V Retor!o% Í!di*e de Volumes
9i#liogra7ia do ,es>uisador
9A9ILNIA 9RASIL Bn ^http)YY___angelfirecomYmeY$a$ilonia$rasilYmagicJhtml` acessado em 7KY8Y788 9LAVA?SJK , Helena !etrovna rS +ão !aulo) Madras, 788 GRANDES IM,RIOS E CIVILI/A-ZES Enciclop"dia MesopotFmia vol B Madrid) Ed !rado, J;;K 4OCAS?IAN , '=isha . Livro de %od Edição on line Bn^http)YYp_pnetca$optYdtangelYLivrobdebnodpdf ` acessado em 7JY87Y788 Ma*NALL 9URNS, Ed_ard Hist3ria da /ivili&ação .cidental, vol B !orto alegre) lo$o, J;K ,A,US *erard 'naclet Pincent Encausse- 2ratado Elementar de Magia !rática +ão !aulo) !ensamento, J;; SOU?O MAIOR , ' Hist3ria eral As *i0ili=a13es ira!ia!as, p 9 +ão !aulo) Editora %acional, J;KQ
estudo
História da Magia de Eliphas Levi
ÍNDICE LIVRO VI — A MAGIA E A REVOLU-.O "RANCESA Ca'6tulo I% Autores Not+0eis do S)*ulo VIII
Ca'6tulo II — ,erso!age!s Mara0il;osos do S)*ulo VIII Ca'6tulo III — Ca=otte Ca'6tulo IV — Re0olu1&o "ra!*esa Ca'6tulo V — "e!me!o Medioma!ia Ca'6tulo VI — Os Ilumi!ados da Alema!;a Ca'6tulo VII — Im')rio e Restaura1&o
LIVRO VI A MAGIA E A REVOLU-.O "RANCESA Ca'6tulo I < Autores Not+0eis do S)*ulo VIII 't" o fim do s"culo OPBBB, a /hina era praticamente desconhecida do resto do mundo, %esta "poca, este vasto imp"rio, explorado pelos nossos missionários Rmissionários cristãosS nos foi revelado como uma necr3pole de todas as ci#ncias do passado !arecem os chineses um povo de m0mias Entre eles não há progresso e vivem todos na imo$ilidade de suas tradições, das quais muito se retiraram o espírito e a vida RA>uiP EB Le0i mostra uma 0is&o estreita de 'rogressoP toma!do o modelo o*ide!tal de dese!0ol0ime!to *omo 2!i*o 0+lido e dig!o de m)ritoS ' /hina possui um tarot um livro hieroglífico composto unicamente das com$inações de duas figuras Rlinha contínua e linha partidaS Este livro " o I+4im RB?/hingS ? atri$uído ao imperador To?hi ' chave deste livro " um pentaclo conhecido pelo nome de ?rigramas de "o<;i +egundo a lenda há setecentos ou oitocentos anos, o imperador To?hi, meditando ( $eira de um regato so$re os grandes segredos da nature&a, viu sair da água uma esfinge, um animal aleg3rico tendo aforma mista de um cavalo e de um dragão +eu dorso era co$erto de escamas so$re cada uma das quais $rilhava a figura dos misteriosos trigramas Este cavalo?serpente iniciou To?hi na ci#ncia universal .s 2rigramas serviram?lhe de introdução@ ele contou as escamas do cavalo?serpente e com$inou os 2rigramas de tantos modos que conce$eu uma síntese das ci#ncias comparadas e unidas entre si pelas harmonias pr"?existentes e necessárias da nature&a ' redação das tá$uas do B?im foi o resultado desta maravilhosa com$inação ' ci#ncia da filosofia a$soluta existiu pois na /hina
antiguidades religiosas da /hina@ tratava?se de sa$er se os 4esuítas tinham ra&ão de tolerar entre os chineses convertidos ao cristianismo o culto do c"u e dos antepassados Enquanto isso imensa inquietação agitava a Europa ' f" cristã parecia a pique de extinguir?se e de todos os lados s3 se ouviam $oatos de novas revelações e milagres RPidentes proliferavam na +u"ciaS e a 'lemanha estava cheia de novos AiluminadosA . misticismo dissidente conspirava para su$stituir os mist"rios da religião hierárquica pelos mist"rios da anarquia S\ede!#org +_enden$org, o mais honesto e doce dos profetas do falso Bluminismo não era por isso menos perigoso que os outros !retender que todos os homens se4am chamados a se comunicar diretamente com o c"u " su$stituir o ensino religioso regular e a iniciação progressiva por divagações, pelas loucuras da imaginação e dos sonhos AP3s seríeis como deuses, conhecendo tudo sem ter tido o tra$alho de aprender coisa alguma@ v3s seríeis como reis, possuindo tudo sem ter tido o tra$alho de adquirir nadaA 2ais são, em resumo, as promessas do espírito revolucionário . sistema de +_eden$org não " outra coisa senão a /a$ala sem hierarquia . meio proposto por +_eden$org para comunicar com o mundo espiritual, era um estado intermediário entre o sonho, o #xtase e a catalepsia . iluminado sueco afirmava a possi$ilidade desse estado, mas não dava a teoria das práticas necessárias para a ele chegar Gm homem de g#nio veio completar por uma taumaturgia natural as intuições prof"ticas de +_eden$org Este homem era um m"dico alemão chamado Mesmer Mesmer Mesmer teve a gl3ria de encontrar, sem iniciador e sem conhecimentos ocultos, o agente universal da vida e de seus prodígios REscreveu $*orismos . +mories et $sphorismes Suivis des /recd0s d'Eslon . 1234S Mesmer reconhece no ser natural duas formas que são a su$stFncia e a vida, de onde resultam a fixide& e o movimento que constituem o equilí$rio das coisas Ele reconhece a exist#ncia de uma nature&a primeiro fluídica, universal que, fixando?se, determina a constituição das su$stFncias e que, movendo?se sempre, modifica e renova as formas Esta mat"ria fluídica " ativa e passiva@ como passiva, atrai?se a si mesma@ como ativa, pro4eta?se !or ela, os mundos e os seres vivos que povoam os mundos atraem?se e repelem?se@ ela passa de uns aos outros por uma circulação comparável ( do sangue Ela mant"m e renova a vida de todos os seres@ " o agente de sua força e pode tornar?se instrumento de sua vontade .s prodígos são os resultados das forças ou das vontades excepcionais ' doença,
como todas as desordens físicas, v#m de um desarran4o do equilí$rio normal das mat"ria primária num corpo organi&ado .s corpos organi&ados são simpáticos ou antipáticos uns aos outros em virtude de um equilí$rio especial .s corpos simpáticos podem curar?se uns aos outros, resta$elecendo mutuamente seu equilí$rio Esta propriedade dos corpos de equili$rar?se uns aos outros pela atração ou pela pro4eção da mat"ria primária, Mesmer a denominou mag!etismo Mesmer provou sua teoria por o$ras e suas experi#ncias foram coroadas de pleno #xito %ão faltaram a Mesmer a sanção do 3dio, a consagração das perseguições e das in40rias Ele foi expulso da 'lemanha, foi escarnecido na Trança porque suas curas eram evidentes e os doentes o procuravam .s sá$ios eram hostis ao mesmerismo, os religiosos alarmavam?se com os perigos da nova desco$erta e os supersticiosos clamavam contra o escFndalo e a magia %Fo se iria em nome do magnetismo negar os milagres do +alvador e de seus santos] di&iam uns@ o que vai ser o poder do dia$o] di&iam outros
Ca'6tulo II < ,erso!age!s Mara0il;osos do S)*ulo VIII Sai!t Germai! ' credulidade do s"culo OPBBB voltou?se toda para a magia porque as crenças vagassão a religião das almas sem f") negavam?se os milagres de >esus /risto e atri$uíam?se ressurreições ao conde de +aint ermain Este singular personagem era um te3sofo misterioso que, di&ia?se, possuía todos os segredos da grande o$ra e sa$ia fa$ricar diamantes e pedras preciosas Era um homem do mundo, de agradável conversação e de grande distinção de maneiras . conde de +aint ermain professava a religião cat3lica, o$servando?lhe as práticas com grande fidelidade@ no entanto, falava?se de evocações suspeitas e de aparições estranhas Ele ga$ava?se de possuir o segredo da 4uventude eterna %ingu"m conhecia sua família e a ouví?lo falar das coisas do passado, parecia que ele vivera há muitos s"culos %ascera em Lentmerit&, na 6o#mia, no fim do s"culo OPBB e era filho natural ou adotivo de um rosa?cru& que se fa&ia chamar Comes Cabalicus, ou A/ompanheiro /a$alistaA +aint ermain nunca falava de seu pai .s princípios de +aint ermain eram os dos rosa?cru&es e ele tinha fundado em sua pátria uma sociedade . que " certo " que desapareceu de repente de !aris sem que se pudesse sa$er $em para onde ele se retirara .s iluminados deixaram cair so$re sua mem3ria, tanto quanto possível, o v"u do sil#ncio e do esquecimento '
sociedade que ele fundara so$ o título de +ão >ain durou at" a evolução e desapareceu ou se transformou em tantas outras 2udo o que se conta so$re o misterioso conde de +aint ermain leva a crer que ele era um físico há$il e um químico distinto 'sseguram que ele possuía o segredo de soldar diamantes sem que se pudesse perce$er nenhum vestígio do tra$alho Ele tinha arte de purificar pedrarias e dar assim um grande preço aos mais imperfeitos e comuns +aint ermain inventou tam$"m a arte de dar ao co$re mais $rilho e ducti$ilidade Ele era moreno e de pequena estatura, sempre vestido ricamente mas com muito gosto, deleitando?se, aliás, com todas as delícias do luxo Las*aris Enquanto o conde + ermain estava em moda em !aris, um outro adepto misterioso percorria o mundo recrutando ap3stolos para a filosofia de Hermes) era um alquimista que se fa&ia chamar Las*aris e di&ia?se arquimandrista do .riente encarregado de Rlevantar recursosS para um convento grego Em ve& de pedir esmolas, Lascaris parecia suar ouro, pois deixava um sulco de ouro por onde passava !or toda parte ele aparecia e suas aparições mudavam de forma@ aqui mostrava?se velho, ali ainda era moço +aint ermain era o homem dos iluminados te3sofos@ Lascaris representava os naturalistas ligados ( tradição de Hermes^6
Cagliostro /agliostro era o agente dos templários /omo os templários, /agliostro dava?se (s práticas da magia negra e praticava a ci#ncia funesta das evocações Ele adivinhava o passado, o presente e predi&ia o futuro@ fa&ia curas maravilhosas e pretendia tam$"m fa&er ouro Ele havia encontrado a chave dos fenImenos da mediomania Ele mesmo era um medium, isto ", um homem com uma organi&ação nervosa excepicionalmente impressionável 2eve um sucesso extraordinário e seu $usto achava?se em toda parte com a inscrição) A.
Ca'6tulo III < Ca=otte Este ) um *a'6tulo *o!7usoP te8to desorde!adoP id)ias es'arsasP me!1&o a 7atos ;istóri*os 'ou*o di0ulgadosB Eli';as Le0i es*re0e sem m)todoB O t6tulo origi!al ^,ro7e*ias de Ca=otteP tr+i o *o!te2do >ue !ada me!*io!a so#re so#re as re7eridas 'ro7e*iasB
R. nome de /a&otte começou a se tornar conhecidoS por alguns op0sculos de literatura frívola, Rem especialS um de seus romances intitulado Dia#o Amroso Este romance, de fato, está cheio de intuições mágicas 'legorias ca$alísticas, que se pode ler no livro he$reu Re0olu1&o das Almas, no Di*io!+rio Ca#al6sti*o do So;ar, e nos Come!t+rios ?almuldistas So#re o Sota, parecem ter sido conhecidas ou adivinhadas pelo autor do
fisionomia menos som$ria e disse) Pe4o que não sois um depositário infiel de nossos segredos, mas um vaso de eleição para a ci#ncia 5uereis dominar realmente as paixões humanas e os espíritos impuros] /a&otte era curioso@ seguiu?se uma longa conversação que foi a preliminar de muitas outras e o autor de Dia#o Amoroso foi, então, iniciado +ua iniciação devia fa&er dele um adepto dedicado da ordem e um perigoso inimigo para os anarquistas R
Ca'6tulo IV < Re0olu1&o "ra!*esa Neste *a'6tuloP Eli';as Le0i !ada a*res*e!ta ] História da Magia 'erde!doue !&o o*u'am mais >ue tr:s '+gi!asB
Ca'6tulo V < "e!me!os da Medioma!ia Loiseaut e as A'ari13es de 4o&o 9atista Em JKK7 Ra evolução Trancesa ocorreu em JK:;S, um ha$itante de +aint Mand" chamado Loiseaut, estando na igre4a, 4ulgou ver de 4oelhos a seu lado um singular personagem) era um homem moreno que vestia simplesmente umas calças de lã grosseira@ tinha a $ar$a comprida, os ca$elos crespos e ao redor do pescoço, uma cicatri& vermelha e circular ' estranha figura não era vista por mais ningu"m, exceto por Loiseaut 2erminando sua prece, de volta para casa onde encontrou o mesmo personagem@ ia falar?lhe, perguntar?lhe o que queria, mas o fantástico visitante desapareceu Loiseaut recolheu?se ao leito com fe$re e não pIde adormecer noite viu seu quarto iluminar?se de s0$ito por um clarão avermelhado Levantou?se $ruscamente %o meio do quarto, em cima da mesa viu, num prato dourado, toda $anhada em sangue, a ca$eça de seu visitante da v"spera R' ca$eça falou)SA*u espero as cabe1as dos reis e de suas cortesãs, espero Herodes e as Herodíades5
atravessava a praça Lui& OP, foi a$ordado por um po$re que lhe pediu esmola Loiseaut, sem olhar, tirou uma moeda e lançou no chap"u do desconhecido .$rigado disse?lhe o homem " uma ca$eça de rei, mas aqui acrescentou ele estendendo a mão e mostrando o meio da praça aqui cairá outra ca$eça e " esta que eu espero Loiseaut olhou então o po$re homem com surpresa e soltou um grito reconhecendo a estranha figura de sua visão /ala?te disse?lhe o mendigo tomarte?ia?am por louco porque aqui ningu"m me pode ver senão tu 2u me reconheceste, eu o ve4o, sou de fato +ão >oão 6atista, o !recursor, e eu venho anunciar?te o castigo dos sucessores de Herodes e dos herdeiros de /aifás 2u podes repetir tudo o que eu te disser So*iedade Se*reta oão 6atista 4unto de si ' visão lhe falava longamente das desgraças que iam cair so$re a Trança e a Bgre4a Loiseaut uniu?se a outros visionários como ele e 4untos formaram uma sociedade mística que se reunia em grande segredo .s mem$ros dessa associação colocavam?se em círculo segurando?se as mãos e esperavam as comunicações em sil#ncio /aíam todos em sono magn"tico e viam desenrolar?se ante seus olhos as cenas futuras da evolução e da restauração su$seqNente RBmp"rio de %apoleãoS /om a morte de Loiseaut, em JK::, um religioso chamado
Ca'6tulo VI < Os Ilumi!ados da Alema!;a ' 'lemanha " a terra natal do misticismo metafísico e dos fantasmas R.s alemãesS
amam seus velhos castelos e suas velhas lendas das margens do eno@ ele l#em pacientemente os tratados mais o$scuros de sua filosofia e v#em nas $rumas de seu c"u e na fumaça de seu cachim$o mil coisas indi&íveis que os iniciam nas maravilhas do outro mundo Muito antes que se falasse na 'm"rica e na Trança de mediuns e evocações, havia na !r0ssia iluminados e videntes que mantinham confer#ncias regulares com os mortos
Ca'6tulo VII < Im')rio e Restaura1&o Neste *a'6tuloP o autor se o*u'a da traQetória de Na'ole&o 9o!a'arte e sua te!tati0a reesta#ele*er a mo!ar>uia !a "ra!1aP o Im')rio Na'ole!i*oB "ala das 'ro7e*ias >ue a!u!*iaram a emerg:!*ia do !o0o l6derP sua glória e sua >uedaP *omo !o tre*;o atri#u6do a Nostadamus%
AGm imperador nascerá perto da Btália 5ue ao imp"rio, $em caro será vendido Mas deve ver com quem vai aliar?se 5ue o dirão menos príncipe que o carrasco
"IM DO VOLUME VI Retor!o% Í!di*e de Volumes
9i#liogra7ia do ,es>uisador 9A9ILNIA 9RASIL Bn ^http)YY___angelfirecomYmeY$a$ilonia$rasilYmagicJhtml` acessado em 7KY8Y788 9LAVA?SJK , Helena !etrovna rS +ão !aulo) Madras, 788 GRANDES IM,RIOS E CIVILI/A-ZES Enciclop"dia MesopotFmia vol B Madrid) Ed !rado, J;;K 4OCAS?IAN , '=isha . Livro de %od Edição on line Bn^http)YYp_pnetca$optYdtangelYLivrobdebnodpdf ` acessado em 7JY87Y788 Ma*NALL 9URNS, Ed_ard Hist3ria da /ivili&ação .cidental, vol B !orto alegre) lo$o, J;K ,A,US *erard 'naclet Pincent Encausse- 2ratado Elementar de Magia !rática +ão !aulo) !ensamento, J;; SOU?O MAIOR , ' Hist3ria eral As *i0ili=a13es ira!ia!as, p 9 +ão !aulo) Editora %acional, J;KQ
estudo
História da Magia de Eliphas Levi
ÍNDICE
LIVRO VII — A MAGIA NO SCULO I Ca'6tulo I% Os Mag!eti=adores M6sti*os e os Materialistas Ca'6tulo II — Das Alu*i!a13es Ca'6tulo III — Mag!eti=adores e So!(m#ulos Ca'6tulo IV — "a!tasistas em Magia Ca'6tulo V — Lem#ra!1as Í!timas do Autor Ca'6tulo VI — Das Ci:!*ias O*ultas Ca'6tulo VII — Resumo Co!*lus&o
LIVRO VII A MAGIA NO SCULO I Ca'6tulo I — Os Mag!eti=adores e os Materialistas Mais uma 0e=P EB Le0i 7i*a de0e!do !o te8to o >ue a!u!*ia !o t6tulo do *a'6tuloB E!tre di0aga13es 7ilosó7i*as desorde!adasP *ita !omes sem maiores re7er:!*ias ;istóri*as e dei8a a deseQar em termos de 7atosB Neste estudoP desta*amos some!te a ;istória ^Uma E0o*a1&o !a IgreQa de Notre
E0o*a1&o !a IgreQa de Notre
conciliat3rias da teologia ' Bgre4a não define o fogo do inferno@ ele " eterno, segundo o Evangelho, mas em parte alguma está escrito que o maior n0mero dos homens deve sofrer eternamente .s pagãos poderão ser salvos pelo $atismo do dese4o, os pecadores escandalosos, por uma contrição s0$ita e perfeita, enfim, " preciso esperar por todos e orar por todos, exceto por um s3, aquele de quem disse o +enhor R>esusS que fora melhor para este homem não ter nascido . vigário deteve?se neste pensamento) de que um s3 homem tra&ia oficialmente a reprovação dos s"culos) >udas Bscariotes +eus olhos encheram?se de lágrimas, parecendo?lhe que a redenção seria sem efeito se não salvasse >udas Mas >esus /risto, di&ia a seu coração que o pária do Evangelho " salvo e que ele será, pela longa maldição que pesa so$re sua mem3ria, o redentor de todos os párias e se assim era, um novo Evangelho deveria ser anunciado ao mundo) o da miseric3rdia infinita, universal, em nome de >udas regenerado Então, unindo as mãos com fervor, disse o vigário) AMeu udas, se " verdade que o sangue de teu Mestre te purificou, se tu "s salvo, vem impor?me as mãos para o sacerd3cio da miseric3rdia e do amorVA 2endo dito estas palavras o vigário atravessa o coro e vai a4oelhar?se so$ a lFmpada, ao p" do altar?mor AEntão ? di& ele ? eu senti positivamente e realmente duas mãos quentes e vivas pousarem so$re minha ca$eça como as do $ispo no dia da ordenação Eu não dormia, não desmaiara, eu as senti@ era um contato real e que durou alguns minutos
Ca'6tulo II — Das Alu*i!a13es De'ois da Re0olu1&o "ra!*esaP e!tre os i!*o!7ormados *om o 7im da mo!ar>uiaP ;a0ia a>ueles >ue 7u!daram uma seitaP ^Os sal0adores de Lui= VII^B Lui= VIIP de0eria ser o su*essor de Lui= VIP destro!ado e *o!de!ado ] morte 'elos re0olu*io!+riosB ,reso *om a 7am6lia em cFP dado *omo morto aos de= a!osP segu!do a le!daP !a 0erdade teria es*a'ado e outra *ria!1a 7ora *o!de!ada em seu lugarB Dura!te muito tem'oP mo!ar>uistas es'eraram o ressurgir do ;erdeiroP ^O i!7a!te desa'are*ido^B desta seita e de seus
0isio!+riosP os *re!tes da 0olta do reiP >ue Le0i se o*u'a !este *a'6tuloB
Em J:8, os A+alvadores de Lui& OPBBA resolveram Rinventar um profeta que proclamasse o retorno do rei e a restauração da monarquiaS Eles lançaram os olhos so$re um operário devoto, de caráter exaltado e ca$eça fraca) Eug#nio Pintras Tor4aram, então, uma carta dirigida ao príncipe, isto ", ao pretenso , Lui& OPBB Encheram essa carta de promessas enfáticas do reino futuro, expressões místicas capa&es de impressionar mentes simpl3rias e fi&eram cair esta carta nas mãos do operário nas circunstFncias que o pr3prio Pintras descreve) Eug:!io Vi!tras A/erca de ; horas, eu estava ocupado a escrever 6atem ( porta >ulgando que era um operário que tinha neg3cios comigo, respondi $ruscamente)AEntraiA Tiquei surpreendido) em ve& do operário, era um velho em andra4os !erguntei?lhe o que queria Ele respondeu) A 3ão "os incomodeis, (ierre Michel ? nome pelo qual ningu"m me chama Em todo país chamam?me Eug#nio e mesmo quando assino alguma coisa, nunca ponho estes dois prenomes +enti inquietação e isso aumentou quando o velho me disse) A *stou cansado6 onde .uer .ue eu me apresente encaram+me com desprezo ou como um ladrãoA Estas 0ltimas palavras aterrori&aram?me muito, ainda que ditas com ar triste e infeli& Levantei?me !us?lhe na mão uma moeda, di&endo?lhe) eu não o tomo por isto, meu $om homem E assim di&endo, fi&?lhe perce$er que eu queria despedi?lo cortesmente Ele compreendeu e virou?me as costas e saiu tristementeMal pIs os p"s no 0ltimo degrau, puxei a porta e tranquei?a ( chave %ão ouvia o velho descer /hamei o operário, pedi que su$isse ao meu quarto 'í, so$ pretexto de neg3cios, fi& percorrer comigo todos os lugares onde 4ulgava possível ocultar?se o velho, pois não o vira sair +aí do quarto com o operário Techei o aposento com chave !ercorremos todos os cantos %ada vi Ba, então, para a fá$rica quando ouvi os sinos que chamavam para a missa esolvi ir e fui ao quarto correndo apanhar o livro de orações mas detive?se pois deparei?me com uma carta so$re a escrivaninha Era uma carta ao duque de %ormandia Rpretenso Lui& OPBBS e falava de grandes verdades da nossa santa religião /at3lica, 'p3stolica, omana +o$re a carta, estava a moeda que eu dera ao velho REis aí) Eug#nio Pintras com espírito agitadoS ? dedicado a Li& OPBB, ei?lo visionário pelo resto da vida, porque a imagem do velho não o deixou mais .s alucinados da seita de Lui& OPBB Rfi&eramS dele, em um s3 instante, um iluminado e profeta R'quela seita compunha?seS so$retudo de antigos servidores da reale&a Pintras, tornado seu m"dium, " o reflexo fiel de todas as fantasias cheias de lem$ranças romanescas de um misticismo envelhecido R. novo profeta v# lírios $anhados em
sangueS Pintras tem suores de sangue +acerdotes chamados a constatar estes prodígios são arre$atados na corrente do entusiasmo Pintras, que os seus sectários tomavam como um novo /risto, teve tam$"m seus Bscariotes) dois mem$ros da seita 'lexandre eoffroi e o&&oli pu$licaram contra ele as revelações mais odiosas Em J:9, o !apa reg3rio OPB condenou formalmente a seita de Pintras
Ca'6tulo III — Mag!eti=adores e So!(m#ulos ' Bgre4a, em sua alta sa$edoria, nos proí$e de consultar a sorte e de violar, por indiscreta curiosidade, os segredos do futuro@ mas nos tempos de ho4e RTrança, fim do s"culo OBOS a vo& da Bgre4a não " mais ouvida e a multidão se volta para os adivinhos e as pitonisas@ os sonFm$ulos tornaram?se oráculos para aqueles que não cr#em mais nos preceitos do Evangelho e ningu"m pensa que a 'reo*u'a1&o dedi*ada a um a*o!te*ime!to 'redito su'rimeP de algum modoP !ossa li#erdade e 'aralisa !ossos meios de de7esaB Co!sulta!do a magia 'ara 're0er os a*o!te*ime!tos 7uturos damos asas ] 7atalidade D importante conhecer entre os que se ocupam do magnetismo quais são os homens verdadeiramente s"rios 9ar&o Du ,otet . 6arão
Ca'6tulo IV — "a!tasistas em Magia
A7o!so Es>uiros Há vinte anos Ra autor escreve em setem$ro de JK:;S, um de nossos amigos de infFncia, 'fonso Esquiros, pu$licou um livro de alta fantasia intitulado O M-%ico !ela pu$licação desse romance, fundou uma escola de fantasistas em magia cu4o representante mais distinto ", atualmente, Henri
Muitos amigos de
Toi no corrente ano de J:8, cerca detr#s anos antes da epidemia das mesas girantes, que o autor quis introdu&ir na Trança os círculos de espiritualismo da 'm"rica, as pancadas misteriosas de ochester e a escritura puramente maquinal dos mediuns uldenstu$$" RformouS o primeiro círculo segundo o modo dos americanos, graças ao concurso precioso que lhe prestou M oustan, antigo medium da &ociedade de Ma%netizadores *spiritualistas, homem simples mas cheio de entusiasmo pela santa causa do espiritismo D sa$ido que os círculos americanos são $aseados so$re a distinção dos princípios magn"ticos ou positivos e el"tricos, ou negativos Estes círculos se compõem de do&e pessoas, seis das quais representam os elementos positivos Rmagn"ticosS e as seis outras, os elementos negativos ou sensitivos Rel"tricosS ' distinçãodos elementos não deve ser feita segundo o sexo das pessoas, se $em que as mulheres tenham, geralmente, atri$utos negativos e sensitivos e que os homens, se4am dotados de qualidades positivas ou magn"ticas
's pessoas enterradas vivas não podem ter, de$aixo da terra, senão sonhos rápidos, de pouca duração, podendo viver, todavia, muito tempo, conservadas pela lu& astral, num estado completo de sonam$ulismo l0cido +uas almas acham?se, então, so$re a terra, ainda, presas ao corpo adormecido por uma cadeia invisível@ se são almas ávidas e criminosas, elas podem aspirar Ra$sorverS a quintess#ncia do sangue das pessoas adormecidas de sono natural e transmitir essa seiva a seu corpo enterrado para conservá?lo por mais tempo, na esperança vaga de serem restituídas ( vida D este espantoso fenImeno que se chama 0am'irismo, fenImeno cu4a realidade foi constatada por numerosas experi#ncias e tão $em atestadas como tudo o que há de mais solene na hist3ria Existe ainda um grande n0mero de atas so$re exumação de vampiros 's carnes estavam em notável estado de conservação mas tresandavam a sangue +eus ca$elos haviam crescido extraordinariamente e saíam em an"is entre as fendas do caixão ' vida não existia mais no aparelho que serve ( respiração, mas somente no coração que, de animal, parecia ter?se tornado vegetal !ara matar o vampiro, era preciso atravessar?lhe o peito com uma pua Restaca de madeiraS@ então, um grito horrível anunciava que o sonFm$ulo do t0mulo se despertara em so$ressalto numa verdadeira morte !ara tornar essa morte definitiva, cercava?se a sepultura do vampiro com espadas plantadas no solo com as pontas voltadas para fora, porque os fantasmas da lu& astral se decompõem pela ação RcontatoS das pontas metálicas que lhes destroem o corpo coagulado Rde lu& astral coagulada, densificadaS .s casos de vampirismo são muito raros e uma pessoa sã de espírito e de corpo não poderia ser vítima Rdesse malS se não a$andonou, em vida, seu corpo e sua alma, por qualquer cumplicidade em crime ou paixão desregrada
Ca'6tulo V — Lem#ra!1as Í!timas do Autor Em WcP A7o!so Es>uiros *o!0idou Eli';as Le0i 'ara *o!;e*er um m6sti*o >ue se a're!ta0a *omo ^O Ma'a;^P *uQo !ome 0erdadeiro era Ga!!eauT Le0i des*re0e a 0isita%
%um terrível case$re, estava um homem $ar$udo, de uma figura ma4estosa e prof"tica Ele estava cercado de muitos homens $ar$udos e extáticos como ele e de uma mulher de traços im3veis, semelhante a uma sonFm$ula adormecida . Mapah era, como se v#, um continuador de /atarina 2heot, de
das manias entusiastas, elas são contagiosas e ningu"m se inclina impunemente ($eira do a$ismo da loucura .s fenImenos magn"ticos produ&idos por anneau duraram ainda depois de sua morte +ua vi0va, mulher sem instrução e de intelig#ncia negativa, ficara no sonam$ulismo em que seu marido a mergulhara +emelhante a estas crianças >ue so7rem a 7orma das imagi!a13es de suas m&es, ela tornou?se uma imagem viva de Maria 'ntonieta, prisioneira na /oncierferie +uas maneiras são as de uma rainha para sempre vi0va e desolada@ por ve&es, ela deixa escapar algunsqueixumes que incam que seu sonho a afadiga, mas ela se indigna so$eranamente contra os que procuram despertá?la@ não apresenta nenhum sinal de alienação mental@ sua conduta exterior " ra&oável, sua vida, perfeitamente honrada e regular
Ca'6tulo VI — Das Ci:!*ias O*ultas
. segredo das ci#ncias ocultas " o do da nature&a mesma, " o segredo da geração dosan4os e dos mundos, " o segredo da onipot#ncia de
todas as rique&as do mundo e dos mundos, são os confidentes e os amigos dos príncipes do c"u e a nature&a lhes o$edece porque eles querem o que quer a lei que fa& marchar a nature&a Eis o que o +alvador do mundo chama O Rei!o de Deus, o Sa!*tum Reg!um
Ca'6tulo VII — Resumo
esta?nos agora resumir e concluir ' ci#ncia mágica " a ci#ncia a$soluta do equilí$rio Esta ci#ncia, essencialmente religiosa, presidiu ( formação dos dogmas do antigo mundo e foi, assim, mãe?nutri& de todas as civili&ações Ela Ra ci#ncia mágicaS nos di& cr#r em uatro eleme!tos não eram para eles corpos simples, mas as quatro formas elementares da su#st(!*ia 2!i*aEstas quatro formas eram figuradas pela Esfinge) o ar pelas asas, a água pelo seio de mulher, a terra pelo corpo de touro, o fogo pelas garras de leão 's formas da Esfinge representam tam$"m, por analogia hieroglífica, as quatro propriedades do age!te m+gi*o u!i0ersal, isto ", a lu= astral) dissolver, coagular, aquecer, esfriar Estas quatro propriedades, dirigidas pela vontade do homem, podem modificar todas as formas da nature&a e produ&ir, segundo a impulsão dada, a vida ou a morte, a sa0de ou a mol"stia, o amor ou o 3dio, a rique&a e a po$re&a
_uest3es ,arado8ais B ,ode
transformações da exist#ncia R+ugere distinção entre PB<' e EOB+2[%/B' ' primeira, limitada no tempo, a segunda, eterna, al"m do tempoS ' vida, resultante do movimento, não pode conservar?se senão pela sucessão e o aperfeiçoamento das formas ' ci#ncia do movimento perp"tuo " a ci#ncia da vida 2odo movimento se opera pela destruição 2oda geração " uma morte e toda morte, uma geração FB A 'edra 7iloso7al e8iste Como e!*o!tr+
ou, pelo sinal, não pode Ro pensamentoS excitar nem dirigir a vontade . sinal sendo a forma necessária do pensamento " o instrumento indispensável da vontade 5uanto mais perfeito " o sinal, tanto mais fortemente " o pensamento formulado e, por conseqN#ncia, " a vontade dirigida com poder . anel de +alomão, com seu duplo selo, " toda a ci#ncia e toda a f" dos magos reunidas num sinal D onipotente, se " um sinal vivo@ mas " inefica& se " um sinal morto ' vida dos sinais " a intelig#ncia e a f") intelig#ncia da nature&a@ f" em seu motor eterno XB ,odeue *o!sistem 're*isame!te as 7or1as da magia !egra
' força da magia negra " o *o!t+gio da 0ertigem, " a epidemia da dem#ncia
Co!*lus&o
%a nature&a, tudo se conserva pelo equilí$rio e se renova pelo movimento . equilí$rio " a ordem@ o movimento " o progresso . homem, com esta ci#ncia, pode produ&ir e dirigir fenImenos naturais . equilí$rio moral " o concurso da ci#ncia e da f", distintas em suas forças e reunidas em sua ação Ta&er o que
"IM DO VOLUME VII Retor!o% Í!di*e de Volumes
9i#liogra7ia do ,es>uisador 9A9ILNIA 9RASIL Bn ^http)YY___angelfirecomYmeY$a$ilonia$rasilYmagicJhtml` acessado em 7KY8Y788 9LAVA?SJK , Helena !etrovna rS +ão !aulo) Madras, 788 GRANDES IM,RIOS E CIVILI/A-ZES Enciclop"dia MesopotFmia vol B Madrid) Ed !rado, J;;K 4OCAS?IAN , '=isha . Livro de %od Edição on line Bn^http)YYp_pnetca$optYdtangelYLivrobdebnodpdf ` acessado em 7JY87Y788 Ma*NALL 9URNS, Ed_ard Hist3ria da /ivili&ação .cidental, vol B !orto alegre) lo$o, J;K ,A,US *erard 'naclet Pincent Encausse- 2ratado Elementar de Magia !rática +ão !aulo) !ensamento, J;; SOU?O MAIOR , ' Hist3ria eral As *i0ili=a13es ira!ia!as, p 9 +ão !aulo) Editora %acional, J;KQ
estudo
História da Magia de Eli';as Le0i
A,NDICE DO ,ES_UISADOR ÍNDICE% Al>uimistas O*ultistas% Dados 9iogr+7i*os
Cor!)lius Agri''a Ro#ert "ludd 4a*o# 9o;eme ,ara*elso "ra!= A!to! Mesmer 4a*>ues de Mola[ Sai!t Germai! 4a*>ues Ca=otte Alessa!dro Cagliostro
Li!s rela*io!ados So*iedade das Ci:!*ias A!tigas < 9iogra7ias LoQa ?eosó7i*a Virtual < I!strutores da Huma!idade
Al>uimistas O*ultistas% Dados 9iogr+7i*os
He!r[ Cor!elius Agri''a Vo! Nettes;eim /orn"lio 'grippa nasceu em /olInia, 'lemanha, em J de setem$ro de J:Q Toi advogado, m"dico e astr3logo Em seu país, esteve a serviço do imperador Maximiliano B 'os 78 anos, foi encarregado de uma missão secreta na Trança e em J8Q, estava na Gniversidade de !aris onde encontrou vários ocultistas aca$ando por se tornar um deles Toi um dos fundadores da Brmandade osa?/ru& parisiense Pia4ou pela Btália e Espanha Em J9:, pu$licou O**ult ,;iloso7[ onde defendia a id"ia de que a principal maneira de chegar a
*$rasão- e os monumentos da família 'os JK anos ingressou no +aint >ohn /ollege, em .xford raduou?se $acharel em J;K e alcançou o mestrado em J;: Estudou Tísica e Medicina uaesi "lu*ti#us a#lue!s et a#sterge!sA, em JQJQ Tludd entrou para hist3ria como o mais representativo dos ingleses praticantes da medicina mística *ou ocultista-, possuidor da chave da /i#ncia Gniversal Ele morreu em 8: de setem$ro de JQ9K, em sua casa, na par3quia de +t /atherine, na /oleman +treet +eus restos mortais, enterrados na Bgre4a de 6earsted, repousam so$ uma lápide que ele fe& com as pr3prias mãos
4a*o# 9o;eme %asceu em JK na pequena cidade de 'lt +eiden$urg, distante uma l"gua e meia de orlit&, na 'lemanha +eus pais, >aco$ e Grsula, eram luteranos, simples e honestos .
primeiro emprego do pequeno >aco$ foi de pastor de ovelhas em Lands?rone, uma montanha nos arredores de orlit& ' 0nica esp"cie de educação que teve foi rece$ida na escola da cidade de +eiden$erg, que ficava a uma milha de sua casa 'os cator&e anos aprendeu o ofício de sapateiro Em seguida, via4ou pela 'lemanha como artífice, sempre no mesmo ramo !or volta de J;;, retornou a orlit& onde veio a ser um mestre em sua profissão /asou?se com atherine unt&schmann, com quem teve quatro filhos, a um dos quais ensinou seu ofício elatou a um amigo que, durante o tempo de seu aprendi&ado, quando seu mestre estava ausente, viu entrar na sapataria onde tra$alhava, uma figura de aspecto venerável, um estranho vestido de forma simples, querendo comprar um par de sapatos que 4á havia escolhido >ulgando?se incapa& de lidar com vendas, 6ehme fe&?lhe um preço muito alto, crendo que o estranho recusaria e ele não seria repreendido pelo dono, seu mestre . comprador, entretanto, pagou o preço estipulado e se afastou 'p3s ter dado alguns passos para fora da oficina, chamou com vo& alta e firme) A >aco$V Penha cáV A . 4ovem, a princípio assustou?se ao ouvir aquele desconhecido chamá?lo pelo nome de $atismo, depois, decidiu atend#?lo . forasteiro, com ar s"rio mas amável, disse?lhe) A>aco$, voc# " ainda muito pequeno, mas será grande e se tornará outro homem, e será o$4eto da admiração de todos Bsto porque " piedoso, cr# em aco$ 6ehme entregara?se ( crença em
Endern, e lhe emprestou o livro Mas este, dese4ando possuir esse tesouro oculto, separou e distri$uiu as folhas a alguns amigos que se puseram a copiá?lo esu /hristiA *' Encarnação de >esus /risto-, APon +echs 2heosophischen !untenA *+eis !ontos 2eos3ficos-, Arundlicher 6ericht von dem Brdischen und Himmlischen M=sterioA *elato Met3dico do Mist"rio 2errestre e /elesteem JQ78@ APon der e$urt und 6e&eichnung 'ller esenA *. %ascimento e a Marca de 2odas as /oisas-, mais conhecido como A+ignatura erumA, em JQ7J@ APon der naden_ahlA *' Escolha da graça- em JQ79@ A6etrachtung ottlicher .ffen$arungA *.s 2r#s !rincípios da evelação
como um grande processo alquímico, uma retorta destilando perpetuamente os metais para transmutá?los em ouro celestial . aco$ 6ehme, este homem simples, esta pedra angular re4eitada pelos sá$ios dial"ticos e pelos doutores metafísicos da Bgre4a !or isso deu?lhe o nome de A!hilosophus 2eutonicusA *Til3sofo 'lemão- tanto para distingui?lo das outras nações, como para evidenciar suas eminentes qualidades entre seus compatriotas, tendo em vista que fora sempre muito austero em sua conduta e sempre levara uma vida cristã, humilde e resignada ' morte de 6ehme ocorreu em um domingo, 78 de novem$ro de JQ7 'ntes de uma hora, 6ehme chamou 2o$ias, seu filho, e perguntou?lhe se não havia escutado uma maravilhosa m0sica !ediu?lhe, então que a$risse a porta do quarto, para que a canção celestial pudesse ser melhor ouvida Mais tarde perguntou que horas eram, e quando lhe responderam que o rel3gio havia soado as duas horas disse) A'inda não chegou a minha hora, mas dentro de tr#s horas será a minha ve&A
,ara*elso 2hophrastus 6om$astus von Hohenheim nasceu em J8 de novem$ro de J;9 na cidade suíça de Einsiedeln .rfão de mãe, o pai era m"dico e professor de 5uímica 'os JK anos foi fa&er estudos superiores em 6alil"ia, um dos mais importantes centros culturais da "poca %ão se adaptou ( comunidade estudantil e a$andonou os cursos regulares para ingressar na escola do monast"rio $eneditino de +anto 'ndr", Lavanthal, onde conheceu o $ispo e alquimista Erhart 6aumgartner Mais tarde, em Nr&$urg, tornou?se aluno do a$ade >ohan 2ritemus, outro alquimista e ocultista /onheceu tam$"m Heinrich /ornelius 'grippa, estudioso de ci#ncias ocultas Toram ami&ades que influenciaram o 4ovem 2heophrastus em sua formação
'dotou o pseudInimo !aracelso cu4o significado pode ser A/omparável a /elsoA R/elso) discípulo do m"dico grego alenoS ou APoltado para o altoA, pela fusão da palavra grega para, ou Aem direção aA e a latina celsus, ou, AelevadoA Em JJ, aos 77 anos, iniciou uma longa viagem de estudos !ercorreu toda a Europa, foi m"dico em campo de $atalha onde teve a opotunidade de reali&ar estudos práticos em anatomia e cirurgia Em J7Q, voltou para a 'lemanha onde exerceu a medicina com $ase na teoria de que todas as doenças t#m causa id#ntica) Aa desarmonia entre o microcosmo e o macrocosmoA 'poiado em Hip3crates, afirmava que o homem trá& dentro de si a força necessária para superar qualquer enfermidade . segredo da cura estaria não exatamente no uso dos rem"dios, mas em Adespertar o m"dico internoA, a energia vital do organismo +eus #xitos lhe valeram uma cátedra na Gniversidade de 6asil"ia Era admirado pelos alunos, no entanto, encontrou muitos inimigos entre os acad#micos Toi acusado de alcoolismo *e $e$ia mesmo- e de $lasf#mia 5uando incitou seus discípulos a queimarem os livros ultrapassados de aleno e 'vicena, foi o$rigado a sair da cidade
"ra!= A!to! Mesmer Mesmer foi o m"dico austríaco criador da teoria do magnetismo animal conhecido pelo nome de mesmerismo %asceu a 79 de maio de JK9, em B&nang, uma pequena vila perto do Lago /onstance Estudou teologia em Bngolstadt e formou?se em medicina na Gniversidade de Piena !rovido de recursos, dedicou?se a longos estudos científicos, chegando a dominar os conhecimentos de seu tempo, "poca de acentuado orgulho intelectual e ceticismo Era um tra$alhador incansável, calmo, paciente e ainda um exímio m0sico Em JKK, ap3s muitas experi#ncias, Mesmer reconhece que pode curar mediante a aplicação de suas mãos 'credita que dela desprende um fluido que alcança o doente@ declara) A
Mesmer praticou durante anos o seu m"todo de tratamento em Piena e em !aris, com evidente #xito, mas aca$ou expulso de am$as as cidades pela inve4a e incompreensão de muitos
4a*>ues de Mola[ "ON?E% Ca0aleiros ?em'l+rios H,G
Historiadores modernos acreditam que >acques erusal"m e 'cre estaram somente os A/avaleiros 2empláriosA e os AHospitaláriosA para confrontarem?se com os sarracenos .s 2emplários, com apenas uma som$ra de seu poder anterior, se esta$eleceram na ilha de /hipre, com a esperança de uma nova /ru&ada !or"m, as esperanças de o$terem auxílio da Europa foram em vão pois, ap3s 788 anos, o espírito das /ru&adas havia?se extinguido .s 2emplários foram fortemente entrincheirados na Europa e rã?6retanha, com suas grandes casas, suas ricas propriedades, seus tesouros de ouro@ seus líderes eram respeitados por príncipes e temidos pelo povo, por"m não havia nenhuma a4uda popular para eles em seus planos de guerra Toi a rique&a, o poder da .rdem, que despertou os dese4os de inimigos poderosos e, finalmente, ocasionou sua queda Em J98, Telipe, o 6elo, então ei de Trança, atento ao imenso poder que teria se ele pudesse unir as .rdens dos 2emplários e Hospitalários, conseguindo um titular controle, procurou agir assim +em sucesso em seu arre$atamento de poder, Telipe reconheceu que deveria destruir as .rdens, a fim de impedir qualquer aumento de poder do +umo !ontificado, pois as .rdens eram ligadas apenas ( Bgre4a Em J de setem$ro de J98K, Telipe agiu Ele emitiu regulamentos secretos para aprisionar todos os 2emplários
acques
Telipe não quis adiar nada e, ouvindo os resultados da /orte, ele ordenou que os prisioneiros fossem queimados no pelourinho naquela tarde 5uando os sinos da /atedral de %otre acques acques G+2. /'+2B. M'Lacques de Mola=Cleme!te V 9ertra!d de Got < !apa de J98 a J9J, nascido em Pillandraut *ironde-, na Trança, em J7Q 2eve a sede de seu papado em 'vignon, cidade ao sul de Trança, devido as pressões de Tilipe, o 6elo ' sede do papado manteve?se em 'vignon por K8 anos *J98K? J9KK-, epis3dio que ficou conhecido como /ativeiro de 'vignon Morto por ingerir esmeraldas redu&idas a p3 *para curar sua fe$re e um ataque de ang0stia e sofrimento-, que provavelmente cortaram seus intestinos . rem"dio foi receitado por m"dicos desconhecidos *]-, quando o papa retornava a sua cidade natal Guil;erme de Nogaret Guarda
p3s de cores diferentes) /B%1') /in&as da língua de um dos irmãos dZ'una= *que foram queimados por terem corneado /arlos e Luís com suas respectivas esposas- Elas tinham um suposto efeito so$renatural para atrair o demInio /B+2'L E+6'%5GBW'<.) A+erpente de Tara3A !rovavelmente sulfocianeto de merc0rio era por com$ustão) Ucido sulf0rico, vapores de merc0rio e compostos anídricos@ podendo assim, provocar intoxicações tanto cianídrica, quanto mercurial
Sai!t Germai! ' Europa do s"culo OPBBB testemunhou o aparecimento de uma constelação de notáveis homens espirituais que tra$alharam para aliviar o sofrimento humano, apontaram para uma comunidade humana regenerada e tiveram um papel central na transição da noção r"gia ALEtat, cZest moiA, para a concepção contemporFnea de nação . /onde de +aint? ermain foi o mais misterioso e enigmático dentre aqueles personagens Em$ora ele
mantivesse relações familiares com a maior parte das ca$eças coroadas da Europa, pouco era conhecido de sua pr3pria vida %enhuma data ou lugar podem ser indicados como sendo os de seu nascimento, e sua morte registrada " quase certamente uma falsificação Mesmo sendo $rilhante e talentoso, sua origem e educação são desconhecidas Pia4ando incessantemente pelas capitais importantes da "poca, suas atividades em grande parte eram ocultas H!6lavats= sugere uma relação estreita entre Mesmer, +aint?Martin, /agliostro e +aint?ermain, e afirma que +aint?ermain Asupervisionava o desenrolar dos acontecimentosA na carreira de Mesmer e indicara /agliostro para assistí?lo . vasto período de tempo em que +aint?ermain tra$alhou e o nível em que o fe& sugerem que sua visão e esforços não eram limitados por nenhum lugar ou período 0nicos +aint?ermain apareceu primeiro em Pene&a, no início do s"culo OPBBB, aparentando ter quarenta e cinco anos de idade, extremamente $em?apessoado, com olhos intensos e maneiras atraentes Em torno de JKQ8 a /ondessa von eorg= encontrou?o na corte de Luís OP 'tInita por ver o /onde completamente igual ao que era cinqNenta anos antes, perguntou?lhe se era realmente ele . /onde não apenas confirmou sua suspeita, mas relatou diversos incidentes que s3 os dois conheciam Em JKJ8 ameau elogiou as claras e emocionantes improvisações de +aint?ermain ao pianoforte . !ríncipe Terdinand von Lo$ovit& rece$eu uma de suas composições, e outra, com a assinatura do /onde, aca$ou por chegar (s mãos de 2chaiovs=
lançou d0vidas so$re o que havia visto, +aint?ermain respondeu simplesmente) A's pessoas que questionam a minha 'rte não merecem minha atençãoA, e /asanova 4amais o viu novamente acques +adoul sugere uma conexão entre o +ignor eraldi, Lascaris e +aint?ermain
conhecimento pessoal dos eventos antigos, ele não pretendia que tudo o que lem$rava tivesse ocorrido quando estava no corpo que possuía como Z+aint?ermainZ 5uando uma ve& mostrou o retrato de sua mãe para a /ondessa de enlis em JK79, ela notou o tra4e desconhecido usado na pintura A' que período pertence esta roupa]A, perguntou ela, mas não rece$eu resposta Z. Homem?!rodígioZ, o Zhomem milagrosoZ, fascinou toda a Europa cortesã aco$ina em JK Gm inimigo introdu&iu uma carta, alegadamente escrita pelo !retendente, no $olso de +aint? ermain e então prenderam?no Ele imediatamente explicou?se, foi inocentado, e 4antou na mesma noite com illiam +tanhope, /onde de Harrrington e +ecretário do 2esouro %o mesmo ano foi a Piena, onde foi calorosamente rece$ido por Lo$ovit&, primeiro ministro do Bmperador Trancisco B
BB da 0ssia 'lgumas lendas fantásticas so$re o /onde se espalharam em toda !aris porque um ingl#s de nome Lorde o_er se s e divertia imitando +aint?ermain e fa&endo que sua imitação falasse e fi&esse coisas tolas +aint?ermain tinha de suportar a fofoca que surgia nos salões da "poca e o fe& sem queixa Luís OP enviou +aint?ermain em missão secreta extraordinária para Haia, para desco$rir se os ingleses aceitariam uma pa& que era aceitável para a Trança +aint? ermain chegou com cartas de 6elle?Bsle e rapidamente desco$riu que o orge BBB de que ele estava agindo em nome do ei de Trança /hoiseul sou$e que +aint?ermain desco$rira suas tramas e ordenou que o prendessem +aint?ermain insistiu que não tinha nada a temer de /hoiseul, não o$stante, escapou rapidamente pela Trísia .riental em direção ( Bnglaterra, onde foi rece$ido na corte 5uando o /onde de la at0 desco$riu a partida s0$ita, escreveu para +aint?ermain) A+e um raio me atingisse eu não teria ficado mais confuso do que quando desco$ri que houvestes partido de Haia +ei $em, Monsieur, que sois o maior senhor em toda a 2erra@ s3 lamento que pessoas vis ousem dar?vos a$orrecimentos, e di&?se que ouro e intrigas estão sendo empregados em oposição aos vossos esforços pela pa& +e decidis que posso ser de valia para v3s, contai com minha fidelidade@ não tenho senão meu $raço e meu sangue, mas ponho tudo isso a vosso serviçoA 5uando seus esforços pela pa& pareceram falhar, ele voltou a !aris em maio de JKQJ 5uando o Marqu#s dZGrf" informou /hoiseul da presença do /onde, ele respondeu) A%ão me surpreende, pois ele passou a noite em meus aposentosA
6erlin os" BB %o mesmo ano o /onde 'lexis .rloff acolheu? o calorosamente em Leghorn, onde ele apareceu de uniforme uni forme russo e usou o nome de /onde +altioff %esta "poca ele tam$"m foi visto em !aris por ocasião da desgraça de /hoiseul Heer van +=peste=n escreveu) A2odas as suas ha$ilidades, especialmente sua extraordinária $ondade, sim, mesmo magnanimidade, que formavam suas características essenciais, o tornaram tão respeitado e amado que quando, em JKK8, depois da queda do
para usar sua influ#ncia so$re a nova ainha, Maria 'ntonieta Em várias ocasiões +aint? ermain detalhou o destino da monarquia francesa) uma conspiração estava em andamento ? em$ora não houvesse um líder lí der 0nico ? para su$verter toda a ordem social Gma ve& que ela havia surgido por causa das necessidades legítimas das massas, não poderia ser ignorada, mas a menos que Luís OPB tomasse a iniciativa da reforma, outros, especialmente os Enciclopedistas ávidos de d e poder, usariam o nome do povo em proveito de seus fins complexos, confusos e ign3$eis 'l"m de certo ponto nada mais poderia ser feito, de modo que o ei devia agir rapidamente Bnfeli&mente, Maurepas, de quem o ei dependia, era ao mesmo tempo um tolo e um inimigo de +aint?ermain . ei devia ter a coragem de livrar?se dele ' triste hist3ria da /ondessa dZ'dhemar " $em conhecida) os esforços do /onde suscitaram a atenção de Luís e de Maria 'ntonieta, que admitiram mesmo que o /onde enviara a ela cartas anInimas que haviam advertido e protegido numerosas ve&es Mas seus conselhos não conseguiram livrar o ei da intolerável influ#ncia de Maurepas +aint? ermain previu o resultado final ? revolução e rep0$lica, um imp"rio temporário e uma legião de governos controlados por homens am$iciosos e indignos
sociedades MaçInicas e espirituais secretas, cu4os líderes eram desconhecidos 'l"m dos Tratres Lucis e dos /avaleiros do 2emplo, seu nome foi associado com os Brmãos da Usia, com a .rdem da .$servFncia Estrita, que a4udaram a fundar, e com grupos osacru&es Em$ora +aint?ermain supostamente tenha escrito diversas o$ras, apenas um $reve tratado so$revive D o famoso Z' +antíssima 2rinosofiaZ, ocasionalmente atri$uído a /agliostro porque a c3pia so$revivente foi encontrada entre seus pertences pessoais quando ele foi preso em oma pala Bnquisição ' tradição afirma que /agliostro o rece$eu quando foi iniciado nos 2emplários por +aint?ermain ' conclusão cont"m diversas páginas de misteriosas figuras hieroglíficas e desenhos 's do&e seções anteriores são um texto aleg3rico so$re a iniciação, escrito por um prisioneiro da Bnquisição para seu amigo Til3cato, na v"spera da sua entrada no Asantuário das ci#ncias su$limesA, que está a$erto a todos que podem ver e voar em direção ao 2rono do Eterno A
imaginativas e intuitivas Marie?a=monde
4a*>ues Ca=otte >acques /a&otte nasceu em
em meio ao povo, o que o encora4ou a continuar a escrever !u$licou, então, :es (rouesses Inimmitables d'Oli"ier, ma.uis d'*desse *'s !roe&as Bnimitáveis dZ.livier, marqu#s dZEdesse- os" 6alsamo, um famoso aventureiro e criminoso da +icília, mas suas palavras e atos negam essa identificação %ingu"m que reconhecesse 6alsamo veio a p0$lico para esta$elecer a relação
'os do&e anos, 'lthotas levou?o a Mecca, onde permaneceram por tr#s anos 5uando 'charat encontrou o +harif, am$os imediatamente sentiram uma forte ligação e choraram na presença um do outro Em$ora passassem muito tempo 4untos, o +harif recusou?se a discutir a origem de 'charat, em$ora uma ve& o tivesse avisado de que jse algum dia eu deixasse Mecca, estaria ameaçado com as maiores infelicidades, e acima de tudo ordenou?me cautela com a cidade de 2re$i&ondk ' uniformidade da vida no palácio falhou em saciar a sede por conhecimento e experi#ncia de 'charat e a tempo ele decidiu ir para o Egito com 'lthotas %a hora da partida, o +harif despediu?se dele chorando, com as palavras, jTilho infeli& da nature&a, adeusk %o Egito, ele aprendeu que as pirFmides continham segredos desconhecidos pelo turista Toi admitido pelos sacerdotes do templo ja lugares tais, que nenhum outro via4ante comum 4amais havia entrado antesk 'p3s tr#s anos de viagem jpelos principais reinos da Ufrica e da Usiak, ele chegou a hodes em JKQQ, onde pegou um navio franc#s para Malta Enquanto estava hospedado no palácio de !into, rão Mestre de Malta, o /avalheiro d'quino de /aramanica apresentou?o ( ilha jToi aqui que eu pela primeira ve& assumi o modo de vestir Europeu e com ele o nome de /onde /agliostrok 'lthotas apareceu com a roupa e a insígnia da .rdem de Malta j2enho todas as ra&ões para acreditar que o rão Mestre !into estava familiari&ado com minha verdadeira origem TreqNentemente me falava do +harif e mencionava a cidade de 2re$i&ond, por"m 4amais consentiria em entrar em outros detalhes particulares so$re o assuntok /om $ase nesta refer#ncia, algu"m especulou que /agliostro era o filho do rão Mestre !into e uma no$re senhora de 2re$i&ond, mas /agliostro, ele mesmo, 4amais expressou esta opinião Enquanto ainda em Malta, 'lthotas faleceu Minutos antes de sua passagem, ele declarou a /agliostro) jMeu filho, conserve para sempre diante de seus olhos o temor a esuítask 'conteceu que a nature&a de /agliostro, $oa ao extremo, e a total confiança que colocava em seus amigos foram a causa de seus desapontamentos ' generosidade de /agliostro logo esgotou suas fontes e o casal foi desfeito quando via4avam para visitar amigos em !iemonte e enova Mas em 4ulho de JKKQ, quando
chegaram a Londres, estavam outra ve& em $oas situação, por"m a causa de seu progresso fica, como sempre, perdida em mist"rio Eles se hospedaram e logo atraíram admiradores, ainda que ningu"m tivesse certe&a de onde se originavam, ou qual era seu itinerário recente Gm la$orat3rio foi montado num aposento para estudos de Tísica e 5uímica ' grande generosidade de /agliostro levou um grupo de impostores gananciosos a tentar trapaceá?lo atrav"s de processos legais que exigiam dinheiro, acusando?o de praticar $ruxaria Esta 0ltima acusação foi retirada imediatamente, mas uma coali&ão de advogados e 4uí&es desonestos arrancaram?lhe cada centavo que puderam antes que o /onde ficasse livre de suas intrigas +uas intenções ficaram evidentes pelo fato de que, finalmente, todos eles, de alguma forma, morreram na prisão ou foram executados por fraude, per40rio e outros crimes /agliostro recusou a oportunidade de propor recursos reparat3rios, mas decidiu deixar a Bnglaterra 'ntes da partida, contudo, tanto ele como a condessa foram admitidos na Lo4a Esperança da ordem da Estrita .$servFncia +eu lema era jGnião, +il#ncio, Pirtudek, seu tra$alho filantropia e seu estudo, ocultismo 'trav"s desta .rdem, /agliostro espalharia a Maçonaria Egípcia por toda a Europa
os Maçons reunidos para adotarem o ito, por"m a direção da Lo4a hesitou /agliostro avisou que o momento da escolha para Maçonaria havia chegado e profeti&ou que a vida do chefe Herr +cieffort estava na $alança) se a Maçonaria Egípcia não fosse a$raçada, +cieffort não so$reviveria durante aquele m#s +cieffort recusou a aceitar modificações em sua Lo4a, e cometeu suicídio poucos dias depois '$alados e intrigados, os mem$ros da Lo4a aclamaram /agliostro, e seu nome foi ouvido pela cidade Enquanto ele continuava a viagem, as Lo4as da .rdem da Estrita .$servFncia calorosamente lhe davam $oas vindas +eguiu para Mittau, capital de
/orte que duvidou de seus poderes Ela, imediatamente, atestou o passado, enquanto a hist3ria provou a verdade no futuro /agliostro deixou Pars3via em 7Q de 4unho e não foi visto at" J; de setem$ro, quando chegou a +tras$urgo Multidões aguardavam na !onte de eehl para ver sua carruagem e ele foi aclamado quando entrou na cidade Bmediatamente, começou a atender aos po$res, li$ertando devedores da prisão, curando os doentes e fornecendo rem"dios gratuitamente 2anto os amigos quanto os inimigos concordavam que /agliostro se recusava a rece$er qualquer remuneração ou $enefício por seus incansáveis tra$alhos Em$ora a no$re&a se tornasse interessada, ele se recusava a produ&ir fenImenos, salvo em seus pr3prios e estritos termos Logo ficou íntimo do /ardeal de ohan, para quem ele previu a hora exata da morte da Bmperatri& Maria 2heresa . cardeal convidou?o a se hospedar em seu palácio e mais tarde declarou que ele havia testemunhado em várias ocasiões /agliostro produ&ir ouro num vaso alquímico j!osso di&er?lhe com certe&ak, ele insistiu com uma senhora que duvidava da ha$ilidade de /agliostro, jque ele nunca pediu ou rece$eu qualquer coisa de mimk . eneral La$orde escreveu que nos tr#s anos que /agliostro viveu em +tras$urgo ele atendeu quin&e mil pessoas doentes, das quais apenas tr#s morreram +ua reputação foi confirmada quando ele salvou o Marqu#s de Lasalle, /omandante de +tras$urgo, de um caso desesperador de gangrena
inclinações naturais de P+, estou convencido de que se apressará a cuidar para que desfrute de todos os $enefícios e amenidades que ele pessoalmente merecek ' segunda veio do Marqu#s de Miromesnil, uardador do +elo) j. /onde di /agliostro tem estado comprometido ativamente no auxílio dos po$res e infeli&es, e sou conhecedor de um fato notavelmente humanitário desempenhado por esse estrangeiro, que merece lhe se4a garantida proteção especialk ' terceira, do Marechal de +egur, Ministro da uerra, di&ia) j. ei encarrega P+ que cuide não somente de que ele não se4a atormentado em +tras$urgo, como tam$"m que deva rece$er nessa cidade toda consideração totalmente merecida pelos serviços que tem prestado aos doentes e aos po$resk Em 4unho chegou uma carta de %ápoles, informando?lhe de que o /avalheiro dZ'quino, seu companheiro em Malta, estava seriamente doente 'pressou?se a ir para %ápoles, apenas para encontrar o /avalheiro morto ' Lo4a Gnião !erfeita saudou?o com homenagens e ali ficou por vários meses, 4á que o governo napolitano tinha aca$ado de remover o $animento da Tranco?Maçonaria 6ordeaux convidou?o a ir para lá, e ele decidiu assim fa&er, via4ando em lentas etapas . /onde de +aint?Martin 4á havia preparado terreno em 6ordeaux e L=ons para instituir o ito etificado de +aint?Martin, que havia purificado e eno$recido a id"ia da Maçonaria .
agnoscit mortem, cognoscit artemk aquele que tem conhecimento so$re a morte, conhece a arte de dominá?la 2endo esta$elecido a Maçonaria Egípcia so$re as firmes fundações erigidas por +aint? Martin, /agliostro não estava destinado a testemunhar seu florescimento no grande templo para ela construído . /ardeal de ohan insistiu com veem#ncia que ele viesse a !aris ' .rdem dos !hilal"thes tinha organi&ado a /onvenção eral da Maçonaria Gniversal Maçons proeminentes de todas as Lo4as da Europa tinham vindo para a primeira assem$l"ia reali&ada em novem$ro de JK: Mesmer e +aint?Martin foram convidados 'gora era a chance para a $#nção final do ito Egípcio jonde ' +a$edoria triunfarák fosse confirmada /agliostro decidiu ir em 4aneiro de JK:
escuridão de seu templo D o dese4o do á que voc#s não t#m f" nas promessas do
RfrancesaS Maria 'ntonieta considerou a li$ertação de /agliostro e do /ardeal como um ataque ( sua reputação . ei ordenou que /agliostro deixasse a Trança e afastou o /ardeal de suas atri$uições /agliostro via4ou para a Bnglaterra, por"m seus inimigos, agora completamente cientes da total nature&a de sua missão, viram a chance de destruí?lo Mal havia chegado ( Bnglaterra quando o famoso editor do vicioso /orreio da Europa o atacou /agliostro alo4ou +eraphina com o artista de Louther$ourg e via4ou para a +uíça em JK:K +eraphina 4untou?se a ele na companhia de Louther$ourg imediatamente depois ' Maçonaria Egípcia era praticada por pequenos grupos em 6ale e 6ienne, mas não puderam apoiar o casal /agliostro >á que seus pr3prios poderes somente poderiam ser usados para os outros e não para si mesmo, e agora que os outros o rechaçavam, ele era forçado a via4ar sem repouso !or volta de JK:; ele chegou a oma para encontrar?se em segredo com Tranco?Maçons da Lo4a Perdadeiros 'migos ' Bgre4a, por"m, totalmente ciente da ameaça espiritual que /agliostro apresentava para ela, enviou dois >esuítas fa&endo?se de convertidos para a Maçonaria Egípcia %a ocasião em que eram admitidos ( .rdem, eles convocaram a policia papal, e o casal os /agliostro foi levado para a prisão no /astelo +anto ngelo em JK de de&em$ro +e +eraphina se voltou contra /agliostro ou sucum$iu por medo diante da Bnquisição, não está claro Mas seus depoimentos foram pre4udiciais 'p3s d0&ias de interrogat3rios, nos quais a trama foi ameaçadoramente disposta, a Bnquisição sou$e apenas o que todo mundo sa$ia) que /agliostro era um Maçom, um herege pela sua crença de que todas as religiões são iguais, e que despre&ava a intolerFncia religiosa ' farsa terminou em 7J de março de JK;J, quando a Bnquisição condenou /agliostro ( morte Entretanto, antes de o !apa assinar a sentença, um estrangeiro apareceu no Paticano
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Li!s rela*io!ados So*iedade das Ci:!*ias A!tigas < 9iogra7ias LoQa ?eosó7i*a Virtual < I!strutores da Huma!idade
"IM DO A,NDICE do ,es>uisador Retor!o% Í!di*e de Volumes
9i#liogra7ia do ,es>uisador 9A9ILNIA 9RASIL Bn ^http)YY___angelfirecomYmeY$a$ilonia$rasilYmagicJhtml` acessado em 7KY8Y788 9LAVA?SJK, Helena !etrovna rS +ão !aulo) Madras, 788 GRANDES IM,RIOS E CIVILI/A-ZES Enciclop"dia MesopotFmia vol B Madrid) Ed !rado, J;;K 4OCAS?IAN, '=isha . Livro de %od Edição on line Bn^http)YYp_pnetca$optYdtangelYLivrobdebnodpdf ` acessado em 7JY87Y788 Ma*NALL 9URNS, Ed_ard Hist3ria da /ivili&ação .cidental, vol B !orto alegre) lo$o, J;K ,A,US *erard 'naclet Pincent Encausse- 2ratado Elementar de Magia !rática +ão !aulo) !ensamento, J;; SOU?O MAIOR , ' Hist3ria eral As *i0ili=a13es ira!ia!as, p 9 +ão !aulo) Editora %acional, J;KQ
estudo
História da Magia de Eli';as Le0i
A':!di*e II ?RECHOS DIVERSOS O MAL . mal " o soluço eterno da humanidade que se contorce e chora, " a risada atro& do mau oprimindo o 4usto, são as profunde&as infernais que se a$rem dentro de n3s e que em todas as almas cava, por um instante, o g#nio da perversidade . mal moral existe) reina em certos espíritos, encarna?se em certos homens@ estes são os demInios E para aqueles que duvidam da exist#ncia do dia$o respondemos) tudo o que tem um nome existe@ a palavra pode ser proferida em vão, mas em si mesma ela não poderia ser vã e tem sempre um sentido . Per$o nunca " va&io . mal existe@ " impossível duvidar disso Há seres que ciente e voluntariamente fa&em o mal . espírito que anima estes seres e que os excita a fa&er o mal " desencaminhado, desviado do $om caminho, lançado como um o$stáculo ao $em@ " precisamente o que significa a palavra grega dia!olos, que tradu&imos pela palavra dia$o . mal " falta de integridade no ser . mal moral " a mentira em ação como a mentira " o crime das palavras ' in4ustiça " a ess#ncia da mentira@ toda mentira " uma in4ustiça ' in4ustiça " a morte do ser moral, como a mentira " o veneno da intelig#ncia >esus disse) A. dia$o " mentiroso como seu paiA 5uem " o pai do dia$o] D o homem@ aquele que lhe dá uma exist#ncia pessoal, vivendo segundo suas inspirações@ o homem que se fa& dia$o " o pai do mau espírito encarnadoA ' FW < Fc
LU/ AS?RAL ' lu& astral " um agente misto, um agente natural e divino, corporal e espiritual, um mediador plástico universal, um receptáculo comum das vi$rações do movimento e das imagens da forma, um fluido e uma força que se pode denominar imaginação da nature&a ' lu& astral magneti&a, aquece, atrai, repele, vivifica, destr3i, coagula, separa, que$ra, re0ne todas as coisas so$ a impulsão das vontades poderosas
MAGIA NEGRA !ode?se definir a Magia %egra como a arte de produ&ir nos outros a loucura artificial D tam$"ma ci#ncia dos envenenamentos Mas o que nem todo mundo sa$e " que se pode matar por congestão ou por su$tração s0$ita da lu& astral quando algu"m fa& do seu pr3prio aparelho nervoso uma esp"cie de pilha galvFnica viva, capa& de condensar e pro4etar com força essa lu& que em$riaga e que fulmina ' F
LILI?H NAEMA Há nos infernos, di&em os ca$alistas, duas rainhas de estriges) uma " Lilith, a mãe dos a$ortos, e a outra " %aema, a $ele&a fatal e assassina 5uando um homem " infiel ( esposa que lhe destinava o c"u, quando ele se entrega aos caprichos de uma paixão est"ril,
,ECADO A%ão se deve dar o nome de ma4estade levianamente@ ma4estade vem de mago porque os magos, sendo pontífices e reis, foram as primeiras ma4estades !ecar mortalmente " ofender a
CU IN"ERNO %egar o inferno " negar o c"u . inferno " a ra&ão equili$rante do c"u porque a harmonia resulta da analogia dos contrários 7uod superius sicut "uod in*erius) a superioridade existe em ra&ão da inferioridade@ " a profundidade que determina a altura e se encherdes os vales fareis desaparecer as montanhas@ assim, se ofuscardes as som$ras, aniquilareis a lu& que s3 " visível pelo contraste graduado da som$ra e da claridade e produ&ireis a o$scuridade universal por um imenso deslum$ramento ' X
"IM DO A,NDICE II do ,es>uisador Retor!o% Í!di*e de Volumes
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