Técnicas de contar UM GUIA PARA DESENVOLVER AS SUAS HABILIDADES E OBTER SUCESSO NA APRESENTAÇÂO APRESENTAÇÂO DE UMA HISTÓRIA
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Técnicas de contar histórias
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Técnicas de contar histórias
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Coordenação Geral: Vania D'Angelo Dohme Teoria Vania D'Angelo Dohme Histórias: O urso do final do arco-ris !oa ação Vo"ó sa#ateadora O #ote de !aiar$ Autoria%:Vania DAngelo Dohme A cai&a de andora O rei (idas O rei nu A lenda do Tsuru Domnio #)*lico O m+gico de O, Autoria: l% ran. !aum Os saltim*ancos Autoria: /rmãos Grimm O aguilhão do rei 0otic. 1e#rodu,ido da o*ra 2O li"ro da 3el"a2 de autoria de 1ud4ard 0i#ling com autori,ação da 5ditora (elhoramentos lida Ada#taç6es: Vania D'Angelo Dohme ro7etos Vania DAngelo Dohme 8alter Dohme Desenhos 8alter Dohme Diagramação 9 rodução Dohme ro#aganda 1e"isão Doris 9 1oland 06r*er (aria ucia (eirelles 1eis rodução de fotos Antonio 1ui, Ca#a Cledson 3oares de Car"alho 8alter Dohme otos 3ergio Tegon
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otolito 3( otolito
A todas as pessoas relacionadas abaixo que comigo viveram as grandes emoções do curso "Técnicas de Contar Histórias". las !oram o incentivo e a ra#o para a realiaç#o deste livro. $ais do que isso% muitas delas% contribu&ram com sugestões e idéias. A todos o meu agradecimento e carinho. Adriana Cha"es da 3il"a Adriana Cristina 1% o#es Adriana ; da 1ocha Adriana (oreira dos 3antos Adriana 1egina o#es nio Aline de ima 3antos Altair ?oão (ossi Al,ira elais dos 3antos Amanda !atista de O% 3antos Amanda % G% =ehara Amanda Herrera Ana Claudia G% <% (ontanari Ana 0a,umi 3himo,ato Ana uisa ulan Dal !om Ana (aria Cordeiro Ana (ana Oli"eira into Ana (aria 1odrigues Ana aula !elin+rio Ana aula Gosta Ana aula a"aro Ana aula (% @% ?% Gregório Ana aula (aria da 3il"a Anderson Almeida !atista Andr$a Al"es dos 3antos Andr$a Charan Andr$a Guimarães Andr$a 1e7ane C% 3il"a Andre,a de (oraes Carlota Angela A#% O% 1% 1esende A,e"edo Conceição A% T% 1o,endo CoBuelin A% eal sso 5lisangela da 3il"a
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/rineo Carlos de Almeida /rma Car"alho almeira /sa*el (aria ?% 3im6es /"one Al"es !a*ilnia /"one !ellotti l"oneth 3% (alaBuias /,ilda (atsunaga ?anete A#% da 3il"a ?oaBuim erreira (agalhães ?os$ aulo Comes ilho ?oselma T% Al*uBuerBue ?osiane do 1ocio ranco ?osiane eite !i,arri ?osiane atrcia ai&ão ?osiane % !orrasBui ?osine4 !ar*osa ?)dice ?udete (aria 3ca*uri 3asse ?uliana Al*uBuerBue (elo ?uliana A#% Tei&eira da Cin, ?uliana Cristina Domingues ?uliana a ereira (aria audice (% dos 3antos ilian (aria dos 3antos (aria ourdes de % Almeida ilian ereira (aria )cia !andeira da 3il"a iliane Costa (aria )cia Dias de !arros uanne A#arecida 1otta (aria )cia 3% % Arruda )*ia Cristina 1%O% Ara4a (aria ui,a Alto$ emos uciana 1egina Am$rica (aria u,imar % 3ie*ra uciana 1odrigues da Costa (aria <)*ia de Oli"eira ucilene erreira ontes (aria 1ita !arros ucilene 3il"a dos 3antos (aria 1o*erta Veiga uisa Helena (% ires Vila (aria 3alma 3il"eira 3antos (agda C% de C% u#inacci (aria Tere,a (allol (% Cru, (arcelo erreira (aria 8% (% Vasconcelos (arcia Cordeiro de !arros (ariana 3anche, de (artins (arcia D'Angelo (arieta Castelli A% Duarte (arcia re4*erger (arlia 3il"a dos 3antos (arcia (% Gomes inheiro (arils (aldonado de (oraes (areia 3% into de Oli"eira (arilu Cefalli (arcio Anast+cio de ima (aril"ia (arcondes (arcio A#arecido 1% Cha"es (arinal"a nfis Cristina Glória (ana Cristina !ar*osa 1eis (ilnia Ce,ar da Cunha (aria Cristina do Vale Vieira (ilena Cristini Ta*ossi (aria Cristina dos 3% 3aluti (ilene 3i#n$ (aria da Gloria V% 1odrigues (ilton Gonçal"es Chagas (aria Daniela C% Gimene, (iriam agundes da Cru, (aria de +tima 3% Oli"eira (riam alma (nica Al"es da 3il"a 3il"ia Helena (adricardi (nica !% 3ter,a sso !runetti Van4 %
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Carna"al 1osana da 3il"a Vera A#% 3algueiro ereira 1osangela C% !% 1% Dias Vera )cia Conceição !orges 1osaria 5li,a da 3il"a Vera )cia % (elo 1oseli A#arecida Corr>a Virgnia (aria 3il"a 1osemeire ola Vi"iana !onfim (orena 1osineide ?% do
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rólogo%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%KL ref+cio de Tatiana !elin.4%%%%%%%%%%%%%%KM ref+cio de Valdir Cimino% %%%%%%%%%%%%%%%@@ Como usar este li"ro%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%@N Teoria%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%P K "alor educacional das histórias%%%%%%@M Transmissão de "alores atra"$s das histórias%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%QQ 5studando uma história%%%%%%%%%%%%%%%%%%QR icha descriti"a Smodelo%%%%%%%%%%%%%%%%NN icha descriti"a Sdemonstração%%%%NL a,endo a narração%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%NP Tirando maior #ro"eito da "o,%%%%%%%K Vi"endo e suscitando emoç6es%%%%%%%L 1ecursos au&iliares%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%LK Te&tos%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% %LN O urso do final do arco-ris%%%%%%%%%%%%%%%LL A cai&a de andora%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%LM O aguilhão do rei%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%RN !oa ação%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%RP 0otic.%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%PQ O m+gico de O,%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% PP O rei (idas%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%L O rei nu%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% Os saltim*ancos%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%M A lenda de Tsuru%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%M Vo"ó sa#ateadora%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%@KK 1ecursos Au&iliares%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%% @KP
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Técnicas de contar Histórias
+re!,cio -m A ad"ogada Vania Dohme foi durante @Q anos Comiss+ria ncia do ci"ismo e da $tica nas relaç6es humanas%%% (as o Bue isto tem a "er com a tem+tica deste li"ro; cu7o ttulo $ 2T$cnicas de Contar Histórias2 Tudo a "er% -las render o m+&imo das suas #otencialidades% /sto $; sa*endo como usar a "o,; a eressão; o ritmo; o gesto - em suma; a 2t$cnica2 #ro#riamente dita% 5 #rinci#almente; a fa,>-lo com amor; tanto #ela #ró#ria arte; como #elos 7o"ens ou"intes; o #)*lico Sali+s; de BualBuer idade; des#ertando seu interesse; #rendendo a atenção e; last *ut not least; transmitindo "alores -"alores est$ticos e $ticos -oferecendo cultura e informação; com emoção; a ser"iço da formação harmoniosa do cidadão de amanhã% Tudo isso com o au&lio fundamental de *ons te&tos #o#ulares; folclóricos; liter+rios; de "arias origens% 3im; #orBue o li"ro de Vania tra, uma rica seleção de te&tos; histórias acom#anhadas de uma serie de elementos au&iliares; tais como dramati,aç6es; ada#taç6es; etc; #ara teatro de *onecos e marionetes; cineminha; r+dio; teatro de som*ras; sugestão de figurinos e outros recursos; com instruç6es #ara a sua reali,ação; desenhos; diagramas e tam*$m 7ogos interati"os - uma "erdadeira riBue,a%%% 5ste $; sem d)"ida; um li"ro de inestim+"el "alor e utilidade #ara contadores de histórias #rofissionais ou semi #rofissionais Scomo os "olunt+rios do #rograma Vi"a e Dei&e Vi"er e tam*$m 2amadores2 como #ais; a"s; #rofessores; educadores SBue no fundo todos nós; Bue "i"emos em contato com crianças e 7o"en,inhos; somos U e at$ curiosos e interessados em geral% (elhor do Bue a#render lendo e estudando este #recioso li"ro; só mesmo assistindo a um dos cursos de ca#acitação de adultos; ministrados #or Vania Dohme - mas isto 7+ $ outra história% Tatiana Belinky
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Tatiana !elin.4 nasceu em 3% eters*urgo; 1)ssia; em @M@M e aos de, anos de idade "eio a 3ão aulo com sua famlia% oi casada durante LK anos com o 7+ falecido ?)lio de Gou"eia; m$dico #siBuiatra; tera#euta; educador; #rodutor e diretor de teatro% 5m @M começou a fa,er teatro #ara crianças; escre"endo e ada#tando te&tos Bue o marido dirigia% 5m @ML@; com o ad"ento da tele"isão; o casal #assou a a#resentar suas #eças na TV Tu#i - Canal N; onde #ermaneceu at$ @MR% Os es#et+culos eram a#resentados ao "i"o; com te&tos Bue Tatiana ada#ta"a e tradu,ia da literatura nacional e estrangeira; um acer"o estimado ho7e em cerca de duas mil histórias% de sua autoria a #rimeira grande s$rie ada#tada #ara a tele"isão do 3tio do ica-au Amarelo; de (onteiro o*ato; com cerca de NRK ca#tulos% Tatiana tem cerca de @KK li"ros #u*licados desde @MLQ #or di"ersas editoras% E tradutora #rofissional e #oliglota; tendo ocu#ado di"ersos cargos im#ortantes no cen+rio cultural *rasileiro; cronista; articulista e crtica de literatura infantil e 7u"enil dos #rinci#ais #eriódicos nacionais e 7usta merecedora de di"ersos #r>mios de Teatro; iteratura e Tele"isão% Tatiana !elin.4 e seu marido; ?)lio de Gou"eia; são indu*ita"elmente os grandes #recursores da *oa tele"isão infanto 7u"enil *rasileira; Bue sou*eram usar este "eculo como #oucos; mesclando a fantasia e a arte com um #ro#ósito educacional cnscio e moderno; ca#a, de gerar efeitos #essoais e sociais #ositi"os e construti"os%
+re!,cio )ois Desde @MMP; Buando "irei um contador de histórias; tenho o*ser"ado com es#ecial interesse tudo o Bue est+ relacionado ao uni"erso infantil% A tarefa de contar histórias inicialmente #areceu-me *astante com#le&a; mas com o tem#o #erce*i Bue $ #oss"el a#render mais so*re ela; e torn+-la não a#enas mais sim#les como tam*$m mais res#ons+"el% 5 foi 7ustamente esse o as#ecto Bue mais me sensi*ili,ou no tra*alho da Vania% 3ens"el; ela #erce*eu mais cedo Bue muitos de nós a im#ortncia de contar histórias e não economi,ou esforço #ara treinar os "olunt+rios da Associação Vi"a e Dei&e Vi"er% Contar histórias #ara crianças at$ Bue $ relati"amente f+cil% (as e&ige do contador um real interesse nesse relacionamento% (ais Bue isso; e&ige res#eito aos limites; Xs emoç6es e aos "alores dessa criança% E #reciso ainda estar dis#osto a ou"ir atentamente%
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Diretor - residente da Associação Vi"a e Dei&e Vi"er%
A Associação Vi"a e Dei&e Vi"er $ uma sociedade ci"il sem fins lucrati"os; Bue conta com o a#oio de "olunt+rios #ara reali,ar sua missão: #romo"er o entretenimento e a informação educacional; "isando tomar a internação da criança no hos#ital e a "i">ncia na sua casa de a#oio um momento mais le"e; agrad+"el e alegre% Atualmente os #rinci#ais recursos da Associação Vi"a e Dei&e Vi"er são a leitura de o*ras infantis; as *rincadeiras; a criati"idade e o *om humor de seus "olunt+rios% %"i"aedei&e"i"er%org%*r
5ste li"ro tem um du#lo o*7eti"o% O #rimeiro $ mostrar como as histórias #odem ser im#ortantes em um #rocesso educacional% O segundo $ dar dicas e a#resentar #ro7etos #ara Bue estas histórias #ossam ser contadas de uma forma atrati"a; #ara Bue BualBuer #essoa #ossa #assar *em a mensagem% Assim; ele constitui-se de tr>s #artes: Y Teoria Y Te&tos Y 1ecursos au&iliares: descrição e #ro7etos
A primeira parte - Teoria; #rocura dar conta do #rimeiro o*7eti"o: mostrar a im#ortncia e a utilidade educati"a das histórias% 5la discorre so*re os as#ectos Bue #odem ser desen"ol"idos na criança atra"$s das histórias; como a imaginação; criati"idade e senso crtico; dando es#ecial >nfase XBueles relati"os X $tica e X Buestão dos "alores% A*orda a im#ortncia de se estudar *em uma história #ara garantir uma *oa #erformance; dando crit$rios #ara a escolha e um roteiro #ara o seu estudo% 5nfati,a; em seguida; a im#ortncia das ada#taç6es; #ara #ermitir Bue a história le"e a mensagem dese7ada e este7a adeBuada ao recurso au&iliar Bue ser+ utili,ado% 5ste tra*alho $ au&iliado #or uma ficha descriti"a Bue a#resenta estes di"ersos itens de forma ordenada; #ermitindo Bue o estudo flua com mais facilidade e Bue o seu arBui"amento se7a #oss"el #ara futuras consultas% 5m seguida enfoca as ha*ilidades Bue o contador de"e o*ser"ar e desen"ol"er% Como tra*alhar a "o, Buanto X dicção; "olume; "elocidade; tonalidade e "oca*ul+rio% A im#ortncia da eressão cor#oral e facial; como tra*alhar as imitaç6es; elementos e&ternos e como dar o 2timing2 certo X narração; tirando o m+&imo #ro"eito das emoç6es Bue a história cont$m% inalmente; d+ dicas de como fa,er a narração: dis#osição do #)*lico; domnio das interru#ç6es; etc% e introdu, o uso dos recursos au&iliares Bue serão am#lamente elorados na terceira #arte deste li"ro%
A segunda parte tra, on,e histórias; mescladas entre conhecidas e in$ditas% E im#ortante o*ser"ar Bue todas elas tra,em uma mensagem educacional; "oltada #rinci#almente #ara "alores $ticos; e Bue a ada#tação #rocura ressaltar isto% Assim;
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o leitor #oder+; atra"$s da sua leitura; o*ser"ar como se desen"ol"e um enredo; dando >nfase adeBuada a fatores Bue irão com#or a mensagem Bue se dese7a transmitir% Outra caracterstica $ Bue cada uma dessas histórias encontra-se relacionada a uma t$cnica de a#resentação es#ecfica; descrita na terceira #arte% O "alor desses te&tos; al$m do conte)do em si; $ Bue todos eles estão ada#tados a uma t$cnica de a#resentação% Assim; o leitor #oder+ estudar as diferenças entre a ada#tação de uma história Bue ser+ a#resentada atra"$s de fantoches e aBuela ada#tada #ara uma a#resentação atra"$s de maBuetes; #or e&em#lo% A*ai&o dos ttulos de cada história h+ refer>ncia ao recurso au&iliar #ara o Bual ela foi escrita e a indicação da #+gina res#ecti"a em Bue descrição e #ro7eto se encontram na #arte tr>s% E claro Bue o leitor não necessitar+ ater-se estritamente a isto e a#resentar a história somente de acordo com esta indicação% /sto $ a#enas um au&lio #ara o estudo da história e formas de ada#tação%
A terceira parte tra, a descrição de on,e recursos au&iliares; sendo eles: narração interati"a; maBuete; *ocão; radiono"ela; fantoche; dramati,ação; "elcmetro; teatro de som*ras; do*radura; marionete e cineminha% Todos eles estão acom#anhados do #ro7eto de e&ecução de todas as #eças necess+rias #ara uma a#resentação% S #ro7eto de cada recurso au&iliar est+ adeBuado X cada uma das histórias contidas na segunda #arte% E claro Bue eles #oderão ser a#licados genericamente a BualBuer história Bue o leitor dese7ar; mas a sua correlação a uma história es#ecfica facilita a com#reensão; dando um e&em#lo do ti#o de história a#ro#riada a cada t$cnica e de como fa,er ada#taç6es eficientes% or e&em#lo; na história 2O m+gico de O,2 indicamos Bue ela $ adeBuada #ara ser a#resentada atra"$s de fantoches% Assim; na #arte de #ro7eto; Buando falamos do recurso au&iliar fantoche; indicamos #asso a #asso como fa,er o teatro e res#ecti"os *onecos Bue fa,em #arte desta história% E im#ortante ressaltar Bue as t$cnicas de confecção são todas sim#les; dando-se #refer>ncia X #raticidade e X economia% Cada um dos #ro7etos #oder+ ser sofisticado ao gosto de cada artesão; mas a forma a#resentada $ suficiente #ara #assar a mensagem e encantar as crianças% Cada um dos recursos $ acom#anhado de uma ficha t$cnica em Bue ele $ minuciosamente estudado% 5sta ficha d+ indicaç6es de como fa,er as ada#taç6es #ara esta t$cnica; #ara Bue ti#o de enredo ela $ adeBuada; Buais as ha*ilidades Bue o o#erador #recisa ter; Buais os recursos adicionais Bue #odem ser inseridos; dicas so*re o local e n)mero de #essoas ideais #ara a a#resentação% A com#aração entre as di"ersas fichas t$cnicas e as fichas descriti"as de cada história dar+ um e&celente #anorama ao contador so*re Bual recurso escolher #ara cada história; como fa,er as ada#taç6es e os di"ersos #re#arati"os% As ada#taç6es feitas em cada história não se a#licam e&clusi"amente a uma t$cnica; muitas delas #oderão ser usadas em t$cnicas semelhantesZ #or e&em#lo; a t$cnica em#regada #ara fa,er a#resentaç6es atra"$s de fantoches $ muito #arecida
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com a t$cnica das som*ras; de forma Bue o te&to escrito #ara 2O m+gico de O,2 #ode ser a#resentado em teatro de som*ras sem BualBuer alteração% A#ós ter tomado contato com as recomendaç6es da #arte teórica e com cada história e seu #ro7eto; o leitor estar+ a#to a fa,er as mais "ariadas com*inaç6es entre as histórias da segunda #arte e os recursos a#resentados na terceira; incluindo outras histórias Bue fa,em #arte ou "enham a fa,er #arte de seu acer"o% Contar histórias $ uma arte; não h+ d)"ida; mas $ arte Bue #ode ser desen"ol"ida% (esmo #orBue não h+ nada Bue não se #ossa alcançar com dedicação e estudo% Assim; #retendemos Bue este li"ro se7a muito mais do Bue um guia; mas uma fonte inesgot+"el de consulta e incenti"o #ara aBueles Bue acreditam na magia da fantasia e Bue tem o dom de transform+-la em 2realidade2%
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valor educacional das histórias As histórias são e&celentes ferramentas de tra*alho na tarefa de educar e "+rios moti"os e&istem #ara isso: Y as crianças gostam muito Y le"am a uma em#atia com os alunos Y a "ariedade de temas $ #raticamente inesgot+"el Y #ouca e&ig>ncia de recursos materiais #ara sua a#licação Y os "+rios as#ectos educacionais Bue #odem ser focados or meio dos e&em#los contidos nas histórias; as crianças adBuirem maior "i">ncia% O contato com os im#ulsos emocionais; as reaç6es e os instintos comuns aos seres humanos e o reconhecimento dos fatos e efeitos causados #or estes im#ulsos são e&em#los de "icia%
Histórias s#o bastante /teis para trabalhar os seguintes aspectos internos da criança 0 Y Car,ter: Histórias escolhidas de feitos heróicos; conte)dos Bue encerram liç6es de "ida; f+*ulas em Bue o *em #re"alece so*re o mal são liç6es Bue as crianças a*sor"em% or meio das histórias; os meninos defrontam-se com situaç6es fictcias e #erce*em as "+rias alternati"as Bue elas oferecem; #odendo ante"er as conseB[>ncias Bue a decisão #or cada uma delas trar+% Com isso adBuirem "i">ncia e refer>ncias #ara montar os seus #ró#rios "alores% Y 1acioc&nio: As histórias mais ela*oradas; de enredos intrigantes; agitam o raciocnio das crianças; Bue as acom#anham mentalmente; interrogando-se como agiriam naBuela situação% Y *maginaç#o: Os meninos ou"em atentos as narraç6es e com isso acom#anham-nas mentalmente% Desta forma consegue-se situaç6es "erdadeiramente formid+"eisW Com elas #odemos transitar #elo tem#o e o es#aço; estando ora na #r$-história; ora #isando em gal+&ias estranhas% odemos 2*ater um #a#o2 com H$rcules; #artici#ar de rituais indgenas ou conhecer a sel"a% m de imaginar% As fantasias não são somente um #assatem#oZ elas a7udam na formação da #ersonalidade na medida em Bue #ossi*ilitam fa,er con7ecturas; com*inaç6es; "isuali,aç6es como tal coisa seria 2desta2 ou 2de outra forma2% Y Criatividade: =ma "e, Bue a criati"idade $ diretamente #ro#orcional X Buantidade de refer>ncias Bue cada um #ossui; Buanto mais 2"iagens2 a imaginação fi,er; tanto mais aumentar+ o 2arBui"o referencial2 e; conseBuentemente; a criati"idade% As histórias aumentam o hori,onte dos ou"intes; com elas: eles 2conhecem a China2; 2#isam na ua2; "oam atra"$s do tem#o; da #r$-história aos dias de ho7e; tra"am conhecimento com fadas; duendes; monstros e heróis% 5stas emoç6es semeiam a imaginação e estimulam a criati"idade% Y 2enso Cr&tico: A cada dia Bue #assa assistimos a*ismados X falta de senso crtico nos indi"duos% Aumenta a #rocura de elementos massificaç6es; tais como grifes e modismos; tolhendo e at$ en"ergonhando o indi"duo de ter as suas #ró#rias id$ias% E #reciso Bue as #essoas tenham olhos #ara "er a realidade da sociedade Bue as cerca; identificando as atitudes Bue le"am X #ros#eridade; #ara incenti"ar estas e re#rimir as danosas; e sa*er mane7ar as suas o#ini6es; #ara Bue em con7unto com o #ensamento dos demais; #ossam ter uma "ida )til e feli,%
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As histórias atuam como ferramentas de grande "alia na construção desse senso crtico; #orBue #or meio delas os alunos tomam conhecimento de situaç6es alheias ã sua realidade; uma "e, Bue #odem 2na"egar2 em diferentes culatras; classes sociais; raças e costumes% A "isão de outras realidades far+ com Bue "e7am 2os dois lados de uma mesma moeda2; gerando tomadas de #osiç6es e construindo uma #ersonalidade ati"a% Y )isciplina: E entendida como aceita e #raticada es#ontaneamente #ela criança e não como algo im#osto inBuestiona"elmente #elo educador%
Transmiss#o de valores através das histórias Os "alores são fundamentos uni"ersais Bue regem a conduta humana% 3ão elementos essenciais #ara "i"er em constante e"olução; *aseada no autoconhecimento em direção a uma "icia construti"a; satisfatória; em harmonia e coo#eração com os demais% a,er uma an+lise de Buais "alores dese7aramos #assar #or meio de um #rocesso educacional demandaria uma maior refle&ão; mas algumas indagaç6es #odem ser feitas: \ uais os "alores Bue me im#ortam O Bue $ im#ortante #ara mim como educador \ ue ti#o de "alores eu reconheço como im#ortante nos demais \ uais deles eu gostaria de #oder a7udar a construir \ uais são adeBuados a uma criança \ uais deles eu #osso transmitir #or meio de um #rocesso educacional; le"ando em conta os meus recursos materiais e humanos As res#ostas não serão iguais de uma #essoa #ara outra; mas certamente muito semelhantes% De um modo geral; começar a #reocu#ar-se com a transmissão de "alores $ o grande #asso; o en"ol"imento com a mat$ria ser+ natural e a satisfação Bue o retorno das crianças #ro#orcionar+ ser+ uma mola #ro#ulsora #ara o constante desen"ol"imento no tra*alho com "alores na educação% Alguns autores dão algumas sugest6es Bue #odem ser"ir de *ase #ara refle&ão e escolha% De BualBuer forma a eleição de determinado "alor não de"e ser um #rocesso isolado% 5la de"e fa,er #arte de um #lane7amento em Bue se le"am em conta as caractersticas dos alunos; o con7unto de o*7eti"os educacionais e os recursos dis#on"eis%
3e4amos alguns valores que podem ser trabalhados com crianças0