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Prova Comentada de Enfermagem Banca IDECAN –
[NÚCLEO DE ESTUDOS PROFESSOR RÔMULO PASSOS] + de 1.200 alunos aprovados. + de 1 milhão de visitas.
Um novo olhar sobre a preparação para concursos na área da saúde.
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Olá, futura (o) concursada (o), Sou o Professor Rômulo Passos, e com muita satisfação venho trazer-lhe trazer -lhe mais um importante material para a sua melhor preparação rumo à aprovação nos Hospitais Universitários, em especial o HUPAA da UFAL, HU da UNIVASF, HULW da UFPB e o HU da UFMS. Trata-se da mais recente prova de Enfermagem aplicada pala banca IDECAN, a mesma que organizará o concurso do Hospital da Universidade de Alagoas, daí a importância do seu estudo atento e detalhado . Esse material, INÉDITO E EXCLUSIVO , está sendo divulgado gratuitamente a todos os nossos alunos, que acompanham o Núcleo de Estudos Professor Rômulo Passos (www.romulopassos.com.br (www.romulopassos.com.br). ). Muito embora seja direcionada para os candidatos ao HUPAA-UFAL, a leitura minuciosa é de grande importância para quem fará as provas do HU da UNIVASF, UFPB e UFMS, bem como os candidatos à SES-DF, ao HFA, à SUSAM e a outros tantos concursos públicos abertos na área da saúde no Brasil. Aproveito para informar que o Curso Gratuito do SUS, disponibilizado disponibilizado aos alunos cadastrados gratuitamente em nosso site, já se encontra na sua quarta aula liberada, de um total de 10 encontros. Se você ainda não faz parte, visite o site www.romulopassos.com.br www.romulopassos.com.br,, faça o seu cadastro e baixe as aulas. Ainda para aqueles que farão as provas dos Hospitais Universitários, recomendamos o estudo e revisão das videoaulas de raciocínio lógico gratuitas com o Professor PH, disponíveis no nosso canal de vídeos no youtube ou acessíveis através do menu NOVIDADES do site. Enfim, apresentamos uma bateria de conteúdos e cursos de qualidade, todos à sua disposição. São conteúdos que já auxiliaram na aprovação de mais de 1200 alunos, especialmente nos primeiros lugares dos concursos mais concorridos do Brasil. Para finalizar, não poderia deixar de convidá-la (o) para participar conosco da grande MARATONA FINAL em Maceió e Petrolina , na véspera dos concursos do HU-UFAL e do HU-UNIVASF respectivamente. Os eventos acontecerão na sexta-feira, á noite, quando abordaremos os conteúdos da Legislação do SUS e da EBSERH e no sábado, manhã e tarde, quando apresentaremos os principais conteúdos dos conhecimentos específicos de Enfermagem.
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Revisão Final EBSERH Maceió: Sexta-Feira (25 de Julho), das 18:00 às 22:30 hs; Local: Maceió Mar Hotel; Conteúdos: Legislação do SUS e da EBSERH.
Sábado (26 de Julho), das 08:00 às 12:00, e das 13:00 às 16:30 hs; Local: RITZ Hotel Lagoa da Anta; Conteúdos: Conhecimentos Específicos de Enfermagem.
Revisão Final EBSERH Petrolina: Local: Grande Hotel de Juazeiro; Sexta-Feira (08 de Agosto), das da s 18:00 às 22:30 hs; Conteúdos: Legislação do SUS e da EBSERH.
Sábado (09 de Agosto), das 08:00 às 12:00, e das 13:00 às 16:30 hs;
Conteúdos:
Conhecimentos Específicos de Enfermagem.
Informamos que, pela experiência observada nos eventos de João Pessoa, Fortaleza e Salvador, possivelmente as vagas sejam preenchidas antes das datas dos eventos.
Aos interessados, antecipem sua inscrição inscrição pelo p elo site www.romulopassos.com.br CONTATO: e-mail:
[email protected] Telefone e WhatsApp: (074) 9926-6830 9926-6830
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Agora vamos ao que interessa: se jogue nos estudos para ser aprovado (a) nos concursos concursos que deseja.
Primeiramente, sugerimos que que resolva as
questões. Em seguida, poderá conferir os comentários. Esse material é de extrema importância, não tenha medo ou preguiça da leitura, você não encontrará esses conteúdos em videoaulas, aliás, a sua prova não será uma videoaula. Vamos ler, entender, interpretar e gabaritar a sua prova de enfermagem, ok!
Lista de Questões letalidade por sarampo foi fo i de 10% no ano de 2001. 26. Numa determinada região hipotética, a letalidade Durante esse ano ocorreram 50 óbitos da doença. Qual o número de casos de sarampo nessa comunidade, em 2001? A) 50. B) 55. C) 100. D) 450. E) 500.
27. “Critério para seleção de doenças e agravos prioritários à vigilância epidemiológica que se expressa pela transmissibilidade da doença; possibilidade da sua propagação por vetores e demais ecção, colocando sob risco outros indivíduos indivíduos ou coletividades.” Trata -se de fontes de inf ecção,
A) magnitude. B) severidade. C) vulnerabilidade. vulnerabilidad e. D) transcendência. E) potencial de disseminação. dissem inação.
28. São doenças doenças de notificaç notif icação ão compulsória que constam na listagem nacional nac ional e, mesmo em casos isolados, isolados, devem ser notificadas, EXCETO: A) Cólera.
D) Sífilis adquirida. adquir ida. B) Hantavirose. E) Criptosporidíase. Criptosporidía se. C) Tuberculose.
29. “Medida em saúde coletiva usada quando se investiga um surto de uma determinada doença em um local onde há um período de tempo e uma população bem definidos, como residência, creche, escola, quartel, colônia de férias, grupo de pessoas que participou de um determinado evento como um almoço.” Trata -se de
A) taxa de ataque.
D) densidade de incidência. incidênc ia.
B) taxa de prevalência. prevalênc ia.
E) distribuição proporcional. proporc ional.
C) taxa de mortalidade.
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30. Quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o processo de saúde de enfermagem, de acordo com o COFEN, corresponde ao usualmente denominado, nesses ambientes, como A) consulta de enfermagem.
D) cuidados básicos de enfermagem.
B) anamnese de enfermagem. E) cuidados mínimos em enfermagem. C) atenção primária de enfermagem.
31. “De acordo com o COFEN (Conselho Federal de Enfermagem), é vedado a qualquer profissional de enfermagem executar a repetição de prescrição de medicamentos, salvo quando esta é validada nos termos legais, por mais de_________ horas.” Assinale a alternativa que
completa corretamente a afirmativa anterior. A) 8 B) 12 C) 24 D) 36 E) 48
32. A execução do processo de enfermagem deve ser registrada formalmente, conforme preconiza a Resolução COFEN nº 358/2009, envolvendo, pelo menos, EXCETO: A) Resultados alcançados.
D) Medicamentos utilizados no tratamento.
B) Resumo dos dados coletados. E) Ações ou intervenções de enfermagem realizadas. C) Diagnósticos de enfermagem.
33. De acordo com o COFEN, são competências do Enfermeiro da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN), EXCETO: A) Responsabilizar-se pelas boas práticas na administração da nutrição parenteral e enteral. B) Realizar todas as operações inerentes ao desenvolvimento e preparação da nutrição parenteral e enteral. C) Desenvolver e atualizar os protocolos relativos à atenção de enfermagem ao paciente em terapia nutricional. D) Responsabilizar-se pela prescrição, execução e avaliação da atenção de enfermagem ao paciente em terapia nutricional. E) Desenvolver ações de treinamento para garantir a capacitação e atualização da equipe de enfermagem que atua em terapia nutricional.
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34. A Encefalopa tia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecida como “doença da vaca louca”, é uma doença pertencente ao grupo das Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EET). Quando ocorre em seres humanos, a encefalopatia espongiforme transmissível denomina-se A) raiva humana.
D) febre do Nilo Ocidental.
B) peste bubônica.
E) doença de Creutzfeldt-Jakob.
C) insônia familiar fatal.
35. É correto afirmar que príons são A) esporos bacterianos. D) partículas proteináceas infecciosas. B) vírus muito pequenos. E) fragmentos de membrana bacteriana. C) toxinas produzidas por fungos.
36. O principal modo de transmissão da hepatite A é A) oral-fecal. B) via sexual. C) parenteral. D) percutânea. E) transplacentária.
37. De acordo com o Ministério da Saúde, na evolução da malária, a fase que ocorre se o paciente não receber a terapêutica específica, adequada e oportuna é A) fase febril.
D) ataque paroxístico.
B) fase de remissão. E) período de infecção. C) período toxêmico.
38. Lactentes com síndrome da rubéola congênita podem eliminar o vírus, até um ano após o nascimento, através de, EXCETO: A) Urina.
D) Lágrimas.
B) Fezes.
E) Secreções nasofaríngeas.
C) Sangue.
39. Com a introdução da vacina contra o HPV no calendário básico de vacinação do Programa Nacional de Imunização, a meta do Ministério da Saúde é de vacinar, na primeira fase da campanha, no ano de 2014, meninas na faixa etária entre A) 6 e 10 anos. B) 8 e 11 anos. C) 9 e 11 anos. D) 9 e 13 anos. E) 11 e 13 anos.
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40. Dos parâmetros a serem monitorados durante a ventilação mecânica, o volume de ar por expiração é dado pelo(a) A) FiO2. D) frequência respiratória. B) PEEP. E) pressão inspiratória de pico. C) volume corrente.
41. Fazem parte do calendário básico de vacinação de pessoas com 60 anos ou mais, de acordo com o Programa Nacional de Imunização, as seguintes vacinas, EXCETO: A) Hepatite B.
D) Meningocócica.
B) Febre amarela. E) Influenza sazonal. C) Pneumocócica.
42. Sobre as características desejáveis que os agentes químicos precisam ter para desinfecção de artigos e superfícies de serviços de saúde, marque a INCORRETA. A) Não ser corrosivo para metais. B) Não ser irritante para pele e mucosas. C) Não ter efeito residual sobre superfícies. D) Ser estável quando concentrado e diluído. E) Inativar rapidamente os micro-organismos.
43. Das embalagens para esterilização de artigos, a que está em desuso por conter frequentemente amido, microfuros, corantes e produtos tóxicos, como o alquiltiofeno, é A) Tyvek®.
D) papel grau cirúrgico.
B) papel Kraft. E) filmes transparentes. C) contêineres rígidos.
44. A autoclave de plasma de peróxido de hidrogênio serve para reprocessamento de artigos hospitalares no seguinte nível: A) Limpeza.
D) Desinfecção de baixo nível.
B) Esterilização. E) Desinfecção de nível intermediário. C) Desinfecção de alto nível.
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45. A medida da capacidade dos rins para concentrar a urina, correspondendo à quantidade de partículas de solutos por quilograma de água é dada pelo seguinte teste de urina: A) pH.
D) Osmolalidade.
B) Nitrito. E) Clearence de creatinina. C) Microscopia.
46. “A morbidade é um dos importantes indicadores de saúde. Muitas doenças causam importante morbidade, porém baixa mortalidade, como a asma.” Assinale, a seguir, a definição correta de
morbidade. A) Casos existentes de uma doença. B) Casos novos de uma determinada doença. C) Conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo de tempo. D) Entende-se como o maior ou menor poder que uma doença tem de provocar a morte das pessoas. E) Conjunto de casos de uma dada afecção ou a soma de agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos.
47. Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. São doenças de notificação compulsória imediata (LNCI), EXCETO: A) Raiva, sarampo e rubéola. B) Botulismo, cólera e poliomielite. C) Carbúnculo ou antraz, cólera e raiva. D) Raiva humana, leptospirose e leishmaniose visceral. E) Doença de Chagas aguda, febre amarela e síndrome da rubéola congênita (SRC).
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48. A promulgação da Lei nº 8.080/90, que instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS), teve importantes desdobramentos na área de vigilância epidemiológica. O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), formalizado através da Lei nº 6.259, oficializa o conceito de vigilância epidemiológica como A) o conjunto de atividades do ramo da segurança que tem como objetivo prevenir e reduzir perdas patrimoniais em uma determinada organização. B) um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviço de interesse da saúde. C) um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. D) observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, assim como de outros dados relevantes, e a regular disseminação dessas informações a todos os que necessitam conhecê-la. E) um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa a recuperação e a reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.
49. As vacinas são fundamentais para a saúde pública, prevenindo doenças e reduzindo a mortalidade, evitando a proliferação de epidemias. Marque a alternativa que apresenta doenças que NÃO possuem vacina como prevenção. A) HPV e sarampo. D) Dengue e hepatite C. B) Gripe e varicela. E) Hepatite e febre amarela. C) Tétano e hepatite.
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50. As mãos constituem a principal via de transmissão de micro-organismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados. A higiene das mãos com álcool pode ser feita na instituição de saúde e toma menos tempo do que a lavagem tradicional das mãos. Em relação aos cuidados com essa higienização, marque a alternativa INCORRETA. A) Facilidade de acesso e instalação. B) Não há consequências se ingerido ou inalado devido às suas características. C) Realizada antes e depois de contato com cada paciente ou contato com superfícies no ambiente do paciente. D) Pode ser usada se as mãos não estiverem visivelmente sujas ou não tiverem contato com sangue ou líquidos do corpo. E) Redução, de forma significativa, da quantidade de micro-organismos na pele, com ação rápida, causando menos irritação na pele.
Gabarito
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COMENTÁRIOS 26. Numa determinada região hipotética, a letalidade por sarampo foi de 10% no ano de 2001. Durante esse ano ocorreram 50 óbitos da doença. Qual o número de casos de sarampo nessa comunidade, em 2001? A) 50. B) 55. C) 100. D) 450. E) 500.
COMENTÁRIOS: Letalidade ou fatalidade ou ainda TAXA DE LETALIDADE relaciona o número de óbitos por determinada causa e o número de pessoas que foram acometidas por tal doença. Esta relação nos dá ideia da gravidade do agravo, pois indica o percentual de pessoas que morreram por tal
doença e pode informar sobre a qualidade da assistência médica oferecida à população 1.
Ex.: Na cidade de Resplendor, no ano de 2012, foram notificados 50 casos de leptospirose. Desses, 10 vieram a óbito. Qual foi a taxa de letalidade dessa doença, no período referido?
Taxa de Letalidade =
10 X
100
50 Verificamos que a taxa de letalidade do caso em tela foi 20, correspondendo a uma letalidade de 20% dos casos de leptospirose. Passemos agora para a análise da questão: Dados: - taxa de letalidade = 10%; - nº de óbitos = 50. - qual foi o nº de casos? Para resolvermos, basta fazermos a substituição dos valores descritos na questão e procurarmos o numero de casos da doença (sarampo) no período referido (ano de 2001) na região hipotética assinalada no enunciado.
1
SES-SP
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Nº de óbitos (50)
Taxa de Letalidade (10%2) = Nº de acometidos pela doença (x)
50
10
50
10
=
= x
100
10x = 100 . 50
10x = 5000
x = 500.
x
100
Fizemos a operação simples de razão. Mas, essa questão também poderia ter sido resolvida pela regra de três simples. Vejamos: Se 10% corresponde a 50 óbitos, quanto corresponderá a totalidade dos casos (100%)? 10 % 100%
50 x
10% . x = 100% . 50
x = 5000/10 = 500.
Em síntese, 50 casos = 10% de 500
.
O gabarito da questão é a letra E, pois o número de casos de sarampo na comunidade referida, em 2001, foi de 500 casos, destes 50 foram ao óbito.
27. “Critério para seleção de doenças e agravos prioritários à vigilância epidemiológica que se expressa pela transmissibilidade da doença; possibilidade da sua propagação por vetores e demais fontes de infecção, colocando sob risco outros indivíduos ou colet ividades.” Trata-se de A) magnitude. D) transcendência. B) severidade. E) potencial de disseminação. C) vulnerabilidade.
2
10% é a mesma coisa que 10/100.
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COMENTÁRIOS: Quais são os critérios para seleção de doenças e agravos prioritários à vigilância epidemiológica? Os parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação compulsória devem obedecer aos critérios a seguir:
Magnitude – aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes contingentes populacionais e se traduzem por altas taxas de incidência, prevalência, mortalidade e anos potenciais de vida perdidos.
Potencial de disseminação – representado pelo elevado poder de transmissão da doença, através de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva.
Transcendência – expressa-se por características subsidiárias que conferem relevância especial à doença ou agravo, destacando-se: 1 - severidade , medida por taxas de letalidade, de hospitalização e de sequelas; 2 - relevância social, avaliada, subjetivamente, pelo valor imputado pela sociedade à ocorrência da doença, e que se manifesta pela sensação de medo, de repulsa ou de indignação; e
3- relevância econômica , avaliada por prejuízos decorrentes de restrições comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos assistenciais e previdenciários, entre outros.
Vulnerabilidade – medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de prevenção e controle da doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços de saúde sobre indivíduos e coletividades.
Compromissos internacionais – relativos ao cumprimento de metas continentais ou mundiais de controle, de eliminação ou de erradicação de doenças, previstas em acordos firmados pelo governo brasileiro com organismos internacionais. O atual Regulamento Sanitário Internacional (RSI-2005) estabelece que sejam notificados todos os eventos considerados de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
Ocorrência de emergências de saúde pública, epidemias e surtos – são situações que impõe notificação imediata de todos os eventos de saúde que impliquem risco de disseminação de doenças, com o objetivo de delimitar a área de ocorrência, elucidar o diagnóstico e deflagrar medidas de controle aplicáveis. Mecanismos próprios de notificação devem ser instituídos, com base na apresentação clínica e epidemiológica do evento.
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Os parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação compulsória devem obedecer aos critérios a seguir
Potencial de disseminação
Transcendência
Vulnerabilidade
Compromissos internacionais
Magnitude Ocorrência de emergências de saúde pública, epidemias e surtos
Nessa tela, o gabarito da questão é a letra E.
28. São doenças de notificação compulsória que constam na listagem nacional e, mesmo em casos isolados, devem ser notificadas, EXCETO: A) Cólera.
D) Sífilis adquirida.
B) Hantavirose. E) Criptosporidíase. C) Tuberculose.
COMENTÁRIOS: Vamos responder essa questão, conforme Portaria do Ministério da Saúde nº 104/2011. Os editais de concursos publicados anteriormente ao dia 06/06/2014 devem explorar a Portaria do Ministério da Saúde nº 104/2011. Bem, a referida norma estruturava a lista de Doenças de Notificação Compulsória (DNC) em três anexos: I - Lista de Notificação Compulsória – LNC; II - Lista de Notificação Compulsória Imediata - LNCI: III - Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas - LNCS; No dia 06/06/2014 foi publicada a Portaria do Ministério da Saúde nº 1.271/2014 que define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. A partir desta data foi revogada a Portaria nº 104/2011.
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Neste sentido, quem for fazer concurso com edital publicado a partir do dia 06/06/2014 deve estudar pela Portaria atual 3 (nº 1.271/2014) A nova lista modificou fluxos de notificação e alterou a organização da Lista de Doenças de Notificação Compulsória em duas partes (simplificou e alterou algumas classificações):
Lista de doenças e agravos de notificação em < 24 horas (imediata);
Lista de doenças e agravos doenças e agravos de notificação semanal.
Voltando para a análise da questão, contatamos que a Criptosporidíase 4 não consta na listagem nacional de Doenças de Notificação Compulsória. Logo, o gabarito da questão é a letra E.
29. “Medida em saúde coletiva usada quando se investiga um surto de uma determinada doença em um local onde há um período de tempo e uma população bem definidos, como residência, creche, escola, quartel, colônia de férias, grupo de pessoas que participou de um determinado evento como um almoço.” Trata -se de
A) taxa de ataque.
D) densidade de incidência.
B) taxa de prevalência.
E) distribuição proporcional.
C) taxa de mortalidade.
COMENTÁRIOS5: Os INDICADORES DE MORBIDADE informam a ocorrência e distribuição de doenças e agravos à saúde na população residente na área geográfica referida. Dentre eles, destacam-se: taxas de incidência e prevalência das doenças transmissíveis, taxa de internação hospitalar. A relação completa desses indicadores pode ser encontrada no site da RIPISA (disponível em: http://goo.gl/NZYeQe ).
Atenção! Morbidade é uma variável característica de comunidades de seres vivos e referese ao conjunto dos indivíduos que adquirem doenças em um dado intervalo de tempo e lugar. Designa-se morbidade ao comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população exposta.
3
Disponibilizaremos em breve em nosso site um artigo detalhando a Portaria do MS nº 1.271/2014.
4
A criptosporidíase é uma doença causada pelos por parasitas. São ingeridos com comida ou água contaminadas. Infectam o
lúmen do intestino. 5
Ministério da Saúde, disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/03_1397_M.pdf .
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A Taxa de incidência (ou densidade de incidência) é o número de casos novos de uma doença em um dado local e período, relativo a uma população exposta. Reflete a intensidade com
que acontece uma doença em uma população e, dessa maneira, mede a frequência ou probabilidade de ocorrência de casos novos dessa doença na população. Alta incidência significa
alto risco coletivo de adoecer.
A Taxa de prevalência indica qualidade daquilo que prevalece. Portanto, prevalência implica acontecer e permanecer existindo em um momento considerado. Essa taxa é mais utilizada para doenças crônicas de longa duração, como hanseníase, tuberculose, aids e diabetes. Casos prevalentes são os que estão sendo tratados (casos antigos) mais aqueles que foram descobertos ou diagnosticados (casos novos). Portanto, a prevalência é o número total de casos de uma doença, novos e antigos, existentes em um determinado local e período. A prevalência, como ideia de acúmulo, de estoque, indica a força com que subsiste a doença na população.
Vamos visualizar o esquema abaixo, para compreendermos melhor o indicador de morbidade prevalência.
Fonte: Adaptado de Rouquayrol
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A taxa de ataque sempre expressa em percentagem, nada mais é do que uma forma
especial de incidência. É usada quando se investiga um surto de uma determinada doença em um local onde há uma população bem definida, como residência, creche, escola, quartel, colônia de férias, grupo de pessoas que participou de um determinado evento como um almoço, etc. Essas pessoas formam uma população especial, exposta ao risco de adquirir a referida doença, em um período de tempo bem definido.
A Taxa de Mortalidade Geral (TMG) mede o risco de morte por todas as causas em uma população de um dado local e período. Mensura o número de óbitos, expresso por mil habitantes, ocorridos na população geral, em determinado período.
A taxa bruta de mortalidade expressa a intensidade da ocorrência anual de mortes em determinada população. É influenciada pela estrutura da população, por sexo e idade, por sua vez, condicionada por fatores socioeconômicos; para se comparar populações, torna-se necessária a padronização das taxas brutas de mortalidade. A distribuição proporcional indica, do total de casos ou mortes ocorridas por uma determinada causa, quantos ocorreram, por exemplo, entre homens e quantos entre mulheres, ou quantos ocorreram nos diferentes grupos de idade. O resultado sempre é expresso em porcentagem. A distribuição proporcional não mede o risco de adoecer ou morrer (como no caso dos coeficientes); somente indica como se distribuem os casos entre as pessoas afetadas, por grupos etários, sexo, localidade e outras variáveis.
Após exposição do tema, verificamos que o gabarito é a letra A.
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30. Quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o processo de saúde de enfermagem, de acordo com o COFEN, corresponde ao usualmente denominado, nesses ambientes, como A) consulta de enfermagem.
D) cuidados básicos de enfermagem.
B) anamnese de enfermagem.
E) cuidados mínimos em enfermagem.
C) atenção primária de enfermagem.
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 1º (§ 2º) da Resolução COFEN nº 358/2009, o Processo de Enfermagem quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como Consulta de Enfermagem. Por conseguinte, o gabarito da questão é a letra A.
31. “De acordo com o COFEN (Conselho Federal de Enfermagem), é vedado a qualquer profissional de enfermagem executar a repetição de prescrição de medicamentos, salvo quando esta é validada nos termos legais, por mais de_________ horas.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior. A) 8 B) 12 C) 24 D) 36 E) 48
COMENTÁRIOS: A Resolução COFEN n° 281/2003 determina que a enfermagem não pode executar repetição de prescrição de medicação, por mais de 24 horas , exceto quando validada nos termos legais vigentes. Assim, de todo modo, as medicações deverão ser prescritas a cada 24 horas para pacientes internados. O gabarito é a letra C.
32. A execução do processo de enfermagem deve ser registrada formalmente, conforme preconiza a Resolução COFEN nº 358/2009, envolvendo, pelo menos, EXCETO: A) Resultados alcançados.
D) Medicamentos utilizados no tratamento.
B) Resumo dos dados coletados. E) Ações ou intervenções de enfermagem realizadas. C) Diagnósticos de enfermagem.
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COMENTÁRIOS: O COFEN, por meio da Resolução nº 358/2009, tem preconizado que a assistência de enfermagem deve ser sistematizada a partir da implantação do processo de enfermagem (PE). O PE é o modo sistemático e dinâmico que visa à prestação de cuidados humanizados e eficientes. Desenvolve-se por meio de atividades direcionadas ao cuidado individualizado, orientando resultados e baixo custo. Impulsiona os enfermeiros a analisar constantemente sua prática e discutir como poderiam desenvolvê-la com eficácia. As etapas para efetivação do PE são: (a) coleta de dados de enfermagem, (b) diagnóstico de enfermagem, (c) planejamento de enfermagem, (d) implementação e (e) avaliação de enfermagem. A inter-relação entre essas fases é fundamental, pois elas se articulam. Segundo a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem nº 358/2009, o Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. De acordo com a resolução referida, o Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes: I – Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) – processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. II – Diagnóstico de Enfermagem – processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. III – Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem. IV – Implementação – realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem.
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V – Avaliação de Enfermagem – processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. De acordo com o art. 6º da Resolução em tela, a execução do Processo de Enfermagem deve ser registrada formalmente, envolvendo: a) um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; b) os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; c) as ações ou intervenções de enfermagem realizadas face aos diagnósticos de enfermagem identificados; d) os resultados alcançados como consequência das ações ou intervenções de enfermagem realizadas. A partir da exposição do tema, fica claro que o gabarito é a letra D.
33. De acordo com o COFEN, são competências do Enfermeiro da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN), EXCETO: A) Responsabilizar-se pelas boas práticas na administração da nutrição parenteral e enteral. B) Realizar todas as operações inerentes ao desenvolvimento e preparação da nutrição parenteral e enteral. C) Desenvolver e atualizar os protocolos relativos à atenção de enfermagem ao paciente em terapia nutricional. D) Responsabilizar-se pela prescrição, execução e avaliação da atenção de enfermagem ao paciente em terapia nutricional. E) Desenvolver ações de treinamento para garantir a capacitação e atualização da equipe de enfermagem que atua em terapia nutricional.
COMENTÁRIOS: A Resolução COFEN nº 453/2014 (disponível em: http://goo.gl/4RsWrr ) aprova a Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da Equipe de Enfermagem em Terapia Nutricional.
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Para efeito desta Norma Técnica são adotadas as seguintes definições: Terapia Nutricional (TN) - conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da Nutrição Parenteral ou da Nutrição Enteral. Nutrição Parenteral (NP) - solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. Terapia de Nutrição Parenteral (TNP) - conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de NP. Nutrição Enteral (NE) - alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. Terapia de Nutrição Enteral (TNE) - conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de NE. Nutrição Oral Especializada: (NOE) - consiste em utilização de dietas alimentares acrescidas de suplementos e/ou em utilização de suplementos de dietas enterais por via oral associada a alimentação diária. Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) - um grupo formal e obrigatoriamente constituído de, pelo menos um profissional médico, enfermeiro, nutricionista, farmacêutico, habilitados e com treinamento específico para a prática da Terapia Nutricional (TN), podendo ainda incluir profissionais de outras categorias a critério da unidade hospitalar. Os Técnicos de Enfermagem participam da atenção de enfermagem em TN, naquilo que lhes couber, ou por delegação, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro.
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De modo geral, compete ao Enfermeiro cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas: a) desenvolver e atualizar os protocolos relativos à atenção de enfermagem ao paciente em TN, pautados nesta norma, adequadas às particularidades do serviço; b) desenvolver ações de treinamento operacional e de educação permanente, de modo a garantir a capacitação e atualização da equipe de enfermagem que atua em TN; c) responsabilizar-se pelas boas práticas na administração da NP e da NE; d) responsabilizar-se pela prescrição, execução e avaliação da atenção de enfermagem ao paciente em TN, seja no âmbito hospitalar, ambulatorial ou domiciliar; e) fazer parte, como membro efetivo, da EMTN; f) participar, como membro da EMTN, do processo de seleção, padronização, parecer técnico para licitação e aquisição de equipamentos e materiais utilizados na administração e controle da TN. De acordo com o COFEN, não é competência do Enfermeiro da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN): realizar todas as operações inerentes ao desenvolvimento e preparação da nutrição parenteral e enteral. Ora, isso é óbvio. Vários profissionais são responsáveis por essas operações, a exemplo do nutricionista. Logo, o gabarito é a letra B.
34. A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecida como “doença da vaca louca”, é uma doença pertencente ao grupo das Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EET). Quando ocorre em seres humanos, a encefalopatia espongiforme transmissível denomina-se A) raiva humana.
D) febre do Nilo Ocidental.
B) peste bubônica.
E) doença de Creutzfeldt-Jakob.
C) insônia familiar fatal.
COMENTÁRIOS: Vamos aproveitar essa questão para revisarmos os principais aspectos das doenças em análise, de acordo com os Manuais do Ministério da Saúde:
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Item A. A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva
aguda e letal. Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmitila. A doença apresenta dois principais ciclos de transmissão: urbano e silvestre, sendo o urbano passível de eliminação, por se dispor de medidas eficientes de prevenção, tanto em relação ao ser humano, quanto à fonte de infecção. Em relação à fonte de infecção , didaticamente, pode-se subdividir a transmissão urbana e rural em quatro ciclos epidemiológicos:
ciclo aéreo , que envolve os morcegos; ciclo rural, representado pelos animais de produção; ciclo urbano , relacionado aos cães e gatos; ciclo silvestre terrestre, que engloba os saguis, cachorros do mato, raposas, guaxinim, entre outros animais selvagens.
Figura 1 - Ciclos epidemiológicos de transmissão da raiva (Fonte: Ministério da Saúde, 2010).
A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal
infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente , pela arranhadura e lambedura de mucosas . O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central. A partir dai, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também se replica e é eliminado pela saliva das pessoas ou animais enfermos. Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ( período de transmissibilidade ) ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da doença. A morte do animal acontece, em média, entre 5 a 7 dias após a apresentação dos sintomas. Em relação aos animais silvestres, há poucos estudos sobre o período de transmissibilidade, que pode variar de acordo com a espécie. Por exemplo, especificamente os quirópteros podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente.
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Após um período variável de incubação, aparecem os pródromos 6 iniciais, que duram de 2 a 4 dias e são inespecíficos, com o paciente apresentando mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura corpórea, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angustia. Podem ocorrer hiperestesia e parestesia nos trajetos de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento. A infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários generalizados e/ou convulsões. Ocorrem espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua, quando o paciente vê ou tenta ingerir liquido, apresentando sialorreia intensa. Os espasmos musculares evoluem para quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinaria e obstipação intestinal. O paciente se mantém consciente, com período de alucinações, ate a instalação do quadro comatoso e evolução para óbito. São, ainda, observadas disfagia, aerofobia, hiperacusia, fotofobia. O período de evolução do quadro clínico, após instalados os sinais e sintomas até o óbito, varia, em media, de 5 a 7 dias. A característica mais determinante da evolução clínica da doença e a forma furiosa e/ou paralítica. Em 2004, foi registrado nos Estados Unidos o primeiro relato de tratamento de Raiva humana em paciente que não recebeu vacina ou soro antirrábico e evoluiu para cura. No Brasil, em 2008, foi confirmada Raiva em um paciente mordido por um morcego hematófago e que após suspeita clinica, foi iniciado tratamento dos Estados Unidos, adaptado a realidade brasileira, resultando no primeiro registro de cura de Raiva humana, no país. A prevenção da Raiva transmitida em áreas urbanas ou rurais, por animais domésticos, é feita mediante a manutenção de altas coberturas vacinais nesses animais, por meio de estratégias de rotina e campanhas; controle de foco e bloqueio vacinal; captura e eliminação de cães de rua; envio de amostras para exame laboratorial, para monitoramento da circulação viral. A profilaxia da Raiva humana é feita com o uso de vacinas e soro, quando os indivíduos são expostos ao vírus rábico pela mordedura, lambedura de mucosas ou arranhadura provocada por animais transmissores da Raiva.
6
Pródromo é um sinal ou grupo de sintomas que pode indicar o início de uma doença antes que sintomas específicos surjam
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A vacinação antirrábica não tem contraindicação , devendo ser iniciada o mais breve possível e garantir o completo esquema de vacinação preconizado. Prevenção da Raiva transmitida em áreas urbanas ou rurais, por animais domésticos.
a v i a R
Profilaxia da Raiva
Manutenção de altas coberturas vacinais nesses animais, por meio de estratégias de rotina e campanhas; Controle de foco e bloqueio vacinal; captura e eliminação de cães de rua; Envio de amostras para exame laboratorial, para monitoramento da circulação viral. É feita com o uso de vacinas e soro, quando os indivíduos são expostos ao vírus rábico pela mordedura, lambedura de mucosas ou arranhadura provocada por animais transmissores da Raiva. A vacina sempre faz parte do esquema de profilaxia; A indicação do soro ocorre quando se trata de um acidente de alto risco para desenvolvimento da doença.
Nobres concurseiros, vejam que os instrumentos disponíveis para prevenção e controle da raiva humana são a vacina e o soro. As vacinas humanas (cultivo celular) são mais potentes, seguras e isentas de risco. São produzidas em cultura de células (diploides humanas, células Vero, células de embrião de galinha, etc.), com cepas de vírus Pasteur (PV) ou Pittman-Moore (PM) inativados pela betapropiolactona. As vias de aplicação são a intramuscular (mais utilizada) e intradérmica (utilizada em casos específicos).
Via intramuscular - são apresentadas na dose 0,5ml e 1ml, dependendo do fabricante (verificar embalagem e/ou lote). A dose indicada pelo fabricante NAO DEPENDE da idade ou do peso do paciente. A aplicação intramuscular deve ser profunda, na região do deltoide ou vasto lateral da coxa. Em crianças até 2 anos de idade, está indicado o vasto lateral da coxa.
Via intradérmica - a dose da via intradérmica e de 0,1ml. Deve ser aplicada em locais de drenagem linfática, geralmente nos braços, na inserção do músculo deltoide.
Importante! A vacina antirrábica não deve ser aplicada na região glútea. A vacina contra raiva não tem contraindicação (gravidez, mulheres lactantes, doença intercorrente ou outros tratamentos), devido à gravidade da doença que apresenta letalidade de aproximadamente 100%.
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As vacinas contra a raiva produzidas em meios de cultura são seguras. De acordo com os trabalhos publicados na literatura, causam poucos eventos adversos e, na quase totalidade dos casos, de pouca gravidade. O soro para uso humano (soro heterólogo) é uma solução concentrada e purificada de anticorpos, preparada em equídeos imunizados contra o vírus da raiva. Item B. A Peste se manifesta sob três formas clinicas principais: bubônica, septicêmica e pneumônica. A bubônica ou ganglionar varia desde formas leves, que apresentam adenopatia com ou sem supuração, até formas graves e letais. As formas graves têm início abrupto, com febre alta, calafrios, cefaleia intensa, dores generalizadas, anorexia, náuseas, vômitos, confusão mental, congestão das conjuntivas, pulso rápido e irregular, taquicardia, hipotensão arterial, prostração e mal-estar geral. Apos 2 ou 3 dias, aparecem as manifestações de inflamação aguda e dolorosa dos gânglios linfáticos da região que foi o ponto de entrada da bactéria (bubão pestoso), onde a pele fica brilhosa, distendida, vermelho-violácea, com ou sem hemorragias e necrose. São bastante dolorosas e fistulizam com drenagem de secreção purulenta. A forma septicêmica primaria cursa com bacilos no sangue, ocasionando febre elevada, hipotensão arterial, grande prostração, dispneia, fácies de estupor e hemorragias cutâneas – às vezes serosas e mucosas e até nos órgãos internos. Coma e morte no fim de dois ou três dias, se não houver tratamento. O principal modo de transmissão da Yersinia pestis ao homem e através da picada de pulgas infectadas. A Peste e uma doença de notificação compulsória (deve ser comunicada imediatamente, pela via mais rápida, as autoridades sanitárias). Item C 7. A insônia familiar fatal é uma afecção autossômica dominante descrita em 1986 por Lugaresi e colaboradores. Caracteriza-se por insônia grave que se instala após os 40 anos, evolui rapidamente com a associação de sonhos vívidos com agitação onírica, distúrbios da atenção e da memória e alterações neurovegetativas (dificuldade de micção, constipação intestinal, aumento da temperatura corporal, salivação e lacrimejamento excessivos), neurológicas (tremores, mioclonias de extremidades, diplopia transitória e disartria) e endócrinas (elevação do cortisol e ausência do ritmo circadiano do hormônio do crescimento, prolactina e do hormônio folículoestimulante. Depois do início dos sintomas, a duração da doença é em torno de um ano, podendo ter evolução mais longa. Do ponto de vista neuropatológico, constata-se degeneração grave e astrogliose que predominam nos núcleos talâmicos anteriores e dorso-mediais. 7
CVE-SP, disponível em: ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/hidrica/doc/SPManualDCJ08.pdf .
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Item D. A febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral que pode transcorrer de forma subclínica ou com sintomatologia de distintos graus de gravidade, que variam desde uma febre passageira a uma encefalite grave, que ocorre com maior frequência em adultos. O vírus da febre do Nilo Ocidental (FNO) pertence ao gênero Flavivirus, da família Flaviviridae, e faz parte do complexo do grupo de vírus da Encefalite Japonesa, como St. Louis, Rocio, Murray Valley e Ilhéus. O vírus é comumente encontrado na África, Ásia Ocidental, Oriente Médio, Europa e, mais recentemente, na América do Norte, Central e do Sul, onde foi registrada em animais na Colômbia, Venezuela e Argentina. O vírus pode infectar humanos, aves, cavalos e outros mamíferos. O principal gênero de mosquito identificado como vetor do vírus da febre do Nilo Ocidental é o Culex. O vírus do Nilo Ocidental pode ser transmitido quando um mosquito infectado pica um humano ou animal para se alimentar. Os mosquitos se infectam quando fazem o repasto em aves infectadas, as quais podem circular o vírus em seu sangue, por alguns dias. O vírus se replica no intestino dos insetos, sendo armazenado em suas glândulas salivares. Além disso, a transmissão pode ocorrer, mais raramente, através da transfusão sanguínea ou transplante de órgãos, além do aleitamento materno. As infecções pelo vírus do Nilo Ocidental, normalmente, geram uma infecção clinicamente inaparente, sendo que 20% dos casos desenvolvem uma doença leve (febre do Nilo Ocidental). Aproximadamente, uma em cada 150 infecções resulta em doença neurológica severa (encefalite do Nilo Ocidental), cujo maior fator de risco é a idade avançada. O tratamento é de suporte, frequentemente envolvendo hospitalização, fluido intravenoso, suporte respiratório e prevenção de infecção secundária para os pacientes com a doença em sua forma severa. Embora o Brasil não tenha registro de casos de febre do Nilo Ocidental, essa doença é de notificação compulsória imediata. Item E. A Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) é uma doença fatal, que ataca o sistema nervoso central. Foi descrita pela primeira vez nos anos 20 e é a Encefalopatia Espongiforme Transmissível (EET) mais comum. Embora exista uma grande variação nas manifestações clínicas, ela geralmente é caracterizada por demência rapidamente progressiva, que logo se torna associada com distúrbios de marcha, deterioração visual, tremores musculares (mioclonias) e uma
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variedade de outros sinais e sintomas neurológicos. A pessoa afetada encontra-se comumente muda e imóvel na fase terminal e, na maioria dos casos, o óbito ocorre dentro de poucos meses após o aparecimento dos sintomas. É invariavelmente fatal não existindo tratamento. A forma exata de aquisição da DCJ ainda é desconhecida, podendo ocorrer por quatro mecanismos de transmissão conhecidos:
Esporádica: Não existe nenhuma relação de transmissibilidade, nem evidência da doença na história familiar do paciente. Essa forma é responsável por aproximadamente 85% dos casos de DCJ.
Hereditária: Decorrente de uma mutação no gene que codifica a produção da proteína priônica, que tem 50%de probabilidade de ser transmitida aos descendentes.
Iatrogênica: Surge como consequência de procedimentos cirúrgicos (transplantes de dura-máter e córnea) ou através do uso de instrumentos neuro-cirúrgicos ou eletrodos intracerebrais contaminados.
Variante da DCJ: A outra forma da doença está associada ao consumo de carne e subprodutos de bovinos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina (Doença da “vaca louca”) e é conhecida como variante da Doença de Creutzfeldt – Jakob (vDCJ). Os primeiros casos surgiram em 1996 no Reino Unido e diferentemente da forma tradicional (DCJ), ela acomete predominantemente pessoas jovens, abaixo dos 30 anos. O primeiro caso mundial de possível transmissão sanguínea da nova variante da vDCJ foi divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde da GrãBretanha.
Nesses termos, o gabarito é a letra E.
35. É correto afirmar que príons são A) esporos bacterianos. D) partículas proteináceas infecciosas. B) vírus muito pequenos. E) fragmentos de membrana bacteriana. C) toxinas produzidas por fungos.
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COMENTÁRIOS: Os prions são proteínas modificadas causadoras de doenças neurodegenerativas e que apresentam resistência à ação das proteases. Causam doenças neurodegenerativas fatais conhecidas como Encefalopatias Espongiformes 8. O Ministério da Saúde, juntamente com as Secretarias Estaduais de Saúde , está implementando/implantando a vigilância das doenças priônicas. Essas doenças são causadas por Príons, proteínas descritas pelos cientistas pela primeira vez em 1982. A mais importante dessas doenças é a doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), mais conhecida como a Doença da Vaca Louca. Outra doença priônica importante é a insônia familiar fatal. Logo, o gabarito é a letra D.
36. O principal modo de transmissão da hepatite A é A) oral-fecal. B) via sexual. C) parenteral. D) percutânea. E) transplacentária.
COMENTÁRIOS: O modo de transmissão da Hepatite A, ou seja, por via oral-fecal, veiculação hídrica, pessoa a pessoa, alimentos contaminados e objetos inanimados. Assim, o gabarito é a letra A.
37. De acordo com o Ministério da Saúde, na evolução da malária, a fase que ocorre se o paciente não receber a terapêutica específica, adequada e oportuna é A) fase febril.
D) ataque paroxístico.
B) fase de remissão. E) período de infecção. C) período toxêmico.
COMENTÁRIOS: Amigo(a), vamos utilizar essa questão para debatermos sobre os principais aspectos da Malária no Brasil, conforme diretrizes do Ministério da Saúde. Os principais objetivos do Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM) do Ministério da Saúde são os seguintes: reduzir a letalidade e a gravidade dos casos, reduzir a incidência da doença, eliminar a transmissão em áreas urbanas e manter a ausência da doença em locais onde a transmissão já foi interrompida.
8
UFF, disponível em: http://www.uff.br/gcm/GCM/atividades/lidia/prions.pdf .
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O quadro epidemiológico da malária no Brasil é preocupante nos dias atuais. Embora em declínio, o número absoluto de casos no ano de 2008 ainda foi superior a 300.000 pacientes em todo o país. Desses, 99,9% foram transmitidos nos Estados da Amazônia Legal, sendo o Plasmodium vivax
a espécie causadora de quase 90% dos casos. No entanto, a transmissão do P.
falciparum, sabidamente responsável pela forma grave e letal da doença, tem apresentado redução
importante nos últimos anos. A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium,
caracterizada por febre alta acompanhada de calafrios, suores e cefaléia, que
ocorrem em padrões cíclicos, a depender da espécie do parasito infectante. Possui uma fase sintomática inicial, caracterizada por mal-estar, cefaléia, cansaço, mialgia, náuseas e vômitos, que geralmente precede à clássica febre da malária. O ataque paroxístico inicia-se com calafrio que dura de 15 minutos até uma hora, sendo seguido por uma fase febril, com temperatura corpórea podendo atingir 41°C ou mais. Após um período de duas a seis horas, ocorre defervecência da febre e o paciente apresenta sudorese profusa e fraqueza intensa.
Após a fase inicial, a febre assume um caráter intermitente, dependente do tempo de duração dos ciclos eritrocíticos de cada espécie de plasmódio: 48 horas para Plasmodium falciparum ( P. falciparum) e Plasmodium vivax ( P. vivax) - e 72 horas para Plasmodium malariae
( P. Malariae). No Brasil, três espécies de
Plasmodium
causam malária: P. malariae, P. vivax e P.
Falciparum.
Os principais vetores da malária são os mosquitos pertencentes à ordem dos dípteros, família Culicidae, gênero Anopheles . A espécie Anopheles darlingi é o principal vetor no Brasil, destacando-se na transmissão da doença pela distribuição geográfica, antropofilia e capacidade de ser infectado por diferentes espécies de plasmódios. Popularmente, os vetores da malária são conhecidos por "carapanã", "muriçoca", "sovela", "mosquito-prego" e "bicuda". O homem é o único reservatório importante da malária. A transmissão ocorre através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo plasmodium.
Os esporozoítos, formas infectantes do parasito, são inoculados na pele do homem
sadio por meio da saliva da fêmea do Anopheles infectada por Plasmodium . A fêmea é infectada ao sugar o sangue de uma pessoa doente. Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa.
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Adultos não imunes, bem como crianças e gestantes, podem apresentar manifestações mais graves da infecção ( complicações), podendo ser fatal no caso de P. Falciparum em cerca de 1% dos casos. É inquestionável hoje que o principal fator determinante das complicações na malária por P. falciparum principalmente de adultos não imunes é o atraso de seu diagnóstico e a postergação da terapêutica específica. Infecções por P. vivax e P. malariae são geralmente benignas e os raros casos relatados de morte por essas espécies ocorreram em função de complicações peculiares como a ruptura espontânea do baço ou concomitância com outra entidade patológica de evolução fatal. O diagnóstico de certeza da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente.
Gota espessa é o método oficialmente utilizado no Brasil para o diagnóstico da malária. Mesmo após o avanço de técnicas para o diagnóstico da malária ocorrido nas últimas décadas, o exame da gota espessa de sangue continua sendo um método simples, eficaz, de baixo custo e de fácil realização. O tempo de evolução da doença é extremamente variável, geralmente interrompido com o
tratamento ; entretanto, a remissão espontânea da doença e improvável. A evolução da infecção treponêmica determinará lesões deformantes, com destruição tecidual em tecido ósseo e cutâneomucoso, além das graves sequelas neurológicas. Manifestações gerais e sinais de comprometimento simultâneo de múltiplos órgãos, como febre, icterícia, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia generalizada, anemia, entre outros sinais, podem ser observados isolados ou simultaneamente, caracterizam o período toxêmico . O tratamento adequado dos casos diagnosticados promove a remissão dos sintomas em poucos dias. As lesões tardias já instaladas, a despeito da interrupção da evolução da infecção, não serão revertidas com a antibioticoterapia. O tratamento da malária visa principalmente à interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção. O tratamento adequado e oportuno da malária é hoje o principal alicerce para o controle da doença. A decisão de como tratar o paciente com malária deve ser precedida de informações sobre os seguintes aspectos: gravidade da doença; espécie de plasmódio; idade do paciente; história de exposição anterior à infecção e suscetibilidade dos parasitos aos antimaláricos convencionais. Toda suspeição de malária deve ser notificada às autoridades de saúde, tanto na área endêmica, pelo Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária (Sivep-Malária), quanto na área não endêmica, pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) .
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Notificação da malária: área endêmica (Sivep-Malária) e área não endêmica (Sinan). A decisão de como tratar o paciente com malária deve ser precedida de informações sobre os seguintes aspectos:
espécie de plasmódio infectante, pela especificidade dos esquemas terapêuticos a serem utilizados;
idade do paciente, pela maior toxicidade para crianças e idosos, e não em adultos
jovens – isso é lógico, pois a faixa etária mais forte é a de adultos jovens ;
história de exposição anterior a infecção uma vez que indivíduos primoinfectados tendem a apresentar formas mais graves da doença;
condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde;
gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento com esquemas especiais de antimaláricos.
Neste sentido, na evolução da malária, a fase que ocorre se o paciente não receber a terapêutica específica, adequada e oportuna é o período toxêmico. Por isso, o gabarito da questão é a letra C.
38. Lactentes com síndrome da rubéola congênita podem eliminar o vírus, até um ano após o nascimento, através de, EXCETO: A) Urina.
D) Lágrimas.
B) Fezes.
E) Secreções nasofaríngeas.
C) Sangue.
COMENTÁRIOS: De acordo com o Ministério da Saúde, a Rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta contagiosidade, acometendo principalmente crianças. É doença de curso benigno, sua importância epidemiológica está relacionada ao risco de abortos,
natimortos , e malformações congênitas, como cardiopatias, catarata e surdez. É denominada síndrome da rubéola congênita ( SRC), quando a infecção ocorre durante a gestação . A Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), geralmente, e uma condição clínica grave. A infecção da placenta e viremia fetal ocorrem em cerca de 40 a 60% das mulheres gravidas infectadas com o vírus da Rubéola, principalmente durante as primeiras semanas de gestação (primeiras nove semanas).
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A infecção e adquirida por via intra-uterina (transmissão vertical). A investigação laboratorial de casos suspeitos de SRC se faz colhendo uma amostra de sangue do RN para realização dos testes sorológicos logo apos o nascimento, quando ha suspeita ou confirmação de infecção materna durante a gestação, ou no momento da suspeita diagnóstica, nas crianças menores de 1 ano. Não há tratamento específico. É uma doença de notificação compulsória imediata ( ≤ 24 horas). A principal medida de controle é a vacinação da dupla, tríplice e tetra viral. O lactentes com SRC podem eliminar o vírus através das secreções nasofaringeas, sangue, urina e fezes, por ate 1 ano apos o nascimento. Dessa forma, o gabarito é a letra D.
39. Com a introdução da vacina contra o HPV no calendário básico de vacinação do Programa Nacional de Imunização, a meta do Ministério da Saúde é de vacinar, na primeira fase da campanha, no ano de 2014, meninas na faixa etária entre A) 6 e 10 anos. B) 8 e 11 anos. C) 9 e 11 anos. D) 9 e 13 anos. E) 11 e 13 anos.
COMENTÁRIOS: Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do útero. Essas vacinas, na verdade, previnem contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Uma delas é a quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos de HPV 16 e 18.
Notícia Quentinha!
O Brasil está disponibilizando a vacina contra o HPV, usada na prevenção de câncer de colo do útero. A vacina irá proteger meninas de 9 a 13 anos contra quatro variáveis do vírus. Já em
2014, meninas dos 11 aos 13 anos estão recebendo as duas primeiras doses necessárias à
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imunização, a dose inicial e a segunda seis meses depois. A terceira dose deverá ser aplicada cinco anos após a primeira. Em 2015, será estendida para as adolescentes de 9 a 11 anos. A vacina será produzida por meio de parceria entre Butantan e Merck.
População-alvo será: meninas de 9 a 13 anos, com esquema vacinal de 3 doses.
As doses só serão aplicadas com autorização dos pais ou responsáveis.
Atenção! O esquema completo de vacinação é composto de três doses. O esquema normal da vacina (0, 2 e 6 meses) é 1ª dose, 2ª dose após dois meses e 3ª dose após seis meses. No entanto, o Ministério da Saúde irá adotar o esquema estendido (0, 6 e 60 meses): 1ª dose, 2ª dose seis meses depois, e 3ª dose após cinco anos da 1ª dose. Vejam o esquema vacinal proposto pelo Ministério da Saúde:
Esquema vacinal: 3 doses: 1ª dose 2ª dose: 6 meses após a 1ª dose 3ª dose: 5 anos após a 1ª dose
O tipo da vacina será: quadrivalente (subtipos 6, 11, 16 e 18). Indicações: Prevenção contra HPV 16 e 18 (responsável por 70% dos casos de câncer de colo do útero) 6 e 11 (verrugas genitais - condiloma acuminado) Confere ainda proteção cruzada contra HPV 31, 33,52 e 58. Evidências recentes – 56% de redução na prevalência do HPV entre adolescentes apesar de apenas 35% de cobertura vacinal nos Estados Unidos. Atenção! Vacina é eficaz em quem ainda não iniciou a vida sexual e, portanto, não teve
contato com o vírus HPV. A adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame de citologia, Papanicolaou (preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema. Ainda há muitas perguntas sem respostas relativas a essas vacinas. Em síntese, com a introdução da vacina contra o HPV no calendário básico de vacinação do Programa Nacional de Imunização, a meta do Ministério da Saúde é de vacinar, na primeira fase da campanha, no ano de 2014, meninas na faixa etária entre 11 e 13 anos. A partir do exposto, verificamos que o gabarito é a letra E.
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40. Dos parâmetros a serem monitorados durante a ventilação mecânica, o volume de ar por expiração é dado pelo(a) A) FiO2. D) frequência respiratória. B) PEEP. E) pressão inspiratória de pico. C) volume corrente.
COMENTÁRIOS: Vejamos a definição de cada um dos parâmetros descritos na questão: Item A. Fração inspirada de oxigênio ( FiO2) é um parâmetro de ventilação mecânica frequentemente utilizado para otimizar a oxigenação tecidual. É a quantidade de oxigênio puro oferecido ao paciente. Varia entre 21% (ar ambiente) e 100%. Altas frações de oxigênio por tempo prolongado causam oxidação endógena, e pode provocar toxicidade e lesão pulmonar. Logo que o paciente é colocado em ventilação mecânica, ajusta-se para 100%, e dependendo dos gases sanguíneos (gasometria), se reduz a FiO2 até o mínimo suportado pelo paciente. Item B. PEEP (pressão expiratória positiva final) é a pressão mantida nos pulmões ao final da expiração. Item C. Volume corrente é o fornecimento do ar (nas vias aéreas) em centímetros
cúbicos por respiração. Item D. A frequência respiratória em geral é mensurada através da observação da expansão torácica contando o número de inspirações por um minuto. O adulto normal em repouso respira confortavelmente 12 a 18 vezes por minuto. Item E. Pressão inspiratória de pico é a pressão inspiratória máxima. A partir do exposto, o gabarito é a letra C.
41. Fazem parte do calendário básico de vacinação de pessoas com 60 anos ou mais, de acordo com o Programa Nacional de Imunização, as seguintes vacinas, EXCETO: A) Hepatite B.
D) Meningocócica.
B) Febre amarela. E) Influenza sazonal. C) Pneumocócica.
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COMENTÁRIOS: Vamos aproveitar essa questão para rememorarmos o Calendário Nacional de Imunização.
Fonte: Adaptado da SES-DF. Conforme portaria do Ministério da Saúde nº 1.498/2013.
(1) Vacina BCG: Administrar o mais precocemente possível, a partir de 2 Kg. Na rotina dos serviços administrar até 4 anos 11 meses e 29 dias.
(2) Vacina Hepatite B (recombinante): Administrar preferencialmente nas primeiras 12 horas de nascimento, ou na primeira visita ao serviço de saúde. Adolescentes e adultos menores de 50 anos devem receber 3 doses, seguindo o esquema de 0,1 e 6 meses. A partir de 30 anos, avaliar situação de risco e indicações especiais. As gestantes não vacinadas, independentemente da faixa etária e idade gestacional, devem receber três doses da vacina com esquema 0, 1 e 6 meses. Aquelas que apresentam esquema vacinal incompleto devem apenas completar o esqu ema já iniciado.
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(3) Vacina Penta (DTP/Hib/Hep.B): Administrar aos 2, 4 e 6 meses de idade. Intervalo entre as doses de 60 dias e, mínimo de 30 dias. Os reforços aos 15 meses (1º) e 4 anos (2º) devem ser feitos com a vacina DTP. Importante: a idade máxima para administrar esta vacina é aos 6 anos 11 meses e 29 dias.
(4) Vacina contra Poliomielite: Esquema sequencial VIP-VOP: administrar 1ª e 2ª doses com VIP aos 2 e 4 meses, 3ª dose aos 6 meses com a VOP e os reforços aos 15 meses e 04 anos com VOP. Manter o intervalo entre as doses de 60 dias e, mínimo de 30 dias. Considerar para o reforço o intervalo mínimo de 6 meses após a última dose.
(5) Vacina Oral Rotavírus Humano: Administrar duas doses (2 e 4 meses) seguindo rigorosamente os limites de faixa etária. Primeira dose a partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias. Segunda dose a partir de 3 meses e 15 dias a 7 meses e 29 dias. O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é de 30 dias. Nenhuma criança poderá receber a segunda dose sem ter recebido a primeira. Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação não repetir a dose.
(6) Vacina Pneumocócica 10 valente: Administrar 3 doses aos 2, 4 e 6 meses de idade. O intervalo entre as doses é de 60 dias e, mínimo de 30 dias. Fazer um reforço entre 12 e 15 meses, preferencialmente aos 12 meses de idade.
(7) Vacina Meningocócica C: Administrar duas doses aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo entre as doses de 60 dias, e mínimo de 30 dias. Fazer um reforço entre 12 e 15 meses, preferencialmente aos 15 meses de idade.
(8) Vacina Febre Amarela: Administrar aos 9 (nove) meses de idade. Durante surtos, antecipar a idade para 6 (seis) meses. Aos viajantes para as áreas com recomendação, administrar a vacina 10 dias antes da data da viagem. A revacinação deve ocorrer a cada dez anos após a data da última dose. A vacina é contraindicada para gestantes e deve ser adiada em mulheres que estão amamentando até o 6º mês de vida da criança. Nos casos de risco de contrair o vírus buscar orientação médica. A aplicação da vacina para pessoas a partir de 60 anos depende da avaliação do risco da doença e benefício da vacina.
(9) Vacina Tríplice Viral (SCR): Administrar uma dose aos 12 meses e a segunda dose aos 15 meses de idade com a vacina tetra viral. Em situação de surto, antecipar a administração da vacina para os 6 meses de idade, porém deve ser mantido o esquema vacinal de duas doses e a idade preconizada no calendário. Considerar o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. De 1 a 19 anos todo indivíduo deve ter o esquema de 2 doses. Indivíduos de 20 a 49 anos de idade que não apresentarem comprovação vacinal administrar 1 dose. É contra indicada para gestantes.
(10) Vacina Dupla tipo adulto - dT: Indivíduo sem vacinação anteriormente ou sem comprovação de três doses da vacina, seguir o esquema de três doses (0, 2 e 4 meses). O intervalo entre as doses é de 60 dias e no mínimo de 30 dias. Os vacinados anteriormente com 3 doses das vacinas DTP, DT, dTpa, penta ou dT, administrar reforço, a cada dez anos após a data da última dose. Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforço se a última dose foi administrada há mais de 5 anos. A mesma deve ser administrada preferencialmente 20 dias antes da data provável do parto.
(11) Vacina Influenza: Revacinação anual. Esta vacina é oferecida anualmente por ocasião da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza.
(12) Vacina pneumocócica 23 valente: Administrar uma dose nos indivíduos com 60 anos e mais que vivem em instituições fechadas, tais como asilos, hospitais, casas de repouso . Administrar apenas 1 dose adicional após 05 anos. Esta vacina é oferecida por ocasião da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza.
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Atenção! A vacina contra Hepatite A foi incluída desde o dia 15/07/2014 no Calendário Nacional de Imunização. É indicada para crianças entre 1 a 2 anos. Dose única, 0,5 ml, IM. A condição vacinal do idoso deve ser verificada e algumas vacinas devem ser realizadas, a exemplo das vacinas influenza, pneumocócica 23-valente e a difteria e tétano (dT). A vacina influenza é administrada anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. A vacina contra difteria e tétano (dT) deve ser administrada a cada 10 anos como reforço da tetravalente/pentavalente e DTP, quando o esquema dessas vacinas estiver em dia. Deve ser administrada uma dose da vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica), durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, nos indivíduos de 60 anos e mais não vacinados que vivem acamados e ou em instituições fechadas como, casas geriátricas, hospitais, unidades de acolhimento/asilos, casas de repouso. Ademais, deve ser administrada uma dose adicional da vacina pneumocócica 23-valente 5 anos após a dose inicial, uma única vez. Acerca da questão, notamos que a vacina meningocócica só é administrada em crianças. Em regra, a vacina contra a Hepatite B é administrada em pessoas até 49 anos. Podendo ser feita em qualquer idade em grupos vulneráveis. A questão foi acertadamente anulada, pois apenas as vacinas contra a influenza, difteria e tétano (dT) e a pneumocócica 23-valente fazem parte do calendário nacional da pessoa idosa.
42. Sobre as características desejáveis que os agentes químicos precisam ter para desinfecção de artigos e superfícies de serviços de saúde, marque a INCORRETA. A) Não ser corrosivo para metais. B) Não ser irritante para pele e mucosas. C) Não ter efeito residual sobre superfícies. D) Ser estável quando concentrado e diluído. E) Inativar rapidamente os micro-organismos.
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COMENTÁRIOS: Apesar da grande oferta de produtos químicos no mercado, a escolha do mais adequado não é uma tarefa fácil. Várias características devem ser consideradas nesta seleção: amplo espectro de ação antimicrobiana; inativar rapidamente os microorganismos; não ser corrosivo para metais; não danificar artigos ou acessórios de borracha, plásticos ou equipamento ótico; sofrer pouca interferência, na sua atividade, de matéria orgânica; não ser irritante para a pele e mucosas; possuir baixa toxicidade; tolerar pequenas variações de temperatura e de pH; ter ação residual sobre superfícies quando aplicado no ambiente; manter sua atividade mesmo sofrendo pequenas diluições; ser um bom agente umectante; ser de fácil uso; ser inodoro, ou ter odor agradável; ter baixo custo; ser compatível com sabões e detergentes; ser estável quando concentrado ou diluído 9. Nesses termos, o gabarito da questão é a letra C.
43. Das embalagens para esterilização de artigos, a que está em desuso por conter frequentemente amido, microfuros, corantes e produtos tóxicos, como o alquiltiofeno, é A) Tyvek®.
D) papel grau cirúrgico.
B) papel Kraft. E) filmes transparentes. C) contêineres rígidos.
COMENTÁRIOS: O papel Kraft está em desuso devido sua má eficácia como barreira microbiana. É um tipo de invólucro considerado vulnerável como barreira microbiana, por favorecer a recontaminação 10. Figura - Papel Kraft
44. A autoclave de plasma de peróxido de hidrogênio serve para reprocessamento de artigos hospitalares no seguinte nível: A) Limpeza.
D) Desinfecção de baixo nível.
B) Esterilização. E) Desinfecção de nível intermediário. C) Desinfecção de alto nível. 9
Anvisa, disponível em: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/pdf/CIHCadernoC.pdf . Disponível em: http://esp.saude.sc.gov.br/sistemas/revista/index.php/inicio/article/viewFile/180/223.
10
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COMENTÁRIOS: De acordo com o livro de Enfermagem em Centro de Material e Esterilização da série Enfermagem da ABEN (Editora Manoele, 2011), que indico a leitura, o peróxido de hidrogênio é um agente bactericida, virucida, esporicida e fungicida em baixas concentrações e temperaturas. Já o plasma é o quarto estado da matéria. O gás plasma constitui-se de gases altamente ionizados, compostos de íons, elétrons e partículas neutras, que formam um brilho visível. Os modelos atuais desses esterilizadores utilizam cinco fases para realizar o processo de esterilização: vácuo, injeção, difusão, plasma e ventilação. Alguns modelos utilizam modelos utilizam ciclos com duas fases de injeção e plasma, aumentando a eficácia do processo. Os tempos de esterilização terão variabilidade, dependendo do tipo do material escolhido. De acordo com o modelo do equipamento, os ciclos podem variar de 28 a 72 minutos. Após o ciclo, o material pode ser manuseado com segurança e estará pronto para o uso. A partir do exposto, o gabarito é a letra B.
45. A medida da capacidade dos rins para concentrar a urina, correspondendo à quantidade de partículas de solutos por quilograma de água é dada pelo seguinte teste de urina: A) pH.
D) Osmolalidade.
B) Nitrito. E) Clearence de creatinina. C) Microscopia.
COMENTÁRIOS: A osmolalidade refere-se ao número de partículas osmoticamente ativas de soluto presentes em um quilograma do solvente. A osmolalidade de uma solução aumenta à medida que a concentração de solutos na solução aumenta. Ora, o teste de urina que verifica a medida da capacidade dos rins para concentrar a urina, correspondendo à quantidade de partículas de solutos por quilograma de água só pode ser a osmolalidade . Nesta esteira, o gabarito é a letra D.
46. “A morbidade é um dos importantes indicadores de saúde. Muitas doenças causam importante morbidade, porém baixa mortalidade, como a asma.” Assinale, a seguir, a definição correta de morbidade. A) Casos existentes de uma doença. B) Casos novos de uma determinada doença. C) Conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo de tempo.
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D) Entende-se como o maior ou menor poder que uma doença tem de provocar a morte das pessoas. E) Conjunto de casos de uma dada afecção ou a soma de agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos.
COMENTÁRIOS: Os INDICADORES DE MORBIDADE informam a ocorrência e distribuição de doenças e agravos à saúde na população residente na área geográfica referida. Dentre eles, destacam-se: taxas de incidência e prevalência das doenças transmissíveis, taxa de internação hospitalar. A relação completa desses indicadores pode ser encontrada no site da RIPISA (disponível em: http://goo.gl/NZYeQe ).
A Morbidade é uma variável característica de comunidades de seres vivos e refere-se ao
conjunto dos indivíduos que adquirem doenças em um dado intervalo de tempo e lugar. Designa-se morbidade ao comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população exposta. Essa questão apresentou definições incompletas e confusas. Inicialmente, o gabarito adotado pela banca foi a letra E. Mas, a questão foi acertadamente anulada.
47. Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. São doenças de notificação compulsória imediata (LNCI), EXCETO: A) Raiva, sarampo e rubéola. B) Botulismo, cólera e poliomielite. C) Carbúnculo ou antraz, cólera e raiva. D) Raiva humana, leptospirose e leishmaniose visceral. E) Doença de Chagas aguda, febre amarela e síndrome da rubéola congênita (SRC).
COMENTÁRIOS: De acordo com os comentários da questão nº 28, vamos responder essa questão, conforme Portaria do Ministério da Saúde nº 104/2011. A leptospirose, a leishmaniose visceral e tegumentar americana são doenças de notificação compulsória, mas não imediata. As demais doenças descritas na questão são de notificação imediata (doenças e agravos de notificação em < 24 horas).
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O gabarito da questão é a letra D. Vejam que as doenças de notificação imediata são aquelas que têm maior magnitude, potencial de disseminação, transcendência, vulnerabilidade, relacionadas a compromissos internacionais e ocorrência de emergências de saúde pública, epidemias e surtos. O gabarito da questão é a letra D, pois a leptospirose e leishmaniose visceral são doenças de notificação compulsória, mas não imediata.
48. A promulgação da Lei nº 8.080/90, que instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS), teve importantes desdobramentos na área de vigilância epidemiológica. O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), formalizado através da Lei nº 6.259, oficializa o conceito de vigilância epidemiológica como A) o conjunto de atividades do ramo da segurança que tem como objetivo prevenir e reduzir perdas patrimoniais em uma determinada organização. B) um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviço de interesse da saúde. C) um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. D) observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, assim como de outros dados relevantes, e a regular disseminação dessas informações a todos os que necessitam conhecê-la. E) um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa a recuperação e a reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.
COMENTÁRIOS: Vamos resolver essa questão à luz da Lei nº 8.080/90. Item A. Descreveu uma conceituação descabida.
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Item B. Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. VIGILÂNCIA SANITÀRIA é um conjunto de ações capaz de eliminar , diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do conjunto meio ambiente;
da produção e circulação de bens;
da prestação de serviços de interesse da saúde.
A Vigilância Sanitária abrange o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo;
o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
Item C. Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. é um conjunto de ações que
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
proporcionam
o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde INDIVIDUAL ou COLETIVA,
com a FINALIDADE de recomendar e adotar as medidas de PREVENÇÃO e CONTROLE das doenças ou agravos.
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Item
D11.
Em
1963,
Alexander
Langmuir,
epidemiologista
norte-americano,
conceituou vigilância em saúde como a observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, assim como de outros dados relevantes, e a regular disseminação dessas informações a todos os que necessitam conhecê-la. Item E. Entende-se por saúde do trabalhador um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho
SAÚDE do TRABALHADOR se destina através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária
à promoção e proteção da saúde dos
trabalhadores;
à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores.
A partir do exposto, verifica-se que o gabarito é a letra C.
49. As vacinas são fundamentais para a saúde pública, prevenindo doenças e reduzindo a mortalidade, evitando a proliferação de epidemias. Marque a alternativa que apresenta doenças que NÃO possuem vacina como prevenção. A) HPV e sarampo. D) Dengue e hepatite C. B) Gripe e varicela. E) Hepatite e febre amarela. C) Tétano e hepatite.
COMENTÁRIOS: Essa questão dispensa comentários, não é mesmo? A dengue e hepatite C não possuem vacina como prevenção. Mas, a hepatite A e B são prevenidas por vacinas pelo Programa Nacional de Imunização. As vacinas contra o HPV, varicela e hepatite A foram incluídas recentemente no calendário nacional de vacinação. Nesses termos, o gabarito é letra D. 11
FIOCRUZ, disponível em: http://goo.gl/mjVHmy.
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50. As mãos constituem a principal via de transmissão de micro-organismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados. A higiene das mãos com álcool pode ser feita na instituição de saúde e toma menos tempo do que a lavagem tradicional das mãos. Em relação aos cuidados com essa higienização, marque a alternativa INCORRETA. A) Facilidade de acesso e instalação. B) Não há consequências se ingerido ou inalado devido às suas características. C) Realizada antes e depois de contato com cada paciente ou contato com superfícies no ambiente do paciente. D) Pode ser usada se as mãos não estiverem visivelmente sujas ou não tiverem contato com sangue ou líquidos do corpo. E) Redução, de forma significativa, da quantidade de micro-organismos na pele, com ação rápida, causando menos irritação na pele.
COMENTÁRIOS: É óbvio que há consequências se o álcool for ingerido ou inalado devido à sua composição química e tóxica. Por conseguinte, a letra B é a alternativa incorreta.
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