Pregando Cristo a partir do Antigo Testamento
Sumário Pr ef ác io Ag ra d ec im en to s Ab re vi at u ra s
1.PREGARCRI STO EPREGARO ANTI GO TESTAMENTO •
7 11 13
15
NECESSIDADE NECESSIDADE DE PREGAR CRISTO CRISTO 15 Confusão sore o !ue signifi"a #Pregar Cristo# 1$ No%o Testamento Testamento fa&a sore #Pregar Cristo# signifi"ado ddee #P #Pregar Cr Cristo# Ra)*es para se pregar Cristo +o,e (• •
•
NECESSIDADE NECESSIDADE DE PREGAR A PARTI PARTIR R DO ANTIGO ANTIGO TESTA.ENT TESTA.ENTO O Ra)*es para a fa&ta de pregaão a partir do Antigo Testamento Ra)*es para pregar tanto do Antigo Testamento !uanto do No%o
1' ((
/0 /1 -1
2.ANECESSI DADE DEDE DEPREGA GARCRI STO APARTI RDO DO ANTI GO TESTAME MENTO 49 A 2A3TA DE PREGA4O SO6RE CRISTO A PARTIR DO ANTIGO TESTA.ENTO
-7 tentaão da pregaão "e "entraria no +omem preo"upaão "om a interpretaão forada separ epara aão ão do Antig ntigoo Te Testame tament ntoo do do No% No%oo Te Testam stamen ento to O CAR8TER SING93AR DO ANTIGO TESTA.ENTO 55 Antigo Testamento : su"ristão Antigo Testamento : não;"ristão • • •
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Jesus Cristo é o elo entre os dois testamentos testamentos 66 Os escritores do Novo Testamento fundiram seus escritos com os do Antigo Testamento 68 O Antigo Testamento Testamento deve ser interpretado interpretado da perspectiva perspectiva do Novo 68 O TESTEMUNO !O ANT"#O TESTAMENTO SO$%E C%"STO
70
50 5( 555 5$
!ivers !iversas as op&'e op&'ess para para a prega prega&(o &(o de de Crist Cristo o a partir partir do Antig Antigo o Test Testame amento nto )* A perspectiva do do Novo Testamento Testamento +uanto , prega&(o prega&(o de Cristo Cristo a partir do Antigo Antigo Testamento )$ENE./C"OS !E 0%E#A% C%"STO A 0A%T"% !O ANT"#O TESTAMENTO8* .a1er com +ue as pessoas con2e&am o Antigo Testamento 8* Ofer Oferec ecer er um um ente entend ndim imen ento to mai maiss comp comple leto to a resp respei eito to de de Cri Crist sto o 83
3.AHI HI STÓR ÓRI ADA DAPREG EGAÇÃO DECR CRI STO APARTI RDO ANTI GO TESTAME MENTO ( I ) 8) "NTE%0%ETA45O AE#7%"CA 8) 0ano de fundo 88 Os pais apostlicos 9* A Escola de Ale:andria Ale:andria 98 Avalia&(o da da interpreta&(o interpreta&(o alegrica *;6 "NTE%0%ETA45O T"0O7#"CA *;9 0ano de fundo *;9 A Escola de Antio+uia Antio+uia **; Avalia&(o da da interpreta&(o interpreta&(o tipolgica **6 "NTE%0%ETA45O
drupla *38 4AHI HI STÓR ÓRI ADA DAPREGA GAÇÃO DECRI STO APARTI R DO ANTI GO TESTAME MENTO ( I I ) 131 "NTE%0%ETA45O C%"STO7#"CA *-* O ?ovem utero *-* O método 2ermen@utico de utero *-"nt "nterpr rpreta& ta&(o cris cristo tol lgi gica ca de ut utero do Antig ntigo o Te Testam stame ento nto *; A prega&(o de utero utero soBre Cristo Cristo ** Avalia&(o da da interpreta&(o interpreta&(o cristolgica de utero utero * "NTE%0%ETA45O TEOCDNT%"CA *8 Calvino *8 O método 2ermen@utico de Calvino *; A interpreta&(o interpreta&(o teoc@ntrica de Calvino Calvino do Antigo Testamento Testamento *6; A prega&(o teoc@ntrica teoc@ntrica de Calvino *69 Avalia&(o da da interpreta&(o interpreta&(o teoc@ntrica de Calvino Calvino *)3 "NTE%0%ETA4ES C%"STO7#"CAS MO!E%NAS *) SpurgeonF *) Gil2e"mH Iisc2er *8) •
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0%"NC/0"OS !O NOIO TESTAMENTO 0A%A A 0%E#A45O !E C %" STO A 0A%T" % !O ANT" #O TES TAMENTO
3;
A 0%E#A45O 0%E#A45O CENT%A!A EM C%"STO !EIE SE% SE% CENT%A!A EM !EUS O perigo do Cristomonismo 3;6 0regar Cristo para a glria de !eus 3;6 0reocupa&(o soBre pregar o Esprito Santo 3;9
3;
"NTE%0%ETA% O ANT"#O TESTAMENTO A 0A%T"% !A %EA"!A!E !E C%"STO 3*; Ente Entend nder er o Ant Antig igo o Tes Testa tame ment nto o a part partir ir da da real realid idad ade e de Cris Cristo to 3*3 3*3 O uso do Antigo Testamento pelo Novo Testamento 3* 0ressuposi&'es do Novo Testamento para a interpreta&(o do Antigo Testamento 33; MU"TOS MU"TOS CAM"NOS CAM"NOS EI EIAM AM !O ANT"#O ANT"#O TESTAMEN TESTAMENTO TO A C%"STO C%"STO 3--
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progress(o 2istricoKredentora •
promessaKcumprimento •
tipologia •
analogia •
temas longitudinais •
contraste
6 F O M L T O ! O C %" S T O C D N T % " C O
camin2o da 3-camin2o da 3-6 camin2o da 3camin2o da 33 camin2o dos 3 camin2o do 36
39
"NTE "NTE%0 %0%E %ET TA45 45O O C%"S C%"ST TOC OCDN DNT% T%"C "CA A "ST "ST7% 7%"C "COK OK%E %E!E !ENT NTO% O%A A 39 39 0rim 0rimei eiro roHH ent enten enda da a pas passa sage gem m den dentr tro o de de seu seu prp prpri rio o con conte te:t :to o cul cultu tura rall 36; 36; A seguirH seguirH entenda a mensagem mensagem no conte:to do cnon cnon e da 2istria redentora redentora 36•
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CAM"NO !A 0%O#%ESS5O "ST7%"COK%E!ENTO%A 0ontos principais da 2istria redentora Caractersticas da 2istria redentora O camin2o da progress(o 2istricoKredentora CAM"NO !A 0%OMESSAKCUM0%"MENTO %egras especiais para promessaKcumprimento 0romessas nos profetas 0romessas nos Salmos 0romessas na narrativa A relevncia de de usar o camin2o da promessaKcumprimento promessaKcumprimento
36) 36) 368 3); 3) 3) 3)6 3)8 3)8 383
CAM"NO !A T"0OO#"A Tipologia e e:egese %iscos do camin2o da tipologia A tipologia denida denida Caractersticas dos tipos %egras para o uso da tipologia
3838 38) 389 39; 393
CAM"NO !OS TEMAS ON#"TU!"NA"S Teologia BBlica E:emplos de temas longitudinais CAM"NO !AS %E.E%DNC"AS !O NOIO TESTAMENTO O uso de refer@ncias do Novo Testamento E:emplos do uso de refer@ncias do Novo Testamento
-;3 -;-;-; -;6 -;6
CAM"NO !O CONT%ASTE -;8 O camin2o do contraste é centrado em Cristo -;9 E:emplos do camin2o do contraste contraste em diversos diversos g@neros da da literatura -*;
7. PASSOS DO TEXTO DO ANTIGO TESTAMENTO PARA O SERMÃO CRISTOCÊNTRICO 315 DEZ 0ASSOS
!O TETO !O ANT"#O TESTAMENTO 0A%A O SE%M5O C%"STOCDNT%"CO -*6 0rimeiroH selecione uma unidade te:tual tendo em vista as necessidades da congrega&(o -*6 SegundoH leia e releia o te:to no seu conte:to liter>rio -*8 TerceiroH esBoce a estrutura do te:to -*9
!écimoH escreva o serm(o em estilo oral OS 0ASSOS A0"CA!OS A #DNES"S 33
S. A 0%=T" CA !O MLTO!O C %"S TOC DNT%"C O
-39 -39
-9
TESTAN!O TESTAN!O O MLTO!O MLTO!O C%"STO C%"STOCDNT CDNT%"CO %"CO CONT%A CONT%A O AE#7% AE#7%"CO "CO -9 Serm(o soBre Noé e o dilPvio Q#n 6F9K8F33R -6; Serm(o soBre "srael e as >guas de Mara QD: *F33K3)R -6 Serm(o Serm(o soBre soBre a Bata Batal2a l2a de "srael "srael contra contra Amale Amale+ue +ue QD: *)F8K *)F8K*6 *6RR -69 Serm(o soBre a cerimnia da novil2a vermel2a QNm *9R -) Serm(o Serm(o soBre soBre a destrui& destrui&(o (o de Jeric Jeric e a salva& salva&(o (o de %aaBe %aaBe as 3 e 6R -)9
EXERCÍCIOS NO USO DO MÉTODO CRISTOCÊNTRICO APÊNDICES APÊNDICES *
0assos do te:to ao serm(o Um modelo de serm(o e:positivo
secionada
389 391 -9* -9-
-9 ** 3
Prefácio
depois de uma aus@ncia de 3 anosH voltei para a escola escola em +ue me forme formeii para para ensin ensinar ar a pregar pregarHH 1 uma uma pes+ui pes+uisa sa ent entre o corp corpo o doce docent nte e +uan +uanto to aos aos curs cursos os elet eletiv ivos os +ue +ue deve deveri ria a prepa prepara rarrF !as !as seis seis suge sugest st'e 'ess +ue +ue me fora foram m ofer oferec ecid idas asHH o maio maiorr nPmero de votos foi para um curso proposto com o ttulo 0rega&(o crist cristoc@ oc@nt ntric rica a a partir partir do Anti Antigo go Testame estament nto oFF "nfe "nfeli1 li1men menteH teH n(o consegui encontrar um livro did>tico ade+uado +ue e:plorasse esse tpico em profundidadeF Na verdadeH +uei surpreso ao descoBrir +ue depois de Gil2elm Iisc2er ter puBlicado Das Christus Zeugnis des Alten *9-6H pou+uss pou+ussimos imos autores autores escreveram escreveram livros soBre soBre o Testame Testaments nts em *9-6H tpico tpico da prega&(o prega&(o de Cristo Cristo a partir do Antigo Antigo Testamento estamentoFF Seria por+ por+ue ue Iisc2 isc2er er vago vagou u pelo pelo campo campo mina minado do da aleg alegor oria ia +ue +ue os estudiosos da $Blia se desencantaram com o assunto Ou o estudo profundo da $Blia estaria se colocando contra +ual+uer espécie de inte interp rpre reta ta&( &(o o cris cristo tol lgi gica ca do Anti Antigo go Testa estame ment nto o Ou seri seriam am os métodos contemporneos de estudo BBlico mais atraentes
!es !esde o nal nal da déc década ada de *96;H 96;H estu studios dioso os da $Bl $Blia ia t@m e:ami e:amina nado do a $Bl $Blia ia usan usando do empo empolg lgan ante tess méto método doss novo novoss como como a crtica crtica retricaH retricaH a crtica crtica da narrati narrativa va e a crti crtica ca do cnonF cnonF Eles t@m ad+uirid ad+uirido o novas perspecti perspectivas vas +uanto +uanto ao signicado de te:tos BBlicosF B BlicosF EmBora eu aprecie o valor desses novos métodos para a prega&(o BBlica Qver The Modere Preacher Preacher and the Ancient Te:tH 8K)9RH estou cada ve1 mais preocupado com o fato de +ue o uso e:clusivo desses novos recursos de interpreta&(o fa&a com +ue percamos de vista a ess@ncia das EscriturasF Os pregadores treinados nesses métodos talve1 saiBam di1er muitas coisas interessantes soBre os te:tos BBlicosH mas ser> +ue +ue saBe saBer( r(o o pregar pregar a IerdadeH erdadeH Jesus Jesus Cristo Cristo O princi principal pal oB?eti oB?etivo vo deste livro é oferecer a
Pregar Cristo e pregar o Ant A ntig igoo Testam Test amen ento to
#.as n=s pregamos a Cristo "ru"ifi"ado>>> poder de Deus e saedoria sa edoria de Deus># Pau&o? 1 Cor@ntios 1>(/?(-
ste livr livro o é soBr soBre e a preg prega& a&(o (o de Cr Cris isto to a part partir ir do Anti Antigo go Este
TestamentoF Antes de voltarmos nossa aten&(o especicamente para este assuntoH precisamos estaBelecer os fundamentos soBre os +uais suBs suBse+ e+Ve Vent ntem emen ente te cons constr trui uire remo mosF sF Nest Neste e prim primei eiro ro cap captu tulo loHH discutiremos dois assuntos distintosW Q*R a necessidade de pregar Cris Cr isto to e Q3R Q3R a nece necess ssid idad ade e de preg pregar ar Cr Cris isto to a part partir ir do Anti Antigo go TestamentoF
A necessidade de pregar pregar Cristo Espe Especi cial alis ista tass em 2omi 2omilé léti tica ca prove proveni nien ente tess de dive divers rsas as orig origen enss crist(s defendem a prega&(o de CristoF 0or e:emploH o autor catlicoK roman romano o !omen !omenic ico o #rasso di1W O oB?eto e contePdo contePdo da prega&(o prega&(o é CristoH o IerBo em +uem o 0ai e:pressa a si mesmo e comunica sua vontade ao 2omemFX #eorges .lorovsYZ .lorovsYZH da "gre?a Ortodo:a OrientalH OrientalH assev assever eraW aW Os Os minis ministr tros os s(o s(o comis comissi siona onados dos e orden ordenado adoss na igre?a igre?a precisam precisament ente e para pregar a 0alavra alavra de !eusF Eles receBem receBem termos termos :os :os de refer@n refer@ncia cia [ ou se?aH o evange evangel2 l2o o de Jesus Cristo Cristo [ e t@m t@m compro compromis misso so com essa essa mensag mensagem em Pnica Pnica e pereneF pereneF\ \ O 2omil 2omiléti ético co luterano MF %eu di1W L necess>rio +ue o serm(o se?a cristoc@ntricoH n(o tendo ninguém mais como centro e contePdo a n(o ser Cristo JesusF
O professor de 2omilética reformado TF oeYstra insisteW Na e:posi&(o das Escrituras para a congrega&(oH o pregadorFFF tem de demonstrar +ue e:iste um camin2o para o centro até mesmo do ponto mais longn+uo da periferiaF Um serm(o sem Cristo n(o é serm(oF\ E o pregador Batista C2arles Spurgeon di1W 0rega CristoH sempre e em todo lugarF Ele é o evangel2o todoF Sua pessoaH seu ofcio e sua oBra devem ser nosso tema Pnico +ue a tudo aBarcaF\ Autores de v>rias tradi&'es testemun2am soBre a necessidade de se pregar CristoF\
Confusão sobre o que significa "Pregar Cristo" "nfeli1menteH uma lista semel2ante pode ser feita de pessoas +ue se +uei:am de +ue a pr>tica da prega&(o de Cristo ca a+uém do idealF Uma ra1(o para essa fal2a pode estar na diculdade de se pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoF Este proBlema se complica pela falta de dire&(o concreta em livros did>ticos a respeito de interpreta&(o e prega&(o do Antigo TestamentoF S(o muitas as 2istrias de 2orror soBre pregadores +ue torcem o te:to do Antigo Testamento de modo +ue ele caia milagrosamente perante o Calv>K rioF Mas suBverter as Escrituras para pregar Cristo é uma forma de despre1ar a autoridade da mensagemF 0ara algunsH a no&(o de pregar Cristo parece um tanto restritiva e connanteH longe do outro ideal dos pregadores crist(osH ou se?aH o de anunciar todo o desgnio de !eus QAt 3;F3)RF Ser> +ue é necess>rio pregar CristoH por e:emploH , custa da prega&(o de outras doutrinas crist(sH vida crist( ou +uest'es de ?usti&a social Mas e:istem outras ra1'es pelo fracasso geral de se pregar CristoF 0or mais estran2o +ue pare&aH n(o temos todos uma idéia clara do +ue signica pregar CristoF EmBora pare&a simples na superfcieH o signicado da e:press(o é complicado por diversos fatoresH e um deles é +ue Cristo é tanto o ogos eterno +ue est> presente desde o princpio 0o 11! como tamBém Cristo encarnadoH presente apenas aps os tempos do Antigo Testamento #o *F*R F Essa comple:idade se revela na grande variedade de signicados +ue se ligam , frase pregar CristoF\ 0ara algunsH pregar Cristo signica pregar Cristo crucicadoH no sentido de ligar todo te:to ao Calv>rio e , oBra e:piatria de Cristo na cru1F Outros ampliam o signicado para incluir a prega&(o da morte e ressurrei&(o de CristoF Ainda outros procuram ligar o te:to , oBra do ogos eternoH ativo nos tempos do Antigo TestamentoH especialmente como o An?o de ]a2^e2H Comandante do e:ército do Sen2or e a SaBedoria de !eusF Outros ampliam o signicado mais ainda para a prega&(o de serm'es centrados em !eusH poisH argumentamH desde
+ue Cristo é a Segunda pessoa da Trindade e plenamente !eusH um serm(o +ue é centrado em !eus é cristoc@ntricoF Outros ainda argumentam +ue o Sen2or Jesus Cristo é recon2ecido como sendo ]a2^e2H portantoH sempre +ue encontrarmos ]a2^e2 no Antigo TestamentoH podemos suBstituir pelo nome de CristoF\ No incio deste livro soBre a prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoH é Bom esclarecer o +ue +ueremos di1er com pregar CristoF MasH em ve1 de acrescentar a uma longa lista mais uma deni&(oH ser> de muito maior valor e:aminar o Novo Testamento +uanto ao +ue signica pregar CristoF Anal de contasH foram os apstolos +ue usaram essa e:press(o pela primeira ve1F
# $o%o Testamento fala sobre "Pregar Cristo" # cerne da prega&ão apost'lica O cerne da pregação apostólica é Jesus CristoF
Escreve %ic2ard isc2erW Uma revis(o dos oB?etos dos verBos no Novo Testamento utili1ados para Qpregar\ mostra como estavam c2eias de Cristo a+uelas primeiras proclama&'esF Alguns dos oB?etos s(oW JesusH Sen2or JesusH Jesus Cristo o Sen2orH Cristo crucicadoH Cristo ressurgido dos mortosH Jesus e a ressurrei&(oH BoasKnovas do %einoH JesusH .il2o de !eusH o evangel2o de !eusH a 0alavra do Sen2orH o perd(o dos pecados e Cristo em vs [ esperan&a de glriaF\ Conforme demonstram os oB?etos dos verBos indicativos de prega&(oH n(o 2> dPvida de +ue Cristo est> no cerne da prega&(o apostlicaF ContudoH esse resultado n(o resolve nossa +uest(oF Cristo refereKse a Cristo como Segunda 0essoa da Trindade Ou a Cristo como ogos eterno Ou a Cristo crucicado Ou o Sen2or ressurreto e e:altado Ou a todas essas coisas 0ara encontrar a respostaH teremos de e:aminar ainda mais a fundo o Novo TestamentoF Em seu livro The Apostolic Preaching and (ts De%elopment C ) !odd conclui +ue os primeiros +uatro discursos de 0edro em Atos oferecem uma vis(o compreensiva do contePdo do *er+gma primitivoF Ele resume o contePdo dessa prega&(o soB seis temasW primeiroH a era de cumprimento raiouF SegundoH isso ocorreu mediante o ministérioH a morte e a ressurrei&(o de JesusH soBre os +uais se d> Breve relatoF TerceiroH em virtude da ressurrei&(oH Jesus foi e:altado , destra de !eusH como caBe&a messinica do novo "sraelF sua consuma&(o com a volta de CristoF EH nalmenteH o *er+gma sempre fec2a com um apelo ao arrependimentoH o oferecimento do perd(o e do Esprito Santo e a promessa da salva&(oF
Um r>pido e:ame desses seis elementos indica +ue a prega&(o na igre?a do Novo Testamento realmente estava centraria em Jesus Cristo [ mas n(o no sentido estreito de focali1ar apenas o Cristo crucicadoH nem no sentido mais amplo de ver apenas a Segunda 0essoa da Trindade ou o ogos eternoF A igre?a do Novo Testamento pregava o nascimentoH o ministérioH a morteH a ressurrei&(o e a e:alta&(o de Jesus de Na1aré como cumprimento das antigas promessas de alian&a com !eusH sua presen&a 2o?e no Esprito e seu iminente retornoF Em sumaH pregar Cristo signicava pregar Cristo encarnado dentro do conte:to do pleno escopo da 2istria da reden&(oF
A amplitude de "pregar Cristo"
0odemos oBservar a tremenda amplitude do conceito de pregar Cristo +uando seguimos os apstolos desde a prega&(o do Cristo crucicadoH passando pela prega&(o do Cristo ressurreto e c2egando , prega&(o do reino de !eusF A cruz de Jesus
Os defensores da vis(o estreita de +ue pregar Cristo se?a apenas pregar a cru1 muitas ve1es apelam para as declara&'es e:plcitas do apstolo 0auloF Em * Corntios *F3-H 0aulo di1 , igre?a de CorintoW 0regamos a Cristo crucicadoFFF_ e no captulo seguinteW decidi nada saBer entre vsH sen(o a Jesus Cristo e este crucicado Q*Co 3F3RF ContudoH %eu corretamente pede cautela para +ue o pregador n(o divorcie a cru1 de Cristo de sua vidaH seu ensino e suas oBrasH do +ue eram acusados os pregadores da \antiga fé\F 0ara 0auloH a prega&(o de Cristo crucicado tin2a um signicado muito mais amplo do +ue fa1er com +ue todo serm(o enfocasse o sofrimento de Jesus soBre a cru1F A cru1 de Cristo éH na verdadeH ponto focal da prega&(o paulinaH masH conforme demonstram seus serm'es e suas cartasH a cru1 de Cristo revela muito mais +ue apenas o sofrimento de JesusF Oferece um ponto de vista da perfeita ?usti&a de !eus Q%m -F3H36R e a terrvel cat>strofe +ue é o pecado 2umanoF A cru1FFF signicaH como nada mais poderiaH a terrvel seriedade de nosso pecadoH eH portantoH a profundidade e +ualidade da penit@ncia +ue se re+uer de ns e +ue somente a lemBran&a disso e a apropria&(o de seu signicado podem criar em nsF *3 Mas muito mais do +ue a profundidade do pecado e da penit@ncia é visto , lu1 da cru1F A cru1 de Cristo oferece tamBém uma vis(o do maravil2oso amor de !eus por suas criaturas e cria&(o Q%m F9H*;_ 8F-3K-RF O +ue os primeiros crist(os perceBeram era isto [ !eus estava ali como em nen2um outro lugarF "sso ocorreuH disse 0edroH no
primeiro serm(o crist(oH \pelo consel2o e con2ecimento determinado de !eus\F Eles nunca pregavam a cru1 sem di1erW \Esta é a oBra de !eusH o propsito de !eus em a&(oH o modo de !eus levar um mundo louco e arruinado de volta , saPdeH sanidade e pa1\F Numa lin2a de tempoH a cru1 é apenas um ponto no escopo da 2istria da reden&(o desde a cria&(o até a nova cria&(oF Mas e:atamente dentro do escopo da 2istria redentivaH a cru1 é ponto t(o central +ue seu impacto ecoa até o ponto da +ueda da 2umanidade e a penalidade de morte +ue !eus declarou Q#n -F*9RH en+uanto lan&a a 2istria do reino para o futuro em sua plena perfei&(o ` +uando todas as na&'es vir(o e n(o 2aver> mais morte ou l>grimasH !eus ser> tudo em todos QAp 3*F*KRF 0oisH di1 0auloH +ue !eus estava em Cristo reconciliando consigo o mundoH n(o imputando aos 2omens as suas transgress'esFFF Q3Co F*9RF A ressurreição de Jesus
Além de tra1er , vista a ampla vis(o oferecida pela cru1 de CristoH a prega&(o de 0aulo focali1a igualmente a ressurrei&(o de CristoF Até mesmo o enfo+ue aparentemente limitado de * Corntios 3F3 de 0auloH nada saBer entre vsH sen(o a Jesus CristoH e este crucicadoH pode conter uma perspectiva muito mais amplaF Jo2n no: elucida b primeira vistaH essa Pltima frase QXe este crucicado\R parece dei:ar completamente de fora a ressurrei&(oF Mas s parece assim por+ue supomos +ue os pensamentos de 0aulo estivessem se movendoH como de costume fa1 nosso pensamentoH para frenteFFF Mas +uando 0aulo escreveu essa fraseH ele estava pensando primeiro no Cristo ressurretoH e:altadoH e o pensamento voltava para tr>sH para a cru1FFF Sendo assimH longe de omitir uma refer@ncia , ressurrei&(oH a frase de 0aulo come&a a partir dela_ a palavra Cristo signica primariamente a+uele +ue agora con2ecemos como o Sen2or vivo e presenteF Outros trec2os declaram mais diretamente o enfo+ue +ue 0aulo fa1 da ressurrei&(o de CristoF 0or e:emploH +uando 0aulo e $arnaBé pregaram na sinagoga de Antio+uia da 0isdiaH 0aulo proclamouF !eus o ressuscitou dentre os mortosFFF vos anunciamos o evangel2o da promessa feita a nossos paisH como !eus a cumpriu plenamente a nsH seus l2osH ressuscitando a JesusFFF QAt *-F-;H-3H--_ cfF At *)F-*RF NovamenteW emBraKte de Jesus CristoH ressuscitado de entre os mortosH descendente de !aviH segundo o meu evangel2o Q3Tm 3F8RF Conse+VentementeH James Ste^art adverte os pregadoresW 0reguem a ressurrei&(o como o fato PnicoH acima de todos os demaisH +ue concerne de modo vital n(o somente , vida do crist(o
individual como tamBém a todo o cen>rio 2umano e ao destino da ra&aF L o romper da ordem eterna soBre este mundo de sofrimentoH confus(oH pecado e morteFFF L a vindica&(o da ?usti&a eternaH a declara&(o de +ue o cerne do universo é espiritualF L o reino de !eus tornado visvelF Mas n(o devemos colocar a crucica&(o e a ressurrei&(o como opostos um ao outroF A morte e ressurrei&(o de Jesus s(oH desde o incioH inseparavelmente ligados no *er+gnu S(o os dois aspectos de um acontecimento salvcoH continuamente c2amando um ao outro , menteF !e fatoH na carta em +ue 0aulo declara +ue ele prega a Cristo crucicado Q*Co *F3-_ 3F3R ele lemBra aos corntios o evangel2o +ue vos anuncieiFFF vos entreguei o +ue tamBém receBiW +ue Cristo morreu por nossos pecadosH segundo as EscriturasH e +ue foi sepultado e ressuscitou ao terceiro diaH segundo as EscriturasFFF Q*Co *F*K_ cfF *F*3RF O reino de Deus
0regar a morte e a ressurrei&(o de CristoH conforme vimosH era mais +ue contar de novo os fatos soBre Jesus de Na1arI " Esses dois acontecimentos ofereciam profundo entendimento da ?usti&a de !eusH de seu amor e de sua vitria nalH como tamBém o pecado 2umanoH castigo e a salva&(o\ Mas ofereciam tamBém pontos de vista para se perceBer o grande escopo do plano de !eus para a salva&(o conforme ele se desenrola na 2istria da reden&(oF Os primeiros pregadores crist(os proclamavam +ue esses dois acontecimentos esmagadoresH agora vistos como um sH o reino de !eusH +ue irrompeu com poderFFF O +ue 2avia anteriormente sido apenas escatologia pura agora estava aliH diante de seus ol2osW o soBrenatural tornouKse visvelH o IerBo se fe1 carneF N(o estavam mais son2ando com a era do reinoW estavam vivendo nelaF O reino c2egaraF !e acordo com issoH a prega&(o de Cristo estava intimamente relacionada com a prega&(o do reino de !eusF 0aulo recon2ecia +ue ele tamBém pregava Jesus Cristo como Sen2or Q3Co FRH ou se?aH o %ei +ue receBera toda a autoridade QMt 38F*8RF Em Jesus CristoH o reino de !eus 2avia c2egadoF O ivro de Atos termina com o comovente retrato de 0aulo preso em %oma [ o reino de !eus ainda n(o c2egara em toda sua perfei&(oF Mas o grande apstolo est> em %omaH centro do mundoH pregando o reino de !eusH eH com toda a intrepide1H sem impedimento algumH ensinava as coisas referentes ao Sen2or Jesus Cristo QAt 38F-*_ cfF At 3;F3RF
# significado de "Pregar Cristo"
Com Base nesse testemun2o do Novo TestamentoH podemos delinear os contornos do +ue signica pregar CristoF A m de dei:ar clara a +uest(oH talve1 se?a Bom declarar primeiro o +ue n(o é pregar CristoF 0regar Cristo n(o é meramente mencionar o nome de Jesus ou Cristo no serm(oF N(o é s identicar Cristo com ]a2^e2 do Antigo Testamento ou com o An?o de ]a2^e2 ou o Comandante do E:ército do Sen2or ou a SaBedoria de !eusF N(o é simplesmente apontar a distncia para Cristo ou tra&ar uma lin2a até Cristo por meio da tipologiaF 0ositivamenteH pregar Cristo é t(o amplo +uanto pregar o evangel2o do reino de !eusF L s ol2ar para uma concordncia BBlica para ver +uantas ve1es o Novo Testamento se refere ao evangel2o do reinoH o evangel2o de CristoH o evangel2o de Jesus CristoH o evangel2o da gra&a de !eus e o evangel2o da pa1F Nesses termosH as duas caractersticas se destacamF 0regar Cristo é BoasKnovas para o povoH e pregar Cristo é t(o amplo +uanto pregar o evangel2o do reino [ contanto +ue o reino este?a ligado ao seu %eiH JesusF Mais especicamenteH pregar Cristo é proclamar alguma faceta da pessoaH da oBra ou do ensino de Jesus de Na1aréH para +ue as pessoas possam crer neleH conar neleH am>Klo e oBedecer a eleF Ol2aremos mais de perto cada um desses aspectosF A Pessoa de Cristo
A distin&(o entre a pessoa e a oBra de Cristo é Bastante comum Qe controvertidaR na teologia sistem>tica 3 * e na literatura soBre a prega&(o de CristoF A distin&(o ?amais dever> nos condu1ir a uma separa&(o entre a pessoa e a oBra de CristoH é claroH pois esses dois aspectos est(o inseparavelmente interligadosF Ainda assimH a distin&(o tem seu mérito ao destacar determinadas facetas do MessiasF O prprio Jesus perguntou aos seus discpulosW no seio do 0aiH , +uem o revelou QJo *F*8RF A pessoa de Jesus CristoH o .il2o unig@nito de !eusH é o clma: da revela&(o de !eus soBre si mesmoF Em Jesus vemos !eusF Ele tornou !eus con2ecido a nsF Semel2antementeH a Epstola aos eBreus come&a com a identidade da pessoa de CristoW EleH +ue , o resplendor da glria e a e:press(o e:ata do seu Ser Q*F-RF Ao pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoH podemos muitas ve1es ligar a mensagem do Antigo Testamento com alguma faceta da
pessoa de CristoW o .il2o de !eusH o MessiasH nosso 0rofetaH Sacerdote e %eiF A obra de Cristo
Ao pregarmos CristoH podemos tamBém focali1ar alguma faceta da sua oBraF O evangelista Jo(o vai da pessoa de Jesus para algum dos sinais QoBrasR +ue ele fe1H para +ue creiais +ue Jesus é o CristoH o .il2o de !eusH e para +ueH crendoH ten2ais vida em seu nome QJo 3;F-*RF Em geralH a oBra de Cristo é associada , sua oBra de reconciliarK nos com !eus Qe:pia&(oR mediante seu sofrimento e sua morteF Mas podemos tamBém pensar nos milagres de cura Qsinais da presen&a do reinoRH sua ressurreiK &(o Qvitria soBre a morteRH sua ascens(o Qo %ei entroni1adoR e sua volta Qo reino vindouroRF Ao pregarmos Cristo a partir do Antigo TestamentoH podemos muitas ve1es ligar a mensagem do te:to , oBra redentora de nosso Salvador e ao reinado ?usto de nosso Sen2orF O ensinamento de Cristo
EmBora o ensino de Cristo pudesse ser considerado parte da sua oBraH seu ensino muitas ve1es passa desperceBido nas discuss'es a respeito da prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoF 0or causa de sua importncia para o nosso tpicoH consideraremos separadamente o ensino de CristoF A importncia do ensino de Jesus vem , tona com a prpria declara&(o de JesusW Se vs permanecerdes na min2a palavraH sois verdadeiramente meus discpulos QJo 8F-*H-3RF A importncia crucial do ensino de Jesus aparece especialmente na ordem aos discpulosW .a1ei discpulos de todas as na&'esH Bati1andoKosFFF ensinandoKos a guardar todas as coisas +ue vos ten2o ordenado QMt 38F*9H3;RF O ensino de Jesus é indispens>vel componente da prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoH por+ue o Antigo Testamento era a $Blia de Jesus e ele Baseava todo seu ensino neleF O ensino de Jesus inclua n(o apenas ensinos soBre ele mesmo Q.il2o do omemH MessiasRH sua miss(o e sua voltaH como tamBém ensinos soBre !eusH o reino de !eusH a alian&a de !eusH a lei de !eus Qpor e:FH Mt K)RH e assim por dianteF 0ara resumir esta se&(oH podemos denir pregar Cristo como sendo pregar serm-es que integrem de modo aut.ntico a mensagem do te/to com o clma/ da re%ela&ão de Deus na pessoa na obra e no ensino de esus Cristo conforme re%elado no $o%o Testamento
2a3-es para se pregar Cristo ho4e
Em resposta , pergunta por +ue devemos pregar Cristo 2o?e em diaH muitos poderiam apontar para o e:emplo dos apstolosW se 0edro e 0aulo pregavam CristoH ent(o os pregadores de 2o?e tamBém devem pregar CristoF Mas esse argumento Baseado na imita&(o é um tanto supercial e fal2oF "miK tar 0aulo na prega&(o de Cristo é uma imita&(o um tanto seletivaH por+ue a maioria de ns n(o imita 0aulo saindo em viagens mission>rias a m de pregarF Nem imitamos 0aulo literalmente confeccionando tendas para sustentar um ministério de fa1er tendasF Em todos esses e outros e:emplosH recon2ecemos +ue a descri&(o BBlica do +ue 0aulo fa1ia n(o necessariamente se tradu1 numa prescri&(o BBlica para ns nos dias atuais !evemos nos aprofundar mais para mostrar a ra1(o de pregar Cristo 2o?eF !evemos nos perguntarW +uais as ra1'es suB?acentes pelas +uais 0aulo e os demais apstolos pregavam Cristo Será qe e!!"! r"#$e! "%&'" !e "()%*"+ ("r" ,! (re-"',re! ""%!/ A ordem de Jesus: "Ide... fazei discípulos de todas as nações... "
Uma ra1(o fre+Ventemente negligenciadaH emBora BviaH por +ue os apstolos pregavam Cristo foi a ordem +ue Jesus deu em sua despedidaW "deFFF fa1ei discpulos de todas as na&'esH Bati1andoKos em nome do 0ai e do .il2o e do Esprito SantoH ensinandoKos a guardar todas as coisas +ue vos ten2o ordenadoF E eis +ue estou convosco todos os diasH até , consuma&(o dos séculos QMt 38F*9H3;RF EmBora a frmula Batismal se?a trinitarianaH a ordem de fa1er discpulos de Jesus e de ensinarFFF a guardar todas as coisas +ue vos ten2o ordenadoH Bem como a promessa da presen&a de Jesus [ tudo est> focali1ado especicamente em Jesus CristoF O apstolo 0edro mais tarde recordaW E nos mandou pregar ao povo e testicar de +ue ele é +uem foi constitudo por !eus Jui1 de vivos e de mortos QAt *;F3RF Mesmo o apstolo 0auloH +ue n(o receBera o mandado originalH mais tarde receBeria a ordem especca de pregar CristoF En+uanto 0aulo estava a camin2o de !amasco para perseguir os crist(osH o Sen2or vivo o interceptouW Eu sou JesusH a +uem tu persegues_ mas levantaKte e entra na cidadeH onde te dir(o o +ue te convém fa1erF Em seguidaH Jesus ordenou +ue Ananias fosse ao encontro de 0aulo por+ue este é para mim um instrumento escol2ido para levar o meu nome perante os gentios e reisH Bem como perante os l2os de "srael QAt 9FH6H*RF Os apstolosH portantoH eram ordenados pelo Sen2or ressurreto a pregar o seu nome Qa revela&(o concernente a JesusR entre as na&'esH e eles resK
ponderam com a prega&(o de Jesus CristoF Algumas décadas mais tardeH os escritores dos evangel2os aceitaram esse mandado original como o seu mandadoF 0or e:emploH ao escrever seu evangel2oH Marcos revela sua preocupa&(o central no primeiro versculoW 0rincpio do evangel2o de Jesus CristoH .il2o de !eusF Os pregadores crist(os 2o?e tamBém vivem soB o comando de pregar o nome de Jesus CristoH pois a ordem de pregar Cristo vai muito além dos priK meiros apstolos e evangelistas [ alcan&a até aos conns da terraF $otcia mara%ilhosa5 O Rei chegou!
Além de oBedecer ao mandado de JesusH outra importante ra1(o pela +ual pregamos Cristo est> na prpria mensagemF Mesmo 2o?eH +uando um 0residenteH ou uma %ain2aH visita uma cidadeH sua c2egada é um acontecimento notrioF Ninguém precisa mandar os ?ornalistas contarem a 2istriaH pois a prpria 2istria e:ige ser contadaF Se isso é verdade com a c2egada de um 0residente ou MonarcaH +uanto mais com a c2egada do %ei dos reisF !epois de séculos de espera pelo Messias prometido de !eusH depois de muitas altas e:pectativas e mais esperan&as despeda&adasH a 2istria de sua c2egada simplesmente tem de ser proclamadaF 0or e:emploH +uando AndréH irm(o de 0edroH encontrou JesusH descoBriu uma ra1(o natural para seu grande entusiasmoW Ele ac2ou primeiro o seu prprio irm(oH Sim(oH a +uem disseW Ac2amos o Messias\ FFF e o levou a Jesus Uo*F*H3RF A necessidade +ue André teve de contar era apenas uma pe+uena amostra do 1elo mission>rio da "gre?a depois da ressurrei&(oF Essa 2istria simplesmente tin2a de ser contadaW !eus cumpriu suas promessas_ sua salva&(o se tornou realidade_ o reino de !eus irrompeu soBre este mundo de modo novo e maravil2osoW o %ei c2egou Boas-novas que dão vida: 0Cr &, Se&2,r Jesus e serás salvo"
Outra grande ra1(o pela +ual devemos pregar Cristo est> no car>ter da mensagem +ue resgata vidasF H nos anos de *9);H o governo n(o perdeu tempo em transmitir a mensagem de +ue todos os pais deveriam vacinar seus l2os contra a paralisia infantilF Era uma mensagem vital_ tin2a de ser transmitida imediatamenteF A necessidade de contar era BviaH , lu1 da doen&a e da disponiBilidade de um antdotoF !esde a +ueda em pecadoH a 2umanidade se tornou alienada de !eus e cou soB peso de morteF Todo mundo +ue tem discernimento recon2ece a doen&aH mas nem todos con2ecem a curaFFAs pessoas precisam saBer soBre a curaF
clamouW s salvoH tu e tua casa\ QAt *6F-;H- *RF Como 0aulo disse alguns anos mais tardeW SeH com a tua BocaH confessares Jesus como Sen2or eH em teu cora&(oH creres +ue !eus o ressuscitou dentre os mortosH ser>s salvo Q%m *;F9RF A fé em Jesus Cristo é o antdoto para a morte eternaF Num mundo morto em delitos e pecadosH alienado de !eusH +ue camin2a para a morteH a mensagem transmissora de vida de Jesus Cristo é de tal maneira urgente +ue simplesmente tem de ser contadaF 0ois é uma mensagem de esperan&aH reconcilia&(oH de pa1 com !eusH de curaH de restaura&(oH de salva&(oH de vida eternaF $otcia e/clusi%a5 Em nen2um outro 2> sal%a&ão"
Outro estmulo para se pregar Cristo é +ue Cristo é o Pnico camin2o de salva&(oF Conforme disse 0edroW E n(o 2> salva&(o em nen2um outro_ por+ue aBai:o do céu n(o e:iste nen2um outro nomeH dado entre os 2omensH pelo +ual importa +ue se?amos salvos QAt F*3RF A mensagem c2eia de esperan&aH mas e:clusivista de 0edroH ecoa a mensagem do prprio JesusH +ue disseW Eu sou o camin2oH e a verdadeH e a vida_ ninguém vem ao 0ai sen(o por MimF **3* A vida eterna s é encontrada em Jesus CristoF Se Jesus fosse um de muitos camin2os para a salva&(oH a igre?a poderia rela:ar um poucoH esperando +ue as pessoas encontrassem algum outro modo de se salvar da morteF Mas agora +ue Cristo é o Pnico camin2oH a urg@ncia da prega&(o de Cristo é mais prementeF N(o 2> salva&(o em nen2um outro sen(o em JesusF 36 Todas as ra1'es acima pela prega&(o de Cristo t@m 2o?e o mesmo valor +ue tin2am nos tempos da igre?a do Novo TestamentoH pois a ordem de Jesus é v>lida até , consuma&(o do séculoF Num século +ue conta com mais m>rtires crist(os do +ue em todo o resto da 2istria eclesi>sticaH as BoasKnovas de +ue o %ei est> a+ui s(o signicativas eH como sempreH encora?am_ numa era materialista em +ue as pessoas se desesperam do signicado da vida 2umanaH a not@"ia %ita& de !ue eista sa&%aão da morte por meio da em Cristo : "ru"ia& "omo sempre foiB na nossa so"iedade re&ati%ista? p&ura&ista? "om seus muitos pretensos sa&%adores? a not@"ia e"&usi%a de !ue não +á sa&%aão em ningu:m mais e"eto em esus Cristo : tão essen"ia& "omo sempre> f é
Ouintes numa
cultura não-cristã
A &tima ra)ão para se pregar Cristo : !ue nossos ou%intes %i%em dentro de uma "u&tura não;"ristã> A igre,a primiti%a? dirigia;se? por assim di)er? a pessoas !ue %i%iam dentro de uma "u&tura não;"ristã> As pessoas pre"isam ou%ir a respeito de Cristo e da diferena !ue e&e fa)> .as os pregadores "ontemporneos se dirigem tanto a pessoas !ue %i%em dentro da
"u&tura não;"ristã "omo da p=s; "ristã> Se os ou%intes "ontemporneos esti%essem %i%endo numa "u&tura saturaria de pensamento e aão "ristã? ta&%e) pud:ssemos "onsiderar "omo natura& !ue as pessoas? ao ou%ir um sermão? souessem "omo e&e está re&a"ionado a Cristo> Pois toda a %ida está re&a"ionada a Cristo> Conforme es"re%eu Pau&oF #Este : a imagem do Deus in%is@%e&>>> pois? ne&e? foram "riadas todas as "oisas? nos ":us e sore a terra>>> Tudo foi "riado por meio de&e e para e&e> E&e antes de todas as "oisas> Ne&e? tudo susiste# C& 1>15;1'H> .as os pregadores de +o,e não podem supor !ue seus ou%intes %e,am essa re&aãoB nem podem assumir !ue seus ou%intes saiam o signifi"ado de pa&a%ras "omo #e%ange&+o# e #Deus# e #Cristo#> é
Ouvintes
não-cri stãos
A Europa e a Am:ri"a do Norte tornaram;se "ampos missionários> As pessoas perderam seu rumo e estão em us"a da rea&idade &tima para dar signifi"ado sua re%e eistJn"ia sore a terra> Os "u&tos nas igre,as estão rapi dame nte dei and o de ser ador aã o "ris tã para sere m #"u& tos de indagadores#> Ko,e? tanto no "u&to "ristão o indagador sens@%e&? espera;seH !uanto nos "u&tos de indagadores? : ne"essário !ue se pregue Cristo> #9ma das tarefas mais fas"inantes do pregador#? es"re%e o+n Stott? #: ep&orar tanto o %a)io do +omem "a@do !uanto a p&enitude de esus Cristo? a fim de então demonstrar "omo e&e pode preen"+er nosso %a)io? i&uminar nossas tre%as? enri!ue"er nossa pore)a e tra)er rea&i)aão as nossas aspira*es +umanas#>#
Encontrar Cristo é tocar a realidade e e:perimentar a transcend@nciaF Ele nos d> um senso de valor prprio ou signicadoH por+ue nos assegura do amor de !eus por nsF Ele nos liBerta da culpaH por+ue morreu por ns_ liBertaKnos da pris(o de nosso prprio egocentrismo pelo poder da ressurrei&(oH e da paralisa&(o do medoH por+ue ele reinaFFF Ele d> signicado ao casamento e ao larH ao traBal2o e ao la1erH , pessoalidade e , cidadaniaF O%&e! *r%!4,!
Crist(os de compromisso rmeH como tamBém n(oKcrist(osH se Beneciar(o com a prega&(o e:plicitamente centrada em CristoF Numa cultura psKcrist(H essa prega&(o capacitar> os crist(os a sentirem a centralidade de Cristo na sua vida e no mundoF "sso os a?udar> a distinguir sua fé especca do JudasmoH das religi'es orientaisH do movimento de nova eraH do evangel2o da prosperidade e de outras religi'es +ue competem com o CristianismoF ContiK nuamente edicar> sua fé em JesusH seu Salvador e Sen2orF 0regar Cristo dentro de uma cultura n(oKcrist( sustenta os crist(os como a >gua sustenta os nmades no desertoF !i1 %euW A fé e a vida crist( aut@nticas s podem e:istir en+uanto 2ouver uma apropria&(o di>ria de CristoF 39 Mesmo a+ueles +ue t@m forte compromisso com Cristo precisam continuamente aprender e reaprender o +ue signica servir a JesusH o SalvadorH como Sen2or de sua vidaF
0regar dentro de uma cultura psKcrist( coloca tremenda responsaBilidade soBre os pregadores contemporneos de pregar Cristo com simplicidadeH autenticidade e perceptividadeF Os pregadores n(o podem mais pressupor +ue seus ouvintes discirnam a rela&(o entre a mensagem e Cristo no conte:to de uma mente crist( e no conte:to do culto crist(oF Essas liga&'es precisam ser intencionalmente e:postas para +ue todos ve?amF Jo2n Stott evidencia o alvo para os pregadores contemporneosW O principal oB?etivo da prega&(o é e:por as Escrituras com tal delidade e relevncia +ue Jesus Cristo se?a perceBido em toda sua ade+ua&(o para suprir a necessidade 2umanaF *; Gilliam ull acrescenta este consel2o sensatoW N(o suBimos ao pPlpito para deBater +uest'es periféricas ou especular soBre curiosidades esotéricasFFF EstaK mos a para pregar Jesus CristoH o Sen2orFFF é esta a nossa monumental tarefaW colocar em palavrasH de tal forma +ue nossos ouvintes colocar(o em a&(oH o novo dia +ue nos pertence em Jesus Cristo nosso Sen2orF #/1
A necessidade de pregara partir do Antigo Testamento Antes de ol2armos especicamente para a prega&(o de Cristo a partir do Antigo Testamento QCaptulo 3RH precisamos primeiramente considerar a pergunta geral da prega&(o a partir do Antigo TestamentoF N(o é segredo +ue o Antigo Testamento é como um tesouro perdido na igre?a atualF Coment>rios tais como na min2a e:peri@ncia o Antigo Testamento era como um livro fec2ado indicam uma tend@nciaF GF AF Cris^ell di1ia +ue o Antigo Testamento talve1 se?a a >rea mais negligenciada da $Blia na prega&(o moderna e +ueH +uando se emprega o Antigo TestamentoH muitas ve1es é apenas o te:to para algum tratamento tpico +ue logo foge de seu conte:toF #leason Arc2er comentaW L curioso oBservar e difcil entender a relativa neglig@ncia do Antigo Testamento por parte dos crist(os de nossos diasH en+uanto domingo aps domingo o fre+Ventador mediano de igre?a evangélica medianaH +ue cr@ na $BliaH n(o escuta mensagem alguma das Escrituras 2eBraicasF Ele passa a perguntarW Como um pastor crist(o pode esperar alimentar o reBan2o numa dieta espiritual e+uiliBrada se negligenciaH completamenteH os -9 livros das Escrituras Sagradas dos +uais Cristo e todos os autores do Novo Testamento receBeram seu prprio alimento espiritual 11/1 L difcil encontrar estatsticas soBre o assuntoH mas relatos de diversas denomina&'es indicam +ue é seguro concluirmos +ue menos +ue 3; dos serm'es +ue o memBro médio de igre?a ouve s(o Baseados em te:tos do Antigo Testamento >/1 Esses dados s(o mais reveladores +uando nos lemBramos de
+ue o Antigo Testamento constitui cerca de tr@s +uartos do cnon crist(oF O editor de um peridico evangélico para pregadores lamentaW Anualmente receBo centenas de manuscritos de serm'es de pastores de grande variedade de denomina&'es protestantesFFF menos de um décimo desses serm'es s(o Baseados em te:tos do Antigo TestamentoF
Razões para a falta de pregação a partir do Antigo Testamento 0ode 2aver muitas ra1'es individuais para a falta de prega&(o a partir do Antigo TestamentoF !iscutiremos +uatro das principaisW o uso de lecion>riosH o estudo crtico do Antigo TestamentoH a re?ei&(o do Antigo Testamento e as diculdades de se pregar a partir do Antigo TestamentoF O
uso d e lecioná rios
A utili1a&(o de lecion>rios tem impacto tanto positivo como negativo soBre a prega&(o a partir do Antigo TestamentoF 0ositivamenteH com a inclus(o de te:tos do Antigo TestamentoH os lecion>riosH na certaH t@m contriBudo para +ue o Antigo Testamento se?a novamente ouvido nos cultos crist(osF .oster McCurleZ recon2eceW Na min2a prpria tradi&(o luteranaH n(o foi até *98FFF +ue uma li&(o do Antigo Testamento foi indicada como leitura semanal no cultoF Até essa dataH na maioria das igre?as luteranas norteKamericanasH somente uma epstola e um evangel2o tin2am sido lidosFFF er uma li&(o do Antigo TestamentoH porémH nem sempre signica proclamar a Cristo a partir do Antigo TestamentoH pois a maioria dos pastores seleciona seu te:to de prega&(o do Novo TestamentoF Essa prefer@ncia é ditada em parte pela predile&(o dos pastoresH mas , tamBém instalada na maioria dos lecion>riosF Ao acompan2ar o ano eclesi>stico Qa vida de CristoR do Advento ao NatalH , EpifaniaH , scoa e o 0entecosteH a leitura contnua tende a vir de um dos evangel2osF Conse+VentementeH as leituras do Antigo Testamento oferecemH no m>:imoH papel de apoioF Ainda maisH as leituras do Antigo TestamentoFFF t@m pouca ou nen2uma continuidade de domingo a domingoFX AssimH ao seguir o calend>rio eclesi>stico e oferecer continuidade nas leituras dos evangel2osH os lecion>rios inclinam a sele&(o de te:tos para prega&(o em favor do Novo TestamentoF !ennis Olson levanta outra +uest(oF Ele oBserva +ue a maioria dos lecion>rios utili1a leituras de um corpo limitado de materiais do
Antigo Testamento [ principalmente "saasH JeremiasH #@nesisH D:odo e !euteronmioF As cita&'es do Antigo Testamento decaem rapidamenteFFF no estado atual da maioria dos lecion>riosH 8; do testemun2o do Antigo Testamento nem c2ega ao culto congregacionalH muito menos é pregadoF L como tomar a or+uestra sinfnica de $oston e tirar dela tudoH e:ceto 3; de seus mPsicosFFF o +ue acontece +uando depredamos o Antigo TesK tamento dei:andoKo com apenas 3; de sua vo1
A ra1(o mais séria da falta de prega&(o a partir do Antigo Testamento est> na espécie de aprendi1agem do Antigo Testamento +ue muitos pregadores receBeram em diversos semin>rios teolgicos e universidadesF Até o come&o do século 3;H a e:egese teolgica como principal preocupa&(o dos estudiosos da $Blia foi suplantada pelo conceito cientco e 2istrico da tarefa do estudiosoF *; A alta crtica concentrouKse na crtica das fontesH crtica das formas e na 2istria da religi(oF O Antigo Testamento foi estudado apenas para recuperar a 2istria de "sraelH a 2istria de sua literatura e a 2istria da sua religi(o [ e futuros pregadores foram dei:ados sem uma palavra de !eus soBre a +ual pregarF Uma ilustra&(o da esterilidade do treino teolgico foi o pedido de demiss(o de Julius Gell2ausen Qfamoso pela crtica das fontesR como professor de Teologia na Universidade de #reifs^ald e o fato de ele ter aceito o cargo de professor de lnguas semticas em alleF Ele e:plicou a ra1(o pela +ual mudou de teologia para lnguas semticas conforme segueW TorneiKme telogo por+ue estava interessado no tratamento cientco da $Blia_ foi s aos poucos +ue perceBi +ue um professor de Teologia tem igualmente a tarefa pr>tica de preparar os alunos para o servi&o na "gre?a EvangélicaH e eu n(o estava cumprindo essa tarefa pr>ticaH mas +ueH apesar de min2as reservasH estava incapacitando meus ouvintes para o seu ofcioF Uns cin+Venta anos mais tardeH o treinamento na prega&(o a partir do Antigo Testamento n(o mel2orouH pelo menos n(o na Aleman2aF Ion %ad oBserva +ue O estudo sério do Antigo TestamentoFFF com uma sinceridade +uase religiosaFFF 2avia treinado as pessoas , ética de um incorruptvel discernimento 2istricoH mas n(o os treinou a recon2ecer puBlicamente o Antigo TestamentoFFF [ o +ue os telogos denominam de in statu confession(7 ( 891 O surgimento recente da crtica redacionalH da crtica retricaH da crtica da narrativa e da aBordagem cannica oferece maior promessa para os estudiosos BBlicos enfocarem suas energias soBre a compreens(o da mensagem da literatura do Antigo Testamento para "sraelH assim a?udando a preparar os estudantes para sua tarefa de pregar a partir do Antigo Testamento F*
2e4ei&ão do Antigo Testamento
Ainda outra ra1(o pela falta de prega&(o do Antigo Testamento est> na declarada re?ei&(o ao Antigo TestamentoF A re?ei&(o ao Antigo Testamento tem um longo 2istricoH +ue vai até MarcionF 0ara se ter uma idéia das ra1'es pelas +uais as pessoas re?eitam o Antigo TestamentoH repetiremos em poucas palavras as posi&'es de +uatro telogosW MarcionH Sc2leiermac2erH von arnacY e $ultmannF Marcion :c ;< 1=0! Marcion era um aBastado dono de navios na costa sul do Mar NegroF 0or volta do ano de *;H ele mudouKse para %omaH onde se tornou memBro da igre?aF En+uanto em %omaH sucumBiu , inu@ncia do mestre srioH nada ortodo:oH CerdoH de +uem derivou a Base para seu ensinamentoH ou se?aH da diferen&a entre o !eus retratado no Antigo Testamento e o !eus retratado no NovoF
Testamento com pressuposi&'es autenticamente BBlicasF L muito f>cil come&ar com pressuposi&'es n(oKBBlicas e torn>Klas a regra Qo cnonR pela +ual ?ulgamos as EscriturasF O ponto de partida n(oK BBlico de Marcion era de dois deuses [ e assim ele rasgou a $Blia em peda&osF Em ve1 de suBmeterKse respeitosamente ,s Escrituras como palavra de !eusH Marcion governava as EscriturasF Outros seguiram os passos de MarcionF Os estudiosos n(o precisamH como MarcionH come&ar com dois deusesF 0recisam somente suBscrever uma nova deni&(o de revela&(o ou uma nova vis(o da religi(o ou nova norma de ética [ e em ve1 de se suBmeter ao cnonH eles regem soBre o cnon e come&am a retirar determinadas partes como se fossem inferiores ou sem valorF 0or toda a 2istria da igre?aH o MarcionismoH no sentido de re?eitar ou ignorar o Antigo TestamentoH continuou a surgir outras ve1esF N(o precisamos recordar toda a 2istria_ 8 algumas cita&'es de recentes acad@micos inuentes Bastam para demonstrar nosso pontoF .riedric2 c!leiermac!er "17#$%1$3&' Sc2leiermac2er é famoso por sua nova deni&(o da religi(o como sendo o sentimento de aBsoluta depend@ncia de !eusF Ele ainda dene a revela&(o como algo novo na esfera de sentimentos religiosos B>sicos para certa vida religiosa comunit>ria FFF 11>-7 Com essa vis(o suB?etiva da revela&(oH o Antigo Testamento passa a ser visto n(o apenas como préKcrist(oH mas suBKcrist(oF Sc2leiermac2er n(o v@ continuidade entre o ?udasmo e o CristianismoF Em ve1 dissoH ele argumenta +ue as rela&'es do Cristianismo com o Judasmo e com o paganismo s(o as mesmasH como a transi&(o de +ual+uer desses dois para o Cristianismo é uma transi&(o para outra religi(o diferenteF Ele sugere tamBém +ue talve1 se?a mel2or colocarmos o Antigo Testamento depois do Novo TestamentoH como se fosse um ap@ndice FFFFFF "\ raelingH seu admiradorH escreveW O maior telogo do protestantismo do século *9 era até a fa de colocar o Antigo Testamento numa posi&(o e:tremamente suBordinadaF Mas ele 2esita em c2egar ,s Pltimas conse+V@ncias de seu ponto de vista e se unir ao grupo marcionistaF Adolf von !arnac #$%&$'$()*+
arnacY foi inuente e:positor do 0rotestantismo iBeralF Ele escreveu a oBra cl>ssica soBre MarcionF Ele concorda +ue Marcion foi longe demais ao considerar o !eus Criador e o !eus Crist(o como sendo dois deuses inteiramente diferentesFFF Mas issoH argumenta eleH n(o pode salvar o Antigo TestamentoF Ele pede +ue os crist(os considerem o mal feito pelo Antigo Testamento para sua causaF Muito
da oposi&(o ao Cristianismo no mundo moderno é Baseado no Antigo TestamentoH +ue oferece muitas oportunidades para as pessoas atacarem e ridiculari1arem a $Blia FFFFFF ** arnacY sugere tamBém +ue o Antigo Testamento se?a includo nos livros apcrifosH a+ueles livros +ue s(o Pteis para a leituraH mas n(o t@m autoridadeF Esta é sua considerada opini(oW Ter descartado o Antigo Testamento no século 33 foi um erro +ue a igre?a re?eitou com ?usti&a_ o fato de isso ter sido mantido no século *6 foi uma fatalidade +ue a %eforma ainda n(o foi capa1 de evitarH mas mant@Klo ainda no século *9 como sendo documento cannico dentro do 0rotestantismo resulta de uma paralisia religiosa e eclesi>sticaF ,udolf Bultmann !#$!%&'( *6
0oderamos considerar muitas outras pessoasH mas vamos diretamente até o inuente %udolf $ultmannF Estudiosos t@m deBatido se $ultmann deveria ser classicado como marcionistaH por+ue ele n(o re?eita totalmente o Antigo TestamentoF Mas n(o se pode negar +ue ele aceita seu valor para a igre?a num sentido muito restrito e negativoF Em T2e Signicance of t2e Old Testament for t2e C2ristian .ait2H ele recon2ece +ue o Novo Testamento pressup'e o AntigoH o Evangel2o pressup'e a eiF Mas em seguida ele passa a di1erW S pode ser por ra1'es pedaggicas +ue a igre?a crist( usa o Antigo Testamento para tornar o 2omem consciente de estar soB a e:ig@ncia de !eusF Esse é o lado positivoF Mas essas declara&'es menoresH assim +ualicadasH +uanto ao signicado do Antigo Testamento para o crist(oH devem ser pesadas contra as declara&'es perturBadoras de $ultmann no mesmo artigoW 0ara a fé crist(H o Antigo Testamento n(o é mais revela&(o como foi antigamenteH e ainda éH para os ?udeusF 0ara a pessoa +ue se encontra dentro da igre?aH a 2istria de "srael é um captulo fec2adoFFF a 2istria de "srael n(o é nossa 2istria eH no tocante a !eus ter mostrado sua gra&a nessa 2istriaH essa gra&a n(o foi intencionada para nsFFF 0ara nsH a 2istria de "srael n(o é 2istria da revela&(oF Os acontecimentos +ue tin2am signicado para "sraelH +ue eram a 0alavra de !eusH nada mais signicam para nsFFF 0ara a fé crist(H o Antigo Testamento n(o éH no verdadeiro sentidoH 0alavra de !eusF9 Ainda 2o?e o Antigo Testamento é caluniado e descartadoF o?e o marcionismo talve1 n(o se?a promovido t(o agrantemente +uanto foi pelos telogos +ue acaBamos de reportarH mas as idéias t@m asas eH até mesmoH em lugares distantesH essas idéias perniciosas t@m maculado a imagem do Antigo Testamento] Além do maisH 2o?e em diaH o marcionismo é promovido pela omiss(o por parte de pregadores
+ue usam o Antigo Testamento apenas como algo para real&ar a singularidade dos ensinos de Jesus F6* "nfeli1menteH até 2o?eH perguntaKse se o !eus do Antigo Testamento o mesmo !eus do Novo TestamentoF L um +uestionamento +ue tem perturBado a igre?a durante séculosH su?ando as >guas do deBate teolgicoF Mas é uma dPvida tolaH pois n(o advém das prprias EscriturasF Toda man2( e toda noiteH os israelitas eram lemBradosW OuveH "sraelH o SENO%H nosso !eusH o Pnico SENO% Q!t 6FRF JesusH verdadeiro israelitaH revelou o Pnico Sen2or e o c2amou de 0aiF 0odemos ter perguntas soBre @nfases diferentes e tens(o entre os dois testamentosH mas considerar a +uest(o de diferentes deuses é partir de um ponto fora do cnon numa religi(o aliengenaF é
é
Dificuldades em pregara partir do Antigo -estamento
Come&ar com as pressuposi&'es BBlicas de um s !eus e uma s $Blia é claro +ue n(o resolve todas as diculdades de se pregar a partir do Antigo TestamentoH mas permite +ue ns as consideremos no conte:to da fé crist( 2istricaH pois n(o 2> dPvida de +ue outra grande ra1(o para negligenciar o valor do Antigo Testamento é a aut@ntica diculdade +ue o pregador enfrenta ao pregar a partir do Antigo TestamentoF !estacamos pelo menos +uatro con?untos de diculdadesW 2istricoKculturalH teolgicaH ética e pr>ticaF Dificuldades ist/rico0culturais
O Antigo Testamento é um livro antigo amBientado numa sociedade agrcola do Oriente MédioF Entramos num mundo estrangeiro de templos e sacrifcios de animaisH de anos saB>ticos e leis dietéticasF Esse mundo est> longe da igre?a modernaH situada +ue est> num amBiente ocidentalH psKindustrial e urBanoF Ao pregar a partir do Antigo TestamentoH o pregador se depara com um aBismo 2istrico e culturalF 0arece impossvel pregar serm'es relevantes a partir desse livro antigoF O imenso aBismo cultural e 2istrico parece ser a principal ra1(o pela falta de prega&'es soBre o Antigo TestamentoF !onald #o^anH em seu livro 2eclaiming the #ld Testament for the Christian Pulpit di1 +ue o proBlema central +ue os pregadores modernos +ue procuram usar o Antigo Testamento com delidade enfrentam é a falta de continuidadeF 0arece +ue o Antigo Testamento tem pouco a di1er aos crist(os +ue vivem numa era totalmente diferente da de "sraelF Numa aBordagem a partir de outro ngulo desse assuntoH Galter aiser c2ega , mesma conclus(oW SoBrepu?ando todas as ra1'es para a neglig@ncia +ue se fa1 do
Antigo TestamentoFFF est> a +uest(o da particularidade 2istrica da $BliaH ou se?aH +ue as palavras no Antigo Testamento s(o mais fre+VentementeH +uando n(o sempreH dirigidas a um povo especco dentro de uma situa&(o especca num tempo especco e dentro de uma cultura especcaF Essa é a verdadeira diculdadeF Concordamos +ue isso apresenta uma grande diculdade para a prega&(o relevante a partir do Antigo Testamento nos dias atuaisH mas o aBismo 2istricoK cultural n(o precisa ser visto de modo inteiramente negativoF O fato de +ue nsH a partir de nosso tempoH discernimos uma lacuna culturalH revela o fato +ue o Antigo Testamento falava com relevncia ao seu tempoW a 0alavra de !eus n(o utuava longe e acima de "srael como uma palavra eternaH mas entrava na cultura de "srael de modo relevante e n(o como oBst>culoF 0ortantoH o aBismo 2istricoKcultural pode ser um desao para os pregadores discernirem a relevncia passada e pregar a mensagem do Antigo Testamento com a mesma relevncia 2o?e como foi para com "srael no passadoF 6* Dificuldades Teol'gicas
> mais de mil e oitocentos anosH Marcion confrontou a igre?a com algumas grandes diculdades teolgicas na prega&(o do Antigo TestamentoF 0or e:emploH ele notou diferen&as entre o !eus revelado no Antigo Testamento e no Novo TestamentoW no Antigo TestamentoH !eus ordenou a "srael +ue destrusse sem misericrdia os cananeus Os **F3;RH en+uanto Cristo proiBia todo uso de for&a e pregava misericrdia e pa1F O Criador manda fogo dos céus a pedido de Elias Q3 %s *F9K*3RH mas Cristo proBe os discpulos de pedir fogo dos céusF O !eus do Antigo Testamento era poderoso na guerraH Cristo tra1 a pa1F 6 N(o é necess>rio partir de dois deuses diferentes para notar +ue e:istem diferen&as entre a revela&(o de !eus no Antigo Testamento e a do Novo TestamentoF 0or ve1esH o Antigo Testamento apresenta !eus como sendo severo e ?ulgadorH FFF+ue visito a ini+Vidade dos pais nos l2os até , terceira e +uarta gera&(o da+ueles +ue me aBorrecem QE: 3;FRH en+uanto o Novo Testamento apresenta !eus como sendo a+uele +ue amou ao mundo de tal maneira +ue deu o seu .il2o unig@nito Q?o -F*6R e +ue est> pronto para perdoar Ql?o *F9RF O Antigo Testamento apresenta as B@n&(os de !eus na >rea de ri+ue1as materiais Qmuitos l2osH gadoH col2eitas fartas [ !t -;F9RH en+uanto o Novo Testamento v@ a maior B@n&(o divina como sendo a vida eterna Uo -F*6RF 0arece +ue o Antigo Testamento apresenta a salva&(o pelas oBras Qou se?aH se guardares os mandamentosFFF viver>sFFF_ !t -;F*6RH en+uanto o Novo Testamento apresenta a salva&(o pela gra&a mediante a fé Q%m F*RF Ao pregar a partir do
Antigo TestamentoH os pregadores precisam resolver essas e muitas outras diferen&asF Nos captulos - e H veremos como a igre?a procurou atender a essas +uest'es com a idéia da revela&(o progressivaF Diculdades éticas
Além dos proBlemas 2istricosH culturais e teolgicosH os pregadores ser(o confrontados com diculdades éticasF > de1oito séculosH Marcion ?> tin2a trope&ado em alguns desses oBst>culosW Na ei di1 \ol2o por ol2oH dente por dente\F No entantoH o Sen2orH o BomH di1 no evangel2oW \Se alguém Bater numa faceH ofere&a tamBém a outra\F Na eiH !eus Qo CriadorR di1W XAmar>s a +uem te ama_ odiar>s o teu inimigo\H mas nosso Sen2orH o BomH di1W XAmai os inimigos_ orai pelos +ue vos perseguedF Esses proBlemas em particular foram ressaltados através da 2istria da igre?a por pessoas +ue desacatam o Antigo TestamentoF Mas os pregadores deparar(o com muitas outras diculdades éticasF 0or e:emploH a lei de Moisés e:igia L a pena de morte n(o s para assassinos como tamBém para feiticeiros QE: 33F*8RH idlatras Q!t *-F6K*;_ *6F3K)R e até mesmo do l2o contuma1 e reBelde Q!t 3*F*8K3*RF Alguns dos Salmos imploram a !eus +ue ani+uile o inimigo e ainda di1emW .eli1 a+uele +ue pegar teus l2os e esmag>Klos contra a pedra QS" *-)F9H cfF S" *;9F6K*-RF6)
Crist(os sensveis podem facilmente se ofender com certas partes do Antigo TestamentoF Em rela&(o a issoH Jo2n $rig2t levanta a +uest(o interessanK te soBre o motivo pelo +ualH emBora o Antigo Testamento ocasionalmente ofenda nossos sentimentos crist(osH aparentemente n(o ofendia os sentimentos \crist(os\ de Cristo Ser> +ue somos realmente mais ética e religiosamente sensveis do +ue ele Ou talve1 n(o ve?amos o Antigo Testamento [ e seu !eus [ conforme ele via **F6* Dificuldades pr>ticas
Além das diculdades 2istricoKculturaisH teolgicas e éticasH 2> algumas diculdades oBviamente pr>ticas para a prega&(o a partir do Antigo TestamentoF .oster McCurleZ descreve os desaosW O Antigo Testamento é t(o amplo +ue re+uer uma amplitude surpreendente de con2ecimento da 2istriaH literatura e teologiaFFF Em ve1 de coBrir um século como fa1 o Novo TestamentoH o Antigo Testamento aBrange do1e séculos de literatura e apro:imadamente
de1oito de 2istriaFFF O alcance do estudo do Antigo Testamento é em si mesmo assustador e e:igente para o intérpreteF69
Ra)*es para pregar tanto do Antigo Testamento quanto do $o%o Apesar dessas grandes diculdadesH 2> muitas ra1'es para os pastores pregarem a partir do Antigo TestamentoW Q*R o Antigo Testamento fa1 parte do cnon crist(o_ Q3R ele revela a 2istria da reden&(o +ue condu1 a Cristo_ Q-R ele proclama verdades n(o encontradas no Novo Testamento_ QR ele nos a?uda a entender o Novo Testamento_ QR ele evita uma compreens(o errada do Novo Testamento e Q6R ele oferece uma compreens(o mais completa de CristoF 0ara concluir este captuloH discutiremos as primeiras cinco ra1'esF O Antigo Testamento fa1 parte do cnon cristão
A primeira ra1(o para se pregar a partir do Antigo Testamento é +ue a igre?a tem aceitado essa cole&(o de livros como parte do cnonF Aceitar uma doutrina como parte do cnon e depois dei:ar essa regra de fé e pr>tica ?untar poeira n(o fa1 sentidoF Se o Antigo Testamento fa1 parte do cnon crist(oH deve ser usado pela igre?aF 0aulo instrui a TimteoW aplicaKte , leitura do Antigo TestamentoH , e:orta&(oH ao ensino Q*Tm F*-RF Mais tardeH 0aulo argumenta +ue o Antigo Testamento é inspirado Qsoprado por !eusR e para ser usadoF EscreveW Toda a Escritura é inspirada por !eus e Ptil para o ensinoH para a repreens(oH para a corre&(oH para a educa&(o na ?usti&aH a m de +ue o 2omem de !eus se?a perfeito e perfeitamente 2aBilitado para toda Boa oBra Q3Tm -F*6H*)RF 0aulo di1 +ue o Antigo Testamento é Ptil para ensinar os crist(osF Contém ensinamentos +ue o Novo Testamento simplesmente assumeH mas n(o necessariamente repete Qver e:emplos aBai:oRF !e fatoH no versculo anterior Q*RH 0aulo di1 as sagradas letrasH +ue podem tornarKte s>Bio para a salva&(o pela fé em Cristo JesusF O Antigo Testamento é tamBém Ptil para a repreens(oH ou se?aH mostrar aos pecadores o erro de seus camin2os para +ue retornem , vida de santidade Qpense na lei moral e na literatura de saBedoriaRF L tamBém Ptil para a corre&(oH ou se?aH endireitar a+uilo +ue cou tortoF .inalmenteH di1 0auloH é Ptil para a educa&(o na ?usti&aH ou se?aH a educa&(o +ue leva a um estado de retid(o >'0 Em %omanos *FH 0aulo acrescenta o elemento da esperan&a +ue receBemos do Antigo TestamentoW 0ois tudo
+uantoH outroraH foi escrito para o nosso ensino foi escritoH a m de +ueH pela paci@ncia e pela consola&(o das EscriturasH ten2amos esperan&aF O apstolo 0edro concorda com 0aulo em +ue os crist(os devem usar o Antigo TestamentoF Escrevendo aos crentes na dispers(oH di1W A eles foi revelado +ueH n(o para si mesmosH mas para vs outrosH ministravam as coisas +ueH agoraH vos foram anunciadas por a+ueles +ueH pelo Esprito Santo enviado do céuH vos pregaram o evangel2oFFF Ql0e *F*3RF Toda igre?a crist( 2o?e precisa ouvir o Antigo Testamento por sua fun&(o de ensinoH repreens(oH corre&(o e treinamento em ?usti&aH como tamBém pela esperan&a +ue tra1 e a instru&(o +ue oferece para a salva&(o pela fé em Cristo Jesus Q3Tm -F*RF O Antigo Testamento reela a hist'ria da reden&ão que condu3 a Cristo
A segunda ra1(o pela +ual é necess>ria a prega&(o a partir do Antigo Testamento é +ue ele revela a longa 2istria da reden&(o +ue culmina com a vinda de Jesus CristoF O Antigo Testamento revela os atos redentores de !eus numa 2istria +ue se estende desde a cria&(o até pouco antes do advento de CristoF %evela como !eusH depois da +ueda do 2omem em pecadoH procura salvar seu povo e restaurar seu reino Qseu domnioR soBre a terraF %evela os atos redentores de !eus +ue aBrangem muitos séculosH como tamBém as promessas e o cumprimento delasF N(o encontramos esse longo 2istrico dos atos salvcos de !eus no Novo TestamentoH +ue simplesmente assume essa 2istria como fato e constri soBre elaF Como somente o Antigo Testamento revela essa 2istria da reden&(oH ele é indispens>vel para a igre?a crist(F A 2istria da reden&(o se assemel2a a uma pe&a dram>tica com muitos atosF O primeiro ato mostra !eus criando um Belssimo reino onde ser> 2onrado como %eiF O segundo ato é soBre a tentativa de um golpe de estado no reinoH +uando 2umanos se ?untam a Satan>s e se reBelam contra !eusF TerK mina n(o apenas com o castigo de morte da parte de !eusH como tamBém com a garantia de +ue !eus n(o aBre m(o de seu reinoH mas +ueBra a alian&a do mal e coloca a inimi1ade entre a semente da mul2er e a semente do malignoF O segundo ato é seguido de incont>veis atos em +ue !eus salva seu povoF Um ponto alto é o c2amado de ABra(o em +ue !eus l2e promete muitos descendentesH terra e [ note o plano universal de !eus [ em ti ser(o Benditas todas as famlias da terra Q#n *3F-_ cfF "s
3F- h M+ F3RF Outros pontos salientes s(o o @:odo do EgitoH o reinado do rei !avi e o retorno do e:lioF Mas o clma: ainda n(o foi alcan&adoF O clma: vem no Novo TestamentoH +uando !eus envia seu Pnico .il2o para salvar o mundoF Assim como n(o se pode entender o Pltimo ato de uma pe&a dram>tica sem con2ecer os atos anterioresH assim tamBém esse ato culminante de !eus enviar o .il2o n(o pode ser entendido sem o con2ecimento dos atos anteriores de !eusF Como esses atos s(o documentados somente no Antigo TestamentoH a prega&(o a partir da 2istria do Antigo Testamento é indispens>vel para a igre?a crist(F
ntigo esta#ento $rocla#a verdades não encontradas no %ovo esta#ento
Uma terceira ra1(o para a prega&(o a partir do Antigo Testamento é +ue ele revela verdades +ue n(o con2ecemos de nen2uma outra fonteF logoRH as B@n&(os e as maldi&'esF S no Antigo Testamento é +ue ouvimos falar soBre a vinda do Messias e soBre o !ia do Sen2orF Os diversos ensinos do Antigo Testamento s(o sucientes para formar uma vis(o compreensiva do mundoH ou se?aH a interKrela&(o entre !eusH os seres 2umanos e o mundoF !eus
seres 2umanos o mundo Uma vis(o do mundo é crucialH pois age como padr(o +ue avalia e interpreta a informa&(oH a?udando a entender o sentido do mundo e de nosso lugar e nossa tarefa neleF A vis(o do mundo do Antigo Testamento é Bastante diferente de outras vis'es do mundo como o politesmoH o pantesmoH o gnosticismoH o desmoH o atesmo e o naturalismoF O Novo Testamento n(o oferece outra vis(o do mundoH mas simplesmente assume a +ue foi ensinada no Antigo TestamentoF Além desses ensinamentos fundamentaisH o Antigo Testamento oferece uma multid(o de outros ensinos +ue encontram eco Qe outros +ue n(o s(o repetidosR no Novo TestamentoF Alguns desses s(o o da soBerania de !eus soBre todas as na&'es Q"s *;FK*9_ cR_ a incomparaBilidade de !eus Q"s ;F*3-*RH o proBlema do sofrimento do povo de !eus 9=? S"R a responsaBilidade 2umana de promover a ?usti&a social Q!t *H AmH M+ e "sRH o dom do amor se:ual Q#n 3F*8K 38_ CtR e uma vis(o esperan&osa da nova terra Q"s **F6K9_ 6F*)K3RF Sem esses ensinos do Antigo TestamentoH a prega&(o se torna an@micaF Mic2ael !uduit di1W Se negligenciarmos esses livros em nossa prega&(o estaremos relegando nossas congrega&'es , supercialidade e mediocridade teolgicasF ntigo esta#ento nos a&uda a entender o %ovo esta#ento
Considere o conceito de igre?aF Sem o Antigo TestamentoH n(o saBeramos o +ue é a "gre?aH por+ue o Novo Testamento a descreve com imagens do Antigo TestamentoF 0aulo retrata a "gre?a como santu>rio do !eus vivente Q3Co 6F*6R e o "srael de !eus Q#" 6F*6RF 0edro tamBém descreve a "gre?a com conceitos do Antigo TestamentoW ra&a eleitaH sacerdcio realH na&(o santaH povo de propriedade e:clusiva de !eusH a m de proclamardes as virtudes da+uele +ue vos c2amou das trevas para sua maravil2osa lu1 Ql0e 3F9RF Até mesmo o modo como 0edro descreve a tarefa da "gre?a é derivado do Antigo TestamentoW Ao povo +ue formei para mimH para celeBrar o meu louvor Q"s -F3*RF repleto de muitas outras imagens e
conceitos cu?o signicado n(o con2eceramos sem o Antigo TestamentoF 0enseH por e:emploH nos conceitos de !eusH no reino de !eusH na salva&(oH profetaH sacerdoteH reiH e:pia&(oH leiH féH esperan&aH amorH CristoH .il2o do omemH Bom pastor e servo de !eusF A prega&(o a partir do Antigo Testamento a?udaH portantoH a congrega&(o a compreender o Novo TestamentoF ntigo esta#ento evita que entenda#os o %ovo esta#ento de #odo incorreto
Uma ra1(o ainda mais importante para se pregar o Antigo Testamento é +ue ele a?uda a evitar conceitos errados soBre o Novo TestamentoF 0or e:emploH a primeira coisa +ue lemos a respeito do ministério de Jesus é +ue ele come&ou a pregarW ArrependeiKvosH por+ue est> pr:imo o reino dos céus QMt F*)RF O +ue é o reino dos céus Sem o Antigo TestamentoH podemos indagar se n(o seria um reino no céuH distante deste mundo mauF 0arece +ue encontramos uma conrma&(o desse ponto de vista +uando Jesus disse a 0ilatosW O meu reino n(o é deste mundo QJo *8F-6RF Conse+VentementeH muitos crentes anseiam fugir deste mundo mau e ocupar sua mans(o nos céusF Sem perceBerH adotaram uma vis(o marcionista e gnstica da salva&(oH +ue era fugir deste mundo mau e materialF Mas ser> +ue Jesus est> di1endo +ue seu reino pertence apenas ao céu E E $ruce escreve +ue Jesus usava a linguagem +ue fa1ia soar um sino altissonanteH ou diversos sinos de alto somH na mente dos ouvintes +ue tin2am alguma consci@ncia da 2eran&a de seu povo o Antigo TestamentoF O reinado de ]a2^e2H !eus de "sraelH tin2a sido tema dominante durante séculos de culto nacionalFFF Os poderosos atos de ]a2^e2 na cria&(o e na istria preguravam o dia vindouroH +uando ele seria oBedecido como %ei soBre toda a terraF !e acordo com essa clara e:pecta&(o do Antigo TestamentoH o reino de !eus estaria voltando para esta terraF Ser> +ue Jesus mudou essa e:pecta&(o da terra para o céu Uma tradu&(o mais clara das palaK vras de Jesus a 0ilatos seria Meu reino n(o provém deste mundo Go *8F-6H N%SIRH com a implica&(o de +ue o reino tem sua origem no céuF Mas Jesus d> continuidade , e:pectativa veterotestament>ria de +ue o reino dos céus Qou se?aH reino de !eusR est> vindo para esta terraF !e fatoH com sua presen&a e seus milagresH Jesus di1W L c2egado o reino de !eus soBre vs Qc **F3;RF Mas ainda n(o est> completoF 0ortantoH Jesus ensina seu povo a orar Ien2a o teu reino_ fa&aKse a tua vontadeH assim na terra como no céu QMt 6F*;RF o ato nal desse drama da reden&(o [ ele trar> o reino perfeito de !eus para esta terraF NsH porémH
segundo a sua promessaH esperamos novos céus e nova terraH nos +uais 2aBita a ?usti&a Q30e -F*-_ cfH Ap 3 *F *RF ClaramenteH um dos perigos de ler o Novo Testamento sem o pano de fundo do Antigo Testamento é uma séria incompreens(o do ensino do Novo TestamentoF Marvin Gilson escreveu um captulo sério soBre Onde a igre?a errouH em +ue oBserva +ue a igre?a prestou pouca aten&(o , e:orta&(o de 0aulo de continuar na+uilo +ue aprendeu e creu no conte:to de suas origens 2eBraicasF b medida +ue a igre?a foi cando mais 2eleni1adaFFF come&ou a desviarKse por estran2os ensinos *6QcfF *-F9R F Na rai1 desses estran2os ensinos 2avia uma forma dualista grega de se ver o mundo Qcosmovis(oR +ue di1ia 2aver um mundo mais altoH invisvelH espiritual e um mundo material visvel e inferiorF 0ensavaKse +ue esses dois mundos est(o presentes tamBém em cada pessoaH o mais alto como a alma espiritualH e o inferiorH o corpo materialF !e acordo com 0lat(oH o corpo é a pris(o da almaH e a salva&(o é a fuga da alma na morte para o mBito de puro espritoF Uma leitura do Novo TestaK mentoH feita pela igre?a com esses culos dualistasH desvalori1ou em diversas ocasi'es o mundo material e nosso corpo 2umanoH ao promover o ascetismo QemBora re?eitado por 0aulo [ Cl 3F3;K3-RH o celiBatoH a vida em outro mundo e a salva&(o como fuga do mundoF **
Conforme oBserva AF JF $F igginsW Temos no tratamento de Marcion um perfeito e:emplo do +ue pode acontecer para o Novo Testamento +uando o Antigo for dei:ado de lado como sendo de pouca ou nen2uma importncia para o CristianismoF Marcion pode ter sido re?eitado pela igre?aH mas seu ensino dualista continua manifestandoKse mesmo nos dias atuaisF !e diversas formasH o vel2o inimigo o #nosticismo volta soB diversos disfarcesW religi(o de nova eraH diversas religi'es orientaisH mas tamBém na prpria igre?aFFF se apresentarmos uma fé crist( sem valor terrenoH +ue n(o ten2a implica&'es para a pr>tica de vida em todos os mBitosH sem a demonstra&(o de poder do evangel2o para renovar a vida a+ui e agoraH teremos sucumBido a uma redu&(o gnsticaH orientada apenas para o futuroH do evangel2oF #'7 Como todos ns temos nossas pressuposi&'es e nossos preconceitosH ninguém pode di1er +ue tem uma compreens(o perfeita do Novo TestamentoF Mas e:iste uma pressuposi&(o indispens>vel para uma Boa interpreta&(o do Novo TestamentoF Essa pressuposi&(o é a unidade da $Blia eH portantoH a necessidade de se compreender o Novo Testamento dentro do conte:to do AntigoH e viceKversaF O Antigo Testamento mantém o evangel2o el , istriaF L a defesa mais segura contra a assimila&(o de losoas e ideologias estran2asH contra uma fuga para uma piedade sentimental e puramente fora da realidade deste mundoH e contra a+uele individualismo degradante +ue t(o facilmente nos assediaF\O
O Antigo -estamento oferece um entendimento mais completo de Cristo
Uma Pltima ra1(o pela +ual devemos pregar do Antigo Testamento é +ue ele oferece uma compreens(o mais completa da pessoaH da oBra e do ensino de Cristo do +ue a prega&(o meramente do Novo TestamentoF Jesus n(o somente ensinou +ue o Antigo Testamento dava testemun2o deleH como tamBém em sua vida ele viveuH cumpriu e ensinou as EscriturasF Uma discuss(o dessa ra1(oH porémH ser> mais apropriadamente feita no nal do pr:imo captuloF
A necessidade de pregar Cristo a partir do Antigo Testamento
#E? "omeando por .ois:s? dis"orrendo por todos os profetas? LesusM epun+a;&+es o !ue a seu respeito "onsta%a em todas as Es"rituras>#
T
3u"as ndo "onsiderado tanto a ne"essidade Cristo a ne"essidade de pregar aa partir(->(' do Antigo Testamento? pro"uraremos agora ,untardeospregar resu&tados de!uanto nossa des"oerta eaminando ne"essidade da pregaão de Cristo a partir do Antigo Testamento> Emora isso possa pare"er um resu&tado &=gi"o? essa mes"&a de dois t=pi"os distintos nos "onfronta "om todo um no%o "on,unto de !uest*esF o "aráter não;"ristão ou "ristão do Antigo Testamento? a re&aão do Antigo Testamento "om o No%o? o modo "omo o Antigo Testamento testemun+a de Cristo e os enef@"ios de pregar Cristo espe"ifi"amente a partir do Antigo Testamento> Pre"isaremos traa&+ar todas essas !uest*es? mas ini"iaremos "om um eame das ra)*es para o fre!ente fra"asso em pregar Cristo a partir do Antigo Testamento>
A falta de prega&ão sobre Cristo a partir do Antigo Testamento Ká? pro%a%e&mente? muitas ra)*es para a fa&ta da pregaão de Cristo a partir do Antigo Testamento? desde sua difi"u&dade at: a fa&ta de interesse> Ana&isaremos trJs "on,untos de poss@%eis ra)*esF 1H a tentaão de uma pregaão "entraria no +omem? (H a preo"upaão !uanto interpretaão forada e /H a separaão do Antigo Testamento do No%o>
A tenta&ão da prega&ão centrada no homem Certo livro did>tico soBre prega&(o declara ine+uivocamenteW O primeiro e mais vvido valor do Antigo Testamento para o pregador pode estar nas guras +ue retrataF\ As personagens coloridas +ue
vagueiam pelo Antigo Testamento s(o um poderoso atrativo para os pregadoresF Especialmente para pastores ocupadosH é grande a tenta&(o de simplesmente recontar a 2istria de um desses personagens e relacion>Kla com a vida dos memBros da igre?aF Gilliam Gillimon di1W A maior parte da prega&(o +ue ou&o e muito do +ue eu fa&o tenta construir soBre a \e:peri@ncia 2umana comum\F Ioc@ est> deprimido Todo mundo se deprime uma ve1 ou outraF Alguém na fossaF Eis a 2istria de alguém +ue esteve na fossaH no fossoH por assim di1erF Seu nome era JoséF .oi ?ogado numa cisternaFFF ( L tr>gico o resultado dessa prega&(o soBre personagens BBlicosW "ncapa1es de pregar CristoH e este crucicadoH pregamos a 2umanidadeH e esta mel2oradaF\
Pregação biográ(ca
#rande parte da prega&(o centrada no 2omem , promovida pelo +ue se c2ama de prega&(o Biogr>ca ou prega&(o soBre personagensF Como falo e:tensamente soBre este tpico em outro lugarH\ a+ui apenas e:aminarei um te:to recente denominado )uide to *iograp!ical Preaching Q*988RF Nesse livroH %oZ !e $rand defende a prega&(o de serm'es Biogr>cos n(o s por+ue s(o f>ceis de preparar e de pregarH mas especialmente por+ue possuem tremendo valor de prega&(oF Ele incentiva o valor dos serm'es Biogr>cos conK forme segueW E&es &e%am em si o nus automáti"o do eemp&o>>> Aprendemos pe&o eemp&o dos outros> s %e)es? as &i*es são positi%as e n=s as imitamos> Outras %e)es? aprendemos pe&o eemp&o de outros o !ue não fa)er? pensar ou di)er> Com fre!Jn"ia? tanto as &i*es positi%as !uanto as negati%as podem ser aprendidas do mesmo personagem @&i"o> Por eemp&o? otemos enef@"ios ao aprender sore os atos nores do rei Da%i? de seus a&tos ideais e sua profunda adoraão a Deus> Aprendemos muito? tam:m? sore o !ue e%itar pe&os eemp&os de seus terr@%eis pe"ados "ontra 9rias e 6ate;Sea>>> .ostre as %irtudes a serem imitadas e epon+a os %@"ios a serem e&iminados? mediante a pregaão dos tremendos eemp&os en"ontrados na %ida de personagens @&i"os>1
!e $rand continua ilustrando seu métodoF Supon2amos +ue este?amos pregando #@nesis -3F33K-3F Um serm(o Biogr>co tpico poder> ser assimW TtuloW
TtuloW
-F %eceBemos a B@n&(o de !eus +uando ele nos confronta Q-3F39K -3R F 6 O novo es+uema é muito mel2or +ue o antigoF Em ve1 de ser centrado no 2umanoH o novo resumo é mais centrado em !eusF Além do maisH é relevanteF Mas a custo de +u@ Note +ue no primeiro ponto a luta particular de Jac se transforma na luta de toda pessoa [ é o erro da generali1a&(oH ou universali1a&(oF\ NoteH além dissoH +ue a luta fsica de Jac é transformada em nossa luta espiritual com !eus [ esse é o erro da espirituali1a&(oF Note +ue no segundo ponto? a transformaão de a"= : sustitu@da pe&o nosso "+amado 8 para a transformaão Q esse : o erro da mora&i)aão> tam:m um #erro de gJnero# transformar uma des"rião narrati%a em pres"rião para n=s? "omo se fosse o gJnero &ega&> 2ina&mente? note !ue no ter"eiro ponto? a Jnão de a"= se torna em promessa de !ue todos n=s seremos aenoados Q mais uma %e)? uma genera&i)aão>
Pro&emas da prega&ão biogr>fica
S(o evidentes os proBlemas dessa espécie de prega&(o na tentativa de aplica&(oW generali1a&(oH espirituali1a&(o e morali1a&(oF Mas esses proBlemas de aplica&(o s(o apenas indicativos de proBlemas mais B>sicosH proBlemas na aBordagem 2ermen@utica e na e:posi&(oF 0ois é evidente +ue a prega&(o Biogr>ca n(o interpreta cada 2istria no conte:to da 2istria Pnica +ue est> por tr>s de tudoW o reino vindouro de !eusF Em ve1 dissoH tem a tend@ncia de isolar cada 2istria de seus conte:tos de 2istria da reden&(o e liter>rioF A prega&(o Biogr>ca tamBém fal2a em perguntar a inten&(o do autorW +ual era a mensagem do autor para "srael9 Em ve1 dissoH imp'e um padr(o interpretativo soBre a 2istria +ue e+uipara as personagens BBlicas ,s pessoas nos Bancos das igre?as eH em seguidaH pergunta como devemos imitar os seus e:emplos ou aprender delesF Como a prega&(o Biogr>ca minimi1a o conte:to da 2istria BBlica e a inten&(o do autor BBlicoH é incapa1 de produ1ir serm'es autentiK camente centrados em CristoF
for&ada
om ai nt er pr et ação A preo"upaão c
!urante muito tempoH eu pessoalmente fui amBivalente +uanto , necessidade de pregar Cristo a partir de +ual+uer te:toF Min2a principal preocupa&(o era +ue uma e:ig@ncia t(o rgida levaria a uma interpreta&(o for&adaH como a +ue se encontra em alegori1ar e em tipologi1arF Conse+VentementeH eu pensava e ensinava +ue com
alguns te:tos o pregador deveria se satisfa1er com a categoria mais ampla de prega&(o centrada em !eusH notando +ue a prega&(o centrada em !eus é implicitamente centrada em CristoH por ser ele !eusF "magino +ue muitos outros pregadores ten2am o mesmo medo de fa1er uma interpreta&(o for&ada e assim nem sempre pregam Cristo e:plicitamente +uando est(o pregando a partir de um te:to do Antigo TestamentoF 0orémH com Base na evid@ncia do Novo Testamento Qver CapF *RH defendo neste livro n(o apenas a categoria geral de prega&(o centrada em !eusH mas tamBém a categoria mais especca de prega&(o e:plicitamente centrada em CristoF Ainda assimH devemos ter o cuidado de n(o for&ar o te:to e fa1er com +ue diga coisas +ue n(o di1F Um pregador de r>dio de grande popularidadeH por e:emploH apresentou a seguinte interpreta&(o de #@nesis 3F*8K3W En+uanto Ad(o dormiaH !eus criou de seu lado ferido uma esposaH +ue era parte dele mesmoH e pagou por ela pelo derramar de seu sangueFFF Agora est> tudo claroF Ad(o é retrato do Sen2or JesusH +ue dei:ou a casa de seu 0ai para comprar sua noiva pelo pre&o do prprio sangueF JesusH o Pltimo Ad(oH como o primeiro Ad(oH tem de passar por um sono profundo para comprar sua NoivaH a "gre?aH e Jesus morreu na cru1 e dormiu na tumBa por tr@s dias e tr@s noitesF Seu lado tamBém foi aBerto depois +ue dormiuH e desse lado rasgado ui a reden&(oF
A mensagem é Bem elaBoradaH interessante e centrada em CristoF Mas prega Cristo , custa de usar de modo incorreto o te:to do Antigo TestamentoF Esse éH claramenteH um caso de alegori1a&(oH pois essa mensagem soBre Cristo n(o tem Base no te:to em siF O pregador simplesmente l@ CristoH conforme o con2ecemos no Novo TestamentoH no te:to do Antigo TestamentoF Nada tem +ue ver com a mensagem intencionada pelo autor_ nemH num sentido mais profundoH pode c2egar a essa espécie de interpreta&(oF "nfeli1menteH no processo de fa1er uma alegoria do te:toH perde sua verdadeira mensagemF O te:to é soBre !eusH no princpioH criando uma parceira para o 2omem solit>rioF A mensagem do autor para "srael é soBre o maravil2oso dom de !eusH +ue é o casamentoF Como "srael vivia numa cultura onde a poligamia era normal e as mul2eres n(o eram valori1adas como verdadeiras compan2eirasH essa mensagem soBre o plano original de !eus para o casamento ensinava o povo soBre a norma divina para o casamentoF Essa mensagem deveria ter sido pregadaH pois é ainda uma Boa nova para as mul2eres e os +omens +o,e em dia> Poderia ter sido ainda reforada pe&o ensino do pr=prio esus sore este tre"+oF #Portanto? o !ue Deus a,untou não o separe o +omem# ." 10>7H>
A separa&ão do Antigo Testamento do $o%o Testamento Para outros pregadores? o fra"asso em pregar Cristo a partir do Antigo Testamento deri%a de sua %isão do Antigo Testamento> Co&o"ando isso de modo simp&es? muitos pregadores simp&esmente separam o Antigo do No%o Testamento e energam o Antigo Testamento "omo sendo um &i%ro não;"ristão> Conse!entemente? e&es se op*em a !ua&!uer esp:"ie de interpretaão "risto&=gi"a desde o "omeo> R> N> +ra? por eemp&o? argumenta !ue #o Antigo Testamento s= pode ser entendido !uando estudado indepen; dentemente#>U E&e afirma !ue #: ne"essário tirar o prin"@pio tradi"iona& "risto&=gi"o de interpretaão? pe&o !ua& o Antigo Testamento : entendido "omo o&+ando em direão a Q ou de a&guma maneira ante%endo Q a dispensaão "ristã> >> : irre&e%ante para a interpretaão do Antigo Testamento>>>#> E&e ainda nos in"ita a #admitirmos fran"amente !ue a interpretaão feita pe&o No%o Testamento do Antigo : ina"eitá%e& para o a"adJmi"o moderno#># +ra "&a ramente defende entender o Antigo Testamento "omo &i%ro não;"ristão> A "ominaão entre a separaão do Antigo Testamento do No%o e do emprego de um r@gido m:todo +ist=ri"o;"r@ti"o !ue fo"a&i)a somente a mensagem origina& para Israe& so&apa a pr=pria possii&idade de pregar Cristo a partir do Antigo Testamento>
James $arrH emBora mais moderadoH tamBém acaBa se opondo , interpreta&(o cristolgica do Antigo TestamentoH di1endoW Nossa decis(o contra uma espécie \cristolgica\ de interpreta&(o a+ui n(o é primariamente fundamentada no método 2istricoKcrticoH emBora isso n(o dei:e de ser importanteF Teo&ogi"amente? repousa sore o fato de !ue? emora o Deus do Antigo Testamento se,a o Pai de nosso Sen+or? o Antigo Testamento era o tempo em !ue esus ainda não tin+a %indo> De%emos entendJ;&o "omo o tempo em !ue esus ainda não tin+a %indo>## Pare"e ;me !ue a ra)ão de 6arr não : tanto teo&=gi"a !uanto "rono&=gi"a> De !ua&!uer modo? se o termo #Cristo# refere;se espe"ifi"amente ao Cristo en"arnado? de%emos "on"ordar "om 6arr em !ue #o Antigo Testamento : o tempo !uando nosso Sen+or ainda não tin+a %indo#> Pensar de outra maneira seria ana"rni"o> No entanto? essa importante sensii&idade para a uni"idade do desen%o&%imento +ist=ri"o não e"&ui a pregaão de Cristo a partir do Antigo Testamento> 9m dos prin"ipais ind@"ios? penso eu? está na maneira "omo %emos a re&aão do Antigo "om o No%o Testamento># Portanto? a seguir? n=s eaminaremos trJs !uest*es fundamentais pe&as !uais ne"essitamos "erta "&are)a antes !ue possamos pregar Cristo "om autenti"idade a partir do Antigo TestamentoF o "aráter singu&ar do Antigo Testamento? a re&aão do Antigo Testamento "om o No%o e o testemun+o do Antigo Testamento sore Cristo>
# car>ter singular do Antigo Testamento A %isão !ue a pessoa tem do Antigo Testamento : +ermeneuti"amente de"isi%a? a ponto de go%ernar toda a interpretaão suse!ente> Em pontos de %ista "ontemporneos? podemos distinguir pe&o menos !uatro posi*es diferentes sore o "aráter do Antigo TestamentoF 1H o Antigo Testamento : su"ristão? (H o Antigo Testamento : não;"ristão? /H o Antigo Testamento : pr:;"ristão e -H o Antigo Testamento : "ristão>
O Antigo Testamento : su"ristão Não pre"isamos nos de&ongar a respeito da posião de !ue o Antigo Testamento :
su"ristão> 2i"amos "on+e"endo a&guns de seus representantes no Cap@tu&o 1? pessoas !ue re,eitaram fronta&mente o Antigo Testamento ou fa)iam pou"o uso de&eF .ar"ion? S"+&eierma"+er? Karna"V? De&it)s"+? 6u&tmann? 6aumgãrte&? eat+er+ead e muitos outros> Na Am:ri"a do Norte? pode;se "ontar a&guns pregadores do e%ange&+o so"ia& !ue produ)iram sua mensagem dentro do ar"aouo da teo&ogia &iera& e usaram se&eti%amente o Antigo Testamento> E&es re,eita%am a maior parte do Antigo Testamento "omo sendo su"ristão? mas en"ontraram a&gumas pepitas %a&iosas a!ui e a&i? espe"ia&mente no "+amado feito pe&os profetas para a ,ustia so"ia&>
O Antigo -estamento énão)cristão
A posi&(o de +ue o Antigo Testamento é n(oKcrist(o é representada por estudiosos da $Blia Q?udeus e crist(osR +ue l@em o Antigo Testamento independentemente do Novo QverH acimaH G2ZBraZH #unne^eg e $arrRF Eles +uerem ser oB?etivos e geralmente en:ergam o Antigo Testamento como sendo TanakhQum anagrama para as Escrituras ?udaicas Tor> [ 0rofetas [EscritosRF Um de seus representantesH eonard T2ompsonH argumenta +ue no ensino das Escrituras 2eBraicasH deveKse enfati1ar +ue as Escrituras 2eBraicas s(o uma oBra completa e n(o precisam do Novo Testamento para complet>KlasF A interpreta&(o resultante ignora deliBeradamente o Novo TestamentoF Comentando a passagem soBre EmanuelH ele di1W rios séculos depois +ue Aca1 foi reiH e o sinal foi dirigido a uma situa&(o particular dentro de seu reinadoF ***6 O resultado dessa posi&(o é uma interpreta&(o ?udaicaH e:clusivamente n(oKcrist(H do Antigo TestamentoF !eve car claro +ue a +uest(o n(o é a +uem pertence o Antigo TestamentoF Os ?udeus consideram a Tanakhsua Escritura SagradaF Os crist(os di1em +ue o Antigo Testamento fa1 parte de seu cnon_ os mrmons aceitam o Antigo Testamento ao lado de seu ivro dos Mrmons_\ + os mu&ulmanos reivindicam partes do Antigo Testamento para seu Alcor(oF No decurso da istriaH esse livro sagrado tem sido aceito como Escritura por uma variedade de religi'esF ContudoH a +uest(o n(o é a +uem pertence o livroF A +uest(o éW em +ue conte:to ele encontra sua interpreta&(o nal 0ara os crist(osH esse conte:to s pode ser o Novo TestamentoF J> em sua épocaH 0aulo tin2a de enfrentar a +uest(o da interpreta&(o ?udaica n(oKcrist( do Antigo TestamentoF Ele escreve em 3 Corntios />15?1$F Mas até 2o?eH +uando é lido MoisésH o véu est> posto soBre o
cora&(o delesF
, Antigo -estamento é pré.cristão 0odemos mel2or ilustrar a posi&(o de +ue o Antigo Testamento é préKcrist(o resumindo os pontos de vista de dois con2ecidos estudiosos da $BliaF ntigo esta#ento é a'('
Em seu meticuloso livroH -!e Aut!orit/ of t!e ,ld -estament0 Jo2n $rig2t deBate sinceramente a rela&(o entre o Antigo e o Novo Testamento e o signicado 2ermen@utico dessa rela&(o para a prega&(o a partir do Antigo TestamentoF 0or um ladoH ele coloca corretamente +ue n(o podemos pregar sen(o serm'es crist(osF 0or outro ladoH ele di1 +ue a mensagem do Antigo Testamento n(o é em si e isoladamente uma mensagem crist(F*9 A est> o dilemaF $rig2t v@ o Antigo Testamento como um livro préKcrist(o ouH como ele gosta de di1erH um livro aFCFF O Antigo Testamento se encontra em descontinuidade com o NovoH por+ue fala uma palavra aFCFH n(o dFCF"" Ent(oH o proBlema B>sico com o Antigo Testamento +ueH em todos os te:tosH ele ocupa uma perspectiva +ue n(o éH e n(o pode serH nossaF Est> situado do outro lado de CristoFFF**3* ermeneuticamenteH essa posi&(o coloca $rig2t numa situa&(o difcilF 0or um ladoH ele arma +ue devemos proclam>Kla a partir de uma perspectiva de dFCFH em seu signicado crist(oH ou o Antigo TestamentoH com toda franK +ue1aH ser> de pouco valor para o pPlpitoF 0or outro ladoH ele coloca corretamente como primeiro princpio da ermen@utica +ue n(o podemos impor signicados crist(os soBre te:tos por meio de pirataria e:egética ou irresponH saBilidade 2omilética_ o método 2onesto e sadio nos proBe dissoF*3 :
$rig2t tem diculdade para sair desse dilemaF OfereceH simH uma Boa sugest(o Qc2egando perto do +ue é con2ecido como sentido mais plenoRW 0odeKse ver retrospectivamente em acontecimentos passados um signicado mais profundo do +ue era aparente na+uela épocaH e isso sem atriBuir aos protagonistas da+ueles acontecimentos a percep&(o +ue eles n(o tin2amF 3* Mas essa sugest(o esperan&osa é levada , deriva por uma solu&(o +ue desapontaW 0recisamente
por+ue tem essa perspectiva de aFCFH o Antigo Testamento pode nos responderH com especial e:atid(oH por+ue vivemos ` todo todoss ns ns ` até até cert certo o grau grau ante antess de Cr Cris isto to ` aFC aFCF agora agora tomando o signicado de n(o plenamente su?eito ao reino de CristJ F3* Como Como $rig2t $rig2t coloco colocou u uma uma difere diferen&a n&a +ual +ualit itat ativ iva a demasiada entre o Antigo e o Novo TestamentoH TestamentoH sua diculdaK de de encontrar solu&(o éH em parteH criada por ele mesmoF
O Ant i go-estamento
era direcionado a Israel
Outra utra pes pessoa soa a +uem +uem deve devemo moss ouvi ouvirr rapi rapida dame men nte é Eli1aBet2 Ac2temeierF Ac2temeier escreveu um livro Ptil para pregadoresW Preaching froco the #ld Testament Testament MasH como $rig2tH ela toma a posi&(o de +ue o Antigo Testamento é préKcrist(oF Escreve elaW O fato é +ueFFF sem o Novo TestamentoH TestamentoH o Antigo Testamento n(o pertence , igre?a crist( e n(o é seu livroF O Antigo Testamento é a palavra de !eus para "srael FFFFFF 1 OuH conforme ela di1 em outro lugarH AFFF pressuposi&(o B>sica +ue temos de manter ao preg pregar armo moss a part partiir do Antigo igo Test estame amento é +ue +ue o Antigo igo Testamento é dirigido a "sraelFFF 0ortantoH a n(o ser +ue ten2amos alguma liga&(o com "sraelH o Antigo Testamento n(o é nosso livro e n(o é uma revela&(o dada para nsF .eli1menteH e:iste uma liga&(o com "srael por meio de CristoF Como di1 Efésios 3H Cristo de amBos fe1 umH e a "gre?a se tornou memBro da comunidade de "sraelF OuH conforme %omanos **H ns gentiosH sendo oliveira BravaH fomos en:ertados na rai1 de "sraelF 3) ContudoH essa cone:(o com "srael n(o Basta para receBermos uma mensagem crist( do Antigo TestamentoF Ac2temeier declaraW !eve Kse enfati1 enfati1ar ar +ue nen2um nen2um serm(o serm(o tornaK tornaKse se 0alavra alavra de !eus !eus para para a igre?a crist( se estiver falando apenas do Antigo Testamento sem estar ligado ao NovoF Em todo serm(o +ue surge do te:to do Antigo TestamentoH deve 2aver refer@ncia ao resultado no Novo Testamento da palavr palavra a do Anti Antigo go Testa estame ment nto oF(W Ent( Ent(oH oH como como preg pregar ar uma uma mensagem crist( a partir do Antigo Testamento Em contraste com as lutas lutas 2ermen 2ermen@ut @utica icass de $rig2t $rig2t a respei respeito to dessa dessa +uest( +uest(oH oH Ac2temeier Ac2temeier tem uma solu&(o 2omilética simplesW Se o pregador escol2e primeiro um te:to do Antigo TestamentoH dever> escol2er tamBém um te:to do Novo Testamento +ue o acompan2eF X1(7Em outro lugarH lugarH ela enfati1aW enfati1aW ?amais ?amais deveremos deveremos pregar apenas apenas a partir de um te:to do Antigo TestamentoH sem unir tal te:to com um do Novo TestamentoF **-; O requisito de "fa3er par"
L claro +ue em termos de 2omiléticaH fa1er par é uma op&(o v>lidaF EmBora e:istam muitas ra1'es para a prega&(o te:tual Qou se?aH se?aH pregar pregar soBre um Pnico Pnico te:toR te:toRHH n(o e:iste e:iste lei +ue restri restrin?a n?a os pregadores a um Pnico te:toF ContudoH em min2a opini(oH fa1er par n(o é uma Boa op&(oF Em primeiro lugarH acrescenta diversas complica&'es para a tarefa do pregadorW o pregador ter> de fa1er ?usti&a , e:posi&(o n(o de umH mas de dois te:tos te:tos dentro dentro de dois conte:t conte:tos os 2istric 2istricos os e culturai culturaiss totalmen totalmente te diferentesF\ * TamBémH os serm'es tender(o ao dualismoH com uma parte do Antigo Testamento Testamento e outra do Novo TestamentoF AdemaisH o signicado do te:to do Antigo Testamento é apreK sentad sentado o pela pela lente lente de um Pnico Pnico te:to te:to do Novo Novo Testame estamento ntoHH em ve1 do Novo Testament estamento o inteiroF inteiroF Se o te:to do Novo Testament Testamento o n(o for Bem escol2idoH esse procedimento poder> distorcer a mensagem do te:to do Antigo TestamentoF 0or e:emploH para a Epifania $H o lecion>rio ?unta a cura de Naam( Q3%s F*K*R com a cura +ue Jesus fe1 de um leproso QMc *F;K *F;KRR ` paralelo paralelo um tanto supercial supercial no nvel de dois leprosos leprosos +ue foram curadosF Mas a mensagem de 3 %eis F*K3) Qa 2istria todaR tem +ue ver com a cura gratuita por !eus Qgra&aR Qgra&aR de um gentio gentio sendo impedida impedida por um israelit israelita a Q#ea1iRF Q#ea1iRF Essa mensagem mensagem especca especca n(o e:iste em Marcos *F;KF Um trec2o de maior apoio seria o serm(o serm(o de Jesus em Na1aré Na1aré em +ue ele recorda esse incidente da gra&a de !eus para com os gentios e todos na sinagogaH ouvindo estas coisasH se enc2eram de ira Qc F3)K-;RF
Como demonstra o Pltimo e:emploH podemos muitas ve1es conrmarH conrmarH refor&ar ou aprofundar a mensagem do Antigo Testamento referindoKnos a um ou mais te:tos do Novo TestamentoH mas isso é Bastante diferente da e:ig@ncia de fa1er par entre o te:to do Antigo Testamento com um do Novo para +ue o serm(o se torne 0alavra de !eus para a igre?a crist(F Esse re+uisito diminui o Antigo TestamentoH +ue é 0alavra de !eus por direito prprioF L verdadeH certamenteH +ue precisamos ler o Antigo Testamento , lu1 da revela&(o de !eus no Novo TestamentoF TestamentoF Mas esse conte:to trar> , lu1 muitos ensinamentos do Antigo Testamento +ue o Novo Testamento reitera ou simplesmente assume Qver a lista nas ppF -HRF Onde o ensino de um te:to do Antigo Testamento estiver concordando plenamente com o ensino ensi no do d o Novo TestamentoH TestamentoH o pregador ainda poder> referirKse referirKse a um incidente no Novo Testamento ou citar um ou mais te:tos do Novo TestamentoH mas esse movimento n(o é e:igido para tornar a mensagem crist(F 0or e:emploH podemos pregar soBre o Salmo 3-H o SENO% é meu pastorH com uma mensagem crisK
t(H sem fa1er par do Salmo com um te:to do Novo TestamentoF No serm(oH é claroH ressaltaKse +ue esse Sen2or é meu pastor somente por meio de CristoH mas n(o é necess>rio fa1er um par para tornar a mensagem crist(F
Conse+VentementeH Conse+VentementeH concluo +ue a idéia de fa1er par é supérua onde 2> forte continuidade entre a mensagem do Antigo Testamento e o ensino do Novo TestamentoF TestamentoF Em casos onde o te:to do Antigo Testamento Testamento contém uma promessa +ue é cumprida no Novo TestamentoH naturalmente o pregador dever> mover o serm(o na dire&(o desse cumprimentoF Mas esse movimento para o Novo Testamento Testamento pode ser feito mediante declara&(oH cita&(o ou alus(oH e n(o e:ige fa1er parF parF A Pnica 2ora em +ue alguma espécie de liga&(o talve1 se?a re+uerida é +uando 2> forte falta de continuidade entre a mensagem do te:to do Antigo Testamento e a do Novo TestamentoF 0or e:emploH na prega&(o de #@nesis
*)F9K*W todo mac2o entre vs ser> circuncidadoFFF por sinal da alian&a entre mim e vsH é necess>rio levar o serm(o a uma e:posi&(o de AtosH onde a primeira assemBléia crist( lidou com a +uest(o da circuncis(oF Mas como regraH fa1er par n(o é necess>rioH por+ue o Antigo TestamentoH entendido dentro do conte:to do NovoH tamBém é a 0alavra de !eus para seu povo 2o?e em diaF
O Antigo -estamento 1 cristão > um sentido em +ue podemos c2amar o Antigo Testamento de préKcrist(oH mas estamos falando cronologicamenteH ou se?aH estamos di1endo +ue o Antigo Testamento e:istia antes do surgimento do CristianismoF Mas essa descri&(o nada di1 soBre seu car>terF car>terF 0oderamos tamBém c2amar o fundamento de uma casa de préKcasaH mas em todo o tempoH saBemos +ue esse fundamento é parte integrante da casaF !a mesma formaH poderamos di1er +ue o Antigo Testame Testamento nto é préKcrist(oH préKcrist(oH mas mas saBemosH saBemosH o tempo tempo todoH +ue +ue sua ess@ncia n(o é préK crist(H mas sim crist(F Crist(o descreve o car>ter do Antigo TestamentoH sua nature1aF
Se tivermos alguma dPvida soBre o Antigo Testamento Testamento ser crist(oH devemos lemBrar lemBrar +ue o Antigo Testamento era a $Blia +ue o prprio Jesus Cristo usavaF Era tamBém a $Blia de 0aulo e dos outros apstolosF 0aulo tin2a em mente o Antigo Testamento Testamento +uando escreveuW Toda Toda a Escritura é inspirada por !eus e Ptil para o ensinoH para a repreens(oH para a corre&(oH para a educa&(o na ?usti&a Q3Tm -F*6RF O Antigo Testamento era a $Blia dos autores do Novo TestamentoF A igre?a crist( Q?udaicaR aceitava naturalmente o Antigo Testamento estamento como sua $BliaW $BliaW tin2a sido deles deles o tempo tempo todoF Nunca Nunca 2ouve 2ou ve dPvid d Pvida a +uanto + uanto ao Antigo Antig o Testamento Testam ento ser Qparte Qpart e daR $Blia $Bl ia crist c rist( ( [ até +ue apareceu apareceu MarcionF Ent(o a igre?a igre?a tornou ocial Q-83 dFCFR +ue o Antigo Testamento era $BliaF Mais tardeH outros credos reiteraram reiteraram essa posi&(oF 0or e:emploH um credo da %eforma l@W "nclumos nas Escrituras Sagradas os dois volumesH do Antigo e do Novo TestamentoFFF estamentoFFF receBemos todos esses Q66R Q66R livrosH e somente estesH como sendo santos e cannicos para a regulamenta&(oH o fundamento e estaBelecimento de nossa féF E o Conclio Iaticano "" declarouW O plano de salva&(oH predito pelos autores sagrados e por eles relatado e e:plicadoH é encontrado como verdadeira verdadeira 0alavra 0alavra de de !eus nos livros livros do Antigo TestamentoW TestamentoW esses livrosH livrosH portantoH escritos escritos por inspira&(o divinaH continuam sendo de valor permanenteF\ Conse+VentementeH Conse+VentementeH o dilema de como e:trair uma mensagem crist( de um livro n(oK crist(o ou préKcrist(o s e:iste +uando criado por ns mesmosH pois n(o surge das EscriturasF L claro +ueH ao nos movermos do Antigo para o Novo TestamentoH TestamentoH notamos uma progress(o na 2istria redentivaH como tamBém na revela&(oF Mas a progress(o n(o torna o Antigo Testamento n(oKcrist(o ou préKcrist(oF As >guas +ue d(o incio a um rio n(o s(o n(oKrio ou préKrio_ s(o parte essencial do rio +ue ui em dire&(o , fo1F Além do maisH do mesmo modo como o rio ui em frenteH ainda +ue permanece sendo o +ue sempre foiH a progress(o na 2istria redentiva e na revela&(o ocorre sem des+ualicar o passadoF 0ois a progress(o ocorre dentro do conte:to mais amplo de continuidadeF JesusH a pessoa +ue moveuH como ninguém maisH a 2istria redentiva e a revela&(oH disse em Mateus F*)W N(o penseis +ue vim revogar a lei ou os profetas_ n(o vim para revogar revogarHH vim para cumprir [ ou se?aH revelar
seu signicado pleno e tra1@Kla , sua consuma&(oF O ponto é +ue n(o devemos criar uma +ueBra entre o Antigo e o Novo Testamento Testamento e depois correr em volta em Busca de alguma espécie de contiK
nuidade? nuidade? a fim de tra)er uma mensagem "ristã> "ristã> Em %e) disso? de%emos de%emos "o mear "om a "ontinuidade de uma +ist=ria unifi"ada de redenão !ue progride da antiga a&iana para a no%a? e uma Es"ritura ni"a !ue "onsiste em dois Testamentos> O Antigo Testamento e o No%o são? amos? part e da 6@& 6@&ia ia "ris "ristãB tãB amo amoss re%e&a re%e&am m o mesmo mesmo Deus da da A&ia A&ian naB aB amos re%e&am o e%ange&+o da graa de DeusB amos mostram Deus estendendo a mão para par a seus fi&+os fi& +os desoedi deso edient entes es "om a promessaF prome ssaF #Serei #Ser ei %osso %oss o Deus? e %=s sereis sere is o meu po%o# po %o#BB amos am os re%e& re %e&am am os atos ato s de reden red enã ãoo de Deu Deus> s> Co Com m esse ess e funda fu nda ment me ntoo de "on "on tinu tinuid idad adee firm firmee em no noss ssaa m ente ente?? esta estam mos prep prepar arad ados os para para de t e"tar tar a s des"ontinuidades? pois saemos !ue o Deus da 6@&ia não : um Deus estáti"o? mas um Deus De us !ue %ai %ai ,unt ,untoo "om "om seu seu po%o po%o atra% atra%:s :s da +ist +ist=r =ria ia?? en"ontrando;os en"ontrando;os onde e&es se en"ontram? re%e&ando "ada %e) mais do seu p&ano de redenão medida !ue mo%e a Kist=ria para frente at: a perfeião de seu reino>
A rela&ão rela&ão do Antigo Testa Testamento mento com o $o%o A re&aão entre os testamentos? Antigo e No%o? : um assunto muito ep&orado> A&gu:m "a&"u&ou !ue #entre 1W$7 a 17$0 mais de !uin+entas grandes oras foram pu&i"a pu& i"adas das sore sor e o assunto# assu nto#># ># O grande gran de interess inte ressee na re&aão re&a ão entre ent re Antigo Anti go e No% No%oo Testamentos indi"a a importn"ia "ru"ia& deste assunto> A> K> > GunneYeg di)F #A asso"iaão asso"iaão do Antigo Antigo e do No%o Testame Testamento nto no "non "non : em si o %erd %erdad adei eiro ro pro& pro&em emaa +ermenJuti"o> \"
ntigo esta#ento esta#ento está a)erto $ara o futuro Anteriormente? ou%imos um professor de re&igião de"&arar !ue #As es"rituras +erai"as são uma ora "omp&eta e não ne"essitam do No%o Testamento para "omp&etá;&as#> #Se paramos para mos a &eitura &eit ura no fina& fina & da 6@&ia 6@& ia +erai"a +er ai"a?? não +á o sentido de in"omp&eto>## .as essa de"&araão : "&aramente fa&sa> Na verdadeH muitos muitos ?udeus n(oKcrist(os continuam aguardando o cumprimento cumprimento nal das das promessas de !eusF NF TF Grig2t oBserva +ue a grande 2istria das Escrituras 2eBraicas eraFFF inevitavelmente inevitavelmente lida no perodo do segundo templo como uma 2istria em Busca de conclus(oF Esse nal teria de incluir a plena liBerta&(o e reden&(o de "sraelFFFF Ele nota os nais diferentes propostos por JosefoH Sirac2 K; e os MacaBeusF Esses tr@s e:emplos dentre os muitos relatos da 2istria de "srael demonstram +ue os ?udeus do perodoFFF conseguiam conceBer a istria como um todoH e procuravam regularmente sua conclus(o ade+uada FFFFFF Grig2t concluiW !e +uase todos os lados 2> um sentido de +ue a 2istria do CriadorH CriadorH seu mundo e o povo de sua alian&a vai a algum lugarH lugarH mas ainda n(o c2egou l>F O Criador agir> outra ve1H como fe1 no passadoH para livrar "srael de seu sofrimento e lutar contra o mal no mundoF*; mundoF*; 9
$ernard Anderson concordaW O Antigo Antigo Testamento Testamento n(o condu1 necessariamente necessariamen te ao Novo_ poderia levar ao Talmude e , tradi&(o raBnica contnua_ poderia tamBém levar ao Alcor(o
e , religi(o do monotesmo radicalF MasH visto soB perspectiva perspectiva da fé crist(H toda a 2istria BBlicaH BBlicaH +ue se este estende nde desde a cria&(o até , consuma&(o co nsuma&(o dos séculosH sécu losH atinge a tinge seu clma: na vidaH morte e ressurrei&(o de Jesus Cristo e o novo tempo na 2istria da 2umanidaK de +ue ele introdu1iuF * Com indica&'es de "rineu e CrisstomoH podemos assemel2ar o Antigo Testamento a uma pintura +ue !eus est> desen2ando soBre a tela da istriaF En+uanto o +uadro estiver incompletoH poder> ser desenvolvido de diversas maneiras [ ou se?aH est> aBerto para diversas interpreta&'esF Mas +uando a pintura tiver receBido sua forma denida e as cores nais com o ensino do Novo Testamento Testamento soBre a primeira e a segunda vinda de CristoH a amBigVidaK de inerente ao Antigo Testamento se resolveF AgoraH cada parte do Antigo Testamento dever> ser vista em rela&(o ao +uadro completo_ cada parte dever> ser vista em rela&(o a Jesus CristoF
2ma 3nica ist/ria redentora fundamenta am*os os testamentos O Antigo Antigo Testame estamento nto procla proclama ma os poder poderoso ososs feitos feitos de !eus !eus na reden& reden&(o (oFF Esses Esses atos ating atingem em seu seu clma clma:: no Novo Novo Testame estament ntoH oH +uando +uando !eus !eus envia envia seu seu .il2o .il2oFF A 2istr 2istria ia da reden&(o é o poderoso rio +ue corre desde a antiga alian&a até a novaH mantendoKas unidasF L verdadeH claroH +ue e:iste certa progress(o na 2istria da reden&(oH mas é uma s 2istria de reden&(oF L verdade +ue e:iste uma antiga alian&a e uma nova alian&aH mas é uma s alian&a de gra&aF L verdade +ue o sacrifcio de Cristo ps m ao culto no templo do Antigo Testamento e seu sacrifcio de sangueH mas ainda se re+uer dos crist(os +ue se tragam sacrifcios ao mesmo !eusF A progress(o na 2istria redentora ocorre dentro de uma Pnica 2istria da reden&(oF
Junto com a progress(o na 2istria da reden&(oH notamos uma progre progress ss(o (o na reve revela& la&(o (oFF Essa Essa progre progress ss(o (o resu result lta a em algu alguma mass descontinuidades entre os ensinos do Antigo Testamento e os do Novo Qver a lista nas ppF -;--RF Mas tamBém na revela&(oH a progress(o ocorre dentro do arcaBou&o de continuidadeF EmBora o Novo Novo Testamen estamento to mostre mostre muitas muitas descon descontin tinuidades uidades com o Antigo TestamentoH ele revela ainda mais continuidadesH e estas s(o mais fundamentaisF Os autores do Novo Testamento repetem ve1 aps ve1 as cone:'esW as promessas do Antigo Testamento s(o cumpridas no Novo_ os tipos do Antigo Testamento encontram seu cumprimento nos nos anttipos anttipos do Novo_ os temas do Antigo Antigo TestamentoH estamentoH tais como reino de !eusH !eusH alian& alian&a a e reden& reden&(oH (oH con+uant con+uanto o ainda ainda passan passando do por dram>ticas transforma&'esH continuam no Novo TestamentoF Todos esses elos demonstram a unidade entre os dois TestamentosF Todos esses elos s(o BaseadosH analH no fato de +ue a 2istria redentora de !eus é uma s pe&aF As liga&'es entre promessa e cumprimentoH tipo e an ttipoH Bem como a continuidade de temas temas da $Bli $Blia a s s(o possveis em ra1(o da delidade de !eus , sua alian&a através da 2istria redentoraF Em outras palavrasH uma Pnica 2istria da reden&(oH dirigida por !eusH é a BaseH o fundamento da unidade do Antigo e do Novo TestamentosF
Jesus Cristo é o elo entre os dois testa#entos EmBora se?a crucial uma 2istria redentora Pnica para se estaBelecer a unidade entre o Antigo e o Novo TestamentoH pode Kse di1er muito maisF Em geralH pensamos em Jesus Cristo como uma gura do Novo TestamentoF 0orémH TF CF Irie1en ressalta de maneira impressionante +ue como os autores dos apcrifos e da literatura de com +ue ve?amos a verdade dessa declara&(oF Jesus tin2a oito dias de nascido +uando receBeu o sinal da antiga alian&a Qc 3F3*RF !epois de +uarenta diasH José e Maria levaramKno ao Templo para consagr>Hlo a !eus conforme o +ue est> escrito na lei do Sen2orW Todo primogénito ao Sen2or ser> consagrado Qc 3F3-RF Jesus estudou o Antigo TestamentoH ia , sinagoga no s>Bado Qsegundo o seu costumeH c F*6RH cantava os SalmosH orava no Templo e celeBrava a 0>scoaF Como Jo(o $atistaH ele pertence ao mundo do Antigo TestaK mento eH simultaneamenteH continua Irie1enH é o Criador dos acontecimentos dos +uais o Novo Testamento est> c2eio eH assimH c2efe da nova comunidade do reino de !eusF !essa formaH e:iste uma cone:(o fundamental entre os dois Testamentos na pessoa de Jesus Cristo F* Jesus Cristo é o elo entre o Antigo Testamento e o NovoF A revela&(o de !eus atingiu seu >pice no Novo Testamento [ e esse >pice n(o é um novo ensinamento ou nova leiH mas uma pessoaH o prprio .il2o de !eusF O Antigo Testamento e o Novo s(o relacionadosH portantoH n(o como lei e evangeK
* pessoaRF O escritor aos l2oH mas como promessaKcumprimento Quma eK Breus proclamaW avendo !eusH outroraH faladoH muitas ve1es e de muitas maneirasH aos paisH pelos profetasH nestes Pltimos diasH nos falou pelo .il2oFFF QB *F *H3RF O autor ressalta a continuidade de !eus falando ao longo das erasH emBora ele se maravil2e diante do novo modo pelo +ual !eus est> falando nesses Pltimos diasW !eus nos falou pelo .il2oF Esse falar por meio do .il2o é algo inusitadoW nen2uma outra religi(o di1 issoF ContudoH o autor aos eBreus n(o é o primeiro a fa1er essa armativaH simplesmente est> transmitindo o ensinamento do prprio JesusF 0or+ue Jesus demonstrou essa surpreendente progress(o na revela&(o +ue ocorreu com sua vindaW
EvidentementeH grande é o mistério da piedadeW A+uele +ue foi manifestado na carneH foi ?usticado em espritoH\ contemplado por an?osH pregado entre os gentiosH crido no mundoH receBido na glriaF
O mistério é Jesus CristoH !eus em carne 2umanaH ressuscitado dos mortos pelo EspritoH 9 assunto ao céu Qvisto pelos an?osR F O Cristo encarnado é tanto o mistério revelado no Novo TestamentoH +uanto é o elo entre o Antigo e o Novo TestamentoF Os escritores do 4oo -estamento fundiram seus escritos com os do Antigo -estamento Ao escrever os evangel2os e as epstolasH os escritores do Novo Testamento ligaram propositadamente seus escritos ao Antigo TestamentoF No Captulo H e:aminaremos as diversas formas na +ual eles utili1aram o Antigo TestamentoH mas no momento Basta di1er +ue usaram o Antigo Testamento como te:to para sua prega&(oH por assim di1erH na proclama&(o do evangel2o de Jesus CristoF AssimH ligaram o Novo Testamento ao AntigoF .i1eram isso n(o apenas por meio de promessaK cumprimentoH tipologia e temas do Antigo Testamento Qver acimaR como tamBém pela fre+Vente cita&(o ou alus(o ao Antigo TestamentoF Estudiosos da $Blia n(o concordam +uanto ao nPmero de cita&'es e alus'esF !ependendo dos critérios utili1adosH as cita&'es v(o entre 3; a +uase 6;;H e o nPmero de alus'es entre 6; e cerca de F;;;F ** Além dissoH os autores do Novo Testamento levaram para o Novo Testamento incont>veis imagens e conceitos do Antigo TestamentoF Claramente viam o Antigo Testamento como o livro das promessas de !eus +ue encontram cumprimento em Jesus CristoF SuBse+VentementeH a igre?a recon2eceu essa unidade entre o Antigo e o Novo TestamentoH receBendo a amBos como seu cnonF
O A n t i g o - es t a m e n t o d e e s e r interpretado da perspectia do 4oo Iimos a rela&(o entre o Antigo e o Novo Testamento por diversos ngulosW o Antigo Testamento é incompleto sem o NovoH uma Pnica 2istria redentiva é o rio +ue mantém ?untos o Antigo e o Novo TestamentosH a pessoa de Jesus Cristo une os dois TestamentosH e os escritores do Novo Testamento intencionalmente fundem seus escritos com o Antigo TestamentoF Essas considera&'es levam , conclus(o fundamentalmente decisiva de +ue os dois Testamentos n(o s(o doisH mas um s livroF E essa conclus(oH por sua ve1H leva , conclus(o 2ermen@utica fundamental de +ue o Antigo Testamento de%e ser interpretado não s' em seu
pr'prio conte/to como tamb,m no conte/to do $o%o Testamento Essa conclus(o nada mais é +ue uma aplica&(o do princpio 2ermen@utico B>sico de +ue todo te:to deve ser compreendido dentro de seu conte:toF Como o conte:to liter>rio do Antigo Testamento no cnon crist(o é o Novo TestamentoH isso signica +ue o Antigo Testamento deve ser compreendido no conte:to do Novo TestamentoF EH como o cerne do Novo Testamento é Jesus CristoH isso signica +ue toda mensagem do Antigo Testamento deve ser vista , lu1 de Jesus CristoF
A necessidade de ler o Antigo Testamento da perspectiva do Novo segue tamBém da nature1a progressiva da 2istria da reden&(oF A vinda de Jesus na plenitude dos tempos e a revela&(o nal de !eus nele c2amam para uma leitura do Antigo Testamento da perspectiva dessa revela&(o nalF Jo2n SteY esclarece esse pontoW O fato da progress(o na 2istria da salva&(o e:ige um ouvir sempre renovado da palavra do Sen2or falada num momento anterior da 2istria da salva&(oF Esse ouvir dever> ser novo por+ue é ouvir dentro do conte:to dos acontecimentos e das circunstncias n a 2istria da salva&(o +ue ocorreram depoisF 0aulo escreveu soBre esse novo ouvir do Antigo Testamento em 3 Corntios -F*H*6W Mas até 2o?eH +uando é lido MoisésH o véu est> posto soBre o cora&(o delesF
, lu1 do +uadro todoF Essa analogia n(o é nada mais +ue uma forma do crculo 2ermen@utico B>sicoW n(o se pode con2ecer o signicado de uma parte até +ue se con2e&a o todo_ n(o se pode con2ecer o todo sem +ue se con2e&am suas partesF # crculo hermen.utico
!ada a unidade dos dois testamentos no cnon crist(oH o crculo 2ermen@utico amplamente aceito nos informa +ue realmente podemos entender os trec2os do Antigo Testamento somente , lu1 do Novo Testamento e seu testemun2o de Jesus Cristo\ Mas o reverso tamBém valeW n(o se pode entender Jesus Cristo até +ue se con2e&am as partes do Antigo TestamentoF Mais tarde voltaremos a essa idéiaH masH primeiroH temos de discutir mais uma +uest(oKc2ave na prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoF
O testemun+o do Antigo Testamento sore Cristo Outra +uest(o importante +ue enfrentamos na prega&(o de Cristo a partir do Antigo Testamento é se Cristo est> presente no Antigo TestamentoF Se Cristo n(o estiver de alguma forma presente no Antigo TestamentoH como podemos pregar soBre ele autenticamente a partir do Antigo Testamento Conforme veremos no Captulo H von %ad se ops a Gil2elm Iisc2er a respeito dessa +uest(oF Ion %ad advertiu contra a tenta&(o de se falar de uma \presen&a pessoal\ de Cristo no Antigo Testamento como se Cristo estivesse \em "sa+ue\H \em !avi\H \na+uele +ue fe1 a ora&(o do Salmo 33XF Ion %ad n(o aceitava a presen&a pessoal de Cristo no Antigo TestamentoF Em anos mais recentesH
James MaZs declarouW Os te:tos do Antigo Testamento n(o falam de Jesus de Na1aréH pelo menos em leituras +ue se?am aceitas em nosso clima intelectual modernoF O Jesus 2istrico n(o estava l> como refeK r@ncia para esses te:tosF ***6 Ouvimos anteriormente James $arr fa1er a mesma armativaW O Antigo Testamento era o tempo em +ue nosso Sen2or ainda n(o tin2a vindoF Os pregadores enfrentamH assimH um dilemaW como se prega Cristo a partir de um livro +ue foi escrito muito antes de ele nascer
Di%ersas op &-e s pa ra a pr eg a&ão de Cristo a partir do Antigo Testamento
Cristo , o ?ogos eterno que opera%a nos tempos do Antigo Testamento Algumas pessoas respondem a esse dilema ressaltando +ue o Novo Testamento revela Cristo como o ogos eternoH presente na cria&(o eH portantoH tamBém presente nos tempos do Antigo Testamento QverH por e:FH Jo *F*K-RF EmBora se?a verdadeiro esse entendimento de CristoH e ten2a sido usado para se pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoH ele evita a +uest(o verdadeiraF Ion %ad re?eita uma presen&a pessoal de Cristo no Antigo TestamentoH pelo +ual ele +uer di1erH Jesus de Na1aréF MaZs e $arr tamBém falam do Jesus 2istricoF Apelar para Cristo como ogos eterno é evitar a +uest(o essencial para os pregadoresH por+ue o desao é pregar Cristo encarnado como >pice da revela&(o divinaF Como encarnadoH devemos todos concordar +ue Cristo n(o estava sicamente presente nos tempos do Antigo TestamentoF !i1er de ouK tra forma seria negar a reivindica&(o do Novo Testamento de +ue Cristo se encarnou apenas depois dos acontecimentos documentados no Antigo TestamentoF A +uest(o éH portantoH como pregar o Cristo encarnado a partir de um livro +ue préKdata essa encarna&(o por muitos séculosF Essa coloca&(o ainda dei:a os pregadores com diversas op&'esF er Cr%!, &, A&%-, esta#ento
Alguns pregadores simplesmente l@em Cristo no Antigo TestamentoF "sso tem sido feito muito fre+Ventemente na 2istria da prega&(oH conforme veremos nos pr:imos dois captulosF O uso da alegoria e da tipologia s(o duas formas de se pregar o Jesus 2istrico ou sua cru1 a partir de te:tos do Antigo TestamentoF Outros pregadores utili1am o te:to do Antigo Testamento simplesmente como trampolim para recontar a 2istria de Jesus no Novo TestaK mentoF Mas apesar de sua 2istrica popularidadeH ler Cristo no Antigo Testamento n(o é uma Boa op&(oH por+ue for&a o te:to a di1er algo +ue o te:to n(o tem inten&(o de di1erF Noutras palavrasH isso seria um mau uso do te:to do Antigo TestamentoF
*over-se do te+to do A&%-, Te!"+e&, ("r" Cr%!, &, N,, Te!"+e&, Uma op&(o mel2or é iniciar o serm(o com um te:to do Antigo Testamento e depois ir até o Novo Testamento para pregar Jesus CristoF Como todo te:to deve ser interpretado dentro de
seu conte:to liter>rioH e como o Antigo e o Novo Testamento s(o uma unidadeH e:iste Base para essa a&(oF Certamente +ue n(o se deve camin2ar para o Novo Testamento de modo arBitr>rioF !eveKse procurar uma pistaH uma caractersticaH no te:to do Antigo TestamentoH +ue d@ Base para a liga&(o com um acontecimento ou te:to do Novo TestamentoF Em outras palavrasH é necess>rio procurar uma estrada +ue permita via?ar de modo signicativo do Antigo Testamento para o NovoF O A&%-, Te!"+e&, teste#unha a encarna,ão de Cr%!, O Novo Testamento nos oferece uma op&(o semel2anteH mas rmemente fundamentada no Antigo TestamentoF 0roclama +ue o prprio Antigo Testamento testemun2a soBre o Cristo encarnadoF Se isso é verdadeH a forma de interpretar o Antigo Testamento é a interpreta&(o messinica ou cristoc@ntricaF Outras formas de interpreta&(oH como a liter>riaH a 2istrica e a sociolgicaH podem descoBrir aspectos da verdadeH mas somente uma interpreta&(o messinica descoBrir> a verdade essencial do Antigo TestamentoF Em ra1(o da importncia dessa op&(oH e por+ue a interpreta&(o messinica tem muitos opositores entre estudiosos modernos especiali1ados no Antigo TestamentoH8 precisamos e:aminar essa op&(o com uma vis(o geral das evid@ncias do Novo TestamentoF
A perspecti%a do $o%o Testamento quanto @ prega&ão de Cristo a partir do Antigo Testamento No captulo H faremos uma an>lise de como o Novo Testamento prega Cristo a partir do Antigo TestamentoF Mas no est>gio atualH nosso propsito é simplesmente estaBelecer a possiBilidade de se pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoH por+ue o prprio Antigo Testamento testemun2a soBre o Cristo encarnadoF Ouviremos da prega&(o de JesusH dos apstolos e dos evangelistasF
$rega,ão de Jesus
Num de seus primeiros serm'esH na sua cidadeH Na1aréH Jesus leu "saas 6*F*H3H +ue se refere ao Ano de JuBileu Qv 3F8-RW O Esprito do Sen2or est> soBre mimH pelo +ue me ungiu para evangeli1ar os poBres_ enviouKme para proclamar liBerta&(o aos cativos e restaura&(o de vista aos cegosH para pr em liBerdade os oprimidosH e apregoar o ano aceit>vel do Sen2orFFF Ent(oH passou Jesus a di1erKl2esW o?e se cumpriu a Escritura +ue acaBais de ouvir Qc F*8K3*RF Note +ue o cumprimento tin2a tudo a ver com Jesus de Na1aréW o Esprito do Sen2or estava soBre eleH proclamou BoasKnovas aos poBresH curou os enfermosH e trou:e o Ano do JuBileuF !e acordo com JesusH o Antigo Testamento testemun2ava a respeito dele muito tempo antes de seu nascimentoF Esse testemun2o do Antigo Testamento com respeito a JesusH porémH era difcil de discernirF Num de seus Pltimos serm'esH Jesus repreendeu dois de seus discpulos no camin2o de EmaPsW néscios e tardos de cora&(o para crer tudo o +ue os profetas disseram 0orventuraH n(o convin2a +ue o Cristo padecesse e entrasse na sua glria Qc 3F3H36RF O povo ?udeu procurava um Messias vitoriosoH n(o um Messias sofredorF MasH disse JesusH os profetas 2aviam predito seu sofrimentoF EH come&ando por MoisésH discorrendo por todos os profetasH e:pun2aKl2es o +ue a seu respeito constava em todas as Escrituras Qc
3F3)R FJesus cria +ue Moisés e todos os profetas testemun2avam soBre eleH o Cristo encarnadoF ComoH ent(oH Jesus estava presente no Antigo Testamento séculos antes de seu nascimento Estava presente Basicamente como uma promessaF
O conceito de promessa acaBa sendo muito mais amplo do +ue as predi&'es de algumas profecias messinicasF Em seu Pltimo serm(o em ucas Q3FK 9RH Jesus di1W FFFimportava +ue se cumprisse tudo o +ue de mim est> escrito na lei de MoisésH nos 0rofetas e nos SalmosF Note +ue Jesus se refere ,s tr@s principais se&'es do Antigo TestamentoH n(o apenas a algumas profecias principaisH mas a todo o Antigo Testamento +ue fala de Jesus CristoF E o +ue ele revela soBre Jesus No mnimoH fala de seu sofrimentoH ressurrei&(o e ensinoF Jesus disseW Assim est> escritoH +ue o Cristo 2avia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro diaH e +ue em seu nome se pregasse arrependimento para remiss(o de pecadosH a todas as na&'esH come&ando de JerusalémF Em Jo(o F-9H semel2antementeH ouvimos Jesus di1er aos ?udeusW E:aminais as EscriturasH por+ue ?ulgais ter nelas a vida eternaH e s(o elas mesmas +ue testicam de mimF N(o apenas algumas profecias messinicas isoladasH mas todo o Antigo Testamento testica de JesusF
A pregação dos ap/stolos
0or+ue Jesus est> presente no Antigo Testamento como promessaH os apstolos podiam pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoF No dia de 0entecosteH 0edro usou Joel e os Salmos *6 e **; para proclamar Cristo QAt 3F*K -RF Alguns dias mais tardeH 0edro est> pregando no p>tio de Salom(o QAt -F**K36R e di1W !eusH assimH cumpriu o +ue dantes anunciara por Boca de todos os profetasW +ue o seu Cristo 2avia de padecer QvF *8RF A seguirH fala de Jesus permanecer no céu até aos tempos da restaura&(o de todas as coisasH de +ue !eus falou por Boca de seus santos profetas desde a antigVidade QvF 3*R F ogo em seguidaH cita !euteronmio *F*H*8W !isseH na verdadeH MoisésW X; Sen2or !eus vos suscitar> dentre vossos irm(os um profeta semel2ante a mimFFF\ e todos os profetasH a come&ar com SamuelH assim como todos +uanto depois falaramH tamBém anunciaram estes dias QvsF 33K3RF 0edro conclui citando a promessa de !eus a ABra(o em #@nesis *3F-W Em ti ser(o Benditas todas as famlias da terraH ressaltando +ue Jesus 2avia vindo primeiro para os descendentes de ABra(o para aBen&o>Klos fa1endo com +ue se apartassem das suas perversidades QvsF 3H36RF Mais tardeH .ilipe encontra o eunuco etope +ue lia de "saas - .oi levado como ovel2a ao matadouroFFFH mas n(o entendia o te:toF Ent(o .ilipe e:plicou_ eH come&ando por esta passagem da EscrituraH anunciouKl2e a Jesus QAt 8F-RF
0regando em Antio+uia da 0isdiaH 0aulo resume a 2istria de "srael desde o Egito até o %ei !aviH c2egando ent(o ao pontoW !a descend@ncia deste de !aviH conforme a promessaH trou:e !eus a "srael o SalvadorH +ue é Jesus QAt *-F3-RF 0aulo continua falando da morte e ressurrei&(o de JesusH concluindo com uma surpreendente leira de cita&'es do Antigo Testamento QvsF -3K-RW Ns vos anunciamos o evangel2o da promessa feita a nossos paisH e como !eus a cumpriu plenamente a nsH seus l2osH ressuscitando a Jesus como tamBém est> escrito no Salmo segundoW Tu és meu .il2oH Eu 2o?e te gereiF EH +ue !eus o ressuscitou dentre os mortosH para +ue ?amais voltasse , corrup&(oH desta maneira o disse Q"s F-RW E cumprirei a vosso favor as santas e éis promessas feitas a !aviF 0or isso tamBém di1 em outro Salmo Q*6F *;RH N(o permitir>s +ue o teu Santo ve?a corrup&(oF .alando da prega&(o de 0aulo em TessalnicaH ucas escreveW 0or tr@s s>Bados arra1oou com elesH acerca das Escrituras o Antigo TestamentoH e:pondo e demonstrando ter sido necess>rio +ue o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos_ e esteH di1ia eleH é o CristoH JesusH +ue eu vos anuncio
QAt *)F3H-RF Alguns ouvintes caram persuadidosH mas outros +uiseram ferir 0aulo e SilasH +ue assim tiveram de fugir para a $eréiaF ucas relataW OraH estes de $eréia eram mais noBres +ue os de Tessalnica_ pois receBeram a palavra com toda a avide1H e:aminando as Escrituras o Antigo Testamento todos os dias para ver se as coisas eramH de fatoH assim QvF **RF Mais tardeH 0aulo lemBra aos corntios a sua prega&(o de Cristo e sua depend@ncia do Antigo Testamento para fa1@KloF Antes de tudoH vos entreguei o +ue tamBém receBiW +ue Cristo morreu pelos nossos pecadosH segundo as EscriturasH e +ue foi sepultado e ressuscitou ao terceiro diaH segundo as Escrituras QlCo *-HRF6; Na sua prega&(oH portantoH os apstolos seguiam o Mestre pregando Cristo a partir do Antigo Testamento F 6\N(o 2avia dPvida de +ue o Antigo Testamento testemun2ava de JesusF Na verdadeH erman %idderBos nota +ue um dos principais motivos da prega&(o de 0aulo é +ue seu evangel2o é \conforme as Escrituras MF6* Escreve aindaW 0aulo proclama Cristo como cumprimento da promessa de !eus a ABra(oH como a semente mediante a +ual todas as famlias da terra devem ser aBen&oadas Q#l -F8H*6H39RH a+uele +ue tra1 a salK va&(o escatolgica cu?o signicadoH +ue a tudo aBarcaH tem de ser entendido , lu1 da profecia Q%m *F9K*3RH o cumprimento do consel2o redentor de !eus concernente a todo o mundo e seu futuroF**6*
A pregação dos escritores dos eangelos
Além do testemun2o de Jesus e dos apstolosH é elucidativo ver
como os escritores dos evangel2os come&am sua apresenta&(o de JesusF Marcos come&a seu evangel2o di1endoW 0rincpio do evangel2o de Jesus CristoH .il2o de !eusF Conforme est> escrito na profecia de "saasW Eis a envio diante da tua face o meu mensageiroH o +ual preparar> o teu camin2o_ vo1 do +ue clama no desertoW 0reparai o camin2o do Sen2orH endireitai as suas veredas_ apareceu Jo(o $atista no desertoH pregandoFFF Q*F*KRF Marcos liga Jesus e seu precursor Jo(o ao Antigo Testamento por meio de Mala+uias -F* e "saas ;F- [ profecias concernentes , vinda do mensageiro do Sen2or e do prprio Sen2orF Em seguidaH Jesus iniciou seu ministérioW !epois de Jo(o ter sido presoH foi Jesus para a #aliléiaH pregando o evangel2o de !eusH di1endoW O tempo est> cumpridoH e o reino de !eus est> pr:imo_ arrependeiKvos e crede no evangel2o Q*F*K*R F JacY ingsBurZ comentaW Conforme Marcos o descreveH o aparecimento de Jo(o e de Jesus signica +ue a era da profecia do Antigo Testamento passou e a era escatolgica de cumprimento 2avia come&adoF6 ingsBurZ pergunta soBre o motivo pelo +ual Marcos situa sua 2istria do ministério terreno de Jesus dentro de um conte:to da istria +ue corre do tempo da profecia do Antigo Testamento até o nal dos temposF E ele respondeW 0or+ueFFF +uer propor a arma&(o de +ue era e:atamente o ministério terreno de Jesus o ei:o central para toda a atividade de !eus para com a 2umanidadeF 65
*ateus
Mateus come&a seu evangel2o como segueW ivro da genealogia de Jesus CristoH l2o de !aviH l2o de ABra(oF En+uanto Marcos liga Jesus aos profetasH Mateus liga Jesus ao grande rei !avi e até ao patriarca ABra(oF Mateus tra&a as ra1es de Jesus até ABra(o por+ue foi com ele +ue !eus estaBeleceu pela primeira ve1 a alian&a da gra&aH incluindo as promessas de descendentesH terra e de ser uma B@n&(o para todas as famlias da terra Q#n *3F3H-_ *)F8_ 33F*)H*8RF agora sendo cumprida por meio de JesusF A primeira indica&(o do cumprimento dessa promessa é dada na visita dos magos para adorarem a Jesus QMt 3RF Mais tardeH Jesus anuncia profeticamente +ue \muitos vir(o do Oriente e do Ocidente e tomar(o lugares , mesa com ABra(oH "sa+ue e Jac no reino dos céus\ Q8F**RF !epoisH na conclus(o do evangel2oH Jesus comissiona os discpulos para fa1erem \discpulos de todas as na&'es\
Q38F*9R>#$$ Mateus remonta as ra1es de Jesus tamBém ao grande rei !aviF L outra pessoa da 2istria de "srael a +uem !eus deu ricas promessasF !e fatoH seria por meio do rei de "srael +ue !eus cumpriria a promessa a ABra(o de ser uma B@n&(o a todas as na&'esW FFFnele se?am aBen&oados todos os 2omensH e as na&'es l2e c2amem BemKaventurado QS" )3F*)RF Mas !eus 2avia prometido especicamente a !aviW 0orém a tua casa e o teu reino ser(o rmados para sempre diante de ti_ teu trono ser> estaBelecido para sempre Q3Sm )F*6RF NovamenteH o +ue Mateus destaca é +ue Jesus é o cumprimento completo das promessas de !eus a !avi_ esse l2o de !avi inaugura um reino +ue ser> eternoF .ica claro o foco da genealogia de MateusF O signicado de Jesus est> profundamente arraigado na 2istria de "srael do Antigo TestamentoH t(o profundamente +ue as B@n&(os prometidas para "srael no Antigo Testamento s encontram cumprimento neleF Ele é "sraelH a personica&(o representativa do verdadeiro "sraelH como tamBém seu reiF **6*
Lucas
En+uanto Mateus tra&a as ra1es de Jesus no incio da 2istria da alian&aH ucas vai ainda mais longeF Em sua genealogia de JesusH tra&a as ra1es de Jesus até Ad(oH l2o de !eus Q-F-8RF ucas volta até Ad(o por+ueH em contraste com MateusH +ue escreve para ?udeusH ele escreve aos gentiosF ucas v@ Jesus dentro de toda a 2istria 2umana [ uma 2istria +ue inclui gentios desde o come&oF Caso percamos isso de vistaH ucas escreve +ue Jesus nasceu nos tempos do "mperador AugustoH +uando escrito na ei de MoisésH nos 0rofetas e nos Salmos Q3FRF !e acordo com ucasH Jesus é +uem cumpre o Antigo TestamentoF
oão Jo(o reconstitui as BoasKnovas de Jesus ainda mais para tr>s +ue Marcos Qos profetasRH
Mateus QABra(oR e ucas QAd(oRF Jo(o vai até o princpioH antes mesmo da cria&(oW No princpio era o IerBoFFF todas as coisas foram feitas por intermédio deleH eH sem eleH nada do +ue foi feito se fe1FFF o IerBo se fe1 carne e 2aBitou entre nsH c2eio de gra&a e de verdade ;o *F*K*RF Com seu No princpioH é Bvio +ue Jo(o est> se referindo a #@nesis *F*W No princpioH criou !eus os céus e a terraFFFF Jo(o apresenta Jesus como ogos eterno +ue é plenamente um com !eus 0aiH mas +ue em determinado ponto da istria assume a nature1a 2umanaF Jo(o é o escritor do evangel2o +ue apresenta os ditos Eu souH identicando Jesus com ]a2^e2H o grande EU SOU do Antigo TestamentoF Mas Jo(o tamBém apresenta Jesus como sendo o cumprimento das promessas de !eus a "sraelF Ele registra o dito de JesusW E:aminais as EscriturasH por+ue ?ulgais ter nelas a vida eternaH e s(o elas mesmas +ue testicam de mim QF-9RF Cita ainda Jesus di1endoW Se de fato cr@sseis em MoisésH tamBém crereis em mim_ por+uanto ele escreveu a meu respeito QF6RF ClaramenteH Jo(o cria +ue o Antigo Testamento dava testemun2o de Jesus CristoF
0or esse Breve resumo do Novo TestamentoH ca claro +ue os apstolos e evangelistas pregavam Cristo a partir do Antigo TestamentoF)j .ica tamBém claro +ue eles o fa1iam com integridadeH por+ue criam +ue o Antigo Testamento se referia a CristoF .inalmenteH é evidente +ue eles aprenderam esse entendimento cristolgico do Antigo Testamento do prprio JesusH pois Jesus n(o s modelou em sua vida o cumprimento do Antigo TestamentoH como tamBém ensinou as coisas +ue a seu respeito constava em todas as Escrituras Qc 3F3)RF O +ue , importante para os pregadores contemporneos é o seguinteW se o Antigo Testamento realmente e%idencia CristoH então s' somos pregadores fi,is quando fa3emos 4usti&a a essa dimensão em nossa interpreta&ão e prega&ão do Antigo Testamento A tragédia est> em +ue a e:egese 2istrica contemporneaH
+ue procura com tanto empen2o recuperar o signicado original do Antigo TestamentoH geralmente ignora essa dimens(oF EmBora Cristo se?a retratado no Antigo TestamentoH pregadores crist(os atuais muitas ve1es dei:am de not>loF Esse ponto cego torna essencial +ue nsH depois de estaBelecermos a mensagem original do te:toH o ve?amos novamente , lu1 do Novo TestamentoH perguntando como essa mensagem é ligada a Jesus CristoF Ser> +ue essa passagem evidencia Cristo por meio de e:pecta&'esH ou por predi&'esH por promessasH tipos ou temas do Antigo TestamentoH +ue encontram cumprimento em Cristo no Novo Testamento S(o perguntas importantes por+ueH conforme o Novo TestamentoH se dei:armos de pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoH teremos dei:ado de lado sua ess@nciaF
enefcios de pregar Cristo a partir do Antigo Testamento Um dos principais Benefcios da prega&(o de Cristo , +ue essa prega&(o salva as pessoas
por toda a eternidadeH por+ue aBai:o do céu n(o e:iste nen2um outro nomeH dado entre os 2omensH pelo +ual importa +ue se?amos salvos QAt F*3RF Mas além desse Benefcio de pregar CristoH podemos discernir outros +ue surgem especicamente da prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoF Notaremos dois desses BenefciosW fa1er com +ue as pessoas c on2e&am o Antigo Testamento e oferecerKl2es um entendimento mais completo de CristoF
B a 3 e r c o m q u e a s p e s s o a s conhe&am o Antigo Testamento Um dos maiores Benefcios de pregar Cristo a partir do Antigo Testamento é +ue o Antigo Testamento ser> ouvido na igre?a crist(F No captulo *H enumeramos ra1'es para pregar a partir do Antigo TestamentoF SomamKse Benefcios especiais ao pregadorH como tamBém , congrega&(oH em ra1(o de uma compreens(o maior da revela&(o de !eusW o Antigo Testamento mostra a 2istria da reden&(o +ue condu1 a CristoH ) proclama uma verdade n(o encontrada no Novo TestamentoH a?udaKnos a compreender mel2or o Novo TestamentoH evita entender erroneamente o Novo TestamentoF
Esses Benefcios assumem +ue o pregador Busca coBrir a ampla gama de literatura do Antigo TestamentoH n(o se limitando a apenas uma estreita fai:a de passagens preferidasF Uma preocupa&(o legtima é +ue o alvo de pregar Cristo leve o pregador a selecionar apenas profecias messinicasF Com uma sele&(o t(o limitadaH infeli1menteH se perderiam os temas mais amplos e e:pansivos do Antigo TestamentoF 0ois o Antigo Testamento é a revela&(o de !eusH sua delidade e misericrdiaH a revela&(o de sua alian&a +ue é eternamente seguraH e do santo remanescente salvo somente pela gra&a F)* 0ara eviK tar a sele&(o de te:tos apenas de uma fai:a limitada de trec2os messinicosH o pregador deve selecionar o te:to de sua prega&(o n(o com o principal oB?etivo de pregar CristoH mas com os oB?etivos principais de pregar todo o consel2o de !eus e edicar a fé da igre?aF Como pregar Cristo a partir desses te:tos é uma considera&(o importante +ue veremos mais tardeF
#ferecer um entendimento mais completo a respeito de Cristo Um segundo con?unto de Benefcios da prega&(o de Cristo a partir do Antigo Testamento envolve uma compreens(o mais plena de CristoF $erYou^er oBserva +ue sem o Antigo TestamentoH teramos um Cristo afastado do amplo pano de fundo do sofrimento 2umano e da a&(o redentora de !eusH o pano de fundo da ?usti&a de !eus e de sua iraH seu amor e sua santidadeF Ion %ad tamBém insiste +ue nosso con2ecimento de Cristo é incompleto sem o testemun2o do Antigo TestamentoF Cristo nos é dado apenas pelo testemun2o duplo do coro da+ueles +ue aguardam e da+ueles +ue se lemBramF)) Notaremos essa compreens(o mais profunda em tr@s >reas especcasW a pessoa de CristoH a oBra de Cristo e o ensino de CristoF
A pessoa de Cristo Mateus inicia seu evangel2o com o con2ecido ivro da genealogia de Jesus CristoFFF Q*F*RF 0ara os +ue n(o con2ecem o Antigo TestamentoH surgem imediatamente perguntasW por +ue come&ar com uma genealogia di1endo soBre JesusF $ruce $irc2 di1 +ue sem o testemun2o do Antigo TestamentoH teramos pouca idéia do +ue a "gre?a 0rimitiva di1ia a respeito de Jesus no Novo Testamento Jesus refereKse a si mesmo mais fre+Ventemente como .il2o do 2omem\F Muitos ac2am +ue esse termo descreve a nature1a 2umana de JesusH distinguindoKa da nature1a divinaF Mas uma leitura de Marcos *-F36 pode sacudir um pouco tal idéiaH pois a+ui Jesus fala de sua segunda vinda como O .il2o do 2omem vir nas nuvensH com grande poder e glriaF Mas o conceito errado permanecer> a n(o ser +ue o pastor pregue um serm(o soBre !aniel )F9*W Eis +ue vin2a com as nuvens do céu um como o .il2o do 2omemFFF .oiKl2e dado domnio e glriaH e o reinoH para +ue os povosH na&'es e 2omens de todas as lnguas o servissem_ o seu domnio é eternoH +ue n(o passar>H e o seu reino ?amais ser> destrudoF $rig2t oBserva +ue O Novo Testamento o saPda a Jesus como Messias e .il2o do 2omemH descrevendoKo como servo sofredor_ contudoH em nen2um lugar e:plica o signicado desses termosFFF Sem o con2ecimento do Antigo TestamentoH na verdadeH é impossvel entender o signicado da oBra de nosso Sen2or como os escritores do Novo Testamento a viarnF *; !epois de e:aminar os conceitos de %ei messinicoH .il2o do omem e Servo SofredorH Gilliam aSor concluiW No meu entendimentoH ninguém antes do tempo de Jesus tentou ?untar esses tr@s conceitos numa s pessoaF Jesus o fe1F Galter $urg2ardt resume assimW Se devo pregar Jesus conforme a igre?a apostlica o fe1 [ o Messias de "srael [ eu preciso entender o comple:o de cren&as e esperan&as +ue XMessias\ signicava no Judasmo ou mel2orH no Antigo TestamentoF83
A o b r a d e r i s t o
Os ttulos de Cristo no Antigo Testamento n(o somente descrevem Jesus como pessoa como tamBém relatam sua oBraF "sso é mais evidente em ttulos como .il2o do orneme Servo de ]a2^e2F EmBora o Novo Testamento ligue Jesus com o Servo de ]a2^e2 do Antigo Testamento QpF e:FH Mt *3F*8K 3*_ At 8F-3K-_ 3Co F3*RH em sua maioria as refer@ncias s(o t(o sutis +ue provavelmente n(o as notaramos se n(o con2ec@ssemos as can&'es do Servo em "saas Q3F*K9_ 9F*K6_ ;FK**_ 3F*-K-F*3RF ContudoH podeKse fa1er um Bom argumento di1endo +ue Jesus interpretou sua miss(o messinica em *-
termos do Servo sofredor do Sen2orF Jesus disseW 0ois o prprio .il2o do omem n(o veio para ser servidoH mas para servir e dar a vida em resgate por muitos QMc *;FH cfF com "s -F*;H**RF Na noite anterior , sua morteH Jesus declarouW O .il2o do 2omem vaiH como est> escrito a seu respeito ` presumivelmente em "saas - QMc *F3*RF Ent(oH transformando o ?antar da 0>scoa na Ceia do Sen2orH Jesus disseW "sto é o meu sangue da nova alian&aH derramado em favor de muitos QMc *F3H cfH "s -FK6RF A seguirH Jesus foi levado perante o Sinédrio porém guardou sil@ncio QMc *F6*R_ mais tardeH perante 0ilatosH JesusH porémH n(o respondeu palavra QMc *FH cfF "s -F)RF Jesus foi crucicado com criminosos de amBos os ladosH e em seguida orou 0aiH perdoaKl2esFFF Qc 3-F-_ cfF "s -F*3R F* .ica claro +ue n(o podemos entender o sofrimento e a morte de Jesus sem con2ecer o Servo de ]a2^e2 do Antigo Testamento]
A oBra de Cristo inclui os milagres de JesusF
en sino d e C risto
Um dos ensinamentosKc2ave de Jesus é o reino de !eusF L como Jesus iniciou seu ministérioW O tempo est> cumpridoH e o reino de !eus est> pr:imo_ arrependeiKvos e crede no evangel2o QMc *F*RF J> notamos como éf>cil pensar no reino de !eus como sendo no futuro no céu QCapF *RF Con2ecer o pano de fundo do Antigo TestamentoH +uanto ao reino de !eusH nos torna Qe as nossas congrega&'esR mais receptivos , idéia de +ue o reino de !eus vem a esta terra e +ue !eus espera +ue se?amos leais cidad(os deste reino agora mesmoF Esse é tamBém o ensino de Jesus na Ora&(o do Sen2orW Ien2a o teu reino_ fa&aKse a tua vontadeH assim na terra como no céu QMt 6F*;RF Semel2antementeH Jesus ensinaW Na casa de meu 0ai 2> muitas moradasFFF vou prepararKvos lugar QJo *F3RF Talve1 pudéssemos entender facilmente o ensino de Jesus no sentido gnstico de almas fugindo do corpo para um reino espiritual mais seguroF 0orémH con2ecer o ensinamento do Antigo Testamento soBre a Boa cria&(o de !eus e de seu reino vindouro nos torna Qe as nossas congrega&'esR mais receptivos ao ensino do Novo Testamento de +ue nossa maior esperan&a em face da morte é o +ue confessamos regularmente no Credo ApostlicoW Creio na ressurrei&(o do corpoF Em sua Pltima ceiaH Jesus di1 aos discpulosW E digoKvos +ueH desta 2ora em dianteH n(o BeBerei deste fruto da videiraH até a+uele dia em +ue o 2ei de BeBerH novoH convosco no reino de meu 0ai QMt 36F39RF EmBora os crist(os possam ansiar por estar com o Sen2or +uando morrerem Q.p *F3-RH nossa maior esperan&a é a segunda vinda de CristoH +uando os mortos ressuscitar(oH a nova Jerusalém descer> dos céus soBre a terra e !eus ser> tudo em todos QM F*6_ ApH 3*F-RF Nossa maior esperan&a em face da morteH de acordo com 0auloH é a ressurrei&(o do corpoF Jesus foi o primeiro a e:perimentar essa maravil2osa transforma&(oF Ele é as primcias dos +ue dormemF Iisto +ue a morte veio por um 2omemH tamBém por um 2omem veio a ressurrei&(o dos mortos Q* Co *F3;H3 *RF
Esses s(o apenas dois e:emplos de como o ensino de Jesus pode ser mais Bem entendido com o pano de fundo de sua $BliaH o Antigo TestamentoF C2ristop2er Grig2t declara com fran+ue1a sua convic&(o de +ue +uanto mais se compreende o Antigo TestamentoH mais pr:imo se c2ega ao cora&(o de JesusF Nos pr:imos dois captulos investigaremos a 2istria da prega&(o crist( para ver como intérpretes e pregadores inuentes nos séculos +ue se seguiram pregaram Cristo a partir do Antigo TestamentoF
A +ist=ria da prega&ão de Cristo a partir do Antigo
Testamento :(!+ue leia T nelas aele palavra soBre CristoFFF poisas Cristo é o\tesouro escondido num campo\F_
foi escondidoH por tipos e e:press'es no nível +ue foi simBoli1ado 2umano n(o poderiam compreendidos antes da paraB8licas consuma&(oque da+uilo deCstoF foi profeti1adoH ou se?aHser a vinda
Cpregadores de 2o?e est(o sendo BomBardeados por nov os méto dos de interpreta&(o +ue se seguem em r>pida sucess(oF A maioria desses métodos [ como a crtica das fontesH a crtica da formaH o estruturalismo e o desconstrucionismo [ ilumina Brevemente o cen>rio 2ermen@uticoH masH como estrelas cadentesH perd em rapidamente seu Bril 2oF E m tempo de r>pidas mudan&asH seria Bom +ue ns nos distanci>ssemos um pouco do cen>rio contemporneo para Buscar estaBilidade para nosso método de interpreta&(o numa perspectiva 2istrica de longo alcanceF Nos pr:imos dois captulosH tra&aremos a 2istria da prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoH come&ando com a prega&( o da igre?a primitiva e li gandoKa , prega&(o cristoc@ntrica contemporneaF 0ara nosso propsitoH é mel2or e:aminarmos essa 2istria principalmente em termos de método de interpreta&(o e dei:ar os autores originais falarem por si mesmos tanto +uanto for possvelF Neste captuloH coBriremos a prega&(o de Cristo desde a igre?a primitiva até a %eformaH focali1ando as interpreta&'es alegricaH tipolgica e +u>druplaF
(nterpreta&ão aleg'rica A interpreta&(o alegrica permite ao pregador ir além do sign icado literalH 2istricoH de uma passagemH para um suposto sentido mais profundoF !o século - 3 ao século *6H esse foi o principal método de prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoF EmBora alguns dos pais da igre?aH como
Irineu e Tertuliano, tivessem tentado segurar um pouco a maré, no final o método alegórico foi o que venceu.
Pano de fundo A fim de apreciarmos a popularidade do método alegórico, precisamos entender algo sobre o pano de fundo em que se desenvolveu. A igreja primitiva precisava defender o caráter cristão de Antigo Testamento contra uma variedade de opositores. Gentios não cristãos, como !elso, atacavam o Antigo Testamento por sua imoralidade e suas contradi"#es. $positores judeus nãocristãos negavam ser %esus !risto o cumprimento do Antigo Testamento. &sta 'pol(mica entre igreja e sinagoga e)igia um procedimento e desenvolvimento e)egético que compreendesse cristologicamente o Antigo Testamento'.* +avia também 'cristãos' gnsticos que separavam o Antigo Testamento do -ovo Testamento, porque criam que o Antigo Testamento revelava um eus criador inferior e não o /ai de %esus !risto. Finalmente, 0arcion 1c. 234567 e sua igreja rival consideravam o Antigo Testamento um livro inferior e nãocristão. A ra8ão predominante para a ado"ão geral do método alegórico foi provavelmente
defender o caráter cristão do Antigo Testamento contra 0arcion e sua influ(ncia. &m suas Antinheses, 0arcion procurou ressaltar as diferen"as entre o Antigo Testamento e o -ovo. /or e)emplo, ele escreveu9 147 1:7 1;7 1<7 137 157
Josué usou a for&a e a crueldade para con+uistar a terraH enquanto Cristo proiBiu todo uso de for&a e pregou misericrdia e pa1F Na ei foi dito Ol2o por ol2oH dente por denteH mas o Sen2orH o BomH di1 no evangel2oW Se alguém te ferir uma faceH oferece a outra face Q3F*8_ F*6RF O Criador manda fogo do céu a pedido de Elias Q3%s *9H*3RH mas Cristo proBe seus discpulos de pedirem fogo do céu QF3-RF O Criador di1W por+uanto o +ue for pendurado no madeiro é maldito de !eus Q!t 3*F3-RH mas Cristo sofreu a morte da cru1 Q-F*8_ F-RF Na eiH !eus Qo CriadorR di1 \Amar>s a +uem te ama e odiar>s teu inimigoH mas nosso Sen2orH o BomH disseW \Amai os inimigosH orai por a+ueles +ue vos perseguemF O Criador ordenou o s>Bado_ Cristo o aBoliu QF*3RF
Q)R As promessas do Criador eram terrenas_ mas as de CristoH celestiais QF*RF Q8R O !eus do Antigo Testamento é poderoso em guerra_ Cristo tra1 a pa1 Q-F3*RF3 Marcion era um literalistaF Com sua rgida interpreta&(o literalH ele era capa1 de mostrar incoer@ncias entre o Antigo Testamento e o Novo e re?eitar o AntigoF\ A igre?a rival iniciada por ele for&ou a igre?a crist( a comprovar +ue o Antigo Testamento é de fato um livro crist(oH +ue fala de Jesus CristoF EH conforme veremosH o modo mais simples de demonstrar a presen&a de Cristo no Antigo Testamento é pelo método alegricoF Nem todos os pais da igre?a concordavam com a legitimidade da interpreta&(o alegricaF Apesar de suas diferen&asH #eokreZ $romileZ nos lemBra de sua aBordagem fundamentalmente unicadaW Um r>pido e:ame dos escritos dos pais revela rapidamente +ue apesar de todas as varia&'es e:eg@ncasH sem dPvidaH eles compartil2avam o mesmo entendimento B>sicoFFF o Antigo Testamento e o Novo Testamento eram vistos ?untos como uma unidade indissolPvel como um Pnico livro do Pnico !eus inspirado por um s Esprito e testicando do .il2o unig@nito !avid !ocYerZ acrescentaW Con+uanto 2ouvesse ntidas diferen&as entre os pais +uanto ao entendimento do sentido literalK2istrico das EscriturasH como tamBém +uanto ao tipolgico e alegricoH 2avia um consenso geral de +ue a Escritura deveria ser interpretada cristologicamenteF" !e incioH parece +ue os pregadores crist(os pregavam Cristo a partir do Antigo Testamento pelo uso do tipo de interpreta&(o tipolgica +ue encontramos no Novo TestamentoF Até mesmo no século 39H os pais apostlicos \seguemH em sua maioriaH esse modelo e:egética do Novo Testamento e permanecemH como 0auloH cristoc@ntricos e imparciais em rela&(o
ao sentido 2istrico\ .' Um dos mais antigos serm'es crist(os e:istentes é a Pmclial 2omil/0 de Medito de Sardes QeF *);RF Conforme OF CF Ed^ardsH Em ess@nciaH o serm(o é uma interpreta&(o do relato da 0>scoa no D:odo como um tipo da morte e ressurrei&(o de CristoF Come&a com um longo relato soBre a 2istria da salva&(oH mostrando a necessidade de um redentorF "sso é seguido por uma declara&(o dos princpios de interpreta&(o tipolgicaH +ue leva a uma identica&(o da salva&(o reali1ada por meio de Cristo com tudo +ue foi pregurado no @:odoH especialmente a 0>scoaF) s
Mas ?unto , interpreta&(o tipolgicaH logo encontramos tamBém a interpreta&(o alegricaF\ 0or volta de 96 dFCFH o Bispo Clemente de %oma escreveu uma carta pastoral , igre?a de CorintoF Em certo trec2oH ele reconta a 2istria de %aaBe em ?ericoF Os espias disseramK l2e +ue preparasse um sinalW Ela deveria pendurar uma corda vermel2a em sua casaF 0or meio dissoH eles dei:aram manifesto +ue a reden&(o para a+ueles +ue cr@em e esperam em !eus vir> pelo sangue do Sen2orF Ie?amH amadosH como 2avia n(o apenas féH como tamBém profecia nessa mul2erF\ Esse tipo de interpreta&(o alegrica foi suBse+Ventemente repetida por ?ustino M>rtirH "rineuH OrgenesH AmBrsiaH Agostin2o e muitos outros pregadores crist(osF A Epstola de $arnaBéH provavelmente escrita entre ); e *;; dFCFH apresenta interpreta&'es alegricas muito mais for&adasF SeH em +ual+uer parte do Antigo TestamentoH algo é dito soBre madeira ou >rvoreH ele imediatamente conclui +ue ali se fala da cru1 de CristoF Ao fa1er issoH n(o presta nen2uma aten&(o ao conte:to em +ue aparece a palavra no Antigo TestaK mentoF Mas a Epstola de $arnaBé fa1 interpreta&'es alegricas ainda mais elaBoradasF 0or e:emploH $arnaBé 8F*K) interpreta a cerimnia da novil2a vermel2a +ue deve ser +ueimada com madeira de cedro QNm *9F*K*;R conforme segueW Os homens já tornados cinzas pelo pecado devem oferecer uma novilha, mani,la e queimá—la; a seguir meninos pequenos devem juntar as cinzas e colocá-las em vasos, e amarrar em volta de um pedaço de madeira a l escarlate e hissope — note aqui novamente o tipo da cruz !a lenha" e a l escarlate#$$$ O%serve como ele fala claramente a til & novilha ' (esus; os pecadores que fazem o sarrifttrio so aqueles que o levaram ) morte$$$ os meninos que aspergiram so os que nos trou*eram as %oas-novas do perdo dos pecados e da santificaço do coraço — aqueles a quem ele dá poder para pregar o evangelho$$$ +as por que esses que salpicam as cinzas so trs meninos .ara representar &%rao, /ss eque e (aco$$$ 0 por que a l em volta da lenha .orque o reino de (esus repousa so%re a +adeira $$$ lz
Em nosso e:ame soBre a prega&(o de Cristo a partir do Antigo Testamento, veremos em especial a interpreta&(o do Antigo Testamento conforme foi desenvolvida ou praticada pelos pais apostlicosH Justino M>rtir e "rineuF Os pais apostlicos
Justino M>rtir QcF mooK*6R Justino M>rtir é geralmente designado como o pai da igre?a +ue continuou o método tipolgicoKcristolgico dos apstolosF !esde sua convers(oH provavelmente em LfesoH por volta de *-;H até sua morte em %omaH em *6H ele defendeu uma ortodo:ia +ue se opusesse ao #nosticismoH ao Marcionismo e ao JudasmoH como tamBém , sociedade pag( +ue ele 2avia re?eitadoF ; principal propsito de Justino na interpreta&(o do Antigo Testamento era demonstrar +ue ele evidencia Jesus CristoF Ele procura relacionar os detal2es do te:to aos detal2es da 2istria da préKe:ist@ncia de CristoH de seu nascimentoH morteH ressurrei&(o e segunda vindaF 0or e:emploH em seu ialogue 4it! TrZp2oH lemos a respeito de seu deBate com os ?udeusW #.as se souesses? Tri&o#? "ontinuei eu? #!uem , a!ue&e !ue : "+amado ao mesmo tempo o .ara%i&+oso Conse&+eiro Is 7>$H e +omem por E)e!uie& -0>/H? e "omo um 2i&+o de +omem por Danie& '>1/H? e um menino por Isus 7>$H? e Cristo e Deus a ser adorado por Da%i 51(H? e? por muitos? a pedra SI 11W>( (sr Is W>1-B (W>1$B 50>'B Em (>/-?--?H? e saedoria por Sa&omão P% W>((ssH? os: e +i? e Estre&a por .ois:s Gn -7B Nm (->1'H? e o Oriente por Za"arias $>1(H? e o Sofredor e a"= e Israe& no%amente por Isa@sis -(?-/?5(;5/H? e uma [ara? e 2&or? Pedra Angu&ar? 2i&+o de Deus Is W>1-B (W>1$B 11> 1H? tu não terias &asfemado da!ue&e !ue ora %eio? nas"eu? sofreu e suiu ao ":u? !ue tam:m %o&tará? !uando então suas do)e raos prantearão Z" 1(>10H> Por!ue se tu ti%esses entendido o !ue foi es"rito pe&es profetas? não terias negado !ue e&e é Deus? 2i&+o do Deus ni"o não gerado? imposs@%e& de des"re%er#> 45
0ara perceBer Cristo no Antigo TestamentoH Justino depende n(o s das promessas e tipologiaH como tamBém do fato de +ue Cristo é o ogos préKe:istenteF .oi CristoH como ogos préKe:istenteH +ue fec2ou a porta da arca de Noé Q#n )F*6RH +ue desceu para ver a torre de $aBel Q#n **FRH +ue falou com ABra(o Q#n *8RH +ue lutou com Jac Q#n -3RH +ue falou com Moisés na sar&a ardente QD: -RF %F % CF anson nota +ue a e:egese de Justino é muito mais desenvolvida do +ue a de +ual+uer outro escritor crist(o antes deleF Ele n(o somente usa tipos e imagens do Antigo Testamento de maneira cristolgicaH como no dilPvio de Noé e na terra prometida Q!i>lF **9F8RH como tamBém est> preparado para identicar +ual+uer oB?eto ou incidente no Antigo Testamento como predi&(o da dispensa&(o cristaF Essa tentativa de encontrar Cristo em todo te:to do Antigo Testamento resulta numa forma de interpreta&(o alegrica paralela interpreta&(o tipolgica de JustinoF A alegori1a&(o é mais evidente +uando Justino procura a cru1 de Cristo no Antigo TestamentoF 0or e:emploH na 2istria de Noé e a arca a madeira da arca simBoli1a a cru1H a >gua simBoli1a o Batismo crist(oH e as oito pessoas salvas\eram smBolo do oitavo diaH +uando Cristo apareceu depois de ter ressuscitado dos mortos\F*9 Justino descoBre tamBém a cru1 na >rvore da vida no parasoH na vara de MoisésH na >rvore +ue ado&ou as >guas amargas de MaraH na
vara e na escada de JacH na vara de Aar(oH no carval2o de MoréH nas setenta palmeiras de D:odo *F3)H na vara de Eliseu e na vara de Jud] Além dissoH ele descoBre a cru1 no levantar das m(os de Moisés na Batal2a com Amale+ueFFF e no levantar a serpente para curar o povoFFFF %o^an #reer conclui +ue Justino usou tr@s métodos diferentes para demonstrar +ue o Antigo Testamento d> testemun2o de CristoW a prova da profeciaH da tipologia e da alegoriaF Esses métodos se misturam n(o s por estarem colocados lado a lado como tamBém por serem usados simultaneamente em rela&(o aos mesmos te:tos . 0ara o Bem ou para o malH Justino M>rtir ditou o tom para a primitiva interpreta&(o crist( do Antigo TestamentoF Encontramos primeiramente em Justino muitas passagens de\te:to prova\ +ue ocorrem muitas ve1es em escritores +ue vieram depoisF rX ::
Irineu "> 1/0?(00H
"rineuH $ispo de ZonH #>lioH foi o primeiro dos pais da igre?a a referirKse a todos os livros do Novo TestamentoF Em sua e:egese do Antigo TestamentoH
e l e seguiu em grande parte o camin2o de Justino F 3 ContudoH ele vai muito além de
Justino no desenvolvimento de uma 2ermen@utica BBlicaF
poro "rineuH o fundamento da 2ermen@utica é +ue Cristo constitui o cerne da EscrituraH a $Blia é um livro soBre o SalvadorF O tema fundamental da $Blia é o plano de salva&(oF "rineu escreveW Portanto? !uem !uer !ue &eia "om atenão as Es"rituras? des"orirá ne&as a pa&a%ra "on"ernente aCr@stir"o prot=tipo do no%o "+amado> Pois Cristo : o #tesouro es"ondido no "ampo#>>> e&e foi es"ondido? pois foi denotado por fipas e epress,es para=&i"as !ue? no n@%e& +umano? não poderiam ser entendidos? antes da "onsumaão do !ue foi profeti)ado? ou se,a? a %inda de CristoFFF Toda profe"ia : enigmáti"a e em@gua para a mente +umana antes !ue e&a se,a "umprida> .as !uando o tempo : "+egado e a predião %em a se "umprir? as profe"ias en"ontram sua interpretaão "&ara e sem amiguidade> 5 essa ra)ão pe&a !ua& a &ei se asseme&+a a uma fáu&a !uando &ida pe&os ,uderes>>> .as !uando : &ida por "ristãos? : na %erdade um tesouro es"ondido no "ampo? mas re%e&ado e ep&i"ado pe&a mude Cristo> Enri!ue"e o entendimento +umano? demonstra a saedo ria de Deus? re%e&a "r? dispereao"s de Deus "on"ermentes raa fumara? prefiguro o reino de Cristo e pro"&ama de antemão a +erana da santa ,ertess&ier>(s
Conforme se pode ver nessa cita&(oH "rineu traBal2a com uma vis(o geral da Escritura +ue inclui dispensa&'esH tipos e promessas de CristoH cumprimento na vinda de CristoH o reino de Cristo e a consuma&(oF Noutras palavrasH ele v@ a unidade do Antigo e do Novo Testamento na sua revela&(o de uma Pnica 2istria redentora centrada em CristoFX Em outro lugarH ele nota a progress(o na revela&(o de !eus nas EscriturasF #reer oferece um Bom sum>rio da vis(o de "rineuW \C H .il2o de !eusFFF revela o 0ai na ordem criadaH nas Escrituras 2eBraicas e na encarna&(oFFF Na verdadeH a encarna&(oH
longe de introdu1ira revela&(o de !eus pela primeira ve1H focali1a a auto Krevela&(o de !eus_ ira criKa&(o e nas Escrituras luBmicasF AssimH a 2istria da ra&a 2umana é soBre a revela&(o progressiva de !eusH revela&(o +ue leva até a reden&(o nal de incorruptiBilidade no novo tempoFFF a revela&(o +ue Cristo fa1 do 0ai nas Escrituras lieBraicas ocorre em est>giosF > +uatro alian&asH soB Ad(oH soB NoéH soB MoisésH e a +uartaH \+ue renova o 2omem e soma em si todas as coisas mediante o evangel2o FFFFFF 1e A idéia das disperisa&'es capacita "rineu a moverKse além dos limites de simplesmente descoBrir Cristo no Antigo Testamento para tamBém consideH rir o signicado da passagem 0aira "sraelF Ele escreve +ue !eus levantou profetas na terraFFF esBo&andoH como um ar+uitetoH o plano de salva&(o para a+ueles +ue o agradassemF E ele mesmo forneceu dire&(o aos +ue o contemH plavam n(o no EgitoH en+uanto aos reBeldes do deserto ele promulgou uma lei muito aplic>vel , sua condi&(o A+uiH vemos "rineu dando o primeiro passo em dire&(o ao +ue um dia seria c2amado de interpreta&(o 2istricaF !e acordo com AF SF GoodH "rineu dedu1iu dois princpios 2ertimen@uticos_ da unidade da EscrituraF ; primeiro é a 2armonia da Escrituréta/0 ; segundo é o princpio da analogia pelo +ual é permitido , Escritura agir como seu prprio intérpreteF "rmeu desenvolveu tamBém outros princpios 2ermen@uticos em oposi&(o , e:cliese gin>stica arBitr>ria e atomistaF Ele insistia +ue todo trec2o fosse compreendido dentro de seu prprio conte:toH e +ue cada passagem se?a interpretada dentro do arcaBou&o da regra da verdadeH 4< 0arece +ue essa regra da verdadeH tamBém c2amada de regra de féH é a precursora dos credos +ue 2averia na igre?aF Essa regra de fé6 funciona tamBém como centrali1adora da interpreta&(o soBre Jesus CristoF Conforme comenta !avid !ocYerZW Com "rineuH descoBrimos a primeira evid@ncia clara de uma $Blia crist(H como tamBém uma estrutura de interpreta&(o na regra de é da igre?aF Continuando a @nfase cristolgica dos apstolosH esses primeiros e:egetas enfati1aram tamBém +ue a regra de é delineava a 2istria teolgica +ue encontrava seu foco no Sen2or encarnadoF Em oposi&(o , interpreta&(o alegrica dos gnsticosH "rineu sugere ainda outro princpio 2ermen@uticoW os pregadores devem ter como alvo a interpreta&(o comumH simplesH Bvia do te:to da $Blia Esse princpio mais tarde é sustentado por TertulianoH +ue formula o ditameW Treferimos encontrar menos signicado na $BliaH se possvel forH do +ue o oposto\F\a Como Justino antes deleH "rineu usa promessas e tipos para p
f
f
.4=
descoBrir o testemun2o de Jesus Cristo no Antigo TestamentoF EH como JustinoH ele o
usava o ponto de vista de que !risto é o >ogos eterno, presente em todo o Antigo Testamento. /or e)emplo, em G(nesis 42.:, lemos sobre o encontro de Abraão com os tr(s ?omens. Irineu interpreta9 '0oisés di8 que o @il?o de deus se apro)imou para conversar com Abraão... dois dos tr(s, então, eram anjos, mas um era o @il?o de eus.' a 0ais tarde, 'Tamb(mjacó, ao fa8er sua ornada para a 0esoponBmia, o v( em son?o, em pé na escada, ou seja, a rvore, que rada terra até o céuC por meio dela, aqueles que cr(em nele sobem céu, pois sua pai)ão é nosso levantamento nas alturas* .<4 -ovamente, o @il?o vem ao encontro de 0oisés9 '&ra ele que falou com 0oisés na sar"a, di8endo9 *-a verdade ten?o visto a afli"ão de meu povo no &gito, e estou descendo para os livrar 1$$234 Apesar da oposi"ão de Irineu D alegori8a"ão dos gnósticos, e apesar de suas alternativas sobre pregar !risto mediante as promessas, os tipos e o eterno >ogos, 3 próprio Irineu por ve8es sucumbe ao método alegóri!$.<4 /or e)emplo, ele v( %esus sobre a cru8 na figura de 0oisés orando de bra"os levantados9 '&le Eesusl também nos liberta de Amaleque estendendo os seus bra"os, tomandonos e levandonos ao reino do /ai.'F -a ?istória de aabe escondendo os espias, Irineu fala de tr(s espias, 'esses tr(s eram sem dHvida o /ai, o @il?o e o &sprito unto'. <4 &m sua interpreta"ão de animais limpos e impuros, ele sugere que os animais limpos representam os verdadeiros cristãos 'que fa8em sua camin?ada de fé firmes em dire"ão ao /ai e ao @il?oC isso se nota pela firme8a dos que t(m a pata divididaC e eles meditam dia e noite nas palavras de eus', conforme indicado pela rumina"ão. $s animais impuros caem em tr(s categorias9 gentios, 7udeus e ?ereges. /or e)emplo, 'os impuros são aqueles que não dividem a pata nem ruminam, isto é, pessoas que não t(m f é em eus nem meditam em suas /alavras, e essa é a abomina"ão dos gentios*.J ao
Apesar dessas e de outras fal?as, Irineu se destaca como um lder que, ao se contrapor a 0arciort e aos gnósticos, lan"ou o fundamento para a interpreta"ão bblica sadia. Ema revisão rápida mostra sua percep"ão valiosa9 o Antigo e o -ovo Testamento como uma unidade inteiraC !risto é o cora"ão das &scriturasC a &scritura é coerente com ela mesmaC a &scritura deve ser seu próprio intérpreteC a interpreta"ão cristã deve ocorrer dentro da estrutura da regra de féC um trec?o deve ser interpretado dentro de seu conte)toC entenda o significado de uma passagem para Israel em suas diversas dispe drisa"#es e tome como alvo a interpreta"ão comum e óbvia ar
A 6scola de Ale/andria A interpreta"ão alegórica foi desenvolvida primeiramente na Grécia no século ; 3 a.!. para tornar os elementos embara"osos de +omero e +esodo filosoficamente corretos. 'As ?istórias dos deuses e os escritos dos poetas não deveriam ser tomados literalmente. /elo contrário, o significado verdadeiro ou secreto está subjacente FFFFF\s \s &sse método de interpreta"ão se espal?ou pela Ale)andria, no &gito, onde o estudioso judeu @ilo 1e. :6 a.!. K 3< d.!.7 o usou para demonstrar que a Leptuaginta era coerente com /latão e os estóicos. A partir de @ilo, espal?ouse pela igreja cristã via !lemente de Ale)andria e $rgenes. %o?n MrecN mostra como a escola filosófica grega, que se originou com /latão 1c. <:O;<= a.!.7, 'inspirou a interpreta"ão alegórica preferida pelos ale)andrinos9 ao opor o Bmbito eterno
da verdade ao mundo ?istórico da matéria, os ?erdeiros da filosofia platnica tin?am a tend(ncia de desvalori8ar o conceito de +istória e, conseqPentemente, o arcabou"o ?istórico da revela"ão... A interpreta"ão de acontecimentos ?istóricos consiste em discernir seu*sentido espirituaQ, ou seja, o significado mais profundo da realidade eterna, celestial, que se e)pressa na vida ?umana. eclarado como um princpio ?ermen(utico, o ob, letivo é discernir o *significado escondido* de um acontecimento, e)pondo a verdade eterna nele inserida. 6*sentido literal* ott puramente ?istórico... con +uanto valioso para situar a revela&(o num conte:to temporalH é de importncia apenas secund>riaF
Clemente de Ale:andria :e *;F3*R Clemente foi o primeiro a acrescentar o método alegrico de .ilo aos métodos de e:egese +ue ?> e:istiamF EmBora ten2amos visto evid@ncia de interpreta&(o alegrica antes desse tempoH conforme %F 0 CF ansonH o mé todo alegrico de .ilo era algo completamente novoF anson e:plicaW Além da alegoria conservadoraH de tipo ?udaicoH como encontramos na Epstola de *arrabé0 em "rineu e em TertulianoH e os tipos cristolgicos primitivosH agora se introdu1 uma espécie de alegoria Basicamente 2elenista e antiK2istrica +ue pretende produ1ir verdades gerais de moralH de psicologiaH de losoa eH nas m(os de Clemente e OrgenesH de um sistema de doutrina crist( +ue tornaKse consistentemente cada ve1 mais elaBoradoF
!upla interpreta&ão da Escritura
Con+uanto a interpreta&(o alegrica anterior fosse empregada um tanto esporadicamenteH com Clemente ela tornaKse um método +ue se aplica a toda a EscrituraF Como .iloH Clemente ensinava +ue a Escritura tin2a um signicado duploF An>logo ao ser 2umanoH ela tem um signicado de corpo QliteralR como tamBém um signicado de alma QespiritualR por tr>s do sentido literalF Clemente considerava o sentido escondidoH espiritualH como sendo o mais importanteF\\ O signicado literalH nota eleH deve provocar interesse em compreender o signicado mais profundoF Clemente escreveW !evido a muitas ra8#es, as &scrituras escondem o sentido... Assim, os santos mistérios das profecias são revestidos de parábolas.' 4< A nature8a da &scritura, portanto, e)ige uma interpreta"ão alegórica. &ncontrar !risto no Antigo Testamento !lemente também pensa que o método alegórico é necessário para que !risto seja descoberto no Antigo Testamento. '!lemente luta para demonstrar como !risto é a fonte suprema e o conteHdo da sabedoria no sentido mais profundo e, ao utili8ar o Antigo Testamento, sua abordagem é que !risto falou no Antigo Testamento e o que ele disse ali era anterior a tudo que ?avia de mel?or na filosofia grega, bem como sua fonte.'' !lemente
escreve9 '-os so Instrutor é o santo eus %esus, o Qerbo, que é o guia de toda a ?umanidade. $ próprio eus vivo é nosso Instrutor ..... 45 -as mãos de !lemente, o método alegórico leva a algumas interpreta"#es bastante estran?as do Antigo Testamento. /or e)emplo, na ?istória de Abraão e +agar, Abraão simboli8a o ?omem de fé, +agar, a filosofia secular, e Lara, a verdadeira filosofia. '!lemente entende a prefer(ncia de Abraão por +agar sobre Lara, que Abraão*estava escol?endo apenas o que é proveitoso na filosofia secular*, e quando ele disse a Lara9 A tua serva está nas tuas mãos* 1Gn 45.57, *manifestamente* estava di8endo9 *&u abra"o a cultura secular como mais jovem, e uma serva, mas teu con?ecimento eu ?onro e reverencio como verdadeira esposa'*.* R &le claramente não demonstra preocupa"ão alguma com a inten"ão do autor dessa ?istória para o povo de Israel. Além do mais, a ?istoricidade do relato não tem papel algum na sua interpreta"ão. !om o uso do seu método alegórico, !lemente poderia ter retirado a mesma mensagem de uma ?istória de um nHmero antigo da revista /eople.
Origens QcF
586-467
Orgenes foi c2amado provavelmente o mais inuente telogo da era crist( primitivaF o?e em dia ele ' visto soB uma lu1 muito mais favor>vel do +ue 2> um s'culo$ !e fatoH seria in?usto ?ulg>Klo como um clinse de seu mestre ClementeH como se ele 1esse alegoria dos dois Testamentos simplesmente no sentido de .ilo ou num sentido innitamente polivalente 2$63 T2iselton argumenta +ue A aBordagem de Orgenes est> muito mais arraigada numa teologia da encarna&ão e numa vis(o Xsacramental\ mundoFFF Cristo o ogos comunicaKse conosco de tr@s modos \cncarnacionais\W com seu corpo 2istrico e ressurreto_ com seu corpoH a igre?a_ e com seu \corpo\ das EscriturasH cu?as letras receBem vida pelo Esprito SantJFac Encontrar Cristo no Antigo Testamento Orgenes interessaKse pela prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoF EmBora Cristo tivesse sido predito no Antigo TestamentoH s com sua encarna&(o ' +ue o v'u foi retirado e o signicado espiritual por tr>s da letra foi e:postoF !ocYerZ oBserva +ue a aBordagem alegrica era uma e:tens(o da interpreta&(o cristolgica da igre?aH pois o signicado mais profundo +ue Orgenes procurava era cristoc@ncricoF 0ara OrgenesH Cristo era o centro da istria e a c2ave para o entendimento do Antigo TestamentoF Cristo 2avia soBrepu?ado as leis e as cerimnias do Antigo TestamentoH e a aBordagem literal de seu signicado tin2a de ser mudada $95 Orgenes est> convencido de +ue a mera interpreta&(o literal pode indu1ir as pessoas ao erroF N(o 2avia Maticiort re?eitado o Antigo Testamento devido ao seu entendimento literal E os ?udeus n(o 2aviam re?eitado Jesus em ra1(o de seu entendimento literal
Orgenes escreveW Os defensores da circuncisão... recusavamse a crer no nosso Lalvador. &ra inten"ão deles seguir a letra das profecias que falavam dele, mas não o viam fisicamente proclamandoIiInerta"ão aos cativos** 1Is 54. 47, ou*alegrando a cidade* 1LI <5 <,37... ou *destruindo os carros de &fraim e os cavalos de %erusalém* 1Sc O.467... /or não terem visto qualquer dessas coisas acontecer no sentido fsico com o advento daquele que cremos ser o !risto, eles não aceitaram nosso Len?or %e, sus ...... ' !om refer(ncia aos judeus, aos gnósticos, aos marcionitas e aos cris tãos simples, $rgenes argumenta9 'A ra8ão pelas opini#es falsas, pelas atitudes impiedosas e pela conversa superficial sobre eus da parte desses grupos que acabamos de mencionar, parece não ser outra senão o fato de a &scritura não ser compreendida em seu sentido espiritual, mas interpretada de acordo com a mera letra.'m /ara $rgenes, a questão era a letra ou o !Lpfrito.53 -o /refácio D sua obra l inst Principies, ele afirma9 'As &scrituras foram escritas pelo &sprito de eus e t(m um significado, não aquele que aparece D primeira vista, mas outro, que foge D observa"ão da maioria. /ois as palavras que são escritas são as formas de certos mistérios, e as imagens de coisas divinas, a respeito das quais ?á uma opinião em toda a igreja, de que toda a lei é na verdade espiritual, mas que o significado espiritual transmitido pela lei não é con?ecido de todos, mas somente por aqueles sobre os quais a gra"a do &sprito Lanto é outorgada na palavra de sabedoria e con?ecimento'. Trplice interpreta"ão da &scritura !orrespondender, D visão da pessoa ?umana como corpo, alma e esprito, $rgenes prop#e tr(s nveis de significado para os te)tos bblicos9 'evese inscrever sobre a alma as inten"#es da literatura sagrada de modo trplice9 a pessoa mais simples pode ser edificada pela matéria da &scritura, por assim di8er 1matéria é nossa designa"ão para o entendimento óbvio7, aquele um tanto mais avan"ado, por sua alma, por assim di8er, mas a pessoa que é perfeita... pela
lei espiritual +ue contém \somBras dos Bens vindouros\ QB *;F*RF 0or+ueH assim como o ser 2umano consiste ste em corpoH alma e espritoH assim tamBém é a Escritura +ue !eus preparou para ser dada para a salva&(o da 2umanidade **F6* Essa cita&(o acima mostra +ue Orgenes )s ve1es liga seus nveis de signicado a tr@s nveis de pessoas na congrega&(oW os crentes simplesH a+ueles +ue s(o um pouco mais avan&ados e os perfeitosF "sso reete sua preocupa&(o pastoralF Na verdadeH T2iselton argumentaW 0or ve1esH a \interpreta&(o alegrica\ c2ega perto de representar o +ue 2o?e em dia c2amaramos de aplica&(o pastoralH e a+uiH Orgenes Bril2a no seu m>:imoF ~ Mas em outras ocasi'esH Orgenes usa os tr@s sentidos das Escrituras para oBter nveis diferentes de signicado QcontePdoR do mesmo te:toF aA interpreta&(o espiritual é a +ue se relaciona a Cristo e as grandes verdades da dispensa&(o salvadora de !eusH en+uanto a interpreta&(o moral QalmaR é a +ue se relaciona ) e:peri@ncia 2umanaF 0or e:emploH o signicado espiritual da constru&(o da arca por Noé di1 respeito a Cristo e ) "gre?a_ o signicado moral se aplica ao 2omem +ue se
desvia do mundo mau ao seu redor eH oBediente aos mandamentos de !eusH prepara uma arca de salva&(o em seu prprio cora&(oF O sentido corporal refeceKse ao acontecimento 2istrico da constru&(o da arca por NoéF EmBora Orgenes tivesse iniciado sua interpreta&(o como sentido corKpor( H claramente favorece o espiritualF Escreve eleW rios e serm'esH eleH muitas ve1esH gasta pou+ussimo tempo com o sentido literalH a m de ir rapidamente para o sentido espiritualF 0or e:emploH escreve num coment>rio: Essas coisas parecem n(o oferecer proveito ao leitor +uanto ao desenroK o
lar da 2istriaFFF é necess>rioH portantoH dar a tudo um sentido espiritual\ Num serm(o soBre o sol +ue parou QJs *;F*K*6RH Orgenes primeiro resume a 2istria eH em seguidaH di1W EssesH conforme a 2istriaH os milagrosos atos de poder divinoH pregam para todas as eras_ n(o necessitam interpreta&(o de foraH pois a lu1 da realidade fatual Bril2a nelasF Mas ve?amos agora +ue espécie de con2ecimento espiritual est> neles contidoH)\ Jernimo credita a Orgenes serm'es puBlicados soBre te:tos do Antigo Testamento e *-; soBre te:tos do Novo Testamento\ ` um interessante reverso da sele&(o atual de te:tosF Somente cerca de du1entos desses serm'es soBrevivemH mas a evid@ncia é suciente para dar crédito a Orgenes pela cria&(o da forma cl>ssica de 2omiliaF* Seu modelo era como segueW !epois da leitura e com pouca ou nen2uma introdu&(oH Orgenes come&ava a e:plicar a EscrituraH versculo por versculoF Tratava primeiramente do sentido literal e depois de +uais+uer sentidos espirituais +ue descoBrisseF Sempre procurava uma maneira de seus ouvintes aplicarem a passagem N vidaH) Josep2 ien2ard oBserva +ue a leitura continua das EscriturasH sem omiss'esH e:igia coragem ` ou mel2orH conan&a no poder da 0alavra de !eusFFF Orgenes estava convencido de +ue o Esprito Santo era autor das Escrituras e +ue o Esprito Santo ?amais teria composto de modo deslei:ado ou desa?eitado_ cada palavra tin2a de ter um signicado profundo [ ou mel2orH um signicado +ue trou:esse proveito ao leitor e ao ouvinte 0or e:emploH lemos em #@nesis *8F8 +ue ABra(o estava de pé deBai:o de urna >rvoreF Orgenes di1W N(o devemos crer +ue era de maior interesse ao Esprito Santo escrever nos livros da lei onde ABra(o estava de péF No +ue isso me a?udaria a ouvir o +ue o Esprito Santo ensina ra&a 2umanaH se ou&o apenas +ue ABrar(o\perirraraceu de pé\FFF deBai:o de uma >rvore\RF
0ara encontrar o signicado mais profundo de toda palavra ou fraseH OrgeH nes emprega a interpreta&(o alegricaF Seus serm'es demonstram o +ue ele +uer di1er com essa interpreta&(o alegricaF Ao pregar soBre a Batal2a de "srael contra Amale+ue QD: *)RH Origens l@ o versculo 9W Com issoH ordenou Moisés a JosuéW Escol2eKnos 2omensH e saiH e pele?a contra Amale+ueH e e:clamaW Até esse ponto a Escritura ?amais 2avia mencionado o Bendito nome de JesusF A+uiH pela primeira ve1H aparece o Bril2o do nomeF 0ela primeira ve1H Moisés fa1 um apelo a Jesus e di1 a eleW \Escol2eKnos 2omens\F Moisés invoca JesusH a lei pede a Jesus para escol2er 2omens fortes dentre o povoF Moisés n(o pode escol2er_ somente Jesus pode escol2er 2omens fortes dentre o povoF Moisés n(o pode fa1er a escol2aH é s Jesus +ue pode escol2er 2omens fortesF Ele disseW \N(o fostes vs +ue escol2estes a mim_ eu vos escol2i a vs outros\FFF 0regando soBre a viagem de "srael a MoaBe QNua 3*F*6K*8RH Origens nota +ue o Sen2or ordenou a Moisés +ue ?untasse o povo perto do po&o e disseW E l2e darei >guaF Ele oBserva como era estran2o +ue o povo n(o fosse por espoeH tnea vontade até o po&o +uando tin2am sedeH mas tiveram de ser conclamadosF Continua ent(oW A oBscuridade do sentido literal nos leva de volta , ri+ue1a da interpreta&(o espiritualF AssimH penso ser conveniente reunir de outras parH tes da Escritura os mistérios dos po&osH para +ueH mediante compara&(o de v>rios te:tosH a oBscuridade desse trec2o possa car esclarecidaF !epois de uma longa discuss(o soBre o signicado de muitos po&osH Orgenes concluiW 0ara esse po&oH a fé de CristoH a lei nos mania ir_ pois ele disseW \Moisés falou de mun".s` !o signicado literal do povo de "srael se ?untando em volta do po&o para BeBer >guaH Orgenes leva a um signicado Bastante diferenteW Moisés é a leiH e o po&o e Jesus CristoF A mensagem da passagemH segundo OrgenesH é +ue a lei nos conclama a BeBer de CristoF "ronicamenteH o princpio 2ermen@utico de se comparar a Escritura coma Escritura come&a a funcionar para Orgenes como servo da interpreta&(o alegrica centrada em CristoF
Orgenes come&a sua série de serm'es soBre o ivro de Josué com uma introdu&(o ao signicado desse livroW O signicado n(o é tanto nos relatar os atos de Jesus OmuéRH l2o de NumH +uanto é contar os mistérios de JesusH meu Sen2orF 0ois ele +ueH depois da morte de MoisésH passou a assumir a lideran&aH é
ele +ue comandou o acampamento e +ue lutou contra Amale+ue_ e o +ue foi indicado na montan2aH com a+uelas m(os estendidasH ele reali1ou na cru1H soBre a +ual em sua prpria pessoaH ele triunfou soBre os poderes e domniosF 0regando soBre a Batal2a de Jerico os 6RH Orgenes di1 +ue Josué representa Jesus e Jeric>H este mundoF Os sete sacerdotes +ue carregam as tromBetas representam M ateusH MarcosH ucasH Jo(oH TiagoH Judas e 0edroF A prostituta %aaBe representa a "gre?aH +ue consiste em pecadores_ o o de escarlate +ue ela amarrou para salvar do massacre a si mesma e sua casa representa o sangue redentor de CristoFX\ E na sua prega&(o soBre o sol parado para +ue Josué vencesse os cinco reis +ueH suBse+VentementeH se escondem numa caverna Os *;F*K*6RH Orgenes declara +ue Josué é JesusH os cinco reis s(o os cinco sentidos da carneH e a caverna representa Xtos oBras terrenas do corpo em +ue os sentidos est(o imersosF
A%alia&ão da interpreta&ão aleg'rica
ontribuições valiosas Como o método alegrico é fre+Ventemente re?eitado 2o?e em diaH comecemos por notar alguns fatores positivosF 0rimeiroH o uso +ue os pais da igre?a fa1iam da interpreta&(o alegrica era uma tentativa aut@ntica de pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoF SegundoH sua prega&(o em geral n(o era antiBBlicaH pois tin2am a tend@ncia
de usar a interpreta&(o alegrica dentro do conte:to da Escritura e do arcaBou&o da regra de fés\ TerceiroH com o método alegricoH os pais da igre?a podiam defender o car>ter crist(o do Antigo Testamento com sucesso contra as acusa&'es de marciortistasH gnósticos e nãocristãos como !elso. @inalmente, o método alegórico é, na verdade, um bom método para se interpretar as alegorias. Ema alegoria é uma metáfora ampliadaKou seja, numerosos elementos numa ?istória formam um fio de metáforas que possuem um significado mais profundo e unificado. /or e)emplo, a parábola que %esus contou do semeador é, na verdade, uma alegoria9 a semente é a /alavra, os terrenos diferentes onde a semente caiu K B beira do camin?o, em terreno roc?oso, na terra com espin?os e na boa terraK representam pessoas diferentes e ciladas diferentes 10e <.;:67. $ /eregrino, de Munin, é também uma alegoriaC perderamos seu significado se não o interpretássemos alegoricamente. -o Antigo Testamento, encontramos diversas alego, nas9 por e)emplo, os son?os de %osé, de @araó, do copeiro e do padeiro real, de -abucodonosor e de aniel. $utros e)emplos são as parábolas das árvores O) O.2437, a videira transplantada 1LI 26.2457, a videira infrutfera 1Is 3.4 ,=7 e as duas águias e a videira 1&8 4=.;46, :::<7. /ara um entendimento correto, todos esses trec?os requerem uma interpreta"ão alegórica.
Deficiências da interpretaço alegórica &ntretanto, usar a interpreta"ão alegórica para outros g(neros de literatura, digamos, por e)emplo, para a narrativa ?istórica, é cometer um erro de g(nero e ler idéias estran?as no te)to. !lemente e $rgenes liam narrativas ?istóricas como se fossem alegorias, ou seja, metáforas ampliadas. Ainda recon?eciam o sentido ?istórico como sendo verdadeiro, mas o 'sentido corporal' pouco funcionava na sua interpreta"ão e prega"ão. $ nvel mais pro fundo do significadoK%osué é %esusC jerico é o mundoC aabe, a igrejaC o fio escarlate, o sangue de !risto K toma a palavra do Antigo Testamento uma mensagem cristã. Ao procurar a mensagem real nesse sentido 'mais profundo*, a interpreta"ão alegórica violenta a nature8a ?istórica da narrativa bblica e, em Hltimo sentido, acaba negando o valor da ?istória redentora. !onforme escreve $scar !ullmann, 'o Antigo Testamento aqui se toma um livro de enigmas, e seu conteHdo, na medida em que é a revela"ão de uma ?istória redentora que se move em dire"ão a !risto como seu alvo, é despojado de seu valor'.'
Em contraste com a Escola de Ale:andriaH Justmo e "rineu empregam outra espécie de interpreta&(o alegricaF Em geralH eles n(o l@em a narrativa 2istrica como alegoriaH ou se?aH como met>fora ampliadaF Em geralH eles aceitam a 2istria pelo +ue ela éH mas ocasionalmente eles usam um Pnico elemento de uma 2istria como met>foraF 0or e:emploH +uando uma narrativa menciona uma >rvore ou madeiraH esse elemento tende a ser lido como met>fora da cru1 de CristoF Ou a cor escarlate tende a ser lida como met>fora do sangue de CristoF L +uase como se 2ouvesse listas para a?udar os pregadores a identicar as met>forasW madeira h cru1H vermel2o h sangueH Moisés h leiH Josué h JesusF Ainda +ue n(o 2ouvesse essas listasH n(o demoraria muito para uma igre?a +ue +ueria pregar Cristo a
partir do Antigo Testamento estaBelecer essa espécie de tradi&(o oralF O proBlema com a alegori1a&(o de Justino e "rineu n(o era tanto +ue eles n(o fa1iam ?usti&a , nature1a 2istrica da narrativaH +uanto era +ue eles suspendiam a nature1a momentaneamente para fa1er uma liga&(o f>cilH supraK2istricaH com JesusF O proBlema é +ue eles procuram essa rela&(o com Jesus em algum detal2e um tanto incidental em ve1 de na mensagem do autor inspiradoF Se é possvel isolar um detal2e para tratamento como met>foraH por +ue n(o outros Um perigo da alegori1a&(o é a tend@ncia de aproveitarKse de todo detal2e da narrativa a m de atender , causa 2omiléticaF Mas a interpreta&(o de um s detal2e da narrativa 2istrica como met>foraH a n(o ser +uando era essa a inten&(o do autorH distorce a mensagem do autorF Como a interpreta&(o alegrica n(o é dirigida pela inten&(o do autor inspiradoH ela dei:a os pregadores escancarados para o perigo de interpreta&'es arBitr>rias e suB?etivas A interpreta&(o alegrica de Origens era geralmente limitada apenas por sua imagina&(oF aviaH porémH outros parmetros ou salvaguardas +ue ele estaBeleceu para siW Q*R a prpria Escritura e Q3R a regra de fé da "gre?d\F Mas nem todo pregador oBservar> esses limitesF uA maldi&(o do método alegricoH escreve $ernard %ammH é +ue ele oBscurece o verdadeiro sentido da 0alavra de !eusFFF A $iBlia tratada de forma alegrica tornaKse massa de modelar na m(o do e:egetaF Em ve1 de os pregadores serem ministros QservosR da 0alavraH eles se tornam seus mestresF Apesar de sua longa tradi&(oH a interpreta&(o alegrica precisa ser re?eitada como método vi>vel para a prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoF et
ad
I n t e r p r e t a ã o t i p o & = g i " a Pano de fundo N(o precisamos nos demorar a respeito do pano de fundo da interpreta&(o tipolgicaH por+ue ela compartil2a muito de sua origem com a interpreta&(o alegrica Qver acimaRF !istinta do método alegricoH a interpreta&(o tipolgica remonta suas ra1es ao Antigo TestamentoF 0or e:emploH os profetas usavam o e:ercia do Egito como um tipo da futura liBerta&(o +ue !eus faria ao tirar seu povo da $iBilcuriaFX O Novo Testamento u
também usa, freqPentemente, a interpreta"ão tipológica, conforme veremos no !aptulo L. $s pais apostólicos como %ustino 0ártir e Irineu, continuaram essa tradi"ão. !om Irineu, especialmente, observamos o desenvolvimento de princpios sadios de ?erimentititica9 o
Antigo e o -ovo Testamento são vistos como um todo unidoC !risto está no cerre das &scriturasC a &scritura é coerente consigo mesmaC a &scritura deve interpretar a si mesmaC devese interpretar uma passagem dentro de seu próprio conte)to e na estrutura da regra de fé. as0 então0 lemente e ,r8genes de Ale9andria adotaram e espal!aram um método grego de interpretação aleg:rica% A (m de contrabalançar essa abordagem nada !ist:rica0 uma nova escola foi iniciada no século & ;0 em Antio
A 6scola de Antio!uia Antio
A principal diferen"a entre a interpreta"ão tipológica e a alegórica é a forma como a ?istória da reden"ão funciona na interpreta"ão. &mbora a interpreta"ão alegórica talve8 não negue a ?istória redentora, ela não desempen?a papel importante na interpreta"ão da &scritura. &m contraste, a interpreta"ão tipológica requer a ?istória redentora, porque a analogia e o desenvolvimento progressivo entre tipo e atr urtipo são feitos dentro da ?istória redentora. !omo disse U. %. Voollcombe9 *A e)egese tipológica é a busca por elos entre acontecimentos, pessoas ou coisas dentro da estrutura histórica da revelação, enquanto o alegorismo é a busca de um significado secundário e escondido subjacente ao sentido principal e óbvio de uma narrativa'.' Ema diferen"a relacionada a isso é que !lemente e $rgenes viam pelo menos dois sentidos na maioria dos te)tos bblicos. A &scola de Antioquia, em contraste,
optava por um sentido PnicoH o literalK2istricoF A interpreta&(o literalH porémH pode tornarKnos cnscios de um tipo +ue re+uerer> interpreta&(o tipolgicaH mas nem todo te:to contém um tipoF Jo2n $recY elucida a posi&(o de Antio+uiaW !iodoro o fundador da escola e seu aluno Teodoro come&aram com uma pressuposi&(o 2ermen@utica oposta , de OrgenesW nem toda passagem da Escritura tem um signicado espiritualH mas toda passagem tem seu signicado 2istrico e literalF Segundo !iodoroH a tarefa do e:egeta é discernir dentro do acontecimento 2istrico tanto seu sentido literal +uanto seu sentido espiritualF 0ara essa comBina&(oH eles empregavam o termo t!eoria0 +ue é a percep&(o espiritual do e:egeta em discernir uma realidade escatolgica e soterolgiUH nos acontecimentos passadosF Esse ponto de partida muda o foco do intérpretepregador do te:to para a 2istria redentora documentada pelo te:toF A principal reali1a&(o dessa mudan&a é +ue o sentido espiritual é locali1ado dentro do sentido literalF !entro do prprio acontecimento 2istricoH a t!eoria descoBreH n(o dois sentidos diferentesH mas o +ue podemos c2amar de um \sentido duplo\H do +ual a dimens(o espiritual é rmemente fundamentada soBre a dimens(o literal e 2istricaFFF Essa rela&(o e:pressa um sentido duploW o intencionado pelo autor Qsentido literalR e o +ue aponta adiante e encontra cumprimento na era messinica9\AssimH a t!eoria oferecia a !iodoro um camin2o do meio entre os e:cessos da
alegoria e da+uilo +ue ele denominava ?udasmoH signicando uma concern@ncia para o sentido literal da Escritura somente 39 Os principais mestres da Escola de Antio+uia eram Teodoro de Mopsuestia e TeodoretoF EmBora n(o fosse mestre nessa escolaH Jo(o Crisstomo éH em geralH associado a ela em ra1(o de sua vis(o da interpreta&(o das EscriturasF E:aminaremos mais de perto o ensino de Teodoro e a prega&(o de CrisstomoF eodoro
de +opsu'stia (!"#$%&'
Teodoro viveu em Antio+uia e tornouKse $ispo de MopsuéstiaF Ele escreveu um tratado contra o alegorismo denominado
Orgenes tirava a realidade da 2istria BBlicaF TamBém atacou o apelo +ue Orgenes fe1 alegoria de 0aulo em #>latas para ?usticar a interpreta&(o alegricaF Em seus coment>rios soBre #>latas F3aH Teodoro come&a denunciando fortemente a+ueles +ue \t@m grande entusiasmo por falsicar o sentido da Escritura divina\e +ue criam\do seu prprio entendimentoH algumas f>Bulas >fabulael sem sentidoFFF o apstolo n(o eliminou a istriaH nem retirou a&'es +ue 2aviam ocorrido muito tempo atr>s\F 0elo contr>rioH 0aulo utili1ou o relato de acontecimentos passados para elucidar suas prprias palavras9 Noutras palavrasH 0aulo usou esses acontecimentos 2istricos passados meramente como ilustra&(o de sua prpria mensagemH n(o como modelo de interpreta&(o desses acontecimentosF 2
Em sua prpria aBorda emH Teodoro utili1a a interpreta&(o gram>ticoK2istricaF Ele focali1a o sentido natural e literal_ como "rineu antes deleH procura determinar o signicado 2istrico original de uma passagemF 0or e:emploH em oBra soBre os SalmosH ele procura reconstruir da istria as evid@ncias soBre a mais prov>vel ocasi(o da composi&(o de cada SalmoF Ele Busca o signicado +ue foi originalmente pretendido pelo aiitorF\ Somente se o autor tin2a a inten&(o de usar uma palavra ou frase como gura de linguagem é +ue Teodoro oro a interpretava gurativamenteF g
m
Em contraste com a interpreta&(o alegricaH o método de interpreta&(o de Teodoro limita severamente o nPmero de te:tos do Antigo Testamento +ue falam de CristoF !o seu coment>rio soBre os profetas menoresH seu princpio parece serW a n(o ser +ue o Novo Testamento realmente cite o te:toH ele n(o é messinicoFFF Até mesmo +uando o Novo Testamento cita um te:to do Antigo TestamentoH ele pode ser apenas ilustrativo em ve1 de uma indica&(o de um sentido messinico_ até Oséias **F *H di1 TeodoroH n(o fa1
refer@ncia a CristoH apesar de Mateus 3F*F
preca&(o dos SalmosH um Snodo de Constantinopla ?ulgouW Ele Teodoro ligava todos os Salmos de um modo ?udaico a oroBaBel e E1e+uiasH e:ceto os tr@s +ue ele relacionava ao Sen2orF\ $lacYman nos informa +ue 'Teodoro foi c?amado de *judai8ante* 1como mais tarde o foi !alvino7 por +ue ele entendia o Antigo Testamento dentro de seu sentido 2istrico e se recusava a ler doutrinas cristãs nele, como estava sendo feito cada ve8 mais em seus diasF\ Ele concedia +ue algumas passagens do Antigo Testamen to foram cumpridas em !risto, por e)emplo o Lalmo ::, que, embora ten?a sido escrito com refer@ncia a !avi e ABsal(o pensava Teodoro foi tomado pelos evangelistas com Bastante ?usti&a como refer@ncia , pai:(o de CristoF !e igual modoH Joel *F38 foi apropriadamente assumido por 0edro como elucidativo do primeiro /rotestaste cristão, embora essa pudesse não ter sido a inten"ão consciente do antigo profeta'. 'I
Teodoro usa tamBém a interpreta&(o tipolgicaH masH dado os e:cessos de Justino M>rtirH "rineu e outrosH ele parece restringir o nPmero de tipos descobertos Dqueles citados no -ovo Testamento.'* &le 'desenvolveu a idéia de "rineu soBre tipologiaH mas a manteve limitada a uma correspond@ncia 2istricaF O signicado de um te:to era seu signicado 2istricoF Mais tarde na 2istria redentoraH podiaKse notar correspond@ncias QtiposR provenientes de modelos no plano de !eusF AssimH o Salmo 33 é em si 2istrico e apenas tangencialmente se aplica a !risto como se aplicaria a qualquer sofredor. Ló se aplica a Cristo par e9cellence0 por+ue ele é o sumo sofredorF 465
A partir dos escritos de TeodoroH Jo2n $recY destila tr@s critérios interH relacionados para se discernir um tipo aut@nticoW 0rimeiroH uma semel2an&a "mimesis' deve e:istir entre os dois plos ou as duas imagensH tipo e anttipoF Legundo, a rela"ão entre essas duas imagens 1pessoas ou acontecimentos7 deve estar na ordem de promessa e cumprimentoH para +ue o tipo se?a reali1a do e atuali8ado no anttipo... & terceiro, a realidade transcendente do anttipo
deve realmente participar do tipoH transformandoH assimH o acontecimento 2istrico em veculo de revela&(oF *;)
?7@-7A@ Jo(o Crisstomo Qo $oca de OuroR era e:mio pregador emAntio+uiae mais tarde >?38 tornouKse ArceBispo de ConstantinoplaF Seus setecentos ou mais serm'es documentados seguem uma lin2a de e:egese sBria e 2iset>ricaF l^ Como TeodoroH ele admoesta soBre o perigo da interpreta&(o alegricaW \Apr>tica de introdu1ir idéias estran2asH de nossa prpria imagina&(oH ,s Escrituras Sagradas em ve1 de aceitar o +ue permanece escrito no
te:toH em min2a opini(oH e:p'e a grande risco a+ueles +ue t@m a tenacidade de seguilaF\ EH como TeodoroH ele ataca o apelo de Orgerres a #aiatas 7 para seu método alegricoF Crisstomo sugere +ue 0auloH por um mau uso de linguagemFFF c2amou o tipo de alegoriaF\ Em sua prpria interpreta&(oH Crisstomo tamBém Busca vericar a inten&(o dos autores originaisF Ele armaW N(o devemos e:aminaras palavras como palavras nuasFFF nem e:aminar a linguagem por si sH mas ter em mente o pensamento do escritorF\ Além dissoH ele se preocupa com entender as palavras dentro de seu conte:to liter>rioF Ant2onZ T2iseltorH resume a aBordagem de CrisstomoW 2O intérprete deve Buscar o signicado Xliteral\ sentido conte:tuai e propositalF ; \literal\ poder> incluir o uso de met>fora ou outras guras de linguagemH se esse foro signicado +ue sugere o propsito do autor e seu conte:to lingVsticooF **3 Mas 2> maisF O Antigo Testamento funciona tamBém no conte:to do Novo TestamentoF 0ortantoH Crisstomo permite +ue o seu entendimento da mensagem centralH salvadoraH de toda a Escritura oriente sua interpreta&(o de +ual+uer parteF\ O conte:to do Novo Testamento permite interpretar o Antigo Testamento em termos de cumprimento futuroF Ao pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoH Crisstomo utili1a a profecia em dois sentidos_ profecias +ue consistem em palavras Qpromessapredi&(oR e profecias +ue consistem de acontecimentos 2istricos QtiposRF !i1 eleW Eu vos darei um e:emplo de profecia por meio das coisas e de profecia em palavrasH com respeito ao mesmo oB?etoW \Como cordeiro foi levado ao matadouro_ eH como ovel2a muda perante os seus tos+uiadoresH ele n(o aBriu a Boca\ Q"s -F)R_ essa uma profecia em palavrasF Mas +uando ABra(o tomou "sa+ueH viu um cordeiro preso pelos c2ifres mim espin2eiro e ofereceu o sacrifcio Q#n 33F-K*-RH ele realmente proclamouKnosH por meio de um tipoH a salutar 0ai:(oF é
E:pandindo a idéia de tipologiaH Crisstomo di1 em outro lugarW O tipo receBe o nome de verdade até +ue a verdade este?a prestes a virH mas +uando vier o verdadeiroH o nome n(o é mais usadoF Semel2antementeH na pinturaW um artista desen2a um reiH mas até +ue as cores se?am aplicadas ele n(o é c2amado de rei_ +uando as cores s(o vestidasH o tipo é escondido pela verda de e n(o é mais visvelH e di1emos ent(o \Eis o %ei '*. igado a issoH Crisstomo demonstra tamBém consci@ncia de uma progress(o na revela&(o de !eusF As festas ?udaicasH di1 eleH n(o precisam mais ser oBservadasF A raK(oW J> +ue veio a IerdadeH os tipos n(o t@m mais lugarF6 43
A%a&iaão dainterpretaão tipolgica ContriBui&'es %aliosas Ao avaliarmos a interpreta&(o tipolgica conforme renada pela Escola de Antio+uiaH come&amos por recon2ecer as contriBui&'es valiosasF 0rimeiroH em contraste coma interpreta&(o alegricaH a interpreta&(o tipolgica continuou uma forma de interpreta&(o BBlica +ue tin2a suas ra1es no Antigo Testamento Qsegundo @:odoH segundo temploR e oresceu completamente no Novo Testamento Qespecialmente em eBreusRF ar SegundoH em contraposi&(o , interpreta&(o alegricaH essa escola elimi nou as interpreta&'es arBitr>rias e suB?etivasF ?o2n $roadus ?ulgaW L uma das grandes distin&'es de Crisstomo +ue sua interpreta&(o este?a +uase completamente livre da louca alegori1a&(o +ue tin2a sido +uase universal desde Origenes TerceiroH essa escola promovia a interpreta&(o 2istrica sadiaF Mesmo na sua interpreta&(o tipolgicaH eles insistiam em rgida ader@ncia , forma 2istrica de e:posi&(o BBlicaH mesmo no discernimento e desenrolar do tipo Conf orme eon2ard #oppeltH eles defendiam a tipologia como meio termo ade+uado entre a literalidade dura da e:posi&(o ?udaica e a c&(o alegricaF '6
.inalmenteH essa escola recon2ecia +ue e:iste progress(o na revela&(o divinaF Um alegorista poderia ac2ar algo muito mais rico soBre Jesus Cristo e a salva&(o em #@nesis do +ue em ucasF Mas se a revela&(o progressiva for entendida corretamenteH é impossvel uma manoBra dessas por um e:eget>\F\ .al2as da i nt er p r e t aç ãot i pol ó gi c a No aspecto negativoH a interpreta&(o tipolgica enfrenta o perigo de degenerar e transformarKse em tipologi1a&(oH ou se?aH ampliar demais o uso da tipologia procurando tipos em detal2es incidentais do te:toF Em Justino M>rtirH "rineu e outrosH a tipologi1a&(o resultou na prolifera&(o de tipos aleatriosF Mais tardeH na "dade MédiaH pregadores viam os seguintes tiposW a cria&(o de Evado lado de Ad(o um tipo de Cristo na cru1 tendo seu lado ferido_ o p(o e vin2o de Mel+uisede+ue s(o tipos do p(o e do vin2o da Eucaristia_ "sa+ue ao carregar a madeira suBindo o monte tipo de Cristo carregando a cru1_ José no po&o é tipo de Cristo na tumBaF\ Até pregadores modernos n(o est(o imunes a essa tipologi1a&(oF Algumas amostras de serm'es recentes parecem con2ecidasW a oBedi@ncia de José ao procurar por seus irm(os é um tipo profético da oBedi@ncia de Jesus_ sua venda aos ismaelitas pregura Cristo sendo vendido por Judas_ a luta de Jac em 0eniel pregura a luta de Cristo no Calv>rio_ o cuidado de Noemi por %ute pregura o cuidado de Cristo por seu povo_ a 2omenagem prestada pelas mul2eres a !avi pregura a 2omenagem +ue o infante Jesus receBeu em $elémF 44< é
A tipologi1a&(oH por sua ve1H pode desli1ar para a alegori1a&(oF
fora ampliadaH os tipos acaBam sendo criados e n(o descoBertosH e o desli1e para o alegorismo tornaKse demasiadamente f>cil .ica claro +ue o desao para a interpreta&(o tipolgica é encontrar alguma medida de controle para +ue n(o se transforme em tipologi1a&(o ou até mesmo alegori1a&(oF Teodoro certamente recon2eceu esse desaoH por+ue parece +ue traBal2ava com a regraW A n(o ser +ue o Novo Testamento realmente cite o te:toH ele n(o é messinicoF Mas essa regra é restrita demaisH pois n(o e:iste ra1(o para se pensar +ue o Novo Testamento tivesse sido e:austivo na cita&(o de te:tos do Antigo Testamento +ue encontraram cumprimento em JesusF Se a interpreta&(o tipolgica for um 444
método con>velH deve ser capa1 de descoBrir tipos de Cristo +ue n(o foram mencionados pelos escritores do Novo TestamentoF
Outro perigo da interpreta&(o tipolgica é +ue os pregadores em seus serm'es simplesmente tracem uma lin2a do tipo para o anttipoF Mas tra&ar lin2as até Cristo n(o é o mesmo +ue pregar CristoF Como uma lin2a até Cristo edica os ouvintes A tarefa do pregador n(o é apenas tra&ar lin2as até CristoH mas pregar Cristo de modo tal +ue as pessoas se?am atradas a ele e colo+uem sua féH conan&a e esperan&a neleF 0recisaremos e:plorar a tipologia com mais detal2es nos captulos e 6H mas para o momentoH continuamos nosso estudo de como a prega&(o de Cristo se desenvolveu durante a "dade MédiaF
(nterpreta&ão qu>drupla Panode fundo !epois das escolas de Ale:andria e de Antio+uiaH a interpreta&(o alegrica e tipolgica continuou a e:istir lado a lado dentro da igre?aF !i1Kse +ue il>rio de 0oitiers QeF -;; H-6)R foi o primeiro pai ocidental a aBsorver e lucrar coma inu@ncia de Crgenes F *3\AmBr6sio Q--9K-9)RH ArceBispo de Mil(oH tamBém usou a interpreta&(o alegricaF O principal princpio 2ermen@utico +ue guiou a interpreta&(o BBlicaH a partir de Agostin2o e ao longo de toda a "dade MédiaH foi o dos +uatro sentidos da EscrituraF Orgenes ?> 2avia ensinado soBre os tr@s sentidos da Escritu ra an>logos , pessoa 2umanaW o corpo como o sentido literal do te:toH a alma como o sentido moral e o esprito como o sentido espiritualF Como OrgenesH AmBrsio tamBém ensinou um signicado trplice da EscrituraW literalK 2istricoH moral e msticoF * Agostin2oH inuenciado por AmBrsioH acrescentou um +uarto sentido +ue Busca o signicado escatolgicoF
Osquatro sentidos das 6scrituras
Nesta se&(oH e:aminaremos a oBra de tr@s principais gurasK c2aveW Agostin2oH Jo(o Cassiano e Tom>s de A+uinoF Agostin2o Q-K-;R A oBra de Agostin2o tem sido c2amada de transi&(o entre a "gre?a 0rimitiva e a "dade MédiaW é o cume de v>rios séculos de pensamento crist(o e forma o fundamento de uma teologia no Ocidente por v>rios séculos seguintes\F 'z` EmBora
Agostin2o se?a con2ecido principalmente por sua luta contra 0el>gio e !onatoH ele era tamBém uma importante pe&a na 2ermen@utica BBlicaF Antes de tornarKse crist(oH Agostin2o pertencia aos mani+uestasH seita +ueH como a de MarcionH re?eitava o Antigo Testamento devido , sua rude1a e imoralidadeF MasH +uando se mudou para Mil(oH Agostin2o foi atrado para a interpreta&(o alegrica e prega&(o de AmBrsioH pois a interpreta&(o alegrica era capa1 de resolver os trec2os proBlem>ticos do Antigo Testament oF Con fo rme o p rp ri o A go sti n2 o recordaW Ouvi com deleite AmBrsioH nos serm'es para o povoH muitas ve1es recomendando como regra este te:toW \A letra mataH mas o esprito vivica\ Q3Co -F6RH en+uantoH ao mesmo tempoH ele retirava o véu mstico e e:pun2a , vista o signicado espiritual da+uilo +ue parecia ensinar doutrinas perversas se fosse tomado pela letraF °0 Agostin2o nalmente tornouKse $ispo de iponaH Norte da =fricaF A ele ca Be a 2onr a de te r esc rito o prim eiro manu al de 2ermen @utic a e 2omiléticaH \ intitulado Ou !ristian ocome% No livro 6 desse manualH ele coloca o princpio de +ue toda prega&(o deve ser fundamentada na 0alavra de !eusF 12 L irnico +ue Agostin2oH anteriormente mani+uestaH tornouKse um da+uela 9in2a de apologetas crist(os +ue Buscavam defender a autoridade divina de toda a $ikiliaH particularmente do Antigo TestarnentJFu\
Em idade de eus Q*K33RH Agostin2o apresenta a rela&(o entre o Antigo e o Novo Testamento com vistas , 2istria redentora +ue iria moldar a vida da igre?aF Agostin2o perceBia nas Escrituras uma lin2a de progress(o da 2istria e profecia divinas a mover através de uma série de erasH culmiK nando na de CristoH a se:ta épocaH a da igre?aF 0or todo esse tempoH e:istiam dois grupos de pessoas +ue constituem duas cidades [ uma dedicada ao amor deste mundo_ a outraH a !eusF A Pltima eraH a da igre?aH continuaria até o dia do ?ui1oF\ Com respeito , prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoH AgosH tin2o talve1 se?a mais Bem lemBrado por sua m>:imaW No Antigo TestamentoH o Novo est> escondido_ no NovoH o Antigo est> reveladoF\ Escreve eleW Estes signicados escondidos da Escritura inspirada ns Buscamos o mel2or +ue podemosH com diferentes graus de sucesso_ contudoH continuamos conantesH com a rme cren&a de +ue esses acontecimentos 2istricos e suas narrativas sempre possuem alguma somBra das coisas por virH e devem sempre ser interpretados com refer@ncia a Cristo e sua igre?aH +ue é a Cidade de !eusF*-* Num serm(o soBre * Jo(o 3F*3K*)H Agostin2o lemBra , congrega&(o das palavras de Jesus no camin2o de EmaPs Qc 3F3H36RW Ele l2es aBriu as EscritruasH mostrandoKl2es +ue o Cristo teria de padecer e se cumprir todas as coisas +ue foram escritas soBre ele na lei de MoisésH nos profetas e nos salinos [ aBarcando assim toda a EscrituraF Tudo na+uelas Escrituras fala de CristoH mas somente aos +ue t@m ouvidosF Ele aBriu a mente deles para +ue entendessem as Escrituras_ assim tamBém devemos orar para +ue aBra nosso prprio entendimentoF*-) C risto é a c2ave do entendimento do Antigo TestamentoF Antes +ue o intelecto c2egue a CristoH n(o pode presumir t@Klo compreendido Fs Especialmente em sua oBra contra .austoH +ue negava +ue o Antigo Testamento testemun2a de CristoH Agostin2o
cita muitas ve1es o Novo Testamento para demonstrar +ue o Antigo Testamento fala de CristoF Tudo testica de Crivos *-9 Agostin2o tin2a diversos modos de pregar Cristo a partir do Antigo TesH espirremoH O Antigo Testamento contém n(o somente claras promessas de Cristo_ ele tamBém revela tipos de CristoF 0or e:emploH Josué é um tipo de !risto9 assim como %osué condu8iu Israel para a !anaã terrestre, assim também !risto condu8 sua igreja para a !anaã celestialC Lalomão, como rei de um reino de pa8 é também tipo de !risto que trará o reinado verdadeiro de pa8.4<6 Além da interpreta"ão de promessa cumprimento e tipológica, Agostin?o usa também a interpreta"ão alegórica. &mbora Agostin?o procure descobrir a inten"ão do autor ?umatu i0 ele torna relativa a interpreta"ão ?istórica no conte)to mais amplo da &scritura e da regra de fé. &le escreve9 'Ws ve8es, percebese não somente um significado, mas dois ou mais significados nas mesmas palavras da &scritura. Ainda que o significado do autor seja obscuro, aqui não ?á perigo, desde que se possa demonstrar a partir de outros trec?os das Lagradas &scrituras que cada uma dessas interpreta"#es é condi8ente com a verdade 44.4<4 /ara Agostin?o, a interpreta"ão alegórica é aceitável desde que não negue a ?istoricidade do relato e o ensino resultante não contradiga a regra de fé . 4<4 e fato, Agostin?o aponta que a mera interpreta"ão literal pode desviar os pregadores em muitos trec?os bblicos. !omo, então, decidir quando uma passagem pode ser interpretada literalmente e quando deve ser interpretada em sentido figuradoR Agostin?o segue o e)emplo do -ovo Testamento, da norma trplice de fé, da esperan"a e do amor. &le escreve9 '&m geral... qualquer coisa no discurso divino que não possa se relacionar D boa moral ou D verdadeira fé deve ser tomado como figurativo. A boa moral tem a ver com nosso amor a eus e ao pró)imo, a verdadeira fé com nosso entendimento de eus e do pró)imo. A esperança que tem cada pessoa dentro de sua própria consci(ncia está relacionada diretamente ao progresso que ela sente estar alcan"ando em dire"ão ao amor e ao entendimento de eus e do pró)imo'. 4<< Algumas das interpretações aleg:ricas de Agostin!o servem para vencer problemas no Antigo -estamento% -omemos0 por e9emplo0 a passagem problemática? 6@eliz ababilniosB (l!os e esmagá.los con0 na a pedra6 "+ 137%;'% e modo semel!ante ao de ,ngenes antes dele0 Agostin!o comenta
eus e os !omens0 Iesus risto o !omem%%% A porta
#erald $onner di1 +ue Agostin2o redu1iu o elemento alegrico na e:egese das Escrituras com o passar dos anos FFFFFF e em ve1 dissoH colocava maior @nfase na fun&(o da 2istria redentora na interpreta&(o da EscrituraF Ele demonstrou um senso aprofundado da Escritura como 2istria da oBra salvadora de !eus para o 2omem no passadoH no presente e no futuroH até a segunda vinda de CristoF Escreve Agostin2oW O oB?etivo do escritor desses livros sagradosH ou se?aH o Esprito de !eus +ue nele 2aBitaH n(o apenas documentar o passadoH mas tamBém retratar o futuroH no +ue concerne , cidade de !eus_ pois a+uilo +ue for dito da+ueles +ue n(o s(o seus cidad(os é dado para sua instru&(oH ou como enigma para enfeitar sua glria**F**; 44
4
é
EmBora Agostin2o traBal2asse principalmente com dois sentidos de EscrituraH o literalK2istrico e o gurativoH ele ocialmente ensina +ue a Escritura tem +uatro sentidosW 2istricoH alegricoH analgico e etiolgicoF Ele declaraW Em todo livro sagradoH deveKse notar as coisas da eternidade +ue est(o sendo comunicadasH os fatos da istria +ue est(o sendo recostadosH os acentoH r
cimentos futuros que estão sendo preditos, os preceitos morais que estão sendo prescritos ou aconsel?ados'. 434 %oão !assiano (e ;56<;37 %oão !assiano era diácono de !risóstomo e contemporBneo de Agostin?o. &mbora não desempen?e um dos principais papéis em nossa ?istória, ele tem o crédito de ter dado nome aos quatro sentidos da &scritura que se tornaram padrão para a Idade 0édia. !assiano di8ia ?aver dois sentidos principais da &scritura9 o sentido ?istórico (historia interpretarão' e o sentido espiritual (inteligentra sliáritalis7, mas o sentido espiritual pode ainda ser dividido em tr(s diferentes sentidos. i8 ele9 '+á tr(s g(neros de ciência espiritual9 tropologia, tillegoria, at urgoge ) sobre o qual di8 o livro de /rovérbios 1::.:679 *0as tu, escreve essas coisas para ti tripliciter sobre a largura de teu cora"ão* Xsegundo a versão usada pelo autorC na versão A9 '/orventura, não te escre
vi e:celentes coisas acerca de consel2os e con2ecimentos [ NF%FF*- Os sentidos tropológico e alegórico foram depois revertidos de modo que os tr(s sentidos espirituais coubessem na regra ?ermen(utica de Agostin?o de que a &scritura tem a inten"ão de ensinar fé, amor e esperan"a.' , $s quatro sentidos, portanto, são9 4. :.
o sentido literalH +ue ensina os fatos 2istricos_ o sentido alegricoH +ue mostra +ue os fatos da istria preguram a forma de outro mistério fé_
;. <.
o sentido tropolgico ou moralH +ue oferece e:plica&(o moral pertinente , purica&(o da vida amor_ e o sentido anaggicoH +ue tem a ver com mistérios espirituaisH +ue surgem para segredos mais suBlimes e sagrados do cé\esperan&aF\
$ próprio !assiara, oferece o famoso e)emplo dos quatro sentidos como aplicados a %erusalém. &u os coloco na seguinte tabela9 4. iteral `fatos 2istricos Jerusalém h a cidade em "srael :. Alegrico ` fé Jerusalém h a "gre?a de Cristo ;. Moral QtropolgicoR ` amor Jerusalém a alma da pessoa <. Anaggico ` esperan&a Jerusalém a cidade celestial de !eus -o final da Idade 0édia, o mana serviu como outra ilustra"ão para esclarecer9 '$ maná pode ser visto, literalmente, como alimento dado milagrosamente aos israelitas no desertoC alegoricamente, como o bendito sacramento da &ucaristiaC troprilogicarimente, como o sustento espiritual da alma dia após dia pelo poder da ?abita"ão do &sprito de eusC e anagogicamente, como o alimento das benditas almas no céu Y a Qisão Meatifica e união perfeita com !risto' **6 &m geral, a Idade 0édia mostra pouca iniciativa nova na prega"ão de !risto a partir do Antigo Testamento.'* Z compreensvel esse fato D lu8 de diversas considera"#es. epois do colapso do Império omano, o treinamento de sacerdotes estava em confusão. & muitas ve8es eles simplesmente reciclavam os serm#es dos pais da igreja. [' Além do mais, a crescente centrali8a"ão de celebrar !risto na missa redu8iu a proclama"ão de !risto no sermão. Além disso, a mudan"a não oficial para uma posi"ão semipelagiana mudou a (nfase da prega"ão da gra"a de eus em !risto para a salva"ão nas boas obras que os cristãos tin?am de reali8ar. -outras palavras, dos quatro sentidos, o sentido moral ficou mais forte na prega"ão. -o ano 463<, ?ouve o cisma entre igreja oriental e ocidental. Até o dia de ?oje, a Igreja $rtodo)a $riental depende fortemente da interpreta"ão
dos pais da igre?aF Em seus escritos atuaisH podeKse encontrar e:celentes e:posi&'es do papel da 2istria redentora na e:posi&(o BBlica e soBre a interH preca&(o tipolgica do Antigo TestamentoF\ En+uanto issoH na "gre?a OcidentalH a teoria dos +uatro sentidos era usada sem restri&'es pelos escol>sticosH e sua articialidade provocou uma demanda de uma atitude mais realistaF\ !urante a "dade MédiaH diversas voH 1es pediam cuidado no uso da interpreta&(o +u>drupla_ alguns até mesmoH como a Escola de Antio+uiaH pediam apenas a interpreta&(o litera Mas foi necess>ria a inu@ncia do grande erudito e 2omem da igre?aH S(o Tom>s de A+uinoH para oBter certo controle soBre a multiplicidade de signicados +ue podiam ser derivados dos te:tos BBlicosF &6
454
-omás de A+uino "c% 1LLM%1L7&'
Tom>s de A+uino est> situado no >pice do pensamento do m da
era medievalF Ele é mais Bem con2ecido por suas reali1a&'es no mBito da Teologia Sistem>ticaH mas sua oBra soBre omilética n(o pode ser descartadaF Contra o dese?o de seus paisH ele se ?untou , Ordem de 0regadores Q!ominicanosR e mais tarde ensinou 2omiléticaH como tamBém teologiaF Em sua inuente oBraH Summa -!erologica0 A+uino lida com o assunto dos +uatro sentidos e procura tra1er alguma ordem ao caos das mPltiplas interpreta&'esF Alin2ado com a losoa de AristtelesH ele enfati1ava a importncia do sentido literal do te:toF O sentido literal Qou 2istricoR tra1 certa medida de controle 2ermen@utico soBre os possveis signicados de uma passagemH pois é fundamental para toda espécie de interpreta&(oF O sentido literal o sentido da inten&(o do autorF é
Tom>s distingue entre as palavras do autorH as coisas +ue essas palavras signicam QpF e:FH fatos 2istricosR e o +ue essas coisas QpF e:FH fatos 2istricosR por sua ve1 signicamF O sentido literal engloBa as palavras e as coisas +ue elas signicamF O sentido espiritual engloBa o +ue essas coisas QpF e:FH fatos 2istricosR por sua ve1 signicamF Em suas prprias palavrasW O autor das Sagradas Escrituras !eusH em cu?o poder est> n(o apenas fornecer as palavras para um signicadoH +ue os 2omens tamBém podem fa1erH mas tamBém forH necer signicado ,s prprias coisasF AssimH en+uanto em todas as ci@nciasH as palavras t@m signicadosH a propriedade dessa ci@ncia Qa teologiaR é +ue essas coisas signicadas pelas palavras receBeram um signicadoF O primeiro modo em +ue palavras deK monstram o signicado das coisas pertence ao primeiro sentidoH +ue e o sentido históncri ou literal% O modo em +ue essas coisas signicadas pelas palavras signicam ainda HHurras coisas é c2amado desertado espiritual0 fundamentado soBre o sentido literal e pressupondoHciF E esse sentido espia mal tem uma trplice divis(oFFF Sendo assimH na+uilo +ue coisas da lei antiga signicam as da nova leiH tenros o sentido aleg:ricoF riHH +ue as coisas feitas em CristoH ou coisas +ue signi+uem CristoH signicam as coisas +ue devemos fa1erH temos o sentido moralH en+uanto de acordo como signicado das coisas para a glria eternaH reinos o sentido agicoF Sendo assimH n(o 2> confus(o na Sagrada EscrituraH pois todos os sentidos s(o fundamentados num sH o literalH somente do +ual se pode e:trair um argumentoH e n(o da+uilo +ue é dito de modo alegricoF rr '
as
as
Como se v@H Tom>s de A+uino ainda conserva os +uatro sentidosH mas Baseia os tr@s sentidos espirituais rmemente soBre o sentido 2istricoF Além dissoH apesar de ele mesmo usar a interpreta&(o alegricaH adverte contra a mesmaF Argumenta +ue Q*R é suscetvel ao engano_ Q3R sem um método claro ele leva , confus(o_ e Q-R n(o possui um sentido correto de integra&(o das Escrituras ".161 Notamos +ue Tom>s dene o sentido literal em termos da inten&(o do autorF Mas ele recon2ece tamBém +ue a Escritura tem autores
2umanosH como tamBém o Autor !ivinoF Mais tardeH Nicolau de ira Q*3);K *- ;R usa essa du pl a au tor ia e d upla in te n& (o como fundamento para sua interpreta&(o cristolgica de trec2os do Antigo TestamentoF 0ara o Antigo TestamentoH essa teoria signicou +ue uma interpreta&(o cristolgicaH intencionada pelo EspritoH era tanto ou mais um signicado literal do +ue a+uela +ue o te:to rin2a em seu amBiente origiratiIF
&valiaço da interpretaço qu*drupla Contribuições valiosas !e maneira positivaH recon2ecemos +ue a interpreta&(o +u>drupla pelo menos mantém lugar para a interpreta&(o literalK2istrica como o primeiro dos +uatro sentidos da EscrituraF 0odemos apreciar tamBém +ue Agostin2oH tanto +uanto Tom>s de A+uinoH identicou a interpreta&(o literal como a inten&(o do autorH tornandoKa fundamental para toda a interpreta&(oF Além do maisH ao interpretar o Antigo TestamentoH a interpreta&(o +u>drupla Buscava uma mensagem BBlica além dos c2amados fatos oB?etivosF 0odia sugerir diversas formas de pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoW o sentido literal podia conter uma promessa ou um tipo do Messias +ue viria_ o sentido alegrico poderia revelar Cristo por meio de uma alegoriaF No sentido anaggicoH Cristo podia ser revelado mediante a escatologiaF
Falhas na interpretação quádrupla !evemos notar tamBém as fra+ue1as da interpreta&(o +u>druplaF EmBora ela mantivesse espa&o para a interpreta&(o literalK2istricaH na verdade tin2a a tend@ncia de diminuir o sentido da interpreta&(o literalH pois a interpreta&(o literal era apenas uma de +uatro possveis formas de interpretar e funcionava no nvel mais prim>rioF \ Além dissoH interpreta&(o +u>drupla faltava o foco singular de pregar CristoH por+ue o intérprete podia desviar a mensagem de uma passagem para diversas dire&'es diferentes eH especialmente no conte:to do sernipelagianisarioH no sentido de reali1ar Boas oBrasF
Além dissoH a interpreta&(o +u>drupla n(o tin2a um método con>vel de controlar os signicados derivados de uma passagemF Se cada palavra pode receBer +uatro signicados diferentesH diferentes comBina&'es de palavras podem resultar em numerosos signicados diferentesF Essa espécie de interpreta&(o dei:a a porta escancarada para toda espécie de fantasia e especulaH &(oF Tom>s de A+uino na verdade procurou encontrar uma Base mais rme para o signicado espiritual dentro do sentido literalH mas ao manter +uatro sentidos diferentes ele fal2ou em oBter a espécie de controle +ue capacite o pregador a di1er com convic&(oW Assim di1 o Sen2orF .inalmenteH e mais importanteH a interpreta&(o +u>drupla for&ava o te:to a falar de formas ` alegncasH morais e esca olgicsis ` +ue talve1 o autor n(o tivesse inten&(o de di1er ` e assimH a mensagem tendia a perder sua p
autoridaK de BBlicaF\ 0oisH como disse Jo2n $rig2tW N(o se pode apelar para o Antigo Testamento como sendo autoridade na igre?a ou proclam>Klo com autoridaK deH a n(o ser +ue seu signicado claro se?a assumido e aderido plenntei? !epois de muitos séculos de interpreta&(o alegricaH tipolgica e +u>druK plaH a igre?a precisava urgentemente resolver a +uest(o da interpreta&(o BBlica corretaH especialmente no +ue concerne , prega&(o de Cristo a partir do AntiK go TestamentoF Essa discuss(o se desenvolveu de modo especial na %eformaF ne
A !ist:ria da pregação de Cristo a partir do Antigo Testamento Q""R 'Le procurarmos seu significado interior, toda &scritura é sobre !risto somente, em todo lugar, ainda que superficialmente possa parecer diferente.'0artin?o >utero
Neste captuloH continuaremos a discorrer soBre a 2istria da prega&(o de
Cristo a partir do Antigo TestamentoH focali1ando primeiramente a interpreta&(o cristolgica de Martin2o utero_ em seguidaH a interpreta&(o teoc@ntrica de Jo(o Calvino eH nalmenteH a interpreta&(o cristolgica de C2arles Spurgeon e Gil2elm Iisc2erF
A interpreta&(o cristol:gica # 4o%em ?utero8 Martin2o utero Q*8-K*6R continuou a Busca pela c2ave da prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoF Sua interpreta&(o cristolgica inuencia os pregadores até os dias de 2o?eF
O incio da %eforma AF SF Good argumenta +ue a %eforma come&ou n(o em **; +uando utero visitou %oma e cou c2ocado pelo comercialismo crasso promovido pelo IaticanoH nem em **) +uando utertiH a:ou suas 9 teses na porta da igre?a do castelo de GittenBergH mas em **H na cela da torre do claustro agostiniano onde utero estava diante de uma $Blia aBerta e permitiu +ue o TodoKpoderoso !eus l2e
falasse face a faceF\ utero cou intensa mente pertur%ado pela declaraço de .aulo de que 2 a justiça de Beus se revela2 no evangelho >Cm 5$5@$ 0screve ele: O conceito de 2justiça de Beus2 era repulsivo para mim, porque eu estava acostumado a interpreta-lo segundo a filosofia escolástica, ou seja, como a justiça 2formal ou ativa2 na qual Beus prova a si mesmo justo ao punir o pecador como pessoa injusta$$$ Bepois de dias e noites lutando contra o pro%lema, Beus finalmente teve piedade de mim e pude compreender a traço interior entre as duas e*pressDes, 2a justiça de Beus revelada no evangelho+ e 2o i usto viverá pela f'2$ 0nto, comecei a compreen$ der 2a justiça de Beus2 mediante a qual os justos so salvos pela graça de Beus, ou seja, mediante a f'; que a 2justiça de Beus2 que ' revelada no evangelho deve ser entendida em sentido passivo, em que Beus, pela miseric=rdia, justifica o homem pela f', conforme está escrito: 2o justo viverá pela f'2$ Eentia-me agora e*atamente como se tivesse nascido de novo$$$ .ela mem=ria, andei atrav's das 0scrituras o quanto podia me lem%rar, e achei em outras partes o mesmo sentido: a 2o%ra de Beus2 ' que ele opera em n=s, a 2fiança de Beus2 ' a que nos faz fortes, a 2sa%edoria de Beus2 ' aquela pela qual ele nos torna sá%ios$$$
muito difcil libertar me, do 8elo ?abitual por fa8er alegoria. !ontudo, eu estava consciente de que as alegorias eram especula"#es va8ias, a espuma das Lagradas &scrituras, por assim di8er. Z somente o sentido ?istórico que oferece a verdadeira e sã doutrina.'* >utero descarta, 8angado, a interpreta"ão alegórica9 'As alegorias de $rgenes não valem um pun?ado de poeira. As alegorias são desajeitadas, absurdas, inventadas, obsoletas, trapos soltos. A alegoria é uma espécie de bela meretri8 que mostra ser especialmente sedutora a ?omens ociosos'.5 \uanto ao próprio desenvolvimento, >utero escreve9 'esde que comecei a me ater ao sentido ?istórico, sempre tive ?orror das alegorias e não as empregava a não ser que o próprio te)to assim indicasse ou a interpreta"ão delas estivesse no -ovo Testamento'.* &, ao discorrer sobre o livro que talve8 ten?a sofrido mais interpreta"#es alegóricas que qualquer outro, o !Bntico dos !Bnticos, di8 >utero9 '&u não me meto com as alegorias. Em jovem teólogo deve evitálas o quanto puder. Ac?o que em mil anos não ?ouve alegorista mais econmico do que eu... Tornate crtico de te)to e aprenda sobre o sentido gramatical, tudo que pretende a gramática, o que é sobre fé, paci(ncia, morte e vida. A /alavra de eus não lida com coisas frvolas'.* ,
O m:todo +ermenJuti"o de 3utero Lola Lcriptura $ fundamento do método ?ermen(utico de >utero é o princpio da Lola criptura &screve ele9 '$s ensinamentos dos pais são Hteis somente para condu8irnos ás &scrituras como eles foram condu8idos, mas depois devemos manternos somente nas &scrituras',* $ princpio de ola Lcriptura envolve uma
ruptura com o modelo medieval de entender as Escrituras dentro do conte:to geral normativo da tradi&(o da igre?a Qum desenvolvimento da antiga regra de fé'% ola Scriptura liBerta a Escritura da su?ei&(o , tradi&(o eclesi>stica e declara +ue a Escritura é a autoridade nal na interpreta&(oF Conforme a famosa frase de uteroH ScK>ptura sui ipsius interpres a Escritura interpreta a si mesmaF !i1 eleW L este o verdadeiro método de interpreta&(o +ue coloca a Escritura ao lado da Escritura de modo certo e prprioF utero pode referirKse , pr>tica dos prprios pais da igre?a para essa mudan&aW Os santos pais e:plicavam a Escritura tomando as passagens claras e lPcidas e com elas derramando lu1 soBre as passagens oBscuras e duvidosasF\\ Ele armaW L assim em toda a EscrituraW ela re+uer ser interpretada mediante uma compara&(o de passagens de todo lugarH e compreendida soB sua prpria dire&(oF O método mais seguro de todos para discernir o signicado da Escritura traBal2ar para isso ?untando e e:aminando as passagensH é
Mas para utero o princpio de +ue a Escritura interpreta a si mesma funciona tamBém em outro nvelW contra %omaH +ue di1ia +ue s a igre?a podia entender a EscrituraH ele contende +ue a Escritura possui clare1a em si mesmaH Os leigos tamBém podem ler e entender as EscriturasH especialmente +uando a interpreta&(o alegrica d> lugar , interpreta&(o literalF* Ao tradu1ir a $Blia para a lngua alem(H utero devolveu a $Blia ao povo Qo clero dos crentesRF 4<
"nterpreta&(o literal.profética EmBora utero tivesse lutado com sua origem na interpreta&(o +u>druplaH ele resolveu claramente adotar o sentido Pnico da interpreta&(o literalF Ao desenvolver seu prprio método 2ermen@uticoH ele pde utili1ar o coH n2ecimento +ue tin2a dos pais da igre?aH especialmente de Nicolau de ira QmF 5?7A e efevre QmF 56?9, +ue enfati1avam o sentido literalF X utero di1ia +ue somente o sentido literal mantémKse rme nos n
sofrimentos e nos testesH con+uista as portas do inferno lMt 59$585 ?untamente com o pecado e a morte e triunfa para o louvor e a glria de !eusF A alegoriaH porémH é muito fre+VentementeincertaH n(o con>vel e n(o segura para sustentar a féF Com demasiada fre+V@nciaH a alegoria depende de adivin2a&(o e da op ini( o 2uma ri A in te rpret a&(o lite ral de ut eroH contudoH n(o é >teralistrio fec2ado_ ele est> pronto para interpretar guras de linguagem de modo guradoF Mas o nus da prova ca por conta da gura de linguagemF Escreve eleW Tomemos de prefer@ncia a posi&(o de +ue nem uma infer@ncia nem suposi&(o é admissvel em +ual+uer passagem da EscrituraH a n(o ser +ue ela nos se?a for&ada pela nature1a evidente do conte:to e pelo aBsurdo do sentido literal +ue entre em conito com algum artigo de féF Em ve1 dissoH em todo lugar devemos nos ater ao sentido simplesH puro e natural das palavras conforme as regras gramaticais e ao uso normal de linguagem conforme !eus os criou no 2omem\H é
EmBora tivesse como alvo a interpreta&(o literalH a preocupa&(o de utero em pregar Cristo a partir do Antigo Testamento o for&a a e:pandir o sentido literal para um sentido proféticoF Em seu 0ref>cio ao SaltérioH signicativamente intitulado 0ref>cio de Jesus CrivoH utero e:plica +ueH por literalH n(o +uer di1er 2istrico Q+ue é o entendimento errado dos ?udeusRH mas proféticoF 2 verdadeiroH o Pnico sensus dos Salmos o sensu C2ristCF AF SF Good argumenta +ue a aBordagem cristolgica de utero da Escritura ofe K é
44
tece a pista para o parado:o da insist@ncia soBre a prima1ia do sentido literalH en+uanto concorda +ue e:iste um signicado espiritual mais profundo e interiorFF Ele n(o é suplementar ao sentido literalH mas comunicado por eleF3; Ao fa1er essa mudan&aH utero pode construir soBre a oBra de efvreW Segundo efevreH +ue insistia num sentido literal duploH um literalK2istriccH e um literalK proféticoH utertiH defendia o 2istrico de duas formasH primeiro como uma e:posi&(o da 2istria do +ue !eus fe1H e segundoH como tendo uma 2istria +ue apontava para o +ue !eus iria fa1erF nidade e contraste do Antigo e do
Novo Testamento
utero enfati1a tanto a unidade do Antigo e do Novo Testamento +uanto as suas diferen&asF Ele v@ a unidade da Escritura em seu centroH Jesus CristoF !eclara eleW N(o e:iste palavra no Novo Testamento +ue n(o ol2e de volta para o AntigoH onde ?> foi anteriormente proclamadaFFF 0oiso Novo Testamento nada mais é +ue a revela&(o do Antigo F3* Conse+VentementeH utero senteKse livre para interpretar o Novo Testamento , lu1 do AntigoH e o Antigo Testamento , lu1 do NovoF 0ara eleH as duas se&'es da Escritura
constituem uma Pnica entidadeF
?ei e e%angelho
Con+uanto utero se aten2a , unidade do Antigo e Novo TestamentoH ele enfati1a suas diferen&as ainda mais com sua distin&(o entre lei e evangel2oF $revard C2ilds declara +ue utero come&ou com o ponto de vista +ue prevalecia na "dade MédiaH +ue correlacionava a lei e o evangel2o aos dois testamentosF ContudoH em algum lugar na sua segunda série soBre os SalmosH ele descoBriu a sinagoga dos éisH +ue fe1 com +ue recon2ecesse a dimens(o verdadeiramente teolgica e espiritual do Antigo Testamento ContudoH utero continua a acentuar as diferen&as em termos de lei e evangel2oF Ele concede +ue o Antigo Testamento ten2a um pouco de evangel2o e o Novo Testamento um pouco de leiH mas o Antigo Testamento é principalmente um livro de leiH en+uanto o Novo Testamento é evangel2oF Em seu 0ref>cio ao Antigo Testamento Q*3-RH ele escreveW O Antigo Testamento , um livro de leisH +ue ensina o +ue os 2omens devem fa1er e o +ue n(o fa1erFFF assim como o Novo Testamento é evangel2o ou livro de gra&aH +ue ensina onde se deve ir para oBter o poder para o cumprimento da leiF AgoraH no Novo Testamento tamBém s(o dadosFFF muitos outros ensinamentos +ue s(o leis e mandamentosFFF !e igual modoH no Antigo Testamento tamBém 2>FFF determinadas promessas e palavras de gra&aFFF ContudoH assim como o principal ensino do Novo Testamento é realmente a proclama&(o de gra&a e pa1 pelo perd(o dos pecados em CristoH assim tamBém o principal ensino do Antigo Testamento é ensinar as leisH mostrar o pecado e e:igir o BemF .:<
0ara uteroH ent(oH o principal papel do Antigo Testamento para os crist(os é negativoW torna as pessoas conscientes de sua total incapacidade de oBedecer perfeitamente >s leis de !eusH a m de merecer a salva&(oF Ainda assimH o Antigo Testamento tem tamBém alguns aspectos positivosW > tr@s coisas no Antigo Testamento de signicado permanente para os crist(osF 0ara o crist(oH as leis e:ternas est(o mortasH a n(o ser +ue ele as adote de livre e espontnea vontade por+ue elas l2e parecem apra1veis para a conduta e:H ternaH ou por+ueH como os de1 mandamentosH elas correspondem , lei da nature1a implantada por !eus no nosso cora&(oFFF A segunda coisa +ue o Antigo Testamento nos d> n(o se encontra na nature1aFFF isto éH as promessas da vinda de Cristo e as promessas de !eus a seu respeito`as mel2ores coisas do Antigo TestamentoFFF TerceiroH lemos o 0entateuco devido aos e:celentes e:emplos de féH amor e sofrimento nos amados antepassados FFFFFF 2s !o mesmo modoH utero n(o dese?a ignorar o Antigo Testamento na prega&(oF Na verdadeH ele se op'e veementemente ,+ueles +ue +uerem re?eitar o Antigo TestamentoF Ele os repreendeW lidoF Mas devemos pregar do AntiH go Testamento por+ue Cristo est> aliF Os evangel2os e as epstolas dos apstolos
+uerem eles mesmos ser nossos guias para levarKnos aos escritos dos profetas e de Moisés no Antigo TestamentoH a m de +ue possamos ler e ver por ns mesmos como Cristo est> envolto em panos e deitado na man?edouraH ou se?aH como ele é compreendido nos escritos dos profetasF L ali +ue pessoas como ns devem ler e estudarFF e ver o +ue Cristo éH para +ue propsito ele nos foi dadoH como ele foi prometidoH e como toda a Escritura se inclina a eleF*8
?ei e e%angelho em todo sermão
AF SF Good oBservaW \A lei e o evangel2o est(o sempre lado a lado em uteroF AmBos s(o oBra de CristoF A lei sua opus altenum estran2a oBra_ o evangel2o é sua opus proprium oBra prprialFA lei revela a doen&a_ o evangel2o ministra o remedio \ Em Against t2e eavenlZ 0rop2ets_ Contra é
u
os profetas celestesH utero fa1 uma lista ordenada de cinco artigos da fé crist( +ue s(o priorit>rios para a prega&(oF O primeiro é a lei de !eusH +ue deve ser pregada para +ue se revele e ensine como recon2ecer o pecado Q%m -F3; e )F)RFFF SegundoH +uando o pecado é recon2ecido e a lei é assim pregada para +ue a consci@ncia se?a alarmada e 2umil2ada ante a ira de Deus,devemos ent(o pregar a palavra consoladora do evangel2o e o perd(o dos pecadosH para +ue a consci@ncia se?a novamente confortada e estaBelecida na gra&a de !eus FFFFFFFF .red Meuser nos alerta para o fato de +ue na sua prega&(oH a preocupa&(o de utero +uanto , lei e ao evangel2o n(o era a deni&(o teolgica de sua rela&(oH mas uma deni&(o altamente pastoralH ou se?aW onde est> a sua conan&aFFF
ensinar o que os ?omens devem fa8er, apresentando as obras de !risto como nada mais que e)emplos ou ilustra"óes... !uidado para não transformar !risto em 0oisés, como se ele nada mais tivesse para nós além de preceitos e e)emplos, como outros santos... evemos subir muito mais alto que isso, embora esse tipo mel?or de prega"ão ten?a sido pouco praticado nesses muitos anos. A coisa principal e fundamental no evangel?o é esta9 antes de se tomar a !risto como e)emplo, é necessário recon?ec(lo e aceitálo como o dom de eus para voc(, de forma que, quando o vir ou ouvir em qualquer de suas obras ou sofrimentos, voc( não duvide, mas creia que ele, o próprio !risto, com essa sua obra ou esse seu sofrimento, é verdadeiramente seu, para que voc( dependa com tanta confian"a como se a obra tivesse sido feita por coré... Qeja, isso é entender o evangel?o de modo certo, ou seja, a infinita gra"a de eus... &sse é o poderoso fogo do amor de eus para conosco, mediante o qual ele torna confiante, feli8 e contente a nossa consci(ncia. Isso é pregar a fé cristã. Isso é que fa8 da nossa prega"ão um evangel?o, ou seja, boasnovas, feli8es, de conforto e alegria.e
(nterpreta&ão erist ol'gica de utero do Antigo Testamento '\uer tratem de !risto, quer não'
Em seu 0ref>cio , Epstola de TiagoH utero apresenta seu padr(o para avalia&(o dos livros BBlicosF Escreve eleW O ocio de um verdadeiro apostoH "a é pregar a pai:(oH a ressurrei&(o e o ministério de Cristo e lan&ar o fundamento para essa féFFF Nisso todos os livros sagrados 2onestos concordamH todos eles pregam CristoF Essa é a pedra de to+ue prpria para ?ulgar todos os livrosH +ue se ve?a se eles falam ou n(o de CristoF Como toda a Escritura testemun2a de Cristo Q%m-F33ssRH e 0aulo est> decidido a nada saBer e:ceto Cristo QlCo 3F3RH a+uilo +ue n(o ensina Cristo n(o é apostlicoH ainda +ue 0edro e 0aulo o tivessem ensinado\ O testemun2o de Cristo é o critério de utero n(o somente para a Boa prega&(o como tamBém primeiramente para a avalia&(o dos livros BBlicosF !a ele +uestionar o lugar no cnon do Antigo Testamento para o livro de EsterF utero di1W EmBora eles o ten2am no cnonH é na min2a opini(o menos digno de ser c2amado cannico +ue os demais livrosF 0or outro ladoH o fato de utero aceitar todos os demais livros cannicos signica +ue ele os via a todos como testicando de CristoF "nterpreta&(o cristol'gica do Antigo Testamento utero come&a com a premissa de +ue Cristo é o cerne da $BliaF Em incont>veis oBrasH ele declara sua convic&(o de +ue o Antigo TestamentoH tamBémH é a respeito de CristoW Em toda a Escritura n(o 2> nada a n(o ser CristoH em palavras simples ou palavras complicadasF Se ol2armos seu signicado interiorH toda a Escritura somente soBre Cristo em todo lugarH ainda +ue supercialmente possa parecer diferenteF Cristo é sa sol e a verdade na é
EscrituraF Sem dPvida todas as Escrituras apontam somente para CristoF Todo o Antigo Testamento se refere a Cristo e concorda com eleF Numa imagem esclarecedoraH utero demonstra como o Antigo TestaH mento deve ser lidoF !i1 eleW O Novo Testamento n(o é mais +ue uma revela&(o do AntigoH assim como +uando um 2omem tin2a primeiramente uma carta fec2ada e depois a aBriuF !o mesmo modoH o Antigo Testamento é uma epstola de CristoH +ue depois da sua morte ele aBriu e fe1 com +ue fosse lida por meio do evangel2o e em todo lugar proclamada FFFFFFF \Noutras palaH vrasH utero procura ler o Antigo Testamento , lu1 do NovoF
!ado esse ponto de partidaH o sentido profético é entendido mais enfaH ricamente como o cristolgicoF O prprio utero e:ortaW Toda profecia e todo profeta deve ser entendido como sendo de C2risto domino soBre CristoH o Sen2or e:ceto onde ca visvel por palavras claras +ue est(o falando de outra coisaH -8 Conforme $ornYammH os estudos de utero soBre os salmos muitas ve1es tin2am car>ter de Novo TestamentoH gra&as ao método proféticoK cristolgico empregado por uteroF A interpreta&(o profética e cristolgicaFFF eraH para eleH a ponte indispens>vel para o Antigo Testamento %O A pregação de Lutero sobre Cristo
O testemun2o de utero Escreve .red MeuserW utero amava profundamente a Jesus [ o BeloH am>vel e 2umano Jesus dos evangel2osF pice na entrega de si mesmo soBre a cru1 [ para +ue outros se maravil2assemH como ele 2avia se maravil2adoH e fossem levados a conar nas promessas de !eus e a encontrar a pa1 com ele e consigo mesmoH n(o poderia ser descrito como uma prega"ão sobre !risto'O 6 0euser c?ama a aten"ão sobre a distin"ão entre as (nfases de >utero sobre a teologia e sobre a prega"ão9 'A justifica"ão permeava a teologia de >utero, mas o !risto vivo, que respirava, amava, servia e sofria, permeava sua prega"ão'. <4 >utero iniciou um sermão num omingo de amos 143:47 como segue9 'Em pregador nas igrejas cristãs deve ser julgado por isso9 que pregue !risto somente, para que o povo saiba no que podem confiar e no que basear sua consci(ncia'.' -o seu sermão de /áscoa no domingo seguinte, ele disse9 '$s sacerdotes não possuem outro ofcio que pregar o claro sol, !risto. Lendo assim, a prega"ão é algo perigoso. \ue os pregadores tomem cuidado de assim pregar ou se calar. Em mau pregador é mais perigoso do que mil turcos... \uem não prega a respeito do reino de eus não foi enviado por !risto... $ra, pregar o reino de eus nada mais é do que pregar o evangel?o que ensina a fé em !risto Y somente mediante a qual eus ?abita em nós' > -/
A prega"ão de >utero so-re !risto a partir do Antigo Testamento >utero proclama que 'a lei e os profetas não são corretamente pregados ou con?ecidos, salvo se virmos !risto envolvido neles'.' !omo, então, >utero encontra !risto no Antigo TestamentoR 0c!urle sugere que >utero trabal?a sua e)egese cristológica de duas formas9 '147 predi"#es diretas sobre !risto e 1:7 infiltra"#es indiretas do evangel?o'. &le encontra predi"#es diretas de !risto não apenas nos c?amados 'te)tos messiBnicos' como G(nesis ;.43C
<.4C :2.42C utero encontra também 'promessas cristológicas em ])odo ;;.42,4O 1*farei passar toda a min?a bondade diante de ti, e te proclamarei o nome do L&-+$*7 como também ])odo ;<.333 1o aparecimento de eus e sua alian"a7 que apontam para a promessa de !risto'. /redi"#es diretas de !risto incluem também profecias sobre avi como a de ': Lamuel :;.433 1onde*aquele que domina com justi"a sobre os ?omens* não é avi, mas !risto7 e : Lamuel =.45 1onde *tua casa e teu reinado serão fir, mados para sempre diante de ti* devese aplicar ao rei que substituirá a casa terrena de avi7'.' $ segundo modo de >utero encontrar !risto no Antigo Testamento, a infiltra"ão indireta do evangel?o, é mais difcil de e)plicar. @oster 0c!urle procura desenvolver essa idéia9 */odese di8er que o evangel?o está presente e na verdade inunda toda a terra do Antigo Testamento, sendo assim, mais que passagens proféticas individuais'. 0ais especificamente, porque >utero sabe o que é o evangel?o com base no testemun?o do -ovo Testamento quanto a !risto, ele pode ol?ar para trás 'a fim de ver o evangel?o como promessa testemun?ada em todo o Antigo Testamento também. -a fiel rela"ão de eus com seu povo Israel, apontando repetidamente para eles o estabelecimento de seu reino, eus age em termos do evangel?o *pregado... de antemão a Abraão*, di8endo9 *&m ti serão aben"oados todos os povos'*. 1GI ;.27.<= e todos os livros do Antigo Testamento, parece que >utero gostava mais dos Lalmos. &screve ele9 '$ Laltério deve ser um livro precioso e amado, por nen?uma outra ra8ão a não ser esta9 ele promete a morte e a ressurrei"ão de !risto tão claramente Ke retrata seu reino e a condi"ão e sature, 8a de toda a cristandade K de modo que bem poderia ser c?amado de uma pequena Mblia'. 0 &m suas primeiras palestras sobre os salmos ele 'toma a iniciativa sem precedente de fa8er com que o próprio !risto vá B frente e identifiquese, por meio de seu autotestemun?o no -ovo Testamento, como
tema e como a+uele +ue fala em todo o Sal térioF\ Note o método cristolgico de utero nos primeiros tr@s SalmosW Salmo I9 'A letra é +ue o Sen2or Jesus n(o se rendeu aos interesses prediletos dos ?udeus e da gera&(o adPltera e perversa +ue eram comuns em seu tempoH Salmo :9 'A letra di1 respeito fPria dos ?udeus e dos gentios contra Cristo na sua paF(oF SalFo-W XSen2orH como eleH autua inimigos se multiplicam\ é uma +uei:a adliteram de Cristo soBre seus inimigosH os ?udeusFo Um ano mais tardeH utero mudou sua aBordagem 2ermen@uticaF Essa mudan&a veio em ra1(o da descoBerta de utero do Antigo Testamento como religiosa e teologicamente relevante`ele permanece ainda como aut@ntico testemun2o e promessaH despertando a e:pecta&(o e peti&(o da+ueles +ue viviam anteriormente ao advento de Cristo e ansiavam por sua vindaF \Noutras_ palavrasH em ve1 de ler de volta o Cristo do Novo Testamento nos SalmosH utero se torna mais cnscio da necessidade de entender os Salmos dentro de seu
prprio conte:to 2istrico como dirigidos a "sraelF As palavras do Antigo TestamentoH como antigasH promessaH orai porH apontam para o Cristo +ue ainda n(o est> a+uiF Agora o alvo se torna CristoH o feios de toda e:egeseF E agora a aplicado surgeH n(o de nossa semel2an&a com CristoH mas de nossa semel2an&a com a+uele +ue fala no Antigo TestamentoH com +uem partil2amos o agusudar\dit+uele +ue verGF\3 Em seu Pltimo serm(oH pregado em * de fevereiro de *6H mais uma ve1 utero reiteraW O tipo correto de pregador deve pregar el e diligentemente nada mais +ue a 0alavra de !eus e Buscar t(o somente a sua glria e 2onraF O ouvinte igualmente dever> d1erW\N(o creio em meu pastorH mas ele me fala de outro Sen2or cu?o nome é Cristo_ ele me é declaradoH eu ouvirei suas palavras en+uanto ele me condu1 a esse verdadeiro Mestre e 0receptorH o prprio .il2o de !eusFo
A%alia&ão da interpreta&ão cristol'gica de ?utero ContriBui&'es valiosas A interpreta&(o e a prega&(o cristolgicas de utero cont@m muitos elementos de valorF Como ninguém mais em sua épocaH utero pregou o evangel2o da gra&a de !eusH ou se?aH Jesus Cristo é dom de !eus "sola grada'0 um presente +ue s podemos receBer pela fé "sola lide'% Ele insiste tamBém em sola ScripturaH ou se?aH as Escrituras s(o a Pnica Qou nalR norma para a vida e a prega&(oH liBertandoKasH assimH do domnio da tradi&(o da igre?aH para +ue elas interpretem a si mesmasF utero enfati1a ainda +ue os pregadores n(o devem apenas pregar a verdade oB?etivamenteH mas devem demonstrar a relevncia das Escrituras para ns Qpro nobis'% Ele armaW Essa é a segunda parte de nosso entendimento e nossa ?ustica&(oH saBer +ue Cristo sofreuH foi vilipendiado e mortoH mas por nsF N(o Basta saBer a matériaH o sofrimentoH mas é necess>rio saBer tamBém sua f un" (o' \ Em outro lugarH ele escreveW N(o Basta e nem é crist(o pregar as oBrasH a vida e as palavras de Cristo como fatos 2istricosH como se Bastasse o con2ecimento desses para a condu&(o da vidaH emBora se?a esse o modo da+ueles +ue 2o?e em dia s(o considerados entre nossos mel2ores pregadoresFFF 0elo contr>rioH Cristo deve ser pregado com a nalidade de +ue a fé se?a rmada neleH para +ue n(o se?a apenas CristoH mas Cristo para voc@ e para mimH a m de +ue o +ue seu nome representa se?a efetivo em nsF Essa fé é produ1ida e preservada em ns pela prega&(o do motivo pelo +ual Cristo veioH o +ue ele trou:e e outorgouH +ual é o Benefcio +ue oBtemos ao aceit>HloF
0odeKse creditar a utero tamBém a+uilo +ue 2o?e c2amaramos de prega&(o e:positiva ou te:tual tem>ticaF Conforme MeuserH Com uteroH especialmente depois de *3*H veio o +ue muitos intérpretes c2amam de uma forma totalmente nova de serm(oW die sc!riftauslegendei Predigt o serm(o +ue e:p'e as EscriturasFFF o alvo desse serm(o éFFF a?udar os ouvintes a entender o te:toH n(o apenas uma verdade religiosaFFF seu método é tomar um determinado segmento da EscrituraH encontrar o pensamentoKc2ave nele contidoH e dei:ar
isso perfeitamente claroF O te:to deve controlar o serm(o '.35 .al2as no método de ?utero Além de nosso louvor ao método de uteroH é necess>rio tamBém considerar algumas fal2asF 0rimeiroH o método cristolgica de utero por ve1es condu1 , leitura de Cristo de volta a te:tos do Antigo TestamentoF EmBora ten2amos n otado isso especialmente na sua primeira fase de interpreta&(o dos SalmosH n(o est> ausente mais tardeF einric2 $omYamm assevera +ue a interpreta&(o cristolgica profética é for&ada a m de levar os conceitos da revela&(o do Novo Testamento para o Antigo Testamento e coloc>Klos na Boca dos patriarcas e escritoresF E ele concluiW de aBrir m(oH sem 2esita&(o ou reservasH do es+uema de utero de predi&(o cristolgica no Antigo Testanteri Outra preocupa&(o é +ue a concentra&(o de utero na prega&(o de Cristo pode levar a uma neglig@ncia de outras revela&'es fundamentais do Antigo TestamentoW o +ue di1er da Boa cria&(o de !eusH da mordomia 2umana soBre a rena de !eusH da 2istria redentoraH da vinda do reino de !eus no Antigo TestamentoH da alian&a de !eusH do valor da lei de !eus para a vida crist( Outra fal2a est> na distin&(o entre lei e evangel2o como a fronteira entre o Antigo e o Novo TestamentoF Conforme vimosH utero recon2ece alguns escorreg'es numa e noutra dire&(oH mas insiste em se agarrar ao Antigo Testamento como lei e ao Novo Testamento como evangel2oF Essa dialética de leiKevangel2o leva a uma falta de aprecia&(o pela lei divinaF utero até arH
gumentaH em determinado momentoH +ue os de1 mandamentos n(o s eaplicam aos crist(osH sendo dirigidos apenas aos ?udeus +ue saram do EgitoF EmBora 0auloH em sua Batal2a contra a ?ustica&(o pelas oBrasH ten2a colocado um contraste radical entre lei e evangel2o esses termosH ao ser contrastadosH n(o se referem ao Antigo e ao Novo TestamentoH mas a duas formas de salva&(oW oBras e gra&aF Além do maisH conforme o evangel2o de MateusH a lei é verdadeiramente cumprida em Jesus CristoH mas o efeito desse cumprimento n(o cria uma dicotomia entre lei e evangel2oF O discipulado aut@ntico necessariamente inclui a pr>tica da ?usti&a e:pressa na leiH uma ?usti&a arraigada na prpria cria&(oF
"o
'
utero usou tamBém a distin&(o leiKevangel2o de modo 2omilético ao ensinar +ue idealmente todo serm(o deveriaH em primeiro lugarH proclamar nossa necessidadeH com a leiH e em seguidaH a solu&(oH com o evangel2oF Até os dias de 2o?eH ouvimos a in?un&(o de +ue os pregadores devem perguntar duas coisas a cada te:toW o +ue é lei a+ui E o +ue é evangel2o %ic2ard isc2er ressalta o perigo dessa aBordagemH isto éH +ue colo+uemos o mesmo est@ncil soBre cada te:toH perguntandoW \O +ue é lei e o +ue é evangel2o\H em ve1 de perguntarW \O +ue !eus est> di1endo a seu povo\ Essa aBordagem rgida assegura , congrega&(o uma e:plica&(o de ?ui1o e gra&a +uer esse te:to o ofere&aH +uer n(o\ a* .inalmenteH apesar de sua advert@ncia contra a interpreta&(o alegricaH utero continuou empregando esse método arBitr>rio de interpreta&(o +uando o te:to n(o pudesse ser suBmetido a outro sentido PtilF "ronicamenteH con+uanto utero ten2a dei:ado algum
espa&o limitado para a interpreta&(o alegricaH parece +ue n(o tin2a nen2um lugar para a interpreta&(o tipolgicaH poisH conforme di1 !avid !ocYerZH a tipologia com suas pregura&'es anulava a presen&a 2istrica de Cristo no Antigo TestamentoF A Escola de Antio+uiaH via uma antecipa&(o imagin>ria do +ue 2averia de virF "sso nada signica para uteroF 0ara eleH o Antigo Testamento n(o era gura do +ue viriaH mas testemun2o do +ue ?> é verdade entre a 2umanidade e !eusF
Ai nt erpr et ação t eocênt ri ca Ca&%ino Calvino e utero Jo(o Calvino >56A3 5697, 49 anos mais ?ovem +ue uteroH tin2a uma aBordagem completamente diferente da prega&(o de Cristo a partir do Antigo T@stamento] L claroH Calvino aprendeu muito de uteroH e os dois reformadores concordavam na maioria dos fundamentosF Concordavam em sola grana0 sola (de e sola ScripturaF Concordavam tamBém +ue a Escritura é seu prprio intérprete e +ue Cristo é o cerne da EscrituraF ,
Apesar de concordarem em amplos aspectosH a aBordagem 2ermen@utica de Calvino muito diferente da de uteroF utero se preocupava principalmente coma +uest(o da salva&(o e focali1ava a ?ustica&(o pela fé em CristoF Conse+VentementeH encontrar Cristo no Antigo Testamento tornouKse prioridade para uteroF CalvinoH emBora armasse a ?ustica&(o pela fé em CristoH tem um ponto de vista mais amploH +ue a soBerania e a glria de !eus Fm Essa perspectiva mais ampla capacita Calvino a se satisfa1er com as mensagens BBlicas soBre !eusH a 2istria da reden&(o e a alian&a de !eusH sem necessariamente focali1ar essas mensagens em Jesus CristoF é
é
TamBém em contraste com uteroH Calvino aprecia a Escola de Antio+uiaH especialmente CrisstomoF Crisstomo atingiu dois oB?etivos aos +uais Calvino se dedicouF Um é +ue Crisstomo ?amais se afastou de uma elaBora&(o e e:plana&(o claras do te:to BBlicoF O segundo foi +ue Crisstomo falou tendo em mente as pessoas comunsF Em sua introdu&(o a uma tradu&(o francesa das 2omilias de CrisstomoH Calvino escreveW O mérito destacado de nosso autorH CrisstomoH é +ue sempre teve a suprema preocupa&(o de n(o se desviar o mnimo +ue fosse do sentido simples e aut@ntico da EscrituraH n(o se permitindo liBerdade alguma de distorcer o signicado simples das palavras
Oposi&(o . interpretação alegórica A apresenta&(o +ue Calvino fa1 de Crisstomo demonstra sua avers(o a distorcer o signicado simples das palavras por meio da inte interpr rpret eta&( a&(o o alegr alegrica icaFF Coment Comentand ando o soBre soBre a letra letra mataH mataH mas o esprito vivica Q3Co -F6RH ele escreveW Essa passagem tem sido distorcida e interpretada de modo incorretoH primeiro por Orgenes e depois por outrosFFF Esse erro tem sido fonte de muitos malesF N(o somente aBriu o camin2o para a adultera&(o do signicado natural da EscrituraH como tamBém apresentou a ousadia da alegori1a&(o como a principal virtude e:egéticaF Sendo assimH muitos dos antigosH sem restri&'esH 1eram toda espécie de Brincadeira com a santa 0alavra 0alavra de !eusH como como se estives estivessem sem ?ogando ?ogando Bola Bola de um lado para para outr outro oF "sso "sso deu deu tamB tamBém ém aos aos 2erege 2eregess uma oportu oportunid nidade ade de ?ogar ?ogar a igre?a em tumultoH pois +uando se tornou pr>tica aceit>vel +ual+uer pessoa pessoa interp interpret retar ar +ual+u +ual+uer er passag passagem em de +ual+uer +ual+uer maneir maneira a +ue +uisesseH +ual+uer idéia loucaH por mais aBsurda ou monstruosaH podia ser introdu1ida soB prete:to de alegoria F !e fatoH Calvino considera a alegori1a&(o uma cilada de Satan>s para minar o ensino BBlicoF BBlicoF Ele asseveraW asseveraW !evemos !evemosFFF FFF re?eitar re?eitar inteiram inteirament ente e as alegorias alegorias de OrgenesH e de outros como eleH +ue Satan>sH com maior sutile1aH se esfor&a por introdu1ir na igre?aH como propsito de tomar amBgua a doutrinada Escritura e destituK"a destituK"a de toda rme1a e certe1a\ 46
O m,todo hermen.utico de Ca&%ino 0ara iniciar nossa discuss(o a respeito do método 2ermen@utico de CalvinoH seguiremos os oito princpios de e:egese +ue ans raus col2eu da oBra de CalvinoF Clare1a e bre%idade Numa carta a respeito de seu coment>rio soBre %omanosH Calvino comenta +ue as mel2ores virtudes dos comentaristas s(o clare1a e BrevidadeF Essas virtudes e:igem +ue o intérprete ten2a como alvo tanto a transpar@ncia transpa r@ncia da e:posi&(o e:posi&(o +uanto +uanto o foco foco Qum e:celente e:celente padr(o padr(o tamBém tamBém para os serm'e serm'esRF sRF raus raus elaBoraW Uma e:plica&(o e:plica&( o tem de ser clara e concisa para +ue se?a claramente entendidaF A alegoriaH +ue utero em seu coment>rio de #@nesis pensava pudesse servir para come coment ntar ar e ilus ilustr trar arFF FF deve deve ser ser estr estrit itam amen ente te e:cl e:clu uda daFF tempo para deleitarKs deleitarKse e na ri+ue1a dos proBlemas proBlemas +ue tantos tantos e:egetas amamH n(o por amor ao te:toH mas para c2amar aten&(o soBre eles mesmosF =4
A inten&(o do autor A Busca constante pela inten&(o do autor é caracterstica dos coment>rios de Calvino * Escreve CalvinoW Como é +uase a Pnica tarefa do intérK <
prece desdobrar a mente do escritor cuja e)posi"ão ele tomou como tarefa, ele perde o alvo, alvo, ou pelo menos menos se afasta afasta de seus seus limites limites,, na mesma medida medida em que desvia desvia seus seus leitores do significado de seu autor'. &le enfati8a a seriedade da e)posi"ão bblica. 'Z presun"ão e quase uma blasf(mia torcer o significado da &scritura sem o devido cuidado, como se fosse um jogo que estivéssemos jogando'.' avid /ucNett confirma com muitos e)emplos que !alvino 'por meio de seus comentários do Antigo Testamento... afirma que o papel do intérprete é e)por a inten"ão do profeta'.'
O conte/to hist=rico 0nstititu1 u1as as,, !alv &m suas 0nst !alvin ino o decl declar ara9 a9 '+á '+á muit muitas as decl declar ara" a"#e #ess na &scr &scrititur ura a cujo signif significa icado do depend depende e de seu conte)to conte)to'.' '.' T +. >. /arNer /arNer di8 di8 que que 'um dos dos fato fatore ress destacados da e)posi"ão dos profetas feita por !alvino é seu tratamento ?istórico'R &m seus comentários, !alvino muitas ve8es apresenta o conte)to ?istórico de uma pass passag agem em antes antes de fa8er fa8er uma uma e)po e)posi si"ã "ão o do te)to. te)to. /or e)emplo, e)emplo, ao falar falar sobre sobre os Lalmos, !alvino fala da assembléia solene* em que eram cantados os cBnticos de louvorC da*ocasião pH, blica de a"ão de gra"as* em que os salmos de gratidão tin?am seu papel. &... de um*festival de renova"ão da alian"a* em que ?avia culto solene de re nova"ão nova"ão e eram eram assinad assinadas as e selada seladass promes promessas, sas, tornadas tornadas vigente vigentess por meio de um sacrifcio da alian"a'.' alian"a'.' ignificado gramatical original Ao se opor opor a $rg $rgen enes es e sua sua inter interpr preta eta"ã "ão o ale alegó góric rica, a, !alv !alvin ino o afir afirma ma99 'La 'Laibam ibamos os que que o verdadeiro significado da &scritura é aquele aut(ntico e simples
i
seguremos com tenacidade% tenacidade% Nue n:s%% n:s%%%% ousada ousadame ment nte e gern ntus et simple/2 simple/2 e a este abracemos e seguremos dei9emos de lado0 como sendo corrupção mort8fera0 a
clamam a uma s: voz? Ce tu0 : en!or0 observasse a ini
Eignificado além d asas palavras -1-licos literais Ao trabal?ar trabal?ar com o decálo decálogo, go, !alvino !alvino levanta levanta a questão questão de estender estender o signific significado ado de uma uma lei lei além além do seu seu sign signifific icad ado o lite litera ral.l. &le &le decl declar ara a como como princ princp pio io gera gerall9 '$s '$s mandamentos e as proibi"#es sempre cont(m mais do que é e)presso em palavras', 0as ele procura 'abrandar o princpio' para que não nos leve a 'distorcer a &scritora'. i8 eleC 'evemos, portanto, se possvel, encontrar uma forma de nos condu8ir com passos retos, firmes, para a vontade de eus. evemos inquirir até que ponto a interpreta"ão pode ultra,
passar os limites das prprias palavras para +ue possa aparecerFF o sign signi iccado ado puro puro e aut@ aut@nt ntic ico o do egi egisl slad ador orHH tradu radu1i 1ido do com com delidadeFFF OraH ac2o +ue esta seria a mel2or regraH se a aten&(o for dirigida , ra1(o do mandamentoH ou se?aH em cada mandamentoH ponderarKse a ra1(o pela +ual ele nos foi dadoF Em outra outrass palavr palavrasH asH Calvin Calvino o ol2ava ol2ava além além do senti sentido do litera literall de uma uma passagem para o oB?etivo do autorF Ele usa como e:emplo o +uinto mandamentoW onra a teu pai e tua m(eF O propsito do +uinto mandamento é +ue a 2onra se?a prestada ,+ueles a +uem !eus deuF Essa EssaHH port portant antoH oH é a suBs suBst tnc ncia ia do mand mandam amen ento toHH +ue +ue é ?ust ?usto o e agrad>vel a !eus 2onrar a+ueles soBre +uem ele concedeu alguma e:cel@nciaH e +ue ele odeia o despre1o e a oBstina&(o contra elesF @igiareits0 de linguagem
0ara CalvinoH a interpreta&(o literal n(o signica um literalismo est>ti est>tico coFF Ele discut discute e longame longamente nte a neces necessida sidade de de interp interpret retar ar as gur guras as de ling lingua uage gem m como como gura gurasF sF Calvi alvin no oBse oBserv rvaW aW On Onde a Escritura Escritura c2ama !eus de\"rontera de\"rontera de guerra\ QE: *F-RH como ve?o +ue essa essa e:pre e:press ss(o (o seri seria a dura dura dema demais is sem sem inte interpret rpreta&(o a&(oHH n(o ten2o ten2o dPvidas de +ue se trata de uma compara&(o provinda dos 2omensF Ele c2ama a aten&( aten&(o o para declara&' declara&'es es na Escrit Escritura ura tais tais como como Os Os ol2o ol2oss de !eus !eus v@em v@emH H c2e c2ego gou u aos aos seu seus ouvi ouvido dos s e sua sua m(o m(o estendi estendidaF daF Essas declara&'es declara&'es s(o antropomor antropomorsmo smo e assim devem ser interpretad etada asF A fal2 al2a em fa1@ a1@KloH di1 Calv alvinoH leva ao BarBar BarBarism ismo o sem limite limitesF sF 0ois 0ois +ue monst monstru ruos osos os aBsu aBsurdo rdoss esse essess 2ome 2omens ns fan>t fan>tic icos os e:tr e:trair air(o (o das Escri Escritu turas ras se l2es l2es for permit permitido idoFFF FFF estaBelecer o +ue Bem entendererriuF* O escopo de Cristo Ao comentar as palavras de Jesus E:aminai as EscriturasFFF e s(o elas mesmas +ue testicam de mim Uo F-9RH Calvino escreveW !evemos ler as
Escrituras como intuito e:presso e:presso de encontrar Cristo nelasF > o con2ecimento da verdadeH pois +ue saBedoria pode 2aver sem a saBedoria de !eus] J> +ue esse esse princ principi ipio o é nosso nosso foco foco partic particula ularrH temo temoss neces necessid sidade ade de consid consider er>Kl >Klo o mais mais e:tensamenteF e:tensamenteF Mas antes de fa1@KloH precisamos precisamos discutir discutirHH além das oito categorias categorias sugeridas sugeridas por por rau rausH sH pelo pelo meno menoss mais mais dois dois princ princpio pioss +ue s(o fundam fundament entais ais para para o méto método do de interpreta&(o de CalvinoW a unidade do Antigo e do Novo TestamentoH e o entendimento de um te:to dentro do conte:to de toda a $BliaF A rela&ão entre o Antigo e o Novo Testamento
Em nossa pes+uisa 2istrica icaH vim vimos desde o princpio a importncia crucial da forma como o intérprete entende a rela&(o entr entre e o Anti Antigo go e o Novo Novo Testamen estamento toFF Esse Esse signic signicado ado prevalec prevalece e tamBém a+uiH a+ uiH pois a rela&(o rela&( o entre os dois Testame Testamentos ntos acaBa acaBa sendo uma uma Bifu Bifurc rca& a&(o (o 2erm 2ermen en@u @uti tica ca na estr estrad ada a onde Calvino e utero tomam diferentes dire&'esF uteroH conforme vimosH via a rela&(o princ princip ipal alme ment nte e como como send sendo o de cont contras raste te entr entre e lei lei e evange evangel2 l2o oF CalvinoH por outro ladoH enfati1a a unidade numa ampla frenteW um !eusH um SalvadorH SalvadorH uma 2istria redentoraH uma alian&a de gra&a eH até mesmoH mesmoH uma leiF leiF A unidade do Antigo Antigo e do -ovo Testamento
Em suas "nstitudaH Calvino come&a o captulo T2e SimilaritZ of t2e t2e Old and Ne^ Test Testant antems ems A seme semel! l!anç ança a entr entre e o Antigo e o confor orme me segu segueW eW J> J> se pode pode evid eviden enci ciar ar +ue +ue Govo -estamento' estamento' conf todo todoss os 2ome 2omens ns +uan +uanto tosH sH desd desde e o inc incio io do mund mundoH oH !eus !eus tem tem agregado , sorte de seu povoH 2(oKl2e sido aliados pela mesma lei e pela mesma doutrina +ue prevalece entre nsF L muito importante insistir neste ponto'.' +á somente uma alian"a que sustenta tanto o Antigo quanto o -ovo Testamento. !alvino continua9 'A alian"a feita com todos os patriarcas ' tão semel?ante D nossa em substBncia e realidade que, em Hltima instBncia, elas são uma só e a mesma. -o entanto, a forma de dispensa"ão variaR* A Hnica diferen"a que !alvino aqui recon?ece entre o Antigo e o -ovo está na forma de sua administra"ão, embora a substBncia seja 'uma e a mestra'. &ssa Hnica alian"a é uma alian"a da gra"a. /ortanto, !alvino move a sola grada e sola fido da eforma de volta para o incio incio do Antigo Antigo Testam Testamento ento.. eclara eclara ele9 '$ Antigo Antigo Testame Testamento nto foi estab estabel eleci ecido do sobre a livre misericórdia de eus, e foi confirmado pela intercessão de !risto... \uem, portan portanto, to, ousa ousa separar separar os judeu judeuss de !risto !risto,, já que com eles... foi feita a alian"a alian"a do evangel?o, sendo !risto seu Hnico fundamentoR'.' &le fec?a o argumento com uma refer(ncia ao ensino de %esus9 '!risto o Len?or promete a seus seguidores ?oje nen?um outro reino senão o*reirro dos céus* em que eles possam sentarse D mesa com Abraão, Isaque e %acó 10t L.447'.^ Assim Assim como !alvino !alvino encontra encontra a gra"a gra"a de eus e a reden"ão reden"ão em !risto !risto no Antigo Testamen stamento, to, ele ele també também m atenua atenua a idéia idéia de que que o evang evangel? el?o o ten?a ten?a tra8id tra8ido o algo algo
radicalmente novo. &screve ele9 '$ evangel?o não suplantou toda a lei de forma a tra8er outra espécie de salva"ão. /elo contrário, ele confirmou e satisfe8 tudo que a lei ?avia prometido, dando substBncia Ds sombras'.' Ao comentar sobre 0ateus 3.: 4, !alv !alvin ino o decl declar ara9 a9 '-ão '-ão deve devemo moss imag imagin inar ar !ris !risto to como como um novo novo legi legisl slad ador or que que acresc acrescen ente te qualq qualque uerr coisa coisa D justi" justi"a a eterna eterna do /ai. /ai. evem evemos os ouvil ouvilo o como como fiel fiel e)positor, para que saibamos qual a nature8a da lei, qual o seu objetivo e qual a sua e)tensão'.' O" t ercei rao" da lei Em ra1(o de sua @nfase soBre a unidade do Antigo e do Novo TestamentoH CalvinoH diferente de uteroH recon2ece um terceiro uso para a lei do Antigo TestamentoW TestamentoW a lei n(o somente revela nosso pecado e serve para restringir os atos de pecado na sociedadeH como tamBém tem uma fun&(o positiva para os crentesF Escreve CalvinoW O terceiro e principal usoH +ue pertence mais intimamente ao propsito da leiH encontra seu lugar entre os crentes em cu?o cora&(o o Esprito de !eus ?> vive e reinaFFF Eles ?> tiram proveito da lei nas duas maneirasF A+ui est> o mel2or instrumento instrumento para +ue aprendam mais completamente a cada dia a nature1a da vontade do Sen2or a +ue aspiramH e conrm>Klos conrm>Klos no seu entendimen entendimento to delaFFF delaFFF 0or outro ladoH por+ue n(o precisamos apenas do ensino como tamBém da e:orta&(oH o servo de !eus tamBém se imBuir> do Benecio da leiW pela fre+uente medita&(o nela para ser despertado , oBedi@nciaH ser fortalecido nela e ser tra1ido de volta do camin2o escorregadio da transgress(oF9transgress(oF9-
r eoAnt i goeoNovoTestamento Diferen&as ent Calvino est> consciente das diferen&as entre o Antigo e o Novo TestamentoH é claroH mas elas s(o p>lidas it lu8 da sua @nfase na unidadeF Ele escreveW Admito livremente as diferen&as na EscrituraH para as +uais deveKse c2amar a aten&(oH mas n(o de modo a distrair de sua unidade estaBelecidaF 0ois as diferen&as pertencem ao modo de dispensa&(o e n(o , suBstnciaFFF !essa formaH nada 2aver> +ue impe&a as promessas do Antigo e do Novo Testamento de permanecerem as mesmasH nem de ter o mesmo fundamento dessas promessasH +ue é CristoF
Calvino passa a discutir detal2adamente cinco diferen&asH +ue apenas menciona mencionarei rei a+uiF O Antigo Antigo Testament estamento o enfati1 enfati1a a Beneci Benecias as terrenos em contraste com os celestes_ fala em imagens e somBras em contraste com a suBstncia_ tem o car>ter da letra e:terior em contraste com o esprito Or 31.31;<7C é caracteri1ado com escravid(o em contraste com liBerdade_ foi restrito a uma na"ão em contraste com todas as na"#es.' /ara !alvino, porém, essas diferen"as entre o Antigo e o -ovo Testamento são apenas diferen"as na forma de administrar a alian"a, alian"a, não na substBncia da alian"a da gra"a. /or e)emplo, e)emplo, ao discutir a lei cerimonial cerimonial,, !alvino defende que as cerimnias 'foram abrogadas, não em efeito, mas somente no uso. /or sua vinda, !risto ps fim a elas, mas não retirou delas nada de sua santidade... Assim como as cerimnias teriam oferecido ao povo da antiga alian"a uma apresenta"ão va8ia se o poder da morte e da ressurrei"ão de !risto não tivesse se revelado netas, assim também, se elas não tivessem cessado, ?oje seramos incapa8es de discernir o propósito pelo qual elas ?aviam sido estabelecidas'. estabelecidas'. 45
A principal diferen"a para !alvino entre o Antigo Testamento e o -ovo é o grau de clare8a quanto a %esus !risto e o reino de eus. !onfin, me ele menciona num de seus comentários9 'ebai)o da lei estava a sombra em lin?as rudes e imperfeitas daquilo que sob o evangel?o é apresentado em cores vivas e distin"ão gráfica'. !ontudo, para os crentes na antiga alian"a e crentes na nova alian"a, '$ mesmo !risto aparece, a mesma justi"a, a santifica"ão e a salva"ão, sendo que a diferen"a está somente na maneira de pintar o quadro'.O* !risto no Antigo Testamento -a edi"ão de 433O de suas 0nstituras, !alvino a"res"enta um novo captulo intitulado9 '!?rist, alt?oug? ?e _as Nno' to t?e jecas under t?e >a_, _as ar leng?t elearl reveled onl in t?e Gospel' X!risto, em-ora conhecido dos 3udeus so- a lei, foi finalmente re%elado em detalhe e claramente somente no e%angelhoE" e fato, o ttulo de seu segundo livro nas Insticuas é '$n t?e Uno_ledge of God t?e edeemer in !?rist, first discleased to t?e fat?ers under
t2e a^H and t2en to us in t2e #ospel F7obre o conhecimento de Deus o 2eG dentor em Cristo que foi revelado primeiramente aos pais sob a lei e então tam bem a ns no e%angelhoE A pergunta decisiva a+ui éW comoH de acordo com CalvinoH foi Cristo con2ecido dos ?udeus soB a lei Calvino armaW Se o Sen2orH ao manifestar seu CristoH dispensou sua antiga promessaH n(o se pode di1er sen(o +ue o Antigo Testamento sempre teve seu m em Cristo Ele declara tamBém +ue , parte do MediadorH !eus nunca mostrou favor ao povo antigoH nem nunca deu esperan&a de gra&a a elesF EH mais uma ve1H os ?udeus tin2am e con2eciam Cristo como o Mediador por meio do +ual eram unidos a !eus e participantes de suas promessasF 4"4 Iamos adiante nessa +uest(o crucialW como os israelitas do Antigo Testamento con2eciam Cristo muito antes de ele ter nascido Calvino procura responder a essa pergunta como segueW 0odeKse oB?etarW por +ue Cristo é designado a uma alian&a +ue foi raticada muito tempo antes 0ois mais de dois mil anos antesH !eus 2avia adotado ABra(o e assim a origem da distin&(o era muito anterior , vinda de CristoF %espondoW a alian&a +ue ele fe1 com ABra(o e sua posteridade teve seu fundamento em CristoH pois as palavras da alian&a s(o as seguintesW \nela tua descend@ncia ser(o Benditas todas as na&'es\ Q#n 33F*8RF E a alian&a foi raticada na semente de ABra(oH ou se?aH em CristoH por cu?a vindaH emBora ?> tivesse sido feita previamenteH foi conrmada e na verdade sancionadaF*;3 A e:plica&(o de Calvino +ue mais a?uda nessa +uest(o ocorre em seu coment>rio soBre * 0edro *F *3H onde di1 +ue os crentes do Antigo TestamenH to possuam Cristo como +uem estava escondido e ausenteFFF ausente n(o em poder ou gra&aH mas por+ue ainda n(o 2avia sido manifestado na car ,e". O poder e a gra&a da reden&(o de 1x
103
Cristo est(o presentes no Antigo Testamento muito antes de ele ter nascidoF Ao mesmo tempoH os crentes do Antigo Testamento aguardam a vinda de CristoH +uando receBer(o muito mais lu1F* \ En+uanto issoH !eus deu muitas promessas soBre a vinda do Messias e levantou tipos +ue o preguravamF Conforme di1 CalvinoW O evangel2o aponta com o dedo o +ue a lei mostrava em somBras por meio dos tiposF \;*
&ntendimento no conte)to da Bíblia toda
!evido , sua vis(o da unidade das EscriturasH Calvino procura entender uma passagem dentro do mBito total da EscrituraF o?e falamos soBre o crculo Qou espiralR 2erimentititicoW n(o se pode compreender uma parte sem compreender o todo_ n(o se pode entender o todo sem entender as partesF A +uest(oKc2ave para os pregadores é como entrar nesse crculo 2ermen@utico da forma corretaF Como se oBtém uma vis(o da totalidade da Escritura de maneira +ue se compreenda e se pregue corretamente cada parte "nteressante é +ue em seu 0ref>cio ,s "nstutri tasH Calvino ten2a declarado +ue escreveu essa oBra precisamente para a?udar seus alunos a oBter uma vis(o geral da EscrituraW O meu propsito neste traBal2o foi preparar e instruir os candidatos na sagrada teologia para a leitura da divina 0alavraH a m de +ue eles possam ter f>cil acesso a ela como tamBém divulg>Kla sem trope&arH pois creio +ue assim aBar+uei a soma da religi(o em todas as suas partesH e a colo+uei em tal ordem +ueH se alguém a entende corretamenteH n(o l2e ser> difcil determinar o +ue deve em especial Buscar nas EscriturasH e para +ue m dever> relacionar seu contePdoF \ $revard C2ilds comenta a nature1a radical dessa proposta em contraste com toda a tradi&(o medievalW Tom>s de A+uino escreveu uma Hmula para aBarcar todo o ensinamento crist(o em cu?a estrutura a $Blia oferecia os Blocos de constru&(oF Em marcante contrasteH Calvino reverteu o processoF O papel da teologia era au:iliar na interpreta&(o da $BliaF Seu movimento foi da dire&(o da dogm>tica para a e:egeseF*;*
A interpreta&ão teoc.ntrica de Ca&%ino do Antigo Testamento A m de distinguir o método de Calvino de interpreta&(o do Antigo Testamento do método cristolgica de uteroH ns c2amaremos o primeiro de interpreta&(o teoc@ntricaF Ao focali1ar a soBerania e a glria de !eusH a interpreta&(o teoc@ntrica é mais ampla do +ue a cristolgicaH mas n(o e:clui necessariamente a interpreta&(o cristolgicaF Calvino procura comBinar uma interpreta&(o centrada em !eusH 2istricaH do Antigo TestamentoH 4 62
com o foco da $Blia +ue é centrado em CristoF 0rimeiroH discutiremos sua interpreta&(o teoc@ntrica eH a seguirH sua interpreta&(o cristoc@ntricaF "nterpreta&(o teoc@ntrica Calvino fre+Ventemente se satisfa1em tra1er uma mensagem simplesmente soBre !eusF 0or e:emploH "saas 6-F* levanta uma perguntaW
!alvino insiste numa interpreta"ão ?istórica, ou seja, buscar o significado de uma passagem de acordo com a inten"ão do autor dentro de seu conte)to ?istórico original.'* /or e)emplo, o Lalmo :.=9 'Tu és meu fil?o, eu, ?oje, te gerei' geralmente era aplicado diretamente a !risto. 0as !alvino comenta9 '-a verdade, avi podia com todo acerto ser c?amado de fil?o de eus em ra8ão de sua dignidade real... avi foi gerado por eus quando sua escol?a para ser rei foi claramente manifestada. A palavra*?oje*, portanto, denota o tempo dessa manifesta"ão, pois tão logo ficou con?ecido que ele foi feito rei por designa"ão divina, ele se apresentou como alguém recémgerado de eus, porque tão grande ?onra não podia pertencer a uma pessoa privada'. Ló depois dessa e)plica"ão ?istórica, !alvino continua9 'A mesma e)plica"ão deve ser dada Ds palavras que se aplicam a !risto. -ão se di8 que foi gerado em algum outro sentido do que como o /ai dava testemun?o de que ele era seu próprio @il?o'.'* Lemel?antemente, em seu /refácio ao Lalmo =:, o 'cristológico', adverte !alvino9 'Aqueles que querem interpretálo simplesmente como profecia do reino de !risto parecem colocar uma constru"ão sobre as palavras que as violentaC devemos também sempre ser cuidadosos para não dar motivo para escBndalo aos judeus, como se fosse nosso propósito, em sofisma, aplicar a !risto as coisas que não se referem diretamente a ele'. Tendo dito isso, porém, !alvino sentese livre para recon?ecer que o reino de avi é 'apenas um tipo ou uma sombra' do reino de !risto. 48 !alvino critica a e)egese cristológica de >utero, escrevendo9 *A especula"ão de >utero aqui, como em outros lugares, não possui solide8 '.4.. &m outro lugar, ele afirma9 '&specula"#es sutis agradam no princpio, mas de
pois se desvanecemF
guarde sempre esta regra`oBter dos profetas e apstolos somente o +ue for slidoF \ * !rtica luterana
Os telogos luteranos foram r>pidos em acusar Calvino de diminuir o sentido aut@ntico da Escritura com seu método 2istricoF Em *9-H unnius atacou Calvino numa oBra com o ttulo principal Calvin the 5uda16er Calvino o ?udai1antelF Ele via a interpreta&(o de Calvino como sendo nada mais +ue interpreta&(o ?udaicaF %ic2ard Muller oBserva +ue os irados e:egetas e teK logos luteranosFFF se referiam aFFF Calvino o ?udai1asteH precisamente por+ue Calvino se recusava a cristologi1ar por atacado o Antigo Testamento e a leiK tura trinitariana da forma plural de 7lohim++8 !alvino, entretanto, não discorda apenas da interpreta"ão cristológica e)cessiva, como também não concorda com a interpreta"ão judaica. avid /ucNett observa9 '&mbora !alvino muitas ve8es fa"a uso da técnica lingPstica judaica e, Ds ve8es, aprove a interpreta"ão judaica em outras quest#es, a maior parte de seus comentários sobre a e)egese judaica é negativa 4.445 Tome, mos, por e)emplo, o con?ecido trec?o sobre &manuel em Isaas =.4<. !alvino argumenta que *ns judeus são tão pressionados por essa passagem, que contém uma predi"ão célebre concernente ao 0essias, que aqui é c?amado &manuel, que eles t(m labutado, por todos os meios possveis, para dar outro sentido ao que o profeta quis di8er'. 'I Z óbvio que e)iste mais na interpreta"ão de !alvino do que a mera interpreta"ão ?istórica.
"nterpreta&(o cristoc.ntrica Onde considera apropriadoH Calvino se move além da interpreta&(o literal e 2istrica para a interpreta&(o cristolgicaF Esse movimento , sustentado por sua vis(o soBre a unidade do Antigo e do Novo Testamento e a necessidade de se compreender uma passagem dentro do conte:to de toda a EscrituraF A inten&(o do Esprito Santo Ouvimos Calvino falar fre+Ventemente soBre a inten&(o do autorF Ele fala tamBémH muitas ve1esH soBre a inten&(o do Esprito Santo ou a inten&(o de !eus 0or e:emploH ao re?eitar determinada interpreta&(oH Calvino di1W Creio +ue o Esprito Santo tem outra inten&(o a+uiF \ %eferindoKse , inten&(o do Esprito SantoH parece +ue Calvino est> indo além da inten&(o do autor 2umanoF ContudoH os dois est(o intimamente ligadosF !avid 0ucYett fa1 uma lista de meia dP1ia de e:emplos em +ue Calvino parece corrigir a si mesmoW OraH entendemosH portantoH a inten&(o do profetaH ou mel2orH do Esprito Santo_ Compreendemos agora a inten&(o do profetaH ou mel2orH do Esprito SantoF Mas essas corre&'es s(o Bastante propositaisF 0ucYett concluiW 0arece +ue Calvino n(o est> disposto a divorciar a
inten&(o do escritor 2umano do signicado do Esprito SantoF L difcil fugir conclus(o de +ueH para eleH a inten&(oH os pensamentos e as palavras do profeta e do Esprito Santo na produ&(o da Escritura est(o t(o intimamente ligados +ue n(o e:iste de fato maneira de as distinguirF\ O oB?etivo de encontrar Cristo no Antigo Testamento Jesus disse aos ?udeusW E:aminais as EscriturasH por+ue ?ulgais ter nelas a vida eternaH e s(o elas mesmas +ue testicam de mim QJo 3.;O7. Calvino comentaW !evemos ler as Escrituras com o e:presso intuito de encontrar Cristo nelasFFF 0or as Jscrituras0 é Bem saBido +ue a+ui ele se referia ao Antigo TestamentoH pois n(o foi no evangel2o +ue Cristo come&ou a ser manifestadoH masH tendo receBido testemun2o da lei e dos profetasH ele foi aBertamente mostrado no evangel2oF 4: \Em outro lugarH ele escreveW L isto +ue devemosH em sumaH Buscar em toda a EscrituraW con2ecer verdadeiramente Jesus Cristo e as innitas ri+ue1as +ue nele est(o e nos s(o oferecidas por ele da parte de !eus o 0aiF 4::
Revelação progressiva
Ao procurar Cristo no Antigo TestamentoH Calvirio est> consciente de +ue a revela&(o de !eus com respeito a Cristo n(o é t(o clara no Antigo Testamento +uanto o é no NovoF Mas mesmo no Antigo TestamentoH tornaH se cada ve1 mais claraF Calvino procura transmitir essa progress(o na revela&(o com imagens +ue se movem da somBra para a realidade e de uma centel2a para o solF Escreve nas +nstitutas? O Sen2or manteve esse plano ordeiro ao administrar a alian&a de sua misericrdiaW , medida +ue o dia de plena revela&(o se apro:imava com o passar do tempoH cada dia mais aumentava o Bril2o de sua manifesta&(oF !o mesmo modoH no incioH +uando a primeira promessa de salva&(o foi dada a Ad(o Q#n -F*RH Bril2ava como uma t@nue centel2aF Ent(oH , medida +ue foi acrescidaH a lu1 cresceu em sua plenitudeH rompendo cadave1 mais e lan&ando seus raios mais amplamenteF .inalmente ` +uando todas as nuvens foram dispersas ` CristoH Sol da Justi&aH iluminou plenamente toda a terraF\ 0ortantoH a revela&(o progressiva n(o signica +ue o povo de !eus no Antigo Testamento n(o tivesse nen2uma lu1F Os patriarcasH di1 CalvinoH n(o estavam desprovidos da prega&(o +ue contém nossa esperan&a de salva&(o e de vida eternaH masFFF apenas vislumBraram de longe e em somBras o +ue 2o?e vemos , lu1 do pleno diaF\ ComoH portantoH est> Cristo presente no Antigo Testamento !as eviH d@ncias +ue pudemos ?untarH Calvino responderia pelo menos de tr@s formasW
Cristo est> presente no Antigo Testamento como ogos eternoH como promessa e como tipoF !iscutiremos um de cada ve1F O Uogos eterno Calvino tem uma vis(o t(o e:altada de !eus +ue +uestiona se alguém pode con2ecer !eus sem con2ecer CristoF !i1 eleW !evemos ponderar primeiramente a vastid(o da glria divina e ao mesmo tempo a pe+uene1 de nosso entendimentoF Nosso con2ecimento ?amais poderia suBir t(o alto +ue pudesse compreender !eusF 0ortantoH todo pensamento a respeito de !eusH sem CristoH é um aBismo sem fundo +ue engole totalmente todos os nossos sentidosF 1'5 Essa incapacidade de con2ecer !eus sem Cristo valia tamBém para os tempos do Antigo TestamentoF !i1 CalvinoW omens santos da antigVidade con2eciam !eus ao v@Klo no .il2o como se por espel2o Qc 3Co -F*8RF culo celeste +ue ten2am proferido Em vista da presen&a de Cristo nos tempos do Antigo TestamentoH n(o é de surpreender +ue Calvino tivesse seguido a tradi&(o de identicar o An?o de ]a2^e2 com CristoF interessado no Cristo encarnado e dei:a isso aBundantemente claro com outro coment>rioW Aceito prontamente o +ue os antigos escritores ensinaramH +ue +uando Cristo apareceu na+ueles tempos primordiais em forma de 2omemH era o preH lPdio do mistério +ue foi revelado +uando !eus foi manifestado em carneF Mas devemos tomar cuidado para n(o imaginarmos +ue Cristo estivesse encarnado na+uele tempo_ pois n(o lemos +ue !eus enviou seu .il2o enicarneH antes da plenitude dos temposFFF '.48'
0romessa ecumprimento A principal categoria soB a +ual Calvino v@ Cristo encarnado no Antigo Testamento é a da promessaF MasH antes de focali1ara promessa do Antigo Testamento +uanto a seu cumprimento em CristoH a tend@ncia 2istrica de Calvino procura cumprimento nos
tempos do Antigo TestamentoF Muitas ve1es ele encontra esse cumprimento da profecia no e:lio de "srael ou em sua volta D terra prometidaF 0or e:emploH em "saas 3F *;H lemosW O SENHOR desnudou seu santo Bra&o D vista de todas as na&'es_ e todos os conns da terra ver(o a salva&(o do nosso !eusF EmBora Calvino estenda essa salva&(o D salva&(o +ue possumos em CristoH ele inicia com o cumprimento nos tempos do Antigo TestamentoW Essa profecia é maldosamente restrita pelos ?udeus D liBerta&(o da $aBilniaH e é impropriamente restringida pelos crist(os D reden&(o espiritual +ue oBtemos em CristoH pois devemos come&ar com a liBerta&(o +ue 2ouve soB Ciro Q3Cr -6F33H3-R e tra1@Kla até nosso prprio tempoF 4:O
0ortantoH Calvino procura o cumprimento progressivo da profeciaF As principais possiBilidades de cumprimento s(oW primeiramenteH cumprimento nos tempos do Antigo Testamento_ segundoH na vinda de Cristo_ terceiroH na igre?a contempornea eH nalmenteH na segunda vinda de CristoF * "sso n(o signica +ue toda profecia ten2a mPltiplos cumprimentosF
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plica seu método de interpreta&(o da profeciaW A+ui comento novamente e inculco na memria o +ue fre+Ventemente ten2o mencionadoH ou se?aH o costume dos profetasH em se tratando do reino de CristoH de estender o signicado além de seus primeiros princpios_ e isso eles fa1em en+uanto falam soBre seu incio FFFFFF Os profetasH di1 CalvinoH incluem todo o progresso do reino de Cristo +uando falam da futura reden&(o do povoFFF Essas profecias n(o s(o reali1adas num diaH ou num anoH ou ainda numa eraH mas devem ser entendidas como referentes ao incio e ao m do reino de CristoF\ 0ortantoH o cumprimento de uma promessa n(o é uma entidade est>ticaH mas um processo contnuo para cumprimentos cada ve1 maioresF
%ic2ard Muller nos oferece um Bom sum>rio do método de CalvinoW O restrito modelo de promessaKcumprimentoH no +ual o Antigo Testamento é cumprido no Novo TestamentoH unido , idéia de um signicado estendido do te:to +ue engloBe todo o reino de !eusH oferecia a Calvino uma estrutura interpretativa dentro da +ual tanto uma leitura gram>ticoK2istrica do te:to +uanto um forte impulso em dire&(o , aplica&(o contempornea pudessem funcionarF\ Tipologia
A convic&(o de Calvino +uanto , unidade do Antigo e do Novo Testamento numa s alian&a de gra&a e a unidade da 2istria redentora tamBém aBre o camin2o para a descoBerta de tipos de Cristo no Antigo TestamentoF Em sua interpreta&(o tipolgicaH como
tamBém na sua interpreta&(o 2istricaH ele segue o camin2o aBerto inicialmente pela Escola de Antio+uiaF T F F 0arYer declara +ueH para CalvinoH a 2istria dos ?udeus n(o era apenas uma prepara&(o para a vinda de Cristo_ era tamBém uma atua&(o prévia deK liBerada de Cristo e de sua oBraF Certas pessoas e institui&'es eram tipos ou guras ou imagens Qele usa as palavras indiferentementeRF Ele oBserva ainda +ue um tipo n(o éH para CalvinoH uma semel2an&a acidental entre as duas alian&asH mas algo elaBorado de forma deliBerada pela provid@ncia divina para atuar previamente como o Cristo encarnadoH assim representando Cristo e representandoKo efetivamenteF 556 Conse+VentementeH CalviratiH encontra tipos de Cristo n(o somente em cerimnias do Antigo Testamento como o s>Bado e o cordeiro pascalH mas especialmente em muitas guras do Antigo TestamentoW JoséH Ar(o e o sacerdcio levticoH Sans(oH e o rei !avi e seus sucessoresF\ Calvino e:plicaW OraH saBemos +ue em !avi foi prometido um reino espiritualH pois o +ue era !avi sen(o um tipo de Cristo Conforme !eus deu em !avi uma imagem viva de seu .il2o unig@nitoH devemos sempre passar do reino temporal para o eternoH do visvel para o espiritualH do terreno para o celestialF O mesmo deveKse di1er +uanto ao sacerdcio_ pois nen2um mortal pode reconciliar !eus com os 2omens e fa1er e:pia&(o pelos pecadosF Além do maisH o sangue de touros e Bodes n(o poderia pacicar a ira de !eusH nem o incenso ou o aspergir de >gua nem +ual+uer coisa +ue pertencia ,s leis cerimoniais_ elas n(o podiam dar a esperan&a da salva&(o de forma a acalmar a consci@ncia temerosaF SegueH assimH +ue o sacerdcio era somBra e +ue os levitas representaram Cristo até +ue ele viesseF jr Calvino é consciente do perigo de a interpreta&(o tipolgica escorregar numa tipologi1a&(o dos mnimos detal2es do te:toF Nada mel2orH di1 eleH do +ue nos contermos dentro dos limites da edica&(o_ e seria pueril fa1ermos cole&(o das municias_ comas +uais alguns fa1em losoasH pois n(o era de maneira nen2uma a inten&(o de !eus incluir mistérios em cada ganc2o e la&o $$$2$O8
A prega&ão teoc.ntrica de Ca&%ino Ao comentar as palavras de Jesus em Jo(o *F*H Credes em !eusH crede tamBém em mimH Calvino di1W O .il2o de !eusH portantoH +ue é Jesus CristoH se apresenta como oB?eto a +uem deve ser dirigida nossa féFFF L um dos principais artigos de nossa féH +ue a fé deve ser dirigida somente a Cristo FFFFFFFF H J lu1 desse como tamBém de outros
coment>rios +ue oBtivemos até agora de CalvinoH é surpreendente +ue seus serm'es soBre o Antigo Testamento pudessemH em geralH ser mais Bem descritos como centrados em !eus em ve1 de centrados em CristoF "sso n(o signica +ue ele n(o ten2a feito serm'es cristoc@ntricos a partir do Antigo TestamentoF O editor de CalvinoH $adiusH informaW Agradou a !eus permitir +ue ouvssemos a mais e:celente prega&(o +ue se poderia ouvir ou di1erH soBre o nal de "saas 3 e todo o captulo -H onde o mistério da morte e pai:(o de nosso Sen2or Jesus Cristo e suas causas s(o descritas e retratadas de forma t(o vivida +ue parece +ue o Esprito Santo ueria colocar Jesus Cristo diante de nossos ol2osH condenado em nosso nome e pregado na cru1 por nossos pecadosFFF 57A q
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Além de usar promessaKcumprimento para pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoH 575 Calvino emprega a tipologia onde ac2a isso apropriadoF 0or e:emploH em seus serm'es soBre 3 SamuelH o rei !avi n(o apenas fundiuH na como tipo de Cristo como tamBém o sumo sacerdoteH os sacrifcios e o templo o fa1em MasH como um todoH os serm'es de Calvino soBre o Antigo Testamento s(o mais Bem descritos como sendo teoc@ntricosF Ao apresentar Se?orcaus froco 5o-, de CalvinoH arold !eYYer escreveW Um dos mais not>veis fatores da prega&(o de Calvino é sua completa teocentricidadeFFF !e modo muito signicativoH a maior parte dos serm'es soBre o Antigo Testamento sendo *9 soBre J n(o 1era men&(o especca de CristoF\ Nem as palavras de JH Sei +ue meu %edentor vive ?usticam uma refer@ncia a CristoF\ O mesmo é verdade +uanto a muitos dos serm'es de Calvino soBre !evitertintirrioF 576 -ão ?á dHvida de que !alvino cr( profundamente na presen"a de !risto no Antigo Testamento. &le fala de !risto como o 'miudamente', a 'alma', a 'vida', o 'esprito', o 'escopo', o 'fim' e a 'perfei"ão' da lei.'* 0as, por alguma ra8ão, ele não se sente na obriga"ão de destacar e)plicitamente isso em todo Le0ão.4<= Até onde con?e"o, em nen?um lugar, !alvino e)plica essa falta de pregar e)pli, citilmente sobre !risto a partir do Antigo Testamento, mas podemos pensar em diversas ra8#es. A primeira está no entendimento de !alvino sobre o eus limitou $ próprio !alvino di89 'Lob o nome de eus entendemos uma ess(ncia Hnica e simples, da qual compreendemos tr(s pessoas... portanto, sempre que é mencionado o nome de eus sem particulari8a"ão, o @il?o e o &sprito não estão menos designados do que o /ai ......... \uando, portanto, !alvino prega um sermão centrado em eus, esse sermão é implicitamente cristoc(ntrico. $utra ra8ão pela não prega"ão cristocinutrica de !alvino está na sua (nfase na interpreta"ão ?istórica e seu desdém pela interpreta"ão alegórica. 4<* Ainda outra ra8ão é, provavelmente, a visão de !alvino da prega"ão e)positiva como limitando o sermão ao te)to do dia9 ' poiso que devem ser os serm#es e todo o ensino, senão a e)posi"ão daquilo que ali se contémR Z certo que, se acrescentamos alguma coisa, por menor que seja, será apenas uma corrup"ão'. 436 @inalmente, devemos nos lembrar de que em Genebra, !alvino pregava a partir do Antigo Testamento em estilo de ?omilia sobre versculos consecutivos alatoo continua! e, em geral, em dias de semana consecutivos quando cristãos consagrados estavam presentes.'* Assim sendo, talve8 não ten?a ac?ado necessário pregar e)plicitamente !risto em cada sermão.
Se?a +ual foro casoH depois de rever muitos dos serm'es de CalvinoH 0arYer concluiH através de toda a variedade ocasionada por todos os variados te:tosH corre a vis(o BBlica ` o !eus escondido revela a si mesmo para o Bem eterno e temporal do 2omemF L isso +ue governa a interpreta&(o e a aplica&(o dos te:tos de CalvinoF E m cada um de nossos e:emplosH vimos !eus em sua atividade graciosaH\ E é entendido por todos +ue a gra&a de !eus s nos vem em Jesus Cristo e por meio deleF
A%a&iaão da interpretaão teoc.ntrica de Cal%ino Contribui&-es %aliosas
!e nossa perspectiva contemporneaH podemos apreciar muitas das contriBui&'es de Calvino para a interpreta&(o e prega&(o do Antigo TestamentoF A maioria dos estudiosos modernos destaca com aprova&(o a @nfase de Calvino soBre a interpreta&(o 2istricaH ou se?aH sua @nfase na inten&(o do autorH no conte:to 2istrico e no signicado gramatical original dentro de seu conte:to liter>rioF Além do maisH devemos apreciar a @nfase de Calvino soBre a unidade do Antigo e do Novo Testamento soB uma s alian&a da gra&aF A interpreta&(o 2istrica no conte:to da unidade do Antigo e do Novo Testamento d> a Calvino uma aBordagem Bastante e+uiliBrada da praH ga&(o a partir do Antigo TestamentoF Como descreveu t(o claramente !avid 0ucYettH Calvino n(o desarraigou o Antigo Testamento do terreno 2istrico nem se contentou em ol2ar suas rai1es uma ve1 +ue o orescimento completo tivesse ocorrido em Jesus CristoF Ele usa a interpreta&(o +ue o Novo Testamento fa1 do Antigo Testamento a m de estaBelecer o signicado do te:to do Antigo TestanteneJF \ Além do maisH com sua @nfase teoc@ntricaH Calvino é Bom corretivo para a interpreta&(o alegrica e a interpreta&(o ctispolgicti 111
e)cessiva. @inalmente, !alvino tra8 para os tempos modernosos modos antigos legtimos de pregar !risto a partir do Antigo Testamento9 os camin?os de promessa e cumprimento e da tipologia.
Deficiências no Método de 9alvino Legundo %o?n >eit?, '$ propósito da prega"ão de !alvino era tomar transparente o próprio tato da escritura'. 'I &mbora seja admirável esse objetivo em si mesmo, da nossa perspectiva, !alvino não focali8ou suficientemente na produ"ão de serm#es especificamente centrados em !risto dentro do conte)to de toda a &scritura, pois !alvino, conforme vimos, fireqHememente se satisfa8 com um sermão teoc(ntrico. Z claro que ele pregava na cidade cristã de Genebra, onde talve8 assumisse que seus ouvintes fi8essem
a liga"ão com !risto, mas isso ainda nos dei)a com um modelo inadequado de prega"ão para nossa cultura póscristã. Z irnico que outra defici(ncia na interpreta"ão de !alvino é que de ve8 em quando ele ainda sucumba ao encanto da interpreta"ão alegórica dos pais da igreja. /or e)emplo, ao comentar sobre a carne pura e a impura em >evtico 44, !alvino di89 '&mbora eu tema que ?aja pouca substBncia para as alegorias, não ataco nem rejeito uma que nos foi entregue pelos antigos escritores, que a fenda no casco simboli8a a sabedoria para compreender 1*discernir*7 os mistérios da &scritura, e a rumina"ão, a séria medita"ão nos ensinamentos celestira. Ainda outra defici(ncia nos serm#es de !alvino é ocasionada pela combina"ão de sua preocupa"ão pastoral pela relevBncia e seu emprego do estilo de +omi&ia> Emora esse m:todo patr@sti"o de ep&i"ar e ap&i"ar sentena por sentena e "&áusu&a por "&áusu&a o manten+a pr=imo ao teto? no teto narrati%o "ondu) a ap&i"a*es mora&istas sore fa)er e não fa)er &igadas a meros e&ementos do teto a ser pregado> Com fre!Jn"ia? Ca&%ino &iga essas ap&i"a*es s a*es ou pa&a%ras de personagens @&i"os> Por eemp&o? no seu primeiro sermão da s:rie sore ( Samue&? e&e eorta a "ongregaão a aprender "om o eemp&o de Da%i na derrota de Israe&? a #a"eitar !ua&!uer triu&aão !ue e&e DeusM es"o&+a para nos testar# e? "omo Da%i? ao saer da morte de Sau& #não odiar a ma&dade ne&e e nos nossos inimigosH sem ao mesmo tempo +onrar os fa%ores !ue Deus +a%ia &+e "on"edido#> A&:m do mais? no mesmo sermão? a morte de Sau& nos ensina !ue #de%emos estar sempre eaminando a n=s mesmos> Esse eemp&o de Sau& : dado para a nossa admoestaão? espe"ia&mente !uando Deus nos pune de a&guma forma estran+a e in"omuni? !ue não "ompreendemos#> Ainda nesse mesmo sermão ?á #a!ue&e ama&e!uita !ue fingiu estar de &uto? mas nada mais era !ue um a,u&ador insin"ero>>> Aprendamos? portanto? a não nos "o&o"armos frente? esperando agradar aos +omens? pois !uando fi)ermos isso? Deus nos derruará ainda mais prontamente#>X5W Nessa pregaão sore imitaão do "aráter? Ca&%ino &e%a adiante o sentido tropo&=gi"o ou mora& Idade .:dia e? mais amp&amente? a tradião da pregaão mora& !ue %ai desde os antigos gregos at: os dias atuais> b# Ao seguir essa tradião? Ca&%ino opera "&aramente no n@%e& +ist=ri"o das personagens @&i"as \ Da%i? Sau&? o arrode!uita \ pro"urando etrair &i*es práti"as para sua da
congrega&(o das a&'es e palavras dessas personagensF "nfeli1menteH ele dei:ou de avaliar esse sentido tradicional tropolgicomoral , lu1 da inten&(o do autorH como fe1 no sentido alegricoF Ser> +ue esse sentido moral era a inten&(o do autor para "srael EmBora a @nfase 2istrica de Calvino soBre a inten&(o do autor ten2a l2e dado a c2ave para sair desse modelo de imita&(o da persoH nagemH ele muitas ve1es dei:a de fa1er a liga&(o dessa inten&(o com a meraH gent para "srael da antigVidadeF AssimH em seus serm'es soBre te:tos narrativosH o estilo de e:plicar e aplicar cada senten&a e cl>usula numa 2omilia leva , perda da mensagem central +ue o autor BBlico tin2a para "sraelF Essa perda de focoH por sua ve1H leva a uma falta de unidade em seus serm'es eH no nalH ofusca o foco centrado em CristoF
+nterpretações cristol:gicas modernas
Temos coBerto as principais op&'es 2istricas da prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoW a interpreta&(o alegrica de Ale:andriaH a interpreta&(o tipolgica de Antio+uiaH a interpreta&(o +u>drupla da "dade MédiaH a interpreta&(o cristolgica de utero e a interpreta&(o teoc@ntrica de CalvinoF 0ara continuarmos essa vis(o geral até os dias atuaisH faremos um Breve relato da oBra de dois pregadores protestantes con2ecidos por sua aBordagem cristolgica da prega&(oH C2arles addon Spurgeon e Gil2elm Iisc2erF
Spurgeon
Pano de fundo
C2arles addon Spurgeon Q*8-K*893R é considerado um dos pregadores Batistas de maior inu@nciaF !e *8 a *893H ele foi pastor em ondresH "nglaterraH de uma igre?a +ue cresceu até tornarK se a maior congrega&(o do mundo da+uela épocaF\ Sua inu@ncia espal2ouKse pelo mundo por meio de seus serm'esH +ue foram tradu1idos para -- lnguas estrangeirasH Bem como oa
de seu &i%ro ?ectures to . 7tudents L3i*es a meus atunosM>X5X Ningu:m menos !ue Ke&mut T+ie&i"Ve re"omendou Spurgeon a pregadores modernos numa admitida +ip:ro&eF #[endam tudo o !ue possuem não menos !ue seu esto!ue de &iteratura atua& sore serm*esH e "omprem Spurgeort >>>>>> 45: o+n Ta&ert sugereF #O fator !ue ta&%e) ten+a eer"ido o maior impa"to sore o p&pito "ontemporneo? mais do !ue !ua&!uer outro? : a aordagem "risto&=gi"a do sermão de Spurgeon#>#X pro%a%e&mente eagero? mas pode ser %erdade para muitos p&pitos e%ang:&i"os> Spurgeon foi "+amado de #+erdeiro dos puritanos#>#X E&e foi "riado na "asa pastora& de seu a% puritano> Conforme re&ata Ta&ert? #A apre"iaão ad!uirida na mo"idade de Spurgeon pe&os puritanos &anou o fundamento de sua forma X"risto"Jntri"aXde teo&ogia> A&:m disso? e&e aprendeu sua aordagem interpretati%a das Es"rituras das oras teo&=gi"as !ue &eu !uando menino#>X53 #Os int:rpretes puritanos eram fortes defensores da interpretaão do teto em sentido &itera&? mas ao mesmo tempo? fa)iam "on"ess*es a sentidos espirituais !ue fossem Xsuordinados e se"undáriosX ao sentido &itera&> Spurgeon seguiu essa práti"a na sua interpretaão das passagens do Antigo Testame&ito#>X$X
Pregar Cristo O &i%ro 3e"tures to . Strudeno? de Spurgeon? está rep&eto de "onse&+os sáios para pregadores ini"iantes? mas a responsai&idade prin"ipa& : !ue pra? iment? Cristo> E&e "omea as pa&estras "onforme segueF #O grande o jeti%o do minist:rio "ristão : a g&=ria de Deus> Contudo? "omo regra? Deus nos en%iou para pregar? a fim de !ue mediante o e%ange&+o de esus Cristo os fi&+os dos +omens possam se re"on"i&iar "om
Esta : a prin"ipa& preo"upaão de SpurgeonF a "on%ersão dos pe"adores> E&e perguntaF # parte da dependJn"ia do Esp@rito Santo? o !ue mais pode ser feito se esperamos %er "on%ers*es] >>> H Respondo? primeiramente? de%emos pregar risto0 e este cruci(cado%%% O ministro "ristão de%e pregar todas as %erdades !ue se ,untam em %o&ta da pessoa e ora do Sen+or esus >>>>>>> er Spurgeon "ontinua? enumerando a&gumas dessas %erdadesF #o ma& do pe"ado? !ue "riou a ne"essidade de um Sa&%ador#? a ,ustia de Deus? o ,ui)o %indouro? #a grande doutrina de sa&%aão de a&mas !ue : a epiaãoB de%emos pregar um sa"rif@"io autJnti"o sustituti%o e pro"&amar o perdão "omo seu resu&tado#B a ,ustifi"aão pe&a f:? o amor de Deus em Cristo esus> #A me&+or forma de se pregar aos pe"adores para !ue en"ontrem Cristo é pregar Cristo aos pe"adores#>#X Perto do fina& de suas pa&estras? Spurgeon %o&ta ao tema domi nanteF #De tudo o mais !ue eu !ueria di)er? esta : a smu&aF meus irmãos? preguem CRISTO? sempre e para sempre> E&e : todo o e%ange&+o> Sua pes? soa? seus of@"ios? sua ora de%em ser nosso ni"o e grandioso tema'. 5@A
Spurgeon lan&a o desao para pregadores te:tuais mais gracamente ao instruir um ?ovem pregadorW Ioc@ n(o saBeH meu ?ovemH +ue de toda cidade e todo vilare?o e todo povoado da "nglaterraH onde +uer +ue se?aH 2> uma estrada para ondres Assim tamBémH de todo te:to da Escritura 2> uma estrada para CristoF E meu +uerido irm(oH seu traBal2o éH +uando se apro:imar de um te:toH perguntarW onde est> a estrada até Cristo ?amais encontrei um te:to +ue n(o tivesse uma estrada para Cristo eH se alguma ve1 n(o encontrar umH atravessarei cercas e valas até c2egar a meu MestreH pois o serm(o n(o pode fa1er Bem a n(o ser +ue 2a?a nele o saBor de CristoF*)\ $ método de interpreta"ão de Lpurgeon Spurgeon traa&+a%a "om dois sentidos ási"os da Es"rituraF o sentido &ite ra& ou #signifi"ado "&aro# e o sentido espiritua&? !ue "ore um amp&o espe"tro>
$ sentido literal
Spurgeon admoesta seus alunosW Em nen2um caso permita +ue seus ouvintes se es+ue&am de +ue as narrativas +ue voc@ espirituali1a s(o fatosH e n(o meros mitos ou par>BolasF O primeiro sentido da passagem ?amais dever> ser afogado pela inunda&(o da sua imagina&(o_ deve ser distintamente declarado e ter prima1ia_ sua acomoda&(o dele ?amais dever> lan&ar fora o signicado original e natural nem empurr>Klo para o fundoF\ $ sentido espiritual
Spurgeon tem muito mais a di1er soBre o sentido espiritual do
+ue +ue soBr soBre e o sentido litera lF ! entro de limites l imites H meus m eus irm(osH n(o ten2am medo de espirituali1ar ou tomar te:tos singularesF Continuem procurando sie passagens da Escritura e n(o d@em somente seu sentido mais simplesH como devem fa1erH fa1erH mas tamBém e:traiam delas os signicados +ue talve1 n(o este?am na supe superf rf@" @"ie ie#> #> 1'X Es"riturnS#>1'X
Entre os usos legtimos do sentido espiritualH Spurgeon encaBe&a sua lista com os tiposW Tem sido fre+Ventemente mostrado a voc@s +ue \os tipos\ rendem amplo escopo para o e:erccio de uma engen2osidade santiK cadaF Como e:emplos de tipos ele menciona o taBern>culo no desertoH com todos os seus mveis sagradosH a oferta +ueimadaH a oferta pela p ela pa1H e todos os diversos sacrifcios +ue eram oferecidos diante de !eusF TamBém TamBém o templo com toda sua glriaF A maior potencialidade para a interpreta&(o tipolgica encontra aBundantes e:emplos nos induBit>veis smBolos da 0alavra de !eusH e ser> seguro entrar nessa espécie de d e e:erccio e:ercci o por+ue por+ ue os smBol smBolos os s(o s(o de de designa&(o divinaF A segu s eguir irHH Spurge Spu rgeon on mencio men ciona na as met>f met >fora orasW sW para voc@ uma 2eran&a de mil met>forasF met>forasF *) Por Por &tim &timo? o? e surp surpre reen ende dent ntem emen ente? te? Spur Spurge geon on men" men"io iona na uma uma form formaa &eg@ &eg@tima tima de #espin #espintua tua&i) &i)aã aãFF a interp interpreta retaão ão a&eg=r a&eg=ri"a> i"a> Es"re% Es"re%ee e&eF e&eF # Na %erdade? os &i%ros +ist=ri"os não s= nos ofere"em uma a&egoria a&egoria a!ui e a"o&á? a"o&á? "omo tam:m tam:m pare"e pare"em m ser arran,ad arran,ados os "omo um todo todo "om %istas %istas ao ensinamento sim=&i"o#> 1' XAinda !ue Spurgeon ti%esse a"aado de admoestar seus seus a&unos a&unos a #não imitar Or@genes "om suas interpreta*es &ou"as e ousa? daW11?1'1 a!ui e&e emprega o pr=prio argumento argumento de Or@genes para apoiar a interpretaão a&eg=ri"a> a&eg=ri"a> A pregaão de Spurgeon sore Cristo a partir do Antigo Antigo Testamento Testamento Spurgeon usa%a muitos #"amin+os# para a pregaão de Cristo a partir do Antigo Testamento Testamento \ tantos? na %erdade? !ue : dif@"i& sistemati)ar sua aor? dage da geri ri Na &eit &e itur uraa de seus se us serm se rm*e *ess do Antigo Antigo Testament Testamento? o? por:m? &ogo se toma toma e%ide e%ident ntee !ue !ue e&e muitas muitas %e)es %e)es tem outra outra agenda a&:m de passar pa ssar adiante adi ante a mensagem mensagem re%e&ada re%e&ada pe&o sentido sentido &itera&> &itera&> A&:m do sentido do sentido literal 2re!entemente? Spurgeon não pergunta sore a mensagem do autor para Israe&? mas "orre
para o sentido senti do espiritua espir itua&>&> Por eemp&o? eemp& o? num sermão sore o fruto de Canaã tra)ido tra)id o pe&os espias Dt 1>(5H? em sua ter"eira ter"eira frase? Spurgeon Spurgeon di)F #Não direi muito? neste momento? momento? sore os israe&itas? mas !uero mostrar;&+es !ue? "omo e&es aprenderam a&go sore Canaã pe&o fruto da terra !ue &+es foi tra)ido tra) ido pe&os espias? espia s? %o"J e eu tam:m? tam: m? ainda aind a en!uanto en!ua nto estamos na terra? se somos po%o es"o&+ido do Sen+or? podemos aprender a&go sore "omo : o ":u \o estado para o !ua& "+egaremos no por%ir\por meio de "ertas Jnãos !ue nos são dadas dad as ainda ainda en! en!uant uantoo estamos estamos a!ui#> Nesse Nesse sermão? sermão? e&e "ontinua "ontinua a #apresentar;&+es #apresentar;&+es uma s:rie de %is*es do ":u a fim de dar uma id:ia sore "omo "omo o "ristão "ristão a!ui na terra terra go)a go)a um saor das Jnãos Jnãos !ue ainda estão para ser re%e&adas#> #X Outro sermão no mesmo %o&ume : o sermão sermão sore sore GJn GJnesis esis 17>(/F 17>(/F #Sa@a o so& sore sore a terra? terra? !uando 3= entrou entrou em Zoar#> Zoar#> Spurgeon Spurgeon "omea o sermão da seguinte maneiraF # A destruião de Sodoma foi? sem d%ida? um fato &itera& e o registro disso disso em GJnesis , uma %erdadeira parte da Kist=ria tanto !uanto a!ui&o !ue foi re&atado por Tá"ito ou osefo> .as foi tam:m uma grande &ião para=&i"a para n=s\uma &ião em forma de paráo&a? pe&a !ua& re"eemos instruão e Jnão#>#X A pregaão de Cristo a partir de promessas do Antigo Testamento "o&o"a Spurgeon sore terreno mais firme e +ist=ri"o> Por eemp&o? num sermão sore as promessas de Deus a Da%i (Sm '>(1H? Spurgeon %ai natura&mente de Sa&omão para Cristo> #Natã foi en%iado a Da%i para re%e&ar;&+e os grandes prop=sitos da graa de Deus? para "om e&e e para "om seu fi&+o Sa&omão? e toda a sua dinastia? dando a promessa de !ue um des"endente de&e se sentaria sore o seu trono para sempre? "omo fa)e fará? pois o Rei dos reis e Sen+or dos sen+ores? a !uem 444 a"&amamos "om gritos de XKosanaX : o 2i&+o de Da%i e ainda reina ...... 444 Spurgeon : tam:m "apa) de %er m&tip&os "umprimentos? primeiro na +ist=ria de Israe& e depois na %inda de Cristo e na +ist=ria da igre, a> &Ue ipologia
Spurg Spurgeon eon empreg empregaa tam:m tam:m a tipo&ogi tipo&ogiaa para para pro"&am pro"&amar ar Cristo Cristo a partir partir do Antigo Antigo Testamento> Por eemp&o? num sermão sore Araão ofere"endo o "ordeiro em %e) de seu fi&+o Isa!ue Isa!ue Gn ((H? Spurgeon Spurgeon e"&amaF e"&amaF #(W;/0H? Spurgeon afirmaF #Nosso Temp&o : a pessoa do Sen+or esus Cristo? poisXne&e +aita "orpora&mente toda a p&enitude da di%indadeX> >> Emora e&e ten+a
para nós o mesmo uso que o templo para Israel, contudo, ele é infinitamente mais precioso precioso e muito maior do que o templo, e qualquer que seja o problema de qualque qualquerr pessoa que que seja, seja, orando a eus com sua face voltada para %esus... receberá o perdão, qualquer que seja o problema ou pecado'. 42< Tipologi8a"ão Lpurgeon Lpurgeon muitas ve8es leva a interpreta"ão interpreta"ão tipológica tipológica aos detal?es e acaba com uma
forma de tipologia que se mistura D alegoria. /or e)emplo, em outro sermão sobre a oferta de Abraão de seu fil?o Isaque 1Gn ::7, depois de breve introdu"ão, Lpurgeor, declara9 'Lem det(lo det(loss com longo longo preBmb preBmbulo ulo,, para para o qual voc(s não t(m tempo ou inclina"ão inclina"ão,, vejamos vejamos prim primei eira rame ment nte e o para parale lelo lo entre entre a oferta oferta de !risto !risto e a oferta oferta de Isaque Isaque..9*. ..9*. $ primei primeiro ro paralelo é que os servos ficaram para trás e 'Abraão e Isaque subiram so8in?os'. o mesmo modo, quando, no Geis(rurtani, os discpulos de %esus fugiram, 'o mesmo modo, o /ai e o @il?o estavam sós... Qoc( observou que Isaque também carregou a len?aR Y um verdadeiro retrato de !risto, que carregou a cru8. Em ponto digno de nota é o que foi dito, conforme se l( no captulo captulo sobre Abraão Abraão e Isaque, Isaque, que eles *esta, *esta, vara os dois juntos*... juntos*.. . é deleitoso, para mim, mim, refl reflet etir ir que que !ris !risto to %esu %esuss e o /ai /ai esta estava vam m junt juntos os na obra obra do amor amor rede redent ntor or.. /rosseguiram juntos, e finalmente Isaque foi amarrado, emanado pelo seu pai. o mesmo modo, foi !risto preso... $ paralelo prossegue, porque enquanto o pai amaria a vtima, a vtima se disp#e a ser presa... Assim também %esus... !ontudo, o paralelo ainda continua9 Isaque foi restaurado a Abraão... durante tr(s dias, Abraão ol?ava para seu fil?o como vendo alguém que morriaC no terceiro dia, o pai se rego8ijou ao descer a montan?a junto com o fil?o. %esus foi morto, mas no terceiro dia ressurgiu. 0as devo continuar.. eus providenciou um cordeiro no lugar de Isaque. Isso bastou para a ocasião como tipo, mas o que foi tipificado pelo cordeiro é infinitamente mais glorioso. A fim de nos salvar, eus ofereceunos Deus. "'
Alegori1a&(o Spurgeon segue seu prprio consel2o e muitas ve1es emprega a interH preta&(o alegrica na prega&(o de Cristo a partir do Antigo Testame estament ntoF oF Em seus seus serm serm'e 'esH sH enco encont ntra ramo moss as inte interp rpre reta ta&' &'es es alegricas tradicionaisW o Cntico dos Cnticos de Salom(o Qe suas partesR s(o alegoria de Cristo e a igre?a_\ a madeira +ue Moisés ?ogou na >gua amarga em Mara é alegoria da cru1 cru 1 de Jesus Jes us e a alma alm a 2uman 2umanaW aW Con2 Con2e&o e&o uma uma >rvore >rvore +ueH +ueH se coloc colocada ada ?unt ?unto o , almaH almaH ado&ar> todos os pensamentos pensamentos e dese?osH dese?osH e Jesus con2ecia con2ecia a+ue a+uele le len2o soBre o +ual morreu FFFFFF * As ?ornadas de "srael do Egito para a Cana( s(o alegoria de nossa peregrina&(o crist( da escravid(o do peca pecado do QEgi QEgito toRR para para a liBe liBert rta& a&(o (o por por meio meio de Cr Cris isto to Q0>s Q0>sco coaR aR e convers(o Qpassar o Mar Iermel2oRH para as diculdadesH tenta&'es e os triunfos QdesertoR até a vida crist( vitoriosa ou o céu QCana(RF\ Sem apolo apologi giasH asH Spurge Spurgeon on uti& uti&i) i)aa sua rica imagina&(o para pregar Cristo a partir do Antigo Testamento Testamento por meio do método alegricoF\ st
ss
Avalia&(o da interpreta&(o cristolgica de Spurgeon ContriBui&'es %aliosas A mais valiosa contriBui&(o de Spurgeon foi sua prega&(o clara de Jesus CristoF CristoF Ele segue seu seu prprio consel2oW consel2oW Meus Meus irm(osH preguem preguem CristoH SemH
pre pr e e para pa ra serr se rrii #X Todos Todo s !u !uee ou ou%i %iam am a preg pr ega aão ão de Spur Sp urge geon on apre ap rend ndia iam m a&guma a&gu ma "oisa sore esus Cristo> Outra "ontriuião de %a&or : !ue sua pregaão : pessoa&? "entraria e urgente> .esmo na página impressa? e&e "omuni"a autJnti"o interesse por seus ou%intes? espe espe"i "ia&m a&men ente te os des"re des"rent ntes es?? e pede pede "&aramente !ue faam um "ompromisso "om esus> 9ma pe!uena amostra amostra terá de ser sufi"iente> sufi"iente> Segue o parágrafo fina& de um sermão de t@tu&o #Os @mpios não são assimB são? por:m? "omo a pa&+a !ue o %ento dispersa# SI 1>-HF #Eu os eorto? eorto? pe"adores pe"adores?? a re"eer Cristo> Cristo> To!uem To!uem agora agora a arra de suas %estes> %est es> Eis? e&e está pendurado ante %o"J na "ru)> Como .ois:s &e%antou a serpente no deserto? assim tam:m esus está &e%antado> O&+em? eu imp&oro a %o"Js? o&+em e %i%am> Creiam no Sen+or esus esus Cristo Cristo e %o"Js %o"Js serão serão sa&%os> sa&%os> Como se Deus esti%esse imp&orando a %o"Js por meu interm interm:di :dio? o? peo;& peo;&+e +es? s? no &ugar &ugar de Cristo? Cristo? !ue se re"on"i& re"on"i&iem iem "om Deus> Deus> A+ A+^^ 171 Am:m#>171 Outra Ou tra "on "ontri triui uião ão de Spurg Spurgeon eon para para a prega pregaão ão de Cristo Cristo a partir partir do An Antig tigoo Testamento : seu uso de a&guns outros "amin+os para Cristo a&:m dos tradi"ionais de prome pr omess ssa; a;"u "umpr mprime ime nto nt o e tipo ti po?a ?ant nt@t @tip ipo> o> Por %e)e %e )es? s? e&e e& e se&e" se& e"io iona na passa pa ssage gens ns do Anti go Testamento !ue sugiram #um moti%o teo&=gi"o dominante da Es"ritura#? por eemp&o? #a&gum #a&gum atriuto atriuto ou a&guma ati%idade redentora de Deus#> 4 O4O4 Esse tema? portanto? pode fun"i fun "iona onarr "omo "om o uma estrada estrada !ue "ondu) "ondu) ao No%o Tes Testamen tamento to e a esus Cristo> Cristo> E&e tam:m des"ore des"ore uma estrada para Cristo !ue? ini"ia&mente? ini"ia&mente? pare"e um e"o sem sa@da? por!ue não fa&a de Crist Cristoo "omo "omo prome promessa ssa?? tipo tipo ou tema? tema? e? em %e) diss disso? o? apres apresen enta ta um pro&e pro &ema> ma> Por eemp& ee mp&o? o? o teto te to pod podee fa&ar fa& ar sore so re o pe? "a do do +o +ome mem m ou da ,u st i a de Deus ou do Dia do Sen+or? mas esses pro&emas para os pe"adores "are"em de so&uão? e a so&u so&uão ão : Cris Cristo to>> Assim? Assim? no sermão? sermão? Spurgeon Spurgeon %ai natura&me natura&mente nte da situaão situaão +u +uma mana na para pa ra a resposta resposta do No%o Testame Testamento nto em Cristo Cristo>#X >#X
!eci@ncias no método de Spurgeon > tamBém deci@ncias Bvias no método de SpurgeonF Até mesmo seus crticos mais generosos admitem +ue Spurgeon comete muitos erros em sua interp interpret reta&(o a&(o das Escrit Escritura urasF sF Em geralH geralH eles eles atriBu atriBuem em esses erros , falta de educa&(o teolgica formal eou falta de tempoF Mas ca tamBém claro +ue sua preocupa&(o Pnica de pregar Jesus Cris Cr isto to o leva leva a ler ler Cr Cris isto to no te:t te:to o do Antig Antigo o Testam stamen ento toFF Ele Ele geralmente usa a vida de Jesus como padr(o para a interpreta&(o do Antigo TestamentoF Noutr Noutras as palavr palavrasH asH muitas muitas ve1es ve1es ele dei:a de fa1er ?usti&a ao sentido literal e ao conte:to 2istrico das passagens do Antigo TestantentoF\ X Ele n(o pergunta a inten&(o original do autorF\ Em ve1 dissoH sua tend@ncia é usar o Antigo Testamento como trampolim para sua mensagem soBre Jesus CristoF Ele pode fa1er isso prontamenteH por+ue em geral seleciona te:tos e:tremamente Breves Qte:tos singularesRH um fragmento em ve1 de uma unidade liter>ria QmensagemRF 0or e:emploH num serm(oH ele seleciona como te:to apenas o primeiro versculo da narrativa soBre !eus pedindo a ABra(o ABra(o +ue sacric sacricasse asse "sa+ueH "sa+ueH #@nesis #@nesis 33F*F Ie?amo Ie?amoss nosso te:toF L uma espécie de pref>cio para essa 2istria singularH singularH sem paralelos da pro prova de ABra( Bra(o oF 0r 0riimeir meiroW oW Acon Aconte tecceu +ue +ue !eus eus +uis +uis prov provar ar 44<
a
4O=
ABra(o\` vemos a+ui o camin2o do Sen2or com os crentesF E segun segundoH doH +uando +uando !eus !eus Xdis Xdisse seKl Kl2e 2eWW ABra( ABra(o\ o\HH o patri patriarc arca a respo respond ndeu eu imediatarrenteWXEisKme a+ui\`a+ui aprendemos o camin2o do crente com com o Sen2 Sen2or orFF Esse Essess dois dois ttu ttulo loss n(o n(o s(o s(o dif difce ceis is de lemB lemBrar rarWW o camin2 camin2o o do Sen2or Sen2or com os crente crentesH sH e o camin2 camin2o o do cren crente te com o Sen2orF !os -3 serm'es e:aminados por TalBertH Spurgeon usou apenas um versculo ou parte de um versculo da Escritura em +uase ); ); das men mensage sagen nsF Em ** serm serm'e 'esH sH ele utili1 ili1ou ou cl>u cl>ussulas ulas suBordinadas ou 4O4
frases "urtas do Antigo Testamento#> 4' Emora esses re%es tetos mandem as pessoas para "asa "om "&ara id:ia do tema dos temasH do sermão? um fragmento tetua& : gera&mente um "on%ite aerto para distor"er o signifi"ado inten"ionado pe&o autor inspirado>
Além da fal2a fal 2a na n a sele&( se le&(o o e interpre inter preta&( ta&(o o do d o te:toH te :toH Spurge Spu rgeon on tamBém comete erros na sua aplica&(oF Nas palestras a seus alunosH ele di1W A faculdade +ue se transforma em espirituali1a&(o espirituali1a&(o ser> Bem empregada ao generali1armos os grandes princpios universais produ1idos por fatos minuciosos e separadosF Essa é uma tarefa 2aBilidosaH instrutiva e legtimaFFF Em centenas de incidentes nas EscriturasH podemos encontrar princpios gerais +ue n(o s(o e:pressos em lugar algum a lgum em tantas palavrasF Esse movimento é con2ecido 2o?e em dia como a fal>cia da generali1a&(oF A generali1a&(o de SpurgeonH por sua ve1H ve1H condu1 condu1 , morali1a&(oH especialmente +uando ele procura por p or li&'es +ue aprendemos das personage personagens ns do Antigo TestamentoW TestamentoW por e:emploH podemos nos identicar identicar com a triste1a de RoH devemos imitar o compromisso de %ute com o Sen2orH Sen2orH por outro ladoH devemos evitar a dPvida de JacF\ Spurgeon ?urou +ue se ele um dia encontrasse um te:to X+ue n(o tivesse nele um camin2o para CristoH passaria por cercas e valasH mas c2egaria a meu Mestre FFFFFF .re+uentementeH Spurgeon dei:a de ver a estrada certa para o Mestre eH em ve1 dissoH via?a pelo pntano da tipologia e da alegoriaF 0ode ser +ue admoeste os alunos +uanto a OrgenesH mas o método do prpri prprio o Spurge Spurgeon on é arBitr>rio e n(o possui +ual+uer +ual+ uer forma de controleF Ele n(o somente ensina +ue a interpreta&(o alegrica é uma forma legtima de d e espirituali1a&(oH como tamBém prega numerosas narrativas 2istricas como se fossem alegorias 212 o?e c2amaramos isso de erro de g@neroF Outra deci@ncia em alguns dos d os serm'es de Spurgeon é +ueH em seu dese?o Pnico de pregar Jesus CristoH ele isola a pessoa e a oBra de Cristo da pessoa e oBra de !eus lanF \ Conforme veremos no captulo H porémH a prega&(o centraria em Cristo Cris to deve sempre se mpre ser centra centraria ria em !eusF I)
o
9ma defi"iJn"ia fina& !ue de%emos "onsiderar : o fo"o ni"o de Spurgeon na sa&%aão indi%idua&> Num de seus serm*es? Spurgeon di)F #Não ten+o "omo o,eti%o a &inguagem refinada? mas apenas a&"anar o "oraão do pore pe"ador> O+^ >> mostrar Cristo ao pe"ador de%e ser nosso dese,o ni"o^# .'p E em suas pa&estras? e&e es"re%eF #Não somos "+amados para pro"&amar fi&osofia e mettifisi"a? mas o e%ange&+o simp&es> A !ueda do +omem? sua ne"essidade de no%o nas"imento? de perdão mediante a epiaão e de sa&%aão "omo resu&tado da f: \ essas são nossas armas de ata&+a e instrumentos de guerra>>> Cada %e) mais? eu temo !ue !ua&!uer %isão sore profe"ia? go%erno da igre,a? po&@ti"a ou at: mesmo teo&ogia sistemáti"a? faa "om !ue !ua&!uer um de n=s deie de g&oriar;se na "ru) de Cristo#>#X Ao apresentar a ora de Spurgeon? T+ie&i"Ve re"on+e"e !ue #Spurgeon tin+a o o&+o %o&tado prin"ipa&mente para o indi%@duo? dando pou"a ou nen+uma importn"ia teo&ogia de ordem so"ia& ou po&@ti"a e a Cristo "omo Sen+or do "osmos#> X_s Emora seu Taerná"u&o.etropo&itano ti%esse dado in@"io a muitas diferentes organi)a*es fi&antr=pi"as \desde um orfanato at: uma fa"u&dade para formar pastores? desde asi&os para pores at: sa&as de miss*es#X \ não se pode negar !ue em sua pregaão e&e estreitasse "onsidera%e&mente o a&"an"e do e%ange&+o da imensa %isão do reino %indouro de Deus para a sa&%aão do indi%@duo mediante a epiaão sustituti%a de Cresto>XuU
i&+e&m Hischer i&+e&m [is"+er 1W75?17WWH nos tra) !uase na :po"a atua&> Em "ontraste "om Spurgeon? !ue era autodidata? [is"+er re"eeu uma edu"aão teo&=gi"a forma& e"ep"iona&mente primorosa> Nas"eu fi&+o de pastor na A&eman+a? mas foi "riado na 6asi&:ia? onde seu pai re"eeu o "argo de professor de No%o Testa? mente em 170(> [is"+er estudou teo&ogia em 3ausanne? 6asi&:ia e .arurgo? e depois ser%iu "omo pastor em %árias igre,as> Em 17(W? a"eitou o "argo de pa&estrante em Antigo Testamento em 6ete&? A&eman+a? mas em 17// os na)istas o aniram? proiindo;o de ensinar ou pregar> Da@ em diante? ser%iu numa igre,a em 3ugano? Su@a e? em 17/$? tornou;se pastor na 6asi&:ia? onde `ar& 6art+ era um dos memros de sua igre,a> Tam:m se tornou memro ad,unto do "orpo do"ente da 9ni%ersidade de 6asi&:ia? onde ensina%a Antigo Testa? mente ao &ado de a&ter 6autr igartrier e a&ter Ei"+rodt> Em 17-$? e&e a"eitou o "argo de Professor de Antigo Testamento da Ta"u&t: Reform:"# em 6ortrpe&&i"r? na 2rana? onde %i%eu at: sua morte "om a idade de 7/ anos>&oU [is"+er : mais "on+e"ido por sua ora em dois %o&umes? as !aisiusizeugnis ales A&ten -esta staus0 1 17/-H e ( 17-(H? da !ua& o primeiro %o&ume foi tradu)ido para o ing&Js "omo T+e Vimess of t!e W101 -estament to !rist 17-7H> Da%id 6aVer ,u&ga essa ora um #momento de"isi%o na +ist=ria da interpretaão do Antigo Testantento#>( 1 A fim de entender [is"+er e esse #momento de"isi%o#? de%emos "on+e"er um pou"o sore a "omp&ea situaão na !ua& e&e es"re%ia> Pano de =urado
Re=eição do Antigo -estamento No Cap@tu&o 1? notamos a re,eião do Antigo Testamento por parte de di%ersos e inf&uentes te=&ogos a&emães> S"+&eierma"+er? %on Karna"V e 6u&tmann> Em 17(1? Karna"V
de"&arouF #.antJ;&o Lo Antigo TestamentoM "omo do"umento "anni"o dentro do protestantismo depois do s:"u&o 17 resu&ta de uma para&isia re&igiosa e e"&esiásti"a#>#X Segundo Ro&f Rendtorff? nessa :po"a #nem se!uer um estudioso do Antigo Testamento? at: onde sei? fe) de"&araão p&i"a em resposta re,eião ine!u@%o"a de Ado&f %on Karna"V do Antigo Testamento >>>>>> 21'
Um ata+ue ainda mais virulento contra o Antigo Testamento foi lan&ado por .riedric2 !elit1sc2H l2o do famoso comentarista .ran1 !elit1sc2F Em *93*H ele puBlicou The #reat eception0 +ue resumiu conforme segueW veisH incluindo a+ueles da cronologia BBlicaH um verdadeiro laBirinto de falsos retratosH reelaBora&'es enganadorasH revis'es e transposi&'esH conse+Ventemente tamBém de anacronismoH constante mistura de detal2es contraditrios e 2istrias inteirasH inven&'es n(oK 2ist6ricasH lendas e contos de fada [em sumaH lira livro c2eio de enganos intencionais e n(oKintencionaisH em parte autoKenganoH livro muito perigosoH o uso do +ual necessita o maior dos cuidados\*F3*-
Cres"ente anti;semitismo
A e:trema deprava&(o dessa Pltima cita&(o ?> d> uma indica&(o de +ue a+ui 2> mais +ue um estudo minucioso e profundoF Era o tempo de crescente antiKsemitismo na Aleman2aH e o Antigo Testamento foi e+uiparado , religi(o dos ?udeusF Em *9--H uma notria assemBléia de crist(os alem(es e:igiu +ue nossa igre?a regionalH como igre?a do povo alem(oH se liBere de tudo +ue n(o se?a alem(o no culto e no credoH especialmente do Antigo TestamentoH com sua mural de\retriBui&(o\?udaica !entro desse amBienteH Gil2elm Iisc2er defendeu cora?osamente o valor do Antigo TestamentoF Eis alguns de seus ttulosW *9-*W O Antigo Testamento e a prega&(o_ *9-3W Ser> +ue o Antigo Testamento ainda pertence , $Blia dos crist(os alem(es de 2o?e_ *9--W SoBre a +uest(o ?udaicaW uma Breve discuss(o da +uest(o ?udaica em rela&(o com uma apresenta&(o do signicado do Antigo Testamento_\ *9-W -!e Vitness of t!e ,ld Testament to Clust O Testemun2o do Antigo Testamento de CristoF [is"+er defende o Antigo Testamento "ontra todos os seus ata"antes> Citando o "onse&+o de Karna"V para re,eitar o Antigo Testamento? [is"+er
desaa a posi&(o de arnacY e outrosF Escreve eleW Com esse passoH aBandonamos a conss(o crist(`a conss(o de +ue Jesus de Na1aré é o CristoFFF 0ois o Cristianismo signica precisamente a conss(o de +ue Jesus é o CristoH no sentido +ue o Antigo Testamento dene o Messias de "sraelF O Novo Testamento assim o entendeFFF Com completa coer@nciaH a igre?a primitiva assumiu a Escritura de "sraelF\ %endtorkH +ue discorda do método de Iisc2erH recon2ece francamente +ue seu livro na época foi entendido e perceBido como uma liBerta&(o do Antigo Testamento dos ata+ues dos na1istasF) Estudos est,reis do Antigo Testamento
Iisc2er n(o somente teve de enfrentar o antiKsemitismo e a re?ei&(o do Antigo TestamentoH como tamBém teve de traBal2ar num clima em +ue grande parte dos estudiosos do Antigo Testamento 2avia se tornado teologicamente estérilF A alta crtica reinavaW era a crtica das fontes Qcon2ecida como crtica liter>riaRH crtica da forma e 2istria da religi(oH #er2ard von %ad escreve soBre esse tempoW
antigosR Lerá que não introdu8 pontos de vista al?eios ao te)toR Lerá que não trabal?a com idéias e categorias que eram descon?ecidas dos autores daantigPidadeR'.'* Qisc?er deseja sustentar a unidade da Mblia. 0as ele escreve9 'Z uma caracterstica desse *estudo cientfico* da Mblia interpretar os te)tos do Antigo Testamento, não pela leitura do que está ali, mas por reconstruir um conte)to e significado *original*. &le interpreta o testemun?o de trás para frente, a fim de descobrir documentos de algo que já aconteceu, em ve8 de estar pronto a procurar por aquilo que deve aguardar conforme indicam os documentos. /orque a caracterstica do Antigo Testamento é ol?ar para frente e não para trás, isso pode ser feito somente mediante uma violenta dissolu"ão e reconstru"ão do te)to' .::S
Teologia dialética Além dos obstáculos que Qisc?er enfrentava, ele encontrou apoio e ami8ade em Uarl Mart? e sua teologia neoortodo)a. &screve Qisc?er9 A nova orienta"ão dada por Uarl Mart? D teologia protestante nos constrange e ajuda a ?oje novamente interpretar a Mblia como Mblia em seu próprio sentido caracteristico, por mais estran?o que isso possa parecer para nosso modo moderno de pensar'. 1( -uma carta escrita em 4O53, Mart?, por sua ve8, dá crédito a Qisc?er9 'Qoc( c?amou nossa aten"ão para a realidade do testemu n?o do Antigo Testamento de !risto'.'* X
Pessu!osi#es de $isc%e Qisc?er tin?a pressuposi"#es especificas e bartianas quanto a eus, !risto, a revela"ão, a Mblia, a +istória e outros conceitos. -ão mencionaremos todos eles, mas falaremos rapidamente de tr(s que estão diretamente relacionados ao nosso tópico. Teologia é cistologia A mais básica pressuposi"ão de Qisc?er é que a teologia é cristologia. -a introdu"ão a seu livro &itness of t%e $ld Testaent to (%ist, ele escreve9 *A marca má)ima da teologia cristã é que ela é cristologia, uma teologia que nada afirma sobre eus e)ceto em e por meio de %esus !risto, porque nen?um ?omem viu eus em tempo algumC o @il?o unig(nito, que está no seio do /ai, é ele quem o declarmi, Y exegesato 9o 1>1WH>>> a fica claro que todo o con?ecimento de eus que reside nas &scrituras do Antigo Testamento é mediado por %esus !risto. !onseqPentemente, a e)posi"ão teológica desses escritos dentro da igreja não pode ser nada mais que cristologia',:44
A unidade do Antigo e do $o%o Testamento Com Base em CristoH Iisc2er demonstra a unidade do Antigo e do Novo TestamentoF Escreve eleW As duas principais palavras da conss(o crist( \?eH sus é o Cristo\` o nome pessoal\?esus\e o nome vocacional\Cristo\[ corresH pondera ,s duas partes da Sagrada EscrituraW o Novo e o Antigo TestamentoF O Antigo Testamento nos di1\o +ue\@ o Cristo_ o NovoH\+uernX ele C11s Ele e+uipara os testemun2os do Antigo e do Novo Testamento a duas partes de um coral de antfona ol2ando para um ponto central eH ent(oH nesse pontoH permanece como acontecimento 2istrico EmanuelH !eus ConoscoH o Mediador entre !eus e os 2omensFFF 33)
Iisc2er insisteW A igre?a crist( ca de pé e cai com o recon2ecimento da unidade dos dois testamentosF Uma\igre?a\+ue deprecia o valor do Antigo Testamento em face do Novo descr@ no elemento decisivo do ensino dos apstolosH e dei:a de ser \crist(\F 0oisa doutrina +ue distingue o ensino apostlico é +ue Jesus é o Cristo do Antigo Tesmarrento]\
O Antigo Testamento testemun2a de Cristo Uma terceira pressuposi&(o de Iisc2er é +ue o Antigo Testamento testemun2a de CristoF Ele escreveW Segundo o testemun2o BBlicoH Jesus o Cristo é a \pedra de es+uina\ do edifcio da revela&(o de !eus_ a controvérsia dos e:egetas soBre se a pedra fundamental deve ser entendida como pedra central do arco ou pedra do fundamento s pode ser resolvida pelo recon2ecimento de +ue Jesus Cristo é amBosW pedra fundamental o ogos eterno e a pedra central o Cristo encarnado [ portantoH a pedra de trope&oH o sYandalon aos ol2os da ra1(oF\KKE9
Sem dPvidaH Iisc2er recon2ece +ue nem todas as pessoas descoBrem esse testemun2o de Jesus Cristo no Antigo TestamentoH pois o Esprito SanK to de%e arir nossos o&+os para !ue %e,amos esse testemun+o> #Os es"ritos do Antigo Testamento? não menos !ue os do No%o? são para todos !ue us"am sinais e se&os do 2i&+o de Deus !ue nas"eu numa man,edouraB ero e faias e&es são? não o pr=prio .eninoB testemun+as são personagens mortas? não o Cristo %i%o> A não ser !ue o Esp@rito Santo sopre ne&es? permane"em mortos??>(/0 A interpretaão "risto&=gi"a de Hischer do Antigo Testamento Infe&i)mente? a interpretaão "risto&=gi"a pode fa"i&mente es"orregar para a eisegese> [is"+er tem "ons"iJn"ia desse perigo> #Sempre +á o grande ris"o de &ermos nossas pr=prias id:ias nos es"ritos @&i"os> De%emos estar dispostos a ser instru@dos por !ua&!uer !ue &eia "om maior "orreão> A"ima de tudo? para nos manter na estrada prin"ipa& da eposião? de%emos seguir nos passos de 3utero e Ca&%ino# >(/1 Como as interpreta*es de [is"+er são "riati%as e muito %ariadas? : dif@"i& distinguir uma metodo&ogia espe"ia&> De a"ordo "om 3eon+ard Goppe&tF #[is"+er não segue um m:todo definido em sua interpretaão? por!ue Xa des"oerta : um dom de Deus> Em gera&? e&e pro"ede tipo&ogi"amente e s %e)es a&egori"amente? mas sempre "om uma rei%indi"aão e%idJn"ia gera&> 2re!entemente? e&e ofere"e o signifi"ado de determinada passagem di; retamente da interpretaão do No%o Testamento> [is"+er fa&a da f : de Araão? os: e .ois:s? "onforme Kereus 11> GJnesis 1- : interpretado "om ase em Kereus '? e a +ist=ria da tra%essia do .ar [erme&+o : interpretada "om ase em 1 Cor@ntios 10> [is"+er %ai muito a&:m de !ua&!uer "oisa indi"ada no No%o Testamento em sua des"oerta das pr:;figuras de Cristo#>#X A despeito dessa di%ersidade de mo%imentos? será ti& notar a&guns padr*es "omuns>
Tipo&ogia Goppe&t ,u&ga !ue [is"+er #em gera& pro"ede tipo&ogi"amente# a"imaH> Emora [is"+er não empregue os termos tipo e ant@tipo?X# e&e usa fre!entemente a tipo&ogia> Sua forte dependJn"ia da Ep@sto&a aos Kereus "ertamente indi"aria isso> Por eemp&o? #X.e&!uisede!ueX? !ue signifi"a Xrei de ,ustiaXe tamJmXrei de Sa&:mX? !ue signifi"arei da
pa)X? sem pai? mãe? sem genea&ogia? não tendo prin"@pio de dias ou fim de %ida? : "omparado ao 2i&+o de Deus e permane"e sa"erdote eternamente? !uando todo sa"erd="io ordenado para o tempo foi disso&%ido#> : # .ois:s : tam:m retratado "omo um tipo de CristoF #Como .ois:s foiXser%o fie& apontado "omo testemun+a da!ui&o !ue mais tarde seria de"&aradoX? assim tam:m esus "omo fie& 2i&+o de Deus , o pr=prio [ero !ue Deus fa&a fina&mente? +erdeiro a !uem "o&o"ou sore tudo? pe&o !ua& tam:m fe) os mundos? e !ue? sendo a epressa imagem de sua pessoa? mant:m todas as "oisas pe&a pa&a%ra de seu poder 2IE? *F*K-RF3J >># Nm ('>1$;(1H> [is"+er "omentaF #Do e%ange&+o saemos !ue o Sen+or? "om essa resposta? deu aundantemente a"ima de tudo !ue .ois:s podia pedir ou imaginar? pois "om essas pa&a%ras e&e prometeu en%iar o +er=i "on!uistador de seu reino? "u,o nome seria ehoshua esus? por!ue re"eeu esse nome do an,o antes de ser "on"eido no %entre 3e (>(1H '. '5 Os e&ementos %itais das &eis !ue go%erna%am os sa"rif@"ios são de mediaão e sustituião>>> 2i"a e%idente !ue todo sa"rif@"io aponta a&:m de si para o Dia da Epiaão e? a&:m desse? para o sa"rif@"io ofere"ido de uma %e) por todas? para "orir todo pe"ado#>#X
iga&(o com um te:to do Novo Testamento Com fre!Jn"ia? [is"+er %ai de sua passagem do Antigo Testamento para um teto do No%o Testamento> Rendtorff "+ama esse mo%imento de #m:todo epositi%o de [is"+er#F #E&e interpreta um "on"eito "entra& do teto do Antigo Testamento por meio de uma "itaão do No%o em !ue apare"e a mesma pa&a%ra? re&a"ionada a CristoB em seguida? e&e epande o aspe"to "risto&=gi"o? uma "itaão deta&+ada Lde 3utero ou Ca&%ino& desempen+ando um pape& "entra& >>>>>>>> 2 Por eemp&o? em re&aão +ist=ria em !ue Deus pede a Araão !ue sa"rifi!ue Isa!ue Gn ((H? [is"+er "omentaF #E&e LAraãoM "onsidera%a? "onforme Kereus 11>17 di)? !ue Deus podia ressus"itar dos mortos e fa)er %i%er> Sendo assim? Araão entendeu "orretamente a "&áusu&a da ressurreião dos mortos e? por meio de&a? reso&%eu a "ontradião !ue de outra feita não pode ser reso&%ida>>> Não podemos %er "omo esse "amin+o de sa"rif@"io está "oerto pe&a es"uridão da Seta;2eira Santa? e "omo a pr=pria nu%em está tingida "om o ri&+o do so& da Pás"oa]#>4;4 Ou? em re&aão sara ardente 11,1(H? "omenta [is"+erF XA sara ardente? sen, : uma paráo&a e um s@mo&o da re%e&aão de Deus no Sinai onde todo o monte Ufumega%a? por!ue o Sen+or des"era sore e&e em fogoX 17>1WH>>>#> Depois de remontar mais &onge a id:ia do fogo di%ino at: odo e Isa@as? [is"+er "+ega fina&mente nas pa&a%ras de esus em 3u"as 1(>-7F #Eu %im para &anar fogo sore a terra>>>>> 3 iga&(o coma 2istria de Iesus A&:m de fa)er uma &igaão da passagem do Antigo Testamento "om um teto do No%o Testamento? [is"+er muitas %e)es se mo%ia da passagem do Antigo Testamento para
um acontecimento paralelo na vida de CristoF Ao discutir a alegria pelo nascimento de "sa+ueH Iisc2er perguntaW N(o estaria escondido nas profunde1as desses antigos relatos a alegria paternal de !eusH o 0ai +ue est> no céu pelo nascimento de seu prprio .il2o como .il2o do omem e .il2o de ABra(oFFF EH soB os carval2os de eBrom e na tenda de SaraH n(o respiramos a+uela singular mistura de aromas de
terra e céu +ue nos encontram nos campos dos pastores e na man?edoura em $elémF 4<4 $u, +uanto ao BeB@ Moisés no NiloH Iisc2er comentaW A 2istria desse pe+ueno infante na arcaH +ue ele !eus escol2eu para salva&(o de "sraelH é smBolo da infncia do Salvador do mundoH +ueH por+ue n(o 2ouve para ele outro lugar soBre a terraH nasceu numa man?edouraH a +uem nem erodes podia matar nem o drag(o de sete caBe&asFFF podia devorar QMt 3_ Ap *3R** -4 risto0 o Uogos eterno
Em sua introdu&(o a -!e Vaness of l!e ,ld -estament to C2ristH Iisc2er nos lemBra das passagens do Novo Testamento +ue falam de Cristo como !eus eternoH como Jo(o *F*W No princpio era o IerBoH e o IerBo estava com !eusH e o IerBo era !eus_ e Apocalipse 33F*-W Eu sou o Alfa e o qmegaH o 0rimeiro e o PltimoH o 0rincpio e o .imF Iisc2er continuaW Ele Jesus é o autor e consumados da féH +ue p'e seu selo soBre todos os éis desde Noé até a Pltima gera&(oF N(o é simplesmente +ue sua fé é maior +ue a +ue eles possuamH mas +ue a fé +ue eles tin2am era dirigida a ele .4<; Conse+VentementeH a oBra do ogos eterno no Antigo Testamento tornaKse outra testemun2a de CristoF 0or e:emploH Iisc2er comenta a morte de José Q#n ;RW Jesus é a garantia de +ue toda essa corrida n(o é um K desle de tolosF Ele é +uem termina e leva a corrida até o alvoF Mas é tamK Bém +uem a iniciaFFF lder prima1 de toda a corridaF O tempo todoH ele est> ali_ como esteve no princpioH estar> com o PltimoH presen&a invisvel de todas as gera&'es *4.4<< Iisc2er declara tamBém +ue a alian&a com NoéH e mais tarde com ABra(oH foi selada em CristoF As alian&as da $Blia s(oH por assim di1erH crculos de revela&(o com v>rios raiosH mas todos com um s centroF Além do maisH fa1emos Bem em reetir +ue este centro Pnico `JesusH Salvador do Mundo ` é a fonte de todos esses crculos de revela&(oH e n(o apenas seu produtoF 4<4
A%a&iaão do m:todo cristol'gico de Hischer
O livro de Iisc2er perturBou o mundo acad@mico teolgico e ele tornouH se alvo de crticas severasF Mas os crticos nem sempre eram imparciais e muitas ve1es discordavam entre Essa falta de concordncia demonstra a diculdade de tentar prender a aBordagem livre e criativa de Iisc2erF No entantoH podemos notar alguns valores positivos e alguns proBlemas gerais em sua aBordagemF Li.4<*
vel e corretoF L indispensável por+ue a situa&(o teolgica e poltica re+ueria um testemun2o crist(o , lu1 do Antigo TestamentoH n(o apenas uma opini(o soBre o Antigo TestamentoFFF L corretoFFF por+ue o Novo Testamento e a %eforma proclamamKnos a uma s vo1 +ue o Antigo Testamento testica de CristoF\ A oBra de Iisc2er deu a muitos pastores coragem para pregar a partir do Antigo TestamentoF*
Além do maisH a oBra de Iisc2er iniciou uma discuss(o soBre a rela&(o entre os estudiosos BBlicos e a igre?aH Nessa épocaH o estudo do Antigo Testamento estava numa miss(o prpria e tin2a aBandonadoH em sua maior parteH a igre?a e seus pregadoresF AF FJF #unne^egH oponente da metodoloK 9 a i de Iisc2erH acautelaW .oi f>cil para os crticos BBlicos mostrar +ue sua aBordagem era ilegtimaFFF M sua tentativa n(o deve ser descartada levianamenteF O Antigo Testamento estava sendo repudiado em termos cada ve1 mais dr>sticos e os estudiosos estavam se desligando mais e mais das ardentes +uest'es de seu signicadoH sua validade e seu car>ter [ seriam essas as Pnicas alternativas possveis Iisc2er ofereceu uma resposta num livro +ue anunciava a inten&(o de salvar o Antigo Testamento de seu e:lio no mBito de documentos religiosos estrangeirasH prestando aten&(o ao +ue di1ia e premeriaH e e:pressando mais uma ve1 o signicado do testemun2o BBlico para a atualidadeF Essa rea&(o , aBordagem negativa dos acad@micos e n(oKacad@micos por igualH e a perspectiva neutraH +uase oB?etiva adotada pelos 2istoriadoresH era necess>riaF 46A Outra contriBui&(o de Iisc2er é sua insist@ncia em +ue o Antigo Testamento n(o pode ser entendido de maneira isoladaH mas dentro do conte:to do Novo TestamentoF Essa foi uma Boa corre&(o para a dire&(o em +ue os estudos do Antigo Testamento estavam indoH e est(o indo 2o?eF Jo2n $rig2t di1W Iisc2er certamente merece gratid(o por estar entre os primeiros a nos lemBrar de +ue n(o podemos permanecer contentes com um entendimento puramente 44O
'
as
2istrico do Antigo TestamentoH mas devemos ir em frente para v@Klo em seu signicado crist(oF\ Uma contriBui&(o nal de Iisc2er +ue devemos destacar é sua pressuposi&(o de +ue o Antigo Testamento testemun2a de CristoF Em seus livrosH Iisc2er demonstra diversas maneiras pelas
Uma das principais deci@ncias da oBra de Iisc2er é a especula&(o na +ual ele se envolveF Um pouco dessa especula&(o é devido , sua aBordagem criativaH +uase Brincal2onaH +ue permite +ue ele colo+ue intuitivamente as cone:'es e se mova para paralelos entre o Antigo e o Novo TestamentoF Mas a especula&(o n(o é interpreta&(o correta nem é fundamento slido para a prega&(o da 0alavra de !eusF Outra forma de especula&(o ui de seu uso 2ermen@utico de Cristo como sendo o ogos eternoF\ 0or e:emploH +uando comenta a ordem de !eusW a?a lu1 Q#n *F-RH Iisc2er arma +ue isso se refere , lu1 de Jesus CristoF Essa lu1 é ` a e:press(o n(o pode mais ser evitada se +ueremos e:por com delidade nosso te:to e guard>Hlo contra toda espécie de interpreta&(o incorreta e especulativa`\a glria de !eus na face de Cristo\ Q3Co F6RF\Ilsclier segue tamBém utero em identicar o 2omem com +uem Jac lutou como sendo Jesus CristoF 0or mais fant>stica +ue pare&a a interpreta&(oH é na verdade conclusivaF Esse é o milagre central atestado por todas as 2istrias e todas as palavras da $BliaH +ue Jesus Cristo veio como um 2omem soBre a terra para lutar com os 2omens e ser por eles vencidoF Em JesusH e somente neleH acontece o +ue é inconceBvelH +ue o TodoKpoderoso se entregue ao poder dos 2omensF 0or mais fortemente +ue a ra1(o lute contra issoH esta e nada mais é a mensagem de JesusH o crucicadoF\ Outra >rea proBlem>tica é a vis(o de Iisc2er soBre a rela&(o entre Antigo e o Novo TestamentoF Ele a v@ como uma rela&(o +ue envolve n(o apenas \unidade\ como tamBém a \identidadeKF \ Ele armaW as duas partes dos do"umentos @&i"os primiti%os tJm na rea&idade o mesmo prop=sito# e? "onforme ,á %imos?
e&e e!uipara esses dois testamentos )s #duas se*es de um "ora& de ant@fona o&+ando para um ponto "entra&>>> Emanue Essa suposião não fa) ,ustia ) progressão na +ist=ria da redenão e progressão na re%e&aão de Deus desde o Antigo at: o No%o Testamento>#X G> C> 6erVouYer oser%aF [is"+er apresenta para&e&os sem deiar "&ara a perspe"ti%a +ist=ri"a redentora e? por essa ra)ão? sua eegese nos pare"e aritrária> E&e não : sufi"ientemente "ns"io de !ue o testemun+o do Antigo Testamento de Cristo está en"errado numa &onga +ist=ria na !ua& o testemun+o "on"ernente ) redenão está re&a"ionado "om a direão de Deus de Israe> ?68 A %isão de [is"+er? um tanto estáti"a? !uanto ) re%e&aão de Deus? por sua %e)? permite !ue e&e %á para frente e para trás? &i%remente? entre os dois testamentos sem &e%ar em "onta diferentes amientes +ist=ri"os e diferentes estágios da re%e&aão de Deus> Esse pro"edimento pode resu&tar em simp&esmente &er o No%o Testamento de %o&ta no Antigo> Em muitos "asos? di) Normas Porteous? #e&e interpreta o Antigo Testamento simp&esmente "o&o"ando ao seu &ado uma passagem do No%o Testamento !ue se refere a esse primeiro> O signifi"ado do No%o Testamento : interpretado segundo a passagem do Antigo Testamento e? assim? [is"+er sae "om ante"edJn"ia !ua& de%e ser o signifi"ado do segundo#>#X De %e) em !uando? [is"+er tam:m ape&a para a tipo&ogia e a a&egoria> Na seão sore a #&igaão "om a +ist=ria de esus# de [is"+er a"imaH? %imos a tipo&ogi)aão? !uando e&e usa deta&+es do teto para estae&e"er para&e&os "oma %ida de Cristo> Outro eemp&o disso está em sua interpretaão de GJnesis 1-F #No fato de .e&!uisede!ue tra)er pão e %in+o? temos uma "&ara a&usão ao sa"ramento da No%a A&iana !ue esus instituiu para "omp&etar e disso&%er a antiga a&iana# : 56 9ma forma de a&egori)aão pode ser %ista !uando [is"+er di) !ue o sina& de Caim Gn ->15H aponta para a "ru) de Cristo?#X "omo tam:m a for"a de Karita>#U 9ma forma mais e&aorada de a&egori)aão pode ser %ista na interpretaão de [is"+er do sa"rif@"io do no%i&+o %erme&+o Nm 17H> Comenta e&eF #Esse "ap@tu&o na %erdade apresenta uma surpreendente a&usão a Cristo esus> 3emos !ue um no%i&+o sem má"u&a? !ue nun"a foi "o&o"ado so ,ugo? de%eria ser morto fora do a"ampamento>>> manifesta a a&usão a Cristo> E&e? !ue é sem man"+a e o ni"o !ue nun"a este%e so o ,ugo do pe"ado? se ofere"e a Deus fora dos port*es? sore o ma&dito madeiro>>> Nada a não ser a aspersão pe&o sangue de Cristo pode nos aso&%er? e nada senão a transferJn"ia do m:rito da oediJn"ia de Cristo? pode nos arir a porta do ser%io de Deus>>> esse o e%ange&+o pro"&amado na passagem sore o no%i&+o %erme&+o e "onfirmado nos sa"ramentos do atismo e da "omun+ão#>#/ 9ma preo"upaão fina& !uanto ao m:todo de [is"+er : !ue seu fo"o ni"o sore o testemun+o de Cristo &e%e ao Cristomonismo? ou se,a? uma "on"entraão e"&usi%a sore esus Cristo> Esse fo"o e"&usi%o ofende o Deus trimio? !ue? desde a !ueda do +omem no pe"ado? tem desen%o&%ido seu p&ano de redimir seu po%o e restaurar a sua "riaão>
Isso "omp&eta nosso estudo da +ist=ria da pregaão de Cristo a partir do Antigo Testamento> Os esforos de [is"+er na d:"ada de 17/0 foram seguidos de muitas "r@ti"as do m:todo e? meio s:"u&o mais tarde? por um %irtua&
sil@ncio soBre o tpico de pregar Cristo a partir do Antigo
TestamentoF O movimento de teologia BBlica entrou na Brec2a durante algumas décadasH come&ando com o colega de Iisc2erH Galter Eic2rodt_\ mas ao tra&ar temas longitudinais do Antigo Testamento para o NovoH sua preocupa&(o n(o era especicamente a prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoF Essa vis(o 2istrica demonstra +ue a igre?a em todos os est>gios de sua 2istria tem procurado pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoH tanto +uanto do NovoF TamBém tornouKnos conscientes das diculdades dessa tarefaH das diversas aBordagens 2ermen@uticasH como tamBém os seus prs e contrasF A principal pergunta +ue surge no nal desse levantamento éW o +ue constitui um método legtimo de interpretar o Antigo Testamento com vistas , prega&(o de Jesus Cristo No pr:imo captuloH investigaremos se o Novo Testamento pode nos oferecer alguns princpios vi>veis para a prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoF
Princ8pios do No%o Testamento para a Pregação de Cristo a partir do Antigo Testamento
R r e g a !risto, sempre e para sempre. &le é todo o evangel?o. Lua pessoa, seus ofcios e sua obra devem ser nosso Hnico e grandioso tema que a tudo abarca.' Lpurgeon, >ecturres so m indicais, 4O<
0Antigo Testamento
é
"&aramente teo"Jntri"o> Sua preo"upaão está em re%e&ar
Deus? baYe+> 9m ensino "ru"ia& para Israe& !uanto a Deus , o 7hema !ue era diariamente re"itadoF #Ou%e? Israe&? o L&-+$, nosso Deus? , o ni"o L&-+$' Dt $>-H> Em meio aos "u&tos de muitos deuses? o Antigo Testamento ensina a Israe& a unidade de Deus> Pregara partir do Antigo Testamento? portanto? : natura&mente teo"Jntri"o? e o grande esforo da igre,a tem sido no sentido de "omo pregar serm*es "risto"Jntri"osB !ue se,am teo"Jntri"os> Antes de irmos adiante para a&gumas diretri)es do No%o Testamento !uanto pregaão de Cristo a partir do Antigo Testamento? : ne"essário !ue "onsideremos o prin"@pio do No%o Testamento de !ue os serm*es "entrados em Cristo de%em ser "entrados em Deus>
A pregaão centrada em Cristo de%e ser centrada em Deus No s "ap@ tu&os +ist=r i"os? notamo s a tendJn" ia de !ue a pr egaão "risto&=gi"a? s %e)es? es"orrega para o Cristomonismo? ou se,a? a pregaão de Cristo iso&ado de Deus>X
Oser%amos isso espe"ia&mente no traa&+o do neo;
ortodo:o Gil2elm Iisc2erH +ue considerava +ue a e:posi&(o teolgica dos escritos do Antigo Testamento dentro da igre?a n(o podem ser nada mais +ue a cristologia\ O método de Iisc2er leva facilmente , prega&(o de Cristo com uma neglig@ncia em pregar !eusF
O perigo do Cristomonismo O perigo do Cristomonismo : uma tentaão não somente para [is"+er "omo tam:m para outras "omunidades da f:> Edmund Steim&e ad%erte parti"u&armente a sua pr=pria "omunidade &uterana !uanto a esse perigo> E&e afirma !ue uA Jnfase "risto"Jntri"a da pregaão &uterana>>> tem sido distor"ida de modo tão despropor"iona&? ainda !ue não inten"iona&mente? !ue? para o po%o sentado nos an"os da igre,a? o e%ange&+o essen"ia&? a re%e&aão e o ato redentor de Deus em Cristo? perderam;se>A""itar Cristo "omo Sa&%ador pessoa&X aparentemente tem pou"o ou nada a %er "om Deus#>X A tendJn"ia ao Cristomonismo : notá%e& tam:m em outras "omunida des "ristãs onde não se "antam mais os Sa&mos e os #"orin+os e%ang:&i"os#? "omo tam:m os serm*es !ue se "on"entram prin"ipa&mente em esus em detrimento de Deus Pai> 2red Craddo"V oser%a !ue +o,e em dia muitos #sentados diante dos p&pitos re"eem uma dieta "onstante de esus Cristo sem um "onteto teo&=gi"o> 9m ou%inte pode ter a impressão de !ue a f: em Cristo sustitui a fé em Deus ou !ue a f: em Cristo foi a"res"ida f: em Deus "omo se um aumento no nmero de i tens na f: da pessoa signifi "asse um aumento no ef eito Sa&[ffiCO#?-
Pregar Cristo para agl:ria de eus Em "ontraste "om as tendJn"ias "ristrarion@sti"as? o primeiro prin"@pio do No%o Testamento é !ue Cristo não está separado de Deus? mas !ue e&e foi en%iado por Deus? rea&i)ou a ora de Deus e us"ou a g&=ria de Deus> O !ue pode ter es"apado a muitos em sua Jnfase "orreta de pregar #Cristo e este "ru"ifi"ado# : !ue Pau&o &iga essas referJn"ias a Deus> Paulo prega Cristo para a gl'ria de Deus A pregaão "entraria em Cristo de Pau&o ,amais se en"ontra iso&ada de Deus Pai> A&gumas "ita*es pau&inas fa&am por si mesmas> Note a Jnfase de Pau&o no tre"+o "&ássi"oF #.as n=s pregamos Cristo "ru"ifi"ado? es"nda&o para os ,udeus? &ou"ura para os gentiosB mas para os !ue foram "+amados? tanto ,udeus "omo gregos? pregamos Cristo? poder de Deus e saedoria de Deus" 1Co 1>(/ Q itá&i"os meusB "f> (>(/H> Ou entãoF # Não pregamos a n=s mesmos? mas a Cristo esus "omo Sen+or>>> i&uminaão do "on+e"imento da g&=ria de Deus? na fa"e de Cristo# (Co ->5;$H> Ou entãoF #Ora? tudo pro%:m de Deus? !ue nos re"on"i&iou "onsigo mesmo por meio de Cristo>>> Deus esta%a em Cristo re"on"i&iando "onsigo o mundo>>> somos emaiadores em nome de Cristo? "omo se Deus eortasse por nosso interm:dio> Rogamos !ue %os re"on"i&ieis "om Deus# (Co 5>1W;(0B "f> Ef 1W?1(H>
Pau&o !uem "ita o +ino dos primeiros "ristãos sore a +umi&+aão e ea&taão de esusF #Pe&o !ue tam:m Deus o ea&tou soremaneira e &+e deu o nome !ue está a"ima de todo nome? para !ue ao nome de esus >>> toda &@ngua "onfesse !ue esus Cristo : Sen+or? para a g&=ria de Deus Pai#>X Emora a epressão do No%o Testamento #Deus o Pai# gera&mente se refira primeira pessoa da Trindade? pode tam:m referir;se a Deus? ou se,a? ao Deus unário>X A&:m do mais? Pau&o ensina !ue Cristo? no &timo dia? entregará #o reino ao Deus e Pai? !uando +ou%er destru@do todo prin"ipado? em "omo toda potestade e poder>>> (-?(WB "c Ef ->$H>
A pregação de Iesus tem como ob=etivo a gl:ria de seu Pai
Segundo MarcosH Jesus pregou o evangel2o de !eusH di1endoW O tempo est> cumpridoH e o reino de !eus est> pr:imo Q*F*H*RF Jesus ensinou os discpulos a orarem para a glria e o reino de !eusW 0ai nossoH +ue est>s nos céusH santicado se?a teu nome_ ven2a o teu reino_ fa&aKse a tua vontadeH assim na terraH como no cén\ QMt 69H*;RF Em seu evangel2oH Jo(o destaca especialmente a miss(o de Jesus de revelar o 0aiF Ele come&a comW Ninguém ?amais viu a !eus_ o !eus unig@nitoH +ue est> no seio do 0aiH é +uem o revelou QJo *F *8RF Ouvimos ent(o Jesus di1erW Ninguém pode vir a mim se o 0aiH +ue me enviouH n(o o trou:erFFF ;; 6FRF Mais tardeH Jesus armaW em mimF\ Jesus continua a assegurar a seus discpulosW E tudo +uanto pedirdes em meu nomeH isso fareiH a m de +ue o 0ai se?a gloricado no .il2o QJo *F*-RF No nal de sua vida terrenaH Jesus oraW 0aiH é c2egada a 2ora_ glorica a teu .il2oH para +ue o .il2o te glori+ue a ti QJo *)F*RF E Jesus concluiW E a vida eterna é estaW +ue con2e&am a tiH o Pnico !eus verdadeiroH e a Jesus CristoH a +uem enviasteF Eu te glori+uei na terraH consumando a oBra +ue me conaste para fa1er ao *)F-H_ cfF )F*6K*8_ 8F9H;RF Depois de eaminar muitas passagens do No%o Testamento #!ue norma&mente são entendidas "omo possuindo Xa&taX "risto&ogia#? ames Dunn "on"&ui !ue #o e%ange&+o "ristão tem a %er primeira e u&timamente? e a"ima de tudo? "om Deus>>> a f: "ristã é
prin"ipa&mente f: no ni"o Deus? Criador? Sa&%ador? ui)>>> Os es"ritores Ldo No%o TestamentoM não pensa%am em apresentar Cristo "omo uma a&ternati%a para Deus? "omo um o,eto de "u&to "ristão sufi"iente em si mesmo>>> A adoraão !ue pára ne&e e não passa por e&e indo at: Deus? o tudo em todos? no fina& fi"a a!u:m do "u&to "ristão#>X
Nossa !ega)o centada e !risto tem de te coo alvo a gl*ia de Deus O No%o Testamento indis"uti%e&mente ensina o prin"@pio de !ue a pregaão "entrada em Cristo tem de "on%ergir em Deus> Em Romanos? Pau&o fa) a "on+e"ida s:rie de perguntas sore a pregaãoF #Como? por:m? in%o"arão a!ue&e em !ue não "reram] E "omo "rerão na!ue&e de !uem nada ou%iram] E "omo ou%irão? se não +á !uem pregue] E "omo pregarão? se não forem en%iados] Como está es"ritoF 1-?15H> 'H> O teu Deus reina^ o+n Piper "ita Cotton .at+er? !ue disse? +á tre)entos anosF #O grande des@gnio e a intenão do ofi"io de pregador "ristão , restaurar o trono e o dom@nio de Deus na a&ma dos +omens#> E Piper perguntaF # isso o !ue as pessoas &e%am "onsigo da adoraão nos dias atuais \ um sentido de Deus? uma nota da graa soerana? um rema de g&=ria panormi"a? o grande o,eto do ser infinito de Deus] E&as entram por uma +ora da semana>>> na atmosfera da santidade de Deus !ue deia seu aroma sore a %ida de&as durante toda a semana]#>X Os es"ritores do No%o Testamento? assim "omo o pr=prio esus? nos ensinam "&aramente !ue a pregaão "entrada em Cristo tem de ter "omo a&%o a g&=ria de Deus> Preocupação sobre pregar o Espírito Santo
Com o fo"o de pregar Cristo para a g&=ria do Pai? a&guns tJm &e%antado a !uestão de !ue ta&%e) não este,amos fa)endo ,ustia ter"eira pessoa da trindade? o Esp@rito Santo> E&es defendem? não a pregaão "entrada em Cristo ou em Deus? mas uma #pregaão trinitariana#> Por eemp&o? o+ann 9 Rou di) !ue #todo sermão de%e dar testemun+o do Pai? do 2i&+o e do Esp@rito Santo "omo Deus ni"o e singu&ar? !ue sendo um? : ao mesmo tempo trJs Pessoas distintas#># De%emos? : "&aro? re"on+e"er o pape& "ru"ia& do Esp@rito Santo na inspiraão dos autores @&i"os e na i&uminaão dos pregadores e dos ou%intes "ontemporneosB de%emos ainda re"on+e"er o pape& %ita& do Esp@rito Santo em nossa sa&%aãoF regeneraão? "on%ersão? f:? santifi"aão> Por:m? nem o importante pape& do Esp@rito Santo nem nossa f: no Deus tentou eigem !ue "ada sermão dJ tempo mais ou menos igua& a "ada pessoa da di%indade> Não : a teo&ogia sistemáti"a? mas o teto em !ue se aseia a pregaão !ue determina o fo"o do sermão> A teo&ogia sistemáti"a ser%e "omo regra de fé0 "o&o"ando os &imites da interpretaão %á&idaB mas somente o teto Q entendido dentro de seus "ontetos @ &i"os e da +ist=ria redentora Q ofere"e o fo"o do sermão> Em "onformidade "om isso? se uma "ongregaão pre"isa ou%ir mais a respeito da ora do Esp@rito Santo? de%e;se se&e"ionar um teto para pregaão !ue enfo!ue? prin"ipa&mente o Esp@rito Santor# .as se "o&o"am fardos desne"essários sore os pregadores !uando se eige !ue #todo sermão tem de testemun+ar do Pai? do 2i&+o e do Esp@rito Sano#> As "artas do No%o Testamento não fa)em isso nem mesmo em suas sauda*es ini"iais e Jnãos "on"&usi%as> # A&:m do mais? o No%o Testamento ensina !ue o Esp@rito Santo não "+ama a atenão sore si? mas dese,a g&orifi"ar a Cristo e ao
Pai> esus disseF #0 Esp@rito da %erdade>>> me g&orifi"ará? por!ue +á de re"eer do !ue : meu e %oto +á de anun"iar> Tudo !uanto meu Pai tem : meuB por isso : !ue %os disse !ue +á de re"eer do !ue : meu e %o;&o +á de anun"iar# #rt 59$5?-56$
(nterpretar o Antigo Testamento a partir da realidade de Cristo Contra o etremo do Cristomonismo na pregaão? temos oser%ado o prin"@pio do No%o Testamento de !ue a pregaão "entrada em Cristo de%e ser "entrada em Deus> O etremo oposto? !ue pode ser ainda mais "omum
nos dias atuaisH é a prega&(o do Antigo Testamento de modo centrado em !eus sem relacion>Klo , revela&(o m>:ima de !eus em Jesus CristoF Contra esse e:tremoH o Novo Testamento oferece o corretivo de +ue a prega&(o crist( deve ser centrada em CristoF Alguns argumentam +ue a prega&(o centrada em !eus cumpre esse oB?etivoH por+ue Cristo é !eusF MasH conforme vimos anteriormenteH essa posi&(o dei:a de lado o princH pio do Novo Testamento de +ue pregar Cristo é pregar Cristo encarnadoF Além do maisH essa prega&(o geral centrada em !eus alimenta a tend@ncia atual de tornar a fé crist( menos distinta do +ue éH a m de atingir outras pessoas +ue tamBém acreditam em !eusF %aZmond $ro^nH por e:emploH oB?etaW NsH crist(osH somos um povo cu?a deni&(o vemH n(o simplesmente em termos do +ue di1emos a respeito de !eusH mas em termos do +ue di1emos respeito de JesusH precisamente por+ue pensamos +ue n(o se pode entender !eus a n(o ser +ue entendamos +uem foi e é JesusF *- Além do maisH o prprio Jesus disseW Ninguém vem ao 0ai sen(o por mimFFF
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do Antigo Testameia \ para oNo%o&Jstamento? da promessa ou predião passada para
um "umprimento posterior
do tipo passado para
um ant@tipo posterior>
Ká a&gum tempo? !uando eu ref&etia sore as di%ersas maneiras em !ue podemos pregar Cristo a partir do Antigo Testamento? eu me pergunteiF e se re%ertermos a direão] E se formos de Cristo "omo o "on+e"emos do No%o Testamento para o Antigo Testamento] Na!ue&a :po"a? pare"ia uma mudana re%o&u"ionária de paradigma> 9m perigo =%io : !ue estar@amos simp&esmente &endo o Cristo do No%o Testamento de %o&ta no Antigo Tes? tamento .as? em pou"o tempo? per"ei !ue eu esta%a em oa "ompan+ia? por!ue : eatamente dessa forma !ue os ap=sto&os e es"ritores dos e%ange&+os prega%am Cristo a partir do Antigo TestamentoF e&es "omea%am "om a rea&idade de esus Cristo>
6ntender o Antigo Testamento a partir da realidMo de Cristo A maioria dos escritores do Novo Testamento tin2a vivido com Jesus durante tr@s anosH tin2a ouvido a sua prega&(oH tin2a se maravil2ado com seus milagres e cou arrasada com sua crucica&(oF E depois caram atnitos ao encontrar o Sen2or vivo em pessoaF ucas relata +ue no come&o eles n(o entenderam realmente o +ue a conteceraF !ois dos discpulos de Jesus estavam entristecidos e sem esperan&a +uando ele os encontrou no camin2o de ErrimisF Jesus os repreendeuW 7 néscios e tardos de cora&(o para crer tudo o +ue os profetas disseram 0orventuraH n(o convin2a +ue o Cristo padecesse e entrasse na sua glria Qc 3F3H36RF Eles ainda n(o 2aviam compreendidoF Mas +uando Jesus partiu o p(o com elesH como 2avia feito poucos dias antesH se l2es aBriram os ol2osH e o recon2eceram Qc 3F-*RF Na+uela mesma noiteH Jesus encontrouKse com os discpulos e l2es aBriu o entendimento para compreenderem as Escrituras_ e l2es disseW As sim est> escrito +ue o Cristo 2avia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e +ue em seu nome se pregasse arrependimento para remiss(o de pecados a todas as na&'esFFF elesH adorandoKoFFF Qc 3FH)_ 3RF .inalmenteH os discpulos de Jesus puderam avaliar a verdade incrvel +ue o Jesus crucicado era o Messias prometido de !eus e Sen2or vivoF !essa perspectiva de féH os discpulos ol2aram para tr>sH para o Antigo TestamentoH e viram numerosas refer@ncias ao Jesus +ue con2eciamF Noutras palavrasH agora eles liam o Antigo Testamento , lu1 do con2ecimento de Jesus CristoH Sen2or
crucicado e ressurretoF Alguns dias depois de eu ter ponderado soBre a mudan&a de paradigma ` do passado para o presenteH do presente para o passado ` testemun2ei uma perfeita ilustra&(o dessa mudan&aF Nessa épocaH eu estava fa1endo pesK quisas na frica do Lul e um parente ofereceu mostrarnos um pouco da maravil?osa vista do local. &le nos levou até uma represa que fornece água para a !idade do !abo. Ao passarmos por um belssimo vale a camin?o da represa, tudo parecia verde. /ara min?a surpresa, na viagem de volta, meia ?ora depois, todo o vale parecia branco, pois estava coberto de flores brancas. Lurpreso, perguntei por que eu não ?avia visto essas flores na subida. &u me virei e, surpreso, vi um cenário quase totalmente verde, com apenas uma ou outra flor aqui e acolá. $l?ei para frente e novamente fiquei surpreso por ver o vale todo coberto de branco. /or que o vale parecia verde quando amos para o oeste e branco ao nos dirigirmos para o lesteR @iquei sabendo que o vale estava coberto de flores que se viravam em dire"ão ao sol. \uando nos dirigamos a oeste para o sol, vamos a parte de trás das flores, verdeC quando mudávamos de curso, tendo o sol atrás de nós, vamos todas as flores apontando para o sol. &ra assim para os discpulos de %esus. \uando eles liam o Antigo Testamento, do passado para o presente ou futuro, eles viam algumas indica"#es do 0essias que viria, mas não viam o quadro completo. 0as, depois da ressurrei"ão de %esus, quando liam o Antigo Testamento D lu8 do Len?or crucificado e ressurreto, todo o Antigo Testamento se iluminava como a árvore de natal da !asa Mranca Y 'mil?ares de pontos de lu8'Y apontando para %esus o 0essias. Z assim que eles pregavam !risto a partir do Antigo Testamento9 eles o liam a partir da perspectiva do Len?or ressurreto, encontrando o c?eio de promessas de !risto, tipos de !risto, refer(ncias e alus#es a %esus !risto. * 6 !omo disse /edro aos gentios na casa de !ornélio 1At 46.<;79 'ele todos os profetas dão testemun?o de que, por meio de seu nome, todo o que nele cr( recebe remissão de pecados'. ado esse uso espontBneo, centrado em !risto, do Antigo Testamento, não devemos esperar que os escritores do -ovo Testamento nos ofere"am um método ?ermen(utico trabal?osamente detal?ado para a interpreta"ão do Antigo Testamento.
$ uso do Antigo Testaento pelo -ovo Testamento $s escritores do -ovo Testamento freqPentemente citam ou fa8em alus#es ao Antigo Testamento. +enr L?ires calcula que '?á pelo menos 4.56< cita"#es no -ovo Testamento de 4.:=5 diferentes passagens do Antigo Testamento. /odese somar a esse total vários mil?ares de outros trec?os no -ovo Testamento que fa8em clara alusão ou refle)ão sobre versculos do Antigo Testamento'. *) Ema estatstica ainda mais reveladora é que ::O dos :56 captulos do -ovo Testamento t(m, cada um, 'pelo menos duas cita"#es ou refer(ncias especficas ao Antigo Testamento' e outros 4O captulos t(m uma refer(ncia, dei)ando apenas 4: captulos em todo o -ovo Testamento sem uma refer(ncia especfica ao Antigo Testamento.' $l?ando de outro Bngulo, foi calculado que ';:... do -ovo Testamento é composto de cita "#es do Antigo Testamento e alus#es a ele'.*v
$ que intriga os estudiosos não é que os escritores do -ovo Testamento usassem com freqP(ncia o Antigo Testamento, mas como eles o utili8avam. !entenas de livros e artigos t(m sido escritos sobre este tópico, sem concordBncia em vista. Alguns argumentam que os escritores do -ovo Testamento utili8avam uma forma rabnica de interpreta"ão que não é normativa para os dias atuais. $utros contendem que, já que os escritores do -ovo Testamento eram inspirados, eles oferecem a interpreta"ão definitiva das passagens do Antigo Testamento e seu método é normativo para os cristãos de ?oje. Ainda outros di8em que os escritores do -ovo Testamento usavam o Antigo Testamento de modo espontBneoR &)aminaremos primeiramente a influ(ncia dos métodos judaicos de interpreta"ão.
A influ.ncia dos m,todos 4udaicos de interpretaão A maioria dos atuais estudiosos do No%o Testamento "onsidera !ue os es"ritores do No%o Testamento eram inf&uen"iados pe&os m:todos de interpretaão "orrentes nos "@r"u&os ,udai"os># Não : de surpreender a inf&uJn"ia de m:todos ,udai"os? : "&aro? pois a maioria dos es"ritores do No%o Testamento eram ,udeus># 9ma "ons"iJn"ia dos m:todos de interpretaão dos ,udeus pode nos a,udar a me&+or "ompreender o modo "omo o No%o Testamento ás %e)es "ita ou fa) a&usão a passagens do Antigo Testamento e as interpreta> Estudiosos tJm identifi"ado di%ersos m:todos de interpretaão ,udai"aF
1% L% 3% &% M% #%
Pes!at X #um tipo &itera&ista de eegese>>> o signifi"ado natura& do teto é ap&i"ado %ida das pessoas\em parti"u&ar na ap&i"aão da &egis&aão deuteronmi"a# .23 Targum \ #uma paráfrase ou traduão ep&i"ati%aX[idras! X uma eposião de uma passagem #"u,a fina&idade : desta"ar a re&e%n"ia do teto sagrado para o presente momento#] Pes!er X uma interpretaão mais %enerada do !ue midras!F #refere;se eposião de te tos !ue %J ne&e s "umprimento e s"ato&=gi" o na era atua>X$ Tipo&ogia \ interpretaão !ue %J #"orrespondJn"ia entre pessoas e a"onte"imentos do passado e do futuro ou presenteH#># A&egoria \ #uma forma mais etrema de midrasFY !ue #"onsidera o teto "omo uma esp:"ie de "=digo ou "ifra# !ue de%e ser de"odifi"ado para se "+egar ao signifi"ado mais profinu&o>o
Alguns estudiosos identicam todos os métodos de interpreta&(o acima no Novo TestanticntoH en+uanto outros argumentam +ue seria difcil encontrar um e:emplo e:egético nos escritos de 0aulo +ue se?a distintamente raBnicoH isto éH uma técnica +ue n(o pudesse encontrar paralelo em outro lugarF*; Outro importante ponto de discuss(o entre os acad@micos é se os escritores do Novo Testamento usaramH em alguma ocasi(oH a interpreta&(o alegricaF O consenso geral é +ue o fa1em de forma mnimaH se o fa1emF James !unn di1 +ue no Novo TestamentoH os Pnicos e:emplos claros s(o de * Corlitios *;F*F_ #>latas F33K-* eH provavelmenteH 3 Cornios_ -F)K*8H mas este Pltimo pertence mais :4
intimamente ao midrers a8r u %ic2ard ongenecYer v@ * CoK rntios *;F*K QE a pedra era CristoR como midras!0 possivelmente fa1endo refer@ncia , enda riBrtica de uma pedra +ue seguiaF Ele concorda +ue #>latas F33K-* Qa alegoria de 0aulo soBre agar e Sara como sendo duas alian&asR é interpreta&(o alegricaH e acrescenta * Cokinios 9F9 Qn(o atar>s a Boca ao BoiH +uando pisa trigoR - Outros argumentam +ue #>latas F33-* envolve uma interpreta&(o tipolgicaH e +ue em * Corncios 9F9H *;H 0aulo emprega um argumento
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4<
defendia Or@genes> Supon+a !ue a&gu:m i&ustre um sermão sore a presena do reino de Deus por eemp&o? 3u"as 11>(0H "om uma #a&egoria# da Segunda Guerra .undia&F o #Dia D# : a primeira %inda de Cristo para estae&e"er o reino de Deus "omo ponto de entrada no p&aneta terra o desemar!ue dos a&iados na Normandia primeira %inda de CristoH? mas o reino não será "omp&eto at: o #Dia [# Dia da [it=ria segunda %inda de CristoH> Essa : apenas uma i&ustraão do =á0 mas ainda não do reino de Deus> Não tem a intenão de ser uma interpretaão do signifi"ado do #Dia D# na Segunda Guerra .undia&> Seme&+antemente? a i&ustraão de Pau&o sore Kagar e Sara? ainda !ue a&eg=ri? "a? não ofere"e ase para a interpretaão a&eg=ri"a de G:nesis (1> Conforme disse Teodoro de .opsu:stia? +á 1$00 anos? : apenas uma i&ustraão>n?
"nfeli1menteH alguns intérpretes e:ploraram o uso de métodos ?udaicos de interpreta&(o no Novo Testamento para solapar sua conaBilidadeF As interH preor&'es do Antigo Testamento no Novo Testamento s(o ent(o caracteri1aH das como sendo raBrucas no sentido de e:egese fantasiosa e for&adaF Mas isso cria uma falsa impress(oF *F o^ard Mars2all ressalta +ue o Novo TestamentoH em geralH interpreta o Antigo Testamento de maneira literal e sem rodeios +uando fa1 refer@ncia a acontecimentos nele descritosH +uando fala de mandamentos do Antigo Testamento e +uando assevera cumprimento de promessas do Antigo TestamentoF MasH oBserva eleH esse uso é t(o \Bvio\ +ue muitas ve1es é dei:ado de lado sem comentriosF\ ) NaturalmenteH dei:ar de lado muiH tas interpreta&'es literais do Novo Testamento distorceria o +uadro geralF enrZ S2ires declaraW A grande maioria de cita&'es é cuidadosa reprodu&(o ou traduH &(o da Escritura originalF Na maior parte dos casosH o sentido 2istrico é cuidaH dosarmente preservado eH muitas ve1esH a fonte da cita&(o é recon2ecida com e:atid(oH ainda +ue essa refer@ncia n(o fosse pr>tica normal na+uele tempoF
EmBora a percep&(o dos métodos ?udaicos contemporneos de interpreH ra&(o possaH por ve1esH ser Ptil para o entendimento do argumento dos autoH res do Novo TestamentoH precisamos estar conscientes do perigo de focali1ar e:ageradamente os métodos raBrticos_ a ponto de n(o en:ergar a singularidade da interpreta&(o dos escritores do Novo TestamentoF %ic2ard aZs ressaltaW Mesmo +uando 0aulo ocasionalmente usa essas e:press'es de modo +ue ten2a certa anidade formal coma pr>tica raBinicaH comoH por e:emploH em %omanos H o uso material em +ue ele coloca as Escrituras difere fundamentalmente do uso dos raBinos_ sua 2ermen@utica é materialmente informada por suas convic&'es crist(sH muito mais +ue por alguma lista de procedimentos 2ermen@uticos aprovadosF A mensagem +ue 0aulo encontra no Antigo Testamento é o evangel2o de Jesus Cristo FFFFFFFF !epois de um estudo minucioso dos métodos ?udaicos de interpreta&(oH %ic2ard ongenecYer c2ega a semel2ante conclus(oW E:iste pouca indica&(o no Novo Testamento de +ue os prprios autores estivessem cnscios de variedades de g@nero e:egética ou de seguir métodos especcos de interpreta&(oFFF O +ue os autores do Novo Testamento t@mH porémH em alta consci@nciaH é a interpreta&(o do Antigo Testamento Q*R a partir de uma perspectiva cristoc@ntricaH Q3R de conformidade com uma tradi&(o crist( e Q-R em lin2as cristolgicas \ O Novo Testamento n(o é um livro didático soBre !ermenDutica BBlica Conforme notamos antes? os es"ritores do No%o Testamento não "ome aram "om a intenão de produ)ir um &i%ro didáti"o sore +ermenJuti"a @&i"a> Copiar simp&esmente os seus m:todos de interpretaão na pregaão de passagens espe"@fi"as do Antigo Testamento seria ir a&:m das inten*es de&es>-1 &les tin+am a preo"upaão de pregar Cristo a partir do Antigo Testamento? e o?fi)eram de modos !ue eram "orrentes na!ue&a :po"a> .uitos desses modos ai nda f un"ionam +o,e em dia? mas outros não> Isso se torna "&aro no uso !ue Pau&o fa) de Sara e Kagar "omo #a&egoria# GI -H? Se fssemos pregar a +ist=ria de Sara e Kagar? guiados pe&o uso !ue Pau&o fa) de&a em Gá&a tas -? perder@amos o ponto prin"ip a& da +ist=ria do Antigo Testamento>
J> o primeiro captulo do Novo Testamento demonstra a impossiBilidade de copiar indiscriminadamente a interpreta&(o do Novo TestamentoF A+uiH Mateus prega Cristo com uma impressionante genealogia de JesusW !e
sorte +ue todas as gera&'esH desde ABra(o ate !aviH s(o +uator1e_ desde !avi até ao e:lio na $aBilniaH +uator1e_ e desde o e:lio na $aBilnia até CristoH +uator1e QMt *F*)RF !evemos saBer +ue * é o valor numérico do nome !aviH no 2eBraicoH ou se?aH !I!F Mateus come&a tra&ando a lin2a da 2istria redentora com ABra(o e o nPmero * na lin2a das gera&'es é o prprio grande rei !aviF Mas tr@s coisas v@m aBai:o a+uiW o pr:imo nPmero * QJeconiasH o cativoH *Cr ;.4=7 se encontra em e:lio na $aBilniaF O reino pode ter acaBadoH mas pelo menos a casa de !avi est> vivaF Mais gera&'es v@m e v(o eH novamenteH c2egamos a outro nPmero *H outro !aviH JesusH +ue se c2ama o Cristo Q*F*RF ClaramenteH Mateus procura persuadir os ?udeus de +ue Jesus de Na1aré é o grande .il2o de !aviH o MessiasF EmBora 2o?e em dia o artifcio de tr@s ve1es +uator1e n(o se?a convincente como era nos tempos de MateusH\\K ainda podemos usar Mateus * para pregar a mensagem de +ue Jesus é o .il2o prometido de !aviF MasH supon2amos +ue us>ssemos como te:to de prega&(o * Crnicas 44,4=, o segundo o de * mencionado por MateusF EmBora ainda pudéssemos pregar a delidade de !eus em preservar viva a casa de !aviH mesmo soB severo ?u1oH n(o podemos utili 1ar o nPmero * de Mateus [ !aviF 0ois o te:to fa1 uma listaH n(o de * nomes desde !avi até JeconiasH mas de *8F ongenecYer adverteW N(o devemos tentar reprodu1ir a forma traidrsistroa de lidar com o te:toH suas e:plica&'es alegricas ou muito de seu m odo ?udaico de argumenta&(oF Tudo isso é estritamente parte do conte:to cultural em +ue o evangel2o eterno e transcultural foi e:presso\ 75 Mas ele n(o re?eita totalmente a interpreta&(o do Antigo Testamento feita pelo Novo Testamento "omo um guia para nossa interpr etaão> E& e perguntaF #Pode mos reprodu)ir a eegese do No%o Testamento]# E&e responde #não# e #sim#> #Onde essa eegese for aseada numa posião re%e&adora? onde : e%idente !ue é apenas "u&tura&? ou !uando e&a se mostra de nature)a "ir"unstan"ia& ou ad !ominem0 XnãoX> Onde? por:m? e&a trata o Antigo Testamento de forma mais &itera&? seguindo o "urso do !ue fa&amos +o,e "omo eegese +ist=ri"a gramati"a&? XsimX> Nosso "ompromisso "omo "ristãos : de reprodu)ir a f: e doutrina apost=&i"as e não ne"essariamente as práti"as espe"@fi"as de eegese dos ap=sto&os#># Emora .ateus 1 e Gá&atas - deiem "&aro !ue +o,e não podemos "opiar os es"ritores do No%o Testamento em todos os seus mo%imentos eegJn"os? isso não signifi"a !ue o No%o Testamento não possa nos dirigir no desen%o&%imento de um m:todo de pregaão de Cristo a partir do Antigo Testamento> Signifi"a apenas !ue pre"isamos ir a&:m dos fatores superfi"iais e
in!uirir primeiro "om ase nas pressuposi*es do No%o Testamento !ue ap=iam seu uso "risto"Jntri"o do Antigo Testamento>
Pressuposi&-es do No%o Testamento para a interpreta&ão do Antigo Testamento O No%o Testamento re%e&a %árias pressuposi*es fundamentais para a interpretaão do Antigo Testamento de maneira "risto"Jntri"a> A primeira e mais arangente pressuposião di) respeito +ist=ria redentora>
Deus e/ecuta o p&ano redentor na +ist=ria de modo progressi%o
Uma das principais pressuposi&'es do Novo Testamento para a interpreta&(o do Antigo é +ue !eus age uniformementeH mas progressivamenteH na 2istria redentoraF !e acordo com CF F !oddW Os escritores do Novo TestamentoFFF interpretam e aplicam as profecias do Antigo Testamento com Base num certo entendimento da istria +ue é suBstancialmente a dos prprios profetasF Segundo esse entendimentoH a istriaFFF é construda soBre certo padr(o +ue corresponde ao desgnio de !eus para o 2omemH sua criaturaF LFFF uma espécie de plano mestre imposto pelo prprio Criador soBre a ordem da vida 2umana neste mundoH plano +ue o 2omem n(o tem liBerdade de alterarH mas dentro do +ual opera a sua liBerdadeF L esse planoH revelado \de muitas maneirasH em muitos lugares\ através da 2istria passada de "sraelH +ue os escritores do Novo Testamento conceBem ter c2egado , plena lu1 nos acontecimentos da 2istria do evangel2oH +ue eles interpretam segundo essa revela&(o**F* Os escritores do Novo Testamento 2aviam aprendido soBre o plano de !eus no prprio Antigo TestamentoF Em tra&os largosH ele come&a no princpioH +uando !eus criou um mundo pacco e ?usto em +ue ele seria 2onrado e oBedecido como %ei soBerano Q#n *H3RF Mas a +ueda no p ecado mudou tudo issoW a maldadeH a inimi1ade e a viol@ncia se espal2aram pelo mundo Q#n -K6RF !esde a+uele tempoH !eus tem operado para restaurar seu reino de pa1 soBre a terra com seus atos de reden&(o e ?ui1oH fa1endo alian&a com v>rias pessoas e seus descendentesW NoéH ABra(oH "sraelH !aviF AnualmenteH +uando ofereciam a !eus suas primciasH os israelitas tin2am de confessar os atos poderosos de reden&(o da parte de !eusF Eles deveriam di1erW
...Arameu, prestes a perecer foi meu pai, e desceu para o &gito, e ali viveu como estrangeiro com pouca genteC e ali veio a ser na"ão grande, forte e numerosa. 0as os egpcios nos maltrataram e afligiram, e nos impuseram dura
!lamamos ao
Sen+or? Deus de nossos paisB e o Sen+or ou%iu a nossa %o)? e atentou para a nossa angstia? para o nosso traa&+o e para a nossa opressãoB e o Sen+or nos tirou do Egito "om p oderosa mão? e "o m ra o estendido? e "om grande espanto? e "om sinais? e "om mi&agresB e nos troue a este &ugar? e nos deu esta terra? terra !ue mana &eite e me&> Dt ($>5>7H
Nos Salmos )8H *; e *;6H "srael continua a recitar os poderosos feitos de !eus de liBerta&(oF O Salmo )8 é not>vel n(o apenas pela amplica&(o da 2istria do @:odoH do deserto e da posse da terraH como tamBém por sua descri&(o do estaBelecimento de !avi e sua dinastia soBre o monte Si(oW nisso o salmista v@ o clma: dos poderosos atos de !eus em favor de seu povo F) Outros salmos e:pandiram essa vis(o tomando os antigos temas da soBerania de !eus n(o somente soBre "sraelH mas soBre toda a terraF Moisés 2avia dito a .araW ?> n(o 2aver> c2uva de pedra_ para +ue saiBais +ue a terra é do SENHOR QD: 9F39H cfF *9FRF !epois +ue o Sen2or derrotou .ara e seu e:ércitoH Moisés cantouW O SENHOR reinar> por todo o sempre QD: *F*8RF Os Salmos continuaram com esse tema do reinado de !eus +ue se estende pelo espa&o e pelo tempoF 0or e:emploH o Salmo 96F*- declara a respeito de ]a2^e2W vemH ?ulgar a terra_ ?ulgar> o mundo com ?usti&aH e os povosH consoante a sua delidadeF* E o Salmo *F*- proclamaW O teu reino é o de todos os séculosH e teu domnio suBsiste por todas as gera&'esF Os profetas continuaram a proclama&(o dessas mensagens soBre o reinado de ]a2^e2F "saas profeti1ou +ue para ele auir(o todos os povosFFF ao monte do SENHOR! para +ue nos ensine os seus camin2osH e andemos pelas suas veredasFFF Q3F3H-RF Mi+uéias proclamou a mesma mensagemH mas logo a focali1ou em $elémH de onde sairia o +ue 2> de reinar em "sraelH e cu?as origens s(o desde os tempos antigosH desde os dias da eternidadeFFF ele se manter> rmeH e apascentar> o povo na for&a do Sen2orFF 2aBitar(o segurosH por+ue agora ser> ele engrandecido até aos conns da terraF Este ser> a nossa pa1 QF3-_ c c 9F*;RF SuBse+VentementeH os profetas de !eus come&aram a anunciar uma completa restaura&(o da cria&(oW /ois eis que crio novos céus e nova terra...
-ão trabal?arão debalde, nem terão fil?os para a calamidade... " lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá pal?a como o boi... -áo farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte. 1Is 53.4=,:37
O p&ano de toda a +ist=ria redentora se en"ontra no Antigo TestamentoF Criaão Q 2ina&mente? %eio esus di)endo ser a!ue&e !ue "umpria a profe"ia de Isa@as $1F #O Esp@rito do Sen+or está sore mim? por!ue e&e me ungiu para>>> apregoar o ano a"eitá%e& do Sen+or>>> Ko,e se "umpriu a Es"ritura !ue a"aais de ou%ir# 9 ->1W;(1H> esus restauraria a pa) e a +armonia no mundoB traria o Ano do ui&eu> E&e inaugurou a no%a era "om sua pregaão? seus mi&agres? sua morte e sua ressurreião> E&e "on%idou as pessoas a entrar no reino de Deus sumetendo;se #ao reinado de e EL ' .< O .as a %inda de esus foi s = o "omeo>
Alguns estudiosos corretamente t@m declarado +ue Jesus e os apstolos tin2am uma perspectiva da 2istria redentora sem paralelos +uanto ao Antigo Testamento em rela&(o , sua prpria situa&(o FFFFFFF Os primeiros crist(os n(o Buscavam no Antigo Testamento algum te:toK prova fantasioso soBre JesusH di1 !onald MillerF Eles criam +ue o !eus +ue agira nele era o mesmo +ue agiu no E:odo conforme relatado no Antigo TestamentoH Bem como em todos os acontecimentos +ue vieram dele na 2istria de "sraelF Criam +ue esse !eus tin2a em vista o m desde o princpioF Ele compara o desgnio de !eus na istria a uma pe&a dram>ticaW Como o dramaturgo traBal2a certas idéias nas primeiras cenas +ue de incio s(o apenas desconcertantes +uando introdu1idasH mas +ue se tornam claras +uando se ol2a para tr>s do ponto de vista do clma:H !eus estava operando nos primeiros atos o drama dos elementos redentores +ueH +uando recapitulados numa clave mais alta em JesusH receBeram uma clare1a +ue n(o possuam em seu amBiente originalH o
/odemos imaginar o retrato do plano mestre de ?istória redentora de eus conforme segue93: /orque eus e)ecuta seu plano redentor de modo progressivo na ?istória ?umana, os escritores do -ovo Testamento podem pregar !risto a partir do Antigo Testamento como o culminar de uma longa série de atos redentores. Além do mais, porque eus desenvolve seu plano redentor de modo regular, os escritores do -ovo Testamento podem identificar correspond(ncia entre o ato de eus em %esus e os atos redentores de eus no passado. Lendo assim, a atua"ão de eus na ?istória da reden"ão também se torna fundamento para a interpreta"ão tipológica do -ovo Testamento. Jesus inaugurou a era messiânica
Ema segunda pressuposi"ão dos escritores do -ovo Testamento é a convic"ão de que %esus inaugurou a era messiBnica ou do reino. &arle &llis e)plica9 '%esus e seus discpulos
concebem a +istória dentro do arcabou"o de duas eras9 esta era e a era por vir. &ssa perspectiva parece ter como pano de fundo os profetas do Antigo Testamento, que profeti8avam sobre *os Hltimos tempos* e o*dia do Len?or* como tempo de completa reden"ão'.' $s escritores do -ovo Testamento estavam convictos de que a vinda de %esus sinali8ou o incio dos 'Hltimos tempos'. -o /entecoste, /edro proclamou9 '0as o que
ocorre é o +ue foi dito pelo profeta JoelW E acontecer> nos Pltimos diasFFFFFF ; fato de 0edro mudar o depois de Joel ; *3F38R para nos Pltimos dias dei:a ainda mais claro o pontoW Jesus deu incio aos Pltimos diasF Os discpulos 2aviam aprendido esse entendimento de +ue entraram nos Pltimos dias do prprio JesusF Marcos declara +ue come&ou seu ministério pregando O tempo est> cumprido e o reino de !eus est> pr:imo Q*F*RF Era uma notcia sensacionalF O reino messinicaH alme?ado pelos poK vos durante muitas gera&'esH 2avia c2egado na pessoa de Jesus CristoF O +ue eles con2eciam como +uesmo de esperan&a no culto agora estava entre elesH como +uest(o de realidade numa pessoaF O escatolgico estava entrando istriaF !eus viera para reinarF \ Jesus demonstrou a presen&a do reino de !eus e:pulsando demniosH corando os enfermosH restaurando os decientesH alimentando os famintosH perdoando os pecadosF Os discpulos testemun2aram tudo isso e creram +ue Jesus era o Messias`até +ue ele morreu na cru1e todos os seus son2os foram esmagadosF Mas ent(oH Jesus ressuscitou dos mortos e e:plicouKl2es a partir dos profetas +ue convin2a +ue o Cristo padecesse e entrasse na sua glria Qe 3F36RF A ressurrei&(o de Jesus foi mais do +ue o milagre surpreendente de uma pessoa morta voltar , vidaF A ressurrei&(o de Jesus conrmou +ue !eus realmente 2avia inaugurado um novo 51 Jes us
na
3
tempo
A "on%i"ão de !ue esus inaugurares era messini"a "apa"itou os es"ritores do No%o Testamento a pregar Cristo a partir do Antigo Testamento? pois essa pressuposião signifi"a !ue a +ist=ria redentora de Deus atinge seu ápi"e em esus> Ne&e todas as promessas do Ami go Testamento são "umpridas> Como di) R> T 2ran"a? #A %ida rerrerna e g&=ria futura de esus de Na)ar: : apresentada "omo "umprimento das esperanas do Antigo Testamento e&o dia de ba+a%e&s?>>> A %inda de esus : o ato de"isi%o de Deus pe&o !ua& o Anti?
go -estamento esperavaF e em sua vinda0 todas as esperanças do Antigo -estamento são cumpridasF os Hltimos dias !aviam c!egadoa C7 esus , Deus eterno
9ma ter"eira pressuposião dos es"ritores do No%o Testamento : !ue esus : %erdadeiramente Deus e? "omo 2i&+o de Deus? eistiu "om Deus? o Pai? desde toda a eternidade> oão ini"ia seu e%ange&+o "om a "on+e"ida a&usão a GJnesis 1>1F #No prin"@pio era o [ero 3ogosM? e o [ero esta%a "om Deus? e o [ero era Deus>>> Todas as "oisas foram feitas por interm:dio de&e? e sem e&e nada do !ue foi feito se fe)# Go 4.4,;C cf. ;.4;C 1'>5H> Assim? oão %J a Cristo operando desde o prin"@pio? presente e ati%o na ora de Deus na "riaão> Em oão W>5$;5W? ou%imos esus di)er aos dis"@pu&os !ue e&e esta%a presente n o tempo de AraãoF # [osso pai? Araão? a&egrou;se por %er o meu dia? %iu;o e rego)i,ou;se> Perguntaram;&+e? pois? os ,udeusF Ainda não tens "in!enta anos? e %iste Araão] Respondeu;&+es esusF Em %erdade? em %erdade eu %os digoF antes !ue Araão eistisse? Eu Sou#> No #eu sou#? %emos a a&usão ao grande Eu Sou do Antigo Testamento? ba+Ye+> De fato? em oão 10>/0? ou%imos esus de"&ararF #Eu e o Pai somos um# Cf> 1->7;10H> Pau&o es"re%e tam:mF #ne&e? foram "riadas todas as "oisas? nos ":us e sore a terra>>> Tudo foi "riado por meio de&e e para e&e# CI 1>1$B "f 1 Co W>$B K 1>(H> Ko,e a&guns uti&i)ariam a di%indade de Cristo "omo modo de pregá;&o a partir do Antigo Testirmento>51 A&guns fa&am de #"ristofanias#? 57 apare"imentos de Cristo no Antigo Testamento> 2iguras tais "omo o An,o do Sen+or? o Comandante do E:r"ito do Sen+or? e a Saedoria de Deus são então identifi"ados "om Cristo> A&guns "+egam a sustituir pe&o nome #Cristo# sempre !ue : men"ionado o nome ba+Ye+? por!ue a Septuaginta tradu) ba+Ye+ "omo Z/rios0 !ue : "omo os dis"@pu&os "+ama%am a esus> .as nada se ga; n+a "om esses ata&+os para pregar Cristo> A espe"u&aão não s= "o&o"a o
sermão sobre terreno incerto, como também essa identifica"ão de !risto com figuras do Antigo Testamento simplificam a prega"ão de !risto como a plenitude da revela"ão de eus no @il?o encarnado, %esus. Ademais, quando os autores do -ovo Testamento falam de !risto como eus, sua inten"ão não é sugerir que !risto possa ser identificado com numerosas figuras do Antigo Testamento, mas testemun?ar da divindade de %esus. &ssa doutrina da divin, dade de %esus funciona como uma pressuposi"ão para a interpreta"ão do Antigo Testamento, em ve8 de uma determinada maneira de se pregar %esus !risto a partir do Antigo Testamento. Pesonalidade co!oativa Ema quarta pressuposi"ão que dirige o entendimento do Antigo Testa, mento pelo -ovo é o de personalidade corporativa. &specialmente na nossa era individualista, é importante nos lembrarmos do pensamento corporativo que os escritores d o -ovo Testamento aprenderam do Antigo Testamento. &arle &llis di8 que '/ara %esus e os escritores do -ovo Testamento, essa percep"ão do ?omem como ser corporativo é determinante para a compreensão cor, reta da &scrturti*.54 &m 4O;3, +. V?ecler obinson escreveu seu influente livro, T%e +eacia, !rinception of (o!oate /reirsorialit XA !oncep"ão +cbraica de /ersonalidade corporativa`. A introdu"ão de 4O5< a esse clássico descreve sucintamente a personalidade corporativa como 'aquele importante comple)o semtico de pensamento em que ?á constante oscila"ão entre o indivduo e o grupo Yfamlia, tribo ou na"ão Y a que ele pertence, de modo que um rei ou outra figura representativa pode represernaro grupo, ou o grupo pode representar a soma de indivduos'.' /ense nas can"#es do Lervo de `saas e no debate infindável quanto ao Lervo ser a na"ão de Israel ou uma pessoa individual. obinson
escreve9 '$ conceito ?ebraico de personalidade corporativa pode reconciliar a ambos, passando sem e)plica"ão ou indica"ão e)plcita de um para o outro, numa fluide8 de transi"ão que a nós parece antinatural' 5; A noão de persona&idade "orporati%a ep&i"a "omo o signifi"ado do Ser%o pode os"i&ar entre tira Israe& "orporati%o e um indi%@duo !ue represente Israe&> Esse "on"eito pode tam:m tornar poss@%e& !ue esus se identifi!ue "om o Ser%o SofredorF esus : o Ser%o Sofredor indi%idua&? e e&e representa o Israe& fie&>
Os escritores do Novo Testamento tamBém utili1am o conceito de personalidade corporativa na prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoF 0or e:emploH 0aulo o resume ao ensinar 0or+ue assim como em Ad(o todos morremH assim tamBém todos ser(o vivicados em Cristo Q"Co *F33RF Escreve Earle EllisW \A e:tens(o corporativa da pessoa do lder para incluir os indivduos +ue pertencem a ele ilumina o usa de numerosas passagens do Antigo TestamentoF E:plica como a promessa dada a !avi +uanto a Salom(o Q3Sm )F*3*6R pode ser considerada cumprida n(o s no Messias QB *FRH como tamBém em seus seguidores Q3Co 6F*8R eH semel2antementeH como o templo escatolgico pode ser identicado tanto com o Cristo individual QMe *F8_ Jo 3F*9R +uanto como corporativo QlCo -F*6_ *0e 3FRF L muito prov>vel +ue este?a como Base na convic&(o dos primeiros crist(os de +ue a+ueles +ue pertencem a CristoH rei messinico de "sraelH constituem o verdadeiro "sraclF+X 3er o Antigo Testamento a partir da realidade de Cristo
Todas as pressuposi&'es mencionadas acima sustentam a principal e nal pressuposi&(o dos escritores do Novo Testamento ao pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoH e isso é ler o Antigo Testamento da perspectiva da reali dade de CristoF %einterpretar o Antigo Testamento a partir de uma perspectiva posterior n(o é algo inteiramente novoH por+ue isso pode ser encontrado no prprio Antigo TestamentoF O Novo Testamento continua esse processo de reinterpreta&(oH mas agora da perspectiva da realidade do Cristo encarnadoH O 3i%ro de Testemunhos 9ma tendJn"ia mais antiga da interpretaão "entraria em Cristo do Antigo Testamento pode ser en"ontrada no "+amado U3i%ro de Testemun+os#> Estudiosos do No%o Testamento +á muito fi"am perp&eos pe&o modo "omo diferentes es"ritores do No%o Testamento "itam os mesmos tetos do Antigo Testamento e s %e)es? se!Jn"ias de tetosH em fraseo&ogias diferentes da Septuagima e outros tetos "ort+e"idOS>4= Para ep&i"ar esse fenmeno? Rendeu Karris ofere"eu em 171$ a +ip=tese de !ue esses es"ritores esta%am "itando uma
"o&eão de #tetos;pro%a messini"os#sXEm 1750? C> K> Dodd re,eitou a id:ia de !ue esse fenmeno pudesse ser ep&i"ado pe&o #postu&ado de uma anto&ogia primiti%a de tetos; pro%a iso&ados#> Em %e) disso? sugeriu a eistJn"ia? numa data em anterior? de uma #se&eão de "ertos grandes tre"+os das es"rituras do Antigo Testamento? esp e"i a&mente de Isa @as? eremias e determinados profetas menores? e dos Sa&mos> Essas se*es eram entendidas "omo inteiras? e %ers@"u&os ou sentenas parti"u&ares eram "itados de&as "omo apontando para o "onteto todo em %e) de "onstituir teste? mun+o em si e para si mesmos#?# Amas as +ip=teses apontam para um uso "ristão muito antigo do Antigo Testamento para se pregar Cristo> Karris pensa numa "o&eão primiti%a de #tetos;pro%a messini"os#> Dodd imagina grandes se*es do Antigo Testamento e sugere !uatro grupos !ue i&ustrem#tenras do Vei##F #Es"rituras apo"a&ipti"o?es"ato&=gieas#B #Es"rituras do No%o IsraeB #Es"rituras do Ser%o do Sen+or e do usto Sofredor# e #Es"rituras não C&assifi"adas# !ue "onsistem de outras passagens ap&i"adas a esus? o .essias> =X Como se %J pe&os !uatro temas? a maioria das passagens do Antigo Testamento : entendida "omo fo"a&i)ando esus "omo "omprimento das promessas de Deus a Israe&? o .essias sofredor e ressurreto>
+nterpretação do Antigo Testamento pelo No%o -estamento centrado em Cristo Mais certo +ue um 2ipotético ivro de Testemun2os s(o os testemun2os verdadeiros +ue encontramos no Novo TestamentoF 0or ve1esH os te:to do Antigo Testamento s(o ligados como contas de um colar QpF e:FH B *RF Ellis dene esses testemun2os como sendo cita&'es +ue \testicam\ tiHKH messianidade de JesusH e sugere +ue eles pressupon2am um entendutritentH cristolgico desenvolvido das passagens em particular e n(o s(o apenas te:tosF prova selecionados aleatoriamenteF James !urarH conrma +ue os escritores do Novo Testamento n(o selecruH naram te:tosKprova do Antigo Testamento de modo aleatrioF Ao discorrer soBre os princpios +ue governavam a interpreta&(o dos primeiros crist(osH ele di1W \A primeira coisa +ue deve ser dita é +ue a escol2a de te:tos do Antigo Testamento em geral n(o foi arBitr>riaFFF As passagens +ue eles citamFFF s(o en sua maioria passagens +ue ?> 2aviam sido aceitas como sendo messinicas QcomH o S" **;F*R ou +ueH , lu1 da vida de JesusH possuem uma reivindica&(o priorW fatie como messinicas Qcomo o S" 33 e "s -R F Em seguidaH !unn conrmaH princpio de +ue os escritores do Novo Testamento interpretam o Antigo Testamento a partir da realidade de CristoW SegundoH a interpreta&(o era alcan&ada ve1 aps ve1 mediante a leitura da passagem do Antigo Testamento ou d incidente citado , lu1 do evento de CristoH vendoKo do ponto de vista da noH % situa&(o tra1ida por Jesus e da reden&(o efetuada
por?esusH Na verdadeH 0aulo declara +ue uma interpreta&(o estritamente ?udaica ou se?aH 2istricaH do Antigo TestamentoH é inade+uadaF Ele escreve soBre ?udeus n(oK crist(osW Mas até 2o?eH +uando lido MoisésH o véu est> poste soBre o cora&(o delesF
peo#? Pau&o ap&i"a essa pa&a%raer Cristo fim 7>/$H> Kistori"amente? o Sa&mo (>' fa&a do reiF #Tu :s meu fi&+o? eu? +o,e? te gerei#? mas Pau&o ap&i"a essas pa&a%ras a esus Atos 1/>//B "f> SI (>1?( e Ar ->(5?('H >'- O Sa&mo 11W tam:m fa&a +istori"amente do rei? mas .ateus (1>7 o ap&i"a a CristoF #6endito o !ue %em em nome do Sema"rir^# 9ma &eitura "ristã do Anti g o Testamento? por:m? não : um trnsito em sentido ni"o? ou se,a? a &eitura do Antigo Testamento &u) de Cristo> O trnsito tam:m se mo%e do Antigo Testamento para Cristo> Os"ar Cu&&mann es"re%e "om perspi"á"iaF #O e%ento de Cristo no ponto "entra&>>> :? por sua %e)? i&uminado pe&a preparaão do Antigo Testamento? depois de esse preparo ter primeiro re"eido sua &u) do ponto "entra> E&e re"on+e"eF #Temos a!ui um "ir"u&o> A morte e a ressurreião de Cristo "apa"itam o "rente a %er na +ist=ria de Adão e na +ist=ria de Israe& a preparaão para a %inda de esus? o "ru"ifi"ado e ressurreto> .as somente a assim entendida +ist=ria de Adão e a assim entendida +ist=ria de Israe& "apa"itam o "rente a entender a ora de esus Cristo? o "ru"ifi"ado e ressurreto? em re&aão "om o p&ano di%ino de "a&%aão#># No%amente en"ontramos uma forma do "@r"u&o +ermenJuti"oF s= podemos entender Cristo &u) do Antigo Testamento? e s= podemos "ri? render o Antigo Testamento &u) de Cristo> A interpreta"ão "r@sto"Jntri"a originou;se "om esus .uitas %e)es tem surgido a perguntaF onde os es"ritores do No%o Testamento? em "ontraste "om seus "ompatriotas ,udeus não;"ristãos? oti%eram a id:ia de interpretar o Antigo Testamento a partir da rea&idade de Cristo] 3 ma resposta =%ia , !ue !uase todos e&es tin+am sido dis"@pu&os de esus e ou "on+e"eram o Sen+or ressus"itado> .as uma resposta mais "omp&eta se a"+a em !ue o pr=prio esus os ensinou a &er o Antigo Testamento dessa fauti Durante trJs anos? os dis"@pu&os ou%iram esus pregar " "rismarB ou%iram;no fa&ar de si "omo 2i&+o do Komem? ou se,a? a pessoa !ue re"ee um reinado #!ue não passará# Do '>1-H? ou%iram;no di)er muitas e muitas %e)es !ue e&e "umpria as profe"ias do Antigo Testamento? ou%iram;no ap&i"ar a e? mesmo o pape& da figura do Ser%o de ba+Ye+ !ue foi #traspassado pe&as nossas transgress*es? e mo@do pe&as nossas ini!idades# Is 5/>5H> Depois de sua ressurreião? reporta 3u"as? esus a"+ou ne"essário "ontinuar a ensinar aos dis"@pu&os !ue o Antigo Testamento fa&a%a de&e> esus disseF #Por%entura? não "on%in+a !ue o Cristo pade"esse e entrasse na sua g&=ria] E? "omeando por .ois:s? dis"orrendo por todos os profetas? epun+a;&+es o !ue a seu respeito "onsta%a em todas as Es"riturasa>'' Não ? á d%ida de !ue esus ten+a interpretado o Antigo Testamento "om uma
autoridade !ue impressionou seus ou%intes e at: mesmo seus oponentes]# Igua&mente? não +á d%ida de !ue esus interpreta%a o Antigo Testamento de modo "risto&=gi"o> E&e %ia sua missão em termos das figuras do Antigo Testamento de Ser%o do Sen+or espe"ia&mente Is 5(>1/;5/>1(H e
.il2o do omem Q!aniel )F*-H*RF.rance resume a evid@ncia dos evangel2os sinticosW Ele Jesus usa pessoas do Antigo Testamento como tipos dele mesmo Q!aviH Salom(oH ElilisH EliseuH "saasH JonasRFFF ele cita institui&'es do Antigo Testamento como tipos dele e de sua oBra Qo sacerdcio e a alian&aR_ ele v@ nas e:peri@ncias de "srael prenuncias de suas prprias_ ele considera as esperan&as de "srael cumpridas nele mesmo ...... o o
Muitos camin!os levam do Antigo -estamento a Cristo As pressuposi&'es do Novo Testamento para a interpreta&(o do Antigo Testamento levam a v>rios camin2os para pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoF EmBora esses camin2os n(o se?am cienticamente precisos e se soBrepon2am de modo consider>velH ser> importante para nsH procurarmos destacar as diferentes maneiras pelas +uais os escritores do Novo Testamento pregavam Cristo a partir do Antigo Testamento eH assimH oBter algum esclarecimento soBre o +ue distingue cada camin2oF No captulo seguinteH poderemos ent(o e:aminar esses modos de pre ar Cristo , lu1 de deBates contemporneosF A+uiH procuraremos destacar seis principais camin2os para pregar Cristo a partir do Anti o TestamentoW o camin2o da progress(o 2istricoKredentoraH d promessaK cumprimentoH da tipologiaH da analogiaH dos temas longitudiK nais e do contrasteF g
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O camin!o da progress(o !ist:rico.redentora A 2istria da reden&(o n(o é apenas uma pressuposi&(o do Novo Testamento para interpreta&(o do Antigo TestamentoH como tamBém rima das principais maneiras de se pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoF A progress(o 2istricoK redentora liga Cristo aos acontecimentos redentores do Antigo Testamento +ue encontram nele seu clma:F Conforme ?> vimosH Mateus inicia seu evangel2o com uma genealo ia de JesusH o MessiasH +ue vai da 2istria d reden&(o até ao rande a
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rei !avi e ao patriarca ABra(oF !avi re"eera a promessa de DeusF #Teu trono será estae&e"ido para sempre# (Sm '>1$H e Araão re"eera a promessa #Em ti serão enditas todas as fam@&ias da terra# Gn 1(>/H> .ateus uti&i)a a progressão +ist=ri"o;redentora para pregar Cristo "omo su"essor de uma &in+a rea& !ue re"eera as mara%i&+osas promessas de Deus de reinar para sempre sore toda a terra> Do mesmo modo? 3u"as in"&ui em seu e%ange&+o unia genea&ogia !ue remonta suas ra@)es atra%:s da +ist=ria redentora at: #Adão? fi&+o de Deus# 3" /H> Adão foi ir pessoa !ue "aiu na mentira do diao e troue a morte ao mundo> Como Adão? esus agora será tentado pe&o diao 3e -H> .as esus? 2i&+o de Deus? %en"e o diao> Em esus? Deus ofere"e unia segunda "+an"e de %ida eterna para a +umanidade> pro%á%e& !ue 3u"as se,a mais em "on+e"ido "omo a!ue&e !ue apresenta esus "omo o ponto "entra& da +ist=ria da redenão s' Ká dois estágios na +ist=ria redentoraF o #tempo de Israe&X? !ue durou at:&oão 6atista 3" 1$>1$H e o #tempo de c u m p r i m e n t o ' . ' * esus introdu) o #tempo do "umprimen to#? o reino de Deus> Em Atos? 3u"as re&ata di%ersos dos primeiros serm*es "ristãos? a maioria dos !uais uti&i)a a progressão da +ist=ria redentora para pro"&amar Cristo> No Pente"oste? Pedro "ita o profeta oe& e o Sa&mo 1$> No seu sermão? e&e afirma !ue a morte e a ressurreião de esus fa)iam parte do p&ano;mestre de DeusF #esus? o na)areno? %arão apro%ado por Deus diante de %=s? "om mi&agres? prod@gios e sinais? os !uais o pr=prio Deus rea&i)ou por interm:dio de&e entre %=s? "omo %=s mesmos saeisB sendo este entregue pe&o determinado des@gnio e pres"iJn"ia de Deus? %=s o matastes? "ru"ifi"ando;o por mãos de in@!uos>>># At (>((?( /H> .ais tarde? 3u"as re&ata "omo EstJ%ão traa "om deta&+es a +ist=ria de redenão de Araão a Cristo? #o ustoX At '>(;5(H> Então 3u"as registra o sermão de Pedro em Antiru!uia da Pis@dia? !ue se ini"ia "om Deus tornando Israe& grande no Egito? dando;&+es a terra prometida e "on"edendo;&+es o pedido de um rei? primeiro Sau&? depois o grande rei Da%i \ &emrando o Sa&mo 'W? onde o rei Da%i : o "&@ma> .as Pau&o %ai a&:m do rei Da%i ao "&@ma de"isi%o na +ist=ria da redenãoF #Da des"endJn"ia deste? "onforme a promessa? troue Deus a Israe& o Sa&%ador? !ue : esus#> Pau&o? então? re&ata a +ist=ria de esus? insistindo "om o po%o para !ue "reiam ne&e Ar 1/>1$;- 1H U Em suas "artas? Pau&o emprega tam:m o "amin+o da progressão +ist=ri"o;redentora para pregar Cristo> E&e ini"ia sua Ep@sto&a aos RomanosF #Pau&o? ser%o de esus Cristo? "+amado para ser ap=sto&o? separado para o e%ange&+o de Deus? o !ua& foi por Deus outrora prometido por interm:dio dos seus profetas nas Sagradas Es"rituras? "om respeito a seu 2i&+o? o !ua&? segundo a "arne? %eio da des"endJn"ia de Da%i>>># Riu 1>1;/H> .ais adiante? Pau&o %ai at: Adão? !ue troue o pe"ado e a morte ao mundo? "ontrastando;o "om esus Cristo? por "u,o #ato de ,ustia %eio a graa sore todos os +omens para a ,ustifi"aão !ue dá %ida# Rm 5>1WH> E m Gá&atas? Pau&o es"re%e a respeito das promessas de Deus a Araão e sore a &ei !ue %eio -/0 anos depois e !ue ser%iu #de aio para nos "ondu)ir a Cristo? a fim de !ue fssemos ,ustifi"ados pe&a f:# />(-H> E&e fa&a sore a %ida de esus sore a terra "omo o "&@ma da +ist=ria da redenãoF #[indo? por:m? a p&enitude do tempo? Deus en%iou seu 2i&+o? nas"ido de mu&+er? nas"ido so a &ei? para resgatar os !ue esta%am so a &ei? a fim de !ue re"eJssemos a adoão de fi&+os# ->-?5H> Em Co&ossenses? Pau&o es"re%e a respeito do #mist:rio !ue esti%era o"u&to dos s:"u&os e das geraoesB agora? toda%ia? se manifestou a seus santos# 1>($H># E em 4 Cor@ntios? e&e fa&a do agora da sa&%aãoF #Eis agora o tempo soremodo oportunoB eis agora o dia da sa&%aão# $>(H>
Pau&o não somente uti&i)a a +ist=ria redentora passada para pregar CristoB tam:m? a partir do ponto "entra& de Cristo? fa&a da +ist=ria redentora futura> Em Ef:sios? e&e es"re%e sore o p&ano de DeusF #Deus derramou aundante mente sore n=s "ru toda a saedoria e prudJn"ia? des%endando;nos o mist: rio da sua %ontade? segundo o seu enep&á"ito !ue propusera em Cristo? de fa)er "on%ergir ne&e? na dispensaão da p&enitude dos tempos? todas as "oisas? tanto as do ":u "omo as da terra>>># 1>W;10H>X Em 1 Cor@ntios 15? Pau&o fa&a do Cristo ressurreto "omo #as prim@"ias dos !ue dormem# e dá grandes deta &+es sore o restante da "o&+eita !ue o"orrerá na segunda %inda de Cristo> Em Romanos? e&e epande nossa %isão de redenãoF e&a in"&ui não apenas o po%o de Deus? mas #a pr=pria "riaão será redimida do "ati%eiro da "orrupão? para a &ierdade da g&=ria dos fi&+os de Deus# W>(1H> 5
O "amin+o da promessa;"umprimento Outra maneira em !ue os es"ritores do No%o Testamento pregam Cristo a partir do Antigo Testamento , a da promessa;"umprimento> O "amin+o da promessa;"umprimento está en"errado na +ist=ria da redenão? pois Deus dá suas promessas num estágio da +ist=ria redentora e as &e%a ao "umprimento em estágios suse!entes># Comp&eidade re"o promessa;"umprimento No $o%o Testamento? o "umprimento : uma "ategoria muito mais amp&a do !ue o "umprimente de promessas espe"@fi"as Por eemp&o? .ateus : "on+e"ido por suas #"ita*es de f=rmu&a#> De) %e)es e&e repeteF #Para !ue se "umprisse o !ue foi dito pe&o Sen+or? por interm:dio do profeta#? seguido por uma "itaão> .as nem todas as "ita*es são profe"ias sore o futuro> Por eem? /"OH em .ateus (>15? &emos a respeito da fuga de esus para o EgitoF #e &á fi"ou at: a morte de Kerodes? para !ue se "umprisse o !ue foi dito pe&o Sen+or? por interm:dio do profetaF do Egito "+amei o meu 2i&+o#> A "itaão %em de Os:ias 11>1 e "omo ta& não : promessa ou predião !uanto ao futuro? mas ,37 .
uma de"&araão !uanto ao passado em !ue Deus "+amou a Israe& #meu fi&+o# do Egito E ->((?(/H> .ateus a!ui emprega a pa&a%ra #"umprir# não !uanto promessa de Cristo? mas "omo um tipo de Cristo t i s De%emos? portanto? estar "ons"ientes de !ue os es"ritores do Testamento empregam #"umprimento tanto para promessas !uanto para tipos>17 .as as !uest*es são ainda mais "omp&i"adas? pois os es"ritores do No%o Test amento fa&am elo "umprimento !uando a referJn"ia do Antigo Testamento não : promessa nem tipo> Por eemp&o? depois e&e notar !ue esus fa&a%a por paráo&as para a mu&tidão? .ateus 1/?/5 de"&araF #para !ue se "umprisse o !ue foi dito por interm:dio do profetaF Arirei em paráo&as a min+a o"a>>>#> A "itaão %em do Sa&mo 'W>(> Emora os Sa&mos não se,am profe"ia? podem "onter tipos pense nos sa&mos sore o rei %itorioso e sore os i ustos !ue sofremH> .as essa "itaão não : uma predião? nem uma promessa e nem um tipoB no entanto? .ateus a in"&ui nas "ita*es;f=rmu&a sore "umprimento> A&guns estudiosos "&assifi"am esse uso do Antigo Testamento "omo uni #tipo pes lie: de interpretaão#>#
apontando para o so&> #.ateus %J todo o Antigo Testamento "omo in"orporaão da promessa\ no sentido de apresentar;nos um Deus de prop=sito gra"ioso e sa&%ador? de aão &iertadora? e fide&idade na a&iana "om o seu po%o> Isso gera um tremendo senso de epe"taão e esperana? ref&etido em todas as partes do "non +erai"o> Portanto? todos os tipos de es"rito do Antigo Testamento e não apenas as profe"iasH podem ser usados em re&aão a essa promessa sore esus> A rea&idade dinmi"a de esus foi &igada ao não menos dinmi"o poten"ia& da esperana futura do Antigo Testamento#>#
Con+uanto o termo do Novo TestamentoH cumprimentoH cuBra assim uma ampla gamaH estamos especicamente interessados no canal mais estreitoH tamBém evidenciado no Novo TestamentoH do cumprimento de promessas ou predi&'es especcas do Antigo TestamentoF Promessa;"umprimento no Antigo Testamento
O prprio Antigo Testamento demonstrou esse camin2o de promessaH cumprimentoF 0or e:emploH !eus repetiu sua promessa a ABra(o e Sara de +ue eles teriam irra l2o Q#n *8F*;R e um ano mais tardeH !eus cumpriu essa promessa com o nascimento de "sa+ue Q#n 3*F3R_ !eus prometeu a ABra(o e seus descendentes a terra de Cana( Q#n *)F8R e cinco séculos mais tarde !eus cumpriu essa promessa Os 3*F-K R_ !eus prometeuavisou o povo de Juda +ue os mandaria para o e:lioH e em 8) aFCF essa amea&a foi cumpridaF Além das promessas cumpridas no Antigo TestamentoH outras promessas ainda aguardam cumprimentoF A promessa de !eus a ABra(oW Eil ti ser(o Benditas todas as famlias da terra Q#n *3F-R n(o encontrou seu cumprimento nal nos tempos do Antigo TestamentoF A promessa de !eus de quesuscitar> uni reino +ue n(o ser> ?amais destrudoFFF suBsistir> para sempre Q!n 3F_ cfF )F*-H*R n(o encontrou seu cumprimento nos tempos do Antigo TestamentoF A promessa de !eus de uma gloriosa nova cria&(o Q"s 6R n(o encontrou cumprimento nos tempos do Antigo TestamentoF Em ra1(o dessas promessas n(o cumpridasH o Antigo Testamento sempre aponta para a fren K teH além de si mesmo e de sua prpria e:peri@nciaF Até mesmo as promessas cumpridas podem ainda apontar para o futuroF O Antigo Testamento nos fa1 con2ecer o conceito de cumprimentos mPltiplos oucumprimento progressivoH isto éH o cumprimento inicial pode conter a proK messa de um cumprimento ad icionalF 0or e:emploH !eus 2avia prometido a ABra(o !e ti farei uma grande na&(o Q#n *3F3RF Essa promessa come&ou a ser cumprida com o nascimento de "sa+ueH mas oBviamente re+ueria cumprimento adicionalF D:odo *F relata +ue o povo da alian&a de !eus 2avia aumentado para setenta pessoas +uando entraram no
EgitoH mas a promessa a ABra(o aguardava cumprimento mais completoF D:odo *F) relata +ue os l2os de "srael foram fecundosH e aumentaram muito e se multiplicaramH e granK demente se fortaleceram_ de maneira +ue a terra se enc2eu delesF avia agora muitas pessoas? mas ainda não +a%ia #uma grande naão#> Assim? a promessa ainda aguarda%a "umprimento mais "omp&etoF da dádi%a da terra de Canaã e? mais tarde? do dom do grande rei Da%i> 2ina&mente? Israe& tomou;se uma grande naãoB pare"ia !ue a promessa esta%a "omp&eta> .as nesse ápi"e? Deus fe) outra promessa a Da%iF #2orrar a tua "asa e o teu reino serão firmados para sempre diante de tiB teu trono será estae&e"ido para sempre# (Sm '>1$H> E a promessa no%amente se estendeu para o futuro> C+ristop+er rig+t e!uipara esse "umprimento progressi%o a um #foguete !ue %ia,a no tempoF a promessa : &anada? %o&tando terra em a&gum ponto mais distante da Kist=ria em "umprimento par"ia&? somente para ser re&anado "om uma no%a "arga de "omust@%e& e "arga para ainda outro destino +ist=ri"o? e assim su"essi%amente#># O "umprimento progressi%o da promessa de Deus a Araão !uant o a ser uma grande naão pode ser retratado "omo segueF
Araão Isa!ue a"= Egito Canaã Da%i E@&io Remanes"ente 2uturo
Promessa;"umprimento no $o%o Testamento Os es"ritores do No%o Testamento aprenderam o m:todo da promessa;"umpri mento não somente do Antigo Testamento? mas espe"ia&mente de esus> Em um de seus primeiros serm*es? na sinagoga de Na)ar:? esus &eu Isa@as $1>1?(a sore o Ser%o ungido apregoando o ano a"eitá%e& do Sen+or e de"&arouF #Ko,e se "umpriu a Es"ritura !ue a"aais de ou%ir# 3" ->(1H> O "umprimento de tipos e promessas do Antigo Testamento era o tema de esus> 7- O t@tu&o !ue esus mais gosta%a de usar "om referJn"ia a si era #2i&+o do +omem# "omo emF #[ereis o 2i&+o do +omem assentado direita do Todo;poderoso e %indo "om as nu%ens do ":u# .e 1->$(H> O 2i&+o do +omem? , "&aro? , a pessoa !ue Danie& %iu #!ue %in+a "om as nu%ens do ":u>>>> 2oi;&+e dado o dom@nio e g&=ria? e o reino? para !ue os po%os? na*es e +omens de todas as &@nguas o ser%issemB o seu dom@nio : dom@nio eterno? !ue não passa? rá? e seu reino ,amais será destru@do# Da '>1/?1-H> Por:m? esus %ia a si mesmo não somente "omo Rei eterno? mas tam:m "omo o Ser%o de ba+Ye+ retratado em Isaas 1<:.4OC e ::.;=C cf. 42.;4;;7. -ão uma, mas duas ve8es, %esus aqui menciona que estava cumprindo o papel do Lervo sofredor. \uando foi preso no Gets(mani, %esus disse D multidão9 'Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as &scrituras dos profetas' 10t :5.357. 0ais tarde, quando o entrare, etope perguntou a @ilipe sobre a identidade do Lervo sofredor de Isaas 3;, '!omo ovel?a foi levado ao matadouro', @ilipe deu uma resposta imediata9 '!ome"ando por esta passagem da
&scritura, anuncioul?e a %esus' 1At 2.;:;37, -ão ?avia dHvida de que %esus cumprira o papel do Lervo de a?_e? 1cf. 0t 4:.43:47. !e fatoH no +ue concerne aos escritores dos evangel2osH Jesus cumpriu as promessas de todos os profetasF Marcos inicia seu evangel2oW 0rincpio do evangel2o de Jesus CristoH .il2o de !eusF Conforme est> escrito na profecia de "saasW Eis +ue envio diante da tua face o meu mensageiroH o +ual preparar> o teu camin2o_ vo1 do +ue clama no desertoW 0reparai o camin2o do Sen2orH endireitai as suas veredas Q*F*K-RF Marcos come&a seu evangel2o destacando +ue até mesmo o precursor de JesusH Jo(o $atistaH foi prometido pelos profetas QM" -F* e "s ;F-RF Em seguidaH ele relata +ue a prega&(o de Jesus focali1a o cumprimento do prprio tempoW O tempo est> cumpridoH e o reino de !eus est> pr:imo_ arrependeiKvos e crede no evangel2o QMe *F*RF Em contraste com MarcosH MateusH +ue escreve principalmente para os ?udeusH focali1a muito mais o cumprimento das promessas do Antigo Testamen toF Em Mateus *F33H encontramos a primeira frmula de cita&(oW OraH tudo isto aconteceuH para +ue se cumprisse o +ue fora dito pelo Sen2or por intermédio do profetaW Eis +ue a virgem conceBer> e dar> , lu1 um l2oH e ele ser> c2amado pelo nome Emanuel Q+ue +uer di1erW !eus conoscoRF Em seu cemH te:to originalH essa promessa di1 respeito a uni sinal para o rei Aca1H +ue estava Amea&ado por uma invas(o dos e:ércitos unidos da Sria e EraintH "saas disse a Aca1W O Sen2or mesmo vos dar> um sinalW eis +ue a virgem conceBer>H dar> , lu1 um l2o e l2e c2amar>s EntartuelFFF antes +ue este menino saiBa despre1ar o mal e escol2er o BemH ser> desamparada a terraH ante cu ?os dois reis tu tremes de medo Q"s )F*H*6RF Alguns anos depois dessa profeciaH !eus cumpriu a proK messie a Assria destruiu a Sria em )-3 aFCFH venceu a EfraimH e de1 anos mais tarde levouKa para o cativeiroF Mas Mateus v@ um cumprimento adicional dessa profecia no nascimento virginal QH parthR de JesusH +ue é verdadeiraH mente EmarmeiH !eus conoscoF 0or meio deleH !eus n(o apenas livrar> seu povo dos inimigosH como tamBém dos seus pecados QMt *F3*RF Em seguidaH Mateus relata +ue até mesmo os principais sacerdotes e escrilias podiam dedu1ir do Antigo Testamento onde o Cristo deveria nascerF !isseram a erodesW Em $elém da JudéiaH por+ue assim est> escrito por intermédio do profetaW E tuH $elémH terra de Jud>H n(o és de modo algum a menor entre as principais de Jud>_ por+ue de ti sair> o #uia +ue 2> de apascentar o meu povoH "srael QMt 3FK6RF A cita&(o é de Mi+uéias F3H mas Mateus fe1 algumas modica&'es para pr em evid@ncia o +ue l2e interessavaF 0rimeiroH Mi+uéias F3 fala de $elém como pe+uena demaisF Como Cristo nasceu em $elémH Mateus eleva a posi&(o de $elém para r(o és de modo algum a menor entre as principais de ?iid>F SegundoH Mateus acresH centou , profecia de Mi+uéias uma lin2a de 3 Samuel F3 +ue descreve o papel de !avi em "sraelW Tu apascentar>s o meu povo de "naelF Como em seu primeiro captuloH Mateus novamente ressalta o fato de +ue Jesus cumpre as promessas do Antigo Testamento como l2o e sucessor do grande rei !aviF ucas tamBém emprega o camin2o da promessaKcumprimentoH mas , sua prpria maneira singularF N(o usa perguntas de frmulaH mas simplesmente e:p'e o te:to pelo acontecimentoFFF !ei:a +ue o acontecimento fale por si e declare seu cumprimentoF ucas inicia seu evangel2o lemBrando os faH tos +ue entre ns foram reali1ados Q*F*RF Ent(oH o an?o recorda a promessa de !eus a !avi Q3Sm )F*6R +uando di1 a Maria +ue seu l2o receBer> o trono de !aviH seu pai_ e ele reinar> para sempre soBre a casa de JacH e o seu reinado n(o ter> m Q*F-3H--RF "sso é seguido pelo cntico de MariaH +ue fala da misericrdiaH a favor de ABra(o e de sua descend@nciaH para sempreH como prometera a nossos pais Q*FHRF Em seguidaH acarias proclama +ue o SeH n2or !eus de "srael suscitou plena e poderosa salva&(o na casa de !aviH seu servoH como prometeraH desde a antigVidadeH por Boca dos seus santos profeH tasFFF Q*F69H);RF ucas termina seu evangel2o com as palavras de JesusW "raH
porta%a se "umprisse tudo o !ue de mim está es"rito na 3ei de .ois:s? nos Profetas e nos Sa&mos# 3" (->--H> Em AtosH semel2antementeH ucas usa os discursos de outros para proclamar o cumprimento das promessas de !eusF No 0entecosteH 0edro inicia o serm(oW O +ue ocorre é o +ue foi dito por intermédio do profeta JoelW E acontecer> nos Pltimos diasH di1 o Sen2orH +ue derramarei o meu Esprito soBre toda a carneFFF Q3F*6H*)RF Em outro serm(oH 0edro se refere ao Servo sofredor de "saas ao c2amar Jesus de servo de !eus Q-F*-H36R di1endoW !eus assim cumpriu o +ue dantes anunciara por Boca de todos os profetas +ue o seu Cristo 2avia de padecer Q-F*8R Mais tardeH .ilipe usa a profecia do Servo Sofredor Q"s -F)H8R para pregar Jesus ao eunuco etope Q8F-3K-RF No serm(o em Antio+uia da 0isdiaH 0aulo relata a 2istria de "srael até ao grande rei !aviH di1endoW !a descend@ncia desteH conforme a promessaH trou:e a "srael o SalvadorH +ue é JesusF 0aulo passa ent(o a falar do sofrimento de Jesus como cumprimento dos ensinos dos profetasH argumentando +ue tudo o +ue a respeito dele estava escrito tin2a de acontecer Q*-F3-H3 )H39RF 0aulo roca a mesma nota perante Agripa +uando e:plica sua prega&(o como sendo nada di1endo sen(o o +ue os profetas e Moisés disseram 2aver de acontecerH isto éH +ue o Cristo devia padecerH eH sendo o primeiro da ressurrei&(o dos mortosH anunciaria a lu1 ao povo e aos gentios Q36F33H3-RF TamBém em suas cartasH 0aulo usa o camin2o da promessaK cumprimento para pregar CristoF Come&a sua Epstola aos %omanosH por e:emploH falando do evangel2o de !eusH o +ual foi por !eus outrora prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas EscriturasH com respeito a seu .il2oH o +ualH segundo a carneH veio da descend@ncia de !aviFFF Q*F*K-RF E no capituleRH c2ave soBre a ressurrei&(oH 0aulo enfati1a +ue Cristo morreu pelos nossos pecadosH segundo as EscriturasH e +ue foi sepultado e ressuscitou ao terceiro diaH segundo as EscriturasFFF Q"Co *F-HRF Antes de irmos adia nte para a tipo logiaH devemos no tar mais um ponto com respeito ao camin2o da promessaKcumprimentoF TornamoKnos conscientes do cumprimento progressivo no Antigo TestamentoH ou se?aH uma promessa é cumprida e ainda permanece aBerta para um cumprimento adicionalF O mesmo ocorre com respeito a CristoW ao cumprir as promessas do Antigo TestamentoH Cristo as transforma em novas promessas de escopo ainda mais amploF Em Ci>lmas -F39H 0aulo escreveW EH se sois de CristoH tamBém sois
des"endentes de Araão? e +erdeiros segundo a promessa#> As ramifi"a*es dessas promessas para n=s são tremendas> Como Deus prometeu a Araao !ue seria o seu Deus? assim tam:m Deus nos promete ser o nosso Deus em Cristo> Como Deus prometeu redenão aos des"endentes de Araão? assim tam:m Deus nos promete a redenão? não apenas a redenão temporária da es"ra%idão f@si"a do Egito ou da 6rii&nia? mas a redenão da es"ra%idão do pe"ado e %ida eterna> Deus tam:m promete nos dar a terra? mas esta agora se estende muito a&:m dos &imites da rena de Canaã para toda a terra> esus di)F #6em; a%enturados os mansos? por!ue +erdarão a terra# .t 5>5H> Em %isão? oão %J o "umprimento de Iso&as $5F #no%o ":u e no%a terra# Ap (1>1H>7W Deus ainda nos promete tornar;nos #t,mq grande naão#? mas isso agora %ai muito a&:m do reino de Da%i e eng&oa todas as na*es da terraF esus deu sua igre,a a ordem #Ide? portanto? fa)ei dis"@pu&os de todas as na*es>>> E eis !ue estou "on%os"o todos os dias at: "onsumaão dos s:"u&os# .t (W>17?(0H> 2ina&mente? será "umprida a promessa de Deus a AraãoF #Em ti serão enditas todas as fam@&ias da terra# Gn 1(>/B Ar />(5H?#
# caminho da tipologia Assim "omo o "amin+o da promessa;"umprimento fun"iona dentro da +is&oria da redenão? por!ue Deus fa) e "umpre suas promessas dentro da +istria da redenão? assim
tam:m a tipo&ogia fun"iona dentro da +ist=ria reden? rista? por!ue Deus age dentro de&a segundo padr*es regu&ares>#X Deus rea&i)a seu p&ano redentor não apenas progressi%amente da promessa para o "umpri? mento? "omo tam:m uniforme mente? mediante a seme&+ana de atos re? dentores> Os es"ritores do No%o Testamento são? portanto? "apa)es de dis"er? nir as ana&ogias entre os atos presentes de Deus em Cristo e seus atos redentores no Antigo Testamento> #A ripo&ogia do No%o Testamento : assim essen"ia&ment e o traar dos "onstantes prin"@pios da operaão de Deus atra%:s da Kist=ria? re%e&ando umXritmo re"orrente na Kist=ria passada !ue : assumido mais p&ena e perfeitamente nos a"onte"imentos do e%ange&+o#X>X$X Espe"ia&mente por!ue os es"ritores do Kovo Testamento "rJem !ue esus deu in@"io era messini"a? e&es energam os atos redentores passados de Deus "omo somras? prefigura*es e tipos do no%o tempo !ue raiou em Cristo 46: Portanto? a tipo&ogia : "ara"teri)ada pe&a ana&ogia e progressão>XOX A prin"ipa& pressuposião em !ue se aseia a interpretaão tipo&=gi"a e !ue Deus : o Sen+or da Kist=ria !ue "umpre seu p&ano redentor na Kist=ria> #O fundamento &=gi"o da eegese tipo&=gi"a do Kovo Testamento não : apenas aX"ontinuidade do prop=sito de Deus por toda a +ist=ria de sua A&ianaX? mas tam:m seu sen+orio no mo&dar e usar a Kist=ria para re%e&ar e i&uminar os seus prop=sitos> Deus es"re%e suas paráo&as nas areias do tempo>>> As "oisas !ue eram es"ondidas ou apenas par"ia&mente re%e&adas agora são re%e&a; das igre,a Q a "omunidade messini"a Q na !ua& o "umprimento : rea&i)ado#]X A f: na pro%idJn"ia de Deus e fundamento indispensá%e& para a interpretaão tipo&=gi"a> Comp&eidade na tipo&ogia Em gera&? os es"ritores do Kovo Testamento não usam a pa&a%ra 2tLpos2 em sentido t:"ni"o> O %o"áu&o o"orre 15 %e)es no Kovo Testamento? mas "om sentidos diferentes? "omo #nas suas mãos o sina& dos "ra%os# Mo (0>(5H? a #forma de doutrina# Rm $>1'H? #figuras Limage nsM !ue fi)estes para as adorar# Ar '>-/H? #o mode&o !ue te foi mostrado no monte# K W>5H> Da%id 6aVer "on"&ui !ue o %o"áu&o tpos nun"a : empregado em sentido t:"ni"o? e !ue pode ser mais em tradu)ido "omo #eemp&o# ou #mode&o#>X?# Por outro &ado? 3eon+ard Goppe&t argumentaF #At: onde podemos %er? Pau&o foi o pri? meiro a uti&i)ar a pa&a %ra grega tp"s ad,> tpiVosH "omo termo para a prefiguraão do &uturo na Kist=ria passada> Deus trata de modo t@pi"o tpiV=sH "om Israe& no deserto? de tinia maneira !ue foi "omo mode&o para o modo "omo trata "om a igre,a nos &timos dias> Os +a%eres de Israe& são tipos "tGpoi' das eperiJn"ias da igre,a 1Co 10> 11H#>#X Em outro &ugar? Goppe&t se refere a Romanos 5>1-? onde Pau&o fa&a de Adão "omo a!ue&e !ue #prefigura%a a!ue&e !ue +a%ia de %ir#> Comenta e&eF #Na "onfusão uni%ersa& "ausada por e&e? Adão :? para Pau&o? um tpos? uma apresentaão anterior? pe&a !ua& Deus intima o futuro Adão? ou se,a? Cristo? em sua ora uni%ersa& de sa&%aão>>> LO termoM t/pos pode ser a Xforma %a)iaX !ue fa) uma impressão oposta sore outro materia&> Pau&o pode adotar o termo? "on+e"ido por e&e ,á no sentido deummoldeoriginalHcomousotécnico c o n s o a n t ecomosignicadoco\F46S \Euconcordocom#oppelt+ue0aulocome&oua utili1arovoc>Bulo t/pns em sentido técnicoH 462 mas ainda +ue $aYer este?a certoH os escritores do Novo Testamento podem utili1ar o método +ue denominamos de tipologia sem usar o voc>Bulo tZptis em sentido técnicoF
9ma "omp&eidade adi"iona& está em !ue es"ritores "omo .ateus são muito "riati%os ao sugerir mode&os para&e&os tipo&=gi"os entre a %ida de esus e a de figuras do Antigo Testamento "omo .ois:s? E&ias e Israe&? e !ue a&guns estudiosos "+amam esses para&e&os de #tipos# ou #iriterpretaao tipo&=gi"a#> Es"re%e Ear&e E&&isF #C, retrato de Cristo em .ateus : parti"u&armente sugesti%o dos para&e&os r q @ni"os entre .ois:s e .essiasF "omo .oi? s:s? e&e : sa&%o da matana de Kerodes? sai do Egito? "+ama os Xdo)e fi&+os de Israe&X? entrega a &ei no monte? rea&i)a de) mi&agres "omo as de) pragas de .ois:sH? ofere"e Xma@iáXdo ":u#> E&&is admite !ue #o retrato não : eato# e !ue #pe&o menos um argumento tão om pode ser apresentado de !ue .ateus ti%esse em mente Cristo "omo aXin"orporaãoXde Isra"t#># Ri"+ard 3ongene"Ver defende #os para&e&os entre esus e a naãoF um fi&+o da pio? mesaFFF liBerto da matan&a de erodesFFF saindo do EgitoFFF passando pelas >guasFFF entrando no deserto para ser testadoFFF c2amando os \do1e l2os de "srael\FFF dando a lei a partir do monteFFF reali1ando de1 milagresFFF enviando os do1e para \con+uistar\ a terraFFF alimentando a multid(o com marm\ do céuFFF sendo transgurado perante os discpulos FFFFFFFF 5 ongenecYer conclui +ue por tr>s da apresenta&(o do evangelista est(o os conceitos ?udaicos de solidariedade do grupo e correspond@ncia tipolgica na istriaFFF Jesus é reH tratado no Evangel2o de Mateus como incorpora&(o d o antigo "srael e anttipo da reden&(o divina anterior Eu n(o c2amaria de tipos a todos esses paralelos e essas alus'es de MateusH\ poisH +uando todo paralelo e alus(o é tipologiaH nada é tipologiaF Além dissoH é Bvio +ue 2o?e em dia n(o podemos usar cada um desses paraH lelos e alus'es como ponte para se pregar CristoF Supon2amos +ue 1éssemos um serm(o soBre Moisés sendo salvo da matan&a de .ara QD: 3F*K*;RF Se fssemos desenvolver o serm(o de modo tipolgicoH com Moisés como tipo de CristoH salvo da matan&a de erodesH perderamos a mensagem de D:odo 3F*K*;F A +uest(o é estaW nem todo paralelo apresentado no Novo Testamento é um tipo_ um tipo é mais +ue mero paraleloF SomosH porémH capa1es de discernir no Novo Testamento um modo de tipologia mais disciplinado e +ue pode ser empregado 2o?e em dia como ponte do Antigo Testamento para Cristo no Novo TestamentoF
so de tipologia no Antigo Testamento En"ontramos as rai)es da tipo&ogia no Antigo Testamento> Por eemp&o? Isa@as uti&i)a "om fre!Jn"ia retratos do Jodo do Egito para prometer a Isra? e&? !ue se en"ontra%a em e@&io ai&ni"o? um? no%o Jodo> [o&tando para Can"ã da 6ai&nia? Israe& não pre"isa%a atra%essar mar ou deserto? mas são essas as imagens !ue Isa@as uti&i)aF #Não temas? por!ue eu te remi>>> !uando passares pe&as águas eu serei "ontigo>>> Assim di) o L&-+$, o !ue outrora preparou um "amin+o no mar? e nas águas impetuosas uma %ereda>>> eis !ue
porei um camin?o no deserto, e rios no ermo ...... %eremias fala de uma nova alian"a em termos da antigaC é ainda a alian"a da gra"a, mas na nova alian"a eus promete9 '-a mente l?es imprimirei as min?as leis, também no cora"ão l?as inscreverei' $r ;4.;;7. -essa profecia, vemos claramente os dois elernem, tos que caracteri8am a tipologia9 correspond(ncia entre a anti ga e a nova pro, gressão. $s profetas também prometem outro rei avi. eus di89 'Luscitarei para eles um só pastor, e ele as apascentaráC o meu servo avi é que as apascen, tara... !I>, 6 L&-+$, o disse'.* 4< Aalui, o rei avi original funciona como tipo para um reipastor que viria mais tarde. Isaas 153.4=:37 profeti8a que eus está prestes a criar 'novos céus e nova terra'. -ovamente, notamos os dois elementos que
caracteri8am a tipologia9 correspond(ncia entre esta terra e a nova terra, como também a progressão K não ?averá mais c?oro, mortalidade infantil, 'não trabal?arão debalde, nem terão fil?os para a calamidade... o lobo e o cordeiro pastarão juntos... não se fira mal nem dano algum ...... ;so de tipologia por 5esus
%esus usou a tipologia tanto para apresentar a correspond(ncia entre aconrecimentos redentores do passado e sua própria obra, quanto para demonstrar sua progressão. &le disse9 '/orque assim como esteve %orias tr(s dias e tr(s noites no ventre do grande pei)e, assim o @il?o do ?omem estará tr(s dias e tr(s noites no cora"ão da terra. -inivitas se levantarão no ju8o com esta gera"ão, e a condenarãoC porque se arrependeram com a prega"ão de %orias. & eis aqui está quem é maior do que %onas'. &m seguida, %esus se refere nova, mente ao jui8o final9 aA rain?a do Lul se levantará no jui8o com esta gera"ão, e a condenaráC porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Lalomão. & eis aqui quem é maior do que Lalomão'. 10t 4:.<6<:7. \ue %esus usou o profeta desobediente %onas como um tipo de si mesmo pode surpreender, mas os paralelos estão restritos a 'tr(s dias e tr(s noites no ventre do grande pei)e' e a subseqPente prega"ão de %onas aos ninivitas que levou ao arrependimento em N@ni%e> R> T 2ran"e "omentaF #A "orrespondJn"ia teo&=gi"a? o prin"@pio repetido da operaão de Deus? está no en%io de um pregador de arrependimento? "u,a missão : "onfirmada por um ato mi&agroso de &iertaão> Como Deus en%iou orras aos nini%itas? assim esus : en%iado aos ,udeus de seus dias> A tipo&ogia assim "o&o"a esus na su"essão dos mensageiros prof:ti"os de Deus aos +omens> Ora? no en%io de a&gu:m maior do !ue orrasX %> -1H? esse m:todo da operaão de Deus !ue %in+a sendo empregado +á muito tempo "+egou ao seu "&@ma e? num ato de maior &iertaão? Deus atriuirá esse "+amado supremo ao arrependimento#> 5 56 Em oão />1-?15? esus "ompara a simesmo "om a serpente de ron)e &e%antada por .ois:s Nm (1>7HF #E do modo por !ue .ois:s &e%antou a serpente no deserto? assim importa !ue o 2i&+o do +omem se,a &e%antado? para !ue todo o !ue ne&e "rJ ten+a a %ida eterna#> No%amente? pare"e estran+o !ue esus se "ompare a uma serpente? !ue gera&mente fun"iona na Es"ritura "omo s@mo&o do ma&> .as o para&e&o está restrito ao ser &e%antado? f: eigida e %ida resu&; tante> No%amente? a progressão desse tipo : surpreendente? pois %ai da!ue&es !ue o&+aram para a serpente e %i%eram? para morrer mais tarde? para a!ue&es !ue "rJem no 2i&+o do Komem e %i%em eternamente> 555 En"ontramos outros eemp&os do uso !ue esus fe) da tipo&ogia em .ar "os 1->(-F #Isto : o meu sangue? o sangue d a Lno%aM a&iana? derramado em fa%or de muitos#B e em oão 9,73;51? onde esus %J o maná no deserto "omo tipo de&e mesmoF #[ossos pais "omeram o maná no deserto? e morreram> Este : o pão !ue des"e do ":u? para !ue todo o !ue de&e "omer irão perea> Eu sou o pão %i%o !ue des"eu do ":uB se a&gu:m de&e "omer? %i%erá eternamente >>>>>> No%amente? %emos a ana&ogia e a progressão>X 5@
# uso da tipologia no $o%o Testamento O uso +ue 0aulo fa1 d a tipologia é mais e:plcito em %omanos F*3K*9 com seu uso do voc>Bulo \tZpsis no versculo *W \Acl(oH o +ual pregurava no gregoH Xera tipo\ a+uele
+ue 2avia de virF Nessa passagemH 0aulo e:p'e a artalogiei entre Cristo e Ad(oW cada um é caBe&a de uma nova cria&ao_ cada um representa todos QvF *8RF 0aulo ressalta a analogia usando duas ve1es as conH ?un&'es assim comoFFF assim tamBém QvsF *8H*9RF Ad(o é um tipo de CristoH no entantoH 0aulo demonstra +ue Cristo é o oposto de AdlioF Essa tipologia antitéticas capacita 0aulo a destacar ainda mais a progress(oF !uas ve1es ele di1 n(o é comoW TodaviaH n(o é assim o dom gratuito como a ofensaFFF o domH entretantoH n(o é como no caso em +ue somente um pecou QvsF *H*6RF E duas ve1es ele descreve a oBra de Cristo como sendo de muito maior efeito Qmuito maisRW SeH pela ofensa de uni s morreram muitosH muito mais a gra&a de !eusH e o dom pela gra&a de uni s 2omemH Jesus CristoH foi aBundante soBre muitosF NovamenteH SeH pela ofensa de um e por meio de uni sH reinou a morteH muito mais os +ue receBem a mainclricia da gra&a e o dom da ?usti&aH reinar(o em vida por meio de um sH a saBerH Jesus Cristo QvF *)RF \ Em contraste com essa detal2ada apresenta&(o de analogia e progress(oH 0aulo utili1a tamBém formas mais simples de tipolo giaF Em * Cortinios F)H por e:emploH escreveW CristoH nosso Cordeiro pascalH foi imoladoF "sso é tudo o +ue é necess>rio para se estaBelecer a rela&(o tipolgica entre os sacofcios_ anuais de cordeiros pascais QtiposR e o anttipoH CristoF #oppelt destaca o importante ponto de +ue 0aulo n(o procura a corresH pond@ncia entre tipo e amripo em semel2an&as superciaisH mas na ess@ncia teolgica dos acontecimentosF A e:peri@ncia de "srael no Mar Iermel2oH por e:emploH n(o é tipo do Batismo por+ue amBos envolvem passar pelas >guasH mas somente por+ue cada um é tira ato salvador funda mental de !eusF \ !epois de analisar * Corturios_ *;F *K *-H %omanos F*3K*9 e %omanos H Galter %oc2rs c2ega tamBém a esta conclus(oW Nessas percopesH 0aulo estaBelece
uma ana&ogia de "orre&aão entre a re&aão do +omem "om Deus? "onforme retratada nos re&atos do Antigo Testamento? e a re&aão "om Deus "onforme perten"e ao No%o Testamento>>> a ana&ogia tem "omo e&emento "omum e unifi"adora Pa&a%ra dinmi"a e a operaão soerana de Deus em todos os eemp&os Em %ista dessa &igaão teo"Jntri"a entre tipo e ant@tipo? e a fim de e%itar o uso errado da tipo&ogia? pre"isamos a"res"entar um ter"eiro "rit:rioF a tipo&ogia %á&ida : "ara"teri)ada não somente pe&a ana&ogia e a progressão entre o tipo e o ant@ti po? mas tam:m por sua teo"entri"i dade? ou se,a? tanto tipo !uanto ant@tipo de%em re%e&ar tinia re&aão signifi"ati%a "om os atos de Deus na +ist=ria da redenão> Os es"ritores dos e%ange&+os muitas %e)es uti&i)am a tipo&ogia de modo suti&> oão es"re%eF #E o [ero se fe) "arne? e +aitou entre n=s? "+eio de graa e de %erdade? e %imos a sua g&=ria>>># 1>1-H> Ta&%e) nossa traduão não nos faa suspeitar de tipo&ogia? mas o grego es"&are"e !ue o #+aitou entre n=s# é &itera&mente #fe) o seu taerná"u&o entre n=s#> No Antigo Testamento? #a g&=ria do Sen+or en"+eu o taerná"u&o# -0>/-H> Agora? oão pio? "&ama o "umprimento desse #tipo# em esus? o [ero feito "arne> Em seguida? oão 6atista apresenta esus "om as pa&a%rasF #Ei s o Cordeiro de Deus? !ue tira o pe"ado do mundo^# ,o 1>(7?/$H> Na %inda de esus? e&e %J o "umpri mento dos sa"rif@"ios de "ordeiros do Antigo Testamento em epiaão pe&o pe"ado "f 1Pe 1>17B Ap 5>$? et">H> .ar"os de"&ara !ue esus #permane"eu !uarenta dias# no deserto 1>1/H? pro%a%e&mente re"ordando os !uarenta dias em !ue .ois:s ,e,uou /->(WH> Com o sermão do monte? .ateus retrata esus "omo o no%o .ois:s !ue #suiu ao monte# .t 5>1B "f> 3hh? Dt 7>7H? pro"&amou a Terá para a no%a :po"a? e #des"eu do monte# .t W> 1? "c 3hh /->(7H>X44 oão re&ata !ue os so&dados não !ueraram as pernas de esus? "omentandoF #E isto a"onte"eu para se "umprir a Es"rituraF Nen+um de seus ossos será !uerado# 17>//?/$H> A!ui oão retrata esus "omo o ant@tipo do "ordeiro pas"a& "u,os ossos não de%eriam ser !uerados 1(>-$B Nm 7>1(H>
.ais !ue !ua&!uer es"ritor do No%o Testamento? o autor aos Kereus : "on+e"ido por seu uso da tipo&ogia> 541 Emora e&e use a pa&a%ra tpos apenas uma ve1Ht S< ele indica tipos com outras palavras como cpia ou gura "li/podeigma0 8.5; 9.23; arrurpoH 9.24! somBra QsYiaH 8.5; "#." e sinaltoH lo" -iaabole, ./. Ele inicia sua cartaH signicativamenteH lemBrando os leitores a progress(o na 2istria da reden&(oW avendo !eusH outroraH falado muitas ve1esH e de muitas maneirasH aos pais H pelos profe tasH neste s Pltimos dias nos falou pelo .il2oFFF Q*F*H3RF ?eirreZ S2arp argumenta +ue a c2ave para o entendimento do pensamento do autor é recon2ecer +ue ele v@ toda a Escritura fundamentalmente da perspectiva da 2istria da salvaH &(oF Cristo é o cumprimento nal do plano secular de !eus de reconciliar a 2umanidade consigo mesmoF Essa perspectiva signica +ue para o nosso autorH a antiga alian&aH com seus acontecimentosH institui&'es e pessoasH de maneira 2istrica e metafsicaH eram somBras +ue preguravam a realidade do plano redentor de !eus +ue seria reali1ado em Cristo e sua nova aliaraH &aF\ Esse ponto de vista leva ao esclarecimento de muitos tipos de Cristo no Antigo TestamentoF 0or e:emploH Mel+uisede+ue como sacerdote do !eus A" tssimo e como rei da ? u s ti&a e re i da pa1 asse me l2a K s e ao .i "2 o de !eus Q)F*K -RF Mois és é um tipo de Cristo W Mois és era el em toda a casa de !eusF JesusH todaviaH tem sido considerado digno de tanto maior glria do +ue MoisésFFF Moisés foi elH em toda a casa de !eus como servoH para testemun2o das coisas +ue 2aviam de ser anunciadas_ CristoH porémH como .il2oH em sua casaFFF Q-F3K6RF O sumo sacerdote tamBém é tipo de CristoW o sumo sacerdote +ue fa1 propicia&(o pelos pecados do povo é antes somBra do sumo sacerdote +ue se assentou , destra do trono de Ma?estade nos céus $2."%; 8!"&. TamBémH o sumo sacerdote +ue sacrica sangue de Bodes e touros é antes somBra do sumo sacerdoteH +ue oferece seu corpo de uma ve1 por todas $9."2&"4; "#. "! *;RF Além do maisH Cristo n( o entrou em santu>rio feito por m(osH gura do verdadeiroH porém no mesmo céuH para comparecerH agoraH por nsH diante de !eus $9.24&28. AssimH o imBern>culo do Antigo Testamento antev@ o verdadeiro taBertuculo +ue o Sen2or crigiuH n(o o 2 omem Q8F3RF O autor aos eBreus fala tamBém da primeira alian&a e segunda alian&a\+iie é superior Q8F6K*-RF Ele idrati tica Cristo como mediador da nova alian&a a m de +ueH intervindo a morte para remiss(o das transgress'es +ue 2avia soB a primeira alian&aH receBam a promessa da eterna 2eran&a a+ueles +ue t@m sido c2amados Q9F*RF #oppelt conclui de eBreus +ue a tipologia é uma rela&(o comparativa +ue é arran?ada +ualitativamente em ve1 de +uantitativamenteF O tipo n(o é essencialmente uma vers(o em miniatura do aruftipoH mas un i a pregura&(o em diferente est>gio da 2istria redentora +ue indica a estrutura ou os fatores essenciais "s[icuparabole Xei[õn' da realidade futuraFF ** *36
O camin2o daanalogia Alem dos camin2os da progress(o 2istricoKredentoraH da promessaKcum primento e da tipologiaH 2> ainda outro camin2o usado pelo Novo Testamento para pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoW a analogiaF A analogia tamBém encontra suas ra1es no Antigo TestamentoH onde os narradores fre+Ventemente destacam a continuidade na 2istria +ue relatamH colocando acontecimentos e pessoas de perodos posteriores mais ou menos na imagem de acontecimentos e pessoas de perodos anterioresF 0or e:emploH o narrador de #@nesis retrata ABra(o como em certo sentido um novo Ad(oH alguém em +ue o destino da 2umanidade ser> decididoF Ele tamBém delineia José salvando tudo o mundo Q#n *F)R de uma fome universal de modo semel2ante a Noé +ue salvou a 2umanidade de um dilPvio universalF\3* Além dissoH a pe+uena arca de Moisés +ue o salvou das >guas do Nilo é retratada como sendo an>loga , arca de Noé +ue o salvou das >guas do dilPvioF
Mais tardeH Samuel é apresentado como sendo outro MoisésH e !avi como outro JosuéF 8 O uso de analogias entre acontecimentos e pessoas de perodos anteriores e de posteriores capacitou os escritores do Antigo Testamento a enfati1ar tanto a con tin uid ade +uan to a p rog ress (o no modo de !eus operar com o seu povoF
Os es"ritores do No%o Testamento tam:m empregam a ana&ogia para estae&e"er a "ontinuidade e a progressão na operaão de Deus "om Israe& e? por meio de Cristo? "om a Igre,a> E&i)aet+ A"+temeier enfati)a "orretamente !ue #essa "orrespondJn"ia? essa ana&ogia entre o antigo Israe& e o no%o? tem "omo ase ni"a a +ist=ria da sa&%aão? em !ue a Igre,a : enten?
dida como reali8a"ão do novo povo de eus, criado em !risto, que foi prometido no Antigo Testamento /odemos descrever o camin?o da analogia na prega"ão de !risto a partir do Antigo Testamento como o movimento do que eus era para Israel para o que eus em !risto é para a igreja do -ovo Testamento. '* &m dis, tua"ão da analogia da tipologia, aqui a analogia se encontra entre a rela"ão de eus com Israel e a de !risto com a Igreja. &ssa rela"ão permite (nfases diferentes. 147
>?
eus !risto 5 4 .
1:7
Israel greta
$s escritores do -ovo Testamento Ds ve8es enfati8am analogias entre eus e !risto 147, em outras ocasi#es entre Israel e a igreja 1:7 e ainda em outras, na rela"ão entre eus e Israel e a rela"ão entre !risto e sua Igreja 1;7. -ota, remos alguns e)emplos de cada categoria. $s escritores do -ovo Testamento podem aplicar a %esus !risto passagens que falem de eus agindo para redimir seu povo Israel. /or e)emplo, 0alaquias proclama9 '&is que eu envio o meu mensageiro que preparará o camin?o diante de mim Xo Len?ofl...' 1;.47. Legundo 0ateus, %esus usa esse versculo para indicar que %oão Matista ?avia preparado o seu camin?o 144. 467. &8equiel fala de eus como o bom pastor 1;<.4445C cf. Is <6.447. &m %oão 46.445, ouvimos %esus di8er9 '&u sou o bom pastor'. e fato, conforme notamos anteriormente, as declara"#es de %esus de 'eu stm' em %oão são alus#es a a?_e?, o grande &u Lou do Antigo Testamento. &m %esus !risto, a?_e? visitou novamente o seu povo e o taberruculou' em seu meio, a fim de se fa8er con?ecido para sua salva"ão go 4. 4<427. A analogia não somente demonstra que %esus no -ovo Testamento continua a obra redentora de eus iniciada no Antigo Testamento, como tara Bem a analogia pode enfati1ara correspond@ncia entre "srael e a "gre?aF 0or e:emploH no Antigo TestamentoH "srael é retratado como noiva de ]a2^e2 Or 3F3_ Os 3F*K3;RF No Novo TestamentoH 0aulo fala da "gre?a como noiva de Cristo Q3Co **F3_ Ef F-3RF E 0edro se dirige igre?a do Novo Testamento com as antigas palavras ditas primeiro a "srael Q!E *;F*_ D: *9F6RW IsH porémH sois ra&a eleitaH sacerdcio realH na&(o santaH povo de propriedade e:clusiva de !eusFFF Ql0e 3F9RF .re+VentementeH a analogia é feita da rela&(o entre !eus e "srael e Cristo e a "gre j aF Joel di1W Todo a+uele +ue invocar o nome do L&-+$ ser> salvo Q3F-3RF 0aulo di1 +uanto a CristoW Se com a tua Boca confessares Jesus como Sen2orH e em teu cora&(o creres +ue !eus o ressuscitou dentre os mortosH ser>s salvo e passaH
ent(oH a citar JoelW Toda a+uele +ue *;F9H*-RF Em "saasH !eus di1W !iante lngua QF3-RF Em .ilipensesH 0aula nome de Jesus se doBre todo ?oel2oFFF e para a glria de !eus o 0ai Q3F*;H**RF
invocar o nome do L&-+$ ser> salvo Q%m de mim se doBrar> todo ?oel2oH e ?urar> toda cita uni antigo 2ino crist(oW FFF para +ue ao toda lngua confesse +ue Jesus Cristo é Sen2orH
O camin2o dos temas longitudinais A $Blia revela o desenvolvimento grad ual de temasH por+ue !eus re vela progressivamente mais de si mesmo e de sua vontade , medida +ue desempen2a seu plano redentor na istriaF Iemos esse desenvolvimento de temas ?> no prprio Antigo TestamentoF 0or e:emploH alguns dos Salmos celeBram as vitrias de reis atua is ou futurosF Mas durante o e:lioH +uando n(o 2avia rei davdicoH os profetas estendem esse tema de vi tria do rei da reale1a para o rei Messias +ue viriaF\
Os es"ritores do No%o Testamento tam:m pregam Cristo estendendo os temas do Antigo Testamento a Cristo? reinterpretando;os K &u) de Cristo> Pro%a%e&mente aprenderam isso do pr=prio esus? pois e&e muitas %e)es tomou os temas do Antigo Testamento "omo reino de Deus ou a&iana ou &eis espe"@fi"as e os intensifi"ou &u) de sua pr=pria %inda> .ateus ofere"e um om eemp&o disso no sermão do monte? onde esus reitera? epande e aprofimida muitos temas do Antigo Testamento> Asse%era o+n 6rigarF #Em todo &ugar? o No%o Testamento toma posse dos prin"ipais temas do Antigo e da a e&es um no%o signifi"ado em Cristo#>nX 0or e:emploH o principal tema de reden&(o se encontra no incio do Antigo Testamento e pode ser tra&ado diretamente até Jesus CristoF Segundo o #@nesisH a reden&(o est> fundamentada no dese?o de !eus de salvar a sua criaH &(o da reBeli(o de suas criaturasH colocando inimi1ade entre a semente da serpente e a semente da mul2er Q#ri 3."5. L ainda turicamentada na promessa de !eus a AB(oW Em ti ser(o Benditas todas as famlias da terra Q#ri "2.3. # acontecimento redentor central no Antigo Testamento é a liBerta&(o +ue !eus fa1 de "srael do cativeiro do EgitoF Moisés lemBra "srael +ue !eus compre seu ?uramento W por+ue 6 L&-+$ vos amava eH para gua rda r o ?uramento +ue 1era a vossos paisH o L&-+$ vos tirou com m(o poderosa e vos resgatou da casa da seidaoFFF Q!t )F8RF Mas a reden&(o tem um pre&oW um resgate tem de ser pago_ somente o sangue de em cordeiro sem m>cula far> com +ue o an?o da morte passe por cima das casas dos israclitas QD: "2."3. Mais tarde na 2istria da resden&aoH um resgate ter> de ser pago para liBertar os escravos Qv 25.4%& 9RF No Novo TestamentoH Jesus aplica o pagamento do resgate , sua prpria miss(oW ; .il2o do 2omem n(o veio para ser servidoH masFFF dar ( sua vida em resgate por muitos QMe "#.45; c) *Co %.23; lTra 3F6RF E 0aulo relaciona tanto a reden&(o +uanto o resgate , oBra de JesusW no +ual temos a reden&(oH pelo seu sangueH a remiss(o dos pecadosH segundo a ri+ue1a da sua gra&a\ QEf ". %.
Outro tema +ue pode ser tra&ado do Antigo até o Novo Testamento é o tema do sacrifcioF No Antigo TestamentoH !eus estipulou detal2adamente seus re+uerimentos +uanto aos sacrifciosW ofertas pelo pecadoH ofertas pela culpaH ofertas +ueimadasF ; Novo Testamento proclama +ue o sacrifcio de Cristo soBre a cru1 cumpriu todos esses sacrifcios QtipologiaRH Mas esse cumprimento n(o signica +ue !eus n(o mais re+uer sacrifciosF Os escritores do Novo Testamento conH tinuarn o tema do Anti go TestamentoH aplicando !o de modo diferenteF 0edro insto a igre?a +ue se?a sacerdcio santoH a m de oferecer sacrifcios espirituais aceit>veis a !eus por intermédio de Jesus Cristo Q* 0e 3FRF E 0aulo escreveW %ogo ! vosFFF +ue aprescuneis o vosso corpo por sacrifcio vivoH santo e agrad>vel a !eusFFF Q%ui "2.";c+. B "3."5!".
Por %e)es? +á uma a&usão a tira tema do Antigo Testamento "om uma s= pa&a%ra> .ar"os re&ata na +ist=ria de esus a"a&mando o mar !ue os dis"@pu&os #possu@dos de grande temor? di)iam uns aos outrosF -1H> Ta&%e) os dis"@pu&os ainda não souessem !uem era e&e? mas o narrador? .ar"os? deu uma di"aF #e&e? despertando? repreendeu o %ento# %> /7H> #O %ero grego epitimao no Antigo Testamento em grego : possu@do porba+Ye+> ba+Y"+XrepreeiideXo &eito das águas SI 1W>15H? as profunde)as do aismo SI 10->5;7H? o mar Na 1>/;5H? os rios Is 50>(H? "arros e "a%a&os SI '$>$H? as na*es Is 1'>1/B SI 7>5H e Satanás Z" />1?(H_>N No seu primpro mi&agre re&atado em .ar"os? esus repreendeu um esp@ritoimundo1>(5HBmaistardee&erepreendeSatanásF#Arreda;te? nas^#W>//H>Assim?!uandoesusa!uirepreendeo%ento?opontode.ar; J
ata,
"os está "&aroF em esus? %emos ba+e%e+ em aão? ata&+ando "ontra o "aos e us"ando restaurar a ordem no seu reino> 5?7
# caminho do contraste O No%o Testamento tam:m prega Cristo por meio do "ontraste> En!uanto os outros "amin+os fo"a&i)am a "ontinuidade entre o Antigo Testamento e Cristo? o "ontraste enfo"a a des"ontinuidade tra)ida por Cristo> Por eemp&o? oser%amos uma grande diferena na maneira "omo Deus pro"urou estae&e"er de no%o o reino sore a terra antes de Cristo e depoi s da %inda de Cristo> Para estae&e"er seu reino santo em termos do Antigo Testa? mento? Deus ordenou Israe& !ue destru@sse tota&mente as sete na*es pe"adoras !ue %i%iam na terra prometida? ,untamente "om seus a&tares? pi&ares? postes;@do&os e @do&os Di '>1;$H> Em "ontraste? no tempo do No%o Testamento? esus ordena sua igre,a a fa)er #dis"@pu&os de todas as na*es? ati)ando;os em nome do Pai? e do 2i&+o? e do Esp@rito SantoB ensinando;os a guardar todas as "oisas !ue eu %os ten+o ordenado# .t (W>17?(0H> Oser%amos tam:m uma grande diferena entre o modo "omo se espera%a !ue Israe& "umprisse os re!uerimentos da antiga a&iana e o modo "omo os "ristãos de%em "umprir os re!uerimentos da no%a a&iana> eremias ,á +a%ia predito esse "ontrasteF #Não "onforme a a&iana !ue fi) "om seus pais? no ir
dia em +ue os tomei pela ni(oH para os tirar da terra do Egito_ por+uanto eles anularam a min2a alian&a FFFFFF A alian&a do Sinai e:igia oBedi@ncia a estipu"r&'es e:ternas da alian&aH escritas em t>Buas de pedraF N(o é assim a nova alian&aW Na mente l2es imprimirei as min2as leisH tamBém no cora&(o l2as inscreverei Or -*F-3H--RF Jesus inaugura essa nova alian&a com a sua morte e ressurrei&(oW Este c>lice é a nova alian&a no meu sangue Q"Co **F3RF O apstolo 0auloH em particularH enni1a essa diferen&a entre a lei como e:ig@nH era e:terna e a lei do Espirito escrita no nosso cora&(oF !i1 aos cortitiosW Is sois a nossa cartaFFF escritaH n(o com tintaH mas pelo Esprito do !eus viv enteH n(o em t>B uas de ped raH mas em t>Buas de carneH isto éH nos cora &'es Q3Co *3H-RF Como uma e:posi&(o nalH o serm(o do monte contém toda unia série de contrastes entre o crisinamento de Jesus e a Tora do Antigo Testamento conforme interpretada pelos raBinosW Ouvistes o +ue foi dito aos antigosW n(o matar>sFFF eu porémH vos digo +ue todo a+uele +ue sem motivo se irar contra seu irm(o estar> su?eito a ?ulgamentoFFF Ouvistes +ue foi ditoW N(o adulterar>sF EuH porémH vos di g oW +ual+uer +ue ol2ar para uma mul2er com inten&(o impuraH no cora&(oH i> adulterou com elaFFF TamBém foi ditoW A+uele +ue repudiar sua mul2erH d@Kl2e carta de divrcioF EuH porémH vos digoFFF TamBém ouvistes +ue foi dito aos antigosW N(o ?urar>s falsoFFF EuH porémH vos digoFFF Ouvistes +ue foi dito_ Ol2o por ol2oH dente por denteF EuH porémH vos digoFFF Ouvistes +ue foi ditoW Amar>s o teu pr:imo e odiar>s o teu inimigoF EuH porémH
vos digoW Amai aos vossos inimigos e orai pelos +ue vos perseguemFFF QMt 3.:4<27. No captulo seguinteH e:aminaremos esses camin2os do Novo Testamento para pregar Cristo a partir do Antigo Testamento , lu1 de discuss'es da 2ermen@utic + contemporneaF
# m,todo cristoc.ntrico 'evemos ler as &scrituras como propósito e)presso de encontrar !risto nelas. Aquele que se desviar desse objetivo, embora possa se afadigar a vida inteira no aprendi8ado, jamais alcan"ará o con?ecimento da verdade, pois que sabedoria podemos obter sem a sabedoria de eusR' !alvino, !omentário de %oão 3.;O
Como o método de prega&(o de Cristo a partir do Antigo Testamento +ue a+ui propon2o se encai:a em algum lugar entre o método teoc@ntrico de Calvino e o método cristolgico de uteroH eu o c2amarei de método cristoc@ntrico ouH mais precisamenteH método cristoc@ntrico 2istricoKredentorF O método cristoc@ntrico complementa o método teoc@ntrico de interpreta&(o do Antigo Testamento procurando fa1er ?usti&a ao fato de +ue a 2istria de !eus de tra1er seu reino soBre a terra é centrada em CristoW CristoH o centro da 2istria da reden&(oH Cristo o centro das EscriturasF Na prega&(o de +ualK +uer por&(o da EscriturasH deveKse entender sua mensagem , lu1 deste cen tro9 Jesus CristoF
(nterpreta&ão cristoc.ntrica hist'ricoGredentora !eve estar claro a essa altura +ue nossa preocupa&(o n(o é pregar Cristo e e:cluir todo o consel2o de !eus\H mas ver todo o consel2o de !eusH com todos os seus ensinosH suas leisH profecias e vis'esH , lu1 de Jesus CristoF Ao mesmo tempoH deve ser evidente +ue n(o podemos ler o Cristo encarnado de volta no te:to do Antigo TestamentoH o +ue seria uma eisegese0 mas +ue devemos procurar meios legtimos de pregar Cristo a partir do Antig o Testa mento no conte:to do NovoF A interpreta&( o 2istricoKreden tora procur a entender uma passagem do Antigo Testamento primeiramente dentro de seu prprio conte:to 2istricoH culturalF Somente depois de termos ouvido uma passagem da forma como "srael a ouvia é +ue podemos ir adiante para compreender a mensagem noi conte:tos amplos de todo o cnon e da totalidade da 2istria da reden&(oF L nesse ponto +ue surgem perguntas soBre Jesus CristoH o cerneF !iscutiremos primeiro esses dois movimentos B>sicos de interpreta&(o para ent(o considerarmos meios legtimos de se pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoF
entenda a passagem de seu pr:prio conte9to cultural
0rimeiroH
dentro
A primeira respon saBilidade do pregador é procurar entender a mensaH gem da passagem selecionada dentro de seu prprio conte:to 2istricoHculH ruralF Como disse Jo2n $rig2tW Toda prega&(o BBlica deve come&ar com a e:egese 2istricoKgramatical do te:toH com tudo +ue isso incluiFFFF surgir de seu signicado original e permanecer el a eleF\ Esse signicado 2istrico original é importante para o pregadorH por+ue oferece o Pnico
ponto oB?etivo de controle contra e:trair do te:to toda espéH ele de mensagem suB?etiva e arBitr>riaF Uma ve1 +ue o signicado claro teH n2a sido aBandonadoH o controle soBre a interpreta&(o desaparece e a EscriH oura pode signicar +ual+uer coisa +ue o Esprito Qe +uem garante +ue se?a o Esprito Santo o u o esprito do pregadorR ve?a nelaF\Além de oferecer um ponto de controle oB?etivo para se oBter o signicado contemporneo de uma passagemH o signicado original pode tamBém evitar uma redu&(o cristornortista de signicado Qcomo vimos em Iisc2erRH pois a mensagem original do Antigo Testamento é claramente centrada em !eusF A m de descoBrir o signicado original e 2istrico de uma pas sagemH o pregador tem de fa1er ?usti&a a tr@s os entrela&ados do te:toW o liter>rioH o 2istrico e o teoc@ntricoF EmBora na pr>tica da interpreta&(o possamos com fre+V@ncia traBal2ar com os tr@s os simultaneamenteH para +uest'es de an(H liseH desemBara&aremos cada um desses os e notaremos as +uest'es apresenH tadas por cada um especicamente para a interpreta&(o do te:toF Interpretação literária
SoB a categoria da interpreta&(o liter>ria devemos perguntar primeiramenteW como essa passagem fala\ "sso +uer di1erW a +ual g@nero liter>rio ela pertence Narrativa SaBedoria Salmos 0rofecia E maisH +ue suBg@nero ou forma o autor usa ei 0ar>Bola 0rovérBio amento AutoBiograa 0leito legal .inalmenteH indo em dire&(o ,s formas menoresW +uais as guras de linguagem empregadas pelo autor Met>fora Smile ipérBole "ronia Essas perguntas +uanto ao modo pelo +ual a passagem fala devem ser respondidas antes de respondermos com conan&a , pergunta soBre +ual é o signicadoH pois a pergunta como leva , pergunta o +u@F Em seguidaH podemos prosseguir para a perguntaW o +ue signica Nesse ponto do processo de interpreta&(oH nossa pergunta deve se restringir a O +ue signica dentro do conte:to desse livro em particularF A+uiH mais perguntas liter>rias precisam ser feitasW se é uma 2istriaH +ual a conito e +ual a resolu&(o Se for uma argumenta&(oH +ual o u:o do argumento Além do maisH +uais as estruturas retricas usadas pelo autor para destacar sua idéia %epeti&(o 0aralelismo usulasH como tamBém a sinta:eF EH nalmenteH como a passagem funciona dentro do conte:to desse livro Interpretação ?istórica
A interpreta &(o 2istrica vai mais a fundo na +uest( o do signi cad o do te:toH fa1endo duas perguntas B>sicasF 0rimeiroH +ual era o signicado intencionado pelo autor para seus ouvintes originais 0ara oBtermos a respo staH devemos perguntar ainda soBre o autorH os ouvintes originaisH o perodo apro:imado em +ue foi escritoH o amBiente social e geogr>coH Bem como o propsito para o +ual foi escrito [ em sumaH +u em escreveu esse te:to 0ara +uem sica +ue tem de ser respondida soB interpreta&(o 2istricaW +ual a necessidade dos ouvinH tes +ue o autor procurou satisfa1er Essa pergunta é especialmente signicatH va para os pregadoresH pois Busca descoBrir a relevncia original da passagemH +ue formar> a ponte para a relevncia atualF A mensagem original do autor e a necessidade de seus ouvintes s(o relacionadas como uma ec2a e um alvoF A necessidade de "srael na+uele tempo era o alvo +ue o escritor do Antigo Testamento procurava atingir com sua mensagemF Int~taçã o teocêntrica
Em gera&? os estudiosos fa&am de #interpretaão teo&=gi"a#? mas muitos argumentam !ue
esse : um termo !ue pessoas diferentes empregam em sentidos diferentes> N=s uti&i)aremos o termo #interpretaão teo"Jntri"a#? por!ue des"re%e eatamente a importante pergunta !ue pre"isa ser respondida a essa a&turaF o !ue essa passagem re%e&a a respeito de Deus e sua %ontade] A pergunta di) respeito a Deus? não no sentido astrato? mas ao modo "omo e&e se re%e&ou em seu re&a"ionamento "om sua "riaão e suas "riatu? ras> Essa pergunta? portanto? us"a des"orir o !ue di) a passagem sore os atos de Deus? a pro%idJn"ia de Deus? a a&iana de Deus? a &ei de Deus? a graa de Deus? a fide&idade de Deus e assim por diante> Ger+ard %on Rad de"&ara !ue #a prin"ipa& preo"upaão dos es"ritos do Antigo Testamento éa re&aão de Israe& "om Deus#>" o+n Rogers a"res"enta "om perspi"á"iaF #Con!uanto Deus se,a o Su,eito de sua pr=pria +ist=ria? e&e es"o&+eu gra"iosa e irre%oga%e&mente nos in"&uir ne&a> A!ui está a "+a%e para o mais profundo signifi"ado da eistJn"ia +umana "omo tendo sua origem nos prop=sitos de DeusB da %ida +umana re"eida e %i%ida "omo uni em de Deus#>X Com a interpretaão &iterária e a +ist=ri"a "orretas? a interpretaão teo"Jntri"a poderia não ser ne"essária? mas nossa preferJn"ia por deiar de &ado o fo"o "entrado em Deus da &iteratura do Antigo Testamento re!uer essa pergunta adi"iona&>X A&:m do mais? pro%ará ser um importante e&o para a pregaão "entrada em Cristo>
A seguir,entenda a m ensagem no c o nt e xt odoc âno nedahi s t ó r i ar e de nt o r a Os pregadores crist(os n(o podem pregar um te:to do Antigo Testamento de modo isoladoH mas sempre entender o te:to dentro do conte:to de toda a $Blia e da 2istria redentoraF Simplesmente pregar a mensagem de um te:to do Antigo Testamento isoladamente seria pregar um serm(o do Antigo TestamentoH por+ue as 2istrias de revela&(o e reden&(o tiveram prosseguimentoF AssimH um serm(o crist(o soBre um te:to do Antigo Testamento necessariamente ir> na dire&(o do Novo TestamentoF "sso é Bvio +uando o te:to contém uma promessa +ue é cumprida em CristoW o pregador n(o pode parar na promessaH masH naturalmenteH ir> prosseguir com o serm(o até oFseu cumprimentoF O mesmo ocorre +uando o te:to contém um tipo +ue é cumprido em CristoW o serm(o vai do tipo para o amtipoF "sso tamBém acontece +uando o te:to relata um tema +ue é mais desenvolvido no Novo TestamentoW no serm(oH o pregador vai do tema do Antigo Testamento para seu desenvolvimento mais completo no Novo TestamentoF
para p a r Es s enc i al e gaç ãoexpos i t i v ac or r e t a bs ve1esH a classica&(o de prega&(o te:tual é entendida erroneamente como se fosse pregar apenas a mensagem do te:to selecionadoF Mas o termo prega&(o te:tual foi cun2ado para contrastar prega&(o te:tual BBlica com a prega&(o tpica_ nunca foi inten&(o limitar o serm(o estritamente ) mensagem do te:to selecionado isolado de seu conte:toF 0odemos evitar esse entendimento incorreto usando o termo prega&(o e:positivaH desde +ue evitemos a confus(o das deni&'es a respeito desse termo +ue v(o desde e:plica &(o verscul o por verscul o e a aplica &(o da mesma Qmais preci samen teH 2omiliaRH até a prega&(o soBre uma passagem BBlica mais longa do +ue apenas dois ou tr@s versculos F\A prega&(o e:positivaH conforme o nome suBentendeH é e:porH dei:ar aBerto o signicado da prega&(o no seu conte:toF Merril Unger apresentou uma e:celente descri&(o de prega&(o e:positivaF O tratamento do te:to de tal modo +ue seu signicado real e essencialH conforme e:istia na mente da+uele autor BBlico em particular e conforme e:iste ) luz do conte:to geral de toda a EscrituraH +ue claro e se?a
aplicado )s necessidaH
des dos &eitores dos dias atuais#>X A pregaão epositi%a "orreta re!uer os se? guintes trJs mo%imentos ási"osF de 1H determinar o signifi"ado origina& para (H o signifi"a do do "onteto de todo o "nira para /H a ap&i"aão desse signifi"ado para nossos ou%intes atuais> (nterpreta&ão cartõnica
0ara entender o signicado de uma passagem nos conte:tos do cnon e da 2istria redentoraH podemos destacar tamBém os tr@s os d a interpreta&(o liter>riaH da 2istrica e da ceoc@ntricaH mas dessa ve1 as perguntas em cada classica&(o ser(o muito mais amplasF No presente nvelH a interpreta&(o liter>ria é interpreta&(o cannica e fa1 a perguntaW O +ue signica esta passagem QN(o apenas no conte:to do livroH masR tamBém no conte:to da $ikilia toda 0romessas do Antigo TestaH mento aos poucos v(o tomando forma até +ue s(o cumpridas na primeira ou na segunda vinda de Cristo_ os temas BBlicos se desenvolvem partindo do Antigo Testamento para o Novo_ as leis BBlicas se desenvolvem do Antigo Testamento para o NovoF !evido , progress(o na 2istria e revela&(o da reden&(o de !eusH descoBriremos tanto continuidade +uanto descontinuidade nas promessasH nos temas e nas leis do Antigo TestamentoF (nterpreta&ão hi s t ó r i c o r e de nt o r a
Nesse n@%e& mais amp&o? a interpretaão +ist=ri"a : interpretaão +ist=ri"o? redentora e não pergunta # O "onteto da +ist=ria redentora re%e&ará "ontinuidade em "omo des"ontinuidade> Por eemp&o? !uando se prega sore uma passagem "omo GJnesis 1'>7; 1-? o tema tetua& : #"ir"un"idai todo ma"+o entre %=s "omo sina& da a&iana "om Deus#> .as pregar esta mensagem +o,e seria fa)er um sermão do Antigo Testamento> Os pregadores "ristãos de%erão estar atentos ao !ue a"onte"e "om essa orde? n ana do Antigo Testamento dentro da +ist=ria redentora> E&es des"orirão !ue o primeiro "on"i&io da igre,a "ristã retirou a eigJn"ia da "ir"un"isão Ar 15H e !ue o atismo aos pou"os se tornou o sina& da no%a a&iana C& (>11?1(H> Esse sinalH além do maisH era aplicado tanto para 2omens +uanto para mul2eres Q#" -F3)K 39RF b lu1 do conte:to da 2istria da reden&(oH portantoH o tema do serm(o passa de Circuncidai todo mac2o entre vs como sinal da alian&a com !eus para $ati1ai todos os memBros do corpo de Cristo como sinal da alian&a com !eusF A m de fa1er ?usti&a tanto no tema te:tual do Antigo Testamento +uanto ao seu desenvolvimento com o tempoH talve1 +ueiramos car com um tema de serm(o +ue cuBra tanto a circuncis(o +uanto o BatismoW Aplicai sinal da alian&a de !eus a todo o povo da alian&a de !eusF 0orémH +uando •
contraste acaBa sendo t(o grandeH deveKse considerar a sele&(o de tira te:to para pregar uma passagem do Novo Testamento e desenvolv@Klo contra o pano de fundo da ordenan&a do Antigo Testamento soBre a circuncis(oF •
(nterpreta&ão ctistoc.ntrica Nesse nvelH a interpreta&(o teoc@ntrica é uma interpreta&(o cristoc@ntrica e vai além
da pergunta anteriorW O +ue a mensagem revela soBre !eus e sua vontade para as perguntasW O +ue esta passagem signica , lu1 de Jesus Cristo\ E o +ue esta passagem revela soBre Jesus Cristo C2ristop2er Grig2t di1W 0odemos legitimamente ver no acontecimentoH ou no relato do mesmoH nveis adicionais de signicado , lu1 do nal da 2istria ` ou se?aH , lu1 de Jesus CristoF 0or e:emploH Ol2ando para tr>sH para o acontecimento do @:odoFFF , lu1 da plenitude da reali1a&(o de !eus em Jesus CristoH podemos ver +ue mesmo o @:odo original n(o di1ia respeito apenas aos aspectos poltiK cosH econmicos e sociais da situa&(o de "sraelF avia tamBém um nvel de opress(o espiritual na su?ei&(o de "srael aos deuses do EgitoF
A&guns estudiosos fa&am "om respeito a esses n@%eis adi"ionais de signifi"ado !ue des"orimos nos "ontetos mais amp&os do "non e da +ist=ria redentora "omo o senos p&enas? o sentido mais p&eno>X8 Outros ,á preferem fa&ar de um sentido &itera&? teo&=gi"o? !ue #nada mais signifi"a do !ue o signifi"ado da es"ritura &ida "omo um todo e na atullogiti(dei Iregra de f:M #>#Ainda outros preferem fa&ar de interpretaão "anmi"a> 1- Eu "ontinuo fa%ore"endo o nome !ue se refere ao mais amp&o "onteto poss@%e& e dá o re"on+e"imento de%ido aos atos redentores de Deus na +ist=ria? #interpretaão +ist=ri"o;re? demora#> Por eemp&o? não : pro%á%e& !ue o autor de Nmeros (1 sou? esse !ue? ao re&atar a +ist=ria da serpente de ron)e? e&e esti%esse de&ineando um tipo de Cristo> O tipo nessa passagem s= : des"oerto da perspe"ti%a do No%o Testamento? !uando esus uti&i)a esse a"onte"imento para pro"&amar sua pr=pria ora de sa&%aão> A pergunta #O !ue esta passagem re%e&a "om respeito a esus Cristo]# dá &ugar pergunta mais espe"@fi"aF # Como o No%o Testamento está "omp&eto? agora podemos a"res"entar a esses seis "amin+os um s:timo !ue pode ser empregado pe&o pregadorF as refe? rJn"ias do No%o Testamento> Esse "amin+o adi"iona& dá &ugar a outra !uestão? ou se,a? onde "o&o"ar as referJn"ias do No%o Testamento em nossa ordem um tanto &=gi"a de perguntas sore "amin+os !ue &e%em do teto a Cristo> Como os autores do No%o Testamento eram inspirados? nossa primei? ra in"&inaão pode ser "o&o"ar essas referJn"ias no topo de nossa &ista> .as ,á %imos !ue esses autores? por %e)es? se referem a passagens do Antigo Testa; mento apenas para i&ustrar suas mensagens espe"@fi"as e não para pro"&amar ou estender a mensagem da passagem !ue "itam> n A&:m do mais? se eiste apenas uma referJn"ia do No%o Testamento? podemos ser tentados a &er o teto do Antigo Testamento atra%:s dessa ni"a &ente? mas essa foi uma o,eão !ue fi)emos !uanto a #fa)er par# de um teto do Antigo Testamento "om um do No%oF isso poderá distor"er a interpretaão da passagem do Antigo Testamento> Pare"e me&+or? portanto? "onsiderar !uais!uer referJn"ias do No%o Testamento no fina& ou ao fim dos "in"o "amin+os de "ontinuidade? imediatamente antes do "amin+o do "ontraste> Nessa posião? as referJn"ias do No%o Testamento podem "onfirmar o !ue des"orimos? "orrigir nossa per"epão e fa&ta de per"epão e ofere"er no%os ngu&os> Gera&mente? pode;se defender %ários desses sete "amin+os> Isso não signifi "a !ue o pregador ten+a de usar todos os "amin+os des"oertos em seu sermãoB no interesse de um sermão
unifi"ado? de%erá usar apenas o "amin+o !ue esti%er a&in+ado "om o tema do sermão> &u) das dis"uss*es "ontemporneas? eaminaremos agora esses sete "amin+os mediante os !uais o pregador moderno pode pregar Cristo a partir do Antigo Testamento>#U Emora esses "amin+os se sorepon+am em a&guma medida? eaminaremos muitos eemp&os para des"orir o !ue distingue "ada um> Ini"iaremos a dis"ussão "om o "amin+o do !ua& todos os demais dependemF o da progressão +ist=ri"o;redentora>
# caminho da progress(o 2istricoKredentora A progressão +ist=ri"o;redentora : o "amin+o fundamenta& de se pregar Cristo a partir do Antigo Testamento> A +ist=ria redentora? ou +ist=ria do reino? : o a&i"er"e sore o !ua& se assentam todos os outros "amin+os !ue "ondu)em a Cristo no No%o Testamento> Ko,e a +ist=ria redentora : tam:m "+amada de #inetanarrati%a# ou #a +ist=ria#>
Pontos principais da +ist=ria redentora á %imos !ue a metanarrati%a sore a !ua& se aseia a Es"ritura tem "ertos pontos prin"ipaisF Criaão Q Da pers pe"ti%a dos atos de Deus na Kist=ria ao us"ar tra)er seu reino sore a terra? ta&%e) se,a me&+or desta"ar "ada um desses pontos prin"ipaisF
4. :.
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!ria"ão9 os atos de eus de transformar o caos num reinoestruturado 1Gn 4:7C reden"ão nos tempos do Antigo Testamento9 os atos de eus, depois da queda do ?omem no pecado, em redimir seu povo Israel para ser lu8 entre as na"#es 1Gn ;K0I <7C reden"ão por meio de %esus !risto9 os atos de eus em %esus para redimir todas as na"#es e restaurar sua cria"ão cada em seu reino 10t 4KAp :67C e nova cria"ão9 a vitória final de eus sobre o mal e o estabelecimento do reino perfeito sobre a terra 1Ap :4::7.
Valt?er Siramerli mostrou graficamente o flu)o da se"ão do Antigo Testa, memo da ?istória redentora com a figura de um rio9 '\uando avaliamos todo o Antigo Testamento, enconuramo ,nos envolvidos numa grande ?istória de movimento da promessa para o cumprimento. &la flui como um grande riac?o K aqui correndo rapidamente, acolá aparentemente repousando numa calma represa e, no entanto, movendo para frente como um todo em dire"ão a um objetivo distante que se encontra além dele mesmo'.' &sse objetivo é %esus o 0essias e, no final, o governo de eus sobre uma cria"ão restaurada e transformadaR
Caractersticas da hist'ria redentora A ?istória redentora é o fundamento para a prega"ão de !risto a partir do Antigo Testamento. onald G. 0iller afirma que9 Tara que possamos confrontar os ?omens com a questão crucial de !risto, nossa prega"ão tem de se centrali8ar na ?istória da reden"ão. -ão confrontamos os ?omens com !ris, to por pregar idéias teológicas, nem por e)orta"#es éticas, mas por lembrar os acontecimentos sagrados testemun?ados pelas &scrituras'. 44 A interpreta"ão alegórica, com seus vos fantasiosos, desviouse do sólido fundamento da
?istória redentora e, assim, deve ser rejeitada. A forma destasecular da in, terpreta"ão moderna de crtica ?istórica, ironicamente, acabou em situa"ão ainda piorF "om suas pressuposi*es? e&a e&iminou Deus "omo Sen+or soerano e agente da Kist=ria e? assim? perdeu "omp&etamente a %isão de uma +ist=ria redentora ni"a .o At: mesmo i&+eim [is"+er? "om seu #"on"eito de testenuun+a#? #apresenta para&e&os sem deiar "&ara a perspe"ti%a +ist=ri"o;redentora e? por essa ra)ão? sua eegese nos pare"e aritrária#># Além de recon2ecer a 2istria redentora como fundamento para se pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoH devemos notar mais duas caractersticas da 2istria redentoraF Como se tratada 2istria de reden&(o da parte de !eus para seu povo e restaura&(o de sua cria&(oH a 2istria redentora é centrada em !eusF Como di1 #eorges .lorovsYZW A $BliaFFF é a 2istria de como !eus lida com o seu povo escol2idoF A $Blia documenta primeiramente os atos e grandes feitos de !eusH agnalia ei% O processo foi iniciado por !eus . 4: O recon2ecimento de +ue a 2istria redentora est> centrada em !eus é importanteH por+ue estaBelece a liga&(o com o ato clim>tico de !eus em CristoF Outra caracterstica d a 2istria redentora é +ue é uma 2istria unicadaF Apesar de retrocessosH paradas e recome&osH ela progride rmemente em dire&(o ao oB?etivo nalF E:iste um incio e um mH +ue é tamBém um oB?etivoFFF E:iste uma 2istria compostaH contudo Pnica [ desde #@nesis até ApocalipseF E essa 2istria é istriaF > um processo +ue ocorre entre esses dois pontos terminaisFFF Cada momento particu lar é correlaciona do a amBos os termos e temH portantoH seu lugar singular e certo dentro do todoF Nen2um momentoH portantoH pode s er enten dido e:ceto dentro de todo o conte:to e de toda a perspectivaF 0or+ue a 2istria redentora é uma 2istria unicadaH a interpreta&(o correta re+uer +ue toda parte dessa 2istria se?a interpretada dentro do conte:to de seu incio e m ou oB?etivoF
, camin!o da progressão !ist:rico.redentora 0ortantoH o camin2o da progress(o 2istricoKredentora v@ todo o te:to do Antigo Testamento e seus desdoBramentos no conte:to da 2istria dinmica de !eusH +ue progride de modo regular e c2ega ao seu >pice na vidaH morte e ressurrei&(o de ?esus Cristo eH no nalH na nova cria&(oF Todo o Antigo TestaH mente pulsa num forte ritmo escatolgicoF Toda passagem de alguma forma e:pressa ou ecoa a mensagemW !eus est> agindo !eus est> vindo !eus é el nas promessas de sua alian&a Sua misericrdia na verdade dura para sempre !eus n(o despre1ar> seu povo escol2ido !eus est> preparando a salva&(o **F3* !e nossa posi&(o posterior na 2istria da reden&(oH n(o devemos apenas ouvir esse pulsar escru olgico como tamBém recon2ecer seu cumprimento na primeira e na segunda vinda de ?esusF %oss MacYen1ie escreveW cade KseH portantoH pregar um serm(o crist(o a partir do Antigo TestamentoH por+ue toda a sua 2istria condu1 a Cristo e é cumprida neleF E mil passagens do Antigo TestaK mentoH o pregador crist(o en:erga profunde1as de signicado +ue n(o eram vistas pela antiga "sraelH por+ue ele saBe onde a 2istria come&ouF 4<
p
m
Como a 2istria redentora do Antigo Testamento progride rmemente até seu
centro dos atos clim>ticos de !eus em CristoH os pregadores crist(os precis am apenas locali1ar o te:to da sua prega&(o no camin2o da 2i stria redentora para sentir seu movimento em dire&(o a CristoF
O "amin+o da progressão +ist=ri"o redentora na narrati%a A progress(o 2istricoKredentora funcio na especialm ente Bem na prega &(o de Cristo a partir da narrativa 2istricaF 0or e:emploH se pregamos soBre a narrativa de !avi e #oliasH n(o podemos isolar a narrativa do u:o de 2istria redentora e apresentar !avi , congrega&(o como um 2eri cu?a coragem devemos imitar ao lurar contra os nossos #olias particularesF Em ve1 dissoH devemos procurar descoBrir o signicado dessa narrativa dentro do conte:to do todo da 2istria redentoraF 0ara fa1er esse movimentoH pode ser Ptil lemBrar um passo intermedi>rioF As narrativas do Antigo Testamento podem ser entendidas em tr@s nveisW o nvel inferior é ver a 2istria como 2istria pessoalH o nvel médio é v@Kla como 2istria nacional e o nvel superior é entend@Kla como 2istria redentoraF #ordon .ee e !ouglas Stuart escrevemW Toda narrativa individual do Antigo Testamento Qnvel inferiorR é pelo menos uma parte da narrativa maior da 2istria de "srael no mundo Qnvel médioRH +ueH por sua ve1H fa1 parte da narrativa Pltima da cria&(o de !eus e sua reden&(o da mesma Qo nvel superiorRF Essa narrativa nal vai além do Antigo Testamento e atravessa o Novo TestamentoF N(o se far> plena ?usti&a a +ual+uer narrativa individual sem recon2ecer sua parte dentro das outras duas .1! Aplica ndo esse con2ecimento , n arrativa de !avi e #oliasH no nvel in ferior lemos a 2istria pessoal do ?ovem !avi +ue matou o gigante listeu #olias com apenas uma funda e uma pedraF Nesse nvelH a 2istria é simp>tica a muitas pessoasH e alguns pregadores s(o r>pidos em delinear !avi como nosso e:emplo de coragemF Mas o autor BBlico n(o est> t(o interessado nessa 2istria pessoal em si_ seu interesse est> no nvel médioF Ele fa1 +uest(o de mostrar +ue essa 2istria de !avi e #olias é parte importante da 2istria nacional e real de "sraelW Samuel acaBara de un gir secretamente o ?ovem pastor como rei de todo "srael Q* Sm *6RF Em seguida QlSm *)RH o ?ovem pastorK rei salva "srael de seu ar+uimimigoH ma tando #oliasF A mensagem éW !aviH o rei ungido de !eusH livra "srael e garante sua seguran&a na terra prometidaF Agor a estamo s pr ontos para ir ao nvel su peri orF O +u e es sa 2i str ia signi ca na totalidade da 2istria redentora de !eus Note +ue !avi n(o depende de sua prpria for&a ou de armas ou de 2aBilidadeF !avi di1W Iou contra ti em nome do SENO% dos E:ércitosH o !eus dos e:ércitos de "sraelH a +uem tens afrontadoF o?e mesmoH o SENO% te entregar> nas min2as m(osFFF por+ue do SENO% é a guerraFFF Q*Sm *)FK)RF A ess@ncia dessa 2istriaH portantoH é mais +ue "srael vencer o inimigo de seu povo_ a ess@nH cia é +ue o prprio Sen2or derrota os inimigos do seu povoF Esse tema locali1a a passagem na estrada principal da 2istria do reino de !eus +ue leva diretamente , vitria de Jesus soBre Satan>sF A 2istria da inimi1ade come&ou imediatamente depois da +ueda no pecadoH +uando !eus disse , serpente Qmais tarde identicada co mo sendo Satan>sRW 0orei inimi1ade entre ti e a mul2erH entre a tua descend@ncia e o seu descendenteF Este te ferir> a caBe&aH e tu l2e ferir>s o calcan2ar Q#n -F*RF AssimH a Batal2a entre !avi e #olias é mais +ue uma luta pessoal_ é mais +ue o rei de "srael vencendo uni poderoso inimigo [ é um pe+ueno captulo na Batal2a entre a semente da mul2er e a semente da serpente [ uma Batal2a +ue c2ega ao clma: na vitria de Jesus soBre Satan>sH primeiro com sua morte e ressurK rei&(oH e nalmente na sua segunda vindaH +uando Satan>s ser> lan&ado no lago de fogo e en:ofre QAp 3;F*;RF Ent(oH no serm(oH podemos tril2ar a estrada da progress(o da 2istria redentoraH desde a Batal2a de !avi e #olias até a Batal2a de Cristo e Satan>sF 0ara aplicar essa passagem ao povo de !eus d e 2o?eH podemos seguir o método da progress(o 2istncoKredenH tora até os dias atuaisH +uando a igre?aH corpo de CristoH ainda est> envolvida nessa Batal2a universalF A aplica&(o precisa
ser> diferente de acordo com as circunstncias da igre?aF Se a igre?a a +ue se dirige o pregador est> sofrendo persegui&(oH o pregador poder> confortar o povo de !eus com a seguran&a de +ue do SENO% é a guerraH em Cristo ele venceu e vencer>F Se a igre?a a +ue se dirige o pregador est> go1ando de modo egosta a prosperidade da na&(o e perdeu a vis(o da luta universalH a passagem pode ser aplicada de modo a instar o povo de !eus a se envolver na luta de nossos dias e nossa atualidade contra o malF Se a igre?a a +ue se dirige o pregador est> envolvida na Batal2aH mas depend e de suas prprias for&asH podeKse insistir para +ue o povo de !eus permita +ue !eus opere por intermédio delesH pois !eus luta dando poder e for&a a seus servosF O importante é +ue
o m:todo da progressão +ist=ri"o;redentora pode ofere"er não somente um fo"o "entrado em Cristo "omo tam:m uma ap&i"aão "ontempornea> O "amin+o da progressão hist'ricoGredentora nos 7almos e na 3iteratura de a-edoria A progressão +ist=ri"o;redentora nos "apa"ita a pregar Cristo não somente a partir da narrati%a +ist=ri"a? mas a partir de outros gJneros de &iteratura do Antigo Testamento> Tomemos? por eemp&o? os sa&mos> No Sa&mo W-? o sa&mista epressa seu anseio por estar no temp&o? nos #átrios do E0KOC2$ 2re!entemente? os pregadores ap&i"am esse dese,o do sa&mista diretamente ao po%o de Deus de +o,e? "omo se a +ist=ria redentora não ti%esse seguido em frente> Os pregadores di)em s "ongrega*esF #Pre"isamos ter esse dese,o !uando %amos igre,a#> Contrastando "om isso? 6> Ko&Yerda nota a progressão na +ist=ria redentoraF #O sa&mista podia entrar nos átrios do temp&o apenas pou"as %e)es por anoB não podia "riar sua fam@&ia ou ter seu traa&+o dentro do temp&o? e isso fa)ia "om !ue e&e in%e,asse as andorin+as e as a%es !ue fa)iam seus nin+os no temp&o> .as essa fa&ta : satisfeita em Cristo> Por meio de&e? o &ugar de "u&to : &e%antado em todo &ugarB a %ida fami&iar e do traa&+o agora estão permanentemente &igados ao temp&o> Temos +o,e a"esso não apenas aos átrios eteriores? mas ao Santo dos Santos> Assim? a ap&i"aão dessa passagem :F "omo somos ri"os depois do Pente"oste^ E +á &ugar para a admoestaãoF "omo es"aparemos se neg&igen"iarmos tão grande sa&%aão] A infide&idade na parti"ipaão na igre,a pode ser? assim? repreendida "om %eemJn"ia muito maior># A &iteratura de saedoria : notoriamente dif@"i& para a pregaão "entrada em Cristo? mas a!ui? tam:m? a progressão +ist=ri"o;redentora pode ofere"er uma aordagem> Supon+amos !ue es"o&+emos fa)er um sermão em E"&esiastes 1(>1;W? nosso tema : #3emra do teu Criador nos dias da tua mo"idade#> O autor instrui os ,o%ens de Israe& a &emrar do Criador #antes !ue %en+am os maus dias#> Na!ue&e per@odo da +ist=ria redentora? e&es "on+e"iam o Criador mediante seus atos de sa&%ar Israe& e sua re%e&aão na "riaão> Ko,e "on+e"emos o Criador não somente mediante sua re%e&aão gera& e sua re%e&aão espe"ia& a Israe&F n=s o "on+e"emos de modo espe"ia& mediante esus Cristo> Em Cristo? %emos não apenas o poder e a fora do Criador? mas em espe"ia& seu amor sa&%ador por seu po%o e por sua "riaão>
, c a m i n ! o d a p r o m e s s a . c u m p r i m e n to
O "amin+o da promessa;"umprimento "aiu de surpresa sore os tempos dif@"eis do s:"u&o (0> Segundo 6re%ard C+i&dsF aA &tima tentati%a "omp&eta? por parte dos estudiosos? de defender o entendimento "ristão tradi"iona& do messianismo do Antigo Testamento "omo um desen%o&%imento unifi"ado? orgni"o? de a"ordo "om o "mair +erai"o>>> foi o de Kengstenerg "!ristolog/ of t!e ,ld -estametir %%% '6% Os dois %o&umes foram pu&i"ados !uase 150 anos atrás e tradu)idos para o ing&Js em 1W5-> C+i&ds di) !ue #a no%a "r@ti"a &iterária# de e&&+ausen e outros? em ra)ão de sua #no%a forma radi"a& de datar o mate ; ria& iffi&i"o? !uerou as "ostas do entendimento tradi"iona& do "res"imento do messiartismo no Antigo Testamento#>(7 #o A&:m do mais? a igre,a sempre a"eitou "omo es"rituras inspiradas não as fontes +ipot:ti"as por trás do teto? mas o teto "anni"o fina&> Contudo? : %erdade !ue as radi"ais no%as datas de e&&+ausen tiraram muito da "on"entraão da pes!uisa !ue us"a%a mostrar o desen%o&%imento gradati%o das predi*es messini"as do Antigo Testamento desde GJnesis />15 at: .a&a!uias ->5?$> C+i&ds di) !ue +o ,e #a grande maioria de estudiosos do Antigo Testamento &iga a origem da esperana messiáriti"a "om o estae&e"i? mento da monar!uia da%@di"a !ue re"eeu sua &egitimaão di%ina em ( Samue& '#># 2e&i)mente? a&guns estudiosos tJm uma %isão mais amp&a da promessa de Deus do !ue simp&esmente #esperana messini"a#? 12 e outros pro"uram remontar at: mesmo a #esperana messini"a# de %o&ta at: GJnesis />15>n Em !ua&!uer a"onte"imento? nas Es"rituras "anni"as "onforme a igre,a as re"eeu? o "on"eito da promessa de Deus re"ua at: as promessas de a&iana de Deus "om Araão Gn 1(>1;/H e at: mesmo a&:m disso? at: GJnesis />15> Edmund C&oYne es"re%eF # pregaão !ue não : "entrada em Cristo sempre estará fa&tando a dimensão da profundidade da re%e&aão do Antigo TestamentoX >0 Então? "omo o pregador de +o,e de%e pregar Cristo "omo "umprimento das promessas do Antigo Testamento]
2egras especiais para promessa;"umprimento Ao us"armos empregar o "amin+o de promessa;"umprimento? de%emos ter em mente duas regras para a interpretaão das promessas do Antigo Testamento> Primeiro? &e%ar em "onta !ue Deus gera&mente "umpre suas promessas de modo progressi%o\"omo !ue em presta*es? por assim di)er> %á notamos o "umprimento progressi%o no Antigo Testamento> i&&iam 3aSor "ontrasta a profe"ia @&i"a "om mera predião de um a"onte"imento futuro> Es"re%e e&eF #A profe"ia? no sentido em !ue e&a re%e&a uma parte do prop=sito redentor de Deus? pode ir sendo "umprida? ir a&"anando p&enitude? de maneira !ue !uando e&a esti%er "omp&eta? estará "umprida> Se entendermos a profe"ia nesse sentido? não pre"isamos mais fa)er a pergunta Será !ue a profe"ia pode ter mais !ue um "umprimento]X> E&a pode ter um "umprimento progressi%o at: !ue se,a "omp&etamente "umprida#># Por eemp&o? ainda !ue Pedro no dia de Pente"oste ti%esse de"&aradoF #Isto : o !ue foi dito pe&o pro? fera oe? %árias das predi*es de oe& ainda aguardam "umprimento? "omo
#O so& se "on%erterá em tre%as? e a &ua? em sangue? antes !ue %en+a o grande e terr@%e& Dia do E0KOC2 A54$?5$ Segundo? na interpretaão do teto? mo%er?se da promessir do Antigo Testamento para o "umprimento em Cristo? e de %o&ta no%amente ao teto do Antigo Testamento> i&&em [anGemeren ep&i"aF #Para não perder o p&eno impa"to da mensagem prof:ti"a "omo ase para a esperana na pro? messa de Deus? o eegeta "ristão %ai da mensagem do Antigo Testamento para o No%o Testamento? ep&orando a progressão do reino de Cristo? e %o&tando no%amente para a mensagem prof:ti"a? a fim de determinar mais "&aramente "omo a pa&a%ra foi "umprida? está sendo "umprida e será "umprida> Eiste o ris"o de &er o No%o Testamento de %o&ta no Antigo Testamento e assim perder aspe"tos de esperana e promessa !ue se en"ontram na passa? geirt do Antigo Testamento? mas !ue não foram desta"adas na "ita ão do No%o Testamento>o Tendo em mente essas duas regrasH e:aminaremos algumas das promessas do Antigo TestamentoF Pr omes sasnos profetas
Comearemos no &ugar mais =%io para se pro"urar as promessas messni"asF nos profetas> Em Isa@as $1>1;-? Deus dá a seu po%o no e@&io da 6ai&ma a mara%i&+osa promessa de &iertaãoF #O esp@rito do Sen+or está sore mim>>> edifi"arão os &ugares antigamente asso&ados? restaurarão os de antes destru@dos# %s> 1?-H> Essa profe"ia foi "umprida origina&mente nos anos seguintes a 6?8 a>C? !uando o remanes"ente %o&tou do e@&io> .as? "er"a de 6@A anos depois disso? !uando esus &eu essa passagem na sinagoga de Na)ar:? e&e pro"&amou um "umprimento maiorF #Ko,e? se "umpriu a Es"ritura !ue a"aais de ou%ir# 3" 7$45$ Agora? em %e) de "omp&etar nossa interpretaão nesse ponto? %o&tamos ao teto e notamos? por eemp&o? !ue os us não men"ionou #o dia da %ingana de nosso Deus#> Esse dia ainda se en"ontra no futuro> .as at: os e&ementos do,ui&eu !ue esus "omeou a "umprir durante os seus anos sore a terra ainda aguardam "umprimento "omp&eto> Podemos? portanto? esoar o pro"esso do "umprimento dessa profe"ia fo"a&i)ando trJs pontos prin"ipaisF e dar> , lu1 um l2oH e ele ser> c2amado pelo nome de Emanuel Q+ue +uer di1erW !eus conoscoR QMt *F33H3-R_ nesse casoH !eus conoscoH um antigo tema do Antigo TestamentoH oferece a aBertura para cumprimentos adicionaisF Antes de Jesus suBir ao 0aiH ele promete ao discpulosW Eis +ue envio soBre vs a promessa de meu 0ai_ permaneceiH poisH na cidadeH até +ue do alto se?ais revestidos de poder Qc 3F9RF Essa promessa foi cumprida no dia de 0entecosteH +uando eles caram c2eios do Esprito Santo QAt 3FRW !eus est> conoscoF Mas a promessa de !eus conosco vai além da era da "gre?a para a nova cria&(oH conforme a vo1 ouvida por Jo(oW Eis o taBern>cu lo de !eus com os 2omensF !eus 2aBitar> com elesF Eles ser(o povos de !eusH e !eus mesmo estar> com eles QAp 3*F-RF 0odemosH portantoH esBo&ar o cumprimento dessa profecia em +uatro pontos principaisW
0iorarFa Jovem mul2er Emanuel =;: aFCF !errota de !errotada
Jesus é Emanuel
Esprito Santo !eFsconosco 0entecoste NovaCria&o
inimigos inimigos Outro e:emplo de promessaKcumprimento nos profetas é oferecido por acarias 9F9H*;F Mateus v@ o cumprimento do versculo 9 na entrada triunfal de Jesus em JerusalémW OraH isto aconteceu para se cumprir o +ue foi dito por intermédio do profetaW !i1ei , l2a de S i(oW Eis a te vem o teu %eiH 2umildeH montado em ?umentoH num ?umen tin 2oH cria de anima l de carga Q3*FH RF Tendo notado esse cumprimento em JesusH voltamos ao te:to e descoBrimos elementos na profecia +ue Jesus ainda ter> de cumprirW Ele anunciar> pa1 ,s na&'es_ o seu domnio se estender> de mar a marH e desde o Enfrates até ,s e:tremidades da terra Qc 9F*;RF
Poessas nos Lalmos
As promessas messinicas n(o s(o encontradas apenas nos profetasH mas tamBém nos SalmosF EmBora os Salmos n(o se?am o g@nero liter>rio da profeH ciaH os c2amados salmos reais Qou se?aH os Salmos 3H *8H 3;H H )3H 89 e **;R come&am a funcionar como profecia do Messias +ue vir>F OriginalmenteH eles celeBravam a coroa&(o de um rei de Jud> Qpor e:emploH Salmo 3H )3 e talve1 **;R ou um soBerano +ue reinava Qpor e:emploH Salmo RF Jo2n SteY oBserva +ue esses salmos proclamam a posi&(o do rei como ungido de !eus e declaram o +ue !eus reali1ar> por meio dele e de sua dinastiaF Assim sendoH eles falam tamBém dos l2os de !avi +ue viriam [ e no e:lio e na era psKe:lioH +uando n(o 2avia rei +ue reinasseH falavam a "srael somente soBre o grande .il2o de !avi a +uem os profetas 2aviam anunciado como a+uele em +uem a alian&a de !eus com !avi ainda se cumpririaF ?ames MaZ sugere +ueH soB a inu@ncia da profecia messinica posteriorH os prprios salmos reaisH nun t posterior de sua 2istriaH passaram a ser lidos como esperan&a da+uele +ue viriaFFF !esde +ue "saas esteve em cenaH os salinos come&aram a ser descritos no conte:to da prpria profecia e a moverKse para outro g@neroF !entro da prpria 2istria do Antigo TestamentoH esses salmos come&aram a ser lidos e entendidos como profecia messinicaF A inaugura&(o +ue eles descreviam aguardava um candidato_ o ttuloTil2o de !eus\ pairava no arH por+ue n(o 2avia pessoa 2umana 2istrica a +uem podia ser dadoF
Poessas na narrativa Os Salmos ligam as promessas messinicas ao rei !aviF !e acordo com Claus GestermannW as promessas\messinicas\em siFFF s(o todas Baseadas no or>culodo profetaNanide promessa para a casa real de !avi Q3Sm 7'6%1C Essa passagem é uma das mais destacadas promessas messinicas na narrativa do Antigo TestamentoH por+ue !eus promete a !aviW 0orém a tua casa e o teu
reino serão firmados para sempre diante de tiB teu trono será estae&e"ido para sempre# (Sm '>1$H> Essa promessa;"+a%e "o&o"a os &i%ros de Samue&? Reis e Crni"as na =rita da promessa messini"a? pois en!uanto : re&atada a +ist=ria dos seus reis? Israe& "omea a aguardar outro rei "omo fora Da%i> Esses &i%ros tam:m fa&am repetidas %e)es do rei "omo #o 9ngido do Sen+or#? o essia! +erai"o? !ue tam:m a&imentaria a esperana por outro rei ,usto "omo Da%i># Para pregar Cristo a partir de Samue& e Reis? portanto? poder; se;ia usar o m:todo da promessa;"umprimento? mas um "amin+o mais pro%á%e& para Cristo : a tipo&ogia? pois o rei da%@di"o sendo #o 9ngido do Sen+or# fun"i ona "omo um tipo de
Cristo> Outra possii&idade para a pregaão de Cristo está na progressão +ist=ri"o; redentoraF #O es"ritor de Reis esta%a preo"upado em demonstrar a rea&idade +ist=ri"a da fide&idade de Deus para "om suas promessas a Da%i> E&e apresenta uma dinastia ininterrupta? mantida em udá durante "er"a de trJs s:"u&os e meio> O &i%ro termina "om essa nota de esperana? !ue mesmo durante o e@&io e so dom@nio de estrangeiros? o fa%or di%ino ainda esta%a sore os des"endentes de Da%i#>-X Essa esperana : suse!entemente "umprida "om a %inda de esus Cristo? o grande 2i&+o de Da%i> Deiamos por & timo a !uest ão a&tamente "ontestada das promessas messini"as de Deus no 3i%ro de GJnesis> A passagem mais dif@"i& e "ontro%ersaH +o,e em dia : GJnesis />15F #Porei inimi)ade entre ti e a mu&+er? entre a sua des"endJn"ia e o seu des"endente> Este te ferirá a "aea? e tu &+e ferirás o "a&"an+ar#> Tradi"iona&mente? esse %ers@"u&o era entendido "omo uma promessa de Deus> Na %erdade? os pais da igre,a o "+ama%am dep-otoevangelium0 o primeiro e%ange&+o> .as +o,e? muitos estudiosos se re"usam a %er esse %ers@"u&o "omo uma promessa>-XC&aus estertiparin? fa&a por muitos a"adJmi"os modernosF #Ká duas prin"ipais ra)*es !ue não permitem essa interpretaão> Primeiro? não +á d%ida de !ue )ero sementeH de%a ser entendido "o&eti%a? mente> O teto está fa&ando da &in+a de des"endentes da mu&+er "omo taraem da serpente> A segunda ra)ão : de "r@ti"a de forma> A pa&a%ra o"orre dentro do "onteto de um pronun"iamento de "astigo ou ma&diãoH> Não : poss@%e& !ue essa forma ten+a promessa ou profe"ia "omo seu signifi"ado primário ou mesmo se"undário#>-1 Comeando "om a segunda o,eão? o pr=prio estermann de"&ara !ue #os dois pronun"iamentos m:tri"os nos %ers@"u&os 1- e 15>>> são re&ati%amente independentes um do outro#>< Se os %ers@"u&os 1- e 1" são #re&ati%amente independentes um do outro#? não +á ra)ão !ue origue a interpretar o %ers@ #u$o 1" dentro dos &imites da ma&dião do %ers@"u&o 1-> A&:m do mais? não se de%e uti&i)ar a definião restrita da "r@ti"a de forma de #ma&dião# para amordaar o teto antes de ou%i;&o? pois no Antigo Testamento o ,u@)o de Deus e sua graa muitas %e)es andam ,untosF Deus ,u&ga? a fim de restaurar> Por eemp&o? o di&%io foi o ,u@)o de Deus sore o pe"ado +umano? "omo tam:m a graa de Deus em purifi"ar a terraB da@ Pedro poder usar o di&%io "omo um tipo do atismo 1Pe />(0?(1H> Do mesmo modo? o ,u@)o !ue Deus pronun? "um sore a serpente Satanás? "onforme Rm 1$>(0 e Ap 1(>7H : ao mesmo tempo oa not@"ia para o po%o de Deus? pois a inimi)ade pronun"iada por Deus !uera a a&iana @mpia entre o po%o de Deus e Satans>-5 A primeira o,eão? de !ue #sers@ti s= pode ser entendida "o&eti%a? mente? tam:m desapare"e !uando &e%amos em "onta !ue os nomes singu&ares +erai"os podem se referir tanto a uma pessoa "omo tam:m a um grupo de pessoas seme&+antes> Podemos pensar tam:m a!ui sore o uso antigo da persona&idade "orporati%a !ue? dependendo do "onteto? permite !ue o sig nifi"ado de #semente# os"i&e entre uma entidade "o&eti%a e uma pessoa> Emora GJnesis "ostume usar #semente# "o&eti%amente para um grupo de pes soas? "omo em GJnesis 1/>1$? onde Deus promete a AraãoF #2arei a tua des"endJn"ia sementeH "omo o p= da terra#? en"ontramos tam:m o uso individualH por e:emploH em #@nesis F3H +uando Eva di1W !eus me concedeu outro descendente em lugar de ABel QCfF #n 3*F*-RF Esse uso misto sugere +ue semente em #@nesis -F* se?a uma +uest(o em aBerto +ue tanto pode ser entendida coleti vamente como indivi dualm enteH ou de a mBas as formasF No conte:to da estrutura
tofedot! de #@nesisH ca claro +ue o autor considera
a semente da mul2er como a
lin2a de descendentes +ue vai de Ad(o a Noé QnPmero *;H #n F-3R e do l2o de NoéH SemH para ABr(o QnPmero *;H #n **F36RF Com ABr(oH encontramos @nfase renovada na sementeW \Apareceu o SENO% a ABr(oH e l2e disseW !arei , tua descend@ncia semente esta terra Q#n *3F)RF O fato de +ue a esposa de ABr(oH SaraiH fosse estéril Q#n *6F*R aumenta essa tens(o +uanto , sementeF Mas !eus anunciouW ABen&oaKlaHeiH e dela te darei um l2o_ simH eu a aBen&oareiH e ela se tornar> na&'es_ reis de povos proceder(o dela Q#n *)F*6RF ser lu1 para as na&'esF Mas +uando "srael dei:a de cumprir sua miss(oH !eus envia a semente da mul2erH Jesus CristoH o verdadeiro "sraelF 0odemos conceder prontamente +ue o autor inspirado +ue escreveu #@nesis -F* n(o previa a vinda de Jesus o Messias e sua vitria soBre Satan>sF #eralmente n(o podemos compreender as promessas BBlicas isoladasH mas devemos entend@Klas_ em retrospecto conforme as promessas se cumprem na 2istria da reden&(oH por ve1es de modo surpreendenteF 0orémH no mnimoH #@nesis -F* fala a "srael +ue !eus prometeu inimi 1ade entre a semente da serpente e a semente da mul2erF N(o precisamos resolver a amBigVidade da semente a essa alturaH mas devemos permitir +ue a 2istria redentora +ue ocorre mais tarde nos mostre se a palavra dever> ser entendida coletiva ou
individualmente. \uando !aim mata Abel, a inimi8ade se e)pressa entre duas pessoas. 0as o autor de G(nesis também se esfor"a por mostrar que a inimi8ade e)iste entre dois tipos de pessoas9 pessoas que se rebelam contra eus e as pessoas que procuram obedecer a eus. &le contrasta as genealogias dessas duas espécies de pessoas em sua comple)a estrutura de toledoth A pri, meira lista de descendentes corre através de Adão a !aim para a implacável viol(ncia de >ameque 1Gn :.<<.:57. 0as enquanto isso, eus come"ou outra lin?a de descendentes que vai de Adão via Lete e &noque ao justo -oé 1Gn 3.45.27. 0ais tarde, a lin?a dos descendentes de Ismael é brevemente relatada 1Gn :3.4:427, enquanto a descend(ncia de Isaque, %acó, recebe um relato e)tenso 1Gn :3.4O;3.:O7. @inalmente, os descendentes de &saH 1Gn ;5.4; =, 47 são justapostos com os descendentes de %acó 1Gn ;=.:36.:57. A inimi8ade entre dois tipos de pessoas se desenvolve na ?istória reden, tono Israel contra &gitoC Israel contra &domC Israel contra !anaãC Israel con, tra Mabilnia. 0as, através de toda essa +istória, vemos também que esses dois tipos de pessoa são representados por duas pessoas9 Abel contra !aimC Isaque contra IsmaelC %acó contra &saHC 0oisés contra @araóC avi contra Golias. -a verdade, a Leptuaginta 1século ;* a.!.7 e os rarguns judeus entendem G(nesis ;.43 'como referindose a uma vitória sobre Latanás nos dias do ei 0essins'.' e uma perspectiva ?istóricoredentora posterior, do -ovo Testamento, vemos que a promessa de inimi8ade entre a semente da mul?er e a semente da serpente resulta finalmente no confronto entre %esus e Laramis e a vitória de %esus no deserto 10t <. 4 447, no Gólgota 10t :27 e na sua segunda vinda 1Ap 44O:6. 467.
A rele%Incia de usar o caminho da Promessacumprimento A prega"ão das promessas messiBnicas com vistas ao cumprimento adi, ciortal é relevante, porque amplia a visão das pessoas ao pleno escopo da ?istória do reinoC na verdade, coloca os ouvintes dentro do flu)o dinBmico das promessas de eus e do cumprimento delas. &m tempos difceis, esse tipo de prega"ão pode oferecer uma boa esperan"a para o futuro, enquanto aguardamos que eus cumpra suas promessas de nos tra8er seu reino perfeito. /regar a visão profética do 0essias pode servir também para corrigir a&guns pontos de %ista "ontemporneos sore esus> ames .as es"re%eF #Os "ristãos são tentados a &imitar o pape& de esus "omo .essias e Rei esfera da igre,aB a fa&ar e pensar de uma "omunidade re&a"ionada a esus iso&ada da +ist=ria do mundoB a a"reditar !ue o !ue Deus está fa)endo na igre,a : tudo !ue Deus está fa)endo no mundo> A igre,a pre"isa da %isão do profeta de uma g&=ria de Deus !ue en"+e toda a terra> A igre,a pre"isa da %isão de Isa@as de um rei "e&este "om uma Jnfase na pa&a%ra rei esus destra de Deus não signifi"a !ue Deus ten+a es%a)iado a Kist=ria ou "essa do? por assim di)er? de usar a Ass@ria "omo %ara da ira de Deus# ' A&:m do mais? Deus não somente dirige a +ist=ria das na*es +o,e em dia? "omo tam:m prometeu !ue ,u&gará as na*es na segunda %inda de esus? !uando &e%ará o seu reino perfei&ão As promessas de Deus de !ue a ,ustia pre%a&e"erá no fina& e !ue seu reino perfeito %irá podem dar esperana e "oragem aos "ristãos? mesmo no meio da perseguião? en!uanto aguardam "om a&egria !ue Deus "umpra as suas promessas>
# caminho da 1 ologia tip A tipo&ogia surgiu tam:m so forte "r@ti"a nos tempos modernos> s %e)es? estudiosos misturam a tipo&ogia "om a interpretaão a&eg=ri"a e imediatamente re,eitam as duas> Essa "u&pa por asso"iaão : pou"o digna de a"adJmi"osB pois? +istori"amente? a Es"o&a de Antio!uia empregou a interpretaão tipo&=gi"a pre"isamente em oposião interpretaão a&eg=ri"a da Es"o&a de A&eandria %er pp> 7W;100 a"imaH> De%emos re"on+e"er? por:m? !ue os estudiosos !ue traa&+am "om ase nas pressuposi*es da forma se"u&ar ou de@sta do m:todo de "r@ti"a +ist=ri"a tJm pou"a es"o&+a ao re,eitar a tipo&ogiaF a pressuposião de&es de estar %i%endo num uni%erso fe"+ado ,á o fe) por e&es?-1 pois? sem o ensinamento @&i"o de !ue Deus traa&+a em sua soerania na Kist=ria? a tipo&ogia , tota&mente sem sentido> 9ma %e) !ue se re,eite a pro%idJn"ia di%ina? segue?se? ne"essariamente !ue a tipo&ogia tem de ser re,eitada? pois e&a não eiste sem o fundamento de !ue Deus opera seu p&ano redentor na Kist=ria>
L claro +ue a tipologia é muito diferente da interpreta&(o alegricaH +ue pode fa1er um te:to di1er +ual+uer coisa +ue o intérprete +uiserF Em contrasH teH a tipologia limitaK se a descoBrir analogias especcas ao longo do ei:o dos atos de !eus na 2istria da reden&(o conforme revelado nas EscriturasF Como disse #F GF F ampeW A alegoria difere radicalmente da espécie de tipologia +ue descansa soBre a percep&(o de cumprimento +ue realmente ocorreu na istriaF A ra1(o dessa grande diferen&a est> simplesmente em +ue a alegoria n(o leva em conta a istriaF*
-ipologia e e9egese Alguns estudiosos +uestionam se a interpreta&(o tipolgica é e:egese corH retaF Jo2n $rig2tH por e:emploH argumenta +ue \A tipologia n(o pode ser empregada como recurso para a e:egese de te:tos do Antigo TestamentoF "sso n(o signici +ue ele re?eite a tipologiaH mas +ue dese?a mant@Kla fora dos limites da e:egese em siH +ue utili1a apenas o método luistricoKgrantaticaIF !i1 eleW A e:egese tem a tarefa de descoBrirH por meio de cuidadoso e:ame 2istrico e lolgico do te:toH o signicado intencionado pelo autorH e ?amais pode ir com legitimidade além dessa tarefaF A tipologiaH pelo contr>rioH tem a ver com a interpreta&(o de te:tos posteriores [ ou mel2orH dos acontecimenH tos neles descritos [ e é uma forma de e:pressar o novo signicado +ue é visto neles , lu1 de acontecimentos +ue vieram depoisF o !avid $aYer concordaW A tipologia n(o é tinia e:egese ou interpreta&(o de um te:toH mas o estudo de rela&'es entre acontecimentosH pessoas e institui&'es relatados em te:tos BBlicosF Se a rela&(o entre tipologia e e:egese fosse apenas +uest(o de deni&'esH n(o precisaramos gastar muito tempo com issoH mas a +uest(o 2ermen@utica
signifi"ati%a por trás dessa dis"ussão : se um tipo : prediti%o "omo o : a profe"ia> A&guns argumentam !ue sim? os tipos são prediti%os e? portanto? a tipo&ogia : eegese? pois e&a s = ressa&ta do teto o !ue j á se en"ontra ne&e># Outros argumentam !ue não? os tipos não são predi*es? mas s= se des"orem a partir de um estágio posterior da +ist=ria redentoraB portanto? a tipo&ogia não : propriamente eegese? pois a tipo&ogia des"ore mais signifi"ado do !ue eiste no pr=prio teto> R> T 2ran"a es"re%eF #Emora a eegese estrita se,a um pr:;re!uisito da tipo&ogia? não : "orreto des"re%er a pr=pria tipo&ogia "omo sendo m:todo de eegese>>> Se todo tipo fosse origina&mente inten"ionado ep&i"itamente para apontar para um am@tipo? seria "orreto "&assifi"ar a tipo&ogia "omo um esti&o de eegese> .as esse não : o "aso> Não eiste indi"aão num tipo? "omo ta&? de !ua&!uer referJn"ia anteriorB e&e ' "omp&eto e inte&ig@%e& em si mesmoX A !uestão ási"a nessa dis"ussão ', portanto? a perguntaF será !ue um tipo do Antigo Testamento é prediti%o "omo uma profe"ia ou ' des"oerto em retrospe"ti%a] Penso !ue a resposta não : ou #isso# ou #a!ui&o# e? sim? isso e a!ui&oF a&guns tipos do Antigo Testamento são prof:ti"os e outros não> Suspeito !ue a maioria dos tipos não se,a prof:ti"o? mas pessoas e a"onte"imentos espe"@fi"os são %istos mais tarde "omo tendo signifi"ado tipo&=gi"o> Por eemp&o? não : pro%á%e& !ue Israe& durante o reinado de Da%i %isse o rei Da%i "omo predião de um rei maior> O rei Da%i s= se tomou um tipo s:"u&os depois !ue %i%eu? !uando os profetas "omearam a anun"iar a %inda de um no%o rei pastorF3< L claroH +uando os profetas usaram a tipologia ao prometer um novo rei !aviH o tipoH agora ligado a uma promessaH tornouKse proféticoF Mas esse elemento de predi&(o n(o est> presente +uando o te:to da prega&(o éH por e:emploH * Sarimel F*H*3F no te:to indica&(o de +ue !avi se?a um tipoF Mas isso muda +uando ol2amos esse acontecimento da perspectiva do Novo TestamentoF Agora d escoBrimos +ue o rei ungi do de !eus H +ue reinava soBre um povo unido a partir de JerusalémH cidade de pa1H é o modelo de !eus para tra 1er seu reino soBre a terraF No No vo TestamentoH vemos JesusH o @il!o de !aviH ungido pelo Espio to SantoH o novo 0astor e %eiH c2oH rando soBre a cidade de !eusW JerusalémH JerusalémFFF +uantas ve1es +uis eu reuni r os teus l2osH como a galin2a a?unta os seus pintin2os deBai:o das asasH e vs n(o o +uisestes 4 ' QMt 3-F-)RF ; grande rei c2egouH mas Jerusalém se recusa a se unir deBai:o dele num reinado de pa1F Mas a+uele dia certamente vir> Jo(o ?> o viu numa vis(oW Ii a cidade santaH a nova JerusalémH +ue descia do céuH da parte de !eusH ataviada como noiva adornada para seu esposo QAp 3*F3RF Conse+VentementeH 3 Sarmel H tomado
isoladamenteH n(o é proféticoH mas ol2ado da perspectiva do Novo TestamentoH o rei !avi é claramente um tipo de CristoF Mas e:istem tamBém tipos +ue s(o proféticos para "srael em seu conte:to 2istrico original [ tipos +ue !eus estaBeleceu especicamente para ensinar a seu povoH "sraelH tipos como o s>BadoH a 0>scoaH o taBern>culo e os sacrifcios de sangueF 0or e:emploH !eus instruiu Moisés e:atamente soBre como construir o taBern>culo para +ue fosse sinal da presen&a de !eus no meio de seu povo "sraelF Esse sinal era signicativo para seu prprio tempoH mas como um tipoH tamBém apontava , frente para um cumprimento mais completoF 0ara +u@H especicamente O templo em Jerusalém !eus presente conosco em carne 2umana Mesmo com um tipo proféticoH precisamos da perspectiva do Novo Testamento para completar o retratoW a presen&a de !eus no meio de seu povo por meio de seu @il!o0 JesusF Creio +ue a preocupa&(o suB?acente , leitura da tipologia em retrospecto é +ue camos aBertos para a acusa&(o de ler de volta no te:to do Antigo Testamento um signicado +ue n(o estava l>F MasH n(o poderamos contrapor +ue a interpreta&(o tipolgica n(o é ler o signicado de volta ao acontecimento descrito no te:to eH simH simplesmente entender esse acontecimento no seu pleno conte:to 2istricoKredentorF Além do maisH ainda +ue ns descuBramos esse signicado mais completo somente em retrospectoH a partir de um est>gio posterior da 2istria redentoraH da perspectiva de !eus ela sempre esteve ali em seu desgnio completo da 2istria redentoraF Essa discuss(o a?uda a esclarecer um pouco a diferen&a entre tipologia e proK messaHcurattrimentoF Con+uanto as promessas geralmente se?am palavras ditasH os tipos s(o acontecimentosH pessoas e institui&'es 2istricosF Além dissoH en+uanto a promessa aponta para o cumprimento futuroH a tipologia geralmente se move em dire&(o opostaW do cumprimento no Novo Testamento para o tipo passadoF
2iscos do caminho da tipologia "nfeli1menteH os pregadores muitas ve1es t@m usado de modo incorreto a tipologia Qver CapF - e RF Jo2n #oldingaZ fala do risco emButido de transformar pessoas ou acontecimentos verdadeirosH +ue tin2am signicado em si mesmosH em meros representantesH smBolos ou marionetes de um drama csmico\F Ele menciona tamBém o risco da tipologia mais pietista +ue Qpor e:emploRH en:erga as cores a1ulH ro:a e vermel2a dos panos do taBern>culo como apontando para a divindadeH o reinado e a morte de CristoF 0odemos c2amar esse Pltimo e:emplo de tipologi1a&(oH ou se?aH a interpreta&(o até de detal2es como se fossem tiposF Em nossa an>lise da 2istria da interpreta&(oH notamos +ue a Busca por tipos em cada detal2e levou os intérpretes diretamente para o caos da alegori1a&(oF
Ainda +o,e? as pessoas fa"i&mente des&i)am do uso &eg@timo da tipo&ogia para a tipo&ogi)aão># Certo #di"ionário de tipos# di) !ue a +ist=ria em !ue Araão en%ia o ser%o para en"ontrar uma esposa para Isa!ue Gn (-H "on tem os seguintes tiposF #Araão : um tipo do Pai !ue en%i ou seu ser%o o Esp@rito SantoH para oter unia noi%a Ree"aH para seu fi&+o Isa!ue>>> Isa!ue representa o Sen+or esus Cristo>>> Ree"a representa a Igre,aX si Ainda !ue a pa&a%ra #tipo# se,a uti&i)ada? isso não : tipo&ogia? mas a&egori)aão> A&guns eemp&os de diferentes serm*es sore os: poderão i&ustrar o signifi"ado da tipo&ogi)aãoF a oediJn"ia de os: ao pro"urar por seus irmãos : tipo prof:ti"o da oediJn"ia de CristoB sua %enda aos ismae&itas prefigura a %enda de Cristo por udasB seu su"esso no Egito prefigura as Jnãos de Deus sore esus !ue tam:m foi &e%ado no EgitoB sua prisão e suse!ente "oroaão mostram a +umi&+aão e a "oroa ão de Cristo para sa&%ar seu po%o># S= o &timo sermão "+ega perto de apresentar um %erdadeiro tipoB os outros prenderam;se a para&e&os in"identais !ue nada tJm a %er "om a tipo&ogia>
!evido aos riscos da interpreta&(o erradaH alguns sugerem +ue nos acautelemos e s utili1emos a tipologia onde o Novo Testamento revela uma pessoa ou uni acontecimento do Antigo Testamento como sendo um tipoF > *; anosH o inuente 0atricY .airBairn considerou essa op&(o recomendada por certo $ispo
Mars2 e imediatamente a re?eitou como arBitr>ria e ine:plic>velF Escreveu .airBairnW O +ue e:iste para distinguir os persona gens e acontecimentosH +ue a Escritura assim particulari1ouH de uma multid(o de outrasH aos +uais o elemento tipolgico poderia ter sido igualmente suposto pertencerFFF Sentimos instintivamente +ueH se esses realmente possussem um car>ter de tipoH tamBém outrosH +ue t@m posi&(o igual ou ainda maior na 2istria das dispensa&'es de !eusH deveriam igualmente terF .airBairn oferece ent(o alguns Bons e:emplosW
realmente ten2a sido designado como um tipoF .airBairn responde_ Certamente é possvel +ue nissoH como em outras coisasH a Escritura indi+ue certa vis(o ou certos princpios fundamentais dos +uais fa1 apenas poucas aplica&'es individuais eH no restanteH os dei:a nas m(os de consci@ncias espiritualmente esclarecidas
A tipologia denida Apesar dos riscos da eisegese0 muitos estudiosos e comunidades de 2o?e em dia aceitam a tipologia como método v>lidoH emBora possam deni la de modo Bastante diferenteF No mundo ocidentalH a inu@ncia de acad@micos como Galt2er Eic2rodtH #er2ard vou %ad e eon2ard #oppelt devolveram , inK terpreta&(o tipolgica certo grau de respeitaBilidade acad@micaF Ion %ad armaW Iemos em todo lugar nessa 2istria +ue vem a acontecer pela 0alavra de !eusH igualmente em atos de ?u1o e atos redentoresH a pregura&(o do evento de Cristo no Novo TestamentoFFF Esse recon2ecimento renovado de tipos no Antigo Testamento n(o é vender con2ecimentos secretosH n(o é cavocar milagresH mas simplesmente corresponde , cren&a de +ue o mesmo !eus +ue se revelou em Cristo tamBém dei:ou suas pegadas na 2istria do povo da alian&a do Antigo TestamentoFFFFFFFF A "gre?a Ortodo:a OrientalH em sua deH pend@ncia dos pais da igre?aH nunca +uestionou o valor da interpreta&(o tipolgicaF #eorge $arrois contestaW A neglig@ncia ou a re?ei&(o da aBordagem tipolgica resulta inevitavelmente num empoBrecimento espiritual e se constitui num método seriamente defeituosoF ,
Os riscos de ler coisas no te:to do Antigo TestamentoH porémH indicam +ue a tipologia deve ser denida com cuidado e mesmo ent(o tratada com muito 1eloF Uma das mel2ores deni&'es de
tipos é a de Eic2rodtW Tipos s(o pessoasH institui&'es e acontecimentos do Antigo Testamento +ue s(o conH siderados estabelecidos divinamente como modelos ou prérepresenta"#es de realidades correspondentes na ?istória d a salva"ão do -ovo Testamento'.' 0as como nem uma boa defini"ão da tipologia poderá evitar um mal en ten dido, precisamos definir caractersticas especficas dos tipos, bem como regras especficas para a sua interpreta"ão.
aracter8sticas dos tipos 0errill Enger declara9 'Em tipo aut(ntico sempre contém certos elementos inconfundveis. $ con?ecim ento desses f atores que o distinguem é indispensável, não só para se recon?ecer um tipo aut(ntico, como também é fundamental para sua interpreta"ão !orreta ' .4< &m geral, podemos di8er que um tipo aut(ntico é fundamentado no desgnio de eus, enquanto observamos isso se desenvolver em padr#es tpicos na ?istória redentora.* !omo di8 Marrois9 'A tipologia... parece ser parte integral da economia divina, ligada essencialmente com a progressão da +istória Lagrada em dire"ão a seu talos, seu objetivo Hltimo, o reino que está por vir'. s >ampa focali8a especialmente os modelos repetidos9 '$s grandes acontecimentos do passado de Israel e)ibiam certo modelo dos atos de eus... $s profetas de ve8 em quando ol?am
para o futuro numa repeti&(o ou recapitula&(o do ritmo de a&(o divina eviH dente na 2istria do passado F !essas declara&'es gerais soBre tipos e tipologiaH podemos col2er +uatro caractersticas especcas de tipos +ue nos au:iliar(o a distinguir entre um tipo aut@ntico e a tipologi1a&(oF 0rimeiroH um tipo aut@ntico !ist:rico% !i1 #oppeltW Somente fatos 2istricos`pessoasH a&'esH acontecimentos e institui&'es` s(o o material para a interpreta&(o tipolgica_ palavras e narrativas podem ser utili1adas somente , medida +ue traBal2am com essas +uest'esF A Escola de Antio+uia usava a caracterstica de 2istoricidade principalmente para distinguir a tipologia da interpreta&(o alegricaF é
SegundoH um tipo aut@ntico leocDntrito0 isto éH refereKse aos atos de em e por meio de pessoas e acontecimentos 2umanosF Conforme disse Jo2n SteYW tipos BBlicos s(o encontrados em pessoasH institui&'es e aconteciH mentos especcos , medida +ue eram usados por !eus em sua opera&(o com "sraelFFFF ; car>ter teoc@ntrico dos tipos elimina a espécie de tipologi1a&(o +ue notamos acima +uanto , oBedi@ncia de JoséH sua venda aos ismaelitas e as cores a1ulH ro:a e vermel2a dos painéis do taBern>culoF é
Deus
" Os
TerceiroH um tipo aut@ntico e:iBe uma analogia signi(cativa com seu anttipoF !i1 !avid $aYerW A tipologia implica uma verdadeira corresH pend@nciaF N(o est> interessada em paralelos de detal2esH mas somente na concordncia de
princpios e estrutura fundamentaisF !eve 2aver uma correspond@ncia na istria e na teologiaH ou o paralelo ser> trivial e sem valor para o entendimento da $BliaF Essa caracterstica elimina como tipologia aut@ntica todos os paralelos superciais +ue possam ser feitos entre o Antigo e o Novo TestamentoH incluindo a+ueles a respeito de José acima mencionadosF notamos essa caracterstica no uso +ue o Novo Testamento fa1 da tipologiaF E eis a+ui est> +uem é maior do +ue ?orrasFFF E eis a+ui est> +uem é maior do +ue Salom(o\ QMt *3F*H3RF)*
%egras para o uso da tipologia Tendo esse pano de fundoH agora podemos formular algumas regras especcas para traBal2ar com a interpreta&(o tipolgicaW primeiroH sempre anteceda a interpreta&(o tipolgica conta interpreta&(o 2istricoKliter>ria Qliter>ria inclui gramaticalRF !evemos con2ecer a mensagem do autor para "srael antes de procurar maneiras de focali1ar a mensagem em Jesus Cristo e aplicaK"a , igre?aF %everter o processo é procurar confus(oH pois a interpreta&(o 2istricoKliter>ria a Base indispens>vel para a interpreta&(o tipolgica corretaF é
SegundoH procure por um tipoH n(o nos detal2esH mas na mensagem central do te:to soBre a atividade de !eus em redimir seu povoF Clo^neZ notaW Os aspectos tpicos da vida de Sans(o n(o devem ser procurados na semel2an&a de detal2esF Os portais de #a1aH removidos por Sans(oFFF n(o podem ser identicados diretamente com os portais da morteFFF A estrutura +ue estaBelece a tipologia das narrativas do Antigo Testamento é a continuidade da oBra de reden&(o de !eus conforme ela se desenrola na istriaF Como os pregadores muitas ve1es t@m encontrado toda espécie de tipos nos detal2es do taBern>culoH Unger oBserva com acuidadeW Com +uanto o culto do antigo "srael era por desgnio tipolgico e ricamente insK trutivo quanto D pessoa e obra do 0essias que viria, todas as tábuas, encai)es e cortinas não devem ser tomados como préfiguras de verdades redentoras'.** &m suma, a regra é9 não vagueie para fora da tril?a tipológica para o pBntano de paralelos incidentais e analogias mirabolantes. TerceiroH determine o signicado simBlico da pessoaH da institui&(o ou do acontecimento nos tempos do Antigo TestamentoF Se n(o tiver signicado simBlico nos tempos do Antigo TestamentoH n(o pode ser um tipoF #eer2ardus Ios escreveW Um tipo ?amais poder> ser um tipo independentemente de ele ser primeiro um smBoloF O portal da casa da tipologia est> do
outro lado da casa do simBolismoFFF Somente depois de ter descoBerto o +ue determinada coisa simBoli1a é +ue podemos legitimamente passar a perguntar o +ue ela tipicaH pois o Pltimo n(o pode ser outra coisa sen(o o primeiro elevado a um plano mais altoF O elo +ue segura ?untos o tipo ao anttipo deve ser um elo de vital continuidade no progresso da reden&(oF\ 0or e:emploH nos tempos do Antigo TestamentoH o taBern>culo era smBolo da 2aBita&(o de !eus com o seu povoF O signicado tipolgico do taBern>culo deve ser Buscado em ntima depend@ncia do seu signicado simBlicoF !evemos perguntar_ sOnde esses princpios e essas realidades religiosasH +ue o taBern>culo servia para ensinar e comunicarH reaparecem na suBse+Vente 2istria da re den&(oH elevada ao seu est>gio de consuma&(o*11F) Clo^neZ desenvolveu ainda mais a regra soBre o signicado simBlicoF Ele comentaW Um acontecimentoH uma cerimnia ou uma a&(o proféticaH sacerdotal ou real podeFFF simBoli1arH apontando para uma verdade revelada num ponto determinado da 2istria da reden&(oFFF 0odemos ter certe1a de +ue essa verdade ser> levada até Jesus CristoFFF 0odemosH portantoH ligar o acontecimentoH a cerimnia ou a a&(o diretamente com a+uela verdade +ue atinge plena e:press(o em CristoFFF a lin2a da tipologiaF ContudoH Clo^neZ tamBém adverteW Se o simBolismo de um incidente ou uma pessoa do Antigo Testamento n(o for perceBidoH ou n(o e:isteH n(o se pode tra&ar +ual+uer
lin?a de tipologia. Também não pode o acontecimento ser um tipo em sentido diferente de sua fun"ão simbólica dentro do Bmbito em que se encontra no Antigo Testamento' * &m termos de desenvolvimento lógico do sermão, podemos retratar essa terceira regra como tr(s, possivelmente quatro, passos9 +ILTIA A &&-h$ Essa regra a?uda a eliminar tipos ilegtimosF 0or e:emploH como a corda escarlate +ue %aaBe pendurou da sua ?anela em Jeric n(o funcionou como smBoloH esse tipo tradicional n(o pode realmente funcionar como tipo do sangue de CristoF 0or outro ladoH o sangue do cordeiro da p>scoa na verdade funcionava em tempos do Antigo Testamento como smBolo da prote&(o de !eus contra o an?o da morte eH assimH pode ser legitimamente entendido como tipo de CristoH nosso Cordeiro 0ascalH +ue nos protege da morte eternaF Semel2antementeH o @:odo do Egito foi smBolo para "srael da liBerta&(o de !eus de um império de maldadeH desta formaH pode ser um tipo de Cristo liBertando seu povo do poder de Satan>sF a+uiF H no deserto
pode simBoli1ar a milagrosa provis(o divina em manter seu povo vivoF Ao levar o sentido adiante até CristoH n(o devemos lig>Klo ao ensino de Jesus o p(o nosso de cada dia nos dai 2o?eH mas com o ensinamento de Jesus de +ue ele é o p(o de !eusFFF +ue desce do céu e d> vida ao mundo Uo 6F--R [ o mesmo sentido mais a progress(oF OuH se pregamos soBre uma passagem do Antigo Testamento soBre o sacrifcio de ovel2as como oferta pelo pecado QsimBoli1ando a e:pia&(o suBstitutivaRH n(o devemos ligar isso , e:ig@ncia do Novo Testamento de +ue ofere&amos o mel2or de ns a !eusH mas usar a
tipologia para pregar Cristo como Cordeiro de !eusH +ue tira o pecado do mundo go *F39R [ o mesmo sentido mais a progress(oF
Se:toH n(o trace simplesmente uma lin2a tipolgica até CristoH mas pregue CristoF Simplesmente tra&ar uma lin2a até Cristo n(o é o mesmo +ue pregar CristoF Klo de tal forma +ue as pessoas se?am atradas por ele e o receBad\F Come&ando com o tipo do Antigo TestamentoH o pregador pode proclamar a pessoa e a oBra de Cristo de maneira +ue as pessoas se comprometam com esse Salvador e Sen2orH colocando toda sua conan&a para a salva&(o nele somenteH e procurando oBedecer a ele em todas as >reas da vidaF
J9emplos de tipos em v>rios g@neros da literatura 0ara concluir esta se&(o soBre tipologiaH pode ser Ptil fa1er uma lista de mais alguns e:emplos de tipos aut@nticos , medida +ue os descoBrimos dentro de diversos g@neros de literatura do Antigo TestamentoF Tipos no gDnero da narrativa A maioria dos tipos é encontrada dentro do g@nero da narrativaF A+ui encontramos a proclama&(o de acontecimentos redentoresH tais como o @:odo do EgitoH a provis(o de man> e >gua no desertoH a con+uista de Cana(H vitrias soBre os listeus e outros inimigosH a volta do e:lio da $aBilnia [ todos eles tipos da grande liBerta&(o +ue !eus tem preparado para seu povo por meio de Jesus o MessiasF A+ui encontramos tamBém pessoas como MoisésH JosuéH os ?ui1es e os reisH mediante os +uais !eus livrou o seu povo e Buscou estaBelecer seu reinado Qteocracia[ governo de !eusRF Essa oBra redentora de !eus por meio de seus lderes ungidos os +ualica como tipos de CristoH por meio de +uem !eusH no nalH liBertaria seu povo e estaBeleceria seu reino soBre a terraF TamBém descoBrimos sumos sacerdotes e sacerdotes +ue s(o tipos de Cristo
ao oferecer sacrifcios em e:pia&(o pelos pecados do povoH e em interceder por elesF Além de sacerdotes e reis ungidosH o g@nero da narrativa fala soBre profetas ungidos +ue s(o tipos de Cristo ao proclamar a vontade do Sen2or para seu povoF Antes de usar +ual+uer dessas pessoas num serm(o como um tipo de CristoH porémH devemos avaliar com cuidado a situa&(oH pois n(o podemos pensar +ue uma ve1 um tipoH sempre um tipoF Esses lderes de "srael s(o tipos somente na+uilo +ue permitem +ue !eus fa&a sua oBra redentora por meio delesF Moisés n(o é tipo de Cristo +uando mata o egpcioF Sans(o n(o é tipo de Cristo +uando tem rela&(o se:ual com uma prostitutaF Ar(o n(o é tipo de Cristo +uando fa1 o Be1erro de ouroH e os sacerdotes ofni e .inéias n(o s(o tipos de Cristo +uando despre1aram as ofertas do SENO% IS. (>1'H>
-ipos em outros g@neros da literatura No material legalH encontramos pessoas como os sacerdotes +ue podem pregurar a pessoa e a oBra de CristoH mas descoBrimos principalmente institui&'es +ue podem ser tipos de CristoF 0ense no festival da 0>scoaH no !ia de E:pia&(oH no Ano do JuBileu e no taBern>culo com seus sacrifcios di>riosF Todos esses e outros mais encontram seu signicado e cumprimento tipolgico na pessoa e oBra de CristoF
-os Lalinos, encontramos também pessoas que são tipos de !risto. %á men cionamos os Lalmos reais, que falam sobre o rei davdico por meio de quem eus governa o seu povo. &sses reis ungidos são tipos do grande @il?o de
!avi por meio de +uem !eus governar> as na&'esF A tipologia pode vir a ser uma op&(o tamBém +uando consideramos +ue a+uele +ue fala em muitos dos salmos é o rei !a H Ii**F)\ Ao dar e:press(o , sua dorH sua angPstiaH sua conan&a em !eusH o rei pode ser um tipo de CristoH como +uando recon2ecemos em retrospectiva +ue Jesus di1 as mesmas palavras ao viver essas e:peri@ncias num nvel ainda mais imenso] Além do maisH o sofredor ?usto +ue clama a !eus pode ser um tipo de CristoF Conforme e:plica SocYW Esse clamor se transforma nas ora&'es dos\santos\oprimidos de !eus eH como talH foram includas no livro de ora&'es de "sraelF
, camin!o da analogia
AtualmenteH a analogia é um camin2o menos controvertido do +ue o da tipologia ou da promessaKcumprimentoF Talve1 a ra1(o se?a +ue a analogia n(o di1 serH num sentido mais restritoH e:egese ou interpreta&(o de um te:toH mas um camin2o popular de aplicar a mensagem do Antigo Testamento igre?a de 2o?eF Eli1aBet2 Ac2temeier fre+Ventemente emprega a analogiaH e comenta +ue este é provavelmente o camin2o mais comum pelo +ual retaH cionamos o Antigo Testamento com a vida crist( contemporneaF O pregaH dor pergunta se a situa&(o de "srael em rela&(o a !eusFFF é an>loga , nosH sa FFF 4: 0or meio da analogia Qsitua&'es paralelasRH a palavra de !eus para "srael pode ser dirigida , igre?a de 2o?eF 11,
.esmo "omo m:todo de ap&i"aão +omi&:ti"a? a ana&ogia : aseada na 9nidade da +ist=ria redentora e n a "ontinuidade entre Israe& e a Igre,a> [on Rad es"re%eF XA Igre,a de Cristo está no%amente em mar"+a a partir de uma promessa em direão a um "umprimento e? por essa ra)ão? sua situaão : aná&oga do po%o do Antigo Testamento>>> As muitas tenta*es? "onso&a*es? os ,u@)os e a,uda para Israe& são tam:m as tenta*es? "onso&a*es? ,u@)os e a,uda para a Igre,a de Cristo >>>>>> 11
, camin!o da analogia para a pregação de risto a partir do Antigo -estamento Nosso interesse na ana&ogia se estende a&:m da ap&i"aão re&e%ante das mensagens do Antigo TestamentoB estamos interessad os na ana&ogia "omo modo de pregar Cristo a partir do Antigo Testamento> Portanto? : ne"essário enfati)ar !ue a unidade d a +ist=ria redentora : aseada "ru CristoB a "onti nuidade? entre Israe& do Antigo Testamento e a Igre,a do No%o Testamento s= : rea&i)ada em Cristo> Pau&o formu&a "&aramente isso ao fa&ar aos "ristãos gentios em EfesoF #Na!ue&e tempo? está%eis sem Cristo? separados da "omunidade de Israe& e estran+os s a&ianas da promessa? não tendo esperana? e sem Deus no mundo> .as? agora? em Cristo esus? %=s? !ue antes está%eis &onge? fosses aproimados pe&o sangue de Crist Ef (>1(?1/H> Como os gentios em Cristo foram &e%ados para perto da "omunidade de Israe&] Em Romanos 11>1'? Pau&o usa a forte imagem do enertoF #Se? por:m? a&guns dos ramos foram !uerados? e tu? sendo o&i%e ira ra%a? foste ener tado em mei o de&es? e te tornaste parti"ipante da rai) e da sei%a da o&i%eira# Q mas somente por meio de Cristo> #E? se sois de Cristo? tam:m sois des"en dentes de Araão e +erdeiros segundo a promessa# GI />(7B 1 Pe (>7;10H>
Essa posi&(o central de Cristo na 2istria redentora possiBilita ao pregador usar a analogia para dirigir a mensagem do Antigo Testamento para a "gre?a do Novo TestamentoF 0oisH por meio de CristoH "srael e a "gre?a se rorH tratam o mesmo povo de !eusW destinat>rios da mesma alian&a de gra&aH partil2ando a mesma vivendo a mesma esperan&aH procurando demonstrar o mesmo amorF Além dissoH essa posi&(o central de Cristo na 2istria tedentoK
f é,
ri possiBilita ao pregador utili1ara analogia para pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoF 0ara esse oB?etivoH o pregador precisa procutar analogias em diversas >reasKc2aveF !eve in+uirir soBre a analogia entre o +ue !eus é e fa1 por "srael e o +ue !eus em Cristo é e fa1 pela "gre?aF !eve perguntar soBre a semel2an&a entre o +ue !eus ensina a seu povo "srael e o +ue Cristo ensina , sua "gre?aF E deve Buscar paralelos entre as e:ig@ncias de !eus no Antigo Testamento e o +ue Cristo re+uer no
Novo TestamentoF EmBora 2a?a diferen&as devido , progress(o na 2istria da reden&(o e da revela&(oH a analogia se concentra em locali1ar a continuidadeH os paralelosH entre o +ue !eus é e fa1 para "sraelH ensina a "srael ou e:ige de "sraelH e o +ue !eus em Cristo é e fa1 por sua "gre?aH ensina "gre?aH ou e:ige da "gre?aF
6 / e m p l o s d o u s o d a a n a l o g i a e m di%ersos g.neros de literatura
Como a analogia é mais geral do +ue os métodos da promessaK cumprimento e da tipologiaH ela pode ser utili1ada com grande variedade de te:tosF Mas seu car>ter mais geral tamBém signica +ue um foco centrado em Cristo pode facilmente car menos ntido no serm(oF AssimH ser> Bom certicarKse de +ue a congrega&(o entenda a rela&(o ` somente em CristoF Essa rela&(o pode fre+uentemente se tornar e:plcita ao citar palavras de Cristo relatadas no Novo TestamentoF O uso da analogia na pregação da narrativa Ao pregar soBre narrativas do Antigo TestamentoH a analogia pode ser utili1ada ao focali1ar o +ue !eus estava fa1endo por "srael e o +ue !eus est> fa1endo em Cristo para a "gre?a do Novo TestamentoF A @nfase a+ui pode ser nos atos de reden&(o de !eusH como tamBém na resposta +ue se re+uerF 0or e:emploH ao pregar soBre Jac em $etel Q#n 38F*;H33RH o pregador pode empregar a analogia para ressaltar +ue en+uanto "srael aprendia a respeito da presen&a protetora de !eus por meio da e:peri@ncia de Jac em $etel antes de sua perigosa viagemH assim tamBém Cristo promete estar conosco em nossa perigosa viagem pela vida Qanalogia comBinada com a refer@ncia do Novo Testamento como a promessa de Jesus em Mt 38F3;RF OuH como !eus guiou e protegeu "srael por meio da nuvem QD: *-F3*H33RH assim tamBém !eus guia e protege sua "gre?a por meio de Cristo até
, consuma&(o dos séculos QMt 38F3;RF Ioltando para a resposta +ue se re+uerW como !eus c2amou a ABra(o para tomar posse de Cana( para o reino de !eus Q#n *3F*K9RH assim !eus em Cristo 2o?e conclama a "gre?a a ser lu1 para as na&'es QAr *-F)RF O uso da analogia na prega&ão da lei
Ao pregar a lei do Antigo TestamentoH podeKse usar a analogiaF 0or e:emploH ao pregar soBre os !e1 Mandamentos QE: 3;R podeKse notar o indicativo de !eus antes dos imperativosH o ato de reden&(o de !eus %E& *R antes de +uais+uer leis serem dadasW Eu sou o teu !eus +ue te tirou do EgitoH da casa da escravid(o_ n(o ter>s outros deuses diante de mimF !e igual modoH Cristo pronuncia uma grande B@n&(o antes de dar sua lei QpFe:F Mi 3=7. OuH como !eus fe1 alian&a com "srael e l2es deu sua lei Qnovamente o modeloW primeiro um prlogo 2istrico dos atos de !eusH depois as e:ig@ncias da aliK an&aRH assim tamBém !eus por meio de Cristo fa1 alian&a conosco e nos d> suas e:ig@ncias da alian&aF OuH como a motiva&(o de "srael para a oBedi@ncia era a gratid(o pela reden&(o divinaH assim tamBém nossa motiva&(o de oBedi@ncia é a gratid(o pela reden&(o por meio de Jesus CristoF OuH como "srael foi proiBido de seguir as pr>ticas aBomin>veis das na&'es Qv *8F3K-;RH assim tamBém a igre?a n(o pode mais andar como andam os gentiosFFF n(o foi assim +ue aprendeu de Cristo QEf F*)K3RF OuH como !eus e:igiu +ue "srael desse as primcias em resposta aos dons de terra e col2eita Q!t 36F6K**RH assim tamBém !eus re+uer de ns presentes concretos em resposta ao seu !om inef>velH JesusF OuH como !eus e:igiu +ue "srael amasse a !eus Q!t 6FR e ao pr:imo Qv *9F8RH assim tamBém Jesus e:ige +ue ns amemos a !eus e ao pr:imo QMt 33F-)K -9RH #N$O%
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O uso da ana&ogia na prega&ão da profecia
Na literatura proféticaH podemos tamBém aplicar a analogiaF Ao pregar soBre a promessa de !eus de tra1er "srael de volta do e:lio da $aBilnia para a terra prometida Q"s ;F*K**RH podemos usar a analogiaW assim tamBém Cristo no Novo Testamento promete tra1er seu povo de volta ao lar Oo *F3H-_ 30e -F*-RF Ao pregar soBre o Servo Sofredor +ue ministra a "srael Q"s ;FK**R podeKse usar a analogia de JesusH +ue como Servo SofredorH ministra a seu povoF Ao pregar soBre "srael no e:lio tendo de esperar pela salva&(o vindoura de !eus Q"s *FK8RH podeKse usar a analogia da igre?a de 2o?e tendo de esperar a vinda da
salva&(o de !eus no retorno de CristoF O uso da analogia na prega&ão dos Salmos
0or meio de CristoH os Salmos de "srael s(o tamBém o cancioneiro da nova "sraelH a "gre?aF Essa suposi&(o possiBilita , "gre?a lerH cantar e orar os salmos diretamenteH como sua do:ologia ou seu lamentoF MasH ao pregar os SalmosH come&amos com a interpreta&(o 2istéricaH ou se?aH perguntar como "srael ouvia originalmente o salmoF A interpreta&(o 2istrica é necess>ria para uma interpreta&(o corretaH mas tamBém nos torna conscientes das difeK ren&as entre o entendimento de "srael da+uele salmo e o nosso entendimentoF A+ui a analogia pode a?udarKnos a ligar a distncia e pregar CristoF 0or e:emploH ao pregar soBre a conss(o de "srael O E0KOC é o meu pastar QSi 3-RH podemos usar a analogia para destacar ou +ue o Sen2or é nosso pastor somente por meio de Jesus CristoH ou +ue Jesus disseW Eu sou o Bom pastor 0o *;F**RF Ao pregar soBre .eli1es s(o a+ueles cu?o pra1er est> na lei do E0KOC2 QcfF S" *RH podemos aplicar a analogia para di1er $emKaventurados os +ue t@m pra1er na lei de Cristo QcfF Mt K)H as BemKaventuran&as seguidas da lei de CristoRF Ao pregar !eus é nosso refPgio e fortale1a QS" 6RH podemos usar a analogia para proclamar +ue !eus somente é nosso refPgio +uando estamos em CristoF O uso da analogia na prega&ão da saBedoria 0regar Cristo a partir da literatura de saBedoria é difcilH por+ue a saBedoria , Baseada em oBserva&(o de padr'es regulares dentro da cria&(o de !eusF Mas a+uiH tamBémH a analogia pode a?udarH muitas ve1es condu1indo as pessoas aos ensinos de JesusH pois Jesus era considerado um mestre de saBedoria_ as pessoas maravil2avamKseda sua doutrinaH por+ue os ensinava como +uem tem autoridade e n(o como os escriBas QMe *F33RF Na saBedoriaH ele foi maior do +ue Salom(o Qc **F-*_ cf 3F3_ )F-RF !e fatoH sua forma predominante de ensinar era a par>Bola :parabole no lieBraicoma!a4 l tamBém tradu1ido \proverBial uma forma de saBedoria se 0or e:emploH a prega&(o soBre Buscar a saBedoria como prata e tesouros
escondidos Q0v 3FR poder> empregar a analogia para c2egar até JesusH de +uem 0aulo escreve +ue em +uem todos os tesouros da saBedoria e do con2ecimento est(o ocultos QC" 3F-RF Ao pregar soBre N(o te fatigues para seres ricoFFH porventura tar>s os ol2os na+uilo +ue n(o é nada Q0v 3-FHR podemos usar a analogia para ir ao ensino semel2ante de JesusW N(o acumuleis para vs outros tesouros soBre a terraH onde a tra&a e a ferrugem corroem e onde ladr'es escavam e rouBam QMt 6F*9RF Ao pregar soBre a estran2a ora&(o N(o me d@s nem a poBre1a nem a ri+ue1a_ d>Kme o p(o +ue me for necess>rio Q0v -;F8RH podemos usar a analogia para nos mover até o ensino de Jesus de pedir ao Sen2or O p(o nosso de cada dia d>Knos 2o?e QMt 6F**RF
, camin!o dos temas longitudinais Até a+uiH os camin2os para pregar Cristo a partir do Antigo Testamento t@m sido diretamente ligados , 2istria redentoraW os métodos de progress(o 2istricoKredentoraH promessaKcumprimentoH tipologia e analogiaF Os presaKmos tr@s camin2os +ue e:aminaremos est(o mais intimamente associados , 2istria da revela&(oF A 2istria da reden&(o e a 2istria da revela&(o est(oH é claroH estreitamente ligadasH pois a 2istria da revela&(o acompan2a a 2isK tria da reden&(oF\)
A ?istória da revela"ão é a ?istória do [er/6 de eus, ou seja, da pro clama"ão relevante de eus a seu povo em estágios diferentes da ?istória redentora. &ssa proclama"ão é relevante para Israel em cada estágio, porque possui um foco redentor, isto é, o objetivo de eus é ensinar a Israel sobre si
mesmoH seu plano e sua vontadeH a m de salvar o seu povoF Esse [er/gma ainda é relevante 2o?eH mas devido , progress(o nas 2istrias da reden&(o e da revela&(oH seus temas precisam ser reconstitudos através do Novo TestamentoH a m de se estaBelecer sua mensagem para a igre?a de 2o?eF
Teologia b8blica No Captulo H notamos dois temas do Antigo Testamento +ue o Novo Testamento desenvolveuW os temas de reden&(o e o da e:ig@ncia de sacrifciosF L claro +ue o Novo Testamento desenvolve muitos outros temas do Antigo TestamentoF o?e é especialmente a disciplina da Teologia $Blica +ue nos a?uda a reconstituir temas longitudinais do Antigo Testamento para o Novo . Os principais temas do Antigo Testamento +ue funcionam como estradas para a pessoaH a oBra e o ensino de Cristo s(o o reino de !eus Qreinado e
e mBitoRH a provid@ncia de !eusH a alian&aH a presen&a de !eusH o amor de !eusH a gra&a de !eusH a ?usti&aH a reden&(oH a leiH o pecado e ofertas pela culpaH a preocupa&(o de !eus com os poBresH o MediadorH o !ia do Sen2or e assim por dianteF Edmund Clo^neZ sugere fa1er as seguintes perguntasW
encontra cumprimento em CristoFX
E:emplos de temas longitudinais Alguns e:emplos podem esclarecer como os temas longitudinais podem ser empregados como modo de pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoF Num serm(o soBre Jac em $etel QCri 38F*;K33RH o tema é +ue !eus estar> com %acó enquanto ele via ja para uma terra estran?a 1vs. 43,:6C cf. vs. 45,4=7, /odemos remontar este tema da presen"a de eus com seu povo D nuvem e D coluna de fogo que dirigiam e protegiam Israel durante o ()odo, a nuvem no tabernáculo que viajava com o povo através do deserto, a nuvem no templo no meio de Israel, a presen"a de eus com seu povo emjcsus 1&manuel, 0t 4.:;7, a promessa do Len?or ressurreto9 '&is que estou convosco todos os dias até D consuma"ão dos séculos' 10t :2.:67 até o derramamento do &sprito Lanto 1Ar :7 e a nova cria"ão quando o próprio 'eus ?abitará com eles' 1Ap :4,;7. -o sermão não é necessário mencionar todos esses pontos, para que não fique pesado, cansativo ou previsvel, mas o camin?o para !risto fica claro. sseis ricos Q3Co 8F8H9RF A+ui e:iste uma clara liga&(o d a lei de dar o di1imo com Jesus CristoW depois do sacrifcio de Cristo para nos salvarH nosso dar n(o deve ser mais uma +uest(o de oBservar uma lei e:ternaH mas de dar generosamente a partir de um cora&(o grato em ra1(o do surpreendente dom de Jesus CristoF Os pregadores t@m sempre diculdades em pregar Cristo a partir de uni livro como 0rovérBiosF MasH conforme vimos com o método da analogiaH uma rela&(o frutfera pode ser feita ligando 0rovérBios com o ensino de JesusF A+uiH do mesmo modoH podemos ligar o tema da passagem mediante temas longitudinais com o prprio ensino de JesusF Supon2a +ue +ueiramos fa1er um serm(o soBre 0rovérBios 8F33K-6H a passagem +ue contém a se&(o famosa soBre a parte da saBedoria na cria&(oF 0odemos ser tentadosH como os pais da igre?aH a ir diretamente para Jo(o *F*K-H Colossenses *F* ou Apocalipse -F* para fa1er a liga&(o com CristoH o ogos eternoF Mas isso seria prematuroF TnivérBios 8 é uma representa&(o poética do atriButo de saBedoria de !eus sem inten&(o estritamente proféticaF Antes de procurar uma maneira de pregar CristoH devemos primeiramente estaBelecer o tema da passagemF O tema pode ser resumidoH penso euH
com as palavras do versculo -W O +ue me ac2a a saBedoria ac2a a vidaF Iericando uma concordncia soBre como em outros lugares 0rovérBios liga a saBedoria com a vida c2egaremos a 0rovérBios -F*8W Ela a saBedoria é >rvore de vida para os +ue a alcan&amF =rvore de vida lemBra a >rvore da vida no paraso Q#n 3F9R ` a >rvore da +ual !eus Baniu a 2umanidade depois da +ueda em pecado Q#n -F3RF O tema do acesso , >rvore da vida vai praticamente para o suBterrneo nessa alturaH para surgir completamente somente com a nova cria&(o QAp 33F3RF ContudoH o ponto principal de nossa passagem é +ue encontrar a saBedoriaH ordenar a vida de
acordo com a ordem da cria&(o de !eusH encontrar a vida ` vida semel2ante , +ue 2avia no parasoF Mas o Novo Testamento nos ensina +ue s Cristo aBre novamente a porta para a >rvore da vidaF AgoraH uma rela&(o mais frutfera para a prega&(o de Cristo com Base em 0rovérBios 8F33-6 se aBreW n(o uma rela&(o com CristoH o ogos eterno de Jo(o *H mas Cristo saBedoria de !eusF 0aulo fa1 essa rela&(o em * Corntios *F-;H onde escreK veW O +ual se nos tornouH da parte de !eusH saBedoriaH e ?usti&aH e santica&(oH e reden&(o FFFFFF &' é
, camin!o das referDncias do Govo -estamento Os autores do Novo Testamento fre+Ventemente usam uma passagem do Antigo Testamento para apoiar sua mensagemF O pregador pode ver essas refer@ncias ao vericar os ap@ndices do Novo Testamento gregoH uma Boa concordnciaH uma Boa $Blia de refer@ncias ou o TreasurZ of Scripture Zno4ledge%6 !evemos lemBrarH é claroH +ue nem sempre podemos seguir os escritores do Novo Testamento em seu uso do Antigo TestamentoW +uando pregamos soBre * Crnicas -H n(o podemos usar o nPmero * de Mateus Q!aviR e +uando pregamos soBre Sara e agar Q#n 3*F8K3*R n(o podemos utili1ar a alegoria de 0aulo em #>latas F Com outras refer@ncias tamBémH devemos manter em mente +ue os autores do Novo Testamento n(o pretenK dera dar uma interpreta&(o denitiva de passagens do Antigo TestamentoH mas usam Qver ppF 3*8K33;R o Antigo Testamento para sustentar suas prprias mensagens particularesF O uso casual de Gil2elm Iisc2er de uma liga&(o com um te:to do -ovo Testamento Qver pF *96R nos adverte +ue as refer@ncias e alus'es do -ovo Testamento devem ser usadas com cuidadoF
O uso de refer.ncias do $o%o Testamento Muitas refer@ncias do -ovo Testamento consistem nos camin2os da promessaKcumprimentoH da tipologia ou dos temas longitudinaisF Se os pregadores n(o conseguirem descoBrir esses camin2os por si mesmosH essas refer@ncias do -ovo Testamento já s(o uma Boa corre&(o das fal2as de oBserva&(oF Se os pregadores já tiverem descoBerto +ual+uer desses camin2osH as refer@ncias do -ovo Testamento servem n(o somente como conrma&(oH mas tamBémH muitas ve1esH podem ser usados como passos no serm(o para dei:ar claro o ponto para a congrega&(oF Além dissoH as refer@ncias e alus'es do -ovo TesK tamento podemH ,s ve1esH oferecer um elo inesperado com Cristo no Novo TestamentoF 0or e:emploH os interessantes
paralelos +ue Mateus fa1 entre a vida de Elias e de Jo(o $atista e de Eseu e Jesus poderiam ser usados para pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoF
Eemp&os do uso de refer.ncias do $o%o Testamento Na prega&(o Baseada numa narrativa do Antigo TestamentoH podeKse fre+Ventemente encontrar unia refer@ncia ou alus(o do Novo Testamento +ue sirva como liga&(o , prega&(o de CristoF 0or e:emploH ao pregar soBre a ordem de !eus a ABra(o de sacricar a "sa+ueW Toma teu l2oH teu Pnico l2o "sa+ueH a +uem amasH e vaiKte , terra de Mori_ ofereceKo ali em 2olocaustoFFF Q#n 33F3RH deveKse notar +ue Jo(o fa1 alus(o a essa passagem em seu famoso trec2o !eus amou ao "nundo de tal maneira +ue deu o seu .il2o unig@nitoFFF Q-F*6RF A alus(o +ue Jo(o fa1 possiBilita ao pregador destacar +ue o grande sacrifcio +ue !eus impediu ABra(o de fa1erH o prprio !eus fe1W amou o mundo de tal forma +ue sacricou seu Pnico .il2oF OuH ao pregar soBre o son2o de Jac em $etelH Eis posta na terra uma escada cu?o topo atingia o céu_ e os an?os de !eus suBiam e desciam por ela Q#n 38F*;33RH uma refer@ncia do Novo Testamento oferece uma forma de pregar Cristo com Base nessa passagemH pois Jesus emprega essa imagem para si mesmoW Em verdadeH em verdade vos digo +ue vereis o céu aBerto e os an?os de !eus suBindo e descendo soBre o .il2o do omem ;o *F*RF Ao pregar soBre uma lei do Antigo TestamentoH podeKse usar tamBém as refer@ncias do Novo Testamento como forma de pregar CristoF #eralmenteH a liga&(o na lei ser> com o ensino de JesusH o novo MoisésF O serm(o do monte QMt K)R oferece muitas dessas liga&'esF Outro e:emploW +uando pregar soBre oferecer o di1imo Q!t 36F*3K*RH o pregador pode ir dessa lei para o ensino de Jesus em Mateus 3-F3-W Ai de vsH escriBas e fariseusH 2ipcritasH por+ue dais o d1imo da 2ortel(H do endro e do comin2oH e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da leiW a ?usti&aH a misericrdia e a fé_ deveisH porémH fa1er estas coisasH sem omitir a+uelas 36
A prega&(o soBre a profecia tamBém permite +ue se empregue refer@ncias do Novo Testamento como pontes para pregar CristoF 0or ve1esH o prprio Jesus cita a passagem soBre
a +ual se est> pregandoH dei:ando claro o métodoF Outras ve1esH a refer@ncia pode ser mais sutilF Ao pregar soBre "saas ;FK**H lemos no versculo W O Sen2or !eus me deu lngua de eruditosH para +ue eu saiBa di1er Boa palavra ao cansadoF Em Mateus **F38H ouvimos Jesus di1erW Iinde a mimH todos os +ue estais cansados e soBrecarregadosH e eu vos aliviareiF Mas o versculo 6 do trec2o em "saas tem uma refer@ncia ainda mais clara no Novo TestamentoW Ofereci as costas aos +ue me feriamH e as faces aos +ue me arrancavam os caBelos_ n(o escondi o meu rosto dos +ue me afrontavam e me cuspiamF En+uanto Jesus e seus discpulos camin2am em dire&(o a JerusalémH Jesus di1W Eis +ue suBimos para JerusalémH e o .il2o do omem ser> entregue aos principais sacerdotes e aos escriBasFFF 2(o de escarnec@KloH cuspir neleH a&oitKloe mat>Klo_ masH depois de tr@s diasH ressuscitar> QMc *;F--H-RF 0ara +ue 2a?a um serm(o unicadoH provavelmente o pregador selecionar> apenas uma das refer@ncias do Novo TestamentoF Nesse casoH a refer@ncia ao versculo 6 é mel2orH por+ue é o mais pr:imo do tema da passagem de "saasF
Assim tamBémH ao pregar soBre os Salmos podemos encontrar passagens do Novo Testamento +ue se referem ao prprio te:to selecionadoF o mundo com ?usti&a podem ser ligadas ,s palavras de JesusW E o 0aia ninguém ?ulgaH mas ao .il2o conou todo ?ulgamento Go F33_ cfF 3Tm F*RF A prega&(o de Cristo a partir da literatura de saBedoria pode tamBém ser Beneciada pelas refer@ncias do Novo TestamentoF 0or e:emploH se o te:to escol2ido é 0rovérBios *F39W O E0KOC est> longe dos perversosH mas atende D ora&(o dos ?ustosH o rema de atender a ora&(o dos ?ustos nos lemBra eBreus F*6W Ac2eguemoKnosH portantoH conadamenteH ?unto ao trono da gra&aH a m de
receBermos misericrdia e ac2armos gra&a para socorro em ocasi(o oportunaF Essa refer@ncia do Novo Testamento condu1Knos a JesusH +ue n(o somente nos ensinou como orarH como tamBémH sendo nosso Sumo SacerdoteH aBriu as lin2as de comunica&(o com !eusH de forma +ue podemos ter certe1a de +ue !eus ouvir> a ora&(o do ?ustoF
O camin2o
do contraste
!evido D progress(o nas 2istrias de reden&(o e da revela&(oH n(o deve surpreender +ue a mensagem de um te:to do Antigo Testamento por ve1es estar> em contraste comado Novo TestamentoF 0ensamos imediatamente nas leis cerimoniais do Antigo TestamentoH nas leis civis e nas c2amadas impreca&'es de alguns dos salmosF Mas podemos encontrar contraste até mesmo na ordenan&a inicial da alian&a +ue funcionou durante dois mil anosF O +ue tem oito dias ser> circuncidado entre vsH todo mac2o nas vossas gera&'esFFF o incircuncisoH +ue n(o for circuncidado na carne do prepPcioH essa vida ser> eliminada de seu povo_ +ueBrou a min2a alian&a Q#n *)F*3H *RF O contraste é +uase total entre essa antiga ordenan&a e a decis(o do primeiro conclio da igre?a crist(W 0areceu Bem ao Esprito Santo e a ns n(o vos impor maior encargoFFF QAt *F38H39RF Até mesmo o vener>vel e presumivelmente intemporal !ec>logo é envolvido na progress(o da 2istria redentora +uando prescreve para os tempos do Antigo TestamentoW Mas o sétimo dia é o s>Bado do E0KOC, teu !eus_ n(o far>s nen2um traBal2o QD: 3;F*;RF No Novo TestamentoH vemos uma mudan&a gradativa do sétimo dia da semana para o primeiro diaH o dia do Sen2orH para celeBrar a ressurrei&(o de nosso Sen2or Q* Co *6F3_ cfF %m *F_ C*3F*6RF "sso n(o signica +ue essas passagens do Antigo Testamento n(o possam ser pregadas 2o?e , igre?a crist(H mas somente +ue devem ser proclamadas , lu1 da revela&(o nal de !eus em Cristo eH assimH , lu1 de possveis contrastesF Se o contraste for e:tremoH porémH seria mel2or pregar soBre o te:to do Novo Testamento eH desse nguloH mostrar o contraste com o Antigo TestamentoF
# caminho do contraste , centrado em Cristo O camin2o do contraste é claramente centrado em CristoH pois ele é o principal respons>vel por +uais+uer mudan&as entre as mensagens do Antigo e cio Novo TestamentoF .oi o sacrifcio Pnico de Jesus +ue cumpriu todas as leis cerimoniais de sacrifcioF .oi sua miss(o ,s na&'es +ue levou a igre?a para além das leis civis de "srael_ esse alcance dos gentios levou tamBém , decis(o de eliminara e:ig@ncia da circuncis(oF .oi o ensino de Jesus +ue mudou as impreca&'es dos Salmos conforme eram entendidas de modo comumH pois ele ensinouW Amai os vossos inimigosH fa1ei o Bem aos +ue vos odeiam_ Bendi1ei aos +ue vos maldi1emH orai pelos +ue vos caluniam Qc 6F3)H38RF E foi a ressurrei&(o de Jesus +ue mudou do sétimo diaH o s>BadoH para o primeiro dia da semanaH o !ia do Sen2orF Em sumaH a pessoaH a oBra e o ensino de Jesus Cristo s(o as principais ra1'es para os contrastes +ue oBservamosF9* SoB o camin2o do contrasteH podemos incluir tamBém um camin2o para CristoH muitas ve1es tril2ado por Spurgeon [ um camin2o +ue come&a com os proBlemas encontrados no Antigo Testamento e +ue leva , solu&(o em Jesus CristoF 0or e:emploH o te:to do Antigo Testamento pode nos convencer da gravidade do pecadoH pode nos confrontar com um !eus ?usto e santo e pode nos lemBrar do !ia do ?ui1oF Esses proBlemas gritam por uma solu&(oH e a solu&(o se encontra em Jesus CristoF Cristo é a resposta aos proBlemas do Antigo TestamentoF E :e mp lo s d o c am in 2o d o contraste em diversos g@neros da literatura 0ara concluir esta forma nal de pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoH ser> Ptil fa1er uma lista de alguns e:emplos tirados de diferentes géneros da literaturaF Na narrativa do Antigo TestamentoH o contraste pode tornarKse evidente de diversas formasF 0or e:emploH diversas ve1es !eus instrui a "srael para atacar as cidades dos cananeus e ani+uilar seus 2aBitantesW !as cidades destas na&'es +ue o E0KOC, teu !eusH te d> em 2eran&aH n(o dei:ar>s com vida tudo o +ue tem flegoFFF destruK "asK>s totalmenteFFF Q!E 3;F*6H*)RF Os 2aBitantes deviam ser dedicados ao E0KOC para a destrui&(o "c!eremF pF e:FH Js 6F*)H3*_ *;F38K;RF Mas depois da vinda de Cristo e , lu1 de seu ensinoH nen2uma na&(o tem direito de condu1ir uma guerra santa e
cometer o genocdioF Muitas ve1esH o contraste pode tamBém ser usado ?unto com algum dos outros métodosF 0or e:emploH ao pregar soBre o ?ui1 #ide(oH notamos +ue ele é oBediente a !eus em destruir o altar de $aal e salvar "srael dos midianitasH masH mais tardeH ele ergue uma estola sacerdotal e desvia "srael do Sen2or Oz 9-8$ Uma comBina&(o de tipologia e contraste leva , prega&(o de Cristo como o Salvador perfeitoH +ue nos liBerta dos pecados e dos inimigosH incluindo a morteH e nos liga ao 0ai numa rela&(o de alian&a +ue ?amais ser> +ueBrada Mo *;F3)K-;RF 0ara usar outro e:emploH Esdras e Neemias atestam para a e:pans(o da santidade além dos conns do temploH para incluir toda a cidade de JerusalémF Mas permanecem os limites claros entre o santo e o profanoH o limpo e o impuroH o ?udeu e o gentioF L Jesus Cristo +ue derruBa a \parede de separa&(o\F 0rimeiroH ele rasga o véu +ue separava o Santo dos Santos do restante da cria&(o\F SegundoH ele demole a divis(o da 2umanidade +ue separa ?udeu e gentio QEf 3F* *8R ,
O2
Contraste na prega&(o da lei do Antigo Testamento Ao pregar soBre a lei do Antigo Testamento [ por e:emploW N(o ter>s outros deuses diante de mim QD: 3;F-R [ somos confrontados com a incapacidade de "srael e nossa de guardar a lei de modo perfeitoF A solu&(o para esse sério proBlema se encontra em Jesus Cristo e sua ?usti&a perfeitaF !e fatoH 0aulo escreve +ue a lei foi nosso aio "paidagogos' para nos condu1ir a Crista Q#" -F3RF Ao pregar a leiH podemos usar tamBém o contraste em comBina&(o com outros meiosF EmBora as leis do Antigo TestamentoH +ue e:igiam sacrifcio de sangueH fossem cumpridas pelo sacrifcio de CristoH nesta era do Novo Testamento !eus ainda re+uer um sacrifcioW Apresenteis o vosso corpo por sacrifcio vivoH santo e agrad>vel a !eus Quma comBina&(o de tipologiaH contraste e temas longitudinaisRF OuH ao pregar um mandamentoW emBra do dia de s>BadoH para o santicar QD: 3;F8RH é necess>rio contrastar o sétimo dia do Antigo Testamento com o primeiro dia do Novo TestamentoF Um dia entre sete ainda é separado como dia especial para se adorara !eus Q*
Contraste na pregação da Profecia Na profecia do Antigo TestamentoH o contraste muitas ve1es se revelar> em profecias +ue se limitam , restaura&(o de "srael como entidade nacionalH en+uanto o Novo Testamento vai muito além disso para a restaura&(o de !eus de todas as na&'es e de toda a cria&(o QpF e:FH %m 8F*9K3*_ Ap 33F *H3RF Mas e:istem contrastes mais especcosF 0or e:emploH E1e+uiel nos informa +ue viu a apar@ncia da glria do E0KOC2 E0KOC2 QE1 *F38RF Note +ue ele est> a dois passos de ver a glria do SrtH H+u'. +u'. 0elo método do cont contras raste teHH Jo(o Jo(o di1 di1 ver ver a glr glria ia do Sen2 Sen2or or dire direta tame ment nte e em JesusW E o IerBo se fe1 carne e 2aBitou entre nsH c2eio de gra&a e de verdadeH e vimos a sua glriaH glria como a do unig@nito do 0ai Uo *F*RF Além dissoH E1e+uiel proclamou a mensagem mensagem do Sen2or a "sraelW "sraelW n(o s(o os l2os l2os dos pecadoresH pecadoresH mas somente a alma +ue pecarH essa morrer> QE1 *8F_ cfF Jr -*F-;RF EmBora a mensagem este?a em clar claro o cont contra rast ste e com com ensi ensina name ment ntos os mais mais anti antigo goss do Anti Antigo go Testam estamen ento to Qver E: 3;FRH 3;FRH o contras contraste te com o ensino ensino do Novo Novo Testamen estamento to mostra mostra +ue n(o preci recissamo amos morrer rer pelos los nos nossos sos pecadosH por+ue Cristo ?> o fe1 por nsF
dos Sal'os Contraste na pregação dos O contraste na prega&(o dos Salmos geralmente é associado prega&(o dos c2amados salmos imprecatriosF imprecatriosF Em diversos SalmosH ouvimos ora&'es ao Sen2or pedindo para vingar seu povo e fa1er plena ?usti&aF Ainda se ouvem ouvem tais ora&'es no Novo TestamentoH por e:emploH em Apocalipse 6F *;W Até +uandoH 6 SoBerano Sen2orH Sen2orH santo e verdadeiroH n(o ?ulgasH nem vingas o nosso sangue dos +ue 2aBitam 2aBitam soBre a BerraF Mas alguns salmos parecem e:pressar n(o s o dese?o de ?usti&a de !eusH m as as tamBém retalia&(oF 0or e:emploH o Salmo *-) reete as terrveis e:peri@ncias de "srael na $aBilnia e e:clamaW .il2a da $aBilniaH +ue 2>s de ser destrudaH feli1 a+uele +ue te der o pago do mal +ue nos 1esteF .eli1 a+uele +ue pegar teus l2os l2os e esma esmag> g>Kl Klos os con cona a a pedr pedra a QS" QS" *-)F *-)F8H 8H9R 9RFF No Salmo Salmo *;9H *;9H ouvimos a ora&(o do salmista falando da pessoa +ue n(o se lemBrou de usar misericrdiaH mas perseguiu o aito e o necessitadoH como taraH Bem o +ueBrantado de cora&(oH para os entregar , ni QvF *6RF Os seus dias se?am poucosFFF +uem rf(os os seus l2osFFF andem errantes os seus l2os e mendiguemFFF na lemBran&a do L&-+$, viva a ini+Vidade de seus paisH e n(o se apague o pecado de sua m(e QS" *;9F *;9F8K 8K* *RF RF Se esse essess s(o s(o dese dese?o ?oss dema demasi siad adame amente nte 2umano 2umanoss de vingan& ving an&a a e retalia reta lia&(o &(o ` os estudios estu diosos os n(o concorda conc ordam m a respeito dissoX ` ent( ent(o o prec precis isam amos os cont contra rast star ar tais tais pens pensam amen ento toss com com o ensino de JesusF Amai os inimigos e orai pelos +ue vos perseguem me
o
QMt F_ cfF * Co *-F*-RH e com sua prpria ora&(o +uando na cru1W 0aiH perdoaKl2esH por+ue n(o saBem o +ue fa1em Qc 3-F-RF*;\ 0odemosH no entantoH entan toH usar tamBém o contraste com outros salmosF salmos F 0or e:emplo e:emploHH o Salmo Salmo é um lame lament nto o nacion nacional al soBre soBre o sofrim sofrimen ento to de "sraelF "sraelF "srae "sraell clamaW clamaW MasH MasH por amor de tiH somos somos entregues , morte continuamenteH somos considerados como ovel2as para o matadouroF !esperta 0or +ue dormesH E0KOC !esperta n(o nos re?eites para sempre QvsF 33H3-RF O salmo termina com o urgente urgente pedidoW evantaKt evantaKte e para socorrerKnos socorrerKnos e resgataKnos por amor da tua Benignidade Benigni dade QvF QvF 36RF Um pregador crist(o pode fa1er mais +ue rearmar esse pedido por socorro em tempo de ai&(oF ai&(oF Uma refer@ncia do Novo Testamento Testamento mostra +ue 0aulo 0aulo cita o versculo 33 em %omanos 8H onde fala soBre a persegui&(o persegui&(o e o sofrimento da igre?aF Mas em contraste contraste com o pedido de socorro socorr o do salmistaH salmistaH 0aulo d> a seguran&a seguran&a de +ueH no meio do prprio prprio sofrimento sofrimento menci menciona onado do por esse SalmoH somos mais +ue vencedoresH por meio da+uele +ue nos amouF 0or+ue estou Bem certo de +ue nem a morteH nem a vidaH nem os an?osH nem os principadosH nem as coisas do presenteH nem do porvir porvirH nem os poderesH poderesH nem a alturaH alturaH nem a profundidadeH profundidadeH nem +ual+uer outra criatura criatura poder> separarKnos do amor de !eusH +ue est> em Cristo JesusH nosso Sen2or Q%oi 8F- )K-9RF !eus n(o est> dormindo en+uanto ns sofremosF Ele nos redimiu em ra1(o do amor da sua Benignidade QS" F36RF Este amor e esta seguran&a nos pertencem em Cristo JesusH nosso Sen2or Q%iu 8F-9RF
9ontraste na pregação da da >iteratura de a-edoria Eclesia Eclesiaste stess **F)K* **F)K*3F8 3F8 nos d(o ocasi(o ocasi(o para para pregar pregar soBre o import important ante e temaW temaW #o1a a vidaH lemBrando do teu Criador antes de virem os dias de adversidadeF !a primeira ve1 +ue 1 um serm(o serm(o soBre soBre essa essa passa passagem gem para para um um culto culto de ?ovensH ?ovens H eu relutei um pouco po uco e n(o falei do versculo vers culo 8H +ue conclui a passagem com a oBserva&(oW Tudo +uanto sucede é vaidadeF Na épocaH me pareci parecia a +ue uma conclus( conclus(o o pessimi pessimista sta estragari estragaria a uma Boa mensage mensagemF mF o?e o?e eu incluiria incluiria o *; versculo versculo 8H n(o s por+ue por+ue fa1 parte parte da unidade unidade do te:toH te:toH mas tamBém tamBém por+ue por+ue ela ela me possiBilita tornar mais poderosa a mensagemH devido ao contrasteF 0ara o pregadorH a morte acaBa com tudo Qver QverHH pF e:FH Eclesias Eclesiastes tes 3F*6H3*_ -F*8K3*_ 9F3K6RH da a repeti&(o contnua de vaidade de vaidad vaidadesF esFFF FF tudo tudo é vai vaida dade deF F MasH MasH com como o cris crist( t(os os do Novo Novo Tes Testa tame ment ntoH oH saBe saBemo moss +ue +ue Cristo Cristo venceu venceu a morte e essa vitria surpreendente tamBém d> uma perspectiva
diferente da vidaF Essa passagem pede claramente para ser contrastada com o poderoso captulo de 0aulo soBre a ressurrei&(oH * Corintios *F A morte foi vencidaF #ra&as a !eusH +ue nos d> a vitria por meio de nosso Sen2or Jesus CristoF !epoisH 0aulo concluiW\0ortantoH meus amados irm(osH sede rmesH inaBal>veis e sempre aBundantes aB undantes na oBra oBr a do Sen2orH saBendo +ueH no Se S e n2orH n2orH o vosso traBal2o n(o é v(o QlCo *F)H8RF *F)H8RF 0aulo mostra um reverso impressionante de tudo é vaidade para no Sen2or vosso traBal2o n(o é v(o [ tudo por+ue Jesus ressuscitou dentre os mortosF
"sso completa nossa discuss(o soBre os camin2os cristoc@ntricos de pregarmos Cristo a partir do Antigo TestamentoW o camin2o da progress(o 2istricoKredentoraH 2istricoKredentoraH da promessaKcumprimentoH da tipologiaH da analogiaH dos temas longitudinaisH das refer@ncias do Novo Testamento Testamento e do contrasteF 0elo fato de esses camin2os se
soBreporemH n(o devemos car preocupados em nos aterm atermos os aos aos parmetros de determinado métodoF métodoF Nossa preocupa&(o deve serW ser W este serm(o prega Cristo $rZan C2apell sugere +ue todo pregador deve perguntar ao nal de seu serm(oW +uando meus ouvintes sarem das portas do santu>rio para cumprir a vontade de !eusH com +uem eles andar(oF L uma Boa pergunta para se fa1erH fa1erH pois muitas ve1es v e1es dei:amos as pessoas tendo de c2egar so1in2as ,s conclus'esH ou podemos até ter dei:ado a impress(o de +ue elas podem fa1er isso pelas prprias for&asF Se o serm(o levou todas as pessoas , vis(o do Salvador e agora elas entram rmemente em seu mundo com a sua a?uda em suas m(osH ent(oH a esperan&a e a vitria Bril2am em seu 2ori1onteF Se as pessoas saem so1in2as ou de m(os dadas com o Salvador marcar> a diferen&a entre a futilidade e a féH entre o legalismo e a verdadeira oBedi@nciaH entre apenas fa1er o Bem e a verdadeira piedadeH 5A7
Passos do te/to do Antigo Testamento para o sermão cristoc.ntrico "# no h( sal)a*o em nenhum outro+ or-ue aai/o o u no e/iste nenhum outro nome, ao entre os homens, elo -ual imorta -ue seamos sal)os." 4ero, tos .12
>rio >rioss estu estudi dios osos os t@m t@m prop propos osto to algu alguns ns pass passos os +ue +ue o preg pregado adorr I
precisa se guir guir para para se move moverr com com mais mais resp respon onsa saBi Bili lida dade de do te:t te:to o para para o serm(oF serm(oF\\ .red CraddocY oBservaW L essencial essencial +ue o procediment procedimento o condu1a sem atropelos para um te:to e através deleH e +ue se?a sucientemente simples para ser seguido +uase inconscientementeFFF Um método ser> mais frutfero +uando tiver se tornado um 2>Bito t(o confort>vel +uanto um vel2o casacoF\Sugiro +ue os seguintes passos B>sicos se?am sucientemente simples para se tornarem um 2>Bito por toda uma vida de d e ministério frutfero na 0alavra *F Se&e"ione uma unidade de teto tendo em %ista as ne"essidades da "ongregaão> 3F 3eia e re&eia o teto em seu "onteto &iterário> -F Eso"e a estrutura do teto> "nterprete o te:to em seu prprio conte:to 2istricoF F 2ormu&e o tema e o o,eti%o do teto> 6F Entenda a mensagem no conte:to do cnon e da 2istria redentoraF @ormule o tema e o ob=etivo ob=etivo do sermão% sermão% . @ormule . elecione uma forma ade
10. Jscreva o sermão em em estilo oral% O nPmero de passos n(o é t(o importante +uanto sua se+V@nciaH pois colocar perguntas no te:to na se+V@ncia errada é pedir diculdades 2ermen@uticas e 2omiléticasF No conte:to deste livro soBre a prega&(o de Cristo a partir do Antigo TestamentoH precisamos aprender principalment princi palmente e em +ue ponto do processo interpretativo interpretativo devemos fa1er as perguntas soBre o método de pregar Cristo e como isso funciona de modo concreto na prega&(o de te:tos do Antigo TestamentoF A m de suprir essa necessidadeH e:aminaremos primeiro os passos se+Venciais do te:to e depois demonstraremos com #@nesis 33 como eles funcionam de modo concreto para desenvolver desenvolver um te:to do Antigo Testamento Testamento para um serm(o cristoc@ntricoF
!e1 pa p a s s o s d o te:to do Antigo Testamento para o sermão cristoc.ntrico uma unidade te/tual tendo Pr i me i ro ro s e l eci ec i o n e uma em vista as necessidades da congrega&ão scoaH precisam ouvir uma palavra do Sen2or a respeito da ressurrei&(oF L evidente +ue as congrega&'es t@m uma grande variedade de necessidades +ue se soBrep'emF Uma das mais B>sicas necessidades é estar e+uipada para o desempen2o do seu servi&oH para a edica&(o do corpo de Cristo QEf F*3R e outraH de ouvir todo o desgnio de !eus QAt 3;F3)RF Uma das necessidades mais rotineiras é ouvir serm'es +ue este?am relacionados ao ano eclesi>sticoW ocasi'es especiais como o Advento ou a scoa e o 0entecoste ` necessidade essa +ue é Bem atendida +uando
os pregadores utili1am um lecion>rioF E uma de suas necessidades mais mais gerais geraisHH em vista vista da falta falta cada cada ve1 maior de con2ec con2ecime imento nto do Antigo TestamentoH TestamentoH é ouvir serm'es Baseados no Antigo Antigo TestamentoF TestamentoF /ara necessidades mais especficas, é necessário fa8er e)egese da congrega"ão e da cultura em que ela vive. %unto com os presbteros, podese perce ber algumas necessidades, como a confusão e dHvida sobre a f é cristã, o medo do futuro, a falta de envolvimento ativo no reino vindouro de eus, a falta de confian"a em eus, a falta de seguran"a de salva"ão, a falta de amor uns pelos outros, a falta de preocupa"ão em promover a justi"a na terra, a falta de con?ecimento de eus e de sua vontade, as tenta"#es dos dolos contemporBneos, o estresse, a triste8a, a ira, a inseguran"a e uma infinidade de outras necessidades. Antes de selecionar um te)to, devemos decidir que necessidade especfica precisa precisa ser tratada tratada nesse sermão. As necessidades da congrega"ão oferecem o objetivo. &m seguida, precisamos de uma flec?a que voe direto para o alvo Y precisamos de um te)to bblico que trate de necessidade semel?ante em Israel caso do -ovo -ovo Testamen stamento to,, da igrej igreja a primi primitiv tiva. a. &ssa &ssa estra estraté tégia gia de ligar ligar os te)tos te)tos com as ou,no caso necessidades nos permite criar serm#es relevantes do come"o ao fim Y serm#es inteiros, que se movam somente entre a necessidade tratada em Israel e a necessidade da igreja de ?oje. &m contraste, ao sele cionar primeiro o te)to e depois tentar aplicar esse te)to a uma necessidade aguda da congrega"ão, pode levar a uma aplica"ão for"ada e antinatural.
Ao procurar um te:to +ue supra uma necessidade semel2ante em "sraelH devemos ter o cuidado para n(o confundir as necessidades de "sraelH a igre?a do Antigo TestamentoH e as necessidades de pessoas como como ABra( ABra(o o ou !aviF !aviF Em cont contra rast ste e com com os +ue +ue se envo envolv lvem em na
prega&(o Biogr>ca ou de personagensH devemos ver as 2istrias soBre ABra(o e !avi como mensagens +ue foram agregadas , $Blia para suprir determinadas necessidades em "sraelF O pregador deve enfo enfoca carr esta esta perg pergun unta taWW de +ue +ue nece necess ssid idad ade e em "sra "srael el este este te:t te:to o trat ratava ava s do te:to te:to SeH ao estuda estudarr maisH maisH descoBrirmos +ue o te:to supria uma necessidade diferente em "srael do +ue a +ue inicia inicialme lmente nte supPn2 supPn2amos amosHH devemo devemoss procur procurar ar outro outro te:to ouH ent(oH desenvolver o te:to selecionado num serm(o +ue supr supra a uma uma nece necess ssid idad ade e dife difere rent nte e da +ue +ue inic inicia ialm lmen ente te tive tivemo moss inten&(o de focali1arF O importante é +ue os pregadores devemH a todo custoH fa1er ?usti&a ao te:to BBlico e n(o torc@Klo para atender a um tema diferente do +ue foi originalmente visto pelo autorF autorF A ra8ão para selecionar uma unidade te)tual bblica como te)to para a prega"ão é fundamentar o sermão na /alavra escrita de eus. $s serm#es e)positivos buscam e)por D congrega"ão atual uma palavra de eus originalmente dita para Israel, ou, no caso do -ovo Testamento, D igreja primitiva. $s pregadores são como torres de transmissão que transmitem a mensagem bblica original de uma gera"ão anterior para a gera"ão atual &les não foram c?amados para inventar sua própria mensagem, mas para passar adiante, de modo relevante, a mensagem divina que se encontra na Mblia. &ste c?amado B fidelidade ao te)to bblico torna a sele"ão do te)to próprio um primeiro passo essencial. Z quase impossvel pregar um sermão bblico ntegro a partir de um te)to mal selecionado. $ te)to selecionado deve ser uma unidade de mensagem Y não uma cláusula, não um fragmento, mas uma unidade literária. Ema unidade de mensagem pode, Ds ve8es, ser apenas uma senten"a 1por e)emplo, alguns provérbios7, mas, em geral, consistirá de um ou mais parágrafos 1especialmente no caso de te)tos de narrativi7R Além do mais, sendo a prega"ão tão importante para os ouvintes, e como os pregadores t(m somente um nHmero limitado de oportunidades de pregar, o te)to selecionado deve proclamar um tema vital.*
Segundo? leia e releia o te/to no no seu seu conte/to &iterário Usan Usando do v>ri v>rias as trad tradu& u&'e 'ess da $Bl $Blia iaHH leia leia e rele releia ia o te:t te:to o no conte conte:to :to do livr livro oF Ness Nesse e est> est>gi gio o inic inicia ialH lH noss nosso o inte intere ress sse e tomar con2ecimen con2ecimento to do grande retratoH retratoH ver a oresta oresta antes de focali1ar focali1ar as >rvoresH com an>lise detal2ada do 2eBraicoF .red CraddocY defende fortemente esse envolvimento espontneoH é
quase ing(nuo, com o te)to. Todas as faculdades da mente e do cora"ão estão abertas, sem preocupa"ão com o que se deve pensar, muito menos com o que vai mais tarde ser dito no sermão. &sse é o tempo de escutar, pensar, sentir, imaginar, perguntar'. = &le adverte contra usar outros recursos de estudo, estudo, como comentários, comentários, nessa fase. '\uando utili8ados utili8ados no tempo certo eles são indispensáveis, mas se abertos cedo demais, eles dominam tudo. eprimem e intimidam o pregador'.
Ao ler o te:to e re etir com cuidado soBre eleH ouvimo s n(o somente a ns mesmosH como tamBém procuramos escutar a congrega&(oF 0odemos envolver a congrega&(o ainda mais diretamente ao lera passagem selecionada em visi tas pa storais F Como um memBro da i gre?a +u e est> morrendo num 2ospital ouve o te:to E uma m(e solteira riosF Confo rme di1 CraddocYW O te:to levantou algumas perguntas a serem procuradas nesses livros eH portantoH esses volumes s(o nossos servosH n(o nosso mestre Além do maisH podemos usar algumas dessas perguntas no serm(oH pois nossos ouvintes no domingo provavelmente ter(o perguntas semel2antesFri Terceiro, esboce
a
estrutura ,o te-to
Nesse est>gioH é 2ora de concentrar a aten&(o no prprio te:to e usar nossas 2aBilidades na lngua 2eBraicaF 0recisamos primeiramente e:aminar soB o signicado da superfcie do te:toH a m de descoBrir e e:por sua estruturaF Se o te:to for uma narrativaH devemos reconstituir a 2istria ou a lin2a de enredoF 0erguntas especcas a serem feitas s(oW +ual é o amBiente O +ue
gerou o conflitoR $ que intensificou o conflitoR $nde o conflito c?ega ao seu clma)R \uando e como o conflito é finalmente resolvidoR & qual o resultado ou a conclusãoR' evemos procurar a resposta de todas essas perguntas e notar as refer(ncias de versculos apropriados. Se o te:to for uma discuss(oH devemos indagar soBre o u:o do argumenH toF indoF O uso do 2eBraico original nos a?uda a ser mais precisos do +ue se traBnH l2armos simplesmente com tradu&'es para a nossa lnguaF 0oderemos demarcar o u:o causal com maior precis(o e notar as estruturas liter>rias como repeti&(oH paralelismo e cl>usulas
(uarto! interprete o te&to no
seu
pr)prio #onte&to *ist)ri#o
Nesse +uarto passoH ser> feita a maioria das an>lises detal2adasF Conforme vimos no captulo 6H ao interpretar o te:to podemos distinguir os os individuais entrela&adosW o liter>rioH o 2istrico e o teoc@ntricoF
Interpreta"ão literária Lob interpreta"ão literária precisamos fa8er duas perguntas básicas9 como o te)to é apresentadoR !om essa pergunta procuramos prestar contas do g(nero do livro, a forma do te)to e as figuras de linguagem dentro do te)to. A segunda pergunta é9 o que ele significa dentro do conte)to deste livroR -o te)to ?ebraico, devemos notar as estruturas retóricas como repeti"ão ou técnica de palavrac?ave 1A ... -... A*7, inclusão 1A ... A7 ou quiasmo 1A ... 4; ... ! ... M*... 07. Todas essas estruturas nos ajudam a determinar a uni, dade te)tual 1do primeiro A ao A final7. /odem também ajudar a determi,
nnr o foco ou tema do te)to9 muitas ve8es a repeti"ão de palavrasc?ave, o centro de uma estrutura quiástica e, por ve8es, os As 1que abrem e fec?am7 de uma inclusão. Na poesia Qcomo tamBém em alguma prosaRH devemos prestar aten&(o aos pmalclismos e se eles s(o sinnimos0 sintéticos ou aruitéticosF ; paralelismo tamBém pode oferecer indica&'es soBre a unidade te:tual como tamBém soBre a mensagem do autorF Na narrativaH além da lin2a de enredo Qpasso -RH devemos notar as cenas e suas interKrela&'esH as personagensH a descri&(o delas QrarasH mas importantes +uando presentesR e seu di>logoH as mudan&as numa fala repetida e os contrastes entre as personagensF Além dissoH devemos procurar ver o narradorH seu ponto de vistaH seu uso de retardo do passoH a m de destacar viradas cruciais na 2istriaH sua avalia&(o das personagens Qraramente presenteRH sua conclus(o e mensagemF Na prosa não.narrativa0 devemos ir além de fa1er uma lista das principais armativas Qpasso -R para o acréscimo de detal2es de cl>usulas e frases modicadorasF Essa an>lise liter>ria precisa ser comBinada com a an>lise gramatical em +ue fa1emos perguntas soBre verBosH advérBiosH suBstantivosH pronomes e ad?etivos Qgram>ticaRH Bem como a estrutura da senten&a Qsinta:eRF !epois de condu1ir os estudantes por uma detal2ada an>lise retrica do te:to 2eBraicoH Eli1aBet2 Ac2temeier concluiW Se um pregador estuda uma passagem em tantos detal2esH ser> muito difcil dei:ar de entender seu signicadoF Acima de tudoH a mensagem do te:to forma o pensamento do pregadorH e n(o viceKversaF L dessa cuidadosa an>lise do te:to +ue nascem todos os serm'es verdadeiramente BBlicosF AntesH porémH +ue possamos decidir soBre a mensagem do te:toH precisamos determinar a fun&(o da passagem no conte:to do livroF Nesse pontoH a interpreta&(o liter>ria se mescla , interpreta&(o 2istricaH procurando entender a mensagem do te:to dentro de seu prprio mBito 2istricoF
Interpreta"ão %ist*ica Ao fa1er a interpreta&(o 2istricaH precisamos fa1er duas perguntas B>sicasW primeiroH +ual era o signicado intencionado pelo autor para seus ouvintes originais %espondemos a essa pergunta Buscando respostas ,s cinco coH
n2ecidas perguntasW +uem escreveu o te:to 0ara +uem sicaF &ssa segunda pergunta básica é9 qual a necessidade dos ouvintes que o autor busca atenderR Todo te)to tem uma pergunta por trás do te)to, uma questão que levou o te)to D e)ist(ncia. /ode ser a idolatria, ou a falta de con?ecimento, ou a falta de justi"a, ou a falta de amor ao pró)imo, ou as alian"as estrangeiras, ou o e)lio, ou a confian"a errada em grandes e)ércitos. %untando o significado descoberto na interpreta"ão literária com os indcios de significado e)istencial oferecidos pela interpreta"ão ?istórica, teremos uma boa idéia da mensagem original do autor. Z de vital importBncia entender essa mensagem original, pois ela oferece um ponto de controle objetivo em contraposi"ão a interpreta"#es subjetivas e arbitrárias. &specialmente quando nosso interesse é a prega"ão centradr, em !risto, que é, corno já vimos, aberta D manipula"ão subjetiva, entendera mensagem original pode ajudar a evitar a alegori8a"ão, a tipologi8a"ão e outros modos arbitrários de pregar !risto a partir dos te)tos do Antigo Testamento. /rimeiro, e acima de tudo, precisamos fa8er justi"a D mensagem original.
"nterpreta&(o teoc@ntrica A principal pergunta quando se fa8 a interpreta"ão teoc(ntrica é9 o que essa passagem revela a respeito de eus, seus atos redentores, sua alian"a, sua gra"a, sua vontade para seu povoR A pergunta sobre eus em rela"ão a seu povo é provavelmente a mais importante para se fa8er, a fim de evitar a prega"ão de imita"ão moralista que tanto prevalece ?oje em dia. /ois basicamente a Mblia é a respeito de eus9 é sua autorevela"ão a seu povo. &ssa revela"ão naturalmente inclui a vontade de eus para seu povoC mas, em geral, isso é revelado por meio de leis e diretri8es divinas para o comportamento ?umano e não em modelos falveis de tal comportamento. Além de evitar a prega"ão moralista, a interpreta"ão teoc(ntrica oferece também importante cio com a prega"ão centrada em !risto, conforme veremos no passo 5.
Nesse ponto de nossos passos de te:to para o serm(oH 1emos estudo pessoal suciente para podermosH com certa medida de conan&aH consultar os costumeiros recursos de estudo como dicion>rios teolgicosH introdu&'es e coment>riosF O mel2or dessas oBras de estudo reete o cuidadoso pensamento da igre?a através dos séculosF b lu1 da ree:(o geral da igre?a soBre a mensagem desses te:tosH os pregadores individuais devem naturalmente permanecer aBertos a corre&'es e conclus'es diferentesF Mesclar nossa prpria percep&(o a respeito do signicado do te:to como entendimento v>lido de outros através da 2istria da igre?a , uma forma empolganteH mas respons>velH de discernir a mensagem de !eus para seu povoF
O tema é uma declara&(o resumida do pensamento unicador do te:toF "sto responde a perguntaW O +ue o autor est> di1endo neste te:to pronto para ser pregadoFFF até +ue possamos e:pressar seu tema numa senten&a curta e pren2e de signicadoH clara como cristalF OBter essa senten&a é o laBor mais difcilH mais e:igente e mais frutfero do meu estudoFFF N(o penso +ue +ual+uer serm(o deva ser pregadoH ou
mesmo escritoH até +ue essa senten&a ten2a emergidoH clara e lPcida como um luar sem nuvensFFF Ent(o n(o 2aver> perigo de torcer o te:to de modo inescrupulosoFFF A 0alavra de !eus dominar> nossa menteH aBrasar> nosso cora&(oH controlar> o desenvolvimento de nossa e:posi&(o eH mais tardeH dei:ar> uma impress(o indelével soBre a congrega&(oF = o-3etivo o t> O oB?etivo crivo do te:to é uma declara&(o sucinta da nalidade +ue o autor con2ecido ou descon2ecido teve ao enviar sua mensagem a seus ouvintes originaisF "sto responde , perguntaW por +ue o autor est> mandando essa mensagem a "srael Ele tem como alvo ensinar determinados fatos a "srael Advertir "srael contra certos pecados 0ersuadir "srael do rme amor de !eus "nstar com "srael para andar nos camin2os de !eus Encora?ar "srael a louvar o Sen2or Consolar "srael no e:lio Na ess@nciaH todos os te:tos BBlicos Buscam ensinarF Mas a maioria tem um alvo mais profundo +ue ensinarH ou se?aH ensinar a m de persuadirH alertarH corrigirH encora?arH confortar e assim por dianteF Em geralH o oB?etivo da lei é ensinar a "srael a leiH a m de levar , oBedi@nciaF O alvo da saBedoria é instruir "srael nos modelos regulares oBservados na ordem da cria&(o divina para +ue as pessoas andem em saBedoria e felicidade ao seguira ordem de !eusF O oB?etivo da narrativa é ensinar "srael a 2istria de !eus e seu povoH a m de dar ao povo esperan&a e encora?>Klos_ a Buscar e traBal2ar em prol do maravil2oso reino vindouro de !eusF Com cada te:toH todaviaH precisamos ir além do oB?etivo geral do g@nero para o oB?etivo especco desse te:to em especialF A vantagem de discemir o oB?etivo especco do autor é +ue ele revela a relevncia do te:to de prega&(oF E:p'e a pergunta +ue est> por tr>s do te:toH a necessidade em "srael +ue o autor Buscou suprirF Essa percep&(o transporta o pregador metade do camin2o para a concep&(o de um serm(o relevanteF A outra metade é descoBrir a mesma necessidade ou outra semel2ante entre os ouvintes contemporneosH para +ue a palavra do Sen2or para "srael possa ser proclamada como palavra relevante do Sen2or para a igre?a de 2o?eF
2exto, entenda a ensage no contexto do cnon e da %ist*ia edentoa Tendo rme na mente o tema 2istrico e o oB?etivo para "sraelH agora podemos ampliar o escopo e Buscar entender a mensagem nos conte:tos de todo o cnone toda a 2istria redentoraF Nesse nvel +ue a tudo aBarcaH a interpreta&(o liter>ria tornaKse interpreta&(o cannicaF Ela perguntaW o +ue esta passagem signica no conte:to de toda a $BliaH de #@nesis * a Apocalipse 33 A interpreta&(o 2istrica nesse nvel tornaKse interpreta&(o 2istricoK redentoraF Ela perguntaW o +ue essa passagem signica no conte:to da 2istria de !eus +ue a tudo aBarcaH desde a cria&(o até a nova cria&(o E a interpreta&(o teoc@ntricaH nesse nvelH tornaKse interpreta&(o cristoc@ntricaF Ela perguntaW o +ue esta passagem signica N lu1 de Jesus Cristo E +ual o camin2o desta passagem no Antigo Testamento até Jesus Cristo no Novo Testamento EsseH portantoH é o ponto na se+V@ncia 2ermen@utica em +ue fa1emos a pergunta +uanto aos métodos de pregar CriStoF* Somente depois de estaBelecer com rme1a o signicado 2istrico do te:toH e tendo Buscado enfocar este signicado numa clara declara&(o do tema e alvo do te:toH é +ue podemos ir adiante para a perguntaW como esta passagem proclama as BoasKnovas de Jesus Cristo
alus(o a ela O ensino do Novo Testamento est> em contraste com essa mensagem do Antigo Testamento Esse processo provavelmente levar> a mais liga&'es do te:to do Antigo Testamento para Cristo do +ue podemos incluir num s serm(oF AssimH devemos estar preparados para selecionar alguns elos decisivos +ue apiem o tema do serm(o e a?udem a cumprir o oB?etivo do serm(oF
S:timo? formu&e o tema e
o ob=etivo do sermão
O tema do serm(o
\uando o -ovo Testamento assume ou confirma a mensagem de uma passagem do Antigo Testamento, o tema do sermão em geral será o mesmo que o tema do te)to. Isso oferece uma grande vantagem para a elabora"ão do sermão, pois agora o esbo"o do te)to 1descoberto no passo ;7 sustentará o tema do sermão e pode ser utili8ado no esbo"o do sermão. &m contraste, quando a progressão na revela"ão e)aminada no passo 5 muda a mensagem do te)to de alguma forma, o tema do sermão pode precisar ser ajustado para
levar em conta a perspectiva do Novo TestamentoF L aconsel2>velH porémH n(o mudar radicalmente o tema do serm(oH mas car o mais pr:imo possvel do tema te:tual para +ue o esBo&o do te:toH pelo menos em parteH sustente o tema do serm(oF m tema do sermão deve ser formulado como uma Hnica afirmativa, uma senten"a clara c om sujeito e
predicado. $ tema do sermão ajudará a manter o foco e a unidade do sermão e, desta forma, oferecer movimento. 15
= o-3etivo do se> m objetivo do pregador com o sermão deve combinar com o tema do sermão e estar em ?armonia
com o objetivo do autor do te)to. /or e)emplo, se o autor de Isaas <6 tin?a a inten"ão de consolar Israel no e)lio, o pregador de ?oje não deve usar esse te)to para advertir a congrega"ão sobre os efeitos da desobedi(ncia. &mbora os objetivos do pregador de ?oje não possam ser e)atamente os mesmos do autor original, devem pelo menos estar em ?armonia com eles. m objetivo do sermão é uma declara"ão sucinta do que o pregador pretende ao pregar esse
sermão, quer seja encorajar os crentes a entregar ou consagrar de novo sua vida a !risto, ou advertilos sobre determinados pecados, ou persuadir os ouvintes sobre o fiel amor de eus, ou insistir para que andem nos seus camin?os, ou encorajálos a esperar em eus e em seu reino vindouro. $ objetivo declara por que o sermão está sendo pregado. Z uma resposta com enfoque numa necessidade percebida da congrega"ão.' $ objetivo dirigirá o estilo do sermão e pode também ser usado para determinar o conteHdo da introdu"ão e da conclusão 1ver abai)o o passo O7.
#ita%o selecione unia forma adequada para o serrado Nas Pltimas décadasH os 2omiléticos t@m estado mais cnscios do signicado de selecionar uma forma ade+uada para o serm(oH tanto para transmitir com delidade a mensagem BBlica +uanto para alcan&ar os ouvintes em ouK tros nveis do que simplesmente o intelectual.' /ara se transmitir a mensagem bblica com fidelidade, devemos selecionar uma forma de sermão que respeite a forma do te)to e que também atenda ao objetivo do sermão. /or e)emplo, quando o te)to é uma
narrativa, devemos considerar seriamente em empregar uma forma narrativa que siga a lin?a da ?istória do te)to, em ve8 da forma didática padrão que imp#e sua própria estrutura ao te)to. $u, quando o te)to é um lamento ou um salmo, podemos considerar seguir a forma do salmo através de seus vários movimentos de clamor a eus, para a descri"ão da afli"ão, para a quei)a contra eus, para pedidos a eus por socorro, para afirmativas de confian"a, para o louvor final.' $u, quando o te)to é didático, devemos considerar seguir sua principal afirmativa até sua conclusão, a fim de transmitir seu significado. $ importante é que, na prega"ão e)positiva, não devemos apenas e)por o significado do te)to, como também a forma e a estrutura que transmitem esse significado.o
Nono? prepare o esbo&o do sermão !onforme indicamos acima, o sermão ideal segue o flu)o do te)to. Aqui, o trabal?o que foi feito no passo ; rende maiores dividendos, pois os principais pontos ou movimentos do te)to podem muitas ve8es tornarse os principais pontos ou movimentos do corpo do sermão. 0as ainda devemos trabal?ar num esbo"o do sermão, porque talve8 ?aja uma boa ra8ão para reverter a ordem do te)to ou destacar no te)to algum ponto subsidiário ou acrescentar um ponto do -ovo Testamento. Além disso, não queremos que todo sermão baseado num te)to do Antigo Testamento ten?a um movimento final previsvel até o -ovo Testamento. Z possvel come"ar com o -ovo Testamento e voltar em Kas!.bac[ para o Antigo Testamento, ou ir para o -ovo Testamento no meio do sermão e voltar depois para o te)to do Antigo Testamento. Além disso, ao trabal?ar o corpo do sermão, precisamos refletir sobre uma introdu"ão efetiva, uma conclusão apropriada e ilustra"#es esclarecedoras. $bserva &li8abet? Ac?ternefer9 'Le escrevemos nosso sermão em forma de esbo"o, podemos formulálo com criatividade, eliminar quaisquer repeti"#es desnecessárias e planejar a introdu"ão e as ilustra"#es. Acima de tudo, con?ecemos a conclusão a que estamos nos dirigindoC sabemos como o sermão vai terminar'
:6
Em bom esbo"o é caracteri8ado por
unidade, equilbrio 1simetria7 e movimento em dire"ão a um clma).:4 -osso trabal?o sobre o tema e o objetivo também resulta em dividendos nesse estágio da prepara"ão de um esbo"o. $ tema controla e focali8a o conteHdo do corpo do sermão. -o desenvolvimento dedutivo, cada ponto de corpo deve ser subordinado ao tema e apoiar o mesmoC no desenvolvimento indutivo, cada movimento deve levar na dire"ão do tema. !onquanto o tema funcione assim principalmente para esbo"ar o corpo do sermão, o objetivo pode ser usado especialmente para delinear sua introdu"ão e conclusão. /ara, a introdu"ão, podemos enfati8ar o lado da necessidade do objetivo9 por que este sermão está sendo pregadoR \ual a necessidade que está sendo atendidaR Ao come"ar com unia ilustra"ão contemporBnea dessa necessidade, estare, mos colocando em primeiro plano a relevBncia do sermão e o sermão todo, mesmo quando se tratar de Israel, será sentido como relevante porque tudo está a servi"o de atender D necessidade atual. /ara a conclusão, podemos novamente ol?ar para o objetivo e perguntar a nós mesmos9 como posso, do mel?or modo possvel, atingir esse objetivoR Lerá que uma pergunta tocante das &scrituras ajudaria a alcan"ar o objetivo, ou uma ilustra"ão comovente, ou unia sugestão dos passos concretos que podem ser dados pelas pessoasR
EmBora nosso foco ten2a sido soBre pregar CristoH isso n(o signica +ue nossa conclus(o ser> sempre um convite para aceitar Cristo como o seu Salvador pessoalF O tipo de conclus(o depende do te:to e do oB?etivoF Além dissoH emBora algumas ve1es 2a?a ocasi(o para pressionar por uma decis(oH o compromisso com Cristo é muito mais amplo do +ue uma decis(o pessoal momentneaW é uma vida toda vivida por Cristo em todas as >reasF 0or+ue Jesus é Sen2or de tudo e re+uer compromisso totalH esslie Ne^Bigin di1W Uma prega&(o do evangel2o +ue conclama 2omens e mul2eres a aceitar Jesus como SalvadorH mas n(o dei:a claro +ue o discipulado signica um compromisso com uma vis(o da sociedade radicalmente diferente da+uela +ue controla nossa vida pPBlica 2o?eH dever> ser condenada como sendo falsaF .ocali1ar o serm(o em Cristo n(o é estreitar a relevnciaF A verdadeira relevncia est> e:atamente na mensagem BBlica teoc@ntrica e cristoc@ntrica e a resposta +ue esta e:igeF Além do maisH ao ol2ar rmemente para CristoH as possiBilidades de aplica&(o s(o t(o amplas +uanto a prpria vidaF Jo2n Stott nos d> uma dica +uanto , relevncia de Cristo para toda a vidaW Encontrar Cristo é tocar a realidade e e:perimentar a transcend@nciaF Ele nos d> um sentido de valor prprio ou signicado pessoalH por+ue nos assegura do amor de !eus por nsF Ele nos liBerta da culpaH por+ue morreu por nsFFF e do temor +ue paralisaH por+ue ele reinaFFF Ele d> signicado ao casamento e ao larH ao traBal2o e ao la1erH , pessoalidade e , cidadaniaF
D,cimo escre%a o sermão em estilo oral .inalmenteH o serm(o deve ser escrito em estilo oralF Em contraste com o estilo escritoH o estilo oral é caracteri1ado por senten&as curtasH palavras vvidasH nomes e verBos fortesH vo1 ativaH narrativa no presenteH imagens ines+uecveis e ilustra&'es tocantesF Escrever o serm(oH pelo menos durante os primeiros de1 anos de seu ministérioH aumentar> a precis(o da e:press(oH garantir> a economia de palavras eH em geralH mel2orar> seu estilo de portugu@sF 4<
#s passos aplicados a J.nesis KK A m de demonstrar de forma concreta como esses passos levam do te:to do Antigo Testamento para o serm(o cristoc@ntricoH tomaremos #@nesis 33 pelos primeiros nove passosF Selecionei #@nesis 33H por+ue a 2istria de !eus ordenando a ABra(o +ue sacri+ue "sa+ue é uma narrativa muito poderosaH en+uanto a 2istria da prega&(o demonstra +ue ela apresenta diculdades tremendas para sua interpreta&(o e prega&(oF Ieremos primeiK
ramente alguns dos erros +ue devemos evitar ao nos preparar para pregar soBre essa passagemF -ão devemos iniciar nosso estudo com a consulta a comentários, muito menos os c?amados 'comentários de ?omilética', que, em sua busca por aplica"ão, tendem a desviar o pregador. Lobre essa passagem, por e)emplo, o +otifilefific (oitficita4 sugere as seguintes aplica"#es9 para o versculo 5, como Abraão foi c?amado para sacrificar seu fil?o, 'assim também nós podemos ser c?amados para fa8er algum sacrifcio'. /ara o versculo 3, '&le XAbraão` não queria ser interrompido... grandes tribula"#es são mais bem enfrentadas com pouca compan?ia'. & para o versculo 44, 'eus se compra8 em levar seu povo ao monte, ao cume do outeiro, até que seus pés escorreguem e, então, ele os livra'.' $bserve que o autor não pergunta primeiro sobre a mensagem dessa ?istória para IsraelC simplesmente pára em cada versculo e procura ligar alguma aplica"ão prática aos elementos da ?istória. -en?uma outra literatura é sujeita a taman?o abuso, mas os comentários práticos muitas ve8es cortam a narrativa bblica
em
pedacin?os para ligar a esses peda"os alguma moral da bistisna ou outras aplica"#es
'relevantes'. A prega"ão biográfica contemporBnea é outro perigo do qual devemos fugir. A prega"ão biográfica tende a buscar atitudes e a"#es das personagens bblicas que os ouvintes deverão imitar ou evitar. Em dos e)emplos mais espal?afatosos desse g(nero de prega"ão é um sermão sobre G(nesis :: pregado em 4O2< sob o tema '/ais e fil?os devem adorar juntos ao Len?or'. $ sermão, que o pregador julgou digno de ser publicado, tem quatro pontos9
"F 0ai e l2o andaram ?untosF ""F 0ai e l2o conversaram ?untosF "F 0ai e l2o traBal2aram ?untosF "IH 0ai e l2o sacricaram ?untos 21 Em *993H foi puBlicado um e:celente ensaio +ue analisa #@nesis 33H mas infeli1menteH ele tamBém conclui com decepcionante esBo&o de serm(oW um
1> Deus pro%a seus santos para "onfirmar sua f: por meio da oediJn"ia !ue perdura> 11> O ,usto oede"e ao Sen+or? "onfiando em sua pro%isão no fina& para a &iertaão>
***F O Sen2or livra os seus santosH cumpre as suas promessas e recompenK sa os ,uStOS>(1
OBserve +ue no ponto " a prova singular +ue !eus fe1 de ABra(o é aplica da , prova de todos os santos [ o erro de generali1ar ou universali1arF No ponto **H a descri&(o +ue o autor fa1 d a oBedi@ncia de ABra(o e sua conan&a éH para propsitos pr>ticosH transformada em prescri&(o para os ?ustos [ o erro de morali1ar Qcomo ABra(oH devemos oBedecer ao Sen2or e conar neleRF E no terceiro pontoH o socorro do Sen2or a ABra(o e sua recompensa s(o estendidos a todos os ?ustos [ mais uma ve1H o erro de generali1 &(oF \ EmBora os pontos destacados n(o se?am atrVBiBlicosH n(o é a mensagem +ue o autor BBlico +ueria enviar com esse te:to em particularF Ie?amos agora onde os de1 passos nos levam com essa passagemF q
:
Primeiro selec ione uma unidade tetua& tendo em %ista as necessidades da "ongregaão Eu selecionei esse te:to n(o ol2ando para as necessidades da congrega&(oH mas para demonstrar como podemos nos mover com responsaBilidade de um te:to do Antigo Testamento para um serm(o crist(oF "sso nos coloca na mesma posi&(o +ue um pastor +ue segue o leciturt>rioW o te:to é dadoH mas a necessidade da congrega&(o +ue vai ser atendida pode n(o ser ainda claraF Se pudéssemos dei:ar +ue a necessidade da congrega&(o nos orientasse para um te:to de prega&(oH talve1 tivéssemos pensado em #@nesis 33 na época da cio a essa 2istria singularH sem paralelosH da prova de ABra(oF 0rimeiroH \!epois dessas coisasH ps !eus ABra(o , prova\` a+ui vemos o camin2o do Sen2or com os crentesF E em segundo lugarH +uando !eus l2e disseW \ABra(o\H ele imediatamente respondeuW \EisKme a+ui`a+ui vemos o camin2o do crente com o Sen2orF Esses dois ttulos n(o ser(o difceis de se lemBrarW o camin2o do Sen2or com os crentesH o camin2o do crente com o Sen2orF EmBora esses dois caBe&al2os n(o se?am difceis de lemBrarH é Bvio +ue s(o Baseados num fragmento de te:to e n(o na unidade da
mensagemF ria éH portantoH #@nesis 33F*K*9H mas ?> perceBemos uma complica&(oF Em termos de estilo e contePdoH a passagem parece consistir de duas partes distintasW versculos *K*H a narrativa soBre !eus provando ABra(o_ e versculos *K*8H o monlogo da B@n&(o de !eus a ABra(oF Os versculos *K* parecem ter uma mensagemH en+uanto os versculos * K*8 parecem reiterar um tema do ciclo aBreomuido maiorF Como uma unidade te:tual com dois temas distintos pode dar um serm(o unicado com tema Pnico No momentoH dei:aremos essa pergunta de lado e nos concentraremos na leitura do te:to para seu contePdo liter>rioF
egundo, leia e releia o te)to no seu conte/to Nesse est>gio inicialH simplesmente relemos o te:to e seu conte:to no ivro de #@nesis em nossa lngua maternaH a m de perceBer o +uadro maiorW depois de muitos anos de esperaH "sa+ueH o l2o da promessaH nasceuH e alguns anos mais tarde "smael foi mandado emBora Q#n 3*RF ABra(o e Sara agora t@m apenas "sa+ueF Ent(o veio a e:ig@ncia de !eus +ue ABra(o oferecesse este Pnico l2o "sa+ueF !epois da provaH ouvimos as Pltimas palavras documentadas de !eus a ABra(o Q#n 33RF O captulo seguinte Q3-R relata a morte e o sepultamento de Sara na terra da promessaH seguido pela procura de uma esposa para "sa+ue Q#ilH 3RF Nesse est>gioH tamBém ol2amos com cuidado o te:to selecionado para ver dPvidas +ue nsH ou nossos ouvintesH podemos ter soBre o te:toF Esse te:to em particular fa1 surgir muitas perguntasF Nossa pergunta inicial éW ?> +ue !eus proBe o sacrifcio 2umano em "sraelH por +ue ele pediria a ABra(o +ue oferecesse seu l2o em 2olocausto Outra pergunta Bvia éW onde é a terra de Mori> QvF 3R eW por +ue !eus selecionou um lugar t(o distante Quma ?ornada de tr@s diasH vF R em ve1 de um lugar mais perto 0or +ue n(o 2> uma s palavra soBre Sara nesse te:to E como devemos entender as palavras de ABra(o a seus servosW Eu e o rapa1 iremos até l> eH 2avendo adoradoH voltaremos para ?unto de vs QvF R Ou a resposta de ABra(o , pergunta do l2oW !eus prover> para siH meu l2oH o cordeiro para o 2olocausto QvF 8R Ser> +ue essa é uma mentira inofensiva ou uma e:press(o de fé 0or +ue "sa+ueH provavelmente agora um adolescente crescidoH simplesmente se permitiria ser amarrado e colocado soBre o altar QvF 9R
a
estrutura do texto
Com o terceiro passoH come&amos a nos aprofundar no te:toF Nesse est>gioH +ueremos e:por a estrutura do te:toF Encontrar a estrutura n(o somente nos torna conscientes de como o autor transmitiu a mensagemH como tamBém essa estrutura poder> se tornar a principal parte do esBo&o do serm(oF Como esse te:to é uma narrativaH precisamos esBo&ar a lin2a do enredoF A maioria das narrativas BBlicas tem enredo simples Qem contraste com o enredo comple:oRF ?> notamos o amBiente do te:toW !epois dessas coisas QvF *R refereKse ao captulo anteriorH onde lemos soBre o nascimento de "sa+ue e a e:puls(o de "smaelF O conito é gerado pela e:ig@ncia de !eusW Toma teu l2oH teu Pnico l2oH "sa+ue a +uem amasFFF ofereceKo ali em 2olocaustoFFF QvF 3RF O conito se intensica com os tr@s dias de viagemH pai e l2o suBindo so1in2os a montan2aH a pergunta de "sa+ueW Onde est> o cordeiro para o 2olocausto e a resposta amBgua de ABra(oW !eus prover> para siH meu l2oH o cordeiro para o 2olocaustoFFF QvsF -K8RF O conito c2ega ao clma: +uando ABra(o ergue um altarH coloca a len2a soBre eleH amarra "sa+ue e o coloca soBre o altarH toma a faca e est> prestes a matar seu l2o QvsF 9H*;RF Nesse >pice de tremendo sofrimentoH o An?o do SENHOR intervémH gritando N(o estendas a m(o soBre o rapa1H e a tens(o é +ueBrada QvsF**H*3RF O conito é nalmente resolvido +uando ABra(o v@ um carneiro e o oferece em 2olocaustoH em lugar de seu l2oH dando nome ao lugarW O SENHOR
prover> QvsF "3&"4. O An?o do L&-+$ c2ama uma segunda ve1 e o L&-+$ repete as B@n&(os de sua alian&a QvsF "5!"8. A 2istria termina com ABra(o de volta a $erseBa QvF *9RF 0ara ter claramente em mente esse enredoH ' mel2or fa1er um diagrama ?unto com as refer@ncias dos versculosF O diagrama poder> ser +ssimW\3
riaH a 2istrica e a teoc@ntricaF "nterpreta&(o liter>ria O te:to ' claramente do g@nero de narrativa e ?> descoBrimos a lin2a do enredo no passo 3. Agora traBal2aremos mais dentro do te:to ao e:aminar mais algumas caractersticas da narrativaF E:aminaremos primeiramente os cen>rios e personagensF A narrativa 2eBraica em geral tem duas personagens em cada cenaW duas pessoasH ou uma pessoa e um grupoF Com fre+V@nciaH !eus ' um dos personagens ou ' representado por um dos personagensF O resultado de uma r>pida verica&(o é como segueW Cena *W !eus e ABra(o QvsF *H3R Cena 3W ABra(o e seus servos QvsF 3&5 Cena 3 ABra(o e "sa+ue QvsF !8 Cena 4 ABra(o e "sa+ue QvsF 9H*;R Cena 5 / an?o do L&-+$ e ABra(o QvsF ""&"4
Cena 6W O an?o do L&-+$ e ABra(o QvsF *H*6R Cena )W ABra(o e seus servos QvF *9RF-* O narrador onisciente fa1 com +ue seus ouvintes saiBam desde o come&o QvF *R +ue !eus est> testando ABra(oF L claro +ue ABra(o n(o saBe disso_ ele apenas ouve a ordemW Toma teu l2oH teu Pnico l2o "sa+ueH a +uem amasH eFFFF Em geralH os narradores 2eBreus oferecem pouca descri&(o do personagemH mas essa descri&(o de "sa+ue como teu l2oH teu Pnico l2oH a +uem amas se destaca e demonstra a enormidade do pedido de !eusF A oBedi@ncia a !eus e o amor pelo l2o levar(o ABra(o em dire&'es diametralmente opostasFA imensid(o do pedido de !eus éH além do maisH ressaltada pela repeti&(o da mesma descri&(o teu l2oH teu Pnico l2o no clma: QvF *3RH como tamBém na conclus(o QvF *6RF O narrador tamBém torna o passo lentoH raste?adoH no clma: do conitoF Todo ato é cuidadosamente relatadoW Ali edicou ABra(o um altarH soBre ele disps a len2aH amarrou "sa+ueH seu l2oH e o deitou no altarH em cima da len2a_ eH estendendo a m(oH tomou o cutelo para imolar o l2o QvsF 9H*;RF Na interpreta&(o liter>ria tamBém vericamos estruturas retricas como repeti&(o e +uiasmoF Nessa narrativaH certas repeti&'es se destacamH J> notamos a repeti&(o de teu l2oH teu Pnico l2o nos versculos_ 3H *3 e *6F Outra repeti&(o come&a de modo um tanto amBguoF "sa+ue acaBou de perguntar ao pai_ Onde est> o cordeiro para o 2olocausto a +ue ABra(o respondeW !eus prover> para siH meu l2oH o cordeiro para o 2olocaustoFFF QvF 8RF .oi a+ui +ue 1emos uma de nossas perguntas iniciaisW ser> +ue ABra(o est> contando uma mentira inofensiva para evitar a resposta arrasadoraH ou est> dando e:press(o a sua inaBal>vel fé em !eus0\ 0or en+uantoH o narrador dei:a essa +uest(o em aBertoF MasH , medida +ue se desenrola a 2istriaH !eus na verdade prov@ o cordeiro para o 2olocaustoH o carneiro preso entre os arBustos pelos c2ifres QvF *-RF L de surpreender +ue ABra(o tivesse dado o nome ao lugar de Ta!4e!/ire!0 o L&-+$ prover> QvF *R E:iste a palavra r ' h,prover ou cuidar de uma segunda ve1F 0ara ainda mais desta+ueH o narrador acrescenta uma terceira ve1 +ue até os seus dias as pessoas usam o ditado popular No Monte do L&-+$ se prover>\ QvF*RH ou, como este é o nip2al do verBoH alguns estudiosos traduH 1ertaW No monte do L&-+$ ele ser> visto QN%SIH notaRH ou aparecer>F A tradu&(o trplice de prover> é el , repeti&(o da mesma rai1 do verBo em 2eliraiH con Como a repeti&(o funciona como marcas de pneu na neveH a repeti&(o o L&-+$ prover> pode nos mostrar Bem a dire&(o em +ue o narrador est> indo com sua 2istriaF A interpretação literária nesse n8vel se preocupa com entender o
te9to no conte9to literário do livro% ma de nossas perguntas iniciais foi por x 13.=< muitas vezes em euteronmio' 6%6 , fato de a repetição da bDnção de eus em 5 5.16,1 se=a a 3= e Hltima vez
da passagem no conte9to de todo o cnon% om respeito ao conte9to mais imediato0 foi sugerido também
!. Larai no palácio estrangeiroC prova"ão termina em pa8 e sucessoC Abrão e >ó se separam 14:.464;.427 . Abrão vem em socorro de Lodoma e >ó 14<.4:<7 &. Alian"a com AbrãoC Anuncia"ão de Ismael 143.445.457 &*. Alian"a com AbraãoC Anuncia"ão de Isaque 14=.442.437 E. Abraão vem em socorro de Lodoma e >ó 142.454O.;27 C% ara no palácio estrangeiroF provação remiria em paz e sucesso%
Abraão e Ismael se separam 1:6.4:4.;<7. *C% l8ma9 da odisséia espiritual de Abraão "LL%1.1;' A% )enealogia de Gaor "LL%LW.L&'6
/ara o te)to selecionado de G(nesis ::, a questão importante originada por esse quisisma é o desenvolvimento paralelo deliberado do autor entre G(nesis 4:.4,O e G(nesis ::.44O, como também progressão adicional. &m G(nesis 4:, eus manda
Abrão 'sair' 1leNleNa7, dei)ar seu passado 1parentes, amigos, pas7 e receber a promessa de uma trplice alian"a. -essa asar, cativa, eus di8 a Abraão para 'sair' "le[.le[a'0 mas agora dei)ando seu futuro, 'teu fil?o, teu Hnico fil?o, a quem amas'. As apostas são maiores. Agora Abraão tem de depender de eus ainda que eus pare"a estar renegando sua promessa de alian"a. 0as quando ele obedece a eus, recebe a trplice b(n"ão da alian"a numa forma ainda mais destacada. /orque a?_e? 'prov('. +nterpretação !ist:rica
-a interpreta"ão ?istórica, fa8emos as con?ecidas perguntas9 quemR A quemR \uandoR $ndeR /or qu(R As respostas a essas perguntas são de grande ajuda, mas, especialmente no caso das passagens do Antigo Testamento, nem sempre fáceis de encontrar.
As perguntas importantes a serem respondidas pelo pregador s(oW a +uem e 0or +u@ As respostas a essas duas perguntas nos a?udam a entender como "srael ouvia essa passagem e de +ual necessidade ela tratavaF Alguma evid@ncia no te:to sugere +ue essa narrativa é dirigida ao povo de "srael +ue vivia na terra de Cana(H pois o autor fala soBre um 2olocausto Qver v *R e fa1 refer@nH cia ao signicado da 0>scoa no versculo *-H onde informa seus ouvintes +ue ABra(o ofereceu o carneiro em lugar de seu l2o Qver D: *3F*3H*-RF e Se "srael +ue 2aBitava em Cana( é o destinat>rio dessa mensagemH nossa pergunta inicial é ainda mais pertinenteW desde +ue !eus 2avia proiBido o sacricio de l2os em "srael Qv *8F3*_ 3;F3-_ !i *8F*;_ 3%s -F3)R por +ue !eus iria contradi1er sua prpria lei ordenando a ABra(o +ue oferecesse seu l2o em 2olocausto 0ara respostas a perguntas contundentes como estaH é prov>vel +ue ten2amos necessidade da a?uda de alguns Bons coment>riosF Tanto Gestermann +uanto Gen2am sugerem +ue a resposta este?a em outra lei esH trarilita a "sraelF \!eus ordenouW O primo g@nito de teus l2os me dar>s QD: 33F39_ cfF *-F3RF 0ortantoH a e:ig@ncia de ABra(o oferecer o Pnico l2o dele a !eus estava dentro dos parmetros da sua leiF MasH em sua gra&aH !eus tamBém 2avia prescrito para "srael uma alternativa e:igida a esta ofertaW %eKruir>s todos os primog@nitos de teus l2os QD: -F3;_ c *-F*-RF !eus 2avia tamBém prescrito como os pais podiam redimir esses primogénitos com um suBstitutoW um cordeiro na 0>scoa QD: *3RH um cordeiro no rito de purica&(o da m(e ou se suas posses n(o l2e permitirem tra1er um cordeiroH tomar>H ent(oH duas rolas ou dois pomBin2osFFF Qv *3F8_ cfF e 3F33K3 para a oferta feita por JesusRF
Os Bons coment>rios tamBém nos a?udam com outras perguntas +ue fa1emosF 0or e:emploH por +ue !eus selecionou um lugar t(o longe Qunia ?ornada de tr@s diasH vF R em ve1 de local mais pr:imo Calvino v@ uma resposta ao focali1ar a prova de ABra(oW !eusFFF o leva a revolver essa e:ecu&(o em sua mente durante tr@s dias
inteirosH para +ue ao se preparar para sacricar seu l2oH ele pudesse sentirKse ainda mais torturado em todos os seus sentidosFFF "sso o fa1ia perseverarH para +ue n(o oBedecesse a !eus apenas por impulso repentinoFFF AssimH parece +ue seu amor a !eus foi conrmado por essa constnciaH de modo +ue n(o poderia ser afetado por +ual+uer mudan&a nas cirH cunstnciasF \ Em contrateH Gestermann sugere uma ra1(o liter>riaW Em D:odo -F*8H é uma ?ornada de tr@s dias para o lugar onde os israelitas devem oferecer um sacrifcio no deserto_ 2> possivelmente a+ui alus(o a issoF Em +ual+uer casoH tr@s dias é o tempo de prepara&(o para os acontecimentos mais importantes no Antigo Testamento FFFFFF ** A interpreta&(o 2istrica nos confronta com outra perguntaKc2aveW com +uem os ouvintes originais se identicaram Essa éH muitas ve1esH uma pergunta difcil de responder com +ual+uer grau de certe1aF Nessa 2istriaH as escol2as s(o limitadas a ABra(o e "sa+ueF "nicialmenteH os ouvintes provavelmente teriam se identicado com ABra(o e a terrvel escol2a +ue tin2a de fa1erF Mas em nvel mais profundoH n(o pode 2aver dPvida de +ue "srael ten2a se identicado com "sa+ueF Ser> +ue "sa+ue morreria ou viveria Se ele tivesse morrido soBre o altarH nunca 2averia um povo c2amado "srael_ o carK neiro morreu para +ue "sa+ueH isto éH "sraelH pudesse viverF Até mesmo em tempos modernosH os ?udeus se identicam com "sa+ue e l@em o +ue denominam O amarrar de "sa+ue no dia do Ano Novo ?udaicoF Essa vis(o é conrmada por von %adW
n
Interpreta"ão teocAntica
A perguntaKc2ave a+ui é o +ue a passagem nos di1 com respeito a !eus e sua vontade para seu povoF Ao analisar cen>rios e personagensH notamos +ue !eus é um dos principais personagens na cena * como tamBém na e na 6_ em termos de di>logoH !eus tem a primeira palavra como tamBém a PltimaF Mas n(o s no incio e no mH como tamBém por toda a 2istriaH notamos a centralidade de !eusW ps !eus ABra(o , provaFFF QvF *RH ABra(o assegura a "sa+ue !eus prover> QvF 8RH !eus impede ABra(o de imolar "sa+ue QvF *3RH !eus prov@ o carneiro QvF *-RH ABra(o d> nome ao lugar de O SENHOR prover> QvF *RH o narrador
acrescenta !a di1erKse até ao dia de 2o?eW No monte do SENHOR se prover> QvF *R e o Sen2or promete aBen&oar a ABra(oH seus descendentes e as na&'es QvsF *K*8RFToda a 2istria destaca o envolvimento de !eus com ABra(o e "sa+ueF
sico , nossa narrativaFFF ]a2^e2 prova a fé e a oBedi@nciaF Gen2am di1 +ue a dire&(o central da 2istria é a oBedi@ncia de todo cora&(o de ABra(o e as grandes B@n&(os +ue uem dissoF A partir desses coK ment>riosH poderamos concluir +ue "srael deveria aprender dessa 2istria +ue eus é soberano e livre para provar a fé das pessoas, e espera a obedi(ncia sem questionamento e confian"a total, como demonstradas por Abraão. -a verdade, Vestermann di8 que 'a maioria dos intérpretes... v( a narrativa apresentando Abraão como um e)emplos* .<4 As idéias de eus, em sua soberania, provar a fé de Abraão e Abraão modelar a obedi(ncia para Israel podem ser mescladas num só tema te)tual formulado como segue9 sempre que o eus soberano prova a fé de seu povo ele e)ige obedi(ncia completa, sem questionamento, em plena confian"a. Ao focali8ar eus e Abraão, esse tema fa8 justi"a ao fato de que a ?istória é locali8ada no ciclo de ?istórias sobre Abraão e conclui as idéias introdu8idas em G(nesis 4:.4;. Ema fraque8a, porém, é assumir que, ao ouvir a ?istória, Israel se identifica com Abraão K uma idéia contrária ao que descobrimos acima. $utra fraque8a é que, embora esse rema capte um tema mais amplo do ciclo abriBmico de ?istórias, dei)a de ver o tema especfico dessa ?istória em particular.
Am de ouvir o tenra mais especco da 2istriaH precisamos ouviK"a conforme "srael a ouviaF J> vimos +ue "srael teria se identicado intensamente com "sa+ueF
ouviu a 2istria de "sa+ue estendido soBre o altarH ouvia a 2istria de sua prpria e:ist@ncia pendurada numa Balan&aF O cerne da trama é a morte ou a vida de "sa+ueF No clma:H "sa+ue est> apenas um pun2al longe da morte_ ent(oH ele receBe de volta sua vida e um carneiro é oferecido no lugar de "sa+ueF Essa entrada no te:to é mais ?usta n(o s em rela&(o , lin2a do enredo do narrador nos versculos 3 a 57, como tamBém em rela&(o aos seus rastos de signicado e:plcitosH dados com a repeti&(o das palavrasKc2aveW X!eus prover>F Ouvimos essas palavras primeiro no testemun2o de ABra(oW !eus prover> QvF 8RH em seguida na provis(o de !eus de um carneiro para ser sacricado em lugar de "sa+ue QvF *-RH depoisH +uando ABra(o deu nome ao lugar de O L&-+$ prover> QvF 57, eH nalmenteH o testemun2o do prprio narradorW No monte do L&-+$ se prover>\ QvF 57$ Esse foco soBre "sa+ue é apoiado pelas B@n&(os da alian&a +ue fec2am o trec2oH +ueH em contraste com as B@n&(os de #@nesis *3F*K-H n(o falam tanto
de Abraão quanto falam de sua semente9 'everas te aben"oarei e certamente multiplicarei a tua descend(ncia como as estrelas dos céus e como a areia na praia do marC a tua descend(ncia possuirá a cidade dos seus inimigos, nela serão benditas todas as na"#es da terra...' 1Gn ::.4=,427. Ao analisar a estrutura da 2istriaH Gen2am conclui +ue !eus prover> é o ponto decisivo da 2istriaF L isso e maisW !eus prover> é o cerne da mensagem desta 2istria para "sraelF b lu1 de !eus reivindicar para si o primog@nito de todo +ue nasce em "srael e provendo sua reden&(o por meio de um suBstitutoH podemos formular o tema como segueW o Sen2or revela sua gra&a soBerana reivindicando e liBertando "sa+ue Q"sraelRF Mas como é Benéco nos ater mais de perto >s palavras do te:toH é mel2or revisar essa vers(o para dar o seguinte rema te:tualW o en!or provê um cordeiro para o holocausto, para
ilustra&'es +ue apiem o tema e evitando outros +ue poderiam ser derivados da 2istriaH mas +ue ressaltam um ponto diferenteF Tendo formulado o tema te)tual, devemos igualmente, do modo mais apro)imado possvel, formular o objetivo do autor. &m geral, o objetivo é derivado do tema te)tual e da situa"ão ?istórica em que Israel ouviu essa passagem. -esse caso, a situa"ão ?istórica é um tanto incerta, mas a estrutura literária revelou o tema9 o Len?or prov( um cordeiro para o ?olocausto para que Isaque 1Israel7 possa viver. &sse tema sugere diversos objetivos possveis que cabem na situa"ão geral de Israel.
*F 3F -F
Ensinar a Israe& !ue e&e %i%e somente pe&a graa e fide&idade da a&iana do Sen+or> 3e%ar Israe& a sentir gratidão pe&a graa do Sen+or em pro%er uma oferta sustituta> En"ora,ar Israe& a "onfiar p&enamente no Sen+or !ue : fie& sua a&iana e pro%J redenão>
-esse estágio, essa lista de possveis objetivos te)tuais será suficiente. \uando formularmos o alvo do sermão no passo =, teremos de restringir esses objetivos com base nas necessidades da congrega"ão.
7e/to entenda a mensagem nos conte/tos do cInon e da 2istria da reden&ão !om o passo 5, procuramos entender a mensagem do Antigo Testamento, conforme focali8ada no tema e no objetivo, nos conte)tos de toda a &scritura e ?istória redentora. -esse nvel mais amplo, podemos também distinguir tr(s dimens#es em nossa interpreta"ão9 a literária, a ?istórica e a teoc(n, trica. 0as nesse nvel mais amplo elas se tornam interpreta"ão9 cannica, ?istóricoredentora e cristoc(ntrica.
nte!eta)o (anCnica Indagamos agora sobre o significado de G(nesis :: no conte)to de toda a Mblia, de G(nesis 4 até Apocalipse ::. &ste é o lugar para perguntar a respeito do uso dos versculos 45.42 1'/orquanto fi8este isso... deveras te aben"oarei... porquanto obedeceste D min?a vo8.'7 K pregar um sermão que envolva justi"a pelas obras ou o evangel?o da prosperidadeR A escol?a ?ermen(utica
que fi8emos ao formular o tema elo te)to todo, 'eus prov(', virtualmente removeram essas quest#es de nossa considera"ão para esse sermão. 0as se e)iste ainda um resqucio de preocupa"ão que os versculos 45,42 possam alimentar uma mentalidade de evangel?o de prosperidade na congrega"ão, aqui seria o lugar para ver a questão sob a perspectiva do -ovo Testamento, especialmente D lu8 da descri"ão de %esus do verdadeiro discipulado 1p. e)., 0e 2.;< ,;2C 0i :67. Z aqui também o lugar de fa8er nossa pergunta inicial quanto ao '0onte 0etid o. A Hnica outra ve8 que o Antigo Testamento menciona 0oriá é em : !rnicas ;. 4, onde o autor nos informa9 '!ome"ou Lalomão a edificar a !asa do L&-+$ em %erusalém, no 0onte 0oriá, onde o L&-+$ aparecera a avi, seu pai...'. evido a essa identifica"ão do monte 0oriá com o 0onte Lião, alguns intérpretes t(m sido rápidos em identificar o lugar do oferecimento de Isaque com o monte do templo que veio depois. -a verdade, ?oje em dia, os turistas que vão até a edoma da oc?a no monte do templo em %erusalém são levados a ver a pedra em que supostamente Isaque foi colocado. $s pregadores podiam tra"ar liga"#es interessantes do carneiro que Abraão ofereceu sobre essa pedra aos muitos animais que os sacerdotes de Israel ofereciam no monte do Templo, até !risto, que ofereceu sua vida não muito longe dali. 0as como a 'terra de 0oriá' não é necessariamente o '0onte 0oriá' de : !rnicas ; 1o autor o liga a avi, não a Abraão7,' é mel?or não baseamos canto sobre tão t(nue liga"ão. 0ais certamente, o lugar de 0oriá é o tema da e)pia"ão substitutiva, conforme ele se desenvolve do carneiro oferecido em lugar de Isaque para os cordeiros da /áscoa oferecidos em lugar dos primog(nitos 1]) 4:.4:,4;7, para as ovel?as oferecidas para redimir o primogénito 1]) 4;.4;.43C ;<.:67, para os cordeiros oferecidos diariamente no templo em lugar de Israel 1]) :O.;2<:C >v <=7, para !risto oferecido em ve8 de seu povo. +á muitos outros elos da nossa passagem até o -ovo Testamento, mas nós os guardaremos para a discussão da interpreta"ão cristoc(ntrica abai)o.
(nterpreta&ão 2istricoKredentora
0rocuramos agora entender o te:to no conte:to da 2istria +ue !eus fa1 desde a cria&(o até a nova cria&(oF #ene TucYer comentaW Essa narrativa vigorosa um captulo na 2istria da salva&(o [ incluindo o D:odoH a alian&a no SinaiH as ?ornadas pelo deserto e o povoamento de Cana(F A consci@ncia dessa 2istria maior aumenta o drama [ como se n(o Bastasse o drama ?> e:istente [ pois n(o apenas a vida de um s menino +ue est> em ?ogo a+uiF O futuro prometido est> preso ao resultado nal desta 2istria A 2istria da salva&(oH é claroH continua alem da 2aBita&(o em Cana( até os tempos do Novo Testamento +uando Cristo nasce de "sraelH oferece sua vida em resgate por muitos e ordena sua igre?a a fa1er discpulos de todas as na&'es em cumprimento da promessa de !eus a ABra(oW Nela na tua semente ser(o Benditas todas as na&'es da terraFFF Q#n ::.427. No nalH o +ue est> em ?ogo nessa 2istriaH n(o é apenas a vida de "sa+ue nem a e:ist@ncia de "sraelH mas a vinda do Messias e a entrada das na&'es no reino de !eusF é
é
t
"nterpreta&(o cristoc.ntriea .inalmenteH perguntamosW o +ue essa passagem signica lu1 de Jesus Cristo Como essa mensagem se relaciona com a pessoaH a oBra e o ensino de Cristo conforme revelado no Novo Testamento Em nosso e:ame da 2istria da prega&(oH notamos +ue os pais da igre?a viam em "sa+ueH +ue carregava a len2a para o 2olocaustoH Cristo carregando sua cru1F Alguns comentaristas contemporneos continuam a sugerir +ue esta se?a uma forH ma v>lida de se pregar CristoW XAssim como Cristo mais tarde iria carregar sua cru1 a camin2o do Calv>rioH assim tamBém foi e:igido de "sa+ue +ue carregasse a len2a para seu prprio sacricioF Mas "sa+ueH ao carregar a len2aH nunca funcionou como um smBolo em "srael eH assimH este detal2e n(o pode ser estendido para um tipo de CristoF Além do maisH como essa rela&(o foi feita entre um detal2e da 2istria e uni detal2e no Novo TestamentoH , uma forma de tipologi1a&(oF 0ara uma rela&(o legtima com Jesus CristoH n(o devemos ol2ar os detal2es do te:toH mas o contePdo central da passagem conforme formulamos tio tema te:tualW o Sen2or prov@ um cordeiro para o 2olocaustoH a m de +ue "sa+ue Q"sraelR vivaF
A progress(o 2istricoKredentora é o camin2o fundamental e mais geral para pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoF 0ode ser e:plicado fre+Ventemente de forma mais precisa num dos outros camin2osH como o da promessaKcumprimentoH o da tipologia ou o dos temas longitudinaisF A pergunta inicial +ue fa1emos a+ui éW no curso da 2istria redentoraH como a mensagem de #@nesis 33 condu1 , pessoaH , oBra e ao ensino de Jesus Cristo Uma primeira resposta pode serW por+ue "sa+ue n(o morreuH mas viveuH "srael pde viverH e por+ue "srael viveuH o Messias pde nalmente nascer de "sraelF Essa lin2a de pensaH mente se desenvolve a partir do desfec2o da 2istriaH "sa+ue viveF EmBora verdadeiraH uma resposta mel2or e mais especca se concentraria na mensagem do te:to conforme focali1ada em seu temaF O te:to relata +ue o Sen2or prov@ um cordeiro como oferta suBstitutiva para "sa+ue"sraelH ou se?aH +ue o Sen2or prov@ o pre&o e:igido para a reden&(oF A mensagem soBre reden&(o se desenvolve pela 2istria do Antigo Testamento em toda uma série de leis com respeito 0>scoaH ofertas +ueimadasH ofertas pelo pecado e ofertas pela culpaH para pagar a penalidade do pecadoF Na plenitude do tempoH o Sen2or prov@ seu prprio .il2o como pre&o nal pelo resgate e:igido para a reden&(oF Jo(o $atista apresenta Jesus como Cordeiro de !eusH +ue tira o pecado do mundo\ go *F39RF O prprio Jesus proclama +ue veio para dar a sua vida em resgate por muitos QMe *;FRF AssimH o Sen2orH ao prover um cordeiro para o resgate de "sa+ueH progride na 2istria redentora até o prover de seu prprio .il2o para liBertar seu povo da escravid(o do pecadoF
O camin?o da promessacumprimento Este camin2o fa1 surgir a perguntaW essa passagem promete a vinda de Jesus A respostaH em termos de nosso tema éW n(o diretamenteF 0odemosH portantoH ir adiante para as pr:imas op&'esF
O caminho da tipologia A tipologia perguntaW uma pessoaH uma institui&(o ou um acontecimento nessa passagem pregura a pessoa e a oBra de Jesus Cristo EmBora muitos pudessem responder armativamenteH n(o > concordncia +uanto a se é ABra(oH "sa+ue ou o cordeiroF Num serm(o soBre #@nesis 33H Crisstomo apresenta tanto o cordeiro +uanto "sa+ue como tiposW Tudo isso aconteceu como um tipo da cru1F !a Cristo tamBém disse aos ?udeusW \Iosso pai ABra(o se alegrou por antever o meu dia_ ele o viu e se rego1i?ouF\ Como ele o viu se ele viveu tanto tempo atr>s Em tipoH em somBraW assim como em nosso te:to a ovel2a foi oferecida em lugar de "sa+ueH assim tamBém a ovel2a racional foi oferecida pelo mundoFFF NoteFFF como tudo foi pregurado em somBraW um l2o unig@nito na+uele casoH um l2o unig@nito nesteFFF o anterior foi oferecido em 2olocausto pelo paiH e o Pltimo seu 0ai entregouF) !o mesmo modoH Spurgeon perguntaW ?
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H +uando seu prprio l2o estava soBre o madeiroH e sua prpria m(o estava erguidaH certamente ele viu o .il2o de !eus e a m(o erguida de !eus oferecendo o Sumo SacrifcioF resolvida aindaF Ion %ad corta o n declarandoW "sa+ue n(o é simplesmente um tipo de CristoFFF Além do maisH é mel2or n(o considerar o carneiro preso pelos c2ifres no espin2eiro como um tipo de CristoF Ainda assimH comentaristas inuentes ensinam +ue A+ui "sa+ue é um tipo Qou preguraR de Cris oF X> uma fra+ue1a nesse ponto de vistaH porémH é +ue "sa+ue n(o morreu soBre o altarF Noutras palavrasH a tipologia "sa+ueKCristo se decomp'e soBre o paralelo decisivoF 0or outro ladoH o carneiro +ue foi oferecido contém este paralelo crucialW foi mortoF Além dissoH foi oferecido em lugar de "sa+ue [ sendo assim uma oferta suBstitutaH um resgateF \ 0ortantoH n(o "sa+ueH +ue representa "sraelH mas o carneiro é um tipo de CristoF O carneiro dessa 2istria funcionava em "srael como smBolo de uma oferta suBstitutiva Qpense no cordeiro pascalR para +ue "sa+ue"srael pudesse viverF No conte:to de toda a EscrituraH portantoH o carneiro funciona como um tipo de CristoH +ueH como suBstitutoH entrega sua vida para +ue seu povo possa vivera p
s
5
, camin!o daanal ogi a
A analogia fa8 a pergunta9 a mensagem demonstra, pela analogia, quem eus em !risto e para nós ?ojeR A mensagem de G(nesis :: claramente mostra a fidelidade e a gra"a de eus em sua alian"a para seu povo escol?ido Israel. $ próprio eus providenciou o resgate requerido9 ele proveu o carreiro como oferta substituta para que IsaqueIsrael pudesse viver. &m %esus !risto, eus revela a mesma fidelidade e gra"a para seu povo ?oje, mas em medida muito maior9 eus entregou seu @il?o como oferta substituta para que seu povo viva eternamente.
, camin!o dost emasl ongi t udinai s
0uitas passagens do Antigo Testamento cont(m temas que perpassam o Antigo Testamento até o -ovo, até %esus ou seu ensino. Ao tra"ar o tema do Len?or provendo uma oferta substitutiva, muitos e)emplos ocorrem D mente, conforme vimos sob a interpreta"ão literária. /odemos come"ar com os cordeiros da /áscoa mortos no &gito em lugar dos primog(nitos de Israel 1]) 4:.4:,4;7, ir adiante para as ovel?as e outros animais ofertados para redimir os primogénitos em Israel 1])4;.4;43C ;<.:6C -m 42.437 e, então, notar os ?olocaustos diários, as ofertas pelo pecado e pela culpa, para que Israel pudesse viver
1]) :O.;2<:C >v <=7. !ontinuando no -ovo Testamento, ouvimos %oão Matista apresentar a %esus9 '&is o cordeiro de eus, que tira o pecado do mundo' Go 4.:O7. !laramente, o tema de eus provendo um cordeiro leva diretamente a %esus !risto e o sacrifcio que ele fe8 para que pudéssemos viver.
O camin2o das refer.ncias do Novo Testamento !om freqP(ncia, o -ovo Testamento se refere a passagens do Antigo Testamento selecionadas como te)tos de prega"ão ou fa8 alus#es a elas. Ao verificar essas refer(ncias, devemos nos lembrar que aprendemos no captulo 3 que o -ovo Testamento muitas ve8es utili8a o Antigo Testamento de forma espontBnea 1o uso técnico7 e não pretende oferecer interpreta"#es definitivas sobre as passagens do Antigo Testamento.
O ap@ndice do Novo Testamento grego de NestleKAland oferece um grande nPmero de refer@ncias do Novo Testamento para #@nesis 33W 0ara toda a passagemH coloca n lista eBreus **F*)_ para o vF 3H Mateus -F*)_ ucas -F33_ Tiago 3F3*_ para o vF 9H novamente Tiago 3F3*_ a
para o vF *6H %omanos 8F-3_ eBreus 6F*-_
para o vF *)H eBreus 6F*_ **F*3_
para os vsF *)H*8H %omanos F*- e
para o vF *8H Mateus *F * e Atos -F3
.4;
A prpria lista dei:a claro +ue os te:tos do Novo Testamento geralmente se referem a versculosH ou se?aH elementos na passagem do Antigo Testamento e n(o necessariamente ao seu temaF Ainda assimH vale a pena vericar essas refer@ncias em Busca de possvel ponte para o Novo TestamentoF A primeira refer@ncia é eBreus **F *)H uma passagem em +ue o autor e:pande seu tema A é é a certe1a de coisas +ue se esperam Q**F*R com muitas ilustra&'es do Antigo TestamentoF Como essa ilustra&(o de fé n(o sustenta o tema do te:toH essa refer@ncia n(o é Ptil para este serm(o em particularF A segunda refer@ncia promete maisF Em Mateus -F*)H e seu paralelo ucas -F33H !eus fala de JesusW Este é o meu .il2o ArnadoF Essas palavras podem ser uma alus(o a "sa+ue como o amado de ABra(o Qteu l2oH teu Pnico l2oH a +uem amasRF A pr:ima refer@ncia é Tiago 3F3*W N(o foi por oBras +ue ABra(oH o nosso paiH foi ?usticadoH +uando ofereceu soBre o altar o prprio l2oH "sa+ueF A+uiH Tiago usa a passagem de #@nesis para apoiar seu tema de +ue a fé sem oBras é morta ` +ue é Bastante diferente do tema do te:toF A pr:ima refer@ncia vai mais ao pontoF As palavras de 0aulo em %omanos 8F-3W A+uele !eus +ue n(o poupou seu prprio .il2oH antesH por todos ns f
o entregou s(o uma alus(o ao versculo *6W 0or+uanto 1este isso e n(o negaste o teu Pnico l2o 6 As refer@ncias a eBreus 6F*-H* e **F*3 tem a ver com !eus ?urando por si mesmo e duas cita&'es de partes da promessaF Como talH essas refer@ncias n(o oferecem pontes para a prega&(o de CristoF A pr:ima refer@nciaH %omanos F*-H alude , nossa passagem para ilustrar +ue a promessa de +ue ABra(o 2erdaria o mundo n(o foi por intermédio da leiFFF eH simH mediante a ?usti&a da fé ` novamenteH um tema diferenteF A refer@ncia a MaK teus *F *H genealogia de Jesus CristoH l2o de !aviH l2o de ABra(o sugere <
+ue Jesus é o cumprimento da promessa de !eusa ABra(oW Nela tua descend@ncia ser(o Benditas todas as na&'es da terraFFFQvF *8RF Essa refer@ncia revela outra possvel ponte de nossa passagem até Cristo +ue de alguma forma n(o notamos +uando est>vamos concentrados soBre o tema principal de nossa passagemF "sso mostra como o fato de vericar as refer@ncias do Novo Testamento mais perto do nal de nossa investiga&(o poder> servir tamBém para conferir nosso traBal2o anteriorF A refer@ncia nalH Atos -F3H é novamente cita&(o de parte da promessaH mas n(o oferece elo direto para a prega&(o de CristoF &mbora não possamos usar muitas dessas refer(ncias e alus#es do -ovo Testamento para nosso sermão, essa procura trou)e B lu8 duas pontes promissoras para a prega"ão de !risto a partir desse te)to. A principal, D lu8 de nosso tema de 'eus prov(', é 0ateus ;.4= 1paralelo9 >c ;.::7, onde eus di8 de %esus9 '&ste é o meu @il?o amado', &stran?amente, -esteAland não captou a alusão ainda mais destacada ao repetido 'teu fil?o, teu Hnico fil?o' em %oão ;.459 '/orque eus amou o mundo de tal maneira que deu o seu @il?o unigénito XHnico` ......
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&sse con?ecido versculo proclama que em ra8ão de seu amor pelo mundo
1Nosmos7, o próprio eus fe8 o supremo sacrifcio que impediu Abraão de fa8er9 deu seu Hnico @il?o, seu amado, para salvar o seu povo. &ssa idéia, por sua ve8, se junta D alusão que descobrimos em omanos 2.;:9 'Aquele Xeus` que não poupou seu próprio @il?o, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisasR'.
# caminho do contraste $ camin?o final para verificar , o do contraste. Aqui a questão é se a progressão na ?istória da reden"ão e na revela"ão, especialmente desde a vinda de !risto, coloca o ensino do -ovo Testamento de alguma forma em contraste com a mensagem do Antigo Testamento. &mbora seja mel?or movernos em dire"ão a !risto mediante os elos positivos entre Antigo e o -ovo Testamento acima estabelecidos, ainda devemos notar qualquer contraste por causa da vinda de !risto. &m nossa passagem, o principal contraste é que desde o oferecimento de !risto de 'uma ve8 por todas' 1@I&, 46.4427 a oferta de animais para resgatar os seres ?umanos não é mais requerida. &ssa progressão na ?istória redentora e na revela"ão é provavelmente tac, visvel para os ouvintes dos dias atuais que não precisa ser elaborada.
Ao e:plorar os sete camin2osH descoBrimos diversas possiBilidades de se pregar Cristo com Base em #@nesis 33F 0odemos usar a progress(o 2istricoH redentora para nos movermos da provid@ncia do Sen2or de um carneiro suBstituto Qum resgateR para lsa+ueismel até JesusH +ue entregou sua vida em resgate por muitos >+< *;FRF !escoBrimos tamBém uma possiBilidade de camin2ar pela estrada da promessaK cumprimentoH das promessas de !eus a ABra(o nela tua descend@ncia ser(o Benditas todas as na&'es da terraFFF QvF *8R para cumprimento em CristoH l2o de ABra(o QME *F*RF Mas ainda +ue Mateus ligue um dos principais temas no ciclo de ABra(oH este n(o é o tema especco do te:to selecionadoF 0odemos tamBém usar a estrada da tipologiaH do carneiro +ue foi oferecido em lugar de "sa+ue para CristoH +ue foi oferecido em lugar de seu povoF L possvel camin2armos pela estrada da analogia da delidade e da gra&a de !eus por seu povo "srael em prover uma oferta suBstitutiva para a delidade e gra&a de !eus por seu povo 2o?e ao prover seu .il2oH Cristo JesusF 0odemos tamBém via?ar pelas tril2as dos temas longitudinais do carneiro morto como oferta suBstituta por "sa+ue aos carneiros da 0>scoa mortos anualmente em ve1 dos primog@nitosH aos carneiros mortos diariamente no templo por "sraelH para Jesus CristoH morto Me uma ve1 por todas QB *;R por seu povoF EH nalmenteH podemos usar as refer@ncias do Novo Testamento n(o s para apoiar algumas das rela&'es notadas acimaH mas especialmente para ligar com a+uela profunda alus(o de Jo(o -F*6W !eus o 0ai reali1ou o impens>vel_ fe1 a+uilo +ue n(o permitiu a ABra(oW andou com seu l2o Jesus de Na1aré até Jerusalém e do #ers@rturrui ao #lgom eH ent(oH o entregou para ser mortoH a m de salvar seu povoW entregou seu muco .il2oH para +ue todo o +ue nele cr@ n(o pere&aH mas ten2a a vida eternaF Os sete camin2os aBriram v>rias possiBilidades inspiradoras para a prega&(o de Cristo a partir dessa passagem do Antigo TestamentoF NaturalmenteH n(o devemos usar todos os camin2os e entul2ar o serm(oW na prega&(oH menos éH muitas ve1esH mel2orF !evemosH portantoH selecionar algumas idéiasH c2ave +ue apiem o tema de +ue o E0KOC prover> e a?udam a cumprir o oB?etivo do serm(oF !e diversas comBina&'es possveisH eu prero tinia mesK
ela da tipologia da oferta suBstitutiva QcarneiroKCristoRH do tema longitudinal das ofertas suBstitutivas QcarneiroH cordeiro da p>scoaH sacrifcios do temploH CristoR e as refer@ncias do Novo Testamento soBre o prprio !eus oferecendo seu Pnico .il2o
Estamos agora prontos para formular o tema do serm(oF 0ara fa1er ?usti&a ao te:to da prega&(oH devemos manter a formula&(o do tema do serm(o o mais pr:imo possvel do tema do te:toF O tema do te:to di1W o 7enhor pro%. um cordeiro para o holocausto para que (saque :(srael! possa %i%er Nos conte:tos da totalidade da Escritura e da 2istria redentoraH a mensagem precisa ser Bastante ampliada de "sa+ue Q"sraelR para todas as na&'esF Se mudarmos "sa+ue Q"sraelR para seu povoH isso coBre tanto o antigo "srael +uanto o povo de !eus de 2o?eF As palavras um cordeiro como 2olocausto precisam ser modicadas para coBrir tamBém a morte de CristoF Se suBstituirmos cordeiro sacricialH isso coBre o carneiro para "sa+ueH os cordeiros para "srael e o Cordeiro de !eus para todo o povo de !eusF O tema resultante para o serm(o ,5 o Sen2or prov@ um cordeiro sacrificial para que seu po%o possa %i%er Em seguidaH precisamos declarar o oB?etivo +ue temos
na
prega&(o
desse serm(oF O oB?etivo do serm(o deve se encai:ar no tema e estarem 2armonia com o oB?etivo do te:toF Os possveis oB?etivos do te:to +ue alistamos no passo eramW Q*R ensinar "srael +ue ele vive somente pela gra&a e delidade da alian&a do Sen2orF Q3R evar "srael , gratid(o pela gra&a do Sen2or em prover uma oferta suBstitutaF Q-R Encora?ar "srael a conar plenamente no Sen2or +ue , el , sua alian&a e prov@ reden&(oF A Bem de um serm(o com Bom enfo+ueH agora teremos de decidir por um s oB?etivo para o serm(o +ue ven2a ao encontro de uma necessidade especca da congrega&(oF Com leves modica&'esH podemos manter o primeiro oB?etivoH ensinar ao povo de !eus +ue eles vivem somente pela gra&a da delidade de !eus , sua alian&aF L claro +ue isso , muito geral eH num certo sentidoH o oB?etivo de todas as passagens BBlicas é ensinar alguma coisaF 0odemos alcan&ar um oB?etivo mais profundo fa1endo a perguntaW por +u@ 0or+ue eu +uero ensinar o povo de !eus +ue ele vive somente pela gra&a da delidade de !eus , sua alian&a "sto ir> mov@Klos , gratid(o Ou simplesmente encora?>Klos a conar inteiramente em !eus para sua salva&(o Tentar alcan&ar esses dois oB?etivos mais profundos levar> a uma falta de foco no serm(oF AssimH teremos de resolver +ual a maior necessidade na igre?a a +ue nos dirigimosH falta de gratid(o ou falta de conan&aF !esenvolveremos o serm(o para a?udar a suprir a falta de conan&aF Ent(oH o alvo do nosso serm(o pode ser formulado assimW Jncora=ar o povo de !eus a con(ar plenamente no seu en!or (el por sua salvação% #ita%o escolha uma forma adequada para o sermão
L ?ora agora de considerarmos a forma do sermão. Qamos apresentar a mensagem de forma didática ou em narrativa, ou numa combina"ão das duasR -ós o desenvolveremos de modo dedutivo ou indutivo, ou numa combina"ão das duas formasR !omo na prega"ão e)positiva nós queremos e)por não apenas o significado da passagem como também a forma que transmite esse significado, a parte do sermão que trabal?a diretamente com o te)to deverá estar na forma narrativa, ou seja, deve seguir a lin?a do enredo. Além disso, a forma narrativa é geralmente mais efetiva quando desenvolvida de maneira indutiva, ou seja, o tema não é revelado no incio, mas no final da narrativa. $ poder da forma narrativa é que pode levar os ouvintes para dentro da ?istória, de maneira que eles descobrem a mensagem de dentro da ?istória. $ risco de usar a forma narrativa é que as pessoas podem simplesmente se entreter, até mesmo se comover, mas nunca captar a ess(ncia do te)to. /ara fa8er frente a esse risco, procuraremos usar a repeti"ão para colocar o tril?o do tema por todo o sermão, assim como o narrador fe8 com a repeti"ão da frase ^o E0KOC proverá'.
$ono prepare o esbo&o do sermão Este : o passo fina& antes de es"re%er o sermão> L importante não pu&ar este passo tentando es"re%er o sermão imediatamente? pois isso pode &e%ar a uma organi)aão defi"iente e o pregador e? mais tarde? os ou%intesH se perde nos deta&+es> Este , o ponto onde de%emos ter uma %isão "&ara do !uadro maiorF saemos a direão "entra& da mensagem o temaH? saemos !ua& , o nosso o,eti%o "om esse sermão? "on+e"emos os
prin"ipais mo%imentos no teto? "omo tam:m os poss@%eis mo%imentos para a pregaão de Cristo a partir desse teto> Esta : a +ora em !ue podemos arran,ar todos esses e&ementos em oa ordem para otermos uma mensagem poderosa> Assim "omo uni artista primeiro de&ineia o esoo de seu !uadro? tam:m o artista pregador prepara um esoo da estrutura do sermão antes de pintar e preen"+er os deta&+es> .as tam:m? "omo o artista tem a &ierdade de fugir do seu desen+o pre&iminar? assim tam:m o pregador? !uando es"re%e o sermão? de%e ter &ierdade para des%iar;se do esoo origina& se +ou%er uma oa ra)ão para tanto> O esoo não : uma "amisa;de;fora? mas um guia> .uitos pregadores gostam de ini"iar o esoo de&ineando primeiro a introduão do sermão? em seguida o "orpo e depois a "on"&usão> Emora isso parea &=gi"o? !uando o pregador "omea "om a introduão? : poss@%e& dese!ui&irar a apresentaão da mensagem @&i"a e sua "on"&usão para !ue e&a se en"aie na introduão> No interesse de fa)er ,ustia mensagem do teto? norma&mente : me&+or pensar numa introduão apropriada somente depois !ue souermos eatamente !ue mensagem %ai ser transmitida e "omo e&a sera "on"&u@da> Sendo assim? a ordem norma& para de&inear o esoo seráF 1H "orpoB (H "on"&usãoB /H introduão> .as? "onforme %eremos? nossa passagem : uma e"eão regra e? assim? dis"utiremos primeiro a introduão> 9ma das fun*es de uma introduão : "riar interesse pe&a mensagem do teto> .as a introduão pode fa)er muito mais !ue simp&esmente "riar um interesse em es"utar> A me&+or introduão a um sermão ep*e a ne"essidade eisten"ia& de ou%ir a mensagem> Como nosso o,eti%o nesse sermão : en"ora,ar o po%o de Deus a "onfiar p&ena> mente no Sen+or para sua sa&%aão? uma oa introduão fo"a&i)aria o &ado da ne"essidade desse o,eti%o? ou se,a? nossa fa&ta de "onfiana no Sen+or para nossa sa&%aão e a insegurana !ue resu&ta disso> O pregador "omearia fa&ando dessa fa&ta de "onfiana e a resu&tante insegurana a uma distn"ia segura Q isso a"onte"e "om os outros Q para? então? re&a"ioná;&o nossa pr=pria fa&ta de "onfiana e nossa insegurana> Agora? n=s pre"isamos ou%ir essa mensagem>
Mas nossa passagem é uma e:ce&(o , regraF Como a convincente 2istria BBlica ser> lida para a congrega&(o antes da prega&(o do serm(oH uma Boa leitura interpretativa automaticamente levar> as pessoas para dentro da 2istriaF 0ortantoH n(o precisamos de uma introdu&(o para criar interesse nos ouvintesF EmBora ainda possa ser recomend>vel ter uma introdu&(o +ue crie a necessidade e:istencial de ouvir esta mensagemH o lado negativo é +ue isso
colocar> as pessoas do lado de fora da 2istriaH +uando a leitura do te:to ?> as 2avia colocado do lado de dentroF b lu1 dessas considera&'esH uma introdu&(o de efeito pode continuar dentro da 2istria +ue acaBou de ser lida e tomar uma pergunta +ue sem dPvida est> sempre dentro da mente das pessoasW Como !eus poderia pedir a ABra(o +ue oferecesse seu l2oF Se levantarmos a pergunta por meio do personagem de ABra(oH n(o +ueBramos o enca nto da 2is tria H m as p od em os rel at> Hla ?unto com coment>rios e:plicativos +ue a?udem o ouvinte moderno a entendera mensagemF AssimH come&amos o serm(o conto incidente provocador do enredo QvF 3RF A introdu&(o pode ser mais ou menos como segueW Araão não a"redita tio !ue ou%iu> Na "a&ada da noite? e&e ou%iu Deus fa&ar "om e&eF #Toma teu fi&+o? teu ni"o fi&+o? Ira!ue? a !uem amas? e %ai;te ã terra d e .oná B ofieree?o a&i em +o&o"austo>#> Será !ue foi tini son+o] Deus pedira !ue e&e sa"rifi"as? se seu fi&+o 3o!ue] Araão e Sara +a%iam passado a %ida inteira esperando !ue Deus &+es desse este fi&+o prometido> 2ina&mente? !uando e&es eram %e&+os demais para gerar fi&+os? Deus &+es dera essa "riana mi&agrosa> Todo seu futuro está atado a esse menino>
Por meio de&e? as Jnãos da a&iana de Deus serão "umpridasF e&es se tomarão uma grande naão? e todas as na*es da terra serão aenoadas por meio de&es> E agora Deus pede !ue !ueime esse fi&+o sore um a&tar] Seu ni"o fi&+o? Ira!ue? a !uem ama%a] Imposs@%e&^ Não fa) inta&tuins"ruido^ .as Araão ainda ou%e as pa&a%ras )unindo em seus ou%idosF #Toma a teu fi&+o? teu ni"o fi&+o Ira!ue? a !uem ames>>> e ofere"e?o em +>&???austo#> #Deus? isso nao fa) nen+um sentado^# .a? rio "edo? na madrugada seguinte? en"ontramos Araão fa)endo os preparati%os para a "amin+ada angustiosa em !ue %ai ofere"er seu muito fi&+o>
No corpo do serm(oH seguimos os principais movimentos do te:toH ou se?aH a lin2a do enredo de conito e resolu&(o +ue descoBrimos no passo -F Além dissoH emBora este?amos desenvolvendo a narrativa de modo indutivoH +ueremos nos certicar de +ue nossos ouvintes ouvir(o o tema reverBerar pelo serm(o do modo como "srael o ouviu no te:toW !eus prover>F EH é claroH precisamos delinear como podemos pregar Cristo da mel2or trearteiruH com Base nesse te:toF b lu1 dessas considera&'esH sugiro o seguinte esBo&oW "ntrodu&(oW o incio do conitoW teu Pnico l2oFFF vF 3
oferece-o em 2olocausirJ `
5$ O conito +uanto a oferecer o l2o da promessa se intensicaF &$ Os preparativos de ABra(oW possveis perguntas e dPvidas ` P$ A ?ornada de tr@s diasW possveis perguntas e dPvidas`vF 7
vF -
CF A pergunta de "sa+ueW Onde est> o cordeiro para o 2olocausto ` vF ) !F A resposta amBgua de ABra(oW !eus prover> para siH meu l2oH o cordeiro `vF 8 EF O >pice do conitoW ABra(o ergue o altarH coloca a len2aH estende a m(oH toma unia faca para matar o l2o ` vsF 9H*;
**F %esolu&(oW o Sen2or intervém e prov@ um suBstitutoF AF O an?o do SENHOR grita as BoasKnovasW N(o estendas a m(o soBre o rapa1 ` vsF
**H*3F .oi uma prova ` vF * $F O Sen2or prov@ uma oferta suBstitutivaH o carneiroH +ue ABra(o oferece em 2olocaustoH em lugar de seu l2o ` vF *CF ABra(o d> o nome ao lugarW O SENHOR 0rover> ` vF *aF O narrador acrescenta No monte do SENHOR se prover> ` vF *B !F A mensagem ouvida por "sraelW o Sen2or prov@ um carneiro sacricial para +ue "sa+ue Q"sraelR possa viverF
***F ; Sen2or prov@ carneiros sacriciais para +ue o povo possa viverF AF Os cordeiros da 0>scoa no Egito pelos primogénitos de "srael ` D: *3F*3H*$F Cordeiros e outros animais pelos primogénitos em "srael ` D: *-F*-K* CF Ofertas di>rias de cordeiros pelos pecados e pela culpa de todo "srael ` v K) !F A mensagem ouvida por "sraelW o Sen2or continua a prover cordeiros sacriciais para +ue seu povo possa viverF
"I O Sen2or prov@ seu .il2o unig@nito como Cordeiro sacricial para +ue seu povo possa viverF AF Jo *F39W Eis o cordeiro de !eusH +ue tira o pecado do mundo
$FJo -F*6W 0or+ue !eus amou o mundo de tal maneira +ue deu o seu .il2o unig@nitoH para +ue todo a+uele +ue nele cr@ n(o
pere&aH mas ten2a a vida eternaF CF A mensagem para nsW o Sen2or prov@ seu Pnico .il2o como Cordeiro sacricial para +ue todo a+uele +ue nele cr@ ten2a a vida eternaF
Conclus(oW encora?amento para conar em !eus para nossa salva&(oW ele prov@ %omanos 8F-*H-3W Se !eus é por nsH +uem ser> contra ns A+uele +ue n(o poupou seu prprio .il2oH antesH por todos ns o entre K gouH porventuraH n(o nos dar> graciosamente com ele todas as coisasF
A práti"a do métodocri s t o c ênt r i c o
T0rocura apresentarKte a !eus aprovadoH como oBreiro +ue n(o tem de +ue se envergon2arH +ue mane?a Bema palavrada verdadeFT
0auloH : Timteo :.43 Os " ap@tu&os 5 e $? eaminamos sete "amin+os para pregar Cristo a partir do Antigo TestamentoF o "amin+o da progressão +ist=ri"o;redentora? o "amin+o da promessa? "umprimento? o "amin+o da tipo&ogia? o "amin+o da ana&ogia? o "amin+o dos temas &ongitudinais? o "amin+o das referJn"ias do No%o Testamento e o "amin+o do "ontraste> No "apitu&o '? %imos em !ue ponto dos passos de interpretaão de%emos perguntar sore o testemun+o do teto em re&aão a Cristo e "omo isso fun"iona de modo "on"reto "om um teto @&i"o espe"@fi"o> Neste "ap@tu&o fina&? nos "on"entraremos em traa&+ar "om o m:todo "risto"Jntri"o? ap&i"ando os sete "amin+os a passagens do Antigo Testamento !ue? no passado? foram interpretadas de modo a&eg=ri"o e ofere"endo eer"@"ios para prati"ar o m:todo "risto"Jntri"o sore tetos de di%ersos gJneros de &iteratura do Antigo Testamento> O o,eti%o deste "ap@tu&o : deiar ainda mais "&aro o uso deste m:todo "risto"Jntri"o e transformar em +áito natura& fa)er perguntas ao teto !uanto ao seu testemun+o sore esus Cristo>
Testando o m:todo "risto"Jntri"o "ontra oal egór i c o Di)em !ue a pro%a do pudim está em "omJ;&o> 9ma pro%a da efeti%idade do m:todo "risto"Jntri"o +ist=ri"o;redentor : %er se e&e pode sustituir o m:todo a&eg=ri"o? !ue fre!entemente era? e ainda :? usado na pregaão de Cristo a partir do Antigo Testamento> A fim de apresentar essa pro%a? ap&i"aremos os sete "amin+os a di%ersas passagens do Antigo Testamento !ue? no passado? produ)iram pregaão "entrada em Cristo? pe&o uso da interpretaão
alegricaW $o, e o dilPvioH a >gua de MaraH a Batal2a contra Amale+ueH a cerimnia da novil2a vermel2aH e Jeric e %aaBeF
7ermão sobre $o, e o dil%io :Jn =NG;KK! ustino .ártir pregou Cristo a partir da +ist=ria de No: e o di&%io pe&o uso de uma interpretaão a&eg=ri"a farirasiosa> #No tempo do di&%io? o ,usto No: "om sua esposa? seus trJs fi&+os e suas respe"ti%as esposas? perfa)endo uni tota& de oito pessoas? eram uma figura do oita%o dia? em !ue Cristo apare"eu ressus"itado dos mortos>>> Ora? Cristo? o primog:nito de toda a "riaão? se tornou o "aea :archee! de unia no%a raa? !ue foi regenerada por e&e rimeiante a
água? f: e madeira? !ue aar"a os mist:rios da "ru)? en!uanto $o, ,u nt o "o m su a fa m@&i a? fo i sa &%o pe &a madeira da ar"a &e%ada sore as águas#>X ustino %J !uatro e&os "om CristoF as oito pessoas e o dia da semana "ru !ue Cristo ressus"itou dos mortosB "omo No:? Cristo se torna #"aea de uma no%a raa#B a madeira da ar"a e a madeira da "ru) de CristoB e a água do di&%io e o atismo "ristão> Ao estae&e"er esses e&os "om Cristo? ustino "&iramente fo"a&i)a mais nos deta&+es da +ist=ria \ nmero? madeira e água \ e &iga esses e&ementos a e&ementos na +ist=ria do No%o Testamento sore esus> .as? ao fo"a&i)ar e&ementos mais ou menos in"identais da +ist=ria? e&e a"aa perdendo sua essJn"ia e passa a &er Cristo de %o&ta nesse teto> No entanto? a +ist=ria do di&%io não : sore o nmero oito e madeira e águaF : sore o ,u&gamento de Deus sore o pe"ado +umano Gn $>1/H? a graa de Deus ao sa&%ar No:? sua fam@&ia e os animais? e a promessa de Deus de manter as esta*es regu&ares da terra Gn 2.::7. Como esses "ap@tu&os e o seguinte fa)em eco s +ist=rias da "riaão? o "onteto da +ist=ria redentora "o&o"ará a mensagem desses "ap@tu&os em desta!ue mais n@tido>
No princpioH !eus criou seu reino 2armonioso soBre a terra Q#n *K 3RF Com a +ueda no pecado Q#ut -RH a viol@ncia entra no reino de pa1 Q#n R e leva apenas um nPmero de de1 gera&'es para +ue a terra se tome c2eia de viol@ncia Q#n 6F**RF Esse é o cen>rio mais amplo da narrativa do dilPvioF O conito nessa narrativa é gerado com a declara&(o de !eus a NoéW %esolvi dar caBo de toda carneH por+ue a terra est> c2eia da viol@ncia dos 2omens_ eis +ue os farei perecer ?untamente com a terra Q6F*-RF Essa declara&(o de !eus fa1 surgir imediatamente a pergunta9 será que o julgamento de eus resultará no aniquilamento de seu reino sobre a terraR $ conflito se intensifica quando as c?uvas torrenciais come"am a fustigar a terra durante quarenta dias e quarenta noites %+.11,1- e c?ega ao clma) quando toda a terra, até mesmo as montan?as, está coberta de água e todo ser vivo sobre a face da terra foi eliminado %+.1/,20. O ju8o de eus reverteu seu ato de cria"ão 1Gn 47 e o caos voltou B terra. Lerá esse o fim do reino de eus sobre a terraR Z essa a questão. 0as a ?istória continua9 '>embrouse eus de -oé e de todos os animais selváticos e de todos os animais domésticos que com ele estavam na arca...' 12.47. !omo em G(nesis 4, eus reina novamente nas águas de destrui"ão e aos poucos surge terra seca, um lar para os seres ?umanos e os animais. A ?istória termina com a promessa de eus9 '-ão tomarei a amaldi"oara terra por causa do ?omem, porque é mau o desgnio ntimo de ?omem desde a sua mocidadeC nem tornarei a ferir todo vivente, como fi8. &nquanto durar a terra, não dei)ará de ?aver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite' %-.21!22. $ conflito foi resolvido9 eus julgou e purificou o mundo do pecado ?umano, mas, em sua gra"a, eus ainda procura construir seu reino sobre a terra mediante -oé, o novo Adão, e seus descendentes 1Gn /. mudan"a na narrativa é9 '>embrouse eus de -oé' 12.47. &sse ponto focal é confirmado por uma provável estrutura em quiasmo centrada em '>embrou se eus de -oé'.*
0odemosH portantoH formular o tema dessa narrativa como segueW mesmo uando Deus 4ulga o inundo pelo pecado e a %iol.ncia 2umanaH e sua gra&a ele prolonga seu reino sobre a terra dando u no%o inicio a $o, sua famlia e os animais que esta%am com ele Poss@%eis o,eti%os para essa mensagem a Israe& dependem das "ir"unstn? e&as em !ue Israe& ou%ia a +ist=riaF esta%a
%i%endo em pa) e prosperidade na terra prometida] Esta%a sofrendo ,ui)o de Deus no e@&io] Era um desanima? do remanes"ente depois do e@&io] A mensagem %ai atingir de modo diferen? te so "ir"unstn"ias diferentes> A&guns o,eti%os poss@%eis dessa passagem sãoF ensinar a Israe& !ue Deus : um Deus de ,ustia "omo tam:m de graaB ensinar a Israe& sore a fide&idade de Deus na a&iana ao re"onstruir seu reino sore a terra mesmo mediante um remanes"enteB ad%ertir Israe& "ontra o pe"ado e a ini!idadeB en"ora,ar Israe& a depender da graa sa&%adora de Deus> O tema e os poss@%eis o,eti%os dessa passagem nos a,udarão a es"o&+er mo? dos apropriados de pregar Cristo a partir das op*es ofere"idas pe&os sete "a? min+os de se pregar Cristo>
1. 9 cain%o da !ogess)o %ist*ico@edentoa Primeiro %eremos essa +ist=ria &u) da +ist=ria redentora? a fim de oter o !uadro maior? pois os deta&+es de%erão ser entendidos sempre &u) do todo> GJnesis 1 re&ata !ue? no prin"@pio? Deus "o&o"ou &imites s tre%as sem fim !ue esta%am sore a fa"e do aismo e s águas de destruião? de modo !ue o "aos tornou;se um "osmos ordenado onde toda esp:"ie de "riatura poderia %i%er em pa)> .as o pe"ado +umano e sua sempre "res"ente %io&Jn"ia destru@ram esse amiente pa"@fi"o da oa "riaão de Deus> #[iu o E0KOC !ue a ma&dade do +omem se +a%ia mu&tip&i"ado na terra " !ue era "ontinuamente mau todo des@gnio do seu "oraão>>> Disse o E0KOC: 2arei desapare"er da fa"e da terra o +omem !ue "riei? o +omem e o anima&? os r:pteis e as a%es dos ":usB por!ue me arrependo de os +a%er feito> Por:m No: a"+ou graa diante do E0KOC2 Gn 9?,8$ C&aramente? os %ers@"u&os imediatamente anteriores ao nosso teto resumem o ,u@)o de Deus "omo tam:m a graa de Deus no meio de seu ,u@)o "i a repetião no nosso teto em9$55-57$ Nesse estágio da +ist=ria redentora? o ,u@)o de Deus "onsiste em arir as águas destruti%as? !ue e&e +a%ia reprimido no prin"@pio? de modo !ue o "aos %o&tou terra e tudo !ue esta%a "orrompido foi destruido> O ,u@)o de Deus sore o pe"ado na a&%orada da +ist=ria +umana? ,untamente "om a graa de
!eus para Noé e sua famliaH s(o precursores do ?u1o e gra&a de !eus no nal da istriaF O ?ui1o e a salva&(o com as >guas do dilPvio e o ?u1o nal de !eus com fogo e sua salva&(o`como o princpio e o m de uma ?ornada`nos\ oferecem um sentido da dire&(o dessa 2istria no mBito da 2istria da reden&(oF No centro dessa 2istriaH o ?ulgamento de !eus soBre o pecado cai soBre uma pessoaH seu .il2oH Jesus CristoF 0aulo escreveW A+uele +ue n(o con2eceu pecadoH ele o fe1 pecado por ns_ para +ueH neleH fssemos feitos ?usti&a de !eus Q3Co F3*RF O ?u1o e a gra&a de !eus ` amBos v@m ?untos na cru1 de CristoF Mas a gra&a de !eus venceW Noé ac2ou gra&a diante do E0KOC2 Q#n 6F8RF O mesmo aconteceu com ABra(oF E tamBém com "sraelF E tamBém coma igre?aF Mesmo no ?u1o nalH a gra&a de !eus vencer>H pois o Pltimo ?ulgamento purgar> este mundo de toda ini+Vidade e iniciar> a gloriosa nova cria&(o de !eusF K; camin2o da promessaKcumprimento Emora essa passagem "onten+a a promessa de Deus de manter a ordem da sua "riaão #en!uanto durar a terra# Gn W>((H? não "ont:m nen+uma promessa direta de Cristo>
-F; caminho da tipologia No: : des"rito "omo #um +omem ,usto# Gn $>7B '>1H> E&e : tam:m outro Adão? um no%o "aea da raa +umana !ue re"ee Jnãos e instru*es seme&+antes !ue&as feitas origina&mente a Adão Gn 7>1;'H> Com No:? Deus dá um no%o in@"io raa +umana !ue +erda uma terra purifi"ada> Desse modo? No: pode ser %isto "omo um tipo de CristoB pois? em Cristo? Deus tam:m dá um no%o "omeo para seu po%o !uando e&es aguardam para +erdar uma no%a "riaão> .as o no%o in@"io feito em Cristo? no fina&? e"ede em muito a!ue&e feito "om No:> O po%o de Deus re"eerá no%o "oraão e o "osmos será feito &i%re de sua es"ra%idão de"adJn"ia de uma %e) e para sempre Roa W>(1H \ ana&ogia e progressão>
9; camin2o da analogia
Uma maneira de usar a analogia é ligar o ensino dessa passagem com o ensino de Jesus com respeito ao ?ui1o e a gra&aF Mas uma forma mais direta é transferir igre,a de +o,e o pensamento da graa de Deus em meio ao ,u@)oF "omo Deus? em sua graa? sa&%ou um remanes"ente es"o&+ido da +umanida? de na!ue&e tempo? assim tam:m Deus em Cristo +o,e ainda sa&%a um rema? tres"ente es"o&+ido> Tam:m? "omo Deus em sua graa sustentou a sua "ria? ão e prometeu manter a regu&aridade das esta*es? tam:m : Deus em Cristo !ue mant:m sua "riaão at: os dias de +o,e CI 1>1'H> Noutras pa&a%ras? %i%e? mos sore esta terra na re&ati%a segurana de esta*es !ue mudam de modo regu&ar somente por "ausa da graa de Deus em Cristo esus>
7 O "amin+o dos temas longitudinais Para essa passagem? poder@amos pro"urar nas Es"rituras ind@"ios do tema do ,ui)o de Deus e do tema da graa de Deus> Como? por:m? amos o"orrem ,untos nessa passagem? : mais importante traar o tema "ominado da graa de Deus em seu ,ui)o> Esse tema dup&o pode ser traado do di&%io " no%o in@"io "om No: ao ,ui)o de Deus na torre de 6ae& Gn 11H e o no%o ini"io de Deus "om Arão Gn 1(>1;/H? s ad%ertJn"ias dos profetas de !ue o dia do Sen+or seria uni dia de tre%as Am 5>1WH e a promessaF #Na!ue&e dia? &e%antarei o taerná"u&o "a@do de Da%i>>># Am 7>11H? ao ,ui)o de Deus sore Israe& "om a deportaão para a Ass@ria '(( a>C>H e o e@&io para a 6ai&nia 5W' a> C>H e o no%o "omeo de Deus "om o remanes"ente 5/W a>C>H? ao ,ui)o de Deus ee"utado na morte de Cristo sore a "ru) e a graa de Deus re%e&ada na ressurreião de Cristo? ao ,u@)o de Deus no #dia do Sen+or# !uando #os ":us? in"endiados? serão desfeitos? e os e&ementos arasados se derreterão> N=s? por:m? segundo a sua promessa? esperamos no%os ":us e no%a terra? nos !uais +aita ,ustia# (Pe />1(?1/H>
6F O caminho das refer.ncias do $o%o Testamento O apJndi"e no No%o Testamento Grego de Nest&e?A&ani& .ediãoH ofere"e di%ersas refie? rJn"ias> Kereus 11>' usa o ato de No: para i&ustrar a %erdadeira f:> Em .atens (->/';/7 par> 3" 1'>($?('H? esus usa a %inda inespera da do di&%io "omo i&ustraão da inesperada #%inda do 2i&+o do Komem#> Pedro apresenta o di&%io "omo um tipo do atismoF #os !uais? noutro tempo? foraindesoedi? entes !uando a &onganimidade de Deus aguarda%a
nos dias de No:? en!uan;
to se preparava a arcaH na +ual poucosH a saBerH oito pessoasH foram salvosH por meio da >guaH a +ualH gurando o BatismoH agora tamBém vos salvaH n(o sendo a remo&(o da imundcia da carneH mas a indaga&(o de uma Boa consci@nH cia para com !eusH por meio da ressurrei&(o de Jesus Cristo Q* 0c -F3;H3*RF 3 0edro usa essa passagem para assegurar aos leitores sofridos a realidade do ?u1o e da gra&a de !eus nos seus diasW e n(o poupou o mundo antigoH mas preservou No@H pregador da ?usti&aH e mais sete pessoasH +uando fe1 vir o dilPvio soBre o mundo de mpiosFFF por+ue o Sen2or saBe livrar da prova&(o os piedosos e reservarH soB castigoH os in?ustos para o dia de?u1o Q30e 3FK9RF O captulo seguinte fa1 uma analogia entre o dilPvio e o dia nal de ?u1oW TorH +ueH deliBeradamenteH es+uecem +ueH de longo tempoH 2ouve céus Bem como terraH a +ual surgiu da >gua e por meio da >gua pela palavra de !eusH pela +ual veio a perecer o mundo da+uele tempoH afogado em >guaF OraH os céus +ue agora e:istem e a terraH pela mesma palavraH t@m sido entesourados para fogo estando reservados para o dia do ?u1oFFFQ30e *H)RF
)F; camin2o do contraste Em GJnesis W>( 1? o pr=prio Deus di) #não tornarei#> Deus di) #náo tornarei#? saendo !ue a in"&inaão do "oraão +umano : mau "ontinuamente> O #não tornarei# : poss@%e& somente por!ue? na p&enitude do tempo? Cristo suportará o ,u@)o de Deus pe&o pe"ado> Os "amin+os sugeridos mostram di%ersas maneiras apropriadas de se pregar Cristo "om ase nessa passagem> O tema e o o,eti%o do sermão de%em ser usados para de"idir !ue "amin+os serão usados nesse sermão> Em !ua&!uer "aso? fi"a "&aro !ue não pre"isamos ape&ar para a interpretaão a&eg=ri"a para pregar Cristo a partir dessa passagem>
Sermão sore (srael e as >guas de .ara 15>((;('H Justino M>rtir e outros pais da igre?a pregaram Cristo a partir da 2istria de MaraH entendendo a madeira +ue ado&ou as >guas amargas como sendo a madeira da cru1 de CristoF 0or e:emploH escreveu TertulianoW A amargura da >gua foi transformada e a >gua se tornou refrescante e pot>vel pela vara de MoisésF A madeira nada mais era do +ue o prprio Cristo +ue transformou as >guas do BatismoF\ Tertuliamo tomou certa liBerdade com o te:to ao identic +r a madeira +ue foi ?ogada dentro da >gua com a vara de MoisésH pois o te:to s fala do Sen2or mostrando um peda&o de madeira ou uma >rvore +ue ele ?ogou na >gua QD: *F3RF O narrador n(o d> indica&(o alguma de +ue 2avia algo especial nessa madeira_ parece +ue era apenas um peda&o de pau +ue estava ali pelo c2(oF Séculos mais tardeH +uando Eliseu e a compan2ia de profetas semel2antemente enfrentaram a morte durante tempo de fome e encontraram a morte na panelaH Eliseu simplesmente ?ogou um pouco de farin2a no co1idoH com o resultado +ue n(o 2avia mal nen2um na panela Q3%s F*RF Madeira ou farin2a ` n(o é a composi&(o fsica do +ue é ?ogado dentro +ue restaura a >gua ou a comida +ue salva vidas_ o peda&o da madeira em nossa passagem é simplesmente um sinal para +ue todos ve?am +ue é o Sen2or +ue restaura a +ualidade da >gua eH assimH salva "sraelF Como di1 o prprio !eusH eu sou o E0KOC +ue te
sara QD: *F36RF !e +ual+uer modoH vemos novamente +ue a interpreta&(o alegrica liga um detal2e da 2istria com um detal2e do Novo TestamentoH a madeira da cru1H +ue ent(o é usada para signicar o prprio CristoF EH nesse processoH a mensagem dessa 2istria do Antigo Testamento ca perdidaF Uma alternativa mel2or para se pregar Cristo a partir dessa passagem é perguntar primeiro soBre o +ue é a 2istriaF "srael tin2a acaBado de sair do Egito atravessando o Mar Iermel2o QD: *R e celeBrado a reden&(o dada por !eus por meio dos cnticos de Miri( e de Moisés QD: *F*K 3*R_ .e1 Moisés partir a "srael do Mar Iermel2oH e saram para o deserto de Sur_ camin2aram tr@s dias no deserto e n(o ac2aram =gia QD: *F33RF L esta a +uest(o +ue gera o conitoW tr@s dias no deserto e nada de >guaF Esse conito aumenta +uando nalmente encontram >gua em MaraH mas n(o podem BeB@Kla por ser amargaF O povo murmura contra Moisés e Moisés clama ao Sen2orW e o E0KOC l2e mostrou uma >rvore_ lan&ouKa Moisés nas >guasH e as >guas se tornaram doces QvF 3RF O conito é resolvidoF A pr:ima parada é em ElimH onde 2> muita >gua ` na verdadeH do1e fontes de >guaFFF e se acamparam ?unto das >guas QvF 3)RF O ponto da 2istria é +ue o Sen2or prov@ >gua para seu povo no meio do deserto para mant@Klos com vidaF Na 2istria seguinteH o Sen2or prov@ comida para seu povo na forma de man> e codorni1es QD: *6RF O tema de nossa passagem éH portantoW o Sen2or salva 0srael no deserto oferecendo *gua que sustenta a vida 0ossveis oB?etivos para "srael mais tardeH em Cana( ou no e:lioH podem serW ensinar "srael a conar no Sen2or para prover >gua em tempos de seca ou na volta do e:lio_ ouH motivar "srael ,
obedi(ncia em gratidão 1ver v. :57 a esse eus que manteve vivos seus antepassados no deserto e ainda prov( para eles em !anaã. 1. , camin!o da progressão !ist:rico.redentora !evemos ol2ar primeiramente a +uest(o da 2istria no conte:to da 2istria redentoraF Em +ue est>gios da 2istria redentora encontramos o Sen2or provendo >gua para manter vivo c seu povo A m de continuar na tril2aH talve1 ten2amos de ampliar um pouco a +uest(oH pois a >gua é um foco um tanto estreitoF Se ampliarmos a +uest(o para o Sen2or provendo as necessiK dades da vidaH encontramos !eus provendo alimento para Ad(o e Eva no paraso Q#n *F39RF Mais tardeH !eus fe1 provis(o semel2ante para Noé e sua famlia Q#n 9F-RF AgoraH en+uanto "srael via?a pelo desertoH o Sen2or providencia >gua e alimento para seu povoH en+uanto os leva a uma terra +ue mana leite e mel QD: -F8RF Nos tempos do Novo TestamentoH Jesus alimenta a multid(o de famintosF A 2istria redentora termina com o maravil2oso retrato da nova cria&(o em +ue Jamais ter(o fomeH nunca mais ter(o sedeFFF pois o Cordeiro +ue se encontra no meio de trono os apascentar> e os guiar> para as fontes da >gua da vidaFFF QApH )F*6H*)RF
5. , caminho da promessa.cumprimento A passagem contém a promessa condicional de eus de curar Israel 1v. :57, mas nen?uma promessa direta de !risto. 3%W camin!o da tipologia
Moisés é o lder a +uem !eus usou para condu1ir seu povo da escravid(o do Egito e +ue agora os leva , terra prometidaF Como lder e redentor do povo de !eusH Moisés é um tipo de Cristo +ue leva seu povo para longe da escravid(o do pecado e da viol@ncia para a nova terra +ue 2avia sido prometidaF Mas nessa 2istria a tipologia é mais especicaW +uando o povo est> morrendo de sede e n(o pode BeBer a >gua de MarteH o povo murmurou contra MoisésH di1endoW gua fresca para o povoH a m de sustentarKl2es a vidaF Como talH Moisés é um tipo de CristoH o MediaK
dorH +ue fala a !eus em favor do povo e oferece ao povo >gua viva para mant@Klos vivos eternamente ` analogia mais progress(oF
9 O camin2o da analogia A ana&ogia poderia traar o seguinte para&e&o entre a!ue&e tempo e o atua&F "omo Deus pro%eu para as ne"essidades de %ida de Israe& rio deserto? assim tam:m Deus em Cristo pro%J para nossas ne"essidades %itais +o,e> 9m para&e&o ainda mais forte , traar a ana&ogia entre essa passagem em !ue o Sen+or : !uem pro%J e sara Israe& %> ($H? e o ensino de esusF #Nao %os in!uieteis? di)endoF !ue "omeremos] >> %osso Pai "e&este sae !ue ne"essitais de todas e&asB us"ai? pois? em primeiro &ugar? o seu reino e a sua ,ustia? e todas essas "oisas %os serão a"res"entadas# .t $>/1;//H?
SF O camin2o dos temas longitudinais O tema de Deus pro%endo água para seu po%o pode ser remontado em nosso teto desde .ara at: E&im? onde #+a%ia do)e fontes de água# 15>('H? Da@? podemos "ontinuar a traar este tema para a água da ro"+a em Refidim 1'>1; 'H? para a água da ro"+a em .eriá Nm (0>1;1/H? para as aundantes águas da terra prometida? para as pa&a%ras do Sa&mo (/>1;(F #O SENKOR : o meu pastorB nada me fa&tará> E&e me fa) repousar em pastos %erde,antes> 3e%a;me para ,unto das águas de des"anso#? at: esus? o om pastor ,o 10H? Como este tema , &e%ado adiante no No%o Testamento pode não estar imediatamente "&aro? mas o "amin+o das referJn"ias do No%o Testamento poderã nos a,udar>
6F O camin2o das refer.ncias do Novo Testamento O No%o Testamento Grego de Nest&e;A&and apresenta duas a&us*es a odo 15>(/F Kereus />W e Apo"a&ipse W>11? nen+um dos !uais ap=ia o tema tetua&> O Treasur+ of S"ripture Onoledge ofere"e "in"o passagens do No%o Testamento? sendo a mais promissora um e&o entre o ensino de Cristo em .ateus $>(5F #Não andeis ansiosos pe&a %ossa %ida? !uanto ao !ue +a%eis de "omer ou eer >>>>> Ao pro"urarmos a pa&a%ra #água# numa "on"ordn"ia? "+egamos surpreendente passagem de oão onde esus di)F #a!ue&e? por:m?
+ue BeBer da >gua +ue eu l2e der nunca mais ter> sede_ pelo contr>rioH a >gua +ue eu l2e der ser> nele uma fonte a ?orrar para a vida eterna Go F*RF Mais adianteH no livro de ApocalipseH a+uele +ue est> sentado no trono di1W EuH a +uem tem sedeH darei de gra&a da fonte da >gua da vida Q3*F6RF E o livro termina com o conviteW A+uele +ue tem sede ven2aH e +uem +uiser receBa de gra&a a >gua da vida Q33F*)RF )F; camin2o do contraste Em MaraH o Sen2or providenciou >gua +ue manteve com vida a "srael pelo menos por alguns diasF Em contrasteH Jesus Cristo oferece >gua viva +ue mantém as pessoas vivas por toda a eternidade Qver Jo F*H citado acimaRF .a1er perguntas ao te:to de acordo com os sete camin2os novamente mostrou v>rias formas de pregar Cristo a partir dessa passagem sem apelar para o método alegricoF AdemaisH o tema e o oB?etivo do serm(o devem determinar +uais op&'es especcas ser(o utili1adas no serm(o para pregar CristoF
Lermão sobre a batal?a Amaleque (?/ 4=.2457
de 0srael contra
%ustino 0ártir, Irineu, $rgenes e outros pais da igreja usaram também o método alegórico para pregar !risto a partir da batal?a de Israel contra Amaleque. &screveu %ustino9 '\uando o povo travou guerra contra Amaleque, e o fil?o de -um, de nome %esus X%osué`, dirigiu a batal?a, o próprio 0oisés orou a eus, estendendo as duas mãos, e Arão as sustentou o dia inteiro... /ois, se ele desistisse de qualquer parte desse sinal, que era uma imita"ão da cru8, o povo seria vencido, mas se ele se mantivesse dessa forma, Amaleque seria vencido, e ele que prevaleceu, o fe8 pela cru8. /ois não foi, porque 0oisés orou que o povo era forte, mas porque, enquanto um de nome %esus estava D frente da batal?a, ele mesmo foi o sinal da cru8'. 4 $s elos de %ustino a !risto são dois9 o nome de %osué, que na tradu"ão grega é %esus, e 0oisés estendendo as mãos em forma de cru8. /ara pregar !risto, %ustino focali8a
alguns poucos detal2es dessa 2istriaF Além dissoH ele toma certas liBerdades com o te:to +uando di1 +ue Moisés estendeu os Bra&os em forma de cru1H pois o te:to di1 apenas +ue ele levantava a m(o QvF **R ou ele erguia as m(os QN"IRF !evemos determinar primeiramente a mensagem da 2istria para "sraelF O primeiro versculo dessa 2istria revela o conitoW Ent(oH veio Amale+ue e pele?ou contra "srael em %eclina QvF 8RF Os israelitas tin2am acaBado de ser liBertados do Egito e agora sua e:ist@ncia é amea&ada por Amale+ueH descendente de EsaP Q#n -6F*3H*H*6RF O +ue eles devem fa1er Ordenou Moisés a JosuéW escol2eKnos 2omensH e saiH e pele?a contra Amale+ue_ aman2(H estaH rei eu no cime do outeiroH e o Bord(o de !eus estar> na min2a m(o QvF 9RF No dia seguinteH a Batal2a aconteceu com movimentos oscilatriosW a vitria a "srael na Batal2a contra Amale+ueH +ue amea&ava sua prpria e:ist@nciaF Caso n(o entendamos issoH o narrador acrescentaW Moisés edicou um altar e l2e c2amouW O SENHOR Q Min2a $andeira\ QvF *RF 0odemosH ent(oH formular o tema dessa narrativa assimW quando sua fr*gil e/istência é ameaçada por Amaleque o enhor d* a 0srael a vitória na -atalha 0ossveis oB?etivos para essa 2istria para "srael de tempos posteriores podem serW encora?ar "srael a conar no Sen2or para oBter vitria nas suas Batal2asH ou prover "srael de um senso de seguran&aH mesmo morando em meio a inimigosH por causa da presen&a do Sen2orF
4. $ camin?o da progressão ?istóricoredentora O tema de !eus dar ao povo a vitria na Batal2a ecoa através de grande parte da 2istria redentoraF Come&ou logo depois da +ueda no pecadoH +uando !eus colocou inimi1ade entre ti i serpente e a mul2erH entre a tua descend@ncia e o seu descendente Q#n -F *RF Nosso te:to em D:odo revela um e:emplo de !eus dar vitria , semente da mul2erW Amale+ue amea&a destruir o povo de !eus +ue estava a camin2o da terra prometidaH mas o Sen2or d> a Josué a vitriaF Como parte da Batal2a contnua entre a semente da serpente e a semente da mul2erH essa passagem na 2istria redentora leva até a tentativa de Satan>s de matar o infante Jesus por meio do rei erodesH mas !eus prov@ um escapeF A vitria dada por !eus surge de novo com a aparente vitria de Satan>s +uando Jesus é morto e sepultadoH mas !eus d> a Jesus a vitria +uando o ressuscita dos mortosF eva nalmente ao Pltimo diaH +uando !eus d> a Jesus a vitria e lan&a o diaBo no lago de fogo e en:ofre QAp 3;F*;RF A progress(o 2istricoKredentora oferece os largos tra&os de pincel +ue ser(o preenc2idos com os temas de promessaHcumprimentoH tipologiaH analogia ou temas longitudinaisF
%6 caminho da promessacumprimento &sse te)to não contém promessa direta de !risto.
# caminho da tipologia
osu: : um tipo de Cristo? não por!ue seu nome tradu)ido para o grego se,a esus? mas por!ue e&e : o &@der de Israe& na ata&+a "ontra Ama&e!ue e por meio desse &@der o Sen+or dá a %it=ria "ontra o inimigo a seu po%o> Assim? osu: prefigura ,esus Cristo? !ue sore a "ru) gan+a a %it=ria de"isi%a para seu po%o "ontra Satanás e !ue oterá a %it=ria fina& no &timo dia> No%amente? %emos ana&ogia e progressão>
9
# caminho da analogia
A ana&ogia poderá formar uma &igaão para CristoF "omo Deus deu ao po%o de Israe& a %it=ria sore Ama&e!ue? assim tam:m Deus em Cristo nos dá a %it=ria sore os inimigos> .as a ana&ogia foi usada de maneira errada desde os e:r"itos do Imperador Constantino #Neste sina& Ida "ru)M eu %en"erei#H at: os na)istas do s:"u&o (0 _Gott mit uns#H \ "ada um rei%indi"ando %it=ria sore os inimigos em nome de Cristo ou Deus> Esse uso in"orreto da ana&ogia demonstra de maneira "on"reta a importn"ia de %erifi"ar o "amin+o da ana&ogia "om o "amin+o do "ontraste \ na %erdade? todos os sete "amin+os de%em ser %erifi"ados antes de se fina&i)ar o sermão? por!ue Cristo ,amais nos prometeu %it=ria sore inimigos na"ionais ou pessoais> Em %e) disso? e&e ordenou XAmai %ossos inimigos e orai pe&os !ue %os persegtienf.t 5>--H> Emora os go%ernos +umanos se,am o meio de Deus promo%er a ,ustia num mundo pe"aminoso Rin 1/>1;'H e os "ristãos de%am &utar pe&a ,ustia? a ni"a %it=ria prometida aos "ristãos : a %it=ria fina& sore o pe"ado e a morte 1Co 15>5-;5'H> Portanto? uma ana&ogia me&+or :F "omo Deus deu ao seu po%o Israe& a %it=ria sore Ama&e!ue? assim tam:m Deus em Cristo fina&mente dará sua Igre,a a %it=ria sore seus inimigosF o pe"ado? o anti"risto e a morte>
< # caminho dos temas longitudinais O tema de Deus &utando por seu po%o e &+es dando a %it=ria pode ser traado ao &ongo de todo o Antigo Testamento e atra%essando o No%o Testamento> o tema de Deus "omo o Rei guerreiro \ t@tu&o !ue o No%o Testamento dá a esusF #REI DOS REIS E SENKOR DOS SENKORES# Ap? 17>1$H> Durante sua %ida sore a terra? esus tra%ou guerra "ontra Satanás e sua "orte ao epu&sar demnios e "urar os enfermos> Na "ru)? e&e gan+ou a
vitria decisiva soBre os poderes satnicosH com a vitria nal marcada para o Pltimo diaF\ 6F O camin2o das refer.ncias do $o%o Testamento O Novo Testamento grego n(o f a1 refer@ncias a essa passagemF O Treasur+ of Scripture Onoledge oferece de1esseis te:tos do Novo TestamentoH todos soBre detal2es dessa passagem de D:odoH e a maioria soBre ora&(oH provavelmente por+ue as m(os levantadas de Moisés s(o entendidas como ora&(oF 0orémH ?> +ue o tema da passagem n(o é ora&(oH mas o Sen2or dando vitria na Batal2aH n(o podemos usar essas refer@ncias do Novo Testamento neste serm(o em particularF Ao vericarmos uma concordncia soBre con+uista encontramos um possvel camin2o para uma prega&(o centrada em CristoF 0aulo escreve em %omanos 8F-)K-9 +ue somos mais +ue vencedoresH por meio da+uele +ue nos amouF 0or+ue estou Bem certo de +ue nem a morteH nem a vidaH nem os an?osH nem os principadosH nem as coisas do presenteH nem do porvirH nem os poderesH nem a alturaH nem a profundidadeH nem +ual+uer outra criatura poder> separarKnos do amor de !eusH +ue est> em Cristo JesusH nosso Sen2orF )F; camin2o do contraste TrempeH ongman ressalta o contraste entre as Batal2as travadas por "srael e as Batal2as travadas no tempo do Novo TestamentoF A #uerra Santa de Jesus é diferente da #uerra Santa de "sraelF En+uanto a segundaH ao mando do Sen2orH dirigia sua luta contra inimigos terrenosH Jesus lutou contra as for&asH os poderes e os principados +ue se encontram por tr>s da 2umanidade em pecado QcfF seus milagres e curasRFFF sua ordem de Jesus n(o é para matarH mas para converter QMe 38F*6ssRF\ Ao vericarmos esse te:to para todos os sete camin2os possveis de pregar CristoH novamente encontramos v>rias op&'es para pregar Cristo com Base nessa passagem especcaF Mas com isso descoBrimos tamBém o perigo de usar apenas a analogia ou colocar importncia desmedida soBre refer@ncias sugeridas do Novo TestamentoF Todos os sete camin2os devem ser e:plorados com dilig@ncia antes de se escrever o serm(oF
7ermão sobre a cerimQnia da no%i&+a %ermelha :$m 17H A Epstola de $arnaBé alegori1a a cerimnia prescrita da novil2a vermel2a com grande desemBara&oF .a1 tr@s liga&'es com CristoW A novil2a é ?eH sus_ o peda&o de len2a é um tipo da cru1 e a l(
escarlate é o sangue de CristoF\ EmBora Gil2clm Iisc2er encontre ainda mais refer@ncias a Jesus nos detal2es dessa leiH todos eles s(o relacionados , novil2aW o re+uerimento de +ue a novil2a se?a sem m>cula alude a Cristo ser sem pecado_ +ue ela nunca esteve soB ?ugo fa1 alus(o a Cristo +ue ?amais esteve soB o ?ugo do pecado_ +ue deveria ser morta fora do arraial refereKse ao fato de Cristo ter sido sacricado fora dos muros de Jerusalém_ e +ue um pouco do sangue foi espargido em dire&(o ao taBern>culo e ligado a nac2H sen(o ser espargido com o sangue de CristoH pode nos aBsolver e nadaH sen(o a transfer@ncia a ns do mérito de sua oBedi@nciaH pode aBrir as portas para o servi&o de !eusF\
"nfeli1menteH ligar alguns detal2es dessa lei a Cristo mediante a alegori1a&(o ou tipologi1a&(o perde o sentido da passagemF Essa passagem d?ftcil contém muitos smBolos cerimoniais c os comentaristas n(o est(o de acordo +uanto ao signicado de cada um desses smBolos para "sraelF 0or e:emploH +ual é o signicado da e:ig@ncia de a novil2a ser vermel2a e o sacerdote ?ogar pau de ceH droH 2issopo e estopo carmesimFFF do fogo +ue +ueima a novil2a QvF 6_ c v *FK6RF Se pudermos apenas especular soBre o signicado desses materiais para "sraelH estender seu signicado para a cru1 de Cristo e seu sangue seria e:tremamente duvidosoF TamBém os pregadores n(o devem ligar a asper&(o de sangue em dire&(o ao taBern>culo com a asper&(o do sangue de CristoH como fa1 Iisc2erF "sso pode até ser verdadeiro para outros sacricios no taBern>culoH em +ue o sangue é derramado na Base do altar e aspergido uma ve1 por ano soBre a arei da alian&a para e:piar os pecadosF Mas essa oferta de purica&(o QvF *;R em particular deveria ocorrer fora do arraial QvF -RF A Pnica liga&(o com os sicriH fcios de e:pia&(o do taBern>culo é a e:ig@ncia +ue o sacerdote tomar> do sangue com dedo e dele aspergir> para a frente da tenda da congrega&(o
%> -H> Essa &ei não fo"a&i)a o aspergir "om sangue a maior parte : !ueimadaH? mas o aspergir "om água !ue "ont:m as "in)as da no%i&+a %erme&+a Q a #água purifi"adora# %> 1/B "c %s> 11 ;((H> A!ui Deus pro%J para os israe&itas um meio para se purifi"arem !uando se tornaram impuros mediante o "ontato "om um "adá%er> 1/?(0H> 9ma pessoa "ontaminada não tem parte na "omun+ão "om um Deus santo> Estar impuro :? portanto? uma "oisa etremamente s:ria> A água "omum não : sufi"iente para purifi"ar uma pessoa !ue está ritua&mente impura> .as? nessa &ei? Deus pro%J para Israe& uma água espe"ia& Q água na !ua& as "in)as da no%i&+a %erme&+a foram misturadas>
0odemos focali1ara mensagem dessa passagem soB o temaW quando %oc. se toma impuro pelo contato com a morte de%e se puricar com >gua especial que cont,m as cin3as de uma no%ilha %ermelhaR 0ossveis oB?etivos da mensagem para "srael s(oW ensinar a "srael a distin&(o entre puro e impuroH santidade e pecado_ persuadir "srael da seriedade do pecado Qestar
imundoRH pois corta a comun2(o com um !eus santo_ instar com "srael +ue use o meio +ue !eus oferece para a purica&(o e restaura&(o , comun2(o com !eusF *F; camin2o da progress(o 2istricoKredentora Ao us"armos meios de pregar Cristo "om ase nessa passagem? de%emos no%amente eaminar sua mensagem &u) do grande !uadro da +ist=ria redentora> A passagem tem a %er "om o estar imundo pe&o "ontato "oma morte> A morte entrou pe&a primeira %e) na +ist=ria +umana "om a !ueda em pe"adoF #Tu :s p= e ao p= tornarás# Gn />17H> Desde o "omeo? por:m? a morte não tem a pa&a%ra fina&> oão ou%e uma %o) do trono do ":u di)endo #E a morte ,á não mais eistirá# Ap (1>-H> .as at: a!ue&e dia ainda teremos de "on%i%er "om a rea&idade da morte "omo "astigo de Deus pe&o pe"ado> Nessa passagem? Deus pro%J para seu po%o tira rito re&igioso de purifi"a ão da imund@"ia da morte> O "ontato "om a morte torna as pessoas imundas? de modo !ue e&as são "ortadas da "omun+ão "om um Deus santo e seu po%o santo Nm 17>1/?(0H> .as Deus estipu&a !ue a aspersão "om essa água espe"ia&? !ue "ont:m as "in)as da no%i&+a %erme&+a? torna a pessoa &impa e res? ramada "omun+ão "om Deus> Ao &ongo da +ist=ria do Antigo Testamento? a água : asso"iada purifi"aão "erimonia&> No taerná"u&otemp&o os sa"erdotes tin+am uma a"ia de ron)e "+eia de água para &a%ar as mãos e os p:s /0>(1H> Em muitas o"asi*es? os israe&itas eram ordenados a &a%ar suas roupas e se an+ar para se purifi"ar ritua&mente> Nessa passagem? tam:m? o sa"erdote !ue to"asse a no%i&+a %erme&+a teria de &a%ar suas %estes? e an+ar o seu "orpo em água "f> Nm 17>'B %er tam:m %s> W;10H> .as a!ui Deus pres"re%e água espe"ia& para remo%er essa gra%e imund@"ia ritua& "ontra@da pe&o "ontato "om a morte> A&:m disso? en"ontramos em Israe& o desen%o&%imento do atismo na água para os pros:&itos> No No%o Testamento? oão 6atista pro"&ama #atismo de arrependimento para remissão de pe"ados# .e 1>-H> Da@ : um passo para o atismo "ristãoF #Arrependei;%os? e "ada um de %=s se,a ati)ado em nome de esus Cristo para remissão dos %ossos pe"ados# At (>/WH> O atismo de oão : sustitu@do pe&o atismo #em o nome do Sen+or esus# At 17>/;5H e #em nome do Pai? e do 2i&+o? e do Esp@rito Sante# .t (W>17H>
3F O camin2o da promessaKcumprimento Essa passagem n(o contém promessa direta de CristoF L%
, camin!o da tipologia A água da purifi"aão : espe"ia& por!ue as "in)as da no%i&+a foram mistu? radas a e&a> As "in)as da no%i&+a %a&idam
esse sina& de purifi"aão> Portanto? a no%i&+a %erme&+a : s@mo&o da purifi"aão da impure)a e restauraão "omun+ão "om Deus> Como ta&? a no%i&+a %erme&+a pode fun"ionar "omo um tipo de Cristo? "u,a morte pro%J a purifi"aão ne"essária da man"+a do pe"ado e !ue restaura o seu po%o de uma %e) para sempre "omun+ão "om Deus Q ana&ogia e progressão>
3%
, camin!o da analogia A ana&ogia pode %irtua&mente dup&i"ar a ana&ogia da tipo&ogia a"imaF "omo Deus pro%eu para Israe& um meio para
ser ritua&mente &impo e restaurado "omun+ão "om e&e? assim tam:m Deus pro%J para seu po%o +o,e o seu ni? "o 2i&+o para purifi"á;&o dos pe"ados e restaurá;&o "omun+ão "om Deus> .as a ana&ogia pode ir a&:m da ana&ogia da tipo&ogia ao &igar o ensino dessa &ei sore puro e impuro ao ensino de esus ou dos aposto&os> Por eemp&o? "omo Deus por meio dessa &ei ensinou a Israe& sore sua ne"essidade de puri; fi"aão? ou se,a? santidade? para "omun+ão "om Deus? assim tam:m esus ensina o po%o de Deus !ue de%em ser &impos não apenas no eterior? mas no interior 3e 11>/';-1B "f> .t 15>10;(0B 1Pe 1>15H>
7 0 "amin+o dos temas &ongitudinais Podemos traar o tema da purifi"aão dos "erimonia&mente impuros a partir dessa &ei? !ue de%eria ser #estatuto perp:tuo aos fi&+os de Israe& e ao estrangeiro !ue +aita no meio de&es# %> 10H? ao atismo de oão 6atista? !ue era #atismo de arrependimento para remissão de pe"ados# .e 1>-H? ao atismo "ristão dos ap=sto&osF #Arrependei;%os? e "ada um de %=s se,a ati)ado em o nome de esus Cristo para remissão dos %ossos pe"ados# At (>/WH? ao ensino dos ap=sto&os> O atismo "ristão não somente &iga a Cristo por ser ati)ado em seu nome? "omo tam:m o ensino apost=&i"o sore o signifi"ado do atismo re%e&a muitos e&os "om os "on"eitos de nossa passagem> Por eemp&o? em Romanos $>-? Pau&o &iga o atismo morte e %idaF #2omos? pois? sepu&tados "om e&e na morte pe&o atismo? para !ue? "omo Cristo foi ressus"itado dentre os mortos pe&a g&=ria do Pai? assim tam:m andemos n=s em no%idade de %ida#> Co&ossenses (>1(;1- ofere"e ainda mais e&os "om nossa passagem Q não somente morte e %ida "omo tam:m pe"ado e &a%ar #apagar#H no perdãoF #Tendo sido sepu&tados? ,untamente "om e&e? no atismo? no !ua& igua&mente fostes ressus"itados mediante a f: no poder de Deus !ue o ressus"itou dentre os mortos> E a %=s outros? !ue está%eis mortos pe&as %ossas transgress*es>>> %os deu %ida ,untamente "om e&e? perdoando todos os nossos de&itosB tendo "an"e&ado o es"rito de d@%ida>>> en"ra%ando;o na "ru)# CI (>1(;1-H>
6F O camin2o das refer.ncias do $o%o Testamento O No%o Testamento Grego men"iona duas referJn"ias a essa passagem> A primeira : uma a&usão em Kereus 7>17? !ue não a,uda muito no nosso prop=sito> A segunda referJn"ia? em Kereus 7>1/? : muito mais promissora por!ue "onfirma a tipo&ogiaF #Se>>> a "in)a de uma no%i&+a? aspergidos sore os "ontaminados? os santifi"am? !uanto purifi"aão da "arne? muito mais o sangue de Cristo>>> purifi"ará a nossa "ons"iJn"ia de oras mortas? para ser%irmos ao Deus %i%o^# K 7>1/?1-H> Ao pro"urarmos numa "on"ordn"ia a pa&a%ra #aspergir#? en"ontramos ainda mais uma referJn"ia promissora em KereusF #Tendo? pois? irmãos?
intrepide1 para entrar no Santo dos SantosH pelo sangue de JesusFFF e tendo grande sacerdote soBre a casa de !eusH apro:imemoKnosH com sincero coraH &(oH em plena certe1a de féH tendo o cora&(o puricado de m> consci@ncia e lavado o corpo com >gua pura QB *;F*9K33RF Ao pes+uisarmos ainda mais a concordncia para a palavra >guaH c2egaH mos a Efésios F3BK3)W Cristo amou a igre?a e a si mesmo se entregou por elaH para +ue a santicasseH tendoKa puricado por meio da lavagem de >gua pela palavraH para a apresentar a si mesmo igre ?a gloriosaH sem m>culaH nem ruga nem coisa semel2anteH porém santa e sem defeitoF Essa Busca tamBém tra1 a
curiosa possiBilidade de Atos *;F) [ curiosa por+ueH no conte:toH !eus 2avia enviado 0edro , casa do gentio Cornélio e mostrouKl2e +ue a antiga distin&(o entre puro e impuro n(o era mais v>lidaH especialmente no +ue distinguia ?uH deus e gentiosF Um an?o de !eus disse a 0edroW \Ao +ue !eus puricou n(o consideres comum QAt *;F*RF guaH para +ue n(o se?am Bati1ados_ estes +ueH assim como nsH receBeram o Esprito Santo E ordenou +ue fossem Bati1ados em nome de Jesus CristJ QAr *;F)H8RF .inalmenteH ao vericarmos a concordncia para o verBete impuroH veH mos duas interessantes passagensF Em 3 Corntios 6F*)H*8H 0aulo comBina diversas passagens do Antigo Testamento para ensinar aos corntios a respeito da santidadeW !i1 o Sen2orW n(o to+ueis em coisas impuras_ e eu vos receBereiH serei vosso 0aiH e vs sereis para mim l2os e l2asFFFW AdianteH em %omanos *F*H 0aulo armaW Eu sei e estou persuadidoH no Sen2or JesusH +ue nen2uma coisa é de si mesma impuraH salvo para a+uele +ue assim a consideraF Essa refer@ncia no Novo Testamento QBem como a de Atos *; mencionada acimaR nos alerta para a progress(o na 2istria da reden&(o e da revela&(oH eH assimH para o camin2o do contrasteF )F O camin2o do contraste Com a vinda de CristoH as leis cerimoniais do Antigo Testamento s(o em grande parte cumpridas e aBKrogadasF J> vimos nas refer@ncias do Novo TesH tamenro +ue um an?o de !eus disse a 0edro Ao +ue !eus puricou n(o consideres comum imundo QAt *;F*R e +ue 0aulo armou estou persuaH didoH no Sen2or JesusH +ue nen2uma coisa é de si mesma impuraFFF Q%m *F*RF O sacrifcio Pnico de Cristo na cru1 oferece a purica&(o de uma ve1 para sempre> A&:m "io mais? Cristo ensinou !ue somos ma"u&ados pe&o pe"ado não tanto pe&o !ue : eterno? mas pe&o !ue %em de dentroF XPar!ue do "oraão pro"edem maus des@gnios? +omi"@dios? adu&t:rios? prostituião? for? tos? fa&sos testemun+os? &asfJmias> São estas as "oisas !ue "ontaminam o +omemB mas o "omer sem &a%ar as mãos não o "ontamina# .t 15>17?(0H> Ao ep&orarmos os sete "amin+os? %imos aertas %árias a%enidas para a pregaão de Cristo "om ase nessa passagem sem ape&armos para a interpretaão a&eg=ri"a> Como são poss@%eis di%ersas "omina*es dessas op*es? o tema e o o,eti%o do sermão de%em ser usados para se&e"ionar as op*es !ue possii&item uma pregaão persuasi%a de Cristo>
7ermão sobre adestrui&ão de erico e a sal%a&ão de 2aabe :s K e 6)
J> em 96 dFCFH o $ispo Clemente de %oma pregou Cristo a partir da 2istria de JericoH enfocando a corda vermel2aW ao di1er a %aaBe para estender uma corda vermel2a da sua ?anelaH os espias israelitas tornaram manifesto +ue a reden&(o para todos +ue cr@em e esperam em !eus vir> pelo sangue de nosso Sen2or] Orgenes e:pandiu grandemente essa liga&(o a Cristo na sua interpreta&(o alegrica dessa 2istriaF Ele proclamou +ue Josué representa Jesus e ?ericoH este mundoF Os sete sacerdotes levando tromBetas representam MateusH MarcosH ucasH Jo(oH TiagoH Judas e 0edroF A prostituta %aaBe representa a igre?aH +ue é composta de pecadoresH e o o escarlate +ue ela mostrou para salvar a si e sua famlia do massacre representa o sangue redenH ror de Cristo\F EmBora 2o?e em dia n(o muitos pregadores sigam a interpreta&(o alegrica de OrgenesH a
compara&(o da corda vermel2a de %aaBe com o sangue de Cristo ainda 2o?e é uma forma popular de pregar Cristo a partir dessa passagemF Essa interpreta&(o geralmente é re?eitada como uma alegori1a&(oH mas Jean !aniélou ressalta +ue Justino M>rtirH "rineuH il>rio e #regrio ` todos falam da corda vermel2a como um tipo do sangue de Cristo no conte:to do sinal do sangue nas vergas das portas na 0>scoaF 0or e:emploH Justino escreveW E como o sangue da 0>scoa salvou a+ueles +ue estavam no EgitoH assim tamBém o sangue de Cristo livrar> da morte a+ueles +ue creramFFF 0ois o sinal do fio de escarlate... também manifestava o smbolo do sangue de !risto, por meio do qual aqueles que antes se prostituam e eram pessoas más, sadas de todas as na"#es, são salvas ...... 54 Se os pais da igre?a tivessem dito +ue posteriormente "srael leu essa 2isteH ria soBre o o escarlate de %aaBe lu1 da e:peri@ncia da 0>scoa com o sangue nas vergas das portasH eles poderiam ter um ponto em sua defesaF Mas n(o é prov>vel +ue os pais utili1assem essa forma de pensamento 2istrico moderno_ é mais prov>vel +ue eles simplesmente partissem da cor vermel2a para a cor de sangueH como 1eram com +ual+uer men&(o de madeira para a madeiH ra da cru1F Além dissoH n(o 2> evid@ncia de +ue o o de escarlate funcionasse como smBolo de salva&(o em "sraelF Na verdadeH o captulo +ue relata a salva&(o de %aaBe e sua famlia Us 6R n(o menciona o oF Em ve1 de tomar imediatamente o detal2e da cor vermel2a da cordaH é mel2or atentarmos para a 2istria como um todoF Uma leitura cuidadosa desses captulos mostra +ue essa 2istria é principalmente soBre o Sen2or entregando a terra prometida ao seu povo "sraelF Os espi'es voltaram de sua miss(o e disseram a JosuéW CertamenteH o SENHOR nos deu toda esta terra nas nossas m(osFFF Os 3F3RF Mas 2> outro tema +ue percorre esses captulosW os espias foram salvos por %aaBe e em troca prometeH ram salv>K laH Bem como sua famliaF Eles mandaram atar este cord(o de o de escarlata , ?anela por onde nos 1este descerFFF Q3F*8R e %aaBe fe1 e:ataH mente isso Q3F3*RF O narrador continua a 2istria contando soBre a travessia de "srael do Jord(o e o acampamento em #ilgalF Ouvimos novamente soBre Jeric +uando Josué se apro:ima da cidadeH talve1 para averiguar como mel2or fa1er o ata+ue QF*-RF A+uiH o comandante do e:ército do SENHOR encontra Josué e l2e di1W !escal&a as sand>lias dos pésH por+ue o lugar em +ue est>s é santo QF*RF Josué é outro Moisés Qver D: -FR +ue condu1ir> o povo de !eus para dentro da terra prometidaF Mas Josué n(o deve fa1er isso em sua prpria for&aH nem pela for&a de um e:ército poderosoF Ent(oH disse o SENHoR a JosuéW Ol2aH entreguei na tua m(o JericH o seu rei e os seus valenH tes o Q6F3R [ novamente a @nfase est> no fato de o Sen2or entregar a terraF O captulo termina com a conclus(o do narradorW AssimH era o SENHOR com Josué_ e corria a sua fama por toda a terra Q6F3)RF O inclusio no captulo 6 mostra +ue o foco principal desse captulo é o Sen2or e JosuéH e é nesse conte:to +ue mais uma ve1 ouvimos falar de %aaBeF O Sen+or &itera&mente entrega eri"o a osu: e a Israe&> E&es não tJm de ata"ar os muros de eri"oB s= pre"isam "amin+ar em %o&ta da "idade numa pro"issão re&igiosa "om a ar"a o Sen+orH no meio $>7H> O nmero perfeito sete ressa&ta !ue este a"onte"imento : sagradoF #[=s? pois? todos os +omens de guerra? rodeareis a "idade? "er"ando;a uma %e)B assim fareis por sete dias> Sete sa"erdotes &e%arão sete trometas de "+ifres de "arneiros adiante da ar"aB no s:timo dia? rodeareis a "idade sete %e)es? e os sa"erdotes to"arão as trometas>>> todo o po%o gritará "om grande gritaB o muro da "idade "airá aaio? e o po%o suirá ne&e? "ada !ua& em frente de si# $>/;5H \ a "idade : um presente de Deus> .as esse presente de%erá ser de%o&%ido a DeusF #Por:m a "idade será "ondenada? e&a e tudo !uanto ne&a +ou%er# $F1'aH> Essa : uma guerra santa> á por meio de .ois:s Deus +a%ia ordenado a Israe&F #tota&mente as destruirás# as sete na*es !ue +a%ia em Can"ãH Dt '>(H? #para !ue não %os ensinem a fa)er segundo todas as suas aomina*es? !ue fi)eram a seus deuses? pois pe"ar@eis "ontra o SENHOR,%osso Deus# Dt (0>1WH> Todo +o? mera? mu&+er? "riana e anima& em eri"o de%iam morrer> Surpreendentemen? te? +á uma e"eão a essa destruião dos +aitantes de eri"=F
#Somente %i%erá Raae? a prostituta? e todos os !ue esti%erem "om e&a em "asa? por!uanto es"ondeu os mensageiros !ue en%iamos# $>1'H> A "anan:ia Raae e sua fam@&ia são sa&%os do ani!ui&amento tota& de eri"o> Duas %e)es esse "ap@tu&o dá a ra)ão para sa&%ar Raae e sua fam@&iaF #e&a es"ondeu os mensageiros#> .as não +á menão do "ordão %erme&+o>
Como ouvimos soBre a salva&(o de %aaBe em duas diferentes 2istrias em captulos separadosH Josué 3 e 6H é mel2or focali1ar o serm(o num captulo ou no outroF Escol2i enfocar Josué 6 por+ue relata o salvamento de %aaBe e o serm(o ainda pode referirKse a Josué 3 como pano de fundoF Até mesmo se nos limitarmos ao captulo 6H é difcil formular um Pnico temaH por+ue a passagem tem dois focosW a destrui&(o de Jeric e a salva&(o de %aaBeF Esses dois focos est(o relacionados ao fato de +ue essa narrativa n(o tem uma trama simplesH mas unia trama comple:aF A primeira +uest(o éW "srael con+uistar> a terra prometida en+uanto a fortale1a refor&ada de Jerico estiver de péH Blo+ueando o camin2o Esse conito ca fervil2ando por seis longos diasH en+uanto "srael oBedientemente marc2a em volta dos muros altos de JericF O conito c2ega ao clma: no sétimo diaH +uando "srael marc2a em volta de Jeric sete ve1es e Josué d> as instru&'es nais Q6F*H*9RF O conito é resolvido +uando o povo levanta um grande gritoH o muro cai e "srael entra em ?erico e o consagra ao Sen2or como primcias da col2eita de toda a terra de Canc( Q6F3;H3 *RF .as essa so&uão ainda deia uma segunda !uestãoF o !ue a"onte"e "om Raae e sua fam@&ia? !ue re"eeram promessa dos espias (>1-H de !ue seriam poupados] osu: se refere a essa promessa em suas instru*es finais $>1'H? mas essa !uestão não : reso&%ida at: !ue osu: ordene espe"ifi"amente !ue os espias tragam Raae e sua fam@&ia para fora do "aos de eri"= $>((;(-H> Essa reso&uão resu&ta numa surpreendente "on"&usãoF o narrador nos "onta !ue en!uanto Raae e sua fam@&ia foram "o&o"ados primeiro #fora do arraia& de Israe? a fam@&ia de Raae #+aitou no meio de Israe& at: ao dia de +o,e# $>(5H> Surpreendentemente? na graa de Deus? a fam@&ia gent@&i"a de Raae tomou;se Parte do po%o es"o&+ido de Deus> Para formu&ar um tema ni"o para essa passagem? pre"isamos "o&o"ar um tema so o outro> Como a entrega de eri"=? pe&o Sen+or a Israe& pare"e ser o reina dominante? sugiro "o&o"ar da seguinte forma o tema para esse "ap@tu&oF o Sen+or entrega 4erico a (srael para a destrui&ão total contudo sal%a a cananita 2aabe e sua famlia Di%ersos o,eti%os se apresentam para "ontar de no%o essa +ist=ria mais tarde a Israe&F assegurar aos israe&itas de !ue o Sen+or &+es deu a terra prometidaB ad%ertir Israe& das "onse!Jn"ias da ido&atriaB demons? trar a Israe& !ue os gentios tam:m podem tornar;se parte do po%o de Deus> Tendo formu&ado o tema +ist=ri"o e os poss@%eis o,eti%os do "ap@tu&o? estamos prontos agora para %erifi"ar !ua& dos sete "amin+os poss@%eis ofere"e uma estrada dessa passagem para esus Cristo>
*F O camin2o da progress(o 2istricoKredentora Eaminaremos primeiro essa mensagem &u) da +ist=ria redentora> Israe& está prestes a "on!uistar a terra prometida a seu pai Araão> $H> Os "ananeus eram des"endentes de Canaã? o fi&+o de No: !ue foi ama&dioado por seu pe"ado Gn 7>(5H> Agora a terra esta%a o"upada pe&os "ananeus e outros po%os !ue #fa)iam toda esp:"ie de aominaão a seus deuses#> O Sen+or instru@ra seu po%o a destru@;&os Dt (0>1'?1WH? assim "omo o pr=prio Deus fi)era em es"a&a muito maior !uando ani!ui&ou os @mpios pe&o di&%io Gn $;'H> Seria uma guerra santa em !ue todas as "riaturas %i%as seriam
"onsagradas ao Sen+or para a destruião 9s $>1'H> Essa "onsagraão ao Sen+or para destruião : pre"ursora do #dia do Sen+or# sore o !ua& os profetas ad%ertem e do !ua& Pedro es"re%eF #[irá? entretanto? "omo &adrão? o dia do Sen+or? no !ua& os ":us passarão "om estrepitoso estrondo? e os e&e;
mentos se desfarão abrasadosC também a terra e as obras que nela e)istem serão atingidas' 1:/e ;.467. "srael est> a ponto de dispensar o ?u1o de !eus soBre Cana(F b medida +ue o povo de !eus suBstitui o povo in+uo de Cana(H eles ter(o de estaBelecer uma ponte para o reino de !eus [ um lugar onde !eus é 2onrado como !eus e onde sua lei é oBedecidaF !eus l2es entrega a primeira cidade de Cana(H JericH e "srael destri a cidade e todos os seus 2aBitantesF Mas 2> uma surpreendente e:ce&(o a esse ani+uilamento totalW %aaBe e sua famlia s(o salvos por causa da sua fé em ]a2^e2 e por seus atos para proteger os espi'esF Esses cananeus rorH nataKse parte do povo de !eus [ cumprimento parcial da promessa de !eus a ABra(oW em ti ser(o Benditas todas as famlias da rena QCri *3F-RF Mas a reden&(o da cananéia %aaBe e sua famlia é apenas um pe+ueno come&oF Encontramos o nome de %aaBe no Novo TestamentoH onde ela est> na lista de uma das m(es da antigVidadeH antepassada de?esus QMt *FRF Jesus di1 a seus discpuH los fa1ei discpulos de todas as na&'esFFF ensinandoKos a guardar todas as coisas +ue vos ten2o ordenado QMt 38F*9H3;RF AssimH a 2istria redentora continua pela era da "gre?a até terminar na Nova JerusalémH soBre a +ual lemosW a glria de !eus a iluminouH e o Cordeiro é a sua lmpadaF As na&'es andar(o mediante a sua lu1H e os reis da terra l2e tra1em a sua glria QAp 3*F3-6H3RF L%W camin!o da promessa.cumprimento
&ssa narrativa não contém promessa direta de !risto. 3%W camin!o da tipologia
> nessa 2istria uma gura +ue é claramente um tipo de CristoW JosuéH o lder de "sraelF Como Josué con+uistou a cidade inimiga e aBriu o camin2o para "srael na terra prometidaH assim tamBém Cristo vence a fortale1a de Satan>s QcfF Mt *3F38H39_ Ap 3;F3H-R e aBre camin2o para seu povo para a nova cria&(o [ analogia e progress(oF &%W camin!o da analogia
Ao usar a analogia a respeito da vitria de "srael soBre Amale+ueH notamos +ue a analo gia deve ser tratada com respeito +uanto ao contraste e , descontinuidadeF Com essa 2istria tamBémH a analogia poderia facilmente ser traada erradamente se nos "on"entrarmos na primeira parte de nosso temaF "omo o Sen+or dá a @mpia ,eri"o para ser destru@da por Israe&? assim tam:m o Sen+or dá a seu po%o +o,e os &ugares @mpios "omo "&@ni"as de aortoH para serem destruidos> Essa ana&ogia despre)a a des"ontinuidade entre Israe& do Antigo Testamento e a Igre,a? "omo tam:m a e%idJn"ia do No%o Testamento> 9m &ugar me&+or para se fa)er a ana&ogia : na segunda parte de nosso remaF "omo Deus? por interm:dio de osu:? sa&%ou a gentia Raae e sua fam@&ia do ,ui)o? assim tam:m Deus em Cristo sa&%a a n=s? gentios? do ,u@)o> Podemos tam:m pro"urar por uma ana&ogia entre o ensino dessa +ist=ria para Israe& e o ensino de Cristo> Cada um dos poss@%eis o,eti%os !ue postu&amos anteriormente torna;se uma opãoF "omo Deus assegurou a Israe& nessa +ist=ria !ue e&e &+es daria a terra prometida? assim tam:m Cristo assegura a seu po%o de !ue &+es dará &ugar na "asa de seu Pai "f o 1->(HB ou? "omo Deus ad%ertiu Israe& das s:rias "onse!Jn"ias da ido&atria? assim tam:m Cristo ad%erte sua igre,a a respeito das s:rias "onse!Jn"ias da ido? &atria p> e>? Ap (1>WHB ou? "omo Deus
mediante essa +ist=ria demonstrou a Israe& !ue os gentios tam:m podem tornar?se parte do po%o de Deus? assim tam:m Cristo ensina igre,a !ue o reino de Deus : para todos os po%os %er? p> e>? .t (W>17H>
7 O caminho dos temas longitudinais
Os remas &ongitudinais ofere"em tam:m oportunidade para a pregaão de Cristo a partir dessa passagem> Podemos traar o tema do ,ui)o de Deus sore os @mpios at: o %eredito de Cristo no ,u@)o fina&> Por:m? uma opão mais pro%á%e& , traar o tema do dese,o de Deus de sa&%ar todas as na*es? pois um dos prin"ipais temas dessa +ist=ria : a sa&%aão dessa mu&+er gentia e sua fam@&ia do ani!ui&amento? em "omo sua in"&usão no po%o de Deus Os $>(5H> O tema do dese,o de Deus de sa&%ar os gentios pode ser traado at: a promessa da a&iana "om AraãoF #Em ti serão enditas todas as fam@&ias da terra# Gn 1(>/HB pode ser traada adiante para Rute? a moaita? !ue se torna parte do po%o de DeusB aos Sa&mos? !ue oram pe&o dom@nio do rei #de mar a mar# '(>WHB aos profetas? !ue &emram a Israe& de seu "+amado para ser 7u) para os gentios# Is -(>$B "f nHB ao Ser%o do Sen+or? a !uem o Sen+or di)F #Tam:m te dei "omo &u) para os gentios? para seres a min+a sa&%aão at: etremidade da terra# Is -7>$H> No No%o Testamento? .ateus "ontinua o tema ao in"&uir as mu&+eres gentias Raae e Rute na ár%ore genea&=gi"a de esus .t 1H? ao re&atar "&aramente !ue sáios gentios %ieram adorar o menino esus .t (H e por in"&uir a "omissão de esus a seus seguidores de fa)er dis"@pu&os de todas as na*es "f> .t (W>17H> Da@ este tema "ontinua pe&os ap=sto&os !ue &e%aram o e%ange&+o aos gentios e "on"&ui no &i%ro de Apo"a&ipse "om as %is*es de uma grande mu&tidão #de todas as na*es? trios? po%os e &@nguas>>># &ou%ando a Deus e ao Cordeiro por sua sa&%aão '7? 10H? e pessoas de todas as na*es entrando na No%a erusa&:m (1>(-?(5H>
6F O "amin+o das refer.ncias do No%o Testamento O No%o Testamento grego ofere"e di%ersas referJn"ias a essa +ist=ria> A primeira : uma a&usão s sete trometas em Apo"a&ipse W>(> As duas pr=imas referJn"ias são Kereus 11>/1 e Tiago (>(5> Kereus apresenta Raae "omo eemp&o de f,5 #Pe&a f:? Raae? a meretri)? não foi destru@da "om os desoedientes? por!ue a"o&+eu "om pa) aos espias#> Em "ontraste? Tiago apresenta Raae "omo eemp&o da ne"essidade de orasF #De igua& modo? não foi tam; :m ,ustifi"ada por oras a meretri) Raae? !uando a"o&+eu os emissários e os fe) partir por outro "amin+o]#> Como amos? Kereus e Tiago? usam a +ist=ria de Raae para i&ustrar seus temas espe"@fi"os? e "omo nenhum desses temas : o tema de nossa passagem? não : pro%á%e& !ue usemos essas referJn"ias no sermão> Ao %erifi"ar uma concordIncia so o nome #Raae#? en"ontramos um e&a direto a esus Cristo na genea&ogia !ue .ateus 1>5H fa) de esus? "omo uma das mães antepassadas de esus>
)F O "amin+o do "ontraste Ao pro"urarmos por "ontrastes? us"amos a des"ontinuidade entre a mensagem do teto para Israe& e a mensagem do sermão para a igre,a \des"ontinuidade produ)ida pe&a progressão nas +ist=rias da redenão e da re%e&aão? espe"ia&mente por "ausa da %inda de Cristo> Desde a %inda de Cristo? a igre,a não pode ser mais identifi"ada "om uma naão parti"u&ar? Israe&? mas in"&ui todas as na*es> Desde a %inda de Cristo? a igre,a tem se tornado? não
tanto i nt ernaci onal!uanto : suprana"iona&> Nen+uma naão? nem uma "oa&i)ão internacional pode rei%indi"ar possuir apoio @&i"o para "ondu)ir uma #guerra santa# e "ometer o geno"@dio> Grupos radi"a&mente diferentes "omo os "ru)ados e os na)istas despre)aram a des"ontinuidade entre Israe& e a Igre,a do No%o Testamento> .as esus ensina "&aramente a seus dis"@pu&os !ue não eterminem seus inimigos? nem os odeiem? mas os amem? orem por e&es .t 6$7?,77, faam o em para e&es 3" 9$?6 e faam dis"@pu&os de&es .t (W>17H> Em "onformidade "om essa atitude? Pau&o es"re%eF #Não torneis a ningu:m ma& por ma&B esforai;%os por fa)er o em perante todos dos +omens>>> não %os %ingueis a %=s mesmos? amados? mas dai &ugar D iraB por!ue está es"ritoF A mim me perten"e a %inganaB eu retriuirei? di) o Sen+or# Rm 1(>1'?17H> O "+amado p? amar os inimigos en!uanto se dá 1ugar para a ira de Deus# está de a"ordo "om o ensino de esus sore o reino de Deus> Na sua paráo&a sore o ,oio e o trigo? os ser%os sugerem arran"ar imediatamente o ,oio? mas o .estre de"&ara ser me&+or deiar !ue os dois "resam ,untos #at: "o&+eita? e? no tempo da "o&+eita? direi aos "eifeirosF a,untai primeiro o ,oio? apai,o em feies para ser !ueimadoB mas o trigo? re"o&+ei;o no meu "e&eiro# .t 5?$?A$ No fina&? a ,ustia pre%a&e"erá? pois +a%erá um dia fina& de ,u@)o>
E:aminar os sete camin2os aBriu novamente muitas possiBilidades para a prega&(o de Cristo com Base na narrativa do Antigo TestamentoF NaturalH menteH n(o devemos soBrecarregar o serm(o com o uso de todas essas possiBilidades eH simH selecionar algumas op&'es principais +ue apiem o tema e a?udem a atingir o oB?etivoF Como o tema éW o Sen2or entrega ?erico a "srael para destrui&(o totalH mas salva a cananéia %aaBe e sua famliaH o oB?etivo agora é comBinar as op&'es +ue nos capacitem a pregarH com integridadeH Cristo como o Pnico +ue salva tanto ?udeus como gentios do ?u1o de !eus e l2es d> vida eterna em sua nova cria&(oF
"sso completa nossa aplica&(o dos sete camin2os a diversos te:tos +ue na 2istria da interpreta&(o e da prega&(o muitas ve1es eram interpretados de maneira alegricaF Ao escol2er os te:tos +ue surgiam na interpreta&(o alegricaH conforme estudamos no captulo ?, tivemos de lidar com te:tos +ue n(o eram oBviamente cristoc@ntricosF Se o método cristoc@ntrico 2istricoKredernor pode descoBrir maneiras de pregar Cristo com Base nessas passagens o
dif@"eis? de%e a,udar na maioria? se não todos? os tetos do Antigo Testamento> importante &emrar !ue o m:todo pro"ura primeiramente entender a passagem no seu "onteto +ist=ri"o;"u&tura&B em seguida? e&e eamina essa mensagem &u) do "non e da +ist=ria redentora e us"a des"orir "amin+os espe"@fi"os da passagem do Antigo Testamento at: esus CristoB e? fina&mente? re!uer !ue o pregador de"ida? "om ase no tema e no o,eti%o do sermão? !ua& dos di%ersos "amin+os poss@%eis e&e empregará nesse sermão> O o,eti%o? "onforme defendemos antes? não : simp&esmente traar &in+as a Cristo? mas pregar Cristo de forma !ue as pessoas entreguem sua %ida a e&e para a sa&%aão e para o seu ser%io>
L Bvio +ue este método re+uer mais tempo no preparo do serm(o do +ue apenas estaBelecer sua mensagem 2istrica para "srael e lig>Kla a uma situa&(o semel2ante de nossos diasF TamBém se e:ige mais tempo para a mensagem ser traBal2ada no pensamento do pregadorH para +ue muitas ve1es as surpreendentes liga&'es entre a mensagem do te:to e Jesus Cristo sur?am , menteF Mas esse esfor&o e:tra vale a pena se pudermos a?udar o pregador a pregar Cristo com autenticidade a partir do te:to do Antigo Testamento dentro do conte:to BBlicoF 0aulo encora?ava TimteoH como tamBém os pregadores de 2o?eW 0rocura apresernarHte a !eus aprovadoH como oBreiro +ue n(o tem de +ue se envergon2arH +ue mane?a Bem a palavra da verdade Q3Tm 3F*RF
no uso do m'todo
,seguintes e:erccios s(o Baseados em te:tos de diferentes 0 g@neros de literatura do Antigo TestamentoF Esses e:erccios ser(o muito Benécos se os estudantes ou pastores traBal2arem individualmente com cada te:to ou dois te:tosH para depois se reunirem para discuss(o em grupoF Ofereci os temas te:tuais para +ue a discuss(o em grupo possa avan&ar a partir deles e focali1ar os camin2os especcos de ir do tema te:tual para um serm(o centrado em CristoF
0ara cada te:toH responda a duas perguntasW *F
3F !ado o tema do te:toH +uais as mel2ores op&'es para se pregar Cristo en+uanto proclamo a mensagem especca do te:to -arrativa9
#@nesis **F*K9W Em $aBelH o Sen2or espal2a os orgul2osos +ueH ao consH truir seu prprio reino secularH amea&am impedir a vinda do reino de !eusF #@nesis -)W !eus usou os feitos de maldade dos irm(os de José para come&ar a cumprir seus son2os de ser reiF
eiW evtico *8W N(o se contaminem se:ualmente na terra como fa1em as na&'es ao seu redorF OuH positivamenteW se?am se:ualmente puros para +ue voc@s vivam na terra prometida !euteronmio 36F*K*W Como oferta de gratid(o pelas B@n&(os de !eusH d@ as primcias_ e os d1imos ao Sen2or 0rofeciaW "saas -F*K)W N(o temaisH por+ue !eus vos trar> de volta em seguran&a para a terra prometidaF Mala+uias F*K6W O dia do Sen2or vemH +ueimando os arrogantes e curando a+ueles +ue reverenciam o Sen2orF SalmoW
Lalmo ;69 Agrade"a ao Len?or por transformar o c?oro em alegria Lalmo =:9 $ rei de Israel estabelecerá a justi"a de eus em toda a terra. SaBedoriaW
/rovérbios 45.;9 /ara seus planos de sucesso, entregue suas obras ao Len?or. Eclesiastes **F)K*3F8W Ten2a pra1er na vidaH lemBrandoKse do seu Criador antes +ue ven2am os dias de adversidadeF
Passos
do teto ao
sennáo
*F Selecione o te:to da prega&(oF
Selecione o te:to de prega&(o com vistas ,s necessidades da congrega&(oF O te:to precisa ser uma unidade liter>ria e conter um tema vitalF 3F eia o te:to no seu conte:to liter>rioF 3eia e re&eia o teto no seu "onteto e anote !uais!uer perguntas ini"iais> Essas perguntas darão
direão a mais in%estiga*es e podem ter de ser respondidas no sermão se seus ou%intes ti%erem perguntas seme&+antes>
-F .a&a um esBo&o da estrutura do te:toF No teto +erai"o ou grego? note as prin"ipais afirmati%as? o f&uo das "&áusu&as? a &in+a do enredo? os "enários ou as estruturas &iterárias> .ar!ue as prin"ipais unidades "om "aea&+os e referJn"ias a %ers@"u&os>
F "nterprete o te:to no seu prprio amBiente 2istricoF aF "nterpreta&(o liter>riaF BF "nterpreta&(o 2istricaF cF "nterpreta&(o teoc@ntrica A%a&ie seus resu&tados "om a a,uda de a&guns ons "omentários>
F .ormule o tema e o oB?etivo do te:toF a> De"&are o tema tetua& numa re%e sentena !ue resuma a mensagem do teto para seus ou%intes originaisF su,eito e predi"ado> O !ue o teto está di)endo] > De"&are o o,eti%o do autor para seus ou%intes originais> O !ue o teto está fa)endo] O autor tem "omo o,eti%o ensinar? persuadir? instar? eri"e? raiar? admoestar? "onso&ar] Se,a espe"@fi"o>
5. &ntenda a mensagem no conte)to do cBnon e da ?istória redentora. a. Interpreta"ão cannica9 interprete a mensagem no conte)to de todo o cBnon. ?. Interpreta"ão ?istóricoredentora9 entenda a mensagem no conte)to da ?istória de eus desde a cria"ão ate a nova cria"ão. c. Interpreta"ão cristoc(ntricaC e)amine os métodos de9 %1 progressão ?istóricoredentora %2 promessacumprimento %3 tipologia %1 analogia %0 temas longitudinais %" refer(ncias do -ovo Testamento e %2 contraste. =. @ormule o tema e o objetivo do sermão. a. deal'ente! o te'a do ser'ão será o 'es'o que o te'a do te&to %passo ". Se o passo 4orçar u'a 'udança! 5que o 'ais pr)&i'o poss6vel do te'a te&tual. Seu te'a diri7irá espe#ial'ente o desenvolvi'ento do #orpo do ser'ão. b. Seu ob $etivo deve estar e' *ar'onia #o' o ob$etivo do autor %passo " e #o'binar #o' o te'a do ser'ão. Seu alvo diri7irá o estilo do ser'ão! #o'o ta'b8' o #onte9do de sua introdução e #on#lusão.
L. Lelecione uma forrou, adequada para o sermão. Lelecione uma forma de sermão que respeite a forma do te)to 1didático, narrativo, dedutivo, indutivo7 e que atinja o objetivo do sermão. /. /repare o esbo"o do sermão. Se poss6vel! si7a o :uir do te&to %passo 3 no #orpo do ser'ão. Os pontos prin#ipais! derivados do te&to! sustenta' o re'a. #on#lusão deve #on5r'ar o ob$etivo. introdução deve e&por a ne#essidade de ouvir esta 'ensa7e'.