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ROTEIRO DE REVISÃO SUMÁRIO RESUMIDO 1. Demanda 2. Oferta 3. Elasticidades 4. Teoria do consumidor 5. Teoria da produção 6. Teoria dos custos 7. Estruturas de mercado 8. Curva de possibilidades de produção 9. Ótimo de Pareto 10. Falhas de Mercado 11. Tributação 12. Federalismo de Tiebout 13. Contas Nacionais 14. Modelo Keynesiano 15. Moeda 16. Regimes Cambiais 17. Modelo IS-LM na economia fechada 18. Modelo IS-LM na economia aberta 19. Modelo OA-DA. Inflação
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Olá caros(as) amigos(as), Nosso objetivo, nesta “aula”, é apontar um roteiro de revisão, revisão, por meio das “frases” ou “conclusões” mais importantes a que chegamos durante o nosso longo curso. O presente arquivo só tem serventia para aqueles que já estudaram a teoria. Assim, maiores esclarecimentos ou quaisquer dúvidas sobre algum ponto colocado devem ser buscados na aula teórica em que o respectivo assunto foi ministrado. Também gostaria de esclarecer que deixei alguns assuntos de fora deste roteiro. Ou seja, o que foi colocado aqui é aquilo que entendo possuir maior probabilidade probabilidade de cair na prova. Assuntos cuja probabilidade de cair seja menor foram descartados (embora ainda possam ser cobrados). E aí, todos prontos?! Então, vamos à revisão!
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1. DEMANDA A curva de demanda é negativamente inclinada. A curva de demanda pode ser positivamente ser positivamente inclinada (caso do bem de Giffen). Para o bem normal, o aumento de renda provoca o deslocamento para a direita da curva de demanda (demanda é função crescente da renda, para os bens normais). Para o bem inferior, o aumento de renda provoca o deslocamento para a esquerda da curva de demanda (demanda é função decrescente da renda, para os bens inferiores). Se X e Y são bens substitutos, então: PY aumenta ! Q DY diminui ! QDX aumenta ao mesmo nível de preços curva de demanda de X se desloca para a direita PY diminui ! QDY aumenta ! QDX diminui ao mesmo nível de preços curva de demanda de X se desloca para a esquerda
! !
Logo, se X e Y são substitutos, a demanda de X é uma função crescente do preço de Y. Se X e Y são bens complementares, então: PY aumenta ! QDY diminui ! QDX também diminui ao mesmo nível de preços ! curva de demanda de X se desloca para a esquerda. PY diminui ! QDY aumenta ! QDX também aumenta ao mesmo nível de preços ! curva de demanda de X se desloca para a direita. Logo, se X e Y são complementares, a demanda de X é uma função decrescente do preço de Y. Mudanças no preço de um bem X provocam deslocamentos NA, AO LONGO, SOBRE a curva de demanda (a curva fica no mesmo lugar), enquanto qualquer mudança em quaisquer outros fatores que não seja o preço do bem provoca deslocamento DA curva de demanda (a curva inteira sai do lugar). O excedente do consumidor é a área acima da linha do preço e abaixo da curva de demanda:
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Preço
O
P
C
D Quantidade
2. OFERTA Em regra, a curva de oferta é positivamente inclinada. Quando o custo de produção (aumento do preço de insumos, por exemplo) aumenta, a curva de oferta vai para a esquerda. Quando o custo de produção (redução do preço de insumos, por exemplo) diminui, a curva de oferta vai para a direita. aumento de tecnologia desloca a oferta para a direita.
!
Mudanças no preço de um bem X provocam deslocamentos NA, AO LONGO, SOBRE a curva de oferta (a curva fica no mesmo lugar), enquanto qualquer mudança em quaisquer outros fatores que não seja o preço do bem provoca deslocamento DA curva de oferta (a curva inteira sai do lugar). O excedente do produtor é a área abaixo da linha do preço e acima da curva de oferta:
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Preços
O C
P
D Quantidade
Demanda de mercado (Q) X Demanda individual (q): Q = q.N (onde N é o número de consumidores)
3. ELASTICIDADES A elasticidade preço da demanda (E demanda (EPD) indica a variação percentual da quantidade demandada de um produto em função da variação percentual de 1% no seu preço. EPD =
!!" !!"
EPD > 1 (demanda elástica) EPD < 1 (demanda inelástica) EPD = 1 (elasticidade unitária) Ou.. pode ser a seguinte fórmula abaixo, que é utilizada para fazer cálculos da EPD: !"#
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!
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Quanto mais essencial o bem, mais inelástica (ou menos elástico) será a sua demanda. Quanto mais bens substitutos houver, mais elástica será a sua demanda.
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Quanto menor o peso do bem no orçamento, mais inelástico será a demanda do bem. Para curvas de demanda linear (formato: Q = a – b.P), a E PD é variável ao longo da curva (vai de infinito a zero): Preços A
E PD = E PD > 1
OA/2
! Demanda
elástica
E PD = 1
C
E PD < 1
O
OB/2
B
! Demanda
inelástica
E PD = 0 Quantidades
Para a demanda linear, a E PD é monotonamente decrescente (significa que ela decresce com a quantidade em “um tom”, em uma direção única). Quando Q=0, E PD=! ... a partir daí, quando Q aumenta, a EPD sempre decresce (ou decresce monotonamente). CASOS ESPECIAIS DA ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA Preço
D
D
P*
a) DEMANDA INFINITAMENTE ELÁSTICA
Qtde
Q*
b) DEMANDA COMPLETAMENTE INELÁSTICA
Se a demanda do bem é elástica (E PD>1), um aumento do preço reduzirá a receita total das firmas (ou gasto total dos consumidores). Se a demanda do bem é inelástica (E PD<1), um aumento do preço aumentará a receita total das firmas (ou gasto total dos consumidores). -2#=D >)/)2 4'2?'0@#
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Se a demanda do bem possui E PD=1, um aumento do preço aumentará não alterará a receita total das firmas (ou gasto total dos consumidores). A receita marginal da firma (Rmg) é igual dRT/dQ. A receita total das firmas é máxima quando a E PD=1 e quando Rmg=0. A demanda abaixo possui elasticidade constante (E PD=-b): !
!
!
! ! !!
PS: não confundir a demanda acima com a demanda linear (Q = a – bP). A demanda linear possui E PD variável, enquanto a demanda do tipo Q=aP-b possui EPD constante (igual a expoente de P). ..... A elasticidade renda da demanda mede a sensibilidade da demanda a mudanças de renda. Ela indica a variação percentual da quantidade demandada de um bem em função da variação percentual de 1% na renda ERD =
!!" !!"
Se ERD > 1, então o bem é superior ou de luxo. Se 0 < ERD < 1, então o bem é normal. Se ERD < 0, então o bem é inferior. ..... A elasticidade-preço cruzada da demanda mede o efeito que a mudança no preço de um produto provoca na quantidade demandada de outro produto. Exy =
!!"# !!"#
Se EXY > 0, então X e Y são substitutos. Se EXY < 0, então X e Y são complementares. ..... A elasticidade preço da oferta mede a sensibilidade da quantidade ofertada em resposta a mudanças de preço.
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EPO =
!!"# !!"
CASOS ESPECIAIS DA ELASTICIDADE PREÇO DA OFERTA Preço
O
O
P*
a) OFERTA INFINITAMENTE ELÁSTICA
Qtde
Q*
b) OFERTA COMPLETAMENTE INELÁSTICA
Oferta Linear: Preços (p)
E PO > 1 ! Oferta elástica E PO = 1 ! Elasticidade unitária e constante E PO < 1 ! Oferta inelástica
p>0 A
O
p<0
Quantidades
B
Se o intercepto for positivo (a curva de oferta intercepta o eixo de preços quando p>0), a oferta será elástica. Se o intercepto for negativo (a curva de oferta intercepta o eixo de preços quando p<0), a oferta será inelástica.
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Se o intercepto da curva de oferta passar pela origem do gráfico (ponto O, quando p=0 e q=0), a elasticidade será unitária e constante.
4. TEORIA DO CONSUMIDOR Premissas das preferências: 1. Integralidade ou exaustividade: as preferências são completas. 2. Transitividade: as preferências são transitivas (ou consistentes) . Transitividade (ou consistência) quer dizer que, se um consumidor prefere a cesta de mercado A à cesta B e prefere B a C, então ele também prefere A a C. 3. Quanto mais, melhor: a maior quantidade de um bem é sempre preferível à menor quantidade do mesmo. Propriedades das curvas de indiferença 1. Curvas mais altas são preferíveis. Quanto mais alta a curva, melhor. Em virtude disto, qualquer ponto na curva U 2 será, obrigatoriamente, preferível a qualquer outro da curva U 1. Conseqüentemente, qualquer curva de indiferença mais alta que U 2 também será preferível a U2, e assim por diante. Vestuário
3
V3
U3
2 V2
V1
U2
1 U1 A
Alimentos
2. Curvas de indiferença não se cruzam (em virtude da transitividade). Esta é uma reafirmação da premissa da transitividade. -2#=D >)/)2 4'2?'0@#
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3. A inclinação da curva de indiferença é dada pela taxa marginal de substituição (TMgS). Esta TMgS (e, portanto, a inclinação) é negativa e decrescente. 4. As curvas de indiferença são convexas pois a TMgS é decrescente. Casos especiais de curvas de indiferença Dois bens são substitutos perfeitos quando a taxa marginal de substituição de um bem pelo outro é constante. Nesse caso, as curvas de indiferença se apresentam como linhas retas (gráfico da esquerda).
3 2 1
1
2
3
No caso de bens complementares perfeitos, as curvas de indiferença terão formato de um L (gráfico da direita). Reta orçamentária A reta orçamentária é o lugar geométrico onde o consumidor exatamente exaure sua renda no consumo de dois bens X e Y. A inclinação da reta orçamentária é dada pela relação de preços dos bens X e Y. A reta orçamentária é deslocada para fora em virtude de aumento de renda (ou em virtude da redução dos preços dos bens X e Y no mesmo percentual). A reta orçamentária é deslocada para dentro em virtude de redução de renda (ou em virtude de aumento dos preços dos bens X e Y no mesmo percentual).
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Equilíbrio do consumidor U 3
Q 2 U 1 U 2
A
Y
q 2*
U 3 U 1
Z A’
q 1*
U 2
Q 1
O equilíbrio ou ótimo do consumidor (ponto X) ocorre quando a reta orçamentária tangencia ou toca a curva de indiferença mais alta possível. Neste ponto, a inclinação da reta orçamentária (relação de preços) é igual à inclinação da curva de indiferença (TMgS): !"#$
!
!! !!
Efeitos renda e substituição Efeito renda: quando o preço do bem X é reduzido, o consumidor fica mais “rico” e, portanto, irá aumentar o consumo do bem; o inverso ocorrerá se o preço do bem X aumentar. Efeito substituição: se o preço do bem X diminui e o de outros bens fica constante, o consumidor procurará substituir o consumo destes outros bens pelo consumo do bem X, que agora está relativamente mais barato em relação aos outros bens. O inverso ocorrerá se o preço do bem X aumentar. O efeito substituição é sempre negativo. Para bens normais, o efeito renda é positivo.
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Para bens inferiores, o efeito renda é negativo. Para bens normais, o efeito renda positivo sempre reforça o efeito substituição negativo, pois ambos apontam para aumento de consumo no caso de redução de preços, e para redução no consumo no caso de aumento de preços. O bem de Giffen é um tipo de bem inferior, em que o efeito renda suplanta o efeito substituição. Todo bem de Giffen é um bem inferior, mas nem todo bem inferior é um bem de Giffen.
5. TEORIA DA PRODUÇÃO Curto prazo (um fator fixo e outro variável) “Decorar” o seguinte gráfico, onde relacionamos o produto marginal do fator variável (PmgL) com o produto médio do fator variável (PmeL): Produção por trabalhador A
Produto Marginal (PmgL)
B
Produto Médio (PmeL)
C 0
•
•
•
Quantidade de trabalhadores (L)
Quanto o PmgL=0, a produção total é máxima (QMAX no ponto C, onde produto marginal é nulo). Enquanto o PmgL for maior que PmeL, este último é crescente. Quando PmgL e PmeL forem iguais, PmeL é máximo (ponto B da figura).
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Enquanto o PmgL for menor que PmeL, este último é decrescente.
... No curto prazo, vale a lei dos rendimentos decrescentes: à medida que aumentamos o uso de determinado fator de produção, mantendo-se os outros insumos de produção constantes, chegamos a um ponto em que a produção adicional resultante começa a decrescer (no gráfico acima, isto ocorre a partir do ponto A). Se tivermos uma função de produção Cobb-Douglas Q=K a.L1-a homogênea de grau um, então, o produto marginal de ambos os fatores de produção (PmgL e PmgK) será estritamente decrescente (será decrescente em todo o trecho da curva do Pmg): ... Longo prazo (ambos os fatores variáveis) Dada uma função de produção Cobb-Douglas Q = K !.L " , a soma dos expoentes de K e L é igual ao seu grau de homogeneidade. Este, por sua vez, nos dirá o seguinte: Se (!+")=1, temos rendimentos constante de escala. Isto significa que se aumentarmos K e L em determinada proporção, Q aumentará nesta mesma proporção. Se (!+")>1, temos rendimentos crescentes de escala (ou economias de escala). Neste caso, aumentos de K e L em determinada proporção provocam aumentos de Q numa proporção maior. Se (!+")<1, temos rendimentos decrescentes de escala (ou deseconomias de escala). Aqui, aumentos de K e L em determinada proporção provocam aumentos de Q numa proporção menor. Isoquanta é o lugar geométrico das combinações de fatores de produção variáveis onde o temos o mesmo volume de produção. A inclinação da isoquanta é dada pela taxa marginal de substituição técnica (TMgST) entre os fatores de produção. A TMgST é negativa e decrescente. Isoquantas são convexas. Se os fatores de produção forem substitutos perfeitos, as isoquantas serão lineares (TMgST constante). -2#=D >)/)2 4'2?'0@#
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Se os fatores de produção forem complementares perfeitos, as isoquantas serão em formato de L. Reta (ou linha) de isocustos é o lugar geométrico das combinações de fatores de produção variáveis onde o temos o mesmo volume de custos. O equilíbrio ou ótimo da firma em longo prazo ocorre quando a reta de isocustos tangencia ou toca a isoquanta mais alta possível. Neste ponto, a inclinação da reta de isocustos (relação de preços dos fatores de produção K e L) é igual à inclinação da isoquanta (TMgST): !"#$!
!
!! !!
... Teorema de Euler: se tivermos uma função de produção Cobb-Douglas com grau de homogeneidade igual a 1, então, o somatório dos valores da multiplicação dos fatores de produção por suas respectivas produtividades marginais (K.PmgK + L.PmgL) é igual ao valor da produção (Q): Q = K.PmgK + L.PmgL
6. TEORIA DOS CUSTOS Custo total (CT): custo dos fatores de produção Custo fixo (CF): custo do fator fixo (é o custo que não varia com a produção... ou seja, CF não varia com Q). Observe, portanto, o custo fixo é constante (não muda com Q). Custo variável (CV): custo do fator variável (é o custo que varia com a produção... ou seja, CV varia com Q). CT = CF + CV Custo médio (ou custo unitário): Cme=CT/Q. Custo fixo médio: CFme=CF/Q (observe que o custo fixo médio é sempre decrescente, uma vez que o aumento de Q sempre fará CFme reduzir, já que CF nunca muda).
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Custo variável médio: CVme=CV/Q. Cme = CFme + CVme “Decorar” este gráfico:
Cmg
B A
Cme CVme
0
Quantidade produzida (Q)
•
Quando Cmg
•
Quando Cmg>Cme, então, a curva de Cme é ascendente.
•
Quando Cmg=Cme, então, Cme é mínimo.
•
Quando Cmg
•
Quando Cmg>CVme, então, a curva do CVme é crescente.
•
Quando Cmg=CVme, então, CVme é mínimo.
•
A curva do Cmg passa sobre o ponto mínimo tanto da curva de custo variável quanto da curva de custo médio.
Além disso, você deve saber que: A curva do Cmg é o oposto da curva do PmgL (assim, a curva do custo marginal decresce quando o PmgL cresce; a curva do custo marginal cresce quando o PmgL decresce). A curva do CVme é o oposto da curva do PmeL (assim, a curva do custo variável médio decresce quando o PmeL cresce; a curva do custo -2#=D >)/)2 4'2?'0@#
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variável cresce quando o PmeL decresce; quando temos PmeL máximo, temos também CVme mínimo). ... Economias de escopo é a situação em que a produção conjunta de uma
única empresa é maior que as produções obtidas por duas empresas diferentes. Também poderiam ser definidas como a situação em que o custo (total ou médio) de produzir os bens por uma única empresa seria menor do que aquele caso houvesse mais de uma empresa produzindo
Deseconomias de escopo ocorrem quando uma empresa apresenta uma
produção conjunta que seja menor do que a obtida por empresas separadas. Também poderia ser a situação em que o custo de produzir os bens por mais empresas seria maior do aquele verificado caso somente uma firma os produzissem
7. ESTRUTURAS DE MERCADO Concorrência perfeita: •
Todos os agentes são tomadores de preço;
•
Curva de demanda da firma é perfeitamente elástica (horizontal);
•
•
•
•
Única estrutura de mercado em que o preço é igual à receita marginal. Consequentemente, o ponto de maximização de lucros da firma (equilíbrio) é atingido quando o preço é igual ao custo marginal (P=Cmg); A curva de oferta é a curva do custo marginal acima do custo variável médio (ou acima do custo variável médio mínimo); A firma só produz se o preço é maior que o custo variável médio (se P>CVme, então, a firma produz); No curto prazo, a firma pode obter prejuízo, lucro zero (normal) ou lucro econômico. No longo prazo, ela obterá obrigatoriamente lucro normal (zero), onde lucro total é igual ao prejuízo total (ou Rme=Cme).
Monopólio:
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•
•
•
•
•
•
Só há uma firma produtora e sua curva de demanda é a própria curva de demanda do mercado; A receita marginal é menor que o preço; O ponto de maximização de lucros da firma (equilíbrio) é atingido quando a receita marginal é igual ao custo marginal, e não quando P=Cmg (no monopólio, e em todas as outras estruturas que não sejam concorrência perfeita, temos: P "Cmg); O monopolista não possui curva de oferta; O monopolista nunca atua no setor inelástico da curva de demanda (nunca atua quando E PD<1); O equilíbrio do monopólio geralmente ocorre com preços maiores e quantidades produzidas menores que aquelas verificadas para um mercado de concorrência perfeita; O mark up é a faixa de preço que está acima do custo marginal: !"#$ !"
•
!
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!
O índice de Lerner é um meio de medir o poder de monopólio, e é inversamente proporcional à elasticidade que enfrenta o monopolista: ! !"# ; !
•
•
•
•
!
A discriminação de preços de primeiro grau (ou discriminação perfeita) ocorre quando o monopolista consegue cobrar exatamente o preço que o consumidor está disposto a pagar. Nesta discriminação, o mercado não perde eficiência, pois toda a perda de excedente do consumidor é capturada pelo produtor (não há perda líquida de excedentes); A discriminação de preços de segundo grau ocorre quando o monopolista cobra um preço diferente, conforme a quantidade comprada por cada consumidor; A discriminação de terceiro grau ocorre quando o monopolista cobra preços diferentes de pessoas diferentes independentemente das quantidades consumidas por essas pessoas; O monopólio é ineficiente economicamente pois o preço é superior ao custo marginal.
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8. CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO Premissas: •
•
•
Existência de uma quantidade fixa de recursos produtivos. Existência de pleno emprego dos recursos: ao longo da CPP , existe eficiência na produção. A tecnologia permanece constante.
Características •
•
•
•
A CPP mostra que, para aumentar a produção de um bem, deve-se reduzir a produção de outro bem (existe um trade-off na produção dos bens). A inclinação da CPP (taxa marginal de transformação - TMgT) é crescente. O custo (marginal) de oportunidade é crescente. O rendimento (produtividade) dos decrescente.
fatores de produção é
•
A CPP é côncava.
•
Pontos ao longo da CPP indicam pontos onde há pleno emprego.
•
Pontos no interior da CPP indicam pontos onde há capacidade ociosa (não há pleno emprego).
Deslocamentos da CPP •
Um aumento nos investimentos.
•
Melhorias tecnológicas expandem as possibilidades de produção.
•
Melhorias no sistema legal.
•
Aumento na quantidade disponível de fatores de produção.
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9. ÓTIMO DE PARETO É impossível melhorar o bem estar de um indivíduo sem piorar o de outro. Eficiência não implica equidade, e vice-versa.
10. FALHAS DE MERCADO EXTERNALIDADES Externalidades positivas acontecem quando o benefício (marginal) social supera o benefício (marginal) privado. Neste caso, há uma tendência à suboferta (o governo, neste caso, deve incentivar a produção do bem que provoca a externalidade positiva). Externalidades negativas acontecem quando o custo (marginal) social supera o custo (marginal) privado. Neste caso, há uma tendência à superoferta (o governo, neste caso, deve desincentivar a produção do bem que provoca a externalidade positiva). Causas das externalidades • •
Ausências dos direitos de propriedade Existência de custos de transação
Tragédia dos comuns: a falta de direitos de propriedade leva ao aparecimento de externalidades. Teorema de Coase: se não houver custos de transação, a distribuição de direitos de propriedade pode eliminar as externalidades. Corrigindo as externalidades (emissão de poluentes) O governo poderia incentivar a redução de emissões poluentes por meio de três medidas: a) Fixação de um limite para a emissão de poluentes; b) Imposição de taxas (imposto de Pigou) sobre a emissão de poluentes; c) Emissão de licenças negociáveis para poluir. Em regra, teremos o seguinte:
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•
Se houver informações incompletas (o regulador não conhece os custos e os benefícios da redução da poluição), a imposição de limites ou padrões é melhor. Se o regulador possui informações suficientemente relevantes, as taxas (imposto de Pigou) são a melhor solução.
O imposto de Pigou apresenta efeitos positivos sobre a eficiência econômica (pois visa reduzir uma externalidade). BENS PÚBLICOS Os bens públicos são aqueles não rivais e não exclusivos (não excludentes) . A não rivalidade significa que o seu consumo por parte de um indivíduo ou de um grupo social não prejudica o consumo do mesmo bem pelos demais integrantes da sociedade. Também significa que o custo marginal de prover o bem para um consumidor adicional é nulo. A não exclusividade refere-se à impossibilidade de excluir as pessoas do consumo dos bens públicos. O fato de não ser possível individualizar o consumo permite que algumas pessoas desfrutem dos bens públicos sem pagar. Essas pessoas são chamadas de free riders (os caronas). É a presença de “caronas” que faz com que a provisão do bem público seja ineficiente (seja uma falha de mercado). Os bens públicos podem ser providos pelo setor público e também pelo setor privado (ou seja, podemos ter a iniciativa privada produzindo um bem público). Bem semi-público ou meritório é aquele em que temos somente um dos atributos ou temos ambos de forma comprometida (exemplo: educação, saúde, cultura, lazer, etc). Bem privado é aquele rival e exclusivo.
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11. TRIBUTAÇÃO Princípios teóricos da tributação: •
Princípio da neutralidade Princípio do benefício
•
Princípio da equidade Princípio da capacidade ou habilidade de pagamento
Princípio da neutralidade (o imposto neutro ou eficiente) O princípio da neutralidade diz que os impactos gerados pelo ônus tributário não devem alterar, ou intervir o mínimo possível, a alocação de recursos na economia.
•
O imposto eficiente/neutro é aquele que não muda o comportamento das pessoas.
•
O imposto eficiente/neutro é aquele que não muda os preços relativos.
•
O lump-sum tax é o imposto eficiente ou neutro (é um montante único cobrado de todos os cidadãos).
•
O lump-sum tax não muda o equilíbrio de mercado (não muda os preços nem as quantidades de equilíbrio).
•
Princípio da equidade (justiça) •
•
Princípio da capacidade contributiva: a repartição tributária deveria ser baseada na capacidade individual de contribuição. Princípio do benefício: o ônus tributário deveria ser repartido entre os indivíduos de acordo com o benefício que cada um recebe em relação aos bens e serviços prestados pelo governo.
.... Impostos diretos são aqueles incidentes sobre as pessoas, e sobre o patrimônio (ou sobre a riqueza).
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Impostos indiretos são aqueles incidentes sobre a produção. ... Imposto específico ou ad rem é aquele cobrado com base em um valor único, dependente da quantidade transacionada da mercadoria. Imposto ad valorem é aquele cobrado com base em uma alíquota que incide sobre o valor da transação. Podemos ter dois tipos: os cobrados por fora ou por dentro. O imposto ad valorem cobrado por fora incide sobre o valor da mercadoria, de modo que o imposto é uma porcentagem sobre o preço de venda, onde ainda não está incluso o imposto (exemplo: IPI). O imposto ad valorem cobrado por dentro incide sobre o preço de venda, de modo que o valor do imposto é uma porcentagem sobre o preço de venda, onde já está incluso o imposto (exemplo: o ICMS). .... Impostos proporcionais são aqueles onde temos a mesma alíquota de imposto para os diferentes níveis de renda (ou base de cálculo). Impostos progressivos são aqueles onde aplicam-se maiores percentuais de impostos para as classes de renda mais alta (ou para bases de cálculo mais altas). Este imposto melhora a distribuição de renda, pois onera mais fortemente os contribuintes mais ricos. Utiliza como pressuposto teórico a utilidade marginal da renda decrescente. Impostos regressivos são aqueles onde aplicam-se maiores percentuais de impostos para as classes de renda mais baixa (ou para bases de cálculo mais baixas). Este imposto piora a distribuição de renda, pois onera mais fortemente os contribuintes mais ricos. Os impostos indiretos (ou sobre vendas) são regressivos. .... O imposto cumulativo (ou em cascata) aplica-se ao faturamento ou ao montante que é vendido. Ele incide, portanto, sobre todos os estágios do processo produtivo. Ele é ineficiente economicamente, pois induz à integração vertical da produção, reduzindo a concorrência. O imposto não cumulativo (ou imposto sobre valor adicionado – IVA) é mais eficiente, pois não induz à integração vertical. Além disso, é autofiscalizador. ...
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Regra de Ramsey (elasticidade invertida): a formulação de Ramsey indica que bens com alta Epd devem ser tributados a uma alíquota mais baixa; bens com baixa Epd devem ser tributados a alíquotas mais altas. Esta regra tem implicações cruéis sobre a equidade (ou seja, ela não leva em conta aspectos de equidade). ... Repartição do ônus tributário: • •
• •
O lado mais elástico paga menos; O lado mais inelástico paga mais. O lado totalmente elástico paga nada; O lado totalmente inelástico paga tudo.
Para efetuar os cálculos de repartição do ônus tributário, se tivermos um imposto específico (T), o novo preço da função de oferta será (P – T). Se P’ for o preço do bem depois do imposto, se P for o preço antes do imposto, PPC for a parcela do imposto paga pelo consumidor, e PPP a parcela do imposto paga pelo produtor, então: PPC = P’ – P PPP = T – PPC .... Curva de Laffer Quando o nível dos impostos passa de um certo limite, a arrecadação do governo começa a cair em vez de aumentar. Isto ocorre porque a tributação excessiva provoca sonegação fiscal, fuga do consumo e desestímulo à produção. Estes três fatores provocam redução da produção e da renda, causando, por conseguinte, redução da arrecadação fiscal.
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Arrecadação Ponto de arrecadação ótima
T*
Trecho da curva de Laffer em que aumentos na alíquota do imposto reduzem a arrecadação.
0%
Alíquota do imposto
100%
12. FEDERALISMO (MODELO DE TIEBOUT) O modelo de Tiebout indica que a oferta de bens públicos pode ser mais eficiente caso os indivíduos possam se mudar para outras cidades que ofertem os bens públicos que eles preferem (é o voto com os pés). Ou seja, existe uma premissa de mobilidade perfeita dos indivíduos. Neste caso, os governos locais competirão, buscando atrair os contribuintes (eleitores). O modelo sugere que os seguintes gastos devem ser ofertados no nível local: • • •
Fortes vínculos entre impostos e benefícios; Baixo transbordamento de externalidades positivas; Limitadas economias de escala ou custos baixos.
13. CONTAS NACIONAIS O produto é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um país durante um período de tempo. Renda é o somatório das remunerações de fatores de produção (salários + lucros + juros + aluguéis) pagas aos agentes de uma economia durante determinado período de tempo. Consumo final é igual ao consumo do governo mais o consumo das famílias (CFINAL = C + G). -2#=D >)/)2 4'2?'0@#
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Poupança é dividida em três partes (privada, do governo e externa): S = SP + SG + SEXT
Investimento é o acréscimo do estoque físico de capital. Como capital é o conjunto de bens de que dispõem as empresas para produzir, nós temos que o termo “investir”, em Economia, significa, obrigatoriamente, comprar ou produzir bens que aumentarão a produção da economia, caso contrário não será investimento. I = FBKF + !E
Despesa agregada é o total dos gastos efetuados pelos agentes econômicos na aquisição dos bens e serviços finais produzidos pela sociedade durante determinado período de tempo. DA = C + I + G + X – M PRODUTO = RENDA = DESPESA INVESTIMENTO = POUPANÇA Conversões entre PIB e PNB, PIL e PIB, PIBPM e PIBCF: (1) (2) (3)
Interno = Nacional + RLEE Líquido = Bruto – depreciação Preços de mercado = custos de fatores + II – Sub
Cargas tributárias bruta (CTB) e líquida (CTL) !"#
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%$MEMENTO DE FÓRMULAS – CONTAS NACIONAIS (p/ FCC) Conceitos: SEXT = - TC Poupança interna ou poupança bruta do Brasil = S P + SG I = FBKF + #E CFINAL = C + G Produto=Renda=Despesa Investimento = Poupança • • • • • •
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Interno = Nacional + RLEE Líquido = Bruto – depreciação Preços de mercado = custos de fatores + II – Sub Renda nacional = RNLCF Renda interna = RILCF Fórmulas principais (1) SEXT = (M – X) + RLEE +/- TU (2) PIBPM = C + I + G + X – M (3) FBKF + #E = SP + SG + SEXT (4) RNDB = RNBPM +/- transferências correntes do resto do mundo (5) Poupança bruta do Brasil = RNDB – C FINAL (6) CTB=(Impostos)/PIBPM e CTL=(Impostos – Transf – Sub)/PIB PM • • • • •
14. MODELO KEYNESIANO SIMPLES Condições para o equilíbrio no modelo Keynesiano (todas certas): • • • • •
Oferta agregada = demanda agregada Produção = demanda Y=C+I+G+X–M Investimento = poupança Investimento planejado = poupança planejada
.... Composição da demanda agregada Consumo
Y=C+I+G+X–M
C = C 0 + c.Y D
ou
C = C0 + c.(Y – T)
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O consumo cresce junto com a renda (disponível);
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•
•
•
•
A função de consumo apresentada é uma função linear 1, e a propensão marginal a consumir é constante para uma função dada; A propensão marginal a consumir só assume valores entre 0 e 1 (0$c$1); À medida que a renda aumenta, a parcela da mesma que é gasta com o consumo diminui. Isto é, quanto maior a renda, menor a propensão média a consumir. A propensão média a consumir também assume valores entre 0 e 1. Isto é 0$PMeC$1. Se o consumo autônomo é zero, então, a propensão média a consumir (PmeC) é igual a propensão marginal a consumir (c). Ou seja, se C0=0, então PmeC=c. Se o consumo autônomo é positivo, então, a propensão média a consumir é superior à propensão marginal a consumir. Ou seja, se C0>0, então PmeC>c.
Poupança (S) •
•
•
•
S = -C 0 + (1 – c).Y D
A poupança cresce junto com a renda (disponível); A função poupança apresentada é uma função linear, e a propensão marginal a poupar é constante; A PMgS assume valores entre 0 e 1 (0 $c$1); À medida que a renda aumenta, a parcela da mesma que é gasta com a poupança aumenta. Isto é, quanto maior a renda, maior a propensão média a poupar 2.
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•
•
A propensão média a consumir também assume valores entre 0 e 1. Isto é 0$PMeC$1. Se o consumo autônomo é zero, então, a propensão média a poupar (PmeS) é igual a propensão marginal a poupar (1 - c). Ou seja, se C0=0, então PmeS=(1-c). Se o consumo autônomo é positivo, então, a propensão média a poupar é inferior à propensão marginal a poupar. Ou seja, se C 0>0, então PmeS<(1-c).
Tributação (T)
T = T 0 + tY
Onde t é a propensão marginal a tributar (é a parcela do acréscimo de renda destinada à tributação. Algebricamente: t= !T/ !Y ); T0 é a tributação autônoma, que é independente do nível de renda. Nota ! veja que, na função tributação, utilizamos a renda (Y) e não a renda disponível (YD). Investimento (I)
I = I 0 + iY
Onde i é a propensão marginal a investir (é a parcela do acréscimo de renda destinada ao investimento. Algebricamente: i= !I/ !Y ); I0 é a investimento autônomo, que é independente do nível de renda. Nota 1 ! veja que, na função investimento, nós também utilizamos a renda (Y) e não a renda disponível (Y D). Nota 2 ! na teoria econômica, de uma forma geral, é plenamente aceito que a variável determinante do investimento é a taxa de juros (e não a renda). Entretanto, como no modelo Keynesiano simplificado nós consideramos a taxa de juros constante, então, neste modelo, apenas nele, nós temos o investimento como função da renda e não da taxa de juros. Os gastos do governo (G) Exportações (X) Importações (M)
G = G 0
X = X 0 M = M 0 + mY
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Onde m é a propensão marginal a importar (é a parcela do acréscimo de renda destinada a consumir produtos importados. Algebricamente: m= !M/ !Y ); M0 é o nível de importação autônoma, que é independente do nível de renda. Nota ! veja que, na função importação, nós também utilizamos a renda (Y) e não a renda disponível (Y D). Podemos elaborar um quadro com o resumo deste item 3.1 (composição da demanda agregada): Função Consumo Poupança Tributação Investimento Gastos do governo Exportações Importações
Formato C = C0 + cYD S = -C0 + (1–c)YD T = T0 + tY I = I0 + iY G = G0 X = X0 M = M0 + mY
Propensão marginal a Consumir ! c Poupar ! (1 – c) Tributar ! t Investir ! i Importar ! m
O multiplicador Keynesiano
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Podemos resumir os multiplicadores no seguinte quadro: Multiplicador
Keynesiano completo
Fórmula !
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Keynesiano (mais) simples Keynesiano das importações Keynesiano da tributação
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Aplica-se
A todos os gastos autônomos agregados (C0, I0, G0 ou X0), com exceção de M0 e T0. Quando as propensões marginais a investir, tributar e importar são iguais a 0 (i=t=m=0). Somente ao gasto autônomo com importação (ao M 0). Somente ao gasto autônomo com tributação (ao T 0).
Observações teóricas sobre o multiplicador
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i) Se a propensão marginal a consumir for igual à propensão marginal a poupar, o valor do multiplicador será igual a 2. ii) O multiplicador da renda numa economia fechada é maior do que em uma economia aberta. iii) Quanto maior for a propensão marginal a consumir (ou menor a propensão marginal a poupar), maior será o valor do multiplicador. iv) Em uma economia fechada e sem governo, quanto mais próximo de zero estiver a propensão marginal a poupar, maior será o efeito de um aumento dos investimentos sobre a renda. v) O valor do multiplicador pode ser maior que 10. vi) Numa economia fechada, o multiplicador não pode ser menor que um. vii)
O valor do multiplicador não pode ser menor que zero.
15. MOEDA Funções da moeda: • • •
Meio de troca. Unidade de conta. Reserva de valor.
.... Demanda de moeda: Motivo Transação Precaução Especulação
Variável determinante Renda Renda Taxa de juros
Relação: Variável X Demanda de moeda Direta Direta Inversa
A demanda por moeda depende tanto da renda como da taxa de juros. Quanto maior (menor) for a renda, maior (menor) será a demanda por moeda. Quanto maior (menor) for a taxa de juros, menor (maior) será a demanda por moeda.
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Os dois primeiros motivos (transação e precaução) são fruto da teoria clássica. Ou seja, para os economistas clássicos, a demanda por moeda não dependia, ou não era sensível à taxa de juros. Assim, para os clássicos, a demanda por moeda era completamente inelástica à taxa de juros. Por outro lado, para Keynes, devido ao motivo especulação, a demanda por moeda era elástica à taxa de juros. Isto é, segundo a teoria keynesiana, a demanda por moeda, além de sofrer a influência da renda, sofria também a influência da taxa de juros. .... Agregados monetários: Meios de pagamento restritos:
M1 = PMPP + DV O M1 é sinônimo de oferta de moeda, e possui as seguintes características: i.
Liquidez absoluta e
ii.
Não rende juros.
Características dos meios de pagamento M1
Meios de pagamento ampliados:
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias M3 = M2 + quotas de fundo de renda fixa + operações compromissadas e registradas no sistema SELIC Poupança financeira:
M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez ... Multiplicador monetário: !
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c = PMPP/M1 d = DV / M1 -2#=D >)/)2 4'2?'0@#
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r = R / DV Quanto maior o “c”, menor o K; Quanto maior o “d”, maior o K; Quanto maior o “r”, menor o K. .... Diversos conceitos: Base monetária = PMPP + Disponibilidades em caixa do sistema bancário Ou BM = PMPP + Encaixes totais Onde, encaixes totais são: Reservas compulsórias
Encaixes bancários (totais) = Reservas
Depósitos (encaixes ou reservas) junto ao BACEN Reservas voluntárias Caixa
Reservas compulsórias: é a parcela dos depósitos que os bancos são obrigados legalmente a depositar em suas contas junto ao BACEN para poderem fazer frente a suas obrigações; Reservas voluntárias: são recursos que os bancos mantêm junto ao BACEN por opção, ou seja, sem que sejam obrigados a isto. Caixa: dinheiro mantido nas agências, caixas eletrônicos (é o dinheiro, em moeda corrente, mantido nos bancos comerciais). ... Criação e destruição de moeda (M1) O grande bizú para verificar de modo bem simples se há criação ou destruição de moeda é checar se haverá aumento ou redução de M1 (PMPP + DV) em poder do público. Com isso, você já mata as questões. Vejamos alguns exemplos:
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Uma instituição financeira comprar ações de sua emissão que se encontram em poder do público (criação de moeda).
Se a instituição financeira compra ações, ela entrega M1 ao público e recebe um haver não monetário, ocorrendo, portanto, criação de moeda. •
O governo comprar títulos públicos que se encontram em poder do público ou das instituições financeiras (não há criação nem destruição).
Quando o governo compra títulos públicos do público, ele entrega M1 ao público, provocando a criação de moeda. Se ele comprar títulos de instituições financeiras, não há criação nem destruição de moeda, pois o “público” não recebeu M1 neste caso. •
Clientes de uma instituição financeira sacarem recursos, em moeda corrente, de suas contas de depósito à vista (nem criação nem destruição).
Neste caso, a redução no valor de DV é igual ao aumento no valor de PMPP, de tal forma que a quantidade de M1 na economia será a mesma. •
Clientes de uma instituição financeira transferirem recursos de sua conta de depósito à vista para sua conta de poupança (destruição de moeda).
Neste caso, haverá redução de DV (redução de M1, portanto) e aumento na quantidade de poupança (que é M2). Veja que, no final, houve redução de M1 na economia, ocorrendo, portanto, destruição de moeda. .... Instrumentos de Política Monetária •
•
•
Reservas obrigatórias dos bancos comerciais Um aumento dessa taxa de reservas representará uma diminuição dos meios de pagamento. Redescontos Se ocorre um aumento da taxa de redesconto, devemos entender que há desincentivo à expansão monetária e há elevação das taxas de juros. Operações de mercado aberto (open market)
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São compras e vendas de títulos públicos no mercado de capitais. Quando o BACEN compra títulos no mercado, aumentam os depósitos no sistema bancário e, com isso, o volume de reservas, permitindo a ampliação da oferta de moeda pelos bancos. Isto acontece porque o governo, neste caso, entrega moeda ao mercado e retira os títulos. Quando o BACEN vende títulos, ele enxuga a quantidade de moeda, pois estará recebendo moeda (reduzindo os depósitos no sistema bancário) e entregando títulos. .... Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) A TQM – que é uma teoria clássica - é fundamentada basicamente sobre a seguinte formulação: MV = PT Onde: M=oferta de moeda (base monetária), V=velocidade de circulação da moeda, P nível geral de preços e T=quantidade de transações ocorrida no sistema econômico.
Na teoria clássica, coeteris paribus, aumentos da oferta monetária provocarão somente aumento dos preços. Assim, quando a oferta monetária é aumentada, isto acabará provocando inflação.
16. REGIMES CAMBIAIS Convenções importantes: Aumento da taxa de câmbio = desvalorização da moeda nacional = desvalorização da taxa de câmbio Redução da taxa de câmbio = valorização da moeda nacional = valorização da taxa de câmbio
Regime cambial fixo: Condição: é necessário o país possuir um adequado nível de reservas internacionais. o
Vantagem: segurança aos agentes econômicos;
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o
Desvantagem: necessidade de desvalorizações constantes quando a inflação interna é maior que a externa (isto praticamente anula a vantagem da segurança que proporciona aos agentes); Desvantagem: perda do controle da oferta monetária como instrumento de política econômica.
Regime cambial flutuante: o
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Vantagem: equilíbrio automático do BP; Desvantagem: instabilidade da taxa de câmbio pode desincentivar algumas transações econômicas.
O que faz o câmbio flutuar? Resposta: as mudanças na oferta e na demanda de divisas (moeda estrangeira). O aumento da demanda ou a redução da oferta de moeda estrangeira faz com que esta se valorize (e, portanto, o R$ se desvalorize). O aumento da oferta ou a redução da demanda de moeda estrangeira faz com que esta se desvalorize (e, portanto, o R$ se valorize). Relação entre câmbio e juros: Considerando um regime flutuante de câmbio, um aumento da taxa de juros provocará entrada de capital externo (entrada de divisas). A maior oferta de divisas provocará redução do valor da moeda estrangeira, o que significa que a moeda nacional será apreciada (depreciação da moeda estrangeira = apreciação da moeda nacional). Relação entre inflação e câmbio Desvalorizações/depreciações da moeda nacional (=aumento da taxa de câmbio) tendem a aumentar a inflação. Por outro lado, quando há valorização/apreciação da moeda nacional, haverá desincentivo à inflação, uma vez que os produtos importados tendem a ficar mais baratos. Do que depende o saldo da balança comercial? A desvalorização cambial (desvalorização do R$) melhora o saldo da balança comercial, pois aumenta as exportações e reduz as importações.
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A valorização cambial (valorização do R$) piora o saldo da balança comercial, pois aumenta as importações e reduz as exportações. O aumento da renda interna (PIB, renda nacional, atividade econômica) faz aumentar o nível de importações, piorando o saldo da balança comercial. O aumento da renda externa (renda do resto do mundo) faz aumentar o nível de exportações, melhorando o saldo da balança comercial. Assim, a balança comercial depende da taxa de câmbio, da renda interna (relação decrescente) e da renda do resto do mundo (relação crescente). Taxa real (efetiva) de câmbio: É a taxa que mede o poder de compra da moeda. !
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Onde “E” é a taxa real de câmbio, “e” é a taxa nominal de câmbio, “P EXT” é o índice de preços externos, “PINT” é o índice de preços interno. Teoria da paridade do poder de compra (PPC) A PPC nos diz é que a taxa de câmbio real deve ser constante, de modo a garantir o mesmo poder de compra da moeda em qualquer lugar do mundo. Existe uma fórmula que é utilizada para calcular as desvalorizações nominais que corrigem as alterações dos níveis de preço interno e externo, de tal forma que a taxa de câmbio real se mantenha constante. A expressão é chamada de fórmula de Cassel da PPC: !
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Onde e´=nova taxa nominal de câmbio a fim de manter a PPC, e=taxa nominal de câmbio antiga, P INT é o índice de preços interno e P EXT é o índice de preços externo.
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17. MODELO IS-LM NA ECONOMIA FECHADA O modelo IS-LM trabalha com o equilíbrio em 02 mercados (de bens e de moeda). Equilíbrio no mercado de bens e serviços => equilíbrio no lado real da economia => investimento é igual à poupança => curva IS Equilíbrio no mercado de moeda => equilíbrio no lado monetário da economia => demanda é igual à oferta de moeda => curva LM
Curva IS •
A curva IS é negativamente inclinada;
•
O investimento é função inversa da taxa de juros;
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A curva IS será deslocada para a direita quando houver aumento da renda Y, sendo que este aumento deve ser provocado por aumentos em C, I ou G; A curva IS será deslocada para a esquerda quando houver redução da renda Y, sendo que esta redução deve ser provocada por reduções em C, I ou G; A curva IS é afetada pela política fiscal do governo; A curva IS será pouco inclinada (mais horizontal) quando a elasticidade da demanda por investimento em relação à taxa de juros for alta; A curva IS será vertical quando o investimento for totalmente inelástico à taxa de juros (é o caso do modelo keynesiano simplificado).
Curva LM •
•
A curva LM é positivamente inclinada; A curva LM representa o equilíbrio no lado monetário da economia, ou no mercado de moeda (oferta de moeda=demanda de moeda), representando as combinações de valores de renda e taxa de juros que produzem o equilíbrio no mercado monetário;
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A demanda de moeda é função direta da renda (motivos transação e precaução) e função inversa da taxa de juros (motivo especulação); A curva LM será deslocada para a direita e para baixo quando houver aumento da oferta de moeda (política monetária expansiva); A curva LM será deslocada para a esquerda e para cima quando houver redução da oferta de moeda (política monetária restritiva); A curva LM é afetada pela política monetária do governo; A curva LM será pouco inclinada (mais horizontal) quando a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros for elevada; A curva LM será muito inclinada (mais vertical) quando a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros for baixa. A curva LM será horizontal quando a demanda por moeda for totalmente elástica em relação aos juros (armadilha da liquidez). Neste trecho, a política monetária expansiva não desloca a curva do lugar (não há possibilidade de a curva ir para a direita). A curva LM será vertical quando a demanda por moeda for totalmente inelástica aos juros (caso clássico ou teoria quantitativa da moeda).
O efeito deslocamento ou expulsão (crowding out)
i E2 iE2 iE1
Curva LM !G.K
E1
!Y=YE2 – YE1
Curva IS 2 Curva IS 1 YE1
YE2
Y
O aumento de gastos do governo ( #G) faz deslocar a curva IS 1 para IS2. Esse aumento dos gastos deveria provocar o aumento na renda de equilíbrio equivalente ao valor do aumento dos gastos multiplicado pelo
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multiplicador keynesiano (K). Assim, o aumento na renda de equilíbrio (#Y) provocado pelo aumento de gastos deveria ser ( #G.K), de forma que #Y=#G.K. No entanto, observa-se que o aumento em Y foi em magnitude menor que o aumento de gastos do governo multiplicado por K. Ou seja, #Y<#G.K; e isto acontece devido ao papel da taxa de juros. Quando o governo aumenta os gastos, há aumento da taxa de juros (iE1 para iE2). Como os investimentos são função inversa da taxa de juros, consequentemente, o aumento dos gastos do governo resultará em um decréscimo nos investimentos (decréscimo em I), de forma que esse decréscimo em I fará com que a renda não aumente no valor exato do aumento dos gastos do governo multiplicado pelo multiplicador keynesiano. Assim, temos que o aumento de G faz com que a renda aumente em #G.K, mas, ao mesmo tempo, faz com que o agregado investimento (I) seja reduzido em algum valor, em virtude do aumento das taxas de juros. Esse fenômeno é conhecido como crowding-out ou efeito deslocamento . Entende-se que, neste caso, o governo está ocupando um espaço maior na economia, em detrimento do setor privado. Quadro resumo da eficácia das políticas monetária e fiscal POLÍTICA MONETÁRIA Curva IS Ineficaz Eficaz
Muito inclinada Pouco inclinada
Curva LM Eficaz Ineficaz
POLÍTICA FISCAL Curva IS Eficaz Ineficaz
Muito inclinada Pouco inclinada
Curva LM Ineficaz Eficaz
Visão geral da curva LM:
i
LM Trecho normal ou intermediário: LM positivamente inclinada
Trecho keynesiano: LM horizontal
Y PE -2#=D >)/)2 4'2?'0@#
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Y
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Na LM horizontal, somente a política fiscal é eficaz para aumentar a renda. Na LM vertical, somente a política monetária é eficaz para aumentar a renda. ... não esqueça ainda que: Na IS vertical, somente a política fiscal é eficaz para aumentar a renda. Casos especiais
Política fiscal
Política monetária
Modelo keynesiano simples Armadilha da liquidez (trecho keynesiano) Caso clássico (curva LM vertical)
Eficaz
Ineficaz
Eficaz
Ineficaz
Ineficaz
Eficaz
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18. MODELO IS-LM NA ECONOMIA ABERTA Devemos saber estas relações entre taxas de juros interna e externa, câmbio e importações/exportações da seguinte maneira: iINT>iEXT " entrada de capitais " aumenta oferta de divisas " desvalorização da moeda estrangeira " valorização da moeda nacional " piora o saldo de (X – M) iINT
Renda (Y) Não altera Aumenta
Renda (Y)
Variação das Balança de reservas bens e serviços internacionais (X – M) (#RI)
Saída ou entrada de capitais externos
Diminui
Não altera
Entrada
Aumenta
Não altera
Saída
Variação das Balança de reservas bens e serviços internacionais (X – M) (#RI)
Saída ou entrada de capitais externos
Aumenta
Não altera
Aumenta
Entrada
Não altera
Não altera
Diminui
Saída
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19. MODELO DE OA-DA. INFLAÇÃO Demanda agregada Curva de demanda agregada é negativamente inclinada porque: O aumento de preço reduz a oferta monetária real (M/P) " aumentando a taxa de juros " reduzindo os investimentos " reduzindo a demanda agregada/renda (Y). Políticas fiscais e/ou monetárias expansivas farão a curva de demanda agregada ser deslocada para a direita. Políticas fiscais e/ou monetárias restritivas farão deslocar a curva para a esquerda. Oferta agregada A curva de oferta agregada é, em regra, positivamente inclinada devido a alguma destas hipóteses: • • •
Salários nominais são rígidos; Preços são rígidos; Há percepções equivocadas (ou informações imperfeitas).
Fatores que deslocam a curva de oferta agregada (choques de oferta): • • • • • •
Alterações na disponibilidade de capital; Alterações na disponibilidade de recursos naturais; Alterações da tecnologia; Alterações na disponibilidade de mão-de-obra; Alterações salariais; Alterações dos custos.
.... Eventualmente, podemos ter uma OA horizontal quando: • •
A oferta agregada é infinitamente elástica aos preços; Estivermos na macroeconomia Keynesiana básica Keynesiano simples).
(modelo
Eventualmente, podemos ter uma OA vertical quando: • •
A oferta agregada é infinitamente inelástica aos preços; No caso clássico (onde vale a teoria quantitativa da moeda, ou quando a demanda por moeda é inelástica aos juros);
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