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Das Socie Sociedade dadess Mode Mo dern rnas as as s() s()(;· (;·edad edad
COPYRIGHT
1978, by RUBIM SANTOS LEAO DE AQUINO, OSCAR GUILHERME
PAHL CAMPOS LOPES, DENIZE DE AZEVEDO FRANCO e CLYMENE VIEIRA DE REZENDE, Rio
de
Janeiro/RJ -Brasil
DIREITOS RESERVADOS, 1978, po Rio
de Janeiro/RJ-
IMPRESSO
NO
AO
LIVRO T ~ C N I C O S / A - Industria e Comercio,
Brasil
BRASIL/PRINTED IN BRAZIL
CAPA E DIAGRAMA<::AO/Nelson Ayres MONTAGEM/Nelson Ayres e Celson Ignacio
E d i ~ a o
Reimpressoes
H579
1978 1979, 1980, 1981 e 1982
Hist6ria das sociedades: das sociedades modernas atuais /par/ Rubim Santos Leiio de Aquino /e o Janeiro Ao L i v ~ ~ Tecnico, 1978.
as u ~ r
sociedades o s / Rio de
Complementado pelo guia do professor Bibliografia I. L Hist6ria universal 2. Hist6ria universal (2 grau) II T{tulo Aquino, Rubim Santos Leiio de T{tulo: Das sociedades modernas as sociedades atuais
78-0053
LIVRO TECNIC LIVRO TECNICO O S/ A - Industria e Comercio Comercio 40 Rua Sa Freire, P 20 2093 93 C.P. 36 3655 55 - Ri Rio o de de Janei Janeiro ro RJ
AO
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93
IV UnidadeVU
Penso, logo existo. A R e v o l u ~ a o C i e 1. N ~ o e s iniciais, 98 2. Os metodos cientlficos, 99 3. As descobertas cient(ficas, 100 4. Conseqiiencias, 101 Destaques da Unidade, 101
n t { f i c ~
no seculo XVII, 98
Conclusio, 102 QuadJ:o Sincronieo, 103
PARTE II
CAPITAL TRABALHO A fomi3\!ao do Mundo Ocidental Contemporaneo(l760/1780- 1870/1880) 105 N ~ o o s Gerais, 107
Unidade I
Abalar o tron Abalar trono o e derrubar os altares Iluminismo, Iluminis mo, 11 1. N ~ 6 e s iniciais, 113 2. Significa Significado do e origens, 115 Iluminismo em F r a n ~ a : a ldade da Razao, 116 3. 4. "Laissez faire l a i s ~ z passer" os Fisiocratas 118 Despotismo Esclarecido 119 5. Destaques da Unidade, 119 Aumenta o jubilo dos ricos As transform3\!6es economicas, 120 1. N ~ 6 e s iniciais, 120 As p r e c o n d i ~ o e s da R e v o l u ~ a o Industrial, 2i ca"pitalismo industrial e liberal, 122 3". R e v o l u ~ a o Industrial lnglesa, 123 R e v o l u ~ a o Agricola 126 6. Algumas conseqiienc conseqiiencias ias da R e v o l u ~ a o Industrial, 129 Destaques da Unidade, 130 As R e v o l u ~ o e s Liberais, 131 Nos, o povo 1. N ~ o e s iniciais, 131 R e v o l u ~ a o Americana, 134 3. R e v o l u ~ a o Francesa (1789-1815), 139 R e s t a u r a ~ a o R e v o l u ~ a o (1815 1850), 150 Destaques da Unidade, 161 A fe ferr rro o e sa sang ngue ue A Pol tica da Nac onalid de 163 1. N ~ 6 e s iniciais, 163 A unidade alema, 164 3. A unidade italiana 166 4. A Questao do Oriente, 168 Destaques da Unidade, 170 A po pol{t l{tica ica in ingl gles esaa e a estup estupidez idez da Esp Espanha anha A crise do Antigo Sistema Sist ema Colonial Espanhol, 171 71 1. ~ o e s iniciais As causas da mancipac;ao da America Espanhola, 174 3. As Guerras de Independencia, 176 lndependencia do Mexico, 177 lndependencia de Nova Granada (Colombia, Venezuela e Equador), 179 6. Independe Independencia ncia do Vice-Rein Vice-Reino o do Prata, 180 lndependencia do Chile, Peru e BoHvia, 181 Destaques da Unidade, 182 A Ame Americ ricaa para os ameti ameticano canoss . A America ap6s ap6s a independencia, 183 1. N ~ 6 e s iniciais, 183 2. Os Estados Unidos no eculo XIX 184 3. A Hispano-Amepca no seculo XIX, 191 Destaques da Unidade 196
Unidade Unida de II
Unidade IU
Unid Un idad adee IV
Unidad Uni dadee V
Unidad Uni dadee VI
Conclusao, 197 QuadJ:o Sincronico, 198
PARTE III
Unidade I
CRISES E REVOLU<;AO apogeu e a crise da sociedade liberal no Mundo Ocidental Contemporaneo (1870/80 .:.. 1939/45), 201 N ~ 6 e s gerais, 203 imperialismo ilho da industrializacao auge da hegemonia europeia, 208 1. N ~ a e s inicws, 20 2. Os progressos tecnicos e as transfOimli\!OeS economicas, 209
3. A expansiio iinperialis ta e coloniali sta, 210 4. A Partilha da Africa, 213 5. A expansao europeia na Asia Oriental, 2 20 Destaques da Unidade, 226 A !dade de Ouro esta a nossa frente apogeu liberal: as ideias sociais e pollti cas, 228 1. Nol(oes iniciais, 228 Liberalismo o e Democracia, 229 2. Liberalism 3. Socialismo, 231 4. Sindicalismo, 234 Catolicismo Social, Social, 234 Anarquismo, 235 Destaques da Unidade, 23 A estrela perdeu seu brilho A Primeira Guerra Mundial: Mundial: o decllnio da Eur opa, 237 Ol(oes iniciais, 23 1. 2. A hegemonia europeia em 1914, 237 3. Os choque s internac ionai s e os sistemas de alianl( alianl(as, as, 238 4. As etapas do conflit o, 24 5. Os problemas da guerra, 243 6. Os efeitos da guerra, 245 7. Os tratados de paz: a.Conferencia de Paris, Paris, 24 Destaques da Unidade, 248
Unidade
Unidade
Unidade
Todo poder aos Sovietes 1. Noi(OeS iniciais, 250
Unidade V
Unidade VI
Unidade
VU
A Revolul(ao Russa e a forrnal(ao da URSS, 250
2. A Russia Russia pn\-revoluciomiria: estrutura s6cio-econoinica, 253 3. A Russia pre-revolucionana: estrutura pol{tica e forrnal(ao forrnal(ao dos par tid os revolucionanos, 255 As RevolUI(OeS: do "ensaio geral" de 1905 omada do poder (1917), 256 5. Da Russia URSS: crise e estabilizal( estabilizal(ao ao (1918-1928), 258 6. Era Estalinista: p l a n i f i c a ~ a o e coletivizal(ao (1928-1939), 260 Destaques da Unidade, 26 povo quer paz As relal(oes intemacionais no p6s-guerra, 263 1. N o ~ < o e s iniciais, 263 2. As relal(oes internacionais (1919-1929), 264 Destaques Unidade, 270 Realidades sombrias Grande Depressao e as solul(oes nacionais, 271 1. Nol(oes iniciais, 271 2. A crise crise do p6s-guerra (1920- 1921): a dif dif{cil {cil reconversao, 273 "Grande Ilusao" (1922-1929); prosperidade e especulal
Conclusao, 307 Quadro Sincronico, 30 PARTE IV
NEOCAPITALISMO E SOCIAUSMO 0 Mundo Contemporaneo: as socied sociedades ades atuais (apos 1945) , 313 N Q ~ < o e s gerais, 31
Unidade I
Agorae Ti
Sa no topo do mundo 0 Bloco Capitalista, 321 Nol(oe Nol(oes s i iniciais, niciais, 3 21 1. 2. Os Estados Unidos Unidos no seculo XX, XX, 323
VI
3. A Europa Ocidental, Ocidental, 328 4. 0 Japiio, 331 Destaques da Unidade, 332 Unidade
No caminho do Socialismo Bloco Socialista, 333 1. Nol(5es iniciais, 333 2. A URSS ap6s 1945, 334 3. As Democracias Populares da Europa Centro-Oriental, 336 4. A Republica Popular da China China,, 337 5. Cuba, 341 Destaques da Unidade, 34
Unidade
A oposil(iio entre o capitalismo fica, 343 1. NCII(oes iniciais, 343 2. A Guerra Fria, 344 3. A Coexistenc Coexistencia ia Pacffica, 34 Destaques da Unidade, 350
Unidade
Todos os povos tern o direito de viver e de ser livres e da Asia, 352 1. Ol(5es iniciais, 352 2. A Descoloniz Descolonizal(iio al(iio e seus problemas, problema s, 354 3. A Descolon Descolonizal(iio izal(iio da Africa, 355 4. A Descolonizal(ao da Asia, 361 Destaques da Unidade, 366
Unidade
Sob o signo tr.lgico do subdesenvo subdesenvolvimento. lvimento. A America Latin Latinaa no seculo XX, XX, 368 NOI(oes iniciais, 368 2. Caracteristicas poJiticas e economicas, 370 "3. Mexico, 374 Argentina, 376 5. As multinacionais e a America Latina, Latina, 379 Destaques da Unidade, 380
Unid Un idad adee
I
uere ue remo moss
lgreja solidJiria com os pobres
1. Noi(OeS iniciais, 382
2.
al(iio da Igreja na atualidade, 384
Destaques da Unidade, 386 Conclusao, 387 Quadro Sincronico, 3&8 Bibliografia, Bibliogra fia, 39
comunismo. Da Guerra Fria
Coexistencia Pac Pacf f
A Descolonizal(iici da Africa
A lgreja no mundo atual, 382
INTRODUC;.Ao
estabelecemos determinados vcnculos SOClOlS, politicos e ideol6gicos. Veja. Quando usamos a expressao processo de produfiio, estamos falando da maneira pela qual os homens produzem os meios de subsistencia, isto e, como os elementoss encontrados rta Natureza elemento Naturez a sao transform ados, pelo traba trabalho lho huinano, em produtos uteis sobrevivencia. Assim, o modo de agir sobre a Natureza produzir as rela relac; c;oe oess sociais que dai decorrem de correm,, ou o u seja, as relafi5es que se estabelecem entre os homens no processo de produc;ao, constituem uma determinada maneira de viver. Isso e o mesmo que dizer que voce vive em sociedade e que todos os indivfduos ativos na produc;ao estabelecem determinados vlnculos: sociais
os colegas de tra\Jalho, o patrao e seus empregados, a familia;
pollticos
o poder de mando do patrao, as leis criadas por determinado tipo de"governo; de" governo;
ideol6gicos
as explicac;oes para nossos atos, nossas ideias, nossas atitu des, nossos valores, nossa visao de mundo.
disti'nc;ao entre esses d}versos niveis da realidade co , jurfdi jur fdico co e ide ideol6 ol6gic gico o facilit faci litaa o estudo da soc socied iedade, ade, mas mas voce deve deve ter percebido que eles siio interdependentes. Agora responda. Qual e, hoje, a forma de sobrevrvencia da maioria das pessoas na nossa sociedade? Isso voce facilmente pode identificar. Nossa forma de sobrevivencia tem por base, de urn modo geral, um trabalho assalariado. Sera que os homens sempre viveram dessa maneira? Desde quando qua ndo a maioria maioria das pesso pessoas as recebe recebe um saldfio pelo seu tra trabalh balho? o? .E justamente isso que este Iivro pretende r esponder. Vejainos como surgiram pessoas que, nao sendo proprietarias de coisa alguma, para sobreviver tinham de vender a unica coisa que possuiam, a sua forc;a de trabalho. Vender para alguem que, dispondo de dinheiro e de todos produc;ao (materias-primas, instrumentos de trabalho), OS meios necessarios lhes pagasse urn salario. 0 trabalho assalariado e uma caracteristica essencial do sistema capitalista em que vivemos. 0 que devem devemos, os, entao, proc procurar urar sao as origens do sistema capitalista. Mas antes de tudo, vejamos, em Iinhas gerais, o que e o sistema capitalista. Repare. N a nossa sociedade quem recebe salario o emprega na aquisic;ao do. que e necessaria sobrevivencia. Todos OS produtos que foram produzidos no local de trabalho nao Ihe pertencem e nem aos seus companheiros de trabalho; t9dos vendem sua forc;a de trabalho para o dono dos meios de produc;a!J, que se apropria das mercadorias resultantes do .trabalho daquelas pessoas. 0 dono dos meios meios d pr:oduc;ao obtem lucro, na produc;ao e comercializac;ao das mercadorias, na medida em que o valor do salario pago aos trabalhadores e menor do que o valor das mercadorias. Seus produtores diretos, os trabalhado res, s6 posteriormente, caso o salario seja suficiente, poderao compra-Ias. Qual a diferen{:a, entao, entre o inheiro-lucro dos donos dos meios de produc;ao e o dinheiro-saldrio do Jfi" abalhadores? 0 que OS distingue e a forma form a como e us ado: salario e empregado na
Q U E M ~ V O C £ ?
lucro e investido na reprodu<;:ao aquisi<;:ao do que e necessaria sobrevivencia desses mesmos lucros. Po isso, o dinheiro s6 se torna capital quando e usado para adquirir mercadorias ou trabalho com a finatidade de lucro. Voce, agora, deve ter percebido melhor o que significa di:ler que vivemos num sistema capitalista. Poderia, eritao, identificar os elementos essenciais d e s s ~ sistema? 0 capitalism tern dois elementos elementos essenciais: Capital e Trab Trabalho alho.. 0 capital do'S donas dos meios de produ<;:ao, e o trabalho das pessoas que possuem urn for<;:a de trabalho, que o capital compra pagando salarios. o n 0 trabalho produz as mercadorias e o capital se apropria delas Quando tudo isso deve te come9ado? Como se criaram as duas condifoes basicas-'- Capital e Trabalho - p a r a o advento do sistema capitalista? Este livro esta estruturado para explicar como tudo c o m e ~ o u e evoluiu. Observe.
PARTE I: TERRAS OU DINHEIRO (SECULOS XV
AO
XVIII)
volta do seculo XV as pessoas nao sabiam bern o que precisavam para serem ricas: Terras ou Dinheiro? A duvida era reflexo da passagem da sociedade feudal, cuja forma de riqueza era a terra, para a sociedade capitalista. Mas a duvida encontrou uma resposta: o dinheiro. No perfodo entre os seculos XV e XVIII as pessoas, assim como os paises, buscaram, entao, meios de se enriquecer Como achavam que a melhor forma de se enriquecer era conseguir ouro e prata, desenvolveram o comercio. Poi uma verdadeira Revolu9ao Comercial, que nao significou apenas aumento das trocas de mercadorias, mas tambem conquistas, pilhagens, escravidao; tudo o que pudesse ser transformado em ouro e prata. Foi, entao, esse capital acumulado, proveniente principalmente do comer cia, que tornaria posslvel o advento do capitalismo. Quem eram os donas do Capital? Os burgueses. E como surgitam as pessoas que venderiam sua f o r ~ a de trabalho ao capital? Isso deixaremos para voce responder Pa
PARTE II
CAPITAL
TRABALHO (1760/80-1870/80)
Preparadas as condi<;:6es, veremos como foi implantado o Capitalismo. burguesia derrubou o Antigo Regime atraves das Revolufoes Liberais concretizou o modo de produ<;:ao capitalista atra es da Revolufao Industrial. Esta, por sua vez, trouxe o germe da mudan<;:a quando criou a chamada Questao Social: as condi96es subumanas do proletariado, cujas jornadas de 18 horas, que recebia baixos salarios e n1ic: trabalho, em geral, eram de 16 possuia ferias ou qualquer garantia para a velhice, doen<;:a ou invalidez. 0 desemprego e a miseria miseria constituiam aspectos da d a sociedade capitalista em sua expansao
I N T R O D U ~ A O
ssim, as pessimas condi<;:6es do proletariado acentuaram a oposi<;:lio: Capital versus Trabalho. Criou-se legisla<;:lio social para solucionar os problemas do proletariado. Revolufiio viria mesmo? Mas as Crises nl nlio io tar tardar dariam iam.. . . E PARTE
III:
CRISES E REVOLU!;AO
(1870/80-1939/45)
produ<;:ao aumentou extraordinariamente, buscaram-se mercados para os produtos industrializados: OS capitalistas dividiram mund o. . . Foi a epoca do Imperialismo e do Colonialismo. As condi<;:6es da classe openiria desafiaram OS pensadores: houve quem pensasse uma socie sociedade dade mai maiss justa justa - da daff os os Soci Social alism ismos os,, o Anarqui Anarquismo, smo, o Catolicismo Social. Pensou-se Penso u-se em em uma total t an ansf sf <;:l <; :l o das estruturas sociai sociaiss - a Revolu <;:lio, com a qual se mudaria toda a forma de vida; nlio haveria mais patr6es e empregados, todos seriam os donos dos meios de produ<;:lio. Er a safda dos socialistas e anarquistas, que cada vez mais engrossavam suas fileiras. Enquanto isso, a luta por mercados tornava-se bastante acirrada e a Euro pa foi palco da Guerra Mundial, primeira grande crise geral do capitalis mo. Essa crise criou condi<;:6es para a primeira p rimeira brecha no siste sistema ma capitalista: capitalista: Revolu<;:lio Socialista na Russia. No periodo entre-guerras ent re-guerras as cris crises es agravaram-se e a 2t;l Guerra Mundial nao tardou Terminada a guerra, pensava-se em construir a paz, evitar as crises. PARTE
IV:
NEOCAPITALISMO E SOCIALISMO (APOS
1945)
Revolu<;:lio Socialista, buscaram Os capitalistas, procurando precaver-se urn planejamento da economia nacional o Capitalismo de Estado, o Neo capitalismo. Mas urn obstaculo sempre se apresenta: o respeito propriedade privada limita muitas vezes a execu<;:ao dos planejamentos nacionais. solu<;:lio socialista para os problemas foi a propriedade coletiva dos meios de produ<;:ao, que seriam administrados pelo Estado. As rela<;:6es entre os dois blocos, socialista e capitalista, passaram por varios momentos: da Guerra Fria Coexistencia Pacifica. Os pafses desenvolvidos e os subdesenvolvidos sao os grandes contrastes do seculo Os problemas do subdesenvolvimento constituem o grande desafio da epoca ,...
E chegando aos tempos atuais voce podera se perguntar: Qual a minha posirao diante de tudo isso? Nosso livro pretende ser agradavel pa para ra voce voce,, possibilitando uma tomad de posi<;:lio diante dos pr blemas do mundo atual. 0 conhecimento e a compreen slio da sociedad em que vive permitirlio a voce uma atua<;:lio mais consciente e construtiva dia-a-dia, isto e, saberemos como trabalhar por uma vida melhor, mais vivida, mais humana, mais justa. Cada Parte do livro e suas respectivas Unidades serlio sempre introduzidas
QUEM£ VOCE?
em forma de con versa, procu procurando rando most mostrar rar o quant qu antaa esta em voce em sua vida, o passado dos homens que o precederam e prepararam o mundo em que vivemos Por isso, nas N o ~ o e s I n i c i : ; ~ i s , todos os fatos e conceitos sao tratados de forma problem:itica, de modo a faze-lo raciocinar sabre as questoes h i s t 6 r ~ c a s a unica forma de adquirir conhecimento. S6 com o conheciRaciocinar vivemos podemos atuar de forma consciente mento da realidade social em que vivemos e construtiva lutando por um mundo melhor.
·.
====================================PARTE
Terras
ou
Ti
dinheiro?
0 MUNDO OCIDENTAL DURANTE A ~ P O C A M O D E R N A ( S ~ C U L O S XV AO XVIII)
-----------------
NO<;::OES GERAIS
Ao iniciar-se o seculo XV a Europa sentia falta de dinheiro, de capital. No entanto, as pessoas nao sabiam bern de que precisavam para ser ricas. Terras ou Dinheiro?! Quem possufa terras sentia falta de dinheiro, mas quem possufa dinheiro nao tinha prestfgio dos do nos dfi terra. Tal situac;ao tinha uma razao de ser. Iniciava-se urn 12erfodo de t r a n s i ~ Er a Epoca Moderna que se anunciava no Mundo Ocidental. Todo perfodo compreendido entre OS seculos XV e XVIII, vulgarmente chamado de Idade Moderna, caracterizou-se po uma serie de transformm;oes na estrutura da sociedade europeia ocidental. Lembra-se do que isso quer dizer? Isso e o mesmo que dizer que ocorreram transformac;6es em todos os niveis da realidade ~ o c i a l : ao nfvel do jurfdico-polftico, do e c o n o ~ i c o , do social e do ideol6gico. Melhor ainda seria dizer que ocorrem transformac6es ao nfvel da inf infra ra-e -est stru rutu tura ra ec mica mi ca e so soci cial al que, qu e, por sua sua v , de dete term rmin inam am as mudan¢as da superestrutura jurfdico-polftica e ideol6gica. ' \ - / v o c e compreen e, agora, o que significa falar em periodo de transic;ao? Mais ou menos? Uma era de transic;ao ~ p r e s e n t a a coexistencia do velho com o novo. N a Epoca Moderna era vel velhb hb tudo o que era feudal e novo tudo o que era capitalista. No entanto, esse perfodo e confuso, pois nero sempre podemos distinguir bern o que seja o velho e o que representa o novo. Voce deve se lembrar de que os nfveis da realidade social sao interdependentes, entretanto as mudanc;as nao ocorrem ~ i m u l t a n e a m e n t e em todos os nfveis da realidade. Embora o que determine as tran.sformac;6es estruturais sejam as mud mudanc; anc;as as nas bases materiais, nero sempre o aspecto dominante do perfodo e o etonomico. Percebeu agora a razao da duvida sabre a fonte das riquezas? Foi a transic;ao da va valo lori rizac zac;a ;ao o das terras para pa ra a va valo lori rizac zac;a ;ao o da riqueza riqueza m6ve m6vell - do dinheir dinheiro! o! 0 que basicamente basicamente caracteriza caracte riza a :Epo :Epoca ca Modern Modernaa e a passagem do feudalismo para o capitalismo: Er Pre-Capitalista, em que se for}aram as precondic;oes para o advento do sistema capitalista. Vamos, agora, nessas noc;6es iniciais, mostrar, em Iinhas gerais, as mudanc;as ocorridas nos diversos nfveis da sociedade europeia ocidental durante a Epoca Moderna.
~1:
10
PARTE 1 TERRAS OU DINHEIRO?
Em termos economicos e marcada pelo predominio do capital comercial e pela afirma<;:ao das manufaturas. 0 que ver vern n a ser capital comercial? :E o dinheiro proveniente do comercio. E as manufaturas? :E exatamente nesse ponto que voce encontran1 resposta para aquela questao inic in icia iall - des desde de quando as pess pessoas oas receb recebem em urn urn salario pel pelo o seu seu trabalho Ora, se havia o predominio do capital comercial, e porque havia urn mercado em expansao. Quando, na Baixa Idade Media, estruturaram-se as corpora<;:6es de oficio, elas se destinavam a atender urn mercado local. Mas o mercado se ampliou, tornando-se nacional e, com as Grandes Navega<;:6es, internacional, o que tornou superadas as corpora<;:6es de oficio. Nesse momenta entrou em cena o interme diar di ario io ent entre re o produ produtor tor e o cons consum umid idor or.. 0 prod produtor utor mest me stre re artesao artesao da Corpora<;:6es era, er a, ao me mesm smo o tem tempo po,, ne nego goci cian ante te,, empr empregad egador or trabalhador,
NOc;OES GERAJS
11
capataz e comerciante comerciante-lojista -lojista.. 0 interme intermedhirio dhirio tomou para pa ra si as atividades comer dais e perce percebeu beu que era pre preciso ciso prod produzir uzir ma mais is·· crescia cres cia a &manda, &m anda, o mercado mercado se ampliava. Procurou, entao, reorganizar a p r o d u ~ a o , mas sem modificar a tecnica de p r o d u ~ a o s d as tarefas, e, sem demora, percebeu as vantagens da e s p e c i a l i z a ~ a o , que poupava tempo, aceleni.ndo a p r o d u ~ a o . William Petty, econcimista do seculo XVII, pos em palavras aquila que intermedhirio estava fazendo na pnitica: "A fabriCa($aO da roup a deve ficar mais barata quando urn carda, outro fia, outro tece, outro puxa, outro alinha, outro passa e empacota, do que q·uando todas as o p e r a ~ 6 e s mencionadas sao canhestramente executadas po uma pessoa s6, s6, por uma s6 mao." (PETTY, w., Economic Writings, vol. I, pag. 260. Citado por HUBERMAN> L. Hist6ria da Riqueza do Homem, Zahar Editores, pag. 120.) Esse intermediario aos poucos se tornou urn empresario. Veja: com o capital comercial acumulado ele pOde organizar sua industria. Em vez de s6 Ievar a materia-prima para o artesao e pagar-lhe pelo produto acabado; ele, agora, pode comprar urn predio, todos os insttumentos necessarios e x e c u ~ a o do trabalho e, depois, contratar os artesaos, a quem pagara urn salario. Surgiu, entao, a manufatura, onde o trabalhador ja era assalariado, ou seja, ele vendia sua f o r ~ a de trabalho para alguem que era o dono dos meios de produ($ao. Po isso, em termos sociais, a Epoca Moderna se caracterizou pela lenta a f i r m a ~ a o burguesia mercantil, que estava po tras de quase todos os grandes empreendimentos, e pelo aparecirp.ento de uma forma acanhada da burguesia manufatureira. No entanto, juridicamente, a sociedade se caracterizava pela divisao em Ordens ou Estados: Clero, Nobreza e Povo. Clero e Nobreza tinham p o s i ~ a o prestfgio assegurados pela posse de terras, e por isso estiveram sempre juntos na defesa de seus interesses. Entre o Terceiro Estado o a burguesia que, embora sem poder de decisao, era a mola-mestra dessa sociedade. Politicamente, vamos observar a f o r m a ~ i i o dos Estados Nacionais e d e s c e n t r a l i z a ~ a o feudal foi substitufda pela posterior c e n t r a l i z a ~ i i o do poder: monarquia absolu.ta de direito divino, da qual a F r a n ~ a e o modelo. ·ciassico. As unicas grandes e x c e ~ 6 e s no processo d e f o r m a ~ a o do Estado Nacional Moderno foram a Alemanha e a ltalia, fracionadas em inumeros pequenos Estados, consti tuindo-se apenas em express6es geograficas. Tudo estava mudando. . Iniciavam-se os Tempos Modern s. . . Logo no seu alvorecer, ate os horizontes geognificos se alargaram como resultado das Grarides N a v e g a ~ o e s , empreendidas de forma pioneira pelos pafses ibericos: Portugal Port ugal e Esp Espanh anha. a. 0 Orie Oriente nte gene ge neri rica came ment ntee den denomi ominad nado o de de "lndias" er ponto pon to visado pelos pelos navegantes, sendo, sendo, entao, incor incorporad porado o ao circuito comercial europeu. 0 cara carater ter mercantil da expansao explica e x p l o r a ~ a o das novas areas. A AmeriCa foi colonizada e explorada em beneficia das metr6poles europeias. Nas areas coloniais o escravismo surgiu como unica s o l u ~ a o para c o n s e c u ~ a o do trabalho agricola, ao passo que na Europa, gradualmente, o trabalho servil istem ist emaa feu feuda dall - deu Iugar Iugar ao ao trabalho trabalho assala assalaria riado do '-'-- si sist stem emaa capit capital alist ista. a. Agora, tente responder a essas quest6es: Se as pessoas nlio percebiam bern o que precisavam para ser ricas, o que a o r i onar on ar a a o - pa para ra tor torna narr se seu u p s u Est Estad ado o N ....,....
-rico?
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PARTE 1: TERRAS OU DINHEIRO?
0 que tornaria tornari a urn urn pais rico? Er a pergunta corrente na epoca. Precisava ser respondida. Os homens inteligentes tentaram responde-la. Adam Smith, em 1776, sinte tizou bern ci pensamento da maioria ma ioria dos dos autores daquele periodo, embora dele discordasse: "Urn pais rico, rico, tal como urn homem home m rico, rico, deve ser urn pais com muito dinheiro; e juntar ouro e prata num pais deve ser a mais nipida forma de ., Hist6ria da Riqueza do Homem, enriquece-lo." (Citado por HUBERMAN, Zahar Editores, pag. 130.) E foi dessa forma procuraram fortalecer o Estado Nacional. ~ r : . a m _ _ _ p o r em ratica uma serie de medidas no sentido de fortalecer a economia nacional. Ao conjunto dessas medidas empfi:icas damos o nome de ercantilismo. E evidente que cada pais estabeleceu as medidas que mais lhe convinham. or isso o mercantilismo nao chegou a ser uma doutrina, apresen tando uma serie de variantes nacionais. Seu pressuposto basico era de que a riqueza de uma n a ~ a o e medida pela quantidade de metais preciosos que consegue manter dentro de suas fronteiras. Mas como fazer isso? A resposta era "vender o maximo e importar o mfnimo", a fim de ter uma b a l a n ~ a comercial favoravel. Tais praticas levaram ao exclusivismo, ao monop6lio. As colonias vinculavam-se as suas metr6poles atraves do pacta colonial, que nada mais er do que o monop6lio metropolitano. Todo urn sistema colonial foi criado levando ao fechamento de grandes areas comerciais as outras n a ~ 6 e s . Da o recrudescimento da pirataria e do corso e as guerras da !dade Moderna. Muito interessante seria para voce procurar saber o que faz a riqueza de uma n a ~ a o hoje. Leia jornais, revistas, tudo o que voce encontrar Voce vai gostar de pesquisar este assunto. Mas nao se pre da s6 aos textos escritos, converse sobre o assunto com todo o tipo e classe de pessoas. Ficara Fica ra fascinado ao ver como seu seu estudo ganhara vida, vida, abert abertura ura e, e claro, estan1 bern mais proximo da realidade. Nesta conversa com as pessoas, podera observar que nem todas tern exata mente as mesmas ideias, mas que existe alguma coisa de parecido nas diversas optmoes 0 que sera? Talvez o que as aproxima seja apenas a forma de racio raciocfnio cfnio.. 0 que voce acha? Essa forma de raciodnio e o que chamamos de estruturas ideol6gicas. E voce lembra que elas sao determinadas pelas bases sociais e economicas que as sustentam. Pois e, estavamos vendo as t r a n s f o r m a ~ 6 e s sociais, economicas e politicas da Er Pre-Capitalista. Muito bern. Todas as m o d i f i c a ~ 6 e s na maneira de viver da sociedade europeia ocidental afetaram, e claro, o plano das ideias. 0 Homem, preterido na !dade Media por Deus, passou a er ~ ~ ~ das a t e n ~ 6 e s dos pensadores e homens de ciencia. Afinal tudo estava sendo sua obra! E "que obra de arte homem" (W. Shakespeare). 0 seculo XV foi, assim, marcado pelo Humanismo e pelo Renascimento: passou-se do teocentrismo medieval para o antropocentrismo i o idualismo, para a ideia de que o Homem s passo para o in mesmo. o. po si mesm E, logo, c o m e ~ o u - s e a valorizar aquila que faz do hom em urn homem: a Raziio.
NO<;:OES GERAIS
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A cristandade viu-se subitamente dividida pela quebra dos velhos padr6es ideol6gicos da religi o: era o advento do movimento reformista iniciado na Alemanha. A Reforma, que disseminou uma serie de Igrejas Protestantes po toda a Europa possui urn complexo de causas que fez do seculo XV um epoca de intolerfmcia. Enfim, era de transi<;:fio, de transforma<;:6es varias e rupturas violentas, das quais, no final do perfodo, as olur;oes Burguesas, e com elas a olu r; iio Francesa foram o marco final. E o infcio de um nova era . a era capitalista! Vamos agora programar nosso estudo desta Parte I? Para que ele seja completo preCisamos procurar identifiCar, relacionar e localizar os elementos que c a r a c t e r i z ~ r a m transi<;:ao da sociedade feudal medie val pa a a sociedade capitalista moderna no Mundo Ocidental. Os conceitos mais import im port ante antess sao: Feudalismo capital co mercia!, Mercantilismo, Merca ntilismo, Absolutis mo, Estado Moderno, Antigo Regime, Antigo Sistema Colo11ial, Renascimento, Humanismo, Racionalismo.
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UNIDADE
liT
ristaos e especiarias A EXPANSAO
NOQoES
MARiTIMA
E COMERCIAL
INICIAIS
Para que servem as especiarias? Voce ja deve ter ouvido essa pergunta vanas vezes e certamente sabe responde-la. Mas se n6s lhe pergunhissemos, como, onde e quando o seu usa foi difundido voce talvez se atrapalhasse para responder conswno das especiarias se difundiu na Europa na epoca das Cruzadas. As Cruzadas, voce sabe, 6 o nome dado as e x p e d i ~ o e s militares cristas que, dos seculos ao XIII, se dirigiram ao Oriente, a pretexto de Iibertar a Terra Santa do domfnio m u ~ u l m a n o . A intolerancja dos turcos seldjucidas, novas senhores da Sfria-Palestina, havia tornado impossivel o prosseguimento das p e r e g r i n a ~ 6 e s dos cristaos aos Lugares Santos. Repare bern que usamos a palavra pretexto, pais muitos eram os interesses que levaram os europeus aos choques com as c i v i l i z a ~ 6 e s bizantina e m u ~ u l m a n a . cidades comerci comerciais ais italianas, po r exemplo, era muito vantajoso que as Para as cidades Cruzadas utilizassem suas e m b a r c a ~ 6 e s para atingirem terras orientais. Deseja vam aumentar seus lucros mediante a expansao das t r a n s a ~ 6 e s comerciais. E atingiram seus objetivos? Claro! Cruzadas reabriram o Mediterraneo Oriental as e m b a r c a ~ o e s ocidentais, etn especial as frotas de Genova e Veneza. Dinamizavam-se, assim, as r e l a ~ 6 e s mercantis Oriente-Ocidente. Aumentava a procura de produtos do Orien te difu di fund ndia ia-s -see o c ns nsum umo o da c a n a - d e - a ~ u c a r , das sedas, porcelanas, artigos de luxo e especiarias Tal expansao do comercio concorreu para o enriquecimento da burguesia. E quando chegamos ao seculo XV, observamos que as principais rotas comerciais mediterranicas continuavam a ser monopolio das cidades italianas. Aliadas aos m u ~ u l m a n o s do Oriente, elas estrangulavam o comercio europeu. 0 Mediterraneo continuava a ser o eixo eixo economi economico co milenar da Europa Eu ropa em seu comercio com o Oriente, dessa vez nas maos dos italianos. Logo, 6 nas cidades italianas que vamos encontrar maior numero de burgueses enriquecidos com OS lucros provenientes do comercio Existiam varias familias burguesas riquissimas, como 6 o caso dos Medici,. dos Fligger. . . Entreta En tretanto, nto, urn fato que contribuiu para pa ra aumenta aumentarr o p r e ~ o dos
UNID UN IDAD ADE E I - CR CRIS IS AOS E ESPECIARIAS
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produtos orientais foi a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, em 1453. Embora nao impedissem comercio pa Constantinopla, OS turcos otoma nos passaram a cobrar novas taxas, encarecendo ainda mais o prec;o de revenda das especiarias. Alem do mais, as minas europeias de metais preciosos comec;avam a se esgotar, o que reduzia a possibilidade de cunhar mais moedas. Qual seria a soluc;ao para tais problemas? A soluc;ao seria chegar as lndias, nome generico pelo qual era conhecido o Extrema-Oriente, ar urn caminho marftimb, que evitasse o Mediterraneo. Muito bern. Mas quem financiaria tais empreendimentos? A burguesia, e clara. Pais era a mais interessada e a classe social que tinha suas suas bases mate materiais riais alic alicer erc; c;ad adas as numa riqueza riqueza m6v m6vel el - no dinhei dinheiro. ro. E, e.mbora as viagens pudessem dar muitos lucros, eram necessaries gastos b a s ~ a n t e altos na sua preparac;ao. Assim, a burguesia foi a financiadora de tais empreendimentos. Enquanto os reis foram os patrocinadores Os reis pensavam que a riqueza do pais seria medida na quantidade de ouro e prata existente dentro de suas fronteiras e para isso precisavam "vender maximo e corriprar minima". Vamos, eritao, estudar todos os detalhes da expansao maritima e comercial dos seculos XV e XVI? ANTECEDENTES
Desde fins do seculo XI, mas sobretudo a partir do seculo XII, ocorreu, na Europa Ocidental, o Renas'Cimento Comercial e Urbano. paralisac;ao paralis ac;ao das invas6es, que marcaram marca ram OS seculos precedentes, junta mente com a ac;ao das monarquias feudais e da Igreja, empenhadas em restabeie cer a ordem nos reinos reinos,, contri c ontribuira buiram m pa para ra uma relativa se segu gura ranc; nc;a, a, criando condic;6es favoraveis as transac;6es mercantis realizadas pela burguesia. A prosperidade comercial encontrou sua razao de ser no retorno a uma economia monettiria, na disponibilidade de excedentes de produc;ao, na melba ria dos transportes maritimes e na intensificac;ao da vida urbana. "Parece "Pa rece que o acontecimento decisivo foi foi a Prime ira Cruzad Cruzadaa 1097), pais abriu o Mediterraneo e criou ui:na corrente entre os povos do Ocidente e a Siria, ocupada pelos francos."(ELLUL, Histoire des Institutions, tomo II, u. F. pag. 8 3. ) Aind Aindaa que aumentass au mentassem em as rela relac;6 c;6es es comerciais com o Oriente, Ori ente, intensifi cando a procura proc ura de produ produtos tos asiaticos ( especiar especiarias, ias, seda, tapetes, ta petes, canacana-de-a de-ac;uca c;uca etc.) e arruinassem Bizancio, que perdeu a posic;ao desf.rutada ha seculos, as Cruzadas beneficiaram principalmente os comerciantes das cidades ita.lianas. Veneza, em especial, estabeleceu forte monop6lio, grac;as sobretudo as estrei tas ligac;6es celebradas com os muc;ulmanos: nos portos litoraneos do Mediterra neo Oriental obtinha os produtos vindos do Extrema Oriente ("lndias"), atraves da "rota "ro ta das especiarias" especi arias" ( cujos terminais eram Alexandria, Alexandri a, no Egito, Acra, Tripoli e Beirute, na Siria-Palestina), revendendo-os a altos prec;os na Europa. Seus Jucros fabulosos estimularam os comerciantes de outras regi6es urop ur op ia iass sc os portugueses a tent tentar ar queb quebrar rar o mono monop6l p6lio io ven venez ezia iano no mediante expedic;6es maritimas, visanoo atingir, diretamente, os centros produ tores das lndias.