Centro de Letras e Ciências Humanas Departamento de Ciências Sociais Antropologia
Resenha da Obra: O que é etnocentrismo
Acadêmica: Patrcia de Almeida de Paula !" semestre Ciências Sociais # $oturno
%Londrina% &'!(
Patrcia de Almeida de Paula
Resenha apresentada ) disciplina *ntrodu+,o ) Antropologia ministrada pela pro-essora Deise .aia no primeiro semestre de &'!( como parte das a/alia+0es propostas no curso1
% Londrina% &'!(
Sum2rio
*ntrodu+,o ) obra e autor 11111111111111111111111111111111111111111111111 ( Desen/ol/imento dos captulos: Pensando em partir111111111111111111111111111111111111111111111111 3 Primeiros mo/imentos1111111111111111111111111111111111111111111 4 O passaporte1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 4 5oando alto1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 6 A /olta por cima11111111111111111111111111111111111111111111111111111 7 Considera+0es -inais 11111111111111111111111111111111111111111111111111111111 8
Re-erências 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 9
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O que é etnocentrismo;, por
Patrícia de Almeida de Paula
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Dados da obra resenhada:
97tulo da obra8 O que é etnocentrismo Autor8 "verardo #! $uimar%es &oc'a! :ocal8 +%o #aulo! "ditora8 ;rasiliense Ano8 ()3! A obra “O que é etnocentrismo” nos proporciona uma fácil e agradável leitura quanto as questões que envolvem a antropologia, com uma grande ênfase ao conceito do etnocentrismo, de modo a permitir uma análise das principais formas pela qual nós percebemos as diferenças e a forma como também a Antropologia pensou a diferença ao longo de seus estudos e refleões! O autor dessa importante obra, "verardo #! $uimar%es &oc'a, carioca nascido em ()*(, mestre em Antropologia +ocial pelo #rograma de #ós $raduaç%o em Antropologia +ocial do -useu .acional da /0&1 2()3(4, apresenta sua forte intenç%o de nos guiar a uma verdadeira “viagem” por meio de sua obra O que é o etnocentrismo visando nos propiciar um con'ecimento a respeito do real caráter desta vis%o de mundo, de que forma e com qual intensidade esta permeou a construç%o do saber antropológico na passagem dos séculos, a import5ncia de se procurar alcançar a c'amada relativi6aç%o de modo a ameni6ar ou mesmo desconstruir muitas das visões etnocêntricas que 'aviam sido estruturadas nessa “viagem” onde o “outro” foi apresentado! A obra encontrase estruturada em cinco cap7tulos8 Pensando em partir, Primeiros movimentos, O passaporte, Voando alto e A volta por cima; onde o autor por meio de um discurso direto, equiparado de elementos embasados na 'istória do percurso da ciência antropológica bem como evidenciando os panoramas teóricos de grandes autores como Franz Boas, Radcliffe- Brown, mile !ur"#eim, $alinows"i, %évi-&trauss e outros
que contribu7ram em todo esse processo
“construtivo” procura ent%o atingir o ideal de sua “viagem” e estabelecer bases para uma maior entendimento desse processo árduo do etnocentrismo até a ideia de relativi6aç%o por meio do qual a antropologia foi se desenvolvendo!
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O autor inicia a obra com um primeiro cap7tulo intitulado “#ensando em partir” onde procura evidenciar de forma clara qual o caráter do c'amado etnocentrismo que, segundo ele, baseiase na 'vis(o de mundo onde o nosso pr)prio *rupo é tomado como o centro de tudo e todos os outros s(o pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas defini+es do que é a eist.ncia/01p023! ?e acordo com o autor, tal vis%o estaria formada tanto no plano intelectual quanto afetivo, arraigandose n%o só na 'istória das sociedades mas também marcando o diaadia de nossas vidas! #ara o autor o etnocentrismo tem como pano de fundo o c'oque cultural, em outras palavras quando o grupo do c'amado “eu” 2aquele que compartil'a muitas ve6es da mesma maneira, atribuindo significados comuns e agindo de forma semel'ante4 se depara com um outro grupo do “outro” do “diferente” 2que age de uma maneira totalmente diferente da min'a, mas ainda é preciso entender que este grupo eiste e vive a sua maneira4 ocorre ent%o um c'oque que gera o etnocentrismo, a partir do momento que constatase as diferenças e estas de certa forma se colocam ameaçadoras uma ve6 que ferem nossa própria identidade! .este cap7tulo inicial "verardo nos coloca a caracter7stica da atitude etnocêntrica de se pensar este “outro” o diferente como aquele atrasado, ao qual pautandose pela min'a vis%o de mundo é acrescentado o caráter de selvagem, bárbaro enquanto que o grupo formado pelo “eu” está inserido no mundo do saber, do trabal'o e do progresso que este diferente supostamente deveria atingir! O etnocentrismo de acordo com o autor, n%o é propriedade de uma =nica sociedade, mas se fa6 uma atitude un5nime que é encontrada tanto na 'istória das sociedades, como está presente em nosso cotidiano! +egundo o autor todas essas maneiras eacerbadas, e por muitas ve6es cruéis de se pensar o outro acabam por correlacionarse a violência, ocorrendo uma incapacidade de se compreender a diferença eistente, assim o autor nos c'ama atenç%o para os importantes sentidos do etnocentrismo, utili6andose de uma estória que se dá entre um missionário e um 7ndio de modo a nos evidenciar que ocorrido um c'oque de culturas por parte de ambos o etnocentrismo passa @ustamente pelo @ulgamento de valor da cultura do “outro” nos termos próprios da cultura do “eu”! .a verdade é comum fiar o pressuposto de que o “outro” n%o possui autonomia nem vo6, o que acontece ent%o, é que este acaba por ser representado pelas imagens distorcidas, manipuladas e n%o verdadeiras provindas de diversas fontes como a ind=stria cultural, livros didáticos, m7dia que procuram transformar ora este “outro” em um ser traiçoeiro c'eio de defeitos, ou ainda, em um outro momento num ser bondoso, manso repleto de boas qualidades! "verardo mesmo reali6a uma cr7tica aos livros didáticos que para ele ocupam uma posiç%o de enorme relev5ncia uma ve6 que tem o propósito de apresentar a nós o “outro”, mas acabam por se revestir de um caráter de evidente etnocentrismo tra6endo visões que n%o condi6em com a realidade! Aqui o autor tra6 a ideia da importante incorporaç%o do relativismo na quebra
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dessas visões etnocêntricas, ideia esta que é desenvolvida e comparada nos cap7tulos que seguem a obra! Assim no cap7tulo seguinte “#rimeiros -ovimentos” o autor procura traçar um panorama que irá permitir que entendamos como os séculos B, BC e BCCC e C contribu7ram ao desenvolvimento de um “sentimento” da Antropologia, a forma que as epedições, coloni6ações, descobertas moldaram o momento de encontro com o “outro” dentro de uma situaç%o que eige pensar a diferença, e contribui em uma parte ao sentimento etnocêntrico! +egundo o autor, o primeiro momento 2sécs! B e BC4 envolve a especulaç%o nos centros avançados de estudo acerca do que estaria além da "uropa, quem 'abitava os espaços até ent%o descon'ecidos! "m meio a isto, financiamentos se davam para a pesquisa e eploraç%o com o fim de ampliar o universo e os dom7nios! Assim nasce para o pensamento ocidental o con@unto de novos interesses, novas questões que obrigam o mundo do “eu” a pensar a diferença, uma ve6 que, se coloca8 Duem seriam esses “outros”E +erá que estes fa6em parte desse mundoE #ossuem alma, leis, rei, ou ainda religi%oF féE Ou se@a, o primeiro encontro com o “outro” é marcado pela perpleidade, a busca de modelos eplicativos para a diferença, mas que acabaram envolvendo violência, espanto que regularam as relações entre os povos! +omente aos poucos a ideia de perpleidade ia cedendo lugar a outras ideias que procuram compreender as diferenças, que v%o assumindo novas formas! ?e acordo com o autor, num segundo momento 2sécs! BCCC e C4 um dos primeiros pensamentos que ocorre na Antropologia de modo a eplicar o con'ecimento é o c'amado "volucionismo pautado na ideia de evoluç%o que contribuirá enormemente a construç%o do pensamento antropológico! ?eiase a perpleidade e encontrase uma nova eplicaç%o de que o outro é diferente porque possui diferente *rau de evolu+(o! "voluç%o esta no sentido de desenvolvimento, camin'o da manifestaç%o plena de algo que se encontrava oculto! Ocorre o encontro de um evolucionismo biológico e um evolucionismo social onde este =ltimo passa a ser o modelo eplicador da diferença, tendo como lógica a sa7da de estádios mais primitivos numa tra@etória rumo ao progresso onde encontrase a civili6aç%o! 9em os nomes importantes de 1ames $eorge 0ra6er e "dGard ;urnett 9Hlor 2 Cnglaterra4 e :eGis -organ 2"stados /nidos4 nos estudos que começaram a produ6ir ideias da presença do 'omem em idades remotas! " que como nos coloca "verardo, por meio do conceito de cultura tomado pelos evolucionistas encontrouse o critério mediador de comparaç%o, no entanto é preciso esclarecer que esse evolucionismo vem carregado de etnocentrismo! A seguir no terceiro cap7tulo intitulado “O passaporte” o autor procura falar das conquistas de uma maior relativi6aç%o dentro da Antropologia começada no século que compleificará o “outro” enquanto ob@eto de estudo! +egundo o autor, ocorre para isto uma vasta contribuiç%o de novas ideias
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formuladas por vários pesquisadores! .esta parte do teto "verardo coloca no centro desse in7cio de relativi6aç%o a figura importante do alem%o 0ran6 ;oas ao qual se liga toda uma escola de pensamento que ficou con'ecida como Di-usionismo ou escola americana! ?e acordo com o autor, ;oas no in7cio do século trabal'ando nos "stados /nidos influencia um grupo de alunos que desenvolvem um trabal'o fortemente inspirado em suas ideias! Cdeias estas que contribuem para uma transformaç%o substancial da antropologia, transformaç%o que relativi6a as bem estabelecidas noções evolucionistas, modificando as ideias de cultura e 'istória! 0oi com ;oas que se inicia uma refle%o que vem a relativi6ar o conceito de cultura 2 o evolucionismo tomava a cultura do “eu” como absoluta e com base em seus padrões organi6ava a classificaç%o das culturas do “outro”4 é ele o primeiro a perceber a import5ncia de estudar as culturas 'umanas nos seus particulares, isto é, o que cada grupo produ6ia a partir de suas condições 'istóricas, climáticas, lingu7sticas, ou se@a, cada cultura se caracteri6ava por ser =nica e espec7fica é com base nisso que vai ocorrendo uma certa relativi6aç%o, uma ve6 que essa pluralidade de culturas eigem uma maior compleidade quanto ao estudo das culturas 'umanas! Iontudo segundo o autor, o interesse no trabal'o de ;oas estava mais em levantar 'ipóteses novas, do que tornálas sistematicamente formuladas, ou se@a, este preferia deiar pistas férteis do que se conter em ideias bem arrumadas e acabadas 2o conceito de cultura n%o fica nitidamente cristali6ado com ;oas4! #esquisando sobre8 Antropologia 07sica, :ingu7stica, 0olclore, $eografia, -igrações, Organi6aç%o +ocial onde a ideia de cultura se renova e se transforma ;oas se voltou para o grupo do “outro”! A ideia de uma 'istória =nica cumulativa como colocavam os evolucionistas perde seu “J” mai=sculo e acaba por adquirir um “'” min=sculo! K baseado em seus pensamentos que toda uma geraç%o de antropólogos vai acabar sendo influenciada de modo a desenvolver em direções distintas pistas, toques e instituições que se ancoravam em seus escritos! A obra tem sequência com mais um cap7tulo sugestivamente denominado “Boando alto” no qual "verardo procura pensar as importantes contribuições teóricas de importantes autores como8 &adcliffe ;roGn, ?urL'eim e -alinoGsLi que contribu7ram n%o só para a formaç%o da Antropologia, mas que também se apresentam relevantes as Iiências +ociais em geral! Antes de falar de tais contribuições o autor nos coloca uma observaç%o importante8 tanto no evolucionismo quanto no difusionismo um tema se mostrava permanente '4ra a #ist)ria estava sempre a permear os estudos e reflees em quase toda a literatura das culturas #umanas/0 1p05630 "mbora que de maneiras diferentes como o próprio autor coloca uma 'istória com “J” mai=sculo no evolucionismo e uma 'istória com “'” min=sculo no difusionismo, a 'istória sempre se fa6ia necessária para compreens%o! Assim &adcliffe ;roGn é incorporado ao cap7tulo uma ve6 que este ofereceu grande contribuiç%o ao eatamente discordar desta vinculaç%o eistente entre a
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compreens%o do presente de uma cultura e o estudo de seu passado, na verdade &adcliffe ;roGn propõe uma ruptura8 o presente n%o precisa ser necessariamente eplicado pelo passado, em termos técnicos M N sincronia 2presente4 n%o está submetida N diacronia 2passado4! #ara ele a 'istória con@etural, especulativa estava em forte contraste N sua proposta de estudo funcional das sociedades! .esta parte do teto o autor nos coloca que será a partir da introduç%o desse ad@etivo funcional que ocorrerá uma marca da Antropologia no sentido da relativi6aç%o, uma ve6 que “desamarrando” essa perspectiva de estudo do passado e a ades%o de uma perspectiva funcionalista, o estudioso se obriga a pensar o “funcionamento” de uma sociedade menos em seus próprios termos e acaba a proporcionar um grande espaço para que a sociedade do “outro” se mostre como ela é! &adcliffe ;roGn também tra6 mais uma contribuiç%o ao procurar estabelecer uma comparaç%o entre a Antropologia e as Iiências .aturais, fa6endo analogias para eplicar conceitos de “funç%o e sua relaç%o com “processo” e estrutura! Duando este autor optou por um estudo sincrnico teve de lidar com uma forte relativi6aç%o! A seguir o autor nos coloca uma nova contribuiç%o que versa agora sobre o problema da autonomia antropológica, este que vai ser pensado por Kmile ?urL'eim que possui um tema pertinente em sua complea obra8 a afirmaç%o de uma ruptura M O social n%o é eplicado pelo individual! #autado na ideia do fato social e eplicitando suas caracter7sticas principais de coerç%o, generalidade e eterioridade este autor nos colocará a quest%o c'ave de se compreender que o social tem suas particularidades e n%o se confunde com a soma dos indiv7duos! " por =ltimo de grande relev5ncia ao que di6 respeito n%o só a Antropologia mas vinculase principalmente ao processo de relativi6aç%o é colocada a contribuiç%o do grande via@ante da antropologia -alinoGsLi com seus estudos e a “epress%o de trabal'o de campo”, essa epress%o de acordo com o autor, é important7ssima por estabelecer uma nova concepç%o, a de abandonar o conforto e segurança proposta pelo etnocentrismo e colocar em contato direto o antropológo e o seu ob@eto de pesquisa, isto é, estabelecer o contato com a diferença e buscar relativi6ações a respeito do “outro”! Assim "verardo nos coloca a grande obra de -alinoGsLi Os Ar*onautas do Pac7fico Ocidental que serve de referência a nova atividade de trabal'o de campo e a forma como esta permitiu se pensar as diferenças afastadas das ideias de ameaça e sim pensadas como alternativas, ou se@a, -alinoGsLi dentro de sua obra estabelece essa importante noç%o de comparaç%o relativi6adora! .a verdade este cap7tulo revela todos os voos poss7veis da antropologia no sentido da autonomia em relaç%o a 'istória, a relativi6aç%o ocorrida, a import5ncia do trabal'o de campo, que se deram arduamente e aos poucos foram guiando a disciplina no sentido de conceber o “outro” na ideia da diferença pass7vel de eistência e n%o etinç%o! #or fim, no =ltimo cap7tulo da obra “A volta por cima”, o autor conclui essa longa “viagem” proposta no sentido da superaç%o do etnocentrismo e estabelecimento da relativi6aç%o,
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recapitulando certas questões que @á 'aviam sido colocadas nos cap7tulos anteriores, mas tratando de algumas novas questões, bem como tra6endo novos autores importantes dentro da antropologia! "verardo nos fala da import5ncia de certos questionamentos reali6ados por autores como no caso -ars'all +a'lins, que ao analisar através do trabal'o de campo aspectos ind7genas como economia de subsistência vem derrubar a vis%o etnocêntrica de uma economia miserável mas sim nos fa6er pensar que sua de economia está ligada a sua maneira de viver e compreender o mundo, ou se@a, relativi6ações como esta feita por +a'lins nos suscita a import5ncia de um trabal'o de campo reali6ado respeitandose o verdadeiro significado dos dados etnográficos obtidos e a transformaç%o que estes podem provocar na teoria antropológicaP ou ainda a quest%o colocada pela grande figura que é :évi M +trauss que questiona sobre de qual tipo de 'istória estamos falando, da import5ncia de se entender qual a interpretaç%o filosófica que é feita desta, relacionando &oberto ?a -atta com seu trabal'o sobre os ApinaHé! O autor procura neste cap7tulo final colocar qual é o real trabal'o da antropologia, o trabal'o de procurar ser uma ciência n%o das verdades absolutas, mas que tem como pauta as eplicações relativas, que se torna poss7vel quando uma nova definiç%o de cultura é colocada, definiç%o esta que eplora diferentes possibilidades, a cultura 'umana tornase uma alternativa que as sociedades escol'em para se organi6ar, classificar e praticar a eperiência e a esta o antropólogo deve saber atribuir a ideia de código onde todas as dimensões da cultura s%o pequenos con@untos que tra6em dentro de si algum tipo de informaç%o sobre quem somos, o que pensamos e o que fa6emos! +endo trabal'o do antropólogo captar a lógica e os códigos n%o pensando no plano do “eu” 2etnocêntrico4 mas abrindo espaço para o “outroQ 2relativi6ando4! Iomo considerações finais podese pensar que a obra apresentada se mostra além de um livro meramente introdutório a quest%o do etnocentrismo, mas que acaba por se apresentar como uma obra muito mais ampla e abrangente centrada n%o só em uma =nica quest%o mas que perpassa várias outras ligadas no vasto campo da antropologia! “O que é etnocentrismo” de "verardo #! $uimar%es &oc'a é um livro indispensável dentro dos cursos de antropologia!
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Re-erência >ibliogr2-ica
&OIJA, "verardo #! $uimar%es! O que é etnocentrismo ! +%o #aulo8 ;rasiliense, ()3 p!