O Crime dos Jubelos - O CRIME DOS JUBELOS - A traição do Companheiro Como se sabe, o grau de Companheiro, na tradição maçônica, é o chamado grau da traição, pois foram três Companheiros que assassinaram o Mestre Hiram. A razão desse crime nunca foi bem ep!icada pe!os eegetas das tradiç"es maçônicas. #itera!mente se interpreta que o assassinato foi cometido porque os três companheiros $ube!o, $ube!as e $ube!um, queriam obter a pa!a%ra de mestre & força, sem passar pe!as etapas necess'rias para isso. Mas na %erdade, essa tradição tem um sentido simb(!ico muito mais profundo do que a maioria dos irmãos imagina. )!a est' conectada com interpretaç"es caba!*sticas e gn(sticas da +*b!ia, e se referem principa!mente aos temas !igados aos anos construtores do uni%erso, dos quais $eo%' -sa -sabaoth baoth é o Mestre upremo. -o -odos os mestres e companheiros maçons conhecem o nome -uba!cain. )!e é usado como senha em um dos graus da #oa imb(!ica. -uba!cain, na +*b!ia, é um bisneto de Cain, o fi!ho ama!diçoado de Adão e )%a. )!e é referido como sendo sendo um traba!hador de fora, fora, ou sea, um fundidor. fundidor. )!e e seus irmãos $uba! e $abe!, são os oper'rios, os traba!hadores cuas mãos constroem o /temp!o/. Assim, -u -uba!cain é o representante de todos aque!es que traba!ham com as mãos e Hiram o representante daque!es daque!es que traba!ham com o inte!ecto. Hiram simbo!iza também o comando. 0m representa a técnica, outro a ciência. A quere!a entre o Mestre do comando e os Mestres da eecução, que acabou se transformando em tragédia, com o assassinato do primeiro pe!os segundos, ref!ete o conf!ito entre o Criador e seus 1emiurgos 2ou esp*ritos de!egados, na tradição gn(stica3. 4a tradição gn(stica, 1eus 5pensa6 o uni%erso e seus 1emiurgos o constroem. )m dado momento esses 5anos de !uz6 tornam7se rebe!des e passam a rei%indicar do Criador uma posição seme!hante ' de!e. )ssa é a 8ebe!ião de #9cifer, a que se refere & +*b!ia. : o conf!ito que est' presente em praticamente todas as tradiç"es re!igiosas dos po%os antigos, e foi o conte9do traba!hado na a!egoria do Mestre Hiram, e seu assassinato pe!os $ube!os. )sse é, na %erdade, o conte9do esotérico do grau de Companheiro. egundo a compi!ação feita por Ambe!ain, esse é %erdadeiro significado da #enda de Hiram, o fundidor das co!unas do -emp!o do 8ei a!omão, !enda essa di%u!gada pe!os cu!tores da seita cainita, a partir de uma interpretação caba!*stica dos tetos b*b!icos. Cremos ter sido essa a!egoria que os 5maçons aceitos6, de origem rosacruciana, adaptaram para os rituais maçônicos do terceiro grau simb(!ico. : no desdobramento dessa !enda que se assentam o simbo!ismo que faz de Hiram, o Mestre assassinado e regenerado em cada maçom que é ea!tado ' mestria, o ponto centra! da escato!ogia maçônica. :, portanto, uma !enda que cheira c!aramente ' heresia, tendo em %ista as tradiç"es b*b!icas que fazem de Cain um assassino, um s*mbo!o do crime e do ma!. 4e!a, ao contr'rio, Cain aparece como arauto da ciência, do saber, do conhecimento, e Adonai, o enhor, nas tradiç"es b*b!icas, é, na %erdade,
inimigo do homem, pois quer mantê7!os nas tre%as da ignor;ncia. < nome de Hiram est' conectado com a ciência, com o conhecimento dos segredos da natureza, com a energia que transforma os metais. )!e conhece, domina o fogo, transmuta os e!ementos. : uma !enda que ser%e tanto 's tradiç"es a!qu*micas, cua obra consiste na obtenção da pedra fi!osofa!, sintetizando o processo pe!o qua! a natureza produz os e!ementos qu*micos, como ' Caba!a, pr'tica esotérica que busca o segredo do uni%erso atra%és da s*ntese do n9mero, 2que corresponde ao =erdadeiro 4ome de 1eus3> ser%e também 's tradiç"es inici'ticas antigas, que procuram a integração dessa energia numa união fina! com 1eus, o ?rincipio Criador do uni%erso> por fim, atende igua!mente aos pr(prios anseios dos fi!(sofos i!uministas, re!igiosos ou não, que acredita%am na construção de uma sociedade usta e perfeita atra%és de uma educação orientada para a pr'tica das %irtudes éticas e morais, ' que para isso, era preciso criar um esp*rito no%o, !i%re de preconceitos, dogmas e %*cios deformadores do car'ter humano. 2 0m renascimento cu!tura!3 -udo isso equi%a!ia a uma 5depuração6 da a!ma pe!os mesmos processos uti!izados pe!as sociedades inici'ticas.
ubeo, que significa 5eu mando, eu quero6. < significado esotérico desse crime é aque!e ' referido, inspirado no epher7 A7Bhoar. por fim si!enciam7 no tota!mente, ou pe!a ameaça da e!iminação f*sica, ou pe!o pr(prio cumprimento da ameaça. )sse é o go!pe fata!, na cabeça, que tira para sempre a razão, embora, como o Hiram da !enda, o homem assim %io!entado, sempre ressurge muito mais forte na razão que defendeu e no eemp!o que deiou. 4essa a!egoria est' o cerne do catecismo maçônico, como o quiseram figurar seus e!aboradores, egressos que eram de uma era de obscurantismo, tirania e %io!ência contra o esp*rito humano. )sse epis(dio foi desen%o!%ido principa!mente no catecismo preparado por amue! ?ritchard, denominado Massonr 1issected,de DEFG. A!i se diz que o -emp!o de a!omão foi constru*do em sete anos e meio, mas seu remate foi perturbado pe!o infausto acontecimento que foi a morte %io!enta do Mestre Hiram Abiff, o qua! foi enterrado no interior da #oa, perto do temp!o. )ssa !enda consta também dos ?rimeiros Catecismos Maçônicos ' de uma maneira mais deta!hada. 0ma outra ana!ogia que pode ser feita com re!ação aos $ube!os é a teoria %édica das gunas. #itera!mente, guna significa corda, e pode ser entendida como os modos pe!os quais a psique humana é constru*da, em cada encarnação, para amarrar7nos ' matéria. )istem três gunas, ou cordas, que nos prendem ao mundo de maa 2a matéria3. ão e!as a att%a 2a guna da bondade3, a 8aas 2a guna da paião3 e a -amas 2a guna da ignor;ncia3. < quanto estamos amarrados a uma de!as é ditado pe!o nosso modo de %i%er nas encarnaç"es anteriores. Assim, um homem de %ida disso!uta, entregue ' preguiça, 's drogas, enfim, um homem de escasso desen%o!%imento espiritua! est' amarrado ao modo de -amas, a guna da ignor;ncia. ?or sua %ez, um homem amarado ' matéria pe!a guna 8aas é um homem que s( %i%e pe!as pai"es, pe!o desfrute, pe!os prazeres materiais. -oda%ia, o homem nessa condição ' apresenta certo
desen%o!%imento espiritua!, pois a ;nsia pe!os prazeres, pe!o reconhecimento, pe!as riquezas, pe!o prestigio socia!, pro%ocam ne!e uma preocupação com a pr(pria honra, com a aquisição de certo refinamento inte!ectua!, certa educação etc. )ssa preocupação, se de%idamente desen%o!%ida e orientada, possibi!itar' que e!e renasça ao modo de att%a, que é o modo da bondade, do conhecimento, da busca da e!e%ação espiritua!. )ssa é a u!tima etapa do desen%o!%imento humano, porém não garante uma superação do processo 'rmico. < homem att%a, se acreditar que atingiu um est'gio de perfeição pode tornar7se por demais arrogante, pretensioso e ao in%és da superação natura! que essa fase proporciona, e!e regride. 0!trapassadas, entretanto, essas três etapas, o homem poder' iniciar o seu processo de purificação definiti%a, !i%rando7se da ansara, que é o !ongo processo de nascimentos e mortes, ou repetidas transmigraç"es de um corpo para outro, a que a i%a 2mente3 é submetida no seu processo de desen%o!%imento. A ana!ogia com o simbo!ismo dos três $ube!os da #enda de Hiram é que, no processo de desen%o!%imento do esp*rito humano, as três gunas tem sido consideradas os três traidores do homem. A submissão da a!ma humana a uma de!as condena sempre a um nascimento em condição inferior. I obeti%o de toda e qua!quer discip!ina de aperfeiçoamento espiritua! de%e ser a superação dessas três moda!idades de gunas, transcendendo7as, !iberando a mente de suas inf!uências, para poder e!e%ar7se acima das fata!idades 'rmicas. 4ote7se que o desen%o!%imento do 1rama de Hiram nos graus superiores do 8ito )scocês tem ustamente essa fina!idade. ?rocura7se primeiro o reconhecimento da pr(pria morte da 5consciência6, representada pe!o Mestre Hiram, depois se busca descobrir, prender e ustiçar seus assassinos, para, somente ap(s sua destruição, adquirir7se a sabedoria que !iberta. ) ai, de posse da Jnose !ibertadora, est' o irmão apto a procurar a ?a!a%ra ?erdida, cha%e da %ida e do conhecimento. Konte 7 1< #L=8< /C<4H)C)41< A A8-) 8)A#/7 )1. MA18A, < ?A0#<, NGGE $oão Anata!ino ?ub!icado no 8ecanto das #etras em GOPDGPNGDG C(digo do tetoQ -NRSRF ?esquisa Lnternet T Lr #uiz cucato ∴