UNIVERSIDADE ADVENTISTA DA BAHIA Edilaine Batista Rodrigues
O JOGO MATEMÁTICO: APRENDENDO A MEDIR O TEMPO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Projeto apresentado à graduação do curso de Pedagogia como requisito parcial de nota na disciplina Matemática na Educação infantil, orientado pelo professor Jezreel Mello.
BAHIA-BA 2009 1
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................... .....................................................3 2. JUSTIFICATIVA.................................... ..................................................................3 3. PROBLEMÁTICA................................................. ...................................................4 4. OBJETIVO GERAL.............................................................................. ...................4 4.1 Objetivos Especificos............................................................................. .................4 5. HIPÓTESE............................................................................................... .................4 6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................6 7. METODOLOGIA......................................................................................................6 7.1
Instrumentos........................................................................................................6
7.2 Regras...................................................................................................................6 8. CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS......................................................................7 REFERÊNCIAS...............................................................................................................8
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1.
INTRODUÇÃO Após os estudos feitos na disciplina Matemática na Educação Infantil,
percebemos que o jogo é importante e fundamental na aprendizagem da criança, sendo objeto de interesse de psicólogos, educadores, pesquisadores, como decorrência da sua pertinência, podemos observar que é uma prática que auxilia o desenvolvimento infantil, a construção ou potencialização de conhecimentos. A educação infantil configurou-se como o espaço natural do jogo e da brincadeira e tem favorecido a concepção de ensino e aprendizagem que acredita na utilização do jogo e da brincadeira como condição para a aprendizagem matemática. A participação ativa da criança e a natureza lúdica e prazerosa inerente a diferentes tipos de jogos têm servido de argumento para fortalecer a concepção segundo a qual se aprende a matemática brincando. Essa afirmativa, em parte, é correta e se contrapõe à orientação de que, para aprender matemática, é necessário um ambiente em que predomine a rigidez, a disciplina e o silêncio. Para a professora Maria Sans salienta que o jogo cumpri uma função ideal na aprendizagem, uma função lúdica e educativa, aliando, às finalidades do divertimento e prazer, outras, como o desenvolvimento afetivo, cognitivo, físico, social e moral, manifestadas em um grande número de competências: escolha de estratégias, ações sensório-motoras, interação, observação e respeito a regras. Todas essas competências não estão especificamente vinculadas à matemática, mas, seguramente, se manifestam e se realizam na aprendizagem dos conteúdos dessa área. Para tanto este projeto nasceu da necessidade da práxis, para vivenciamos como educadores esta ferramenta de aprendizagem, o conteúdos formais da matemática e o jogo.
2.
JUSTIFICATIVA Ao chegar à escola, a criança traz consigo uma bagagem muito rica de
experiências em relação às medidas de tempo1 vividas no seu dia a dia. Mas, como aplicar este conceito na prática da criança? Desta maneira, as atividades escolares deverão ser vinculadas a essas situações de vida da criança, para que a matemática faça 1
A medida do tempo se baseia no movimento de rotação da Terra, que lemos como horas, minutos, segundos.
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sentido na vida da criança, para tanto, é preciso usar a sua linguagem e dar oportunidade para que ela construa os seus próprios conhecimentos. As medidas de tempo surgiram a partir de necessidades sociais, tais como: usar o relógio e o calendário, para conhecer tais medidas, faz-se necessário elaborar um jogo, para que a criança adquira este conceito, para tanto, unir o aprendizado a brincadeira torna-se um instrumento apropriado para tal situação. Devido a isto será pensado e construído tal jogo que envolva o pensar nos dias do ano e do mês, de forma que envolva questões como; raciocínio lógico, sequência numérica, e contagem, já que, estes conteúdos fazem parte do aprender. Logo, há a necessidade que o professor oportunize tal aprendizagem. Sendo assim, o estudo das estratégias de medidas de tempo é usado por diferentes situações e pode auxiliar os pequenos na compreensão do significado sistemático de suas atividades cotidianeiras, dando subsídios para compreender tais preceitos, como, hora de brincar, de ir à escola, de comer, de tomar banho, e de dormir. Deste modo, esse ‘tempo para tudo’ dará mais sentido em sua vida.
3.
PROBLEMÁTICA Como Levar a criança a compreender o procedimento de medidas de tempo,
explorando para isso tanto estratégias pessoais do seu cotidiano, ou seja, sua rotina diária?
4.
OBJETIVO GERAL Levar a criança a compreender o procedimento de medidas de tempo, explorando para isso tanto estratégias pessoais do seu cotidiano, ou seja, sua rotina diária.
4.1 Objetivos Específicos
Utilizar o jogo o calendário para contagem dos dias em sequência lógica. Realizar através do jogo o domínio numérico seqüencial e a contagem. Reproduzir na criança a desenvoltura do raciocínio lógico.
5. HIPÓTESES O jogo possibilitará a criança há começar a contar seus dias da semana, permitindo por meio das regras desenvolverem a sequência dos números, ajudar a 4
desenvolver o raciocínio lógico. Além de contribuir para sua vida social, pois a partir da oportunidade de conhecer o tempo e a necessidade de cumprir suas atividades diárias, oportunizando que os pequenos tenham maior compromisso, pois à hora de brincar, de estudar, de dormir. E quem ainda não presenciou uma criança confusa quanto o dia e ir a escola, de ficar em casa, os mês de férias, o mês e dia de seu aniversário, e as perguntas: “Que dia eu vou?” e “ falta quantos dias?”. Portanto, o jogo do calendário permitirá que a criança identifique e organize o tempo.
6.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A reflexão de nossa prática pedagógica nos leva até ao educador Comênio
(1592-1670), que desde de suas contribuições a palavra "didática" vem se referindo aos estudos sobre os métodos de ensino que levassem a procedimentos gerais mais eficazes. No século 20, com os estudos de Lev Vygotsky (1896-1934) e Jean Piaget (1896-1980), o modo como as crianças aprendem começou a ser investigado. Nas últimas décadas, a pesquisa didática se aprofundou na relação específica entre conteúdos de ensino, a maneira como os alunos adquirem conhecimentos e os métodos. A disciplina matemática então, deste modo também é aferida toma outra ‘roupagem’. Assim entendidos os vários saberes que a disciplina engloba, esse trabalho vem avançando e o francês Guy Brousseau é um dos responsáveis por isso Priscila Monteiro, selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10 diz "Como um dos pioneiros da Didática da Matemática, ele desenvolveu uma teoria para compreender as relações que acontecem entre alunos, professor e saber em sala de aula e, ao mesmo tempo, propôs situações que foram experimentadas e analisadas cientificamente". Docentes e estudantes são atores indispensáveis da relação de ensino e aprendizagem, mas Brousseau se perguntou sobre um terceiro elemento: o meio em que a situação evolui. A Teoria das Situações Didáticas desenvolvida por ele se baseia no princípio de que "cada conhecimento ou saber pode ser determinado por uma situação", entendida como uma ação entre duas ou mais pessoas. Para que ela seja solucionada, é preciso que os alunos mobilizem o conhecimento correspondente. Um jogo, por exemplo, pode levar o estudante a usar o que já sabe para criar uma estratégia adequada. A teoria de Brousseau, salienta que o professor adia a emissão do conhecimento ou as possíveis correções até que as crianças consigam chegar à regra e validá-la. Ele deve propor um problema para que elas possam agir, refletir, falar e evoluir por iniciativa própria, criando assim condições para que tenham um papel ativo 5
no processo de aprendizagem. O teórico chama essa situação de adidática. Mas, segundo o pesquisador, a criança ainda "não terá adquirido, de fato, um saber até que consiga usá-lo fora do contexto de ensino e sem nenhuma indicação intencional".
7.
METODOLOGIA O projeto será realizado na brinquedoteca do Centro de Referência da
Assistência social de Cachoeira-Ba, localizado na Rua da Feira, nos Três Riachos em Cachoeira. A população amostra conta com 20 crianças de 4 á 6 anos. Os instrumentos para coleta de dados será o método da observação sistemática. O estudado empregará o uso de abordagem qualitativa, sendo este método de pesquisa social implicará a construção de formas inquéritos, desta maneira para acolher tais dados se aplicará na vivência do jogo o calendário na aprendizagem da criança, para tanto para análise farse-á relatório do resultado da aplicação do instrumento e a repercussão na aprendizagem da criança.
7.1
Construção do Jogo Recursos: 3 papel cartão, cola colorida, fita adesiva, régua, EVA. 1° passo: 1 papel cartão será desenhado um calendário utilizando a régua para padronizar as linhas, e a cola para pintar e contornar o calendário, contendo Mês, os nomes dos dias da semana e os números correspondentes.
2° passo: 2 papeis cartões serão elaborados os desenhos de mais 2 calendários seguindo da mesma forma do primeiro, porém estes dois não será posto os números ou seja, terá apenas o nome do mês correspondente, e os nomes dos dias da semana, sem conter número, deixando os espaços para as crianças colocarem tais números.
3° passo: Último passo, elaboração dos números correspondentes ao mês, ex: janeiro de 1 á 31, Junho 1 á 30.
7.2
Regras do Jogo
1° passo: dividir a sala em grupos 3.
2º passo: apresentar o calendário do mês referido e fazer a contagem dos
números com a turminha.
3º passo: formar 2 grupos de 3 crianças para começarem a partida.
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4° passo: o grupo que alcançar o objetivo primeiro (colocando os números em
sequência lógica) ganha o jogo.
5º passo: fazer novamente a contagem dos números do calendário com a
turminha.
6º passo: e assim sucessivamente, até todos os trios disputarem as partidas.
8. CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS O objetivo deste trabalho era praticar o aprendizado obtido na disciplina matemática na educação infantil, embasado na bibliografia estudada elaborar e executar um instrumento lúdico, para análise dos resultados. A aplicação ocorreu na brinquedoteca “aprender e brincar” no CRAS, com crianças de 4-6 anos, obteve-se resultados muitos significados tanto para a nossa prática pedagógica e também para vivência do aluno. A ludicidade desempenho impactante importância por eles, vistos nos retornos constatados na observação. Visto que, dentro de uma nova cultura tecnologia, em toda comunidade, em qualquer situação social, o lúdico deve fazer parte do cotidiano do espaço de aprendizagem seja formal ou informal. Perante o estudado no discorrer deste artigo, observou-se que o brincar associado com o conteúdo torna-se uma poderosa ferramenta de apoio ao processo de aprendizagem. Portanto, o jogo do calendário foi utilizado executado com sucesso, pode-se também observar os resultados, pois as crianças mostraram total conhecimento no conceito da leitura do tempo, notado em seu comportamento, as próprias criaram sua agenda de horários de suas atividades diárias.
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REFERÊNCIAS CUBERIS, Maria Tereza Gonzáles. Educação infantil e séries iniciais. Porto Alegre : Artes Médicas, 1997. FALZETTA, Ricardo. Matemática da mão para a cabeça. Revista Nova Escola, v. 10, n. 89, p. 8-15, nov. 1995. KAMII, Constance. A criança e o número. Campinas : Papirus, 1994. SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca. Porto Alegre : Artes Médicas, 1995. REVISTA DO PROFESSOR, Porto Alegre. 16, 61, Jan/mar, 2000. Disponível em: . Acesso 15 de novembro de 2010.
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