Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Engenharia Civil
MEMORIAL DESCRITIVO – PROJETO PROJETO ESTRUTURAL
José Roberto de Lima Gonçalves Thiago Caetano Sousa Veriscarlos da Costa Pessoa
Goiânia, setembro de 2017
1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Engenharia Civil
MEMORIAL DESCRITIVO – PROJETO PROJETO ESTRUTURAL
José Roberto de Lima Gonçalves Matrícula: 2013.2.0025.0711-4 2013.2.0025.0711-4 Thiago Caetano Sousa Matrícula: 2012.2.0025.0479-7 2012.2.0025.0479-7 Veriscarlos da Costa Pessoa Matrícula: 2012.2.0025.0341-3 2012.2.0025.0341-3
Trabalho apresentado como parte dos requisitos para avaliação N1 na disciplina ENG2026, Turma C05 – Projetos Estruturais, ministrada pelo Professor: Marco Aurélio Tavares Caetano.
Goiânia, setembro de 2017 2
Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Engenharia Civil
MEMORIAL DESCRITIVO – PROJETO PROJETO ESTRUTURAL
José Roberto de Lima Gonçalves Matrícula: 2013.2.0025.0711-4 2013.2.0025.0711-4 Thiago Caetano Sousa Matrícula: 2012.2.0025.0479-7 2012.2.0025.0479-7 Veriscarlos da Costa Pessoa Matrícula: 2012.2.0025.0341-3 2012.2.0025.0341-3
Trabalho apresentado como parte dos requisitos para avaliação N1 na disciplina ENG2026, Turma C05 – Projetos Estruturais, ministrada pelo Professor: Marco Aurélio Tavares Caetano.
Goiânia, setembro de 2017 2
1. Objetivo Este documento tem como objetivo estabelecer estabelecer os parâmetros, especificações e critérios a serem considerados na concepção do projeto da estrutura em concreto armado do edifício residencial com 12 pavimentos tipo, um térreo e um subsolo. Localizado em Santos – SP. SP. A concepção do projeto da estrutura contempla as características e objetivos de uso fornecidos pelo contratante e constante no projeto arquitetônico contendo sete pranchas, tais como subsolo, térreo, 1º pavimento, pavimento tipo, cobertura, platibanda e casa de máquinas, fundo e tampa do reservatório.
2. Direitos Autorais Este projeto é propriedade dos estudantes de Engenharia PUC-GO, não sendo permitida sua utilização para qualquer finalidade que não se relacione com a execução específica desta obra, sendo terminantemente vedada sua disponibilização a terceiros sem o consentimento expresso expresso dos autores. No caso de o contratante submeter este projeto à Avaliação Técnica do Projeto, este deverá comunicar os autores acima. A Avaliação Técnica do Projeto deverá se pautar nas recomendações da ABECE para esta atividade. Este documento está baseado na Recomendação ABECE 003:2015 | Memorial Descritivo do Projeto Estrutural.
3. Normas Técnicas de Referência 3.1 Normas Essenciais:
3
3.2 Normas Complementares
3.3 Normas Específicas
3.4 Recomendações
4
4. Exigências de Durabilidade 4.1 Vida Útil de Projeto Conforme prescrição da NBR 15575-2 Edificações habitacionais - Desempenho Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais, a Vida Útil de Projeto dos sistemas estruturais executados com base neste projeto é estabelecida em 50 anos. Entende-se por Vida Útil de Projeto, o período estimado de tempo para o qual este sistema estrutural está sendo projetado, a fim de atender aos requisitos de desempenho da NBR 15575-2. Foram considerados e atendidos neste projeto os requisitos das normas pertinentes e aplicáveis a estruturas de concreto, o atual estágio do conhecimento no momento da elaboração do mesmo, bem como as condições do entorno, ambientais e de vizinhança desta edificação, no momento das definições dos critérios de projeto. Outras exigências constantes nas demais partes da NBR 15575, que impliquem em dimensões mínimas ou limites de deslocamentos mais rigorosos que os que constam da NBR 6118, para os elementos do sistema estrutural, deverão ser fornecidos pelos responsáveis das outras especialidades envolvidas no projeto da edificação, sendo estes responsáveis por suas definições. Para que a Vida Útil de Projeto tenha condições de ser atingida, se faz necessário que a execução da estrutura siga fielmente todas as prescrições constantes neste projeto, bem como todas as normas pertinentes à execução de estruturas de concreto e as boas práticas de execução. O executor das obras deverá se assegurar de que todos os insumos utilizados na produção da estrutura atendem as especificações exigidas neste projeto, bem como em normas específicas de produção e controle, através de relatórios de ensaios que atestem os parâmetros de qualidade e resistência; o executor das obras deverá também manter registros que possibilitem a rastreabilidade destes insumos. Eventuais não conformidades executivas deverão ser comunicadas a tempo aos proprietários do projeto, indicado no item 2 deste documento, para que venham a ser corrigidas, de 5
forma a não prejudicar a qualidade e o desempenho dos elementos da estrutura. Atenção especial deverá ser dada na fase de execução das obras, com relação às áreas de estocagem de materiais e de acessos de veículos pesados, para que estes não excedam a capacidade de carga para as quais estas áreas foram dimensionadas, sob o risco de surgirem deformações irreversíveis na estrutura. A construtora ou incorporadora deverá incluir no Manual de Uso Operação e Manutenção dos Imóveis, a ser entregue ao usuário do imóvel, instruções referentes à manutenção que deverá ser realizada, necessária para que a Vida Útil de Projeto tenha condições de ser atingida, conforme itens 11 e 12 deste documento. Desde que haja um bom controle e execução correta da estrutura, que seja dado o uso adequado à edificação e que seja cumprida a periodicidade e correta execução dos processos de manutenção especificados no Manual de Uso, Operação e Manutenção dos Imóveis, a Vida Útil de Projeto do sistema estrutural terá condições de ser atingida e até mesmo superada. A Vida Útil de Projeto é uma estimativa e não deve ser confundida com a vida útil efetiva ou com prazo de garantia. Ela pode ou não ser confirmada em função da qualidade da execução da estrutura, da eficiência e correção das atividades de manutenção periódicas, de alterações no entorno da edificação, ou de alterações ambientais e climáticas.
4.2. Classes de Agressividade 4.2.1 Classe de Agressividade Ambiental
ABNT NBR 6118:2014 6
O edifício se localiza na cidade de SANTOS – São Paulo – Brasil, ou seja, região litorânea. Por isso a classe de agressividade ambiental considerada nesse projeto é a III, cuja agressividade é FORTE, ambiente MARINHO e GRANDE risco de deterioração. 4.2.3 Correspondência entre a classe de agressividade e qualidade do concreto.
ABNT NBR 6118:2014
Conforme a tabela acima deverá ser considerada, para o concreto armado a ser utilizada, a classe III, ou seja, relação água cimento maior ou igual a 0,55, e classe do concreto (armado) maior ou igual a C30. 4.2.4 Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal para delta C=10 mm.
ABNT NBR 6118:2014 7
Outra observação importante quanto a durabilidade é garantir a resistência do concreto correspondente à Classe de Agressividade, independente da capacidade de a estrutura absorver valores menores, quando da verificação de concreto não conforme. Na análise de concreto não conforme deve ser justificada, por profissional habilitado, a manutenção da durabilidade da estrutura.
5. Outros requisitos da norma de desempenho Embora conste na parte 2 da NBR 15575:2013 (Desempenho Estrutural) que as alvenarias de vedação devem resistir aos impactos de corpo mole e corpo duro, esse dimensionamento não é escopo do projeto estrutural. O dimensionamento para o atendimento destes ensaios deverá ser desenvolvido em projeto específico por profissionais especializados em projetos de alvenarias. Nos projetos das alvenarias de vedação e de compartimentação deverão ser previsto o encunhamento junto às lajes e vigas de maneira a permitir as deformações diferidas destas peças, conforme os valores que constam nos desenhos das curvas de isovalores de deslocamentos. Os projetos de alvenaria de vedação devem contemplar ainda as movimentações decorrentes da fluência e retração do concreto, assim como decorrentes de carregamentos adicionais e da variabilidade de suas características mecânicas que introduzem deformações impostas nas vedações, conforme Anexo E – Interação Estrutura x Vedações. As considerações de incêndio, acústica e térmica também não são escopo do projetista de estrutura. As espessuras das lajes definidas neste projeto atendem aos estados limites últimos, bem como aos estados limites de serviço, assim como a espessura mínima para a compartimentação em caso de incêndio. O desempenho acústico e térmico das lajes deverá ser objeto de análise por profissionais especializados nestas áreas.
8
6. Resistência da estrutura de concreto na situação de incêndio Conforme a NBR 15200:2012, a ação de incêndio pode ser representada por um intervalo de tempo de exposição ao incêndio padrão. Esse intervalo é o Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF), definido a partir das características da construção e do seu uso, conforme IT 08:2011. Conforme laudo do consultor de incêndio permite-se a redução de 30 min. no valor da TRRF. Para os parâmetros deste projeto e considerações acima, o valor final da TRRF é de:
TRRF projeto: Min.
7. Carregamentos Adotados 7.1 Tabela de Cargas de Cada Pavimento da Torre.
9
7.2 Arquivos de Referência Torre Os arquivos de arquitetura tomados como referência para a determinação das cargas do 1º pavimento à cobertura foram:
Cobertura:
Casa de Máquinas:
Barrilete:
Pavimento Tipo:
7.3 Tabela de Cargas de Cada Pavimento do Embasamento (Fundação ao Térreo)
Observações para as cargas de Térreo Externo:
Nas lajes que servirem como garagens elevadas onde seja possível que os veículos colidam com as vedações de periferias, está prevista a carga horizontal concentrada com intensidade de 25kN, aplicada a 50 cm a partir do piso, a ser resistida por estrutura de concreto no embasamento das elevações;
Morrotes e árvores conforme planta de paisagismo;
Piscinas conforme planta de arquitetura / paisagismo;
Está prevista a carga de caminhão de bombeiro, conforme IT06, nas regiões indicadas nos projetos específicos.
7.4 Arquivos de Referência Embasamento Os arquivos de arquitetura tomados como referência para a determinação do embasamento foram:
10
Térreo:
Subsolo:
Paisagismo:
7.5 Alvenaria Adotadas Nesse Projeto 7.5.1 Vedações: Alvenaria de bloco cerâmico Em comum acordo com o contratante, foram consideradas em todos os pavimentos alvenaria de bloco cerâmico, sendo: Parede 9 cm – seca / seca: Revestimento total igual a 5 cm. Parede 9 cm – seca / úmida: Revestimento igual a 4,0 cm + 1,0 cm revestimento cerâmico, totalizando 5 cm.
7.6 Vento O valor da Velocidade Básica do Vento, V0, foi adotado pela figura que se segue, reproduzida da NBR 6123:1988.
V0 - máxima velocidade média medida sobre 3 segundos, que pode ser excedida em média uma vez em 50 anos, a 10 m sobre o nível do terreno em lugar aberto e plano. 11
Velocidade do Vento V0 Adotada para a cidade de Santos: 40 m/segundos.
7.6.1 Direções do vento adotadas, conforme figura abaixo.
7.6.2 Parâmetros de vento adotadas nesse projeto, de acordo com a NBR 6123:1988
V0 – Velocidade básica (m/s)
S1 – Fator do Terreno
S2 – Classe de Rugosidade
S3 – Fator Estatístico
Coeficiente de Arrasto C.A
Ângulo 90º: Ver TQS
Ângulo 270º: Ver TQS
Ângulo 0º: Ver TQS
Ângulo 180º: Ver TQS
Justificativas
V0 – Velocidade básica: Adotado 40 m/s
Classe do Terreno: Terreno plano ou fracamente acidentado. S1=1,0
Classe de Rugosidade: Categoria V, Terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes, alto e pouco espaçados. Ex: Centro de grandes cidades
12
Classe de Edificação: Classe B, dimensão horizontal ou vertical da superfície frontal entre 20 m e 50 m.
Fator S2: b=0,73 p=0,16 z= 43,10-1,90 = 41,20, fr=0,98. Logo: S2=b x Fr x (z/10)^p 0,73 x 0,98 x ( 41,20/10)^0,16, temos: S2=0,90 Portanto: Vk=V0 x S1 x S2 x S3 40 x 1,0 x 0,90 x 1,0 Assim VK= 40 x 1,0 x 0,90 x 1,0. Temos então Vk= 36 m/s
Fator Estatístico: Edificações para hotéis e residências, edificações para comércio e indústria com alto fator de ocupação. S3= 1,0
7.7 Sismos Mapeamento da aceleração sísmica horizontal característica no Brasil para terrenos da classe B (“rocha”).
Neste projeto, adotou-se a Zona referente à cidade de Santos-São Paulo, que é a Zona 0.
8. Materiais 8.1 Concreto Armado Tabela de valores estimados de módulo de elasticidade em função da resistência característica á compressão do concreto (considerando o uso de arenito como agregado graúdo).
13
Concreto adotado neste projeto
Observação Importante: Para a produção do concreto foi considerada a utilização de agregado graúdo de origem granítica (granito), em especial na avaliação do módulo de elasticidade. Caso sejam utilizados outros tipos de agregados graúdos, o valor do módulo de elasticidade deverá ser ajustado conforme item 8.2.8 da NBR 6118:2014, devendo ser definido antes do início do projeto. Recomendação Importante: Para o bom desempenho da estrutura de concreto, e também redução de custo da mesma, recomenda-se a contratação de tecnologista do concreto com o objetivo de desenvolver o traço do concreto a ser empregado na obra, bem como orientar sobre os procedimentos de cura e desforma.
8.2 Aço O Aço utilizado nesse projeto foi CA50/CA60
14
9. Cobrimentos Conforme escrito na NBR 6118:2014 item 7.4.7.4, quando houver um adequado controle de qualidade e rígidos limites de tolerância da variabilidade das medidas durante a execução, pode ser adotado o valor c = 5 mm (cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução), mas a exigência de controle rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto. Permite-se, então, a redução dos cobrimentos nominais prescritos na tabela 7.2 em 5 mm. Conforme escrito na NBR 6118:2014 item 7.4.7.6, para concretos de classe de resistência superior ao mínimo exigido, os cobrimentos definidos na Tabela 7.2 da NBR 6118:2014 podem ser reduzidos em 5 mm. Os cobrimentos para todos os pavimentos adotados neste projeto foram:
Lajes (positiva e negativa): 35 mm ou 3,5 cm
Vigas: 40 mm ou 4 cm
Pilares: 40 mm ou 4 cm
Fundação: não faz parte deste projeto, ver projeto de fundação.
Reservatórios (sem contato com o solo): 40 mm ou 4 cm
Tampa de Reservatório: 40 mm ou 4 cm
O cobrimento adotado nos itens da estrutura, acima citados, foi definido em função da classe de agressividade ambiental, a qual a cidade de Santos – São Paulo está submetida (zona marinha).
10. Incompatibilidades no Projeto 10.1 Divergências Arquitetura x Arquitetura 10.1.1 Subsolo
Faltam as linhas de locação da vaga de garagem V30;
15
Garagem V46 está locada no sentido errado “diagonal”, dificultando o acesso da
V39; além de ter apenas 480 cm de comprimento;
V80 e V81 não há condição de manobra para acesso as vagas;
A vaga V39 foi afetada (deslocada) devido a locação da V46, com isso passou a ter apenas 480 cm de comprimento;
Falta a linha que divide a vaga V41 e V42;
Falta uma cota entre V30 e V31 de 25 cm, para que a parede frontal totalize 3997 cm, da parede “posterior”;
Falta o complemento da linha de locação da V03;
As vagas V23 até V29 tem 499 cm de comprimento, as demais 500 cm, exceto as vagas V39 e V46 que tem 480 cm;
Falta a indicação de “DESCE” na entrada da rampa, no senti do da DESCIDA.
Falta a cota da “parede” da rua ABC, que equivale a 3484 cm, o limite do
terreno é 3500;
Falta a cota da “parede” da R ua
DEF, que equivale a 3374 cm, o limite do
terreno é 3400;
Falta a cota do chanfro;
Falta a cota da “parede” da lateral esquerda, que equivale a 3897 cm, o limite do
terreno é 3900;
O nível correto é - 1,90 metros e não -1,80 como se apresenta.
10.1.2 Pavimento Térreo e Quadro de Áreas
O nível após o fim da rampa é +1,45 m, divergente dos demais que são +1,20 m;
A rampa de acesso ao térreo (Rua DEF), não tem a indicação da inclinação;
Faltam todas as cotas da GUARITA, bem como sua locação;
Não indica a inclinação do passeio, o máximo é 3%.
Não possui rampa para pessoas com mobilidade reduzida (PMR).
10.1.3 Pavimento Tipo / Casa de Máquinas
Erro de cotas próximo aos elevadores;
Falta a cota do vão livre da escada, 1,22 m é do patamar; 16
10.1.4 Corte AA / Detalhe do Barrilete / Reservatório Superior / Planta de Situação
Falta a indicação do nível dos pavimentos, só consta no Subsolo e no Térreo; No corte AA, o telhado com duas inclinações (2 águas), porém na planta de cobertura tem apenas uma;
A indicação do nível do subsolo está indicado errado, não é -1,80 m e sim 1,90 m.
Para efeito de estudo, na disciplina Projeto Estrutural, serão considerado apenas até o 12º pavimento tipo.
No corte AA diz: telha fibrocimento ondulada com inclinação 10%, porém na planta de cobertura diz: telha de chapa galvanizada com inclinação de 3%;
O reservatório é de duas células e não de uma, como se apresenta no Corte AA.
10.1.5 Planta de Cobertura / Corte BB
Planta de cobertura apresenta o telhado com a quantidade de águas e as inclinações diferentes dos cortes AA e BB;
Falta a representação da calha nos 3 telhados menores;
10.1.6 Elevação Frontal (Rua ABC) / Detalhe da Entrada
Legenda (alvenaria a construir e a demolir) desnecessária;
10.1.7 Elevação Frontal (Rua DEF) / Detalhe da Entrada
Legenda (alvenaria a construir e a demolir) desnecessária;
10.2 Divergências da Arquitetura e Código de Obras
Altura do prédio = 50,70 m, ou seja, requer conforme a tabela 1, os seguintes afastamentos: 5,60 m lateral, 5,60 m fundo e 5,00 m de frente.
Não atende os parâmetros da tabela I. Recuo Frontal (Rua ABC)= 3 cm, Recuo Lateral (Rua DEF)= 3 cm, recuo fundo (lote vizinho)= 0 cm, recuo lateral esquerdo (lote vizinho)= 0 cm. 17
O passeio não atende o item I do Art. 55, pois o concreto com grama não possibilita a livre passagem devido a grama entre as placas de concreto.
Não atende o item VI do Art. 55, pois por ser um lote de esquina, deveria apresentar o rebaixamento de meio fio para acesso de pessoas.
Como a edificação não atende os afastamentos previstos em lei, automaticamente não atende o parágrafo primeiro do Art. 57, que diz que as aberturas devem estar no mínimo 150 cm das divisas.
Não indica se há reserva técnica de estacionamento de veículos, a tabela III indica que acima de 401 m² deve existir 4 vagas.
Não atende o item 7 do Art. 67, pois não há reserva de vagas adicionais de estacionamento, para visitante, embarque e desembarque, carga e descarga.
Não atende o item C do Item 7 do Art. 67, pois o projeto não contempla as duas vagas adicionais externas apresentadas nesse item.
Não atende o Art. 70. Como a área construída do piso do subsolo é aproximadamente 1500 m², deveria ter 1/30 avos de ventilação que representa 50 m², como são 9 fossos de 443 cm x 60 cm, só atende 24 m².
A rampa da Rua DEF não tem 4 m de patamar de acomodação
As vagas de garagem (G) com 2,50 m deveria ter 5,50 m de comprimento mas não tem.
Algumas das vagas de garagem não oferecem 5,00 m de facia de acesso e 46 a 90º para manobra.
Não atende a área mínima, a Área de Serviço do Tipo B (2Q sem reversível), o mínimo é 1,80 m², mas no projeto é 1,52 m²
A vaga de garagem V63, V39, V80, V81, V31, V32, V33, V34 não tem condição de serem acessadas.
11. Tomada de Decisões A primeira decisão foi adotar todas as premissas para lançamento estrutural, conforme as diretrizes da disciplina Projetos Estruturais, ministrada pelo professor Marco Aurélio Caetano, na Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
18
11.1 Tipo
Locar o quantitativo máximo de pilares, atendendo relação: (Área do tipo/Número de pilares), sendo, maior ou igual a 9 e menor ou igual a 15. Dessa forma, foi adotado 36 pilares.
Para atender a premissa de projeto, de não fazer laje em “L”, um trecho (entr e a sala e a varanda) das vigas V22 e V35, teve que passar pela sala sem que tivesse parede sob elas (mesmo a sala sendo considerado o ambiente mais nobre). Assim, neste trecho, as vigas ficaram aparente. A solução estética adotada, foi a colocação de uma sanca de gesso, nessa região, afim de que a viga seja coberta.
A premissa de projeto previa que as reenquadrações dos pilares fossem preferencialmente para a fachada. Mas em certos casos não foi possível. Nos pilares P12, P27, a reenquadração ficou para dentro do apartamento, essa decisão foi tomada em função da Junta de dilatação no térreo, para que os pilares não tivessem interferência nela, foi adotado essa solução.
Nos pilares P11 e P26 a reenquadração ficou tomou-se a decisão de fazer a mesma coisa, mas não em função da junta de dilatação, mas sim por opção estética, já que o P12 e 27 haviam sido reenquadrados.
As vigas que contornam o pavimento tipo, todas ficaram com seção 14 x 55 cm, mesmo que no pré dimensionamento a seção pudesse ser menor, essa decisão foi tomada, devido proporcionar uma maior comodidade para que facilitasse a colocação de forro de gesso no teto, caso elas fossem de altura diferentes, poderia haver locais onde não fosse possível conectar o forro a viga.
Os pilares P7, P8, P10, P28 ficaram com um “dente” para dentro de área molhável (cozinha), essa decisão foi tomada, mesmo que não fosse recomendado esse “dente em áreas molhadas”,
para o P7 e P8, foi devido ao melhor
aproveitamento estrutural desses pilares, que por sua vez, são também a pilares da estrutura do barrilete. Para o P10 e P28 a decisão foi para preservar a área dos quartos, considerada mais nobre que a cozinha. Para a solução, será instalado uma canaleta com aresta abaulada (na aresta que ficou na área molhada) nesse “dente” afim de que essa aresta seja contida.
19
As LTEC (lajes técnicas) tem a dimensão apresentada, em função de atender tanto uma condensadora comercial, tanto para uma central (condensadora com maior capacidade), por isso elas tem aproximadamente 99 cm x 145 cm.
Os pilares tem 20 x 50 cm ou 50 x 20 cm, atendendo premissa de projeto.
A altura das lajes, tem 12 cm (todas) também para atender premissas de projeto.
Nenhuma viga possui vão maior que 5 metros (Ly).
11.2 Cobertura
Foram criados 24 PPs (Pilares da Platibanda), nascendo na cobertura para dar sustentação a platibanda.
Os pilares P11, P12, P26 e P27, sofreram redução de seção, de 20x50 cm para 14x26 cm para que tivessem a mesma dimensão dos “PPs” criados para a
sustentação da platibanda e não sobrasse reenquadração devido a seção inicial (20x50). A dimensão 14x26 atende a NBR 6118:2014, seção mínima para pilares 360 cm².
Os pilares que possuem reenquadração para a fachada, seguiram sem reduzir a seção, até a viga da platibanda.
Toda mudança de direção da viga (cintamento) da platibanda, tem um PP ou um pilar.
11.3 Platibanda e Mesa de Motores
Os pilares P15 e P21 morreram na cobertura, pois caso seguissem a posição primária iam ter a reenquadração para dentro do reservatório. Porém para solucionar esse problema, foi feito as seguintes adequações a estrutura: Criou uma viga de 20 cm de largura, denominada VP20, para que fosse possível nascer (sobre ela) os pilares PB1 e PB2 com seção 20x50 cm, numa posição levemente diferente dos pilares P15 e P21.
Para a evitar que a viga VP22 não fosse apoiada diretamente na VP8, ou se criava uma viga invertida, ou nascesse um pilar. Foi criado um pilar denominado PB4, com seção 14 x 50, essa seção é diferente das premissas de projeto, mas considerando que a viga sob ele tem largura de 14 cm, preferiu-se criar um pilar 20
com seção menor que atenda o esforço solicitado, ao invés de alterar a seção da viga pra 20 cm.
O pilar PB1, nasceu sobre a VP20 na posição do projeto em função de que no reservatório, fique na posição de encontro das duas células do reservatório.
11.4 Fundo e Tampa do Reservatório
As vigas paredes nomeadas VPAR 1, VPAR 2, VPAR 3 e VPAR 4 possuem 15 cm de largura (atendendo a requisitos da NBR 6118:2014). A VPAR 4 possui 20 cm de largura, isso devido a seção dos pilares que nasceram sobre ela no barrilete.
Na parte superior, não foi considerado a viga superior nas bordas da tampa do reservatório. Essas bordas serão feitas com alvenaria estrutural com altura de 20 cm acima do nível da face superior da tampa do reservatório.
11.5 1º Pavimento
Neste pavimento, foi incorporado ao pavimento tipo, a laje da guarita, bem como os pilares de sustentação da mesa, e o muro da edificação. Muro esse com 14 cm de largura e pilares com vão máximo de 5 metros.
Onde será instalado o gradil, não possui muro. O mesmo será metálico e fixado na estrutura de concreto.
No primeiro pavimento, decidiu-se fazer a estruturação do telhado das garagens por perfis metálicos fixados na estrutura de concreto. Dessa forma não houve a necessidade de se fazer a estrutura de concreto armado neste pavimento. Os pilares deverão ter seção máxima de 20 cm e estarem locados a cada divisão de duas vagas, apoiados sobre os pilares que morreram no térreo, na região das vagas de garagem.
Em relação a cobertura dessas garagens, utilizara-se telhas metálicas 0,50 mm com inclinação de 5% e pé direito das garagens de 240 cm.
A casa do gás também terá uma cobertura. Será feito uma tampa de concreto armado com espessura de 6 cm que será fixada sobre alvenaria.
A escada de acesso a guarita e ao prédio, será feita sobre o solo, com alvenaria estrutural, conforme planta baixa. Como já existe a contenção em ambos os 21
lados (cortina 5 e cortina 12), não será necessário uma outra estrutura, apenas a de fundação.
11.6 Térreo
A criação da viga VT83 se deu por necessidade de estruturar a guarita. Pois era necessário nascer pilares para isso. Porém para que não influenciassem nas vagas de garagem do subsolo, preferiu-se criar uma viga com seção 26x50, seção diferente das demais que são de 14 cm, porém com a mesma seção do pilar que PG1 que nasceu sobre ela. Esse pilar dá sustentação a guarita e sua laje. Como era um caso isolado, criou-se essa viga ao invés de nascer tal pilar no subsolo consequentemente seria necessário ainda sua fundação.
Os demais pilares da guarita, denominados PG2, PG3 e PG4 nasceram no subsolo com seção 20x26 cm e 26x20 cm e sofreram redução nessa seção para 14x26 cm e 26x14 cm respectivamente, afim de ficarem da mesma largura da parede da guarita, para que não existisse reenquadrações neste ambiente.
Foram criados pilares denominados PR’s que são de sustentação d a rampa PMR.
Foram criados pilares denominados PST’s, onde foi possível, a cada duas vagas
de garagem, ficando assim o vão livre entre elas de 2,40 metros e atendendo ao código de edificações de Goiânia.
A laje do gás tem um rebaixo em relação a laje do térreo para atender a legislação vinculada ao abastecimento de gás.
Os pilares PC’s que seguiram para
a sustentação do muro, sofreram redução de
seção afim de ficaram com a mesma dimensão do muro.
Foi ainda criado junta de dilatação na estrutura. Para as vigas das juntas adotouse a seção de 20 cm de largura, para que ficassem com a mesma largura dos pilares que dão suporte a junta, evitando assim reenquadrações ou espaçamento entre as vigas superior a 2 cm, de forma a facilitar a execução.
Para as rampas preferiu-se faze-las na laje, ao invés de faze-las diretamente no solo.
Como o imóvel é um lote de esquina, e a rampa de acesso ao subsolo fica próximo a extremidade de um dos lados do lote, considerou-se que ao lado desse lote não é uma rua, e sim um outro lote. Dessa forma a região onde localiza-se o jardim, deverá ser feito uma mureta com altura baixa afim de que não prejudique 22
o campo de visão de quem está subindo a rampa. Esse trecho se refere aos pilares PC46 e PM1 apresentados na planta do térreo.
Neste pavimento é permitido lajes em formato “L” bem como vãos de até 7 metros, assim vigas com até 70 cm de altura.
Os pilares denominados PST’s que morreram no térreo, são aqueles que
nasceram no subsolo e que foram necessário para a que fosse feito a estruturação dos ambientes do pavimento térreo.
O salão de festas recebeu interferência de dois pilares, o P10 e o P13. Para o P10 a solução adotada foi criar um corredor ligando a copa até o P10, consequentemente o balcão será deslocado a fim de se adequar no novo formato.
Devido a interferência do P17 na porta do salão de festas, a mesma será deslocada para a direita um valor igual a 50 cm.
No hall, a abertura (porta) foi afetada pelo pilar P28, a solução é criar uma parede entre esse pilar e a alvenaria do salão de festas.
O pilar P19 influenciou diretamente o acesso do hall do elevador, a solução encontrada, foi relocar o depósito pra outra posição, e criar uma porta de acesso onde já existe a porta atual do depósito.
Vagas de Garagem: As decisões tomadas foram as seguintes (térreo):
Devido a influência do P12 na V62, a solução encontrada foi unificar as vagas V61 e V62 passando a ser uma única vaga com largura de 430 cm.
As vagas V65 e V66 também foram unificadas, devido a interferência do pilar P27, agora tem 430 cm de largura.
A vaga V82 foi eliminada devido a má condição de estacionar nela.
Assim, o térreo ficou com 29 vagas de garagem.
11.7 Subsolo
Foi criado uma viga baldrame no inicio da escada para ancoragem da mesma.
Foi criado também FSB (estacas de fundação no subsolo) afim de darem sustentação a viga baldrame.
As cortinas apresentadas seguem a oscilação de cotas do terreno.
O fosso do elevador possui cota de -150 cm, afim de atender a necessidade do elevador com alguma folga. 23
Foi necessário adicionar 1 degrau a escada deste pavimento, visto que ele tem o pé direito 30 cm mais alto que os demais pavimentos, assim passou a ser, pra essa escada, um número de espelhos maior que nos demais pavimentos.
O lavapé possui 40 cm de profundidade e 30 cm de largura, sobre ele uma grelha metálica afim que capte a agua que escoa da rampa.
Vagas de Garagem: As decisões tomadas foram as seguintes (subsolo):
Devido a influência de pilares PST, as vagas de garagem, V20 foi eliminada.
As vagas V19, V18, V17, V16, V15, V14, V13, V12 foram deslocada pra esquerda 50 cm cada afim de que fiquem, cada duas vagas entre dois pilares, essas vagas terão agora 240 cm cada uma delas.
Foram eliminadas as Vagas: V23, V24, V26, V29, V40, V43, V32, V33, V34, V39, V46, V01 e V02, devido a influencia de pilares má condição de manobra.
As vagas V25 e V30 foram ajustada tendo agora 424 cm cada uma delas.
A vaga V44 foi ajustada, agora e passou a ser 2 vagas de 240 cm cada.
As vagas V10, V9, V8, V7, V6, V5, V4, V3, foram deslocadas 90 cm para que fiquem entre dois pilares com vão de 480 cm, assim cada garagem tem agora 240 cm.
Assim, o subsolo ficou com 32 vagas de garagem.
24
ANEXO A – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE CARGAS POR PAVIMENTO
25
ANEXO B – PLACAS DE ENTRADA NOS ESTACIONAMENTOS Na entrada do estacionamento devem ser posicionadas duas placas, com limite de velocidade e carga.
26
ANEXO C – ITENS DE ESTRUTURA NO MANUAL DE USO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS IMÓVEIS O Manual de Uso, Operação e Manutenção dos Imóveis, conforme ABNT NBR 14037 a ser entregue ao Usuário, Síndico/Administradora, deve conter as informações necessárias para que a estrutura do edifício mantenha o desempenho desejado durante a sua vida útil.
1. Caracterização da Estrutura Deve ser informado o tipo da estrutura e suas características, tais como componentes estruturais e número de pavimentos. Deverá ser anexada ao manual do usuário a forma da estrutura do pavimento onde ele possua a sua unidade. Também deverá ser entregue um jogo completo de cópias das formas do edifício para o arquivo do condomínio/ administradora.
2. Carregamentos Devem ser informadas todas as sobrecargas adotadas nas áreas comuns e nas áreas privativas conforme indicado no Anexo A deste documento. Deve-se ter um cuidado especial com as cargas nas varandas/terraços, devendo ser especificados as medidas e pesos de vasos, uso de ofurô nas varandas, envidraçamento das fachadas, colocação de cofres, aquários, arquivos deslizantes, piscinas de vinil nas lajes de cobertura etc. Deve ser indicada a obrigatoriedade de identificação das cargas máximas nas garagens e de velocidade máxima de tráfego na porta de entrada da garagem, conforme anexo B.
3. Manutenção Deve ser indicado o descrito no anexo D deste documento.
4. Reformas
27
As reformas em unidades ou nas áreas comuns do edifício somente devem ser realizadas com responsabilidade e supervisão de um profissional habilitado perante o CREA que elaborará o projeto de reforma. Deve ser indicada ainda que qualquer alteração no projeto original de arquitetura deverá estar de acordo com as cargas adotadas no projeto inicial conforme item 7 e anexo A deste documento. Qualquer reforma que implique em interferência com a estrutura deve ser, sempre que possível evitada pelo construtor/incorporador. Caso, no entanto, seja verificado uma interferência inevitável, o profissional habilitado, responsável pela obra, deve comunicar a construtora e/ou incorporadora que deverá contratar o autor do projeto, através de um aditivo contratual, para que seja verificado o impacto na estrutura, sobretudo quando for identificada uma das modificações a seguir: a) Execução de furos e aberturas em elementos estruturais para instalações de ar condicionado, elétrica e automação; b) Qualquer alteração de seção de elementos estruturais; c) Qualquer alteração das paredes de alvenaria, como localização, abertura de portas, janelas ou qualquer outra abertura; d) Alteração no tipo de uso do ambiente, mudando a sobrecarga de utilização; e) Alterações dos enchimentos de pisos, bem como a troca de suas especificações; f) Alteração de piscinas; g) Alteração de lagos e jardins; h) Fechamentos de varandas (caso não tenha sido contemplada nas cargas); i) Furação de vigas existentes; j) Abertura em lajes – escadas, shats etc.; 28
k) Acesso de caminhões de mudança e ou entregas fora dos locais marcados no item 7 e Anexo A deste documento; l) Qualquer outra alteração de carga ou alteração de uso em relação ao projeto original. Este comunicado deve ser feito através de documentação (vide ABNT NBR 16280:2014 - Reforma em edificações - Sistema de gestão de reformas - Requisitos) ao responsável legal da edificação, antes do seu início, e este encaminhará à construtora e/ou incorporadora, não permitindo o início da reforma sem uma liberação por parte desta. Caso haja impossibilidade do projetista autor do projeto em analisar a interferência estrutural, deverá ser contratado um profissional habilitado em estruturas para emissão de laudo com recolhimento de ART específica. Em hipótese alguma poderá ser realizada demolição total ou parcial de elementos estruturais sem a anuência do projetista estrutural e do responsável pela construtora e/ou incorporadora.
29
ANEXO D – PRESCRIÇÕES A SEREM ANEXADAS AO ITEM DE ESTRUTURA QUANTO Â MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO Uma edificação começa a deteriorar-se a partir do momento em que está concluída. Isso se deve à ação de vários agentes, como variações térmicas, poluição ambiental, produtos químicos, biológicos e mecânicos, clima, alterações no entorno da edificação e outros que ocasionam deteriorações provocando o envelhecimento, perda de desempenho, funcionalidade e conforto do usuário. Para proteger a estrutura da edificação desses agentes, ações de manutenção preventiva devem ser previstas, visando manter e prolongar a sua vida útil e evitar custos de recuperação que podem se tornar cada vez mais significativa. cativos, quanto mais tempo se demorar a fazer a prevenção e a recuperação. A norma de desempenho, ABNT NBR 15575:2013, Parte 1, seção 5.4.2, prevê que ao Construtor ou Incorporador cabe elaborar o Manual de Uso, Operação e Manutenção dos Imóveis, conforme ABNT NBR 14037. Ao projetista (seção 5.3) cabe estabelecer a vida útil de projeto (VUP) mínima de 50 anos (seção 14.2.1), ou, a critério da construtora e/ou incorporadora, níveis de desempenho superiores, como Intermediário (63 anos) e Superior (75 anos). Para o bom desempenho da estrutura durante sua vida útil é dever do usuário cumprir as seguintes orientações quanto à manutenção, sobretudo quanto a se evitar a corrosão das armaduras, devendo ser corrigida a patologia, tão logo verificada, para evitar uma deterioração maior do elemento estrutural:
Manutenção periódica da impermeabilização nos trechos em que a estrutura está sujeita a intempéries;
Manutenção de elementos de fachada de modo que os elementos estruturais não fiquem expostos;
Evitar o acúmulo de água em locais aonde não houve proteção adequada à estrutura. Por Exemplos: Vazamentos, acúmulo de água em fachadas e marquises;
30
Manutenção periódica dos lugares com pouca ventilação e submetidos à umidade excessiva e constante, como decks de piscinas, forro de saunas, pisos sobre terrenos;
Não deverão ser utilizados na limpeza de paredes e pisos produtos que contenham ácidos de qualquer tipo em sua composição, pois estes poderão atacar o concreto e suas armaduras, gerando patologias que somente serão detectadas em estágios avançados.
A Inspeção periódica das estruturas deve ser uma das recomendações do Manual de Uso, Operação e Manutenção dos Imóveis para se detectar precocemente sinais patológicos nos elementos estruturais, como:
Deformações excessivas;
Recalques;
Lixiviação;
Expansões;
Desagregações;
Fissuras, trincas e rachaduras;
Lascamentos;
Ferros aparentes;
Corrosão de armaduras;
Manchas de umidade;
Perda de elasticidade de juntas de dilatação.
Os principais locais a serem inspecionados são:
Garagens;
Paredes de subsolo;
Reservatórios;
Telhados;
Lajes da cobertura e lajes de tampa de caixas d´água superior;
Varandas;
Fachadas;
Decks. 31
Devem ser inspecionados todos os elementos estruturais, em especial:
Consolos;
Dente Gerber;
Aparelhos de apoio;
Marquises.
Recomenda-se que os manuais de uso, operação e manutenção dos imóveis, visando atender a VUP, estabeleçam inspeções quinquenais visuais para detectar tais sintomas e inspeções decenais (ou antes, caso indicado na inspeção quinquenal) por meio de instrumentação adequada para prospecção de aspectos mais específicos, como profundidades de frentes de cloretos, carbonatação, resistividade elétrica e potencial de corrosão eletroquímica. Estas inspeções devem ser realizadas por profissional habilitado com experiência em patologias de estruturas de concreto. Ao final da inspeção, deverá ser elaborado um relatório descrevendo as principais patologias detectadas, classificando-as segundo o seu grau de gravidade. Caso o profissional que realizou a inspeção tenha experiência em reabilitação, este apresentará as soluções para sanar as patologias. Para estruturas situadas em regiões de Classe de Agressividade Ambiental IV (CAAIV), conforme ABNT NBR 6118:2014, a periodicidade poderia ser até de dois a três anos.
32
ANEXO E – INTERAÇÃO ESTRUTURA VERSUS VEDAÇÃO As estruturas de concreto armado têm movimentações decorrentes da fluência e retração do concreto, assim como decorrentes de carregamentos adicionais e da variabilidade de suas características mecânicas que introduzem deformações impostas nas vedações. No projeto das estruturas consideram-se as alvenarias como não portantes. Isto significa que elas não são contabilizadas como partes integrantes da estrutura responsável pela sustentação e estabilidade do edifício. Porém, em decorrência das movimentações estruturais citadas no primeiro parágrafo, elas ficam submetidas a tensões que são tanto maiores quanto mais rígidas forem as vedações e seus revestimentos. As vedações devem ser projetadas para ter capacidade resistente necessária a resistir a esta interação. A primeira forma de interação é a decorrente do encurtamento dos lances de pilares em decorrência da retração e fluência do concreto e do acréscimo de carga (decorrentes do uso da edificação) nos andares superiores. O vão onde a alvenaria e seu revestimento se inserem diminui (encurta) na vertical com uma deformação da ordem de 0,0010 a 0,0035. Ver figura abaixo.
33