ABNT/CB-055 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 7256 MAR 2018
Tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) — Requisitos para projeto e execução das instalações APRESENTAÇÃO 1) Este Projeto de Revisão foi elaborado pela Comissão de Estudo de Condicionamento de Ar e Vent Ventila ilação ção na Áre Área a da Saú Saúde de (CE (CE-05 -055: 5:002 002.00 .001) 1) do Com Comitê itê Bra Brasil sileir eiro o de Ref Refrig rigera eração ção,, Ar-con Arcondic dicion ionado ado,, Venti Ventilaç lação ão e Aquec Aq uecime imento nto (AB (ABNT/ NT/CBCB-055 055), ), nas reu reuniõ niões es de: 19 . 07 . 201 2
23 . 08 . 201 2
2 0. 0 9. 20 12
22 . 11. 201 2
13 . 12 . 201 2
11.04.2013
25.04.2013
22 . 05 . 201 3
2 5. 0 6. 20 13
25 . 07 . 201 3
22 . 08 . 201 3
2 6. 0 9. 20 13
24.10.2013
28.11.2013
27.02.2014
27 . 03 . 201 4
24 . 04 . 201 4
2 9. 0 5. 20 14
26 . 06 . 201 4
24 . 07 . 201 4
1 3. 0 8. 20 14
10 . 09 . 201 4
23 . 10 . 201 4
2 7. 11 . 20 14
26 . 02 . 201 5
26 . 03 . 201 5
21.04.2015
28 . 05 . 201 5
30 . 07 . 201 5
2 7. 0 8. 20 15
22 . 10 . 201 5
26 . 11. 201 5
0 8. 1 2. 20 15
03.02.2016
04 . 03 . 201 6
0 6. 0 4. 20 16
04.05.2016
01 . 06 . 201 6
0 6. 0 7. 20 16
08 . 09 . 201 6
05 . 10 . 201 6
04.11.2016
07 . 12 . 201 6
08 . 02 . 201 7
12.04.2017
03 . 05 . 201 7
07 . 06 . 201 7
0 5. 0 7. 20 17
02.08.2017
a) é previsto para cancelar e substitui substituirr a edição anterior (ABNT NBR 7256:2005), quando aprovado, sendo que nesse ínterim a referida norma continua em vigor; b) não tem tem valor normativo.
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2) Aqu Aquele eless que titiver verem em con conhec hecime iment nto o de qua qualqu lquer er dir direit eito o de pat patent ente e dev devem em apr aprese esent ntar ar est esta a informação em seus comentários comentários,, com documentação comprobatória. 3) Tomaram parte na sua elabor ação, participando partici pando em no mínimo 30 % das reuniões realiz adas sobre o Texto-Base e aptos a deliberarem na Reunião de Análise da Consulta Nacional: Participante
Representante
2 N ENGENHARIA
Edivaldo Teixeira
A.P A. P.S .SOLU OLUTI TION ON
Adrian Adr iana a Ribe R ibeir iro o Ferr F erreir eira a
ABNT/ AB NT/CBCB-055 055
Clara Cla ra Lúc Lúcia ia Her Hernan nandes des Mac Machad hado o Bast B astos os
ABRAVA/ABN AB RAVA/ABNT/ T/CBCB-055 055
Oswald Osw aldo o de d e Siq Siquei ueira ra Bue Bueno no
AÇOR AÇO R ENGE E NGENHA NHARI RIA A
Carlos Car los Agu Aguiar iar S. Per Pereir eira a
ARCOG ARC OGEN EN
José Jos é Nap Napole oleão ão de Bem
ARQUIT ARQ UITET ETURA URA FIO F IOREN RENTI TINI NI
Paula Pau la Fio Fioren rentitini ni
ARQUITETURA HOSPIT HOSPITALAR ALAR E URBANIST URBANISTA
Vera Gomes
ASBRAV/ AS BRAV/ PRO PROJ. J. AVANÇADOS AVANÇA DOS
Mário Már io Alex A lexand andre re Möl Möller ler Fer Ferrei reira ra
CENTRO-SANEAMENTO E SERVIÇOS AVANÇ AV ANÇADO ADOS S
Heli Wilson
C ON CREM AT
Lui s G us t av o Do r nel a
C ON TR ATAR
Jo sé Car l os Lo pes
C ON TR ATAR
Car l os Hen ri que Lo pes
D AE / DI RA C/ F I O CR UZ
Br un o P er az z o P edr os o Ba rb os a
FAM A R CO ND I CI O NA DO
Ma rc io Cam ar go
F UD AM ENT-A R
Dui li o Te r zi
H OS P I TA L A. C. CA MA RG O
Be at r iz Q ue nt a l
H OS P I TA L A. C. CA MA RG O
Ad ri an a M . Cos t a e S il va
H OS P I TA L AL BE RT E I NS T EI N
Al ex an dr a do Ros ár i o To ni olo
H OS P I TA L D AS CLÍ NI CA S
Ma ri a B ea t ri z So uz a Di as
H OS P I TA L E MÍ LI O RI B A S
Wl ad im ir P ar zi al e E nt i ni
H OS P I TA L S A NTA CATA RI NA / I CE SP
G láu ci a F. Var k ulj a
H OS P I TA L S Í RI O LI B ANÊ S
Ta t ia na Her r er ia s P uc hi av o
J C N S P R O J E TO S
Nil t on S uz uk i
KB ENGENHARIA
Marcos L. Kahn
K LI M AT U / A NT HA RES
Wi li Co ll oz za Hoff m ann
L AB O RAT Ó RI O F L EURY
Jo ão Ba t is t a de M or ae s NÃO TEM VALOR NORMATIVO
ABNT/CB-055 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 7256 MAR 2018 MHA
Sérgio Luis Gonçalves Marchioli
MPM
Wanderley Perini
M SA
Már i o S ér gi o d e A l mei da
P O L A RT E C H
Har ol do El ia s
SECRET.SAÚDE- VIGIL.SANITÁRIA MG
Teresa Guerra
S MA CNA B RA SI L
Os m ar G ome s da S i lv a
S O MA R E NG ENH ARI A
Lui z Hen ri que B re sc an ci ni
S O MA R E NG ENH ARI A
Mau r í ci o S al om ão R odr ig ues
TONARE ENGENHARIA
José Renato Vianna
T RO X LATI NAM ER I CA
Cel so Si mõ es A le xa ndr e
V EC OF L O W
Ces ar Vel ar de z
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Tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) — Requisitos para projeto e execução das instalações Air treatment in health care facilities — Requirements Requirements for design and construction of of facilities
Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalizaçã Normalização. o. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabi responsabilidade lidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalização. Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2. A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996). Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos Técnicos podem determinar outras datas para exigência dos requisitos desta Norma. A ABNT NBR 7256 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Refrigeração Refrigeração,, Ar-condicionado, Ar-condicionado, Ven Ventilação tilação e Aquecimento (ABNT/CB-055), pela Comissão de Estudo de Condicionamento de Ar e Ventilação na Área da Saúde (CE-055:002.001). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX. Esta terceira edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 7256:2005), a qual foi tecnica mente revisada.
O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte: Scope This standard establishes minimum requirements for the design and implementation of air treatment in health care facilities (EAS). This standard applies to health care environments with risk classication level 1 or higher, as dened in 5.4. This standard applies to new EAS installations and to installations in areas to be modied, modernized or expanded from existing EAS. This standard does not apply to other environments of the EAS, as well as environments not directly related to the assistance services, such as entrance hall, administrativ administrative e ofces, auditoriums, libraries, which are governed by ABNT NBR 16401, all parts, or other specic standard. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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Introdução Nada nesta Norma deve ser interpretado como impedimento à adoção de novos procedimentos ou equipamentos, desde que comprovado seu atendimento aos critérios e requisitos estipulados nesta Norma.
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Tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) — Requisitos para projeto e execução das instalações
1 Escopo 1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos para projeto e execução de instalações de tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS). 1.2 Esta Norma se aplica aos ambientes assistenciais de saúde com classicação de risco nível 1 ou superior.
1.3 Esta Norma se aplica a instalações em EAS novos e a instalações em áreas a serem modi cadas, modernizadas ou ampliadas de EAS existentes. 1.4 Esta Norma não se aplica aos demais ambientes dos EAS, assim como os ambientes não dire tamente relacionados aos serviços assistenciais, como saguão de entrada, escritórios administrativos, auditórios, bibliotecas, que são regidos pela ABNT NBR 16401, todas as partes, ou outras normas especícas.
2 Referências normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão ABNT NBR 10719, Informação e documentação – Relatório técnico e/ou cientíco – Apresentação ABNT NBR 13534, Instalações elétricas de baixa tensão – Requisitos especícos para instalação em estabelecimentos assistenciais de saúde
ABNT NBR 13971, Sistemas de refrigeração, condicionamento de ar, ventilação e aquecimento – Manutenção programada
ABNT NBR 14100, Proteção contra incêndio – Símbolos grácos para projeto ABNT NBR 14518, Sistemas de ventilação para cozinhas prossionais ABNT NBR ISO 14644-3, Salas limpas e ambientes controlados associados – Parte 3: Métodos de ensaio ABNT NBR 14679, Sistemas de condicionamento de ar e ventilação – Execução de serviços de higienização ABNT NBR 14880, Saídas de emergência em edifícios – Escada de segurança – Controle de fumaça por pressurização
ABNT NBR 15848, Sistemas de ar condicionado e ventilação – Procedimentos e requisitos relativos às atividades de construção, reformas, operação e manutenção das instalações que afetam a qualidade do ar interior (QAI) NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT NBR 16101, Filtros para partículas em suspensão no ar – Determinação da eciência para ltros grossos, médios e nos
ABNT NBR 16235, Dutos fabricados em painéis pré-isolados ABNT NBR 16401-1, Instalações de ar condicionado – Sistemas centrais e unitários – Parte 1: Projetos das instalações
ABNT NBR 16401-2, Instalações de ar condicionado – Sistemas centrais e unitários – Parte 2: Parâmetros de conforto térmico
ABNT NBR 16401-3, Instalações de ar condicionado – Sistemas centrais e unitários – Parte 3: Qualidade do ar interior
ABNT NBR 17240, Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos
ABNT NBR ISO 29463-1, Filtros e meios ltrantes de alta eciência para remoção de partículas no ar – Parte 1: Classicação, ensaio de desempenho e identicação
ASHRAE 111, Practices for measurement, testing, adjusting, and balancing of building heating, ventilation, air-conditioning, and refrigeration systems
BS EN-12101-8, Smoke and heat control systems – Smoke control dampers EN-1366-10, Fire resistance tests for service installations – Part 10: Smoke control dampers DIN-1946-4, Ventilation and air conditioning – Part 4: Vac systems in buildings and rooms used in the health care sector
3 Termos e defnições Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e denições. 3.1 ambiente de isolamento de infecções por aerossóis AII
local para o isolamento de pacientes com suspeita ou conrmação de infecções transmitidas por aerossóis 3.2 ambiente neutro local usado pelos prossionais de saúde, pacientes, acompanhantes e visitantes em que o nível de risco é 1 ou inferior 3.3 ambiente protetor (PE) local usado por pacientes imunocomprometidos de alto risco para desenvolvimento de infecção 3.4 ar de exaustão ar retirado do ambiente por meios mecânicos e rejeitado ao exterior 2/39
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3.5 ar de retorno ar retirado do ambiente por meios mecânicos que pode ser recirculado ou rejeitado ao exterior 3.6 ar exterior ar externo ar captado na parte externa da edicação 3.7 ar insuado
ar suprido ao espaço ventilado ou condicionado por meios mecânicos, constituído em qualquer proporção, de ar exterior e ar recirculado 3.8 ar recirculado parte do ar de retorno que volta à unidade de tratamento de ar para ser reprocessado 3.9 área compartimentada compartimento contra incêndio área de uma edicação separada horizontal e verticalmente do restante desta, por meio de lajes, paredes, portas, janelas, registros, selos e outros elementos passivos corta-fogo, que apresentam um determinado tempo requerido de resistência mecânica ao fogo, estanqueidade e isolamento térmico 3.10 área de internação ambiente de atenção a pacientes internados para monitoração, avaliação, diagnóstico e tratamento 3.11 centro cirúrgico conjunto de ambientes onde são realizadas atividades cirúrgicas, bem como, a pré-anestésica e recu peração pós-anestésica e pós-operatória imediata 3.11.1 sala de cirurgia ambiente dentro do centro cirúrgico que cumpre com os requisitos de uma área restrita, que está desig nado e equipado para fazer procedimentos cirúrgicos e outros procedimentos invasivos 3.11.2 área restrita espaço designado dentro de uma área semirestrita (antecâmara/vestiário de barreira) de um centro cirúrgico que somente podem ser acessados por meio desta área 3.12 difusor não aspirativo dispositivo de distribuição do ar com perl de uxo unidirecional 3.13 estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) edicação destinada à prestação de assistência à saúde e à população, em regime de internação ou não, qualquer que seja seu nível de complexidade NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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3.14 número de movimentação de ar por hora (air changes per hour ) quociente da vazão de ar insuado no ambiente em metro cúbico por hora (m 3/h) e o volume da sala em metro cúbico (m3) NOTA
Para o cálculo do volume da sala, caso não haja informação, recomenda-se altura de referência
de 3 m.
3.15 número de renovação de ar por hora (out side air changes per hour ) quociente da vazão em metro cúbico por hora (m 3/h) de ar externo introduzido no ambiente e o volume da sala em metro cúbico (m 3) 3.16 paciente externo pessoa admitida no EAS que não passa por internação 3.17 registro de fechamento estanque registro que, operando com pressão diferencial de 100 Pa, quando 100 % aberto, apresenta, fechado, um vazamento inferior a 10 m 3/h por m2 de área frontal nominal 3.18 registro tipo corta-fogo e fumaça damper tipo corta-fogo e fumaça dispositivo com características de estanqueidade e tempo mínimo de resistência ao fogo determi nados, instalado em sistemas de distribuição de ar que cruzam barreiras corta-fumaça ou corta-fogo e fumaça (paredes ou entrepisos), com a nalidade de controlar a movimentação de fumaça e restringir a passagem de calor e chamas NOTA
A utilização de registros (dampers ) exclusivamente corta-fogo, não é permitida em EAS.
3.19 registro tipo corta-fumaça damper tipo corta-fumaça dispositivo com características de estanqueidade determinadas, instalado em sistemas de distribuição de ar que cruzam barreiras corta-fumaça (paredes ou entrepisos) com a nalidade de controlar a movimentação de fumaça, sendo acionado por atuador especíco comandado por detector automático de fumaça e/ou sistema de alarme de incêndio 3.20 rota de fuga caminho devidamente sinalizado a ser percorrido pelos usuários de uma edicação para, a partir das portas de acesso de áreas fechadas (salas, quartos e outros ambientes), atingirem com rapidez e segurança as portas de acesso às saídas de emergência desta edicação (escadas enclausuradas ou ambiente externo com acesso a via publica) 3.21 sala de procedimento ambiente designado para executar procedimentos de baixa complexidade que não se encaixam na denição de procedimento invasivo, podendo ser feitos fora das áreas restritas de um centro cirúrgico, e que podem, ainda, exigir o uso de instrumentos ou insumos estéreis 4/39
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3.22 tratamento de ar processo que envolve uma ou mais das seguintes funções: insuação, exaustão, renovação, movi mentação, ltragem, resfriamento, desumidicação, umidicação e aquecimento do ar 3.23 vazão de ar volume de ar por unidade de tempo baseado na densidade de ar seco de 1,20 kg/m 3, na pressão barométrica de 101,3 kPa, 0 kg de vapor/kg de ar seco de umidade especíca e na temperatura de 20 °C
4 Requisitos gerais 4.1 As instalações de tratamento de ar devem controlar, nos termos desta Norma, os seguintes parâmetros ambientais simultaneamente: a) condições termo-higrométricas; b) limpeza do ar; c) renovação e movimentação do ar; d) diferencial de pressão entre ambientes, quando requerido. 4.2 Embora estas instalações sejam, em princípio, similares às utilizadas para ns de conforto, sua aplicação a EAS apresenta características e requisitos especícos detalhados nesta Norma. Devem obedecer em princípio à ABNT NBR 16401, que rege as instalações de conforto, prevalecendo, no entanto, o estipulado nesta Norma em caso de conito ou divergência. 4.3 Um dos objetivos essenciais das instalações é garantir a qualidade do ar adequada e, em particular, reduzir os riscos biológicos e químicos transmissíveis pelo ar em níveis compatíveis com a atividade desenvolvida nas diversas áreas. 4.4 O tratamento de ar, no entanto, embora sendo um fator importante no controle de infecções, deve ser considerado apenas um complemento às demais medidas de controle de infecção hospitalar, que constam no âmbito da rotina operacional do EAS. 4.5 As instalações de tratamento de ar podem se tornar causa e fonte de contaminação, se não forem corretamente projetadas, construídas, operadas e monitoradas, ou ainda se não receberem os cuidados necessários de limpeza e manutenção. 4.6 As instalações de tratamento de ar devem ser projetadas, construídas, operadas e mantidas de forma a minimizar o risco de incêndio. Devem-se reduzir as possíveis fontes de ignição, bem como evitar o uso de quaisquer materiais combustíveis nestas instalações. 4.7 As instalações de tratamento de ar devem considerar a continuidade das operações dos EAS em condições normais ou emergenciais internas ou externas. Recomenda-se registrar as premissas e os critérios adotados em comum acordo com o contratante no desenvolvimento do projeto.
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5 Critérios de projeto relativos à saúde, ao conforto e à segurança 5.1 Condições termo-higrométricas O controle das condições termo-higrométricas é necessário para, além de propiciar condições gerais de conforto para os pacientes e prossionais da área de saúde: a) manter condições termo-higrométricas ambientais favoráveis a tratamentos especícos; b) inibir a proliferação de micro-organismos, favorecida por umidade alta; c) propiciar condições especícas de temperatura e/ou umidade para operação de equipamentos especiais.
Os valores de temperatura e umidade para os diversos ambientes estão estipulados nas Tabelas 1, 2 e 3.
5.2 Risco de infecção 5.2.1 Certos agentes infecciosos podem permanecer em suspensão no ar por um longo período; 99,9 % dos agentes microbiológicos presentes no ar de EAS, podem ser retidos em ltros nos de alta eciência, por formarem grumos e se aglomerarem com poeiras em colônias. Em certas áreas críticas, a utilização de ltros ISO 30 E é obrigatória. 5.2.2 Classicação de risco de ocorrência de eventos adversos à saúde por exposição ao ar ambiental. Para os efeitos desta Norma, aplica-se a seguinte classicação de riscos ambientais à saúde: a)
nível 0 área onde o risco não excede aquele encontrado em ambientes de uso público e coletivo;
b) nível 1 área onde não foi constatado risco de ocorrência de agravos à saúde relacionados à qualidade
do ar, porém algumas autoridades, organizações ou investigadores sugerem que o risco seja considerado; c)
nível 2 área onde existem fortes evidências de risco de ocorrência de agravos à saúde relacionados à
qualidade do ar, de seus ocupantes ou de pacientes que utilizem produtos manipulados nestas áreas, baseadas em estudos experimentais, clínicos ou epidemiológicos bem delineados; d) nível 3 área onde existem fortes evidências de alto risco de ocorrência de agravos sérios à saúde rela cionados à qualidade do ar, de seus ocupantes ou pacientes que utilizem produtos manipulados nestas áreas, baseadas em estudos experimentais, clínicos ou epidemiológicos bem delineados. NOTA
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O tipo e o nível de risco atribuído a cada ambiente estão estipulados nas Tabelas 1, 2 e 3.
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6 Características dos ambientes 6.1 Requisitos para a escolha do sistema de tratamento de ar Os ambientes podem ser caracterizados, na presença de pacientes considerando seu uso e função que denirão as escolhas do sistema de tratamento de ar: a) ambiente protetor (PE); b) ambiente de isolamento de infecções por aerossóis (AII); c) ambiente neutro; d) ambiente de procedimento; e) ambiente de cirurgia. 6.1.1 As situações a controlar são: a) AgB – agente biológico; b) AgQ – agente químico; c) AgR – agente radiológico; d) TE – terapias ou processos especiais (vericar requisitos especícos de temperatura e umidade); e) EQ – condições especiais para funcionamento do equipamento (consultar o fabricante); f)
nível de ruído máximo em dB (A) deve ser medido no centro do ambiente, pronto para operar, porém, não ocupado, medido a 1,5 m a partir do piso.
6.1.2 Deve-se estabelecer e seguir procedimento formal para a operação e manutenção das condições de projeto das áreas referenciadas em 6.1, principalmente garantindo os procedimentos de higienização após a utilização dos sistemas de tratamento de ar nestas condições, conforme ABNT NBR 13971.
Registrar o procedimento e os responsáveis no PMOC (plano de manutenção, operação e controle).
6.2 Ambiente protetor (PE) É o local onde cam os pacientes de alto risco, Nível 3, imunocomprometidos. Devem ser construídos conforme as recomendações desta Norma. Em termos gerais, o ambiente protetor deve possuir as seguintes características: a) o banheiro deve ter a pressão negativa em relação ao quarto de 5 Pa. No caso de antecâmara tipo bolha, esta deve ter a pressão positiva em relação ao corredor e ao quarto [2]. No caso de antecâmara tipo sifão, esta deve ter a pressão negativa em relação ao corredor e ao quarto (Ver Anexo C) [2]; b) ter um dispositivo visual instalado no local e na supervisão remota caso existente, para monitorar constantemente o diferencial de pressão; NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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c) ser selado em relação às paredes, forros, pisos, portas e janelas, para limitar o vazamento devido à pressurização; d) a renovação com o ar externo deve ser feita com no mínimo ltro G4 na tomada de ar externo e atender aos requisitos da ABNT NBR 16401-3, com vazão mínima correspondente a duas renovações de ar por hora; e) ter no mínimo doze movimentações do ar por hora; f)
a ltragem do ar insuado deve ser de no mínimo três estágios, sendo o primeiro estágio G4, o segundo estágio F8 e o terceiro estágio no mínimo ISO 30 E;
g) ter um equipamento dedicado ao ambiente, neste caso a recirculação do ar é permitida; h) recomenda-se a instalação de equipamento de condicionamento de ar em sala de máquinas externa ao ambiente. Caso necessário, pode ser instalado o equipamento no ambiente, desde que atenda aos requisitos de renovação, ltragem e condicionamento do ar com previsão de acesso para manutenção e higienização; i)
a distribuição do ar deve ser feita por meio de difusores não aspirativos instalados no forro de tal forma que a velocidade de projeto seja inferior a 0,2 m/s, próxima à cama. Usado preferencialmente por retorno na parede lateral em um ponto inferior, próximo à porta do ambiente;
j)
ter a temperatura de bulbo seco entre 21 °C a 24 °C;
k) ter a umidade relativa máxima de 60 %; l)
a unidade de tratamento de queimados (UTQ) deve ser projetada com uma faixa ampla de temperatura, por exemplo; de 24 °C a 32 °C, e a umidade relativa entre 40 % e 60 %, limitada a uma umidade absoluta máxima de 12 g/kg de ar seco;
m) o(s) sistema(s) de condicionamento de ar do(s) ambiente(s) de isolamento só deve(m) ser auto maticamente interrompido(s) no caso de ocorrência de incêndio no próprio ambiente, ou ainda na hipótese de sensoriamento de fumaça na tomada de ar externo deste(s). O comando automático de fechamento de registros e/ou desligamento dos sistemas deste(s) ambiente(s) não deve atuar quando houver incêndio em áreas adjacentes, ou ainda no alarme geral, mesmo quando da exis tência de sistema(s) de pressurização de escadas ou de controle de fumaça. A Tabela 1 apresenta exemplos de ambiente protetor (PE) de Níveis 1, 2 e 3, com variações dos parâmetros de ltragem, renovação de ar, circulação de ar, temperatura de bulbo seco e umidade relativa.
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Tabela 1 – Exemplos de ambiente protetor e os parâmetros de projeto Ambiente protetor com condições específcas PE
Nível de Situação a risco controlar
Vazão mínima de ar exterior
Classe de
Vazão mínima
fltragem do ar insuado
de ar insuado
Temperatura Umidade
Unidades
#
Sigla
Renovações por hora (h-1)
ABNT NBR 16101 ABNT NBR ISO 29463-1
Número de movimentações por hora (h-1)
°C
%
Pacientes imunocomprometidos de
3
AgB
2
G4/F8/ISO 30E
12
20 – 24
30 – 60
3
AgB
5
G4/F8/ISO 30E
15
20 – 24
30 – 60
Quarto de internação/ isolamento para pacientes transplantados (transplante de células hematopoieticas e órgãos sólidos)
3
AgB
2
G4/F8/ISO 30E
12
20 – 24
30 – 60
Unidades de tratamento intensivo (não limitada a UCO, UTQ, UTI e UTI Neo Natal) b, c
2
AgB/TE
6
G4/F8
6
22 – 26
30 – 60
2
AgB/TE
6
G4/F8
6
22 – 26
30 – 60
2
AgB/TE
2
G4/F8
6
22 – 26
40 – 60
3
AgB/TE
6
G4/F8/ISO 30E
6
24 – 32
40 – 60
Sala de limpeza e higienização de insumos para manipulação parenteral
1
AgB
2
G4/F8
20
20 – 24
30 – 60
Sala de manipulação parenteral (cabine de uxo unidirecional)
3
AgB
2
G4/F8/ISO 30E
25
20 – 24
30 – 60
CME – Central de esterilização (área limpa)
1
AgB
2
G4/F8
12
20 – 24
30 – 60
Laboratórios de biologia molecular a
2
AgB
2
G4/F8
12
20 – 24
30 – 60
alto risco Banco de tecidos
(músculos e ossos)
Berçário de cuidados intermediários b, c
Quarto ou enfermaria para pacientes
queimados não expostos Quarto ou enfermaria para pacientes queimados expostos
a
b c
Laboratórios de biologia molecular podem apresentar características diferentes as listadas na Tabela, neste caso, consultar os documentos especícos. No caso de recirculação do ar do ambiente, recomenda-se que a vazão mínima de ar exterior seja de duas renovações por hora e que o ar de insuação seja ltrado (G4/F8/ISO 30E). As condições indicadas na Tabela se referem ao ambiente e não consideram as necessidades especícas do paciente prematuro neonatal.
NOTA A característica comum para todos os ambientes de proteção, é o nível de pressão positiva de 5,0 Pa que permite a recirculação do ar do ambiente.
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6.3 Ambientes de isolamento de infecções por aerossóis, materiais contaminados e emissão de vapores/gases Em termos gerais os ambientes de isolamento de infecções por aerossóis devem possuir as seguintes características: a) o banheiro deve ter a pressão negativa em relação ao quarto de 5 Pa. — no caso de antecâmara do tipo cascata, esta deve ter a pressão negativa em relação ao
corredor e positiva em relação ao quarto [2]. — no caso de antecâmara do tipo bolha, esta deve ter a pressão positiva em relação ao corredor
e ao quarto [2]. — no caso de antecâmara do tipo sifão, esta deve ter a pressão negativa em relação ao corredor
e ao quarto, ver Anexo C [2]; b) ter instalado um dispositivo visual ou de supervisão para monitorar constantemente o diferencial de pressão; c) ser selado em relação a paredes, forros, pisos, portas e janelas, para limitar a inltração devido à pressão negativa; d) ter renovação com ar externo, feita com no mínimo ltro G4 na tomada de ar externo e atender aos requisitos da ABNT NBR 16401-3, com uma vazão mínima correspondente a duas reno vações de ar por hora; e) ter o ar a ser insuado com no mínimo 12 movimentações por hora; f)
ter a ltragem do ar insuado com no mínimo dois estágios, sendo o primeiro estágio com ltro G4 e o segundo estágio com ltro F8;
g) ter um equipamento dedicado ao ambiente; neste caso, a recirculação do ar é permitida; h) para a instalação de um equipamento de condicionamento de ar diretamente no ambiente é necessário atender aos requisitos de renovação, ltragem, condicionamento do ar e prever o acesso e as condições para higienização; i)
ter a tomada do ar de exaustão próxima ao paciente;
j)
a contaminação cruzada pode ser reduzida com a instalação de anteparos sólidos nas laterais da cama, na altura da cabeça do paciente [16];
k) o ar de exaustão do ambiente, do banheiro ou da antecâmara (se existir) não pode ser recirculado, este deve ser dirigido para o exterior, sem misturar com o ar de exaustão dos outros ambientes. O ar de exaustão deve ser ltrado em três estágios, com ltros M5/F8/ISO 30E. É admissível a recirculação do ar nas seguintes condições: — recircular apenas para o mesmo ambiente; — prover o mínimo de duas renovações; — instalar ltros adicionais F7 + ISO 30E no insuamento.
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l)
no caso de não usar condicionamento de ar, os ambientes com ventilação não podem recircular o ar;
m) a temperatura de bulbo seco deve ser de 21 °C a 24 °C; n) a umidade relativa máxima deve ser de 60 %, ou em casos especiais, valores superiores; o) o(s) sistema(s) de condicionamento de ar do(s) ambiente(s) de isolamento só deve(m) ser auto maticamente interrompido(s) no caso de ocorrência de incêndio no próprio ambiente ou ainda na hipótese de sensoriamento de fumaça na tomada de ar externo deste(s). O comando automático de fechamento de registros e/ou desligamento dos sistemas deste(s) ambiente(s) não pode atuar quando houver incêndio em áreas adjacentes ou ainda no alarme geral, mesmo quando da exis tência de sistema(s) de pressurização de escadas ou de controle de fumaça. NOTA Os laboratórios de segurança biológica (biocontenção) não fazem parte do escopo desta Norma, ver referências bibliográcas [18] e [22].
A Tabela 2 apresenta exemplos de ambientes de isolamento de áreas potencialmente contaminadas de níveis 1, 2 e 3 com variações de parâmetros de ltragem, renovação do ar, movimentação do ar, temperatura do bulbo seco e umidade relativa. Tabela 2 – Ambientes com pacientes com infecção transmitida pelo ar, materiais contaminados e emissão de vapores ou gases (continua) Ambientes com pacientes com infecção transmitidas pelo ar AII
Tipo de contaminação
Recepção/triagem/ sala de espera
Biológica
Isolamento de infecção por aerossóis crítico Anatomia patológica e citopatologia de macroscopia/ microscopia local de análise, lavagem, área de armazenamento
Classe de Nível de Situação a Vazão mínima fltragem do risco controlar de ar exterior ar insuado
#
Sigla
Número de renovações por hora
2
AgB
12
Vazão mínima de ar
Número de ABNT NBR movimentação 16101 por hora M5
Temperatura Umidade
insuado
12
°C
Ventilação mecânica
% IBUTG 26,7 máx. a
Infecção transmitida
3
AgB
12
G4/F8
12
20 – 24
1
AgB/AgQ
10
M5
10
Ventilação mecânica
30 – 60
pelo ar
Infecção transmitida
pelo ar e materiais contaminados
IBUTG 26,7 máx. a
de peças Infecção Sala de necropsia
transmitida
1
AgB/AgQ
12
M5
12
pelo ar Sala de esterilização gasosa Sala de aeração para ETO Sala para recebimento, pesagem, classicação e lavagem (área suja)
Óxido de etileno
3
AgB/AgQ
25
M5
25
Ventilação mecânica Ventilação mecânica
IBUTG 26,7 máx. a
IBUTG 26,7 máx. a
Infecção transmitida
pelo ar e
3
AgB
10
M5
materiais contaminados
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
10
Ventilação mecânica
IBUTG 26,7 máx. a
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Tabela 2 (conclusão) Ambientes com pacientes com infecção transmitidas pelo ar AII
Tipo de contaminação
Sala do gerador de ozônio
Ozônio
Sala de revelação (câmara escura) Armazenagem
de resíduos
contaminados b a
b
Vapores
químicos
Classe de Nível de Situação a Vazão mínima fltragem do risco controlar de ar exterior ar insuado
#
Sigla
Número de renovações por hora
1
AgQ
10
1
AgQ
10
Vazão mínima de ar
Número de ABNT NBR movimentação 16101 por hora M5
M5
Temperatura Umidade
insuado
10
10
°C
Ventilação mecânica Ventilação mecânica
% IBUTG 26,7 máx. a
IBUTG 26,7 máx. a
Infecção transmitida
pelo ar e
3
AgQ e AgB
10
M5/F8/ ISO 30E
10
Exaustão mecânica
–
materiais
IBUTG é o índice de bulbo úmido e temperatura de globo. Em armazéns de resíduos contaminados, os ltros devem ser instalados na exaustão.
NOTA 1
As características comuns a todos os ambientes de proteção são com nível de pressão negativa de 5,0 Pa.
NOTA 2
Em ambientes com 100 % de renovação de ar, recomenda-se o uso de ar-condicionado ou no mínimo ventilação mecânica.
6.4 Ambientes neutros Em termos gerais os ambientes neutros possuem as seguintes características: a) não há necessidade de diferencial de pressão com ambientes vizinhos; b) ter renovação com ar externo, esta deve ser feita com no mínimo ltro G4 na tomada de ar externo e atender aos requisitos de ar externo da ABNT NBR 16401-3, com uma vazão mínima correspondente a duas renovações de ar por hora; c) ter o ar a ser insuado com no mínimo seis movimentações de ar por hora; d) ter a ltragem do ar insuado com no mínimo um estágio de ltro M5; e) a recirculação do ar é permitida; f)
ter a temperatura de bulbo seco entre 22 °C a 26 °C;
g) ter a umidade relativa máxima de 60 % em sistemas com ar-condicionado; h) para a instalação de equipamento de condicionamento de ar diretamente no ambiente, é neces sário atender aos requisitos de renovação, ltragem, condicionamento do ar e prever o acesso e as condições para higienização; i)
no caso do ambiente não possuir ar-condicionado, deve ser vericado o atendimento à condição de atividade moderada, não podendo ser ultrapassado o valor de IBUTG 26,7 °C, conforme as Normas e Legislações vigentes.
A Tabela 3 apresenta exemplos de ambientes neutros de níveis 1 e 2, com variações de parâmetros de ltragem, renovação do ar, circulação do ar, temperatura de bulbo seco e umidade relativa. 12/39
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Tabela 3 – Ambientes neutros Níveis de risco 1 e 2 Ambientes neutros níveis 1 e 2
Sala de processamento (centrifugação, secagem) Área de preparo de material e roupa limpa, costura, passagem, separação, dobragem,
Nível de risco
Situação a controlar
Vazão mínima de ar exterior
#
Sigla
1
Calor/ umidade
fltragem do ar insuado
Classe de
Vazão mínima de ar movimentação de ar
Temperatura
Umidade
Número de renovações por hora
ABNT NBR 16101
Movimentação por hora
°C
%
10
M5
10
IBUTG 26,7
Ventilação
1
AgQ
2
M5
6
22 a 26
30 a 60
1
AgB/AgQ
2
M5
6
22 a 26
30 a 60
Sala, área de recuperação anestésica
1
AgB
2
M5
6
22 a 26
30 a 60
Sala de inalação
2
AgB+AgQ
10
M5
10
IBUTG 26,7
Ventilação
Sala de emergência poli-traumatismo, parada cardíaca
2
AgB
2
M5
6
22 a 26
30 a 60
Enfermaria
2
AgB
2
M5
6
22 a 26
30 a 60
1
AgB
2
M5
6
22 a 26
30 a 60
Área para preparo e envase de fórmulas lácteas e não lácteas
1
AgB
2
M5
6
22 a 26
30 a 60
Imagenologia, sala de exame hemodinâmico
2
AgB/EQ
2
G4+F7
6
22 a 26
30 a 60
2
AgB/AgQ
2
M5
6
22 a 26
30 a 60
1
EQ
2
M5
6
22 a26
30 a 60
Sala de exame (outras)
1
EQ
2
M5
6
22 a 26
30 a 60
Medicina nuclear, laboratório de manipulação e estoque de fontes
1
AgR
2
M5
6
20 a 24
40 a 60
1
AgR
2
M5
6
20 a 24
40 a 60 40 a 60
1
AgR/EQ
2
M5
6
22 a 26
30 a 60
1
TE
2
M5
6
22 a 26
30 a 60
Sala de simulação/ salas de terapia
1
EQ
2
G4/F8
6
22 a 26
30 a 60
Sala de terapia (bomba de cobalto, acelerador linear e ortovoltagem)
1
EQ
2
M5
6
22 a 24
30 a 60
armazenagem e
distribuição Sala, área de indução anestésica
Sala de manipulação e de envase
Sala de exame para endoscopia e
colonoscopia Imagenologia, sala de comando
Laboratório de radioimunoensaio
Sala de exame (gama – câmara de cintilograa) Sala de processamento de sangue
NOTA 1
Para os ambientes com 100 % de renovação de ar, considerar no mínimo ventilação mecânica com ltragem; embora ser recomendado o uso
de ar-condicionado.
NOTA 2
Para as salas com equipamentos de fontes de radiação, seguir as recomendações dos fabricantes destes.
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6.5 Sala de procedimento As características mínimas para a sala de procedimento são as seguintes: a) renovação com ar externo deve ser feita com no mínimo, ltro G4 na tomada de ar externo e atender aos requisitos da ABNT NBR 16401-3, com uma vazão mínima correspondente a três renovações de ar por hora; b) o ar a ser insuado deve ser com no mínimo quinze movimentações por hora; c) ltragem do ar insuado deve ser de no mínimo dois estágios, sendo o primeiro estágio com ltro G4 e o segundo estágio com ltro F8; d) para a instalação do equipamento de condicionamento de ar diretamente no ambiente é necessário atender aos requisitos de ltragem, condicionamento do ar e de prever o acesso e as condições para higienização.
6.6 Centro cirúrgico Em centros cirúrgicos é necessário um campo asséptico para todos os procedimentos executados dentro de uma sala de cirurgia. Qualquer forma de anestesia pode ser administrada em uma sala de cirurgia, caso os dispositivos adequados para administração de gases anestésicos estejam presentes no ambiente e um sistema de extração e eliminação do excesso desses gases anestésicos esteja disponível. As características de projeto de um centro cirúrgico devem ser as seguintes: a) ser pressurizado com no mínimo 5,0 Pa positivo, em relação aos ambientes adjacentes, menos limpos; b) ter instalado um dispositivo visual ou de supervisão para monitorar constantemente o diferencial de pressão; c) ter as paredes, os forros, os pisos, as portas e as janelas seladas para limitar o vazamento de ar devido à pressurização; d) a recirculação do ar é permitida; e) a temperatura de bulbo seco de 20 °C a 24 °C, controlável pela equipe médica, salvo em reque rimentos especiais; f)
a umidade relativa máxima deve ser de 60 %;
g) ser consideradas as características necessárias de funcionamento dos equipamentos auxiliares, quanto à temperatura, à umidade e à qualidade do ar; h) instalar na sala um indicador de temperatura em local de fácil acesso para a leitura pela enfer magem. A indicação da temperatura deve ser feita pelo mesmo sensor do sistema de controle. O ambiente cirúrgico pode ser classicado conforme a seguir: a) área restrita; b) sala de procedimento; c) sala de cirurgia. 14/39
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6.6.1 Área restrita O objetivo de haver acesso restrito é principalmente para auxiliar no controle de nível de assepsia, e não necessariamente por questões de segurança. A circulação de pessoas, na área restrita é limitada aos prossionais autorizados e aos pacientes. O prossional presente nas áreas restritas deve estar paramentado com vestimentas cirúrgicas, além de toucas e máscaras de proteção. As máscaras de proteção são exigidas onde haja manipu lação de insumos estéreis ou onde possa haver pessoas escovadas antes das cirurgias. As características mínimas para a área restrita são: a) a renovação com ar externo deve ser feita com no mínimo ltro G4 na tomada de ar externo, atendendo aos requisitos da ABNT NBR 16401-3 e com uma vazão mínima correspondente a três renovações de ar por hora; b) o ar a ser insuado deve ser de no mínimo quinze movimentações por hora; c) a ltragem do ar insuado deve ser com no mínimo dois estágios, sendo o primeiro estágio com ltro G4 e o segundo com ltro F8; d) para a instalação do equipamento de condicionamento de ar diretamente no ambiente é necessário atender aos requisitos de ltragem, de condicionamento do ar e de prever o acesso e as condições para higienização. 6.6.2 Sala de cirurgia É necessário um campo asséptico para todos os procedimentos executados dentro de uma sala de cirurgia. Qualquer forma de anestesia pode ser administrada em uma sala de cirurgia, desde que os dispositivos adequados para administração de gases anestésicos estejam presentes no ambiente e que um sistema de extração e eliminação do excesso desses gases anestésicos esteja disponível. As características mínimas para a sala cirúrgica são: a) a renovação com ar externo deve ser feita com no mínimo ltro G4 na tomada de ar externo e atender aos requisitos da ABNT NBR 16401-3, com uma vazão mínima correspondente a quatro renovações de ar por hora; b) o ar a ser insuado deve ser com no mínimo vinte movimentações por hora; c) a ltragem do ar insuado deve ser de no mínimo 3 estágios, sendo o primeiro estágio com ltro G4, o segundo com ltro F8 e na insuação ltro ISO 30E; d) o equipamento de condicionamento de ar não pode ser instalado diretamente no ambiente; Para manter as condições de assepsia da sala o equipamento não pode ser desligado, mesmo nas horas em que o ambiente não for utilizado. Nas salas de cirurgia, devem ser obedecidos os critérios de movimentação de o ar descritos a seguir: a) a insuação do ar deve ser projetada de forma a minimizar a turbulência sobre a mesa do paciente, reduzindo os riscos de contaminação, por exemplo, utilizando o uxo unidirecional; NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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b) o ar de retorno deve ser captado por grelhas situadas nos quatro cantos da periferia do recinto, caso não seja possível no mínimo, em cantos opostos. A maior parte do ar retirado, aproxima damente 70 %, deve ser tomada por grelhas com a sua borda inferior 20 cm acima do piso e o restante por grelhas no teto ou próximas ao teto. c) As grelhas de retorno e exaustão devem ser providas de tela de retenção de apos facilmente removíveis para a limpeza, sem o auxílio de ferramentas. 6.6.3 Requisitos de segurança contra incêndio em centros cirúrgicos Considerando a necessidade de se resguardar a segurança contra incêndio no centro cirúrgico bem como se prover alternativas de continuidade das operações, recomenda-se que os sistemas de condicionamento de ar das salas cirúrgicas sejam agrupados em sistemas autônomos e indepen dentes, respeitando a mesma compartimentação contra incêndio denida no projeto arquitetônico. O(s) sistema(s) de condicionamento de ar do(s) ambiente(s) de cirurgia só deve(m) ser automatica mente interrompidos no caso de ocorrência de incêndio no próprio ambiente, em sua respectiva área técnica ou ainda na hipótese de sensoriamento de fumaça na tomada de ar externo deste(s). O comando automático de fechamento de registros e/ou desligamento dos sistemas deste(s) ambiente(s) não pode atuar quando houver incêndio em áreas adjacentes ou ainda no alarme geral, mesmo quando da existência de sistema(s) de pressurização de escadas ou de controle de fumaça.
7 Filtragem do ar A categoria e a eciência mínimas de ltragem requeridas estão estipuladas nas características de cada ambiente e nas Tabelas 1, 2 e 3, em função do nível de risco e/ou dos procedimentos desen volvidos nos diversos ambientes. Os ltros mencionados nesta Norma são classicados conforme as ABNT NBR 16101, para ltros grossos, médios e nos e ABNT NBR ISO 29463-1 para ltros absolutos, ver Anexo A. Diferentes ltros, de diferentes eciências, podem ser tratados com aditivos que inibem a proliferação de micro-organismos. O principal objetivo é o de reduzir o crescimento de micro-organismos nos componentes dos ltros, isto é, no elemento ltrante, separadores em ltros plissados de alta eciência e quadro estrutural. A intenção é a de reduzir a presença de micro-organismos viáveis no ar e evitar que os componentes do ltro se transformem em local viável para a reprodução de micro-organismos. Os materiais brosos dos elementos ltrantes não são considerados como fontes de contaminação para o ambiente interno e o tratamento de inibição do crescimento de micro-organismos normal mente não alteram a eciência de ltragem. Qualquer produto a ser usado como inibidor de crescimento de micro-organismos deve ter seu registro na ANVISA para esta aplicação.
8 Renovação, recirculação, insuação, exaustão e movimentação do ar 8.1 Renovação do ar A renovação do ar ambiente, com ar externo de boa qualidade, proveniente do exterior da edicação, é necessária para reduzir a concentração de poluentes gasosos internos; como odores e gases. 16/39
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Recomenda-se que seja feita uma análise da qualidade do ar externo, conforme documentos legais vigentes, para a identicação do melhor ponto de tomada do ar externo e dos procedimentos para tratamento do ar, quando necessários. A vazão mínima de ar de renovação é estipulada, de forma a garantir a diluição adequada dos poluentes gerados internamente.
A vazão de ar de renovação também deve contemplar as exaustões das cabines de biossegurança e das capelas de exaustão. Deve ser instalado no mínimo ltro classe G4 na tomada de ar externo, conforme ABNT NBR 16401-3.
8.2 Recirculação do ar 8.2.1 Todo o ar recirculado deve ser ltrado junto com o ar exterior, com o grau de ltragem estipulado nesta Norma para o ambiente, e deve atender aos requisitos de pré-ltragem do ar exterior, conforme a ABNT NBR 16401-3. 8.2.2 Somente pode ser utilizado para recircular o ar proveniente do próprio ambiente, ou de ambientes do mesmo nível de risco, pertencentes à mesma zona funcional, providos do mesmo nível de ltragem e desde que admitido na entrada do condicionador. 8.2.3 O ar contaminado não pode ser recirculado por emanações de vapores nocivos, material radioativo ou biológico. Nestes casos, deve ser usada a exaustão mecânica de todo o ar insuado e inltrado, que deve ser rejeitado ao exterior, passando por ltros adequados. 8.2.4 As entradas e saídas de ar devem promover a movimentação do ar ambiente sempre no sentido da área menos contaminada para a área mais contaminada do ambiente. 8.2.5 Devem ser evitados curtos-circuitos de ar entre a insuação e a retirada mecânica, para que todo o ar insuado atinja e percorra toda a área ocupada antes de ser retirado do recinto. 8.2.6 As vazões mínimas de ar exterior, de ar total e de ar de exaustão estão estipuladas nas Tabelas 1, 2 e 3. 8.2.1 As premissas de projeto e condições de operação devem ser formalmente denidas pelo contratante, desde que sejam respeitados os parâmetros mínimos estabelecidos nesta Norma, quando ocupado por pessoas ou processos.
8.3 Exaustão O ar proveniente de áreas de medicina nuclear e de salas altamente contaminadas não pode ser recirculado e deve ser conduzido por sistema de exaustão separado e descarregado diretamente ao exterior, como determinado por esta Norma e pelos regulamentos de proteção radiológica e de biocontenção, ver referência bibliográca [22].
9 Pressurização e uxos de ar entre ambientes O sistema de tratamento de ar deve evitar uxos de ar indesejáveis entre os ambientes, mantendo os gradientes de pressão interna dos ambientes mais limpos para os mais contaminados, em qualquer situação, inclusive, em falta de energia elétrica ou falha de equipamentos. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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Um diferencial de pressão em relação aos ambientes vizinhos é obtido insuando no ambiente uma vazão de ar maior ou menor que a retirada por meios mecânicos, para pressão positiva ou negativa respectivamente. Os níveis de pressão relativa a serem mantidos estão estipulados na Seção 6.
10 Níveis de ruído Os sistemas de tratamento de ar devem ser projetados, construídos, operados e mantidos de forma que o nível de ruído interno de 48 dBA não seja ultrapassado nos apartamentos, nas enfermarias, nos berçários e nos centros cirúrgicos, conforme DIN 1946-4. Devem ser tomadas as devidas precauções para evitar a transmissão de vibrações produzidas pelos equipamentos de tratamento de ar por meio da estrutura ou das instalações do edifício.
11 Proteção contra incêndio 11.1 Considerando que um sistema de dutos de ar tem potencial para conduzir a fumaça, os gases tóxicos, os gases quentes e as chamas do exterior para o interior da edicação e entre as áreas internas desta, bem como tem o potencial de fornecer oxigênio alimentando a reação de combustão em uma área sinistrada, o sistema de tratamento de ar em EAS deve ser projetado, operado e mantido observando rigorosamente os requisitos de segurança contra incêndio para resguardar a segurança à vida, proteger o patrimônio e o meio ambiente. 11.2 Os sistemas de tratamento de ar devem ser projetados considerando as medidas de segurança contra incêndio da edicação, especialmente a compartimentação contra incêndio horizontal e/ou vertical (divisão em setores de incêndio conforme a regulamentação vigente). Para tanto, os projetos devem ser desenvolvidos sobre bases de arquitetura que apresentem claramente as barreiras corta- fogo e fumaça, os tempos requeridos de resistências ao fogo de cada uma destas, bem como as rotas de fuga. 11.3 Os sistemas de tratamento de ar implementados em EAS, dotados de sistema de controle de fumaça, conforme BS EN-12101-8, e o sistema de pressurização de escadas de emergência, conforme a ABNT NBR 14880, devem ser projetados como um sistema único, considerando as interferências intrínsecas na movimentação do ar, tanto em operação normal, quanto em operação de emergência destes sistemas. Estes sistemas devem ser projetados conforme estabelecido nas Legislações locais vigentes.
11.4 Corredores destinados ou utilizados como rotas de fugas em estabelecimentos assistenciais de saúde não podem ser utilizados como parte do suprimento de retorno, ou exaustão de sistemas de tratamento de ar, atendendo áreas adjacentes a estas rotas. Quando houver circulação de ar forçada em áreas integrantes ou adjacentes às rotas de fuga, esta deve ser adequadamente projetada, para que em caso de sinistro, seja minimizada a passagem de fumaça e/ou gases tóxicos para estas rotas de fuga, maximizando assim as condições seguras de evasão. Em corredores utilizados como rota de fuga é necessário o uso de dispositivos de proteção especícos que comprovadamente interrompam a movimentação de ar, fumaça e/ou gases tóxicos para as rotas de fuga, o uso de: a) grelhas nas portas, nas paredes ou nas janelas ou em quaisquer outras aberturas de áreas adjacentes para as rotas de fuga; 18/39
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b) um único sistema de dutos de distribuição de ar que atenda simultaneamente as rotas de fuga e as áreas adjacentes a estas; c) toda área fechada deve ser considerada como rota de fuga sempre que o percurso interno até à saída supere 10 m. 11.5 Toda abertura destinada à passagem de dutos ou tubulações do sistema de tratamento de ar em paredes, entre pisos e/ou em divisões solicitadas a um tempo de resistência contra fogo e/ou fumaça, deve ser protegida de forma a manter a integridade física desta barreira contra passagem de fogo, de calor, de fumaça e de gases em caso de incêndio, atendendo o mesmo tempo requerido de resis tência contra fogo e/ou fumaça. 11.6 Cabe ao projetista dos sistemas de tratamento de ar, compatibilizar as necessidades particulares relativas à proteção contra incêndio deste sistema, com as demais medidas, sistemas e estratégias de proteção contra incêndio da edicação por prossional habilitado, a ser designado formalmente pelo contratante dos serviços. 11.7 Os dispositivos de proteção contra incêndio devem ser representados nos projetos dos sistemas de tratamento de ar em conformidade com a ABNT NBR 14100 para projetos de proteção contra incêndio ou regulamentação local de proteção contra incêndio e pânico.
12 Instalações elétricas As instalações elétricas de equipamentos associados à operação e/ou controle de sistemas de trata mento de ar devem ser projetadas, ensaiadas e mantidas em conformidade com as ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 13534, considerando ainda as seguintes recomendações: a) atenção especial deve ser dada aos circuitos ou barramentos de energia que provêm alimentação elétrica para os ambientes de isolamento, UTI (unidade de tratamento intensivo) ou para os ambientes de cirurgia, que só podem vir a ser desligados, mediante comando manual do prossional habilitado para tal; b) de maneira análoga, devem-se prever circuitos ou barramentos de energia independentes para alimentação dos grupos de sistemas de tratamento de ar que atendam de forma autônoma e independente os diferentes compartimentos contra incêndio para ambientes de isolamento, UTI (unidade de tratamento intensivo) ou para os ambientes de cirurgia.
13 Requisitos técnicos dos sistemas e componentes 13.1 Filtros do ar 13.1.1 A classicação dos ltros e a aferição de sua eciência adotadas nesta Norma estão estipu ladas nas ABNT NBR 16101 e ABNT NBR ISO 29463-1. 13.1.2 Somente devem ser utilizados ltros cuja eciência tenha sido certicada pelo fabricante, conforme ensaios recomendados nas ABNT NBR 16101 e ABNT NBR ISO 29463-1, ou outro ensaio equivalente, desde que previamente acordado entre usuário e fornecedor. 13.1.3 Os ltros absolutos (ISO 30E) devem ser ensaiados em campo, conforme a ABNT NBR ISO 14644-3, quando de sua instalação, substituição e por período estabelecido pelo pros sional responsável, com prazo não superior a um ano, conrmando sua estanqueidade e integridade. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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É importante assegurar a longa vida dos ltros absolutos pela correta montagem, manutenção e funcionamento do pré-ltro (médios e nos). 13.1.4 Os estágios de ltragem devem ser dispostos como a seguir: a) todo ar exterior deve ser ltrado por meio de caixas de ltragem dedicadas, ou pelo ltro do equipamento; b) o primeiro estágio deve ser instalado antes da serpentina, de forma a pré-ltrar todo o ar a ser tratado; tanto o ar exterior quanto o ar recirculado; c) o segundo estágio deve ser instalado no lado pressurizado a jusante do ventilador de insuação; d) o terceiro estágio deve ser instalado no lado pressurizado do duto, o mais perto possível do ambiente tratado, preferivelmente no próprio terminal de insuação. 13.1.5 Os ltros de ar provenientes de coifas de exaustão e cabines de biossegurança para manipu lação de materiais insalubres devem atender às orientações das Normas e Legislações locais vigentes, tais como, infecciosos, químicos ou radioativos, ou de ambientes para isolamento de pacientes com infecção transmissível pelo ar. Estes devem ser instalados no lado de aspiração do exaustor, de forma a minimizar o comprimento do trecho contaminado do duto. Devem ser adotados dispositivos e proce dimentos de segurança para substituição e manuseio dos ltros. 13.1.6 Os segundo e o terceiro estágios de ltragem devem ser monitorados individualmente, por manômetro diferencial, medindo a perda de pressão do ar que passa pelo ltro. O manômetro deve ser instalado permanentemente. 13.1.7 Uma placa deve ser axada junto a cada estágio de ltragem, contendo, de forma clara, as seguintes informações: a) o nome do fabricante, o modelo e a classe do ltro; b) a eciência de ltragem e a Norma de ensaio; c) o tipo de meio ltrante; d) a vazão de ar e a correspondente perda de carga inicial; e) a pressão diferencial máxima admissível. NOTA
Recomenda-se que a data da última substituição do ltro seja anotada em etiqueta própria.
13.2 Condicionadores de ar 13.2.1 Gabinetes Os gabinetes devem ser construídos conforme recomendações da ABNT NBR 16401-3. A classe de pressão (construção) do gabinete deve ser denida de acordo com a pressão máxima do ventilador e sua estanqueidade compatível com a rede de dutos. Os painéis removíveis, os visores e a iluminação interna devem ser providos para o acesso total aos componentes internos e a sua observação em operação. A tubulação de escoamento de condensados não pode ser conectada diretamente ao sistema de esgotos. 20/39
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13.2.2 Ventiladores 13.2.2.1 Requisitos gerais Os ventiladores de insuação devem ser instalados entre o primeiro e o segundo estágios de ltragem. A condensação de umidade no ventilador deve ser evitada. A carcaça do ventilador deve ter preferivelmente, porta de inspeção e dreno permitindo a limpeza interna. O critério para denição da pressão dos ventiladores é de responsabilidade do projetista do sistema.
Com a nalidade de evitar o superdimensionamento do ventilador, o projetista deve considerar as diferentes velocidades dos ltros de projeto e o respectivo efeito no diferencial de pressão do ltro limpo e sujo. Não é recomendado para o dimensionamento do ventilador, o valor da soma das perdas de pressão máximas de cada estágio de ltragem, neste caso, deve ser avaliada a necessidade de um dispositivo de controle da vazão do ventilador em decorrência da sujidade dos ltros e sua respectiva variação da perda de pressão. 13.2.2.2 Procedimentos recomendados em caso de incêndio Os sistemas de tratamento de ar devem ser dotados de recursos que permitam o comando de desliga mento automático em caso de incêndio. O funcionamento destes sistemas deve ser automaticamente interrompido quando uma ou mais áreas atendidas por estes for atingida por um incêndio, conside rando que:
a) para sistemas de tratamento de ar com vazão individual inferior a 3 400 m 3/h, que atendam as áreas dentro de um mesmo compartimento contra incêndio, o comando de desligamento pode ser realizado de forma individual ou ainda por meio de grupo(s) de equipamentos; b) para sistemas de tratamento de ar com vazão individual igual ou superior a 3 400 m 3/h, o comando de desligamento deve ser realizado exclusivamente de forma individual, por equipamento. Os sistemas de tratamento de ar de áreas de isolamento, UTI (Unidades de tratamento intensivo), ambientes de cirurgia ou onde são desenvolvidos procedimentos médicos de alta complexidade e que não podem sofrer interrupção, quando independentes da área sinistrada pelo incêndio, não podem ser automaticamente interrompidos.
Deve também ser previsto um comando manual para acionamento à distância, que permita efetivar o desligamento dos ventiladores de insuação, retorno e/ou exaustão dos sistemas de tratamento de ar, em caso de emergência. O referido comando deve ser instalado em quadro elétrico dedicado, instalado em local seguro e de fácil acesso, preferencialmente com supervisão 24 h. 13.2.3 Resfriadores e Aquecedores 13.2.3.1 Requisitos gerais Os resfriadores e aquecedores aletados devem ser fabricados de acordo com a ABNT NBR 16401-3. As serpentinas de resfriamento e aquecimento devem ser instaladas a montante do segundo estágio de ltragem (classe mínima M5) e prevendo uma distância mínima entre a serpentina de resfriamento e a serpentina de aquecimento, para acesso aos serviços de limpeza e remoção de maneira a garantir pleno acesso para o procedimento de limpeza. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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13.2.3.2 Mecanismo para redução de micro-organismos O uso da irradiação germicida ultravioleta tem sido empregado para a redução de micro-organismos presentes nas superfícies do equipamento de condicionamento de ar, pelos emissores UVGI com comprimento de onda de 2,54 nm e com comprovada ecácia, que depende da potência da irradiação incidente sobre os micro-organismos e do tempo de exposição que é diferente para cada micro-organismo.
Recomenda-se para a aplicação em serpentinas, o uso de leiras de lâmpadas a toda a largura da serpentina, no lado de saída do ar, espaçadas nas máquinas novas em 750 mm e em equipamentos usados em 600 mm distantes 375 mm ou 300 mm da superfície, respectivamente, assegurando a potência mínima de 50 microwatts por centímetro quadrado ( µW/cm2), por área de face, ligadas continuamente ver [11 e 12]. Devem ser seguidas as recomendações do fabricante com relação à periodicidade de manutenção e substituição das lâmpadas. Devem ser instalados dispositivos internos de proteção para que a lâmpada esteja desligada durante a inspeção ou manutenção do equipamento, em razão do risco à saúde do prossional. 13.2.4 Umidifcadores Em princípio, deve-se evitar o uso de umidicadores, pois é crítico em termos de contaminação, e somente devem ser usados por exigência técnica especíca. Caso seja necessário, os umidicadores devem ser instalados a montante do trocador de calor de resfriamento e do segundo estágio de ltragem, de preferência no duto de retorno e devem ser de fácil acesso para manutenção e monitoramento. Somente materiais à prova de corrosão devem ser utilizados. Os umidicadores à água de qualquer tipo somente podem ser instalados, se for comprovado o grau adequado de assepsia da água, não sendo admissível uma concentração de mais de 1 000 UFC/L. Caso a água seja tratada por meios químicos, a não toxicidade do ar umidicado deve ser permanen temente comprovada.
Os umidicadores do tipo de bandeja aberta aquecida não são admissíveis por permitir a permanência de água morna estagnada, potencial caldo de cultura de micro-organismos, quando a umidicação é desativada.
É recomendável a drenagem automática do reservatório de água dos umidicadores sempre que o dispositivo não for acionado por período superior a 24 h. No caso de umidicadores a vapor, este não pode conter hidrazina ou out ras substâncias anticor rosivas, nocivas à saúde. O arraste de gotículas de água ou a condensação de umidade em partes do sistema a jusante do umidicador não é admissível, portanto, deve-se prover o seguinte: a) a distribuição homogênea do vapor; b) o espaçamento entre o dispositivo de umidicação e as partes do sistema a jusante, sucientes para garantir a completa mistura do vapor com o ar, de forma a resultar em umidade relativa do ar umidicado não superior a 90 %, e evitar qualquer possibilidade de condensação; 22/39
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c) a pressão sucientemente alta a montante da válvula de controle de vapor (preferivelmente superior a 101 kPa manométrico) e drenagem suciente da tubulação de vapor; d) o fechamento automático das válvulas de controle da umidicação quando o ventilador é desligado; e) a instalação de eliminador de gotas em caso de pulverização direta de água no ar.
13.3 Sistemas de recuperação de calor Somente são admissíveis sistemas em que a transmissão de partículas, materiais ou de gases entre o uxo de ar de exaustão e o ar novo não ocorra. Sistemas de recuperação de calor devem ser protegidos na admissão por ltros de ar, conforme 8.1.
13.4 Salas de máquinas As salas de máquinas devem ser acessíveis para manutenção, sem que seja necessário penetrar em ambientes de níveis de risco 2 ou 3. Recomenda-se que sua localização seja em piso técnico separado.
As salas de máquinas devem ter acabamento liso e lavável, e serem pintadas de cor clara e mantidas limpas, não sendo admissível o seu uso como depósito, ou outras nalidades. Todos os componentes devem ser projetados e instalados de forma a facilitar ao máximo o acesso para limpeza e manutenção, inclusive a substituição dos ltros. As salas de máquinas para equipamentos não podem servir de plenum de mistura de ar exterior e de retorno, que devem ser conduzidos por dutos até a caixa de mistura do condicionador. Salas de máquinas destinadas a abrigar unidades de tratamento de ar em contato com rota(s) de fuga, bem como quaisquer de suas aberturas, devem ser separadas desta(s) por barreiras resistentes a fogo e fumaça por no mínimo 1 h quando em edicações de até três pavimentos, ou por barreiras resistentes a fogo e fumaça por no mínimo 2 h quando em edicações mais elevadas. Atenção especial deve ser dada a adequada selagem corta-fogo e fumaça das penetrações das diversas instalações nestas áreas técnicas.
13.5 Tomadas e descargas de ar As tomadas de ar exterior devem ser providas de telas de proteção de material resistente à corrosão, com aberturas não superiores a 13 mm. As tomadas de ar devem ser projetadas de forma a evitar a aspiração de contaminantes do piso circundante e protegidas contra entrada de água de chuva. As tomadas de ar devem ser localizadas de forma a evitar a aspiração de descargas de exaustão de cozinhas, sanitários, laboratórios, lavanderia, ou ainda a proximidade de depósitos de lixo, centrais de gás combustível, grupos motogeradores, centrais de gases medicinais, estacionamentos, bem como outros locais onde haja possibilidade de emanação de voláteis, agentes infecciosos ou gases nocivos, conforme ABNT NBR 16401-3. Para exaustão e ventilação de cozinhas, consultar a ABNT NBR 14518. Devem ainda ser considerados a direção dos ventos dominantes, a conguração do edifício e o perl dos uxos de ar na vizinhança das tomadas de ar.
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As tomadas de ar exterior devem ser equipadas com registro corta-fogo e fumaça. Estes registros devem ser atuados automaticamente pelo comando de um detector pontual de fumaça instalado adequadamente no uxo de ar externo, quer seja como parte do sistema de detecção automática de fumaça em conformidade com a ABNT NBR 17240, ou como detecção autônoma.
13.6 Dutos de ar 13.6.1 Dutos de insuação, retorno e ar externo O equipamento de tratamento de ar deve ser instalado o mais próximo possível dos locais condicio nados, a m de se evitar longos trechos de dutos de insuação e de retorno. Os dutos de insuação de ar devem ser projetados e instalados de forma a minimizar o risco de incêndio e principalmente inibir a propagação de fogo e/ou fumaça em caso de sinistro. Vãos da estrutura, como entre forros ou poços de alvenaria ou concreto, não podem ser utilizados como dutos de insuação ou de retorno. O uso de dutos exíveis deve ser limitado ao acoplamento de componentes da rede de dutos, com comprimento máximo de 2,0 m. Componentes como dutos exíveis ou espiralados, atenuadores de ruído e registros (exceto os regis tros incorporados aos dispositivos terminais) não podem ser instalados a jusante do último estágio de ltragem em ambientes de níveis de risco 2 ou 3. Registros motorizados de bloqueio, de baixo vazamento, fechados durante as paradas do sistema, devem ser instalados de forma a reduzir a possibilidade de ocorrer qualquer transporte de ar por meio dos dutos, por diferenças de densidade ou de pressão, que possam contaminar o ar de ambientes de nível de risco 3. Estes registros somente são necessários se os dutos não forem providos de caixas de ltro terminal ISO 30 E. 13.6.2 Dutos de exaustão Dutos de exaustão não podem atravessar ambientes ou forros de ambientes de níveis de risco 2 ou 3. Os dutos de exaustão de ar devem ser projetados e instalados de forma a minimizar o risco de incêndio e principalmente inibir a propagação de fogo e/ou fumaça em caso de sinistro. O trecho contaminado deste duto deve ser o mais curto possível. O registro automático de sobre-pressão deve ser instalado após o exaustor, para impedir o reuxo do ar no duto, quando da sua parada. 13.6.3 Construção 13.6.3.1 Os dutos devem ser construídos de acordo com a ABNT NBR 16401-1. 13.6.3.2 Os dutos de insuação, retorno e exaustão para ambientes de Níveis de risco 2 ou 3 devem ter classe de vazamento CL 8, conforme ABNT NBR 16401-1. 13.6.3.3 Os dutos de ar provenientes de coifas de exaustão e cabines de biossegurança para manipulação de agentes infectocontagiosos, materiais radioativos, ou de ambientes para isolamento de pacientes com infecção transmissível pelo ar, devem ter classe de vazamento CL 4, conforme ABNT NBR 16401-1. 24/39
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13.6.3.4 Os dutos devem apresentar superfície interna com rugosidade absoluta máxima de 0,15 mm semelhante aos dos dutos metálicos de aço galvanizados. Revestimentos internos são admissíveis a montante do segundo estágio de ltragem, sendo vetado o uso de revestimento que impossibilite ou prejudique a limpeza ou libere partículas, conforme ABNT NBR 16235. 13.6.3.5 O uso de dutos exíveis deve ser limitado ao acoplamento de componentes da rede de dutos, com comprimento máximo de 2,0 m. 13.6.3.6 As curvas, derivações e outras conexões devem ter desenho aerodinâmico, a m de minimizar a possibilidade de acumulação de partículas e evitar a aspiração de ar em dutos de insuação, devido à existência de pressões negativas localizadas. 13.6.3.7 A jusante do terceiro estágio de ltragem, os dutos devem ser construídos de material resistente à corrosão, como o alumínio ou o aço inoxidável, e ter suas superfícies internas acessíveis para limpeza. 13.6.3.8 O máximo cuidado deve ser tomado durante a montagem para manter limpa a superfície interna dos dutos. Os dutos devem ser fabricados em ambiente higienizado sendo cuidadosamente limpos internamente, tampados dos dois lados e levados ao local da montagem, onde são abertos de um lado e conectados ao trecho já instalado, e assim por diante. Deve-se assegurar que seja mantida a limpeza interna dos dutos instalados. 13.6.3.9 Os materiais isolantes aplicados sobre dutos de ar, ou ainda sobre tubulações, não podem penetrar as barreiras corta-fogo. Nestes casos, o isolamento deve ser interrompido antes da barreira, sendo a penetração protegida adequadamente com o emprego de materiais passivos de proteção contra o fogo (calafetadores, mantas, massas etc.) com resistência ao fogo igual ou superior à da respectiva barreira, apresentando condutividade térmica similar ao isolamento especicado. 13.6.4 Portas de inspeção 13.6.4.1 Devem ser instaladas portas de inspeção que permitam o acesso para a manutenção e limpeza do sistema de distribuição de ar e seus componentes, como a base de trechos verticais, o registro corta-fogo e fumaça, o detector automático de fumaça, o registro de regulagem, a serpentina, no mínimo a cada 15 m de duto reto. 13.6.4.2 As portas devem ter dimensões sucientes para manutenção, ajuste ou rearme dos citados dispositivos e devem ser providas de juntas de vedação compatíveis com a classe de estanqueidade do duto e, se necessário, de isolamento térmico com barreira de vapor, de forma a garantir a conti nuidade do isolamento do duto. 13.6.4.3 Grelhas removíveis de saída ou entrada de ar, de tamanho adequado, podem ser conside radas tampas de inspeção. 13.6.4.4 As portas devem ser visivelmente identicadas, por meio de marcações apropriadas, indicando a correta localização dos dispositivos de acionamento e/ou proteção. 13.6.4.5 As aberturas em paredes ou forros devem ser coordenadas com a instalação das portas de inspeção de modo a permitir o acesso a estas. 13.6.5 Atenuadores de ruído 13.6.5.1 Os atenuadores de ruído devem apresentar superfícies em contato com o ar, altamente resistentes à abrasão. O material acústico absorvente deve ser revestido por película plástica resis tente, limpável e protegido por chapa metálica perfurada ou tela metálica. A perda de atenuação, por banda de oitava, decorrente, deve ser considerada. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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13.6.5.2 Na aspiração do ventilador, os atenuadores devem ser instalados a jusante do primeiro estágio de ltragem, e no lado a montante do segundo estágio de ltragem. 13.6.6 Terminais de ar Os terminais devem ser confeccionados de material lavável, resistente à corrosão e facilmente desmontáveis para limpeza, inclusive dos registros e dutos imediatamente atrás. 13.6.7 Registro corta-fogo e fumaça 13.6.7.1 O registro corta-fumaça e o registro corta-fogo e fumaça, devem ser construídos conforme a BS EN 12101-8 e qualicados por ensaios e avaliação de desempenho conforme a ABNT NBR 6479 ou EN 1366-10.
13.6.7.2 Os registros corta-fogo e corta-fumaça ( damper ) devem ser instalados, conforme as reco mendações a seguir: a) nas interseções ou terminações entre dutos de ar e nas aberturas em barreiras verticais ou horizontais (entrepisos, paredes ou divisões) solicitadas à resistência contra fogo e/ou fumaça (compartimentação); b) em todas as aberturas diretas ou dutadas, entrando ou saindo de poços ( shafts) que enclausuram dutos de ar, que conguram quebra de compartimentação contra incêndio vertical ou horizontal; c) nas tomadas de ar exterior, quando vericadas as condições apresentadas em 13.5. 13.6.7.3 O registro corta-fumaça deve ser instalado nas intersecções ou terminações entre dutos de ar e aberturas em barreiras horizontais, solicitadas à resistência contra fumaça. 13.6.7.4 Os registros devem ser instalados de acordo com as instruções do fabricante e recomen dações da referência bibliográca [17], devidamente suportados e ancorados à barreira de comparti mentação contra incêndio, considerando a dilatação esperada, quando estes forem submetidos aos gases quentes de um incêndio, bem como devidamente acabados com adequada selagem corta-fogo e fumaça em torno das respectivas aberturas. 13.6.7.5 A aplicação do material de selagem corta-fogo e fumaça não pode interferir no funcionamento do equipamento. Em nenhuma hipótese, os registros devem ser instalados a mais de 0,5 m da barreira corta-fogo e fumaça, ou após a primeira grelha de tomada ou descarga de ar. Quando não instalados na própria barreira de compartimentação ou adjacente a esta, a resistência corta-fogo do registro, de sua moldura, do trecho de duto de conexão entre o registro e a barreira, bem como a sua suportação/ xação, deve ser igual ou superior à solicitação de resistência corta-fogo da respectiva barreira. 13.6.7.6 A conexão dos registros corta-fogo e fumaça aos dutos de distribuição de ar deve considerar a exibilidade necessária para evitar o comprometimento da barreira de compartimentação onde se encontra instalada, assim como prever a utilização de juntas (conectores) de dilatação, quando exposto ao incêndio e/ou aos gases quentes. 13.6.7.7 Em sistemas de tratamento de ar os registros corta-fogo e fumaça devem ser dotados de um sistema de fechamento automático. Para sistemas que incluem o controle de fumaça e calor em incêndio, ver BS EN 12101-8 . 13.6.7.8 A reabertura de registros corta-fogo e fumaça, fechados por dispositivos de detecção auto mática de fumaça ou alarme de incêndio deve se dar somente por comando manual, não sendo permitido o comando automático de reabertura. 26/39
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13.6.7.9 Os registros corta-fogo e fumaça devem ser providos de indicação a distância de seu estado fechado. Esta indicação deve ser fornecida original do fabricante do registro corta-fogo e fumaça. 13.6.7.10 O fechamento do registro corta-fogo e fumaça, situado na barreira corta-fogo e fumaça de uma casa de máquinas, deve provocar o desligamento simultâneo dos ventiladores associados a este. 13.6.8 Atuadores 13.6.8.1 Os atuadores (ou dispositivos de acionamento) de registros corta-fumaça e registros corta-fogo e fumaça devem ser selecionados e dimensionados para permitir o atendimento aos procedimentos programados na estratégia adotada para proteção contra incêndio do EAS, bem como para o funcionamento e sinalização adequados nas condições operacionais que possam vir a ser submetidos, suportando o calor irradiado pelo próprio registro em situação de incêndio. 13.6.8.2 Os atuadores dos registros corta-fumaça e dos registros corta-fogo e fumaça, devem ser comandados e supervisionados por sistema de detecção automática de fumaça do EAS, se existente. 13.6.8.3 Quando da inexistência de um sistema de detecção automática de fumaça no EAS, os atua dores devem ser comandados por detectores autônomos, adequadamente instalados a montante dos registros nos respectivos dutos de ar, devendo ser supervisionados no local ou em quadro elétrico dedicado, implantado em local seguro e de fácil acesso, preferencialmente com supervisão 24 h. NOTA Recomenda-se a utilização de atuadores elétricos com retorno automático por mola permitindo o funcionamento em modo de falha segura, ao mesmo tempo que viabilizando a realização de rotinas de ensaio de abertura e fechamento sem intervenções manuais nos registros (normalmente instalados em locais de difícil acesso) a m de assegurar seu correto funcionamento.
13.6.8.4 Os atuadores de registro corta-fogo e fumaça devem ser adicionalmente acionados por dispositivos termossensíveis, incorporados ou não, que atuem em função da elevação de temperatura no interior do respectivo duto. A temperatura de acionamento do atuador deve atender aos procedimentos
programados na estratégia de proteção contra incêndio do EAS.
14 Comissionamento e liberação para operação 14.1 Procedimento 14.1.1 Os testes de ajustes e balanceamento (TAB) dos sistemas de tratamento de ar objetos desta Norma devem ser realizados de acordo com a ASHRAE 111 e recomendações da referência bibliográca [14]. 14.1.2 Os serviços de TAB devem ser executados sob supervisão e responsabilidade de entidade de especialização reconhecida, independente da instaladora dos sistemas, e sob supervisão da sca lização do proprietário. 14.1.3 O instalador deve fornecer ao responsável pela supervisão do TAB a documentação completa dos sistemas, incluindo os critérios de projeto, os desenhos executivos das instalações e as especicações dos equipamentos e dos componentes principais, inclusive os certicados determinados nesta Norma. 14.1.4 O responsável pela supervisão dos serviços de TAB deve examinar a documentação e proceder a uma vistoria das instalações físicas, a m de se certicar de que o projeto das instalações e os equipamentos e componentes instalados estão em conformidade com o projeto e com os requisitos desta Norma. Em casos de não conformidade, deve ser submetido à avaliação do projetista e/ou instalador e do proprietário, acompanhados de recomendação para sua correção. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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14.1.5 Os ensaios mecânicos e elétricos e os ajustes e balanceamento preliminares devem ser execu tados apenas com o primeiro estágio de ltragem instalado. Antes de operar as instalações para os ensaios, deve ser feita uma limpeza e higienização nal dos equipamentos e vericação do estado de limpeza dos dutos, especialmente a jusante do segundo e do terceiro estágios de ltragem, conforme ABNT NBR 14679. Os ajustes e balanceamento nais devem ser executados com todos os ltros instalados e os ambientes prontos, em condições normais de funcionamento e higienizados, com as portas fechadas, porém, não ocupados.
14.2 Procedimentos operacionais para sistemas de tratamento de ar Os procedimentos devem ser conforme a seguir: 14.2.1 Medição, ajuste e balanceamento nal das vazões de ar exterior, de retorno, de recirculação e de exaustão. As vazões devem estar dentro de ± 10 % dos valores de projeto estipulados nesta Norma. 14.2.2 Vericação e ajuste dos gradientes de pressão, e sua manutenção independentemente do grau de saturação dos ltros. Para as salas de cirurgia, deve-se comprovar, se for o caso, que os gradientes de pressão são mantidos, com a operação em regime de vazão de ar reduzida em 50 %. 14.2.3 Vericação da correta operação dos registros corta-fogo e fumaça e demais dispositivos de proteção contra incêndio com interferência com os sistemas de tratamento de ar. 14.2.4 O ensaio dos ltros ISO 30E deve ser realizado no local, para comprovar a integridade e a correta instalação dos ltros, e detectar pequenos furos e outras falhas ou defeitos do meio ltrante e nos elementos de vedação, vazamentos nos quadros de xação e “ by-pass” entre estes. O ensaio deve constituir-se essencialmente da introdução, a montante dos ltros, de um aerossol para desaar a instalação e da varredura da superfície limpa dos ltros, efetuada com a sonda do instrumento utilizado. Os procedimentos detalhados do ensaio devem ser previamente acordados entre usuário e fornecedor.
14.3 Operação provisória das instalações A conclusão satisfatória, a juízo da scalização, dos ensaios e vericações estipulados em 14.2, deve liberar a aceitação provisória da instalação e de sua colocação em serviço efetivo para os ensaios e os ajustes nais em condições de carga e ocupação normal. Durante a operação para ensaios, além dos ajustes operacionais nais, deve-se prever a medição das condições termo-higrométricas de cada ambiente, conforme a seguir: a) devem ser medidas simultaneamente as condições termo-higrométricas do ar exterior, vigentes por ocasião de cada medição das condições internas; b) as técnicas de amostragem e os instrumentos de medição devem estar e conformidade com as Normas e Legislações vigentes. c) os resultados da avaliação devem ser submetidos à scalização para aprovação.
14.4 Relatório de entrega das instalações Um relatório detalhando os procedimentos adotados, com o registro dos resultados de todos os ensaios e medições realizados, deve ser elaborado de acordo com a ABNT NBR 10719. 28/39
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O relatório deve certicar que as instalações foram projetadas e executadas de acordo com os requi sitos desta Norma e aprovado pela supervisão dos serviços de TAB e pela scalização.
14.5 Instruções de operação e manutenção Deve ser elaborado pela instaladora um manual de instruções de operação e manutenção dos sistemas contendo essencialmente: a) cópia dos documentos de projeto e dos desenhos de execução, certicados “como construído”; b) lista com os equipamentos e os componentes instalados, bem como os certicados de calibração dos instrumentos, com as especicações, fabricante, modelo e outros dados pertinentes; c) instruções de instalação e manutenção dos fabricantes dos equipamentos principais; d) cópia do relatório nal de entrega das instalações; e) instruções de operação e manutenção dos sistemas, com recomendações referentes ao tipo e à periodicidade das vericações e operações necessárias. Uma cópia do manual deve ser mantida à disposição do responsável pela manutenção dos sistemas.
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Anexo A (informativo) Classes de fltragem
As Tabelas apresentadas nesta Norma foram elaboradas com base nas ABNT NBR 16101:2013 e ABNT NBR ISO 29463-1:2014. Os critérios de classicação da eciência de ltragem dos ltros grossos, médios e nos são apresen tados na Tabela A.1 e dos ltros absolutos na Tabela A.2. NOTA No caso de atualização das Normas mencionadas recomenda-se a escolha do ltro de ar que proporcione um resultado equivalente em termos de ltragem do ar. Tabela A.1 – Classes de fltragem para fltros grossos, médios e fnos
(Pa)
Arrestância média (Am) a %
Eficiência média (Em) para partículas de 0,4 µm %
Efciência mínima (Emin) para partículas de 0,4 µm b
G1
250
50 ≤ Eg < 65
–
–
G2
250
65 ≤ Eg < 80
–
–
G3
250
80 ≤ Eg < 90
–
–
G4
250
90 ≤ Eg
–
–
M5
450
–
40 ≤ Ef < 60
–
M6
450
–
60 ≤ Ef < 80
–
F7
450
–
80 ≤ Ef < 90
≥ 35
F8
450
–
90 ≤ Ef < 95
≥ 55
F9
450
–
95 ≤ Ef
≥ 70
Perda de Grupo
Grossos
Médios
Finos
Classe
pressão fnal
a
%
As características da poeira atmosférica variam amplamente em comparação, com as características do pó de carregamento usado nos ensaios. Em razão disto, os resultados dos ensaios não proveem uma base para prever tanto o desempenho operacional quanto a vida útil. A redução da carga estática do meio ltrante ou o desprendimento de partículas ou bras podem também afetar negativamente a eciência. b A eciência mínima (E ) para partículas de 0,4 µm é a menor eciência vericada no decorrer de min qualquer uma das etapas do procedimento de ensaio (eciência inicial do ltro e/ou da amostra do meio ltrante, eciência do meio ltrante carregado ou descarregado eletrostaticamente).
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ABNT/CB-055 PROJETO DE REVISÃO ABNT NBR 7256 MAR 2018 Tabela A.2 – Classes de fltragem para fltros absolutos
Classe e grupo
Valor local a, b
Valor global
Efciência
%
Penetração %
%
Penetração %
ISO 15E
≥ 95
≤5
c
c
ISO 20E
≥ 99
≤1
c
c
ISO 25E
≥ 99,5
≤ 0,5
c
c
ISO 30E
≥ 99,90
≤ 0,1
c
c
ISO 35H
≥ 99,95
≤ 0,05
99,75
≤ 0,25
ISO 40H d
≥ 99,99
≤ 0,01
99,95
≤ 0,05
ISO 45H d
≥ 99,995
≤ 0,005
99,975
≤ 0,025
ISO 50U
≥ 99,999
≤ 0,001
99,995
≤ 0,005
ISO 55U
≥ 99,999 5
≤ 0,000 5
99,997 5
≤ 0,002 5
ISO 60U
≥ 99,999 9
≤ 0,000 1
99,999 5
≤ 0,000 5
ISO 65U
≥ 99,999 95
≤ 0,000 05
99,999 75
≤ 0,000 25
ISO 70U
≥ 99,999 99
≤ 0,000 01
99,999 9
≤ 0,000 1
ISO 75U
≥ 99,999 995
≤0,000 001
99,999 9
≤ 0,000 1
de fltro
Efciência
a
Ver ISO 29463-4. b Valores de penetração menores que os constantes nesta Tabela podem ser acordados entre cliente e fornecedor. c Os ltros do grupo E não podem ser ensaiados quanto a vazamento para efeito de classicação. d Para os ltros do grupo H, a penetração local é dada pelo método de varredura de partículas para MPPS. NOTA Limites alternativos podem ser especicados quando o fotômetro e a névoa de óleo para ensaio de vazamento forem utilizados.
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Anexo B (normativo) Reformas em EAS
B.1
Reformas internas
Reparos, reformas, ampliações ou obras de qualquer porte em EAS, liberam no ar poeira e fungos Aspergillus sp, e outros micro-organismos, particularmente nocivos para pacientes suscetíveis, como os imunocomprometidos. Portanto é necessário, que depois da devida análise de risco, sejam tomadas medidas de engenharia, administrativas e/ou ocupacionais, em particular, quando as obras forem realizadas em locais que possam afetar áreas de Nível de risco 3. Os procedimentos e requisitos relativos às atividades de construção, reformas, operação e manutenção das instalações que afetam a qualidade do ar interior (QAI), devem estar em conformidade com a ABNT NBR 15848. Obras que gerem grande quantidade de detritos, poeira e fungos devem ser isoladas por barreiras herméticas impedindo qualquer inltração de ar para as áreas vizinhas. Dutos de ar existentes e devem ser retirados ou redirecionados para fora do local da obra. Trechos que devem permanecer devem ter todas as juntas e emendas seladas e as bocas de ar existentes hermeticamente tampadas e seladas. Os operários, técnicos e engenheiros responsáveis pela obra não podem circular pelo EAS, bem como médicos, enfermeiros, pacientes e visitantes não podem circular pela obra, para minimizar o risco de contaminação e, caso seja necessário deve ser criada rotas especiais de acesso.
B.2
Obras externas na proximidade do EAS
As obras de escavação, demolição e construção podem elevar a concentração de poeira no ar ambiente e de Aspergillus ou outros micro-organismos em níveis muitas vezes superiores aos normais. É, portanto, essencial impedir a entrada deste ar contaminado no EAS. Em obras externas na proximidade do EAS, devem ser tomadas as seguintes medidas: a) cercar o canteiro de obra com tapumes ecientes e molhar a área com frequência para minimizar a dispersão da poeira; b) selar hermeticamente as janelas para prevenir a inltração de poeira e fungos, principalmente áreas de pacientes imunocomprometidos; c)
sempre que possível, desativar e vedar as tomadas de ar exteriores vizinhas à obra, ou deslocá-las para locais limpos afastados da obra;
d) vericar com maior frequência a saturação dos ltros e substituí-los quando necessário, para evitar a despressurização dos locais devido à redução de vazão por entupimento dos ltros, ver referência bibliográca [15]. 32/39
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B.3
Procedimento de reforma do EAS
Deve ser criada uma equipe multidisciplinar, para a elaboração do procedimento de reforma e as tomadas de decisões necessárias. O procedimento de reforma deve incluir no mínimo as seguintes informações: a) plano emergencial de operação ou evacuação no caso de acidentes ou mesmo incêndio; b) um mapa de risco, incluindo a descrição das atividades que forem realizadas, bem como a carac terização do grupo exposto, e com essas informações denir a classe de risco; c) atividades realizadas devem ser registradas em um diário de obra, incluindo comentários neces sários em função dos eventos ocorridos ao longo do dia. NOTA
Este procedimento é muito importante para o caso de algum acidente de obra ou contaminação.
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Anexo C (informativo) Figuras ilustrativas
C.1
Ambientes com pressurização para proteção
Os ambientes dos estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) que necessitam de ventilação especial incluem: a) salas de cirurgias; b) ambientes protetores PE, utilizados por pacientes de alto risco e imunocomprometidos; c) todas as salas para isolamento de pacientes com infecções transmitidas pelo ar, isto é, causadas por micro-organismos patogênicos, por exemplo, m. tuberculosis, vírus varicela zoster VZV (catapora), virus do sarampo, entre outros. O número dos quartos necessários para proteção do paciente PE e de pacientes com infecção transmitida pelo ar AII é determinado por uma avaliação de risco da unidade de saúde. É necessário uma monitorização visual contínua da direção do uxo de ar para ambientes (quartos) pressurizados, novos ou renovados, conforme 6.2. As Figuras apresentadas a seguir indicam o sentido do uxo de ar entre os ambientes, bem como a posição dos pontos de insuação e de exaustão. C.1.1 A Figura C.1 é um exemplo de utilização em ambiente com pressão positiva, de tratamento para pacientes imunocomprometidos ou para cirurgias ortopédicas. O diferencial de pressão deve ser denido no projeto em relação à pressão de referência do ar externo, conforme a seguir: a) corredor zero (referência); b) quarto + (+ 5,0 Pa); c) banheiro – (– 5,0 Pa); d) monitoração da pressão diferencial.
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Duto de insuflação de ar
Banheiro Indicador de diferencial de pressão
Ponto de exaustão
c
Setas indicando a direção do ar
o Ponto de exaustão
r r e d
Paciente na cama
o r
Figura C.1 – Exemplo de pressão positiva em ambiente protetor (PE) (ver referência bibliográca [21]) C.1.2 A Figura C.2 é um exemplo de ambiente com pressão negativa para isolamento de infecções por aerossóis, materiais contaminados e emissão de vapores/gases. O diferencial de pressão deve ser denido no projeto em relação a pressão de referência do ar externo, conforme a seguir: a) corredor zero (referência); b) quarto – (– 5,0 Pa); c) banheiro – – (– 10,0 Pa); d) monitoração da pressão diferencial. Duto de insuflação de ar
Banheiro Indicador de diferencial de pressão c
Ponto de exaustão
Setas indicando a direção do ar
o r
Ponto de exaustão
r e d Paciente na cama
o r
Figura C.2 – Ambiente com pressão negativa para isolamento de infecções por aerossóis, materiais contaminados e emissão de vapores/gases (ver referência bibliográca [21])
C.2
Ambientes com antecâmara
Todos os arranjos para pacientes com doença transmitida pelo ar possuem as seguintes caracte rísticas de projeto: a) pressão diferencial (negativa ou positiva) medida entre a antecâmara e o quarto junto ao paciente; b) diferencial de pressão mínimo de 5 Pa, para permitir a leitura; c) uxo de ar limpo para ar contaminado; d) monitoração da pressão diferencial. NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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C.2.1 A Figura C.3 indica o uxo do ar para o arranjo de antecâmara pressurizada em relação ao quarto para isolamento, de pacientes com infecções transmitidas pelo ar AII. A antecâmara em relação ao quarto e negativa em relação ao corredor, não é reversível. O diferencial de pressão deve ser denido no projeto em relação à pressão de referência do ar externo, conforme a seguir: a) corredor zero (referência); b) antecâmara – (– 5,0 Pa); c) quarto – – (– 10,0 Pa); d) banheiro – – – (– 15,0 Pa). Duto de insuflação de ar
Antecâmara
Banheiro Ponto de exaustão de ar
Duto de Indicador insuflação de diferencial de ar de pressão
Setas indicando a direção do ar
c o
Ponto de exaustão de ar
Ponto de exaustão de ar
r r e d o
Paciente na cama
r
Figura C.3 – Ambiente com pressão negativa para isolamento de infecções por aerossóis, materiais contaminados e emissão de vapores/gases (ver referência bibliográca [21]) C.2.2 A Figura C.4 indica o uxo do ar para o arranjo de antecâmara e quarto para isolamento de pacientes imunocomprometidos e com infecções transmitidas pelo ar AII. A antecâmara é positiva em relação ao quarto e positiva em relação ao corredor não é reversível, ver 6.2 e 6.3. O diferencial de pressão deve ser denido no projeto em relação a pressão de referênci a do ar externo, conforme a seguir: a) corredor zero (referência); b) antecâmara + + (+10,0 Pa); c) quarto + (+ 5,0 Pa); d) banheiro – (– 5,0 Pa).
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Antecâmara positiva Duto de insuflação de ar Banheiro
c
Duto de insuflação de ar
indicador diferencial de pressão
setas indicando a direção do ar
o r
Ponto de exaustão de ar
Ponto de exaustão de ar
r e d o r
Paciente na cama
Figura C.4 – Ambiente com pressão negativa para imunocomprometidos e isolamento de infecções por aerossóis, materiais contaminados e emissão de vapores/gases (ver referência bibliográca [21]) C.2.3 A Figura C.5 indica o uxo do ar para o arranjo de antecâmara e quarto para isolamento, de pacientes imunocomprometidos com infecções transmitidas pelo ar AII. O quarto deve ser pressu rizado em relação a antecâmara. Não é reversível, ver 6.2 e 6.3. O diferencial de pressão deve ser denido no projeto em relação a pressão de referênci a do ar externo, conforme a seguir: a) corredor zero (referência); b) antecâmara – (– 5,0 Pa); c) quarto + (+5,0 Pa); d) banheiro – (– 5,0 Pa). Antecâmara Duto de insuflação de ar Ponto de exaustão c
Banheiro Indicador de diferencial de pressão
o
Setas indicam a direção do ar
r
Ponto de exaustão
r e d o r
Ponto de exaustão Paciente na cama
Figura C.5 – Ambiente com pressão positiva para imunocomprometidos e isolamento de infecções por aerossóis, materiais contaminados e emissão de vapores/gases (ver referência bibliográca [21])
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Bibliografa [1] ASHRAE, Applications Handbook 2003 – Cap. 7 – Health Care Facilities, Atlanta, 2003 [2] CDC, Guidelines for Environmemtal Infection Control in Health Care Facilities, Atlanta, 2003 (Center for Diseases Control and Prevention, Healthcare Infection Control Practices Advisory Comittee (HICPAC))
[3] DIN-1946, Ventilation and Air Conditioning – Part 4 – Ventilation in Hospitals (VDI Ventilation rules) [4] 27ª Annual Educational Conference, Washington, DC. The Association for Professionals in Infection Control and Epidemiology, Inc. (APIC); 2000 (Frederick B.e Williams P. Infection Control during Hospital Renovation ).
[5] Guideline for Prevention of Surgical Site Infection. American Journal of Infection Control 1999 ; 27 (2):97-132 (Mangram AJ, Horan TC, Pearson ML, Silver LC, Jarvis WR ). [6] NFPA 90-A, Standard for the Installation of Air Conditioning and Ventilating Systems, Quincy [7] Resolução RDC 50, de 21 de fevereiro de 2002. (I) (Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde) [8] Resolução ANVISA, RE-09, Orientação Técnica sobre Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior, em ambientes climatizados articialmente de uso público e coletivo. [9] Portaria 3523 do Ministério da Saúde (estabelece uma rotina de procedimentos de limpeza em sistemas de refrigeração de grande porte) [10] Handbook – HVAC Systems and Equipment (SI) Chapter 29 Air Cleaners for Particulate Contaminants – ASHRAE
[11] Handbook Applications (SI) Chapter 60 – Ultraviolet Air and Surf acetreatment – ASHRAE [12] Handbook – HVAC Systems and Equipment (SI) Chapter 17 Ultra violet lamp systems – ASHRAE. [13] Manual SMACNA – HAVC Duct Construction Standards, Metal and Flexible. [14] Manual da SMACNA – HAVC Systems – Test, Adjustmentand Balancing. [15] Design Manual for Hospitals and Clinics, ASHRAE Second Edition, Technical Committee 9.6 Health Care Facilities, 2013.
[16] Revista SBCC, Artigo técnico sobre redução da exposição do ar contaminado expelido através do uso de um novo método de ventilação para quartos de pacientes, Jan/Fev – 2014. [17] SMACNA – Fire, Smoke and Radiation Dampers Installation Guide for HVAC Systems’. [18] Biocontenção – Gerenciamento do risco em ambientes de alta contenção biológica NB3 e NBA3 (Ministério da Saúde); 38/39
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