O LIVRO DOS FLUÍDOS O LIVRO DOS FLUÍDOS Prefácio Não pretende este livro ser um tratado de fluidologia espiritista. Aqui estão apenas alguns apontamentos, trazidos do Alto pela mediunidade de João Berbel. Seus autores espirituais - Eurípedes Barsanulfo, dr. Ismael Alonso y Alonso, Miguel de Alcântara e Maria Aparecida de Campos - quiseram simplesmente chamar a atenção para alguns aspectos importantes dessa vasta ciência tal como pode ser melhor vista e aclarada pela Espiritualidade. A importância maior das dissertações desses Espíritos amigos pode ser equacionada de dois ângulos. De um lado, tenta mostrar, com uma linguagem simples, o enorme valor que o conhecimento e a ação correta dos fluidos, bem como das correntes energéticas por que eles se manifestam, representam como fundamento e direção a todos os trabalhos de índole espiritista. D'outro lado, tenta técnicas desmitificar, desvalorizar, complexidade das conceituações excessivamente sobresem o tema, e, a um sóa tempo, desmistificar, sem menosprezar, as práticas costumeiramente errôneas ou menos eficientes. Assim, esta obra está num proposital meio termo de apresentação: tenta mostrar uma ciência pura sem desatá-la de imagens literárias dissertativas, e também do aspecto moral nela implícito dentro da visão filosófica espírita. Pelo contrário, tenta colorir e colocar, pelo recurso didático e emocional das letras, tanto quanto mais enfatizar, sempre e sempre, a prevalência do fio moral a conduzir qualquer abordagem genuinamente superior tendente a alcançar o nosso plano. Aí também a finalidade principal deste esforço literário: servir de âncora moral no mar encapelado do tecnicismo, num tempo de excesso de informação e desinformação, de tanta miscelânea ideológica. E, além de almejar uma orientação segura para interpretar e praticar essa ciência dos fluidos e correntes, também motivar maior número de pessoas a ativar em si mesmas e nos outros o inaquilatável manancial de energia fluídica que cada qual tem em seu próprio ser, colocando-a, por opção cristã, a serviço da fé viva, da caridade atuante, do amor incondicional - virtudes que somente elas podem realmente elevar o Espírito. Necessário lembrar que os Editores resolveram incluir algumas notas históricocientíficas precedendo os capítulos desenvolvidos pelos citados Autores espirituais. Com isso, e a pedido dos próprios Espíritos, pretendeu-se apenas reavivar momentaneamente na mente do leitor alguns caminhos que o específico assunto levado pelos Espíritos alcançou em nosso plano denso, no acréscimos dos Editores podem ser facilmente identificados pordecorrer estaremdo emtempo. corpo Tais itálico (deitado), e aqui dispensou-se a extensa bibliografia para não se tomar ainda mais espaço. Pode-se também identificar facilmente a parte mediúnica do livro, porque, à exceção do introito intitulado Nossas metas, toda ela é constituída das respostas às perguntas por
nós elaboradas. Para essa nossa parte intrusa nas sábias dissertações dos nossos Amigos do Além pedimos sinceramente a compreensão do leitor quando se deparar com falhas, imperfeições e incompleteza de dados. Recebam-na como apenas uma frágil moldura tentando fazer sobressair, com o grosseiro lenho terrestre, o belo quadro com que os Espíritos nos encantam as vistas, o coração e a razão. Que não cause também perplexidade a abordagem de assuntos aparentemente estranhos ao Espiritismo. Preocupou-nos enfatizar que ele é uma Ciência de infinita abrangência e que todas as ciências - antigas, presentes ou futuras - lhe podem dizer respeito, mormente no assunto aqui proposto: fluidologia. Aqueles que pensam em contrário e julgam meritoriamente defender, com muito zelo e orgulho, um purismo doutrinário, na realidade faltam com a humildade kardequiana de colocar sua doutrina numa posição de transitoriedade relativística, agregadora de conhecimentos de toda parte e idade, sem sectarismo nem preconceito de espécie alguma. Quando falamos em espiritismo, falamos em ciência. E que é o que se chamou ciência? Um infante, talvez ainda apenas um feto mergulhado indefeso na escuridão amniótica. Pois que são os frágeis duzentos anos do bebê-ciência diante dos bilhões de anos do Universo? Quantas ciências e ciências e ciências não rolariam com os mundos e seus seres, evos afora? E a Terra, os homens, estivemos, estamos e estaremos isolados desse abismo do espaço e desse abismo do tempo? Não! E sentimos o imenso Universo esmagar a nossa ignorância, apicaçar o nosso saber. E devemos ter humildade para reconhecê-lo, para valorizar isso ou aquilo, essa ou aquela doutrina ou disciplina, esse ou aquele conhecimento. Estaremos satisfeitos se a nossa tão frágil parte terrestre de apoio contribuir, pelo menos um pouco, a impulsionar a ideia-síntese que os Mensageiros do Além tentam aqui passar-nos e com a qual definimos esta obra: tudo é fluido.' Aí está, pois, uma obra que, sem maiores pretensões, tem o escopo principal de atingir com simplicidade de expressão linguística todos aqueles que se simpatizam com a belíssima Ciência Espírita, de cuja amplidão universal e imensa de fatos, conceitos e práticas espelha-se aqui apenas uma singela visão. Que todos a recebam assim: como uma simples visão. Mas uma visão que vem forte do Além e da qual, ao seu impacto, os mais preparados possam sentir um despertar para novas abordagens, novos caminhos na rota analítica do espírito. Os Editores
O LIVRO DOS FLUÍDOS FOI ELABORADO PELOS ESPÍRITOS: EURÍPEDES BARSANULFO; ISMAEL ALONSO; MIGUEL DE ALCÂNTARA; MARIA AP. DE CAMPOS. ..NOSSAS METAS I - CONCEITO DE
FLUÍDOS NA CIÊNCIA E NA HISTÓRIA ..1 - DA ELETRICIDADE E DO MAGNETISMO À ERA ATÔMICA ..2 - O ESPIRITISMO E A FUTURA ERA DOS FLUÍDOS ..3 - CONCEITOS METAFÍSICOS DE FLUÍDOS ..4 - CIÊNCIAS QUE VÊM DA ATLÂNTIDA ..5 - O PESO DO CONHECIMENTO HINDU ..6 - O MISTERIOSO TIBET ..7 - VIDA FLUÍDICA NO ANTIGO EGITO II - NEBULOSOS CAMINHOS DOS FLUÍDOS E DO ESPÍRITO ..1 - CIÊNCIAS ANTIGAS: REALIDADE FLUÍDICA ..2 - A SOMBRA DO NÚMERO ..3 - UNIVERSO PROGRAMADO: MATEMATICAMENTE FINITO ..4 - A FEITICEIRA ASTROLOGIA ..5 - ALQUIMIA: O TRIUNFO DA UNIDADE ..6 - BUSCADO UNIDADE, NA A MATÉRIA E NO ESPÍRITO ..7 - CIÊNCIA
MODERNA: INCERTEZAS
III - MATÉRIA E ESPÍRITO ..1 - FLUÍDOS MATERIAIS E FLUÍDOS ESPIRITUAIS ..2 - DA TEURGIA AO ESPIRITISMO ..3 - FLUÍDOS: AQUÉM E ALÉM DO ESPIRITISMO ..4 - FLUÍDOS: AURA, PERISPÍRITO ..5 - COMPROVAÇÃO EXPERIMENTAL DE FLUÍDOS IV - ECTOPLASMIA ..1 - ECTOPLASMIA NA HISTÓRIA CIENTÍFICA ..2 - CURA PELO ECTOPLASMA ..3 - ECTOPLASMA E KARDECISMO ..4 - QUÍMICA, FÍSICA E BIOLOGIA DO ECTOPLASMA ..5 - GÊNESE, TRANSFORMISMO, FINS DO ECTOPLASMA ..CLASSIFICAÇÃO E AÇÃO DOS FLUÍDOS ..FLUÍDOS NOS REINOS MINERAL E VEGETAL ..FLUÍDOS, RADIAÇÕES,
MEDIUNIDADE ..LUZ, FLUÍDOS, EVOLUÇÃO ..AÇÃO FLUÍDICA DOS OVÓIDES ..PASSES, FLUÍDOS ..MESMER ENTRA EM CENA ..FÉ, VONTADE E MAGNETISMO CURADOR ..APOMETRIA E FLUÍDOS ..CORRENTES MENTOMAGNÉTICAS ..CHACRAS FLUÍDOS E ..ACUPULTURA E DISCIPLINAS AFINS ..POSFÁCIO
I - CONCEITO DE FLUÍDO NA CIÊNCIA 1 - DA ELETRICIDADE E DO MAGNETISMO 1 - Da eletricidade e do magnetismo à era atómica
Na ciência terrestre aprendemos que fluido é um corpo ou substância que, pela fraca adesão das suas moléculas entre si, pela mudança contínua de posição, cede à menor força, de maneira que não tem forma independente, tomando-a do recipiente que o contenha. Dividem-se os fluidos em: fluidos líquidos e fluidos elásticos ou gasosos. Assim, física,efluido é nome qualqueremliquido qualquer gás. genérico a O estado fluídico contrapõe-se ao estado sólido da matéria, este último tendo forma própria e consistência para resistir ao peso, ao tempo, aos choques mecânicos, a qualquer força externa. Há outros significados de fluido que na visão da física foram abandonados pela sua evolução conceituai na ciência, embora permaneçam vigendo dentro das ciências metafísicas. Com efeito, vindo de uma antiguidade multimilenarmente remota,confundiu-se o conceito decom o fluido, com outros nomes, conceito mais recente de éter, carregando
significado de enormíssima amplitude, desde as menções de Aristóteles. Na mitologia grega, a deusa Aether regia as altas camadas atmosféricas. Com tal sentido a palavra éter alcançou as literaturas. Em 1678, o físico holandês Christian fluygens (1629-1695) usou pela primeira vez na Física a palavra éter para nomear o espaço em que se movem da luz, conceito que elede esposouas emondulações contraposição ao de corpúsculos luz defendido por Isaac Newton (1642-1727). Tanto fluido como éter eram sinônimos de matéria cósmica primordial e de suas derivações na matéria e na energia. A partir de certo tempo abandonando-se a palavra éter, passou-se a denominar fluido a um hipotético material quintessenciado do cosmo e derivado daquilo que também hipoteticamente se atribuía como causa de efeitos do calor, da luz, da eletricidade, do magnetismo, etc. Tal conceito vigia tanto nas ciências acadêmicas quanto nas correntes filosóficas,
religiosas e de índole ocultística. Mas eram conceitos que vinham de longe, quiçá antes da índia Antiga, a qual fora, contudo, a sua depositária mais marcante na história do pensamento por nós mais conhecida. Dali emergira com ênfase o conceito de fluido determinando a constituição da matéria. Terra, ar, água, fogo eram os quatro elementos simbólicos o Universo material mostrando, definindo dentre outros atributos, os seuse estados sólido, gasoso, líquido e ígneo. A certos importantes filósofos gregos vivendo antes da era cristã não agradava essa quádrupla divisão da matéria, ou, se dela não tomaram nem conhecimento ou nãoEstamos a intuíram, pelo menos não a defenderam. falando, primeiramente, de Tales de Mileto (640-548 a.C), que, tentando achar para o mundo um elemento único srcinando todos os outros da matéria, escolheu e fundamentou tudo em torno do elemento água. Depois veio Anaximandro (610-547 verberando tudo se explicava a.C.) com água, como,que por nem exemplo, o espaço entre o Céu e a Terra; e criou o termo
ápeiron, colocando-o como a matéria indeterminada ocupando esse espaço e recriando matérias. Mas surgiu Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.) afirmando e fundamentando que não era o ápeiron, e sim o ar o elemento-chave do Universo. E depois ainda entra em cena Heráclito de Éfeso (576480 a.C.) colocando o fogo como elemento construtor e transformador de toda a matéria. Destaque-se idéia implícita fluido, de energia sutil apor detrás de taisde elementos primários vigindo no conhecimento desde priscas eras. A idéia inata de matéria fluídica estaria por milênios no substrato das mentes como costume efilosofias tradição que sobrevindos das antiquíssimas fundamentavam a srcem, constituição e evolução fluídica do Universo, conservando-se a divisão terra-ar-água-fogo até ali pelo século XVIII. Contudo, expoentes de vanguarda na ciência, se não negavampelo antes dissointuíram tal classificação quaternária, menos e falaram de outras substâncias-chave acrescendo ou
sobrepondo-se às quatro tradicionais. Citemos o exemplo do alquimista Paracelso (1493-1541), que assim falava de um quinto elemento quintessenciado: "Uma substância que se pode extrair de todas as coisas que a natureza produz e que tem em si a vida. Substância muito sutil, deve ser purificada ao máximo e depurada pela separação dos elementos impuros e grosseiros que a envolvem, permanecendo, após essa separação, na sua natureza única e incorruptível." Será que o médico Paracelso falava aí do fluido vital ou de outro fluido sutil similar? Fato é que a ciência não teria lá muitos ouvidos para o troante verbo desse combatido combatente médico. E também é certoeque tais idéias de matérias quintessenciadas já existiam, sim, mas na sombra das sociedades secretas, resguardadoras de velhíssimas tradições. Seja de que forma for, a ciência, bem depois de Paracelso, não abandonara ainda adisciplinas. idéia de fluido pairando sobre suas várias
A já citada criação do termo e do conceito de éter como matéria fluídica universal, proposta pelo holandês Christian Huygens, alcançara vastamente o mundo da ciência. Contemporâneo de Huygens e passando a também viver na Holanda a partir de 1625, o francês René Descartes (1596-1650) partilhava quase das mesmas idéias dele. Descartes revolucionou e fundamentou Filosoficamente a metodologia científica com a sua obra "Discurso do Método" (1637). Mão acreditava ele na existência do átomo (= não divisível) tal como os antigos gregos conceberam a unidade da matéria. Mas, por outro lado, nâo acreditava também no vácuo: todo o Universo haveria de estar de matéria. Esta fragmentava-se em pleno três graus: 1. partículas pequeninas, srcinadas das maiores; 2. pequenas partes arredondadas (líquidos); 3. matéria grosseira (sólidos). Tais fragmentos mergulhavam em um meio universal fluídico - a mesma idéia do éter de
Huygens. A interação entre esses fragmentos e os fluidos formam turbilhões de força em todo o Universo. No século XVII, vamos encontrar os cientistas às voltas com cruciais problemas de definição em torno dos elementos da química. Como explicar, por exemplo, as alterações sofridas pelos corpos que passavam por combustão e apresentavam novas características perfeitamente observáveis? Ao médico alemão Georg Ernest Sthal (1660-1734), autor de um sistema filosófico nominado animismo, surgiu o termo e a idéia do flogístico, elemento imponderável contido em todos os corpos combustíveis e que no momento da combustão abandonaria o corpo em queima, ocasionando a mudança flogístico.das características pela perda do seu Ora, tal fluido caíra como uma luva para a cabeça dos químicos, embora os erros dessa concepção começassem logo a aparecer aqui e ali. Fora preciso ativar o grande poder analítico do sábio francês Antoine Laurent de Lavoisier
(1743-1794) para assinalar, por volta de 1772, o crasso erro representado por tal hipotético fluido. Esse grande químico liquidou a questão, destronando o intruso elemento com a publicação, em 1785, de suas "Reflexões sobre o Flogístico". Assim, a partir do século XVIII, a ciência foi devagar abandonando todos os conceitos empíricos de fluido, tanto na ordem genérica (matéria cósmica) quanto na ordem particular (fenômenos e energias). Vejamos, por exemplo, o conceito de fluido na história da eletricidade e do magnetismo. Desde uma respeitável antiguidade observou-se que corpos têmdaí a propriedade deosatrair o ferrocertos e outros metais, srcinando-se ímãs. O fenômeno fora talvez percebido pela primeira vez numa região asiática chamada Magnésia. Ao tetróxido de ferro (Fe3 04) denominou-se então magnetita, que mais não é do que um ímã natural. E assim nomeou-se também magnetos aos ímãs120 artificiais. A bússola chinesa, usada já no ano d.C, é uma prova do conhecimento da imantação, ou seja, a transferência do
magnetismo de um corpo a outro. Os fenômenos elétricos do âmbar e da atmosfera (relâmpagos, trovões) induziram também a humanidade, desde uma remota época, a meditar sobre os segredos da eletricidade. Significando fenômeno de fricção do âmbar, a palavra eletrius (do latim recente) provém de eletrum (que no latim antigo designava o âmbar e a liga de ouro e prata) e também era um derivativo do elektron grego. Com tal nome, os conceitos de eletricidade e magnetismo alcançaram no XVI século o inglês William Gilbert (1544-1603), que, no seu livro "De Magnete", destacou que não somente o âmbar, mas várias outras substâncias e produtos, como preciosas o lacre, o atraem vidro, opapel enxofre e as próprias pedras e palha se previamente friccionados. E Gilbert fez ainda observações mostrando como essa força de atração elétrica assemelhava-se bastante ao mesmo fenômeno atrativo apresentado pelo ímã em relação ao ferro e outros metais. Um século à frente, ou seja, no XVII, surgia uma idéia pioneira: a máquina de gerar fortes
cargas elétricas. Concretizada pelo alemão Otto von Guericke (1602-1686), partia de um experimento simples: uma bola de enxofre girava livremente dentro de um contenedor e, ao se atritá-la com um pano, a rotação da esfera produzia descargas elétricas. Já se sabia então como produzir tal eletricidade pelo efeito mecânico. Mas, como se poderia armazená-la? Mais um século à frente (XVIII), o holandês Fetrus von Musschenbroek (1692-1761) resolveu o problema com a sua famosa garrafa de Leyden, ou seja, o primeiro aparelho condensador, o primeiro concentrador de cargas elétricas. Se se observava à larga, por toda parte, os efeitos do uso já um tanto generalizado da eletricidade, ignorava-se, contudo, a sua natureza íntima, a explicação de sua essência. Ora, tal condensador de eletricidade de Leyden, uma idéia simples e um aparelho simplíssimo, era um presente valioso aos investigadores para penetrar na intimidade do fenómeno, extrair-lhe
a sua verdadeira natureza sob a rigidez da ciência. Para o sábio americano Benjamin Franklin (1706-1790) era isso mais do que um presente comum: um presente do céu, a ele que já tinha há algum tempo suas vistas voltadas à abóbada celeste tentando entender o fenômeno do raio. Com aquele aparelho à mão, pôde estabelecer analogias, captando mentalmente, por volta de 1749, como aidênticas faísca elétrica comum àquelas do apresentava características relâmpago na atmosfera. E, em 1752, realizou ele a celebérrima experiência com o papagaio de papel, cuja linha com fio metálico subiu até o céu e foi buscar a energia elétrica do raio para aprisioná-la cá embaixo numa garrafa de Leyden. Eis então Franklin concluindo que aquela energia celeste que produzia clarões e grandes sonidos era a mesma que faiscava nos nossos primitivos aparatos científicos produtores de descargas elétricas. Todavia, Franklin e seus contemporâneos não falavam ainda em energia, e sim em fluidos:
fluidos elétricos. Franklin foi quem saiu com essa hipótese da natureza fluídica da eletricidade. Um fluido material de sutilíssimas partículas era responsável por seus fenômenos. Postulou Franklin a teoria do fluido único, admitindo que todo corpo tem um fluido indestrutível, agregado à matéria em quantidade variável. No estado normal, há um equilíbrio na matéria, com a vigência de uma quantidade neutra de fluido. Com o excesso desse fluido interpretava-se que um corpo estava eletrizado positivamente, e com a outra dele admitia-se que o estava negativamente. O mecanismo disso explicava-se dizendo que as partículas materiais mutuamente se repeliam fluido elétrico; que a eletrização pore atraíam atrito seo explicava pela passagem de fluido de um corpo a outro. Entrementes, havia já precedentes históricocientíficos contraditando tais idéias. Experiências como o conceito de quantidade demostravam fluido elétrico tentando explicar os fenômenos não tinha respaldo na realidade.
Bem antes, em 1729, por exemplo, Stephen Qray, usando dois blocos de madeira, um maciço e outro oco, mostrara como aí idêntica carga elétrica se manifestava, sem diferença de um para outro, e que apenas a superfície dos corpos diferentes era responsável por essa distribuição igualitária de carga. Com efeito, o célebre físico Michael Faraday (1791-1867), com uma também célebre experiência usando uma gaiola metálica isolada e carregada eletricamente, provou, colocando ali dentro um eletroscópio (aparelho aferidor da eletricidade), que este não se carregava, em função de ser nulo o campo no interior da gaiola. Voltando à teoria fluido elétrico diante único, de constatou-se a suado inaplicabilidade tantos fenômenos que a contradiziam. E surgiu então a teoria dos dois fluidos, estatuindo que todos os corpos têm ilimitadas quantidades de dois fluidos elétricos. Estes, sendo um positivo e outro negativo, repelir-se-iam se fossem da mesma e atrair-se-iam fossem espécie espécie diferente. O excesso deseum fluidodesobre o outro determinaria o estar um corpo eletrizado
negativa ou positivamente. De fato, o fluido único não resistia aos vários experimentos aqui e ali, à afirmação do conceito de polaridade (eletricidade negativa e positiva) incidindo no estudo dos vários tipos de matéria apresentando variação nos fenômenos. Mas foi longo o caminho do abandono do fluido elétrico. Stephen Qray, com suas experiências, constatou, em 1731, a existência dos materiais condutores e dos materiais isoladores da eletricidade, e Du Fay descobriu, em 1734, que há eletricidade positiva e negativa. Também o próprio comoaWatson, haviam Benjamin observado,Franklin, por voltabem de 1747, produção simultânea de eletricidade positiva e negativa, provando Franklin, em 1752, a srcem elétrica do raio e do trovão. Convivia-se assim com fenômenos em que a idéia de fluido, se apresentava não convincente, era,secontudo, algo a às quevezes se agarrar na falta de mais verdadeiro conceito que
fundamentasse tão complicados fenômenos da eletricidade. Ainda em 1789, quando o italiano Luigi Qalvani (1737-1798), estudando rãs mortas, pendurando-as com barras de ferro e colchetes de cobre, constatou certas convulsões estranhas, atribuiu à srcem do fenômeno a existência de um fluido especial. Foi preciso que outro italiano, Alexandre Volta (1745-1827), demonstrasse experimentalmente que não existia aquele suposto fluido, e que tratava-se de um fenômeno elétrico. E embora ainda Ficasse no ar a natureza íntima dessa feiticeira eletricidade, Volta abriu caminho imenso a essa ciência com a invenção, em 1800, da pilha elétrica. A pilha elétrica ou galvânica era constituída de discos de cobre e zinco contatados entre si, empilhados verticalmente e isolados por um pedaço de pano umedecido com água acidulada. A partir disso, com a eletricidade armazenada num simples aparato, Volta descobrira a corrente elétrica e a maneira de produzi-la.
Sim, era já um duro golpe no conceito de fluido elétrico. Já se estava então no início da eletricidade considerada como ciência, o que historicamente está assinalado cm 1785 pela atuação do físico francês Charles Augustin de Coulomb (17361806) e pela vigência da célebre Lei da eletricidade que leva o seu nome. Recordemos, entretanto, que aqui também magnetismo físico (fazemos a o circunstancial distinção deste com o conceito de magnetismo biológico criado a partir de Mesmer) percorreu caminhos insuflados da idéia de fluido. Esta foi, mais ou menos em conjunto, sendo devagar abandonada na eletricidade e no magnetismo. Com Isaac Newton (1642-1727), autor de um importante tratado intitulado "O peso e o equilibrio dos fluidos", a ciencia passou a abandonar certos conceitos cosmogônicos empíricos, e suas leis da gravitação universal colocaram no chão da lógica os conceitos sobre a atraçáo dos firme mundos, dos corpos. Foi estímulo para que Couloumb, em 1787,
aplicasse tais portentosas leis também à atração e repulsão nas ciências da eletricidade e do magnetismo. E então confirmou ele a famosa lei que colocava a força da gravitação, ou da atração dos corpos, decrescendo na razão inversa do quadrado da distância, como vigendo igualmente na ciência do eletro-magnetismo. Unindo assim estudos mais acurados relacionando eletricidade e magnetismo, tal como a pilha de Volta e asenergias leis de afins, Couloumb sugeriam juntá-las como temos o físico dinamarquês flans Christian Oersted (1777-1851) modificando os conceitos anteriores em torno da gravitação para com os efeitos magnéticos da eletricidade e da eletrostática. O seu experimento do desvio da agulha sob os efeitos uma correntemagnética elétrica passando por umdefio metálico foi bem simples, mas célebre e decisivo. Era também a gestação da ciência do eletromagnetismo, em que logo o cientista inglês Michael Faraday (1791-1867) iria notabilizar-se, unindo tudo quemagnetismo se conheciaaem conceitos da eletricidade e do reiteradas experimentações práticas que abriram
infindáveis caminhos à ciência. Em 1822, Faraday tomou de um ímã, colocou um condutor em seus dois polos e passou ali uma corrente elétrica. Que aconteceu? O condutor manifestou um movimento de rotação: era o primeiro motor elétrico, concebido a partir da conjunção de um campo magnético com uma corrente elétrica. Nesse 1822, oAmpere matemático e físico deu francêsmesmo André-Marie (1775-1836) novo golpe no conceito de fluido. Descartou ele a idéia, até então vigente, de fluidos magnéticos como responsáveis pelos fenômenos do magnetismo. Concepção revolucionária para a época: ele que existiam correntes elétricas nas admitiu moléculas dos corpos, produzindo-se assim pequenos campos magnéticos. Aplicando os conceitos conhecidos de eletricidade, intuiu que, estando neutros tais campos, o corpo também estava e não se produzia o fenômeno magnético; e que, não estando neutro, o corpo estaria imantado.
Não deixava de ser um novo caminho, com o abandono da idéia de fluido, mas sabe-se hoje que o magnetismo não é produto de correntes elétricas moleculares, como o queria Ampere, mas sim de correntes elétricas atômicas. Necessário assinalar que, se esse conceito de campo (campo elétrico, campo magnético) revolucionou a ciência, seu descobridor fora o inteligente Faraday. Julgava-se anteriormente que as forças agindo na eletricidade exerciam-se à distância e diretamente entre os corpos. Já a Faraday preocupava uma evidente indagação: como é que duas forças distantes podiam interagir-se assim? Deveria haver algo mais, no espaço entre elas, que o possibilitasse. Abandonando o conceito de fluido, assim surgiu o conceito de campo: entre uma força e outra há também um determinante campo de ação neutro por onde agirão as forças, uma vez ativadas. Com tal novo conceito é que, em 1831, Faraday, através de várias experiências,
descobriu a indução eletromagnética e o princípio do dínamo elétrico. Aproximou duas bobinas uma da outra, passou uma corrente elétrica por uma delas e observou que, mesmo estando a outra bobina distante, nela também passava uma corrente - corrente induzida à distância. A partir daí, na evolução desse conceito de campo, o alemão Ernest Siemens (1816-1892) trabalhou um método prático das paramáquinas, produção do campo magnético no interior revolucionando assim o setor dos geradores mecânicos, surgidos com as importantes pesquisas e conceitos de Faraday. Em 1846, deixara Faraday registrado em seu Diário: o que posso é que esteja não ele percebo"Tudo em qualquer parte dizer do espaço, (para usara linguagem comum) vazio ou cheio de matérias, outra coisa senão forças e as linhas nas quais elas se exercem". Para a ciência, uma concepção extraordinária essa de campo, abrindo-lhe amplíssimos horizontes. Estava fundamentada a fenomenologia causal da eletricidade e do
magnetismo. Todas as ações de uma carga elétrica se efetivavam através de um campo. Paralelamente, outras descobertas ocorriam. O alemão Jorge Simon Ohm (1787-1854), desperto pelos fenômenos dizendo respeito aos condutores de eletricidade, fez, em 1827, comparações entre o fluxo da corrente elétrica com o fluxo de um líquido num canal. O nível do líquido era um referencial à diferença de potência dade corrente elétrica.é diretamente Estabeleceu que a resistência um condutor proporcional à área de sua secção transversal. Era já o eletromagnetismo científico. Valendose dos resultados do conjunto de experimentos práticos de Faraday, o inglês James Clerk Maxwell (1831-1879) em leis matemáticas precisas e,colocou-os publicando-as em 1873, apresentava ali o grosso do conhecimento sobre eletricidade e magnetismo acumulado até essa data. Com Maxwell a física marcou fortemente a história da ciência em concluiu vários aspectos. Através de acurados cálculos, ele em 1865 pela existência de ondas eletromagnéticas, e também
que a própria luz seria onda eletromagnética. Anos após, de 1879 a 1888, o físico alemão Henrich Hertz (1857-1894) conseguiria provar a existência das correntes eletromagnéticas, com significado estrondoso para as ciências das telecomunicações. Com os estudos do inglês James Prescott Joule (1818-1889) sobre a teoria cinética dos gases foi entreaberto um caminho à ciência do átomo. Contudo, fora preciso que contribuição fundamental nesse sentido viesse de outro inglês: William Crookes (1832-1910), este grande pesquisador a quem o espiritismo tanto deve pelos estudos em torno do ectoplasma. Descobriu os raiosemcatódicos, bombardeareleelétrons um tubo ao de vácuo, e essa importante descoberta de Crookes permitiria a descoberta do elétron, dando assim srcem à física atômica. Com o elétron é que afinal ficaram fatalmente ultrapassadas as idéias de fluidos explicando fenômenos comuns dasutis física. Mas lembremos como, ironicamente, se o próprio
Crookes contribuiu indiretamente para isso, o quanto ele mais tarde não reabilitaria esse desprestigiado conceito, abrindo à ciência a prova de um outro novo mundo fluídico, cujas provas estiveram com ele por vários anos através das materializações do espírito Katie King... Fora enormíssima a influência da descoberta de Crookes quanto aos raios catódicos, em vários campos da ciência. Em 1895, por exemplo, o físico Willhelm Konrad Koentgen (1845-1923) descobriu casualmente os raios X ao fazer incidir raios catódicos sobre placas metálicas. Em sequência, no ano seguinte, 1896, descobriu o físico francês Henri Becquerel (1852-1908) a radioatividade. Ainda como aplicação experimental em torno dos raios catódicos, mais tarde, pelos anos 1913-1914, Henry Moscley (1887-1915) incrementou tornoconcluindo dos raios que incidentes empesquisas diversos em metais, estes apresentavam cada qual uma frequência
própria de raios X. Com isso, verificou Moseley a correspondência dessas frequências com a tabela periódica dos elementos químicos de Mendeleiev: surgiu assim o conceito de número atômico, representado pelo número de prótons do núcleo e de elétrons ao redor do núcleo. Já estávamos em plena era atômica. Em 1931, já pôde idealizar Van de Qraaf um equipamento do novo tempo de científico: umrepresentativo gerador que produz diferenças potencial, contribuindo com isso, em física atômica, na aceleração de partículas eletrizadas (eletrons, prótons), que ganham grande energia cinética, possibilitando o seu estudo. E já convivemos comde os partículas, cíclotrons,penetrando com os e grandes aceleradores administrando a maior intimidade da matéria. Más muito feneceu na ciência a época empírica dos fluidos etéreos. A linguagem agora é outra: elétrons, átomos, correntes, radiações. Pode-se dizer, porém, que é um sentido só aparentemente contrário aos primitivos ensaios
da ciência, que emergira de idéias sintéticas, macrocósmicas, de um mundo fluídico sutil, e que agora, por outras vias e na ordem analítica e microcósmica, acaba por alcançar a mesma e cada vez mais evidente sutileza que houvera descartado em nome da objetividade na abordagem da matéria. A ciência analisou e dissecou a matéria bruta. Descobriu que, afinal, matéria é energia, assim como energia também pode ser matéria. Tal conceito atualmente vigente de que tudo é energia foi um caminho de retorno ao conceito de que tudo é fluido. Entrementes, a ciência analisou, concluiu mais. Equacionou essa matéria-energia. Dividiu-a em quatro compartimentos fundamentais na física, quais sejam: gravitação, eletromagnetismo, energia nuclear forte, energia nuclear fraca. Mas, como já anteviu e até nomeou o grande físico da teoria quântica Max Planck, uma quinta energia se todas impõeasà demais. física: o espírito, dominante sobre
O caminho é sempre o mesmo, estando tanto disponível às cansativas tortuosidades do pensamento e da pesquisa científica quanto pela concentração intuitiva de um sábio-místico. Enquanto a ciência caminhou e caminha pelas rotas do pensamento frio e apegando-se à matéria densa, agremiações religiosas e secretas resguardaram e resguardam a chama etérea do espírito como um facho de luz mais forte para equilibrar com uma realidade superior o bruxoleante fogo-fátuo da tecnologia. Também o espiritismo, surgido no clima de grandes transformações científicas da humanidade e nos arroubos de uma arrancada de seu progresso material, representou e representa, sem o estardalhaço galopante corrida tecnológica, uma força da silenciosa e firme a antecipar no coração e no cérebro do homem a era do espírito, que célere também se avizinha. Estejamos atentos às palavras de Sua Voz: "O pensamento humano progride. Cada século, cada povo segue um conceito, conforme um
desenvolvimento traçado por leis que vos são impostas. A idéia nova, em qualquer campo, chega sempre do Alto e é recebida pela intuição do gênio. (...) "Vosso século teve e desenvolveu uma idéia toda própria, que os séculos precedentes não tiveram, por estarem atentos em receber e desenvolver outras. Vossa idéia é a ciência, com a qual pensastes descobrir o absoluto; entretanto, ela épassa. uma idéia relativa que, completadotambém o seu ciclo, Venho, justamente, ao vosso encontro porque ela está passando. "Vossa ciência se tem lançado num beco sem saída, em que vossa mente não enxerga o amanhã. Que tem dado o ressecou último século? Máquinas; emvos compensação, vossa alma. Essa ciência passou como um furacão destruidor de toda fé e tem imposto, com a máscara do ceticismo, um semblante sem alma. (...) "A ciência pela ciência nada vale. valor é tornar-se meio dedeelevação da Seu vida.único Vossa ciência traz consigo um pecado srcinal:
o de se ter dirigido apenas à conquista do bem estar material. A verdadeira ciência deve possuir uma única finalidade: tornar melhores os homens. Eis o novo caminho a ser tomado. Esta é a minha ciência." (Ubaldi, A Grande Síntese, LAKE). Há, sim, uma grande distância entre o conhecer e o ser, entre o saber isso e o praticar aquilo. Má mal.uma ciência do bem, há uma ciência do Má uma ciência que, na síntese, eleva. Há uma ciência que, na análise, nega e denigre. A encarnação é o projeto divino para iluminação paulatina e fatal da alma aimpura. Aí o ser se prova, se lapida, transcende si próprio, rebaixa a matéria para elevar o espírito. Aí ele aprende que seu orgulho de saber é nada perto da glória de se humilhar perante o Grande Ser. Ciência sublime, profundidades doessa, ser e que dalipenetra mesmo as extrai as leis maiores, as leis divinas que fazem a mais rápida
ascensão do espírito! A ciência da Terra, que assumiu a sua função de alavanca do progresso, há de assumir também a sua verdadeira identidade, há de tornar-se, de simples força acessória ao desenvolvimento material das sociedades, o motor gigante da sua evolução espiritual. Com o inglês William Gilbert (1544-1603) começava a nascer na física a ciência do de seus magnetismo. Aqui ele faz demonstração conhecimentos do magnetismo terrestre perante a corte londrina de Elizabeth I. Contudo, seriam ainda precisos cerca de três séculos à frente para que o eletromagnetismo alcançasse sua fundamentação científica. Paralelamente, o conceito de magnetismo animaldeevoluiu mais rápido desde as conceituações Mesmer. O italiano Luigi Galvani (1737-1798), com sua dança das rãs, e o fisiologista inglês John Walsh (1772), com o estudo de choques elétricos em animais aquáticos, contribuíram para a crença numa eletricidade animal diferente da eletricidade comum, cuja idéia de fluido especial foi depois desacreditada por Alexandre
Volta. Veio, após, Mesmer com o seu magnetismo animal, também depois descartado. Contudo, segundo as revelações dos espíritos, há de fato fluidos eletromagnéticos como subprodutos do fluido cósmico universal. Experiências de Otto von Guericke com suas famosas bolas de enxofre eletrizadas. (Gravura de seu livro) Alexandre Volta ao lado dos seus discos de metais diferentes empilhados, ou seja, a sua primeira pilha elétrica. Dos estudos do inglês William Gilbert (15441603) às pesquisas posteriores de Otto von Guericke (1602-1686), a eletricidade caminhava por processos rudimentares de investigação. De entretenimento foi devagar atingindo conotação científica. Com o italiano Alexandre Volta (1745-1827) deu-se um importante passo no sentido de acumular e utilizar a energia eletroquímica, através da invenção da pilha.Petrus van Musschenbroek e seu irmão Jan foram retratados em 1784 por H. van der Meij. O holandês Petrus van Musschembroek (16921761) marcou novo tempo na ciência da
eletricidade com a descoberta do vaso de Leiden, um protótipo do condensador elétrico. Tentando eletrificar água em uma jarra, ele lhe colocou a ponta de um fio de cobre, com a outra extremidade ligada a uma barra de aço, que por sua vez unia-se a uma corrente metálica de uma primitiva máquina geradora de eletricidade. Acionada esta, ele e seu aluno Cunaeus receberam violento choque, o que levou o cientista a declarar: "— Eu jamais repetiria esta experiência, queofosse Coroa da a França!" Masnem depois abadepela Nollet repetiu experiência para o rei da França Luiz XV, quando 180 soldados da Guarda, dando-se as mãos, saltaram todos num só tempo, diante do forte choque. Uma descoberta similar poderá revolucionar a fluidologia criando um condensador de fluidos sutis, conforme fazem supor as declarações dos espíritos?Estas experiências de 1750 do francês abade Nollet, colocando ao público a sua máquina produtora de energia eletrostática por fricção, mostram como o conhecimento da eletricidade era vulgarizado, apesar de sua srcem ser então bastante nebulosa.
Há certos fenômenos elétricos humanos, como o apresentado pela jovem de quatorze anos, Angélique Cottin (desenho de época), a qual, estando em trabalho, começou involuntariamente a saltar, soltando descargas elétricas bem perceptíveis pelos circunstantes. Sem dúvida, o homem é um transceptor de energias eletromagnéticas. Christian Huygens (1629-1695) O racionalismo cartesiano criou as bases teóricas da ciência moderna. Descartes, apesar de defender uma errônea divisão trinaria da matéria, firmou, contudo, o mais válido conceito de um fluido universal, contra a idéia de qualquer vácuo na matéria. Vivendo na Holanda, ali expandiu-se a idéia fluido etérico, defendida primeiramente por de Huygens. O físico holandês Christian Huygens criou o termo e conceito de éter para fundamentara existência de uma matéria fluídica universal. Criou a teoria René Descartesque (15961650) também ondulatória da luz, concluindo somente através de uma matéria cósmica
existente até no que se chamava vácuo é que as ondulações da luz poderiam manifestar-se. No XVII século Newton estabeleceu a relação atrativa dos corpos no Universo e, em 1787, Coulomb estendeu-a aos fenômenos do eletromagnetismo. Mas os experimentos de Oersted, e depois Ampere, abalaram conceitos fixos da gravitação e de fluidos magnéticos em relação à física eletromagnética, assim como Lavoisier destronara química o flogístico como fluido calórico.na Com Faraday e Maxwell surgiu então o conceito de campo para explicar o vazio exigido pela ação das energias. O químico francês Lavoisier, inaugurando a nova era da química analítica, contribuiu decisivamente para retirar-lhe os conceitos empíricos e subjetivos de fluidos inabordáveis. O mesmo fez seu compatriota Ampere com relação à física, abolindo da ciência eletromagnética os conceitos de fluidos. O contínuo mergulho da ciência na análise acabará por levá-la um dia ao antigo conceitosíntese de fluido universal, melhor equacionado?
ISMAEL ALONSO ICONCEITO DE FLUÍDO NA CIÊNCIA 2-O ESPIRITISMO E A FUTURA ERA DOS FLUÍDOS ...também foi profusamente pesquisado e fundamentado por cientistas do peso de William Crookes. 2 - O espiritismo e a futura era dos fluidos Conforme bem previram os espíritos que brilharam na Codificação do espiritismo, este representará uma nova era à humanidade. As grandes linhas desse assentamento histórico já se demarcam, já se fazem sentir. O espiritismo, ciência e filosofia não dogmáticas e não exclusivistas, tem a seu favor o caráter de plena aceitabilidade de tudo aquilo
que se coaduna com as verdades que estatuiu ou não, porque é intrinsecamente uma doutrina dinâmica e agregadora paulatina de conhecimento. E este pode vir tanto de milênios e milênios quanto do nosso momento. Isso posto, qualquer um está à vontade para admitir que, por exemplo, quanto à constituição do Universo, uma filosofia científica idêntica à do espiritismo já fora há milênios e milênios admitida na índia. Se a própria ciência moderna está, mesmo que às avessas, chegando ao mesmo conhecimentosíntese do Universo tal como já brilhara entre os hindus, temos que o espiritismo está no meio termo entre um tempo e outro tempo, explicando uma e caminhos outra posição ideológica, desobscurecendo que já estavam atrás e estarão à frente da humanidade. Assim, os conceitos vários de fluidos em relação à criação do Universo e dos seres estão muito bem delineados nos antigos Vedas, no Bhagavad-gita e tantos livros mostrando concordância plenahindus, com o que está em "O Livro dos Espíritos" quando fala do
mesmo tema. Por exemplo, na pergunta 27, quando os Espíritos diferenciam, como elemento intermediário entre o espírito e a matéria, o fluido cósmico universal e o definem: "Embora, de cerro ponto de vista, seja lícito classificá-lo como elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão haveria para que entre também o espírito não o não fosse. Está colocado o espírito ea matéria; é fluido como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do espírito, de produzira infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria tutoria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá." Corroborando o que foi dito, vemos hoje o espírito sendo atingido pela ciência através da
própria matéria. E precisamente aí está a necessidade da retomada da ciência ao conceito de fluido, já que este é o elo entre uma e outra dimensões, entre o mundo material e o mundo espiritual. Mesmo que nos detenhamos no conceito de campo, uma das glórias alcançadas há mais de século pela ciência e que foi muito bem fundamentado e desenvolvido por Einstein, veremos que resolvido ele deixa um cujo paradoxo é justamente pelavazio admissão do fluido cósmico universal, tal como o admite o espiritismo. Sem dúvida, a ciência não pode teimar em admitir, contrariando suas próprias leis, que nesse espaço e nesses campos não existe uma matéria qualquer. E, afinal, que vem a ser essa matéria? Um monumental conjunto de vórtices com partículas infinitesimais. Ela existe somente em função da energia, do movimento, porque a rigidez matéria devemo-la unicamente intensa da movimentação dos elétrons. Comoàdiria o sábio Qustave le Bon, "a matéria deixará de
existir desde que as suas partículas (os elétrons) percam o seu movimento". Eis então como a matéria é pura energia, é uma função do movimento. Ora, quem é que movimentou a matéria desde o seu início até hoje? Deus. Depois do Criador são os espíritos que também movem a matéria. Já está ocorrendo, célere, a chegada da ciência no espírito, e justamente pela via oposta, pela penetração cada vez mais incisiva na intimidade da matéria. Aqui a ciência encontra cada vez mais minúsculas partículas e não se chega ao fim túnel dizer: aqui acabou a matéria. É umdosem fimpara de descobertas de subpartículas, de energias. É a imposição do conceito de antimatéria como solução, embora ainda meio nebulosa à ciência. A tal respeito, quem ouviríamos, senão o próprio idealizador da teoriaPrêmio quantística, físico alemão Max Planck, Nobeloe uma das glórias da ciência moderna? Eis o que
declarou: "Como físico e ainda como homem que dedicou toda a sua vida à ciência objetiva para a perquirição sobre a matéria, posso sem dúvida não temer que me considerem um fanático. Por isto posso livremente afirmar, após meus longos estudos sobre o átomo, que não existe nenhuma matéria em si mesma. Toda a matéria tem srcem e existe somente numa força, a qual faz oscilaras atômicas e assolar mantém unidas aopartículas microscópico sistema do átomo. Já que, no entanto, no inteiro Universo não se encontra nenhuma força inteligente, nem eterna, tal força jamais a humanidade a alcançou, ela que cansativamente desejou descobrir o perpetuum mobile (moto-perpétuo). Assim, devemos por detrás dessa forçaEste existe umadmitir espíritoque consciente e inteligente. espírito é preexistente à matéria, não é a matéria visível que forma a realidade, o verdadeiro, o concreto, mas sim é o espírito universal e imortal a verdadeira realidade. A srcem última de todas as coisas encontra-se no mundo parafísico." Quando a sumidade da ciência da era atômica
diz isso, corrobora o que há 150 anos o espiritismo já dizia. E quando este sustenta que toda a matéria que conhecemos é pura transformação de um fluido cósmico universal, está repetindo o que os hindus já sabiam há sabe lá quantos milênios, e que ainda hoje repisam quando, em linguagem popular, afirmam: "— O universo é uma ilusão!" É bom lembrar sempre essas confluências temporais para que se tenha sempre presente no espírito que religião, ciência e filosofia são sempre mútuas repetições; suas aparentes diferenças e caminhos marcados no tempo não são mais que variedades de ângulos de penetração, Realidade. peças desagregadas de uma única Essa Realidade, que o homem pode abarcar num átimo de conscientizaçào, estará certamente mais viva e atuante nele, no desenrolar da nova era do espírito que se inicia. O espiritismo abre as portas da nova era. Mas tudo é de reviver de ciências que já brilhavam
há mais de 8000 anos na alma dos brâmanes, vindos de Capela. Diz Emmanuel (A Caminho da Luz, FCX, FEB): "Dos Espíritos degredados no ambiente da Terra, os que se agruparam nas margens do Ganges foram os primeiros a formar os pródromos de uma sociedade organizada (...) ...como os egípcios, os hindus eram um dos ramos da massa de proscritos de Capela, exilados no planeta. Deles descendem todos(...). os povos arianos, que floresceram na Europa. ...estabeleceram os primeiros fundamentos da civilização ocidental nos bosques da Grécia, nas costas da Itália e da França, bem como do outro lado do Reno, onde iam ensaiar seus primeiros passos as forças da sabedoria germânica." Kardec é herdeiro da filosofia druídicohinduísta. Aliás, todo o Ocidente é filho mental da índia. Se, segundo Emmanuel (ob. cit), "o pensamento moderno é o descendente legítimo daquela grande pensadores se organizou nas margensraça do de Ganges desde aque aurora dos tempos terrestres", o espiritismo, como a mais fina flor
da filosofia espiritualista ocidental, vem, pelo menos por filiação mental, do tronco hinduísta e tem profundas e antiquíssimas raízes adentrando as primevas terras do conhecimento universal. Portanto, o espiritismo não despreza o que é antigo por ser antigo, mas reconhece-se como mera reflorescência da vetusta árvore do País da Verdade - um solo relativístico atemporal. O presente revive o passado e o revitaliza para o futuro. Diz o Espírito Allan Kardec (O Gênio Céltico e o Mundo Invisível, Leon Denis, CELD): "O tempo não existe; o destino e a vida universal se desenvolvem eternamente (...). As primeiras sociedades humanas que povoaram vossa Terra levaram o esquema das civilizações futuras; em certos lugares a iniciação espiritual foi bastante avançada; os egípcios, os celtas, os gregos levaram com eles os focos radiantes que paralizavam forças materiais. Os elementos do progresso já foram por elesdos estabelecidos vosso globo. O vai-e-vem seres que em viverão, ora na sua superfície, ora no espaço,
poderá, desde então, prosseguir, com regularidade." Os movimentos que fazem a História têm o seu elástico determinismo. O homem é espírito e sua trajetória terrestre é direcionada à evolução de seu princípio espiritual inteligente. A Era doporque Espíritoo será também a Eraodos Fluidos, homem entenderá que dizem os espíritos: tudo é fluido e a sua manifestação. A filosofia materialista caminha somente até certo ponto. Esgota-se, como se esgota uma idéia que cede lugar a outra. Dizia Kardec: O Espiritismo é a negação do materialismo, o qual depois dele perdeu a sua razão de ser". (O que é o Espiritismo). Mas o Espiritismo apenas reafirma cientificamente o espiritualismo que vem de milênios.
Hoje a própria ciência já sutiliza o conceito de matéria. Ha década de 1950, Hugh Everett (Univ. Princeton) lançou a Teoria dos Universos Paralelos e nos anos noventa já lemos experimentos avançados nessa direção, como os do National Institute of Technology de Boulden, onde se constatou que as partículas elementares da matéria podem ocupar contemporaneamente todas as posições possíveis de seu espaço, como que se multiplicando! Um paradoxo à ciência, levando-nos a outras dimensões, como o próprio comportamento de uma como que duplicação de fótons, apontando a uma ação desconhecida, por meandros de universos paralelos. No inexplicável dos fótons nos comportamento buracos negros vemos os mistérios da e natureza, da luz e da matéria desvanecendo-se na admissão de possíveis brechas de passagens a outras dimensões do Universo. O mundo espiritual está bem próximo da ciência. ISMAEL ALONSO
I - CONCEITO DE FLUÍDO NA CIÊNCIA 3CONCEITOS METAFÍSICOS DE FLUÍDOS 3 - Conceitos metafísicos de fluidos Esta gravura de há meio milênio traduz a preocupação de Robert Fludd em mostrar a interação fluídica entre dois mundos, entre o microcosmo e o macrocosmo, entre o Universo e o homem. Este é aqui ponto de conjunção influenciável entreintervalos todas as energias, inferiores e superiores. (Os harmónicos do homem - R. Fludd)
Homem cósmico (Gravura do século XVI, porG. Reisch, Margarita Philosophica)
Reafirmará a ciência a assertiva do filósofo grego Protágoras de que o homem é a medida de todas as coisas? "Utriusque cosmi historia" é um livro de Robert Fludd unindo em narrativa o pequeno Universohomem ao grande Universo-cosmo. Com o império posterior da ciência experimental e analítica foi-se abandonando aos poucos esse antiquíssimo conceito-síntese de união fluídica intrínseca do homem ao cosmo. Mas devagar a ciência vai de novo reassumindo aquela antiga idéia. As levitações de pessoas e objetos, desafiando os conceitos da física e da gravitação terrestres, efetivam-se graças ao poder dos espíritos em manipular fluidos, em que é também importante a participação fluídica do médium. Esta gravura mostra uma levitação do célebre médium Daniel Dunglas Home no século passado, perante pessoas proeminentes. Deixando à parte todo aquele lado e aquele modo puramente científico-materialista de encarar toda a problemática teórica do conceito de fluido, alcancemos agora um lado metafísico do assunto que se mostra de gigantesca
importância. O conceito de fluido, com este próprio e outros nomes, impregnou, desde tempos perdidos nos milênios, todas a grandes correntes filosóficas da humanidade e com o papel relevante de separar dois mundos: o mundo da matéria e o mundo do espírito. É o fluido assumindo caráter de eterização, no sentido de sutilização. É o conceito fluídico sobrepondo-se e contrapondo-se ao de conceito de matéria grosseira. É o fluido assumindo fortemente o conceito de matéria quintessenciada, transcendente. Numa palavra: o fluido como sinônimo, srcem ou caminho do espírito. Abrimos um parêntese para lembrar que, curiosamente, até os nossos dicionários comuns já assinalaram certo lado desse transcendentalismo do fluido, complementando que fluídico, "em espiritismo, diz-se de certos corpos ou sombras, impalpáveis, mas reproduzíveis em fotografia". O que dissemos atrás sobre esse caráter
diferenciado do conceito de fluido ligado às matérias e dimensões do espírito precisa ser melhor definido em função do nosso momento histórico. O orgulho científico hodierno não deverá firmar a sua convicção de ter liquidado o conceito preter-científico de fluido como produto da ignorância dos nossos avoengos, de haver alijado e superado o fluido com implacáveis leis da físico-química moderna. Há fluidos imaginários, mas também fluidos reais, de uma Outra Realidade! A ciência terrestre, com suas razões e seus desígnios, apalpa os fatos e fenômenos, mas às vezes permanecer na nossa periferia dos efeitospeca e daspor causas. Às vezes avançadíssima tecnologia esquece de deter-se a filosofar um pouco à margem do seu tortuoso caminho, de procurar a Causa Maior por ela quase sempre negligenciada e às vezes inalcançada. Os nossos poucos últimos séculos que fizeram a arrancada meritória, avassaladora, assombrosa
da ciência caminharam numa febre de superação dificilmente acompanhável por si mesma e pelo homem. Contudo, o momento de sufoco unilateral de análise e análise está a gritar um esforço de reviravolta, de retorno a uma síntese. Precisamente aí a encruzilhada, o dilema do nosso tempo. É deverasmomentaneamente difícil para os arroubos moderno deter do portecnicismo si mesmo a sua marcha numa tomada de consciência vislumbrando a necessidade de retomar novas metas. Difícil porque os resultados maravilhosos da aplicação científica falam alto a linguagem egoística da força e do orgulhoso poder. Mas recordemos, com certa preocupação: há já remotos precedentes históricos de idêntica condição de conquista tecnológica. E - o que inquieta a não poucos - de seu retumbante fim! Estamos falando da Atlântida... O fim da civilização atlante, que alcançara
prodigiosa progressão do conhecimento, exemplificou-nos a que descaminhos morais pode levar a escalada científica divorciada das conquistas maiores do espírito. De toda experiência humana sempre resta um crédito à evolução, rio próprio erro está o impulso ao posterior acerto. Mas devemos colocar-nos receptivos e maduros ao verdadeiro conhecimento, que temdo suporte também na intuição e nas revelações Mais Além. Alerta-nos "Sua Voz" (Ubaldi, A Grande Síntese, I.AKE): "É da Lei queetodo merecimento cadaprogresso conquistacorresponda a um valor ao substancial. A verdadeira ciência não é fato exterior, outorgável a todos, acessível a toda inteligência, mas a última fase de uma mínima e profunda maturação do ser. Na conquista do conhecimento, como em todas as maturações biológicas, naoaexistem é preciso percorrer toda trajetóriaatalhos; do fenômeno."
ISMAEL ALONSO ICONCEITO DE FLUÍDO NA CIÊNCIA 4CIÊNCIAS QUE VÊM DA ATLÂNTIDA "Não basta o conhecimento da ciência aplicada para que o vosso trabalho traga mais benefícios ao homem. O principal objetivo de todo o progresso técnico deve ser o homem e o seu destino... para que as criações da nossa inteligência possam ser uma bênção e nunca uma maldição para a humanidade. Nunca esqueçais este princípio quando vos concentrardes nos vossos diagramas e equações." Albert Einstein 4 - Ciências que vêm da Atlântida
Falar da avançadíssima Atlântida, tal como foi colorida por milhares de livros, é redundante, mas lembremos apenas o que informam os espíritos: que essa antiquíssima civilização sucumbira sob os efeitos desastrosos da energia atômica. Seguira caminhos que seguimos hoje, e quiçá ainda mais avantajados na glória científica. Por certo, o exacerbado uso maléfico do conhecimento exigiu-lhe o holocausto de dor e aniquilamento. E o quanto não dominavam na Atlântida os assuntos transcendentais! Quanto não se valia dos poderes de ativar fluidos e energias por meios hoje desconhecidos! Ainda bem recentemente um espírito de escol, de irreprochável moral e inteligência, referiu-se ao conhecimento pelos atlantes de uma inaquilatável ciência da cristalogia, produzindo cristais fluídicos com o poder de agir fortemente à distância e controlar sismos, cataclismos em geral e até astéroïdes! E chegara a revelar o uso de tais cristais em poderosos veículos aéreos, onde os trabalhados cristais representariam papel relevante de adaptação
energética ao meio de flutuação no ambiente. Tais informações não têm nada de fantasiosas, e desconhecemos o que está por detrás do uso transcendental dos cristais. O uso do cristal líquido na própria física de hoje abre infindos horizontes. Também cientistas de peso estudam e tentam mostrar as propriedades estranhas dos cristais, de como eles têm um sentido próprio auto-organização na intimidade de sua constituição; de como eles apresentam como que uma identidade própria, uma individualidade, se assim se pode expressar em relação a um corpo tradicionalmente considerado inanimado; de como parecem manifestar como que um sentido de comunicação entre si, do que já se tem tido evidências físicas; e de como, enfim, um sentido de vida rudimentar ja poderia ser neles detectada. Lembremos, a tal respeito, que dentro da Doutrina Espirita falamos em princípio vital, em fluido vital, em princípio inteligente num juízo costumeirosem de abstração mental, distanciamento, perceber que essade nossa viciosa subjetividade relega o caráter, por assim
dizer, material de tais fluidos, de suas interações recíprocas, da sua maneira às vezes excepcional de poder atuar em fenômenos da natureza para nós inabordáveis em sua srcem. Os cristais, por exemplo, estando dentro de uma primitividade srcinária de manifestação de tais princípios, estariam também mais próximos da pureza do fluido cósmico universal, e assim conteriam potencialidades latentes desconhecidas? Estamos no problema mesmo do éter, substância fluídica sutil impregnando todo o Universo, e que a ciência teima por inadmitir. O conhecimento antigo quanto aos fluidos sutis permitia aos atlantes e pré-atlantes um grande domínio sobre a matéria, reciclando-a, transformando-a na medida de sua vontade e necessidade. Espíritos explicam que, ainda no espaço intermolecular dos cristais, os antigos conseguiam mudar a forma da matéria a seu talante, mediante uma ação compressiva dos elementos químicos constitutivos da matéria mineral.
Esse processamento químico-físico da alteração cristalina, que a natureza executa em grandes parcelas de tempo, os antigos o faziam corriqueiramente, graças ao poder da vontade no acionar os fluidos sutis. Era já uma alquimia de preciosos efeitos, tornada possível pelo conhecimento e penetração fluídica na matéria, operando com uma rápida ação-síntese, o que aproblemas ciência moderna o faria com tremendos operacionais e econômicos, dentro de seu mergulho na complexidade analítica. Mais à frente a transmutação metálica alquímica, segredo dos antiquíssimos habitantes da Terra ooucérebro de possíveis extraterrestres, iria queimar dos caçadores e devoradores de empoados alfarrábios, de ávidos buscadores do ouro e da prata. Talvez os atlantes, magnos conhecedores da ciência dos fluidos e dos cristais, as trouxessem de sua morada planetária à estrela Capela - ou quem sabe asadjacente reaprenderam de saudosos visitantes extraterrestres capelinos?...
Lembremos as declarações de Emmanuel, em A Caminho da Luz (FCX, FEB), ao falar de tais seres das estrelas que caíram a este Vale de Lágrimas: "Aquelas almas aflitas e atormentadas reencarnaram, proporcionalmente, nas regiões mais importantes, onde se haviam localizado as tribos e famílias primitivas (...). Um grande acontecimento se verificara no planeta. É que, com essas entidades, nasceram no os ascendentes das raças suaorbe maioria, estabeleceram-se na brancas. Em Ásia, de onde atravessaram o istmo de Suez para a África, na região do Egito, encamínhando-se igualmente para a longínqua Atlântida, de que várias regiões da América guardam assinalados vestígios." Contudo, à sombra dos Himalaias muito se guardara das ciências fluídicas que marcaram a Atlântida. Ainda hoje, e tão fortemente, o poder místicofluídico na índia fala desde uma ancestralidade remota, admirável, respeitável. A índia ilumina ainda a face espiritual da Terra
com uma prodigiosa energia, promovendo uma grande transformação fluídica no homem e na sua vivenda cosmico-planetária. A transformação espiritual do homem e da sua morada não se faz com a racionalidade pura, não prescinde de outros fatores, como a própria mística, o ambiente, etc. O homem e o mundo são fluidos: os três se Interagem sublimando o espírito. ISMAEL ALONSO I - CONCEITO DE FLUÍDO NA CIÊNCIA 5 - O PESO DO CONHECIMENTO HINDU 5 - O PESO DO CONHECIMENTO HINDU Melhor e mais antiga influência do conhecimento atlante está sem dúvida na índia Antiga, com a fixação dos árias como seus depositários marcantes. O caráter transcendentalista dos fluidos,
repudiado pela escalada do cientificismo moderno, encontrara nos arquimilenares hindus uma marca de expressão na sua diversificada filosofia. Os grandes estudiosos são unânimes em admitir que as filosofias da índia Antiga contêm embutidas todas as expressivas correntes filosóficas ocidentais. Não há filósofo que não se enxergue no hinduísmo filosófico como num espelho. Desde ospelo pré-socráticos, pelos platônicos, pitagóricos passando - em todos os grandes pensadores gregos está a influência hindu, repassada também um tanto pela cultura egípcia. Até a teoria atômica de Leucipo e Demócrito (IV século a.C.) já havia sido antevista milênios antes na índia. Até o evolucionismo de EDarwin já se grandes esboçara ali em indeléveis linhas. nos nossos filósofos recentes, dos gigantes pensadores alemães, desde o racionalismo kantiano às complicadas sutilizas hegelianas, passando pelos mais representativos expoentes das escolas filosóficas, como o próprio Spinoza, de quem Einstein dizia: "Creiononoantigo Deushinduísmo. de Spinoza!"Tudo já brilhara Este, com sua abrangência, explica a razão pela
qual até o arredio Schopenhauer tanto se influenciara por certos sistemas hindus, contendo estranhamente em seu bojo, em derivações ou deturpações, até sub-sistemas em torno de um positivismo, de um materialismo, de um existencialismo. E - pasmemos! - até o monismo e a doutrina da queda do Espírito bem se fundamentam e desenvolvem ali. Sem dúvida, as filosofias hindus deslumbram os pensadores pelo seu vigor expressãodee síntese, de penetração sutilde e coragem enunciação. Os seis grandes sistemas de filosofia da índia Antiga são um monumento antecipativo e representativo de todo o esforço posterior de milênios paulatina introspecção filosófica Ocidente,dee que lá no Oriente já brilhara com do muito mais clareza e profundidade. Dessas seis divisões mencionadas, três são sobressalentes: os sistemas Sankhya, Vedanta e Patanjali. Os Outros três menos importantes são os sistemas Vaisheshika, Myaya e Purva Mimansa.
O estudo acurado do vastíssimo cabedal representam por tais sistemas filosóficos revela conhecimentos de extraordinário valor, cuja datação de srcem é imprecisa, começando alguns ali por poucos séculos a.C. e outros há milênios e milênios para trás. A filosofia hindu caminhara por quiçá mais de uma dezena de milênios e se fora modificando com reformulações e agregações, provocando multisistemas, e a emergência de várias religiõessubsistemas e seitas, donde lamentavelmente surgiu também muita negatividade, multo extremismo deturpador. Seria preciso largo tempo e estudo para se penetrar a contento nos primórdios dessa civilização srcinária. e captar o vigor de sua pureza Ao cultor de uma doutrina como o espiritismo pode auxiliar uma comparação: se os poucos 140 anos dessa doutrina já provocaram variações de práticas e exegeses bem acentuadas influenciando hoje movimento,eque não diríamos debastante cerca deo seu 10000 anos de hinduísmo? Entendamos assim a
riqueza de pensamento acumulada nesse vasto tempo, às vezes até deturpando filosofias, e às vezes as complementando. Pois foi o que justamente ocorreu, de tal maneira que uma apressada análise de todo esse monumental acervo filosófico hinduísta pode ser extremamente negativa - como de fato o tem demonstrado ser à mente imediatista ocidental. Toda uma vida seria insuficiente para abarcar já apenas filosoficamente tal complexo conjunto de conhecimentos revelações, para não dizer apenas permitir ecerca de um centésimo de sua prática. Pois bem, a ciência dos fluidos é aí em tudo prevalente, desde essa preciosidade de enunciados filosóficos às práticas decorrentes. E estas últimas baseiam-se em derivações científicas de enorme variedade. Quem siga o fio de srcem do pensamento filosófico hindu e acompanhe as linhas mestras de suas implicações e enunciações científicas verá que ele não contradiz em nada as revelações dos espíritos em Kardec, no que tange à fluidologia.
Esclarece "O Livro dos Espíritos" (pergunta 27): "Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela." Ora, tal trindade cosmogônica que também acompanhou, com variações, algumas civilizações e religiões deriva mais fortemente da índia Antiga, onde os sistemas primordiais e principais reafirmam o kardecismo. Vejamo-lo num contexto de conjunto. Brahman ou Tat é o Absoluto (Deus). Dele derivam dois princípios: Purusha é o princípio espiritual (princípio inteligente - espírito), e Prakriti é a substância cósmica primordial (fluido cósmico universal - matéria). Eis então bem definidos os conceitos espiritistas de Deus-espírito-matéria.
Penetremos ainda mais nos conceitos trazidos por tais palavras hindus. Brahman ou Tat, embora encarado com divergência em outros sistemas hindus, é sempre visto como o Absoluto e inabordável a qualquer definição, de tal maneira que o extremo respeito do hindu pelo Ser Supremo deixa quase sempre em branco maiores conclusões sobre a sua natureza e seus atributos. Basta-lhe encará-lo como o Único, a Realidade Única. Outro tanto não ocorre com os outros dois componentes universais identificados pelo sábio Kapila (sistema lankhia) como matéria (Prakriti) (Purusha). emanaçõese espírito do Absoluto tudo seDessas sabe eduas se diz na filosofia hindu. Vejamos isso em comparação com o espiritismo. Purusha, ou o princípio inteligente, todas as formas diferenciadas, desdedáo srcem átomo aao homem. Representa o princípio puro universal
das unidades Inteligentes diferenciadas no Universo, ou seja, os Atman, ou espíritos. Prakriti, vista como a substância cósmica primordial de que evoluiu o Universo, não se compõe, em seu estado inicial, de partículas (átomos), mas somente depois quese assimila a Purusha (princípio inteligente, espírito). Com este influxo ordenador do espírito, passa assim a representar Praktiti a Criação, a natureza, os seres. Assim, Prakriti nada mais seria, em espiritismo, do que o fluido cósmico universal, ou seja, a matéria ainda em seu estado de sutilíssima pureza. E tal fluido, uma vez recebido o influxo de Purusha (princípio inteligente, espírito), passa manifestar ou perispírito (Lingaa Sharira), queuma poralma sua vez reveste-se de um corpo bem mais denso e constituído de cinco elementos grosseiros (corpo somático), perecível com a morte física. Mas a sua parte fluídica mais sutil sobrevive no Samsara (ciclo de renascimentos, reencarnação). O perispírito (Linga Sharira) contém, herdados do princípio inteligente, vários elementos sutis
fluido-energéticos de constituição e sustentação existencial (os cinco Tanamatras) e é expressão fluídica do Budhi (consciência determinativa), do Ahankara (consciência de si próprio), do Manas (livre-arbítrio, ou faculdade deliberativa ou racionalista da mente, ou pensamento), e dos dez instrumentos psíquicos de sensação e ação. Tudo isso mais não é do que expressões terminológicas de fluidos incorporados no conceito perispírito, masdo como atributos srcinadosde primordialmente espírito. E, com efeito, nesse sistema coloca-se no centro da alma o Atman, ou espírito, comandando tudo como também o explica o espiritismo. Há variações sistêmicas em todos esses conceitos, desde o analisemos sistema Sanchya, ou peloque sistema Vedanta,pelo ou ainda pelo Patanjali. Se partirmos para o sistema Patanjali teremos aquela infinidade de conhecimentos filosóficos de que derivam disciplinas científicas preciosas, popularizadas pelos vários e de alta ramificações do Yoga, masmétodos cujas raízes filosofia, penetrando no solo fértil da
multimilenar índia, são valiosos contributos à compreensão genérica dos fluidos e sua ação no Universo e no homem. A alma ou perispírito (Linga Sharira) representa então a união do espírito puro (Purusha) às cinco categorias elementares, ou princípios vitais (Tattwas ou Tanamatras). Esses Tattwas constituem fulcros energéticos exaustivamente estudados nas filosofias hinduístas, sob todos os pontos de vista da físico-química, da saúde, etc. Quatro Tattwas principais, dos vinte e quatro ali mencionados, tendo cada qual inúmeros atributos de manifestação na matéria, são o Tejas e matéria ígnea), o Prithivi (estado(estado e matéria sólida), o Vayú (estado de matéria gasosa) e o Apas (estado e matéria líquida). O Akasha, representando o princípio vital na natureza, é o quinto Tattwa e o principal deles, sendo o mantenedor e ordenador ação de e se todos os quatro demais, que dele da dependem influenciam a todo instante.
Entendam-se os Tattwas como centros sutis, manifestadores dos fluxos de energia universal traduzidos no homem em variadas sensações físicas (tato, gosto, audição, voz, etc.). Matéria diferenciada de Prakriti (matéria, fluido cósmico universal) é o Prana (fluido vital), representando no hinduísmo o princípio universal manifestado de energia e a força vital dos seres, do corpo humano. Vejamos assim e sempre como todos esses conceitos hinduístas fundamentais dos fluidos constitutivos do Unlverso e do homem estão, genericamente, em perfeita consonancia com as revelações dos espíritos a Kardec. Porém, reconheçamos, no hinduísmo tudo isso é centuplicadamente mais considerado e elaborado em detalhes que levariam volumes e volumes para serem suficientemente descritos e compreendidos. Cansativo seria dissertar sobre as Qunas, os Chakras, os Tattwas, sobre Ida e Píngala, Sushuma, etc. Vastíssimas tais A ciências...o Fiquemos nos estudos genéricos. criação do Universo material a partir dos seus
dois princípios-srcem (espírito e matéria) começou por um sutil movimento (moto vorticoso) em Prakriti, ou seja, na matéria em estado fluídico indiferenciado. Tal flat lux no rumo da matéria pura quintessenciada, segundo certo sistema hindu, foi determinado pelo acúmulo de Karma-conceito que seria supérfluo repisar em seu conhecido significado, embora, num contexto das multifilosofias hinduístas, fosse necessário recolocá-lo, para se atingir a correta interpretação ali. Então os Purusha (espíritos puros) foram atraídos por essa agitação, por esse primeiro movimento em Prakriti (matéria primitiva universal). Purusha e Prakriti passam assim a se atrair e modificar mutuamente, como o ímã atrai as pelo partículas como a abelha é atraída mel - de paraferro, usarou uma específica linguagem hinduísta. Está aí implícito o conceito de queda do Espírito na gestação do Universo, determinada pelo acúmulo de Karma, ou seja, de defecção, de imperfeição, de caminho a recumprir? O sistema filosófico Vedanta, sobrepondo-se ao
sistema Sankhya, reabilitou, ou melhor, evidenciou a existência do Uno Deus, já que os Sankhyas deixaram este conceito de Deus e Absoluto meio neutro no desenvolvimento expositivo, meio estanque, embora não o negando. Mas, por outro lado, o Vedanta colocou veementemente que o dualismo fenomenal (espírito-matéria) é ilusório; que o Universo é permanente ilusão devido à Avydia (ignorância) causada pela Maya (aparência enganosa, e que o Tat Brahmán (Deus) é a ilusória); Única Realidade; queou o Purusha (espírito) e a Prakriti (matéria) e seus aspectos são meramente ideais, apenas manifestações do Uno - ou seja, os espíritos são simples partes do Uno. Contudo, sistema(Manas) Sankhya sobrelevade o Chitta espírito. Ao mente compõe-se (substância mental, pensamento). E se Manas (mente, pensamento) está acima da Prakriti (matéria), no entanto o Purusha (espírito) está acima de Manas (pensamento), e, consequentemente, acima de tudo - menos do Tat (Deus), que é a srcem do Filho e de tudo o mais.
Do conceito de Universo-ilusão postula essa filosofia que o caminho da morte também é enganoso, ou seja, que somente pelo viver o espírito evolui - conceito plenamente concorde com o espiritismo. Há, sim, no hinduísmo, por deturpação filosófica corrida no tempo, um sentido extremista e popular de fatalismo exacerbado, derivado dessas tantas filosofias vergastando a matéria como uma pérfida ilusão. O tantrismo, por exemplo, numa sua derivação filosófica, promove, a pretexto de uma liberação da matéria pelo espírito, uma lenta prática bem cimentada de quase suicídio individual, se analisada pela ótica ocidental. É um desse extremismo místico-fatalista. Éa ânsialado de abandonar com mais rapidez a matéria e integrar-se no reino do espírito, ou no nirvana, ou mergulhar no Uno. Pelo que colocamos linhas atrás, o acúmulo fluídico de Karma determinara o advento do Universo. O coercitivo viver, material desse remergulho emexpressão Prakriti (matéria), alijaria do Linga Sharira (perispírito)
seu peso fluídico (Karma). Mas, daonde viria esse proto-Karma, se o Universo material e as encarnações, que seriam sua razão suficiente de existir, ainda inexistiam? Eis aí o nó de toda uma questão. Necessário lembrar que o conceito de eternidade na filosofia hinduísta é diferente do Ocidental. Entenda-se a eternidade como monstruosos fracionamentos de tempo,alicada qual com as suas fases de expansão e contração, evolução e involução. Um vir-a-ser contínuo em ritmos de harmonia, de criação e destruição, de ascensão e queda, porem com um limite ao que consideram uma eternidade (311 trilhões e 40 bilhões de anos), que não absurdo e de considerado sob ooponto de évista de ciclos eternidade hinduístas, ou mesmo de apenas um fatal ciclo. Absorvamos o vigor dessa idéia hoje em que a própria ciência considera o tempo como uma quarta dimensão. E eIscom entãoa matéria como o espaço hinduísta identifica-se e o tempo. O fim do tempo (de uma ou única eternidade)
seria o próprio fim da matéria, o fim do Universo físico, o fim da... queda do espírito! E hoje a ciência postula o Universo finito, a partir de Einstein... Quanto tal idéia aparentemente esdrúxula de eternidade-finita dos hindus não fundamenta a idéia finalística do Universo como cumprindo uma defecção espiritual! A complexidade do assunto detém aqui, por inoportuno, mas fica aí maisnos outro monumental aspecto do pujante pensamento filosófico hindu que não deve assustar, mas antes atrair o pesquisador. Mais à frente o assunto retornará, porque implicado na srcem e finalidade de um panfluidismo universal. Frisemos bem: na civilização hindu tudo é fluido, não temos como, no seu âmbito, falar em religião, em ciência e em filosofia sem falar em fluido. Vive-se, escreve-se, Filosofa-se ali numa atmosfera fluídica, nesse vapor de sutis forças e mistérios transcendentalistas animando aUniverso matéria ao densa. Do macro microcosmo, homem, tudo éao sutileza e fluido.do
O contínuo escape do hindu à matéria é uma retomada fluídica da vida; é o esforço contínuo de voltar ao Absoluto (Brahman); é uma ação fluídica monumental de superação contínua; o seu abandono dos bens é um desprezo à matéria (Prakriti), uma valorização fortemente fluídica ou sutil do espírito (Furusha); a busca do êxtase (Samadhi) é uma transposição fluídica; a emancipação do espírito (Moksha) é um mergulho contínuo nas camadas etéreas; a libertação ou salvação (Mukti) é uma entrada nas ultradimensões fluídicas. Em pensamento e ato, o hindu encarnado está sempre buscando o mundo fluídico, o mundo do Além. Dali vem e para ali vai a perfeição, sob a aplicação continuada da vontade que entende governa aque força dofez pensamento reto rumo ao eBrahman, tudo em fluidos. Eis o que o místico hindu lê, respeitoso, nos seus livros sacros, sobre o Ser Supremo e a criação da matéria cósmica: "No princípio havia nem ser, não nemhavia não ser. não existia nemnão o abismo. Ainda diferença entre o dia e a noite, nem entre a vida
e a morte. Era tudo escuro, e a escuridão ocultava o princípio da criação. Só um existia, e nada além dele: Brama. Mas ele ainda não possuía movimento algum. Nem os deuses existiam ainda, pois os deuses só mais tarde chegaram ao mundo. Por isso ninguém conhece a srcem do Brama, nem os deuses a conhecem. Nas foram os sábios que acharam a relação entre o ser de agora com o não ser de outrora. "invisível é o não Brama, todavia está parte. A mão podee contê-lo, masem eletoda tudo abrange. Mão pode ser visto, pois é dele que vem a luz. ninguém o pode sentir, pois todo o sentir dele provém. Por transformação, dele nasce tudo o que existe e acontece, mas ele permanece sempre o mesmo, nada o surpreende, e nenhuma palavra diz, permite seja a respeito do que for. Tudo vê e tudo acontecer, nele tudo é inquietação, mas ele mesmo permanece tranquilo. Assim como dele todas as coisas ingiram, assim a ele regressam todas; por isso é paciente na sua serenidade." A essência Deus, srcem ododédalo Universo espírito tudodeisso foi asempre das e do especulações! A vida mesma pulsa no homem
sem que ele saiba como, por quê ! Do Além, diz o espírito Allan Kardec: "As explicações pelos espíritos superiores indicam que a inteligência humana não deve conhecer o segredo da fonte suprema da vida. Eis o que posso dizer de acordo com as radiações que me chegam. Existe além dos planos formados pelas criaturas, de acordo sua evolução através da sua própria vida, com uma aesfera inteiramente vibratória, sem limites, que mergulha na imensidão do Universo, mas que não é sentida a não ser a partir de uma certa evolução, Esta esfera vibra e a criatura terrestre que dela saiu a perceber ainda sob a forma de vibrações da consciência, do "eu" As vibrações grande foco estão eminterior. comunicação com a do consciência, e quando esta última é desenvolvida, o sentido místico o é igualmente. Ele está em razão direta da evolução da consciência. O grande foco vibratório anima todo o Universo e, degrau em grau, cada vez recebe as inspirações impressões foco que, na Terra, vóse as chamais Deus.diretas Tereis do um dia a definição exata da palavra Eterno e
compreendereis a célula viva inicial desse grande círculo superior vibratório. Mas o vosso cérebro humano se romperá se a chave do mistério aí for colocada (...). As vibrações do grande Todo não são especiais a uma região, como se crê geralmente, mas preenchem todas as regiões do Universo." (O Gênio Céltico, L. Denis, CELD). Kardec, que repete aí conceitos hinduístas, diz ainda que astiveram três grandes revelações búdica,nessa cristãobra e céltica no espaço uma fonte srcinária única: "Existem sobre vosso mundo certos pontos fluídicos especiais que são como espelhos, condensadores e refletores dos fluidos destinados a fazer vibrar os cérebros e os corações dos povos do planeta. Sobre esses pontos, focos oforam o foco e oriental,três na índia; foco iluminados: cristão, na Palestina, o foco céltico, no Ocidente e no norte. Ao estudar a gênese dos fenômenos que concretizaram as doutrinas, vê-se que a causa superior é sempre a mesma, e que vosso planeta recebe essas correntes ou feixes de ondas superiores, que são as artérias verdadeiras da vida universal."
E, ainda escrevendo desde o Além, nesse belo livro, tão proveitoso ao fluidologista, Kardec sobrevaloriza a Luz que vem da terra dos mahatmas: - "É do lado da índia que é preciso esperar ver jorrar, um dia, os fenômenos que vos interessarão no mais alto grau". ISMAEL ALONSO ICONCEITO DE FLUÍDO NA CIÊNCIA 6-O MISTERIOSO TIBET 6 - O MISTERIOSO TIBET Se e da índia rumarmos ao Tibete veremos idêntico clima místico e filosófico, com variações apenas nas particularidades, mas não no substrato de conjunto, não no sal espiritual que em ambos anima. O misterioso Tibete nos deu provas de uma
marcante e às vezes até impenetrável vivência fluídica. Alcondorado nos picos do Himalaia, sempre estivera também nas alturas maiores do transcendentalismo. Nessa atmosfera calma vicejava a energia transformadora dos místicos, nas relações com o Outro Lado, na prática de dificílimas e desencorajadoras disciplinas voltadas à superação do corpo e elevação da alma. Com a severamente educada ativação da força mental e o conhecimento profundo das energias e fluidos, os tibetanos deslumbraram os ocidentais que estabeleciam raros contatos com um povo materialmente simples, mas extremamente vigoroso na vida psíquica. Quanto já não se falou de tais estranhos poderes colorindo as seitas dos lamas tibetanos? Quanto já não se admirou do ascetismo daquelas criaturas voltadas perenemente ao cultivo da mente, isoladas do mundo e enclausuradas em cubículos nos mosteiros ou em grutas ocultas pelas montanhas? E o quanto já não se temeram os terríveis poderes de certas classes de lamas indignas de os cultivarem?
Antes da conquista chinesa, quando o isolamento e a liberdade lhes sorria, os lamas eram todos vida mental, sutileza de vida. O lung-gom nomeava uma série de práticas e estudos exigindo uma férrea disciplina e esforço de manter-se apenas na trilha da pura mentalidade. E com isto eram grandes e diversificados os poderes. Por exemplo significativo, citemos os lung-gom-pa como lamas que, após um bem prolongado exercício de instrospecção, conseguiam promover um autotranse que lhes permitia percorrer enormíssimas distâncias num mínimo de tempo. Eles fixavam mentalmente o local longínquo a atingir e lá iam celeremente, como que em pequenos saltos, como que flutuando, como que em transe sonambúlico, distâncias obstáculos, numa infindavarando linha reta, numa e velocidade e tamanho de percursos tais que o maior atleta do mundo jamais atingiria. E os sábios lamas mestres bem sabiam distinguir conceitualmente os lum-gom-pa legítimos, cultores de um animismo longamente cultivado, daqueles simples pawos que, setais porventura juntassem de (médiuns) modo infrutífero proezas, seriam logo ridiculamente
reconhecidos. E que não dizer dos lamas que dominavam o turno (fogo sutil), conseguindo com isso tão diversificados fenômenos, como, numa simples lembrança, o suportar o maior frio mediante um calor Interno provocado pela disciplina mental desse invisível fogo transformador? E que maravilhas não faziam com a fluídica imantação dos objetos, ativandoos como se vida própria tivessem? E o desdobramento perispiritual - não era ali prática tão corriqueira? E asnão curas psíquicas, prodígios pela força exclusiva da mente, alcançavam ali? Sabemos perfeitamente que a atmosfera mental reinante era de intensa vivenciação fluídica, em tudo e sobre tudo. Podemos equacionar toda a gama de fenômenos no Tibete dentro do binômio mente-fluido. O pensamento ativando correntes fluídicas. Há similitude da concepção cósmica tibetana com aquela hinduísta, pela própria derivação filosófica da assimilação transpostoecomo lamaísmo.do budismo, ali
O Tibete é herdeiro espiritual da índia. Assim, no terreno da sáude e dos fluidos vitais, temos ali também considerados os cinco elementos constitutivos dos objetos animados ou inanimados, os cinco elementos-srcem que devem ser buscados na análise fluídica de suas manifestações na matéria, nas enfermidades. Para o tibetano há 84.000 males e 2.617 grupos de males, há também uma concepçãosíntese de mas três humores agindo significativamente no organismo. O conceito de humor é outra importante concepção fluidista que desde remotos tempos acompanhara a filosofia e a arte de curas. Tal idéia-síntese e tal nome seriam mais tarde substituídos na medicina pelo conceito de hormônio, substância de importância diversificadamente relacionada às glândulas endócrinas, ainda com vastas, complexas e sutis funções e repercussões psicofisiológicas. Tal salto conceituai e temporal exemplo de retomada do modelo analíticoé outro em detrimento do modelo sintético - fenômeno apresentando
concomitantemente a sua dupla face positiva e negativa. Mente e matéria, se são ali diferenciadas, contudo têm firmada a sua reciprocidade de influência. Nessa duplicidade rege a medicina tibetana, onde as enfermidades têm uma causa imediata (variações telúrico-meteorológicas, agentes transcendentais, comportamentos éticos errôneos, alimentação inadequada) e uma causa remota (no pensamento, nosexagerado estados apego às psicológicos negativos, no coisas, no ódio, na confusão). Há então uma interdependência do microcosmo com o macrocosmo, entendendo-se o equilíbrio salutar do homem como resultado também do equilíbrio do meio. E há também linha de conta os aspectos morais em e primacial psicossomáticos explicando as srcens das doenças. Considera-se ali que as emoções negativas são forte causa de desequilíbrios no trio de humores. Daí a preocupação se manter calma no agir, cultivar a serenidade,dea natural introspecção, que se traduz numa profundidade
de visão interna apta a fazer aflorar dons parapsíquicos em profusão. Em suma, na espiritualidade que emana do Tibete temos a força mental de um povo direcionada ao cultivo das energias sutis e dos fluidos, mas também pela opção de vida ligada incessantemente ao Outro Lado, levando a encarar tudo e todos como produto natural de ação de agentes transcendentais. Na índia e no Tibete estava um pé da tríade revelativa surgida de um raio, como esclarece o Espírito Allan Kardec: no foco oriental foi posto em ação pelos espíritos das esferas superiores cuja missão era escolher os seres que se ligassem ao máximo com a natureza. (...) Os espíritos superiores tinhaméagido sobre umaaos região onde a humanidade menos sujeita desejos da paixão. Refiro-me aos monges do Tibete, depois de certos vultos da índia. Eis então um ponto certo: o ser humano, em certas condições de isolamento, de ascetismo e de aspirações elevadas, pode se sentir em constante relação os mundos Os ancestrais dos com médiuns aí estão:superiores. eles chegarão a fazer conhecer sua existência à
humanidade, mas não deverão se dividir ou dissipar suas forças, e é por isso que ficarão no círculo oriental. (...) O druida, como o Lama, retirava das forças geradoras do espaço as forças que despertavam sua fé e a atraíam para o foco superior. As formas podem variar, mas no círculo do Oriente, no Cristianismo e entre os druidas há um ponto absolutamente idêntico: é que o ser humano, sabe se desligarpara das atrações materiais,quando vibra suficientemente perceber as emissões dos grandes focos celestes." (O Gênio Céltico, L. Denis, CELD). Aí está o místico povo tibetano reconhecido pelo Codificador do espiritismo. Mas infelizmente, 1959, com a invasão chinesa no tetodesde do mundo, a vida religiosa arrefeceu-se bastante no Tibete. Dos seis mil monasterios existentes há pouco mais de meio século, restam apenas cerca de seiscentos, e os cerca de quatro milhões de habitantes budistaslamaístas da região cino-tibetana estão a sofrer duras penas com a perseguição do poderio econômico: fenômeno, antirreligiosa de resto, profetizado pelo Dalai-Lama ali pela década de
1920, quando também as mensagens mediúnicas do sábio Kardec foram publicadas. ISMAEL ALONSO ICONCEITO DE FLUÍDO NA CIÊNCIA 7 - VDA FLUÍDICA NO ANTIGO EGITO 7 - VIDA FLUÍDICA NO ANTIGO EGITO Da misteriosa terra dos faraós, que diríamos? Muito sabemos do Egito na superficialidade das pirâmides, das gravações pétreas. Que não sabemos do Egito secreto? Quanto não agiu, não progrediu essa civilização nos caminhos sutis entre o céu e a terra? E como extraí-lo de tanta desinformação?
O conceito de múmia, por exemplo, é mais complexo do que se imagina. Estudiosos hoje se esfalfam em tentar entender por que múmias de certos períodos mais antigos do Egito, ou de certos locais, como Tebas, se conservam com tão diferente e maior vivacidade, algumas conservando com perfeição as partes moles. Ora, a resposta vem em que se usou ali forte magnetização ou impregnação fluídica. E isto abre um universo desencontradas, de significados, onde tanto se como de interpretações complicam conceitos como o da maldição das múmias, da bio-piramidologia, etc. Como já tanto se escreveu sobre energias piramidais e possíveis fatalidades ou coincidências atingindo pessoas em contato mais efetivo mortalmente de violação ou estudo de múmias, vamos virar a moeda e lembrar um caso mais raro de proteção da múmia. Uma mão de uma princesa ou sacerdotisa do Antigo Egito, após tantos milênios, apresentou ainda calor eouestranhas emanações fluídicas. Até sangra, sangrava!
Tal história inicia-se no princípio do século XX e incide sobre um vendedor de tapetes de Alexandria. Pobre, um dia caiu-lhe às mãos um belo sarcófago. Ao abri-lo, constatou com estupor que ali dentro restava apenas a pequenina e delicada mão de uma jovem cujos tons e traços de fascínio o sarcófago mostrava exteriormente. O corpo havia desaparecido. Que estranha mão! Seu calor humano permanecia, coloração deslumbrava,sua seusaudável sangue vívido ainda escorria! E que beleza transfundia o vulto dessa antiga jovem egípcia! A fama da pequena mão e seu sarcófago correu o mundo. Uma Comissão Arqueológica inglesa, comandada por Sir tão Frederic Schond, partiu ao local para adquirir misterioso sarcófago. Mas o vendedor, vendo tanto interesse em torno de tal relíquia, decidiu conservá-la consigo, despertando-se ao seu valor. Pessoas acorriam de todo lado para ver e tocar o sarcófago, sentir as fortes impressões que dele se srcinavam.
A própria Comissão inglesa constatara maravilhada que um estranho e tépido fluido emanava tanto do sarcófago como da mão. Tocando-se-lhes, sentia-se inexplicável calor que provocava estranhíssimas sensações, e alguns chegavam até a perder os sentidos. Pessoas se enriqueceram após a visita. Outras diziam-se salvas de guerras e perigos, outras curadas de males incuráveis. Sim, havia uma magia qualquer naqueles fluidos transmitindo força, benefícios, otimismo. Depois que o sarcófago foi transposto à América, desapareceu inexplicavelmente, ficando somente a mão existente no Museu de Ciências Ocultas de Westminster. Os fenômenos incríveis atraíram pesquisadores, inclusive encantando-se com eles o célebre sir Arthur Conan Doyle, autor de uma importante História do Espiritismo. Diante de outros fatos relativos a essa e outras múmias egípcias, fica difícil dizer que tais
fenômenos são possíveis em função somente dos fatores fé, sugestão ou ação de espíritos desencarnados. Caso extraordinário ocorrera com uma erudita doutora licenciada em matemática, história e ciências políticas. Comprara no México uma múmia asteca e a conduzira a Paris, instalandoa depois em sua casa. A múmia, otimamente conservada, tinha a costumeira posição fetal das múmias americanas. Ora, estranhamente, a Doutora, antes entusiasta e alegre, lúcida e inteligente, passou a viver na clausura em sua casa. Afastara-se da vida pública e dos amigos sem motivo aparente. Estes, preocupados com o seu sumiço, comunicaram a polícia, a qual, entrando em sua residência, encontrou-a em delírio e exangue, como se a múmia lhe tivesse exaurido todas as forças vitais e psíquicas. Depois, Doutora imagens contou como lhe assomavam à mente aestranhas de procissões de
gentes saindo de uma pirâmide no meio da floresta... Ela, que não era de maneira alguma sugestionável, fora fortemente envolvida pelos indiscutíveis liames fluídicos da múmia. Por tais razões, por se saber de fortes impregnações fluídicas, e por se enxergar como que uma remanencia de vitalidade em todas as múmias, tornaram-se estas e o pó de restos mortais embalsamados um remédio precioso, cujo uso e grande procura atingiram fortemente a Idade Média e caminharam até o XVI século. Havia e há ainda conceito firmado de que o sangue, como seiva da vida, carrega no seu substrato um princípio vital mais sutil. Lembrou-se aí a anima carnis (alma da carne) a que fartamente se referira Moisés em todo o Capítulo XVII do Levítico. Ora, considerara-se a múmia um forte condensador e transmissor desses fluidos de vitalidade, cujo procedimento seria o grande segredo dos embalsamadores, perdido com o tempo e com a vulgarização espúria dos mistérios sacerdotais.
Com tais conceitos atingindo a imaginação, a múmia alcançou os alquimistas e hermetistas, provocando procederes de sua imitação na medicina e na goécia, ou magia negra. O famoso alquimista Paracelso, por exemplo, foi um dos defensores e grandes disseminadores dessas múmias magnetizadas, usadas como se usa um amuleto, um talismã: como condensador de fluidos que transferindo aospudessem enfermos.agir em se os Mas retornemos ao Egito Antigo, tentando alcançar o quão era ali importante a ciência do magnetismo. Observando pinturas relevos egípciosum constatamos as muito bem eisso. Há sempre destaque às figuras em atitudes de imposição de mãos. Há evidências claras da ação manual ativando fluidos, em atitudes que lembram os nossos modernos magnetizadores. A cura pelo toque de mão e insuflações é referida por vários historiadores.
Consideremos que o conceito de fluido assumia valor primacial em toda a ciência secreta egípcia. Emblemático suporte de estímulo a isso era a própria Água do rio Nilo, venerado como a própria vida e alma do Egito. Se a água do rio sagrado era a vida do país, por extensão a água espiritual, ou fluido, era a vida do espírito. Diz inscrição: "A água de Osirís é a vidaali dauma alma". Na ciência secreta egípcia tudo era nut, ou seja, fluido. Não há nação ou cultura, excetuando a índia, em que tal conceito prevaleça tanto e em tudo, na ciência como na teogonia! Aqui o conceito real e secreto de múmia adquire o seu valor transcendental bem distante, bem diferente daquele extraído pelos arqueólogos acadêmicos, não vigia ali, nas terras misteriosas dos faraós, os significados ingénuos e terra a terra que se lhes impingiram, ridicularizando o conceito de nas vida-morte-ressurreição, desvirtuando-se apressadas análises exteriores o grande significado oculto
dos ritos e símbolos. É preciso reestudar a Luz do Egito, retirá-la dos frágeis archotes da arqueologia que tateiam no escuro de um tempo que encobriu o espírito real animando a grande nação que tão perto vivia do Outro Lado e feneceu na exegese fria e incauta dos pesquisadores superficiais. Comecemos por lembrar o seu conceito transcendente vida dinâmico etema, onde se chamava "hih" ao grandedeciclo da vida universal e se nomeava "uru" a grande roda cósmica que gira sem cessar. E tudo era vida! não existia a obsessão da morte e do aniquilamento, tal como o supuseram tantos diante da imagem desolada e pétrea analistas dos grandes túmulos, das suntuosas pirâmides ou das frias mastabas. Atentemos: no Egito não existia nem o verbo nem o conceito de morrer! Havia sim e somente a firme convicção do vir a ser! A raiz mutis era em tudo soberana e indicava sempre e em tudo o fator de mutação, a
mudança contínua do estado ou posição. Assim, khimutis era na química a mudança na estrutura molecular. Daí k'meia, quemeiaalquimia! Dali surgira talvez (sim, talvez, porque alguns, controvertidamente, creem-na de srcem arábica), a palavra e ciência misteriosa da alquimia, onde tudo é unidade e imanente poder de transformação contínua; nada é fixo tudo é vir a ser; onde nada éonde morrer e tudo ée renascer, reviver; onde a aparente e negra morte das cinzas é o fermento da vida; onde um mísero metal se transfunde em reluzente ouro! Assim também o corpo transubstanciando-se em espírito puro! Assim tudo era mudança de um estado a outro: jamais o aniquilamento, o nada! Temutis era a dissociação, desagregação provisória. A passagem periódica e infinda dos astros no firmamento era zimuts (daonde azimute, tal
como até hoje se diz em nossa astronomia). E se a matemática surgiu no Egito, é porque ela é a eterna sequência e mutação dos números até o infinito... Então tudo era mudança, tudo era ummutis, mutação incessante, não existia ali o verbo ser, em sua concepção estática, mas sim unnu, ou seja, devenir, vir a ser. E Unnu era o oceano cósmico, o grande Rio Celeste quedea Heliópolis. tudo dá vida, conforme o definia a escola E Unu era o que não tinha princípio nem fim, o mesmo sentido que na escola de Mênfis tinha Ptah - o Pai Celeste, o Pai dos Pais, o Criador. Ptah era também, nos primórdios do Egito, chamado Senhor dos novosdoespíritos manifestantes e totalidade fluido primordial. Ptah era assim como aquilo que hoje se chama fluido cósmico universal, a sua srcem ou força criadora. Mas também era a consciência ou força que cria o duplo Universo. Na ciência egípcia essa duplicidade do Universo tinha o caráter da sempre dinâmica
interação e mutação. Era o sentido da polaridade como expressão do movimento em tudo existente e agindo sem cessar. Mir-ui eram as duas correntes de força. Tuaunnu Cra o duplo fluir, o correr em duas direções opostas entre si. Hir-ui'f eram duas fases de correntes: ascendente (hud) e descendente (sud). Esse conceito de corrente de força assenta-se tambem no conhecimento das correntes mentais e na movimentação dos fluidos, dentro do dualismo de ação e reação continuas. Assim também, renovar num de eseus sentidos,doduat, ou seja,era o continuo manifestar ciclo dual fenomênico; assim era tat, ou seja, o continuo repetir da vida na sucessão das formas; assim era tui, o continuo alternar nas fases de assimilação e desassimilação, aceitação e sacrificio, alegría e dor, atividade e repouso, quente e frio, luz e sombra. Luz e sombra! Duas fases de uma mesma ação.
Jamais a morte, mas sempre "hik", o segundo princípio, o recomeço, a ressurreição, a concepção do movimento continuo do Universo material e espiritual, o conceito da relatividade de tudo - milênios antes de Einstein! Tudo é "mutis" - Universo de mutação. E a relatividade como base suprema do hermetismo. Ali a unidade abarca o dualismo, e este justifica e harmoniza as ações. Também na religião egípcia essa relatividade de vistas, onde luz e sombra, bem e mal são duas manifestações em equilíbrio. O desencarnado passava ao mundo de Duat e Amenti crosta) aos se fosse ainda impuro e(Umbral devedor,e edapassava campos de Jaru ou riut (céu) se tivesse sido uma alma isenta de defeitos. Mas tudo considerado em termos de contínuo ir e retornar, descer e subir, modificar-se sempre. Enut (fluido) tinha também uma conceituação de energia do mundo transcendental. A dualidade era bem enquadrada num monismo
teogônico e cosmogônico. Os dois lados de qualquer manifestação tinham a sua razão de ser, a sua finalidade. Também na saúde do corpo e da alma havia uma concepção harmônica relativística, onde khinsu era força de cura, e onde - atentemos bem! - sut (doença) era também necessária. Uma concepção dinâmica de enfermidade, onde tudo tinha sua imanente de ser e a significar; onderazão a patogenia reforçava posterior resistência biológica; onde o negativo é também necessário. São conceitos que as medicinas futuras redescobririam ou redescobrirão, onde os Paracelso, os flahnemann, os Jenner, os Pasteur parece chegaram um pouquinho atrasados. Nessa cosmogonia dualista egípcia, o Espaço era masculino e o Tempo feminino, Na união de ambos, o eterno vir a ser. Se havia nebhatis (o reino visível), havia também hatisera (o soberano. reino invisível), onde o ka do (perispírito) Aqui, no mundo Além, criado por Unu, Pai dos Seres, os Uru
eram os seres primeiros (espíritos perfeitos?), srcinando depois o conceito de Eterj (entes universais), depois confundidos pelos gregos como deuses (theoi). Então, no Egito tudo estava no conceito de dinamismo relativista, onde substancial, imenso conceito e uso tinha a força sutil dos nut (fluidos), dos unnut (fluidos cósmicos), dos grunnut (misteriosos fluidos celestes espirituais?). Não, não existia ali a palavra morte, e sim tudo era transformação fluídica! O Antigo Egito alcançava, sim, o mecanismo íntimo e sutil da vida, dominando certamente a ciência dos nominava chacras, pois conhecia 36 plexos, hindu aos quais metu. Não, não sabemos nada de múmias e fluidos do Egito! Ouçamos, da poeira dos milênios, a voz rouquenha de Hermes Trismegisto, esteteve sábio hierofante que a mais grandiosa visão da ciência da manifestação fluídica universal no
querido Egito que ele assim lamenta: "Então, esta terra santíssima, pátria dos santuários dos templos, permanecerá totalmente coberta de sepulcros e de mortos. Oh! Egito, Egito! De teus cultos restarão apenas mitos e nem sequer teus filhos, mais tarde, crerão neles; nada sobreviverá, a não serás palavras gravadas sobre as pedras que contam tuas piedosas façanhas!" Depois dos egípcios, os gregos, os romanos. Não falaremos deles, de como tanto copiaram do Egito, de como jogaram aos séculos futuros e ao Ocidente o conhecimento exterior de uma ciência interior egípcia, oculta e mais respeitada no silêncio e recato dos templos. Dos chineses, dos japoneses falaremos em outros capítulos. Veio o cristianismo. As ciências ocultas adormeceram séculos afora, num sono profundo, aos braços mais robustos da religião e da fé. ISMAEL ALONSO
II NEBULOSOS CAMINHOS DOS E FLUÍDOS DO ESPÍRITO 1CIÊNCIAS ANTIGAS: REALIDADE FLUÍDICA 1 - CIÊNCIAS ANTIGAS: REALIDADE FLUÍDICA Embora, com Schrõdinger, tenhamos ainda uma idéia nebulosa da intimidade Rutherford iniciou a escaladada damatéria, sua transformação técnica e Planck possibilitou explicá-la melhor com a teoria quântica. A matemática possibilitou entender um tanto, agir e modificar o que ainda não se vê: o átomo. Que fará a matemática do futuro para equacionar as leis que regem o espírito?
Ciências antigas: realidade fluídica A amplitude aberta pelo espiritismo ao progresso do conhecimento às vezes não é bem alcançada. Doutrina de liberdade de pensamento, não faz ele restrições a nenhuma abordagem filosófica ou científica, em qualquer tema. Mas é próprio da inferioridade do homem alimentar o preconceito, pela própria preguiça do espírito de pensar, melhor analisar, com a imparcialidade desejável. Assim quanto às várias disciplinas que correram e correm os milênios, encontrando na ciência e nos cérebros repúdio e distanciamento, sob oscerto efeitos do contumaz preconceito e estreiteza de visão filosófica. A visão bíblica do carro voador de Ezequiel é proposta como UFO pela clipeologia, um ramo da ufologia voltado ao estudo de vestígios de extraterrestres na história. É ridícula hoje a negação da comunicabilidade de extraterrestres e extraterrenos, desde um
vasto tempo. Isto é fundamento a antigas revelações científicas. É preciso lembrar que o processo do conhecimento científico que conhecemos, além de se ter desenvolvido fundamentalmente em apenas alguns séculos, não é modelo único do imenso Universo. Más ciências e ciências desconhecidas. A razão manda admitir que as leis são universais, mas também que a sua manifestação é ampla; se é semelhante, não é idêntica de mundo a mundo. E o mesmo se diga da ciência de cada mundo: o mais exato tratado científico terrestre seria primaríssimo sob a análise de um ser de planeta apenas o dobro mais evolucionado. E que dizer daqueles mundos e seres monumentais, cuja evolução e inteligência sequer podemos imaginar?! Não, o que temos de ciência e tecnologia na Terra não é, de maneira alguma, um modelo para todo o Universo. Aquele que já teve de nossa própria ciência uma
visão, ainda que tacanha como ela é, da complexidade do Universo, vai admitir que seguramente o que conhecemos é um quase nada diante do infinito de aprendizado a abismar o nosso espírito. Mas há as revelações. Do lado de lá para o lado de cá. E elas não têm época nem espaço delimitado: ocorrem aqui, em Júpiter, em Síríus, ontem, hoje, sempre... Más também os contatos, físicos ou não, com seres de outros planetas. Isto é mais do que elementar. E às vezes tais contatos assumem também a característica de revelação, pelo evidente adiantamento dos seres comunicantes. Essas duas modalidades de contatoàs-vezes de uma extraterrestres e de extraterrenos, e a mesma coisa ao mesmo tempo acompanham a Terra desde o seu nascimento. Ambas teriam revelado conhecimentos e ciências quase sempre resguardados pelas corporações ditas secretas. Ora, tal secretismo envolto em simbolismo místico é a razão maior da sombra ignara do
preconceito. Revelações são trabalho de milênios. Ao alcançarem os dois últimos séculos, ocultas ainda em sua pureza ou deturpadas na parcial vulgarização, esbarraram e esbarram na frialdade da ciência moderna, obtendo seu desprezo e o cognome de ultrapassadas ou de pseudociências. Tal relego, às vezes inconsciente, é próprio entrada de nossa evolução científica no cicloda analítico, em sobreposição ao ciclo sintético. Este último, contudo, não morreu, não cedeu seu lugar, mas permanece na dupla colocação de sempre: ou deturpado em algumas mentes ou valorizado ocultamente por outras em sua pureza inicial. Reconheçamos tais mudanças no ciclo evolutivo do pensamento como forças necessárias à reorganização do próprio espírito. Síntese-análise, análise-síntese: fluxo e refluxo do pensamento. Às vezes até representação da bipolaridade evolucionai do planeta: a síntese oriental e a
análise ocidental. Mas são ciclos que ora estão a se acoplar ao influxo de um novo salto evolutivo. Então, a ciência analítica de hoje apenas revive a ciência sintética do passado, desenrolando-a qual velho pergaminho estirado sobre a mesa gigante da técnica. Façamos um rápido passeio por algumas minissínteses que teimam desafiar os milênios, ultrapassar a era em atômica e quiçá adquirir nova vestimenta na futura era do espírito. E, ao fazê-lo, tenhamos sempre presente que estamos tentando destacar como a idéia de fluido está impregnada na poeira dos milênios, mas que nem por tal razào deixa de ser uma idéia-chave que pode abrir portas significativas à transformação do processo científico reclamado ou já cursando no nosso momento. A ciência retorna à metafísica... Espantemo-nos com o matemático Madamard: "Eis um estranho fenômeno, sem precedente na história pensamento. Uma ciência chegada ao estadodopositivo está ocupada em arrepiar caminho e em regressarão estado metafísico. E
esta ciência é a mais simples, a mais antiga, a mais perfeita de todas: é a matemática (...) Eis que o solo Urine e definitivamente consolidado lhe foge debaixo dos pés, de sorte que de novo estamos patinhando, como na Idade Média..." (Prefácio aos Fundamentos das Matemáticas de Gonseth). Com efeito, as matemáticas evoluirão ainda, como argamassa da Ciência. Mas, para o espiritualista, é sinônimo de sutilização, deevolução fluidificação. Nesse processo, o antigo se funde ao novo, criando disciplinas e novidades, também no terreno dos números, da matemática. E a passagem à metafísica é um fenômeno certamente programaperplexidade da evolução ao Espírito, previsto embora no despertando nos cientistas e Filósofos. Confessa Georges Gusdorf no seu grande "Tratado de Metafísica" (Cia. Ed. Macional): "Com efeito, o século XX, ao mesmo tempo que proporcionava aos científicos eem aoscertos técnicos os resultados mais extraordinários domínios bem delimitados, oferece o espetáculo
de espantosa confusão intelectual. Os pesquisadores viram-se obrigados a renunciar às certezas mais familiares e a pôr de novo em dúvida os fundamentos sobre que se erguia, desde há séculos, o edifício do saber. Vivemos uma época de ruptura em todos os domínios (...)" E ouçamos o célebre Gaston Bachelard (O Materialismo Racional) desacreditando o próprio orgulho Nunca temos certeza de que o da queciência: foi fundamental o a continuará sendo. O dogmatismo científico é dogmatismo que se vai embotando". ISMAEL ALONSO II NEBULOSOS CAMINHOS DOS FLUÍDOS E DO ESPÍRITO 2-A
SOMBRA DO NÚMERO 2 - A SOMBRA DO NÚMERO A sombra do número Desde 290 a.C. e dos primórdios da ciência matemática grega evoluiu a geometria plana de Euclides (306-283 a.C), persistindo a idéia do espaço e da linha reta infinitos. Somente pelo ano 1823, com o matemático húngaro Janos Bolyai (1802-1866) e o matemático russo Mikolai Lobachevsky (17931856), foi dado um golpe fatal na geometria plana euclidiana, que foi então suplantada pela geometria hiperbólica, onde firmou-se a de concepção do espaço universal em forma sela. A partir de 1850, outra revolução houve na concep-çfto da forma do Universo, através do suíço Ludwig Schláfli edo alemão Georg F. Riemann (1806-1866). E foi graças ainda à genialidade do físico alemão Max Planck (1858-1947) que partiu à
geometria de formas esféricas na configuração do Universo, tudo muito bem aproveitado e explicado ainda pelo gênio de Albert Einstein. O conceito de hiperesfera tetradimensional para definir a forma do Universo veio da matemática riemanniana. Se esse modelo veio restringir, fechar, tornar finito o Universo, por outro lado desde Riemmann e Einstein foi que também para o conceito da quarta dimensão (o partimos tempo), em que o fechamento de um ciclo como que se abre num outro mundo que se distende para além do Universo físico, finito. Do Universo material, fechado, finito, para o Universo imaterial, aberto, quiçá infinito... Tal a progressão natural do mundo material ao mundo espiritual. Um conceito que se impõe pela lógica. Mas o mundo espiritual será sempre prevalente. Ele é o gerador do mundo material e estará sempre regendo-o, influindo e sublimando intimidade do átomo, como bem o define a Emmanuel:
"Todas as correntes eletrônicas, portanto, ou ondas de matéria rarefeita, são elementos subordinados às correntes de fluidos ou vibrações espirituais; aquelas são os instrumentos passivos, estas as forças ativas e renovadoras do Universo". (EMMANUEL, FCX, FEB). Assevera o Espírito Allan Kardec: "O homem moderno, evoluído, obteráesuas diretrizes pela ação de forças superiores se tornará comparável à antena de vossos telégrafos sem fio. -Não está longe o dia em que sereis convencidos de que o infinito é Deus mesmo e de que a vida universal circula por toda parte, sendo os espaços os campos vibratórios radiantes." (O Gênio Céltico, L. Denis, CELD). Ismael Alonso
II - NEBULOSOS CAMINHOS DOS FLUÍDOS E DO
ESPÍRITO 3 - UNIVERSO PROGRAMADO: MATEMATICAMENTE FINITO 3 - UNIVERSO PROGRAMADO: MATEMATICA FINITO Universo programado: matematicamente finito A concepção de Universo curvo, vigente na física atual, é uma decorrência do conceito de campo, que por sua vez é uma decorrência do conceito de fluido. A curvatura do espaço é um fato porque alguma coisa, alguma matéria sutil nele o possibilita. Matéria fluídica. Na sua obra "Teoria especial e geral da relatividade", diz Einstein: "...os resultados dos cálculos indicam que, se a matéria se distribui de maneira uniforme, o Universo tem que ser forçosamente esférico (ou elíptico). Mas como, na realidade, não é estruturalmente uniforme - a distribuição da
matéria, o universo real afastar-se-á em tais ou tais pontos da forma esférica e será, por conseguinte, quase esférico. Mas forçosamente será finito." Com o ser material, curvo, finito, fechado sobre si mesmo, o Universo da física moderna carregaria a sua própria programação, a sua própria limitação - admitindo, com o próprio Planck, que nele há uma imanente inteligência a justificá-lo, a explicá-lo, a torná-lo possível. O conceito de Universo finito levaria então filósofos espiritualistas (e nem tanto os kardecistas, que ainda o rejeitam) a admitirem um Universo-queda, fruto de uma emborcação do espírito, já que o Universo espiritual seria infinitamente ao Universo material, aqui onde umasuperior programação inteligente se justifica em si mesma, ficando difícil admiti-lo de outra forma. Porque a própria Ciência, diante dos inumeráveis fatores de imanente inteligência saltando às vistas na fisionomia de uma como que programação universal, fica estarrecida, mas curva-se diante da do impossibilidade, da impraticabilidade conceito de Universo-acidente.
Ora, se uma programação há, forçosamente vem ela do Universo imediatamente superior: o mundo espiritual. Ou pelo menos passa necessariamente por ele. Aí, então, dentro da conceituaçáo de finitude programada, emergería uma nova matemática, onde surge a complexa figura do homem como fator maior, porque ele terá sido, ainda hipoteticamente, a razão criar-se um Universo finito de umsuficiente Universode infinito. O Universo-número encontra aí uma expressão. Não mais somente o Universo da matemática riemanniana como pura expressão da matéria física, mas também o homem-Universo entrando coercitivamente na matéria ser programado e programável, finitocomo na um sequência numérica dos fatos para que, esgotada a programação, transcenda-se a si próprio e penetre no Universo infinito, na outra dimensão, no mundo espiritual. Um salto de uma realidade provisória para uma realidade definitiva. Na programação reencarnatória prévia, no
mundo espiritual, já entra a matemática cármica equacionando numericamente os parâmetros biológicos, onde a numeração é expressão de complexas equações elaboradas pelos espíritos programadores. Assim, os fenômenos da matéria são fenômenos mostrando uma inteligência passiva, enquanto os fenômenos do espírito mostram uma inteligência ativa. Como traduzir então em leis matemáticas ações espírito? Elasasnão são ativamente flutuantes, liberais do circunstanciais, imprevisíveis, fugidias a qualquer matemática? Podemos assinalar a partir de René Descartes (1596-1650) uma tentativa pioneira de colocar em leis matemáticas todo o grosso do como da conhecimento, não somente da ciência filosofia, da religião, da metafísica. Descartes, com sua gigante geometria analítica, levou avante a ciência, inaugurando uma visão matemática do mundo. Tal escalada veio atingir o nosso século com a relatividade de Einstein, encarada como uma geometria do espaço-tempo, seguida de
esforços como o do físico brasileiro Mário Schònberg equacionando em propriedades geométricas a teoria quântica. Se o filósofo Voltaire já lembrara que para este imenso relógio que é o Universo há de ter um Relojoeiro, hoje a própria ciência aproxima-se do Deus-Geômetra. Ora, a sabedoria desse Deus matemático obviamente colocouaotudo leis, do mínimo fenômeno material maisemgrandioso ato humano, ambos com expressões matemáticas num gigante computador divino a que não temos acesso global, mas fragmentário. Se, segundo expressão do próprio Einstein, "Deus joga dados com o Universo", estamosnão integrados num Universo de matemática perfeição, como é o próprio Deus, seu Criador. O não se poder abarcar o conjunto perfeito de leis matemáticas do Criador, pela própria limitação do homem, inserta nessas leis, não pode levar a também descrer na manifestação esporádica e incompleta, no nosso plano e na
nossa inteligência, de algumas faces dessa multifacética matemática do Criador. É o que algumas revelações e ciências bem antigas teriam tentado ver, demonstrar e disso tomar partido para a evolução mais acelerada do espírito. E a ciência atômica moderna, escrava da análise, sonhando com a síntese, prossegue no caminho matemático, que, não obstante engrandecer de certavivo maneira a inteligência humana, é o retrato de nossa própria impotência de seres limitados por contingências materiais. No seu livro "Autobiografia da Ciência", diznos Forest Ray Moulton: "Ainda que possam dizer-nos muitas coisas acerca da maneira de ser dos elétrons e outras entidades atômicas que se juntam para constituir aquilo a que o senso comum chama matéria sólida, nem Rutherford nem nenhum outro sábio moderno foi capaz de nos descrever exatamente o sistema atômico, a não ser em termos matemáticos."
Assim, vai o homem acostumando-se à idéia paradoxal de que a própria tão decantada beleza do Universo é uma beleza de números. Debruçado ante tão intrigante questão esteve o grande gênio da matemática moderna Jules Henri Foincaré (1854-1912), que abriu caminho a Einstein e a Planck. No seu ensaio sobre "A criação matemática", onde até fundamenta suas idéias sobre o processo intuitivo e inspirativo da invenção, Poincaré sugereque queéna imensidão da universalidade numérica, uma expressão grandiosa das leis e fenômenos do incomensurável Universo, o cientista criador apenas surpreende esta ou aquela pequena porção, esta ou aquela semilei, dentro daquilo que considera mais motivável, mais útil ao seu momento inquiritivo. número choca-se com o finito O doinfinito homem,doque todavia não pode nem deve conceber um fim existencial a si mesmo, uma morte de si mesmo num Universo que a física enxerga Finito. Isto porque está inato no homem o sentido da imortalidade do espírito, sentimento profundo sobrepondo-se a qualquer número, a qualquer ciência, a qualquer lei matemática.
Nessas condições, a própria matemática, aplicada ao conhecimento vasto do Universo, leva o homem a dobrar-se humildemente sobre si mesmo e perante um Criador. O poder do número nos esmaga e nos faz cair ao chão, genuflexos, mas também engrandecidos, porque fazemos parte inextinguível desse grande Todo, onde se rebaixa para depois se engrandecer, onde se extingue na matéria para se renovar no espírito. A própria evolução da matemática confirmaria, então, a existência do espírito. O filósofo e matemático Bertrand Russel considerou os "Princípios Matemáticos" de Newton como o maior monumento intelectual surgido na humanidade. O cientista enxerga o Universo como uma expressão de números. Mas ele revive hoje as antiquíssimas asserções dos pitagóricos: "Tudo é número e a sua manifestação". Números hoje substituem palavras e conceitos. O miniuniverso dos átomos é um universo de
números, porque do átomo ou de seus componentes não se enxerga a face, mas apenas os parâmetros numéricos. Subjacente nessas considerações esteve sempre relegada outra ciência levada à conta de empirismo esotérico: a numerologia. As razões do desprezo por tal ciência remota são as mesmas atingindo outras mais, como a alquimia, a astrologia, a magia. Razõesdessas apoiadas na vulgarização e deturpação ciências, apresentando à racionalidade científica uma distorcida imagem. Porém, o ordenamento harmônico de todas as leis e fenômenos do Universo leva essa sua expressão matemática a caracterizar toda manifestação na matéria: dos minerais aos vegetais e ao homem. Admitir-se uma correspondência numérica global nos fenômenos universais, considerando o número como símbolo sintético de parâmetros físicos ciência.- isso não fere os princípios básicos da
Acertada a penetração íntima do número no mundo físico, mais fácil será a aceitação de sua vigência também, e ainda mais sutil, no mundo psíquico. De fato, haveremos de estabelecer que o homem, em tudo e sobre tudo, é um ser programado em dois aspectos: um, flutuante, pelas circunstâncias reencarnatórias; o outro, pela fatalidade do progresso. A idéia da integração do número no todo universal não fere os cânones das filosofias espiritualistas. Aqui o maior empeço de aparente contradição seria a lei do livre-arbítrio, cuja vigência, numa análise apressada, colocaria em xeque a correspondência numérica das leisserbiológicas e sociais frentede ao homem como livre, executor de ações circunstâncias infinitas, desarticuladas de qualquer coercitividade matemática. Ledo engano! Justamente aqui outra lei vem a favor da correspondência numérica universal: a lei de causa e efeito, vigendo tanto no plano fenomênico da matéria quanto espírito, tanto na físico-química quanto no no do homem colocado como ser transcendental.
Ora, a lei do livre-arbítrio acopla-se perfeitamente à lei de causa e efeito. Donde uma lei de numerologia se encaixaria perfeitamente numa lei de elasticidade fenomênica. Sim, porque o entrechoque e a imprevisibilidade das forças acionadas pelo livre-arbítrio e a vontade penetram num dinamismo matemático previsível, porque integrado numa lei de causa e efeito. Dão importa a complexidade circunstancial, porque sempre será possível qualquer imaginável sistema de referência possiblitando equacionar os momentos, os parâmetros, os números de quaisquer ocorrências, em qualquer tempo e local. O homem é escravo seus são atos.elencáveis A um e corresponde o outro.dos Os atos sua correspondência, sua sincronicidade também. Das equações decorrentes pode-se traçar mapas de confluencias. E o número é a expressão simples e sintética de toda uma complexa malha de ocorrências incidindo no espaço e no tempo. Espaço e tempo são hoje, na intimidade,
expressão numérica. O tempo absoluto foi destronado pelo relativismo einsteiniano e também o big-bang colocou um começo e um fim ao universo: fora deste, na nova concepção astrofísica, embasada na geometria riemanniana, nada pode existir, porque o Universo conhecido, teoricamente finito, dobra-se sobre si mesmo, como uma incomensurável esfera ao redor da qual estará a maior interrogações dapor razão humana. Porquedas a própria razão cai terra ao conceber a impossibilidade ou possibilidade tanto do finito como do infinito. O vazio último, fora do Universo e dentro de matéria, é a maior incógnita. Aí falece a razão. Eis a que alturas do pensamento a nos leva: corporificação matemática da ciência a paradoxos aparentemente inextricáveis. Aqui, como solução, se nos impõe, somado ao conceito já quase científico de universo inteligente, aqueloutro, ainda filosófico, de universo finalidade. O próprio Planck já assinalou a inteligência da matéria.
Com efeito, a admissão de uma inteligência e uma finalidade para o Universo encurtaria distâncias à análise científica. Esses dois conceitos, que evidentemente já estariam unidos num só, explicariam outros fenômenos do homem dentro do Universo, onde todos os seus atos teriam uma finalística razão de ser. E aí emerge o que estamos discutindo: a validade de uma numerologia científica aplicada também, e principalmente, ao comportamento humano. Entretanto, a ciência, antes de cogitar de aspectos filosóficos, cogita de aspectos fatuais. Interessa-lhe primeiramente o fenômeno, pela própria da acidentalidade colocadacaracterística circunstancialmente no progresso da ciência. Ora, por tais razões é que a ciência já estaria penetrando no que se chamaria paradoxo da coincidência, onde a repetição numérica no encadeamento dos fatos mostra uma realidade fenomênica equacionável.
Certamente que tais considerações em torno da intrigante repetitividade de fatos na matéria e nas ações humanas interessaria mais às ciências inexatas, como a psicologia, onde a teoria da sincronicidade regendo fenômenos em torno do homem, e a própria astrologia, despertaram cérebros como o de Carl Jung. Ocorrências díspares, com significados à primeira vista distanciados e desrelacionados entre si, passam a assumir correspondência mútua, passam a sugerir significados ocultos, em suaem sua repetitividade, em sua premonição, antevisão pelo homem. Ora, quando se fala em sincronismo, fala-se em tempo. E tempo, nas equações einsteinianas, nada mais é do que uma quarta dimensão. E quarta dimensão é sinônimo de mundo espiritual. Aí, fundamenta-se que tudo o que ocorre no tempo tem uma srcem pretérita, uma finalidade anteriormente equacionada. Porque o tempo entra no mundo material como um acidente imposto decomo uma dimensão uma inferior, assim o próprio superior Universoa material é uma contraparte do mundo espiritual.
O homem, embora acostumado a rotular com número as ocorrências do tempo (tempo = uma função adaptada do espírito para provar-se na matéria), esquece-se, porém, de relacioná-las entre si, de comparar os números de sua existência, de colocá-los como parâmetros equacionais da lei de causa e efeito. Nem poderia ser de outra forma, porque o homem há de preocupar-se com empenho na sua evolução, na aplicaçãoprimeira de sua vontade, matemática e últimasem das entrar ações, na o que certamente lhe confundiria, já que a própria Providência age benéficamente ao promover o esquecimento de atos e fatos no pré-reencarne. Mas, numa preocupação e colocação apenas filosóficas, lembremos que o passado explica o presente e que este explica o futuro divisões arbitrárias do tempo que se- três interdependem no que o homem faz e não faz, através do seu Iivre-arbítrio. Ora, entendamos, então, que tempo, para o homem e dentro da própria lei da unidade fenomênica, também é número. Estamos, sem perceber, mergulhados no mar da
numerologia. Que esta esteja errada nas suas interpretações e escolas, aceitemos. Mas sua possibilidade fenomênica é uma postulação perfeitamente científica. O espiritista bem sabe que a um ato A corresponde um ato B; que a dois atos A corresponderão dois atos B. Isto está implicado também na matemática cármica. Ora, o intriganteestranhíssimas é que os pesquisadores já surpreenderam coincidências numéricas encadeando fatos da vida humana. E isso tem um significado de lei, porque o acaso é palavra proibida no Universo-matemática. Sim, os pesos das ciências antigas retornam na sua augusta simplicidade. Recaminhos da síntese... A parapsicologia já bem constatou o intrigante fenômeno da repetitividade de fatos e episódios em intervalos de tempo, mas em datas coincidentes. Liga isso inclusive ao conceito de psicoscopia de ambiente. Célebre o caso do Palácio de Versalhes, na
França, onde duas senhoras viram cenas de um passado remoto Se repetirem à sua frente, com perfeição. Carlos de Vesme, ex-Presidente da Sociedade Espírita Belga, escreveu profusamente sobre as visões celestes, mostrando como cenas de batalhas, episódios históricos bem conhecidos são visualizados por multidões, no dia mesmo em que se efetivaram, porém décadas, séculos, talvez milênios mais tarde. Trata-se aí simplesmente de repetição rémanente de episódios: um deles realmente efetivou-se na história, enquanto os demais são simples cópias que alcançaram um complexo de fixação fluídica no espaço, refletindo no tempo. Pois bem, trata-se aí de uma ordem de fenômeno multiplicado, retornando e repetindose no presente um fato do passado. Há fatores, seguramente ainda desconhecidos, que gravam no tempo e no espaço os acontecimentos, com a capacidade intrínseca de fazê-los retornar ao palco da ordenamento vida, ao palcológico da fluência do tempo, com um manifestando-se no relógio cósmico: um retorno marcado para
ocorrer após tantas e tantas voltas da Terra sobre o seu próprio eixo ou em um respectivo ponto da sua translação anual pelo espaço, ao que, de alguma forma, estaria ligado o seu mecanismo de fixação. A Lei da remanência foi constatada pelos radiestesistas: um objeto, uma pessoa deixam a sua forma duplicada no espaço em que permaneceram por um tempo e circunstâncias ainda imprecisáveis, o que pode pelas vibrações pendulares e até ser por aferido certas raras fotografias. É uma confirmação do conceito hinduísta de Akasha, envoltório fluídico na matéria e no planeta que grava os fenômenos e as formas manifestas no espaço e no tempo, formando um registro permanente que pode ser visitado ou consultado pelosa fundamentação homens mais preparados. E é tudo ainda científica da psicometria, em que um sensitivo prospecta informações dos objetos, das pessoas, dos ambientes, através de um impacto de sensibilização fluídica. Tudo isso refere-se a fenômenos pretéritos. Os fenômenos futuros seriam justamente
aqueles que se colocariam como fundamento de uma numerologia do porvir. Passado-presente-futuro é uma equação unitária de fenômenos, se vista de uma posição de escape humano atemporal e em sua fluência sequencial constatável, observável. Até certo ponto a parapsicologia coloca em prova aceitável aqueles fenômenos do passado em repetição no presente. exata e matematicamente iguais.São Masfenômenos há os fenômenos desiguais... O outro fenômeno da repetição numérica, pura e simples, apresentando significados desiguais, mais ou menos unidos a um ordenamento aparentemente inteligente, significados confluentes - oapresentando que será considerado como coincidência, como capricho da natureza, como simples cochilo da heterogeneidade fenomênica. E com razões. Mas isso porque poucos estudos se fazem sobre isso, considerando-se alguns casos gritantes de correspondências numéricas como fenômenos de bruxas. na vida humana
Não vamos ser numerólogos, porque temos coisas melhores e mais importantes a fazer. Mas a evolução das matemáticas é fatal, trilhando um caminho de sínteses sobre sínteses. Não será, pois, absurdo que no futuro se crie uma ciência qualquer, filha da arcaica numerologia, e que englobe em leis as confluencias homem-número-fatos. Tudo isso é muito bem possível, mas interessanos mesmo, por ora, agarrar-nos bem ao solo das prioridades, para que o turbilhão incerto das novidades não nos leve de roldão. Assinale-se, afinal, o aspecto fluídico da questão, que é o que aqui nos interessaria. Pois a anterioridade doàfenômeno que se repete leva-nos admissão ou de do umnúmero antecedente de fixação fluídica sutil, sem o que nada disso seria possível. Daí o fato de considerarmos que todos os caminhos nos levam aos fluidos, e estes às outras dimensões, ao mundo dos espíritos. ISMAEL ALONSO
II NEBULOSOS CAMINHOS DOS FLUÍDOS E DO ESPÍRITO 4-A FEITICEIRA ASTROLOGIA O paradoxo da complexidade-síntese e a transcendentalidade da astrologia levam os pesquisadores a considerá-la uma ciência revelada. 4 - A feiticeira astrologia Repúdio há também para com a velha astrologia. Também aqui os vários fatores do preconceito, para cuja meia-razão podemos jogar a mesma explicação: a vulgarização, o acobertamento místico-simbólico, o aparente empirismo acientífico.
Máis alguns milênios apareciam entre os sumérios certos seres estranhos, com armaduras pisciformes. Eram os Akpallus, os Oannes, criaturas humanas travestidas fantasticamente. De dia esses seres passavam àqueles homens incultos e bárbaros as grandes ciências e conhecimentos trazidos de alhures, e à noite mergulhavam nas águas do mar, onde permaneciam até que voltassem com mais ciências ao povo maravilhado. Astrologia, talvez alquimia, seriam revelações de seres similares, talvez extraterrestres direcionando a evolução dos sumérios, babilônios. E partindo de Sumer foi que a astrologia caminhou. As sociedades e tradições secretas seguraram os seus fundamentos explicativos. O povo assegurou a sua permanência divulgativa, embora com deturpações. Astrologia, alquimia, numerologia, teurgia: ciências unidas por uma unidade de conhecimento, quiçá vindo das estrelas, lá na primitiva Suméria ou no Egito.
Dali passavam à história da astronomia os seus próprios primórdios. Mas não era astronomia: era astrologia. Sim, há uma diferença. Mas a astronomia não caminhou sobre o cadáver da astrologia. Simplesmente seguiu outro caminho: o caminho analítico-experimental. O conhecimento oculto e sintético da astrologia, alheio à vulgarização deturpadora, permaneceu vivo, não obstante a erva daninha do misticismo que se lhe impregnou e até as agregações técnicas inoportunas, prejudicando a seiva vital das srcens. A astrologia é a grande comprovação da unidade das leis fenomênicas. Uma um influenciação astrológica age como conjunto unitário de energias. Dir-se-ia: uma globalização fluídica. Também a astrologia não se ressente da lei do livre-arbítrio, e integra-se perfeitamente na lei de causa e efeito. Os astros dispõem; não impõem.
Cientistas relutam, embora aqui e ali se a comprovem. Chamam-na pseudociência, superstição ultrapassada. Pois como compará-la às glórias da astrofísica, que com seus monumentais recursos técnicos levanta o espírito humano a buscar os confins do Universo e dignificar-se como filho-deus de um grandiosíssimo Criador? A luta contra a astrologia já se desgastou. Tornou-se inconsistente, porque as provas a favor dela são esmagadoras. As figuras respeitáveis que assentaram as bases do edifício da nova astronomia foram, antes de tudo, astrólogos que, ao estabelecê-las, procuravam assim amparar suas convicções astrológicas em leis de expressão matemática. Isaac Newton dedicara-se a vida inteira aos estudos das ciências ocultas, como a alquimia e a astrologia, e a preocupação científica puramente acadêmica fora apenas um acidente em sua vida. E, quando lhe repreenderam os opositores, disse: "— Eu estudei astrologia, e os senhores não!"
A célebre previsão astrológica de Newton quanto a desastrosas ocorrências telúricas que, em 1750, atingiriam seu país em função de certas configurações planetárias, confirmou-se plenamente: a Inglaterra foi fortemente assolada por grandes desastres naturais, com terremotos, tempestades, convulsões climáticas. Newton não pôde acompanhar o que previra, porque desencarnara bem antes, em 1727, mas seus opositores se manifestaram depoiso acerto do extremamente admirados perante dentista-astrólogo. Como os astrónomos, seus predecessores, Newton enxergou naquelas antigas ciênciassíntese uma realidade, na refulgencia de seu gênio, capacitado a surpreender fatos na subjacência das aparências. O exemplo do sábio Newton foi para cá passado propositalmente, porque, como reza o seu próprio epitáfio, "o gênero humano engrandeceu-se por ter nascido tal homem". Todos beme qualquer conhecemtentativa a sua capacitação científica de ridicularizá-lo seria, por sua vez, ainda mais ridícula.
Com a revolução científica que atingiu a segunda metade do século passado, a astronomia deixou a astrologia um tanto atrás. Não obstante, precisamente nas últimas décadas do século XX, quando a ciência alcança altíssimos níveis de precisão, de aferição e técnica especializada, a astrologia ressurge vitoriosa, mesmo que com outros nomes ou dentro de outras disciplinas e roupagens. De fato, cientistas do mundo inteiro vêm descobrindo nos seres vivos, no homem, nos fenômenos geológicos em geral, vários efeitos de causa cósmica comprobatórios da astrologia. Grandes cientistas atestam hoje a vigência do efeito Lua em ramos do conhecimento: na biologia, navários medicina (psiquiatria, ginecologia, obstetrícia, clínica geral), na psicologia individual e de massa, na ciência do comportamento, nas ciências jurídico-criminais, na economia, na geologia, na meteorologia, nos surtos históricos significativos, etc. O mesmo se diga das configurações planetárias em geral, regedoras de particularizadas
influenciações de toda ordem, muito bem assinaladas por grandes nomes da ciência hodierna. Quantos cientistas já não constataram várias e importantes influências, como o efeito Mercúrio, o efeito Júpiter, o efeito Urano? Mesmo cientistas da NASA pronunciaram-se reconhecendo que os astros distantes influenciam o homem terrestre e o seu planeta. O assim chamado efeito Piccardi despertou e desacalmou os químicos, porque a antes tão exata ciência de Lavoisier passou a ser não tão exata nas suas constantes, penetrável que é, nos experimentos controlados com o máximo rigor, por um intruso efeito cósmico desconhecido de aquilatada periodicidade. Na intimidade silenciosa das águas estagnadas como no turbilhão dos maremotos, na calmaria do ar como na tempestade dos ventos uivantes, na estruturação equilibrada da matéria quanto nas revoluções no -vulcanismo, terremotos, nostelúricas, maremotos em tudo a nos observação atenta do cientista tem descoberto o
dedo sutil de um denominador cósmico invisível. Assim, num ritmo crescente, a ciência vai descobrindo que não somente a Terra, considerada como um todo, mas também o homem, considerado quer isolada ou coletivamente, não podem ser definidos e equacionados estanquemente perante o sistema solar e o imenso Universo que o contém. A técnica e a pesquisa vão como, penetrando em influências sutilíssimas, por exemplo, aquelas que regem a bioquímica e biologia prénatal, onde fatores importantíssimos, oriundos do cosmo e até então relegados, são extremamente determinantes na intimidade do desenvolvimento das células, da vida intrauterina. O Sol, para além da simples luminosidade e temperatura, há muito tem revelado outras assombrosas influenciações à ciência, em tudo que diga respeito à Terra e seus habitantes. Fatores também sutis, srcinários principalmente das perturbações dos ciclos das manchas solares, afetando colheitas, nascimentos, manifestações políticas...
Os cientistas que têm descoberto tudo isso não se intitulam, evidentemente, astrólogos, mas talvez cosmólogos, cosmobiólogos, etc. É tudo, porém, uma Astrologia revivida, disfarçada, ressurgida pelos gritos dos fatos e na febre analítica do século XX. Retorna a ciência feiticeira dos magos caldeus! Os próprios espíritos superiores, com uma visão mais substancial e ampla do complexo concerto fenomênico, vieram confirmá-la: Emmanuel, Joanna de Angelis reabilitaram a realidade das influências astrológicas. Também grandes espiritualistas, como o próprio Ubaldi. Também grandes médiuns, Daniel MeuroisQivaudan, que noscomo seus proveitosos desdobramentos muito bem constatou no Outro Mundo e descreveu aos encarnados os preparativos em função de uma matemática astrológica, incidindo na equação cármica. Dessa como na intimidade celularmaneira, o DNA éassim simbolicamente o minúsculo computador detonando, de baixo para cima,
uma programação biológica do ser, também o gigante DNA cósmico-planetário é representativo simbólico de uma ordenação cármica programada e influenciável no sentido oposto: de cima para baixo. União de céu e Terra: uma conjunção de sintonia fluídica. Quando os cientistas constatam e colocam em surpreendentes estatísticas o grosso das macro-influências solares, comprovando que há décadas dissera oestão espírito Emmanuelosobre a srcem solar de todas as radiações, das sutis vitalizações que sustentam a Terra. E, ao lado de considerações materiais puras e simples, há a importância maior das subjacentes e ainda mais sutis influências espirituais, como elucidou o próprio ao falar da srcem solar de todas asEmmanuel radiações mantenedoras da vitalidade do nosso planeta. Assim, as radiações do Sol, razão de toda a existência biológica e psíquica do seu sistema, perpassam pelo cosmo, influenciando e, por sua vez, a see influenciar do campo fluídicoe absorção de cada planeta satélite, numa transferência mútuas de energias e fluidos com específicos
parâmetros físico-psíquicos. Do potente campo solar, as radiações sutis adquirem novas identidades de constituição, porque naqueles campos planetários por onde perpassam estão diferentes auras fluídicas. Ora, o que a ciência, acidentalmente ou pela pesquisa dirigida, vem descobrindo no campo de tanta influência, vem confirmar, por fatos e neodisciplinas desagregadas entre si, uma antiquíssima ciência-síntese: a astrologia. Razões assistem então ao famosíssimo astrônomo Bernard Lovell quando, comentando os vários tipos de influências cósmicas estranhas que a ciência vem de descobrir, arrematou: "Chega até a parecer que estamos caminhando através de uma série de fantasias científicas para chegar à prova de antigas crendices". Com efeito: nada mais fantástico do que a própria realidade! Eis, então, como a antiga astrologia, redescoberta, descortina ao fluidologista um
universo de fatos a pesquisar, fenômenos cruciais, bem integrados nas leis do carma, do livre-arbítrio, da causa e do efeito. Ciência vasta a astrologia. Difícil, porém, sua admissão pelos arranhadores do conhecimento. Nosso Sol envia ao espaço as radiações que serão caloríficas bem acima dos mil graus. Elas atravessam toda a imensidão cósmica que dele nos separa, passam por aquelecai vastíssimo cosmo em que a temperatura para além dos 270 graus negativos, e mesmo assim chegam na nossa atmosfera, reagem com ela, promovem o aquecimento do globo. Fenômeno corriqueiro, de que pouco se dá conta. Atente-se porém para as enormes distâncias em que as radiações agem, influenciando-se do meio fluídico por que passam. Raciocinemos: o que as radiações do Sol fazem de maneira sutil, atravessando o escuro e o vazio cósmico, também o fariam, não menos sutilmente, as influências fluido-planetárias, interligando entre si de os interpenetração mundos numa malha invisível gigantesca de ondas energéticas a carregar ou promover específicas
propriedades fluídicas. Tanto as radiações solares quanto as planetárias traduzem as suas características evolutivas, físicas e psíquicas influenciadoras de quantos corpos possam ser atingidos por sua potencialidade irradiadora. O espiritista bem concebe cada ser humano como um universo de envoltórios fluídicos e, pelos atributos do espírito, com a capacidade influenciar pessoas à infinita distância, com de suas emanações fluídicas próprias, diferenciadas de indivíduo a indivíduo. A soma dessas bilhões de miniauras humanas individuais forma a aura planetária, fruto de uma hipotética gravitação fluídica e também com sua característica diferenciada de mundo para mundo. Ora, se o espírito, encarnado ou desencarnado, tem o poder inerente de influenciar fluidicamente outro espírito à distância com o tipo de irradiação peculiar ao seu estado evolutivo, outro tanto e com mais razãoauroo fariam os planetas entre si. Influências planetárias à distância, numa maior massa e em
escala cósmica, tanto quanto o permite a somatória dos eus áuricos. Pois a astrologia nada mais é do que a fundamentação e equacionamento em leis de tudo isso. Leis às vezes tão deturpadas, assustando até pela sua antiquada terminologia e espúrias agregações pseudocientíficas. Por mais se queira argumentar em contrário, somos todosVibramos parte indestrutível e influenciável de um todo. com um diminuto grão de areia tanto quanto nos influenciamos de uma casa, uma cidade, um país, um planeta, um sistema solar, uma galáxia, tudo mutuamente se influenciando, de maneira que tais e tais posições marcam nesse ou naquele sentido. Fatores podem ser erigidos e equacionados em leis, que em parâmetros, em ciência. Assim como no minimundo do átomo cada partícula e seu posicionamento definem um elemento químico, o tipo de matéria ou energia, assim também no macrocosmo cada planeta, como se fosse constituintes um gigante átomo, possui as suas determinantes sutis que participarão nos estágios de outras unidades
planetárias adjacentes. Em tudo isso o homem se influencia e reflete influência. Contudo, a ciência caminha devagar quanto a energias Ião sutis, dificilmente penetráveis no seu tubo de ensaio. O próprio graviton, o átomo da gravitação, ainda é hipotético, colocando a força dos gravitacional, sustentáculo estabilizador mundos e do Universo, como um elefante branco no intrincado cipoal das energias. Não podemos prever como e de que maneira mais efetiva chegará até a ciência a sutil influenciação fluido-planetária, multimilenarmente conhecida pela astrologia dita esotérica (e não a exotérica, justificadamente reprovável). Mas lembremos que a ciencia age por redescobertas. Como diz Ubaldi em "O Sistema": "... observamos que a evolução representa um
processo de reconstrução, muito mais do que um processo de criação". Ora, tal reconstrução do conhecimento faz-se por ciclos que se mostram descontínuos, às vezes aparentemente retrógrados, reassumindo a vivência passada para operar a revitalização das srcens. Dar um passo atrás para saltar dois ou três à frente. Porque na evolução o que importa são as idéias-chave imperando por sobre a fatuidade do tempo. O desprezo pela astrologia, gerado nas últimas décadas do século passado com a escalada do racionalismo científico, influíra nos cérebros desse tempo e em suas análises de superfície. O próprio sábio Kardec (não os espíritos!) absorveu-se no que a limitada ciência tinha a lhe oferecer e deixou-a de lado, enquanto seus instrutores aprovavam-na. Mas a ciência caminhou, evoluiu. Um século depois, elacientífico-esotérica. começou levementeE,a reabilitar astrologia ao lado daa ciência, também os espíritos superiores.
Com efeito, devemos aprender com o grande filósofo e cientista Francis Bacon: "A verdade é filha do tempo, não da autoridade". Kardec não daria hoje reviravoltas no túmulo por ter seguido as falhas científicas do século XIX, mas talvez por ter seguidores cegos ao evolucionismo de sua doutrina. Sábio, ele soltou asas ao futuro. Revelações também são filhas do tempo, assim como também o tempo é expressão da lentidão evolutiva dos homens. Para codificar sua doutrina, Kardec teria valer-se de umahoje central de computadores e de ouvir milhares de especialistas, inclusive o catedrático da Sorbonne Michel Qauquelin, que, na década de 1950, provou a astrologia pelo método estatístico, embora no afã inicial de arrasá-la. As verdades dos espíritos superiores são verdades. As verdades dos homens são sempre
meias-verdades. Do lado de lá, a perfeição maior; do lado de cá, a perfeição menor. Quanta coisa, quanta ciência nova deixaram de mencionar Kardec e os espíritos, e que hoje o homem aprende, perplexo ante tanta novidade? Contudo, Kardec, sem até citar o nome astrologia, restringiu-se a ridicularizar genericamente o traçado das constelações - o que, de astrologia resto, também o faz elementarmente própria científica, com bom-senso a idêntico ao do Codificador. Este, lembremos, fez do espiritismo uma doutrina de livre análise, o que o engrandece como sábio. "Ubis spiritus, ibi libertas. "Onde está o espírito, aí está a liberdade - assim dizia Paulo de Tarso. ISMAEL ALONSO II NEBULOSOS CAMINHOS
DOS FLUÍDOS E DO ESPÍRITO 5ALQUIMIA: O TRIUNFO DA UNIDADE O alquimista recolhe o fluido cósmicoprima básicoà como matéria-unidade, como materia Grande Obra. (Quarta gravura do Mutus Líber) 5 - Alquimia: o triunfo da Unidade A concepção de fluido em outras antigas ciências-síntese é uma realidade remota, ora em grande transformação. Que ciências, que sínteses eram aquelas perdidas no remontar das brumas do tempo? Uma, talvez, a alquimia. Revelada na índia, na China, na Caldéia? Talvez primeiro no Egito,
onde a tradição fala de seres imortais e luminosos permutando com Isis uma tal ciência? Os registros dos pergaminhos, das pedras, dos hieróglifos, dos ideogramas falam! E o que eles não dizem, os hierofantes e os cultores das ciências secretas o sabiam e ainda escutam, no silêncio de sua sabedoria. Fabricação de ouro e prata, transmutação dos metais... Coisa corriqueira. O conhecimento da síntese da matéria é o conhecimento de sua intimidade, de sua transformação por meios simples. For via fluídica. O que a ciência pôde fazer como produto do suor de tantos pesquisadores no correr detremendas, tanto tempoo ealquimista com um custo dificuldade o fariae uma com muito mais simplicidade. Matéria é fluido. Fluido é síntese. Saber transformá-lo não demanda profundas equações, surpreender, quantificar átomos, prótons, elétrons, quarqs... O conhecimento-síntese abarca grandes conhecimentos numa única operação de fundo
de quintal... O alquimista é um cientista-síntese. Seu labor incessante concentra-se num miniuniverso, um pequeno vaso fechado onde as leis e os fenómenos se sucedem, abarcando num espaço e num tempo limitados o que a natureza realiza em monstruosa escala. Do hidrogénio ao urânio, e para além deste na escala químicos, tudo éauma matériados só.elementos Em operações complexas, ciência e a natureza transmutam um elemento em outro. Em temperatura baixa, mas constante, o alquimista, com processo rudimentar revelado, o faria mais elementarmente. A partir de 1919, foi aberto por Rutherford (1871-1937) o recaminho da transmutação química apregoada há milênios pelos alquimistas. Nesse ano, esse físico conseguiu a primeira transformação de elemento químico: do nitrogênio fez oxigênio. Hoje a ciência assenhoreou-se bastante desse processo transformativo da matéria, mas debate-se com aspectos da viabilidade técnico-
econômica. Provas da anterior transmutação alquímica? A história bem as registra. Ocioso enumerá-las. E mesmo não as houvesse, é o bastante já ficar no assentamento de sua possibilidade, de sua exequibilidade. Quem garante que em outros mundos não há tratados químicos menos complexos, mais sintéticos, seus habitantes o tenham passado aose que terráqueos? A admissão espiritista do fluido cósmico universal como matéria primordial e efetiva do Universo dá um tremendo aval à alquimia; se tal ciência não existisse, bem provável se a inventasse um dia,ele num do siciclo analítico, quando dê esgotar-se a volta sobre mesmo. E quanto ao elixir da longa vida? Não vamos seguir aqui os passos fugidios dos patriarcas hebreus, dos hierofantes, dos multicentenários anacoretas hindus e andinos, dos flamel, ou dosmesmo Cosmopolita, Lullo, dos Cagliostro, da vidados misteriosa de Saint Germain, de quem Voltaire dizia ser o
homem que nunca morre. Alquimia é ciência fluídica. O problema da duração maior ou menor da vida física está implícito no tema do fluido vital. Ainda aqui lembremos a alquimia como ciência-síntese, o fluido cósmico universal como matéria-síntese, o fluido vital como vidasíntese. O fenômeno da vida e da sua duração não é acidental nem arbitrário, não está somente na mão da ciência e da técnica, tampouco rege-se pura e simplesmente pelos ditames do capricho da inteligência. É um fenômeno que carrega embutida a finalidade de evolução física, intelectual e moral. Porém, que compreendam e superem talaos processo, evoluindo mais no tempo e na consciência, a maior ou menor longevidade são pura função de viabilidade ou inviabilidade evolutivas. E aí, fazendo-se necessária a elasticidade biológica dos anos, não se burla leis universais, mas penetra-se-lhes sublima-se-lhes, voa-se com elasosàsmistérios, suas alturas.
Com efeito, desconhecemos quase tudo do fluido vital, sua manipulação, do lado de cá, do lado de lá. Ciência de Iniciados? Talvez alguns extraterrestres o conheçam melhor, talvez alguns deles, com maior ou menor dignidade e discrição, tenham passado aos terráqueos segredos em torno do uso do fluido vital. Tudo isso representa possibilidades, não divagações. E segredos da vida zombam da ciência. No nosso mundo trivial mesmo temos fenômenos espontâneos e anômalos em torno dos mistérios do fluido vital. Os iogues, os santos, as santas... Tantos deles, sem querer, sem perceber, transmudam a matéria, transubstancializam o corpo físico, tomam-no incorruptível por séculos após a morte física. Gritante o caso recente de uma religiosa portuguesa que por mais de dez anos ficou voluntariamente sem nenhum alimento, sem perder peso: energia potencializada do amor, da fé, da devoção. Acidentes pouco estudados, atributos fortuitos do fluido vital, dos fluidos espirituais.
O homem vive e respira fluidos, mas desconhece fluidos. Caminheiro teimoso da estrada divina, alcança às vezes ciências-síntese que encurtam rotas dentro de si mesmo. Já a ciência analítica, palradeira, indiscreta, fica-lhes de lado, ignorante pelo seu próprio orgulho. Mas este, se tem também a sua função, um dia a verá esgotar-se. Estreita-se o caminho. Novas etapas de espiritualização gritam no tempo. Obras reveladas como "A Grande Síntese", de Ubaldi, podem ser consideradas como novos grandes pré-tratados de alquimia. Alquimia para o terceiro milênio. Elimine-se da alquimia a transmutação, a longevidade, o confusismo cabalístico - ainda assim fica a idéia fluídica. A química só aparentemente surgiu dos escombros da alquimia. Roubou-lhe a parte empírica, vulgar, acidental. 0 essencial permanece. A síntese escondeu-se por algum tempo para que passe em pompas o comboio ruidoso da ciência analítica.
Mas esta, à força de analisar tudo, olvida a análise de si mesma. E esquecendo-se de conhecer-se a si própria, assim como o faz o homem, ambos caem no abismo de si mesmos. Os nomes mudam, mas as leis e os fenômenos são os mesmos. Fatia-se o conhecimento, multiplicam-se-lhe os nomes e desfigura-se-lhe a face central, a ponto de esta perder a identidade, eclipsar-se profusão detalhamento. E mesmonaque passe adoser uma imagem virtual, fugidia e já inalcançável ao óculo analítico, a ideia central permanece vívida na sua realidade transcendental - assim como o é o próprio espírito, que todos não vemos, mas sabemos existir numa realidade superior aos nossos sentidos. Assim a idéia-chave de fluido sutil. Idéia saturando as mais antigas ciências, como a alquimia. Quando um passista aplica um passe, ele é um alquimista, uma envolvendopromotor fluidos dedeque eleação-síntese nada ou quase
nada conhece. E a açáo fluídica se exerce, benéfica, potente. Não foi necessário que se desse nome aos fluidos materiais e espirituais aí incidentes, nem também que se os conhecesse em sua intimidade: o homem é um ser alquímico em si mesmo e nas ações que pratica. Assim o alquimista autêntico dos séculos que já correram. Ele é um aferidor intuitivo da síntese cósmica, um crente na unidade, assim como um santo é um crente na fé - e ambos realizam os seus milagres, sem conhecerem os seus parâmetros, a intimidade fenomênica de suas leis. A pedra filosofal, a transmutação metálica, o elixir da longa vida, a medicina universal... Ouvir-se-á certas sociedades iniciáticas explicarem que tudo isso é artifício até político para camuflar a realidade de que tudo está apenas no terreno virtual, psíquico e moral, de que tudo é símbolo da lapidação normal da pedra bruta humana. Outras sociedades secretas dirão, sobrepondo-se
a essa explicação iniciática, que esta mesma é outro recurso simbólico para afastar a vá curiosidade, encobrir ainda uma outra realidade que até aquelas outras sociedades ignoram. Era antiga da competição pela Luz! Assim é que se faz o mistério e o repúdio das mentes racionalistas. Mas, enfim, não necessitaríamos penetrar mistérios ou segredos iniciáticos para abarcar a realidade da unidade da matéria e entender que o espírito lhe está acima; que este é uma centelha divina com o poder de fazer de um tipo de matéria, outra matéria ou milhares de matérias; que a realidade fluídica, tanto da matéria como do homem, permite a este transformar aquela a seu talante; que pela vontade sintonizada com as leis divinas o homem pode, aceleradamente também, transformar-se a si mesmo, transcender biologicamente o seu tempo e o seu espaço, suplantando os anos e as distâncias, transubstancializan-do até a normalidade fluídica de seu próprio planeta, sublimando-a em si mesmo pelas amplíssimas possibilidades autotransformativas do espírito.
Ora, se se tornara uma corrente imagem retórica o dizer que tudo isso e aquilo é apenas sonho de alquimista, podemos hoje seguramente reformular tal conceito e dizer: é, na pior das hipóteses, sonho premonitório deles. Sim, porque os avanços da ciência de hoje referendam a realidade de todos os sonhos dos alquimistas. Sonhos que, contudo, tornar- se-ão pesadelos se o homem não souber bem interpretá-los e aplicá-los em sintonia plena com os caminhos de Deus. O espiritismo, postulando com simplicidade filosófica a constituição fluido-unitária da matéria e do homem, mostra as amplas possibilidades do espírito em dominar a matéria, transformá-la, no Universo como em si mesmo, desfazendo, modificando ou criando mundos, de um fazendo mil e de mil fazendo um, disso fazendo aquilo, e vice-versa. Apenas observa que tal realidade obedece a um ritmo equacionai de evolução ética secundando o poder de ação do espírito. Assim não fora e estaria obviamente vigendo o caos completo no Universo.
Entendamos que os espíritos de eleição, os espíritos ditos de exceção, possivelmente vividos ou viventes na Terra, e que teriam suplantado os anos e as químicas normais, não seriam exceção assentada no privilégio ou na derrogação das leis divinas, mas apenas expoentes de possibilidades não comuns, inalcançáveis ainda na normalidade genérica, mas não na particular. Dizia grande historiador "Com o tempo,o tudo se realiza". NoHeródoto: que podemos acrescentar: fora do tempo, com muito mais rapidez. Àquele que transcende o tempo (= fator de fixação encarnatória) e o que ele carreia de limitação matéria, as impossibilidades tornam-sena mais possíveis. Diz um sábio moderno: Nada mais fantástico do que a própria realidade!" Chega então o dia em que o espírito, antes visto como coisa fugidia, passa a ser realidade viva, com transcendental, o seu supino poder, enquanto o mundo material passa a ser uma
visão frágil, irreal, uma criação mental, como o era antes o Espírito... A matéria como um acidente do Espírito. É o que mais ou menos teria expressado Jesus no Capítulo 23 do Evangelho Apócrifo de Tomé: "Se a carne foi feita por causa do espírito, é isto maravilhoso. Mas, se oa espírito foidas feito por causa do corpo, é isto maravilha maravilhas. Eu, porém, estou maravilhado diante do seguinte: como é que tamanha riqueza foi habitar em tamanha pobreza?" O célebre filósofo Emile Boutroux concluiu: "O corpo é enfermidade". Diante da evidente fragilidade do corpo e do império imenso da dor em aparente descompasso com a inteligência, espiritualistas concluem por um homem-queda, em caráter recente e parcial ou no caráter remoto e global de Universo-queda. Mas o corpo, frágil embora, canta a glória do
espírito! O corpo de Santa Margarida de Metola mostrou- -se totalmente incorruptível e exalando perfume, 238 anos após a sua morte; o de Santa Rita de Cássia, 170 anos depois; o do Abade Vicenzo Maria de Maio, 117 anos depois. Fenômeno fluídico brincando com a morte! Devoção e puro amor transmutam e fludificam a matéria, chamando ao corpo propriedades desconhecidas do princípio vital e do fluido vital? Na Geórgia, infinidades de quase bicentenários estranham quando se lhes indagam como conseguem viver tanto. Nos Andes peruanos, nos Himalaias, exploradores encontram anacoretas tricentenarios, ou que desconhecem a morte. Alquimistas como Nicolas Flamel são vistos vivos séculos após a sua suposta morte física ou desaparecimento. Cientistas russos asseveram que não será difícil dominar o tempo de vida, mas adiantam que o homem há de querer viver mais.
Aí a palavra-chave! A vontade, atributo do espírito, impera! A vontade-fé é admirável fator transformativo da vida! Os alquimistas já não o saberiam?... O fluido cósmico, o princípio e o fluido vital são realidades pouco conhecidas. Aquele que os domina em sintonia com as leis divinas pode livrar-se da enfermidade, quiçá da morte, por um tempo mais vasto. A ele não é utópico o Elixir da Longa Vida. O espírito, em si mesmo, já é eterno. Sua forte chama até incendeia às vezes a matérialimitação e suplanta momentaneamente o tempo-vida! ISMAEL ALONSO II NEBULOSOS CAMINHOS DOS FLUÍDOS E DO ESPÍRITO 6-
BUSCANDO A UNIDADE, NA MATÉRIA NO E ESPÍRITO René Descartes (1596-1650 - foto), Baruch Spinosa (1632-1677) e Gottfried Leibiniz (1646-1716) conceberam matematicamente o conhecimento e, com seu racionalismo, encaminharam filosoficamente a ciência à unidade. 6 - Buscando a unidade, na matéria e no espírito A unidade da matéria carrega o princípio universal da síntese. Tudo é Um - diriam os antigos chineses, hindus e hermetistas. E por aí correu a alquimia, colocando no homem o aferidor e conscientizador das leis fenomênicas universais. Porque o homem é o meio caminho, o ponto de apoio existencial, a chave entre o micro e o macrocosmo.
A química e a física reabilitarão os princípioschave da alquimia? Parece terem-no feito, sem saber, ao caminharem também para a unidade. Lembrou-nos Emmanuel que "o princípio soberano de unidade absorve todas as variações, crendo nós que, sem perdermos a consciência individual no transcurso dos milênios, chegaremos a reunir-nos no grande princípio da unidade, que é a perfeição". (EMMANUEL, FCX, FEB) Assim, não somente o homem, como a própria ciência está evoluindo para a unidade. Sem dúvida, a admissão da unidade do Universo é umaciência das maiores conquistas buscadas pela moderna. Com o grande pensador místico Baruch Spinosa a filosofia já a alcançara. Ele já vislumbrara que o Universo é uno ao mencionar o Ens Unum. O próprio espiritismo já tomara a dianteira teorizando essa unidade fundamental da matéria através do conceito de fluido cósmico universal.
O conceito de éter universal nominando a matéria inerente a todo espaço foi abandonado pelo gênio de Einstein e substituído pelo conceito de campo (campo gravitacional, campo elétrico, campo magnético, campo eletromagnético). Tal conceituação coloca o espaço como dominado pelas energias de partículas de massa. Ora, o campo teoricamente alcança o infinito, o que, vale dizer, é alguma coisa contínua, uma matéria cósmica impregnando todo o Universo. Tal constatação concorda com o espiritismo. O mesmo se diga com a indagação: que é matéria? Einstein responde: "Matéria é energia". E viceversa. Corriqueira prova da materialização da energia é a radiação cósmica, uma energia que vem até nós de fontes desconhecidas do Universo e que, ao ser frenada pelos átomos da atmosfera, materializa-se formando elétrons (fótons) - um
processo que se repete várias vezes num ciclo matéria-radiação e radiação-matéria, até chegar ao solo o produto final. Se matéria e energia são uma e a mesma coisa, caminha-se para um conceito de unidade. Mas Einstein, ao perseguir o campo unificado, fez um esforço em que a ciencia ainda hoje se debate. Vejamos. A admissão teórica da srcem do Universo por e explosão (big-bang) concorda com as ciencias filosofías antigas, bem como com o próprio espiritismo, neste ponto: que o primeiro momento tenha saído de um único elemento químico srcinário de tantos outros, numa cadeia de reações da matéria-energia. Ora, a teoria do big-bang está ajudando a compreender a unificação da materia, ou da energia. A ciencia divide em quatro os tipos de energias que agem em todo o Universo, atendendo o caráter de seu na maior ou menor manifestativo intimidade daescalonamento materia.
Porém, se nos voltamos para a filosofía da unidade podemos admitir que todos eles são apenas estágios de uma mesma energia. Consideremos: essa descontinuidade das energias é apenas aparente, uma acomodação discursiva da ciência. Realmente, a energia - ou a matéria que a retrata - apresenta uma uniformidade manifestativa em que obviamente não há solução de continuidade, em que não surpreendemos uma separatividade natural. Os nomes aos vários tipos de energia e à sua quádrupla divisão fundamental, se, por estarem assentados num ordenamento lógico efetuado pela mente humana, não são arbitrários, contudo visõesdafracionadas de uma realidaderepresentam maior: a unidade matéria, das energias. Falando então especificamente em energia, a física a separa nestas quatro categorias: 1. Gravitação: a mais fraca, possui alcance Embora infinito. sendo Uma energia que é uma incógnita, porque a sua hipotética partícula, o
graviton, ainda está para ser descoberta. 2. Força nuclear fraca. Suas partículas de ação nomeiam-se W+, W- e Z° (neutra). 3. Força nuclear forte. Atua sobre os quarks, ou seja, as partículas menores do que os elétrons e prótons. 4. Força eletromagnética. Seu alcance é também infinito, agindo atravésproduzidas dos prótons. Aquiátomos as oscilações magnéticas pelos são: calor, luz, raios X, raios gama, raios cósmicos. Tais os quatro tipos fundamentais de energias universais que a ciência labuta herculeamente por unificar. O primeiro passo nessa unificação conceituai foi dado em 1974 pelo americano Sheldon Glashow. Ele provou a possibilidade de unir a força nuclear fraca com a força eletromagnética. Com o inglês Abdus Saiam e o americano Steven Weinberg deu-se outro passo nesse
mesmo sentido, ao demonstrar-se que dois corpos podem possuir uma simetria, primeira exigência para essa unificação de forças. E com a admissão do campo de força Higgs (Peter Higgs, da Universidde de Edimburgo) em condições de altas temperaturas, como nas do big-bang, pode perfeitamente surgir a simetria entre a força fraca e a força eletromagnética. Confirmou-se depois, no Grande Colisor do CERH, na Suíça, a existência da força unificada eletrofraca. Foi um grande passo no caminho do que os cientistas chamam GTUs, ou seja, Grandes Teorias Unificadas. Também a unificação dessa nova força eletrofraca com a força forte já foi teoricamente assentada em temperaturas como as do bigbang, mediante o hipotético surgimento da partícula X. Trabalha-se agora naquilo que se nomeia Teoria do Tudo, ou seja, na unificação da força da gravitação com todas as outras forças.
Mas, infelizmente, a própria gravitação ainda é a grande desconhecida da ciência. Ela sustém os mundos, equilibra o Universo, mas tateia-se ainda no seu domínio teórico e prático. Eis aí um grande objetivo das pesquisas: a unificação totai das energias universais. Então, conseguida a reunificação teórica de todas as da energias, estar-se-á a unidade matéria; porque, confirmando em última instância e a partir de Einstein e Ubaldi, matéria = energia. Os alquimistas terão tido toda razão... Todavia, o escopo maiorserá e inconsciente de toda essa aventura da ciência uma outra grande descoberta do homem: que existe uma Energia Maior, criadora de todas as demais, a que chamamos Deus. Emmanuel antevira todo esse quadro no livro que leva o seu nome, através de Chico Xavier: "A Ciência infatigável procura, agora, a
matéria-padrão, a força-srcem, simplificada, da qual crê emanarem todos os compostos, e é nesse estudo proveitoso que ela própria, afirmando-se ateia, descrente, caminha para o conhecimento de Deus". Podemos prever também que a soberania do fluido universal, defendida pelo espiritismo, se é a razão do Universo material, será o fim da grande aventura científica. Daí o insistirmos: a ciência dos fluidos, ainda que chamuscada pelas cinzas de um fogo remoto, há de ir ressurgindo e dominando os anos porvindouros, mesmo no seu empirismo, mesmo no seu misticismo, e apesar até do distante abstracionismo científico, que a faz distanciar-se um tanto da vivência prática humana. O racionalismo científico, a partir de Descartes, Leibiniz e Spinoza, queriam resolver tudo com a matemática, até problemas metafísicos, e levou a ciência a um radicalismo que ora se desgasta. O célebre matemático e astrônomo Pedro Simão
de Laplace (1749-1827) sonhara assim: "Uma inteligência que, num dado instante, conhecesse todas as forças de que a natureza é animada e a situação respectiva dos seres que a compõem, se por outro lado fosse bastante vasta para sujeitar esses dados à análise, abarcaria na mesma fórmula os movimentos dos maiores corpos, assim como os do átomo mais leve; para ela nada haveria de incerto: ser-lhe-iam presentes o porvir e o passado." (Ouvres, Paris, 1886). O não menos célebre pensador Ernesto Renan (1823-1892) profetizou: "Virá tempo em que a arte será uma coisa do passado (...) O progresso da humanidade não é, por forma alguma, progresso estético. Chegará acaso o dia em que o grande artista e o homem de virtude serão coisas obsoletas, quase inúteis; ao invés, o científico aumentará continuamente de valor." (Diálogos Filosóficos). Declarara o matemático Augusto Comte (17981857), criador do positivismo: "Mostrarei que existem leis tão determinadas para o desenvolvimento da espécie humana como para
a queda de uma pedra". (Carta a Valat). Entretanto, o sonho matemático evapora-se. A ciência joga cada vez mais análises e análises na bocarra da metafísica, que acabará por ajudála a finalmente proclamar a unidade. George Gusdorf: "Por uma espécie de paradoxo, operou-se uma como que inversão na relação entre a ciência e a metafísica, e doravante as diversas manifestam a necessidade de uma ciências infusão de metafísica.antes De dia para dia, a experiência científica mais se afigura ser experiência humana, que põe diretamente em xeque a inteligência e o experimentador. Por outro lado, sente-se a necessidade premente de restabelecer um horizonte para cada das ciência em (...)" particular unitário, e para a totalidade ciências. (Tratado de Metafísica, Cia. Ed. nacional) ISMAEL ALONSO II NEBULOSOS CAMINHOS DOS
FLUÍDOS E DO ESPÍRITO 7 - CIÊNCIA MODERNA: INCERTEZAS 7 - Ciência moderna: incertezas A Ciência não trabalha hoje com os rudimentares meios dos alquimistas. As novas ferramentas como, por exemplo,são os gigantescas, aceleradorescomplexas, de partículas, com vários quilômetros de extensão. As irradiações sincrotônicas nesses imensos túneis de aceleração estão a constantemente surpreender a intimidade da matéria. Com isso até produzem-se novas partículas, catalogam-se milhares delas. Os homens criam a matéria! Não dissera o Cristo que eles seriam deuses? Entretanto, nessa profunda escalada rumo ao átomo as constatações dos cientistas os assustam e os fazem perderem-se em seus próprios raciocínios.
As incertezas da matéria surpreendem. As entranhas da matéria são fugidias aos métodos analíticos de que dispõem, deixam entrever incógnitas onde os conceitos parecem estar firmados. Que a matéria é constituída de partículas infinitesimais já o havia intuído Leucipo desde o V século a.C. Ele criou a teoria atomística. Demócrito também a alardeava. Rutherford veio prová-la. Em nossos tempos a percuciência do cientista Niels Bohr imaginara para a intimidade microscópica da matéria, o átomo, a configuração de um sistema planetário: o sol central (núcleo atômico) rodeado de seus planetas (elétrons) em camadas ou órbitas. Um belo modelo, mostrando uma identidade do macro com o microcosmo. Mas tal modelo cedeu lugar ao conceito de nuvem de probabilidades difusas e sobrepostas, proposto por Edwin Schrõdinger. Diz-se, novo modelo configurativo do átomo, queneste onde a nuvem é mais densa há mais probabilidade de
se encontrar o elétron. Aqui, as antigas camadas de Bohr transformam-se em halo, os elétrons em nodos. Essa já não é uma linguagem, por assim dizer, fluidista?... O átomo, por mais se o penetre, cada vez mais foge sob o caráter vago e nebuloso dos conceitos, nuvem de probabilidade - eis a linguagem-chave paramais a matéria, dentrovisita de uma ciência que cada vez agudamente o mundo do átomo com sua parafernália gigantesca. Mas o minúsculo, teimoso átomo esconde-se. E quanto mais avança a complicação analítica, indefine cada vez mais a diversificação da matéria. Tortuosos caminhos a uma síntese conceptiva da matéria? A impossibilidade de atingir com plenitude experimental e visual o âmago da matéria desconcerta um tanto os conceitos, causa perplexidade. A partir deaMax e da teoria passou-se uma Flanck conceituação aindaquantística vaga: assim como, numa linguagem apenas figurativa,
o elétron é o átomo da eletricidade, o quantum passou a ser o átomo da energia, mormente pelo esforço interpretativo de Einstein. Entretanto, se a teoria quântica contribuiu grandemente para se entender o que se passa nas camadas atómicas externas, constatou-se também a existência de novas partículas para além do núcleo, para a profundidade abismal da matéria. Foi em 1963 que os americanos Murray QellMan e Georg Zweig descobriram que os prótons e nêutrons, até então partículas absolutas do átomo, não são partículas básicas, mas formadas por entidades ainda mais pequeninas: os quarks, com seus bárions, mésons. Mas, para além dos quarks, indo mais fundo na matéria, "já se fala em unidades ainda menores: os préons, os richons... Essa longa e ainda indefinida aventura tentando deparar-se a face última matéria começou hácom precisamente umda século, ou seja, em 29 de abril de 1897, quando o inglês J.J.
Thomson (1856-1940) descobriu o elétron como corpúsculo da eletricidade, colocando-o assim como unidade de massa, com existência independente. E a aventura continuou... Outro fundamental conceito emergente é o de antimatéria: cada partícula da matéria possui a sua antipartícula, exceto casos em que são idênticas. Partículas propriedades opostas.e antipartículas manifestam É um caminho à admissão de novas dimensões do espaço?... Mas, falando, em relação às camadas atômicas, em oscilantes, halos, comnuvem a novacarregada, linguagemondas científica, estamos num mundo de difíceis e quase metafísicas constatações. Voltamos, por assim dizer, aos tempos do éter, dos fluidos? A física quantística admitiu para a mensuração das infinitesimais partículas da matéria a
aferição de apenas um parâmetro de cada vez: ou a sua velocidade ou a sua posição. É exemplo do caráter fugidio dessas partículas. De acordo com o Princípio de Exclusão do físico austro-húngaro Wolfgang Pauli (1925), em dado sistema só pode haver um elétron num determinado estado quântico, onde emergem os três parâmetros: energia, posição e spin. O conceito de spin já é também um tanto vago... Os problemas do físico são então complicados quando se trata de surpreender os parâmetros das partículas atômicas e subatômicas. Há dificuldades intransponíveis. O físico alemão Werner Heisenberg (nasceu 1901) criou o Princípio de Incerteza, considerando que a incerteza é função do próprio mundo atômico e não da incapacidade humana de mensurá-lo. Todavia, antigos da alquimistas, podemos abraçados intuir que aaos admissão unidade da matéria (ou da energia, o que é a mesma coisa)
facilitaria em muito à ciência o mostrar que não há incerteza alguma no Universo e no próprio comportamento da matéria; que o que existe de anômalo e impotente é o nosso próprio falho e restrito sistema de referência conceituai e experimental; que tudo, na intimidade da matéria, vige em perfeitíssima harmonia, onde a complexidade é ilusória quando a unidade sobrepaira sobre a análise das análises, sobre a síntese das sínteses. Reconheçamos: as certezas da ciência são gigantescas. Mas aí a certeza maior ainda a complica e a faz marcar passo: é a certeza do espírito e do seu mundo. Eis o sábio espírito Emmanuel falando sobre o Princípio da Unidade: "É lícito considerar-se espírito e matéria como estados diversos de uma essência imutável, chegando-se dessa forma a estabelecer a unidade substancial do Universo. Dentro, porém, desse monismo físico-psíquico, perfeitamente com a doutrina dualista, faz-seconciliável preciso considerar a matéria como o estado negativo e o espírito como o
estado positivo dessa substância. O ponto de integração dos dois elementos estreitamente unidos em todos os planos do nosso relativo conhecimento, ainda não o encontramos." (EMMANUEL, FCX, F.E.B.) Então, ao provar a existencia da antipartícula e da antimatéria, estará a ciência acadêmica aceitando uma outra realidade, uma outra dimensão e a própria existência do espírito. E, ao perseguir a unificação da energia, estará ela dando um golpe inteligente no dualismo do Universo, colocando-o apenas como a expressão bifacial de uma mesma moeda: a unidade. Por enquanto, a ciência assusta-se ante a sua às vezes impotência de abarcar num só tempo a maravilha do universo microscópico, assim como não tem também olhos unitários para o Universo que se lhe desmesura perante os maiores telescópios. Mas o próprio Princípio da Incerteza é-lhe um desafio provisório, embora não possamos vangloriar-nos de alcançar, mesmo num futuro remotíssimo, o conhecimento total, interdito certamente ao homem por ser atributo único de um Criador.
Nossas limitações atuais são providenciais, mas o curso da chegada à unidade esteve sempre aberto, seja pelo caminho do santo ou do gênio, da religião e da mística ou da ciência e da técnica. A lentidão ou aceleração do processo depende de fatores inseridos em leis sutis que também devemos respeitar. Aplaudamos, sim, a escalada terrestre à unidade, livro: ouvindo ainda Emmanuel, no mesmo "A ciência terrena, no estudo das vibrações, chegará a concebera unidade de todas as forças físicas e psíquicas do Universo. O homem, porém, terá sempre um limite nas suas investigações sobre a matéria o movimento. Esse limite é determinado por eleis sábias e justas, mas, cientificamente poderemos classificar esse estado inibitório como oriundo da estrutura do seu olho e da insuficiência das suas faculdades sensoriais." Consideremos, enfim, o Princípio da Incerteza como uma bênção do Criador equacionando um também sábio Princípio da Limitação, ambos
flutuando no tempo para um melhor equilíbrio do progresso científico. Incerteza e limitação para admitir a realidade do éter, caminho para chegar ao espírito. Dizia Aristóteles (384-322 a.C.) que "a Terra é cercada de água; a água, de ar; o ar, de éter; para além do éter nada existe". O éter foi reabilitado por Huygens: sem ele não se explicaria o fenômeno da luz. Mas os famosos newton e Faraday negaram o éter, enquanto mais à frente outros cientistas o reabilitaram. Como sucedâneo do éter surgiu o conceito de campo, que"o alcançou Deste, a não ciência acatou que éter nãoEinstein. é demonstrável, é verossímel, não é necessário". Será mesmo assim? Além da matéria conhecida não haverá uma matéria fluídica sutilíssima? Sabe ciência que, a(elevada existir, oaéter seria de 1O (23) aaIO (31) vezes potência) mais rarefeito do que o ar. E isso a assusta um tanto!
Pois a escrita desse número encheria toda esta linha... Zeros à esquerda caindo no profundo e invisível abismo da matéria! Admira também à ciência o ter constatado que quanto menores são as partículas, maior é a energia que gira em torno delas. Ora, o espiritista sabe que energia tremenda é o espírito! Poderosa centelha de luz, o espírito irradia como um sol clareando os espaços! E quanto mais perfeito, mais sutil e mais potente! no plano material deve ser assim com os ainda hipotéticos préons e richons, novas possíveis identidades infinitesimais menores do que os quarks e, portanto, maiores irradiadoras. Também quanto aos comprimentos de onda das energias, quanto menores, mais potentes. Quanto mais se adentra no átomo, maior o poder das radiações: a luz, radiação mais fraca, manifesta-se em ondas maiores e na camada externa; os menores raios Roentgen, no meio do que átomo, com ondas e mais penetrantes a luz; e, mais para o interior, no núcleo, os raios
gama, com ondas ainda menores e grandíssimo poder penetrativo na matéria. Tal como na ordem material, também no espírito: o potencial energético está na razão direta da sutileza. Se em menores partículas maior é a vibração, esta influiria no tempo. Diante do que, hipoteticamente, um maximum de sutilezavibração levariaaaté rompimento do tempo, este assumindo suaaonatureza de quarta dimensão: um pulo à dimensão espiritual. O tempo-evolução incide na duração da vida humana como coerção encarnatória, e assim o esforço da viagem evolutiva da matéria densa à matéria sutil gera o aumento de vibração que vai levar à eliminação da função tempo. Se no nível microscópico é-nos difícil entender tal avanço de potência energia-vibração na razão da maior sutileza da matéria, projetemolo ao nível macroscópico, tal como no-lo permite a lei da correspondência fenomênica- o que, em claro éhermetismo, o que está embaixo como o quequer está dizer: em cima. Mas consideremos que permanecemos em terreno
hipotético. Assim é que temos planetas mais densos (menos evoluídos) e planetas menos densos (mais evoluídos), onde podemos estabelecer os fatores evolução e duração de vida hominal em função do binômio fluidez-vibração: maior fluidez e vibração = maior evolução e poder energético. Terra, Marte, em planetas involuídos, lenta rotação torno densos, de seu eixo: seu diatêm está em torno de 24 horas. Já os gigantes planetas fluídicos (matéria mais sutil) têm rotação mais veloz, a traduzir-se em maior durabilidade de vida, talvez centenas, milhares de anos. Assim em Júpiter, planeta mais fluídico, de volume 1338 11 vezes maiores os da vezes Terra:eodiâmetro seu dia dura apenas 9 horasdoe que 50 minutos. Aí a maior velocidade rotativa e a massa mais fluídica mexeriam no tempo: jupiterianos viveriam bem mais e mais evoluidamente do que terráqueos. O mesmo com com os demais gigantes, como Saturno, um diaplanetas de apenas 10 horas.
Em nível interplanetário, assim como em nível microscópico, estabelece-se então, por hipótese, que maior vibração e maior fluidez caracterizam matéria e seres mais evolvidos. Implícita aí a eliminação paulatina do tempo fracionado: nos seres, diminuição reencarnatória; na matéria, fluidificação, quintessenciação. É também o caminho fatal ao tempo fixo, ou seja, noesgotada rumo da aprópria extinção do fator a tempo, sua função de evolucionar matéria e o homem: o tempo extinto juntamente com o carma e a imperfeição. Podemos aquilatar que níveis de vibração e poder atingiriam então, na plena vivência de seus atributos, espíritosIsso puros, livres do tempo, livres daosmatéria? é difícil. E os planetas fluídicos, com suas energias e características sutis? Elas não rompem enormes distâncias e exercem mútua e poderosa influência átomo a átomo ou astro a astro? O físico não se envergonha que se lhe chamem físico. E se lhe chamarem um dia astrólogo?...
ISMAEL ALONSO III MATÉRIA E ESPÍRITO 1 - FLUÍDOS MATERIAIS E FLUÍDOS ESPIRITUAIS 1 - Fluidos materiais e fluidos espirituais Fosse-nos dado, por um momento, estar ao nível da diminuta dimensão do átomo, mesmo na molécula de uma pedra dura, colocando-nos, por assim dizer, em sua superfície, e veríamos o universo ao redor do átomo como vemos o Universo desde a superfície da Terra: uma imensidão, um vazio que foge, com pontinhos de luz distantes - lá no mundo do minúsculo seriam átomos vagando na mesma distância que vemos planetas e estrelas faiscando no infinito. A qualificação de fluidos espirituais não é rigorosamente poisquintessenciada. que, em definitiva, fluido é sempreexata, matéria Nadao é realmente espiritual senão a alma, ou
princípio inteligente." (Allan Kardec, A Gênese, Os fluidos) Ora, lá ainda naquele imenso vazio do mundo atômico, outra matéria há ocupando aquele espaço de aparente vácuo, da mesma maneira que no espaço cósmico há uma matéria fluídica sutil: Huygens a chamara éter e Einstein a chamou campo. Tal espiritismo, fluido. Má,matéria, porém, anodistinção entredenomina-se fluido material e fluido espiritual. Estamos aí na maior intimidade da matéria, onde a ciência ainda está chegando, mas sempre deparando com submundos. Esse caminho da extrema divisão da matéria já foi, na ciência, muito além do elétron. O próprio Emmanuel, há décadas, já o antevira: "A ciência terrestre classifica o electrônio como da derradeira unidade da matéria, de carga elétrica negativa, no ilimitado mundo doe Infinitesimal, porém, um caminho progressivo a percorrer." (Obra citada).
E Emmanuel, na mesma obra, afirma que a natureza do fluido sutil não está traduzida na natureza do elétron: "O homem, diante da incapacidade da sua estrutura e em face da sua zona sensorial limitada, não consegue ir além, no labirinto de segredos do microcosmo e, para que nos façamos entendidos, não podemos convir que os de um modo geral,considerándo-se sejam correntesa de fluidos, electrônios, ainda mesmo necessidade de representar-se, com essa unidade, uma base para a vossa possibilidade de compreensão e de análise, porque os electrônios são ainda expressões de matéria em estado de grande rarefação." As informações de Emmanuel são importantes ao mostrar os fluidos sutis para bem além do universo atômico até então conhecido. Mas, por outro lado, não sabemos ainda colocar a realidade do fluido na linguagem atomística; não sabemos se ou até onde pode estar uma distinção da ciência, mesmo que inconsciente, entre os fluidos materiais e espirituais, e mesmo que realidade expressam as partículas
subeletrônicas, como os quarks e os subquarks, e ainda mais além no infinitesimal. Se tateamos ainda no mundo do átomo, muito menos sabemos do mundo do fluido sutil e da interaçáo de ambos. Elucida ainda Emmanuel: "As correntes de fluidos espirituais têm a sua organização particular e estão aptas a determinar a transformação das correntes de força material, em qualquer circunstância. Seria aconselhável nunca se confundir as ondas eletrônicas com os fluidos de natureza espiritual. A matéria, atingindo sublimidades de quintessência, quase se confunde no plano puro do espírito, constituindo tarefa difícil para o eietromagnetismo positivar onde termina uma e onde começa outro. " (Obra citada) Então, a sutileza maior do fluido espiritual será rara ou até impossivelmente detectável, em seus parâmetros e constituição, pela ciência terrestre de hoje, já que em próprio nível hodierno falase ainda em nuvem de probabilidade quanto à fisionomia atômica. Pode-se, entretanto, e com grande margem degama segurança, detectar os seusna efeitos em grande de fenômenos, como ação curadora, nos fenômenos mediúnicos, etc.
Embora tão integrados momentaneamente no fluxo contínuo do vir a ser do Universo, o mundo da matéria e o mundo do espírito são, entretanto, realidades distintas. Uma abordagem científica da ciência dos fluidos haverá então de considerar substancialmente tal separatividade conceituai, para que seja desbastado o caminho de um monismo científico. O tudo,acercar-se é espírito do e interessalhe,homem, antes deantes maisdenada, mundo dos fluidos espirituais - o Mundo Maior, tão mais sutil e, no entanto, tão mais forte, prevalente e fatalmente necessário à sua evolução Finalística. E Emmanuel, preciosatãociência do Além, arrematacom comsua maestria significativa diferença fluídica na matéria de todas as dimensões: "Concluímos, assim, que há fluidos materiais e fluidos espirituais; que os primeiros são elementos inconscientes e passivos, e osdos últimos a força eterna e transformadora mundos, salientando-se que uma só lei rege a
vida, em sua identidade substancial, nas ondas eletrônicas, filhas da energia solar, chama-selhe afinidade, magnetismo, atração, e, nas correntes de fluidos espirituais, filhas da alma, partícula divina, chama-se-lhe misericórdia, simpatia, piedade e amor, nessa lei única, que liga a Criação ao seu Criador e da qual estudamos os fenômenos isolados, desenrola-se o drama da evolução do espírito imortal." (Obra citada). Fluidos espirituais...Idéia ainda difícil à ciência. Messe contexto, como fica o éter? A ciência, paradoxalmente, o nega, mas não o rejeita... Estamos na vigência exacerbada do Princípio de Incerteza?! O éter é ainda uma incógnita científica. Ouçamos, perplexos, Einstein: "Todas as nossas tentativas para tornar experimental o éter falharam. De todas as propriedades do éter, só dizer, resta aquela pela qual ele foi descoberto, quer a sua capacidade de conduzir ondas eletromagnéticas. Após
experiências tão insatisfatórias, parece chegado o momento de esquecer o éter e mesmo não mais mencionar essa palavra. (...) naturalmente, a eliminação de uma palavra não é uma solução. As nossas dificuldades são demasiado profundas para que possam ser resolvidas desse modo... (...) Podemos continuara empregar a palavra éter, mas só para exprimir certas propriedades físicas do espaço. O significado da palavra éter modificou-se muitas vezes no decurso da evolução da ciência. Atualmente é considerado como um meio composto de não partículas." Assim, até com Einstein e seus fótons ficamos ignorando a natureza íntima do éter, da gravitação, da luz. A dúvida científica é parte intrínseca da evolução. Dubitando ad veritatem parvenimus. Mas nem por isso o Universo sente-se vazio do seu de matéria fluídica; por isso arcabouço os mundossutil deixam de gravitar pelo nem espaço em pleno e inteligente equilíbrio; nem por isso
a luz deixa de resplandecer tentando clarear as nossas consciências! A admissão do éter está no caminho da aceitação dos fluidos sutis. Mas, afinal, que é o éter? Podemos mesmo chamá-lo fluido no sentido que lhe dão as correntes espiritualistas? Qual a sua identificação para com o fluido cósmico universal? Elucida Sua Voz: "O um éter,corpo que para vós é mais uma hipótese do que plenamente estudado, foge às vossas classificações, porque o quereis reconduzir às formas conhecidas da matéria, quando ele é uma forma de transição entre a matéria e a energia. O éter (...) é, por sua vez, o pai do hidrogênio. É filho das formas dinâmicas puras, calor, eletricidade, gravitação, às quais a matéria voltará por desagregação e radioatividade. (...)" (Ubaldi, A Grande Síntese, LAKE). As propriedades intrínsecas do éter fogem às mensurações comuns da ciência. Consideremos, porém, que muito além do éter estará o espírito, e que aquém do éter está o
mais simples elemento químico conhecido: o hidrogênio. Explanando sobre a escala dos elementos, dos mais simples ao mais complexo, do hidrogênio ao urânio, elucida ainda Sua Voz: Na outra extremidade da escala, além do hidrogênio (...), encontrareis corpos de peso atômico menor que o do hidrogênio (...). Prosseguindo nessa direção, encontrareis o éter, elemento imponderável para vós, de densidade mínima, tanto que se subtrai praticamente às leis de gravitação. A este não podeis aplicar conceitos de gravitação e de compressibilidade, como não o podeis aplicará luz e à eletricidade. Ele foge às vossas leis físicas e vos desorienta com sua rapidez, que é tal que lhe permite transmitir a luz com aenquanto velocidade 300.000 km pordébil segundo, suaderesistência é tão que nenhuma opõe à marcha dos corpos celestes. O vosso erro está em querer considerálo com os critérios que dizem respeito à matéria, quando ele é, como já vos disse, uma forma de transição entre matéria e energia." (Ob. cit.). Lembremos, mais, que é através do
imperceptível poder dos fluidos universais, espirituais e materiais (quiçá desse enigmático éter) que se integram e se influenciam mutuamente os mundos e os seres, na sua química, na sua biologia, no seu psiquismo, na sua evolução enfim. No arcabouço do processo evolutivo estão assim sutis correntes fluido-energéticas presidindo a sustentação vital dos seres, na matéria e no espírito. A realidade fluídica do Universo se impõe. A ciência tomará fatalmente o caminho da sutileza, e não somente haverá de chegar no éter: forçosamente admitirá também outros fluidos mais sutis, diferenciando o espírito ainda da matéria. O espírito não estará longínquo; está aqui mesmo, está ali, acolá, onde se queira procurálo. ISMAEL ALONSO III -
MATÉRIA E ESPÍRITO 2 - DA TURGIA AO ESPIRITISMO 2 - Da teurgia ao espiritismo Numa das Ilhas Gilbert, no sul do Oceano Pacífico, prepara-se um ritual de chamamento de botos. O Sol está a se pôr. As trevas avançam. Mas imensas águas oceánicas, onde estarão aqueles peixes pacíficos, tão sociáveis? Os botos estão em qualquer lugar. Da onde estejam,uma elesforça com certeza ter à praia. Porque incrível,virão irresistível os levará até lá, para que os nativos os apanhem. Breve agirá a simples força fluido-mental de um único homem. O sacerdote prepara-se. isolado à suatribal cabana, enquantoRecolhe-se os demais aguardam ansiosos.
De repente, ele irrompe berrando as palavras certas, somente conhecidas dele e dos sacerdotes ancestrais. Ele está como que em transe auto-hipnótico e está chamando os botos. Não importa onde estejam, no seio gigante de Netuno: eles virão com certeza - todos sabem, crêem, aguardam. O sacerdotemágico. esbraveja o último e mais forteUm verbalismo Todos correm à praia. espetáculo inacreditável! Não para os nativos, que já o viram à farta. Lá vêm infinidades de botos. Surgem em fila, equidistantes um do outro. À frente, talvez vá um líder. Na semíescuridão do poente, os botos, formando uma corrente imensa, aproximam-se mais e mais da praia. Os nativos estão preparados. Dóceis, os botos se submetem à fácil captura, como que hipnotizados. Aquele sacerdote encara tudo com naturalidade. Ele sabe de seus poderes. É um homem vivendo no nosso tempo. Homem simples, domina a
natureza, os animais, os homens. Enquanto isso, lá na distante civilização, o homem estuda, analisa, pensa, filosofa. O sacerdote chamador de botos, na simplicidade natural de uma ilha, conhece e opera prodígios. É um paradigma meio grosseiro do homemsíntese do futuro: integrado corpo e alma ao seu meio de possibilidades amplas, sabedor dos seus poderes transcendentais, do seu grande papel no Universo. Os magos, os teúrgicos, ontem e hoje, são dessa estirpe de homens-deuses. Não apenas conhecer os mistérios do Universo, mas também penetrá-los, conduzi-los. Mas as leis divinas pedem, por cima disso tudo, consciência, humildade, um fim moral, antes de tudo. O ajustamento ético dos propósitos está na evolução do homem-deus. É seu meio de ação, onde o excesso de análise e dúvida já ficou para
trás, superado nas encarnações errantes. No mundo espiritual os mentores são Magos do Além, sabem operar forças fluídicas, agir nas consciências sonolentas com sua vontade poderosa, aplicada no bem. Assim como houve, no nosso plano, uma evolução (ou desevolução, dependendo da profundeza da exegese) da astrologia para a astronomia e da alquimia também a houve da teurgiapara paraa química, o espiritismo. E em todos os três casos podemos surpreender sempre o mesmo fenômeno: a passagem da síntese para a análise. Entendamos: tal passagem não é negativa, mas apenas a tendência de um normal processo cíclico. Porque é fatal que a análise cumpra o seu papel de assentar bases para o ressurgir ainda mais sublimado da síntese. Ciência antiga designando a ação do homem como partícipe dos poderes do Criador, a teurgia oferecia a seu cultor a faculdade de agir poderosamente nas forças naturais e transcendentais.
Tais os grandes magos da antiguidade, porque teurgia é também magia. Seus poderes eram poderes-síntese, fruto de um conhecimento profundo das leis universais, usando a química dos fluidos com a superagilização da vontade, fazendo prodígios que a artificialista mente ocidental pouco faria, sufocada que está da indigestão informativa. Todos os procedimentos fluídicos que o espiritista bem conhece, desde as corriqueiras ações mediúnicas às materializações e desmaterializações - tudo era operado pelos antigos magos ou teúrgicos, com uma intensidade e um poder inimagináveis. Assim como ocorrera com aperdeu-se astrologiaséculos ea alquimia, também a teurgia afora no mesmo caminho duplo: resguardou-se aqui nas sociedades iniciáticas, deturpou-se ali no baixo mediunismo. O espiritismo veio como proposição analítica da teurgia. Química, física, astronomia, espiritismo vieram substituir disciplinas-síntese da antiguidade. "O Livro dos Espíritos", "O
Livro dos Médiuns" seriam tratados modernos de teurgia, mas ciências inalcançáveis para os magos de outrora, assim como a ciência sublime daqueles teúrgicos da antiguidade soa desajustada, impraticável para o espiritista normal. Desprezível a este porque no mundo moderno toda abordagem-síntese destoa da extrema mentalidade analítica. For força de só aprender a analisar, enfraquece-se a motivação volitiva, esfria-se a fé. Fé! Tal poderosa palavra, tal ação-síntese falavam bem ao poder dos teúrgicos. O espiritismo, analítico, porque também ciência experimental, veio no Ocidente para a mente ocidental: mente analítica. Contudo, a conjunção se processa. O que se nomina visão holística nada mais é que um reflexo da maturação da nova síntese, onde a força de um alquimista, de um astrólogo, de um mago também retorna simbolicamente, reavaliada, modificada. O teúrgico abarcava em ato único os conhecimentos hoje dispersos e estanques nas
teorizações excessivas. Más um descompasso entre o agir dos antigos magos e o pensar e analisar dos modernos espiritualistas. O excesso de cautela está a um passo do excesso de medo. As ciências antigas que enfocamos são ciênciasfluido. O mago não somente sabia, como sentia e utilizava o liame fluídico poderoso, integrandoo ao Universo e ao Criador. Hoje, fluido é coisa vaga, é apenas nome. O agir de ontem reforçava a fé. O pensar de hoje reforça a inteligência. Misticismo, fé, ingredientes do antigo magismo, são forças-síntese que levam para cima a vontade. Análise, objetivismo, alimentos do pensamento moderno, são energias que elevam a sabedoria.
A união das duas forças, a do passado e a do presente, sublimará o futuro. Inteligência e vontade, potencializadas, unidas, alcançam mais facilmente a unidade. Com efeito, o passeio filosófico pelas ciências antigas é uma proveitosa revitalização fluídica: uma limpeza de resíduos preconceituais. Muito mais ciências antigas há e que mereceriam ser revisitadas. As que assinalamos bastarão, todavia, para inquietar um tanto as ortodoxias. Apliquemos sempre a unidade na multiplicidade de pensamentos; assim se desfazem as diferenças. Ubaldi: "Usai este conceito monístico que vos trago, de unidade de princípio de todo o Universo, não só no campo moral, mas também no campo científico. Buscai este princípio na analogia que está em todas as coisas, edefinira ele vos guiará infalivelmente, permitindo-vos priori o desconhecido, antecipando-vos à
observação e à experimentação." (A Grande Síntese, LAKE). Ao iniciar a sua sessào de magia, o mago toma da espada e com ela traça um círculo imaginário no ar ou o risca no chão, colocando-se-lhe no centro. Com isso pretende estabelecer uma barreira fluídica que impeça a aproximação de entidades invisíveis intrusas. O espiritismo, que extraiu da magia uma ciência experimental, não asobrelevando contradiz, mas antes apoder explica o grande do melhor, espírito, encarnado ou desencarnado, em manipular fluidos. O próprio equilíbrio do espírito já forma naturalmente uma capa fluido-protetora. (Gravura do século XIX) ISMAEL ALONSO
III MATÉRIA E ESPÍRITO
3 - FLUÍDOS: AQUÉM E ALÉM DO ESPIRITISMO
Assim o jesuíta Athanasius Kircher (16011680) viu a harmonia universal. Em biologia, à harmonia fluídica denomina-se saúde. 3 - Fluidos: aquém e além do espiritismo Com a descoberta da hipnose por Puységur e o seu desenvolvimento por tantos outros, como James Braid, o hipnotismo, ao lado do espiritismo, atingiu os salões sociais, como mostra esta gravura do século passado. A Igreja interveio, considerando tudo isso um modismo diabólico. Mas, por sobre o magnetismo e o hipnotismo, triunfou o espiritismo científico, a fundamentá-los. Com a codificação kardequiana está toda uma fundamentação da ciência dosUniverso. fluidos. Ali está constituição do homem e do Tudo éa considerado sob a visão das multidimensões, ou seja, os vários planos espirituais. Explica-se a intercomunicação entre os seres dos vários planos dentro de um contexto fluídico mecanizando a sintonia e dessintonia, e os efeitos disso no âmbito físico - ao que se denominou mediunidade.
Mostra filosoficamente como as leis divinas se aplicam no livre-arbítrio do homem cumprindo o conceito de ação e reação. Todavia, reconheçamos: resta um tremendo vácuo científico sobre os mecanismos de atuação dos fluidos, tanto no contexto cósmico como humano. Vejamos, por exemplo, o mecanismo natural de conservação saúde. O princípio fluido vital e da quiçá outras energias vital, o desconhecidas promovem a manutenção da vida, mas pouco se fala ali dos canais sutis por que eles se manifestam no âmbito da natureza e do homem. O espiritismo é ciência apesar de já contar comrelativamente todos os seus nova, princípios bem fundamentados, no seu adogmatismo, no seu dinamismo evolutivo, certamente vai agregando detalhes que outras antiquíssimas doutrinas já há muito alcançaram, por terem mais corrido no tempo. E, no que diz respeito aos temas da saúde e da principalmente enfermidade, seja há muito caminho andado, pelas revelações dos espíritos, é certo que o fator
finalisticamente moral é o que o tem mais marcado, ficando um tanto na sombra certos aspectos técnicos das leis divinas agindo na matéria, nas ecodimensões, na saúde, no ser tríplice que é o homem. O conceito de saúde visto pelos luminares do Além não tem evidentemente idêntica visão à dos encarnados, sendo mesmo necessário que os espíritos amigos insistam e insistam em que nos preocupemos em considerar saneamento moral como primacial catalisadoro do saneamento físico. Contudo, a ciência avança, quer pesquisar, comparar ciências antigas com ciências novas, e o despreconceito implícito nos fatos, gritando objetivamente o assectarismo, impõe permanentes revisões e cotejos das multidisciplinas, nas multifilosofias que as srcinaram. A medicina terrestre cria termos para definir superficialmente, como pode, a existência de certos mecanismos, como os que há pouco lembramos, relativos à ação fluídica das leis divinas, mas pouquíssimo sabe dessa mecânica transcendental.
Como funciona o princípio inteligente que controla toda a nossa bioquímica corporal? Que é que administra e com tal perfeição, sem a nossa consciente participação, as batidas cardíacas, as pulsações, a temperatura corporal? Que é que promove a estranha transmutação química (melhor diríamos alquimia biológica), criando um elemento de outro elemento dentro do corpo, quando algo grita nele a sua absoluta e premente necessidade? Que bruxaria somática consegue, a todo momento, reciclar cíclotons elementos,ou façanha que somente enormíssimos bombardeadores de partículas fariam? Quem embutiu e controla na intimidade da célula as informações sobre o crescimento, as características físicas dos seres? O assim chamado modelo organizador biológico - como étempo que age e comoexatos, surgiu? Quem cumprir o acionaprévias no e espaço fazendo recomendações do carma? Com o conceito médico de homeostasia a nossa ciência nomeia a vigência da lei de equilíbrios internos regendo a composição e reações físicoquímicas do organismo (teor de água no graxos sangue, sais, oxigênio, proteínas, açúcar, e proteínas, alcalinidade, temperatura, etc.),
reconhecendo assim a existência de uma força equilibrante administrando as várias funções dinâmicas e circunstanciais que regem o bom funcionamento do corpo, promovendo a saúde a despeito das condições externas e à revelia de nossa própria consciência. Mas apenas nomeando como efeitos homeostásicos tais grandiosas ações de gerenciamento efetuadas por um competente cientista invisível no corpo, a ciência terrestre não explica a causa íntima, os móveis ocultos dessa ação ordenadora, seletora e resguardadora da vida. O espiritismo fundamentou que por trás disso está a fonte armazenadora de dados e ativadora de ações que representa o conjunto perispíritoespírito, funcionando por interação autodinâmica fluidos. Contudo, quais são os canais de açãodeque provam a sua ação sutil? Desses termos, coloca-se a necessária admissão, em nível transcendental, de novas ciências, dentro da similaridade daquelas terrestres, nossas conhecidas. Uma outra fisiologia, uma outra anatomia, uma outra bioquímica. Ora, queremos assinalar que, onde parara nisso
o kardecismo, deixando ao desenrolar do tempo a admissão de novos conhecimentos e aplicação nesse sentido - lá no Oriente já muito se caminhara por milênios. Ali as várias disciplinas metafísicas, advindas de pretéritas filosofias, são tratados de ciência e medicina transcendental, radiografando, por diversos ângulos, com impressionantes detalhes, todo o mecanismo de atuação dos fluidos. E os métodos tão diversificados são cada qual um repositório de de práticas aptase asuperação promoverem ações rápidas equilíbrio do corpo e do espírito. Há que se frisar que em relação aos brâmanes, aos iogues, aos lamas, que são elementos orientais mais representativos de tais conhecimentos há muita desinformação. transcendentais, Sabe-se à farta dos seus poderes mentais e espirituais, de seus fenômenos autênticos dentro do controle medianímico, mas há também más interpretações, ignorando-se uma realidade muito superior a dignificar os verdadeiros yogins como legítimos cultores da ciência transcendental. Estespromotores não são aqueles desequilibrados extremistas de fenômenos circences. Não! Aos ascetas
iluminados, herdeiros da sabedoria das idades, de maneira alguma agradam tais práticas exteriores que fazem o julgamento apressado de tantos. Desconhecidos, isolados, são seres de grande poder, mas também de uma vida interior que abomina o sentido excessivamente praticista da vida comum, e mesmo os fenômenos transcendentais puros e simples e que não denotem maior vitais! destinação evolutiva. Eles dominamuma os fluidos Há, sem dúvida, um elemento sutil promotor da vida universal, desconhecido da ciência, a qual, embora penetrando hoje, através da avançadíssima bioquímica, na intimidade biológica da matéria, não logrou ainda a surpreender, e muito menos comprovar, existência do princípio e dos fluidos vitais. Eis como Emmanuel fundamenta a ação desse princípio vital: "...há uma força corpos organizados, queinerente mantémaos coesas as personalidades celulares, sustentándo-se dentro
das particularidades de cada órgão, presidindo aos fenômenos partenogenéticos de sua evolução, substituindo, através da segmentação, quantas delas se consomem nas secreções glandulares, no trabalho mantenedor da atividade orgânica. "Essa força é o que denominais princípio vital, essência fundamental que regula a existência das células vivas, e no qual elas se banham constantemente, encontrando a sua necessária nutrição, força queassim se encontra esparsa por todos os escaninhos do Universo, combinada às substâncias minerais, azotadas e ternárias, operando os atos nutritivos de todas as moléculas. O princípio vital é o agente entre o corpo espiritual, fonte da energia e da vontade, e asuperiores matéria passiva, inerente faculdades do espírito, que às o adapta segundo as forças cósmicas que constituem as leis físicas de cada plano de existência, proporcionando essa adaptação às suas necessidades intrínsecas. "Essa força ativa decorre e regeneradora, de cujo enfraquecimento a ausência de tônus vital, precursor da destruição orgânica, é
simplesmente a ação criadora e plasmadora do corpo espiritual sobre os elementos físicos." (EMMANUEL, FCX, F.E.B.) Indiscutível que haja um princípio vital sustentando a base da vida: o espiritismo filosoficamente o fundamenta. Resta assentar os aspectos múltiplos do mecanismo científico e prático decorrentes dessa constatação, no que as antiquíssimas ciências hinduístas já nos anteciparam em milênios, como já foi visto. Doutra parte, a bioquímica falece na elucidação desse terreno. A própria química Inorgânica balançou com a descoberta de Giorgio Piccardi. Efetuando, dia aexperiências dia, por vasto tempo, bem controladas com precipitações de bismuto, constatou que as constantes químicas dessa simples operação sofrem o efeito anômalo de um fator cósmico desconhecido. Periclitou a química, venceu a astrologia. O campo da bioquímica, domínio soberano e sutil do princípio vital, também desestruturou-
se com a descoberta do célebre biólogo Louis Kervran em 1959, no Sahara. Constatou a transmutação, no homem, de sódio em potássio e magnésio - verdadeira operação alquímica que a biologia humana efetua corriqueiramente e a física atômica só com grande esforço. Periclitou a bioquímica, venceu a alquimia. Através de raciocínio alquímico, constatou-se a transmutação espontânea do silícioememtodos cálcio deste em magnésio, e vice-versa, os e sentidos. Além de no homem e no solo e nos vegetais, Kervran provou a bioalquimia em galináceos: alimentou-os sem nenhum cálcio e, não obstante, a alquimia biológica criou que lhes foi espontaneamente cálcio do potássio ministrado. na química trabalha-se com os elementos simples, formando os compostos ao misturar-se uns com os outros, agindo, porém, somente nas camadas de elétrons. Já na alquimia, seja nos metais ou na biologia, trabalha-se no nível do núcleo atômico e
transmuta-se um elemento em outro elemento façanha impossível à química, não porém à física nuclear, embora de maneira complexa e custosa. Hermes tinha seus segredos: a unidade é uma ferramenta extraordinária que explica tudo e faz tudo. Sem dúvida, estamos no pleno triunfo da alquimia natural regendo a intimidade biológica dos seres, ação princípio vital e dode fluido vitalonde está apor serdo equacionada dentro um contexto de inteligência regendo os captadores, os controladores, os catalisadores, os transformadores do fenômeno da vida (chacras, centros e pontos de força, etc.). Também terreno anatômico e autodiretivo do perispírito. Pietro Ubaldi (A Grande Síntese) estabeleceu, com razões, que o fenômeno da vida rege-se pela lei do movimento, do transformismo contínuo, onde a química está sob o embate de um relativismo perene e onde jamais se aplica a concepção estáticaem da leis ciência. Transformismo inteligente inserto coercitivas da evolução.
ISMAEL ALONSO III MATÉRIA E ESPÍRITO 4FLUÍDOS: O TRIUNFO DA UNIDADE 4 - FLUÍDOS: Fluidos, aura, perispírito FLUÍDOS, AURA, PERISPÍRITO O conhecimento fluido vital, daantiguidade. aura, do perispírito vem dedouma longínqua É o que mostram estas velhas gravuras chinesas figurando o destaque do perispírito para fora do corpo físico. A posição da doutrina espírita quanto aos fluidos universais é definida. O fluido universal é a matéria primordial de quecósmico se srcinam todas as outras. Em seu caráter
srcinal de pureza, desconhecemos-lhe as propriedades. Dele deriva o fluido vital, responsável pela manutenção da vida de todos os seres. O fluido vital é, por sua vez, oriundo do princípio vital, com propriedades mais amplas e genéricas. E temos também o fluido ectoplásmico, fluido mais grosseiro, mais ponderável, que representaria elo de ligação entre os demais fluidos citados (principalmente o fluido vital) e teria uma característica de diferenciação indivíduo indivíduo, em função de variações do seu meioa ambiental. Todavia, se sabemos perfeitamente da existência desses fluidos, desconhecemos as suas constituições; sabemos apenas rudimentos de suas propriedades intrínsecas, desconhecendo quase completamente mecanismo de derivação e combinaçãoo de uns para com os outros. Além dos citados fluidos, mais ou menos sutis, muitos outros podem existir, diferenciados e sempre srcinários do fluido cósmico universal. A manifestação indubitável desses fluidos supracitados no correr da história e da ciência
fez com que eles obtivessem denominações várias e às vezes desencontradas entre si quanto ao seu verdadeiro objeto nominativo. Sendo o perispírito o corpo intermediário entre o corpo somático e o espírito, representa também o intermediário entre duas dimensões distantes entre si, diferenciadas pelo próprio grau de sua rarefação ou sutilização fluídica - se assim podemos nos expressar em nossa pobre e ambígua terrestre. Assim,suas sendo o perispíritolinguagem também matéria fluídica, manifestações no plano denso da matéria sofrem deste as influenciações físico-químicas em suas várias modalidades e circunstâncias. Daí que se confunda, se repita, se diferencie conceitos ao se nomear o fluido universal, o fluido vital, oefluido ectoplásmico, o corpo perispiritual, até o fluido medianímico (este mencionado por André Luiz). Assim é que, desde tempos imemoriais e caminhando ao longo da História, o terráqueo reconheceu a existência de uma matéria invisível e imponderável nossos comuns parâmetros físicos, e que,aos esparsa pelo Universo, dá vida aos seres e configuração à
matéria. Para os hindus são o Akasha e o Prana. Para os polinésios é o Mana. Para os índios norteamericanos é o Wakan. Para os muçulmanos é o Baraka. Para os hebreus é o Aor. Para os egípcios é o Sa. Para os filósofos gregos é o Éter (Aether = abismo do Céu) Para os alquimistas gregos é o Hilé. Para os espagiritas é o Arqueu. Para os chineses é o Ki, ou Qi, ou Ch'i. Para os zoroastristas é o Fogo Vivo. Para os hermetistas e magistas é o Telesma.
Para os alquimistas é o Azoth. Para os esoteristas é o Eter. Para os rosacruzes é o Vrill. Para os filósofos em geral é o Fluido Elementar, ou Primitivo, ou Primordial. Para Heráclito é o Fogo Gerador. Para Hipócrates é o Fogo Invisível. Para Paracelso é o Alcaeste. Para Jacob Boèhme é a Substancialidade. Para KarlOdin). von Reichembach é o Od (do deus nórdico Para Franz von Mesmer é o magnetismo animal. Para Frederika Hauffe (vidente de Prevorst) é o nervo Etérico. Para Edward William Cox é a Força nervosa.
Para Hippolyte Baraduc é o Zoeter, ou Força Fluídica Vital. Para A. Baréty, William Crookes e Camille Flammarion é a Força Psíquica. E ainda para Crookes, numa derivação, é o Protyle. Para Paul Joire é o Bio-efflux. Para o suíço prof. Farny é o Antropoflux. Para W. J. Crawford é a Energia nervosa, ou a Alavanca Psíquica. Para Wilhelm Reich é o Orgônio. Para Robert Pavlita é a Energia Psicotrônica. Para S. D. Kirlian é a Energia Bioplásmica. Para L. Eeman é a Força X. Para Francesco Racanelli é a Energia Biorradiante. Para Cesare Lombroso é a Força Cerebral Irradiante.
Para Mare Thury é o Psychode (Psique + Od de Reichembach) ou a Força Ectênica. Para Enrico Morselli é a Força Biodinâmica. Para Bernard Qrad é o Fator X. Para Qennady Korotkov é a Luz da Alma. Para o físico J.J. Tompson é o Fluido Universal. Tal listagem, evidentemente incompleta, alongar-se-ia mais e bastante, considerando-se que os assuntos e fenômenos transcendentais, sendo de difícil compreensão e assimilação nas várias ideologias e na diversidade das cabeças que pensam e analisam, encontram interpretações e nominações as mais variadas e até desencontrantes. Tudo é fruto de nossa involução sociocientífica, da extrema particularização do conhecimento em um planeta imperfeitíssimo. Tentaremos agora mostraralcançadas o curso daspelos comprovações científicas fluidos sutis em relação ao perispírito e ao
homem como ser encarnado, no decorrer da história. (Comandante Darget, da Marinha Francesa, no inicio do século XX fotografou imagens mentais e espiríticas; comprovou a existência de eflúvios vegetais. Seus estudos foram levados à Academia de Ciências de Paris. Dr. Hyppolyt Baraduc pesquisador francês de fluídos sutis no início do século XX, fotografou manifestações fluídicas e de elaborou aparelhos de aferição da manifestação suas existência. Os povos nórdicos, principalmente os vikings, tinham em Odin o seu principal deus. Na mitologia escandinava, Odin era filho de Bor, pai Voden, dos deuses. A Odin também chamavam Woden, Wotan, Votan ou Wuotan. Deus do céu e das tempestades, assumia Odin as funções de poderoso guerreiro, dominando feitiços e mistérios, com o poder até de mudará vontade a sua aparência física. Na gravura, uma das usuais representações de Odin, tendo ao seu lado os dois corvos lhe informavam das ele ocorrências. A Odinque faltava um olho, o qual entregara em troca da concessão da árvore do
conhecimento - o que é uma figuração simbólica de alto valor esotérico. O barão Von Reichembach tomou desse deus, por empréstimo, o seu poder místico e a raiz od para definir uma emanação fluídica de todos os seres. Esse estudioso buscou na força ódica a explicação de vários fenômenos do magnetismo e do fluidismo. Porém, od é palavra que entra também na mística judaica. ISMAEL ALONSO III - MATÉRIA E ESPÍRITO 5COMPROVAÇÃO EXPERIMENTAL DE FLUÍDOS 5 - COMPROVAÇÃO EXPERIMENTAL DE FLUÍDOS O inglês Harry Price foi o mais famoso caçador de fantasmas. Multiplicar-se-ão os aparatos e os cientistas caçadores de fluidos sutis?
A evolução da física e da química vinha de alijar, até lá pelo início do século XIX, os conceitos místico-esotéricos em torno da manifestação dos fluidos sutis na matéria densa. A partir dali, num crescendo, uma proposital multiplicação dos fenômenos transcendentais, orientada pela Espiritualidade, deu à ciência ensejo de estar mais de perto em contato com eles, analisar, tirar conclusões, aprová-los. Os fenômenos de magnetismo humano observados secundavam os da mediunidade, as aparições, as materializações e desmaterializações. Estas estavam mais ao lado do critério científico, porque palpáveis, até certo ponto mensuráveis e aquilatáveis com o tubo de ensaio da ciência. Já os fenômenos tidos como de magnetismo animal ou humano, se apresentavam os seus resultados em pesquisas e curas, dificilmente encontrariam um resguardo maior da comprovação estritamente científica. E aí estava implícita a prova ou não da açáo dos fluidos: fluido vital, princípio vital, perispírito.
Nessa lenta progressão comprobativa, fixemonos no século XIX e em 1840 com o barão Karl von Reichembach (1788-1869). A uma energia emanada pelo homem e presente na atmosfera ele denominou od, lembrando os poderes transcendentais do deus nórdico Odin. O odoscópio é um aparelho simples, feito mesmo de papelão e uma agulha suspensa por um pequenino e leve graveto de palha. Mas proximidades pessoas, ele manifesta um motor giratóriodas identificado com a ação da energia ódica, e girando à esquerda ou à direita indicaria tal e tal significado. Paralelamente ao magnetismo animal caminhava a ciência da radiestesia, usando pêndulos, de árvores, etc. Osanímica portadores destes, sejagalhos por uma sensibilização ou por clarividência ou mediunidade, atuam em vários sentidos. A detecção dessa energia do radiestesista através de certos instrumentos especiais levou a comprovar a existência de radiações, e quiçá de fluidos agindo em torno dele. Temos em 1842 um importante passo com o
investigador americano James Rhodes Buchanan. Descobriu uma emanação proveniente de seres vivos, mortos e inanimados, a que chamou aura nêurica. Com suas inúmeras experiências, foi o primeiro a estabelecer a ciência e a cunhar o termo psicometria, denominando uma disciplina que trata de uma irradiação natural apresentada por tudo o que existe e existiu, e que pode ser aferida pela sensibilidade humana. Pouco depois, em 1852, o médico inglês Benjamin Kichardson estabeleceu a existência do que chamou atmosfera nêrvica, nomeando uma irradiação em torno do corpo humano. Em 1855, o médico suíço prof. Mare Thury, da Universidade de Genebra, constatou experimentalmente a emanação do corpo humano e dos seres vivos já anteriormente pesquisada e nomeada por Reichembach como od, ou força ódica. Thury nomeou-a psychode. De 1857 à frente, temos Allan Kardec comentando profusamente sobre o magnetismo e fundamentando, com p auxílio dos espíritos, toda a ciência dos fluidos sob o ponto de vista
filosófico-científico. Através dele os pesquisadores tinham uma larga estrada de estudo a palmilhar, o que nem tanto ocorreu, porque o faziam individualmente, conhecendo ou não o espiritismo. Os Investigadores alcançavam descobertas, incrementavam aparelhos para provar, quantificar, qualificar, cienlificamente as emanações fluídicas. Assim é que temos, em 1862, o psiquiatra francês Collongues um de aparelhodr.elaborado paradesenvolvendo provar a existência irradiações no ser humano vivente. Tratava-se do dinamiscópio, depois seguido da invenção, pelo mesmo pesquisador, agora em 1872, do bioscópio, voltado também para a detecção dos eflúvios vitais humanos. De outro célebre psiquiatra francês, o dr. JulesBemard Luys, temos, em 1872, o peso de uma constatação importantíssima: o da existência de eflúvios cerebrais. Célebres também as constatações das emanações fluídicas, nasfrancês décadas de 1880 e de 1890, pelo pesquisador conde Albert Rochas, autor dos conceitos de exteriorização
da sensibilidade e exteriorização da motricidade, sobre o que realizou prolongadas e valiosas Investigações. De igual período, da década de 1890 a 1905, o francês dr. Hippolyte Baraduc pesquisou as vibrações e eflúvios humanos. Por volta de 1895, comprovou ele, por várias fotografias transcendentais, a existência de emanações fluídicas, tendo-as inclusive fotografado sobre o cadáver de sua esposa,inventou vinte minutos após o seu desencarne. Baraduc o biômetro, aparelho que se prestava a medir a aura, subentendendo-se esta à carapaça fluídicoluminosa que envolve o corpo somático e que é formada pelo fluido vital. Foi significativa a contribuição de Baraduc, chamando a atenção dos cientistas para a comprovação científica daquilo que o espírito André Luiz, meio século depois, designaria túnica de forças eletromagnéticas, quiçá naquele tempo já detectável em si mesma ou suas irradiações, por aparatos da física, em condições ideais. Vejamos, por exemplo, em 1893, as
experiências do físico francês René Blondot, professor da Universidade de Nancy, o qual, quase na mesma linha do célebre dr. Luys, pôde concluir sobre a real emissão de raios pelos nervos e pelo cérebro humano. Constatou que tais irradiações atravessam vários materiais opacos que pesquisou, e que - uma descoberta importante! - o fazem através de uma frequência de vibração similar à das ondas longas e próxima das ondas eletromagnéticas, cuja existência provar (1888). Heinrich Hertz acabara de Ressaltemos o peso científico de tais constatações, lembrando que hoje, só depois de um século, algumas descobertas importantes sobre a aura e os fluidos vitais ocorrem justamente sob os efeitos eletromagnéticos, que as próprias informações dos espíritos em assumem peso de autenticidade. Naquele período de plena vigência multiplicada de fenômenos medianímicos, temos ainda, da década de 1890 a 1902, as pesquisas do famoso magistrado francês e investigador parafísicoe dr. Joseph Maxwell (1858-1938), constatando provando a existência de um eflúvio humano a
que chamou força desconhecida. De 1895 temos as pesquisas do físico e professor suíço A. Farny, de Zurique, nomeando anthropoflux (do grego anthropos, homem, e phlus, fluir, emanar) a uma emanação humana que bastante investigou. A tantas constatações daquilo que as filosofias ocultísticas já chamavam aura, iam-se somando várias a doque pesquisador francêsdenominações, dr. Paul Joire, como em 1896, chamou de bio-efflux a uma emanação que ele constatou em todos os organismos biológicos. Fazendo coro a tantas descobertas dos pesquisadores franceses, em 1908, o médico russo dr. Maum Kotik, com várias experiências no mesmo sentido, constatou também uma energia sutil no homem, a que ele, no próprio título de um seu livro, chamou energia psicofísica. Mas as pesquisas desenvolviam-se também em outros seres vivos, eenão somente no Em 1909, o francês comandante da homem. Marinha, Louis Darget, provou a existência de
emanações fluídicas nas plantas. Em 1911, o inglês dr. Walter fxilner publicou suas pesquisas físico-químicas sobre a aura humana, conseguindo visualizá-la atrás de placas de vidro impregnadas de dicianina, ou alcatrão e carvão. Ainda em 1911 temos importantes, porém relegadas, constatações do sábio Caan, alemão de Heidelberg.detrabalhando em acima dos experimentos Werner sobre fotoatividade dos tecidos humanos, deparou com a existência neles de uma substancia ionizadora do ar, capaz de torná-lo condutor de eletricidade. Constatou que essa atividade é mais representativa no cérebro, menos i apaz no coração e no fígado, e quase nula nos rins essa e no substância braço. Na época, ligouse hipoteticamente desconhecida e esse seu poder ionizante a uma possível radioatividade nos tecidos humanos, já que os corpos radiativos carregam em si tal propriedade ionizadora. Mais signiflcativo o que sugeriram as avaliações: que a idade das pessoas parecia papel na quantidade dessadesempenhar substância, aum qual diminuiria com o avançar dos seus anos de vida. Isso
poderia talvez abrir à fluidologia espírita hipóteses relativas a um possível ciclo etário de fluidos e radiações na biologia humana, indicando-lhes uma natural e progressiva diminuição a secundar a programação cármica do desencarne. Aliás, a ciência se debate hoje em profundos estudos bioquímicos sobre os mecanismos do programa da morte na intimidade das células humanas, podendo esbarrar em deduções como essas propostas pelas pesquisas do sábio Caan. Cerca de 1915, temos as pesquisas do dr. William John Crawford, Professor de Física em Belfast. Foram bastante conhecidas as suas comprovações de materializações mediúnicas junto à família Qoligher. Comprovou o que chamou nerve energy, ou seja, uma energia emitida nos nervos, criando um campo magnético em torno do corpo. Em 1921, temos a publicação das experiências do dr. Sydney Alrutz, Professor e Médico sueco da Universidade de Upsala, atestando a realidade do fluido magnético humano. Ha década de 1920, temos as experiências do
psicólogo francês Louis Favre constatando o poder das irradiações humanas em destruir bactérias de grande resistência. Também nesse período o pesquisador e médico francês dr. Charles Russ elaborou um aparelho detector da energia magnética irradiada pelos olhos humanos. Ainda desse tempo as experiências do pesquisador parapsíquico Joseph incolor Bieniedel, constatando quealemão uma solução de urânio numa garrafa tornava-se verde fluorescente sob os efeitos do magnetismo, com a aproximação de sua mão. Em 1923, certas invisíveis irradiações no corpo humano foramQurvitch, descobertas russo dr. Alexander e aopelo quecientista ele denominou raios mitogenéticos. Outro russo tornou-se famoso logo após. Foi em 1930 que o cientista soviético Semyon Kirlian fez a sua importantíssima descoberta de uma apresentada por todos os seresbioluminescência vivos.
Chamou-a energia bioplásmica. E hoje vemos a multiplicação mundial das cãmeras Kirlian, apontando-se-lhes promissoras aplicações na medicina e outras disciplinas. Ainda em 1930 o italiano prof. Guido Cremonese conseguiu fotografar certas estranhas radiações emanadas de algumas substâncias biológicas humanas, como a saliva, o sangue, o esperma. Outro italiano despontou em 1932. Trata-se do médico dr. Ferdinando Cazamali, da Universidade de Roma. Construiu uma aparelhagem registradora dos eflúvios cerebrais, comprovando assim o que já haviam vislumbrado os pesquisadores franceses Luys e Blandot. Ha década de 1940, temos as experiências do físico dr. Wilhelm Reich. Descobriu um fluido com energia considerada não eletromagnética a que ele denominou orgônio. Em plena dahá parapsicologia, ciência queflorescência nessa época, meio século, veio substituir a ciência de poucas décadas atrás
chamada metapsíquica (criação do prof. Charles Richet), vários pesquisadores se despertaram ao estudo e hipóteses modernas sobre a aura ou efeitos das radiações perispiríticas no nosso plano. Em 1945, o pesquisador tcheco Robert Pavlita lançou a hipótese da energia psicotrônica como força vital áurica detectável por instrumentos. Em o pesquisador E. Eeman colocou aura1950, humana como forçaL. e como produto de a embates de energias bipolares (entrechoque de forças positiva e negativa). Em 1960, na Itália, o dr. Francesco Racanelli nomeou energia biorradiante à aura. Em 1963, o pesquisador e fisiologista russo dr. Qenady Sergeyev, ligado à Universidade de Leningrado, conseguiu detectar em aparelhos os campos biológicos eletromagnéticos a até 0,50 metros do corpo humano, e ter-se-ia referido à possibilidade de transferi-los à matéria inanimada. Em 1965, temos o canadense dr. Bernard Qrad
descobrindo o que chamou fator X, uma energia desconhecida emanada do corpo e que pode atuar no crescimento dos vegetais. Em 1995 temos a descoberta do russo dr. Qennady Korotkov. Este pesquisador, Diretor de um Instituto de Ótica de Precisão em Moscou, descobriu acidentalmente o que chamou luz da alma, ao observar a passagem de cadáveres por um campo eletromagnético. As emissões de apresentaram luminosidadeapor esses corpos inanimados estranhíssima propriedade de se diferenciarem entre si, de indivíduo a indivíduo, daí o considerar-se que um mapa da vida psíquica de cada ser restava por vários dias impresso naquelas imagens luminosas, de maneira a se poder até identificar tal e talobtido pessoapor poranálise esse ou aquele quadro de dados espectroscópica. Essas últimas pesquisas russas prosseguem e, no ritmo da escalada tecnológica que dificilmente acompanhamos, com certeza logo teremos comprovações mais acuradas da ação do perispírito e dos fluidos interagindo no homem.
Um exemplo do que a tecnologia já pode oferecer em pesquisas específicas nesse sentido é a recentíssima aparelhagem e sistema do Chirtest, por onde se rastreariam vários parâmetros da ação fluídica do magnetizador ou passista, em sua ação de transferir fluidos curativos. São pesquisas promissoras, já com efetivos resultados por parte do seu idealizador dr. Luigi Lapi, da Itália, nestes nossos anos que correm. Podemos observar que já existe muita pesquisa, muita constatação, muita aparelhagem para possíveis usos e aferições muito mais efetivas e globais, sobre a aura, os fluidos, o perispírito. Cremos que está faltando é real consciência do que se trata e do que não se trata, do que é e o que nãoconceitos é, de eliminar conceitos inoperantes e acatar de mais realidade, como os que a Doutrina Espírita aponta. Sabemos que o perispírito é o corpo fluídico em que vórtices de força interagem continuamente com o meio circundante e os fluidos, num dinamismo complexo diferentes e que a cada instante traduz em aparências (luz, forma,se tamanho), de conformidade com o momento de
ação e evolução do espírito. Seria interessante recordar André Luiz em "Mecanismos da Mediunidade", mostrando como do Outro Lado melhor se enxerga e conceitua o que a Ciência a custo vai redescobrindo: "Assim é que o halo vital ou aura de cada criatura permanece tecido de correntes atômicas sutis dos pensamentos que lheque sãocorrespondem próprios ou habituais, dentro das normas à lei dos 'quanta de energia' nos princípios da mecânica ondulatória, que lhes imprimem sequència e cor peculiares. Essas forças, em constantes movimentos sincrônicos estadoestabelecem de agitação pelos impulsos daem vontade, para cada pessoa uma onda mental própria." Se os fluidos a que nos vimos referindo alcançam uma sutilidade dificilmente aferível instrumentalmente, outro tanto não ocorreria com o fluido ectoplásmico, tão mais grosseiro, palpável e visível.
A ele também dedicaremos alguns apontamentos. ISMAEL ALONSO IV ECTOPLASMIA 1ECTOPLASMA NA HISTÓRIA CIENTÍFICA 1 - ECTOPLASMA NA HISTÓRIA CIENTÍFICA Desde muitos séculos existiam vagas referências a uma estranha emanação fluídica por assustadoramente parte de sensitivos,secom a propriedade de até manifestar de modo visível e tangível aos observadores. A misteriosa grei dos alquimistas, ao longo dos milênios, já a teria descoberto, ou mesmo redescoberto de antíquíssimas tradições secretas, orais e escritas. Célebre médico e alquimista Paracelso (1493-
1541) referir-se-ia com o nome de Misterium Magnum a uma matéria estranha observada no homem. No século XVII, o alquimista e filósofo inglês Thomas Vaughan (morreu em 1666) seria também um dos primeiros a se referirem ao ectoplasma, ao mencionar uma matéria-prima extraída do corpo humano vivente. Também houveramístico aludidoe médium a tal misteriosa matéria o jácientista sueco Emmanuel Swedenborg (1688-1772), autor de obras contendo descrições pormenorizadas do mundo espiritual, tal como permitiram seus constantes desdobramentos perispiríticos. Ainda no XVIII século, temos referencial mais significativo e seguro paraum fixação histórica do conhecimento do ectoplasma no país de Kardec. O rei Luís XIV, o Grande, governou a França num de seus mais longos e gloriosos períodos, ou seja, de que 1643ele a 1715. O Palácio Versalhes, mandou construirdeem Paris, é até hoje um monumento de suntuosidade e
requinte. Velhos escritos franceses falam de uma histórica sessão de bruxaria (na época ainda não se falava em mediunidade) que esse rei mandou realizar certa feita nesse palácio e de que ele também participou. Isto fora em 1709 e a presença marcante, ali, além do poderoso monarca, era a da marquesa Catherine de Lunis, a qual seria sem dúvida uma médium de efeitos físicos. Nessa sessão observou-se que uma estranhíssima matéria fluídica e cinzenta saiu da orelha da marquesa. matéria, ante osesquerda olhos estupefactos de Tal todos, teria evoluído para a forma nítida de um cavalo. Ora, para a supersticiosa época, e também para Luís XIV, não seria isso senão uma manifestação diabólica. O rei, incontinenti, fez desaparecer a marquesa e até hoje dela nada mais sedali sabe... Provável que fatos como esses tenham fartamente acontecido ao longo da história e, mal interpretados aqui, abafados ali, tenham escapado a um exame mais atento da ciência. Com o advento do Espiritismo científico, a partir de meados do século XIX, é que tais
fenômenos encontrariam maior campo de manifestação e de estudo, culminando, o início do século XX, com declarações como a do Prêmio Nobel de fisiologia Prof. Charles Richet que inaugurou este capítulo. No estudo acurado de tal substância tão misteriosa fica Richet precedido ou acompanhado no tempo por outros grandes cientistas e por grandes médiuns. Celebérrimas as materializações e fotos do espírito da hindu Katie King obtidas de 1871 a 1874 através da medium inglesa Florence Cook (1856-1904). Este foi ampo vasto de pesquisa ao cientista inglês William Crookes 18321910), famoso por, dentre outras coisas, ter descoberto o elemento químico tálio, o quarto estado da matéria (radiante), a lâmpada de raios catódicos que leva seu nome, e implementar estudos sobre a luz, a fotografia, astronomia, etc. O fato de pertencer Crookes à prestigiosa Sociedade Real dedaLondres de tercontribuiu uma extensa folha de serviços ciéncia emuito à fama e aceitação de tais fenômenos. Porém,
quantos cientistas de seu estofo não estlveram também às voltas com outros grandes médiuns produzindo também grandes efeitos físicos? As pesquisas e fotos de Crookes com as materializações de Katie King ainda correm mundo e, com o seu livro Fatos Espíritas, são sem dúvida o maior referencial científicoacadêmico sobre a autenticidade da ectoplasmia, senão os fenômenos espiríticos em geral. Permitiram "O queespiritismo ele afirmasse categoricamente: está cientificamente demonstrado". A importância do advento de Katie King cresce por ter sido uma materialização de espírito manifestando-se por várias vezes e por tanto tempo, possibilitando ser perfeitamente vista, ouvida, fotografada, auscultada emtocada, seus batimentos cardíacos e pulsações, nos seus pulmões, de modo a poder Crookes até declarar certa ocasião que os pulmões de Katie mostravam-se mais sãos do que os da médium, que nessa ocasião sofria ainda as consequências de uma bronquite. Quão extraordinário não é o poder do
ectoplasma: trazer do Além um espírito e darlhe até o alento da vida! Com tal grande mistério a deslumbrar o conhecimento, tantos outros cientistas do estofo de Crookes estiveram também às voltas com outros grandes médiuns a produzir também grandes efeitos físicos. Na Inglaterra mesmo, outros expoentes surgiram. O célebre naturalista Alfred Russel Wallace (1823-1913), descobridor com Darwin das leis do transformismo biológico e autor de "O Moderno Espiritualismo", pesquisou bastante os fenômenos espíritas e relata vários fatos de ectoplasmia emModerno". seu livro "Os Milagres do Espiritualismo Outro cientista inglês a quem o estudo do ectoplasma deve muito de empenho é Oliver Lodge, professor de física em várias universidades inglesas, autor de muitas obras em que discute matéria fluídica.e demonstra a realidade dessa
Também William John Crawford (1865-1920), professor de mecânica aplicada da Universidade de Belfast, muito contribuiu nessas pesquisas. Criou o conceito de alavanca psíquica tentando explicar o mecanismo das levitações e ectoplasmias. Escreveu, sobre espiritismo experimental e as materializações, nada menos de seis obras, das quais a mais divulgada é "A Mecânica Psíquica", com farto documentário fotográfico sobre ectoplasmia obtido com a médium f\. Qoligher. Também na França, motor mundial das luzes e ciências, vários nomes importantes despontaram nesses específicos estudos. O Prêmio Nobel de Fisiologia Charles Richet, criador da metapsíquica, estudou cansativamente vários médiuns de efeitos físicos, constatando a veracidade das ectoplasmias, sobre o que largamente dissertou em sua obra capital, "Tratado de Metapsíquica", com clássicas fotos deSua materializações que ele próprio acompanhou. fama e segurança experimental no trato dos assuntos psíquicos
levaram a ectoplasmia às discussões acadêmicas Internacionais, assim como o tinham feito as experiências decisivas de Crookes. Com Richet firmara-se mais o conceito de materialização ectoplásmica. O conde Albert de Rochas também participou de estudos sobre ectoplasmia, falando disso em suas inúmeras espiritistas, obras sobre devendo-se-lhe ciências experimentais o conceito de exteriorização da sensibilidade. O famosíssimo investigador dr. Eugène Osty secundou várias experimentações em torno do ectoplasma, devendo-se-Ihe provas científicas concretas com aparelhos da física, com a radiação infravermelha, que inclusive ele elaborara para detectar óticamente a emergência do ectoplasma mesmo em seus estados de invisibilidade humana. Escreveu as importantes obras "O Conhecimento do Supranormal"e "Os Poderes Desconhecidos do Espírito sobre a Matéria". Também o naturalista Paul Gibier, autor de
vários livros sobre pesquisas espiritistas, entre os quais "Psicologia Experimental", entrou na coorte dos cientistas franceses, tendo declarado peremptoriamente: "Podemos ter provas materiais da existência da aima". O dr. Gustave Geley foi outro grande cientista parapsíquico, autor de doze livros sobre ciências psíquicas, dentre os quais, no nosso tema, "A Ectoplasmia e a Clarividência". O cientista e escritor E. Dupouy, autor de uma dezena de livros, contribuiu para vulgarizar o espiritismo experimental, fundamentando com conclusões científico-filosóficas as materializações por ectoplasmia, assim como também o pesquisador orientalista Louis Jocolliot, com seus e famosos preparou como que vários um substrato paralivros, avaliação histórico-geográfica dos fenômenos espíritas, fundamentando as experiências ectoplásmicas de Crookes. O engenheiro Gabriel Delanne também transformou-se num preparadíssimo divulgador espiritista, escrevendo mais de uma dezena de obras importantíssimas, muitas falando do
ectoplasma, e das quais citaremos "As Aparições Materializadas e Katie King História de suas Aparições". Também o célebre astrônomo Camille Flammarion (1842-1925), colaborador de Kardec na Codificação do espiritismo, dedicouse ao estudo da materialização, vulgarizando os fenômenos em vários livros. Na Alemanha, figura notória em torno do estudo do ectoplasma foi o famoso barão Scherenck-Notzing (1862-1929), autor de vários livros sobre o assunto, dentre os quais "Fenômenos de Materialização", "O Combate pelos Fenômenos de Materialização" e "Fenômenos Físicos da Mediunidade". Esse estudioso carreou deda cientistas de peso aenormíssima tais estudos quantidade e à aceitação tese espírita. Merece ser citado também o famoso astrônomo alemão Johann Carl Friedrich Zòlnner (18341882), que dedicou-se a aprofundados estudos sobre os fenômenos parafísicos, escrevento o livro técnico Física Transcendental.
Devem-se-lhe também estudos valiosos em torno do conceito e prova da desmaterialização de objetos inanimados e de médiuns. Dos italianos poderíamos também nos alongar em farta citação de grandes nomes de pesquisadores das materializações ectoplásmicas, como o criminalista Cesar Lombroso, o dr. Henrique Morselli, o dr. Henrique Imòda, sem nos esquecer do principal, oquarenta prof. Ernesto Bozzano, autor de cerca de obras espiritistas, das quais lembraremos, no nosso tema, "Materializações Minúsculas", importante documentário sobre tal tipo específico de ectoplasmia. Da Rússia, citemos o mais conhecido, ou seja, o conselheiro Aksakoff, "Animismo Alexandre e Espiritismo" e "Um cujas Caso obras de Desmaterialização" muito contribuíram para a compreensão dos fenômenos ectoplásmicos. E quanto aos médiuns mais famosos que se prestaram às experiências com ectoplasmia, citemos apenas Florence Cook, Eusápia Falladino, Lindaalguns: Qàzzera, Elisabeth D'Espérance, Eva Carrière, Franck Decker,
Frank Kluski, Helen Ducan, mme. Salmon, Elisabeth J. Compton, Eleonor Piper, Stephan Ossowiecki, Katleen Qoligher. No Brasil citemos os conhecidos médiuns Peixotinho, Elvira Goulart, a paraense Ana Prado, com fenomenologia fartamente estudada, e o famoso Carmine Mirabelli, do qual o livro "Prodígios da Metapsíquica", de Eurico Goes, divulga tantos fenômenos. Célebres ficaram em nosso país, por atingirem uma época de explosão comunicativa, as materializações de uma freira em Uberaba, MG, com a médium Otília Diogo e a participação de Francisco Cândido Xavier, bem assim as materializações ocorrendo há mais de meio século em São do Paulo, compadre manifestações ectoplásmicas Espírito Zabeu Kauffmann. Dos pesquisadores e autores brasileiros que se preocuparam com a ectoplasmia, citemos o dr. nogueira de Faria, autor de "O Trabalho dos Mortos"; Bosio, de "O que eu vi"; e Rafael A.Ettore Ranieri, autorautor de "Materializações Luminosas".
Mais recentemente temos Carlos de Brito Imbassahy, autor de "As Aparições e os Fantasmas - Experiências Ectoplásmicas", e dr. Hernâni Guimarães Andrade, autor de vários livros científicos sobre espiritismo. Também grande conhecedor do tema no Brasil é o escritor Jorge Rizzini, autor do livro "Materializações de Uberaba", importantíssimo documentário sobre fenômenos de ectoplasmia que maisosmarcaram a história do espiritismo brasileiro e que mereceram inclusive um pequeno opúsculo de defesa por parte do filósofo espírita .J. Herculano Pires. ISMAEL ALONSO IV ECTOPLASMIA 2 - CURA PELO ECTOPLASMA 2 - Cura pelo ectoplasma A ectoplasmaterapia seja um ramo promissor à medicinatalvez do futuro.
Destaque especial deve-se dar à escritora Idalinda de Aquiar Mattos e seu livro "Curas através do Ectoplasma", que deveria ser mais e melhor acolhido pela ciência espírita. Sob direção dessa benfeitora, a ectoplasmaterapia foi muito bem desenvolvida na cidade do Rio de Janeiro, onde o uso do ectoplasma promoveu comprovadas curas em grande diversidade de enfermidades, mediante o concurso de dois médiuns. De que maneira entenderíamos o processamento da cura através do ectoplasma? Servindo, como parece, a uma indiscriminada tipologia de males, seria o ectoplasma uma nova panaceia ou uma já bem antiga medicina universal conhecida dos alquimistas? Tudo isso ainda é muito prematuro ao metro da ciência. Podemos, contudo, partir para genéricas conjeturas. Capítulos à frente, os espíritos esclarecem como funciona uma sua intervenção no passe, sobrecolocando fluidos benéficos em uma
matéria enferma: como que se despejando água limpa sobre um copo de água suja, esta vai-se derramando até que a pureza prevaleça sobre a impureza. Seria aí um método de troca fluídica, em que a simples reciclagem de fluidos, do pior para o melhor, seria o fator determinante da cura magnética, como a chamam. Nesse último caso pode-se, por hipótese, considerar uma revitalização fluídica, supondo que os fluidos trazidos pelos espíritos são fluidos vitais de que o paciente necessite. Por outro lado, podemos também raciocinar sobre certas declarações dos espíritos quanto ao fator quantidade de fluidos em relação à enfermidade. Adiantam que, em qualquer hipótese, jamais o homem está saturado, ou com excesso de fluidos vitais, mas sempre apresentando dois estados fluídicos: equilibrado ou faltante. E assim a ação curadora implica na simples reposição de fluidos faltantes. Lembremos: estamos no terreno das hipóteses.
E quanto ao ectoplasma, que os espíritos definem como fluido pesado, poderíamos considerar também a mesma genérica troca, ou ainda a repleção fluídica como fator de cura? Seria aí como que uma transfusão ectoplásmica, assim como operamos uma transfusão de sangue, em ambos os casos passando ao paciente uma energia ou um fluido vital? Ou o fluido ectoplásmico serve aí, com sua propriedade plasmadora, intermediador meramente como elemento físico-químico de uma intervenção por outros meios em doenças específicas? Pouco sabemos do ectoplasma, mormente como terapia. Lembremos, porém, que nas antigas correntes científicas orientalistas a energia da vida, ou seja, os fluidos vitais, manifestam-se no homem tanto em excesso como em falta, e que a cura significa pura e simplesmente o restabelecimento do equilíbrio fluidoquantitativo. Restar-nos-á, para o futuro, equacionaras
propriedades intrínsecas e a ação separada e conjunta do princípio vital, do fluido vital e do fluido ectoplásmico, para que somente assim nossa medicina deixe de tatear um tanto no âmbito das terapias transcendentalistas, ainda tão obscuro para ela. Por enquanto estaremos no âmbito restrito das poucas, mas cada vez mais crescentes manifestações de cura mediúnica, onde o uso do ectoplasma pareceemergir ter sidoalgumas substancial em certas práticas, fazendo informações dos espíritos, em cima do que podemos lançar conjeturas. Sabemos, através dos espíritos, que o ectoplasma está em toda a natureza, e não somente Daí o supor variaçõesno nahomem. sua constituição e, que haveria consequentemente, também em nível de sua aplicação terapêutica. Isto porque, tratando-se de compostos fluídicos de certa sutileza (embora, no dizer dos espíritos, seja um fluido bastante pesado em relação ao fluido vital e outros), sua ação penetrante estaria fluídicos sendo de diferenciada em função de campos srcem e de aplicação também bastante
diversificados. Haverá ectoplasmas e ectoplasmas para tais e tais enfermidades específicas? Há os benéficos e maléficos? As respostas são ainda duvidosas. Os espíritos mencionam, porém, aspectos perniciosos de certas emanações ectoplásmicas, srcinadas de situações biológicas viciosas, como em função da etc.alimentação carnívora, da viciação etílica, Doutra parte, os espíritos informam que desde o Além valem-se do ectoplasma para a transformação ou eliminação das enfermidades, para a desmaterialização de humores, etc., o que éplano dificilmente efetivar-se no o fluídico:observável se podemospor apenas imaginar mecanismo de ação dos fluidos sem vê-lo funcionar, podemos, todavia, comparar o resultado final, ou seja, a cura, que tem alcançado índices assombrosos. Bem sabemos todos quena o ectoplasma é umado excepcional ferramenta mão do Médico Espaço, mas o mecanismo desse alcance ainda
nos foge bastante à compreensão. Chegará o dia em que o ectoplasma estará dominado na retorta do bioquímico? Provável que não estará na prateleira da farmácia, mas, com a evolução moral do planeta, de alguma forma certamente estará mais ao alcance do terapeuta mais sintonizado com as leis divinas e as forças do Além. Más cerca de cinquenta anos o Espírito Emmanuel, comunicando-se através de Chico Xavier (Mecanismos da Mediunidade) já alertara que a Espiritualidade aguardava maior evolução moral da humanidade para valer-se com maior proveito do grande potencial do ectoplasma, em manifestação no nosso plano, por várias formas. Que agradáveis surpresas terapêuticas nos reserva a era dos fluidos? Ela trará surpresas, mas podemos já vislumbrá-las, por exemplo, nas curas da Casa de Frei Luiz, no Rio de Janeiro, livros "Forças Espírito"descritas (Luiz danos Rocha Lima e Dr.do Lauro Neiva). Esclarece o Espírito Frei Leonardo: "o
ambiente satura-se de ectoplasma dos presentes e do Além, cuja conjunção produz as curas; as moléculas dos tecidos se alteram, substituindose as células enfermas pelas sadias; usa-se energia atômica na desintegração e reintegração dos tecidos; é gerado ali um grande campo de forças, transformando matéria em energia; os Espíritos têm extrema facilidade visual, enxergando célula a célula, onde agem por corrente iônica; em tumor maligno colocam-se células sadias destruirão as odoentes, câncer às vezesque destrói-se todo campo; mas a fé no do paciente evitará a rejeição das células colocadas". ISMAEL ALONSO IV ECTOPLASMIA 3ECTOPLASMA E KARDECISMO 3 - ECTOPLASMA E KARDECISMO O mundo espiritual projetara no século XIX uma Invasão mundial organizada de espíritos
para agir no nosso plano material, provocando fenômenos no escopo de atrair a atenção de todos para o que se constituíra em Uma nova Revelação à humanidade. Curiosos, cientistas, pesquisadores tomaram então mais efetivo encontro com um dos mais intrigantes tipos de fenômenos: a materialização e desmaterialização de coisas, de espíritos. Como pré-programado fulcro de intelectual de concatenaçao e interpretação tanto fenômeno inundando um mundo perplexo com a avalanche de fatos d'além túmulo, surgiu Allan Kardec equacionando tudo com o conceito de mediunidade. Tais específicos fenômenos de materializaçãodesmaterialização, irmanando-se ainda àqueles de levitação e transporte de pessoas e objetos, ruídos, luminosidade, odorização, etc, Kardec os enquadrou na categoria de mediunidade de efeitos físicos. Se para denso fazer-se a ponte de ligação dosurgia nosso mundo com o mundo do Além conceitualmente a figura do médium a atingir
então decisivamente a ciência, nesse caso de efeitos físicos impunha-se também a presença de uma como que matéria intermediária que a permitisse e a fundamentasse. Uma matéria que, não tendo em si propriedades de inteligência, fosse, contudo, manifestada pela ação inteligente, consciente ou não, de um psiquismo interno (médium) ou de um psiquismo externo (espíritos). A de 1861, "O Livro dospartir Médiuns" porcom Allana publicação Kardec, estedeaplainara bastante à ciência o conhecimento e fundamentação teórica de tal matéria fluídica intervindo nos fenômenos medianímicos de efeitos físicos. Ali indagou Kardec: "Como espíritoE produzir o movimento de umpode corpoumsólido?" respondeu o espírito São Luís: "Combinando uma parte do fluido universal com o fluido próprio àquele efeito, que o médium emite". Com isso Ficou cieiro: para cada efeito almejado é usado um tipo específico de fluido ou conjunto de fluidos.
Como se faz para mediunicamente mover, por exemplo, uma mesa? Sobre isso indagou Kardec: "Que papel desempenha o médium nesse fenómeno?" E eis a resposta: "Já eu disse que o fluido próprio do médium se combina com o fluido universal que o espírito acumula. É necessária a união desses dois fluidos, isto é, do fluído animalizado e do fluido universal, para dar vida à mesa (...)." Diante disso, o próprio Kardec esclareceu: "Quando o espírito está encarnado, a substância do perispírito se acha mais ou menos ligada, mais ou menos aderente, se assim nos podemos exprimir. Em algumas pessoas se verifica, por efeito de suas organizações, uma espécie de emanação falando, desse fluido e é isso, propriamente 0 que constitui o médium de influências físicas." Porém, mais intrigante do que o fenômeno de mover com fluidos um umaobjeto mesa àé nossa o fenômeno ver-se materializar frente, de saído assim como que do nada... Ou ainda vê-lo
desmaterializar-se à própria frente, voltar ao nada... É o fenômeno dito de transporte. Dividem-no em aporte, quando objetos são transpostos de fora para dentro de um recinto, e asporto, quando ocorre o contrário. Sem dúvida, fenómeno muito mais complexo, por estar implícita a materialização e desmaterialização de objetos. Nesse mesmo livro de Kardec o espírito Erasto fala sobre isso: "Quem deseja obter fenômeno desta ordem precisa ter consigo médiuns a que chamarei sensitivos, Isto é, dotados, no mais alto grau, das faculdades mediúnicas de expansão e de penetrabilidade, o sistema nervoso facilmente excitável deporque tais médiuns lhes permite, por meio de certas vibrações, projetar abundantemente, em torno de si, o fluido animalizado que lhes é próprio." Vemos então como o caráter especial da expansão penetrabilidade do fluido dessesde médiuns éedeterminante nesses fenômenos transporte de objetos, ou de sua materialização
e desmaterialização. Ainda sobre isso, mais adiante fala Erasto da parte expansível do fluido perispirítico do encarnado. Ora, com esses e outros conceitos está ali fundamen-l.ula a existência de um fluido exteriorizável desde o médium e que mais tarde seria identificado como responsável pelo fenómeno de materialização de espíritos. E, se disso pouco se cogitou no tempo preciso em que Kardec escrevera seu livro, foi justamente porque tais fenômenos passaram a se intensificar anos mais tarde. Com efeito, o próprio Erasto, complemento às suas elucidações acima, ali em previra isso: Não me é permitido, por enquanto, desvendar-vos as leis particulares que governam os gases e os fluidos que vos cercam; mas, antes que alguns anos tenham decorrido, antes que uma existência de homem se tenha esgotado, a explicação destas leis surgir e destes fenômenos vos será revelada e vereis e produzir-se uma variedade nova de médiuns, que agirão num
estado cataléptico especial, desde que sejam mediunizados." Como a comprovar a veracidade das assertivas da Codificação, uma ordem estranha de fenomenologia passou a manifestar-se mais multiplicadamente. Espíritos agora vinham, através de fluidos medianímicos, mostrarem-se face a face, frente atocassem, frente aososcientistas e curiosos, para que os analisassem, os comprovassem como os mais incrédulos dos Tomé. E vieram até nós as Katie King, e ativaram-se os Crookes... Então, se abertas fossem as perispiritual comportas àquela como parte expansível do fluido dos médiuns, tal qual a definira Erasto, uma massa fluídica estranha começou a melhor mostrar-se aos pesquisadores, fluindo graças àquele estado cataléptico especial (transe medianímico) antevisto também por esse espírito. orifícios, dos poros, da boca, do nariz dosDos médiuns em transe saía aquele tipo esquisito de matéria, quase sempre
esbranquiçada. Uma coisa difícil de definir, porque de polimorfa apresentação. Eram fios, telas, flocos, tecidos, teias, massas amorfas. Além de branca, também amarelada, ligeiramente esverdeada, cinza, negra... Quase sempre tal coisa inusitada detinha um evidente dinamismo organizador, e também fases de manifestação. Do estado invisível ia passando, às vezes em incrível rapidez, ao estado gasoso,podia semilíquido, tambémvisível, com rapidez retornar sólido. à sua E srcem: o corpo do médium, pelos poros, por esse ou aquele orifício maior. Às vezes partes eram observadas literalmente sumir no ar, esvair-se às vistas, sem que se comprovasse, pelos sentidos comuns, o seu retorno à fonte humana. Tal matéria intrigante era tocada e perfeitamente sentida. Quando eram formas humanas materializadas, sentia-se o coração bater, as pulsações, e o próprio sangue via-se e sentia-se correr às veias! Não havia, às vezes, aparente diferença: os espíritos que tomavam daqueles fluidos para se
manifestar fisicamente eram em tudo idênticos a um ser humano... Mas nem sempre: um pesquisador, em certo caso, fez uma incisão e sob a epiderme deparou-se com tênue e diferente matéria... Quão misteriosa não é tal matéria fluídica! Como interpretá-la, como defini-la, como nomeá-la? Ao cientista francês Charles Richet surgiu o nome ectoplasma, do grego ektos (exterior, superficial, e às vezes dilatação) e plasma (formar, criar). E o nome permanece até hoje, embora tais fenômenos tenham rareado bastante. Lembremos: essa tal nomenclatura e tais propriedades estão bem confirmando aquele conceito expendido pelo espírito Erasto antes do sábio Richet: parte expansível do fluido perispirítico do encarnado. Quando no fenômeno há presença de espíritos, diz-se-lhe como uma ectoplasmia; e, sendo
efetivado com o só concurso do psiquismo do médium, diz-se-lhe como uma ideoplasmia. Todo médium é, em si mesmo, um espírito encarnado, e assim está nele mesmo e em seus fluidos o também agir sobre a matéria. Daí o conceito de ideoplasmia, cunhado pelos estudiosos tentando deixar patente que a materialização de certos fenômenos teria srcem exclusiva no médium, nos seus fluidos, na sua mente,no na seu sua espírito. ação consciente inconsciente, Contudo,e até a materialização ectoplásmica é um fenômeno muito complexo, não se podendo ainda, ao nível do nosso conhecimento, separar, nem conceitualmente nem muito menos praticamente, os fluidos e a ação motora exclusivos médiumintervenientes daqueles fluidos motoras dosdoespíritos nas e ações ectoplasmias. Esse conceito diferenciador evoluiu do termo ideoplastia (Bret diria ainda ideoplasia), criado em 1860 por Durand de Qros para definir a força de expressão sugestionai de uma num sujeito hipnotizado. Em 1884 J. idéia Ochorowics estendeu esse conceito à realização
fisiológica de uma idéia, e, em seguida ainda, à ação metapsíquica sobre o mundo externo. Ideoplastia vem do grego (eidos + plàssein), significando plasmar ou modelar uma idéia ou imagem. O médico e estudioso alemão ScherenckNotzing (1862-1929) criara o termo teleplasma, com o significado de figura plasmada à distancia. Deve-se ao magistrado francês e pesquisador parapsíquico Joseph Maxwell (1858-1938) o estabelecimento da qualificação e do termo substância com relação ao ectoplasma. Nós, homens, complicamos por demais com oosnomear as nos coisas e fatos, mormente os de natureza transcendental... Mas através dos nomes os fatos vão também se firmando e melhor se revelando às exigências da ciência. Todavia, antes dos nomes, os fatos. Eles falavam de exibir as qualquersoberanamente, nomenclatura, eantes corroborando assertivas do espiritismo. Por exemplo, nas
aparições materializadas de Katie King, sobre as quais o sábio Charles Richet escrevera assim: "Certamente as experiências mais célebres e mais decisivas são aquelas de Sir William Crookes, perante as quais parece impossível duvidar". O kardecismo firmou-se, rompeu fronteiras, alcançou o Brasil. Os fenômenos cimentaram a crença, Aqui, numerosos médiuns materialização escancararam fatos de e fatos à ciência. E do Alto, o apoio maior fez desfilar fenômenos e revelações. Não foi aqui que os espíritos até mandaram construir uma máquina de... materializar espíritos?! Foi na década de 1940 que se construiu o Mecro-viso-fono (ver fotos), através do inventor Cesário Qogoni e supervisão de Cornélio Pires, com a finalidade de captar espíritos obsessores, materializar grandes vultos e ouvir sua voz. Construído sob orientação dos espíritos, estes
transportaram as mais de 1400 peças de srcem alemã, inglesa e americana, cujo dinheiro de compra era empacotado e colocado à disposição dos espíritos, que o desmaterializava e, materializando-se eles próprios, compravam alhures as peças e traziam-nas três ou quatro dias depois. ISMAEL ALONSO IV ECTOPLASMIA 4 - QUIMICA, FISICA E BIOLOGIA DO ECTOPLASMA 4 - QUÍMICA, FÍSICA E BIOLOGIA DO ECTOPLASMA Estudos definitivos em torno da natureza intrínseca e das propriedades do ectoplasma ainda estão por vir. Más muita informação e desinformação em torno dele. Ora, tais percalços são plenamente justificáveis quando se trata de fenomenologia psíquica, parapsíquica e espirítica, e ainda mais no que
tange à ectoplasmia, de tão rara e diversificada manifestação, de tão dificultosa análise. Quanto à raridade, entendamos que está aí implícita a questão da moralidade, do merecimento, da oportunidade, da utilidade evolutiva, das condições físicas do meio, das pessoas e dos médiuns. Tudo isto, aliado à periculosidade desse tipo de manifestação, a inibe um tanto. E quanto ao contexto analítico, complica-se pela complexa natureza do ectoplasma. Isto provoca até desencontros de conclusões e informações. Grandes cientistas e acurados observadores avançaram terreno somente o quanto permitiram nesse as circunstâncias e, sem dúvida, a permissão e orientação da Espiritualidade. E esta sempre e sempre alertou sobre o risco de vida representado ao médium pela subtração de mínimas partes de seu ectoplasma. O ectoplasma exteriorizado do médium conserva com este uma enorme identidade de sensibilização, mesmo a vários metros de
distância, de tal maneira que, tocando-se ou ferindo o espírito materializado, o médium o sente instantaneamente. Assim provoca-se a sua rápida e traumática repenetração no médium, com evidentes prejuízos à saúde deste. Tais recomendações dos espíritos não impediram que alguns mais afoitos e curiosos pesquisadores a prejudicar grandemente oschegassem médiuns em sua imprudência de agarrar sem aviso ou lançar jatos de luz no espírito materializado. A famosa médium Florence Cook, que materializava o espírito Katie King, Ficou enferma por vários dias (1872) em função dessa irresponsabilidade. E o mesmo ocorreumédium alguns anos após com a não menos célebre Eva Carrière (pseudónimo de Marta Beraud), a qual tanto também contribuíra com grandes cientistas na comprovação da ectoplasmia. Entendamos que um espírito materializado é, analogicamente, como um ser encarnado. Possui todas as características de um ser vivo. Porém, tem total dependência da vida do
médium para assim se manifestar. Da mesma maneira que um bebê liga-se à mãe pelo cordão umbilical, o espírito materializado liga-se a um cordão fluídico com o médium, às vezes visivelmente muito tênue e quase sempre bem manifestado em espessas massas ectoplásmicas. A ruptura dessa ligação seria a instantânea morte do médium e a desorganização ectoplásmica, assim como ocorreria a morte do feto com o rompimento anômalo ou extemporâneo do cordão umbelical. O médium depende vitalmente daquela substância que provisoriamente sai de seu corpo, que faz parte intrínseca de si e de sua vitalidade. Aquelas poucas gramas de fluido diferenciado e exteriorizado sáo-lhe fatalmente necessárias, indispensáveis à sobrevivência. Sim, isso os espíritos bem sabem e sempre o frisam com veemência. Em certa sessão de materialização na Itália, surgiu na mente de um pesquisador o tentar captar vapor ectoplásmico numproibiu tubo dedizendo vácuo e imediatamente o comunicante que assim arrancaria uma parte do corpo do
médium... Quem disso saiba e se conscientize estranhará que na década de 1850, no município de Dover (Ohio, USA), nas sessões da família de Johnatan Koons, esta tenha obtido dos próprios espíritos orientação para construir um aparato físico acumulador de ectoplasma. Este de fato foi concretizado a partir de cobre e zinco, e menciona-se sobre excepcionais fenômenos obtidos partir dele,Ernesto comentados inclusive pelo célebre ea cuidadoso Bozzano. Sem dúvida estranhável tal notícia. Tratando-se, contudo, do fenômeno de ectoplasmia, pouco podemos generalizar e ajuizar definitivamente. Lembremos que, com as instruções de alguns espíritos (inclusive André Luiz, FCX), o ectoplasma é extraído, além do médium, também de recursos fluídicos da natureza: águas, vegetais, animais. E tudo isso ainda combinado com os fluidos dos espíritos. Ora, não sabemos se tal miscelânea de fluidos de vária natureza é de ordem genérica ou aleatória.
Já que se criara um acumulador de ectoplasma, não leria por certo impossível a criação de um aparato separador do ectoplasma... Estamos, sim, diante de assunto amplo, complicado, e controverso. Quando sabemos que assistentes de sessões de materialização pediram mechas de cabelo, pedaços de tecidos fazendo parte do espírito materializado, os obtiveram, entendamos então que essa equestão de subtração do ectoplasma depende muito de condições de vária ordem no momento, de várias circunstâncias que conhecemos ou não. Mormente sabendo que às vezes essas mencionadas subtrações foram imediata e naturalmente na tal massa materializada,recompostas e que às vezes não aconteceu, ficando visível a falha provocada pela retirada de pedaços e retalhos. O que está fora de dúvida é que o fluido ectoplásmico, em sua essencial porção constitutiva, tem ligação diz íntima com oa médium, quando conceitualmente respeito ele.
Essa identidade do médium com o seu produto fluídico expansível exteriorizado é tão notória, que os pesquisadores muito se debruçaram em hipóteses e considerações em torno dela. Tal propriedade de o ectoplasma retrair-se rumo ao médium, ao mínimo toque, leva a pensar em um instinto de conservação. Se a exteriorização fluídica subtrai matéria vital ao médium, lógico supor que uma retração para o seu corpo seria como umproduto mecanismo de defesa quantoque a um cuja natural falta ser-lhe-ia fatal. Que a esmagadora quantidade de ectoplasma retorna ao médium e o repenetra por orifícios, após o término da materialização - disto não há dúvida. Os cientistas são engenhosos: eles provaram isso! Como? Aspergindo naquela matéria fluídica, via-se que,póaocorante desaparecer o ectoplasma no corpo, os resíduos do pó colorido restavam externamente nele, não se afinizava quimicamente com o ectoplasma? É matéria não suscetível de fluidificar-se? Era separado por uma previdente ação dos espíritos, visando o médium com ae tóxico admissãonão de prejudicar material químico estranho ao corpo?
Além dessas, aí emergem ainda outras indagações: tal retração do ectoplasma é propriedade intrínseca desse fluido? Haveria no substrato dessa ação um móvel inteligente, qual seja a ação motora de espíritos amparando o trabalho? Ou ainda age aí uma função semiconsciente do médium, num desdobramento de seu instinto de conservação? A porbiofísioquímica se aprofundar. do ectoplasma é coisa ainda Os dicionários hodiernos já incluem a palavra ectoplasma e dizem bem: em espiritismo, ele é matéria psíquica que emana de certos médiuns; em biologia, é a película externa do protoplasma. O pesquisador Qustave Qeley traçara analogias entre a manifestação ectoplasmática e certos fenômenos biológicos. Dentre estes, por exemplo, a histólise, ou seja, o processo de desfazimento dos tecidos de animais com metamorfose, como a crisálida dos insetos, onde se observa também uma parcial desmaterialização orgânica, criándo-se um novo
organismo a partir de um magma amorfo. Os pesquisadores falam em teleplasma amorfo referindo-se ao ectoplasma despreendido do médium quando apresenta forma indefinida. Outro processo analógico apontado por Qeley é aquele do fenômeno de emissão de pseudópodos por certos protozoários. Considere-se, porém,normais tais analogias meramente curiosas, dentrocomo do vasto laboratório universal, onde tudo tem identidade com tudo, pela própria gênese unitária da matéria e sua unidade manifestante na biologia. Evidentemente, a ectoplasmia está em uma ordem de fenômeno bem distante dessas e de outras analogias apontadas. Uma analogia às vezes apresentada refere-se a alguma e as vezes forte semelhança do espírito materializado para com o médium. Isto, porém, comprovou-se não ser regra estabelecida, variando ao infinito tambémmaterializado as formas e para dessemelhanças do espírito com o médium.
Como matéria fluídica que é, o ectoplasma é ponderável, o que foi bem constatado por reiteradas experiências. Crawford, por exemplo, em experimentos no Círculo Qoligher, constatou que a médium srta. Goligher fornecia até 24 gramas de ectoplasma. Chegou a tal resultado após pesar a médium, antes e depois da manifestação ectoplasmática. Análises antigas feitas pelo barão Scherenckriotzing em resíduos de ectoplasma colhidos das médiuns Eva Carrière e Stanislawa constataram a presença de células epiteliais, glóbulos brancos em decomposição, sais e cristais graxos. Há informações de que, ao ultimar os preparativos de uma sessão de ectoplasmia, os espíritos fazem uma como que assepsia fluídica, uma ozonização, a que muito já se aludiu. O gás ozônio, com cheiro aliáceo, tem sua molécula por três oxigênio. constituída Desenvolve-se sob ocátions efeito de de descargas elétricas, o que faz supor uma ação
eletromagnética operada por espíritos. A ser verídica e genérica essa assepsia por ozonização, também pode-se supor, em função dela, a possibilidade de diversificação no resultado das análises químicas do ectoplasma, e inclusive explicar talvez uma das causas da existência de células mortas. Porém, tudo isso é pura conjetura. O conseguiu separar de pesquisador um médiumLebiedezinsky 0,101 gramas de ectoplasma (diâmetro de 10,5 mm). Fez-se dessa pequena amostra duas análises: uma em Munique (Alemanha) e outra em Varsóvia (Rússia), com resultados idênticos, revelando uma substância albuminóide com corpo gorduroso e células humanas, dasleucócitos. quais um Ha número avantajado e o anômalo de aparência, lembrou líquido linfático e o líquido esbranquiçado que constitui a última fase da digestão (quilo). O pesquisador James Black chegou à seguinte fórmula química para o ectoplasma: C(120)H(1184) N(218) O(24)g. Devemos considerar, por várias razões, que
uma análise definitiva da composição íntima do ectoplasma está por ser efetuada. E destacar a sua dificuldade, devido às possíveis incorporações de elementos químicos estranhos a ele, como agregados moleculares de substâncias várias do corpo do médium. Da natureza do ectoplasma, lembremos a sua grande sensibilidade à luz. Hão somente dele, como de tantos fluidos. Comentando sobre um estranho caso de possessão por fortíssima ligação fluídica de uma mulher recém-desencarnada para com o seu marido encarnado, um espírito-guia elucidou a Kardec em 10-5-1867 (Revista Espírita, 1868): "O homem não é mais ele e, notai, não é mais eleem senão quando vem a noite. Seria preciso entrar longas explicações para vos fazer compreender a causa dessa singularidade; mas, em duas palavras: a mistura de certos fluidos, como em química a de certos gases, não pode suportar o brilho da luz. Eis porque certos fenômenos espontâneos ocorrem mais vezes à noite do que de dia." Sabe-se, quanto ao ectoplasma, que ele se retrai
Instantaneamente na presença de luminosidade. Mas também aqui há informações controversas. Alguns dizem que ele é sensível mais à luz calórica, e que a luz fria não lhe é prejudicial. Um pesquisador referiu-se à luz de lâmpadas de magnésio como sendo bem tolerada pelo ectoplasma. Já tantos pesquisadores, ao tempo do uso das explosões luminíferas de magnésio em constataram o seu grande perigo nas fotografia, ectoplasmias. Sabia-se, na época de ouro das materializações, que as fotos sob luz eram orientadas, controladas por espíritos. Hoje há o recurso mais apurado do infravermelho. Num tempo que já vai longe, o próprio pesquisador francês dr. Eugène Osty já pesquisara o ectoplasma usando o recurso fotográfico do infravermelho. Não se sabe com precisão que circunstâncias de natureza físico-química entram nesse ou
naquele caso de luminescência influindo na retracão do ectoplasma ao corpo do médium. Uma das circunstâncias prováveis: a menor ou maior consolidação do fluido ectoplásmico em tal e tal materialização. Isto é, talvez o ectoplasma seja mais luminossensível e retrátil na proporção também de sua mais fraca e desarmônica manifestação. Quanto isto,ensaiando lembremos às vezes os com espíritosavão emque várias sessões ectoplasmias a princípio defeituosas, até atingir um dia uma materialização harmoniosa e completa. Por exemplo: o célebre caso do espírito de Estela Livermore (viúva do famoso banqueiro novaiorquino Charles F. Livermore). Somente na 43ªésessão sua manifestação ectoplasmática que eladeafinal conseguiu materializar-se de maneira plena. Tantos ensaios se fez num longo período de harmonização fluídica. Será que, uma vez completado o ciclo desses ensaios e tendo-se já presente um espírito completamente materializado, seria tão prejudicial o efeito da luz? Pergunta que
orientaria futuras pesquisas. Mas Katie sofreu um holocausto de luzl Quanto ao fator periculosidade ao médium manifestado pela luz incidente no ectoplasma exteriorizado, comprovou-se bastante. Citemos o que ocorreu certa feita em Milão, Itália, com a célebre médium Eusápia Palladino. Por descuido, um assistente acendeu uma lâmpada luz incidiu fortemente médium. cuja Resultado: Eusápia teve de na ficar dois meses e meio hospitalizada. Fato similar ocorreu em 3-2-1924 com o médium George Valiantine, em Waterloo, Inglaterra. Por hora e meia ele passou muito mal na sessão e porNo várias esteve sob cuidados médicos. seu semanas peito permaneceu uma grande mancha roxa, certamente provocada pelo desarmônico retorno do ectoplasma. No Brasil, numa materialização do padre Zabeu Kauffmann, também um imprevisto em que a luz incidiu sobreocorreu o médium e este, amarrado, sob forte controle a sete chaves por
parte dos experimentadores, sofreu horrivelmente, sem poder ser socorrido a contento. É o perigo do caráter lucífugo do ectoplasma... Todavia, não se tome isso como regra absoluta, porque em torno do ectoplasma há enorme variação em suas propriedades, tal como se manifestam nesse ou naquele sensitivo. Tantas eprolongadas tantas poderosas emissões de ectoplasma e materializações ocorreram às vezes em plena luz ou suportaram perfeitamente fontes de luz artificial. Quanto a isso, já alertamos sobre a possibilidade de influir a menor ou maior completeza da fator: materialização. Acrescente-se outro possível uma correlação entre essa sensibilidade à luz e o estado de consciência do médium no momento, ou seja, se ele está consciente, scmiconsciente ou em sono mais profundo. Mas relembremos: esse da conclusão emquanto ectoplasmia é um perigoso terreno. Até à função da própria luz, aí pouca luz se fez.
Lembremos que no caso da célebre e bem processada materialização do espírito Benjamin Franklin pôde-se observá-lo somente à luz de um palito de fósforo... E, coincidência ou não, o elemento fósforo tem muito a ver com o fenômeno da ectoplasmia e a própria constituição química do ectoplasma. Há sensitivos com o estranho domespontâneos, de provocar incêndios ou distúrbios elétricos ou de mostrar faiscas luminosas no próprio corpo, e alguns acham estar Implícita aí a propriedade também espontaneamente combustiva do fósforo. Haveria aí alguma reação com o meio ambiente? Estaria aí físico-química a ação de espíritos zombeteiros ou maléficos acionando mediunicamente as propriedades do fósforo? Não, não se sabe, efetivamente, de uma correlação científica da pirogenia e da eletrogenia fósforo. com a ectoplasmia ou com o
Contudo, a presença do elemento fósforo no homem poderia levar a estudos e conclusões surpreendentes. Ve-lo-emos logo à frente. Lembremos que os fenômenos elétricos humanos, como o da jovem Angélique Cottin (ver ilustração no início), podem ser produzidos pelas próprias faculdades anímicas. Com efeito, Kardec, indagando, em "O Livro dos Médiuns", se as pessoas elétricas podem ser consideradas comoditas médiuns, recebeu a seguinte resposta dos espíritos: "Essas pessoas tiram delas mesmas o fluido necessário à produção do fenômeno e podem agir sem o concurso de espíritos estranhos, não são, portanto, médiuns no sentido ligado esta palavra; mas pode acontecer também queaum espírito as assista e aproveite suas disposições naturais." Quanto aos fenômenos de eletrosensibilidade, são frequentes, mas não temos melhores informes os fluidos aítanto intervenientes interaçõessobre eletroquímicas, na ordem e as anímica quanto medianímica.
Recentemente, uma senhora de Veneza contou seus estranhos fenômenos. Por onde vai, acendem-se luzes espontaneamente. Uma sua aluna viu uma grande luminosidade ao seu redor. Antecipa na mente as imagens de televisão que ainda irão ocorrer, como se captasse premonitoriamente ondas eletromagnéticas. Troca descargas elétricas com eletrodomésticos, mesmo estando com sapatos de borracha. Voltemos ao fósforo. Sabemos que foi descoberto pelo alquimista Brandt em 1669, quando analisava urina na tentativa de achar a pedra filosofal. Não existe em estado livre na natureza, mas combina-se nela, em grande quantidade, os fosfatos. com vários elementos, constituindo Encontramo-lo na urina, no sangue, nos nervos, nos ossos. Faz parte da biologia vegetal, animal e humana. Até emunem-se condições ordinárias,aoo fósforo, cloro, o bromo e o iodo diretamente produzindo calor e luz. Sob a lenta ação do
oxigênio, o fósforo produz clarões nomeados de fosforescência. Diante do calor acumulado, inflama-se espontaneamente, o que faz também em contato com o hidrogênio, provocando belos fenômenos de vapor, pelo que até atribui-se ao fosfureto de hidrogênio a produção do conhecido fogo-fátuo dos cemitérios, onde há grande quantidade de matéria orgânica fosforada em putrefação. Contudo, tal explicação é matéria controversa entre os químicos. Dentro da ciência e medicina o fósforo adquiriu importância como elemento ligado a funções biológicas várias e até neurocerebrais, em que correntes materialistas até o aliam às produções mentais e da inteligência. O fósforo até atingiu certo status metafísico em ao algumas considerações em relação desenvolvimento e ações do psiquismo. O dr. Led Komarov, do Instituto Geral de Genética de Moscou, elaborou um processo de retardar o envelhecimento através da energia líquida, produtoelededeadenosine triphosphatase. Convenceu-se que o homem poderia chegar a viver até quatrocentos anos, mas
acrescentou que ele terá que desejar viver todo esse tempo, destacando que a vontade humana é soberana no influir nos fenômenos da vida, assim como em tudo o mais. Com a constatação de que o fósforo é um dos elementos constitutivos do ectoplasma, abre-se terreno enorme a ilações e perquirições. Os escritores Newton Boechat e Gilberto Perez Cardoso (NadeMadureza dos Tempos), falando das sessões materialização com o médium Peixotinho, informam sobre o que nos passam os espíritos: que o fosfato de lecitina faz parte do ectoplasma, recomendando até, em certa oportunidade, que os participantes das reuniões de materialização consumissem grande quantidade de pescado, portador de muito fósforo, gorduras e proteína. A lecitina é encontrada na gema de ovo, no leite, na soja, nos tecidos nervosos, no cérebro... Assim, fósforo e ectoplasma têm em comum grandes segredos conjuntos por aprofundar. Já nos tempos de Kardec os espíritos alertaram sobre a emergência de novo estado de expansão
fluídica no somatismo humano (ectoplasmia), e décadas depois "Sua Voz" e Ubaldi destacaram a significativa emergência do elemento fósforo na biologia do homem. ISMAEL ALONSO IV ECTOPLASMIA 5 - GÊNESE, TRANSFORMISMO, FINS DO ECTOPLASMA 5 - GÊNESE, TRANSFORMISMO, FINS DO ECTOPLASMA A luz de um pequenino fósforo, em símbolo do pouco que sabemos do ectoplasma, tentemos penetrar em sua gênese e no dinamismo evolutivo. Recorramos aqui a "A Girande Síntese", a monumental obra de Pietro Ubaldi, um tanto esquecida, e a qual o espírito Emmanuel qualificou como o Evangelho da Ciência. Das suas dissertações sobre o valor e evolução do psiquismo, bem assim sobre a sua chegada
deste à mediunidade, transcrevemos (Edição LAKE): "Somente estes conceitos de vida psíquica podem guiar a ciência até às portas de uma ultrafisiologia, ou fisiologia do supranormal, qual a vedes despontar nos fenômenos mediúnicos. "Aqui são imediatas as relações entre matéria e espírito; o psiquismo matéria protoplasmática mais modela evoluídauma e sutii: o ectoplasma. A construção nova -antecipação na evolução - não possui, naturalmente, a resistência das formas estabilizadas por uma vida longa, e está propensa a desfazer-se. As sendas novas e excepcionais são ainda anormais esupranormal, inseguras. Os produtos fisiologia que surgemda fora das viasdo habituais da evolução, têm necessidade de fíxar-se na forma estável por tentativas e prolongada repetição. Tudo isso vos lembra o raio globular, retorno atávico, esse, de um passado transposto. O ectoplasma - pelo contrário - é o pressentimento do futuro. "Esta forma corresponde àquele processo de
desmaterialização da matéria. "A matéria química do ectoplasma corresponde a uma avançada desmobilização de sistemas atômicos para motos vorticosos, ao longo da escala dos elementos, em direção aos pesos atômicos máximos. O fósforo (peso atômico 31), corpo sucedâneo, aceito apenas em doses moderadas no círculo da vida orgânica, é tomado aqui, no adiantado moto vorticoso, como corpo fundamental e, ao lado de H (1) C (12), N(14), O (16). A plástica da matéria orgânica, por obra do psiquismo central diretivo, se faz cada vez mais imediata e evidente. Tudo isto vos explica a estrutura falha de muitas materializações espirituais, em que a incompleta formação de partes é suprida por massas uniformesdedepanos substância ectoplasmática, com a aparência ou véus. Tudo revela a tentativa, o esforço, a imperfeição do que é novo. Isso vos fará compreender que o desenvolvimento do organismo, até à forma adulta, não é senão uma construção ideoplástica, operada pelo psiquismo central, seguindo as velhas e garantidas vias tradicionais, percorridas pela evolução."
Destaquemos que aí a composição química do ectoplasma mencionada pelo espírito comunicante através de Ubaldi coincide com aquela aferida por James Black. Isto é muito importante! Frisemos também a revelação quanto à emergência significativa do elemento químico fósforo no evolucionismo psicofisiológico do homem, em que o ectoplasma é ainda um produto de manifestações inseguras, anômalas. E eis como o estudo do quimismo do fósforo poderia talvez acender luzes em vários fenômenos estranhos do animismo e do mediunismo, como mais atrás já assinaláramos. Mostrando as implicações manifestativas da ectoplasmia como fruto de uma inversão do espírito à matéria, e o que isto representa na intimidade atômica e subatômica, complementa Ubaldi: "Mas, assim como por desagregação atômica da matéria se pode gerar energia, também, viceversa, com energia se pode fabricar matéria; e, mais acima, assim como a energia formou o psiquismo, o espírito pode emanar energia.
"As fases são sempre comunicantes, quer na ascensão, que na descida, e as entidades, nas suas materializações, tem que as percorrer, em direção inversa da que seguia. Trata-se de uma inversão dos processos do vórtice eletrônico, da onda dinâmica e, a seguir, de uma redireção do movimento na mais simples forma de sistema planetário atômico. O produto último, a unidade do psiquismo, lhe decompõe a síntese e volta a desenvolver, estado atual, a potencialidade encerrada emem estado de latência. Esta a técnica das materializações mediúnicas, das desmaterializações, dos transportes e fenômenos semelhantes - fenômenos de exceção, porque a substância está toda em movimento nas suas fases." (Obra citada) Eis aí elucidado o extremo dinamismo, a complexidade da mediunidade agindo não somente como ponte estática entre dois mundos dimensionais, mas também como poderosa energia de transformação da matéria. Com referência às srcens da vida, do homem e da própria matéria, a "Sua Voz" de Ubaldi postula uma forçada descida do espírito até o
primeiro degrau do plano material, assunto complexo que aqui não discutiremos. Fixemos aqui puramente a atenção no que Ubaldi disse sobre o início factual da vida, quando ele o assimila a uma manifestação do fluido elétrico. Tal assertiva está plenamente concorde com o que disseram os espíritos a Kardec. Este indagara a São Luiz: (O Livro dos Médiuns): "O fluido universal será ao mesmo tempo o elemento universal?" A resposta: "Sim, é o princípio elementar de todas as coisas". E ainda Kardec: "Alguma relação tem ele com o fluido elétrico, cujos efeitos conhecemos? "E elucidou São Luiz: "É o seu elemento". Muitos espíritos já declararam a natureza elétrica do fluido vital, srcinado do princípio vital. Lembremos o Espírito J. W. Rochester (em Abadia dos Beneditinos) quando, referindo-se ao desencarne de uma pessoa, escreveu:
- "O corpo ainda estremeceu por momentos com a invasão violenta dos fluidos da putrefação, que, vitoriosos, qual lava transbordante, invadiam todas as células abandonadas pelo fluido vital, o mesmo que aí denominais galvãnico." O italiano Luigi Qalvani (1737-1798) mencionara a eletricidade animal, episódio passado à história científica como a dança das rãs. Este o motivo do uso do termo galvãnico por Rochester. Podemos comparar isso com a resposta dada por São Luiz a Kardec (O Livro dos Médiuns) quando este indagou sobre qual o estado mais simples com que se nos apresenta o fluido universal. Eis a resposta: "Paraprecisamos o encontrarmos na sua simplicidade absoluta, ascender aos espíritos puros. No vosso mundo, ele sempre se acha mais ou menos modificado, para formar a matéria compacta que vos cerca. Entretanto, podeis dizer que o estado em que se encontra mais próximo daquela simplicidade é oanimal." do fluido a que chamais fluido magnético
Ubaldi foi mais longe, porque nos revelou claramente onde é que se encontra a mais primitiva transformação da eletricidade em vida - se assim nos podemos expressar. Sim, exemplo vivo disso ainda é o chamado relâmpago globular, uma estranha e rara manifestação do raio e que tanto intriga os cientistas e meteorologistas. Esse corpo que vaga pela atmosfera é definido por alguns como plasma eletrofluídico. Tem às vezes forma arredondada, daí o seu nome. Move-se daqui para ali, ao sabor das influências do espaço. Tem forte brilho, geralmente com coloração branco-azul-violácea. Tem plasticidade acentuada, a ponto de, tendo às vezes o diâmetro de uns vinte centímetros, encolher-se e penetrar por pequenas frestas, em janelas de aviões e de residências, em chaminés, como se seu retraimento ou atração aos corpos e ambientes fossem condicionados por fatores de temperatura, de pressão, de movimentação de gases na atmosfera. Conforme sustenta "Sua Voz" de Ubaldi, é esse relâmpago globular a mais primitiva manifestação observável do impulso inicial da
vida no nosso globo. E, conforme as poucas e incertas observações podem sugerir, poderíamos, até maiores estudos, enquadrá-lo na categoria e atributos dos corpos de natureza fluídica, tal como a ciência define fluido: fase da matéria contrapondo-se ao estado sólido. No outro lado do processo, o ectoplasma seria um Unido que já há caminhado na nossa evolução humana e lepresentaria como que um último deeuma escada •'in a matéria retoma degrau a fluidez o recaminho doque espírito, i)
ectoplasma seria já uma grande conquista fisiológica do In iinem, uma arrancada de sublimação fluídica da matéria i nino ao espírito. Fato intrigante, analisando-se à primeira a identidade apresentada por essas duas vista, é matérias que se ¦ olocam assim em extremos opostos da evolução: o ir. Iam pago globular e o ectoplasma. Ambos apresentam às vezes a mesma luminescência, às vezes a mesma coloração, a mesma notável plasticidade e, ao que atétão certa analogia napelo retratibilidade. Duasparece, matérias distanciadas tempoevolução e tão próximas na evolução-tempo!
Que conceitos vagos são os de tempo e matéria quando esvaziados do conceito finalistico da fatal afirmação do espírito! Acoplada a essa evolução do homem e seu psiquismo no terreno da sutilização fluídica, "Sua Voz" de Ubaldi situou e fundamentou cientificamente a evolução fluídica do próprio planeta, mostrando isso na escala química, com a Fixação natural do elemento primordial hidrogénio até chegar nospela elementos como o urânio; e destes, radiaçãopesados, atómica, ao despreendimento espontâneo da energia, promovendo a sutilização da matéria, rumo ao espírito. Tal evolução na natureza químico-física da Terra fora conFirmada também Kardec em de 11 de novembro de 1863 por ditadoa espontâneo um espírito falando sobre a progressão do globo terrestre (Revista Espírita, 1864): "A progressão de todas as coisas conduz necessaria¬mente à transubstanciação, e a mediunidade espiritual é uma dasrapidamente forças da o natureza que lá fará chegar mais nosso planeta, porque deve, comotodos os
mundos, sofrer alei da transformação e do progresso, não só o seu pessoal humano, mas todas as suas produções minerais, vegetais e animais, seus gases e seus fluidos imponderáveis, também devem aperfeiçoar-se e se transformar em substâncias mais depuradas." Ressaltemos, assim, a enormíssima importância do estudo da mediunidade e de seus fluidos, em que o ectoplasma entra como o grande potencial de enigmas, o misterioso corpo fluídico do homem!catalisador do novo Por tal razão é que lhe abrimos maior espaço aqui. Entretanto, os espíritos amigos estão sempre a nos alertar sobre a necessidade de nos apegarmos sempre à preocupação moral em todas as nossas pesquisas e estudos. Em Mecanismos da Mediunidade, falando sobre o futuro dos fenômenos físicos, assim se refere o espírito André Luiz aos fenômenos da ectoplasmia: "A nós, osextrafísico, espíritos desencarnados, interessa, no plano mais ampla sublimação, para que façamos ajustamento de determinados
princípios mentais, com respeito à execução de tarefas específicas. "E aos encarnados interessa a existência em plano moral mais alto para que definam, com exatidão e propriedade, a substância ectopiasmática, analisando-lhe os componentes e protegendo-lhe as manifestações, de modo a oferecerem às Inteligências superiores mais seguros cabedais de trabalho, equacionando, com os homens e para os homens, a prova inconteste da imortalidade." Mas essa evolução moral do homem, preconizada por André Luiz, a que passos lentos caminha! Quanta dor e suor não hão de lhe servir ainda de elementos catalisadores?! E o que também precisa ser pesquisado melhor é o ritmo evolutivo da própria matéria, cuja evolução fluídica obviamente acompanha uma paralela evolução moral do homem. E não seria o próprio estado radioativo da matéria um sinal de um seu fatal salto evolutivo? A radioatividade, descoberta por Becquerel muito depois de Kardec, teria sido por este
antevista em A Gênese: "Quem sabe mesmo se, no estado de tangibilidade, a matéria não é suscetível de adquirir uma espécie de eterização que lhe daria propriedades particulares?" Assim, pela lógica do sentido evolutivo, a matéria de um mundo não acompanha fluidicamente a evolução de seu habitante? Entretanto, devemos aprender, com Emmanuel, que toda a vitalidade energética do planeta depende crucialmente do Sol. Daí que a ciência dificilmente penetraria na sutileza fluídica da vida universal. Emmanuel: "Ainda agora, os cientistas, investigando a natureza da radioatividade em todos os corpos da matéria viva, perguntam ansiosos qual a fonte permanente e inesgotável onde os corpos absorvem, incessante e automaticamente, os elementos necessários a essa perene e inextinguível irradiação. No que se refere às ondas eletrônicas ou aos elementos radioativos
da matéria em si mesma, essa fonte reside, sem dúvida, na energia solar, que vitaliza todo o organismo planetário. O orbe terrestre é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia e dessas forças sobre o planeta, e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares."(EMMANUEL, FCX, FEB). Essa revelação importantíssima do sábio Emmanuel corrobora o que os esoteristas abeberaram dos antiquíssimos templos de ísis onde se cultuava todo dia o nascer do Sol como o ressurgir grandioso da fonte suprema de toda a vida. E no hinduísmo e hermetismo justifica-se então a existência dos sutilíssimos glóbulos de vitalidade oriundos do Sol e esparsos pelo espaço, captáveis pelos centros de força do homem. Complementa Emmanuel: "Os corpos terrestres encontram no Sol a fonte
mantenedora de suas substâncias radioativas, mas todas essas correntes de energia são inconscientes e passivas. Os espíritos, por sua vez, encontram em Deus a fonte suprema de todas as suas forças, em perene evolução, no drama dinâmico dos sistemas. As correntes fluídicas no mundo espiritual são, pois, as vibrações da alma consciente, dentro da sua gloriosa imortalidade." (Obra citada). Assim, a evolução material recebe o influxo da evolução espiritual, que a rege e põe a caminhar pelos evos. Podemos intuir então que há de haver uma evolução do ectoplasma numa o estado mais grosseiro ao maisprogressão sutil, assimdesde como há de havê-la na intimidade da matéria física, da matéria biológica, da matéria perispirítica? Uma conjunção evolucional perfeita dos vários níveis, dos vários sistemas, inclusive, num nível macroscósmico, no próprio sistema Porque se otodos Sol é os o centro desse vitalismosolar. interplanetário, seus astros haverão de evoluir conjuntamente, em seus
respectivos estágios, recebendo cada qual, diversificadamente, a influência própria tal como é modificável por sua específica evolução. Mais poderíamos alongar nas decorrências dessa sutil irradiação solar, cujo perpassar pela extensa aura fluídica dos planetas provocaria uma complexa interpenetração e interrelaçáo, influenciando-se eles mutuamente na conjunção das reflexões solares. Um vasto campo estudo ao fluidologista, conhecedor dasde sutis influenciações materiais e psíquicas percorrendo as vastidões cósmicas. E razões à ciência afirmar que os astros distantes se influenciam mutuamente em muitos sentidos... A bruxa astrologia voando com sua vassoura pelos arescontinua da ciência... Interessa-nos, todavia, o nosso momento histórico atingindo a intimidade da alma humana numa transformação que parece acelerar-se. Não obstante, devemos ouvir ainda Emmanuel:
"Marcha-se para a síntese e não deve causar surpresa a ninguém a minha assertiva de que não vos acheis na época em que a ciência prática de vida vos ensinará o método do equilíbrio perfeito, em matéria de saúde. Os corpos humanos serão alimentados, segundo as suas necessidades especiais, sem dispêndio excessivo de energias orgânicas. As proteínas, os hidratos de carbono e as gorduras, que constituem as matérias-primas para a produção de calorias corpo e quenecessárias representamà conservação o celeiro das do vosso economias físicas do vosso organismo, não serão tomadas de maneira a prejudicar-se o metabolismo, estabelecendo-se, dessa forma, uma harmonia perfeita no complexo celular da vossa personalidade tangível, harmonia essa que perdurará até(Obra o fenômeno desencarnação." citada) da Certa feita o conhecido médico e pesquisador parapsíquico francês João Martinho Charcot (1825-1893) reuniu vários sábios na Academia de Salpetrière para presenciar a fenomenologia mediúnica extraordinária de Alcina, extremamente rústica, iletrada e tida moça como idiota. Através dela comunicou-se então, à
frente daquelas sumidades, Galeno, o célebre médico, e em grego antigo disse: "O corpo humano não há chegado à sua perfeita conformação. Os sistemas da circulação e da enervação estão bastante unidos e relacionados na obra da economia, porém, o sistema linfático sofrerá uma evolução de grande proveito, sobretudo para a longevidade da raça humana. Em alguns animais inferiores, de vida muito larga, já se poderiam experiências comprobatórias dessefazer acerto." Com as palavras de um sábio espírito, ditas através de uma idiota pelo mágico poder da mediunidade, encerramos estas anotações sobre o ectoplasma, pensando em que algum estudioso penetre com emais sutileza nessa linfa que nos sustém a vida extraia análises mais profundas sobre a fluidificação do novo homem que está nascendo em nós. Ouçamos sempre as vozes dos céus! É importante que elas falem à nossa razão, que tem em si mesma a força de distinguir do verdadeiro, o que é frágil do que é o falso grandioso.
Ouçamos o espírito Allan Kardec (L. Denis, O Gênio Céltico, CELD) destacando do Além os fundamentos das nossas íntimas transformações: "A vida dos planetas, como a dos indivíduos, deve passar por fases sucessivas, e, conforme essas fases, a homogeneidade dos fluidos é mais ou menos destruída ou respeitada. Vossa Terra entrou, no seu percurso, contato com uma das grandes correntes queem constituem as artérias da vida universal. Essa corrente é extremamente poderosa e vai produzir efeitos diferentes, conforme a natureza dos seres. Os espíritos de ordem inferior, que permanecem entre vosso planeta e esta corrente, não podem suportar a atração fluídica que dela se desprende, srcinando a revulsão automática desses seres em direção da matéria. Sua influência levará a uma recrudescência das paixões inferiores. "Quanto aos terráqueos que se comprazem na meditação forças e às aspirações superiores,eosrecorrem eflúviosàsdessa corrente os
atingirão e é por aí que eles receberão as intuições e as comunicações. Acrescentarei que essa corrente vital tem a propriedade de manter, no espaço, a vida espiritual e perispiritual e, sobre a Terra, a de esclareceras consciências evoluídas. "Vós podeis, então, constatar sobre vossa Terra, no momento atuai, uma queda de todas as crenças elevadas e também de um afluxo de misticismo. (...) "Quando o vosso planeta estava ainda no estado de formação, suas diferentes camadas estavam já em relação direta, por vibrações, com certos feixes das artérias que animam o grande Todo. 'É por isso que cada raça conservou, no âmago de sua subconsciência, a centelha geradora que anima as primeiras manifestações da vida. Cada raça possui então as qualidades diferentes. O ser deve adquiri-las todas na sequência do tempo, em uma ordem sucessiva (...)" ISMAEL ALONSO
CLASSIFICAÇÃO E AÇÃO DOS FLUÍDOS CLASSIFICAÇÃO E AÇÃO DOS FLUÍDOS Respostas dos espíritos Felix quipotuit rerum cognoscere causas (Feliz daquele que pôde conhecer as srcens secretas das coisas) Virgílio (Geórgicas) É o espírito que enriquece o corpo. Shakespeare Como podemos classificar e diferenciar os fluidos e energias, com uma visão aí do Além? Iniciemos falando da energia mais grosseira: a energia elétrica. Observemos quando a energia elétrica é gerada pela água. Aí a água obviamente náo é energia e sim somente um campo. A água somente produz nesse caso a força motriz que aciona uma turbina, que produz um campo eletromagnético através do qual é produzida uma energia. De igual maneira são acionados todos os fluidos
de que iremos falar adiante. Destaquemos então: a água não é a eletricidade. A água é apenas um condutor que pode fazer girar uma roda, uma turbina. E nessa turbina, em se formando um campo eletromagnético gerado por uma terceira energia, surge a energia elétrica, a qual, transportada pelos fios, vai fazer funcionar os aparelhos, como os eletrodomésticos. Ora, dessa mesma forma é constituído o mundo espiritual: à base de uma energia ali gerada. O campo magnético, por sua vez, também não é uma energia, mas sim um estágio para que se produza uma energia de outra energia. Vimos então que aquela energia primeira de que falamos, ou seja, a energia elétrica, é formada através de um campo magnético. É uma energia fácil de ser compreendida, porque é uma energia grosseira, uma energia simples que já é há muito tempo conhecida pelo homem. Falemos agora de uma segunda energia: a
energia fluido-magnética. O fluido magnético tem também sua srcem explicada da mesma forma atrás desenvolvida. O que se diz aqui de magnético não é obviamente o fluido em si. O fluido é apenas um fluido. O que se diz magnético é apenas o campo em que se forma esse fluido eletromagnético que vemos manifestar-se em grandes correntes e que através do pensamento é emanado. Vemos às vezes lá longe uma criatura e lançamos em sua direção uma carga fluidomagnética através do nosso pensamento, carga que é capaz de ajudar ou complicar a vida daquela criatura. Pois é assim que se forma uma carga magnética. Mas para que aja, há que fazê-lo através de um campo, eeste campo é justamente um estágio entre uma e outra energia. Com essa energia e através desse campo magnético, conseguimos, ora bons fluidos, ora maus fluidos.
Todas essas energias de que falamos, assim como toda a matéria existente, são derivadas do fluido cósmico universal. Sem este, nada, nada mesmo se pode formar. Que mais pode dizer sobre a energia magnética, a que o Irmão chama segunda energia e que grandíssima e especial importância tem no estabelecimento de tantos conceitos espíritas e nos fundamentos das terapias espirituais? O campo magnético é um estágio entre uma e outra energia. Da mesma maneira se define a transmissão de um passe a outra criatura: é um passe magnético. Também quando um espírito transmite um passe a um médium, é da mesma forma um passe magnético. E também quando ainda se forma uma corrente de desobsessáo, uma corrente de vibração em prol de uma criatura que sofre, também aí trata-se de uma corrente fluido-magnética. Daí que todos esses procedimentos estão dentro
da teoria da terapia de fluidos magnéticos. Tais fluidos são emanados através do médium. Para entender o mecanismo de sua aplicação, imaginemos um copo cheio d'água, em que no fundo há um depósito de impurezas. À medida que nele vai-se despejando mais e mais água limpa, vai-se entornando o líquido, vão subindo as partículas impuras ali em depósito e vão-se dispersando fora Da do copo: água suja subindo, vai para saindo... mesmaa forma agevai a descarga fluido-magnética através do seu campo magnético. Tudo funciona então dentro do seu específico estágio, tudo dentro de sua própria formação. Porque o próprio o próprio Universo se encadeiam atravésplaneta, de campos. Atentemos para o que ocorre em torno de uma energia sobrevinda de um gerador: se não houver um campo magnético não existirá a energia. Porque as partículas que no motor formam a energia elétrica estão noisto contexto do mesmo mecanismo mencionado; é, há que se dispor ali de um campo com ação de
tremendas velocidades para que se produzam outras energias, derivadas de outras por transformação. Da mesma forma entendamos a energia espiritual, o campo espiritual, a energia fluídica. Há aqui dois estágios: um, o do fluido grosseiro que é a energia do vosso plano, e que por sua vez se divide em inúmeros estágios; o outro, o estágio da energia fluídica, a energia do espírito. Neste nosso estudo dos fluidos, e pensando nos fenômenos mediúnicos de efeitos físicos, não haveria outro fator de fluido aí preponderante, mais grosseiro e assim mais apto a agir do Além ao nosso plano denso? Falemos, sim, de um terceiro agente influindo aí e que se forma também do fluido cósmico universal. Trata-se de um fluido diferenciadamente mais forte, mais pesado, mais condensado, que é o fluido ectoplásmico. Ele é emanado através de uma descarga pesada. Para elucidar sobre as características desse fluido, tomemos como exemplo as pessoas que
se alimentam de carne, que atêm como seu principal cardápio. Seus fluidos são visivelmente pesados, porque convivem no seu corpo com uma carga fluídica também pesada e condensada. Com tal peso fazendo parte de si própria, a criatura pode ela mesma sentir-se muito mal. E se ela tocar sobre outra criatura, esta também se sentirá mal. Atente-se então para isso quando for participar de sessões de transmissão de passes, não se deve de maneira alguma alimentar da carne, porque dela emanam tais fluidos pesados, condensados, e as criaturas que recorrem ao passe de seu portador contraem esse peso e poderão sentir-sefluidos mal. Operniciosos passista carnívoro estará passando a quem recebe o passe... Já o fluido magnético simples, o fluido cósmico universal, é um fluido benéfico do qual podemos valer-nos em qualquer circunstância da vida para atender Sobrecarregando deleuma umacriatura pessoa,necessitada. ao nela tocar, imediatamente pode-se movimentar esse
fluido positivo e, com essa descarga fluidomagnética formada pelo que se denomina passe, pode-se curá-la. Como entenderíamos melhor a diferenciação de fluidos, o seu acionamento pelos espíritos, assim como a sua constituição estrutural no homem, considerado este em seu tríplice aspecto? Da mesma forma que se gera a eletricidade, assim se aciona um fluido. No entanto, a eletricidade é uma matéria mais densa, mais grosseira, e o fluido já é uma matéria mais leve. Em nossa ação transmissora de fluido, nós o purificamos e com o pensamento o transmitimos. Há o princípio vital, que, como o nome já esclarece, é o princípio da vida universal. É uma energia que está também dentro do ser humano, interligando-se entre os órgãos, agindo em perfeita harmonia entre o coração, o pulmão, os intestinos, os rins - todos os órgãos. Esse aí referido é o fluido do princípio vital. Mas existe um outro, chamado fluido vital.
Assim como se forma um perisperma que envolve e protege uma semente quando lançada ao solo para que ela germine, cresça e frutifique, esse fluido vital forma também um envoltório em todos os seres humanos, protegendo-os de descargas eletromagnéticas intrusas. É como uma membrana que envolve todas as criaturas. Esse fluido vital tem importante função de amparar astambém pessoas acontra as obsessões. Ora, as pessoas renovam esse fluido através das preces, das orações dirigidas às Alturas, enriquecendo aquelas fortes camadas fluídicas que envolvem o ser. Há muito tempo referia-se aos terríveis efeitos do mau-olhado, com o grande poder de dispensar esses fluidos, sem saber ou entender o malefício que se estava proporcionando àquele escudo fluido-protetor elaborado automaticamente pelo fluido vital. Da mesma forma que o fluido vital se destrói na
efusão dos pensamentos negativos, ele também se refaz nela ação dos pensamentos e fluidos positivos. Ele renova-se fortemente naqueles instantes em que a pessoa vibra em sinceras orações, em preces de efetivo sentimento. Entendamos bem: o fluido vital, que forma essa aura, essa carapaça fluídico-protetora, é um fluido completamente diferenciado daquele outro fluido penetrante que vem do interior do homem e que é constituído do princípio vital. Há ainda outro fluido sobre o qual temos de ainda elucidar: o fluido cósmico universal. Este pode ser cognominado pai dos fluidos, porque é dele que se srcinam e se processam todos os fluidos, as forças, as aos energias, todas astodas matérias, tanto todas palpáveis vossos sentidos como intangíveis ou espirituais. Tudo, tudo vem desse fluido cósmico universal. Não existe outra fonte que nos propicie uma matéria viva que possaaos serolhos tocadahumanos, e visível,a ou uma matéria invisível não ser que proveniente desse fluido.
Mas existe outro fluido de capital importância ao estudo das interrelações com os dois planos: é o fluido ectoplásmico, de que já falamos. Antes que voltemos a enfocá-lo, indaguemos, por oportuno: que se deve entender por fluido? É uma matéria quintessenciada. Uma matéria mais pura do que as outras. Uma matéria purificada. Tomemos, no plano material, uma matéria grosseira, palpável, como uma grossa membrana. Uma membrana tornada mais fina pelos efeitos do filtro solar é uma matéria já mais purificada. E, nessa projeção, a matéria grosseira tornar-se-á fluido... Ora, de igual maneira é que, a partir da matéria mais grosseira, forma-se também o fluido ectoplásmico, o qual é sobejamente usado tanto pelos espíritos protetores quanto pelos espíritos obsessores. Entendamos sua força Tomemos decom umaum ligaexemplo bruta, oua seja, o aço.e uso. Toma-se dessa matéria e constrói-se uma cama,
um leito onde se deita e repousa. É um fim benéfico dado a uma liga industrializada. Entretanto, ao se colocar suficiente quantidade dessa liga bruta de aço na mão de criaturas inescrupulosas, que não compreendem a necessidade do trabalho voltado ao bem e ao útil - que é que se faz? Uma espada para perfurar, sangrar as criaturas! Da mesma forma usa-se também diversificadamente o bem, para o mal...o fluido ectoplásmico: para É esse um fluido pesado, como já dissemos. Carrega um peso bruto porque ele também é uma liga bruta. Há espíritos que então utilizam grandemente paradele fazer boassecoisas, para plasmar uma veste, um remédio que se torna benéfico a uma criatura, aliviando o seu sofrimento e a sua dor no mundo espiritual constrói-se com ele tanto uma roupa como um relógio. Tudo fazemos com esse fluido ectoplásmico acordo com a necessidade e aqui, com adeevolução espiritual do elaborador.
Esse fluido faz-tudo já se o define em seu próprio nome: ecto = para fora; plasma = modelar. Tudo o que se plasma na mente impressiona o corpo material. E quando se passa para o mundo espiritual, a Pátria Verdadeira, o ato de plasmar traz o efeito imediato também à nossa frente. Então entendamos que o fluido ectoplásmico não é essencialmente maléfico por ser qualificado pesado. Tal resignaçáo deve-se ao fato de ser uma matéria mais pesada em relação a um outro fluido. No humano esse fluido dele podeéser umaser enfermidade. Através quecausa os de obsessores plasmam os ovóides, além de tantas outras moléstias que lançam no corpo humano. Exatamente por ser uma matéria grosseira, modelável pelos espíritos inferiores, estes o utilizam gerar enfermidades nas criaturas.demais Quandopara aí no plano físico as pessoas alimentam-se em excesso, quando se alimentam
de carne, do sangue, tais espíritos inferiorizados, dos quais leuíos em profusão nesta nossa psicosfera terrestre, lançam mão dos pensamentos e do próprio ectoplasma dessas criaturas para agir maleficamente. São espíritos de grande inferioridade, espíritos vampiros que se alimentam e agem com tais fluidos. Vampiros, sim, que se comprazem em alimentar desses pesados fluidos e corporificálos, plasmá-los, lançá-los às criaturas que estejam à volta de sua fonte de srcem. Tal a razão por que onde há matadouros deparase com quantidades desses espíritos inferiores vampirizando as vacas e outros animais que são abatidos nesses locais, para se alimentarem ou, melhor dito, adquirirem a matéria bruta que ali se encontraoem profusão. Dali, plasmam-na e transferem produto da vampirização a outras criaturas, que desconhecem o processo quando se repastam dos restos animais. Tantas vezes esses infelizes obsessores sugam esses fluidos, adquiridos assim nesse repasto bestial, e usamatéessa e esse para levá-los umaforça criatura queprocessamento se acha enferma sobre um leito de dor. Com esse
expediente estão lançando ali um micróbio, um verme transposto de um naco de carne que às vezes já está em estado de putrefação. Sim, é dali, daquele pesado fluido ectoplásmico, que os obsessores retiram a força plasmadora que permite levar vermes a um acamado, como se fosse um ovóide. Reconheçamos, então, de modo significativo: tanta e tanta doença é proveniente, é extraída do ectoplasma. Como todos os fluidos similares, tomamo-lo do princípio vital. Esse princípio somente serve, em sua ação princi¬pal, para dar o alento da vida. Contudo, ele não se perde: transforma-se, renova-se, dentro mesmo das criaturas que anima. Já o fluido vital é o segundo fluido importante. Como já dissemos, ele envolve a criatura, fazendo uma conjunção entre o perispírito e o corpo umae cadeia harmonia entre ofísico. corpoInstala-se perispiritual o corpodematerial.
É esse fluido que completa essa ligação e tem a função de formar um envoltório sobre a criatura, protegendo-a, envolvendo-a como um casulo protetor, ou seja, uma aura protetora. Reafirmamos mais uma vez: com esse envoltório de fluido vital melhor se protege quando se faz uma prece. Consegue-se reaviválo à medida que raios benéficos assim caiam sobre a pessoa em oração. E, doutra parte, quando uma descarga elétrica de um atinge aquele envoltório fluídico, ela obsessor se desfaz, como um pequeno projétil que batesse numa armadura de ferro. Insistimos nessas explicações para que fique bem explícita a diferenciação entre um e outro tão importantes fluidos e ao base seu grande papel: princípio vital mantendo da chama da o vida, e o fluido vital protegendo-a. Existem muitos e muitos fluidos, mas nós citamos aqui os mais materiais, os mais aplicáveis no nosso mundo. Fluido é sempre fluido - e tudo é fluido!
Sabemos que os fluidos vitais são matéria quintessenciada: podem eles aí serem acumulados numa espécie de bateria, como se acumula energia elétrica em nosso plano? Ou podemos considerar que apenas o ser vivo possui essa propriedade de já ser uma como que bateria viva de fluidos? Todos os seres vivos da Terra carregam o fluido vital, sem exceçào. Não existe uma forma de vida que não o contenha. Nosso planeta Terra é pródigo nesse tipo de fluido, do qual há aqui uma camada muito rica que o envolve inteiramente, sem sobrar um espaço. O mundo espiritual possui um manancial enorme de fluidos, perfeitamente suficiente para amenizar essa repleção populacional observada em nosso planeta. Por mais seres vivos que se coloquem na Terra, ainda sobra muito fluido vital para animar incontáveis criaturas. Uma gigantesca bateria! Uma fonte inesgotável! Há quem pretenda acrescentar à tríplice divisão
kardequiana em relação ao ser humano (corpo somático, perispírito, espírito) um quarto elemento a que às vezes denominam corpo etérico, às vezes corpo vital. Que diz a respeito e dentro dos conceitos fíuídicos que aqui vem desenvolvendo ? Somente existem três corpos ou três agentes. O que se diz corpo etérico são fluidos. O corpo físico, o corpo perispiritual e o espírito são os três únicos agentes e caminham juntos. Quanto aos fluidos aí incorporados, eles se modificam muito de corpo a corpo, de ser a ser. Não há uma definição exclusivista. Muitas vezes o próprio fluido que envolve uma pessoa pode envolver outra, pode animar outro corpo. Já o perispírito, diferentemente, jamais pode animar outro corpo que não seja o seu próprio espírito. Porque o perispírito é como um perisperma que envolve o espírito, e onde quer que este esteja, lá está também o perispírito. Sim, jamais o espírito pode deixar o seu perispírito. No nosso planeta ainda não existe
uma forma para que isso ocorra. Será assim somente no caso de espírito muito evoluído, em que o seu perispírito seja tâo tênue quanto o seu próprio espírito. Firmemos a seguinte classificação: Matéria pesada = corpo. Matéria semipesada = perispírito. Matéria prima quintessenciada = espírito. Afirmam várias correntes espiritualistas que todos nós possuímos uma espécie de fina tela protetora, insuflada de energia vital e detentora de várias propriedades: filtra energias prejudiciais, evita ação obsessiva e detém ainda outras finalidades. Existe essa tela fluídica? Sim, existe. Assim como também cada um de todos os nossos órgãos físicos é envolvido por essa energia promanada do princípio vital e que forma uma capa protetora. Tudo funciona similarmente. Até o nosso próprio planeta Terra é protegido por uma
camada de ozônio que filtra os raios solares. De igual maneira o corpo é protegido por uma tela envolvendo-o fluidicamente através dos centros de força, através dessa energia que circula incessantemente, de um lado a outro, para que ali não penetre outro tipo de energia intrusa. Tal tela fluídica seria danificada pelo uso reiterado de substâncias tóxicas, como as do tabaco, do álcool, das drogas alucinógenas? Sim. Com tudo o que se usa contrário às leis do corpo mina-se a sua resistência. E agindo assim negativamente nas reservas de resistência do princípio vital, mina-se a energia que a sua própria usina produz para proteger o corpo com a força do seu campo magnético. O espírito quer; o perispírito transmite; e o corpo executa. Deste aforismo de Kardec, o que tiraríamos como lição dentro da fluidologia espírita? Tudo é fluido. Tudo se reconstrói. Vejamos bem como há espíritos que contraem dívidas, não no corpo material e sim no
espiritual, no mundo dos espíritos. Contraem tantas dívidas, tanta mancha em seu perispírito, que a sua matéria vai ficando densa, de tal maneira que até para o espírito fica difícil suportar o peso das dívidas fixadas no perispírito através das reencarnações. Agindo como? Trabalhando no prejuízo ao semelhante, contrariando a lei da caridade, a lei do amor. Vai-se construindo então uma matéria envolvente tão pesada, que o teu perispírito também se toma pesado, aténum aquele dia em que terá de forçosamente entrar arrependimento. Sim, pois chega o momento em que ele não mais é capaz de continuar carregando o seu perispírito, e isto porque aquele peso das imperfeições vai penetrando na mente dele, vai batendo fundo no seu ser. Com tal acúmulo fluidos pesados também um de corpo pesado, de talforma-se maneira que ele quase não lhe aguenta mais suportar a pressão. Nesse ponto é que emerge então o sofrimento, e com tal ação os fluidos pesados vão-se dispersando. Através dase oreencarnações peso vai-se desfazendo espírito vai-seesse ambientando com o bem, chegando o dia em
que esses fluidos o abandonarão. E na medida em que isso ocorre quanto à purificação do perispírito, sua matéria se torna mais leve e mais suportável, até que consiga resgatar todas as dívidas contraídas. Aí haverá um retorno ao Mundo Maior com o corpo fluídico, ou seja, o perispírito, mais adequado a ali sobreviver. OBSERVAÇÃO FINAL Para estudo comparativo, ver "A Gênese", capítulo "Os Fluidos", em que Kardec diz: "Seria impossível fazer uma enumeração ou classificação dos bons e maus fluidos, e classificar as suas qualidades respectivas, pois que a sua diversidade é tão grande como a dos pensamentos." •
ISMAEL ALONSOFLUÍDOS NOS REINOS MINERAL E VEGETAL FLUÍDOS NOS REINOS MINERAL E VEGETAL
A energia fluídica dos vegetais alcançava enorme consagração entre os untigos egípcios. Enxergavam no vegetal uma manifestação material e Transcendental da vida do Universo. Nesta pintura do III século a.C, um defunto e sua mulher se postam ajoelhados ante Nut, deusa cósmica representando também a energia superior gerindo a vida e a morte. Excepcional valor davam os egípcios ao elemento líquido como purificador do corpo e da alma'.Na pintura acima, de uma tumba egípcia de 1300 a.C, vemos o jorro de água sobre o defunto, sendo a fluidez do líquido representada pelas linhas quebradas. No desenho ao lado, extraído de uma tumba da XIX dinastia egípcia, representados o pai e aestào mãe simbolicamente do tio Nilo, mostrando o enorme respeito dessa civilização para com o poder da água em relação à vida do corpo e da alma. No Antigo Egito o simbolismo da Árvore da Vida estava fortemente impregnado dasgama de energias manifestándo-se numa grande fenômenos fluídicos. No desenho da esquerda
vemos claramente a árvore transmitindo fluidos sutis (linha quebrada), tendo no solo o pássaro representativo da alma, e ao canto esquerdo a deusa cósmica Nut. Na foto da direita temos ainda a Árvore da Vida com seus braços segurando um jarro, do qual jorra matéria fluídica às mãos de um egípcio ajoelhado. Não sei o que de mim pensará a posteridade; comparo-me mesmo a uma criança que, brincando parauma suaconcha grande alegria, umnuma seixopraia, mais achou, polido ou mais elegante que as outras, enquanto diante dela se estende, a perder de vista e ainda inexplorado, o oceano imenso da verdade. Isaac Newton, em seu leito de morte Cristiano Frederico Samuel Hahnemann criou a homeopatia, antes de tudo, como disciplina voltada ao conhecimento e uso das energias e dos fluídos. Daí a identificação dessa terapia para com o Espiritismo. O tema da água sob o ponto de vista dos fluidos e do magnetismo, bem assim dentro da terapia em geral, mereceria grosso volume à parte, tão amplo é. Aqui estão apenas alguns curtos apontamentos pensando colocá-lo na história.
Os elementos constitutivos da água (hidrogênio e oxigênio), por serem dos primeiros e mais simples da tabela periódica, seriam também aqueles mais próximos de uma matéria-prima primordial, ou seja, do próprio fluido cósmico universal? E, em assim sendo, estariam assim justificadas suas propriedades de singular fixação e uso terapêutico dos fluidos sutis, em razão de sua maior proximidade de harmonização com eles? Ficam tais indagações em lembrando o notável poder plástico-magnético da água e sua decorrente importância no uso terapêutico. Antes que os próprios alquimistas concebessem amatéria-prima via úmida para nos seus sonhos os a da embalar Grande Obra, buscando princípios e utilização da oculta transmutação química, a transformação do metal impuro em ouro - certamente que bem antes disso o homem já considerara a água como elementomãe, razão da existência, sem a qual a vida se tornaria impossível. Assim é que nos próprios ritos religiosos estava
implícito esse conceito da água como elemento mais puro, mais próximo de uma matéria pura primordial. Atentemos para a prática do batismo da água percorrendo os livros bíblicos, o próprio batismo de Jesus, as próprias referências deste quanto ao homem ser filho da água. Lembra-nos Michaelus no seu livro "Magnetismo Espiritual", edição FEB: "Os hebreus possuíam a "água da expiação", que era também denominada "água de separação". Essa água era preparada com as cinzas de uma novilha vermelha, sacrificada numa curiosa cerimônia religiosa, e servia para os malesdiz doDu corpo e doa srcem espírito. dúvida, Potet, daDaí, águasem benta da Igreja romana, que se preparava com sal e o concurso de orações e de exorcismos." Mas era um conceito que vinha de longe, na índia, na Mesopotâmia, as religiões usavam as abluções da água. E osconsiderando egípcios, pelao caráter própria purificativo idolatria frente ao Nilo como doador da vida, valiam-se da
água em tudo e sobre tudo, em seus ritos e terapias. Razões assistiam, assim, ao grego Tales de Mileto (640-548 a.C.) quando, buscando um elemento primordial srcinário de todos os demais, foi encontrá-lo justamente na água, generalizando-a como a materia-prima de todo o Universo. Quando, no século XVIII, alardeava Mesmer a forte condutibilidade magnética da água, estava simplesmente redescobrindo e reconceituando conhecimentos multimilenares. O mesmo se diga quanto a Samuel Hahnemann (1755-1843) tê-la feito, no mesmo século, o carro-chefe da homeopatia. E o próprio conceito fundamental de homeopatia (do grego: òmolos = semelhante, e pathos = doença) já vinha de milênios. Conheciam-no muito bem os antigos egípcios, e depois ainda os gregos. E o próprio médico suíço Paracelso (1493-1541), redescobrindo reafirmando esses antigos conceitos, já os ou praticava. Vejamos.
Acreditava Paracelso que toda doença deve-se a uma força obscura especial, concordando plenamente com as conclusões de tlahnemann, quando admitia este que as doenças não são elencáveis, que são infinitas, como os remédios o seriam; que elas não são entidades a serem extirpadas mecanicamente; que a doença é fundamentalmente um desequilíbrio, uma aberração a ser corrigida; que a potência do remédio era que inversamente proporcional à sua quantidade; a cura de toda enfermidade estava assim numa realidade mais fluídica, ou seja, mais sutil. Como se fora um pré-homeopata, assim dizia Paracelso: "Na ordem anatômica o frio não pode atuar contra o calor, sendo em geral uma grave confusão buscar nossa saúde na linha das coisas contrárias". E ainda: "O certo é que no mesmo lugar da Terra onde existe um veneno mortal também existe um
contraveneno exato, e que do mesmo modo que as doenças são geradas, a saúde também é produzida". Sem dúvida que tais frases poderiam muito bem ser assinadas por Hahnemann, que estatuía que "o semelhante cura o semelhante". E que diríamos quanto à água amparar a homeopatia? Composto neutro, mais prestável a não influir nas propriedades medicamentosas que se lhe agregam? Elementos simples, próximos do fluido cósmico universal, melhores e mais puros condutores e assimiladores de fluidos sutis, como o são o produto final das dinamizações? Elementos oxigénio e hidrogênio entrando na quase totalidade composiçãoedo homemAfísico, assim maisdahomogêneos neutros? água- e medlcamento curando a água-homem, o semelhante curando o semelhante? Se na homeopatia vale-se preferencialmente da água, está-se então operando a lei dos semelhantes. Quando se fala em dinamização homeopática,
fala-se em fluidificação ou sutilização. O processo visa potencializar a composição. E à medida que se operam as reiteradas diluições, faz-se como que uma separação fluídica, uma evidenciação do elemento terapêutico. Por tais razões a homeopatia tem extrema sintonia com a fluidologia e fluidoterapia espiritistas, porque laboram todas com sutis energias e componentes, o que está mais perto da ciência do espírito. Vemos assim como raciocinando e operando em torno do conceito de fluido sutil está-se, por assim dizer, espiritualizando a terapêutica, reconhecendo-se o poder do espírito sobre a matéria e o extremo fracionamento espacial desta. agindo-se ciência dos fluidosas está-sePorque atingindo melhorna e sem traumatismos raízes de todas as enfermidades, que sem dúvida estão no campo fluídico ou sutil, estão no perispírito, estão no espírito. Podemos prever, dessa maneira, que com a admissão dessa tomada deoposição fluidista apaulatina ciência alcançará melhor espírito, sendo um lado disto a própria área terapêutica.
Ha homeopatia mesma temos visto avanços. Cite-se o hindu Benoytosh Bhattacharyya e seus setenários homeopáticos, composição de sete diversos produtos terapêuticos de grande poder de influência diferenciada, e ao mesmo tempo conjunta pelo lado fluídico, exercida nos tecidos humanos, cujos assombrosos índices de cura têm sido largamente testemunhados. Outro da sutilização terapiasexemplo modernas oferece-nospenetrando esse mesmonas citado hindu com a sua teleterapia, uma medicina que vale se da Irradiação de energia gerada por pedras preciosas em combinação com outros remédios da tradição com essa transmissão à distância de raios curativos, possivelmente revivendo na era átomo dos antiquíssimos conhecimentos dosdoatlantes, brâmanes, dos magos caldeus, estamos penetrando em avançados caminhos da era dos fluidos, da era do espírito. Mas fiquemos ainda mergulhados na água, que vimos de comentar. Cultores da magia, desde tempos imemoriais,
reconheciam os poderes curativos da água impregnada de fluidos sutis. Absorvendo deles, os ocultistas, hermetistas, esoteristas carregaram tais conhecimentos pelos séculos. E agregando-se às descobertas dos magnetizadores, pouco antes e depois de Mesmer, tais conhecimentos foram aumentando, penetrando até nas contribuições da ciência moderna. Estudiosos penetram nesse mundo misterioso do com poderacuidade magnético da água. Alguns avançam parâmetros. Dizem que quanto mais fria a água, maior a sua capacidade de acumulação fluídica; que sua maior eficácia é alcançada quando está a quatro graus centígrados, quando está nodoseu exato peso a específico; que o aumento calor provoca diminuição rápida da sua receptividade magnética, etc. Dentro dos antigos conceitos hinduístas, referese às propriedades especiais da água arejada, da água corrente. Osvárias iogues, ao tomar no despejando-a vezes de umágua, copofazema outro, para que assim ela absorva maior
quantidade de prana (fluido vital). Daí a corrida às cachoeiras, às quedas d'água, às rápidas correntes, objetivando absorver um mais puro ou forte fluidismo magnético. A Espiritualidade, inclusive através de longas e importantes descritivas de Emmanuel e André Luiz, já muito falou sobre o poder fluidoenergético e da forte propriedade impregnativa da água, ressaltando a modificação que ela sofre à influência das energias e reações psíquicas, ao impacto dos mais diversos fluidos. Tais considerações dos espíritos sao longas, importantes, e precisariam ser melhor consideradas. No nosso terreno prático da ciência ele observação, uma valiosa experiência vivida pelo lembremos célebre magnetizador francés Charles Lafontaine. Foi assim citada por Michaellus (ob. cit.): "Lafontaine ("L'Art de Nagnétiscr") apresentou a um sonambulo um copo d'água magnetizada por diversos dos seus discípulos e o paciente descreveu tantas camadas de fluidos quantos eram os magnetizadores, distinguindo uns dos
outros". Os que puderem valorizem o peso dessa constatação, o que representa em cima da ciência dos fluidos e no que mostra a água no seu poder até de impregnação diferenciada de fluidos. A ciência espírita resgatou a simplicidade do magnetismo curador, reavaliou seus conceitos, fundamentou a srcemFicam, e utilização dosdúvidas, fluidos, de maneira genérica. porém, desencontros interpretativos e -porque não dizêlo? - até escasseiam mais experimentos direcionados à parte técnico-científica. Temos no espiritismo muitos e muitos livros teórico-práticos versando sobre atendendo a ciência dos fluidos, mas preferencialmente à necessidade de orientação aos médiuns passistas. Não obstante, ficamos ainda com mistérios e mistérios a serem melhor equacionados à luz da ciência, mesmo em relação fluidoterapêutico da própria água ao e àsuso suas propriedades magnéticas.
Lembremos, dentro da literatura mediúnica, os inovadores conceitos deixados, por exemplo, pelo livro "Aglon e os Espíritos do Mar", do médium Rafael A. Ranieri, em que encontramos importantes indícios de propriedades desconhecidas da água, sob o ponto de vista de suas interações mais diretas com o magnetismo do mundo espiritual. A análise do que ali se descreve sobre o mundo psíquico subaquático poderia levarfluidos. a constatações revolucionárias à ciência dos Tenhamos presente, doutra parte, que essa é uma ciência que pode tornar-se também enganosa aos que estamos no plano físico, tateando grosseiramente conhecimentos e fatos que estão numa realidade de mais sutileza e de dificuldades de averiguação. Quanto ao magnetismo vegetal, se é também um fato cujo conhecimento já vem empoeirado pelos milênios, começou a mais entrar em linha corrente no Ocidente a partir de Mesmer, o qual tanto o usava, formando torno de árvores, tentando captar, correntes transferir,em acumular energia fluídica.
Com as tão conhecidas experiências modernas sobre um princípio de vida psíquica nos vegetais (efeito Backster, etc.), mais se fundamentou o seu poder magnéticoterapêutico. A ciência dos fluidos vige aí dos dois lados, isolada ou conjuntamente: do homem ao vegetal e do vegetal ao homem. Criam-se escolas equacionando essa interação sob o ponto de vista da transferência do fluido magnético. Há os que, lembrando uma maior pureza fluídica das árvores nas florestas, valorizam o seu magnetismo, colocando-lhes propriedades terapêuticas que poderiam ser hauridas benéficamente pelo homem num contato mais estreito. Doutra parte, os magnetizadores já constataram à farta o poder do magnetismo humano para com os vegetais,diferentes transferindo-lhes ou ativandolhes parâmetros na aparência, tamanho, cor, qualidade, etc.
Assim, por exemplo, Lafontaine pesquisou e constatou a influência do magnetismo sobre pêssegos; o dr. Picard sobre roseiras; H. Durville em plantas várias e saladas; M. Q. Fabius de Champville e Qravier sobre vários grãos; M. Emile Magnin sobre enxertos de plantas; M. Favre e dr. Gaston Durville sobre o mastruço. O quem muito nosmagnetizador informa sobreHenri isso.Durville Lembra,épor exemplo, que Qravier combateu com magnetização a clorose, ou seja, a descoloração das plantas, vendo perfeitamente como as plantas readquiriram a cor verde. E roseiras produziram flores precoces. Vemos assim que os fluidos universais são um manancial de diferenciado uso para o homem, inesgotável energia ainda pouco explorada. Que milagres não se fariam então na agricultura? E, mais ainda, na saúde?
Se o dr. Gaston Durville comprovou, há tanto tempo, a morte do bacilo de Eberth (febre tifóide) por magnetização, este simples exemplo que horizontes vastos não abre à medicina? E, aliás, o conceito de magnetismo curador já alcançou bastante até o reino mineral. Assim caminhamos devagar ao futuro tempo das radiações e dos fluidos, neste nosso mundo que a ciência torna muito confuso pela infelizmente dispersão e desencontro informativo. Medicinas vêm da Atlântida, como o uso dos cristais. O uso do magnetismo vegetal vigia à sombra das florestas da Ásia e no mundo céltico, sobre o que Kardec e Denis dissertam à farta em "ORevaloriza-se Gênio Célticoa ehidroterapia o Mundo por Invisível". duchas e fontes minerais e a talassoterapia (cura por água marinha). Luís Kuhne cria uma panhidroterapia, aliando à água o fator temperatura. O homem-água já fora há um século equacionado sábiodos Burdach: há água 2/3 do corpo;pelo em 13% ossos, em 75% em dos músculos, em 78% do cérebro, em 88% do
leite, em 79% do sangue, em 96% da linfa e em 98% do suor. Diante do que disse o sábio Bordeau: "Somos apenas uma neblina, uma especie de nevoeiro espesso fechado dentro de algumas membranas". E hoje a ciência admite que a água integra 65% do peso humano, onde 7,7% de água recicla-se ao dia: a renovação total em 13 dias é suporte à evolução fluídica do ser. Espíritos da água paraCarrara passar faz fluidos curadores:valem-se a milanesa Rossana correr água de cura pela torneira de sua casa, onde análises apuram as diferenças e o fato de suas poucas gotas transferirem o poder de cura a outras águas comuns. Na corte de III uma das mais Aqua usadas fórmulas, emNapoleáo infinidades de moléstias: fonte 68; eadem repetita 17; aqua destilatta 5; nihil aliud 9,4; iteram ajusden 0,6. Tradução: Água da fonte 68; a mesma 17; água destilada 5; nada mais 9,4; como acima 0,6. A água comomagnético? placebo? OuNão como forte assim impregnador importa: caminha a fluidoterapia no planeta-água...
O Sólon, Sólon' Vós gregos sois como crianças... Nado conheceis além das muralhas de Atenas e vos julgais sábios! Sacerdote de Saís, no Timeu de Platão Minh 'alma, há uma região muito além das estrelas... Henry Vaughan Sobre a fluidificação da água para uso terapêutico, que pode elucidar ou sugerir quanto ao seu aperfeiçoamento e maior eficácia? Quando alguém atinge a água com o seu pensamento, ele está lançando correntes eletromagnéticas sobre ela. E se é realmente um bom pensamento, as pessoas ao bebê-la sentirão o seu efeito benéfico. Os fluidos sendo bons, pode-se praticar essa terapia fluídica com étimos resultados. Nas reuniões espíritas em que se coloca à mesa água para fluidificar, tem ou não fundamento o cuidado técnico operado por alguns de deixar a coleta, preparo e distribuição da mesma a cargo exclusivo de um único encarnado? Não,estão não tem fundamento. as pessoas que ali estão dentro deTodas uma reunião coletiva. Deve-se vibrar numa mesma sintonia,
estarem todos, ligados na mesma rádio, para que os pensamentos criem ali um campo vibratório positivo, mediante o que os espíritos melhor depositarão os fluidos benéficos nessas águas. Ora, são os Espíritos que ali influirão. Todos somos filhos de Deus, todos somos iguais perante Ele, sem privilégios! A homeopatia funciona pela dinamização de fluidos. Ela vale-se do quartzo mineral para cura de certas doenças. Estariam assim também provados os efeitos fluido-terapéuticos dos minerais e até da cristaioterapia? Sim. Se analisarmos detidamente uma espécie de planta de determinado solo, diferenças veremos, por comparação, que ela apresenta estando em outro solo. Ora, embora da mesma espécie, os elementos constituintes de uma e outra apresentam notáveis diferenças. Devemos estudar muito isso!
Há possibilidade de um Médico do Além realizar dinamizações homeopáticas usando apenas uma rápida ação fluido-espiritual? Sim, desde que haja um agente e um médium para que se faça o processamento de fluidos a serem introduzidos na substância, erva ou água, para produzir o desejado remédio. Que poderia dizer sobre o magnetismo natural dos vegetais e sua interação com o homem? Evidentemente, também os vegetais têm o seu campo vibratório. Sim, as plantas também têm a sua energia. Por isso que é muito importante conversar com as plantas! Ao se jogar água às plantas, faça-se uma oração, e assim, ao introduzir depois a água sob esse campo de vibração de prece, ver-se-á como a planta agradece... Se passamos por uma árvore e tocamos as folhas com carinho, notamos que ela nos responde!
Há teorias falando sobre o uso terapêutico desse magnetismo vegetal. Por exemplo, obtendo-se cura ou alívio de males ao encostarse a coluna ou o peito no tronco de uma árvore não tóxica. Teria fundamento essa captação e troca magnética de energias? Tem sim! A energia ali disponível será às vezes benéfica a quem lhe recorra. Aproximando-nos do mar, obtemos energia fluídica do mar. Aproximando-nos de uma cachoeira, obtemos dela energia benéfica. Recebem-se tais energias desde que para tanto haja um preparo da pessoa que as procura, desde que se esteja condicionado a atuar sobre os campos de força que aí se formam. Tudo funciona por interação de forças e pela presença de campos. Se nosso planeta se manifesta como essa bola de matéria flutuando no espaço e não cai é porque ele tem um campo de força, um campo eletromagnético que permite que ele permaneça em sua órbita.
Tudo assim se encadeia em ritmos de forças. Tudo é energia, nada há que não seja fluido ou não seja energia. Tudo é manifestação de centros de força, de tantas e tantas energias! Também nós somos como deuses: emanamos energia por todos os quadrantes do espaço! Que dizer de uma possível magnetização prévia de alimentos sólidos e líquidos, remédios, etc., para que sejam melhor assimilados e tolerados fluidicamente? Tem fundamento. Vejamos as uvas de uma vinha. Quem fizer ali uma sentida prece, aplicar um passe magnético sobre aquelas uvas, notará depois que aqueles específicos cachos de uva cresceram mais, deram frutos mais benéficos às pessoas que deles tomarão como alimento. Se trabalharmos no bem, se tudo fizermos com carinho, faremos milagres! Uma imensidão de milagres faz-se com essas correntes, com essas energias! OBSERVAÇÃO FINAL O aspecto gigante do magnetismo espiritual
atingindo os reinos mineral e vegetal e influenciando a mente humana é quase sempre relegado. Embora devamos ligar nossa mente e nossa evolução preferencialmente ao mundo do Além, uma fuga radical e sistemática da matéria leva-nos a desconsiderar que as mais sutis e benéficas influências espirituais podem ter um liame estreito com a mais grosseira matéria, bastando, para captá-las, manter adequada sintonia. Razão porque Allan Kardec insistiu bastante nesse mensagens a Leon Denis no tema livro ao "Opassar Gêníosuas Céltico eo Mundo Invisível", ao qual encaminhamos o leitor para um maior aprofundamento e assimilação da questão. ISMAEL ALONSO "O druída respirou a atmosfera pura no seio da floresta, o topo das árvores atraia as camadas vibratórias que envolviam e envolvem sempre vosso planeta. Em frente da floresta havia o mar, que servia de condutor ao outro polo magnético, isto é, sob o ponto de vista psíquico, para e estabilizar conjunto (...) Aspela forçasreforçar provindas do espaçoo são absorvidas vossa Terra graças aos lençóis de água, à
vegetação luxuriante, às montanhas, às colinas, às planícies, e cada ser humano poder ser impressionado por essas ondas." Espírito Allan Kardec, O GÊNIO CÉLTICO).
Nunca entendemos tão bem uma coisa, e a adotamos como nossa, como quando a descobrimos por nós mesmos. Descartes O tema mediunidade já está suficientemente fundamentado pela Codificação espírita, assim como bem suplementado por tantas e tantas obras que fazem o grande acervo bibliográfico do espiritismo. Assim, seria redundante repisá-lo aqui. Sendo esta uma obra dedicada ao estudo dos fluidos, o tema é aqui reproposto somente tentando dizer alguma coisa sobre o aspecto fluídico da questão. É importante que o médium, estudando melhor toda a problemática dos fluidos, de que este livro é apenas uma ligeira abordagem, em mais condições se encontre de entender o que está ocorrendo no seu universo de ação medianímica, oportunando-se-lhe então uma ação mais racional, menos traumática, menos desgastante, mais produtiva.
Como é que poderemos atuar bem e para o bem com energias e matérias que desconhecemos? Quantos riscos não advirão de um imperfeito conhecimento e prática de uma coisa tão séria como a mediunidade? Estudando assim os fluidos, o médium saberá com o que está lidando, terá uma consciência maior do que está fazendo, errará menos, a produção final será muito mais rápida e eficiente, não dizer virtude de se estarpara operando por gratificante, cima de umaem situação, com pleno conhecimento de causa. Por acidente tocamos no assunto radiestesia, que poderia aqui irmanar-se a tantos outros que estariam na mesma linha de considerações, mas que aqui nem de leve foram ventilados. Confunde-se muito a radiestesia (prospecção anímica) com a rabdomância (adivinhação anímica e medianímica), daí o se ter enfocado aqui o assunto dentro do tema mediunidade, embora não o fazendo com a acuidade e detalhamento que ele exigiria. Fiquemos então dentro da intenção única de
desmistificar e aclarar conceitos, tentando apenas fazer enxergar que por detrás de todo fenômeno universal há uma lei vigendo, há correntes de energia, há fluidos. Entenda-se que aqui apenas se chama a atenção para a necessidade de raciocinar mediunicamente em termos de fluidos, mas sem nenhuma pretensão de esvaziar ou deitar conhecimento em cima da ciência dos fluidos, que aquiestudado, se apresenta comologicamente um campo também fragilmente com enorme abrangência a ser melhor tratada por mais competentes pesquisas e trabalhos. Sobre o específico tema mediunidade e fluidos, em vista do grande volume de perguntas e respostas, um livro à parte, em face também deserá suaeditado maior importância. Assim que o inteligente Benjamin Franklin conseguiu provar a srcem elétrica do raio e construiu o primeiro para-raios, seu amigo Jacques Barbeau-Duborg criou este guardachuva-para-raios. perispírito forma-se como que uma carapaça No fluido-protetora funcionando como um para-raios portátil de Duborg:
protege-o contra as investidas eletromagnéticas dos obsessores. O maior fator de potência nesse envoltório fluídico, alimentado por cargas positivas (ação, confiança, otimismo, amor, fé) afastará mais fortemente as cargas negativas dos espíritos, enquanto que o menor fator de potência (inação, pessimismo, ódio, descrença, depressão) agirá no sentido inverso, desintegrando o envoltório fluídico, colocandoo vulnerável às radiações negativas. Conhecida desde uma remota antiguidade, a ciência de prospectar veios dágua com galhos percorreu os milênios e hoje alcança a era atômica com o nome de radiestesia. É ciência irmã da rabdomância, arte que usa os mesmos métodos para buscar fatos do passado, presente eora futuro. Tanto como a outra ora são no ciências entrando nouma aspecto anímico, mediúnico. A gravura ao lado foi extraída de um tratado francês de rabdomancia do século XVII. Indica a maneira correta de segurar a haste prospectiva. cima, um radiestesista de séculos atrás,Em portando a forquilha.
Omite ignotum pro magnifico. (Tudo que se não conhece é tido por magnífico) Tácito A atual a importância do estudo dos fluidos para o aperfeiçoamento do aprendizado do médium? Atente-se para o valor deste trabalho aos estudiosos da mediunidade. As nossas mensagens e ensinos transmitidos o são para que os médiuns estudem, compreendam o que são as forças com que lidam, as questões sobre energias e fluidos; para que possam trabalhar mais instruídos. Todas as vezes em que os médiuns lerem este livro e fizerem um treinamento, adquirirão força e segurança, cada vez aprendendo mais. Deve-se estudar em grupo para que se entenda bem este livro, que possui muitas informações importantes. Que se estude bastante sobre os centros de força. Que pode elucidar sobre as condições fluídicas ideais, tanto como as dificuldades que espíritos e médiuns encontram na formação de um campo mais perfeito à comunicação psicofônica, psicográfica, etc. ?
Muitas vezes encontramos uma dificuldade tremenda para completar uma ligação comunicativa através de um médium. Isto porque às vezes falta-nos o fluido e o campo para completar a ligação. Tentamos e não conseguimos, porque o médium não se encontra com o pensamento vibrando em harmonia, tal uma maneira quedese nos dispusermos a contardepor fração segundo, encontraremos ali dez pensamentos contrários um ao outro... Em tais condições, encontramos um campo completamente estático, impenetrável, e então não conseguimos completar a ligação com o médium. Nessa faixa de vibração, espíritos obsessores aproveitam e manipulam os pensamentos do médium, criando-se uma força intermediária contrária, uma segunda, uma terceira, uma quarta de vibrações que são captadas por aquele linha médium que se mostra despreparado para receber o outro tipo de comunicação
almejado. Assim é que acontece, em tantos casos, uma comunicação completamente tortuosa, às vezes mais causada pelo despreparo do médium do que do próprio espírito. Preste-se então bastante atenção e cuidado quando se for preparar para um trabalho dedicado ao mundo espiritual, de onde é preciso ser trazida umaoração mensagem. médium fazer bastante e criarOum campodeve vibratório satisfatório para que o espírito ali bem se manifeste. Muitas vezes nós, espíritos, temos de passar uma mensagem de extrema importância e emergência e não o conseguimos, campo não está permitindo a nossaporque o aproximação, para que possamos utilizar os fluidos a contento, para que o médium capte e transforme a mensagem às criaturas ouvintes. Encontramo-nos aí numa situação muito difícil, porque o médium não se há preparado. Para todos os trabalhos que dizem respeito à
comunicação falada, o médium deve obedecer previamente a um período de repouso e de meditação, um período de concentração, o que permitirá que os espíritos melhor atuem sobre ele, com o fim a que se propõem. Toda mediunidade deve ser velada, orientada, estudada. Leiam os livros de Kardec, compreendam as razões da os mediunidade, comosão ela seus é srcinada, quais são processos, quais métodos de intercâmbio. Procurem entender os seus parâmetros, fazer uma triagem para ver se está andando de modo certo ou errado. Dizemos muito mais: além de tantos estudos, de tanta preparação, é preciso também do intenso, não é somente transmitindo falatrabalho que o médium estará trabalhando com a mediunidade; é muitas vezes acolhendo as criaturas que estão à sua guarda, que estão precisando de seu auxílio, de sua prece, para que seja lançado sobre elas um fluido benéfico que possa fazer com que revivam através de um passe magnético à distância.
Com essa atitude de prece sincera do médium, a criatura necessitada recebe uma descarga de fluidos contrários àqueles que ela vinha recebendo e detendo, muitas vezes, emanados dos obsessores. E imediatamente retraem-se os músculos diante da nova deposição fluídica com que aquele necessitado é alimentado. É assim então que o médium deve trabalhar: sempre visitando os lares, os locais de irmãos enfermos, e sempre com o seu em prece por aquelas criaturas quepensamento estão sofrendo, às vezes imobilizadas numa cama. É difícil, é terrível ter-se de utilizar do médium que não trabalha com preparo nesse campo. Aí podemos dizer que quase oitenta por cento do que foi por que ele recebido não éedo verdadeiro se comunica, simespírito de um espírito zombeteiro mistificando aquela mensagem que precisava ser transmitida com muito amor e carinho, mas onde aquele campo vibratório desejável é completamente desfeito e se torna contrário pela dissonância de fluidos. Tantas vezes o médium está transmitindo uma comunicação e o seu pensamento está em outro
local, porque ele não captou o pensamento do espírito, não entrou em sintonia com ele, não vibrou na mesma faixa. Desvirtua-se e destrambelha-se assim aquele campo ue estava sendo utilizado, e nessa disponibilidade os obsessores vêm e atuam. Estes muitas vezes transmitem mensagens bonitas, mas nada é daquele espírito de luz tentando ali comunicarse. Ele tentou, preparou o campo, mas não foi possível sustentar-se naquele campo de forças contrário do médium ali em trabalho. Como melhor agirão os médiuns no dia a dia, no relacionamento humano, no trabalho, dentro de uma postura moral mais compatível com a permanente atuação fluídica harmônica e saudável que eles devem perseguir? Sendo boas, atuando amor, da com carinho,criaturas com perseverança noscom caminhos vida, sempre com o pensamento fixo numa luz e em Jesus, sem deixar-se vacilar por sequer um instante. Devemos ser firmes e fortes, vibrar com intensidade, buscar a força deixar do espaço, a luz que através dela possamos passar as para mensagens às criaturas que as receberão
também com amor. Manipulemos sempre os fluidos bons. Mesmo sendo agredido, deve-se rebaixar, ser simples, humilde, atuar sobre todos a presença da paz no interior do coração. A paz que Jesus tanto nos almeja! Muitas vezes, por nossa própria ignorância, desvirtuamos todos os seus ensinamentos, criamos um campo contrário à lei do amor, à lei da caridade. Tantas vezes, ao tratar-se de um fenômeno chamado dinheiro, criaturas se perdem completamente quando o adquirem. Grandes médiuns caíram porque não souberam usar o veículo chamado dinheiro. Achou-se que com ele se comprava tudo, fez-se muita amizade, quando amizade seria aquela às de auxiliar aasverdadeira criaturas pobrezinhas lançadas calçadas, só Deus sabe de que jeito! Criaturas muitas vezes tomadas por espíritos obsessores que aproveitam da oportunidade para atuar sobre elas, fazendo com que fiquem tomadas de ataques epilépticos... E tais médiuns descuidados, por elas um passaram, deramlhes as costas,quando não assistiram pequenino que assim tão jogado estava! Aí, depois, mais tarde
é cobrada fielmente aquela caridade deixada de ser exercitada, aquela caridade que deixamos de ter passado aos irmãos que se colocam no nosso caminho para testar o potencial do verdadeiro cristão que se acha dentro de nós; testar qual a intensidade daquele fluido benéfico que conseguimos amealhar no coração; medir a distância entre nós e o Criador. Sim, na medida em que avançamos na aquisição do dinheiro, da fortuna, afastamo-nos completamente do Criador e geramos imagem contrária à lei da caridade, à lei do amor; não mais nos lembramos daqueles pequeninos que devêramos assistir constantemente. Esquecemos que anteriormente, na Espiritualidade, fizéramos um pacto em torno da nossadela mediunidade, uma promessa para através assistir essas criaturas desajustadas, de trazer o remédio a essas pequeninas criaturas. Ah! assim retornamos à pátria espiritual com muito estudo, com muita bagagem, com muito conhecimento, ação, trabalho. E maismas umacom vezpouca teremos de pouco retornar ao nosso planeta, porque o nosso Pai é infinita
bondade e permite sempre as oportunidades para que quitemos os nossos débitos. Aí, sim, voltamos aqui enfermos como aquelas criaturinhas que deixamos de assistir. Pois assim é a lei de ação e reação. Tudo o que fazemos tem merecimento, porque o Pai nos dá condição para que possamos, através dos nossos próprios quatro membros, sustentar o peso dos nossos corpos e quitar os nossos débitos. A mediunidade, o sabemos, quase às sempre provação,bem exige renúncia,ésacrifício, vezes vem acompanhada de perturbação, sofrimento, dor. Como entender isso e buscar harmonia fluídica de sustentação nas tarefas? A infinita bondade do Pai Supremo espera sempre oportunidade para quecobra possamos quitar o anosso débito; ele no-lo em pequenas parcelas, para que o saldemos entrando no sofrimento, na dor, aos poucos. Não, jamais o Criador lança uma criatura num sofrimento, numa dor injustamente! Se verificarmos com atenção, se fizermos um estudo mais detalhado, veremos que as
enfermidades nunca aparecem de uma só vez: elas vão aparecendo aos poucos. Uma criança não nasce com o seu corpo repleto de dor e permanece assim por cinquenta, sessenta anos, amargando esse mesmo e contínuo sofrimento. Não, não é assim! O Pai Celestial permite que a criança nasça, aprenda, estude; e quando ela está em sua plenitude, aí, sim, Ele vai lançando aos poucos a enfermidade sobre Muitas vezes um cerebral,aos muitasela. vezes um câncer quederrame a vai corroendo pouquinhos. Assim é que se vai aprendendo aos poucos a conviver com a dor. Se observarmos uma criatura que, por adquiriu a enfermidade do câncer, esteexemplo, a vai corroendo lentamente, e já no corpo da criança o câncer não possui tanta intensidade de dor quanto tem num adulto, porque os tecidos corporais de uma criança são tecidos mais jovens, são tecidos que se renovam tanto quanto se regenera numa uma célula, há já então tanto sofrimento criança.não Mas numa pessoa mais idosa, os tecidos, a sua carne dura tornam-
se mais resistentes e a enfermidade corrói com intensidade, lançando mais dor na criatura. Se olharmos por outro lado, veremos que o sofrimento vem apenas para lapidar o espírito, para que ele possa compreender através da dor e da enfermidade, possa utilizá-la como um veículo de aprendizado. Assim é que vamos quitando o nosso débito para com o Pai. E quando assim se retoma ao mundo espiritual, aquela mancha que se adquirira no perispírito já foi naturalmente alijada dali, ou já se foi degenerando, quitando-se os débitos aos poucos, até se retomar à Terra como um espírito bom, apto a auxiliar as criaturas que sofrem. Quando já se entendeu toda enfermidade que através das reencarnações se vai adquirindo, com tal conhecimento dificilmente se recairá nos erros anteriores. Então devemos sempre sempre ter conosco a força da fé,aprimorar-nos, esta força vibratória que se transforma dentro de nós num veículo
poderoso de ligação direta ao Pai, ao mundo espiritual, para ligar a pátria do espírito aos mentores que se encontram num nível mais alto do que o nosso; para que possamos vibrar nas ondas que eles vibram; para que possamos atuar sobre a matéria, lançando o bálsamo e o remédio; para que possamos lançar um fluido sobre a criatura e levantá-la de sobre um leito de dor! Raciocinando em torno de uma cadeia de sintonia e de interposição de planos espirituais, é possível e comum o estabelecimento de um como que triângulo mediúnico? Melhor indagado, que um espírito em plano inferior possa ser como que médium de um espírito em plano superior, agindo ambos a um tempo num médium encarnado? Sim, um espírito intérprete do pensamento fluindo de outra entidade espiritual. Acontece sempre, principalmente em várias comunicações de espíritos mais evoluídos. É comoondas se fosse estação e cujas sãouma captadas ememissora várias emitindo frequências, cada frequência sendo o espírito
intermediário enviando ondas magnéticas para que ainda outro médium, agora encarnado, receba e transmita a sua mensagem. Assim funciona o mundo espiritual: ondas magnéticas, um espírito transmitindo-as a outro; espíritos às vezes funcionando como simples receptores que captam ondas e energias e as transmitem às pessoas. E isto com tal rapidez transmissora e receptora, que os órgãos terrestres não podem espíritos, sim, podemdiscernir fazê-lo. e captar. Já os As mensagens são rapidíssimas. Os parâmetros de tempo aqui no mundo espiritual são completamente diferentes dos vossos. O que possam aí pensar que é um pequeno tempo, é um grande que imaginam um grande tempo é umtempo; exíguootempo. Que pode dizer sobre a dupla face conceitual com que pode apresentar-se a faculdade da radiestesia: anímica e mediúnica? É quase sempre uma mediunidade. A pessoa toma de um pedaço de madeira à mão, uma forquilha, um instrumento qualquer. Ela
irradia, sente as vibrações da água, porque a água também é um fluido, o qual se transforma em três estágios. E quando ela está a se evaporar, por exemplo, ela sempre se movimenta de um lugar ao outro: jamais ela fica parada. Então, o radiestesista, com aquele veículo à mão, sente aquele fluido que está a se movimentar de um lugar a outro, e assim se sabe até sequantidade. a água ali se encontra em pequena ou grande Ele sente, analisa e estuda. Por aqueles galhos de árvores que utiliza, ele sente as vibrações. Não seria, nesse caso específico de prospectar água e minerais, um fator apenas anímico? Às vezes é mediúnico também. Espíritos mostram onde está e onde não está a água; mostram onde está ou não um corpo estendido no fundo de uma água... Sim, mas às vezes é uma faculdade própria dele mesmo, do radiestesista, sem intervenção espiritual... Às vezes, uma faculdade de clarividência.
Entendemos que as leis da física terrestre que dizem respeito ao eletromagnetismo aplicam-se também, talvez em sua generalidade, no intercâmbio com o mundo espiritual, porque aí também se age com forças eletromagnéticas. Ora, estudando com mais acuidade essa analogia de leis físicas regendo os dois planos, os médiuns não teriam uma melhor compreensão dos fenômenos que lhes dizem respeito? Se um gerador de força precisa de um campo magnético para gerar eletricidade, como é que um mundo, um plano, não necessitaria de uma força energética para comunicar-se com outro mundo, outro plano? Como se o faria sem um campo vibratório, um campo de energia atuando e intercambiando forças entre um e outro? Temos dito: tudo tem os seus dois polos. Se um gerador de força não tiver um campo magnético, se ele não tiver lâminas que cortem o campo que se faz através de uma rotação maior, criando um campo magnético, ele não tem um elemento-chave, e sem este não há produção de eletricidade.
Ora, se não há a mente, não há também energia. Se não há um gerador no mundo espiritual, não há também um gerador no campo da Terra. Se não se formar um campo entre um estágio e outro estágio, não se forma eletricidade... Tais são correspondências elementares de leis entre dois planos. Lux seipsam et tenebras manifestai. (Spinoza, Ética, II, prof. 43) A frase acima é uma das mais belas sínteses sobre os aspectos físico e metafísico da luz. Propõe que a luz possui o privilégio de se manifestar ao mesmo tempo que torna manifesta a sombra. Implica que a luz é soberana sobre as sombras. Concorda com o conceito espiritista de que a luz espanca as trevas e fá-las mostrarem-se em sua inferioridade. O filósofo holandês Baruch Spinoza (1632-1677) concebeu uma Ética geométrica e um panteísmo matemático que até levaram o sábio Einstein a confessar: Creio no Deus de Spinoza. ISMAEL ALONSO
LUZ, FLUÍDOS, EVOLUÇÃO LUZ, FLUÍDOS, EVOLUÇÃO A. J. Fresnel (1788-1827) No século XVII, Newton sustentou que a luz se propaga por corpúsculos e Huygens que ela se propaga por ondas. Prevaleceu bastante a autoridade de Newton, mas a partir do século XIX a teoria ondulatória foi reabilitada por cientistas como Young e Fresnel (foto). A ciência hodierna acata a teoria fotônica de Einstein: a luz se propaga por feixes de energia. E quanto à luz espiritual? Enfrenta oegípcio Sol e asSol sombras cairão atrás de ti! Provérbio lucet omnibus (O Sol brilha para todos) De ouro se alongam os prados; de ouro correm os rios; ouro vermelho brilha nos troncos dos pinheiros. O Sol desce à Terra e caminha pelos campos, pelas águas. George Meredith Podemos afirmar que a partir do grande gênio de Isaac Newton (1644-1727) foi que o estudo
da luz entrou verdadeiramente na plataforma científica. Retirado forçosamente à sua propriedade rural de Woolsthorpe, na Inglaterra, em virtude da grande peste que tomou conta de seu país, newton desenvolveu ali, a partir de 1666, suas teorias fundamentais em física e seus primeiros estudos sobre a natureza da luz, constatando que a luz branca engloba o conjunto das sete cores do espectro. Masdasobre e sobrefundamentais estudos relativos à reflexão luz, isso newton fez um comunicado à Royai Society somente em 1675. E foi apenas em 1704 que publicou a sua "Óptica", contendo pesquisas e perquirições, inclusive com a sua teoria sobre a natureza da luz. Na sua "Óptica" desenvolve newton amplamente a sua teoria corpuscular da luz. Ali indaga ele: "Não são os raios de luz corpos muito pequenos emitidos de substâncias luminosas? (...) não são errôneas todas as em hipóteses a luz é suposta consistir pressãoem ouque movimento, propagado através de um meio fluido? Pois em
todas essas hipóteses os fenômenos da luz foram até agora explicados supondo-se que se srcinem de novas modificações dos raios, o que é uma suposição errônea." Ao sustentar que a luz é uma função de corpúsculos de matéria, newton estava contraditando a teoria concomitante do matemático, astrônomo e físico holandês Christian Juygens (1629-1695). O "Tratado da Luz" de Huygens foi apresentado em 1678 à Academia Francesa e publicado em 1690. Aí Huygens faz estudos sobre a velocidade da luz, baseando-se nas experiências do astrônomo dinamarquês Olaus Römer (1644-1710), o qual constatou, examinando os eclipses dos satélites de Júpiter, que a luz leva tempo para percorrer o espaço. Tal constatação da existência de uma velocidade de propagação da luz era importante para o desenvolvimento de qualquer teoria explicando a sua real natureza.
Argumentava Huygens no seu "Tratado da Luz": "A velocidade da luz é mais de seiscentas mil vezes maior do que a do som. E, não obstante, muito afastada está de ser instantânea, porque entre uma e outra vai toda a diferença que existe entre o finito e o infinito. Confirmado, pois, desta forma, o movimento da luz, concluise, como tenho dito, que a luz se propaga por ondas esféricas, como o movimento do som..." Huygens defende aí a sua teoria ondulatória da luz. Esta não se propaga por corpúsculos, como quer newton, mas sim por ondas. Era, pois, uma teoria revolucionária, indo de choque à grande autoridade de Newton. Huygens baseara-se também nas constatações do físico e químico irlandês Robert Boyle (1626-1691), que aperfeiçoara uma importantíssima máquina pneumática de fazer o vácuo, bem assim do físico e geômetra italiano Evangelista Torricelli (1608-1647). Com sua máquina Boyle provara que o som não
se propagava no vácuo, ao retirar de um vidro todo o seu ar e tentar percuti-lo. Sem ar não há som, porque este necessita de matéria (ar) para difundir-se. Já de Torricelli aprendeu Huygens que, retirado mercúrio de um tubo de vidro e feito assim o vácuo ali dentro, a luz atravessava o tubo da mesma forma, o que provava que a luz não necessita de ar para se propagar. Seja o que fosse aindae não restava no que vácuo do passava, tubo, era atravésque disso, do ar, a luz além de transpor as próprias paredes de vidro. Huygens concluía então que corpos de luz não podiam passar pelo vidro, e sim ondas de luz. Ei-lo ainda, no seu "Tratado da Luz", argumentando: "Ora bem, se examinarmos o que pode ser essa matéria em que se propaga o movimento procedente do corpo luminoso, a que dou o nome de matéria etérea, veremos que não é a mesma que serve para a propagação do som. Porque verificamos que estatirada é, emque realidade, o que sentimos e respiramos; seja dum sítio, deixa ali todavia outra espécie de matéria
que serve para transportar a luz." O gênio de Huygens concebeu então uma outra matéria que possibilitasse a propagação das ondas da luz que ele teorizava, porque sem um suporte material as ondas luminosas, como as ondas sonoras, não teriam como manifestar os observados fenômenos da luz. A tal matéria denominou ele, como se lê no texto acima, éter, lembrando a deusa mitológica grega que rege as regiões das alturas celestes. Tal conceito de matéria etérea saturando todo o grande cosmo, no espaço entre os astros, e em qualquer vácuo, era também uma criação revolucionária, com tanta influência posterior na ciência, até quando Einstein, seguindo as pegadas de Faraday e Maxwell, substituíra pelo conceito de campo, o que é,oentretanto, uma simples mudança nominal para uma mesma coisa. Sobre isto já falamos no início do livro. Magistralmente, então, Huygens estabelecia conceitos-chave moderna, concluindo assimdao ciência seu Tratado:
"...podemos imaginar que as partículas do éter, não obstante o seu tamanho diminuto, se compõem por sua vez de outras partes e que a sua elasticidade consiste no movimento rapidíssimo de uma matéria sutil que as penetra por todos os lados (...) Demonstrei, pois, de que maneira pode conceber-se que a luz se propague sucessivamente em ondas esféricas, e como é possível quetão esta propagação faça a umaas velocidade grande como aseque exigem experiências e observações astronômicas." Mas, afinal, a luz propaga-se por corpúsculos (newton) ou por ondas (fluygens)? Tal pergunta apaixonadas discussões poracompanhou todo o século XVIII. O médico inglês Thomas Young (1773-1829) e o físico francês A.J. Fresnel (1788-1827) reabilitaram a teoria ondulatória da luz de Muygens, demolindo a teoria corpuscular da luz que teimava se conservar pelo peso científico de em newton.
Emergia, por outro lado, o conceito de campo. O inglês Michael Faraday (1791-1867), nos seus "Pensamentos acerca das vibrações radiantes", expunha a teoria eletromagnética da luz, seguido de seu compatriota James Clerk Maxwell (1831-1879), que publicou em 1865 a sua "Teoria dinâmica do campo eletromagnético" e em 1873 o seu "Grande tratado sobre a eletricidade e o magnetismo." Escrevia Maxwell: "O campo magnético é a parte do espaço que contém corpos em condições elétricas ou magnéticas, e os rodeia. Pode estar cheio de qualquer espécie de matéria ou vazio de matéria, como no caso vácuo. Há sempre da matéria suficiente para do receberas ondulações luz e do calor, e transmiti-las." Mas vejamos como em Maxwell e neste seu trecho a idéia de campo convivia com a idéia do éter: "O que ondula é uma substância etérea, não a matéria pesada, cuja presença não faz mais do
que modificar até certo ponto o movimento do éter". Afirmou Maxwell a natureza ondulatória da luz ao equacionar que ela é também um fenômeno eletromagnético: "A velocidade aproxima-se tanto à da luz que, segundo parece, temos poderosas razões para supor que a própria luz (incluindo o calor radiante e outras radiações que é uma perturbação eletromagnética emhouver) forma de ondas, que se propaga através do campo eletromagnético, de acordo com as leis do eletromagnetismo." Permanecia a teoria ondulatória da luz de fluygens. O físico alemão Heinrich Hertz o que (1857-1894) provava experimentalmente teorizara Maxwell: a existência das ondas eletromagnéticas. E aqui se incluía a natureza da luz. Ha sua memória "Sobre as relações da luz e da eletricidade", assim escrevia Hertz em 1889: "É moralmente certo que é verdadeira a teoria
ondulatória da luz: e não menos certas são as conclusões que necessariamente se seguem a ela. Portanto, é certo que todo o espaço que conhecemos não está vazio, mas cheio de uma substância, o éter, que pode fazer-se vibrar. Mas, se é claro e evidente o conhecimento que temos das relações geométricas dos processos que ocorrem na substância citada, são muito vagas as nossas idéias acerca da natureza física dos tais processos e não são de todo coerentes os postuladosfísicas que admitimos acerca das propriedades de tal substância. (...) Está realmente vazio o espaço? Não nos levam os fenômenos lumínicos a pensar que está cheio de algo? O éter que transmite as ondas lumínicas não seria também capaz de transmitir os fenômenos que chamamos magnéticos? não poderia pensar-se que eexiste certalumínicas? conexão entre os citados fenômenos as ondas não poderiam ter estas como causa uma espécie de estremecimento das linhas de força?" Porém, a partir de 1880, vários fatos e fenômenos começaram a contradizer a teoria de Huygens. Era o efeito fotoelétrico, era ada luz, descontinuidade de tempo na recepção era a desuniformidade da incidência da radiação
nos corpos... Ondas não poderiam ter tal comportamento. Algo estava errado. Foi então que, através da descoberta do quantum por Max Planck (1858-1947), a genialidade de Einstein uniu numa só as teorias de Huygens (ondulatória) e de Newton (corpuscular). A nova teoria fotônica de Einstein, propagação da luz em feixes de colocando energia, ouaseja, em fótons, mistura numa só realidade os corpúsculos e as ondas. Uma saída conciliatória para um fenômeno físico ainda muito incompreensível: a luz. Essa duplicidade de conceito permanece intrigando, A luz é isso ou aquilo, e nãocomplicando. poderia ser isso e aquilo ao é mesmo tempo... A incerteza, a dubiedade abomina a cabeça do cientista. E isto afeta até hoje toda a física. Tal problema assaltara já o físico francês Louis de Broglie (nasceu em 1892),ondulatória. que estabeleceu fatos em torno da mecânica Escreveu ele em 1929 suas considerações sobre
Os aspectos ondulatórios do elétron, incluídas no livro "Matéria e Luz" (1937). Dizia aí De Boglie: "...no caso da matéria, como também no da radiação em geral e no da luz em particular, era necessário introduzir simultaneamente a idéia de corpúsculo e a de onda; ou seja, dito por outras palavras, temos que supor que existem corpúsculos acompanhados de ondas." Com essa duplicidade de enfoque caminhou e caminha então a ciência. Concluiu De Boglie: "Assim, sobreentre esta as idéia do dualismo que existe napois, natureza ondas e os corpúsculos, expresso em forma mais ou menos abstrata, construiu-se todo o desenvolvimento recente da física teórica sobre o qual, ao que parece, se baseará o progresso próximo da mesma." Com o alemão Werner Heisenberg (nasceu em 1901) toda a indeterminação e o dualismo
constrangedor da ciência moderna foram equacionados por seu "Princípio da incerteza". Sobre o nosso tema, disse ele em 1929: "Pelas experiências, viu-se que tanto a matéria como a radiação possuem uma notável dualidade de índole, pois por vezes manifestam as propriedades do movimento ondulatório e outras o das partículas. Pois bem, salta à vista que uma mesma coisa não pode serão mesmo tempo uma forma movimento ondulatório e estar composta de de partículas: ambos os conceitos são demasiado diferentes." Também a partir do físico austríaco Erwin Schròdinger (nasceu em 1887), com sua teoria da mecânica ondulatória, reafirmando com novos conceitos a teoria ondulatória da luz, como que se estabeleceu, de certa forma, que tanto Newton quanto Huygens podem ter razão - se não se erra ao interpretá-lo. Convenhamos, na física moderna a luz pouca luz lança sobre si própria. Como disse o pesquisador dr. Fritz Kahn: "A luz é visível, mas não é concebível. Ela nos
aclara O mundo, mas ela mesmo constitui tenebroso segredo. É como a Pítia falando desde a gruta de vapor. Todos a ouvem, mas ninguém sabe quem ela é." Ora, se no próprio terreno da matéria e da física da era atômica a luz é quase uma incógnita, quase uma incerteza, quase um ente metafísico, com mais razão estaremos nas nuvens enganosas da deusa Ether ao tentar definir a luz sob o ponto de observação do mundo espiritual. Kardec, como veremos, separou conceitualmente a luz material da luz espiritual, e também Emmanuel separou fluidos materiais de fluidos espirituais. Partindo disso, terreno escorregadio aoestaremos estabelecertrilhando parâmetros de conjunto na análise científica comparada entre os dois mundos: o da matéria e o do espirito. Contudo, podemos tatear um pouco com observações provisorias, lembrando, por significativo, queé se todo o nosso Universo, suas dimensões, constituído de fluidos, dosnas mais pesados aos mais sutis, é através dos
fluidos que a luz tem a sua manifestação, é através dos fluidos que o espírito reluz. Sem dúvida que desconhecemos a natureza íntima do espirito. Sabemos que é alguma coisa, mas erramos ao tentar defini-lo com os parâmetros terrestres. Entretanto, bem mais sabemos do perispírito, envoltorio grosseiro do espirito. Constituído, como toda a matéria do Universo, do fluido cósmico universal, o perispírito detém em seu corpo um agregado de fluidos que, interagindo continuamente com o mesmo, se modifica a todo instante em sua forma, aspecto, cor, tamanho, etc. Sendo assim um corpo vivendo em si mesmo num dinamismo intenso de forças, suas interações com as energias e fluidos do espaço apresentam, tanto no mundo espiritual quanto no mundo da nossa matéria densa, características observáveis. Tais interações, apresentadas, quer pelos fluidos medianímicos, quer pelas naturais energias
físicas agindo acopladamente nos dois planos, manifestam-se às vezes em fenômenos de luz. Assim, do ponto de observação daqui para lá quanto de lá para cá associou-se o perispírito à luminosidade. O mecanismo disso é o terreno ainda fértil de suposições, embora estando salpicado de fenômenos reais e objetivos constatados pela própria ciência acadêmica. Assim, foi a técnica humana constatando, por métodos experimentais ou simples acidentes de observação, a realidade da ação de energias sutis manifestando luminosidade e envolvendo o homem, fato que os sensitivos, os clarividentes, os do médiuns, atémilênios o homemvinham comum, através sono, jáe há observando. O pesquisador D'Arsonval, perto de 1898, constatara que um relâmpago luminoso pode ser visto a olhos fechados quando a pessoa se coloca a expansão polar defenômeno, um magneto excitadoentre alternativamente. A tal depois confirmado pelo suíço Muller, este
denominou fosfeno magnético. É esse um ponto de referência histórico marcando o que se observava antes e continuou observando-se depois sobre os fenômenos luminosos em torno do homem, o que já foi ligeiramente historiado em outra parte deste livro e que esteve culminando com a descoberta em 1995 da luz da alma pelo russo Korotkov. Cabe-nos aquidesimplesmente reafirmar a forte possibilidade os campos eletromagnéticos, interagindo com o fluido vital e outros que compõem o perispírito, provocarem tais fenômenos luminosos. No nosso plano físico, com os nossos olhos e instrumentos grosseiros, devagar vamos incorporando tais somente vastos fatos e fenômenos à ciência objetiva. Por outro lado, na dimensão do espírito, evidentemente, muito e muito se conhece sobre isto, mas aguarda-se que o próprio encarnado vá por si mesmo descobrindo as realidades transcendentais, pelo seu próprio esforço e no tempo certo. O que não impede de, em tantas
oportunidades, os espíritos mensageiros ilustrarem sobre muitos aspectos da questão que vimos de comentar. Há realmente muita literatura esparsa sobre isso. O espírito André Luiz, falando da matéria mental (Mecanismos da Mediunidade, FCX), coloca os estados de tensão pacífica, de reflexão, de reação equilibrada como propícios à produção da luz interior através dos elétrons mentais. Com tal esclarecimento de André Luiz temos assim que a aquisição de mais ou menos luz pelo espírito-perispírito, está implícita na maior ou menor evolução moral, está também no estado de atividade positiva e equilibrada do espírito, sem emissões energéticas violentas e traumáticas. Recordemos então que a propriedade de luminescência do perispírito-espírito não se deve a um aspecto vago, indefinido, inserido no costume de apenas admiti-lo misticamente, religiosamente. Assim como o fenômeno da produção luminosa
em nosso plano físico obedece a leis bem estabelecidas pela Física, analogamente é regido o Mundo Espiritual: com leis precisas, onde o entrechoque harmônico das energias e fluidos é fator produtor de luz. A energia mental irradiando no estado de plena e serena atividade é fator manteneador da mais forte luz espiritual. Assim, quanto mais positiva altruisticamente paraenergia fora, mais há deirradiamos benéfica reação com os elementos externos, mais há de luz. É um fenômeno da física manifestando-se tanto aqui como do Outro Lado, onde a maior evolução espírito traduz-se em maior do emissão luminosa porautomaticamente ser detentor de maior poder energético reagindo com o ambiente, assim como a maior involuçáo do espírito traduz-se em menor poder de reação ambiental, em mais opacidade, em mais treva. Daí o conceito de que intensidade de de luzsua dó perispírito-espírito estáa na razão direta evolução e na razão inversa de sua involução.
Allan Kardec diferencia a luz material da luz espiritual. É o que se depreende deste seu trecho de "A Gênese", onde grifamos o ponto onde ele faz tal distinção: "Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bem dizer, atmosfera dos seres espirituais, o elemento donde eles tiram os materiais sobre que operam; o meio onde ocorrem os fenômenos especiais, perceptíveis visão e à audição do espírito, mas que escapamàaos sentidos carnais. impressionáveis à matéria tangível; o meio onde se forma a luz peculiar ao mundo espiritual, diferente, pela causa e pelos efeitos, da luz ordinária; finalmente, o veículo do pensamento, como o ar o é do som". Assim é que quanto ao conhecimento da natureza dos fluidos espirituais, tanto quanto da luz espiritual (se é que assim a possamos destacar da luz comum), estamos dando ainda os primeiros passos. Mas um dia etambém seremos luminosos no entender agir. Assim como o própriodeuses Cristo-Luz, que dissera:
"Eu sou a luz que vim ao mundo para que todo aquele que crê em mim não permaneça em trevas". (João XII, 46) Em "O Gênio Céltico" (L. Denis, CELD) diz o Espírito Allan Kardec: "Quando o espírito, na senda da evolução, pode, por seus méritos, entrar em relação com o mundo superior receber a luz vibratória grande foco, ele erecebe uma impressão dedo força, de potência, e logo que a impulsão Cessa, ele fica com a percepção da luz que se liga a seu grau de evolução. Esta luz se traduz por milhões de centelhas vibratórias dotadas de uma radiação intraduzível aos sentidos humanos e que enriquecem o seu perispírito." A Ciência deveria ouvir a voz do Alto. Aprenderia ela com "Sua Voz" (A Grande Síntese) que a gravitação, incógnita à Ciência, é a energia primeira e radiante que se transmite por ondas de velocidade superiorluzàs(."500.000 ondas eletromagnéticas e à da própria km por segundo). Tal velocidade da luz a
ciência a considerou a maior do Universo, mas cientistas de vanguarda a têm contestado, e "Sua Voz" o antecipara há setenta anos, apontando uma complementação à teoria de Einstein. E diz mais "Sua Voz": a luz pesa, ou seja, sofre o influxo dos impulsos atrativos e repulsivos da gravitação, assim como todas as radiações. Razão porque vinte físicos do Centro Linear de Stanford (USA) há pouco lograram extrair matéria da luz, usando raio laser com potência de 800 bilhões de watts. O único veículo indestrutível até hoje conhecido pela ciência eletrônica e nuclear é a Luz no seu estado mais intenso, é a Luz cósmica, invisível. Todos os 92 elementos da química e seus derivados são, segundo Einstein, redutíveis sãoporém, lucificáveis porque são lucigênitos.à Luz, A Luz, não é redutível a um elemento superior; ela é a última fronteira do mundo físico. Por isto, a criação de corpo-Luz é a criação de um veículo indestrutível para a perpetuação do Eu espiritual do homem, o seu divino EU SOU. Huberto Rohden (A Grande Libertação) A partir do cientista Maxwell, em 1869, aprendemos que associando-se um campo
elétrico a um campo magnético é que se consegue criaras ondulações da luz. Ora, como sabemos que o espírito e sua evolução manifestam-se também por luminosidade, o estudo aprofundado desta não revelaria dele, senão a natureza íntima, pelo menos importantes atributos? Reafirmamos: para cada fluido há de se ter o próprio campo para ele se manifestar, para se inter-reagir fluido com fluido. Não existe um fluido, por mais pesado que seja, sem o seu respectivo campo, como não existe uma corrente elétrica sem o seu respectivo campo. Há o fluido energia. ter um campo atuação, por ser umadeimanente E se éde uma energia, pode-se ver, a partir desse campo, a sua claridade, a sua manifestação luminosa. Aí a luminosidade não é energia: a energia é a força que faz com que a luz se manifeste, é fruto espaço se força encontra entre um polo e outro,do estes sim que sendo eletromagnética.
A luz é apenas emanação dessa força bipolar. Enxerguemos da mesma maneira os espíritos Iluminados, onde se produz a manifestação de um campo eletromagnético somado ao que se chama aura, com iluminação irradiante. Os espíritos integrando esse campo energético puro, irradiando luz intensa, impedem que os espíritos inferiores até lhes possam tocar, cegando-se estes diante de tanta luz daqueles. Assim, a própria presença do espírito superior, por si só, em sua essência e automaticamente, já é uma força que dispersa as trevas e os trevosos?... Funciona dessa forma. Quando se extrai um diamante bruto do chão, é uma pedra suja e feia, mas na medida em que se a lapida, em que se lhe aplica os ingredientes para que ela se torne límpida e bela, reflete a luz com pureza. O espírito é da mesma forma: à medida que se vai lapidando, vai-se tornando belo e bem agradável a Deus, bem agradável aos olhos dos
que o seguem, porque o têm como exemplo de perfeição. Eles, os espíritos superiores, estão sempre trilhando o caminho da luz, sempre buscando e refletindo a luz por toda parte. Por onde passam vão deixando o seu rastro de luz, o seu rastro de perfeição. Isso está na bondade do Criador, ao dar oportunidade a todos nós, diamantes brutosMas que queremos também refletir uma luz maior. estamos sempre caindo e levantando. Cada vez que resvalamos por efeito de uma traiçoeira pedrinha, caímos, mas logo levantamos por lei da própria evolução. E também vamos aprendendo com nossos irmãos superiores, até que um dia, em perfeita e iluminação, também cheguemos até oharmonia Pai, na forma de uma pedra lapidada, refletindo amor e luz. Dentro de uma consideração de ordem física poderíamos dizer que conjugando uma terapia da cor (decomposição da luz) com uma terapia do som alcançaremos valiosos resultados no futuro?
O som também se manifesta através de um fluido, através do espaço entre um e outro agente. Então, para que se produza a voz, para que consiga falar, o espírito também se utiliza de uma força vibratória que irá movimentar as cordas vocais lançando fluido. Atentemos bem para o fato de que há pessoas com o poder dacompletamente. palavra: falam Mesmo duas palavras nos dominam que taise palavras não sejam tão pesadas, elas conseguem dominar através da conversa, através do som aí lançado... E a cor, a luz... Muitas vezes deparamos com uma cor que é para nós bonita. Sente-se bem com ela. Então é ela naturalmente benéfica a nós. Já muitas vezes não se gosta de uma cor: no nosso caso, a cor roxa. Quando olhamos para essa cor, temos sentimento ruim.pessoa E calculamos que um quanto a uma outra seja também da mesma forma.
Às vezes olha-se para uma cor e não se sente afinidade para com ela. Sente-se mal ao fixá-la, pois que ali naquela específica cor seguramente deve haver uma força nesse sentido atingindo o observador. ISMAEL ALONSO AÇÃO FLUÍDICA DOS OVÓIDES AÇÃO FLUÍDICA DOS OVÓIDES A ação dos espíritos maléficos é do conhecimento humano desde priscas vias. Eles são atraídos e agem em função de nossos desequilíbrios. Esta antigadeestampa japonesa mostra o assédio fluídico um obsessor. O que luta com monstros deve ter o cuidado de não se tornar também monstro. E se olhas muito para um abismo, o abismo acabará por olhar dentro de ti. Nietzsche Bem que oextraordinário: espírito desencarnado possuisabemos um atributo o de poder plasmar instantaneamente o que a sua vontade e
seu pensamento determinem, porém dentro de seu respectivo limite evolutivo. Assim é que ele pode tomar em seu perispírito a forma e características que quiser. Pode adquirir aspecto de um quadrado, de um triângulo, de um ser mais velho, de um ser mais novo, de uma criança, de um elipsóide, de um ovo... Entretanto, na literatura espiritista o termo ovóide adquiriu uma conceituação própria, às vezes um tanto confusa, com interpretação dúbia. Razão porque insistimos em ventilar o assunto aqui, destacando o aspecto fluídico da questão. Há informações considerando um certo ovóide como um ser individualizado inteligente, habitando o mundo espiritual ecomo um próprio ser espiritóide que teria adquirido forma ovoidal por um processo natural de regressão a ele impingido a si mesmo de forma automática, por ter chegado a um certo grau de transgressão moral ou de negatividade contumaz. Ressaltemos que não é a esse polêmico tipo de ovóide, de característica autotransformativa,
aquele a que se referem os espíritos neste livro. Trata-se de outra ordem de fenômeno que, contudo, tomou o mesmo nome. O ovóide que em seguida vem mencionado, diferentemente daquele logo atrás exposto, seria uma formação fluídica sem vida inteligente própria, um simples amálgama de matéria plasmada pelos espíritos como um recurso obsessivo composto de fluidos tão grosseiros que conseguiriam até serem vezes detectados por aparatos rastreadores do às nosso plano. Cremos ter feito a necessária distinção entre dois tipos de fenômenos sobre os quais quase não teríamos como melhor avaliar ou provar, com as nossas limitações de encarnados. Para entendê-los podemos recorrer às obras mediúnicas, que já nos têm passado várias informações sobre os espíritos ovóides, como André Luiz o fez em "Libertação". Quanto aos fluidos-ovóides, frequentemente, mostram-se palpáveis nasecirurgias medianímicas brasileiras são adequadamente extirpados. Sua detecção por raios X talvez não
seja rara: provam-no as excepcionais fotos de figuras estranhas e até animalescas, em chapas radiográficas de males cancerígenos, como as que divulgou Fúlvio Rendhel, o mais famoso médium italiano de efeitos físicos na atualidade. Emek habbacha! (O vale de lágrimas!) Abyssus abyssum invocat. (O abismo chama o abismo) Salmo de David Como e em que quantidade são vistos os ovóides aí no Além? Os ovóides são injetados no corpo humano. São milhares e milhares. São plasmados pelos espíritos através desse fluido ectoplásmico que aí todos bem conhecem. Deste, os uma bonscoisa espíritos utilizam para se construir boa se e os maus espíritos valem para construir uma coisa má. Os ovóides são assim elaborados com o fluido ectoplásmico e imediatamente lançados numa criatura. Com esse expediente o espírito maléfico vai minando as forças da pessoa atingida.
Antes de agir com o ovóide, o obsessor estuda a vítima, pesquisa onde está nela uma falha mais evidente. Se ela está no sexo, faz com que ele produza sexo em excesso, e se a vítima se encontra numa cadeia de mais provações, age ali no móvel da provação. De uma falha exacerbada o obsessor encontrará brecha de ação fluídica. Vai então minando a resistência do corpo. Continuamente os centros de força também vão-se enfraquecendo, porque a criatura está fraca. Ali o obsessor vai atuando, vai depositando fluidos ectoplásmicos dentro da vítima e vai plasmando aquele germezinho, o ovóide, que no futuro se manifestará numa doença muito grave. O próprio espírito obsessor não pode transformar-se num ovóide? não, o espírito não se transforma num ovóide; ele age através de um ovóide. O obsessor cria e faz crescer um ovóide, mas ele não é um ovóide.
Da mesma maneira também o encarnado não é o espírito, porque o espírito não está preso nele. Ele é apenas um agente, agindo pelo pensamento. Vai para onde quer e ninguém o segura. Não há como prendê-lo. Então, o trabalho terapêutico que o Irmão faz extirpando os ovóides do corpo dos enfermos não é mais do que uma cirurgia espiritual? Sim. Por incrível que pareça, representa enorme parte dessas cirurgias, principalmente quando o enfermo faz exames e os médicos e seus aparelhos não encontram ali no local da dor a razão, o porquê da doença. Ora, nesses casos quase sempre alija se está formando ou se formou um ovóide. É um local específico do corpo fisico onde os obsessores fortemente atuam, sem dó, minando a resistência das pessoas. Houve um caso de um irmão, um amigo nosso, em que foi lançado um ovóide sobre o seu estômago. Era uma miniatura muito boa, sem defeito, mas tinha o costume de comer em demasia. Os obsessores descobriram essa sua
tendência e fizeram com que ele cada vez comesse mais e mais. Alimentando-se assim em excesso, seu estômago foi dllatando-se, e foi ali mesmo que os espíritos atuaram, porque o seu centro de força se enfraqueceu e ali eles depositaram um ovoide. Este foi crescendo, crescendo, até formar-se um câncer. E esse irmão teve de desencarnar: não houve outra alternativa. Tais ovóides, quando incrustrados no corpo humano, são detectáveis pelas radiografias médicas ou outros recursos técnicos de rastreação e diagnóstico? Às vezes sim e às vezes não. Isso depende do grau em que se encontra a enfermidade lançada dentro da criatura. Às vezes ela se transforma num grande tumor, às vezes se transforma num verme. Os obsessores têm usado demais esse recurso maléfico numa certa doença universal que se forma sob a pele, como se fosse um fogo selvagem. Essa doença também é um ovóide. Tal doença que acaba de mencionar manifestase locaiizadamente no corpo ou de modo
generalizado? É generalizada: anda pelo corpo todo. E não é detectada por nenhum de vossos aparatos terrestres, porque o homem ainda não conhece a razão e srcem dessa enfermidade. Por que motivo somente, ou mais frequentemente, nos órgãos genitais do ser humano é que os ovoides conseguem impressionar as radiografias médicas? Isso é devido a uma grande força intrínseca do chacra genésico influindo mais acentuadamente no ser humano. Porque a humanidade hoje pensa, raciocina, age bastante, até viciadamente, através desse centro de força que rege as funções sexuais e procriativas. Más um mais intenso campo fluídico. Poderíamos deduzir que as assim chamadas larvas, na terminologia dos ocultistas (que dizem ser às vezes detectáveis em fotos de momentos de emoção ou pânico, ou ainda em radiografias médicas), mais não são do que ovóides?
Ou trata-se de outra ordem de seres ou fenômenos? Sim, muitas vezes produz-se ovóides do tipo de uma larva, do tipo animalesco de um bicho, do tipo de um besouro. Não há propriamente uma forma específica para o ovóide, e ele se manifesta de tipos, formatos, tamanhos e maneiras diferentes. Ainda a vossa razão eeles, ciência agora não estejamque aptas a entender, os ovóides, existem, se manifestam e de forma tão diversificada. Quando são depositados no corpo humano, os ovóides podem movimentar-se incessantemente, poraparelhos todo lado. E às vezes são, sim, detectados por terrestres, mormente quando eles já provocaram uma enfermidade generalizada, quando a vítima já está prestes a deixar o plano terrestre. A maior parte das doenças que existem no nosso planetapor sãoessas fruto falanges desses fluidos pesados manipulados de espíritos obsessores que atuam perversamente sobre a
matéria, seja por uma vingança em relação a uma falta cometida no passado, seja por falta de ( onhecimento, por falta de amor. No nosso plano físico haveria um meio práticoterapêutico de se eliminar o ovóide, supondo que se o possa detectar a tempo? Sim, há. Se a pessoa entrar num estado de forte e sincera oração, modificar o modo de pensar, chamar a si. Um espírito amigo que possa atuar sobre o ovóide. Na persistência dessa atitude mental e dessa assistência espiritual, o ovóide, essa massa de fluido ectoplásmico, dispersa-se aos poucos, porque ele foi lançado por um espírito perverso e este cede inevitavelmente às forças do bem. À medida também que a vítima submete-se à ação do passe, a enfermidade vai desaparecendo, o corpo do enfermo vai passando novamente à condição de sanidade, capaz também de sofrer todas as dores do mundo comoexemplo se fosse vivo, um copo de refresco. E disto tendes ou seja, de pessoa
que abençoa o sofrimento: o nosso irmão Chico Xavier. Os obsessores utilizam-se também de ovóides para agir sobre drogados e viciados e receptar fluidos das drogas, álcool, tabaco, etc? Não. Messe caso, trata-se de um processo completamente diferente. O obsessor aspira o fluido ectoplásmico lançado pelas bebidas no estômago. Ele próprio torna-se um vampiro a sugar diretamente aquela energia emanada do álcool, do tabaco, das drogas alucinógenas e outras mais... ISMAEL ALONSO PASSES, FLUÍDOS PASSES, FLUÍDOS Os antigos semitas, na Mesopotâmia, os sumérios, os assírios praticavam diuturnamente o magnetismo. A Árvore da Vida era ali símbolo de energia cósmica. A gravura acima mostra uma libação sobre leões recém-modos, um ato de magnetização tentando impedir que a alma das feras se volte contra seus algozes.
Mais acima, vários deuses dos sumérios, os quais tinham uma especial consideração a natureza fluídica dos fenômenos. A lápide ao lado, com o grande sacerdote Sin-Zerbani (Neirab, VII século a.C), contém uma maldição ao profanador do monumento. Em toda a Metopotâmia era corrente o uso de preces invocativas, talismãs magnetizados, sodilégios, energias mentomagnéticas. Livro da ciência dos fluidos e do magnetismo, em amplos aspectos, na Mesopotâmia, no Egito, é fartamente desenvolvido nos romances mediúnicos do Espírito J.W. Rochester, pela médium russa Wera Kiijanowskaia, como "Romance de uma Rainha", "O Faraó de Menerphtah", "O Chanceler de Ferro" contando a história e os poderes de José(este do Egito). A gravura de G. Doré ilustra a interpretação do sonho do faraó José. Por todas as lápides e pinturas do Antigo Egito vemos claramente o valor das mãos ativando fluidos, lançando-os às pessoas, às substâncias, aos alimentos. Na foto extrema do alto e da direita, as mãos se
postam à distância de um jarro, cuja representação irradiante que o circunda significa evidentemente uma energia sutil de que ele está impregnado. Não seria diferente a imagem hodierna de um magnetizador. Aqui estão os três mais famosos médicos da Antiguidade, todos conhecedores e utilizadores dos recursos magnéticos de cura: Galeno conhecia medicina psicossomática e o poder do toque conhecia o poder cura à curador; distânciaAvicena e o uso da acupuntura nosde centros de força: Hipócrates utilizava recursos vários do magnetismo e da hipnologia. Paracelso (1493-1541) Este suíço revolucionou a ciência de curar,medico abriu campo conceituai e varias disciplinas falou das influências dos espíritos, na prevalência do espírito sobre a matéria, valorizou a ciência experimental, mas também uma visão mistica global do Universo e de suas leis Exerceu enorme influência em relação à ciência dos fluidos e da magnetização. Os espíritos verdadeiramente científicos são os poetas e os imaginativos. Sem eles a ciência
não existiria. Os demais são contabilistas e merceeiros: não fazem descobertas. Aliás, como seria aborrecida a vida sem a imaginação! PaulEmile Victor. Bem sabemos que no mínimo há mais de 15000 anos as civilizações terrestres vêm utilizando as forças parapsíquicas, para o bem e para o mal. Desde a Lemúria, a Atlântida e outras antiquíssimas civilizações dessescom tempos perdidos na poeira dos milênios, conhecimento do mundo invisível, dos fluidos, das energias paranormais estiveram vigendo em práticas de grande poder de ação em nossa matéria densa. Os atlantes contam-nos a história, as tradições ocultas e os-próprios espíritos - detinham volumosa soma de conhecimentos transcendentais e teriam feito do seu uso maléfico um dos motivos de sua derrocada histórico-geográfica. Tais conhecimentos, esparzindo-se entãodopelas Américas, pela Escandinávia, pelo Vale Pamir, nas regiões misteriosas do Himalaia, na
civilização da proto-Mongólia, na índia, na Ásia Menor, foram conservando-se .à sombra das tradições secretas, no silêncio das sociedades Monásticas e iniciáticas. As práticas ocultísticas na índia e dos famosos e poderosos magistas das civilizações mesopotâmicas são exemplo de conservação desse acervo de conhecimento secundando na obscuridade e no silêncio a exteriorização popular das religiões. Com o conceito fundamental de Prana, unido ao de Akasha, o hinduísmo abriu imenso caminho às civilizações para que conhecessem um fluido cósmico universal como matéria-prima constitutiva do Universo e um fluido vital como elemento de sustentação da vida universal. Quantas e quantas denominações diferentes não surgiriam no espaço geográfico terrestre para esse fluido vital? Na própria índia, na diversificação das escolas filosóficas, temos o Shakti dos tantristas com idêntico significado. E pelo mundo o mesmo conceito esparso aquiencontraríamos e ali. Para os aborígenes australianos é o Orenda, para os polinésios é o
Mana, para os índios americanos é o Wakan, para os egípcios era o Sa. Assim, os povos antigos raciocinavam cosmicamente sempre em torno da idéia de fluido. E podemos constatar que é um conceito universal, atingindo até civilizações isoladas no tempo e no espaço, a exemplo da própria arredia civilização chinesa, onde a palavra Qi significa fluido (a terapia do Qigong carrega esse conceito: Qi = fluido; gong = laborar). Conhecendo tal conceito fundamental de fluido ligado estreitamente aos processos da saúde e da doença, os povos vêm-no assim utilizando desde remotas eras nas mais primitivas quanto nas mais sofisticadas ciências de cura. Na índia, fulcro maior do conhecimento, prática e disseminação da ciência fluídica em sua vasta derivação, os brâmanes operavam fenômenos maravilhosos, já bem descritos e conhecidos sobejamente pelo Ocidente. O casamento da força mental com a força dos fluidos, unido ainda ao poder da fé mística, atingiram resultados fabulosos que até hoje fazemali a fama de um antiquíssimo conhecimento advindo
quiçá de pretéritas civilizações como a Lemúria, a Atlântida, etc. E tais ciências, às vezes ficando à margem do domínio do vulgo, vararam os milênios, alcançando povos e povos, confundindo com o que se denominou magia. Na antiga Mesopotâmia, domínio dos suméríos, dos caldeus, dos assírios, a ciência dos magos deslumbrava. Os efeitos mais elementares do magnetismo nopráticas conhecimento superior dos brilhavam magos e nas mais grosseiras do populacho. Simpatias e antipatias, encantamentos, exorcismos-tudo vigia fortemente, como no-lo contam as tabuinhas de argila ainda hoje descobertas naqueles férteis sítios arqueológicos. M. Lenormand refere-se a tais práticas seulivro livro"A sobre a magia dos M. caldeus; e, nonoseu Magia Assíria", Fessy dá notícia do envoûtement (recurso de feitiçaria usando bonecos em réplica de ação fluídica) como prática oficial de que até os governantes lançavam mão contra os inimigos do país. O historiador Diodoro Sículo bem mencionara o uso, pelos magos caldeus, da ciência
magnética, tanto no mal como no bem, seja em purificações, sacrifícios ou encantamentos. O magnetismo era fartamente chamado a provocar o relacionamento com o mundo espiritual, para o que se valia até da música com efeitos transcendentais. O comércio estreito com o Além, os sortilégios, o uso e abuso de orações, abluções e encantamentos, de recursos da natureza - tudo era fruto do magnetismo. Outro ocorria Antigo Egito, onde a ciênciatanto de curar porno processos magnéticos alcançou um volume estrondoso de práticas e resultados, seja pelo conhecimento secreto da classe sacerdotal, seja pelas práticas espúrias do vulgo. Os sacerdotes possuíam dons extraordinários obtidos pela prática reiterada nos redutosdos ascéticos dosmagnéticos templos fechados. Valiam-se recursos por várias maneiras. Utilizavam-se do sono, do sonho, do desdobramento para receber dos superiores do Além as indicações médicas. As multidões acorriam aos templos na busca da cura advinda desses conhecimentos. A imposição das mãos era práticaegípcia, certamente impregnada na medicina comobem o atestam os tantos testemunhos arqueológicos. Os escritores
Celso, Jamblico e Arnóbio referem-se à cura por toques manuais e insuflações no Antigo Egito, com o que as mais difíceis doenças eram curadas. Falando da medicina egípcia, Próspero Alpino sustenta que um dos seus misteriosos e secretos remédios eram as fricções. E toda a complexa ciência egípcia do magnetismo tornava-se possível pelo extraordinário conhecimento e estreito contato com o Além. Os sacerdotes conheciam Sa, essência misteriosa deus Ra como (Sol), irradiações e que o solares hermetismodocolocaria formativas de glóbulos de vitalidade, responsáveis pelo processo da saúde humana. Conheciam muito bem o perispírito (Ka) e o distinguiam do Ba (o espírito), haurindo dessas interrelações o fundamento de suas práticas magnéticas. No antigo mundo céltico, os druidas despontavam com similares conhecimentos. Os sacerdotes operavam milagres de curas, valendo-se do magnetismo humano e das forças naturais. As sacerdotisas, ou druidisas, eram detentoras de excepcionais dons medianímicos e eram respeitadas pelo domínio da ciência magnética e todo um conjunto de práticas
curativas. Herdeiros dos conhecimentos egípcios, que por sua vez hauriram-nos bastante dos hindus, também os gregos avançaram nos conhecimentos do magnetismo, mormente na ciência de curar. Os famosos oráculos gregos mais não eram que antros de práticas magnéticas e do mediunismo. O profetismo das sibilas, o uso do sono e sonho provocados para diagnosticar sonambulismo mágico - tudoenfermidades, era expressãooda ciência do magnetismo. O historiador Heródoto fala de certo episódio em que os sacerdotes levaram à morte uma mulher que detinha poderes extraordinários de magnetismo curador através de fricções, cuja eficácia provocara-lhes irreprimível O gregoo Hipócrates (+460-359 a.C),inveja. considerado Pai da Medicina, reconhecia que os resultados de sua ciência lhe vinham de indicações obtidas em sonho, ou seja, inspirados por espíritos. Conhecia esse afamado e tão perseguido médico a energia Dunamis, ou seja, energia manifestando-se fluidicamente provindas de todos os queatravés tinhamdeo emanações poder de curar.
Acompanhando a filosofia grega, vemos como o conceito de fluido a marcara indelevelmente, em suas várias escolas. E isso era repassado à ciência magnética na arte de curar. Depois de Hipócrates, como grande figura representativa desses conceitos, temos o célebre grego Asclepíades de Pruse (124-96 a.C), que fundara em Roma uma não menos célebre escola médica. Asclepíades, indubitavelmente, usava o magnetismo quando,histéricas. por exemplo, fazia adormecer as pessoas Ainda sobre Asclepíades, afirmou Celso que ele acalmou uma frenesia apenas aplicando fricções. Ao estudarvemos, as grandes de Oriente a Ocidente, pois,civilizações, como o hipnotismo, redescoberto na febre européia do magnetismo animal do século XVIII, já vigia há milénios e milénios. E bem sabemos que, falando de hipnotismo, estamos falando também de magnetismo e de espiritismo - porquanto é tudo a mesma coisa. Lembremos o famosíssimo Simão, o Mago, um
dos fundadores do gnosticismo. Entre os judeus tornou-se respeitado pelos seus magníficos dons de operar no magnetismo, como o de curar os epiléticos com insuflações, ou sopros magnéticos. Esse taumaturgo é somente um dos tantos que despontavam como herdeiros dos conhecimentos e práticas magnéticas na Antiguidade. E Apolônio deThiana (morreu em 97 d.C), este filósofo pitagórico equiparado até a Jesus Cristo pelos que enxergaram com maravilha seus assim chamados milagres - que não fez ele usando o magnetismo, curando a epilepsia com objetos magnetizados, promovendo fenômenos com o uso depelo umavulgo? ciência às vezes mal interpretada Consta que ele, assim como Jesus fizera com Lázaro, restituíra a vida a uma jovem apenas tocando-a. Também o não menos célebre grego Galeno (131-201) realizava as anatomista mais diversas operações magnéticas. Tanto que, julgando-o
feiticeiro, obrigaram-no a deixar Roma. Assim como Hipócrates, também Galeno dizia dos grandes resultados de curas obtidos pelas informações do sonho. Dos gregos aos romanos, repassava-se a ciência do magnetismo, repetindo-a em tudo e sobre tudo. E no próprio povo mais antigo que antecedeu a civilização romana, ou seja, o etrusco, o contato com o Além era preocupação de todo instante e o uso de conhecimentos práticos envolvendo fluidos era prevalente. Assim, o romano Vespasiano (7-79) devolveu a visão a um cego com o esfregar-lhe saliva nos olhos e faces, e curou um paralítico com um simples toque. Razão porque Plínio (79) sustentava que há de quem o próprio corpo é dotado de pessoas propriedades curativas. Todavia, eram os gregos maiores conhecedores do magnetismo, como já temos visto. O que se conhecia desde o hinduísmo em torno de fluido vital, de fluídico aura como termo atingira explicando o sutil envoltório humano, o Ocidente com fortes cores.
O célebre escritor Plutarco (45-125) usou o termo aura identificando a auréola luminosa que se observa nos corpos, apresentando variação da cor de conformidade com os momentos da vida sentimental e mental. Plínio lembrou que Plutarco usava um método especial de cura de doenças nervosas: passava a mão no local onde concluía estar a srcem da enfermidade. Que o conhecimento da aura seja bastante antigo o atestam as estátuas e figurações dos grandes expontes religiosos da Antiguidade, inclusive a partir do cristianismo. E assim o conceito de aura aliou-se ao de alma (perispírito). O doutor da igreja grega Orígenes (185-254), conhecido por sua liberalidade, seu avanço na interpretação evangélica, já esboçara o conceito de perispírito. Orígenes chegou a afirmar que os filósofos propiciavam a saúde aos enfermos com o
simples hálito ou sopro. Sábios, místicos e filósofos, absorvendo aqui e ali a idéia da constituição fluídica da alma, aquilatando-a e usando-a, promoviam fenômenos magnéticos. Chamado de Príncipe dos Médicos, o sábio médico árabe Avicena (980-1037) admitiu que a alma influencia os corpos à distância e conhecia os chacras. Como uma força exteriorizável de homem para homem, o magnetismo curador, a força fluídica individual foi integrando-se à civilização ocidental, quase sempre sob a interpretação negativa de força demoníaca. Daí que essa avaliação religiosa de interferência maléfica nas curas magnéticas muitoespiritual contribuiu para inibir um tanto o progresso mais regular da ciência do magnetismo. E assim esta caminhou pelos séculos tendo Deus e o Diabo como suas duas margens de fluxo e refluxo, de concessão e limitação. Sábios, feiticeiros, filósofos, bruxos e bruxas-tudo no incompreendido caldeirão do estava magnetismo. E as persecuções ocorriam, terríveis, mortais.
Entretanto, no próprio seio da Igreja correu a ciência do magnetismo curador, sem que se suspeitassem disso os seus próprios praticantes. São Martinho (m.396 a 400) deteve uma forte hemorragia ao tocar o enfermo com suas vestes. São Bernardo curava possessos de espíritos obrigando-os a engolir grande quantidade de água em que previamente ele havia colocado as mãos. E o próprio Santo Agostinho admitiu que oouhomem pode curar o semelhante pelo contato pelo sopro. Ora, o dom de curar por maneira sobrenatural devera vir diretamente de Deus e de mais ninguém, a não ser, evidentemente, dos santos reconhecidos e dos... reis. Era a Teoria do Direito Divino dos Reis. Por vasto tempo o mundo esteve sob o domínio da idéia de que os reis e imperadores somente tinham o seu poder de mando em virtude de concessão divina. Daí que eles, afora os santos, eram também os únicos representantes de Deus com o poder legítimo de curar as criaturas. Temos assim que do XI ao XVIII século os reis
europeus desfrutaram do título de curadores. Operavam a cura magnética por imposição das mãos. Em âmbito literário teríamos informações do mais antigo rei com esse dom em Shakespeare e sua obra Macbeth, contendo insinuações nesse sentido em torno do rei Eduardo (reinou de 1042 a 1066). Contudo, o primeiro relato genuinamente histórico de rei curador recaiu em Felipe I (governou de 1060 a 1108). De fato, na Inglaterra, na França e noutros países, os reis eram chamados sempre à cura pelo simples toque de mãos. Às vezes marcavam-se ocasiões especiais para esses processos coletivos de cura, multidões acorrendo que se sentava o rei estender a ao sualocal mão em milagrosa, a extirpar osa males de seus milhares de súditos. Doenças difíceis e fáceis, épocas de pestes incompreendidas tinham no rei a mão curadora que tanto acudia as pessoas em sua fé de estarem sendo beneficiadas com a bondade divina através de seu monarca. Os governos que mais se marcaram nessas
práticas foram os alemães, franceses e ingleses, daí que, somando-se a outros fatos que incidem nas filiações culturais srcinárias, esse foi certamente um dos fatores do desenvolvimento do magnetismo nas regiões absorvidas por seus impérios e estados. Paralelamente a esse aspecto das práticas da realeza dominante, alguns sábios corajosos teimavam em divulgar os conhecimentos em torno do magnetismo. Arnaldo de Villanova (+-1240-1312) foi um dos que despontaram. Místico, alquimista, astrólogo, aprendera magnetismo com os árabes, ele que nascera na Espanha. Seu no uso práticas fluídicas foi tantosucesso que acabou pordas atrair a condenação da Sorbonne e da Igreja. Há quinhentos anos, na época dos grandes descobrimentos, o magnetismo já se expandia, camuflado de magismo. Ficin, Pomponace, Cornélius John Dee meio e outros foram expoentes Agrippa, desse magnetismo confuso, mas pleno de resultados, inaugurando a era de
assentamento ideológico do magnetismo no Ocidente. Mas, dessa época quem mais marcou, como divisor de águas da ciência do magnetismo e da admissão dele como ciência de curar, foi o suíço Paracelso (1493-1541). Esse médico alquimista inovou a medicina e de tal maneira que até hoje vários de seus importantes conceitos de vanguarda ainda vigem. Paracelso usava ímãs em curas. Dizia que o homem é um ímã e chamava o ímã de monarca dos mistérios. Assimilava o polo norte aos pés e o polo sul aos órgãos sexuais. Empregou o ferromagnetismo várias doenças, inclusive na face, no nariz, em no ouvido. Tinha consciência do processo de interação da doença com o cosmo. Dizia que "se o médico quiser conhecer o homem e suas doenças deve começar descobrindo as doenças de todas as coisas universais que a natureza sofre no grande mundo macrocosmo, que por sua humanos." vez são as mesmasouque causam os sofrimentos
Assim, Paracelso, usando uma concepção fluídica dinâmica do Universo, mostrara a sua doutrina de integração do homem ao macrocosmo, de que se influencia em tudo e por tudo. É o caráter de imanência das influências, conceito de espiritualistas hodiernos lembrando que as doenças existem em profusão por toda a volta, mas que para se manifestarem no homem é preciso que ele esteja predisposto a elas de alguma maneira em seu momento e cármico. E o conceito, por ele próprioevolutivo expendido, de médium, intermediário, é um exemplo de sua idéia quanto à presença de um outro mundo, outro conjunto de influências que se manifesta no homem físico por um processo de intermediação. O termo espagíria teria sido usado primeiramente por Paracelso. De srcem grega, significa separar, extrair, reunir, e foi absorvido na denominação genérica como sinônimo de alquimia. Separar e reunir são duas operações opostas, que se completam no sentido de unidade É a como análise e a síntese.proclamado É o que empela geralalquimia. se expressa solvente coagula, conceito alquímico de
fundamental importância. Em Paracelso a espagíria tinha um sentido de profundidade, pretendendo significar a extração do princípio essencial oculto entre as escórias da substância. E foi assim o descobridor e teorizador daquilo que a ciência farmacológica nomearia mais tarde princípio ativo, ou seja, a substância única que, separada das escórias (conteúdo de plantas e substâncias compostas) possui em si a propriedade da específica cura. Depois de Paracelso, surgiu a seita dos espagiritas, que fez época a partir do século XVI, até com a adesão de reis. Eram os passos primeiros de uma quimioterapia, saindo dos fornos ocultos da alquimia. O reconhecimento da soberania do espírito sobre o corpo (embora confundindo ele às vezes espírito com fluidos) foi um dos importantes contributos de Paracelso, abrindo espaço imenso à admissão psicossomática. Dizia que "tem tantadaoumedicina maior importância o conhecimento da alma do paciente do que o seu
corpo". Insistia ele sempre na procura da causa oculta das doenças, em não se tomar o efeito pela causa, e vice-versa. Dizia: "Compreendam assim que dois espíritos podem manter entre si afinidades, inimizades ou ódios, e que um consiga até ferir o outro como acontece com os homens. Com isto queremos dizer que podem existir lesões espirituais, já que o espírito mora no corpo e se manifesta Por sua isso o corpo pode sofrer e ficaratravés doente,dele. não em matéria, porque não se trata de uma entidade material, mas em seu espírito." Embora confundindo perispírito, espírito e fluidos, Paracelso teve o mérito de alcançar a realidade um princípio agindo node e fora do corpo sutil físico,inteligente bem assim de fluidos se interagindo no corpo tríplice do homem, e até à distância. Este último aspecto mais não é do que a exteriorização da sensibilidade, tal como seria bem mais tardededesenvolvido à farta pelo francês Albert Rochas, profitente do espiritismo.
Com o conceito de múmia, Paracelso definia a emanação fluido-magnética dos vegetais, animais e seres humanos. Elemento misterioso, ignoto ou arcano - assim chamava Paracelso ao princípio vital (e onde se enxerga também, numa derivação, como sendo o octoplasma), conceito-base do espiritismo para explicar o mecanismo e srcens da vida, ou seja, a animação da matéria densa pelo espírito. Consta que com a palavra evestro (do latim aves-trum) o perspicaz Paracelso nomeava o perispírito. A missão dele estava grandemente assentada nesses dematéria retirar adensa, verdade oculto, de extrair valores o sutil da de do renovar idéias, intermediar uma e outra épocas, extrair novos princípios científicos desde o confronto das tradições esotéricas e da magia com a observação direta da natureza e dos fatos. Pode-se dizeroque ele foi da o precursor de E Hahnemann, fundador homeopatia. também dos magnetizadores, que, como ele e
em sua época, já se despertavam à existência e uso de uma força imanente de cura no homem e na natureza. E o fluidismo mágico de Paracelso fez discípulos. Desses despontou fortemente o médico e químico belga Jean Baptiste van Helmont (1577-1644), que afirmava que todo ser possui um poder magnum. Este poder sutilmagnético: é criado poro magnale ele mesmo e é emanado do plexo solar. Em sua Opera omnis (Francfurt, 1682), dizia Van Helmont: "Adiei até agora o trabalho de desvendar um grande mistério; é que existe no homem talsua energia que, porele suapode única vontade uma e peia imaginação, atuar fora de si, exercer uma influência durável sobre um objeto mais distante. Só este mistério esclarece com uma luz suficiente muitos fatos difíceis de se compreenderem e que se prendem, com o magnetismo de todos os corpos, ao poder mental do homem e à sua dominação do Universo."
Quando reconhecia ele que o homem é capaz de agir à distância no seu semelhante, não estava mais do que antecipando as redescobertas futuras da idade de ouro do magnetismo animal de Mesmer. E adiantou ele que para tal ação há de se ter uma relação prévia de sintonia mental. Dizia: "Há no homem uma energia que pode agir fora de si e influenciar, de uma maneira durável, um ser ou um objeto do qual ele está afastado. Essa força é infinita Criador, porém limitada na criatura, pornoobstáculos naturais." Ora, reconhecendo poderes sutis no homem, colocando este como detentor dessa parcela divina de ação, Van Helmont não se colocava em boas graçasvia comqualquer a Igreja,fracionamento que evidentemente do poder de Deus como obra do Demo. Daí que teve ele de refugiar-se na Holanda em virtude de persecuções da Igreja, por essas e outras afirmações e práticas. E consolava-se "O magnetismo nãoVan temHelmont de novo escrevendo: senão o nome, não é paradoxo senão para aqueles que se riem
de tudo e que atribuem a Satanás o que não podem explicar..." Nessa época de desencontros e lutas religiosas havia, porém, grandes estudiosos da própria Igreja que se dedicavam aos estudos do magnetismo telúrico e humano. Padre Athanasius Kircher (1602-1680), por exemplo, que muito pesquisou e escreveu sobre tantos assuntos de vanguarda, considerados estranhos aos cânones religiosos. Publicou em Roma, em 1641, o livro Magnes,um sive de Arte Embora condenando tanto certosMagnética. magnetizadores, falou de simpatia e antipatia, da faculdade magnética dos membros, da medicina magnética, de magnetismo musical, etc. E deixou seus próprios exemplos de como deve agir o verdadeiro magnetizador. Cite-se também, desse tempo, o ocultista e alquimista escocês Robert Eludd, conhecido por seus escritos, desenhos e conceitos ligando influências cósmicas ao homem. Com o alemão Glocenius, professor de medicina em Marbourg, temos o início da nova era do magnetismo curador, alcançando este caráter mais efetivo e científico. Assinala-se
esse novo tempo com a publicação, em 1608, de sua obra Tratactus de magnética cura vulnerum. Ha década de 1680, temos uma figura ímpar: o irlandês Valentim Greatrakes, nascido em 1629, famoso por suas curas formidáveis. Ficou conhecido como o Passista Irlandês e estranhamente obtivera autorização real para operar com esse magnetismo de toque de mãos, até entãoconcessão privilégio divina. de reis e imperadores por pretensa Ainda no século XVII temos Borel e Vallée. E do lado da própria Igreja Católica, além do citado padre Kircher, lembremos o famoso pároco exorcista Gassner, da Baviera, o qual tanto influenciaria Mesmer numa guinada seus conceitos sobre magnetismo; o padre de e físico francês João Antônio Mollet (17001770), que era figura de verdadeiro cientista, tendo descoberto a endosmose e feito importantes estudos e práticas em eletricidade e cletromagnetismo; e ainda o padre austríaco Maximiliano Hell. Ha Alemanha, na França, na Inglaterra, os rosa-
cruzes, os maçons e outros representantes de seitas secretas resguardavam e difundiam entre si a ciência do magnetismo, vindo dos egípcios, dos hebreus, dos gregos. Estava pronto o palco para a entrada de Mesmer. Abría-se o caminho para os Puységur (1785), os Chardel (1818), os Bruno (1819), os De Potet (1819), os Braid (1841)... E, após uma numerosa magnetizadores, surgiriacoorte sobredetodos eles, mas com a sua semeadura, o espiritismo. Mas fiquemos ainda naquele tempo áureo da ciência magnética. O mago e médium Cornélio Agrippa (14861535) tornou-se tão famoso quanto seu contemporâneo Paracelso. Escreveu "Filosofia Oculta", em três volumes, e "Vaidade das Ciências e Artes". Usando recursos do magnetismo, influenciava pessoas à distância, invocava e conversava com os espíritos. Reconheceu o valor da imaginação e da vontade nas operações magnéticas. Parece ter sido o precursor da psicanálise e da regressão de memória. Por tais razões teve vida errante pelas
cidades, sempre perseguido pelos monges católicos. ISMAEL ALONSO NOSSAS METAS NOSSAS METAS Não sejais mais sábios, não sejais mais eruditos: amai! E a doutrina da verdadeira religião; religião quer dizer caridade, e o próprio Deus só é amor. Eliphas Levi (A Chave dos Grandes Mistérios) Também neste livro, como no anterior, falaremos bem claramente para que todas as pessoas possam entender os fundamentos de uma ciência material coligada a uma ciência espiritual. É esta obra dedicada, com muito amor e carinho, a todas as criaturas da Terra que têm vontade de aprender, vontade de estudar dentro da filosofia espírita, dentro da filosofia cristã. É este livro uma continuidade ao anterior. E
também aqui não vamos, de forma alguma, sair fora de Jesus e Kardec. Se alguém provar que minimamente o fizemos, desfaçamos esta obra, acabemos com ela, rasguemo-la ou queimemola! Nosso intuito é o de auxiliar, unificar os grupos de trabalho, dar um pouquinho de nós às criaturas que pretendam aprender também um pouquinho mais da Doutrina Espírita. Porque tudo o que nós todos ouvimos e aprendemos talvez possa servir de aprendizado a outrem. Que todas as criaturas possam então entender realmente a razão de ser do nosso livro. Temos sempre o cuidado bastante para que permaneçam de pé os pilares da Doutrina Espírita, a virtude do amor, da sinceridade dentro da da caridade, lei da reencarnação, provando aos homens que, conhecendo a Verdade, a Verdade realmente os libertará. E, em verdade, de tudo aquilo que fizermos, teremos de prestar conta, através do mecanismo do efeito da causa. efeito seme uma causa;Forque e todasnão as existe causasum são justas!
Estamos neste trabalho com o intuito de divulgar a Doutrina e Ciência Espírita àqueles que ainda não tiveram a oportunidade de conhecê-la. É através do trabalho de cura, dessa multidão de gente que vem até nós e nos segue é que tentamos passar o Evangelho, mostrando às criaturas que somos todos enfermos e trazemos conosco passadas.as dívidas, o peso das existências Para tornar o espírito puro é necessário que passemos por uma sessão de sofrimento, purificando-nos através das reencarnações e acumulando através dela o conhecimento. Fora-nos dito que nos amássemos e instruíssemos. Procuremos então sempre aprender: quanto mais, melhor! Todavia, não nos esqueçamos de visitar os lares de caridade, os hospitais, as creches, as cadeias, para que possamos aprender também na ação da caridade. Para que adquiramos algo de positivo ao nosso
futuro, é necessário que trabalhemos sempre e sempre, auxiliemos o próximo na medida em que nos auxiliamos a nós mesmos, tenhamos no coração e para com nossos irmãos o mesmo amor que temos por nós próprios, com a mesma intensidade que amamos o nosso pai e os nossos irmãos consanguíneos. Olhemos principalmente para aqueles que estão atordoados pelo caminho, aqueles caídos pela vida e que precisam de uma mão amiga para auxiliá-los. Tantas vezes, na nossa ignorância, damos as costas a esses desajustados, passamos de largo. Toquemos tais criaturas como o fez o bom samaritano, que viu caído que e o auxiliou, olhares distantes dosotantos apenas sob os olharam, passaram e não se importaram com ele. Sejamos criaturas boas, criaturas-fonte do amor emanado do Pai. Retornaremos a essa fonte de caridade, de amor! Mas temos de nos purificar, temos de
trazer do nosso lado o amor, o perdão. Sim, perdoemos as criaturas, mas de coração, sem deixar sequer uma mágoa para trás, um sentimento contrário à lei de amor e à lei de caridade para com todo irmão. Porque o perdão, feito do fundo do coração, é uma bênção que o Pai nos dá para que possamos nos glorificar como seus filhos, para que possamos evoluir e aprender. Tantas vezes nosso Pai lança sobre nossos lares os nossos inimigos para que possamos conviver com tais criaturas, aprendendo a amar essas criaturas, emanando assim bastante amor aos nossos filhos. E estes, tantas vezes, são inimigos aportados ao lar para reconciliação com os próprios pais. O amor mais puro, o amor com maior intensidade neste mundo é aquele de uma mãe para com o filho. Não se encontra uma outra tão grande força vibratória quanto aquela do amor materno, que arrasta noites e noites sem sono para poder amparar no lar. E a mãe quasecriaturinhas sempre nãoreencarnadas sabe quem realmente é, não conhece a criatura que vem ali
aos seus cuidados. Talvez ela lhe tenha provocado tão grande mal no passado e hoje está nos braços benditos do amor materno para uma reconciliação! Uma vez ocorrido esse milagre de amor no recesso do lar, o ódio que fora gerado no passado é esquecido, todos voltam a ser espíritos amigos, espíritos irmãos trilhando novamente o caminho do Bem. Está aí o grande poder de transformação do instituto da reencarnação! E temos é em nome dessa divina e silenciosa ação que desaconselhado a terapia de vidas passadas. Se o Pai dá a bênção de esquecer o passado, por que insistir em querer lembrá-lo? Penetrar numa terapia dessas é manifestar falta de fé, de confiança no Pai e, muito mais ainda, até na Doutrina Espírita. espírita, mais aindade conhecedor dessasQue leis,onão cometa tal falta querer voltar ao passado, porque isto não o levará positivamente a lugar nenhum... Lembremo-nos do futuro, que é este que realmente nos importa. Olhemo-lo com a preocupação constante de fazer a nossa reforma íntima, a nossa transformação para criaturas efetivamente boas, e pedindo sempre a bênção do Pai para que possamos andar sempre de pé,
carregar juntos a cruz que nos eleva e nos ajuda a aproximar de Deus. Do fundo do coração, procuremos sempre amar as criaturas, trazê-las também ao amor e à caridade, jamais odiando alguém, jamais lançando sobre as criaturas um fluido impregnado de ódio. Este é imperfeição contrária à lei do amor e da caridade; as cargas de retorno que a contrariam são pesadas de suportar, e - todos sabem dia teremos forçosamente prestar conta- um de tudo o que de cometemos. O Reino de Deus é um Reino de Amor cuja luz gloriosa irradia por todo o Universo! O Pai permite queplaneta. essa leiMesmo de amarnum atinja os quatro cantos do recôndito, isolado lugarejo, permite o Pai que fixe morada um espírito bom que possa auxiliar as criaturas ali ilhadas. Essa ação bendita de proteção vemo-la entre as tribos demetrópoles, índios e povoados comonos também nas grandes nos estados, países. Sempre aqui e ali uma criatura bondosa
sobressaindo-se para assistir e amparar; sempre uma alma de maior preparo coloca-se como mentor, tanto encarnado como desencarnado, para supervisionar tal e tal local. Da mesma forma, a Casa do Pai! Uma Casa de providência! Uma Casa de Amor e Caridade! Porque Ele assim constituiu o Universo: de multidões infinitas de gotinhas de amor. Delas Ele fez o Reino dos Céus! Fazemo-nos presentes aqui com a permissão de Jesus, com a permissão de uma plêiade de Espíritos que nós amamos e que nos dão condições de estarmos aqui para auxiliar um trabalho todo voltado à Doutrina Espírita, Doutrina esta que é dedicada do Mundo Espiritual ao planoque da Terra, a Luz do Mundo a criaturas ainda atrazendo desconhecem, fazendo com que através da leitura de um livro, de uma mensagem, de um pensamento, dos assuntos relativos aos centros de forças vibratórias, dos fluidos, se possa trazer as criaturas ao Espiritismo, para que leiam e compreendam esta verdade que tanto Jesus ensinara: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!
É então a verdade dessa Doutrina maravilhosa que tanto nos assiste e que tanto ensejo nos dá de entender e aprender sempre, pois, quanto mais dentro dela se aprende, mais e mais se quer aprender! Quanto mais livros se veem à frente, mais livros ainda se têm para ler... E importante que todos continuemos firmes, com os olhos voltados ao futuro, mas com os corações sempre à retaguarda, passando vibrando tais ensinos sublimes, através desse instrumento chamado livro, de leituras que vêm do Mundo Espiritai ao plano material, redimindo as criaturas de coração endurecido, conduzindo-as à Doutrina do bem, que é a Doutrina cristã, a Doutrina Espírita, cujos pilares são a caridade e as leis reencarnatórias. Assim vamos sabendo por ela que toda causa tem um efeito, e que esse efeito é justo, porque cometemos falhas e falhas no passado, e no presente e futuro as quitaremos. A bondade do Pai Celestial sempre permite o novas e novas oportunidades de resgatarmos nosso passado quase sempre repleto de
turbulências, de dívidas, de erros dos quais temos de fatalmente prestar contas. Mas Ele espera a oportunidade para que possamos estar melhor equilibrados e sentir mais firmes as pernas, para que possamos caminhar levando a cruz adquirida no passado, para nos purificar, para lavar os nossos erros. Somente através do sofrimento marcando as reencarnações é que vamos aprendendo, estudando e refletindo, trilhando essa Doutrina maravilhosa dos espíritos. É assim que, em contrapartida de gratidão, devemos proceder: sempre auxiliar as criaturas ao nosso lado, sempre doar palavras amigas, palavras benéficas, palavras de conforto e auxílio. É muito importante que, no despertar do dia, dirijamos uma prece ao Alto para buscar vibrações positivas e atrair para nosso lado, na nossa caminhada, espíritos benfeitores, sempre dispostos a estarem ao nosso lado para auxiliar e amparar. Procedamos com benevolência sempre quando encontrarmos criaturas caídas pelas ruas,
cumprindo com suas, às vezes, tão penosas provações, ria sua fraqueza de espírito, elas caem pelas calçadas, desesperançadas, e ali estejamos nós, levando uma leitura do Evangelho, de um livro amigo, aquele aprendizado adquirido dentro desta nossa Doutrina e cristianismo revivido por Allan Kardec. Acolhamo-nas ao nosso aconchego, doando-lhes fluidos benéficos para que novamente se levantem e caminhem, coloquem a sua ombrosplaneta e a carreguem sobre facecruz destesobre nossoosimenso de provas e expiações, onde todos somos compromissados com um delituoso passado. É mesmo assim que procede um cristão na Seara do Mestre, no caminho evolutivo: sempre espalhando piedade, aos que vêmamor, até nós, bastaspalavras vezes de conforto completamente obsediados, sugados por um obsessor em decorrência de uma dívida cometida no passado. Espíritos endurecidos, enraizados ainda no erro, quase sempre vêm cobrar-lhes drasticamente, e aí vêm as obsessões, os manicômios, em cujo essas criaturas são trancafiadas, por recesso não conhecerem ou não compreenderem a sua real
missão na Terra. Muitas vezes temos a oportunidade de exercitar o nosso aprendizado haurido nos livros espíritas, lições que nossos protetores passaram ao plano material com confiança e carinho, falando de uma nova vida a cada novo dia que nasce, para que possamos auxiliar também os que nada sabem e não conseguem permanecer trilhando o caminho com os próprios pés. Por tais razões é que criaturas às vezes completamente obsediadas batem à porta dos encarnados para que os corações se abram, para que tais criaturas sejam auxiliadas, para que se exercitem os ensinos de Kardec, do irmão Chico, do irmão Emmanuel, com seus livros consoladores batendo sempre nessapara mesma tecla do exemplo fiel de cada um, que possamos dar as mãos àqueles mais pequeninos, trazendo-os também ao nosso caminho de amor. Acolhamos aquela ovelhinha desgarrada do rebanho e que nos chama a todo instante! Sejamos o bom pastor que a reconduza novamente ao caminho do bem, colocando-a a
trilhar com as próprias pernas! Às vezes as provações das criaturas são tão penosas que chegam a ser quase insuportáveis, mas o Pai Celestial é infinito amor e bondade, permitindo sempre e sempre que outras criaturas amigas lhes estejam ao lado para que a provação seja cumprida a contento. O Pai sempre espera o melhor ensejo para que resgatemos os débitos pretéritos,decometidos falta do legítimo conhecimento suas Leis,por como ocorre à nossa volta com essas criaturinhas hoje caídas pelo mundo em tristes condições. E amanhã talvez sejamos nós os necessitados de que outras criaturas nos socorram, nos ajudem a persistir no caminho do bem. Lembremos: "muitos são os chamados e poucos os escolhidos". São muitos os espíritos que vêm trilhar no caminho do Espiritismo, no caminho do bem, e que recaemporque totalmente por reencarnações tortuosas, se esquecem de exercitar a caridade.
Tantas vezes pedira o Cristo: — "Orai e vigiai! Tende fé, sede perfeitos como vosso Pai Celestial!" Sejamos, assim, boas criaturas, sempre lembrando que um espírito guardião está ao nosso lado, recebendo as nossas orações. Quase sempre nos esquecemos de que esse Anjo Bom está sempre conosco para nos acolher e levantar. Preparemo-nos então para receber a Boa nova! Preparemo-nos para receber Jesus no altar do nosso coração, dentro dessa Doutrina codificada por Kardec e revivida nos últimos tempos pelo nosso Chico, que tantosProcuremos ensinos traz atravésirmão dos mentores amigos. instruir e amparar, sempre que preciso, as criaturas mais pobres e menos sábias. Sim, estejamos sempre preparados para o trabalho celestial, com o pensamento voltado ao Pai, ao caminho da luz, ao caminho do amor, ao caminho da bondade.
Sejamos perfeitos como nosso Pai Celestial é perfeito. A nossa mensagem de cada dia seja que todos continuemos nos amando uns aos outros, amando todas as criaturas à nossa guarda, porque o amor nos aproxima tanto do Pai, levanos como a uma fonte que irradia poder e perfeição aos nossos corações! Essa fonte chama-se Deus! Ela nosdocriou, a elaé um dia retornaremos, ao encontro Pai. Mas preciso que abramos nosso coração para nele admitir também aquelas fontezinhas de luzes irmãs que estão dispersas pelas ruas do mundo, à procura de um socorro, de uma palavra amiga, à procura da nossa luz. Que sejamos então uma ponte de intermediação para acolher e levar essas criaturas ao caminho da luz! Que Jesus nos assista a todo instante, porque Ele é o Mestre, é a nosas meta, é o nosso modelo a trilhar seguir, e aenviar cada instante agradeçamos ao ePai por nos esses espíritos de altíssima luz que vêm até nós
acudir e amparar, transmitir-nos todo esse bendito aprendizado que nos apressa a evolução. Uma fonte cujas águas são límpidas e são benéficas a todo o nosso aprimoramento! Sejamos criaturas boas e receptivas, a ponto de poder compreender a todos os nossos irmãos e perdoar, do fundo da alma, todas as ofensas contra nós cometidas, as quais somente vêm dessas criaturas por não terem entendido as razões e direções certas da mensagem do Cristo. A mensagem do Cristo de Deus é uma mensagem perene de bondade e sedimenta em todos nós a chama do amor! Ismael e equipe espiritual MESMER ENTRA EM CENA MESMER ENTRA EM CENA A curiosidade, o amor à ciência, a visão de vanguarda frequentemente vitimam de várias formas os pesquisadores, inclusive com a marginalização. Se Georg Rochmann (à
esquerda), Professor de História Natural em São Petersburgo, encontrou a mode em 1753 ao imitar Benjamin Franklin na pesquisa da eletricidade do raio, já John Elliotson (à direita), ao dar impulso pioneiro à anestesia por hipnose a padir de 1830, não recebeu senão o desprezo da ortodoxia médica. Em meados do século passado, também o cirurgião inglês Ward foi chamado de impostor ao amputar uma perna sem dor, por anestesia magnética. Por meios empíricos, desde a antiguidade provocavam-se fenômenos de hipnotismo através da música e da dança. O próprio Mesmer usava cantos e músicas, cimbalos nas suas sessões de magnetização, e dizia que o sono à bom condutor de fluidos magnéticos. O francês Armand Marie Jacques de Chastenet, Marques de Puységur (1751-1825), descobriu acidentalmente o hipnotismo em 1784, ao provocar, sem o saber, o sono hipnótico num camponês, quando imitava curá-lo por magnetismo. Depois surgiu o braidismo, ou seja, uma abordagem científica do hipnotismo. No desenho acima, um hipnotizador da época usando o método do passe magnético.
Ao lado, um antigo aparato de hipnose usado pelo dr. Sanchez.
A importância de uma obra é medida pelo tempo que os contemporâneos deixaram transcorrer antes de compreendê-la. Schopenhauer No XVIII século o padre jesuíta e astrônomo Maximiliano Hell, de Viena, curava pessoas com vários tipos de ímãs que os pacientes usavam nas partes afetadas. Em 1774, esse padre passou ímãs a Franz Anton Mesmer (1733-1815), e a partir daí este alemão, nascido em Weiler, dedicar-se-ia pelo resto da vida a pesquisar os efeitos do magnetismo na saúde, fazendo com que o mundo tomasse efetivo conhecimento dessa ciência. Mesmer, que em 1 766 doutorara-se em medicina escrevendo a obra De planetarum influxu, falando sobre as influências dos astros no corpo humano, postulara aí a existência de um fluido cósmico srcinal a que nomeou gravitas universalis, conceito que, de resto, já preexistia em tantos filósofos e escolas iniciáticas. E então o ímã com sua força atrativa e curativa foi-lhe o motivo de retomo dessa idéia de um fluido universal. Por anos e anos
estudou a fundo a prática do magnetismo, tentando fundamentar suas idéias e descobertas. Fez produzir e vendeu vários tipos de ímãs (lâminas, anéis, etc), experimentou-os em infinidades de doenças por vários métodos, cujas curas foram noticiadas pelos jornais de Viena, criando-lhe a fama. Mesmer, como tantos outros, passou assim a usar com intensidade os recursos do ferro magnetizado universal. na saúde como uma nova panacéia O químico dr. Thouvenal usou, para cura de todos os males, pó de ímã eletrizado para ser esfregado ou levado no bolso em saquinhos. O abade Lenoble vendia ímãs específicos vários tipos de males e, em 1777, chegara para a solicitar à Sociedade Real de Medicina de Paris que avaliasse os resultados de cura. Falou-se em 48 casos positivos. Mesmer estudou, usou e abusou do ímã, extraiu-lhe de concluiu: aprendizado mas chegouooque dia pôde em que o e prática, responsável pelas curas não era esse tão
endeusado ímã, mas sim a força magnética do próprio corpo humano, ativada de alguma forma. Eis que então abandona o ímã e passa a operar curas somente com as mãos. Surgiu daí o que ele denominou magnetismo animal, aludindo a fluidos e fatos que se mostravam diferentes da força do ímã e da eletricidade. Suas pesquisas foram cada vez mais intensas, agora com novos ordenamentos teóricopráticos. Magnetizava tudo: árvores, água, instrumentos musicais, espelhos, etc. Valia-se de vários artifícios para captar, condensar, acumular e aplicar o seu magnetismo Célebre ficou sua bateria magnética, oanimal. baquet, uma grande peça circular de madeira em cujo interior havia duas fileiras de garrafas cheias d'água magnetizada, ligadas a barras saindo para o exterior, onde as pessoas se serviam do fluido magnético. Certa feita Mesmer observou como Qassner, pároco de pequena cidade da Baviera, curava
enfermos exorcizándo-os, e a partir daí o grande pesquisador também começou a operar o magnetismo à distância. Era mais uma nova e fundamental tomada de posição. Em Paris publicou Mesmer, em 1779, o livro "Memória sobre a descoberta do Magnetismo Animal". A nova ciência alcançou na Cidade-Luz grande popularidade. Colocou-se o magnetismo animal de Mesmer como a nova panacéia universal, obtendo ele até o beneplácito da Corte e da Rainha Maria Antonieta. Mesmer teveum enorme que pôde garantir-lhe futuroclientela sem maiores problemas financeiros. Eram várias as sessões diárias de magnetismo em Paris, com 130 pessoas por vez. De mãos dadas, as pessoas seguravam também hastes de ferro. E variavam bastantemal. as reações: uns nada sentiam, outros passavam As vezes ouviam-se gritos, viam-se convulsões, enquanto
alguém dormia pesadamente... Outros sorriam, outros choravam... Com o acúmulo de clientes, Mesmer ativou outros recursos coletivos, como cordas amarradas em árvores e seguras pelos enfermos. Mesmer e seus bem escolhidos assistentes Fixavam os olhos nas pessoas e passavam-lhes fluidos magnéticos. Porém, as perseguições contra ele foram violentas. Teve de deixar Paris, e até alguns de seus defensores, como o prof. Deslong, da Faculdade de Medicina, sofreram sérias represálias. Mais à frente o governoformadas francês, pela vendo acirradas as contendas febre do magnetismo, nomeou uma comissão médicocientífica para avaliar o mesmerismo. A comissão, integrada por celebridades como Benjamin Franklin, Lavoisier e o astrônomo Bailly, concluiu que, além de tudo aquilo ser simples produto edaimoral. imaginação, tomara-se prática perigosa E os folhetos contendo tais conclusões atingiram toda a
França, promovendo nova retirada do insistente Mesmer, agora à Inglaterra. Em 1799, novo livro produziu Mesmer sobre o magnetismo, tema que o absorvera até o seu desencarne, ocorrido em 1815, à margem do lago Constança. O magnetismo animal fora severamente perseguido na França. A partir de Mesmer, a ciência dos fluidos magnéticos caminhou ali um tanto insegura em face do ataque das academias. E como este não ocorreu em tantos outros países, foi no estrangeiro que o mesmerismo mais se disseminou no início. Na Rússia, o imperador Alexandre referendou-o em todo o país; o Rei da Prússia sugeriu-o à Academia e na Suécia e o ensino Dinamarcade eleCiências; até conseguiu integrar médio. Com o passar do tempo a França foi reabilitando o magnetismo, sendo certo que daí é que contamos com os maiores teorizadores, pesquisadores e práticos ciência. as Necessário relembrar quedessa não somente academias atacavam o magnetismo, antes,
durante e depois da ação de Mesmer, mas também a Igreja Católica. De célebres magnetizadores que se preocuparam com esse problema da persecução católica, lembremos o doutor De la Salzède, autor de "Cartas sobre o Magnetismo Animal" (Paris, 1847), e o abade Loubert, autor do influente livro "O magnetismo e o sonambulismo frente aos Corpos de Sábios, a Corte e osentre Teólogos", dessa mesma época de de Roma tanta luta a ciência e a fé. Vamos citar alguns célebres magnetizadores que firmaram o conceito da sua ciência por práticas racionais e livros de grande estofo técnico, onde despontam principalmente os autores franceses. O célebre marquês De Puysegur (Armand Marie Jacques de Chastenet - 1751-1825) foi o pioneiro na descoberta do hipnotismo. Praticou reiteradamente o mesmerismo, estudou a sugestão, o sonambulismo, a telepatia, e escreveu (1787) uma "História Crítica do Magnetismo Animal", de grande importância para afirmação do magnetismo.
Seu contemporâneo Joseph Philippe François Deleuze lambem muito pesquisou e escreveu sobre essa ciência com o livro "Magnetismo Animal" (1785) e "Instrução Prática sobre o Magnetismo Animal". De 1818 temos Chardel publicando uma "Memória sobre o Magnetismo Animal", e de 1819 temos De Bruno publicando "Dos princípios e dos processos Magnetismo Animal e das suas relaçõesdo com as Leis da Física e da Fisiologia". Ainda desse mesmo tempo (1819) temos dois gigantes do magnetismo, quais sejam o Barão du Potet (autor de um famoso "Tratado Completo Magnetismo Animal" e dee um "Manual dodoEstudante Magnetizador") Charles Lafontaine (autor de "A Arte do Magnetizador ou O Magnetismo Animal"). De 1845 temos Aubin Qauthier escrevendo o seu "Tratado Prático do Magnetismo e do Sonambulismo".
Dentre aqueles que destacaram o fator e o poder do espírito sobre a força magnética pura e simples, citemos o espiritualista Rouxel (autor de uma obra cotejando o magnetismo e o espiritismo) e o célebre L. Alphonse Cahagnet (1805-1885), autor de obras importantíssimas, quais sejam: "Magnetismo: segredos da vida futura revelados", em trés volumes (1848, 49 e 50), "Enciclopédia Magnética Espiritista" (1861), "Terapêutica do Magnetismo e do Sonambulismo comuns" (1883).apropriada às doenças mais Tais obras dos magnetizadores, com sentido de maior aprofundamento nas raízes sutis da ação dessa ciência, secundavam o aparecimento do espiritismo, mostrando como este confluía com oTudo magnetismo, o sonambulismo, o hipnotismo. era contribuição mútua de vários atalhos conduzindo a um único tronco de direção: o espírito e sua manifestação, seus poderes nos dois planos, vistos e interpretados de várias maneiras. E quanto mais escritores e estudiosos não citaríamos?
O doutor L. Moutin, autor de "O Magnetismo Humano, o Hipnotismo e o Espiritualismo Moderno"; o doutor J. S. Morand, autor de "O Magnetismo Animal"; J. Luiys, autor de "Do Hipnotismo"; H. Durville, autor de "Magnetismo - Teorias e Práticas e Tratado Experimental de Magnetismo". Também na Alemanha os magnetizadores muito se multiplicaram: Heidenhaim, Preyer, Forel, Voyt, Ebing, Moll, Lowewenfeld, Troemmer... Se no século XIX a lista dos magnetizadores e seus livros caminharia longe, muito se poderia alongá-la no próximo século. Contudo, reconhecer desde a a atuação dodevemos inglês James Braid que (1795-1860) partir de meados do século XIX, tanto o prestígio quanto o preconceito para com o magnetismo animal foram divididos com a emergência do hipnotismo, o qual em termos de acato científico levou a melhor, porque Braid conseguiu eliminar bastante certas causas místico-sobrenaturais do magnetismo e colocarlhes no lugar uma causa fisiológica provocada
artificialmente. Ora, chegara então na hora certa o kardecismo conciliando toda essa problemática interpretativa e aparentes desencontros. Mas voltemos no tempo para ver como foi isso. Aqui e ali os magnetizadores iam atuando, aprendendo, agregando novos conhecimentos ao seu mister. O abade Faria, padre de Goa (índia), mudara-se para Portugal e transformara-se num personagem singular e estranho, curando as pessoas por métodos inusitados. Em 1819, escreveu um livro em que descartou completamente qualquerdeefeito fluidotornoumagnético no processo cura. do Assim, se o pioneiro na admissão do conceito de sugestão mental, usando-a reiteradamente, fazendo, por exemplo, com que pessoas, sorvendo água pura, afirmassem categoricamente estarem bebendo um licor. Operando procedimentos desse jaez, passou por sérios problemas e perseguições.
Outros magnetizadores chegaram a idêntica conclusão. Ora, se a Academia levava à conta de pura imaginação os resultados efetivos produzidos pelo mesmerismo, restava a realidade nua e crua dos vários fenômenos dele decorrentes: sonolência, convulsões, anestesiamento, etc. Abria-se assim o caminho à descoberta do hipnotismo, emAo 1784 pelo marquês Armando de ocorrida Puységur. tentar este curar pelo mesmerismo um camponês de 23 anos atacado de congestão pulmonar, observou que o jovem adormecera calmamente nos seus próprios braços, sem dor nem convulsão. Notou-se o seu comportamento estranho, falando de seus afazeres, de -coisas díspareseme -tudo eis oàsponto importante! obedecendo ordens de Puységur. Aí estava então o sono hipnótico produzido inadvertidamente por um cultor do mesmerismo. Usou-se e abusou-se do sonambulismo, do sono hipnótico, das insabidas mediunizações,
promovendo-se até absurdas experiências nos hospitais. O hipnotismo realmente científico surgiu a partir do inglês James Braid, cirurgião de Manchester. Em 1841, viu Braid o célebre magnetizador Lafontaine operar e convenceu-se da autenticidade do mesmerismo. Mas descobriu, em que anoprópria poderia sem colocarse a1842, si própria estadopessoa sonambúlico, necessidade de operador: era o conceito de auto-hipnotismo que surgia. E no sono hipnótico identificou também o desdobramento de consciência, ou seja, o fato de que, ao adormecer e acordar várias vezes o paciente, este se recordava sucessivamente de apenas o que ocorria no imediato sono anterior. O célebre doutor Charcot levou o estudo do hipnotismo às universidades e, em 1882, a Academia o reconheceu oficialmente como fenômeno científico, não obstante os tantos erros interpretativos desse pesquisador de e seus assistentes quanto às variações de efatos métodos por eles utilizados.
Em 1883, Braid publicou na França a sua obra "Meurypnologie". O braidismo fez escola, relegando-se um tanto o magnetismo curador puro e simples da escola mesmeriana. Toda essa escalada do magnetismo, de Mesmer a Braid, toda essa concomitância de fenômenos era como que um preparo secundando, auxiliando o advento do espiritismo. O surgimento da doutrina de Kardec a partir da década de 1850 fez uma revisão em todos os conceitos do magnetismo, à luz das novas revelações trazidas por legiões de espíritos. O kardecismo explicou como hipnotismo e magnetismo são mais do que uma esob a mesma coisa,não pontos de vista lançados diversos ângulos e variações de um único fenômeno. E o conceito de mediunidade, desenvolvido em aspecto amplo, contribuiu mais ainda para aclarar fenômenos intercorrentes nas curas operadas pelo magnetismo, nastranses instruções inteligentes observadas nos psíquicos, nas esquisitices saídas do sonambulismo. Enfim, o
novo conceito de espírito encarnado e espírito desencarnado, com suas interrelações, intercâmbios e poderes, lançava novas luzes e concludentes explicações. O kardecismo, com o avançar dos anos, cimentou a simplicidade da terapia magnética, sobrelevando para muito além das rebuscadas e inócuas práticas o fundamental poder de ação do pensamento e da vontade do espírito, encarnado ou não. E em todos os tipos manifestativos da comunicabilidade e interrelações dos homens entre si, deles com os espíritos, e ainda dos espíritos com os próprios espíritos, Kardec sobrelevou o papel dominante do magnetismo, tal como àosindagação espíritos reveladores resposta número 388 anteviram d'O Livro na dos Espíritos: "Entre os seres pensantes há ligação que ainda não conheceis. O magnetismo é o piloto desta ciência, que mais tarde compreendereis melhor". O kardecismo foi bem longe e fundamentou,
não apenas uma simples analogia acessória entre o magnetismo e o espiritismo, mas uma bem entrelaçada interação entre ambos, uma mútua ação de fenômenos e conceitos. Eis Kardec comentando a resposta à pergunta 555 d'O Livro dos Espíritos, onde, de duas ciências, faz uma: "O espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância umapresentam sem-número de fábulas, em que os teceu fatos se exagerados pela imaginação. "O conhecimento lúcido dessas duas ciências, que, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suas verdadeiras constitui o melhor preservativocausas, contra as idéias supersticiosas, porque revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da natureza e o que não passa de ridícula crendice." Preparava Kardec uma obra específica sobre o magnetismo encarado do plano. espiritismo, quando teve de deixar ào luz nosso Contudo o seu descortínio e a assistência do Mais Alto
fizeram com que o pouco que foi dito tenha sido o suficiente para aclarar o assunto e posicionar a sua doutrina. Todas as obras de Kardec trazem contributos à compreensão do magnetismo, inclusive a "Revista Espírita", onde desfilam fenômenos, conceitos e descritivas sobre o assunto, repassando o pensamento e a preocupação do codificador sobre as confluencias do magnetismo com o espiritismo. O que poucos conhecem é o muito que Kardec, já do Além, passou a Leon Denis por incorporação: treze importantíssimas mensagens que encorpam o livro do Continuador de Kardec sob o nome "O Gênio Céltico e o Mundo recentemente no RioInvisível", de Janeiropublicado por feliz iniciativa do seu tradutor prof. Cicero Pimentel e do Centro Espírita "Leon Denis". Nessas mensagens d'além-túmulo, o espírito Kardec penetra um outro lado das correntes magnéticas, qual o das suas sutis influenciações emseja nível planetário e universal, bem assim na particularização evolutiva dos
povos e raças. Embora, como o próprio Kardec acentuara, estivesse sob impacto de problemas fluidomediúnicos ao repassar tais colocações difíceis sob o ponto de vista da fidelidade transmissora, pôde ele trazer-nos belíssima visão de conjunto das vivas radiações magnéticas que fluem das dimensões do espaço, reagindo na natureza e nas mentes, determinando as linhas mestras da evolução nos dois planos e do planeta. Consideremos que sob o nome genérico de magnetismo abre-se um amplíssimo leque de conceitos e influências penetrando em vários níveis, no homem, no cosmo e nas multidimensões. Tudo o que não muda está morto. Azorin Não percorra duas vezes o caminho. Heráclito O que passou, passou, mas o que passou luzindo resplandecerá para sempre. Goethe O princípio que dá vida a todos os seres, chamado de princípio vital, ou fluido elétrico animalizado, ou ainda fluido magnético, tem srcem no fluido cósmico universal. Quando
fala-se em passe, não se está falando sempre desse mesmo fluido magnético? Qual então a razão de alguns distinguirem como passe magnético apenas um tipo especial de passe com a pretensão de diferenciá-lo de outros passes? Por outras palavras, todos os passes, sem exceção, não seriam magnéticos? Sim, todos os passes, sem exceção, são passes magnéticos. Cria-se uma nomenclatura variada, diferentes nomes para uma só coisa. Ora, todos os passes são operados através de uma transmissão de fluidos, e para que se transfira um fluido é necessário que se crie um campo magnético. Sem a formação campo de natureza magnética não sedesse consegue transmitir o passe a outrem, não se consegue depositar-lhe fluidos, não se consegue que a Espiritualidade aja sobre eles. Enfatizemos então que é de fato indispensável criar um campo magnético se possibilite depositar atravéspara deleque os fluidos benéficos à criatura, de acordo com a
necessidade específica de quem os recebe e de acordo com a necessidade da própria criatura agente no passe. Na aplicação do passe, que relação se poderia estabelecer entre o pensamento do agente e o fluido magnético? Esse fluido universal não é tão pesado quanto o pensamento. Este é outro tipo de fluido. Quando direcionamos o pensamento, no ato do passe, ele há de estar voltado ao Alto, paraa que não desvirtue a descarga fluídica, porque pessoa que recebe o passe pode passar mal. Na ciência do passe há uma divisão fundamental: de um lado, o passe anímico, tratando-se de fluidos acionados por encarnados; de outro lado, o passe espiritual, tratando-se de fluidos acionados por desencarnados. Tem fundamento essa separação conceitual? Tanto a energia humana como a energia espiritual são a mesma energia, o mesmo fluido primordial. Todavia, o fluido humano é um fluido que vem do princípio vital, operando no organismo
através de uma interligação entre os órgãos, numa corrente magnética mais grosseira do que aquela espiritual. Nas oportunidades das cirurgias espirituais entre os encarnados, utilizamos bastante essa energia que é retirada do princípio vital, com a finalidade de elaborar um fluido mais puro e com poder de penetração naquele campo do enfermo, para alívio de sua dor. Contudo, às vezes, na aplicação do passe, insiste-se em tentar diferenciar passe anímico de passe espiritual. Haveria realmente, em quantidade e qualidade apreciáveis, esses passes ditos exclusivamente anímicos? Todo passe, genericamente, não leva, pelo mínimo que seja, uma intermediação de espíritos desencarnados? Quando o terráqueo está aplicando um passe, somente o mentor sabe qual o fluido que deve ser aplicado na pessoa, tanto no assim chamado passe anímico quanto em qualquer tipo de passe, queira seja dar. de que nome do vocabulário se lhe
O espírito trabalha por meio de razões que a própria razão dos encarnados ainda desconhece. Trabalha com processamento de fluidos. Estes são depositados de acordo com a necessidade e merecimento da criatura que os recebe. Portanto, é muito importante saber quem é que vai aplicar o passe e quem é que vai recebê-lo. Saber onde está recebendo e por que está aplicando: isso é muito importante! Os magnetizadores denominam relação magnética ao toque prévio com as mãos, principalmente na cabeça do recipiente, para estabelecer harmonização comunicativa entre ele e o operador do passe, antes que este tenha início. Que acha disso? Tem fundamento. Há pessoas que são tão ricas em magnetismo que chegam a se levantar da cadeira, a se jogar ao chão. Às vezes ordena-se a uma pessoa que deite em cima de uma mesa e, através do toque de mãos, utilizando esses tipos de correntes, faz-se com que a criatura levite.
Talvez já tenham tido oportunidade de ver trabalhos dessa natureza. Os magnetizadores aceitam genericamente três categorias aplicativas do passe: longitudinal, de longas correntes e rotatório. Que pode dizer a esse respeito? Todas essas três modalidades são estágios. E há muitas outras formas de aplicações. São divisões que se criam simplesmente melhor se entender. Contudo, todas elas para laboram com o fluido magnético. São fases de aplicação fluido-terapéutica. Todas são iguais, mudando apenas o palavreado, a forma de expressar. É tudo descarga de fluido magnético. Todas têm o seu campo magnético e têm o seu estágio. O passe é apenas uma transmissão de fluido terapêutico ou fluido universal. Qualquer nome que se lhe dê, a descarga fluídica que atinge o corpo humano é a mesma. É válida, e por que o seria, a regra fundamental do magnetismo de que as operações manuais do passe devem sempre ser executadas de cima para baixo em relação ao corpo?
Nao, não importa se é de cima para baixo, daqui para lá ou de lá para cá, desse ou daquele lado, em sentido vertical, horizontal ou transversal. Tudo isso realmente não importa! Energia é sempre energia: não tem começo nem fim, nem alto nem baixo. São sempre a se considerar os focos de energia. É exato o conceito diferenciador de passes isônomos (com efeito excitante) e heterônomos (com efeito calmante)? Todos os passes, como já dissemos, são magnéticos. E todos os passes podem acalmar, desde que a pessoa que os aplica saiba realmente o que está fazendo. Mas pode ela pensar e falar o que quiser, porque não é ela quem age: é um espírito quem fundamentalmente vai agir. Crie-se então o nome diferenciador que se quiser: o passe é o mesmo passe. E é sempre magnético. Não existe outra forma. Pode-se criar o nome que se queira, situação que se queira, mase odepasse sempreespiritual, de srcem com magnética açãoésempre elaboração de fluidos que os espíritos em
seguida aplicam no necessitado. O médium aproxima sua mão do enfermo e, sem tocá-lo, deposita ali o passe magnético, naquela região de dor, mas são os espíritos que de fato conseguem ultimar o passe, limpar a enfermidade alojada naquele especifico local. E mesmo estando a pessoa fortemente decaída fisicamente, com fortes dores na coluna, no coração ou outro órgão ou sistema, ela pode voltar ao estado normal de sanidade. É assim que funciona, com ou sem os nomes... Nas, insistindo na indagação, tal como o insistem afirmando os magnetizadores, é ou não é válido o conceito de que os passes longitudinais (isto é, aplicados à distância e de cima para baixo) têm um efeito calmante? Quanto a esse tipo de passe, digamos o mesmo que já acabamos de dizer. Basta pensar na criatura alvo do passe. Repetimos que o espírito está onde está o pensamento dele. Na em que se somente mentalizaquando um espírito paramedida fazer uma prece, se sentir realmente dentro daquele campo vibratório do
recipiente é que serão passados os fluidos benéficos à criatura alvo da prece. Observem os nossos trabalhos à distância: todos têm resultado positivo. Tudo se encadeia, se engloba em perfeita harmonia, mas depende muito de quem está emitindo, para que a criatura a atingir receba a descarga fluidomagnética positiva e em acordo com o seu merecimento. Há fundamento no conceito de que a aplicação dos chamados passes transversais, executados no nosso plano, agem positivamente na expulsão de espírito obsessor? Não somente os passes transversais como todos os passes - conforme já dissemos - são iguais. Lançando sobre uma pessoa um fluido benéfico srcinado de um pensamento que venha do fundo do coração, uma prece que sensibilize o sentimento e cujo perfume suba até Deus, chegando assim até o Pai, buscando resposta a esse fluido positivo, esse fluidoà agradável torna-se uma hóstia balsâmica criatura em processo obsessivo. E ocorrendo isso, o
obsessor é afastado, porque não consegue ele penetrar ou permanecer naquele campo magnético assim formado, não consegue introduzir ali um fluido pesado que elimine ou prejudique o obsediado. Mais do que qualquer sentido de direção ou movimento imposto às mãos, são então realmente decisivas no êxito benéfico do passe a qualidade e intensidade do pensamento? Onde está o pensamento está o espírito. É sem fundamento imaginar que o espírito está aqui e o pensamento está ali. E jamais se conseguiria aprisionar o espírito no nosso corpo. Sim, o espírito está onde está o são pensamento. Porque são fluidos, sâo forças, energias que não acabam, não se desfazem e se interligam. E quanto ao conceito de que se atinge fortemente um obsessor direcionando o passe conjuntamente ao cérebro ao coração do obsediado? À medida que o encarnado aplica o passe, em que passa a mente ao mundo espiritual
buscando um mentor amigo para que venha em socorro a uma criatura e alivie o sofrimento de uma vítima da obsessão, a corrente mentomagnética atinge em cheio aquele espírito obsessor. Com isso, o espírito encarnado emana nesse momento um fluido contrário ao obsessor. Este recebe, muitas vezes, uma descarga tão grande, que desmaia, ou vai dormir, como já dissemos. Não há absoluta de otoque espírito estar ali presente; bastanecessidade que o médium naquela criatura com fé e mentalize um mentor do mundo espiritual, para que sobrevenha em seguida aquela descarga eletromagnética sobre o obsessor. Este vai então dormir e acordar em outro local, num hospital ou noutro refúgio de socorro, de conformidade com a evolução dele. Que diria sobre as magnetizações por insuflação quente (ou seja, sopro atingindo a parte enferma) e fria (sopro bem à distância do paciente)? Há uma diferença entre um passe e um trabalho de cura. Há pessoas que têm uma mediunidade de soprar
na perna de uma pessoa e curar através do sopro. Aí já é um trabalho completamente diferente daqueles de que estivemos falando. Conhecemos muito poucas pessoas na Terra que tiveram ou têm tal mediunidade que possibilita, através do sopro, curar as pessoas. Há um processo especial de aplicação de passes com que se obtiveram já grandes resultados de cura. Consiste em pousar uma mão à nuca do paciente e a outra na boca do estômago, por 15 a 20 minutos, seguindo-se lentas fricções magnéticas por todo o corpo, de cima para baixo, também de 15 a 20 minutos. Como pretendem alguns, tem isso a ver com os chacras daquelas respectivas regiões? Não, não é bem assim. Em todo local que haja uma dor no corpo humano, pode-se posicionar a mão, porém não encostando no paciente. Em toda aplicação de passes não se deve jamais tocar no receptor. Porque é preciso que se forme estágio, onde um espaço para que seo crie o campoum magnético será depositado fluido benéfico naquela pessoa.
Em qualquer parte do corpo que esteja em dor repetimos, por ser importante -, seja no pé, na coxa, nas costas, no peito, pode-se levar a mão do passista, mas sempre conservando-a à distância do paciente. E assim os espíritos, agindo através daquele campo magnético que é ali localizadamente formado, naquele estágio distante do corpo, imediatamente depositam um fluido especial, de acordo com a específica enfermidade da pessoa. Com Mesmeros magnetizadores aprenderam a usara chamada cadeia comunicativa, ou seja, uma fila de doadores de fluidos unidos pelas mãos e ligados no final a um só magnetizador. Seria ela válida ainda hoje? Isso é normal. É como nos trabalhos realizados por nossa equipe. Usamoshoje todas essas modalidades de correntes. No caso dessa cadeia comunicativa, há diferença apreciável de resultados quanto a ela ficar aberta ou fechada? Não importa se a corrente esteja fechada ou aberta, como queiram nomeá-la. Ha realidade, a corrente jamais fecha, mesmo que se queira. Ela
tem sempre e sempre um polo positivo e um polo negativo que permitem se faça a descarga fluídica. E as pessoas recebem esta, quer ela esteja fechada ou aberta, como dizem. O que de fato importa em resultado e intensidade é o pensamento das pessoas ali ligadas à corrente. Ainda lembrando Mesmer, poderíamos considerar até hoje válido o uso terapêutico de aparatos de condensação magnética, aperfeiçoados da célebre baquet, ou seja, uma caixa de madeira contendo garrafas d'água, limalhas de ferro, etc. ? É sempre a mesma coisa. Passam anos, séculos, mas a energia é a mesma. Ela se transforma aqui, cresce de intensidade ali, mas jamais perde a sua essência. É da mesma forma que o utilizar-se de uma garrafa qualquer para pôr ali dentro um determinado líquido. Passam-se os anos, mudase aquela garrafa, mas a matéria-prima que está ali dentro é a mesma. E sobre a possibilidade de certas substâncias químicas inibirem ou potencializarem a ação do passe?
Isso realmente ocorre. Como se aplicará um passe numa criatura embebedada, completamente alcoolizada, ou sob os efeitos tóxicos acentuados do tabagismo, ou ainda de drogas alucinógenas? Aí não adianta muito, e os fluidos do passe serão desperdiçados em tal criatura. Ela não os receberá de forma alguma. Somente depois que ela eliminar tais efeitos é que se poderá trabalhar aí com êxito. Como podemos explicar o mecanismo fluídico do autopasse? É simples: é uma aplicação do Pedi e obtereis, do Batei e abrir-se-vos-á. Aquele que, pela própria ação ou pela ação de outrem, recebe um passe com o pensamento concentrado e à altura da fé, obtém muito mais do que se estivesse pensando nos negócios, nos serviços. Se estiver ligado com a Espiritualidade Maior, logicamente que ele receberá mais. E se estiver pouco ligado, receberá pouco. É assim que, na sua simplicidade mecánica, a coisa matematicamente funciona. Os magnetizadores pretendem que o autopasse
(também chamado automagnetização e ipsomagnetização) possa evitar-lhes muitos problemas de saúde e que possa ser aplicado por eles próprios valendo-se de água ou plantas previamente magnetizadas. Que pode dizer sobre isto? Ocorre sempre. Muitas vezes, ao se arrancar ou conduzir uma planta, é preciso que se forme um campo magnético ao redor dela. De que maneira? Simplesmente através da oração. A prece também é um passe! Quando se faz oração para essa e aquela criatura, transmitemse-lhes ondas mentomagnéticas. Da mesma forma, pode-se atingir e usar nas plantas, nas águas. Tudo é corrente, tudo é fluido! E tudo é matéria, dentro dos conceitos que estamos desenvolvendo. Principalmente quando se forma esse campo num espaço entre uma mão e a outra, cria-se um campo magnético. Por isso, quando se for emitir o passe, não é preciso esfregar ou bater ou chacoalhar as mãos. Já o
dissemos: quanto maior a quietude das mãos, mais propício o campo para os espíritos do bem trabalharem. Se o passe individual é tão importante, que diríamos então dos passes coletivos, ao atingirem uma grande quantidade de pessoas num só tempo?... Enganam-se aquelas pessoas que, estando fechadas numa sala, supõem poder estar agindo apenas Individualmente. Pode-se, por exemplo, agrupar dez pessoas e com apenas um médium vibrando, devidamente concentrado para atingir aquelas dez pessoas. E ele as atinge a todas da mesma forma que está atingindo uma! E da mesma maneira poderá também estar recebendo... Observando um trabalho de cura, vejamos como há por ali pessoas que não passaram pelo médico que procede as curas manipulando fluidos, atendendo os necessitados. E constatemos como essas pessoas que nem chegaram curadas. até o médico já dali às vezes saem
Da mesma forma observaríamos uma pessoa que entra num centro espírita ou num templo de outra religião qualquer: ela recebe ali dentro uma espontânea descarga de fluidos benéficos e instantaneamente ela ali também é curada. Quais as melhores condições que sugere para que funcione a contento um local específico para aplicação de passes? Quanto mais reservado formelhores o local e resultados quanto mais silêncio se observar, se obtêm. Assim é mais fácil formar-se o necessário campo magnético através da concentração harmônica das pessoas presentes. Que mais pode dizer sobre a dinâmica do passe e alguma intercorrència digna de maior atenção? Quando se coloca a mão por sobre uma criatura, forma-se ali uma aura, um campo magnético. Este estará em seguida sendo atingido por fluidos.
Como já ressaltamos, o campo magnético não é o fluido, mas um estágio. Somente o fluido é que representa a energia que o ser humano adquire como receptor. Assim, com a aplicação do passe, atinge-se com intensidade aqueles fluidos pesados que a matéria carrega durante todo o dia. Fluidos, por exemplo, que aí mencionam como saturados de mau-olhado, através da vibração maléfica de um irmãoirmão. que àsE,vezes é contrário de outro através do passe,aoà trabalho medida que se recebe o novo fluido, aquele outro mais pesado vai, por assim dizer, descendo e cedendo lugar ao fluido benéfico. Ao mesmo tempo, há irmãos da Espiritualidade ali agindo, amparando a situação, recolhendo aquele fluido pesado, quase porque ectoplásmico. ectoplásmico, emboraSim, seja quase bem pesado, é ainda mais leve do que o fluido ectoplásmico. Que observamos então? Aquela criatura que está recebendo o passe vai talvez passar a sentir vontade de abrir a boca, a sentir sono.
Sempre que se frequenta um trabalho de comunicação, de desobsessão, um trabalho prático de espiritismo, observa-se aquela sonolência nas pessoas, aquela vontade de abrir a boca. Isto por não estarem devidamente adequadas àquele trabalho. Daí que se deve fazer uma avaliação nessas criaturas, descobrir o que está aí errado para se corrigir. Enquanto participando desses trabalhos, não se pode abrirestará a boca, não atingido se pode sentir sono, pois com este sendo por aquelas descargas fluídicas pesadas e deixará de se alimentar dos bons fluidos. Na realidade, essas pessoas despreparadas não estarão dispersando os maus fluidos dos espíritos comunicantes. O próprio bocejo que, na nossa vida comum, dá sinal da necessidade do sono no nosso organismo já não seria também um sinal de uma desvitalização fluídica ou da premência de se reciclar fluidos? Sim, é verdade. Entendamos que, manifestar num trabalho espírita, a essa pessoa que deixa passivamente sonolência está atrapalhando a si própria e aos
demais. Muitas pessoas adquirem o inveterado hábito de abrir a boca: a qualquer mínimo cansaço lá vão elas escancará-la... Que se faça então um treinamento, um esforço para conservar a boca fechada. Que se cerrem os dentes e evíte-se que ela se abra, até obter-se um controle da situação. Ha cinquenta anos fora criada uma cámara de passe diferente: uma sala especialmente isolada para aplicação de passe espiritual direto, ou seja, sem ação de médiuns, e sim com a presença exclusiva dos receptores do passe, de modo individual ou coletivo. Que pode dizer sobre a eficiência desse antigo método? É um método muito bom e que consola bastante. Observemos uma palestra numa casa espírita repleta de gente. Ali são aplicados passes em todas as pessoas, do mesmo modo que o são numa igreja, em outra religião ou seita. Quanto mais silêncio, quanto mais o
pensamento voltar-se à Altura, mais a criatura recebe. Entretanto, não nos fixemos exclusivamente na idéia de recinto, porque muitas vezes os espíritos vêm em socorro de uma pessoa que está debaixo de uma árvore, sem que tenha uma parede por perto; ou vão em socorro também num estádio de futebol repleto de pessoas. Aqui é um pouco mais difícil, mas eles podem penetrar nume acampo magnético com muitao intensidade criatura que pedir, receber auxílio perfeitamente. Então, no caso de câmara de passes, o local não tem lá tanta importância... Pedi e obtereis! - não é assim? Podemos dizer que a condição de espírito superior o leva a possuir fluidos de maior qualidade e penetração, a ponto de sobrepujar os fluidos pesados do encarnado que recebe o passe? Por outras palavras, a sutileza e propriedades intrínsecas dos fluidos superiores seriam equiparadas grosseiramente à açãopode, do vento, que embora não se veja ou toque, contudo, transportar de um para outro lado
casas e desertos, e mudar em momentos uma paisagem? Completamente, com grande poder. Vejamos bem o raio quando atinge uma árvore. Esta é apenas um receptor de uma energia que aí não se vê, uma energia que mais sai do chão do que de cima, porque se enganam os que pensam que o raio vem de cima para baixo: ele sobe do solo ao céu. Mas mesmo assim a imagem de seu poder nos serve para figurar o poder invisível que vem do Mais Alto. Ora, nesse caso do raio temos uma energia que choca em outra, srcinando uma força vibratória muito grande. É necessário então que haja um agente, que é o fluido cósmico universal. Com isso, transportam-se montanhas. Aí conseguem-se grandes desajustes também na natureza, porque dele se retira energia. Porém, que é que realmente ocorre? Forma-se um grande campo com esses fluidos
pesados e fortes, aniquilando-se e devastando áreas enormes, de tal maneira que a razão normal às vezes não dá conta de compreender. Assim também no âmbito de nossos estudos fluídícos. A ação poderosa do espírito superior deve-se à formação também daquele campo fluídico e eletromagnético gerado pela mente das pessoas envoltas em comunhão de forças. Solicitamos maiores detalhes sobre isto: de que mecanismos, de que recursos, de que expedientes os espíritos normalmente se valem para diferenciar, acumular e aplicar os bons fluidos no ato do passe? E em casos de emergência assistencial, como pode-se explicar melhor uma ação saneadora fluídica do Além? O passe é de uma importância às vezes inaquilatável pela análise comum. Os espíritos se apegam às circunstâncias. Por exemplo: num acidente. As forças ali em jogo não consentem que se possa aplicar o passe no acidentado. Então, irradiando o pensamento, os espíritos encontram uma pessoa que nas redondezas se encontra em estado
sonífero, algum médium dormindo e que disponha de um fluido positivo, que esteja vibrando em coisas boas, em comunhão com o Pai. E, através desse recurso, imediatamente os espíritos socorrem aquela criatura acidentada, levando-lhe e depositando-lhe aqueles fluidos benéficos. Entenda-se então que às vezes não se necessita tanto da presença das pessoas doadoras. Às vezes a horaestá-se não o permite, período de trabalho, voltado aestá-se outrasnum ocupações. Que é feito dos resíduos fluídicos que, por prejudiciais, foram alijados das pessoas através do passe? No mundo espiritual, repetimos, também nada se perde,retirado tudo sedotransforma, atédele aquele pesado paciente que estáfluido sobrecarregado. Ao se colocar, por exemplo, a mão por sobre a coluna enferma de um paciente, aquele fluido denso é reciclado e torna a ser novamente um fluido benéfico. Tal a lei da economia universal.
Sobre as condições técnicas e morais a serem obedecidas pelo passista, que acrescentaria? A pessoa que se dispõe a praticar o passe tem de estar muito bem preparada e adequada àquilo que vai fazer. É muito importante que ela saiba realmente porque é que está aplicando o passe. E, da mesma forma, aquele que está recebendo também deve sabê-lo bem o porquê. Que não se esqueça de uma leitura evangélica, das preces. E que se prepare bastante para entrar em ligação com o Mundo Maior, fazendo-o com toda a intensidade vibratória, com toda a força do coração. Não é somente por palavras que se entrará em comunhão com o Pai, mas sim e essencialmente com a força de expressão do coração. Com este, sim, sobe-se até o Pai, busca-se intensidade de amparo nas Alturas, recebem-se realmente fluidos positivos e benéficos. Podemos, afinal, concluir que apenas um intenso olhar de amor legítimo ao semelhante já é um poderoso transmissor de fluido curador? Tanto fluido curador quanto um passe magnético!
Sim, porque dessa maneira deposita-se numa pessoa aquele campo de bons fluidos que levanta, reanima aquele corpo, muitas vezes caído por falta desses fluidos que vêm também intermediados do espaço. ISMAEL ALONSO NOSSAS METAS NOSSAS METAS Não sejais mais sábios, não sejais mais eruditos: amai! E a doutrina da verdadeira religião; religião quer dizer caridade, e o próprio Deus só é amor. Eliphas Levi (A Chave dos Grandes Mistérios) Também neste livro, como no anterior, falaremos bem claramente para que todas as pessoas possam entender os fundamentos de uma ciência material coligada a uma ciência espiritual. É esta obra dedicada, com muito amor e carinho, a todas as criaturas da Terra que têm
vontade de aprender, vontade de estudar dentro da filosofia espírita, dentro da filosofia cristã. É este livro uma continuidade ao anterior. E também aqui não vamos, de forma alguma, sair fora de Jesus e Kardec. Se alguém provar que minimamente o fizemos, desfaçamos esta obra, acabemos com ela, rasguemo-la ou queimemola! Nosso intuito é o de auxiliar, unificar os grupos de trabalho, um pouquinho de também nós às um criaturas quedar pretendam aprender pouquinho mais da Doutrina Espírita. Porque tudo o que nós todos ouvimos e aprendemos talvez possa servir de aprendizado a outrem. Que todas as criaturas possam então entender realmente a razão de ser do nosso livro. Temos sempre o cuidado bastante para que permaneçam de pé os pilares da Doutrina Espírita, a virtude da caridade, do amor, da sinceridade dentro da lei da reencarnação, provando aos homens que, conhecendo a Verdade, a Verdade realmente os libertará. E, em verdade, de tudo aquilo que fizermos,
teremos de prestar conta, através do mecanismo do efeito e da causa. Forque não existe um efeito sem uma causa; e todas as causas são justas! Estamos neste trabalho com o intuito de divulgar a Doutrina e Ciência Espírita àqueles que ainda não tiveram a oportunidade de conhecê-la. É através trabalho cura,segue dessaé multidão de gente que do vem até nósdee nos que tentamos passar o Evangelho, mostrando às criaturas que somos todos enfermos e trazemos conosco as dívidas, o peso das existências passadas. Para tornarpor o espírito purode é necessário passemos uma sessão sofrimento,que purificando-nos através das reencarnações e acumulando através dela o conhecimento. Fora-nos dito que nos amássemos e instruíssemos. Procuremos então sempre aprender: quantode mais, melhor! Todavia, não nos esqueçamos visitar os lares de caridade, os hospitais, as creches, as cadeias, para que
possamos aprender também na ação da caridade. Para que adquiramos algo de positivo ao nosso futuro, é necessário que trabalhemos sempre e sempre, auxiliemos o próximo na medida em que nos auxiliamos a nós mesmos, tenhamos no coração e para com nossos irmãos o mesmo amor que temos por nós próprios, com a mesma intensidade que amamos o nosso pai e os nossos irmãos consanguíneos. Olhemos principalmente para aqueles que estão atordoados pelo caminho, aqueles caídos pela vida e que precisam de uma mão amiga para auxiliá-los. Tantas nossa ignorância, damos as costas avezes, esses na desajustados, passamos de largo. Toquemos tais criaturas como o fez o bom samaritano, que viu o caído e o auxiliou, sob os olhares distantes dos tantos que apenas olharam, passaram e não se importaram com ele. Sejamos criaturas boas, criaturas-fonte do amor
emanado do Pai. Retornaremos a essa fonte de caridade, de amor! Mas temos de nos purificar, temos de trazer do nosso lado o amor, o perdão. Sim, perdoemos as criaturas, mas de coração, sem deixar sequer uma mágoa para trás, um sentimento contrário à lei de amor e à lei de caridade para com todo irmão. Porque o perdão, feito do dá fundo coração, é uma que o Pai nos parado que possamos nosbênção glorificar como seus filhos, para que possamos evoluir e aprender. Tantas vezes nosso Pai lança sobre nossos lares os nossos inimigos para que possamos conviver com tais criaturas, a amar essas criaturas, emanandoaprendendo assim bastante amor aos nossos filhos. E estes, tantas vezes, são inimigos aportados ao lar para reconciliação com os próprios pais. O amor mais puro, o amor com maior intensidade neste Não mundo é aquele de uma mãetão para com o filho. se encontra uma outra grande força vibratória quanto aquela do amor
materno, que arrasta noites e noites sem sono para poder amparar criaturinhas reencarnadas no lar. E a mãe quase sempre não sabe quem realmente é, não conhece a criatura que vem ali aos seus cuidados. Talvez ela lhe tenha provocado tão grande mal no passado e hoje está nos braços benditos do amor materno para uma reconciliação! Uma vez ocorrido esse milagre de amor no recesso do lar, o ódio que fora gerado no passado é esquecido, todos voltam a ser espíritosoamigos, trilhando novamente caminhoespíritos do Bem.irmãos Está aí o grande poder de transformação do instituto da reencarnação! E é em nome dessa divina e silenciosa ação que temos desaconselhado a terapia de vidas passadas. Se oque Paiinsistir dá a bênção de esquecer o passado, em querer lembrá-lo? Penetrarpor numa terapia dessas é manifestar falta de fé, de confiança no Pai e, muito mais ainda, até na Doutrina Espírita. Que o espírita, mais ainda conhecedor dessas leis, não cometa tal falta de querer voltar ao passado, porque isto não o levará positivamente a lugar Lembremo-nos do futuro, quenenhum... é este que realmente nos importa. Olhemo-lo com a
preocupação constante de fazer a nossa reforma íntima, a nossa transformação para criaturas efetivamente boas, e pedindo sempre a bênção do Pai para que possamos andar sempre de pé, carregar juntos a cruz que nos eleva e nos ajuda a aproximar de Deus. Do fundo do coração, procuremos sempre amar as criaturas, trazê-las também ao amor e à caridade, jamais odiando alguém, jamais lançando sobre as criaturas fluido impregnado de ódio. Este é um imperfeição contrária à lei do amor e da caridade; as cargas de retorno que a contrariam são pesadas de suportar, e - todos sabem - um dia teremos de forçosamente prestar conta de tudo o que cometemos. O Reino de Deus é um Reino de Amor cuja luz gloriosa irradia por todo o Universo! O Pai permite que essa lei de amar atinja os quatro cantos do planeta. Mesmo num recôndito, isolado lugarejo, permite o Pai que fixe moradaali umilhadas. espírito bom que possa auxiliar as criaturas
Essa ação bendita de proteção vemo-la entre as tribos de índios e povoados como também nas grandes metrópoles, nos estados, nos países. Sempre aqui e ali uma criatura bondosa sobressaindo-se para assistir e amparar; sempre uma alma de maior preparo coloca-se como mentor, tanto encarnado como desencarnado, para supervisionar tal e tal local. Da mesma forma, a Casa do Pai! Uma Casa de providência! Umaconstituiu Casa de Amor e Caridade! Porque Ele assim o Universo: de multidões infinitas de gotinhas de amor. Delas Ele fez o Reino dos Céus! Fazemo-nos presentes aqui com a permissão de Jesus, com a permissão de uma plêiade de Espíritos nós amamos que nos dão um condiçõesque de estarmos aquie para auxiliar trabalho todo voltado à Doutrina Espírita, Doutrina esta que é dedicada do Mundo Espiritual ao plano da Terra, trazendo a Luz do Mundo a criaturas que ainda a desconhecem, fazendo com que através da leitura de um livro, de uma mensagem, de centros um pensamento, assuntos relativos aos de forças dos vibratórias, dos fluidos, se possa trazer as
criaturas ao Espiritismo, para que leiam e compreendam esta verdade que tanto Jesus ensinara: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará! É então a verdade dessa Doutrina maravilhosa que tanto nos assiste e que tanto ensejo nos dá de entender e aprender sempre, pois, quanto mais dentro dela se aprende, mais e mais se quer aprender! Quanto mais livros se veem à frente, mais livros ainda se têm para ler... E importante que todos continuemos firmes, com os olhos voltados ao futuro, mas com os corações vibrando sempre à retaguarda, passando tais ensinos sublimes, através desse instrumento chamado livro, de leituras que vêm do Mundo as Espiritai ao de plano material, redimindo criaturas coração endurecido, conduzindo-as à Doutrina do bem, que é a Doutrina cristã, a Doutrina Espírita, cujos pilares são a caridade e as leis reencarnatórias. Assim vamos sabendo por ela que toda causa tem um efeito, e que esse efeito é justo,eporque cometemos falhas e falhas no passado, no presente e futuro as quitaremos.
A bondade do Pai Celestial sempre permite novas e novas oportunidades de resgatarmos o nosso passado quase sempre repleto de turbulências, de dívidas, de erros dos quais temos de fatalmente prestar contas. Mas Ele espera a oportunidade para que possamos estar melhor equilibrados e sentir mais firmes as pernas, para que possamos caminhar levando a cruz adquirida no passado, para nos purificar, para lavaratravés os nossos erros. Somente do sofrimento marcando as reencarnações é que vamos aprendendo, estudando e refletindo, trilhando essa Doutrina maravilhosa dos espíritos. É assim que, em contrapartida de gratidão, devemos proceder: sempre criaturas ao nosso lado, sempre doar auxiliar palavrasasamigas, palavras benéficas, palavras de conforto e auxílio. É muito importante que, no despertar do dia, dirijamos uma prece ao Alto para buscar vibrações positivasespíritos e atrair para nosso lado, na nossa caminhada, benfeitores, sempre dispostos a estarem ao nosso lado para auxiliar
e amparar. Procedamos com benevolência sempre quando encontrarmos criaturas caídas pelas ruas, cumprindo com suas, às vezes, tão penosas provações, ria sua fraqueza de espírito, elas caem pelas calçadas, desesperançadas, e ali estejamos nós, levando uma leitura do Evangelho, de um livro amigo, aquele aprendizado adquirido dentro desta nossa Doutrina e cristianismo ao revivido por Allan Kardec. Acolhamo-nas nosso aconchego, doando-lhes fluidos benéficos para que novamente se levantem e caminhem, coloquem a sua cruz sobre os ombros e a carreguem sobre a face deste nosso imenso planeta de provas e expiações, onde todos somos compromissados com um delituoso passado. É mesmo assim que procede um cristão na Seara do Mestre, no caminho evolutivo: sempre espalhando amor, piedade, palavras de conforto aos que vêm até nós, bastas vezes completamente obsediados, sugados por um obsessor de umaendurecidos, dívida cometida em no decorrência passado. Espíritos enraizados ainda no erro, quase sempre vêm
cobrar-lhes drasticamente, e aí vêm as obsessões, os manicômios, em cujo recesso essas criaturas são trancafiadas, por não conhecerem ou não compreenderem a sua real missão na Terra. Muitas vezes temos a oportunidade de exercitar o nosso aprendizado haurido nos livros espíritas, lições que nossos protetores passaram ao plano material com confiança e carinho, falando de uma nova vida auxiliar a cada novo dia que nasce, para que possamos também os que nada sabem e não conseguem permanecer trilhando o caminho com os próprios pés. Por tais razões é que criaturas às vezes completamente obsediadas batem à porta dos encarnados para que os corações separa abram, que tais criaturas sejam auxiliadas, quepara se exercitem os ensinos de Kardec, do irmão Chico, do irmão Emmanuel, com seus livros consoladores batendo sempre nessa mesma tecla do exemplo fiel de cada um, para que possamos dar as mãos àqueles mais pequeninos, trazendo-os também ao nosso caminho de amor. Acolhamos aquela ovelhinha desgarrada do
rebanho e que nos chama a todo instante! Sejamos o bom pastor que a reconduza novamente ao caminho do bem, colocando-a a trilhar com as próprias pernas! Às vezes as provações das criaturas são tão penosas que chegam a ser quase insuportáveis, mas o Pai Celestial é infinito amor e bondade, permitindo sempre e sempre que outras criaturas lhes estejam ao lado para que a provação amigas seja cumprida a contento. O Pai sempre espera o melhor ensejo para que resgatemos os débitos pretéritos, cometidos por falta do legítimo conhecimento de suas Leis, como ocorre à nossa volta com essas criaturinhas caídas pelosejamos mundo em condições. Ehoje amanhã talvez nóstristes os necessitados de que outras criaturas nos socorram, nos ajudem a persistir no caminho do bem. Lembremos: "muitos são os chamados e poucos os escolhidos". São muitos os espíritos que vêm trilhar no
caminho do Espiritismo, no caminho do bem, e que recaem totalmente por reencarnações tortuosas, porque se esquecem de exercitar a caridade. Tantas vezes pedira o Cristo: — "Orai e vigiai! Tende fé, sede perfeitos como vosso Pai Celestial!" Sejamos, assim, boas criaturas, sempre lembrando um espírito guardião está ao nosso lado,que recebendo as nossas orações. Quase sempre nos esquecemos de que esse Anjo Bom está sempre conosco para nos acolher e levantar. Preparemo-nos então para receber a Boa para receber Jesus no altarnova! do nosso coração, dentro dessa Doutrina codificada por Kardec e revivida nos últimos tempos pelo nosso irmão Chico, que tantos ensinos traz através dos mentores amigos. Procuremos instruir e amparar, sempre que preciso, as criaturas mais pobres e menos sábias. Sim, estejamos sempre preparados para o
trabalho celestial, com o pensamento voltado ao Pai, ao caminho da luz, ao caminho do amor, ao caminho da bondade. Sejamos perfeitos como nosso Pai Celestial é perfeito. A nossa mensagem de cada dia seja que todos continuemos nos amando uns aos outros, amando todas as criaturas à nossa guarda, porque o amor aproxima tantopoder do Pai, nos como a umanos fonte que irradia e levaperfeição aos nossos corações! Essa fonte chama-se Deus! Ela nos criou, a ela um dia retornaremos, ao encontro do Pai. Mas é preciso que abramos nosso coração para nele admitir também aquelas fontezinhas de mundo, luzes irmãs que estão dispersas pelas ruas do à procura de um socorro, de uma palavra amiga, à procura da nossa luz. Que sejamos então uma ponte de intermediação para acolher e levar essas criaturas ao caminho da luz! Que Jesus nos assista a todo instante, porque
Ele é o Mestre, é a nosas meta, é o nosso modelo a trilhar e seguir, e a cada instante agradeçamos ao Pai por nos enviar esses espíritos de altíssima luz que vêm até nós acudir e amparar, transmitir-nos todo esse bendito aprendizado que nos apressa a evolução. Uma fonte cujas águas são límpidas e são benéficas a todo o nosso aprimoramento! Sejamos criaturas boas e receptivas, a ponto de poder compreender todos todas os nossos irmãos e perdoar, do fundo daa alma, as ofensas contra nós cometidas, as quais somente vêm dessas criaturas por não terem entendido as razões e direções certas da mensagem do Cristo. A mensagem do Cristo de Deus é uma mensagem todos nós aperene chama de dobondade amor! e sedimenta em Ismael e equipe espiritual FÉ, VONTADE E MAGNETISMO CURADOR
FÉ, VONTADE E MAGNETISMO CURADOR Quando o mago egípcio Teta (no reinado de Snefru e Queops) fez reviver aves recolocando no local suas cabeças cortadas; quando o profeta bíblico Elias fez ressuscitar o jovem filho da viúva de Serapta; quando Asclepíades de Pruse (124-96 a.C), ao ver passar um féretro pela rua, tomou do morto e, levando-o a uma casa, fê-lo reviver; quando Apolônio de Thiana (morreu 97 d.C), ao simples toque de mão, restituiu a vida a uma jovem aparentemente morta; quando o mago Cornélio Agrippa (14861535), para se inocentar de um crime que não cometera, fez com que forças do Além retornassem à vida um seu hóspede estrangulado por mãos invisíveis; quando o célebre médium católico Dom João Bosco (1815-1888) restituiu, momentaneamente a vida a um jovem de quinze anos morto há seis horas; quando Fúlvio Rendhel, o famoso médiummago italiano da atualidade, comovido ante o apelo de uma mãe desesperada pela morte de sua filha, foi com ela até o cemitério e fez com que a filha morta se erguesse do túmulo e abraçasse a mãe inconsolável; quando Jesus Cristo fez com que Lázaro de Betânia se
erguesse do túmulo após quatro dias de vida sepulcral - em todos esses casos, seja por essa ou aquela circunstância ou ação fluidomedianímica, a energia maior que operou foi a da grande vontade potencializando a FÉ. Vieram ter com Ele numerosas multidões, transpodando coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros, que lançavam a Seus pés. Ele curou-os" (...) (Mateus XV, 30) A vontade forte de Jesus curava multidões. (Quadro de G. Doré) Quando o Espírito Emmanuel diz que o pensamento é uma força eletromagnética, ele está afirmando que, evidentemente, o pensamento manifesta-se numa realidade material, se assim podemos fazer-nos entender ao mencionar uma força tão sutil. Acurados experimentos de laboratório constataram que das mãos dos passistas são emitidas ondas eletromagnéticas. Ora, se a força do pensamento tem correlação eletromagnética com a força de acionar fluidos
através de um campo de forças eletromagnéticas (que outro não é o ato de transmitir passe), vemos como é determinante aí o poder da vontade, ou seja, a força volitiva acionada por uma inteligência para potencializar o pensamento, direcioná-lo, fazêlo agir em campos de força. Eis então que pensamento e vontade, como forças modificadoras da matéria, seriam também eletromagnéticas, e isto nos dois regidos planos: poríeis o transcendental (espiritual) eo físico (matéria densa). Trazemos no nosso interior todas as maravilhas que buscamos no nosso exterior. Thomas Brown A única medo. coisa que devemos temer é o nosso próprio Roosevelt Se a matéria veio do espírito, é evidente que o espírito comanda a matéria, é superior a ela. É o que tentou passar a célebre frase do poeta Virgílio "Tudo no Universonaé Eneida: penetrado pelo quanto mesmoexiste princípio, alma animando a matéria, que se mescla com
este grande corpo". Sem dúvida então que o espírito move a matéria. É quase o mesmo princípio expresso pela também célebre frase de Albert Einstein: "A imaginação é mais importante que o conhecimento". Imaginar um oato de pensar, e quem pensa é o espírito, eénão cérebro. Daí que o pensamento é o instrumento da vontade do espírito. O Livro dos Espíritos (pergunta 89) esclarece que "quando pensamento está emé alguma parte, a alma otambém aí está, pois a alma quem pensa. O pensamento é um atributo." Eis então que o espírito, encarnado ou não, tem o poder de agir sobre a matéria pelo pensamento. Então, num sistema de cura em que o pensamento e a vontade exercem o seu papel
prevalente, temos ainda que a fé é a potencialização dessa ação. Jesus, o maior curador do corpo e da alma que já conhecemos, agia pelo poder da fé e a mostrava e indicava assim como a força maior do espírito a deslocar montanhas e mundos. Ora, os próprios magnetizadores famosos reconheceram o poder interior da vontade como fator primordial do resultado de suapor medicina fluídica. O Marquês De Fuységur, exemplo, que assim confessou em sua obra "Do Magnetismo Animal" (1807): "Creio na existência de um poder em mim. Desta crença deriva a minha vontade de exercer. o ato que de minha vontade determina todos os Eefeitos me vistes produzir e que não podeis pôr em dúvida. Não sei nada demais... Toda a doutrina do magnetismo animal está encerrada em duas palavras : crer e querer. Creio que tenho o poder de acionar o princípio vital de meus semelhantes; quero fazer uso desse poder; eisCrede aí todae adesejai minha ciência e os meus meios. intensamente, senhores, e fareis tanto quanto
eu!" (grifo nosso) O espiritismo não diz outra coisa, acrescentando apenas que os resultados obtidos pelo magnetizador se devem também e mais decisivamente pela ação dos espíritos e dos fluidos espirituais. E esta ação é tanto mais forte quanto maior é a fé do magnetizador. Razão porque o grande magnetizador Henri Durville se expressou quanto a essa poderosaassim energia: "A fé! A fé, dizem, levanta montanhas. Transmite, de nossos plexos, a totalidade de nossas energias, no momento preciso, para onde desejamos. É ela que nos coloca em íntimo contato compermite todas as potencialidades Só ela nos transfundir a nossaexteriores. própria vida com tal energia que, mesmo nas proximidades da morte, ainda que toda esperança pareça perdida, a centelha de vida que se manifesta ainda, reacende e inflama. A fé é o anjo de guarda de nossa vida!" Reconheçamos assim, com os magnetizadores e com ¦ doutrina espírita, que a cura pelo passe é,
antes de mais nada, um ato de fé. Orientada por uma boa vontade e pelo sentido do bem, a fé sincera atrai os bons espíritos, como estes próprios disseram a Kardec em "O Livro dos Médiuns": "...a força magnética reside, sem dúvida, no homem, mas é aumentada pela ação dos espíritos que ele chama em seu auxílio. Se magnetizar com o propósito de curar,que porse exemplo, e invocar um bom espírito interessa por ti e pelo teu doente, ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige o teu fluido e lhe dá as qualidades necessárias." Kardec complementa ressaltando em "Obras Póstumas" papel aspecto moral e do desejo arden¬te nooato do do passe: "A faculdade de curar pela imposição das mãos deriva evidentemente de uma força excepcional de expansão, mas diversas causas servem para aumentá-la, entre as quais são de colocar-se na primeira linha: a pureza dos sentimentos, o desinteresse, a benevolência, o desejo ardente de proporcionar alívio, a prece fervorosa e a
confiança em Deus; numa palavra: todas as qualidades morais." O espírito anima a matéria. A fé aciona os fluidos. A boa vontade direciona a fé para Deus. Com Deus, que é que não se pode fazer? Ora, a prece sincera é também uma potente usina de energia que se direciona ao Alto e promove incalculáveis benefícios ao fazer descerem até a Terra os fluidos superiores. Ouçamos o Codificador em Obras Póstumas: "A prece, que é uma verdadeira evocação, atrai os bons espíritos, sempre solícitos em secundar os esforços do homem bem intencionado; o fluido dos ao primeiros se casa com o benéfico do segundo, passo que o do facilmente homem vicioso se junta ao dos maus espíritos que o cercam." Em "A Gênese" temos uma clara distinção feita por Kardec quanto aos métodos terrestres e os métodos espirituais de manipular fluidos. E do aqui reafirma que prevalece em tudo o poder pensamento e da vontade. Vejamo-lo nesta
citação final: "Os espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. Para os espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com uma eles conjuntos apresentam uma aparência, forma, umaque coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual." Há quinhentos anos já sentenciara Paracelso: "Deveis saber que a ação da vontade é em medicina um importante fator". Há dois mil e cem anos o grego Asclepíades de Pruse, vindo de Bitínia, chegou em Roma e ali tomou-se um morto.o príncipe dos médicos ao ressuscitar
Donde a sua fama senão no poder de acreditar na vida? Ouçamos o antigo escritor Lúcio Apuleio: "Um dia, quando Asclepíades se dirigia a sua vivenda, que os honorários elevados lhe tinham permitido comprar em Roma, encontrou na Via Sacra uma procissão fúnebre composta de grande número de pessoas que choravam. Cansados de carregar o cadáver, eles o tinham colocado margem da estradae para descansar. O médicona grego se aproximou perguntou pela causa da morte, e como ninguém fosse capaz de lhe dar informações satisfatórias, ele olhou para o corpo com mais atenção e pensou ver sinais de vida. Apagou o fogo que já tinha sido aceso e interrompeu o banquete fúnebre para o qual os parentes e amigos já se estavam reunindo. eloquência os persuadiu de esperar. Levou Sua o suposto cadáver para uma casa vizinha e, no fim de vários minutos de manipulações, eles ficaram espantados de ver o morto mover-se e voltar gradualmente à vida. A nova desta cura milagrosa se espalhou através de Roma com a rapidez de um raio." O último passo da razão é reconhecer que há
uma infinidade de coisas que a superam... Pascal Todas as coisas estão cheias de deuses.Tales A Gênese, diz Kardec: "São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes, de acordo com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado, como no magnetismo ordinário; doutras vezes é rápida como uma corrente elétrica." Que poderia o irmão ilustrar sobre isso, dentro da ciência dos fluidos? Através da ciência dos campos magnéticos sabemos que o médium que dispõe de muito magnetismo transfere-o outrem.um Contudo, não o faz sozinho: se nãoa houver agente ele espiritual, através de um eficaz intercâmbio, a energia do médium se enfraquece. Sozinho ele não chega muito longe. O médium utiliza um fluido sobre uma criatura que está emesse um fluido canto, éem um centro, em algum lugar, mas elaborado e trazido por espíritos para ser aplicado sobre o enfermo. Há
criaturas que, em se lhes tocando com um simples palavreado, com um simples tom de voz mais expressivo, já saram. — Levanta-te desta cama e anda! - poder-se-ia
ordenar-lhes. Com isto elas recebem toda a descarga fluidomagnética de que necessitam para se levantarem e caminharem. Já noutras criaturas os procedimentos e efeitos são bem diferentes. Lançam-se-lhes inúmeras radiações de choque eletromagnético e não se consegue nelas atuar a contento, não se consegue recolocar os centros de força em funcionamento normal, para que estes permaneçam princípio vital,equilibradamente esta energia queinterligando circula entreoos órgãos. E, assim, demora-se muito para se restabelecer o ciclo de harmonia. Indaguemos então: do que depende a rapidez ou demora na cura? Depende do merecimento da pessoa que recebe a intervenção, tanto quanto da qualificação da
pessoa que a pratica. Entendendo melhor, o médium tem muito campo magnético e pode sim construir alguma coisa, pode até conseguir o que impropriamente se chama milagre, mas aí a maior parte dos recursos provém do mundo espiritual. Porque, nesse caso, trata-se do processamento de fluidos ativados por espíritos. O magnetismo que o médium lança sobre uma criatura é uma transmissão de fluidos magnéticos provenientes do mundo espiritual e não do mundo material. Fossem eles adivindos do vosso plano e vossos olhos ve-los-iam em sua radiação, em sua força vibratória, um atingindo o outro em sua ação. Tais fluidos são também mais de srcem espiritual e não somente material. O magnetismo também não é aí, por assim dizer, do plano material. O campo magnético é aí sim um campo material, há uma eletricidade, uma forma de corrente eletromagnética que é lançada sobre o enfermo. Como sempre temos repetido, o que se nomeia aí magnética não é a eletricidade, e sim um
estágio entre uma e outra energia; é como um envoltório que envolve os fluidos eletromagnéticos. Tomando a termo de ação legítima os ensinos cristãos exortando que a fé constrói e remove montanhas, e que somos como que deuses em potencial - poderíamos assim realizar muito mais do que operando qualquer técnica preconizada pelo magnetismo? Por outras palavras, a fé viva não é a mais poderosa, rápida e eficiente usina processadora e transmissora de fluidos? Justamente! A fé é a maior usina da natureza. A fé é que remove tudo, faz tudo. Com qualquer tipo de correntes que se trabalhe, se não se tiver fé, como se atingirá o alvo? não, sem ela deporque nada adiantará estabelecer uma corrente, se nos falta a fé, falta-nos tudo! Sim, falte-nos a fé e nos faltará até a vontade de comer. Sem fé, nada se faz, não se vai a lugar nenhum. Tudo age, tudo se transforma através da fé, daquela corrente viva e positiva quesentimentos vibra nos nossos corações, que atinge nossos com tamanha intensidade, a ponto de com ela
proceder os erroneamente chamados milagres: levar criaturas a andar, apenas lançar um olhar num obsediado e retirar para longe o obsessor... Com um simples olhar de fé! Que pode acrescentar sobre o poder fluidoterapêutico da fé, do ponto de vista de sua ação transformadora, tanto no corpo somático quanto no perispírito e no espírito? Necessário busquemos a fé, que nos socorramos da fé, que aprendamos a ter a fé! A fé não é uma coisa que se encontra por um acaso. Não! É uma energia que vai brotando devagar no coração das criaturas, e cada vez com mais potência. O importante é que sejamos criaturas boas, que busquemos o Pai com toda a força do nosso coração, para que a transfiramos também às criaturas que vêm até nós muitas vezes enfermas. Portanto, amemo-nos instruindo-nos, procurando aprender e passar a outrem tudo
aquilo que está à nossa guarda, e para que tenhamos o conhecimento do que verdadeiramente é a fé. A fé é uma força vibratória que flui através das correntes eletromagnéticas. Tudo se unifica numa só energia que é processada através do nosso pensamento, através da nossa fé. Tenhamos então bastante fé naquilo que faremos, num trabalho a ser encetado, para que ele se desenvolva em perfeita harmonia e de acordo com as leis naturais. Cultivemos aquela fé viva que nos eleva através da prece saída fundo coração: o filho buscando o Paido bem nas do Alturas! Se é essa legítima força vibratória, a hóstia imaculada que o Pai oferece no altar do nosso coração, cuja fragrância busca com tanto alcance o Criador, e com tão perfeita harmonia, que aquela efusãoem que vem do comorecebemos que se transformando pétalas de Alto, rosa, sem que ninguém saiba de onde vêm!
É o amor transformando-se numa fé viva e abrandando o coração dos homens! Há no livro bíblico Atos dos Apóstolos (III, 1 a 10) o episódio em que Pedro e João curam um coxo de nascença apenas fixando-o no olhar e ordenando que ele se levante em nome de Jesus. Que comentaria sobre o aspecto fluídico desse poder magnético do olhar, guiado pela fé ou poderosa vontade? Reafirmamos que a fé é, sim, uma usina de forças de grande poder, mas de que a maioria das criaturas pouco se dispõe a utilizar. Como já dissemos também, tudo depende do merecimento da pessoa que vai ali buscar aquela energia e quemagnético às vezes não encontra porquepositiva seu campo está em baixa frequência. Assim pouco vai adiantar, porque os bons fluidos não a atingirão, porque aquela usina de forças está em baixa produção, está muito falha. Entendamos: tudo se encadeia, transforma pela força da fé! tudo se
Entendemos assim que a energia do pensamento, aliando-se fortemente à energia da vontade, pode fazer movimentar beneficamente as turbinas da fé para o bem e o progresso do espírito. Por outro lado, como educar essas duas energias para que não dispersem pelo lado do mal e contra os semelhantes? Enquanto lançamos um pensamento a uma outra pessoa, estamos emanando energia, estamos dirigindo um campo de força àquela pessoa. Por tal razão é que o Mestre Jesus pedia: "Mão levanteis falso testemunho; não façais préjulgamento de ninguém; não condeneis ninguém". Porque, na medida em que se está condenando ou levantando testemunho contra alguém, está-se jogando sobre ele um campo de força mental que é capaz de lançar-lhe uma enfermidade, tanto quanto é capaz de eliminála. Ora, direcionando-se assim uma energia inferior numa criatura, um obsessor que esteja por perto transfunde ainda mais energia negativa sobre aquele campo e com isso poderá prejudicar fortissimamente aquela criatura, até ao
desencarne. Há casos de criaturas terem adquirido anemia profunda por terem sido atingidas por esses campos de força que são negativos e minguam a resistência dos corpos. São forças obsessoras atuando sobre aquele campo, fazendo com que a criatura se enfraqueça cada vez mais e mais, até ao ponto de desencarnar. Nesse caso, tomando de um exemplo, é possível que o pensamento de um próprio encarnado aja fluidicamente atrapalhando uma gravidez? Sendo-o, como ajudar nesse caso a criança? Sim, atrapalha e muito! Tantos casos há até do próprio filho. desencarne, tanto da mãe quanto do E' possível ajudar a criança através do passe, através das correntes à distância. Sabe-se que desde a Atlântida, passando por várias civilizações, foi tão grande o conhecimento do magnetismo e da força mental a ele aliado, tanto no uso benéfico como maléfico, que ultrapassaria bastante o que
sabemos e aplicamos hoje na ciência da fluidologia. Isto é correto? É verdade. À medida que se lança um olhar sobre um animal, joga-se sobre ele um campo magnético e viaja ali um fluido bom ou ruim. E à medida que se dirige o olhar a uma planta, também joga-se sobre ela um fluido bom ou ruim, dependendo muito da pessoa agente, porque quem viaja através desse campo magnético é o pensamento dela. Isso aí é um magnetismo. Sim, outrora, num passado remoto, criaturas havia em profusão que olhavam em determinado local e com esse simples olhar ali provocavam um incêndio. Isto porque nessa ação de efeitos físicos tão fortes agia uma força fluídica também de grande proporção, em que as pessoas combatiam com os olhos e provocavam incêndios. Contudo, tal força fluido-visual não era conhecida e praticada genericamente pela humanidade, mas por um específico povo que
dominava tal intensidade de ação de fluidos em seus efeitos físicos poderosos. Hoje, não com aquela, mas com uma bem baixa intensidade, criaturas há que olham para um animal ou uma planta e os destroem. Trata-se sempre da ação do mesmo fluido de que temos falado desde o início. Bem sabemos que uma permanente atitude de serenidade, de ação virtuosa, de prece e de comunhão com Deus é a melhor profilaxia contra qualquer tipo de obsessão. Como fundamentar o mecanismo técnico disso? Há aí uma mais forte malha áurica ou como que uma condição fluídica contrária à do obsessor? Até que ponto é aí determinante a ação do espírito protetor? Quando fazemos uma oração, estamos nos protegendo ao criar uma aura através dos centros de força. A prece é conduto daquela energia que buscamos e que magnificamente nos protege. Estando assim o nosso campo protegido, não há
como um obsessor ali atuar. ISMAEL ALONSO APOMETRIA E FLUÍDOS APOMETRIA E OS FLUÍDOS Uma nova verdade científica não triunfa por convencer seus opositores, fazendo-os ver a luz, mas antes porque seus opositores morrem, eventualmente, e cresce uma nova geração que se familiariza com ela. Max Planck Em 1965, surgiu no Rio Girande do Sul através do portorriquenho Luiz Rodrigues, a HIPNOMETRIA, técnica psiquiátrica espiritista utilizando o desdobramento perispiritual. Logo depois o dr. José Lacerda de Azevedo mudou-lhe o nome para apometria, com a mesma técnica fundamental, porém com maior desenvolvimento teórico prático. O livro técnico desse inteligente pesquisador versando sobre a apometria é uma valiosíssima contribuição à ciência espírita e muito mais aos trabalhos práticos de desobsessão.
Procurou ele embasar o dinamismo Interatlvo dos dois planos, físico e espiritual, numa conceituacão e numa terminologia científicas, buscando nos parâmetros da física moderna uma contribuição a explicar e fundamentar a complexa problemática da comunicaação medianímica, às vezes permeada de termos vagos que ele procurou esvaziar. Desenvolvem-se ali várias técnicas paralelas, fruto anos. de utilização prático-terapêutica de muitos Há a técnica da despolarização dos estímulos da memória, em que a colocação alternativa das mãos no crânio agiria apagando registros desagradáveis. Há a técnica da polarização, com resultado inverso, ou seja, fixar pensamentos positivos de amor, calma, altruísmo. Com a dialimetria e a eterialtria usam-se técnicas mentais e energias de alta frequência vibratória, com poder de influir na constituição da matéria, considerando a maleabilidade desta. A pneumiatria seria a cura pelo próprio espírito,
em regime de doutrinação. Há treze leis apométricas, cada qual definindo um procedimento próprio de ação mediúnica assentada nos princípios da apometria. Na aplicação dessas leis, utiliza-se fundamentalmente uma técnica consistente em verbalizar uma contagem numérica (quatro, três, dois, um...) e que termina ao se constatar o fim visado. Esses pulsos numéricos têm a finalidade de implementar a ação da força mentovolitiva. A apometria vale-se de três energias, a que denomina: 1. Força mental, 2. Energia cósmica potencial de condensação do Espaço. 3. Energia Zeta. Poderíamos dizer que o que caracteriza mais a apometria, no sentido de sua aplicação práticoterapêutica e desobsessiva, é o desdobramento perispiritual e a força mental, usando artifícios
verbais, manuais e telepáticos. Como bem dissera o espírito dr. Ismael Alonso no seu livro anterior, "a apometria, essa nova Física espiritual, é um assunto muito grande que precisa ser estudado e aplicado". Um livro à parte desenvolverá o tema apometria, assim como o tema mediunidade. O pessoas não são os fatos e simque as perturba opiniões as sobre os fatos. Epíteto Que poderia dizer sobre o uso da apometria? É quase o mesmo sistema observado nas correntes mento-magnéticas, com os resultados aferidos no trabalho de desobsessáo. Num trabalho de cura à distância todos nós usamos forças, energias, no fundo, busca-se o mesmo fim, o mesmo resultado, a mesma forma de ação. Na apometria, fala-se fundamentalmente em desdobramento de médiuns para doutrinação do obsessor ali no seu próprio âmbito, ou seja, no mundo espiritual. Isto é, ao invés de o obsessor
vir até o médium, é este quem vai até o obsessor. Que pode dizer sobre a eficácia deste método? Em todos esses trabalhos que vimos comentando há já um desligamento de forças à distância. Tanto na apometria quanto nos trabalhos de correntes mentomagnéticas visa-se uma ação à distância. Ora, menos se imagina se está,da até certoquando ponto, desligando do corpojá através expansão do pensamento. Pensamentos viajam... Ocorre que há médiuns que penetram num estado e aparentemente se apagam. Outros de nãosono necessitam dessa sonolência e seu pensamento viaja da mesma maneira. Da mesma forma com a corrente mentomagnética: desliga-se do corpo. Mas somente até certo ponto, pois jamais um espírito completamente do corpo: somentesesedesliga ele desencarnar.
Eis que então nesses trabalhos com correntes o pensamento adquire potencialização e as pessoas envolvidas na corrente entram num estado de sono. Aí sim, quando entram nessa sonolência, o espírito está mais liberto para trabalhar. É feito um desdobramento. E que acontece? O espírito é aí o olho do corpo: há criaturas que se recordam, que viajam por sobre as cidades, as plantações, os oceanos, e tudo veem, porque estão despreendidas do corpo. Estamos aí então dentro do âmbito da mesma corrente de que vimos falando: corrente mentomagnética. Podemos dizer que desdobramento apométrico, viagem astral, clarividência viajante,bilocação projeção astral, desdobramento perispiritual, são nomes diversos referentes a um único e mesmo fenômeno? É verdade: é tudo a mesma coisa. A técnica de projeção perispiritual de médiuns ao Outro Lado, amparada por equipes socorristas dali, não oferece prodigiosos meios terapêuticos, uma vez que assim o espírito, mais
livre, readquire seus atributos e melhor se assenhoreia da situação? Sim, é verdade. Mas nessas correntes os médiuns devem estar muito bem preparados, bem familiarizados com o trabalho. Não é qualquer médium que está apto a enfrentar uma tarefa de correntes mentomagnéticas desse nível. Tal tipo de trabalho, se mal-orientado, pode causar atémuito desencarne, pois se labora com correntes pesadas. Podemos dizer que os três tipos fundamentais de energia com que se trabalha na apometria correspondem, na nomenclatura espiritista, ao fluido vital, ao princípio vital e à irradiação mental? Sim. Esses três tipos de forças são derivados do fluido cósmico universal, assim como todas as energias: não existe uma corrente, energia ou matéria que não venha dele. A vossa matéria, o vosso corpo - tudo provém dele. E também as o princípio vital que interligam os correntes órgãos doecorpo.
Podemos considerar que o conjunto teórico, da apometria, à parte seu evidente valor orientativo prático-terapêutico, é também um muito válido esforço de adequar à linguagem da física moderna muitas situações da dinâmica de interação e comunicação entre os dois planos, o material e o espiritual? Como sempre ilustramos, nada se perde, tudo se transforma. Tudo se encadeia em perfeita harmonia. Também nas comunicações em geral, tanto no mundo material quanto no mundo espiritual. Formam-se esses campos eletromagnéticos, esses campos fluídicos onde os espíritos entram em contato com o mundo material. Tudo issoum é um processo também processo a sermuito aindasimples, muito mas considerado e estudado. No caminho da perfeição vamos adquirindo devagar mais compreensão. À medida que a Terra vai girando, anos e anos, séculos e séculos, vamos evoluindo e cada mais aprendendo a trabalhar com essesvez tipos de fluidos e forças.
Sim, na realidade, hoje, usa-se muito pouco tal ciência, tais fenómenos, mas, no passado, usava-se demais. Pessoas antigas poderão relatar sobre vários casos onde os espíritos apareciam em quantidade, apresentando-se materializados perante as criaturas, podendo ser por essas até tocados e apalpados. Ora, essa mesma energia de que se vale para fazer uma materialização é retirada dos encarnados e vem do princípio vital. Alguns a chamam magnetismo, quando se retira o princípio vital da corrente eletromagnética, de uma segunda energia. OBSERVAÇÃO FINAL O título "Apometria do Além" nomerará um livro à parte. Os Espíritos preocupam-se com a descoberta do enorme potencial das correntes mentais e insistem em aclará-la numa retilineidade ética. Olvidamos o papel gigante de tais correntes no nosso mundo; daí, por exemplo, a preocupação de um enigmático Conde de Saint Germain vindo severamente
alertar as lojas iniciáticas quanto a previsões astrológicas, atingindo a coletividade com potentíssimas correntes fluídicas negativas, até levando à morte a pessoas proeminentes, alvo de inescrupuíosas antevisões. Se admitimos a realidade inconteste do fato astrológico, contudo devemos combater o seu deturpado uso. ISMAEL ALONSO CORRENTES MENTOMAGNÉTICAS CORRENTES MENTO-MAGNÉTICAS O pensamento e o períspíríto viajam e promovem século XIX)fortes ações à distância. (Gravura do Desde o Antigo Egito, conhecia-se o poder das correntes mentomagnéticas. O rei egípcio riectanebus colocou miniaturas de navios numa bacia com água e assim, com correntes mentais contra o inimigo, venceu uma batalha naval. O sacerdote Tchatchaem-ankh (sob o rei Snefru, 2650-2500 a.C.) fazia estranhas operações: certa feita, por palavras mágicas, movimentou
água do rio para retirar uma presilha de cabelo que ali caíra. Usava-se a mente como poder de impregnação fluídica das imagens (shab-ti) humanas que no túmulo auxiliariam o morto no Amenti (Além). O poder fluídico das palavras mágicas (hekau) promovia fortes ações à distância, tal como se usa hoje nas correntes mentomagnéticas e na apometria: esta verbaliza números para promover o despreendimento perispirítico. Na Grécia, registrou-se que o próprio Aristóteles entregara a seu pupilo Alexandre, o Grande, uma caixa com figuras de cera imitando seus inimigos, com o que o conquistador conseguia mantê-los inteiramente dominados. Esticando ao alto um fio metálico preso a uma linha que sustentava um papagaio, Benjamin Franklin puxou do céu a eletricidade, provando a natureza elétrica do raio. A experiência repetiu-se com Luís XVI na França, desta feita unindo as mãos de duzentos monges e fazendo passar-lhes uma corrente. Da mesma forma funciona a corrente mentomagnética no homem. Numa concentração, num forte pedido, numa prece, um fio fluídico, visível no Além, sobe às
esferas espirituais até onde chegue sua força, e de cima desce a energia espiritual sintonizada com a Terra. (Veras explicações de Maria João de Deus no livro Cartas de uma morta, Chico Xavier). As pesquisas do inglês Michael Faraday levaram seu compatriota James Clerk Maxwell a estabelecer matematicamente a existência das correntes eletromagnéticas. Restava prová-lo cientificamente, façanha que coube ao alemão Menrich Hertz em 1888. A demonstração da existência e do uso prático das ondas eletromagnéticas por esses físicos revolucionou o mundo das telecomunicações. A comprovação de que o pensamento, tal como o definiu o espírito Emmanuel, é uma força ou energia eletromagnética, poderá levar a ciência a melhor entender a existência e ação do espírito? Spiritus ubi vuit spirat (O Espírito sopra onde quer) São João, III Quod de futuris non est determinata omnino Veritas. (Que para o futuroNostradamus nao ha verdade exatamente determinada)
Desde que o homem é homem ele vem usando correntes mentomagnéticas. Por onde flui o pensamento senão por uma corrente mentomagnética? E quem é que consegue ficar sem pensar numa mínima fração de tempo? Uma pessoa apenas, ou duas, ou três... Não existe limite para isso, porque uma pessoa conversando outra, pura e simplesmente, estão usando com tais correntes. Ora, quando uma pessoa sozinha está meditando, ou quando uma multidão está sintonizada em conjunto, ouvindo um orador, ou um grupo de pessoas está reunido num templo corrente.fazendo uma oração - tudo é a mesma No espiritismo, que fundamentou o espírito como um grande vórtice energético, o conceito de pensar e mentalizar é bem evidenciado como um poder de ação incalculável. Tanto encarnada como desencarnada, essa de centelha Universo tem tal atributo agir nainteligente matéria do através da mente.
O uso direcionado, coletivo e potencializado dessas correntes fora há muito e bastante divulgado pelas sociedades secretas, alcançando aqui e ali entre os homens uma consciência sobre o grande poder da mentalização. Daí se srcinaram até várias seitas e movimentos (por exemplo, a Christian Science de Mary Backer-Eddy), às vezes disciplinas terapêuticas. No espiritismo há referências sobre o uso das correntes mentomagnéticas nos tempos de Kardec e, aqui e ali, dessa ou daquela maneira, no correr de sua história. No Brasil, por exemplo, temos o exemplo do inolvidável Eurípedes Barsanulfo, que usava frequentemente tal recurso, depois transposto pelo pioneiro Jerônimo Cândido Gomide aos rincões goianos da cidade espírita de Palmeio. O uso correto dessas correntes representa um forte subsídio à desobsessão e outras terapias. Sem dúvida que recursos mais racionais e eficazes como esse têm um futuro aberto nas
práticas do plano terrestre e no âmbito espírita, assim como têm já um sucesso garantido desde um tempo imprecisável no plano espiritual. Da antiguidade vem o conhecimento da alma e de seus poderosos veículos: o pensamento e a vontade. Retornemos ao Antigo Egito e ouçamos Hermes Trismegistos: "Ordena à tua alma que esteja na índia e eis que, mais rápida que tua vontade, lá estará, não por ter viajado de um local a outro, mas como se já estivesse lá. Ordena que voe para o céu e não necessitará ela de asas: nada pode obstaculá-la, nem o fogo do Sol, nem o éter, nem docortando céu, nemtodos os corpos dos outrosa revolução astros; mas, os espaços, subirá em seu vôo até ao último dos corpos. E se quiseres passar a abóbada do Universo e contemplar o que existe além dela (se é que algo existe depois dela): tu o podes. Vês que potência, que velocidade possuis!" Estamos há vários milênios de Hermes e o homem ainda crê pensar com músculos e
neurônios! Rechacemos as exterioridades físicas e despertemos a chama viva do espírito, cujo poder instantâneo de ação e transformação está no pensamento e na vontade! Tudo é questão de vontade e direção mental. Já Paracelso dizia: "A imaginação resoluta é o principio de todas as operações mágicas. É possível que meu espírito (...), através apenas de uma vontade ardente, e desprovido de uma espada, seja capaz de ferir e matar outras pessoas." Sim, desde a mais remotacom antiguidade o homem sabe que pode até matar a sua mente dirigida. Razão porque há de educá-la, aprimorá-la, direcioná-la ao bem, para que a lei de causa e efeito, operando correntes mentais de retorno e cobrança, não esteja a operar invisivelmente contra nós, a todo instante promovendo surpresas de que nem imagina desagradáveis nossa mente descuidada.
Uma vez conscientizados de que as forças do bem serão sempre mais fortes e sempre vencedoras, impregnemos sempre nosso espírito dos eflúvios transformadores da fé, tal como no-la definiu Chateaubriand: "fé celeste, fé consoladora! Fazes mais do que transportar montanhas: tu abrandas os duros pesos que se acumulam sobre o corpo do homem." Dizem que para bem aprender é preciso esquecer várias vezes. O mundo seguiu este método. Tudo o que está em questão hoje fora resolvido pelos antigos... Eliphas Levi (A Chave dos Grandes Mistérios) Sobre o trabalho do irmão Eurípedes Barsanulfo, em Sacramento, em torno das assim chamadas correntes mentomagnéticas, que poderia elucidar? Usávamos muito essa teoria, esse tipo de tratamento. A corrente mentomagnética, uma corrente da mente, é uma expressão de um pensamento maior atingindo o seu alvo. Ao formá-la, viaja-
se através de um campo magnético onde se introduz com intensidade as forças vindas do fundo do coração, em benefício daquelas criaturas que precisam passar por um tratamento. É deveras importante esse tipo de lenitivo, quando haja irmãos a ele realmente dispostos. Há que se tocar a criatura também, mas não com mãos, com o problema pensamento, levando para as dentro deesisim mesmo dela, para que as vibrações de amor possam atingi-la, viajando por fluidos benéficos através de correntes geradas num campo magnético. Deste são introduzidos fluidos oriundos do princípio vital, o qual sai do fundo do nosso coração e atinge as estivesse criaturas uma com etamanha intensidade, como se outra pessoa se tocando! Observa-se um pronunciado distanciamento das pessoas, entidades e hospitais em torno do uso terapêutico das correntes mentomagnéticas coletivas. Seria este um recurso já ultrapassado, ou, pelo contrário, seria ainda prematuro?
Sempre trabalhamos com correntes magnéticas. Sempre tratamos com correntes magnéticas. Hoje, não sabemos por que, dispensam essa teoria que já se mostrou de correta e eficiente aplicação. Examinem-se os nossos trabalhos feitos à distância, seus resultados. Os irmãos já devem estar cientes de que, através das correntes magnéticas, muito são ajudadas as criaturas que estão aqui em nosso plano. Através das correntes magnéticas as criaturas viajam, e as que mantêm o pensamento voltado a outras pessoas longínquas atingem os enfermos necessitados com tanta intensidade, com uma energia tão grande! É como se o paciente, embora estando longe e ausente, se encontrasse ali mesmo... Há muito forte discussão sobre esse assunto por parte da psiquiatria espírita e acadêmica... Deveriam adotar esse tratamento, mormente nos hospitais psiquiátricos. Por exemplo: instalar um paciente em local isolado e aplicar-lhe uma corrente
eletromagnética com intensa força vibratória. E quanto ao uso coletivo da corrente mentomagnética especificamente na obsessão? Como é que funciona? Falamos até aqui de cura genérica. Ha obsessão, áge-se de uma forma diferente, embora também a desobsessão seja, por assim dizer, uma terapia. Depende-se aí de um médium capacitado que possa atuar satisfatoriamente à necessidade do trabalho, que se encontre à altura de orientar o obsessor. Um obsessor sob o efeito de tal corrente de pensamento sendoem doutrinado mentalmente,estará ao tempo que as demais pessoas constituindo a corrente estarão vibrando em uníssono. A descarga fluidomagnética aí formada recai sobre a criatura obsessora, a qual vai sendo doutrinada aos poucos. Retira-se assim o obsessor que atuava sobre o obsediado. Todavia - e eis aqui o ponto capital! -, não se
lança aquela criatura nas trevas e no sofrimento, em função de sua expulsão pura e simples, como se dela se quisesse livrar. Não! Não é isso que se pretende, e sim doutrinar tal espírito, ensiná-lo sobre como deixar de perturbar uma criatura encarnada. E, ao limpar fluidicamente aquela criatura sob os efeitos da obsessão, atendemos um saneamento duplo: de obsessor e obsediado. Cura-se assim um que por faltaestá de conhecimento, pormédium falta de capacidade, sofrendo sob a influência de um obsessor, e também a um tempo cura-se o obsessor. É assim que realmente funciona ou deveria funcionar: um trabalho terapêutico bilateral. Nas comuns sessões espíritas, formam-se correntes de médiuns ao redor das mesas, visando atingir os necessitados distantes com preces e vibrações. Tanto aí como nas sessões de desobsessão discute-se às vezes quanto a fazê-lo somente com o pensamento ou se com as mãos unidas... Há de se tocarem as mãos, porque essas correntes não funcionam somente fluindo pelo
pensamento de um médium a outro. Ao se enlaçarem fisicamente as mãos de uns médiuns com os outros, encadeiam-se as forças, formase uma vibração mais alta, mais intensa, com maior poder de atingir diretamente o obsediado, o obsessor, o necessitado. Unindo-se assim as mãos, estar-se-ia também possibilitando à Espiritualidade melhor agir e direcionar a corrente e os fluidos? Atente-se ao que dissemos uma pessoa dessa corrente deve alhures: estar com seuúnica pensamento direcionado ao obsessor e efetuando a sua doutrinação. Porém, fazendo-o apenas mentalmente, orientando, explicando àquela criatura que ela não deve agir daquela forma, para que modifique a sua maneira de ser, passando-lhe assim bastante Evangelho... À medida que ocorre essa doutrinação mental, o obsessor vai recebendo reiteradamente aquela descarga fluídica da corrente. Com essa doutrinação potencializada, quando menos esperar ele estará curado, ou em vias certas e rápidas de sê-lo. Temos visto por aí tantos e tantos casos de
curas assim, e já fizemos muito desse trabalho, dessas correntes, na nossa Sacramento. Usávamos ali muito esse sistema. Com bons resultados?... Sim, obtínhamos um resultado surpreendente que nos deixava satisfeito pelo êxito do trabalho. Podemos entrever aí ainda um resultado excepcionai quando haja um bem maior amparo da Espiritualidade acompanhando tudo... Atentemos: quando se toma à mão um pequeno graveto, pode-se parti-lo facilmente, mas se tomarmos de um feixe de gravetos, dificilmente o quebraremos! Assim quanto às correntes. Depara-se às vezes com um obsessor terrível que em certo sentido sabe muito mais do que o doutrinador, a tal ponto que este não dará conta de doutriná-lo. Tal tipo de obsessor, por mais argumentos se lhe dirija, às vezes não se estará à altura de doutrinar. Sabe ele denotar um conhecimento muito mais avantajado, por dominar a intimidade de quase todas as leis, embora esteja enraizado no mal, em virtude de o Cristo ainda não ter nascido no seu coração.
Ora, nesse caso as correntes fluidomagnéticas desencadeiam uma força tão potente, que ele jamais logrará fazer-se-lhe contrário, porque a descarga fluídico-magnética se manifesta consideravelmente mais forte do que a dele. Razão por que nesses casos obtemos com a corrente excepcionais resultados positivos. Consideramos que o método de desobsessão por correntes mentomagnéticas é mais um precioso recurso que vem somar-se ao de doutrinação verbal. É um coadjuvante circunstanciai e não um substituto absoluto das sessões doutrinárias de desobsessão. E' correta a dedução? Sim. Porque quando se está na presença de um obsessor com bem maior estofo de inteligência -mais como já acabamos do de que lembrar -, com talvez conhecimento o doutrinador, tenta este passar os conhecimentos doutrinárioevangélicos àquela criatura, mas ela não os recebe, por conhecer já tudo o que consta dos Evangelhos. Ela sabe tudo, entende tudo, talvez até mais do que o doutrinador. Então, que ocorre, que fazer?
O seguinte: liga-se uma corrente em prol daquela criatura, vai-se anestesiando o sentimento dela através desse tipo de energia que nela se vai depositando. Ela vai cada vez mais sentindo esse como que eletrochoque, vaise sensibilizando, até que sente abrandar-se o seu coração. Sem dúvida, isso tem dado muito resultado! A Espiritualidade Maior trabalha demais com esse tipo de corrente, principalmente para enraizados fazer aproximação de espíritos fortemente no mal, daquelas entidades que de maneira nenhuma querem partir para o lado das falanges do bem. Assim, pelas oportunidades que lhes são dadas, pelo merecimento de tais criaturas penetrarem momentaneamente no meio fluídico de sociedade melhor, é aplicado tipouma de choque. E às vezes então o espírito o senteesse com tanta intensidade, a ponto de estremecer e ser jogado ao chão. Um processo de estofo altamente técnico, mas que não deixa de ter uma conotação moral embutida na intenção, não é isto?... Sim, porque aí é executado um saneamento fluido-terapéutico tanto no médium quanto no
espírito obsessor. Importantes tais elucidações visando acender luzes, dirimir dúvidas em assunto tão polêmico... Doravante os caminhos se abrirão e maiores facilidades surgirão para esses trabalhos. O importante é que todos sejam realmente bons, que se auxiliem uns aos outros, tentando ser perfeitos como o nosso Pai Celestial o é! É assim, é nesse espírito que age e labora todo o Universo, em torno de uma grandeza tão incalculável, perante a qual, às vezes, a sabedoria dos homens se mostra tão inferior, por não compreender ainda a lei da caridade, da paz, do amor; por não compreender a realidade da própria vida! Porfia-se e estuda-se nas faculdades da vida, mas esquece-se de que o amor é fonte maior emanada de Deus e que atinge os nossos corações quais se fossem estes receptores da caridade e bondade do Alto; e quanto mais ele se desabrocha, mais aceleradamente desenvolve a evolução do espírito pelo processo das
reencarnações, e cada vez mais nos aproximamos do Criador. Porque todos somos centelhas de luz emanadas de uma mesma fonte, e um dia a ela todos retornaremos! Sim, irmãos, assim foi constituído o nosso Universo: da glória do amor e da paz! Se o Reino de Deus está dentro de nós, a paz também o está! E o amor também é eflúvio que nos acompanha dia e noite, bastando abrir as portas à sua sublime floração! Lembremo-nos, amados irmãos, de que o amor está sempre do lado de Deus e que os que têm ódio estão sempre se afastando d'Ele, sempre se afastando da luz e penetrando na escuridão! Entretanto, Deus,tanto que nos na sua bondade infinita tanto nos ajuda, consagra com a bênção de um anjo guardião ou espírito protetor- Deus está assim sempre ao nosso lado para nos amparar e orientar nas trilhas de nossa romagem terrena, propiciando-nos as forças benéficas para que aprendamos ainda mais e sempre. Assistamos, por nossa vez, os seres mais
pequeninos do que nós, ajudando, amando e perdoando, para que um dia também sejamos auxiliados por essa plêiade de espíritos maravilhosos sempre dispostos a nos auxiliar e amparar! Que maneira prática e fácil e que fins específicos sugere para a implantação de um trabalho de correntes mentomagnéticas nos centros espíritas? Esse trabalhomédiuns deve sercom feitoamplo com médiuns capacitados, conhecimento nessa área das correntes mentais e dos fluidos. Assim se formaria uma cadeia de médiuns que possa fazer um trabalho desses. Um trabalho importante! Se soubessem o quanto é valiosa uma tarefa dessa natureza, quase todos os centros adeririam a essa eficaz forma de tratamento, que não é nova, mas é hoje apenas mais aprimorada, com mais estudo das criaturas evoluídas. Antigamente o seu uso era mais difícil o conhecimento era muito pouco porque em torno das energias daainda mente.
Para a desobsessão, esse trabalho de correntes é de uma importância tão grande, que deveria ser feito por quase todas as casas espíritas que trabalham nessa tarefa. Deve-se, quanto se possa, formar um grupo de médiuns capacitados para atuar nessa área, porque há nela muito mérito. Trabalhamos nessa área e sempre deu muito certo. Com o choque anímico, estabelecido em terapia na década de 1940, visando atingir terríveis obsessores com correntes mentomagnéticas, obtiveram-se então ótimos resultados. Ora, se hoje sabemos que multiplicou-se grandemense a quantidade desses obsessores impassíveis de doutrinação imediata, não seria aquele um premente recurso nos nossos tempos em que as portas umbralinas dão oportunidade última de regeneração até aos mais trevosos irmãos? Sim, o caminho é esse! O mundo espiritual sempre trabalha com esse tipo de choque para dominar uma criatura que não quer ser dominada.
Tantas vezes é dificílimo fazer aproximação com tais criaturas pelos processos mais normais, e então o mundo espiritual lança mão de um aparelho. Com este são retirados fluidos daqueles médiuns em trabalho de desobsessão e depositados nas criaturas. Encadeiam-se as correntes mentomagnéticas num grupo de pessoas, cujo número se fazia antigamente em três, daí o nome de corrente trimagnética, em virtude de participarem do processo três espíritos concentrando as forças fluídicas num só conjunto de ação e disparando aquele feixe de energias sobre o obsessor. Este, ao recebê-lo, sente como que uma dormência ou sono, e este estado de passividade permite aos espíritos socorristas levarem ali um outro espírito doela conhecimento daquelapara criatura fazer com uma aproximação, que para através desse contato de entendimento e amor o espírito obsessor sinta de seu íntimo o desabrochar de energias de compreensão e arrependimento. São então eficientes recursos que ele emprevidentes seguida sejae doutrinado e trazidopara novamente ao caminho do bem.
Por mais que as pessoas não queiram aceitar e debatam em torno disso, em todo trabalho de desobsessão aqui no Além são usados tais critérios e métodos. Se os humanos aí encarnados quase não os utilizam, os espíritos se fartam de fazê-lo multimilenarmente. E se é lamentável que pouco se conheça disso aí na Terra, não existe melhor processo de desobsessão para tais casos específicos por nós elucidados. Tal conceito de choque anímico choca as pessoas à primeira menção, por carrear imagens de purismo técnico e esvaziamento éticoreligioso. Porém, se for visto também por este ângulo, o choque mediúnico observado a todo momento nas sessões desobsessivas nas casas espíritas igualmente não teria essa aparente conotação traumática? E este último não chocaria até ainda mais, por causar trauma bilateral, ou seja, no espírito comunicante e no médium? Sim. Temos uma estação de rádio no ar funcionando pelas ondas hertzianas com um tanto de potência.
Tenhamos em mente a interferência de uma outra rádio, agora no ar com o dobro de potência daquela primeira. Que é que acontece? Uma, a mais forte, vai suplantar a outra: uma energia superando a outra. De igual maneira diríamos, em relação a esses trabalhos espiritistas, que um campo magnético penetra dentro de um outro campo magnético, utilizando fluidos e atingindo com eles as criaturas com intensidade maior ao seu campo vibratório, a ponto deem serrelação provocada a sua queda ou desmaio, conforme já disséramos. Ora, esse choque o sentem também as pessoas despreparadas para tal tipo de trabalho de desobsessão incorporativa. Aí então os um obsessores podem fazer dessas criaturas joguete. E há de fato um vasto campo de mistificação nesse meio de ação - mas este é um outro assunto, muito mais complexo e polêmico... Assim, nesses trabalhos de desobsessão com correntes mentomagnéticas evitam-se muitos problemas e até a mistificação...
Sim, evitam-se, porque nesses casos o espírito alvo dessas correntes não se comunica, não o faz por incorporação, como se diz, ou algo que o valha. Com tal método de correntes estamos apenas no âmbito do pensamento, e daí o evitar-se toda essa vasta problemática da mediunidade. Os artifícios e aparatos usados no Além para capturar chocar beneficamente os espíritos têm sido edescritos em obras mediúnicas recentes. Podemos prever que, assimílando-se melhor pela reiterada leitura e costume, desaparecerá a natural repulsa perante tais métodos por alguns considerados precipitadamente como antidoutrinários e até antifraternos? Tentar-se-á de qualquer maneira bater nessa tecla, mas não se chegará a lugar nenhum. Isso porque no mundo espiritual nada se perde, tudo se encadeia e se transforma harmonicamente. Até, por exemplo, um fluido pesado que é eliminado através de um passe é apanhado uma plêiade de espíritos, é levado dali e é por reciclado. Assim novamente ele é retornado
como fluido bom e adequado à criatura. Nenhum fluido é perdido! Aí como aqui, nada se perde, tudo é transformação. Lancemos vistas ao imenso laboratório da natureza: quem diria que uma lagarta se transforma numa mariposa? E vejamos tantos outros animais que entram nesse processo transformativo, nessa metamorfose, mudando de uma para outra coisa. Aqui no mundo espiritual também nada se perde, nem mesmo o fluido do princípio vital, que se mantém vivo como uma corrente de forças, e em poucas horas outra criatura pode adquiri-lo, entrando em ação o mesmo princípio vital para animar um outro corpo físico. Podemos considerar que se alguns se assustam com a descrição e uso de métodos de correntes mentomagnéticas em nosso plano, muito mais se espantariam ao tomar conhecimento efetivo de similares e mais fortes métodos que os espíritos já usam, como aparelhos, fluidos e recursos por nós desconhecidos, não é certo? É a mesma coisa que se tomar de uma solda e fazer uma liga de um e outro materiais
diferentes. Através dessa recomposição de matéria-prima de fluido cósmico universal lançada sobre as criaturas, aprimora-se um fluido para que o fluido da pessoa recipiente se torne mais leve. E atingindo-os frontalmente através dessas correntes mentomagnéticas que os obsessores receberão apropriadas descargas de choques. Essa como que transformação adquire uma intensidade tão grande quefluídica aos poucos os obsessores vão cedendo... No uso das correntes mentomagnéticas às vezes se divide a sua operação em várias fases, visando desde expulsar a reunir e incorporar fluidos. divisões?Há validade e praticidade nessas Não. Quando se faz uso de uma corrente fluídica para expulsar um obsessor do corpo de uma pessoa, o seu próprio pensamento já cria esse campo magnético operando automaticamente em expulsão àquela criatura. Quando se cria um pensamento de auxiliar, de
aproximar um espírito protetor da criatura, com essa corrente magnética atrai um espírito bom para socorrê-la. É um automatismo de ação funcionando de acordo com o merecimento da pessoa. Não adianta buscar, se a pessoa está enraizada no mal, se o pensamento dela não está sintonizado com a sua vibração, pois então todas as suas forças serão vás, não se conseguirá chegar a lugar nenhum. Assim como alguns o querem no uso dos passes, seria lógico considerar nas correntes duas principais fases: uma para dispersão de fluidos maléficos e outra para acumulação de fluidos benéficos? Ou antes é melhor considerar uma únicadizer, fase de emissão benéfica, saturando, por assim o paciente, e anulando automaticamente a açào dos fluidos maléficos? Ou ainda ambas as alternativas seriam circunstancialmente bem aplicadas? Não, não existe essa forma de duas correntes, nessa questãoIrata-se de passeapenas dispersivo e acumulativo, de nomenclatura.
Encaremos o passe espiritual de uma única maneira, de uma única modalidade. Quando o passista lançar a mão por sobre a pessoa, não é necessário que ele faça o movimento de jogar aqueles fluidos para trás. De forma alguma! Quanto mais imóvel estiver a mão, melhor o resultado alcançado, pois haverá mais facilidade para que os espíritos trabalhem. Não limpam os fluidos das pessoas com essessemovimentos, assim como o Cristo também não curou com o movimento de bater as mãos. Quem compulse todo o novo Testamento não encontrará nenhum evangelista referindo-se a Jesus usando tais métodos. Ele somente erguia a mão por sobre as pessoas. E à medida quedeo fazia, lançava-lhes um fluido benéfico que elas careciam. Entendamos então que não é preciso que se faça muita cerimônia. A eficácia do passe depende bastante é do estado físico-moral da pessoa que ofluidos, aplica:quem que não coma carne, beba, São etc. Os os aplica são os não espíritos. fluidos completamente espirituais.
Assim também no uso das correntes mentomagnéticas: deve-se elevar o pensamento às Alturas, mentalizar uma forma de luz, um espírito protetor, para que este deposite no necessitado o fluido benéfico de que ele carece. E, na maioria das vezes, o médium coloca-se alheio ao que ocorre, não pode atinar com a natureza daquele fluido que ali está sendo aplicado por sua intermediação. O médium, aí, como seu nome já diz, é simples intermediário. A cada pessoa um fluido diferente, não adianta o médium dizer que está usando o método de passe dispersivo ou fluido dispersivo, o que não existe. Tudo é extraído do fluido cósmico universal. Assim também quanto às correntes mentomagnéticas aplicadas nas criaturas para retirar-lhes aquele fluido pesado, chamado ectoplasma, que elas carregam consigo. É um fluido bastante ponderável, que dá sonolência e pode até derrubar as pessoas, provocando tremor e desmaio. Quanto a este último fluido, exemplifiquemos
lembrando que os maus espíritos o utilizam demais nas criaturas epilépticas. Eles as saturam desses fluidos ectoplásmicos e as derrubam ao chão. Daí os ataques, os desmaios. Devemos entender então que todo o quadro convulsivo observado na vida do epiléptico tem srcem na ectoplasmia manipulada negativamente pelos espíritos maléficos? Sim. Tudo aí é choque de forças. Que é que acontece quando uma energia se debate com outra energia? não se dá um choque que pode, por exemplo, manifestar-se numa explosão? Pois é da mesma forma no âmbito dos fluidos que vimos estudando, no caso mencionado náo se criou ali um satisfatório campo eletromagnético intermediando e equilibrando uma e outra energias; daí esses choques de dissonância vibratória. Mencionando a corrente trío-magnética, o irmão destacara o caso em que a disponibilidade era de apenas três espíritos. Contudo, em nosso plano, devemos entender
que teoricamente não há limite ao número de médiuns, desde que preparados, e que quanto maior for esse, melhor o resultado? Sim, que sejam cem, duzentos médiuns: quanto maior o seu número, tanto melhor. Observemos, porém, a condição principal bem lembrada: que os médiuns sejam todos suficientemente preparados para tais trabalhos. Nos tempos de Mesmer, quando se faziam filas de pessoas formando uma corrente, notava-se que várias delas entravam espontaneamente numa soñolencia forte e irresistível. Como explicar ou como seria aproveitado melhor esse fator para algum processo de terapia? Tratava-se de corrente fluido-terapéutica. Uma descarga que as pessoas, náo estando preparadas para participar dessas correntes fluídico-magnéticas, recebem apresentando tais fenômenos. Ao formar-se a corrente, imediatamente recebem essa influência e sentem-se mal. Presenciamos casos em que as pessoas recebem
um choque e desmaiam. Outras mais saem dessas correntes passando mal por não estarem também devidamente preparadas para tal tipo de trabalho. Por tais razões é que insistimos ainda sobre o prejuízo do alimento carnívoro. Todos devem encarar essas tarefas sem se valerem da alimentação de carne de qualquer espécie, porque os seus fluidos, impregnados no organismo, são completamente ação dos fluidos dispensados nascontrários correntesà eletromagnéticas, onde as pessoas sentadas à volta de uma mesa se dão as mãos para praticar um tratamento à distância em prol de uma criatura que sofre. Há de estar-se bem preparado, além de moralmente, também fisicamente, porque o fluido pesado, ectoplásmico gerado pela carne é bastante e à medida que a pessoa dele portadora recebe o fluido mais leve a circular pela corrente, ela sente um choque e passa mal. Pessoas desmaiam, vomitam, porque, repetimos, não estão de fato preparadas para o trabalho. E quanto ao efeito do tabaco nas pessoas que participam dessas correntes?
Se a carne faz mal, o tabaco também, no entanto, este não é portador de fluido tão pesado quanto o da carne, e nem mesmo a própria bebida alcoólica. A carne leva um fluido pesadíssimo, emanando um fluido ectoplásmico, como insistimos em repetir, que atrapalha bastante as pessoas. Observe-se uma pessoa que come a carne e verse-á comoenquanto ela tem mais sono, maisconsegue vontade ficar de repousar, o vegetariano por mais tempo acordado, sem sentir o peso do estômago. Um tipo de terapia alternativa chamado ressonância fluídica age fora do corpo do enfermo, mas com extratos dasde partes afetadas, onde são aplicadas altas doses produtos químicos que seriam inaplicáveis assim no corpo, por sua evidente fatalidade. Vale-se aí da homogeneização fluídica vibrando em cada mínima parte do corpo, mesmo estando separadas deste. Que diz sobre isso? Sim, isso tem fundamento. Bastas vezes, no nosso trabalho, curamos uma
criança que esteja no colo da mãe, mas agindo de que maneira? Curando a mãe para assim curar a filha! Nesse caso, introduzimos o remédio no cérebro da mãe para que a cura atinja fluidicamente a filha. Quem melhor observar os nossos trabalhos verá que, quando incorporado no médium, colocamos crianças à mesa e tocamos constantemente, a todo momento, a testa da mãe... O mesmo fazemos com os médiuns que ali estão. Para quê? Para que através desse expediente possamos formar um campo intermediário agindo por ressonância na colocação do fluido na criatura enferma sobre o leito, para que assim nela possamos atuar. Observe-se também os nossos trabalhos de cura à distância: utilizamos o mesmo veículo. Penetramos na vibração da pessoa ali sentada em concentração e viajamos através do seu pensamento, para atuar sobre a matéria enferma que está muito distante dali. Bastas vezes a própria pessoa usa fluidos de si
mesma para curar outra pessoa. Através da corrente mentomagnética joga-se fluidos sobre sí mesmo e se os transmite a outra pessoa ausente. Basta querer, ter fé, ter força na própria força do pensamento. Contudo, esse trabalho com correntes mentomagnéticas não deixa de ser um trabalho que carrega seus perigos. É, sim, muito perigoso! As pessoasmão hãodessa de estar muito bem preparadas ao lançar terapia. Há algumas décadas um pesquisador espanhol elaborou a chamada teoria das órbitas mentais elípticas. Estabelece que se no microcosmo (mundo atômico e subatômico) e no macrocosmo (mundo das galáxias) a elipse é uma forma de expressão de energia, também o pensamento seguiria naturalmente uma trajetória elíptica. E fez ele disso uma terapia, aplicando mentalmente dois supostos focos elípticos de energia: o positivo e o negativo. Que há de fundamento nisso? De todo tipo de força ou deé energia se ele possa imaginar, o espírito veículo,que porque age com o pensamento, ele viaja pelo
pensamento. Até onde queiramos levar um tipo de fluido, um tipo de força, conduzimo-lo pelo pensamento. Disséramos há pouco de criaturas que fazem com que uma cadeira se movimente, mova-se de um para outro lado com a força da mente, com a força do pensamento. Ora, literalmente não há um espírito movendo tal cadeira, que não!forma É umao corrente de força ligada ao espírito campo eletromagnético e este torna praticável o movimento. Porque todos os fluidos são eletromagnéticos. Como já explicáramos, o magnetismo entra apenas como um estágio num campo que propicia a união de uma energia e outra. Aquele pesquisador imaginou assim: tendo a elipse dois polos, de igual maneira os teria uma elipse mental; e jogando mentalmente a energia do polo negativo (doença, etc.) a passar por um imaginável polo positivo (um poste ao longe, por exemplo), dessa maneira estaria neutralizada a ação negativa. Encararíamos isso apenas como um artificio mental, embora com certos bons resultados?
Todas as energias têm o seu campo magnético já o dissemos. Por isso é que há aí dois poios: positivo e negativo. Todos os centros de força que nós utilizamos têm dois focos: o positivo e o negativo. Não houvesse o positivo, somente com o negativo não se formaria uma energia. A toda energia correspondem os dois polos e no meio um campo magnético a separá-los. Sabemos que a antiquada técnica de choques elétricos, usada há algumas décadas atrás pelos psiquiatras, afastar o obsessor algum tempoacabava e aliviarpor o obsediado. Ora, o por choque anímico, preconizado por novas escolas da psiquiatria espírita e usado através da mediunidade com auxílio espiritual, não produziria hoje mais racionalmente os benéficos efeitos que antes se perseguia naquele método empírico e defeituoso? Quando se aplicava choque elétrico num
paciente com uma entidade espiritual incorporada, ela recebia aquela descarga elétrica e assim se ativava novamente o seu campo mediúnico, atingindo o cérebro. O paciente recebia aquele forte choque e o obsessor dali se afastava, porque ele também recebia aquele choque. Deve-se saber ou lembrar que espírito desencarnado tantoaímedo de receber choque quantotem se tem na Terra de adquirir o câncer! Se procurarmos um espírito obsessor dizendolhe que pretendemos fazer com ele um tratamento de eletrochoque, ele se afastará de nós rapidamente e com terror. Existe no mundo espiritual um aparelho que é como um bastão de cerca de uns vinte centímetros. Ele é utilizado pelos espíritos de luz quando necessitam penetrar nas esferas inferiores, no Mundo Menor, nas trevas umbralinas, para acolher aquelas criaturas manifestam arrependimento e desejo de que melhora.
O mencionado aparelho espiritual age por choque, e não se pode imaginar aí na Terra o quanto o obsessor o teme! Que ocorre diante dos efeitos do seu uso? O espírito como que desmaia e permanece às vezes por anos sob os efeitos daquele choque. Porque o espírito também é em si uma fonte de energia comSob energia, para ele e,umenergia distúrbio. o seuaquele efeito choque ele fica é distorcido, tolhido em seus atos, e até por uns anos sem compreender a sua situação. Por tais razões é que o antigo tratamento de eletrochoque nos hospitais psiquiátricos dava certo. E é também que o trabalho de desobsessào atravéspor dasisso correntes eletromagnéticas, tal como Eurípedes já bem elucidou, tem ótímos resultados. E esses eletrochoques psiquiátricos, se fossem hoje aperfeiçoados, modificados radicalmente, de maneira a eliminara violência e os efeitos colaterais, não seriam talvez ainda viáveis num mundo oferecendo agora mais técnica e
controle? Ou estariam definitivamente ultrapassados e inaplicáveis? Ora, podemos, sim, produzir perfeitamente um choque no obsessor: basta concentrar-se e emitir uma corrente mentomagnética no paciente. É o mesmo efeito... ISMAEL ALONSO CHACRAS E FLUÍDOS CHACRAS E FLUÍDOS O trabalho do livre-arbítrio humano e de certas outras forças mudam a natureza do prana local e o individualizam de tal sorte que elas o tornam distinto Prana universal,variável terrestredeou eclíptico.doCom a natureza prana, a ordem das correntes táttwicas, positivas e negativas, pode ser afetada em graus diversos. A moléstia é o resultado dessa variação, logue Rama Prasad (As Forças Sutis da Natureza) Advinda antiquíssimas e filosofias hindus, a das teoria dos chacrasciências é bastante conhecida no Ocidente graças à divulgação das
correntes esotéricas. Porém, divulgam-se às vezes apenas resumos, partes incompletas de uma ciência complexa, cujo melhor desenvolvimento exigiria volumes e volumes. Daí que também aqui só tocaremos de leve nesse tema, aliás controverso no meio espírita. Chakra é palavra oriunda do sãnscrito. Significa roda ou situados grande disco, nomeia de e energia no outro planovórtices dimensional que no espiritismo são chamados de centros de força, ou ainda centros vitais. Manifestam interação com o perispírito e o corpo somático. Há menções de que distanciam-se normalmente cerca de 5 a 6 milímetros do corpo, possuindo cada chacra cerca não de 5são centímetros de diâmetro. Mas tais medidas fixas, variando em cada chacra e momento evolutivo. Simbolicamente representados por rodas raiadas, cada um dos chacras apresenta uma quantidade definida de raios. Mas são também figurados como flores multipetaladas. Com vórtices vibrando em variadas
velocidades, os chacras são centros de conexão energética irradiando fluidos de um a outro corpo (do perispírito ao corpo somático e viceversa), em estreita ligação com todos os plexos. Na filosofia hindu, temos que o prana (fluido vital) é captado pelos chacras e transporto aos sistemas e órgãos do corpo humano. Prana também é palavra com srcem no sãnscrito. Pra = a frente, fora. An = respirar, mover, viver,. Pran-an = respiração ou energia vital. Shakti é o prana dos tantristas, ou seja, cultores de uma das tantas correntes filosóficas hinduístas. Os hindus sempre creram que o prana vem do nosso Sol. Como um sopro vital, penetraria nos átomos do ar, dos nossos tecidos biológicos, transformando-os. Nessa transformação confereria aos átomos o poder de atração, de
adquirir a forma e a luminosidade. São então os denominados glóbulos de vitalidade, os quais, absorvidos pelos chacras, são transpostos aos órgãos do corpo. Por ser essa uma atividade solar, cessaria durante a noite, daí a falta de vitalidade diminuindo até o amanhecer de novo dia. Os glóbulos de vitalidade ficariam em estado livre na atmosfera, daliooscrepúsculo chacras extraindo-os. E, assim, mesmo após haveria uma reserva de prana ou glóbulos de vitalidade, rareando ao longo da noite e quase esgotando às madrugadas. No entanto, não é assim tão simplista o sistema de captação energética detalhado pelos tratadoscósmica hindus, fartamente e ainda com diferenciações em várias escolas. Os nadis, ou canais, ou nervos, têm um papel preponderante aí, como condutores energéticos. Os pradhãna nadis são aqueles cerca de 101 principais, cada dospor quais ramificando em mais 100, osum quais, suasevez, se ramificariam em 72 000 cada um. Haveria
assim 10 100 ramificações de nadis, com 727 200 000 menores. Os 101 nadis estariam em conexão com o coração, um deles seguindo o rumo da cabeça e tendo o nome de sushumna, funcionando sob o reservatório energético da espinha dorsal. Além do sushumna, outros dois importantíssimos nadis são o ida (agindo como reservatório de força no lado do do corpo) e o pingala (com ação esquerdo no lado direito corpo). Tanto o ida como o pingala possuem cada qual cinquenta nadis principais, que por sua vez continuam se subdividindo ainda bastante. Representam duas partes funcionais do sistema nervoso autônomo, simpático e parassimpático. no entanto, divergências sobre a situação Há, de srcem do sushumna no corpo, o sistema Vedanta colocando-o no coração e o sistema dos yogins colocando-o no umbigo. Esse sistema de enervações e artérias tem os seus deexistenciais poder, cadado qual dominando as váriascentros funções organismo.
Tudo isso e mais outras denominações, conceitos e funções formam uma vasta e diferenciada ciência, marcada por várias escolas. O conceito de prana é sempre prevalente como fluido vital. As correntes ocultistas consideram três energias ou fluidos emanados do Sol. O fohat englobaria todas energias atuantes no nosso plano denso:aseletricidade, magnetismo, calor, afinidade química, energia cinética. O prana seria proveniente do mundo atômico e transposto da outra dimensão. O kundalini, ou fogo serpentino, seria também uma energia sutil que seria formada ou transformada nas entranhas da Terra. A escola taoísta da China postula a existência de quatro pontos secretos (tanfien) reguladores da vida humana. Através de três deles, manifesta-se a energia bipolar yang-yin, regulada aí pela energia cósmica, e tais pontos se localizariam nos plexos frontal, cardíaco solar. O quarto ponto (ni-ian) situa-se no e coronário, precisamente no local em que os
sacerdotes praticam a tonsura, crendo-se exista ali uma cavidade invisível aos olhos humanos e que conectaria o cérebro ao mundo espiritual. Os tibetanos acreditam que através desse coronário, desse canal unindo dois mundos, duas dimensões, é que o perispírito sai ao dar-se o desencarne. Consideram os orientais que o cérebro é a sede da yin,dorsal ou feminina, e queenergia a espinha é a sedeou dacentrífuga; energia yang, ou masculina, ou centrípeta. Daí o fluxo e refluxo dessa dupla energia pelos chacras e plexos. Plexos são pontos de encontro de nervos e vasos com o perispírito. Mas, desão um ponto sanguíneos de vista mais genérico e orientalista, pontos de intersecção entre o microcosmo e o macrocosmo. São focos geradores de energia, controladores do fluir da vida, transmissores dela aos órgãos sensoriais. Dentro ainda dessa concepção de elotemos de ligação entre o mundo superior e o inferior, que no Japão o plexo solar (hara) representa um
canal de comunicação do encarnado com os espíritos. A medicina sacerdotal grega, considerando a duplicidade corpo-alma, atuava conjuntamente nesses dois corpos através de vibrações, e conhecia seis plexos. Os sufis (sacerdotes esotéricos do islamismo) desde os primórdios de sua seita conheciam sete chacras. um procedimento ritualístico incomumTêm quando em preces: movem a língua dentro da boca paira proceder uma ativação vivificadora dos sete plexos, que bem conhecem. Considera-se que os sete chacras principais correspondem no corpo humano às sete tiróide, glândulas endócrinas (pineal, pituitária, timo, pâncreas, suprarrenal e gônadas). Assim como não está bem definido nas literaturas o número certo de plexos, também não o está o dos chacras. O sistema dos chacras formando um conjunto captador e transferidor de energias sutis,
contribui, com seu dinamismo transformador e sua multifária luminosidade, para a formação da aura, que é como que o espelho do momento existencial do ser a que se anexa, manifestándose em formas, volutas, raios, cores e tamanhos indicativos do seu estado evolutivo. O número de chacras vai muitíssimo além dos sete ou oito mais conhecidos no Ocidente e que são: Básico (Muladhara), situado na altura do cóccix. Genésico (Svadhisthana), situado nos órgãos genitais. Umbilical (Manipura), no plexo solar. Cardíaco (Anahata), sobre o coração. Laríngeo (Vishudda), na garganta. Frontal (Ajna), na fronte. Coronário (Sahasrara), no ápice da cabeça. oitavonachacra, no Ocidente comoUm situado altura mencionado do baço e levando o nome de esplênico, não é incluído na índia. Lembremos que esse conjunto setenario tem ligação com o caráter de número sagrado atribuído ao sete, cujanasrcem conceituação surgiu precisamente índia,eesparzindo-se depois pelo mundo, pelo tempo, pelas ciências,
Filosofias e religiões, com fortes impregnações e multiplicadas aplicações nas escolas interpretativas da manifestação conjunta dos princípios materiais e inteligentes no cosmo. Atribui-se aos mencionados chacras funções específicas de ordem física, psíquica e moral cuja enumeração aqui, dentro das legítimas conceituações hinduístas, nos tomaria muito espaço. Basta referir que o desenvolvimento natural oudo artificial chacra reflete na evolução espíritodeemcada tal ou tal aspecto, aptidão, conquista intelectual ou virtude. A divisão dos três grupos de chacras em inferior (fisiológico), médio (pessoal) e superior (espiritual) já reflete um escalonamento de evolução baixo cima, com o chacra coronário de como quepara coroando o sistema com sua fulgurância e refulgência, aliás bem lembradas nas figuras dos santos e iluminados. Sobre a energia do fogo serpentino, ou kundalini, muito se conhece e desconhece. Muito se fala dele, como força poderosa transformação biológica, intelectual e de paranormal do homem. A subida da serpente
kundalini da base da coluna (chacra básico) à culminância do coronário é tema de muita confusão, olvidando-se quase Sempre o extremo perigo representado pelo despertar artificial dessa quase desconhecida energia. Se alguns, como mais recentemente o hindu Gopy Krishna (autor da obra Bases biológicas da religião e do gênio) sustentam trio conseguido, o fizeram, como confessam, a custo de incríveis sacrifícios que, a não ter o incauto praticante um excepcional emocional, físico e moral, levariam preparo alé à loucura ou a imprevisíveis aberrações no complexo da saúde em geral e do comportamento. Que estes poucos apontamentos sejam encarados como imperfeitíssima sinopse do tema dos chacras, cuja belíssimamaior ciência mereceria um aprofundamento por parte do cultor da fluidologia, onde é extraordinária a sua Importância. Lembrando que os chacras têm o seu decisivo papel na formação e pesquisa da auralogia, vamos transcrever a parteáurica final sob de um trecho que dá idéiaapenas da pesquisa o ponto de vista da aferição evolutiva do homem.
Consta do belo livro "A Lenda do Castelo de Montinhoso", autoria do conde J. W. Rochester (psicografia de Wera Krijanowskaia, edição LAKE). Ei-lo: "Com o auxilio deste informes, poderemos agora analisar tua alma. Observa, sobretudo, o ponto vermelho sanguíneo em que, mais ou menos intensamente, se apresentam alguns pontos da imagem; vejo por ali que és facilmente excitávelestá e também parte inferior da imagem cobertacolérico. de pardasAcores e verde cinzento, o que faz supor uma considerável dose de egoísmo e um temperamento ciumento. O pardo passa mais acima, ao rosa e carmesim, e significa que ainda ocultas em ti uma grande parcela de ódio e paixão, masamor que esta começa lugar a um maispaixão tranquilo. Paraaaceder tua felicidade, a parte superior da imagem forma, em contraste com a inferior, um contrapeso aliás bastante propício. Tua cabeça se acha circundada por uma coroa de raios largos, que indicam uma diretriz religiosa e esforço por saber. Oseraios dourados que desejasE aprender que te esforçasindicam por te purificares. que és religioso indica este raio azul. Mas esta
faixa amarela dourada, com manchas vermelhas e rosadas, estragam toda a imagem. És orgulhoso, caprichoso e guardas em ti um amor que apenas pergunta por si mesmo, que quer obrigar os que te cercam a se esquecerem de que têm também uma vida que lhes pertence. Isto é o que o teu perispírito conta." Também na cabala (cabbalah), ou seja, a filosofia oculta da religião hebraica, encontraremos da ciência dos chacras, dos plexos, dostraços fluidos. As srcens da cabala (= tradição) são misteriosas como ela, mas alguns colocam pelo menos o seu surgimento mais ostensivo no plano literário ali pelo XI século, com a publicação ZoharMeister (= LivroEkhart. do Esplendor), escrito pelodo místico Os hebreus esoteristas o têm como obra divina, como uma visão sintética e oculta da Torah (os cinco livros do Pentateuco de Moisés). Assim como para osdehinduístas o Universo éo resultado da união dois princípios (Purusha, ou espírito, e Prakriti, ou matéria), também o é
para os cabalistas. Mas para estes últimos, um é o princípio luminoso positivo e fecundador, e o outro, o princípio de escuridão, de feminilidade passiva. Na conjunção destes dois princípios permanece o dualismo manifestando nas leis universais. E o homem, o Adam Quadmon, é a imagem e semelhança dessa fusão cósmica: dois princípios regem a sua existência como produto microcósmico do grande concerto macrocósmico. Subjacente no espírito, o homem tem consigo luz divina primordial, perpetuação do poderessa do Criador. No hinduísmo e no espiritismo há um terceiro elemento - Deus - como criador da matéria e do espírito. Também no cabalismo o En-Sof, se não é o próprio Deus, é a manifestação universal misteriosaacriadora tudo e de dessa todos,unidade o Ser inominável todo de cabalista. E não seria En-Sof o próprio fluido cósmico universal? O simbolismo da Árvore da Vida marca com um sentido forte e prevalente todas as filosofias religiosas das grandes civilizações, desde os primevos hindus aos caldeus, assírios, egípcios, ameríndios, etc. Significa a manifestação do
fluir da energia vital em toda a criação e em especial no homem, onde se assimila à espinha dorsal e ao complexo das enervações, como tantos ramos de uma árvore dinâmica de conjunção de forças entre o homem e o cosmo. Ora, também na cabala temos a Árvore da Vida, ou Árvore das Sefiroths, com suas raízes simbolicamente aprofundadas no En-Sof, ou seja, na realidade transcendental que emana contínua vida no Universo. As dez sefiroths são apresentadas como dez esferas, no que se assimilam à sublime Tetraktis (= soma de I +2+3+4 =10) dos pitagóricos. A Menorah, ou seja, o candelabro de sete braços e tres pernas que o Deus hebreu passou conceitualmente a Moisés no monte Sinai, também seria uma expressão simbólica das seflroths - das sete energias de ascensão da vida e de seus três centros ou pontos de sustentação. Emanadas no Adam Quadmod (o homem primordial), seflroths, assim como duas letras doasalfabeto hebraico, são aas vinte e expressão dessa síntese unitária cósmica tão
venerada pelos judeus esotéricos. Há três seflroths superiores e dominantes no topo da Árvore da Vida, e que são Kether, ou coroa; Binan, ou inteligência; e Hokhmah, ou sabedoria. Dessas três dependem as sete inferiores: Hesed, ou amor; Geburah, ou poder; Tiferet, ou beleza; Hetsah, ou vitória e eternidade; Hod, ou glória e esplendor; Yesod, ou fundamento, reprodução, sexo; Malkuth, reino terrestre, matéria. Todos esses dez círculos estão unidos entre si, de maneira matemática e significado oculto, por vinte e duas linhas ou caminhos, o que se assimila também às vinte e duas letras do sacro alfabeto hebraico. Mas, segundo os cabalistas, os significados reais da Árvore da Vida assim disposta extrapolam as análises comuns, exigindo uma profundidade interior de exegese que vai achar diversas maneiras, ângulos de ver grandes mistérios. De Malkuth (ou reino material) a Kether (ã coroa da vitória espiritual) o caminho do
homem é longo e cansativo, mas ele possui a centelha primordial que o guia e impulsiona coercitivamente à vitória (Kether), sublimándose em inteligência (Binah) e sabedoria (Hokhmah). Se essa Árvore da Vida é a expressão manifesta do poder de Deus agindo no Universo, o é também no homem, onde cada uma das sefiras ou sefiroths têm correspondência nos seus corpos físico e etéreo (perispírito). É fácil então identificar aí imagináveis correspondências com os centros de força hindus (chakra e sefiroths = círculo, disco, roda). Por analogiacomo do hinduísmo o cabalismo, observemos o local docom chacra genésico (svadishthana), ou do plexo solar, como querem alguns, corresponde no homem à sefiroth procriativa (Yesod). E também como as três sefiroths superiores (Kether, Hokmah e Binah) podem ser assimiladas ao chacra ou chacras superiores (coronário, frontal), representativos, em sua refulgência deslumbrante, da iluminação interior do homem.
Isso tem consonância com os ensinos dos espíritos ao destacarem o coronário, quiçá unido ao frontal, como que no comando harmonioso dos demais chacras inferiores. Adiantam alguns ocultistas que os cabalistas conheciam vários plexos, delineando-se cada um deles na Árvore das Sefiroths. Da mesma maneira queperpassa na teoriapelos dos chacras sopro de vida cósmica vórticeso de energia constitutivos da Árvore da Vida, determinando assim a catalisação física, psíquica e moral do homem, também na teoria cabalística o fluir da luz cósmica excitaria essa árvore de essência divina que há no homem a produzir frutos numa rota de saúde, equilíbrio,bons luperação paulatina, evolução espiritual. A figura simbólico-cabalística do Golem, um minúsculo ser humanoide imaginário conservado conceitualmente nas tradições judaicas (assimilado ao homunculus acclso), seria, para alguns, realmentede Pai concretizada pela potência geratriz da mente
humana, como herdeira do poder criativo do Pai. Seria um símbolo, para tantos realizável, da concepção fluídica do ato criativo do Universo do homem. Este, com os latentes poderes, com seus vórtices de força, teria quase idêntico poder cósmico de criação, não fossem as suas incrustradas imperfeições - e eis então o sentido impeditivo do pecado srcinal, de uma queda do espírito surgida porque o Adam-QUAdmod, o homem-espírito feito homem-matéria, há extrapolado En-Sof (princípio criativo deTudo Deus) no usoo inadequado da inteligência. como produto de uma degeneração paulativa ou brusca da Luz gerada pelo Inominável e que resultou na criação do Universo mediante a união dos dois princípios (Adão e Eva, masculino e feminino). O homem primitivo enganado por si mesmo e por seutempo próprio orgulho, carregando assim pelo o estigma e a glória de ser Filho da Luz, de ir eliminando as suas negativas escórias srcinais, de fatalmente fazer-se rebrilhar com o esplendor de Kether - a coroa da glória Final de união ao Pai. Aí a visão suprema do cabalísta, a sua concepção de direcionamento inicial acionado
pelo En-Sof e o Criador à sua dinâmica Obra, ao seu sutil filho tornado matéria para que, usando a mesma fonte fluídica de energia que fora sua geratriz, por ela própria se transforme, se supere, se purifique. Por tal característica de impureza srcinal do homem é que alguns dos próprios cabalistas colocaram a impossibilidade de ele criar aquele enigmático Qolem, uma vez que a perfeição que permitiria fazê-lo está unicamente em Deus. De tais místicas e míticas crenças extraiamos uma lição importante. Confirmam que a natureza do fluido determina a natureza da ação, e que a força potencial de criação e penetração do fluido está na razão direta da pureza e sutilidade deste do espírito. mais sutis são o fluido e oe agente, maisQuanto fortemente o seu poder mútuo de ação, de penetrabilidade. Tais conceitos estão coerentes com o espiritismo quando fala de uma cada vez mais forte ação do espírito, à medida que mais ele evolui.
Por tais linhas avessas, os visionários cabalistas teriam conceitualmente alcançado a realidade, por assim dizer, fluídica do Universo e do homem. Tudo é, foi e será fluido; tudo matéria sutíl aprisionando uma energia ainda mais sutil e ainda para nós inalcançável em sua essência última - o espírito. E aí estámenores chegando ciência admitindo queoutra, quanto sãoaas partículas, ou, por quanto mais sutil é a matéria, maior é a sua energia: um caminho fatal à comprovação do espírito - energia enorme, centelha poderosa, indestrutível, inaquilatável, fugidia à análise, sensível apenas na sua autossíntese. Difícil entender o espírito. Mas ele está em nós, vibra em nós, fala em nós. "Sua voz" no-lo lembra assim: "Alma! Alma, centelha divina, que nenhum de vossos desmandos poderá matar, pronta sempre aPotencialidade ressurgir maisnunca bela de toda provação! satisfeita de sere de criar, somente tu, ó alma, verdadeiramente vives!
nenhuma conquista de pensamento, nenhuma afirmação humana poderá jamais extinguir tua sede de infinito!" (P. Ubaldi, A Grande Síntese, LAKE). Nada se pode dizer constituir um milagre, a não ser no profundo sentido de que tudo é um milagre. Paramhansa Yogananda (Autobiografia de um Iogue) Há no ser humano aquilo a que se nomeia chacra, colocado como centro de energia? Todos nós temos a manifestação de uma energia secundária: são os centros de força em nosso corpo, também conhecidos como chacras. Assim como uma semente tem o seu perisperma, também centros temos essa energia que nos envolve em efetivos de força. Vejamos bem uma semente quando é lançada ao solo. Ela ali fica em estado de latente poder germinativo, até que sobrevenha a umidade para que lhe possibilite a germinação. Isto porque ela de também perisperma e como queE um centro força, tem como os humanos os têm. ela necessita de um ou mais agentes para
germinar. De igual maneira o nosso corpo: existe uma energia circulando, agindo nele. Reparando em nossos trabalhos de cura, quando, no tratamento de acupuntura, colocamos uma agulha num enfermo, nós o fazemos sabendo onde está aquele centro de força que é interligado com os órgãos. Todos os centros de força são ligados com os órgãos através de uma energia que vem do princípio vital e os anima. Impele-se o braço pela vontade e pelo cérebro, e ele se movimenta: pode-se comandar o braço através de umaos ordem cérebro. Comandam-se olhosvinda e elesdopiscam... Contudo, não conseguimos normalmente controlar o comando do coração, estabelecer quantas batidas ele deve dar num minuto; não comandamos os músculos do estômago ao digerir os alimentos; e também não, os rins, o fígado, o baço. Pois bem, é justamente aí que entra a ação dos
centros de força, agindo com a energia do princípio vital, que, fluindo por todos os órgãos, faz com que eles se encadeiem e trabalhem em perfeita harmonia entre si. Assim como os órgãos perispirituais são uma pré-forma dos órgãos materiais do corpo humano, os chacras são então também parte integrante do perispírito e, com sua função de reguladores da saúde, acompanham-nos num transformismo dinâmico pelas várias encarnações? Os chacras são centros de força que adquirimos para o exercício das energias que circulam no interior do nosso corpo. É como um perisperma que protege o corpo, uma tela, uma casca, uma fonte que nos secunda e nos ajuda. Como já dissemos, os chacras se acionam pelo princípio vital. Quando a criatura está preparada para nascer na Terra, quando ela ainda é um embrião, já começam a ser manifestados pequeninos chacras que são trazidos do espiritual, porque partes integrantes domundo perispírito.
Os chacras existem apenas em número de sete, ou os sete tradicionalmente conhecidos são apenas os principais? Os setes são apenas os principais. Temos um outro grande número de centros de força esparsos pelo corpo e que são todos comandados por esses sete principais. Eles emitem ondas magnéticas através dos assim chamados pontos de força, que são, pois, pequenos centros de força. De fato, o corpo está protegido por centros de força agindo não apenas no abdómen, no tórax, na cabeça, como também em seus membros superiores e inferiores: braços e pernas, mãos e pés. Estes são igualmente receptores e recebem ondas de órgãos força pelos pontos pelos de força, assim como os as recebem chacras. Mas seria a força dos chacras bem maior do que a dos pontos de força? Sim, bem maior, pois os chacras comandam todo o sistema. A teosofia admite sete planos de consciência, e, ainda em sua própria linguagem, considera que a cada chacra etérico corresponde outro astral.
Isto é, chacras em planos ainda mais sutis acoplando-se a chacras de planos inferiores. É correta tal informação? São cadeias de sintonia vibrando na mesma direção, cada uma purificando a outra, cada uma dando campo de açáo a outra, cada qual introduzindo automaticamente a energia de que a outra carece. É tal como funciona uma cadeia de rádio. Recebem-se ondas através de uma antena e desta elas são passadas imediatamente às outras antenas, até chegarem ao receptor. Podem-se considerar os chacras tanto captadores quanto distribuidores naturais do fluido vital? Sim, dissemo-lo: essa é uma energia secundária que circula por todo o corpo, captada pelos plexos e centros de força. Conforme se visualiza uma criatura, pode-se observar que é até formada nela uma aura. Então, no que se refere à forma, cor e luminosidade, há uma relação dos chacras para aquilo que se denomina aura?
Os chacras formam à volta das pessoas um corpo fluídico, que por sua vez se transforma numa aura. Fitando-se uma pessoa em oração, por exemplo, vê-se aquela aura mudando de cor. Mormente um médium que tenha vidência: se ele concentrar-se numa pessoa em meditação, em alta concentração, verá a aura dela vibrando e mexendo. Dá-se isso porque aqueles centros de força estão em uníssono passando aquela energia uns aos outros. Nesse caso, se ativar-se um chacra mais do que outro, que é que vai ocorrer?... Não se ativa, não acontece. Funcionam aí em perfeita harmonia. O que comanda e define é a pessoa ali presente, atuando sobre aqueles centros de força. Se ela agir marcadamente nesse sentido, neste caso pode, sim, haver alteração, mas - entendamos bem - com a ação específica da vontade e consciência da própria pessoa. Se ela não se dispõe a agir consciente nisso, a açáo conjunta
dos chacras não muda, o sistema funciona automática e normalmente, e mantém-se na sua comum função, recebendo ordem natural do chacra coronário e distribuindo energias ao restante do corpo. E quanto ao uso específico de cores luminosas para harmonizar o funcionamento dos chacras? São correntes de força. Ao usá-las restabelecese ou recarrega-se a bateria do corpo. É uma terapia ainda muito empírica e polêmica aqui na Terra... Muito! É um conhecimento ainda muito longe dos estudos terrestres. Lembramos como já se pode utilizar a luz, por exemplo, através do raio ultravioleta, numa quebradura óssea, no reumatismo. É um tratamento muito bom, que pode ser usado. Funciona quase como uma agulha em acupuntura. Os hindus possuem sete escolas de Yoga (Raja, Kama, Jnana, Tíatha, Laya, Bhakti e Mantra), cada qual com o seu respectivo método para desenvolvimento dos chacras. Que identidade
há nisso quanto aos métodos usados por espíritos? Os chacras apresentam-se como um disco e nele se sintonizam e mesclam várias impressões, várias cores, de acordo com a evolução de cada ser. De nossa parte, utilizamos bastante o chacra coronário. Este centro de força recebe todas as descargas fluídicas e as distribui aos demais chacras. E como todos os chacras são interligados uns aos outros, forma-se assim uma cadeia de energia que circula no corpo e influencia-se grandemente pelo chacra coronário, o qual - todos sabem - situa-se no topo da cabeça. Sustentam alguns a ativação consciente chacra gástrico ouque solar, situado na região do epigástrica, propicia o desdobramento perispiritual. Outros pretendem ser esse desdobramento menos perigoso com a ativação do chacra frontal. Que diz de tais processos artificiais agindo com tal fim nos chacras? À medida que a pessoa vai evoluindo e aprendendo, vai também, através de
experiências, desenvolvendo naturalmente o chacra coronário, e ele assim vai crescendo, porque é ele quem recebe toda a energia e a distribui aos demais chacras: é ele quem os comanda a todos. Contudo, a maior parte da população usa o chacra gástrico, o mais inferior. E à medida que o espírito mais vai evoluindo e adquirindo mais conhecimento, vai usando mais automaticamente o chacra coronário. Com isto e com este forma-se uma aura protetora na criatura, porque ele está no centro do cérebro. É por ele que se recebem as grandes missões, as grandes obras, e se as transmite. Esse chacra coronário funciona comoque duas antenas recebendo todas as energias circulam pelo corpo. Seria possível e viável, e até que ponto e de que maneira, o encarnado provocar de modo artificial o desenvolvimento dos chacras visando a aceleração evolutiva do espírito? Ser bom, ser pacífico, ser humilde, atraindo as energias benéficas - eis o método, eis o fim!
À medida que mais se orienta e se liga com o mundo espiritual através de um processo de silêncio e concentração, ou por uma meditação; à medida que se sintoniza mais efetivamente com o Alto; à medida que se para para pensar e analisar-assim mais e mais se atingem os chacras com as energias benéficas como resposta natural a essas atitudes, e de acordo com o merecimento de cada um. Comer pouco, falar pouco, dormir pouco e meditar bastante - assim já dizia o sábio Buda a respeito do homem superior. Então, devemos, sim, meditar bastante, atrair energias positivas ao nosso encontro, para que também entremos em harmonia com a Espiritualidade Maior. com Deus e A teosofia menciona vários tipos de energias cósmicas fluindo pelos chacras. Que pode elucidar sobre isso? Não somente cósmicas: são vários tipos de energia. produzidaAté porenergia centroelétrica de força.há no corpo,
Toque-se com uma caneta o cabelo de uma pessoa e em seguida toque-se com ela um papel e este se movimentará. Isto é efeito de uma energia elétrica que temos no corpo, não é cósmica e, como dissemos, é emanada pelos centros de força. As várias energias que circulam no corpo possuem várias características, de acordo com a evolução do espírito. E de acordo também com otipos pensamento, se transformam em vários de energiaelas ao mesmo tempo. Porém, a que mais circula no nosso corpo é a energia elétrica. É das tradições ocultistas que as correntes cósmicas de vitalidade formam seis raios de diferentes cores que, esparzindo-se pelos chacras, promovem a manutenção da saúde. Estaria aí uma possível ligação da ciência dos chacras com a ciência da cromoterapia? Sim. Mas não somente com a cromoterapia como com qualquer outro tipo de terapia. Que se veja bem no nosso trabalho, quando usamos agulhas: e centros de força. valemo-nos Produzimos dos umapontos corrente eletromagnética sobre a agulha e imediatamente
aquele órgão danificado ou parte afetada da criatura responde a esse choque eletromagnético. Com isso retiramos as células mortas e tudo volta a funcionar. Assim, estamos utilizando aí uma dessas seis correntes, dessas seis fases de força... Em torno do desenvolvimento do chacra primário (ou fundamental, ou genésico) criou-se misticamente a figura fogo serpentino ou kundalini. Alguns rarosdoencarnados pretendem ter alcançado a genialidade ou um excepcional nível de inteligência e dons paranormais através da ativação provocada nesse polêmico kundalini. Pode elucidara respeito? Sim, existe de fatoterrestres uma energia poderosa e que os seres humanos quase não usam ou quase nào usaram. São poucos os profetas que se utilizaram dessa força a que nós, espíritos, chamamos energia pendular. É essa uma força a que também chamamos quinta energia. Uma energia super-poderosa que poucas
pessoas conhecem e que a vossa própria razão não tem como bem assimilar! Uma energia, sim, tão poderosa, capaz de produzir efeitos físicos, morais e mentais que a razão das criaturas ainda não está apta a compreender! Dizem alguns que essa energia vem do centro da Terra... Sim! Um nosso espírito irmão, a quem este aparelho mediúnico temutiliza dado passagem medianímica entre vós, muito dessa poderosa energia para agir e controlar o tempo, ou seja, a meteorologia. Contudo, age ele evidentemente como espírito, e não como encarnado... Jamais consegue ele transmitir às criaturas encarnadas esse tipo de energia que vem do centro da Terra, pois pode haver o desencarne. É de fato uma energia muito poderosa! É assunto ainda muito complexo e perigoso para nós, humanos... Sim! Que não se penetre nesse campo, pois pode-se dar mal.
Que pode dizer sobre uma possível interação da faculdade medianímica para com os chacras? Existe, como querem alguns, um chacra específico para cada tipo de mediunidade, ou ainda um chacra mediúnico genérico? Não. Os chacras, individualmente considerados, nada têm a ver com o campo mediúnico, com a mediunidade. Não têm uma ligação específica com essa faculdade. Não é através dos chacras que o médium recebe energias medianímicas. Em relação a médium e mediunidade, falemos antes numa energia espiritual que flui através da mente e não - é bom repetir - através dos chacras. No intercâmbio do mundo espiritual para com o plano físico, ou seja, em plena ação do que se chama mediunidade, o médium faz a captação de energia espiritual, porque ele é o receptor. E essa captação de energia expande-se automaticamente aos centros de força do médium.
Numa comunicação espiritual ou numa transcomunicação mediúnica não são usados os centros de força. Todavia, já numa transmissão do passe magnético o processo é diferente, pois aqui o médium de fato usa os centros de força. Então, na ação do passe, a energia fluídica é passada através dos chacras?... Sim, tudo sedenominada concentra echacra. flui através dessa força secundária Não agimos sem atuar sobre os centros de força das criaturas. Sem este suporte não há energia disponível para atravessar esse campo. Daí o pedirmos sempre a concentração ea prece, para que com essas forças seja formada uma aura volumosa em torno dos chacras e assim possamos atuar com os fluidos benéficos que atendam à necessidade das criaturas. No nosso plano há possibilidade e viabilidade de terapéuticamente nos respectivos locais dosagir chacras através de processos químicos, físicos, fitoterápicos?
Expliquemos. Os chacras acompanham o espírito. Assim, quando se reencarna na Terra, eles estão fracos, são tensos e vão-se desenvolvendo cada vez com mais intensidade. À mesma medida que o encarnado vai crescendo e o seu corpo vai tomando forma definida, o chacra também vai tomando a sua forma. Ele acompanha o desenvolvimento do corpo e acompanha o perispírito. Ora, aquele que danificou o perispírito na existência passada, quando reencarnar vai também ter o seu centro de força fraco, incapaz de proteger o seu estômago, o seu coração, a sua mente, a sua visão, o seu olfato, porque os usou mal. Por exemplo: o uso do tabagismo em excesso. OBSERVAÇÃO FINAL Muitos espiritistas abominam o assunto de chacras, e vê-se mesmo pela imprensa colocações ingênuas lembrando que se os chacras existissem e fossem importantes, Kardec os teria nomeado e estudado. Ora, obras de Chico Xavier mencionam muito bem os
centros de força e são suplementos à Codificação, que alguns erroneamente julgam completíssima. Mas a verdade não necessita de guardiães: ela defende-se por si própria. O sentimento do sagrado, escória religiosa, aprisiona as mentes ao ortodoxismo, ao espírito de grupismo ridículo, de sectarismo pernicioso, mesmo numa doutrina aberta como o espiritismo. Ora, tudo já é sagrado no imenso Universo turbilhonante de vida, e a vida é renovação constante, em todos os planos, em todo o conhecimento. ISMAEL ALONSO ACUPUNTURA E DISCIPLINAS AFINS ACUPUNTURA E DISCIPLINAS AFINS Mas qual é a necessidade, Arjuna, de todo este conhecimento detalhado? Com um só fragmento Meu, Eu penetro e suporto este Universo inteiro! Bhagavad-Gita Supõe-se que a terapia do do-in, disciplina de
automassagem utilizando a pressão dos dedos, é assim denominada e conhecida no Japão há cinco mil anos, desde o reinado do lendário imperador Huang-Ti. Também se supõe que esse Imperador tenha até sido o autor do livro Nel Ching, considerado a Bíblia do acupunturista. Já outras fontes históricas colocam a emergência desse livro por volta de somente há dois mil anos. Segundo também sustentam alguns, tal terapia teria depois dado srcem à acupuntura, ao moxabustão e ao shiatsu. Do-In significa caminho de casa (casa = corpo). Por tal caminho ou caminhos é que segue ki, a energia cósmica pura, captada pelos pontos da superfície do corpo. Tal energia ki era a única matéria primordial, a qual se manifestou noaspectos mundo yangrelativístico atravésdepois dos dois ying, representando assim o caráter de
contração e expansão do Universo, como uma diversificação da Unidade.
A teoria do do-in estatui que a energia vital ki flui por cinco profundidades ou estruturas corporais: ossos, músculos, parte subcutânea e superfície da pele. Essa progressão de um a cinco estabelece os diferentes níveis da consistência dos tecidos.
Todos os canais ou meridianos energéticos invisíveis agem no quarto nível, ou seja, no subcutâneo. Dos tantos meridianos, quatorze são os mais importantes, dos quais doze se associariam a doze órgãos do corpo e os dois restantes seriam como que reservatórios ou reguladores de energias. E os inúmeros pontos dão início aos meridianos, nomeando-os. Do uso dos dedos pressionando partes-chave do corpo (pontos) surgiu depois as o uso das agulhas, ou seja, a acupuntura? Supõe-se que tenha sido assim. Há uma história ou uma lenda? Ocorreu batalha? durante uma caça ou durante uma O que se sabe é que um dos participantes foi fortemente golpeado no pé com uma flecha de ponta de sílica. A dor foi intensa no específico local em que esse certeiro dardo atingiu o infeliz. Entretanto, como tudo na vida tem os seus dois
lados - não é nisso que se fundamenta toda a filosofia chinesa? -, a vítima daquela flechada notou o desaparecimento brusco de uma forte dor ciática que há tempos a vinha perturbando. Sim, a ponta de flecha, como que por milagre, curara a pertinaz enfermidade! Atentando-se para tal fato, descobriu-se um dos pontos de energia ali naquele local do pé atingido ali, a doreiaintuiu-se embora.que, aplicando-se agulha Assim surgiu a acupuntura, a ciência de curar com agulhas, a ser correta uma das lendas chinesas falando das srcens incertas de uma medicina que rompeu os milênios. Não há realmente data certa de fixação, mas unanimemente colocam-se as srcens da acupuntura, na China e no Oriente, para lá do segundo milênio antes de Cristo, e há inclusive testemunhos da existência de agulhas de sílica e osso no período neolítico, ou seja, na idade da pedra polida.uso Com tempo,defoi-se assinalando o sucessivo de oagulhas bronze, ferro, prata e ouro.
Não se pode dizer com segurança se a acupuntura é fruto de um desenvolvimento paulatino de conhecimento ou se é produto de uma ou mais revelações oriundas do Além, já que o complexo mapa de meridianos e pontos está localizado em outra dimensão, o que pressupõe, somando-se àquela da afirmação empírica ou prática de agregação de sucessivos descobrimentos, mais duas hipóteses: a comunicação revelada medianimicamente desdobramento perispiritual constatando osou o detalhes dos pontos e fluxos de energias. Firmando-se, porém, na história, evidentemente a primeira hipótese de acumulação sucessiva de conhecimentos esparsos, temos que a sistematização da teoria prática dasegundo acupuntura na medicina chinesa teriae ocorrido, alguns, entre os anos 475 e 221 a.C. com a publicação do "Nel Ching" (clássico da medicina). E seja dito que a partir desse tempo e desse tratado nada de particularmente novo se acrescentou nos fundamentos da acupuntura. De fato, graças principalmente ao espírito conservadorista e tradicionalista característicos
da cultura chinesa, a acupuntura conservou por milênios o grosso de seus cânones, permanecendo incólume e praticamente desconhecida do Ocidente até o XVI século. Por volta do primeiro milênio depois de Cristo, a famosíssima Estrada da Seda via a medicina chinesa fluir pelo mundo. Entretanto, no Japão, já se assinalara a publicação ano 552 d.C.de compêndios de acupuntura no Entre os árabes, o célebre Avicena (980-1037) já adotara conceitos chineses quanto aos meridianos energéticos. No já se identificavam China 657século pontosXIV, em acupuntura. Hoje elesnasão mais de 800. Ao que tudo indica, deve-se aos franceses o mérito de terem chamado a atenção da medicina ocidental à acupuntura. Se há menções ocidentais no XVI século quanto à acupuntura, temos, porém, em Vicq-d'Azyer
(1748-1794) o primeiro autor francês a mencioná-la. Aponta-se V. Berlioz e o cirurgião Jules Cloquet como outros entusiastas em torno da acupuntura após esse período. Dabry de Thiesant, cônsul da França em Pequim, ao publicar em 1863 o documentário "A Medicina entre os Chineses', teria sido o primeiro a referir-se comsobre detalhes e com real conhecimento de causa a acupuntura. Consta que ainda nesse século XIX os físicos franceses André Maria Ampere (com importantes contributos à ciência da eletricidade) e Henrique Becquerel (descobridor da radioatividade) tenham-se debruçado em estudos sobre os mecanismos da acupuntura. Foi depois de 1930, com as publicações de Georges Soulié de Morant, que a acupuntura começou a ser mais tomada em linha de conta na França e no Ocidente, atingindo duas décadas depois a Itália. Com efeito, com a publicação em 1939 do
famoso livro "A Acupuntura Chinesa" inaugurou-se a era da prática generalizada da acupuntura em clínicas francesas. Além disso, deve-se bastante ao médico francês Roger de La Fuye uma enorme propagação da acupuntura em outros países do Ocidente. Considere-se que a Fixação da acupuntura do Oriente ao Ocidente não acompanhou uma linha única no tempo, passando por altose e baixos, marcando até séculos de marchas contramarchas. Vemos que no século XIX ela já alcançara, em certos anos, um grande interesse popular no Ocidente, depois estacionado. Nesse século, a Academia Francesapara de Ciências a indicar comissões estudá-la chegara eo pesquisador Gustaf Lundrgren, em 1829, chegara a escrever sobre acupuntura na Suécia. Atentemos, diante dessa última informação, que os países escandinavos representam hoje uma grande força depor uso e expansão da acupuntura. Na Finlândia, exemplo, é currículo oficial de todas as escolas de medicina.
Há pouco mais de duas décadas a Organização Mundial da Saúde assinalava em cada um dos países - Alemanha, Áustria, Dinamarca, Finlândia, França, Itália e Reino Unido - nada menos de quinze mil médicos acupunturistas. E nesse mesmo tempo essa Organização assinalava nada menos de oito mil trabalhos sobre teoria e prática de acupuntura na China, onde a analgía por acupuntura foi descoberta em transposta à França em 1971, vigendo hoje1958, em vários países. Seja lembrado que, estranhamente, somente nos últimos cinquenta anos é que a China, apontada pela maioria como berço da acupuntura, vem-na praticando oficialmente. Em 1949, as universidades chinesas promoveram um rigoroso estudo técnico sobre a validade ou não da acupuntura, o que foi significativamente positivo, pois o governo passou a reconhecê-la oficialmente e, hoje, tornou-se ela prática comum como recurso anestésico nos hospitais chineses. Parece que tal reconhecimento oficial teve repercussão na Europa e no mundo inteiro,
porque desde cerca de cinquenta anos é que a acupuntura caminhou por um prodigioso surto de aceitação, ou pelo menos entrou em linha de consideração, em tantos países do globo, certamente contribuindo para tanto a explosão dos sistemas de comunicação e consequente vulgarização. E assim é que hoje até no nosso Brasil vemos, com satisfação, a acupuntura colocada como disciplina oficial e de uso prático acadêmico. Nas Américas, conhece-se a acupuntura há mais de um século, graças às comunidades chinesas aqui instaladas. Nos Estados Unidos, temo-la no começo da década de 1970 alcançando bastante aceitação. Preciso é assinalar, contudo, o grande conflito ideológico que a acupuntura ocasionou na área política, econômica e médica. Por quê? Porque métodoàsrevolucionário, indo de até encontroé frontal medicinas ocidentais então dominantes. E, pela sua simplicidade e
baixo custo, conflita economicamente com a gigantesca indústria da saúde. Mas, afinal, essa tão badalada acupuntura funciona mesmo? Esse estranho método de fincar agulha pelo corpo, não teria puro efeito sugestionai? De de que reais resultados práticos há justificativa para essa corrida à acupuntura até como mais uma panacéia universal? Meridianos e ondas com correntes energéticas, pontos invisivelmente corpo - de nãoforça seriapintalgando tudo pura invenção ou má o interpretação de outras causas, outros efeitos, já que não se pode ver, tocar em tudo isso, ou rastreá-lo por instrumentos físicos? Tais são perguntas da mente e da ciência ocidental, os falarem resultados do alívio danão dorobstante e da cura porpositivos si mesmos na constatação objetiva. A ciência quer mais, quer analisar até onde caiba análise, quer dissecar a matéria até onde possa, porque tal é de fato a sua missão. Ora, se aocidentais, França é que descobriu a acupuntura para os também ela é que acaba de fazer uma significativa prova em torno dela,
mostrando cientificamente que os meridianos e os pontos de força, que representam todo o corpo de ação da acupuntura, não são nada imaginários nem pairam apenas nas nevoentas cabeças de metafísicos deslumbrados. Bem recentemente, um grupo de pesquisadores franceses conduziu experiências específicas tentando confirmar experimentalmente a existência das sutis correntes que percorrem os meridianos. Tomando basemeridiano, o ponto em que a teoria coloca o iníciopor de um injetou ali um isótopo rastreado instrumentalmente. E, para surpresa geral, o isótopo injetado seguiu exatamente o percurso energético daquele meridiano! Prova de que as invisíveis ondas energéticas não são fantasia. Sim, acupuntura funciona, principalmente eliminando a dor, mas os cientistas ficam pasmos ao ver que uma agulha, agindo num local do corpo, cura outra parte dele. E esfalfase no estudo, nas hipóteses sobre o mecanismo disso. Um grupo de fisiologistas canadenses, liderados pelo professor Pomerang, promoveu
recentemente experiências em torno de tal intrigante fato, em torno da mecânica fisiológica do controle da dor. A encefalina, uma substância do cérebro, teria um certo controle sobre a dor, embora por breve tempo. Já a endorfina (hormônio peptídeo chamado ópio natural do cérebro) seria outra substância e com efeito mais longo no controle da dor. E que é que produz a endorfina? Ora, as experiências porque esses confirmam a efetuadas hipótese de ela canadenses é produzida pela hipófise, uma glândula de secreção interna situada na base do cérebro. Esses cientistas usaram ratos em suas experiências. Tiraram deles a hipófise e constataram que, disso,Enão neles a agulha de depois acupuntura. istofuncionou levou a crer justamente na falta da endorfina, este produto da hipófise possuindo a importante propriedade de bloquear a dor. Entretanto, as conclusões mais significativas de tais experiências estão nomostraram fato de terem a eficácia da acupuntura: queprovado a agulha age eliminando a dor e que, falando-se
em ratos, não se pode argumentar que houve sugestão mental. Em outras palavras, é um processo fisiológico real, constatável experimentalmente. Também experiências com gatos provaram essa realidade da acupuntura. Esses cientistas acompanharam o processo da dor com esses animais, controlando as suas reações por microeletrodos: um estímulo doloroso determina das fibras nervosas, captado porexcitação microeletrodos. Ora, a agulhao que é colocada no específico ponto previsto pela teoria determinou em vinte minutos a sedação da excitação dolorosa! Mais uma vez, a prova da realidade da acupuntura, usando aparatos tecnologia moderna, como o edoprocessos controle da termográfico efetuado em pacientes pelo francês doutor Jean-Claude Darras, cujas experiências também avalisaram a acupuntura. Porém, o mecanismo intrínseco da eliminação da dor, a odespeito pesquisas,científica. ainda percorre terreno dessas da controvérsia
Os pesquisadores sabem que é por demais intrigante o fato de as agulhas penetrarem no paciente com uma ação subcutânea (exceto em específicos casos em que se queira atingir apenas a derme), o que alcança muita profundidade nos tecidos. E mesmo assim a dor foge como que por encanto... Alguns acupunturistas sustentam que os locais dos específicos pontos de força possuem uma espécie diferenciada células propriedades, que, por sua constituição, forma ede especiais inibe um pouco o estímulo da dor. E chegam a descrever com detalhes essas células diferenciadas, que a ciência acadêmica, contudo, reluta em admitir. Acham outros que o segredo do mecanismo da cessação da dor está única e exclusivamente no sistema nervoso. Ocorre que os conceitos e detalhes metafísicos orientais da acupuntura não são facilmente visualizados pelo homem de pura ciência. Não obstante, a acupuntura vai ganhando terreno, vai fazendo escola, vai criando outras
escolas, outras subdisciplinas, ou vai impondo as suas já antigas filhas ou derivações. A tradicional ciência japonesa do shiatsu (= pressão com o dedo) é um exemplo de derivação, ou talvez até srcem, dessa disciplina dos chineses, usando o mesmo ponto de força, as mesmas teorias, porém abandonando a agulha e trabalhando com os dedos. A (significa literalmente dedo que ageacupressão como agulha), também chamadaotchentchen pelos chineses, é outra disciplina carreando os princípios práticos e básicos da acupuntura. A diferença entre o shiatsu e a acupressão está pura e exclusivamente participação operador: em relação a na esta última, essadoação é mais relevante por haver entre os dois, paciente e aplicador, uma troca de energia -onde os espiritistas poderão enxergar possíveis interferências medianímicas de fluidos. Através dr. Paul Mogier, desenvolveu-se na França, adopartir de 1950, a auricoloterapia, srcinada da acupuntura e valendo-se da antiga
prática popular de tratar cistalgia com um corte na orelha. Observou-se que o formato do ouvido lembra em tudo um feto de cabeça para baixo, e a partir daí extraíram-se os pontos da orelha, tais como, identicamente, se apresentam no corpo humano, e neles usando também as agulhas de acupuntura. Interessante notar como isso, em nossos tempos modernos, dá um certo aval a antiquíssimas teorias e práticas usando zooformas vegetoformas, ou médicas seja, curando com tais e taisou frutos ou partes de seres biológicos que apresentem identidade de formato com tais e tais órgãos afetados. Estamos, sem dúvida, vivendo a volta das bruxas! E se elasPorque, existem,é acatemo-las, pesquisemo-las. preciso assinalar, novas ciências estão surgindo nesse sentido, com várias aplicações, além da arte de curar, usando processos de imitar no exterior a forma do órgão interior do corpo humano e agindo terapéuticamente de várias maneiras. Tudo isso está no espírito das multimilenárias correntes espiritualistas orientais e que marcou
alguns estudiosos ocidentais no correr do tempo. É o conceito de que o semelhante atrai o semelhante, de que o semelhante cura o semelhante, aliás o fundamento da homeopatia. É a idéia orientalista de que o cosmo está no homem, e que consequentemente aquele é o fator determinante do equilíbrio ou do desequilíbrio, da saúde ou da doença. É o conceito alquímico, há milenios vigente no Oriente e depois passado ao Ocidente, de que tudo é Um. É o conceito das dos principais religiões e seitas secretas, e inclusive Evangelhos, de que tudo está em tudo. As derivações e conjunções das disciplinas e ciências entre si caminham nesse sentido: da análise extrema á síntese extrema, ou viceversa. Síntesefundamentavam que já as antiquíssimas filosofias orientalistas e estatuíam, srcinando tantas e tantas disciplinas e ciências derivativas. Por isso que, no ámbito religioso, tudo ali gira em torno do Uno: meditar no Uno, trabalhar no Uno, voltar o mais depressa possível ao Uno. Assim, também na acupuntura ocidental as derivações continuam. Da auricoloterapia
(acupuntura moderna específica do ouvido) surgiu a auricolomedicina,. com tantos adeptos na Europa, porque, como medicina globalizada, tem-se mostrado bastante eficaz sob o ponto de vista do diagnóstico das enfermidades. A auricolomedicina serve-se de estimulações luminíferas e meia frequência musical, além das agulhas tradicionais da acupuntura. Derivação antiga da acupuntura que ganha terreno hoje Ocidente, com variações, a disciplina dono moxabustão. Utiliza agulhaséou bastões coniformes, tudo confeccionado com a planta artemisia vulgaris latifolia. O nome moxabustão vem de moxa, que é a mecha de algodão feita com essa planta. Aplicam-se as agulhas ou bastões sob os efeitos dinamizantes do fogo ou do calor. Ao ao esquentar, instrumento transmitirá pacienteoos efeitos curativos, seja do calor ou as propriedades ativas da artemisia, obtendo-se resultados sedativos ou tonificantes. Outro ramo da acupuntura, porém descoberto acidentalmente, iridología. Se a experiência diz que o olho é éo aespelho da alma, os iridologistas dizem que a íris é o espelho da
saúde e da doença. Na íris estão 1.200.000 fibras onde, como no quadrante de um relógio, poder-se-ia prospectar o estado patológico do homem através de observações quanto às alterações da cor e nas tramas dessas fibras. Considera-se que a corrente vital, circulando pelos meridianos, atinge a íris impressionandoa com sinais diversos, de acordo com a condição apresentada pela patologia de cada um. Temos que, sendo a iridologia, nesse aspecto das correntes de força, uma derivação da acupuntura, geralmente os seus profissionais valem-se dos seus recursos para eliminar os distúrbios patológicos diagnosticados através do espelho da íris. Vai então, devagar, o Ocidente aplicando os princípíos-síntese do Oriente. As agulhas de acupuntura invadem o mercado. Desde aquelas pequenas, de três a quatro centímetros e meio milímetros de espessura, àquelas vezes maiores, com trinta a quarentadez centímetros, específicas à anestesia preoperatória. E, paralelamente, os recursos da
técnica moderna vão coadjuvando: em algumas agulhas, aplica-se a eletricidade para potencializar a ação da energia, método aperfeiçoado sobretudo na Alemanha, além de no Oriente. Quanto ao material das agulhas, usa-se já grande diversidade de metais e medidas, desde as de madeira, prata e aço às mais avançadas, contendo tungsténio e molibdênio, preferíveis às vezes por sua dureza ou consistência. E, afinal, o que é que a acupuntura cura? Na aplicação muito generalizada no Oriente quanto à anestesia, a acupuntura já tem um papel muito importante e definido em sua prática, desdeMas meionaséculo admitidoda medicina oficialmente. conceituação oficial não se fala aí em anestesia, e sim em analgesia, pelo fato de as agulhas eliminarem a dor da parte específica interessada, deixando ativo o restante da sensibilidade corpórea, embora tudo isso possa ter uma visão diferente por parte dos orientais. Criou-se, por grande número de pessoas, o
conceito de que a acupuntura tudo cura e alivia todo tipo de dor. Sem colocar em evidência o aspecto do carma administrando o fato de curar ou não curar (fator que mais ainda divide a aferição), a acupuntura tem tido no Ocidente várias constatações mostrando análises isoladas e parciais e restringindo ou ampliando a sua ação curativa. Alguns ressaltam a sua eficiência nos males alérgicos (asma, bronquite, dermatose, conjuntivite, rinite); outros comprovaram o seu uso na pequena psiquiatria (ansiedade, depressão, males psicossomáticos, insónia, fobias leves); outros sustentam que a sua maior eficácia está em eliminar dores decorrentes de artrose, artrite, nevralgia, ciática, cefaleia, periartrite, etc.; outros identificam, com ênfase, o seu grande contributo auxiliar na expulsão de cálculos vesicais; outros se desiludem quanto a seus fracos resultados em formas tumorais. Talvez a acupuntura esteja ainda, no Ocidente, numa fase de assentamento, mostrando aqui e ali, e devagar, as suas possibilidades e impossibilidades.
No entanto, faz-se aqui uma urgente parada na abordagem dessa corrida em torno da acupuntura. Um hausto para colocar-se-lhe acima e melhor enxergá-la desde a visão das alturas. Um retorno às srcens para surpreender por momentos esse avanço fatalista ao futuro, essa retomada do espírito orientalista, com os seus percalços, erros e acertos. Não se pode falar em acupuntura sem falar no livro chamado "Tao-the-King", que embora tenha data firmada lá pelos IV e III séculos antes de Cristo, representaria um repositório de milênios de conhecimentos anteriores. As raízes da acupuntura estariam ali, no taoísmo, em que expoentes Tze, Chuang Tzusão e Lieh Tzu. Lao Tzu ou Lao Não pode grosseiramente ser definido como caminho, princípio, no que se corre o risco de limitar a amplitude dessa palavra e seus conceitos vistos pela filosofia oriental. Reza tal doutrina: "O Tao produz o um, o um produz o dois, o dois produz o três, o três
produz todos os seres. Todas as coisas abraçam yin e yang, e a coluna do ch'i forma a harmonia." A concepção trinaria do universo (Deusmatéria-espírito), que está em tantas religiões, está também no taoísmo, como o está no espiritismo. Da conjunção desses três elementos conceituais surgem todos os seres. Todas as coisas se manifestam dualisticamente, bipolarmente: yang (princípio masculino e positivo) e yin (princípio feminino e negativo). Há uma terceira força, a energia ch'i ou ki, que promove o equilíbrio dos dois princípios. O Universo é para os chineses como um grande campo de energia, em que se interagem os dois princípios antagônicos através do manancial energético ki. E dessa interação de forças yin e yang a natureza e o homem são resultado, recebendo delas a contínua oscilação. E assim a polaridade, a dualidade, manifestando-se em tudo o que existe, também está na srcem e natureza do mundo orgânico e inorgânico.
Tal dualidade tem no taoísmo uma expressão tanto religiosa como filosófica e científica. Luz e trevas, bem e mal, quente e frio, positivo e negativo, nascimento e morte, geração e destruição. Os cinco elementos simbólicos do taoísmo (água, fogo, madeira, metal, terra) encontram analogia no hinduísmo como manifestação de canais energéticos por onde o ki chinês ou o prana hindu, ambos comvaio fluir mesmo significado de fluido vital. O taoísmo vê o Universo como um grande organismo em contínua transformação. Yang e yin são expressões do Tao como base de toda matéria, de toda energia e suas transmutações. Yang liga-se também aos conceitos de céu, sensibilidade, luz, o dia. E yin aos conceitos de terra, atonia, insensibilidade, frio, noite, escuro. Mas, embora antagônicas, tais forças são complementares e sua própria ação atrai o princípio do equilíbrio. Então, para o chinês, tudo é ritmo de ação e
reação, construção e reconstrução, causa e efeito. É o mesmo pensamento-base do Antigo Egito. O taiki, símbolo do taoísmo, é disso expressão perfeita. O círculo representa o princípio de tudo e o cosmo. Dentro dele estão os dois princípios yan e yin, um em preto e outro em branco, ambos iguais, exatamente complementares. A linha sinuosa que os une é uma espiral de ação, é um eixo de contínuo movimento no tempo e no espaço. E nesse âmbito cósmico os dois princípios se geram e se combatem um ao outro: no ódio está o germe do amor. Ora, toda a medicina chinesa é produto dessa visão cósmica dualista, de equilíbrio e reequilíbrio. E a acupuntura é a manutenção equilibrada do fenômeno da vida, o que se torna possível pelo correto uso da energia vital universal (kl). Contudo, a impressão cósmica dualista do cultor do Tao expressa-se também na visão do Uno como razão de ser de tudo. A polaridade tende à unidade, assim como o homem tende a
Deus. Assim, o taoísta e o acupunturista chinês laboram dentro dessa concepção cosmogônica de conhecimento, em que tudo é energia manifestando-se duplamente, em que tudo é movimento, tudo é ritmo, tudo é transformação, tudo é fatal caminho de equilíbrio. A observação dos ciclos cósmicos, meteorológicos e da vida, enfim, é condição primeira de diagnosticar e intervir. Por tais razões, a ação do médico taoísta é calma e serena, não tem a pressa do ocidental. O acupunturista consciente sabe ali que a doença não é um mal a ser eliminado, mas um equilíbrio a ser buscado. E para que se chegue do desequilíbrio ao equilíbrio, todo um conjunto de observações cósmico-humanas tem de ser atenta e calmamente praticado com antecedência, para que um desequilíbrio mal interpretado não gere outro desequilíbrio maior. Assim, observa-se uma dupla prospecção de diagnóstico, buscando o equilíbrio do paciente por dois lados: causas internas e causas
externas. Ver o universo interno do homem e depois o Universo externo da criação, para daí extrair o ponto de desequilíbrio causador da enfermidade. Para restabelecer o equilíbrio, vale-se do poder sutil e extraordinário da energia ki, disponível no cosmo como elemento aglutinador e dispensador da vida, que, contudo, deve melhor fluir quando não se lhe interpõe empecilhos de desequilíbrio. Pelos meridianos, que são canais invisíveis do corpo humano por onde as correntes força, passa a energia ki,fluem encontrando aqui edeali, no corpo, os pontos de força, em que a ponta da agulha vai ativar um campo para que a energia atinja o local desejado, aliviando a dor ou curando a enfermidade - ou melhor, restabelecendo o equilíbrio ao agir automaticamente nas dissonâncias fluido-vibratórias. No ato de colocar uma agulha, o acupunturista está puxando energia cósmica (ki), estabelecendo uma forçada mudança no estado de equilibrio-desequilibrio do homem, cuja causa suficiente o excesso da yin. ação, seja do princípio yang oué do princípio
O princípio ou fluido vital (ki), que é a srcemvida, a razão de ser do homem como ser encarnado, é o elemento-chave que, se o criou, se o alimenta e o sustenta, também somente ele o aliviará em seus desequilíbrios, em sua dor, e o reconduzirá à relativa harmonia manifesta em seu universo de existência. Os doze meridianos ou king simétricos estão em comunhão entre si, colocam em comunicação a parte com anaparte inferior do corpo, umasuperior interagindo outra, daí que uma agulha colocada aqui vai influir ali, e vice-versa. Entende-se então o sentido permanente de dualidade, jogando a parte externa (energia ki) para a parte internaentre (meridianos), atravésdois de pontos de contato dois ambientes, mundos. E a agulha é o elemento exterior e ativador do campo de ação que vai unir uma força externa a uma força interna, cuja conjunção harmônica é o resultado final do equilíbrio de forças. E entenda-se também uma ação externa desde o corpo para uma ação interna ao perispírito.
O taoísta estará, na medicina como em tudo, procurando a simetria, a perfeição e o equilíbrio como o estado ideal do ser, em contraposição ao estado enfermo como produto de alteração daquele sempre buscado equilíbrio das partes. Mas a ação do terapeuta do Tao não será jamais agressiva, turbilhonante, traumática; será, sim, sempre serena, paciente e constante, sabendo que o similar atrai o similar, como, de resto, a própria o fundamenta. E, nessa linha, a homeopatia acupuntura utiliza medicamentos minerais e vegetais segundo a lei dos semelhantes, porque a dessemelhança (maior ou menor ação de yang ou yin) é fator de desequilíbrio, e a semelhança de forças é soma de equilíbrio. O uso das substâncias biológicas também é fruto da teoria da sintonia do cosmo com o homem, usando para o equilíbrio salutar deste as similitudes équilibrantes daquele. Todo excesso é fator de desequilíbrio yang-yin. Assim, comoo causa interna da enfermidade, estão desde excesso de paixões e de meditação como o excesso de alimentação, etc.,
e como causa externa o excesso na temperatura, nas radiações, etc. Assim, é importante o fator de equilíbrio da ação da vontade: nem muito forte e eufórica, nem muito fraca e depressiva, colocando-se implícito o efeito psicossomático dentro dos desequilíbrios de causa interna. Compreendamos, pois, a acupuntura autêntica como uma disciplina de profundíssimos conceitos de visão cósmica, onde o simples ato de se colocar uma agulha tem um significado enorme, inaquilatável, ao alfinetar a veia da energia universal, extrair-lhe o sutil fluido equilibrante e com ele harmonizar as destoantes forças internas do homem. Não sem razão tal disciplina tem deslumbrado os médicos ocidentais mais percucientes, porque é método ou medicação única agindo no homem total (o Um no Todo), dispensando a infinda e complexa multiplicação de especialidades médicas tendente a fazer do homem um insuspeitável universo de desequilíbrio de forças. Más um outro lado do assunto: a acupuntura mediúnica, bem assinalada pelo erudito
espiritista João Teixeira de Paula no primeiro volume de seu excelente "Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo". Dissemo-lo bem: um outro lado. Pois há a acupuntura comum, científica, terrestre, e há a sua aplicação técnica ou empírica por via medianímica. São dois modos de vê-la e aplicá-la, seja com recursos apenas do nosso plano material, seja com recursos conjugados ao plano espiritual. Exemplo da acupuntura mediúnica é justamente representado pela ação curativa dos autores deste livro. Assinalemos, por fim, a agroacupuntura, talvez uma promissora disciplina. Foi desenvolvida no Brasil pelo doutor Mário Sanchez, obtendo extraordinários resultados na energização de plantas através material puntiforme (agulha, prego, etc.) aplicado nos troncos e galhos. Não será estranhável que se venha a falar numa futura cristalacupuntura!
O furacão dos milagres não cessa jamais. Dia e noite os fenômenos em tumulto surgem em torno de nós, de toda a parte, e, o que é mais maravilhoso, eles não turbam de fato a majestosa tranquilidade do ser. Esse tumulto é harmonia, é um prorrompente dom do divino, universal Amor. Victor Hugo Que pode dizer sobre a eficácia das terapias sino-japonesas denominadas shiatsu, moxabustâo e acupuntura, as do-in, quais utilizam meridianos de circulação de energia cósmica e pontos energéticos no corpo humano? Temos feito o nosso trabalho utilizando isso. Em cada cirurgia que efetuamos, temos usado um pouquinho de cada uma dessas disciplinas e terapias conhecidas desde que o mundo é mundo. Tanto a acupuntura quanto qualquer uma dessas outras similares. Porém, a melhor forma terapêutica é a da acupuntura, tratamento de aagulhas, porque, comoela, torna-se através facilitada aplicação
do remédio, através da colocação de agulhas nos centros de força. Segundo essas disciplinas, a captação humana da energia cósmica chamada ki flui por correntes a que se denominam meridianos e respectivos pontos esparsos pelo corpo. Qual a relação dessas correntes e desses pontos para com os chacras? Um centro de força, oufato chacra, um plexo atua em todo o corpo. Pelo de estar ele sendo ativado na parte superior do corpo, ele não deixa de estar emitindo força na parte inferior, e vice-versa. Então tais mencionados pontos são pontos de equilíbrio em que se utiliza uma terapia. Ora, quando se vale do centro de força, está-se utilizando o conjunto por inteiro, atingindo todos os nervos, tanto como o coração e tudo o mais. Às tomamos de uma forma numvezes chacra de determinado local, vibratória porque ele ali transmite linhas de ondas; mas, colocando
agulhas aqui, atinge-se também a enfermidade dali, de outro local. É, portanto, um sistema integrado. É apenas um campo de força num circuito fechado. A teoria do do-in define como conceito de doença o congestionamento em algum ponto de passagem da energia ki, ou energia da vida. Tal congestionamento ocorreria de duas formas: tanto pela falta como pelo excesso da energia ki em determinado ponto. Como entenderíamos o excesso de fluido vital determinando desequilíbrio funcional no organismo? Não, não temos excesso de energia de forma alguma. Temo-la em equilíbrio ou em falta. Quando estamos em falta é em função do nosso fluido ectoplásmico, emanado por um processo de descargas fluídicas pesadas, já que ele é o mais ponderável conhecido. Esse fluido com que tudo se constrói pode ser tanto benéfico como maléfico. Com ele o espírito plasma, concretiza alguma coisa, como até um veículo com que ele possa transportar-se. Mas esse fluido do homem encarnado é tâo pesado, que os espíritos a ele se referem como impureza. E
já o dissemos: pode causar sono, distúrbios mentais. Na parte prática, a terapia do do-in preconiza dois procedimentos fundamentais: 1 - para acalmar distúrbios, usa a pressão prolongada dos dedos nos pontos desejados, por alguns minutos; 2 -, para estimular e ativar, usa a pressão dos dedos por impulsos interrompidos a cada segundo. Que poderia dizer a respeito, mormente cotejando com a acupuntura? Que ocorre aí? À medida que a pessoa é massageada, faz-se uma concentração. Tratando-se de uma criatura bastante nervosa, começa-se por tocar nos pés dela, produzindo uma massagem. Com esta, produz-se um efeito em que a pessoa se relaxa, o sistema nervoso se acalma... Então tal massagem simples é quase um substituto dessas técnicas mais apuradas? É uma síntese mais grosseira e mais dinâmica? Sim. Mas à medida que também se deita num lugar para se concentrar, está-se relaxando. E
quando se relaxa, o nervosismo vai embora naturalmente, porque entrou em meditação. Os maus fluidos, os fluidos pesados vão sendo despejados, dispersados do corpo, porque esteja estará vibrando em outra sintonia e não mais naquele campo magnético anteriormente criado com o problema que se queria resolver e não se conseguia. Ora, no momento em que a pessoa se desliga daquele problema, aí ela se acalma. Ainda na prática do do-in, antes da aplicação dos dedos requer-se um grau de relaxamento corporal do paciente, conseguido às vezes com massagens de equilíbrio. Haveria aí uma analogia com a acupuntura, ao proceder esta o anestesiamento dos sistemas ou partes afetadas. Antes de proceder à ativação dos centros de força pelo fluxo de energia através das agulhas? Há muito tempo já se usa esses tratamentos de centros de força, às vezes sem o saber ou sem entendê-los na sua intimidade. Toca-se aqui e ali, massageando, curando,
utilizando todos os centros de força sem que se saiba. De nossa parte, utilizamos agulhas nos centros de força e assim relaxamos as pessoas. Verifique-se uma criatura que vem até nós com dor no braço. Imediatamente é aplicada agulha naquele membro e naquela enfermidade. Mas aproveitamos mais aquele específico centro de força que ali mesmo se encontra, para eliminar aquela doença. Da mesma forma aí na Terra, quando vai transmitir-se o passe. Pede-se que o passe seja no centro de força coronário, toca-seasa mãos, cabeçadeixa-se no chacra sem movimentar quefrontal os e, fluídos sejam colocados pelos espíritos naquele local. Como já dissemos, no caso do passe não há propriamente necessidade de se tocar com dedos e mãos, apertar, massagear. Nada disso! A energia que é aí utilizada não requer, de modo algum, o toque físico nas
pessoas. Sem isso, as criaturas recebem perfeitamente o fluxo de energia, porque é um método fiuido-terapêutico. Ora, quando se aplica um passe de maneira correta numa criatura atordoada, completamente desequilibrada, é o mesmo efeito, a mesma coisa que se estivesse apertando o dedo nessas pessoas. Persegue-se o mesmo objetivo, por métodos diferentes. Assim, no tratamento de acupuntura, a colocação das agulhas já seria um relaxamento... É isso mesmo. OBSERVAÇÃO FINAL A admissão da existência de energias e fluidos sutis comandando a açào universal e o fator saúde é elemento de prova de disciplinas antiquíssimas e outras modernas que transcendem os diagnósticos e tratamentos convencionais. Assim é a acupuntura, provando a aplicação mecanicista de ativação de centros de forças conducentes de tais energias e fluidos.
E os conceitos hinduístas de tattwas penetram sorrateiramente em neodisciplinas que redescobrem as mesmas energías sutis que eles há milênios já radiografaram: a radiônica e a psiônica aplicam os efeitos sonoros na biología, promovendo sutilmente bruxarias de cura e extermínio; a cromoterapia usa radiações cromáticas e modifica estados psicofísicos; a floralterapia vale-se das emanações odoríficas para promover estados psicofísicos. Por cima dessas e outras emergentes, a radiestesia aferedisciplinas com os pêndulos a realidade de todas essas energias e fluidos, mostrando parámetros, criando condições de análise e uso, aproximando-se de uma precisão matemática, mostrando como técnica o que já fora há milênios estatuído pela ciência dos iogues. E até as influencias dos astrosepenetram na medicina, criandosutis a astroterapia especializações, como a cosmobiología do dr. Jacques Dadu (Rouen, França), que utiliza homeopatia acoplada á astrologia. Ciências antigas retornam... Assim, na multiplicidade de redescobertas e aplicações, encaminhamo-nos à admissão dos
fluidos e criamos elementos à formação de uma futura visão unitária da fluidologia. ISMAEL ALONSO POSFÁCIO POSFÁCIO Há numerosos prodígios no mundo, mas nenhum mais prodigioso do que o homem. Sófocles O máximo segredo cósmico e o mais vizinho a nós permanece sempre o homem. Carl Gustav Jung No dia em que parares de avançar e disseres até aqui já basta, então começarás a morrer. Santo Agostinho A Terra tem pressa de evoluir e a Espiritualidade acelera o processo assimilativo das verdades do espírito. Todavia, há uma barreira: a diversidade ideológica. Esta até justifica a colocação inicial dos espíritos neste livro: que se o queime se nele for achado algo contrário a Kardec. Isso porque há numa certa coorte a preocupação enorme de não fugir do kardecismo. A profusão
de assuntos e obras emergentes assusta, radicaliza tantos que acabam por nada mais tomar à mão para ler, e a tudo repudiar, a não ser obras de Kardec. Atitude afilosófica. Aliás, até antikardecista, porque a sua Codificação, ela própria, abriu conscientemente um universo de indagações ao porvir. Assim é que tantos se deitam pachorrentos nos trilhos e podem ser atropelados pelo comboio inexorável da evolução. Contudo, em atenção mesmo a esses, vamos colocar aqui rapidamente a posição de Kardec quanto a alguns temas aparentemente polêmicos deste livro. CURAS ESPIRITUAIS Nossos autores espirituais defendem as curas mediúnicas, o que pode ser melhor avaliado em um seu outro livro recente, intitulado "Medicina do Além". Kardec também não lhes foi contra: referiu-se largamente a tal assunto, detalhando fatos e emitindo conceitos favoráveis às várias modalidades de curas medianímicas.
Destaquemos apenas um pequeno trecho da "Revista Espírita" (EDICEL), onde é comentada uma cirurgia espiritual numa fratura, realizada mediunicamente pelo dr. Demeure: "Dirão: se os médicos vêm exercer sua arte depois de mortos, querem fazer concorrência aos médicos vivos. É bem possível; entretanto, que estes últimos se garantam; se eles lhes arrancam algumas práticas, não é para os suplantar, mas mortos para lhes provar que nãoo estão absolutamente e lhes oferecem concurso desinteressado aos que quiserem aceitá-lo. Para melhor fazê-los compreender, mostram-lhes que, em certas circunstâncias, pode-se passar sem eles. Sempre houve médicos e os haverá sempre; apenas os que aproveitarem as novidades lhes vantagem trouxerem os desencarnados terão umaque grande sobre os que ficarem para trás. Os espíritos vêm ajudar o desenvolvimento da ciência humana, e não suprimi-la." ACUPUNTURA, CHACRAS O espírito André Luiz fundamentou a existência dos centros de força. No livro "Imagens do Além" (Heigorina Cunha, Lucius) há até um
belo desenho com eles. Os autores espirituais deste livro admitem e usam reiteradamente os chacras e a acupuntura. Kardec não falou disso, como alguns fazem questão de enfatizar. E não falou também de outras disciplinas, o que em absoluto não as invalida. Desacreditaríamos da existência do que se chama rádio, televisão, computador, simplesmente mencionou? porque o sábio Kardec não os O Codificador falou, contudo, em dois grandes entraves ao evolucionismo de sua doutrina: preguiça e preconceito. Hoje, própria prova existência pontosade força,ciência caminho paraaprovar os dos chacras. Kardec, com o seu bom senso, certamente não iria contra a ciência. OVOIDES A palavra ovoide parece provir de André Luiz, referindo-se à forma obtida por espíritos jungidos a grande imperfeição.
Os autores espirituais deste livro referem-se a outro tipo de ovóide, criado por um espírito como segundo agente, fora de si mesmo, no corpo de outro indivíduo. Kardec não fala de ovóide, embora tenha mencionado espíritos globulares (R.E.) quando comentou sobre certas aparições. Entretanto, bem fundamentou Kardec a possibilidade de o espírito agir profundamente na matéria, através da vontade, mesmo para o mal, como seria o caso das massas ovoidais provocadoras de enfermidades. Eis o que o Codificador deixou escrito na "Revista Espírita" (EDICEL): "A vontade é ainda onipotente dar aos à fluidos as qualidades especiais para apropriadas qualidade do mal. Este ponto, que é capital, se liga a um princípio ainda pouco conhecido mas que está em estudo: o das criações fiuídicas e das modificações que o pensamento pode produzir na matéria. O pensamento, que provoca uma emissão fiuídica, podeeoperar certas transformações, moleculares atômicas, como se vêm ser produzidas sob a influência da
eletrícidade, da luz ou do calor." Razão, pois, aos autores deste livro quando alertam os médicos sobre a grande ação negativa de um tipo de ovóide, que é, por assim dizer, produto densificado da obsessão, às vezes até impressionando as radiografias. APOMETRIA O termo apometria é recente, mas nomeia fenômenos e métodos antigos. No tempo de Kardec, aqui e no Além, já eram bem conhecidas e fundamentadas as vantagens do desdobramento perispiritual para alcançar variados resultados, o que está dentro da essência da apometria, em oposição ou auxílio à desobsessão incorporativa (aproximativa). Kardec era receptivo a todos os métodos racionais de desobsessão coadunados com a sua doutrina. Aprovou e recomendou os métodos então inovadores da Sociedade Espírita de Bordeaux. Em 1867, já se dominava plenamente o aspecto fluido-científico da questão, conforme lhe passava o sr. Peyranne (Revista Espírita, EDICEL):
"Para agir eficazmente sobre um obsessor, é preciso que os que o moralizam e o combatem pelos fluidos valham mais que ele. Isto se compreende tanto melhor quanto o poder dos fluidos está em relação direta com o adiantamento moral daquele que o emite. Um espírito impuro chamado a uma reunião de homens morais aí não se sente à vontade; compreende a sua inferioridade, e se tentar enfrentar o evocador, como vezes acontece, ficai persuadidos de que logopor abandonará o papel, sobretudo se as pessoas componentes do grupo onde se comunica se unem ao evocador pela vontade e pela fé." Se conheciam o aspecto moral, também conheciam usavam. o aspecto técnico-moral, e o Ora, mais interessante o uso do choque anímico desobsessor já nessa época, e que lamentavelmente ainda hoje está em discussão. Ouçamos ainda o sr. Peyranne. R.E., 1867: "Sabemos ainda que uma descarga fluídica feita sobre um obsediado por vários espíritos, por
meio da cadeia magnética, pode romper o laço fluídico que o liga ao obsessor e tornar-se para este último um remédio moral muito eficaz, provando-lhe a sua importância." Pois bem, o choque anímico, hoje ainda usado e recomendado pelos espíritos, o era já há bem mais de século. E Kardec (R.E., EDICEL) o aceitava plenamente: "não podemos senão aplaudir o programa sociedade de Bordeaux e felicitá-la por seuda devotamento e pela inteligente direção de seus trabalhos. (...) A maneira por que procede para o tratamento das obsessões é ao mesmo tempo notável e instrutiva, e a melhor prova de que essa maneira é boa, é que dá resultado. (...)" Dão se pode garantir que Kardec seria hoje um apometrista, assim como não podemos garantir que ele possa ou não ser um regressista (T.V.P.), ou um transcomunicador (T.C.I.). Mas sem dúvida que ele estudaria amplamente tais questões. O assunto, já assinalamos, constitui tema do livro "Apometria do Além", dos nossos mesmos
autores espirituais, e a ele endereçamos o leitor. CORRENTES MENTOMAGMÉTICAS O que acabamos de mencionar para a apometria sirva também para o tema da corrente mentomagnética, porque se o desdobramento é o veículo-chave da apometria, a corrente mental é a sua energia de ação. E o uso desta na desobsessão, ao tempo de Kardec, foi o que já acabamos de ver. Kardec comentou e referendou técnicas de curas e desobsessão por correntes mentomagnéticas. Publicou, por exemplo (R.E., 1865, EDICEL) o caso de cura de uma fratura pelo espírito do dr. Demeure, por magnetização espiritual, onde foi usada a cadeia magnética: "Foi formada a cadeia magnética, a pedido dos bons espíritos. (...) Pio fim da sessão houve uma cena tocante que merece ser relatada. Os bons espíritos, em número de trinta, no começo formavam uma cadeia magnética, paralela à que nós formávamos. Tendo-se levantado a sra. próprios Maurel, pela mão direita, punha-se em comunicação direta, sucessivamente, com cada
dois espíritos; colocada no interior das duas cadeias, recebia a ação benéfica da dupla corrente fluídica energética." O que transcrevemos linhas acima sobre o uso do choque anímico e das correntes mentais desde vasto tempo corrobora as assertivas do nosso caro Eurípedes Barsanulfo neste livro, mostrando que não estamos ventilando nada de novo. PRECE E FLUIDOS Ao encararmos o assunto da prece sob o aspecto técnico-fluídico, fizemo-lo, não para desmitificá-la ou desmistificá-la, mas para valorizá-la ainda mais, dentro mesmo da aplicação das correntes mento-magnéticas, como o fez o próprio Kardec (R.E., 1865, EDICEL): "A prece, que é um pensamento, quando fervorosa, ardente, feita com fé, produz o efeito de uma magnetização, não só chamando o concurso dos bons espíritos, mas dirigindo ao doente uma salutar corrente fluídica."
ORIGEM DO ESPÍRITO E DO UNIVERSO Tema polêmico que os próprios sábios Codificadores deixaram reticente. Mas qualquer abordagem sobre fluidos lhe toca diretamente, pelo que não há como fugir do caráter polêmico, já que ele o é em si mesmo, com ou sem Kardec. Difícil, pois, abordá-lo em tão poucas linhas, mas tentemos apenas posicionálo em função do kardecismo. Kardec, embasado na lei da igualdade do espírito e nas respostas dos espíritos, colocou que todos os seres são criados simples e ignorantes; que, quanto ao Universo, Deus cria nele incessantemente, embora nada se sabendo das srcens do espírito do Universo, de Deus. Messes termos, o Universo kardequiano é uma máquina de eterna criação, cujo produto essencial é o espírito, ser que absorveu o princípio inteligente criado por Deus e cujo fim fatal é tornar-se perfeito sofrendo e aprendendo, já que eterno o é por natureza. Essas colocações provocaram dúvidas no tempo de Kardec. Foi-lhe indagado de São
Petersburgo (R.E., 1861, EDICEL): "Depois de ter dissipado uma a uma as minhas dúvidas e reafirmado minha fé na sua base, o espiritismo me deixa uma questão não resolvida. Ei-la. Como os espíritos novos, que Deus cria, e que se destinam a um dia tornar-se espíritos puros, depois de terem passado pela peneira de uma porção de existências e de provas, saem tão imperfeitos das mãos do Criador, que égradativamente a fonte de todasenão perfeição, e não se melhoram se afastando de sua srcem?" Consideremos que esse é o problema crucial de toda a Codificação, diante do que o espírito respondeu: "Esse mistério é um dos que o Eterno não nos permite penetrar antes que nós, espíritos errantes, ou encarnados, tenhamos atingido a perfeição que nos é assinalada, graças à bondade divina, perfeição que nos reaproximará de nossa srcem e fechará o círculo da eternidade." Atente-se: o espírito disse reaproximará. Isto
abre um universo de discussão. Mas vejamos o que comentou Kardec diante dessa resposta: "(...) Os espíritos saem das mãos do Criador simples e ignorantes, mas nem são bons, nem maus, pois do contrário, desde a sua srcem, Deus teria votado uns ao bem e à felicidade, e outros ao mal e à desgraça, o que nem concordaria com a sua bondade, nem com a sua justiça. No momento de sua criação, os espíritos não são imperfeitos senão doeponto vistaade desenvolvimento intelectual moral,decomo criança ao nascer, como o germe contido no grão da árvore (...)." Na sequência, Kardec coloca o problema da dor decorrente dessa criação imperfeita do ser. Justifica-se chamando ainda a leiestão da igualdade e a justiça divina: todo erro e dor na liberdade de escolha do homem. Este é quem procura a imperfeição. Há aí uma grande brecha de indagação filosófica. Por que o ser há de carregar o estigma da imperfeição e o decorrente sofrimento, já que
nas suas primeiras manifestações inteligentes ele está inconsciente de si mesmo, do norte de sua estrada, de seus erros, tendo de arcar com eles numa via longa de dor e aprendizado? Kardec argumenta aí que o sofrimento não é eterno, que terá um fim. Contudo, isso não diminui o peso do sofrer na razão do filósofo. E indaga-se: Deus é sádico, é masoquista? Cria Ele os seres sabendo que, os lhes espíritos amargariam tanto,imperfeitos, desde que se desabrocha a consciência até ultimar o longo caminho da perfeição? Não seria, antes, um reaprendizado, um recaminho? Os espíritos dizem que dor é redenção, mas se justificam a dor pela fluência sábia justiça divina, complicam-se os homens aoda colocá-la frente à bondade divina. Daí a indagação: que Ser perfeito é esse que, num ato criativo eterno, espreme seus filhos numa dolorosa contingência de sofrer tanto para chegar ao que se chama perfeição? Entram aí os neoespiritualistas (Ubaldi e
outros) com um conceito-chave: voltar ao Pai e não chegar ao Pai. A dor seria a justificativa, a explicação desse retorno, dessa evolução fatalista. Os seres não seriam criados (Kardec) simples e ignorantes, mas voltaram a ser (Ubaldi) simples e ignorantes. Houve uma monumental queda do espírito. Surgiu então o Universo para consertá-la. De fato, temos que considerar: estabelecer o evolucionismo do sábio espírito, do mais simples ignorante ao mais e mais perfeito, do e mineral ao homem, do homem ao anjo (Kardec) é importante, mas saber o porquê desse evolucionismo (Ubaldi) é outra questão muito mais profunda em que os espíritos codificadores não penetraram. O fenômeno da dor é aí o QUID filosófico por prevalência. Diante da dor calam-se os maiorais, porque, sem dúvida, é longa, é penosa, é dolorosa a estrada da perfeição. Ela machuca a razão e a lógica. A admissão de uma queda parcial do espírito
(Os Exilados de Capela, Edgard Armond; A Caminho da Luz, Emmanuel) também não resolve o problema no seu sentido universal, fazendo-o apenas no sentido local, planetário. Já assentada a posição dos neoespiritualistas, Ubaldi à frente, novas reflexões e decorrências se abrem, onde a dor adquiriria justificativa mais racional em seu existir e em sua transitoriedade, diante de uma anterior monumental defecção cósmica do espírito. Tenta-se dignificar melhor um Criador bondoso e justo, a tal ponto de criar o Universo para acudir o espírito e consertar a ferida que ele próprio abriu com o seu livre-arbítrio. O próprio Universo físico ganha uma razão de ser: reencaminhar os espíritos que já foram puros e ora vêm amargar a prova rude do Universo material. A situação filosófica das srcens, depois de Kardec, cresceu em perquirições, porque o mundo adquiriu mais informação, daqui e do Além. A citada posição de Kardec seria hoje válida, até certo ponto, para os neoespiritualistas, desde
que todo processo evolutivo por ele admitido esteja fixado a partir de um certo momento cósmico. Para trás desse momento entra Ubaldi justificando toda a necessidade compulsória da dor, mas que surgiria somente a partir desse instante cósmico. Amplia consideravelmente a posição anterior do espírito, onde a palavra recriado substituiria a palavra criado (Kardec). Ora, como já dissemos, em toda a gigante filosofia hinduoestá implícito, para do quem queira aprofundá-lo, conceito de queda espírito, hoje bastante polêmico nos meios espíritas e espiritualistas. Importante lembrar que, lá na índia como aqui no Ocidente, as diferenças sistêmicas nesse assunto, ao anulam, mesmo tempo que sedo alargam, também se dependendo ângulo interpretativo. Recapitulemos: aqui temos Kardec, de um lado, postulando a criação do espírito como ser simples e ignorante a encetar uma escalada única programadano naUniverso evoluçãofísico em linhas gerais,e começando e encerrando como produto final em espírito
puro. Doutro lado, o filósofo Ubaldi fundamenta a criação do Universo e a necessidade de materializar o espírito como decorrência de sua queda, tendo ele protoexistência já em caráter de pureza mal administrada em certo momento. Kardec teria partido de uma fase do tempo, onde estaria correta uma escalada evolutiva muito bem embasada, dos reinos inferiores aos superiores, mineral ao homem. Mas tal escala teria do partido de uma estaca zero? Haveria algo para trás? E aí surge Ubaldi penetrando aquém do princípio do evolucionismo kardecista e tentando explicar, com o seu protoevolucionismo, a existência do espírito antes mesmo do seu primeiro mergulho na matéria, administrando o seu princípio inteligente. A questão fica posta assim: começou (Kardec) ou recomeçou (Ubaldi) a evolução do espírito a partir do ponto de criação da matéria? O médium e filósofo Pietro Ubaldi, nas suas
dezenas de livros (mormente em A Grande Síntese, Queda e Salvação, Deus e Universo, O Sistema), aprofundou magistralmente a questão. O Universo e o homem físico são acidentais (para o conceito humano, mas não para a onisciência divina), a dor passa a ser acidental (e não um fator intrínseco da criação permanente, como em Kardec). Aí o conceito de bondade divina seria mais admissível por conceder Deus uma oportunidade de reintegração do espírito decaído ao concerto cósmico da perfeição espiritual. Estão aí colocados os dois sistemas das srcens: o do Universo-espirito em criação permanente (Kardec) e o do Universo-espirito em queda acidental (Ubaldi). Ao leitor cabe a pesquisa e definição, aqui evidentemente impróprias. Mas considere-se que nenhum desses dois sistemas, no ponto em que se detiveram, resolveram ainda, na sua totalidade, o problema da srcem primeira e do fim último do espírito. RELATIVIDADE DO TEMPO E FIM DO UNIVERSO
Dizia Albert Einstein: "Para nós, físicos, essa separação entre passado, presente e futuro tem o valor de uma mera ilusão, por mais tenaz que seja". Kardec antecipara Einstein em conceitos de sua Teoria de Relatividade. Isto muito engrandece a visão científica do Codificador, que escrevia em 1868 (Revista Espírita, EDICEL): "...o tempo é relativo; não pode ser apreciado senão em termos de comparação e os pontos de referência estabelecidos na revolução dos outros; e esses termos variam conforme os mundos, porque fora dos mundos o tempo não existe; (...)" não há unidade para medir o infinito Ora, dizendo que fora dos mundos o tempo não existe e que não há unidade para medir o infinito, Kardec a acrescentar que, alijada matéria ajuda-nos do Universo, ultima-se também a a evolução do espírito; e que, consequentemente,
esgota-se a função do espaço-tempo, porque finalmente o espírito estará perfeito, num âmbito imaterial e eterno. Mas em Kardec isso aparece bipartido? Ele postularia ainda uma criação constante, um Universo físico permanente, do qual o espírito evoluído se isolará um dia, mas onde novos espíritos criados lhe estarão substituindo e justificando a continuidade de existir? É o que deixam os claros deixados nas respostasentrever reticentes dos espíritos codificadores. Na Codificação não está posto um Universo de fim particular (Ubaldi), mas sim um Universo de fim eterno (Kardec). Com a evolução das idéias, com ogritam avanço da ciência, as descobertas da técnica reafirmações mais claras da filosofia, e viceversa. Com isso estamos num âmbito de grandes revisões e transformações, não podemos fugir de pesquisar e de pensar mais profundamente nas questões mais complexas. Lembremos que Kardec falou em Universo infinito e em criação permanente de maneira
genérica. E emerge o questionamento: Deus cria por criar? A Criação é um capricho de Deus? Nas antiquíssimas filosofias já tínhamos o conceito, não apenas da relatividade do tempo, como também da relatividade de tudo - com exceçáo do Absoluto - Deus. Daí que também os conceitos de matéria e Universo físico são ali também relativos, isto é, colocados como transitórios. A ciência fala num Universo finito, curvo, fechado sobre si mesmo. O cotejo das filosofias antigas falando do princípio, finalidade causal e fim do Universo referenda as descobertas e conceitos modernos. Mas neste livro quisemos apenas destacar a emergência dos novos conceitos de absoluto, espaço-tempo alijando os vários e como contributo à compreensão da escalada, seja ao fim do Universo material, seja ao rumo da dimensão do espírito, que é o que mais nos interessou enfatizar. NUMEROLOGIA MA FÍSICA E METAFÍSICA
Penetráramos no assunto matemática do espírito porque teoricamente importante no tema dos fluidos, em amplos aspectos, como já explicáramos. Aí o termo numerologia é apenas referencial: o futuro pode eleger outro. Especificamente em relação ao planeta Terra, Kardec deixa a questão da numerologia em aberto, aplicando assim o evolucionismo de sua doutrina, que a admitiria, como ele próprio disse, se ela fosse de futuro estabelecida cientificamente. Em 1868, fora levantada a questão da validade da numerologia incidindo tanto na fenomenologia física como psíquica. Os espíritos responderam favoravelmente (Revista Espírita, EDICEL): "Hà certamente, no conjunto dos fenômenos morais, como nos fenômenos físicos, relações baseadas em números. A lei da concordância das datas não é uma quimera; é uma das que vos serão reveladas mais tarde e vos darão a chave coisasbem, que vos parecemnão anomalias. Porque,das crede-o a natureza tem caprichos; ela marcha sempre com precisão e
passo seguro. Aliás, esta lei não é tal qual imaginais; para a compreender na sua razão de ser, no seu princípio e na sua utilidade, necessitais adquirir idéias que ainda não tendes, e que virão a seu tempo. Pelo momento, este conhecimento é prematuro, razão por que não vos é dado. Então seria inútil insistir. Limitaivos a recolher os fatos; observai sem nada concluir, com receito de vos confundir; Deus sabe dar aos homens o alimento intelectual à medida que estão emno estado suportar. Trabalhai sobretudo vossodeadiantamento moral, porque é por este que merecereis possuir novas luzes." Diante dessa resposta, Kardec, embora lembrando a prematuridade de tal assunto, não deixou de eaprovar a realidade dosfísico: números incidindo explicando o mundo "O princípio da concordância das datas é, pois, inteiramente hipotético; mas se nada é ainda permitido afirmar a este respeito, a experiência demonstra que na natureza muitas coisas estão subordinadas leis numéricas, do mais rigoroso acálculo. Este fato,suscetíveis de uma grande importância, talvez possa um dia lançar luz
sobre a primeira questão (...)" E quanto ao número reger fenómenos metafísicos, embora os espíritos respondessem sim, Kardec, sem os negar, parece ter, num momento, preferido não ser tão peremptório por falta ainda de mais comprovação: "É certo, pois, que os números estão na natureza e que leis numéricas regem a maior parte dosnos fenómenos dede ordem física. mesmo fenómenos orgem moralDá-se e o metafísica? É o que seria presunção afirmar, sem dados mais certos do que os que se possuem (...)" Contudo, na sequência Kardec acaba por admitir possibilidade número reger tambémafatos de ordemdo moral, metafísica: "(...) De acordo com isto, é permitido supor que todas as eventualidades que parecem efeito do acaso, na vida individual, como na dos povos e da humanidade, são regidas por leis numéricas, eabarcar que o que falta paradeasvista conhecer é poder de um golpe uma massa bastante considerável de fatos e um lapso de
tempo suficiente. Pela mesma razão nada haveria de absolutamente impossível que o conjunto dos fatos de ordem moral e metafísica fosse igualmente subordinado a uma lei numérica, cujos elementos e as bases, até agora, nos são totalmente desconhecidos. Em todo o caso, vê-se, pelo que procede, que essa lei, ou se se quiser, essa fatalidade de conjunto, de modo algum eliminaria o livre-arbítrio." Kardec, com maneira, sua grande visão, acabou por não negar, dessa uma possível numerologia do espírito. E hoje tais questões não seriam tão prematuras, porque a própria ciência, com a escalada da matemática, já lhes penetra. Assim, os espíritos, como Kardec, referendam plenamente os sonhos de Pitágoras, Descartes, Leibniz, Spinoza, Laplace e Comte, fundamentando uma matemática do Universo e do espírito. ASTROLOGIA, COSMOBIOLOGIA Como já dissemos, Kardec, sem até mencionar astrologia, ridicularizou os traçados das constelações e suas respectivas influenciações
(A Gênese), um capricho imaginário dos povos que às vezes erroneamente se assimila à astrologia, a qual, sem dúvida, também repudia tal superstição, tal máscara encobrindo as suas verdadeiras leis reveladas, onde a questão do zodíaco é o grande mistério. Kardec deixou de lado o aprofundamento do tema da astrologia, e, sábio cauteloso, publicou sem comentário o pronunciamento marcadamente à astrologia deixado pelo espírito dofavorável célebre astrônomo Arago, eminente participante da Codificação espírita. A questão fora colocada na "Revista Espírita" sob o título "Influência dos planetas nas perturbações do globo terrestre". O médico colombiano Ignacio Pereira consultava Kardec sobredr.certas preocupantes perturbações climáticas e telúricas influindo nos seres vivos. Informava que o espírito de seu irmão, interrogado, afirmara ser o planeta Júpiter, em seu perigeu a cada quarenta anos, o causador dos transtornos a que se referira. Dr. Ignacio comprovara pesquisando de há quarenta anosisso para trás de sua ocorrências época.
Lembremos, de passagem, que o efeito Júpiter, há séculos assinalado pelos astrólogos (inclusive, mais significativamente, pelo sábio Isaac Newton), já o é agora também pela ciência, mormente por alguns sismólogos, vulcanólogos, geólogos. Dr. Ignacio, curioso, solicitava uma confirmação à Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, o que obtivera em 18 de setembro de 1868, longa edasábia do eruditoatravés espíritodaArago, qualintervenção extraímos estes trechos (Revista Espírita, EDICEL): "Na natureza não há um fenômeno, por menor que seja a sua importância, que não seja regulado pelo exercício das leis universais que rege a criação. Dá-se o mesmo grandes cataclismos, e se males de toda nos a sorte castigam a Terra em certas épocas, não só é porque seja necessário, em razão de suas consequências morais, mas também porque a influência de uns corpos celestes sobre outros, as reações compostas de todos os agentes naturais devem, fatalmente, conduzir a um tal resultado. "Estando tudo submetido a uma série de leis,
eternas como aquele que as criou, pois que não se poderia remontar à sua srcem, não há um fenômeno que não esteja sujeito a uma lei de periodicidade, ou de série, que provoca o seu retorno em certas épocas, nas mesmas condições, ou seguindo, com intensidade, uma lei de progressão geométrica crescente ou decrescente, mas contínua. Menhum cataclismo pode nascer espontaneamente ou, se seus efeitos parecem tal, as causas que o provocam são postas em Não açáosáo, desde umespontâneos tempo mais senão ou menos longo. pois, em aparência, pois não há um só que não seja preparado de longo tempo, e que não obedeça a uma lei constante. (...) "Cada corpo celeste, além das leis simples que presidem à divisão dias e das das estações, etc, sofre dos revoluções quenoites, demandam milhares de séculos para a sua perfeita reação, mas que, como as revoluções mais breves, passam por todos os períodos, desde o nascimento até um supremo efeito, depois do que há um decrescimento até o último limite, para recomeçar em seguida a percorrer as mesmas fases. (...)"
Denotando um grande domínio do assunto, como grande físico e astrônomo que fora na Terra, e ora com a visão espiritual ainda mais entreaberta à grandeza do Universo e de suas leis, Arago, na sequência não somente confirma as influências de Júpiter no planeta Terra, como fundamenta a mútua influência de todos os planetas, todos os sistemas, todas as galáxias, no que está plenamente concordante com a astrologia, com a física e com a fluidologia. Leiamos ainda Arago (R.E., EDICEL): 'Num mesmo sistema planetário, todos os corpos que dele dependem reagem uns sobre os outros; todas as influências físicas aí são solidárias, e não há um só dos efeitos, que designais sob o nome de grandes perturbações, que não seja ade consequência das influências de componentes todo esse sistema. Júpiter tem suas revoluções periódicas, como todos os outros planetas, e essas revoluções não são sem influência sobre as modificações das condições físicas terrestres. Mas seria erro considerá-las como a causa única ou preponderante de tais modificações. Elasosintervêm uma parte, como as de todos planetaspor do sistema, como os próprios movimentos terrestres intervêm
para contribuir para modificar as condições dos mundos vizinhos. Vou mais longe: digo que os sistemas reagem uns sobre os outros, em razão da aproximação ou do afastamento que resulta de seu movimento de translação através das miríades de sistemas que compõem a nossa nebulosa. Vou mais longe ainda: digo que a nossa nebulosa, que é como um arquipélago na imensidade, tendo também o seu movimento de translação através de miríades de nebulosas, sofre a influência daqueles de que se aproxima. Assim, as nebulosas reagem sobre as nebulosas, os sistemas reagem sobre os sistemas, como os planetas reagem sobre os planetas, como os elementos de cada planeta reagem uns sobre os outros e assim, de passo a passo, até o átomo. Daí, emque cada locais ou a gerais, só mundo, parecemrevoluções perturbações porque brevidade da vida não permite ver senão os seus efeitos parciais. (...)" Diante de tão coerentes e profundas asseverações, poder-se-ia objetar: mas, aí, tratase de influências físico-planetárias, e nãoapenas de qualquer influenciação na vida dos seres, em nível psicológico, em nível do espírito,
como pretende a astrologia. Rasteira objeção, à qual o próprio Arago responde magistralmente, na sequência: "A matéria orgânica não poderia subtrair-se a essas influências; as perturbações que ela sofre podem, então, alterar o estado físico dos seres vivos, e determinar algumas dessas doenças que atacam de maneira global as plantas, os animais e os homens. Essas doenças, como todos os flagelos, são para a inteligência humana um estimulante que a impele, pela necessidade, procura dosdas meios de natureza. as combater, e ààdescoberta leis da "Mas, por sua vez, a matéria orgânica reage sobre o espírito; este, por seu contato e sua ligação íntima com os elementos materiais, também sofre influências que modificam suas disposições, sem, contudo, lhe tiraraosua livrearbítrio, superexcitam ou retardam atividade e, por isto mesmo, contribuem para o seu desenvolvimento. A efervescência, que por vezes se manifesta em toda uma população, entre os homens de uma mesma raça, não é uma coisa fortuita, nem o resultado de um capricho; tem sua causa nas leis da natureza. Essa que não efervescência, a princípio inconsciente, passa de um vago desejo, uma aspiração
indefinida por algo de melhor, uma necessidade de mudança, traduz-se por uma agitação surda, depois por atos que levam às revoluções morais, as quais, crede-o, têm também sua periodicidade, como as revoluções físicas, porque tudo se encadeia. Se a visão espiritual não fosse circunscrita pelo véu material, teríeis essas correntes fluídicas que, como milhares de fios condutores, religam coisas do mundo espiritual e do mundo material". Arago fundamenta ainda a existência dos grandes períodos cósmicos, e fala deste emergente que os astrólogos denominam Era de Aquário: "Quando se vos diz que a humanidade chegou a um de na transformação, e que a Terra deveperíodo elevar-se hierarquia dos mundos, não vejais nestas palavras nada de místico, mas, ao contrário, a realização de uma das grandes leis fatais do Universo, contra as quais se quebra toda a má vontade humana." Pronto: aí toda a sabedoria de Arago contra qualquerestá preconceito antiastrológico. Nesse seu discurso ele desenhou todo o edifício da
astrologia. Dissemo-lo: Kardec nada comentou em cima da resposta preciosa de Arago. Porque, de fato, ela fala por si mesma. Mas uma questão ainda perturba as mentes: como conciliar a lei do livre-arbítrio como a da fatalidade cósmica? Não, nisto não há conflito. Kardec, a possibilidade de uma regênciaao dosaceitar números na vida humana, ressaltou que, soberano, sobrepaira nisso o livre arbítrio do espírito. E Arago também destacou isso, aí em cima, quanto à astrologia, irmã da numerologia. Ora, a velha astrologia também o admite. Há muito já sentenciara um grande teólogo católico: Astra inclinant non necessitant - ou seja, os astros dispõem, mas não impõem. Com efeito, a influência antiga de Aristóteles caminhou pelososéculos, até ao lado da Igreja Católica. Dizia grande filósofo grego no seu "Tratado do Céu": "Este mundo está ligado de
uma maneira necessária aos movimentos do mundo superior. Todo poder, nesta Terra, é dirigido por estes movimentos astrais." Mas São Tomás de Aquino, na sua "Suma Teológica", salva a soberania do livre-arbítrio: "Os corpos celestes são a causa de tudo o que se produz neste mundo sub-lunar, agem indiretamente açõesnão humanas, mas todos os efeitos que sobre produzem são inevitáveis.* O célebre astrônomo-astrólogo Ticho-Brahe não pensava diferentemente: "O homem leva dentro de si uma influência bem maior que a dos astros: sobrepujará as influências se viver segundo a Justiça, mas se seguir das cegas paixões, se descambar paraoacaminho classe dos brutos e dos animais, vivendo com eles, o rei da natureza já não reina mais, é avassalado pela natureza." Encerremos, afinal, com as palavras de Dante Alighieri: "Os astros são a causa primeira das vossas
ações, mas recebestes uma luz que vos permite distinguir o bem do mal e uma vontade livre que, depois de ter iniciado a luta contra a influência dos astros, triunfa em tudo, se bem dirigida." ALQUIMIA Assunto também complexo, em todos os seus ângulos. Na questão alquímica primária da unidade da matéria há concordância com Kardec, quando este admite o fluido cósmico universal como matéria-srcem de todas as demais. Quanto a isso e quanto à própria transmutação dos metais há até a seguinte pergunta com a respectiva resposta por Tertuliano, admitida por Kardec na "Revista Espírita" (1861, EDICEL): "— Os metais podem transformar-se, todos, uns nos outros, como pretendem certos sábios? — Sim. Mas tal transformação só se fará com o
tempo." Tertuliano admite essa unidade e a
transformação da matéria manifestando-se no vasto tempo evolutivo da Tema? Refere-se a uma conquista futura da ciência, e não a um momento manipulado pelo alquimista? A resposta não está bem explícita. Ocorre que a alquimia autêntica, segredo revelado multimilenarmente, estaria no domínio de poucos, onde naturalmente faltarão pronunciamentos favoráveis por quem não a tenha aprofundado. Contudo, a transmutação alquímica já é fato constatado pelos séculos, e hoje a própria ciência a prática com técnicas mais rebuscadas. Implicitamente a Codificação concorda com a alquimia no aspecto da unidade da matéria, do que são decorrências todos os demais princípios alquímicos, inclusive a Medicina Universal (aspiração do alquimista), onde encontraríamos no próprio espiritismo, justificando-a, um fator qualquer em torno dos fluidos (fluido cósmico, fluido vital, etc.) Com relação à longevidade (Elixir da Longa Vida, na alquimia), temos na Codificação um
pronunciamento do espírito de Lamennais (Revista Espírita, 1861) elevando ao caráter de talvez exaltação poética a avantajada longevidade dos patriarcas hebreus, alguns dos quais teriam vivido para além dos setecentos anos, segundo os textos bíblicos. E, por coincidência, o antiquíssimo "Livro do Judeu Abrão" é um dos textos alquímicos mais famosos, mais procurados, mais misteriosos. Sim, longevidade alquimia nãodifícil. é nada quanto poética,àmas é, dela, oaassunto mais Enfocá-lo devidamente seria penetrar nas alquimías hindu, egípcia, hebraica, mesopotâmica, chinesa, arábica, européia, etc, e na sua grande complexidade, nisso tanto há para se falar quanto para se não falar. Assuntos delicados, se somariam aí, como o da paralelos, viagem noainda espaço-tempo, viagens espaciais na antiguidade, transmutação biológica autodirigida, etc. Há, sobretudo, segredos imensos penetrando na ufologia e na clipeologia, onde também a agarthologia (mundos subterrâneos, terráqueos e extraterrestres longevos) como o mistério dos mistérios dosentraria mistérios.
Vale ainda a surrada frase de Shakespeare: "Há mais mistérios entre a terra e o céu..." Diante de tais dificuldades, restrinjamo-nos a assentar a possibilidade, a validade de todos os princípios alquímicos, lembrando que o espírito é soberano no administrar fluidos - que já é eterno em si mesmo - e que, poderoso, sobrepuja e comanda em tudo a matéria. Com assimila-se o conceito de se fluidoKardec, espiritual é um tantoque impróprio e não contrapõe ao conceito de fluido material; ambos formam uma mesma realidade de ser, ambos são derivativos nominais de um único tronco: o fluido cósmico universal. O espírito foge-lhes, é uma outra realidade independente, enquanto no seu estado puro. Já no estado impuro espírito depende dos fluidos materiais (corpo osomático, matéria densa) e dos fluidos espirituais (corpo perispiritual, matéria sutil) para manifestar-se, para evolucionar, para purificar-se. Ora, ao falar-se de unidade da matéria, refira-se àenglobem-se-lhe, matéria-unidade:conceitualmente, o fluido cósmicotanto universal; os e fluidos materiais quanto os fluidos espirituais,
como acima os consideramos. Daí que a transmutação alquímica não diria respeito somente à matéria bruta (metais, elementos químicos), mas igualmente à matéria espiritual (mundo sutil, perispírito). Dir-se-ia a transmutação do fluido cósmico universal em suas várias manifestações. E isso acaba por atingir o terceiro elemento independente: o espírito. Desse conceito espiritista de unidade fundamenta-se então que toda ação alquímica pode atingir, quer isolada, quer conjuntamente, todas as manifestações e todos os estágios do fluido cósmico universal. Derivando disto emergem todas as aspirações do alquimista (Pedra Filosofal, Medicina Universal, Longa Vida, Transmutação Química), Elixir todas da partindo da mesma realidade mostrada pelo espiritismo: a unidade fluídica do Universo. Assim, dentro dessa conceituação monística, a Pedra Filosofal seria o alcance mesmo dessa realidade de unidade do Universo: a Medicina Universal mesmauniversal de um conceito deseria vidaa eadmissão saúde fluídica única; o Elixir da Longa Vida seria o domínio
mesmo da realidade do princípio vital, do fluido vital ou algo assim; a Transmutação Química ou Alquímica seria a transformação mesma dos elementos da matéria universal, em todos os sentidos. Aí, então, a questão da longevidade está na administração consciente ou inconsciente do fator tempo: inconsciente quando a coercitividade cármica o impõe; consciente quando o domínio ético do homem o possibilita. Em ambos os carma casos, pelo fala-se da agilização inconsciente e consciente de fluidos. Quanto mais sutil, maior o poder energético da matéria, considerada esta nos vários planos de manifestação do fluido cósmico universal. Ora, o fator tempo, acompanhando tal aumento de poder no rumo da maior sutileza da matéria, sofre uma concomitante alteração. Em relação ao homem, a evolução-sutileza é igualmente fator de alteração do tempo de vida. E há fatores catalisadores do tempo-evolução, do tempo-vida: a fé, a pode vontade superlativa. Mum segundo o espírito alterar consideravelmente a sutileza do perispírito,
pode evoluir milênios, assim como pode estacionar milênios. Aí se fundamentariam a longevidade, as anomalias biológicas, a incorruptibilidade física após a morte (santos, iogues), já que, inserto nesse fenômeno do tempo, está a manifestação do princípio vital. A matéria biológica e o perispírito (agregados de fluidos) sofrem a ação automodificadora espírito; quando este está vivendo estados do superlativos da vontade e da fé, o dinamismo fluídico está modificando mais rápida e intensamente o homem, está purificando, sutilizando, potencializando a ação dos vórtices energéticos da matéria, que, ao impacto de uma maior sutileza, transcende os homem. estágios da normalidade observável pelo O fenômeno biológico, regido pelo princípio vital, pelo fluido vital e outros fluidos sutis, sofre também transformações. Nesse contexto todo está implícita a ação do tempo. Ora, Deus colocou na relatividade mesma da
ação do tempo-evolução a propriedade de esticar-se, paralisar-se ou retrair-se na condição mesma da progressão ética do espírito. Aí se explicitam os casos evolutivos excepcionais, os que transcendem a evolução ética normal, os aspectos aparentemente anômalos alcançando o homem biológico, tão flutuante este no seguir as linhas da escala evolutiva. Há, sim, uma insuspeitada alquimia do espírito cujo conhecimento e prática encurtariam distâncias na escalada rumo ao Criador. No plano evolutivo terrestre, em sua generalidade, as religiões, os textos sagrados, os apelos e práticas místicos são elementos catalisadores arbitrários dessa alquimia espírito. Há também no terreno da pura do racionalidade uma fluência poderosa dessa alquimia, e é quando a razão descobre e se irmana à energia motriz do Universo: o Amor, Alquimia de Deus. O MAIOR DESAFIO A descoberta da fluidologia aplicada ao desenvolvimento teórico e prático de uma nova
ciência do espírito certamente abrirá horizontes inimagináveis ao homem terrestre, ora em grande transição evolutiva. Cabe lembrar, entretanto, que ao homem cósmico a aventura maior em seu mergulho no mundo dos fluidos seria o da descoberta mais efetiva do liame fluídico que o une ao Criador. A transubstanciação fluídica do ser faz-se pela paulatina aquisição de virtudes que aformoseiam o espírito, mas a identificação mais plena com Deus, pela plena vontade, é um caminho acelerador da conquista de si mesmo como ser fluídico e transformador de fluidos. O caminho de Deus está aquém e além da própria ciência humana, no íntimo do espírito, no atoporque mesmojádeespelhado sua gestação suprema, em que o simples ser e sentir já é entender, já é concretizar, já é uma ciência maior sobrepujando todas as demais: basta deixar que o coração e a razão se unam em harmonia e a perceberemos em sua plenitude augusta, em sua imanência oculta. O mergulho na divindade é o mergulho no
poder feito humildemente em nós, porque é a anulação do eu para sublimação do eu, é limitar-se no cosmo para ilimitar-se em Deus. Através de Chico Xavier, paradigma do homo fluidicus do século XXI, aprendamos com Emmanuel e o livro que leva o seu nome: "Fluidos misteriosos ligam a Deus todas as belezas da sua criação perfeita e inimitável. Os homens terão, portanto, quando o seu quinhão de felicidade imorredoura, estiverem integrados na harmonia com o seu Criador." ISMAEL ALONSO