DICAS OLAVO DE CARVALHO
Em 2004 eu estava sem rumo. Sendo de esquerda, não agüentava mais as críticas que pintavam as pessoas de esquerda esquerda como avessas ao conhecimento. conhecimento. Mandei Mandei então um e-mail e-mail para o il!soo "lavo de #arvalho pedindo-lhe dicas de leituras para que eu conseguisse ter um mínimo de orienta$ão no mundo. E o e-mail que ele me enviou em resposta % um verdadeiro guia de honestidade intelectual. intelectual. &t% ho'e não consegui comprar todos os livros nem colocar em pr(tica tudo que ele me aconselhou porque, na verdade, verdade, % um plano plano de estudos para para uma vida inteira. ) E-mail de "lavo de #arvalho *re+ado amigo, eu louco para louco, vamos direto ao assunto ão adianta estudar estudar muito. &rist!teles di+ia que a intelig/ncia deve ser eercitada com com modera$ão e const1ncia. " truque % - Estudar todo dia um pouco. 2 - ão estudar nada sem um interesse total e a3sorvente. - 5er devagar, devagar, com l(pis na mão, e não deiar passar uma palavra desconhecida, uma rase mal compreendida. 4 - 5er somente os livros essenciais de cada (rea, sem perder tempo com o3ras de interesse peri%rico. 6 - omine pelo menos tr/s idiomas 7ler e escrever -- conversa$ão % para turista8. 9uanto a sele$ão de livros, estes são indispens(veis e, por eles, voc/ chegar( aos outros - "tto Maria #arpeau, :ist!ria da 5iteratura "cidental 7leia pela ordem, anotando cada autor importante citado e a+endo a lista dos livros que vai ler pelos pr!imos de+ anos8. 2 - ;rederic< #opleston, & :istor= o *hilosoph= 7idem8 - Eric >oegelin, >oegelin, &uto3iographical &uto3iographical ?elections 7idem8 4 - @eorges @usgor, Antroduction au Sciences :umaines 6 - Se==ed :ossein asr, BnoCledge and the Sacred D - Ma ;riedlnder, ;riedlnder, "n &rt and #onnoiseurship F - *itirim &. Soro
Recensões e Resenhas Olavo de Carvalho c.1987 Numa lista de discussão, quando o assunto se dirigiu para o tema “leituras”, o filósofo Olavo de Carvalho postou esta preciosa aula, prefaciada pelo seguinte parágrafo: Já que a conversa so!re leituras, reprodu"o adiante uma aula que dei ## creio que em $%&' ## so!re a arte de ler livros( ) uma transcri*ão de fita, feita por alunos, praticamente sem corre*+es, de modo que não procurem a eleg-ncia de linguagem( O conte.do .til para os que estiverem interessados em passar de uma leitura amadorstica a uma leitura de estudioso profissional ## uma e/peri0ncia que a maioria dos nossos alunos de universidade 1amais fe"( 2s resenhas a que o te/to se refere eram e/erccios que meus alunos fa"iam no curso( 3ram consideradas uma e/ig0ncia preliminar a toda e qualquer discussão do livro( 2pós algumas resenhas feitas por escrito, pode#se fa"er a resenha oral, com elementos de memória( 4ns anos desse treinamento, e voc0 terá a maravilhosa, reconfortante ## e, no 5rasil, rarssima ## e/peri0ncia de entender do que está falando(
Um livro só pode ser considerado lido quando:
$6 está retido na memória, não palavra por palavra, claro, mas na sua ordem interna real 76 voc0 tem na mente várias ordens de leitura que ele admite e pode reconstru#lo segundo várias hierarquias de import-ncia8 96 voc0 capa" de compará#lo, no todo e nos detalhes de constru*ão interna, com outros livros8 6 ele se tornou para voc0 um esquema ou instrumento ótico, atravs do qual voc0 conhece a realidade( ;udo isso só possvel quando a leitura tem uma finalidade, que não
everá apresentar o livro de modo suficiente para que algum o conhe*a sem l0#lo( O leitor conhecerá o assunto menos do que voc0, e voc0 o conhece menos do que o autor( Na medida em que apresentamos um livro para o leitor de menos conhecimento, temos de fa"er um esfor*o e/plicativo ?e/#plicare @ desdo!rar6( 2 e/plica*ão deve ser muito menor do que o livro, por ser um resumo, mas deve ir alm do seu conte.do e/plcito, e
isto não será possvel se o seu conhecimento não for um pouco alm do livro para poder a!arcá#lo( 3ssa e/plica*ão que ultrapassa o livro em espa*o menor tem de ser um sa!er mais e/tenso ?no sentido de que vai alm do conhecimento do conte.do do livro6 e mais simples( Compreende#se um livro quando se consegue esquemati"ar e redu"ir, ensinar mais que ele em menos espa*o( Normas
a6 a análise seguirá passo a passo a seqA0ncia do modelo a!ai/o8 !6 a análise a resposta a uma seqA0ncia ordenada de quest+es( No modelo, está dada a seqA0ncia de perguntas( 2pós ler o livro duas ve"es, responda a esses itens( O ree/ame do livro só será necessário nas primeiras ve"es( >epois, na medida da própria leitura, =oc0 1á conseguirá responder diretamente ## isso um treino( Coloque#se na posi*ão de apresentar a o!ra para quem não poderá l0#la( 3sse procedimento só se aplica a o!ras filosóficas e cientficas, não a o!ras de arte( No caso da o!ra literária, a fun*ão do recenseador dar elementos e/plicativos e chamar a aten*ão do leitor para certos aspectos, mas a pessoa não poderá dei/ar de l0#la( Buanto ao livro cientfico, se uma pessoa leu sua resenha, poderá di"er que conhece o conte.do do livro( 3/(: quase ningum aprende a teoria da gravidade diretamente do te/to de Neton( 2 fun*ão do recenseador indispensável para a informa*ão cientfica( Dem a arte do resumo cientfico, estaramos impedidos de estudar( 2 maior parte do que estudamos não a!orda os fatos diretamente, mas atravs de uma tradi*ão8 serve para a!reviar a a!ordagem de certos assuntos( Eara dominar essa tcnica, preciso seguir rigorosamente o esquema( 2s primeiras resenhas serão enormes, podendo chegar a 7F ou 9F páginas( 2 partir da, poderão saltar, dei/ar elementos su!entendidos(
MODELO DAS RESENHAS DE LIVROS
GHCI2 C2;2OKLMGHC2 ?$6 >eve atender s normas catalográficas internacionais de inde/a*ão de livros( Não necessário colocar o so!renome do autor antes do nome ?trata#se de resenha de um só6, nem proceder como se fosse ficha de arquivo ou de !i!lioteca, que são variáveis( 2utor ou Organi"ador ?$($6 Como achar os nomes dos autores em !i!liotecas: # Ortega Kasset8 # 3dgar de 5rune8 # Piguel de 4namuno8 # John Dtuart Pills(
Nomes espanhóis: vale o primeiro so!renome, o do pai( Nomes holandeses: o de 5rune artigo, e não preposi*ão( 3quivale ao the ingl0s, ou ao le franc0s ?e/(: e Kros6( Nomes ingleses: sempre o .ltimo( ) indispensável ter um livro de como usar !i!liografia( Hndico Elementos de Bibliografia, de 2ntonio Iouaiss, ou Du Bon Usage des Bibliographies, de Jeannette Le!oul para recorrer quando tiverem d.vidas, ou qualquer outro, 1á que as normas são internacionais( Eu!lica*+es oficiais: procurar o nome da institui*ão ou pas( 3/(: Lelatório de Gulano na Decretaria de Cultura de D( Eaulo ## procurar primeiro em “D( Eaulo”( Código Eenal 5rasileiro ou Constitui*ão 5rasileira: ver “5rasil” e, depois, “Congresso Nacional”8 em seguida, “código”, “Constitui*ão”, etc( O!ra coletiva: organi"ador ?a!revia*ão org(6 ou editor ?ed(6( 2 e/pressão latina et alii ?a!revia*ão et al (6 indica vários cola!oradores( Não precisa colocar o nome dos cola!oradores porque a palavra “organi"ador” 1á sup+e que algum compilou( Numa antologia, necessário pQr o nome do organi"ador( ;udo isso fa" parte do aspecto material( ;tulo da edi*ão utili"ada ?$(76 Não o ttulo da edi*ão original( ;odos esses elementos são separados Eor ponto ou ponto e vrgula( >ados da edi*ão ?$(96 Compilador, prefaciador, etc ?$(9($6 O compilador o principal responsável pela reunião de te/tos heterog0neos( Coloca#se como se fa" com o organi"ador( 3/(: Ensaios de Sociologia, de Pa/ Re!er( 2utor: Pa/ Re!er( Organi"ado por Gulano( Erefácio, apresenta*ão, introdu*ão, notas, ndice por Gulano( ;radutor, se houver( ?$(9(76 2!reviar sempre ?trad(, org(6( ocal ?cidade6, 3ditor, 2no ?$(9(96 3ditor: não precisa pQr “Hnd.strias Leunidas D( Jos tda”( ## pQr só D( Jos( EQr o nome comercial e não a ra"ão social( ocal: a cidade( 2no: se não tiver, colocar sSd ?sem data6 ou pQr a data da impressão, que se encontra na .ltima página( Caracteres fsicos, etc ?$(9(6
3sse item nem sempre necessário( In quarto, in octavo: só para o!ra rara( ) o!rigatório colocar o n.mero de volumes, se houver mais de um ?e/(: 9 vols(6( Buanto ao n.mero de páginas, opcional( Na lista de livros que indiquei, o ttulo entre par0nteses indica para o leitor que e/iste uma tradu*ão, mas que não foi essa que li( Ga"er outra ficha, se quiser, para o original8 a não precisa colocar o nome do autor( Como ler o livroT O item ?resumo analtico6, para quem l0, o primeiro( Duponha que 1á leu o livro8 a vai se colocar as seguintes quest+es: >3GHNHUVO K3L2 ?76 Erimeiro, a defini*ão geral do livro( 2!rir chave que se refere import-ncia do livro para o leitor, porm transmitida, não em termos de avalia*ão segundo seu 1ulgamento pessoal, mas segundo a import-ncia o!1etiva, que se fundamenta em ra"+es ?de 7($($ a 7($(W6( Eode ser livro clássico ?7($($6( 3/(: o clássico de Ki!!on, History of the Decline and Fall of the Roman Empire, vai ser editado em portugu0s pela primeira ve"( De o livro for raro ou inacessvel tam!m motivo de import-ncia o!1etiva( De não for o caso, esse item cai fora( Contri!ui*ão nova a um de!ate importante ?7($(76 2ssim considerado normalmente ou por que =oc0 o considera8 a, Necessário 1ustificar( Pas para responder a esse item, =oc0 teria de ler muito mais do que o livro referido ## como sa!er isso se =oc0 não acompanha o de!ateT Eara responder a essa questão, =oc0 deverá ter uma informa*ão vasta e estar ha!ituado a ler so!re esse assunto( Caso contrário, apele para o consenso da crtica8 leia alguns artigos so!re o assunto e consulte !i!liografias comentadas( 3/(: e !ocabulaire de "ant ## o de!ate velho mas a novidade que pode ser lido como se fosse um dicionário de Xant( 2lgum 1á fe" algo parecidoT Erocurar nas !i!liografias comentadas( 2 resposta a esse item deve ser fundamentada nos fatos( OriginalT HnesperadoT ?7($(96 O livro pode ser, por si mesmo, original ou enfocar o assunto de forma indita, inesperada ou ina!itual( Hmporta pelo assunto ou pela a!ordagemT ?7($(6 3/(: # $ar%ismo #cidental , de Jos Kuilherme Perquior( Buase não há o!ra de con1unto so!re os autores mar/istas ocidentais( O assunto no glo!al velho, mas o enfoque novo ## a misto( e !ocabulaire de "ant : o assunto velho, porm a idia de fa"er um dicionário Yantiano nova( O que tem de interessante que, apesar de ser um dicionário, pode ser lido como se não o fosse8 misto de dicionário e de introdu*ão a Xant( ) portanto original: ) novo por ser um dicionário para ser lido e não para ser meramente consultado( Oportuno para o momento e o leitorT ) .tilT ?7($(Z6 De atende a alguma demanda, porque oportuno( Buanto ao quesito utilidade, não para =oc0 di"er o que gosta e sim se .til para o p.!lico, não para =oc0( 2ssunto, matria ?7(76 >efinir o assunto ?o!1eto material6, o ponto#de#vista ?o!1eto formal#motivo, 7(96 e o o!1etivo ?o!1eto formal#terminativo, 7( ## uma avalia*ão crtica6(
3/(: # $ar%ismo #cidental @ o!1eto material8 encarado do ponto#de#vista de sua unidade @ o!1eto formal#motivo8 avalia*ão crtica da corrente @ o!1eto formal#terminativo( imites auto#impostos pelo autor ?7(Z6 2 amplitude do pro1eto, se tratado em $FFF páginas ou em 7FF( 3/tensão ?7(Z($6 2 e/tensão fsica como limite( 2 e/tensão limitará o tratamento do tema( K0nero ?7(Z(76 No caso do livro de Perquior, ensastico( O ensaio oferece uma teoria sugestiva em nvel de prova dialtica, sem a inten*ão de prová#la e/tensivamente8 uma tentativa que precede uma e/plica*ão( Buem escreve um ensaio considera que um estudo mais profundo vai comprovar sua tese, da qual dá apenas uma e/plica*ão suficiente( 2!re um estudo a ser feito pelo autor ou por outros, do tipo: “essa tese suficientemente importante para 1ustificar um estudo mais profundo do tema”( Outros ?7(Z(96 Outros limites auto#impostos ?“tratei do assunto só por este -ngulo”6( 3sses limites podem estar e/plcitos( =er prefácio( Os dois primeiros limites não estão declarados ?e/tensão e g0nero6( ) =oc0 quem irá declará#los( Os outros estarão declarados pelo autor( 2 defini*ão geral ?76 um pro!lema interno do livro, apesar de tocar em algumas coisas e/ternas( CON;3[;O ?96 ;rata#se do conte/to intelectual onde entra o livro( =ai ser de dois tipos: diacrQnico ?o que aconteceu antes do livro ser escrito6 e sincrQnico ?o quadro contempor-neo ao livro6, 9($( O autor ?9($($6 2valiar a autoridade do autor, sua forma*ão( 3/(: onde estudouT Ge" estudos acad0micos so!re esse assuntoT Com quem aprendeuT 3studou em universidade ou autodidataT ;eve !ons amigos que o ensinaramT Ge" pós#gradua*ãoT >outoramentoT 4ma contri!ui*ão importante oferecida por algum so!re o autor pode mudar o quadro das coisas( O local onde estudou indica a atmosfera das idias captadas pelo autor( 2 forma*ão serve para legitimar o interesse ou formar o nvel de e/ig0ncia do leitor( De o autor estudou em grandes centros, O/ford, Dor!onne, etc, não pode alegar falta de informa*+es( De veio da 4niversidade de \-m!ia, não se pode 1ulgá#lo por isso( 3/(: Keorges Kusdorf, num campo de prisioneiros na H Kuerra, escrevia citando de memória, o que não tira o valor da o!ra( O autor pode, por !revidade, saltar fontes ou argumentar elipticamente( =oc0 a tem de desdo!rar o que está implcito( >!itos reconhecidos ?9($($(!6 =erificar se o autor se declara seguidor de algum( 3/(: quando o autor di", “esse livro aplicará o mtodo de K( ucYács ao assunto”, significa que está su!entendida a o!ra de
ucYács( Hsso importante porque s ve"es o autor não foi influenciado por quem pensa e sim por outros( 3/(: no livro de Perquior, ele declara que alguns autores mar/istas são, no fundo, niet"scheanos( ;ra!alhos anteriores do autor so!re a mesma matria ou so!re outras ?9($($(c6 3sse dado mais importante do que a forma*ão do autor( =erificar se o autor 1á pu!licou outros livros so!re o mesmo assunto( 3/(: Perquior escreveu, anteriormente pu!lica*ão de # $ar%ismo #cidental , so!re os autores mar/istas individualmente( 2 matria ## 3stado da questão ?status quaestionis6 ?9($(76 ) o conte/to anterior o!ra e/aminada( 3m que ponto estão os de!ates so!re o tópicoT ) de!ate correnteT ) terreno virgemT ?9($(7(a6 O tema considerado relevante e por qu0T >everia serT ?Não para =oc0, mas o!1etivamente6 ?9($(7(!6( Ga"er !reve l ista apreciativa so!re os tra!alhos anteriores ?9($(7(c6( O livro escrito entra em de!ate 1á e/istente( Contempor-neo ## Buadro dos pontos de vista ?9(76 2 escola ou corrente a que se filia pode não coincidir com os d!itos reconhecidos( Eode ter sido aluno de algum sem ter a!sorvido sua disciplina( 3/(: Jos Kuilherme Perquior foi aluno de vi#Dtrauss, o que não quer di"er que foi discpulo( Perquior descendente ideológico do filósofo poltico Lamond 2ron( De o autor não se filia a nenhuma escola, inaugura outraT Iá diferen*a entre o autor e os demais mem!ros da escolaT ?9(7($(!6 Eolemi"aT Com quemT ?9(7(76 2firma algo ou nega afirma*ão precedenteT 3/(: Perquior polemi"a com os autores que e/amina e com a opinião mar/ista esta!elecida( 4m autor pode ser politicamente comunista mas sua análise não ser mar/ista ?diferen*a entre a posi*ão ideológica e a posi*ão intelectual6( 3/istem influ0ncias intelectuais su!#reptcias, que o indivduo não perce!e e que lhe alteram o olharT ?;rata#se de um pro!lema da sociologia do conhecimento6( Lee/plicando o dado escola: não dado e/terno, dado da estrutura*ão interna do livro, isto , metodologia8 não uma questão tão somente ideológica mas metodológica( ;rata# se da posi*ão intelectual: o autor e/amina esse assunto desde que ponto#de#vista metodológicoT L3D4PO 2N2];HCO ?6 ?($6 3numera*ão dos grandes !locos em que o autor divide a argumenta*ão( Hsso pode coincidir com os ttulos dos captulos ou não( Iá quem não sai!a capitular ?e/(: o!ras de 2ristóteles6( 3/(: livro de Perquior: # $a etapa: conceito de mundo ocidental e pano de fundo8 ra"es do mundo ocidental no pensamento de Iegel, Par/ e os idealistas alemães8 # 7a etapa: os fundadores do mar/ismo ocidental8
# 9a etapa: o desenvolvimento do mundo ocidental no pós#guerra8 # a etapa: conclusão geral8 tese de con1unto( >evemos !uscar a estrutura real do livro, que s ve"es não corresponde nominal( >esenvolvimento do argumento ?(76 ) resumo do livro inteiro, mediante uma leitura criteriosa onde se su!linham as frases destacadas, de maneira a formar frases contnuas, emendando#as( Nunca su!linhar palavras isoladas e sim frases, de modo que, se algum copiar os trechos su!linhados, encontrará um te/to com come*o, meio e fim ## a não tem de redigir o resumo( 2o datilografar, fa"er o resumo do resumo ?v( aula de retórica6( Buando voc0 estica e comprime o te/to de várias maneiras, a conhecerá a estrutura interna do livro( Buando tiver o conte/to inteiro, então terá matado a charada( Dntese final ?Z6 >eve ter uma página, @ defini*ão geral ^ conte/to ^ resumo analtico( ) a sntese de tudo o que voc0 disse, não do livro( ) a conclusão final do livro lu" de seu conte/to e da defini*ão dada anteriormente ?o!1eto material, formal#motivo, formal#terminativo6( 4ma ve" lido o livro, verifique se o autor falou do assunto, se o fe" do ponto#de#vista que havia declarado e se atingiu o seu o!1etivo( 2 resenha informativa pára nesse ponto( 2o fa"er o resumo analtico, distinguir o que cita*ão literal e o que paráfrase ?frase de sua autoria que resume o pensamento de outro6( 2spas: as aspas só entram depois do ponto, quando há cita*ão de frase inteira( De for peda*o de frase, as aspas v0m antes do ponto( O grifo usado em: # ttulo do livro ?nunca aspeado68 # palavras estrangeiras8 # conceitos que se dese1a destacar ?evite aspas pe1orativas # coisa de quem não sa!e escrever6( O grifo ou itálico equivale ao su!linhado uma ve"( O negrito equivale ao su!linhado duas ve"es( O negrito itálico equivale ao su!linhado tr0s ve"es( 2s aspas são usadas para: $6 citar frases8 76 atenuar um conceito, para indicar que aquilo não está sendo dito no sentido reto, mas no o!lquo8 96 indicar um conceito so!re o qual não se quer assumir responsa!ilidade, que não se endossa totalmente( 2s aspas servem como uma atenuante ou para indicar que a idia não totalmente sua( Cita*ão de trecho inteira do te/to: fa"er coluna menor e mudar o espa*o ?de espa*o 7 para $6( Não usar aspas( Cada tipo de letra ?famlia6 tem quatro tipos:
# redondo8 # negrito ?escura68 # grifo ou itálico ?inclinada68 # grifo negrito ?inclinada escura6( Buando fechar cada cita*ão, citar a página ?cu1a a!revia*ão p( e não pág(6( Elural ma1estático: ?e/(: _na nossa opinião(((_6( Justifica#se se voc0 fala em nome do cargo ou enquanto autoridade impessoal ou coletiva( ) deselegante quando usado por afeta*ão de modstia( Hmpessoal: evitem essa constru*ão, que contraria o esprito da lngua portuguesa ?e/iste em franc0s e ingl0s # on, one 8 saiu do latim homo, era usada no portugu0s arcaico e depois se perdeu6( O pronome se nada tem a ver com essa idia, tradu"ida pela e/pressão a gente( O nós impessoal tem que ser o nós sem pronome( 3/(: _vivemos tomando decis+es apressadas_( Buando utili"ar o impessoal, modera*ão no uso do se( Não come*ar frases com a e/pressão torna#se necessário8 só se usa essa e/pressão como conseqA0ncia de outra coisa anterior8 usar necessário( eiam os que sa!em escrever portugu0s: Kraciliano Lamos e Pachado de 2ssis( Dempre que escrevemos, trope*amos em dificuldades( Não forcem a lngua8 adaptem#se po!re"a de sua lngua( ;odas as lnguas são po!res nas constru*+es de que disp+em( O melhor for*ar a voc0s mesmos em ve" de usar o recurso fácil de for*ar a lngua( No franc0s, quase todas as palavras são o/tonas( No espanhol e no portugu0s, não ## a frase so!e e desce( O portugu0s, apesar de mal usado, uma das melhores lnguas para a filosofia( Na 4DE, os professores imitam o franc0s e fica pedante( Buando escrever algo, leia em vo" alta e verifique, com sua imagina*ão, como soaria aos ouvidos do outro( >eve haver uma tradu*ão do pensado ao escrito( 2 tradu*ão direta muito difcil8 preciso muito prática( Eensar primeiro e depois tradu"ir para o portugu0s( Ereste aten*ão quando ler em diferentes lnguas( ) a maior estupide" quando se di", _escreva como pensa_( Eense primeiro e depois tradu"a o que voc0 pensou para o portugu0s( 3ssas práticas são recursos para voc0 adquirir certe"a pessoal( Buem não a o!tiver, será um eterno escravo da opinião alheia( Domente aquele que investiga, coloca d.vidas e as resolve, se li!erta( Eara o!ter autonomia, não !asta a reivindica*ão ## tem de haver for*a( Hsso deve ser conquistado, 1á que ningum lhe dará de presente( Certe"a pessoal não um direito ` um tra!alho e uma o!riga*ão(
Livros que fizeram a minha cabeça e lins)olo= Sois v>s '(e ides /(l*ar o "(ndo. Cidadania% ainal% era a,enas o no"e de (" ,a,el social. E( não '(eria ed(car as ,essoas ,ara o dese",enho de (" ,a,el social% ,or no#re '(e osse% "as ,ara )ornar cada ("a delas a,)a a ass("ir o sentido da vida% na ace,$ão '(e ?i@)or ran@l d0 a es)e )er"o. 3inha sele$ão% ,or)an)o% não ,oderia se ,a()ar ,ela i",or)ncia his)>rica das o#ras% "as ,elo se( valor es)ra)&*ico do ,on)o de vis)a do sen)ido da vida. Bor o()ro lado% a ,r>,ria ,ers,ec)iva ado)ada i",(nha '(e a sele$ão a#dicasse de )oda ,re)ensão a (ndar ("a nor"a)ividade "&dia% (" ,adrão (niversal"en)e co,i0vel% "as se a)ivesse ao dese/o de ser )il '(elas individ(alidades '(e% ,or s(a ,r>,ria decisão% dese/asse" e"#arcar na *rande aven)(ra do sen)ido da vida. A ,resen)e lis)a não )e"% ,or)an)o% nenh(" valor ,ara os dire)ores de escolas% os "inis)ros da Ed(ca$ão% os or/adores de sociedades ()(ras e )odos os o()ros ,re)ensos ,ais do a"anhã "(ndial. Ela s> '(er )er ()ilidade ,ara voc% "e( a"i*o% "inha a"i*a% '(e% co"o e(% não )" o()ra a"#i$ão senão a de ed(car-se a si "es"os e che*ar a co",reender al*("a coisa. ?ocs% '(e não )" nenh(" ,ro/e)o de "(ndo% são no en)an)o a nica es,eran$a do "(ndo + de (" "(ndo '(e vai s(ocando so# a "ão de
erro dos '(e se /(l*a" ha#ili)ados a "old0-lo s(a i"a*e" e se"elhan$a. Os livros a'(i lis)ados são desi*(ais no )a"anho% no ,res)*io e "es"o no valor in)rnseco. Che*(ei a es)a lis)a a)rav&s de "(i)as )en)a)ivas e erros% e sei '(e )erei de rev-la + so#re)(do co" acr&sci"os + de )e",os e" )e",os. E% se a sele$ão con)&" (" or)e ele"en)o de ,reerncia s(#/e)iva% )an)o "elhor= se voc '(er o "es"o '(e e(% es)es livros ,ode" a!er ,or voc o '(e i!era" ,or "i". D de 5aneiro de 1999
Santo &@"SGA:" As Confissões A Cidade de Deus
Oilliam N5&BE % Casamento do C)u e do $nferno % *i-ro de ./
&?ASGGE5ES Metafísica Física
5%on N5"P Exe"ese dos *u"ares(Comuns
Da Alma
% Desesperado
Ética para Nicômaco Política
Meu Di#rio
i Cinco Meditações sobre a Existncia Espírito e !ealidade Ensaio de Autobio"rafia Espiritual
Eugen von NQ:M-N&OE?B Capital e .uros 5uís >a+ de #&MRES %s *usíadas *írica
@eorges NE?&"S Di#rio de um P#roco de Aldeia
"tto Maria #&?*E&K
A $mpostura % &rande Medo dos 'em(Pensantes
0ist/ria da *iteratura %cidental Ensaios !eunidos
%s &randes Cemit)rios sob a *ua *iberdade para +u, @eorges NE?&"S
@il3ert B. #:ESGE?G" %rtodoxia 0er)ticos
Di#rio de um P#roco de Aldeia A $mpostura
#5EMEGE de &leandria
% &rande Medo dos 'em(Pensantes %s &randes Cemit)rios sob a *ua
% $nstrutor 1apeçarias
*iberdade para +u,
Samuel Ga=lor #"5E?A@E 'io"rap2ia *iteraria
Física Da Alma
!imas do Marin2eiro Anti"o
Ética para Nicômaco Política
Ioseph #"?& Nostromo A C2ance
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% A"ente 3ecreto *orde .im
Espírito e !ealidade Ensaio de Autobio"rafia Espiritual
&nanda B. #""M&?&SO&MP A Farsa da Alfabeti4aç5o
@eorges Nernanos
A Doutrina do 3acrifício 1empo e Eternidade
Di#rio de um P#roco de Aldeia A $mpostura % &rande Medo dos 'em(Pensantes %s &randes Cemit)rios sob a *ua
&GE &lighieri A Di-ina Com)dia
*iberdade para +u,
;. M. "SG"AT>SBA
Oilliam Nla
Crime e Casti"o
" #asamento do #%u e do Anerno
%s Demônios %s $rm5os 6arama4/-i
" 5ivro de I!
;riedrich U??EM&GG A Promessa Iulius Evola A 1radiç5o 0erm)tica7
5%on Nlo= Exe"ese dos *u"ares(Comuns % Desesperado Meu Di#rio Eugen von NVhm-NaCer< Capital e .uros
M(rio ;E??EA?& "S S&G"S 5ui+ >a+ de #amWes Sto. &gostinho As Confissões
%s *usíadas *írica
A Cidade de Deus &rist!teles
"tto Maria #arpeau 0ist/ria da *iteratura %cidental
Metafísica
Ensaios !eunidos
A 1radiç5o 0erm)tica @il3ert B. #hesterton %rtodoxia 0er)ticos
M(rio ;erreira dos Santos Filosofia Concreta A 3abedoria dos Princípios
#lemente de &leandria % $nstrutor
Pit#"oras e o 1ema do N8mero
1apeçarias
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Samuel Ga=lor #oleridge 'io"rap2ia *iteraria
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!imas do Marin2eiro Anti"o
Casa &rande : 3en4ala
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A C2ance
% &rande C/di"o
% A"ente 3ecreto *orde .im
?en% @irard A 9iolncia e o 3a"rado
&nanda B. #oomarasCam= A Farsa da Alfabeti4aç5o
% 'ode Expiat/rio Coisas %cultas desde a Fundaç5o do Mundo
A Doutrina do 3acrifício 1empo e Eternidade
?en% @u%non
ante &lighieri
% !eino da +uantidade e os 3inais dos 1empos % 0omem e seu De-ir se"undo o 9edanta
A Di-ina Com)dia
% 3imbolismo da Cru4
;. M. ostoi%vs
Ian :ui+inga % %utono da $dade M)dia
%s Demônios
Nas 3ombras do Aman25
%s $rm5os 6aram#4o-i Edmund :usserl ;riedrich ürrenmatt
$d)ias para uma Fenomenolo"ia Pura
A Promessa
*/"ica Formal e */"ica 1ranscendental A Crise das Cincias Europ)ias
Iulius Evola
Mohieddin A3n-&ra3i 1ratado da ;nidade *aul Iohnson $ntelectuais
Aç5o 0umana= ;m 1ratado de Economia :enr= Montaigu A Coroa de Fo"o
1empos Modernos
Malcom Muggeridge Mem/rias
?ussel Bir< Conferncias na 0erita"e Foudation
Iohn :enr= eCman A $d)ia de ;ni-ersidade Apolo"ia pro 9ita 3ua
@ottried Oilhelm von 5ei3ni+ Discurso de Metafísica Monadolo"ia
Ios% "rtega = @asset A $d)ia de Princípio em *eibni4 e a E-oluç5o da No-os Ensaios sobre o Con2ecimento 0umano 1eoria Deduti-a A !ebeli5o das Massas I. M. Machado de &ssis Mem/rias P/stumas de 'r#s Cubas Dom Casmurro &ntonio Machado Poesias Completas
+ue ) Filosofia, São *aulo &p!stolo Cartas Agino *etrone % Direito no Mundo do Espírito
Ioseph de Maistre Noitadas de 3< Petersbur"o Considerações sobre a França
*latão Fedro
Ghomas Mann
% 3ofista % Político
A Montan2a M#"ica
A !ep8blica As *eis
&lessandro Man+oni %s Noi-os
Iean ?acine Fedra
Iuli(n Marías Antropolo"ia Metafísica 5udCig von Mises
Miguel ?eale 1eoria 1ridimensional do Direito
Eugen ?osenstoc< !e-oluções Europ)ias
5ipot S+ondi A An#lise do Destino
;ran+ ?osen+Ceig A Estrela da !edenç5o
Gertuliano Apolo"ia
Ma Scheler Gom(s de &quino % Formalismo na Ética e a Ética Material dos 9alores
Coment#rios a Arist/teles 3uma 1eol/"ica
As Formas do 3aber e a Cultura
3uma contra os &entios
;. O. von Schelling
Eric >oegelin %rdem e 0ist/ria
Filosofia da Nature4a Filosofia da Mitolo"ia Filosofia da !e-elaç5o
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*/"ica da Filosofia
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A Ne-e 3u>a Coleç5o Mai"ret
avier Xu3iri >ladimir Soloviov Crise da Filosofia %cidental
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