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Editorial Receita de Bolo de Luz Ingredientes Como qualquer pessoa que notar, difcilmente as medidas exatas da receita estão disponíveis, assim meu medidor oi a experiência, através de erros e acertos. Quero deixar claro que esta não é uma receita defnitiva e que é aberta a modifcações de acordo com a inspiração de cada um.
!ara perume misture arin"a # mel # $rossas sobras de vin"o tinto% então &leo de 'bramelin e &leo de oliva, e depois, amolece # amacia com rico san$ue resco ( )iber ') vel )e$is ***%+ -arin"a% Crole/ esclareceu mais tarde que trata(se de simples arin"a de tri$o. 0el% 1bviamente procure o mais puro possível. 2rossas sobras de vin"o tinto% 3sta parte conunde a muitos iniciados que não tem experiência com culin4ria e se atentam apenas 5 estética do ritual de preparação e não 5 sua praticidade. 'l$umas 'l$ umas espécies de vin"o, como o 6in"o do !orto, particularmente o !ortu$uês, !ortu$uês, possuem sedimento que se deposita no undo da $arraa, quanto mais vel"o o vin"o maior a quantidade de sedimentos. s edimentos. 0as o que são esses sedimentos7 8urante o processo p rocesso de ermentação do vin"o, as sobras se acumulam no undo dos barris, que contém sais que acabam ormando um creme t4rtaro. 9o :rasil esse creme t4rtaro não é muito con"ecido, mas temos um substituto para ele, bicarbonato de s&dio. 1 ob;etivo do desperdício de vin"o na receita é tal e qual o de um ermento, serve para tornar a massa leve e aerada. 'ssim caso uma boa quantidade de desperdício de vin"o não or conse$uido uma boa substituição é uma col"er de bicarbonato ;unto com um xarope xarope de vin"o, que pode ser conse$uindo ao se aquecer <ma mistura de canela, mirra, $en$ibre tailandês e a?eites de oliva@ =leo de 1liva% '?eite 3xtra(6ir$em 3xtra(6ir$em de preerência. Aico san$ue resco%
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1 mel"or san$ue é o da lua, mensal% então o san$ue resco de uma criança, ou pin$ando da "&stia do céu% então de inimi$os@ então de um sacerdote ou dos adoradores% por fm de al$uma besta, não importa qual. ( )iber ') vel )e$is *** % + Crole/ ;4 "ierarqui?a qual o san$ue ideal% o da menstruação, o de uma criança, o dos inimi$os, de um padre ou de um cristão e fnalmente o de al$um animal. Be o san$ue menstrual est4 no topo da lista, não "4 porque considerar al$um outro, especialmente porque nos dias de "o;e não é diícil conse$uí(lo. >ma das ormas mais pr4ticas é através do ato sexual, onde o san$ue pode ser col"ido do pênis do praticante ou então deix4(la pin$ar do céus, e apenas ser coletado em uma vasil"a apropriada. Modo de Preparo
!or mais sobrenatural que possa parecer, você não deve nunca se s e esquecer que um bolo de lu? não passa de um bolo, sua preparação é tão 4cil quanto qualquer outro. 1 ideal é que se separe os in$redientes nas proporções abaixo descritas. 0as antes o pr&prio co?in"eiro pode ser preparado. preparado. -a?(se isso com uma receita que podemos encontrar na 3vocação de :art?ebal, o 3spírito de 0arte, descrita por Crole/ em seu di4rio 0a$ic o )i$"t. 1 ma$ista deve se preparar um ;arro com ( +D
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( :ata tudo até ter uma massa "omo$ênea, se usar batedeira usa velocidade baixa. K( :eba mais uma taça da bebida de 3vocação 3 vocação de :art?ebal enquanto bate tudo. D( 'ssim que a mistura estiver consistente a despe;e em ormin"as pela metade e as leve ao orno. 's ormin"as podem ser as de papel para se preparar muLns. 8eixe(as assar por +D minutos. 3nquanto isso se sirva de mais uma ou duas doses da bebida. 8epois do tempo determinado espete um palito de dentes até o undo do bolin"o, ele estar4 pronto quando o palito sair sem nen"uma massa. 1s tempos mudaram, e com eles a tradição, para incrementar o bolo de lu? vamos preparar uma cobertura% + xícaras de arin"a de tri$o@ EH+ xícara de mel@ EH+ xícara de xarope de vin"o tinto@ + $otas de &leo de abramelin. E col"er de caé de san$ue menstrual. Coloque em um pote o mel e o xarope de vin"o tinto e comece a misturar, acrescente as duas $otas de &leo e adicione a arin"a bem aos poucos, até obter uma mistura cremosa. Com isso eito, separe uma xícara de xarope de vin"o tinto para o rec"eio, acrescente uma col"er de caé de san$ue menstrual e misture bem. :eba o restante da bebida de 3vocação de :art?ebal. Finalizando: !e$ue os bolin"os e com a a;uda de uma serin$a ou do apetrec"o de coneitaria correspondente, in;ete xarope de vin"o tinto misturado com o san$ue. 3ntão pe$ue a cobertura e decore a parte de cima do bolin"o, pode usar um apetrec"o de coneitaria, ou simplesmente o modele com uma aca. 6ocê pode ir mais lon$e, como o pr&prio Crole/ aria I3xcedaM 3xcedaMJ e decorar com al$uns coneitos de estrelas, para nos lembrarmos que cada "omem e cada mul"er é de ato uma estrela. )embre(se )embre(se que se assar osse al$o 4cil para todos, não existiriam padarias "o;e, o ideal é sempre tentar e aprender com os erros. Be a massa não crescer, deixe descansar ou aumente um pouco a quantidade de
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bicarbonato, se a cobertura fcar muito seca arin"enta, coloque mais xarope de vin"o. >se a percepção nesses casos.
Soror Adler, Adler, e frati f rati H4!, I"#, Al$ud$ud e A%arant$us
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&ndice Astru% Argentu%: 'rde% (ue E)alta a Busca pelo Sagrado Fe%inino, Fe%inino, *o% *ar+ncia de Mul$eres Frau Lust
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0HELEMA *'10EMP'R21EA: ' instrutor n3o Mestre -- # 0HELEMA5I*6: Lidando *o% A Procrastina73o 1as Pr8ticas
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A Busca pela 'rde% M
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So;re a %in$a peculiar e)peri+ncia e% ser u% aspirante a Santa 'rde% ?0opdog@ ?0opdog@ do Mundo Inferior Inferio r-
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0HELEMA *'M RESP'1SABILICACE: Dni3o 0$el+%ica -- "! Encantaria de ure%a Cesairo
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Entreista co% Ro;ert Furta%p Mundos, 0erra ou Planeta
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' Mistrio de Ba;alon e a Besta Gang, Le3o Rei de 'i> ' oto de ';edi+ncia
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Astru% Argentu%: 'rde% (ue E)alta a Busca pelo Sagrado Fe%inino, *o% *ar+ncia de Mul$eres NOPQRS T ' 1BUA' 1s *rmãos da QVQVsão um com a 0ãe da Criança. 1s 0uitos são ador4veis ao >m, como o >m o é para os 0uitos. 3ste é o 'mor 8estes@ criação(parto é a 2l&ria do >m@ coito(dissolução é a 2l&ria de 0uitos. 1 Uodo, Uodo, assim combinado com 3stes, é 2l&ria. 9ada est4 além da 2l&ria. 1 Womem delicia(se ao unir(se com a 0ul"er@ a 0ul"er em parir uma Criança. 1s *rmãos da QVQV são 0ul"eres% 0ul"eres% os 'spirantes 5 QVQV são Womens. )iber CCCXXX*** I)ivro das 0entirasJ
6ou iniciar essa especulação alando um pouco da min"a experiência com U"elema. Con"eci U"elema, assim como soube da existência de 1rdens como a 1.U.1. e '.Y.'.Y. "4 pouco mais de de? anos. 9a época eu estava envolvida com a Zicca, naquela ase de sede de con"ecimento, obcecada em res$atar toda a mem&ria espiritual dessa min"a li$ação com a ma$ia Isou daquelas que acredita que uma ve? ma$o, sempre ma$o, e que em todas as vidas "aver4 de al$uma orma esse res$ateJ. 9aqu 9aquel ele e mome moment nto o via via U"el U"elem ema a como como cois coisa a de malu maluco co,, poré porém m muit muito o atraente e convidativa, principalmente pela min"a afnidade e preerência 5s Ciências 1cultas. 0as di?ia a mim mesma que não entraria numa coisa dessas Ino undo eu sabia que se entrasse seria ida sem voltaJ. 8ecepcionei(me com a Zicca, tril"ando outro camin"o espiritualista, até que anos depois a ma$ia veio bater novamente a min"a porta. U4 bom, não resisti, e dessa ve? mais amadurecida, c4 estou. 3 como não podia deixar de ser, no momento certo, U"elema me abdu?iu através da Banta 1rdem. 3sse retorno 5 ma$ia se deu através de um $rupo de estudos ormado por t"elemitas no intuito de apresentar e ensinar o currículo b4sico da 2olden 8on e da '.Y.'.Y. Convivi nesse $rupo durante um ano, participando dos cursos, assim como eventos e estas, e oi daí que um ato me c"amou a atenção% o $rupo era composto praticamente por "omens@ os que procuravam os cursos eram na maio maiori ria a "ome "omens ns@@ me vi em even evento toss que que esta estava vam m apen apenas as eu e mais mais duas duas mul"eres, no meio de quin?e, vinte "omens. Como era previsível, ao entrar em $rupos t"elêmicos nas redes sociais, em especial na 'strum 'r$entum :rasil, me deparei com o mesmo problema% mais de G<[ dos membros são "omens. 7
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8ados retirados do $rupo 'strum 'r$entum :rasil no -aceboo -aceboo em EHE+H+
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9ão me sentia uma esotérica louca ali ( sempre me atrai por assuntos de ocultismo mas demorei a cair no certo, nunca me senti a vontade com Zicca e etc... não teria nin$uém me ditando re$ras e "avia uma atração pela orça de querer buscar a si e viver $enuinamente.
`...3u não entendi de primeira que estava escol"endo U"elema. 0e envolvi no Calen pelo tema ma$ia e aos poucos ui me entendendo como uma estudante de U"elema e não somente de ma$ia. 1 que mais me atraiu oi a busca pela verdadeira vontade e a necessidade sincera de se dedicar a esse camin"o. 's entrevistadas que pertencem a '.Y.'.Y. revelaram que um dos motivos da escol"a oi o ato da Banta 1rdem não ter um espaço ísico, a?endo com que o compromisso se;a exclusivamente do aspirante consi$o mesmo. `...eu requentava diariamente o *AC e tin"am muitos canais de 1cultismo, Zicca, Batanismo, U"elema, etc. e nas conversas di4rias com os ami$os que f? l4, ui me aproundando aproundand o e tendo mais interesse em U"elema, em Crole/... Crole/... ac"ei U"elema um sistema completo. Crole/ uniu varias coisas em uma e unciona bem. 'ceitei a lei de de U"elema, o líber ') e o líber 1, e a partir partir dali dei se$mento em U"elema e em sua flosofa, mais pra rente um pouco, em +<<+ tive interesse na '.' tanto pela or$ani?ação de estudos que a '.' propõe, também pelas praticas individuais. 3u particularmente particularmente não $osto de pr4tica coletiva como é eita na 1.U.1., portanto a '.Y.'.Y. caiu como uma luva nesse quesito. `'ntes de escol"er a '.Y.'.Y. eu ;4 me considerava t"elemita, porém sentia uma necess necessida idade de de partic participa iparr de al$uma al$uma ordem ordem... ... !esquis esquisava ava so sobr bre e outras outras ordens na época, depois percebi que não sou o tipo de pessoa que $osta de conviver em clubes, então eu decidi escol"er a '.Y.'.Y... 3u $osto da '.Y.'.Y., por ter um compromisso consi$o mesmo, você não est4 en$anando nin$uém e se en$anar estar4 trapaceando consi$o mesmo. Bobre $rupos t"elêmicos em redes sociais, a maioria das entrevistadas disse disse serem serem partic participa ipativ tivas, as, porém porém preer preerind indo o intera intera$ir $ir quando quando se sentir sentirem em a vontad vontade. e. 'l$uma 'l$umass partici participan pantes tes dissera disseram m acompa acompan"a n"arr apenas apenas as posta$ posta$ens, ens, outras perderam a paciência com discussões em $rupos do -aceboo. 3 ainda teve uma irmã que disse não participar% `9ã 9ão, o, pois pois não não me co cons nsid ider ero o t"el t"elem emit ita. a. Bou Bou apen apenas as uma uma pess pessoa oa que que estuda U"elema. 9ão con"eci quem realmente se$uisse a U"elema, ve;o apenas t"elemitas que vivem um extremo caos mental, onde todos pensam ser dono da real solução. 3n$olidos pelo pr&prio e$o, se ac"am "erdeiros de uma doutrina que nem eles mesmo se$uem. 'penas status, apenas o sentido de escrever 9
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lon$os textos de palavras bonitas que nem mesmo eles entendem, apenas o e$o de se serr part parte e de um $rup $rupo o ec" ec"ad ado, o, uma uma trib tribo, o, onde onde um apla aplaud ude e o outr outro o Ienxer$ando apenas seu pr&prio e$oJ.
Be$uindo no contexto, oi questionado 5s participantes, se elas ;4 tin"am encontrado al$uma resistência, por parte do p^blico masculino, quanto a expor opiniõ opiniões es em $rupos $rupos t"elêm t"elêmico icos, s, tanto tanto em redes redes sociai sociais, s, quanto quanto presen presencia ciais. is. Como resposta, oi dito que em $rupos presenciais, encontrar resistência ao intera$ir é mais diícil. 9o $eral "4 respeito, receptividade, e o tratamento entre "omens e mul"eres é o mesmo, porém não deixaram de sinali?ar que "4 $rupos e $rupos. 4 nas redes sociais, a situação muda de f$ura. !oucas disseram encontrar resistência ao se exporem, mas todas ;4 oram interpeladas em al$um momento, com críticas nem sempre construtivas. 's maiores reclamações oram a respeito de serem recebidas com respostas mac"istas, em tons de ironia e subestimando con"ecimento. 'titudes, as quais testam a paciência e desmotivada a terem maiores participações nos $rupos de conversa. de 4cil compreensão que por detr4s de uma tela, crianças viram leões Ideixemos claro que isso acontece com ambos os sex s exosJ. osJ. ` 4 estive em al$umas tretas $randes em $rupos e canais de outube pela camiseta 9ot our :abalon, com ameaça m4$ica e vídeos contra eu e Aaquel. 'lém de discussões mac"istas p^blicas que inclusive repercutiu entre nosso $rupo pessoalmente. 8iminui bastante min"a interação ap&s isso. `...9ão sei como a min"a opinião é recebida, ;4 recebi muitas criticas e elo$ elo$io ioss ao me mesm smo o temp tempo, o, co cois isa a que que tamb também ém aço aço para para as outr outras as pess pessoa oas s al$umas ve?es, então ac"o ;usto as pessoas não concordarem ou concordarem com o que eu alo... `Be $rupos orem entendidos somente os de redes sociais, sim. 'c"o que esse es sess am ambi bien ente tess onlin online e sã são o bem bem "ost "ostis is co com m mul" mul"er eres es.. 4 pux puxei al$u al$uma mas s discussões dentro da comunidade do U"elema :A e a resposta é sempre bem com co mplic plicad ada. a. -ui c"am c"amad ada a de U"el U"elem emit ita a Wer ere$ e$e, e, ;4 oi oi xin$ xin$ad ada, a, ;4 ui ui questionada] mas enfm] apesar de ver essa "ostilidade, não me sinto aetada porque porque nas comuni comunidad dades es `ogine ogine,, nas comuni comunidad dades es prese presenci nciais ais,, encon encontr trei ei bastante respeito e apoio. `9ão encontrei resistência. 0as ;4 ui reutada e nesse caso, oi por al$uém que contribuiu para meu aprendi?ado. Be todas as conversas ossem assim... 9a maioria das ve?es que observo o $rupo, ve;o pessoas se c"amando de t"elemitas
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Inão me considero t"elemita, ainda t4 cedo pra qualquer defniçãoJ discutindo boba$ens sobre uma outra boba$em.
`Aes esis istê tênc ncia ia em si co comi mi$o $o não, não, ma mass ;4 vi co com m outr outras as pess pessoa oas, s, ma mass o $rande $rande problema problema em $rupos $rupos de redes redes sociais sociais é as ve?es Iou muitas muitas ve?esJ ve?esJ as pessoas não respeitarem a opinião dos outros, tem que ver que todo "omem e toda mul"er é uma estrela e vive em sua &rbita particular, então cada um tem um ;eit ;eito o de pen pensar ar,, de a?e a?err as co cois isas as.... ' $ente ente tem tem que ver se quem quem oer oerec ece e `res esis istê tênc ncia ia sã são o os t"el t"elem emit itas as de verda verdade de me mesm smo, o, es estu tudi dios osos os e praticantes que levam para sua vida a flosofa de U"elema e o entendimento do que é U"elema, ou se são os anarrões, anarrões, esses são maioria nos $rupos. `3u não ve;o porque simplesmente não participo, mas não me parece nada conort4vel entrar l4 e debater as coisas... tudo é motivo de piada e deboc"e. !ara ec"ar a entrevista, oi eita a per$unta que não podia altar% `' `' maioria dos 'spirantes a U"elema são "omens, você ;4 parou para re_etir sobre isso7 'l$uma su$estão7 `'c"o c"o que que o ma mac" c"is ismo mo es estr trut utur ural al da noss nossa a so soci cied edad ade e ;unt ;unto o co com m o undamentalismo reli$ioso cada ve? maior a;uda nisso. 0ul"eres ;4 mal alam de sexo, não são incentivadas a se descobrir e a desenvolver seu poder, sequer a ter opinião. 'lém de todo o esti$ma da bruxa e de se querer estudar ma$ia. 1 ambiente ambiente se torna torna acilmente acilmente "ostil e 4cil de se aproveitar aproveitar das mul"eres. mul"eres. ' entrevistada complementou que sempre oi muito bem recebida no $rupo ao qual a? parte e pelas pessoas que con"eceu em eventos. `>ma ve? eu estava conversando com uma $arota e ela disse% `6ocê é tão le$al, não entendo o motivo de você ser t"elemita.. 3u ac"o mais interessante pensar nas mul"eres do que no excesso de "omens no meio. !or que uma mul"er se interessaria por U"elema7 9a época que a?ia al$umas posta$ens sobre eminismo libert4rio em um $rupo de U"elema no -aceboo recebi uma mensa$em no privado de um arti$o alando que Crole/ era mis&$ino. ' ^nica coisa que eu conse$uia pensar é% `Crole/ est4 morto. 'credito que temos que estar preparados para o a$ora, temos mul"eres incríveis que f?eram parte da "ist&ria de U"elema, não me considero `Crole/istaIal$uém que se$ue o que Crole/ com un"as e dentesJ, mas recon"eço que ele teve muitos erros e que talve? ele ten"a recon"ecido com o passar dos anos, ou não. *sso realmente não me importa. Ualve? o nosso papel se;a divul$ar novamente sobre essas mul"eres e a?er a nossa parte. 'c"o que ser mul"er t"elemita é um papel relevante principalmente quando se tem uma percepção distorcida sobre ma$ia sexual
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pelos "omens. Como mul"er que parece ter um papel secund4rio na ma$ia, "o;e é considerada a prota$onista prota$onista da "ist&ria.
`'c"o que é um problema sistêmico. 9ossa sociedade é mac"ista, a '.Y.'.Y. é mac"ista. 3ntende7 9ão ac"o que se;a al$o específco sobre a '.Y.'.Y. e sim sobr so bre e "ome "omen ns. 'c"o c"o que que na '.Y.' .Y.'.Y .Y.. isso isso é re_et e_etid ido o tamb também ém por por ter ter sido sido estruturada por "omens. 0as acredito que estamos em um momento de revisão dessa estrutura e ve;o o sur$imento de muitas irmãs interessadas nessa quebra e nessa construção. 9ão acredito que "a;a uma su$estão e sim uma a$ência. 'credito que o trabal"o das pessoas interessadas e os encontros de vontades vão poder modifcar al$uma coisa nisso. `9o meu ponto de vista, para a Bantíssima -raternidade é questão de c"amado e oportunidade de acesso. Creio que esses n^meros tendem a se equali?ar como acontece em universidades. !ara os $rupos, o que difculta é a orma de comunicação, uma ve? que as mul"eres são outra polaridade. 3nquanto os "omens usam mais o elemento ar, eles são muito mais intelectuais Iisso não si$nifca que saibam al$o realmente, fcam discutindo apenas conceitos que muitas ve?es não compreenderam em sua essênciaJ@ as mul"eres são mais sensitivas, mais t4cteis... `'credito 'credito que os "omens saibam lidar mel"or com a liberdade do que as mul"eres... 1s "omens tem mais interesse pelo descon"ecido, possuindo em sua maioria, uma orça de vontade mais frme e não se deixam levar por ilusões est^pidas. !ara !ara a mul"er alta cora$em de entrar em um camin"o mais descon"ecido... 'c"o que a mul"er tem que ter a curiosidade e a ousadia dos "omens para encarar o lado descon"ecido da vida. `... além do mac"ismo do dia a dia, me parece que os "omens não levam as experiências emininas a sério... Ualve? menos mul"eres se;am adeptas por não se sentirem l4 muito se$uras num ambiente tão masculino. `...o interesse interesse ou alta de interesse interesse,, tem mul"eres mul"eres que preerem preerem ir para outras vertentes do ocultismo, ou tem mul"eres que preerem fcar em $rupos s& de mul"eres mul"eres,, ou ac"am ac"am outra outra vertente vertente mais mais interessan interessante... te... 3m $rupos $rupos de redes sociais não da pra tirar uma base de mac"ismo dentro de U"elema, porque muitos não são t"elemitas, estão l4 de curiosidade, ou porque ac"a ac "ara ram m baca bacana na al$o al$o dent dentrro de U"el U"elem ema. a... .. tem tem $ent $ente e que que s& entr entra a pra pra causar etc., ... casos de mac"ismo com as mul"eres, ou até mesmo casos de preconceito contra, $a/s, transexuais transexuais etc., as ve?es vem dessas pessoas pessoas que eu citei que não são t"elemitas. t"elemitas... .. >m local bom para eetuar eetuar pesquisa pesquisass sobre sobre a existê existênci ncia a do mac"is mac"ismo mo em U"elema U"elema são em 1rden 1rdenss que a?em a?em trabal trabal"os "os cole co leti tivo vos, s, por porque que co como mo tem tem mul" mul"er eres es e "ome "omens ns ;unt ;untos os co com m enco encont ntrros 12
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presenciais, e praticas ritualísticas, as mul"eres mul"eres poderiam di?er com exatidão se ;4 soreram casos casos de mac"ismo ou resistência resistência ou coisa parecida. parecida.
1 resultado da pesquisa não me surpreendeu, assim como acredito que também não ir4 surpreendê(los. Ber mul"er, desde que o mundo é mundo Italve? no 3on de hsis osse um pouco dierenteJ nunca oi 4cil. 4 vem de nossas ancestrais sermos criadas para permanecermos na sombra do "omem, e isso ineli?mente ;4 se tornou parte do nosso 89'. !or mila$re, diversas Buper 0ul"eres oram nascendo com esse 89' modifcado e semeando através dos séculos uma nova consciência do 6alor -eminino, que aos poucos vem sendo cultivada, $an"ando mais orça e sendo col"ida nessas ultimas $erações. 9o iníci início o do sécu século lo XX, XX, U"el U"elem ema a sur$ sur$ia ia como como uma uma das das flos flosof ofas as que que recon"ecia o !oder -eminino como indispens4vel erramenta de trabal"o, onde o Ba$rado -eminino se tornava uma das principais buscas do 'spirante a U"elema durante todo o seu processo inici4tico. )amentavelmente, existe por parte de muitos a m4 compreensão da busca por esse Ba$rado, convertendo(o na procura por uma entidade e não por uma essência, o que acaba por in_uenciar um ol"ar equivocado no papel do eminino dentro da flosofa. Uemas Uemas como 0a$ia Bexual, por exemplo, muitas ve?es tratados de maneira errnea no meio t"elêmico, estão se tornando banali?ados por aqueles que se ;ul$am t"elemitas sem serem. importante destacar, que alar em sexo no universo eminino ainda $era desconorto para muitas mul"eres em pleno século XX*. 'ssim, como o mac"ismo, a banali?ação e a alta de esclarecimento de assuntos ditos polêmicos, contribuem e muito para au$entar o p^blico eminino. 3m contrapartida, quando bem disseminada, a flosofa de U"elema tr4s a n&s n&s mul" mul"er eres es a liber liberda dade de de pode poderm rmos os ser plen plenas as cono conosco sco mesm mesmas as,, sem sem amar amarra ras, s, sem sem acei aceita tarr qual qualqu quer er tipo tipo de sube subest stim imaç ação ão,, de acei aceita tarr noss nossa a sexualidade nos tornando donas dela. U"elema nos ensina a soltar os $ril"ões dessa cultura mac"ista incrustada no nosso 89'. Contudo, U"elema é -eminina, a '.Y.'.Y. é -eminina e n&s 0ul"eres iremos, mesmo que de pouco a pouco, conquistar os nossos devidos papéis em U"elema Ie no mundoJ, mundoJ, com respeito, respeito, recon"ecimen recon"ecimento to e i$ualdade. i$ualdade. 3spertos são aqueles aqueles que que cons conse$ e$ue uem m enx enxer$a er$arr o valo valorr inest inestim im4v 4vel el que que n&s n&s temo temoss dent dentro ro dest desta a flosofa. js *rmãs da '.Y.'.Y. >nião@ js *rmãs 'spirantes 5 U"elema, -orça@ 3 5s demais, >m ConviteM 13
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0eus sinceros a$radecimentos 5s Borores e 5s 3studantes de U"elema, todas, mul"eres $uerreiras, que contribuíram para que esse texto nascesse. 'mor é a )ei, 'mor sob 6ontade 6ontade k,kH k Soror 1un Is$tar abadia"et"eru$mail.com
1s nomes de todas as entrevistadas oram ocultados, salvo as que autori?aram a mostrar a identidade. -oi pedido autori?ação para expor dados que expusessem sua identidade.
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' instrutor n3o Mestre . 9in$uém pode comunicar o con"ecimento ou o poder para alcançar isso, que podemos c"amar de 2rande 1bra, mas é possível que iniciados $uiem os outros. K. Uodo "omem deve superar seus pr&prios obst4culos, expor suas pr&prias ilusões. 1utros, porém, porém, podem a;ud4(lo a a?er essas duas coisas, e podem capacit4(lo a evitar muitos dos alsos camin"os, que não levam a lu$ar nen"um, que tentam os pés cansados do pere$rino não iniciado. 3les podem ainda asse$urar que ele se;a devidamente provado provado e testado, pois "4 muitos que se consideram 0estres que nem sequer começaram a tril"ar o Camin"o de Berviço que condu? até l4. )iber )X*
8eixo acima a citação inequívoca do )iber FE, matéria obri$at&ria para os aspir aspiran ante tess 5 U"el U"elem ema, a, e sobr sobret etud udo o 5 Bant Banta a 1rde 1rdem m da 'V'V 'V'V onde parto da se$uinte premissa saud4vel do papel do instrutor em relação ao instruído. 'ssim% *nstrutor não é 0estreM 9ão ser4 o 8on uan de Castan"eda, nem o sen"or 0i/a$ui, 0estre oda, 0estre dos 0a$os ou 0estre Bplinter... embora a relação mel" mel"or or desc descri rita ta entr entre e instr instruí uído do e instr instrut utor or se;a se;a entr entre e C"av C"aves es e pro proes esso sorr 2iraales, tampouco é o esperado nesses nesses casos. 1 assunto parece parece nunca perder a vo$a vo$a,, vemo vemoss semp sempre re uma uma le$i le$ião ão de estu estuda dant ntes es que que por por `9 `9 moti motivo voss se desl desli$ i$ou ou de sua sua inst instru ruçã ção, o, send sendo o al$u al$uns ns dess desses es moti motivo voss muit muitos os séri sérios os e plausí plausívei veis, s, outro outross de ordem ordem purame puramente nte pessoa pessoal, l, estes estes ^ltimo ^ltimoss via de re$ra re$ra repetem o mantra que a '.Y.'.. al"ou em seu método, s& produ? e$&latras, e um disco arran"ado de uma ladain"a onde a ^nica equação possível é que o mundo est4 errado e s& o e$o est4 certo de suas certe?as, até aí nada de novo sob o Bol. muit muito o comu comum, m, os estu estuda dant ntes es ansei anseiam am e tem tem em seu inst instru ruto torr uma uma ima$em proessoral, de al$uém que de ato vai l"e ornecer importantíssimas inormações e l"es ensinar como reali?ar a 2rande 1bra, sim de ato isso ocorre e muito, porém a Banta 1rdem não é esse lu$ar, nem essa ordem, ela é uma ordem de treinamento e toda e qualquer instrução ou dicas, são voltadas para o treinamento pr4tico, tudo nessa relação é um treinamento para ambos, não se en$ane en$anem m os instru instrutor tores es trein treinam am e muito muito com seus seus instruíd instruídos, os, al$uns al$uns ainda ainda ac"am que instrutores mais vel"os com aquele ar `proessoral tendem a ser mais mais s4bios s4bios e com certe? certe?a a expor exporão ão mel"or mel"or seus seus con"ec con"ecime imento ntoss etc... etc...pos posso so afrmar cate$oricamente que não arão nada dierente obviamente de dar o seu mel"or ao instruído, porém, sem \nsia de resultado e livre de outro prop&sito do que sua 2rande 1bra, ele em momento al$um pensa em pe$ar seu estudante pela mão, ou dar uma super dica sobre a visão e conversação com o Ba$rado 'n;o 2uardião, ele pode ser a testemun"a disso, assim o instrutor instrui, ala do 16
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treino e se aasta, o aastar a? parte do treino, o abandono não. 3le pode propor trabal"os extras isso a? parte do treino, o conronto a? parte do treino, o bull/in$ bull/in$ não, o assédio assédio nunca, nunca, a violência violência ;amais. Crole/ se reeria reeria ao trabal"o trabal"o do instrutor como `1 parceiro de treino Isparrin$J do seu instruído. 0uitas ve?es isso vai de encontro a nossas capacidades e nossas an$^stias, assim, somos contra todo e qualquer sectarismo, ou le$alidade ou até mesmo arroubos de le$itimidade, o trabal"o é interno e os meios pelo qual todos trabal"am est4 bastante delineado, mas não "4 receitas ou mapas e muito menos os pulos de $ato, todo o trabal"o começa de ato no e$o, e como costumo brincar nosso e$o é o maior carnavalesco de todos, ele adora m4scaras e antasias, então como ele é capa? de se antasiar de muitas coisas não se assuste quando ele vestir a antasia de B'2, com certe?a seria destaque na escola de samba 0an$ueira. !assearemos por al$o mais palp4vel entre a carência e a vaidade. 0as tanto de um quanto do outro Iinstruído e instrutorJ, as relações "umanas são tão ascinantes que como observador vemos atraírem se p&los distintos e bem afns, então obviamente o estudante carente de um instrutor intransi$ente na visão deste mesmo estudante, pode ser o espel"o do que seu instrutor oi enquanto estudante. estudante. 4 a vaidade é o que torna torna tudo um pouco mais mais turvo, visto visto que no undo é uma inse$urança na sua colocação no mundo e na sociedade como um todo. -alta um pouco de espaço para o Aiso, U"elemita que não ri de seus racassos racassos e se auto pune em c"ibatas mentais, mentais, ainda não passou do vel"o aeon para o 9ovo. W4 uma dicotomia muito $rande aos que adentram a Banta 1rdem '.Y.'.Y. carre$ados de vícios das raternidades externas bem estabelecidas, vícios de "ierarquia e afns, onde em nosso trabal"o nada tem a acrescentar, porém a dico dicoto tomi mia a est4 est4 no su;e su;eit ito o quer querer er real reali? i?ar ar(s (se e da port porta a pra pra dent dentro ro,, quan quando do a elicidade e a reali?ação são re_exo de al$o interior e perene, todo o resto é ilusão, é simples% estado de consciência é re_etido no estado de vida. 1 resto é prosa _4cida para o acalanto bovino, simples, mas ser4 que é 4cil7 9ão, o camin"o não é 4cil, nem é simples, não é s& subir na 4rvore de 'ssia" Ido mundo maniestadoJ, como se osse um pé de $oiabeira, pois se assim osse as difculdades seriam s& ísicas e o B'2 seria uma pessoa, real, ísica, sabia e que osse te $uiar dali pra rente entende...creio que não a? muito sentido essa visão com o -a? o que tu queres queres né7 sempre sempre basilar basilar,, e import important ante, e, lembrar lembrar que aqueles que estão no camin"o da re_exão a tendência da acilidade est4 na praticidade de recon"ecer e apontar al"as nos outros que n&s mesmos temos, é a vibração de simpatia e antipatia, mas claro que não estou $enerali?ando, nem botando $ato em balaio de p4ssaros, mas a percepção de qualquer estudante sempre ser4 seletiva ou eletiva conta a lenda que os 'stecas demoram três dias para notar a presença das caravelas espan"olas nas praias na re$ião de Uabasco Uabasco onde eles aportaram, então no undo undo tudo é uma questão de percepção. percepção.
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3ntão numa instrução da Banta 1rdem não existem 0estres, o instrutor não é mestre, mestre, ele não busca o mestrado, mestrado, todos devem c"e$ar a 0aestria. 0aestria. `pode um 8eus viver como um cão7 I *s a 2od to live in a do$7 ') **%EkJ sendo mais sincero `!ode um 8eus viver em um não deus7 3m seu !equenos 3nsaios em 8ireção 5 6erdade temos na seção 0aestria `1 'eon de W&rus c"e$ou@ e sua primeira _or pode bem ser esta% que, livres da obsessão do fm do 3$o na 0orte, e da limi limita taçã ção o da 0ent 0ente e pela pela Aa?ão a?ão,, os mel" mel"or ores es "ome "omens ns uma uma ve? ve? mais mais in$ressarão de ol"os abertos no Camin"o dos B4bios, o tril"o montan"ês do bode, que leva 5s 3ncostas vir$ens, e daí aos píncaros $elados rebril"antes da cordil"eira da 0 ' 3 B U A * ' M e se$uindo no verso se$uinte do )iber 'l temos o verso arrebatador verdadeiro mantra curativo das enermidades do e$o `:ele?a e vi$or, riso exaltado e delicioso lan$or, orça e o$o, são de n&s 'ssim a consciência da percepção de si e o do mundo camin"a sempre em primeiro lu$ar, não "4 receitas de bolo em U"elema I a não ser do bolo de lu?J, pois toda instrução ou treinamento é particularmente ^nico, cada caso é relativo a cada estrela e até c"e$ar ao 6erdadeiro *nstrutor interno, é necess4rio uma testemun"a, e al$uém que l"e dar4 aquela dica preciosa, que não est4 no IbomJlivro do 3s"elman, nem Ina via$emJ do 0are, nem de nin$uém sabe por quê7 6ocês con"ecem al$um aixa preta de qualquer arte marcial que ten"a aprendido por livros7 un$ u7 aratê7 Capoeira, con"ecem al$um bailarino, pintor, m^sico que s& ten"a lido os livros so?in"o e produ?iu a 0aestria por si mesmo7 !ois é, não é7 8iícil. `Quando o discípulo est4 pronto, o mestre desaparece 3ucl/des )acerda de 'lmeida `0eus adeptos se mantêm em pé, sua cabeça acima dos céus, seus pés abaixo dos inernos )iber U?addi ' Banta 1rdem não é t4bua da salvação de coisa al$uma, e a melancolia moribunda de outras pr4ticas são varridas ao limbo do passado pelo confante sorriso da Criança imortal. Uen"am certe?a e não é disso. 9ão tem colin"o, passar a mão na cabeça, nem c"ibata ou palmat&ria, não "4 $raça e não "4 pecado. >m ^ltimo pensamento na questão, a que envolve assédio e bull/in$ entre instrutor e instruído, expresso aqui meu total rep^dio a essa pr4tica no mínimo patética e que pode vir a acontecer e estendo min"as mãos e ouvidos e todaIoJs que que por por vent ventur ura a pass passar aram am ou pass passar arem em por por isso isso e min" min"a a a;ud a;uda a onde onde or or necess4rio, isso não é normal, isso não é U"elema de orma al$uma, todas as estrelas são ^nicas, e as &rbitas por nature?a não se c"ocam.
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3ntão se o instrutor não é 0estre quem é o instrutor7 ( -orça e o$o, são de n&sM WKEG "oorabadiadet"elema.com
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0HELEMA5I*6: Lidando *o% A Procrastina73o 1as Pr8ticas 6ocê ocê tem tem senti sentido do difcu difculd ldad ades es de prat pratic icar ar 0a$ic 0a$ic, , mesm mesmo o tend tendo o uma uma vontade interna que considera $rande o sufciente7 Be sente mal por não estar prat pratic ican ando do al$o al$o que que l"e l"e insp inspira ira77 'lém 'lém disso disso,, não não tem tem prob proble lema mass ment mentai ais, s, dist^rbios dist^rbios psiqui4trico psiqui4tricos, s, défcit de atenção, atenção, ansiedade ansiedade severa, severa, depressão7 depressão7 3ntão talve? você se;a vítima da procrastinaç procrastinação ão ( o ato de dei)ar para a%an$3 o (ue poderia ou deeria ser feito $oJe . 1bviamente você pode estar no $rupo de pessoas que realmente não tem interesse sincero nen"um em 0a$ic e seus resultados ( pode passar para o pr&ximo arti$o, nesse caso. 0as se sua intenção é sincera, talve? o arti$o a;ude de orma pr4tica e aplicada, eita com base em pesquisas acadêmicas sobre produtividade e procrastinação, com a intenção de mel"orar a experiência pr4tica dos amantes da 'rte. Quando você descobriu que escovar os dentes é importante7 3 quando vai descobrir que sua pr4tica também é7 !ense num dia em que ela não oi eita, ou oi maleita. Aesponda antes de continuar a leitura% E. 1 que você não gosta na sua pr4tica7 3la é cansativa7 8iícil7 +. 6ocê tem pouco pouco te%po7 0uito tempo livre7 1u tem o sufciente e ele é mal or$ani?ado7 capacitad tado o nela7 Uem . 6ocê a? bem(ei bem(eita ta a sua pr4tica pr4tica77 Be sente sente capaci medo de errar7 K. Como Como se sente sente quando quando erra erra a pr4tica pr4tica ou quando quando ela não d4 certo7 certo7 Como lida com a frustra73o7 D. Aecorda(se Aecorda(se de al$um momento em que oi dif
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Be você você tive tiverr difc difcul ulda dade dess de pens pensar ar numa numa moti motiva vaçã ção, o, aci acilm lmen ente te encontrar4 excelentes motivos para praticar 'sana Iredu? o risco de in;^rias ísicas, redu? o estresse, mel"ora a concentração, $an"o de orça, mel"ora o equilíb equilíbrio rio ísico, ísico, mel"or mel"ora a a postur postura, a, a consciê consciênci ncia a corpor corporal, al, te prepa prepara ra para para via$em astral, etc.J, !rana/ama Imenos estresse, mel"ora a di$estão, ortalece os pulmões, mel"ora o sistema lin4tico, redu? a depressãoJ ou escrever no seu di4rio Icomunicação clara, expansão e manutenção de vocabul4rio e conexões neurais, mem&ria onírica, contemplação, criatividade, oco, poder de decisão, superação mais r4pida de traumas, etc.J, nem que se;a um pouco por dia. !ois bem% escreva a$ora a maior quantidade possível de ra?ões que você tem para praticar Ise precisar, pare a leitura e procure motivos na internet, em livros, com ami$osJ@ saber claramente o porquê das coisas a;udar4 a vencer a procrastinação e a rustração, pode confar. ' procrastinação pode ter v4rios motivos como o medo de al"ar, a aversão 5s tareas, conormismo, conormismo, tédio e descon"ecim descon"ecimento ento da pr4tica pr4tica Isim, ;4 pensou pensou se você não a quer7J, alta de tempo, ansiedade, alta de "abilidade, entre outros atores. 9a maioria das ve?es a procrastinação teve como motivação o medo de al"ar, o que nos d4 muitas ideias sobre a personalidade dos procrastinadores% %uitos deles cree% n3o ser capazes de realizar u% ;o% tra;al$o ou te% e)pe e)pect ctat ati ias as %u %uit ito o alta altas s co% co% rela rela73 73o o aos aos resu result ltad ados os, e creem(se incapa?es de alcançar essas expectativas ( em suma, baixa autoestima. 9a tentativa de evitar qualquer erida na estima, o procrastinador dentro de n&s se prote$e como7 3vitando a tarea, e assim reprimindo a al"a. 'l$umas pesquisas mostram que ac"ar `desculpas para tudo é um "4bito do procrastinador e unciona como uma deesa de seu bem(estar% ele crê(se incapa?, recon"ece sua incapacidade como verdadeira, e por isso nem tenta reali?ar o ato, tendo por fnal fnal uma sen sensaç sação alsa alsa de que esco scol"eu l"eu a `não(p ão(pr4 r4ti tica ca. . 8ef efni niçção e compreensão claras são essenciais para começar essa $uerra. 8efnida a pr4tica em si e a sua motivação, o pr&ximo passo é compreendê( la a ponto de descrevê(la com o m4ximo de clare?a. ' asana é qualquer posição7 Qual quero praticar7 Quais os beneícios de cada uma7 3screver diariamente, mas o que7 0in"as emoções, sentimentos, pensamentos, ou os acontecimentos7 Uudo Uudo isso pode ser respondido com base nos ob;etivos fnais. Com asana você pode buscar o padrão de quin?e minutos ou uma "ora de pr4tica, então seu ob;etivo é fcar na posição por esse tempo@ você pode querer diminuir o n^mero de interrupções mentais@ com o di4rio, você pode querer relatar son"os ou anotar pensamentos@ com prana/ama, manter ciclos muito lon$os de respiração. Be;a qual or a pr4tica, ela pode ser avaliada de orma quantitativa e qualitativa. ' maioria das pessoas quer apenas acabar com a procrastinação e não sabe sequer suas causas. 'lém das causas anteriores, dois atores essenciais na compreensão da procrastinação é a compulsão e o atareamento.
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' com compuls pulsão ão é um ato ator estud studad ado o recen ecenttemen ementte no process cesso o de procrastinação, e se reere 5 espera de que sur;a um $rande tempo livre para a pr4tica de al$o e exa$erar na pr4tica desse al$o na primeira oportunidade, tentando compensar o tempo perdido. >m exemplo de compulsão proc procra rast stin inat at&r &ria ia é o escr escrit itor or que escr screve eve some somen nte se tiver iver cinc cinco o "ora "orass disponíveis% ele raramente as tem, mas quando as têm, $asta toda sua ener$ia numa numa ^nic ^nica a taca tacada da,, se cans cansan ando do ao fnal fnal e pass passan ando do por por lon$ lon$o o perí períod odo o improdutivo novamente. 1 atareamento é a desculpa que damos a n&s mesmos quando deixamos de a?er o importante ( o que queremos ( e nos enc"emos de tareas menores, apenas para perder tempo e nos ocupar ( outro sintoma da baixa autoestima e do medo de racasso. >m indivíduo que se sente pressionado pela pela não não reali reali?a ?açã ção o de uma uma tare tarea a se descr descrev eve e como como ocup ocupad ado. o. 3le prat pratic ica a s4bado, ac"a ocupações menores durante toda a semana, e pr4tica novamente somente no outro domin$o, tendo a impressão de que a causa de sua alta de pr4tica são] as outras tareas menores e não suaM >m procrastinador não $osta de ter ter uma uma tar tarea ea impo import rtan ante te 5 ren rente te%% tar tareas eas $ran $randi dios osas as são são ori$ ori$em em de ansiedade para ele. 3 co%o (ue;rar a ansiedade, visto que a maioria dos praticantes de 0a$ic dão essa excessiva import\ncia 5s pr4ticas, até mais que seus trabal"os e amí amíli lia7 a7 0ornandoKa u%a prioridade ;ai)a, di$o novamente. 3m ve? de conven convencê(l cê(los os nessa nessa cadeira cadeira conor conort4v t4vel el que escre escrever ver no di4rio di4rio é $ostos $ostoso, o, é mel"or apresentar a escrita no di4rio como ela realmente é% um relato do que se passa na mente, e muitas ve?es escrever ser4 sim tedioso. ' import\ncia do di4rio é muito $rande, porém essa import\ncia é o que a? muitas pessoas racassarem na escrita% elas l"e dão tanta import\ncia que muitas ve?es passam E, + "oras escrevendo Iou pior% copiando trec"os de 3lip"as )evi e !apus rsrsJ ( e se cansando de tédio, muitas ve?es. 3m ve? disso, escrever pouco inicialmente, o mínimo possível, de orma que a escrita não se;a dolorosa, é uma boa solução. 3 isso vale para outras pr4ticas também. 3m ve? de esperar executar um A0W pomposo e todo concentrado, porque não apenas se$uir o script da primeira ve?, e se atentar 5 execução execução mec\nica7 1u a?er apenas a invocação inicial7 1utro 1utro item item muito muito subest subestima imado do é o compar compartil til"am "ament ento o de inor inormaç mações ões.. 0uitas pesquisas por aí mostram que a presença do orientador, esporadicamente veri verifc fcan ando do o pro$ pro$rresso esso da prod produç ução ão de tese tesess e diss disser erta taçõ ções es,, aume aument nta a a produtividade de alunos procrastinadores. 0uito da compulsão ( não a?er nada por muito tempo e querer salvar o mundo depois em duas "oras, como alei ( ocorr ocorre e no isolam isolament ento o dos pratic praticant antes@ es@ sem um compar compartil" til"ame amento nto saud4v saud4vel, el, espor4dico de pro$resso, as pessoas pess oas tendem mais a procrastinar. procrastinar. W4, no começo, como em todo tipo de perormance, uma relut\ncia em aceitar que al$o eito em doses doses "ome "omeop op4t 4tic icas as surt surta a eei eeito to ( assim assim como como a maio maioria ria tem tem resist esistên ênci cia a a modelos de $erenciamento de tempo. ' maioria ac"a que uma asana de E< minutos é muito mais proveitosa do que uma de E< se$undos. Que E<<< lin"as
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de di4r di4rio io são são mel" mel"or ores es que que E<. E<. 9o enta entant nto o a cons const\ t\nc ncia ia se most mostra ra mais ais importante que a quantidade, como ocorre nas artes e na m^sica, por exemplo. 3ssa técnica de monitoria por um orientadorHami$o associada a períodos curtos de prod produç ução ão Imas Imas conc concis isos os e cons consta tant ntes esJJ oi oi comp compro rova vada da com com suces sucesso so em pesquisas com estudantes de mestrado e doutorado. Uer Uer uma visão macro da pr4tica, como seu ob;etivo `supremo `supremo Ipor exemplo, o controle ísico e mental com 'sanaJ é muito ^til para manter a motivação acesa. 3ssa motivação macro, multiatorial, mantém a vontade de praticar muito mais do que apenas se oerecer recompensas para cada passo dado. 3sse $rande ob;etivo, motivador, deve ser dividido em pequenas metas, tão pequen pequenas as que corre correspo sponda ndam m ao mínimo mínimo necess4 necess4rio rio para para a?er a?er o "4bito "4bito evoluir% se a meta da min"a asana é ED minutos, que eu aumente diariamente apenas al$uns se$undos. Be a meta é escrever no meu di4rio, o mínimo que eu posso a?er é escrever uma ou duas palavras. 3 aumentar a meta paulatiname paulatinamente% nte% D se$undos se$undos por dia@ E palavra a mais por dia@ um verso a mais, no caso caso de memo memori ri?a ?açã ção o de )ibr )ibrii sa$r sa$rad ados os.. 3scr 3screv eva, a, na sua sua ol" ol"a, a, qual qual a quantidade mínima que você pode aumentar na sua pr4tica para que ela se;a muito 4cil. Be é o Aitual 0aior do Wexa$rama, dívida ele em pequenas partes e v4 acrescentando diariamente. 3m paralelo 5 transormação da pr4tica em "4bito, é importante aparar as arestas e tornar os "4bitos simpl&rios em mais autom4ticos ainda. Be você não li$a para roupas, $aste menos tempo escol"endo que roupa usar. Be você não li$a para comida, que coma a mesma todos os dias e $aste menos ener$ia com isso. Quando os "4bitos do dia(a(dia estão fxados, podemos passar 5 etapa de criação de cadeias, onde associamos nossa pr4tica m4$ica aos nossos "4bitos di4rios. 1 que você a? diariamente7 Uoma caé7 Uoma ban"o cedo7 'corda né7M Come7 :ebe 4$ua7 Como sua pr4tica m4$ica, que você tem tanta difculdade de a?er constantemente, pode se associar a esses "4bitos7 3m ve? de mi;ar no mict&rio no trabal"o, que tal ir 5 cabine no ban"eiro e adorar '"at"oor ao meio( dia, antes de sair pro almoço7 9ão adianta antasiar demais e ac"ar que s& vai poder praticar as adorações solares quando estiver no recanto do seu doce lar e depois di?er `a", eu estava no trabal"oM 9ão espere que a orça de vontade se;a i$ual se você pratica uma ;o$ada de Uarot no dia ou se você pr4tica E< rituais e D< adorações no dia se$uinte. ' orça de vontade é como o bíceps que você treina ali na academia da esquina Ie se não o a?, deveria, porque o corpo adora um exercícioMJ% se você o usa demais, maiores as c"ances de se cansar. Be você quer criar m^sculos tendo o mínimo de esorço, o ideal é treinar pouco, num local que aça parte de sua rotina, em doses paulatinas. 1 mesmo para a pr4tica% comece com uma quantidade pequena que não precise de tanta motivação@ que se;a impossível de se ne$ar. Be quer a?er D< _exões por dia, comece com uma ^nica ou cinco. 3 nem preciso comentar da
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import\ncia de ter um canto ou v4rios de pr4tica% nin$uém merece se preocupar em or$ani?ar um cmodo inteiro diariamente antes das pr4ticasM 8eixe tudo no esquema. importante lembrar que transormar as pr4ticas em "4bito não é coloc4( las totalmente no autom4tico, mas sim $astar menos ener$ia com a repetição e usar a motivação para ocar no processo de execução e perormance. como o m^sico que, memori?ando uma peça, esquece a partitura e pode ocar mais em seus movimentos e na din\mica da m^sica. 1 "4bito da pr4tica m4$ica, mesmo depois de ormado, deve permanecer 4cil. 3sse é o ob;etivo da pro$ressão $radual. !arece boba$em, mas ima$ina que você diminua E[ de qualidade por dia. <,kk x <,kk <,kGtili?e os $atil"os a seu avor, como disse anteriormente. Be você acorda sistematicamente 5s %<< da man"ã e toma caé, associe a isso uma pr4tica que queira a?er. Be você c"e$a do trabal"o e vai direto ao ban"o, emende em se$uida um ritual que quer praticar. Quando eu tin"a difculdades de escrever no di4rio, deixava(o aberto ao lado da cama, no quarto, com uma caneta ao lado. 3ra 3ra c"e$ c"e$ar ar,, prat pratic icar ar e lo$o lo$o escr escrev ever er.. *ma$ *ma$in ine e se meu meu di4r di4rio io esti estive vess sse e no computador do trabal"o, no escrit&rio% teria que anotar numa ol"a ou celular, esperar o dia se$uinte e transcrever. 8eu pre$uiça s& de pensar no trabal"o que seria. 'ssociei por um tempo a pr4tica de 'sana 5 pr4tica de esportes, conorme instrução de meu *nstrutor% exercício intenso "abitual, se$uido de 'sana@ até que se tornaram praticamente uma pr4tica con;unta. 9ão basta s& querer mel"orar e se aproximar cada ve? mais de seu ob;etivo, parte do trabal"o é eliminar o que te impede de c"e$ar l4. !are a$ora e escreva o que te impede de c"e$ar no seu ob;etivo. 1 di4rio é undamental nesse processo todo. 'lém de ele ser um relato do seu pro$resso, ele serve para você anotar coisas relevantes e liberar espaço mental para outras coisas% é como a listin"a de tareas do trabal"o@ est4 tudo l4 e você não precisa precisa se aborrecer aborrecer esquecendo esquecendo seus compromisso compromissoss e o "ist&rico "ist&rico das
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coisas. 3 quando estiver com a pr4tica sendo uma parte de sua rotina, você pode vari4(la e mudar par\metros para novas exploraç rações, tornando(se (se a experimentação mais interessante e diversifcada. Quando estiver a fm, escreva muito muito.. Quan Quando do estiv estiver er mais mais ou meno menos, s, escre escreva va o nece necess4 ss4ri rio o. Be insp inspira irado do,, desen"e. Be menos inspirado, talve? apenas um rascun"o. 0as escreva. 9ão esqueça da ale$ria% busque contentar(se com o pouco que conse$ue reali?ar a cada dia. )embre(se que seu ob;etivo não é mais E "ora de 'sana e sim + minutos apenas, aqui e a$ora. Be você não pde a?er aquela adoração de liber libe r Aes" em plena meia noite porque seu cn;u$e estava dormindo, leia em vo? baixa, e fque eli? em cumprir. 6ocê pode celebrar suas pequenas conquistas dando(se, por exemplo, um belo ;antar ou aquela cerve;a especial, no fnal do mês. Compartil"e também suas difculdadesM Bomente sabendo quais são os nossos pontos racos e compartil"ando nossas ma?elas é que conse$uiremos, unidos, mel"orar a consciência de nossas experiências rumo 5 2rande 1bra, nos tornando os "omens e mul"eres aptos ao bei;o do nosso Ba$rado 'n;o 2uardião. Aeerências :1*C3, A. !roessors as riters% a sel("elp $uide to productive ritin$ . Btillater, 9e -orum !ress IEkGkJ. :1*C3, A. !rocrastination, !rocrastination, bus/ness and bin$ein$ . Caliornia Btate >niversit/, )on$ :eac" IEkGkJ. BCW1>Z39:>A2, W. !rocrastinators !rocrastinators and ear o ailure% an exploration o reasons 6ol. F,++D(+F IEkk+J. or procrastination procrastination . 3uropean ournal o !ersonalit/, 6ol. 1BUA*U 1BUA*UB B' '', B.@ BW63UB BW63UB,, 3. 'ttainin$ excellent learnerY "abits in t"e esp 8nepropetrovs IEkkGJ. course . 9ational 0inin$ >niversit/, 8nepropetrovs Frater A%arant$us
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6oa; 9.!
Be c"ove esquenta Be nubla esria Ua Ua rio e ta quente 9ão se apoquente Uudo Uudo mudar4 3splendorosamente. 9essa est4vel i$nor\ncia Ue Ue excita ou repulsa repulsa Ue Ue pulsa ou paralisa 9ão se rubori?a ' nature?a é amoral *n^til ou !r4tico. 8in\mico ou ext4tico Ua"uti, e, é )e$"ba Uudo Uudo ;unto e misturado Com 0ercvrio amal$amado. amal$amado. H4!
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A Busca pela 'rde% M
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de ensaiar todos os dias e precisar atin$ir um determinado patamar, mas o aprendi?ado estar4 orientado a um fm especifco. 3 isso não é um problema, na verdade que bom que é assim. 'c"o que tem muito mais $ente que no undo quer mesmo pertencer a uma banda e não estudar m^sica, e que bom que essas pessoas `pelos motivos errados acabam caindo no lu$ar que as a? mais eli?es, e esse é um camin"o que eu ve;o muito presente em todo tipo de ordem Ie que oi o meu casoJ. 'ssumo aqui min"a "ipocrisia, como uma pessoa que não tin"a muita ideia de como era a ' V' V quando assinou o ;uramento e que "o;e a ' V' V é o ponto central e condutor da vida. 0as também escrevo isso tendo me dedicado por dois anos em um trabal"o coletivo, para fnalmente perceber que eu simplesmente não curtia aquilo ali, estava l4 pelas pessoas, pela pr4tica, para a;udar, pelo presti$io, mas não para o que a ordem se propun"a mesmo. 3 como escol"er a ordem pereita pra mim então7 1u su$erir pros outros7 8e posse da c"ave mística de que `aprender como entendemos ormalmente é um trabal"o transversal das ordens, o se$redo é a?er escol"as ruins, mas não muito ruins. 3xistem diversos beneícios em entrar em uma ordem% Be;a para você se sentir bem, intera$ir com outras pessoas, e até mesmo pra se encontrar, além do beneício de te a;udar a entender o que você não quer numa ordem. 3vite entrar coisas que pedem $randes somas de din"eiro para iniciar, ou que se propõe como substitutos a tratamento médico. Corra de lu$ares que desaconsel"em você a ler o que você quiser, se;a di?endo que é `do mal se;a di?endo que vai `te atrasar. Questione por que o espaço não tem mul"eres, ne$ros, l$bts etc. !er$unte o m4ximo possível sobre as reuniões e rituais. 0uitas ve?es, por diversos motivos, uma ordem pode não querer revelar detal"es de seu rito de iniciação, mas isso não si$nifca que ela não possa te transmitir $arantias sobre certos aspectos de se$urança. Com conversa e atenção é possível separar quem est4 prote$endo um se$redo le$ítimo e quem est4 ocultando al$o esquisito. )eve em consideração não s& o que você ouviu mas como cada situação se desenrolou. *nstituições são compostas de pessoas, e pessoas vacilam, cometem decisões erradas, o $rande mérito dos $rupos sérios é a resposta ol"ando no ol"o e di?endo `é, "ouve isso, não oi le$al, "o;e não é mais assim. 9unca se esqueçam, nin$uém é `verdadeiro ao ponto que compense você se submeter a uma relação abusiva. 9en"um le$ado é bom o sufciente que valide erro erros, s, desli desli?e ?es, s, equí equívo voco coss e ;ul$ ;ul$am amen ento toss err errne neos os.. Be o tom tom pra pra abor aborda darr o passado é de `todos contra n&s, se o rolê que você t4, tem uma relação meio esquisita com todo mundo que t4 a sua volta, ;4 é um alerta amarelo.
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*ndependen *ndependente te de acertar acertar de primeira primeira ou não, é importante importante se ter em mente que existem dierentes modelos e dierentes ob;etivos para pessoas dierentes, e que muitas ve?es coisas que te incomodam em uma ordem, di?em respeito a sua pr&pria iniciação, e esses espaços são um dos terrenos mais érteis para lapidar essas arestas. 8epois de um ou dois anos em uma instituição dessas ocorre um enmeno que é como o desvelar da borboleta, você se sente insatiseito, desconort4vel, começa aquele comic"ão, e o ob;etivo desse texto é re_etir sobre ele. 3ste comic"ão não tem nome, mas nos abate quando temos al$um tempo de ordem, nos estabili?amos ali com aquele _uxo, ;4 percebemos que certas dores de cabeça são cíclicas ou que certos procedimentos são en$essados, 5s ve?es queremos muito mais ma$ia cerimonial e muito menos meditação, ou queremos muito mais meditação e muito menos ma$ia cerimonial. 8epois de meditarmos sinceramente se a predomin\ncia desse desconorto vem de dentro de você ou do lu$ar que est4, di?emos para n&s mesmos% `8eve ter al$o mel"orM `3u mereço al$o mel"orM. Be ima$ina que a$ora com ba$a$em, um verdadeiro iniciado e com con"ecimento, se est4 pronto para embarcar na odisseia para encontrar a ordem ma$ica pereita. Ben Bendo a ma$ia a$ia e a mat matem4t em4tic ica a ciên ciênci cias as tão pr& pr&ximas imas,, e a astr astro oísi ísica ca desempe desempen" n"and ando o um papel papel imenso imenso no esoteri esoterismo smo ociden ocidental tal,, ac"ei ac"ei pruden prudente te recorrer a estes para a;udar nessa ;ornada. 9omeado pelo ísico 3nrico -ermi, o `problema de -ermi tem diversas aplicações da ísica e na matem4tica que eu não aço a menor ideia por que não sou dessas 4reas, mas como bom nerd, posso alar sobre o `paradoxo de -ermi ou sobre suas supostas soluções, ou mel"or ainda sobre como os ãs de fcção científca se apropriaram desse conceito para re;uvenescer o estilo nessa era de inormação intensa. 9o cont contex exto to da fcçã fcção o cien cientí tífc fca a `para `parado dox xo de -ermi ermi se ree reerre a% 1 apar aparen ente te tama taman" n"o o e idad idade e do univ univer erso so su$e su$errem que que muit muitas as civi civili li?a ?açõ ções es extraterrestres tecnolo$icamente avançadas deveriam existir. 3ntretanto, esta "ip&te "ip&tese se parece parece incon inconsist sistent ente e com a alta alta de evidên evidência cia observ observacio acional nal para para suport4(la. >m excelente la?er de um domin$o a tarde é procurar em um buscador por `paradoxo de -ermi soluções e se aventurar por p4$inas e mais p4$inas de con;ecturas criativas. ' quantidade e rapide? de acesso a inormação que temos disponível "o;e é inima$inavelmente superior ao que qualquer outro ser "umano na "ist&ria da civil civili? i?aç ação ão teve teve aces acesso, so, a "uma "umani nida dade de tem tem ai v4ri v4rios os mil" mil"ar ares es de anos anos de civili?ação or$ani?ada e paralelo a esse desenvolvimento espiritualidade sendo produ?ida e vivenciada. Com tanto con"ecimento esotérico e "ist&rico a$ora
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disponível, não s& na internet como um todo, mas com universidades, coleções privadas etc. 1nde 1nde est4 est4 a orde ordem m ma$i ma$ic ca a que que mais mais comb combin ina a comi comi$o $o77 'que 'quela la que que mistura cabala com rosacrucianismo, U"elema, mas que também ensina sobre c"acras e tem l4 uma instrução secreta sobre ma$ia sexual, sem torcer o nari? para a inte$ração do atabaque nos rituais. HIPN0ESE C' ?ELES O LES O ES0' AQDI@
6amos amos come começa çarr com com a cl4s cl4ssi sica ca teor teoria ia da cons conspi pira raçã ção o de que que vida vida inteli$ente extraterreste ;4 "abita nosso planeta, apenas não sabemos. 3les nos condu?em de orma invisível para um prop&sito maior, benéfco ou não. possível se debruçar sobre este ar$umento em especial quando se est4 eli? dentro de uma ordem. 0esmo com todos os problemas e c"atices, se no undo você ol"a pra si e se percebe mais eli? do que antes, talve? você este;a na ordem certa, e os problemas se;am s& ormas de você trabal"ar al$o em si sem nem perceber. HIPN0ESE C' ''LN5I*':
Be$undo o"n :all, não "averia evidências de vida extraterreste extraterreste por que ela evoluiu bil"ões de anos antes de n&s, dominou a $al4xia e a$ora decidiram não inte inter rer erir ir cono conosco sco,, como como a?e a?emo moss com com anim animai aiss em rese reserv rvas as _o _ore rest stai ais. s. 9os 9os debruçando sobre essa "ip&tese, talve? essa ordem ma$ica pereita exista, mas ela é composta apenas pelos mais altos iniciados que oram criados em amílias de iniciados por séculos e você nunca ser4 capa? de entrar. Ber4 que esse pro$n&stico é plausível7 js ve?es ambicionamos aquela ordem que s& tem instruções presenciais e lon$e, ou a que é muito muito diícil de entrar, ou que demora uma década, mas nunca co$itamos que 5s ve?es se matar de esorço não é a mel"or solução. Quase todo rolê esotérico tem al$uma orma de expressar que `em todas as crenças existe uma $ota da verdade, então se talve? a ordem que você mais quer é literalmente inatin$ível, pode si$nifcar que você est4 obcecado por um camin"o sem co$itar outros que podem te condu?ir de orma mais suave. HIPN0ESE CE 1' SE 'DIR A 0RA1SMISS' :
>m ar$umento usado pelo coletivo B3U* IBearc" or extraterrestrial inteli$enteJ é o de que que talv talve? e? os alie aliens ns este este;am ;am de ato ato tran transmi smiti tind ndo o evid evidên ênci cias as de sua sua existência mas não ten"amos as tecnolo$ias sufcientes para isso ou mesmo que eles nunca ten"am co$itado usar tecnolo$ias que n&s detectamos.
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8ada 8ada a quan quantid tidad ade e de lín$ lín$ua uass cata catalo lo$a $ada dass e a quan quantid tidad ade e de expr expres essõ sões es espirituais que possam se assemel"ar a uma ordem ma$ica, e se a ordem pereita pra você or uma ordem mon4stica suf no Uurcomenistão7 3 se essa ordem aceitar os candidatos que batem a porta dela mas ;amais tiver eito um an^ncio na internet ou mesmo recebido um antrop&lo$o via;ante7 !recisamos estar preparados sempre pra "ip&tese que existir uma ordem ideal e mesmo ser possível entrar nela, nem sempre é sufciente. 1 crivo e a busca ra?o4vel tem que passar para além disso e se considerar a mel"or "ip&tese ao seu alcance e não antasias ex&ticas. !ara !ara isso, ;4 temos a 'tl\ntida. HIPN0ESE CA *IILIA' QDE *A1S'D CE EGPL'RAR :
Ualve? Ualve? exploração se;a apenas uma ase, e que depois al$uns mil"ões de anos, civili?ações deixem de ver valor ou ac"ar interessante explorar. explorar. 3ssa é talve? uma das "ip&teses que mais encaixa com o discurso aqui. 8iversas orde ordens ns vem vem deix deixan ando do de lado lado a preo preocu cupa paçã ção o em trei treina narr inic inicia iant ntes es ou se propa$andear e passam a investir os caros esorços no desenvolvimento da sua corrente ma$ica internamente. 9esses casos pra resolver basta enfar a cara na biblio$rafa sobre os temas que te apaixonam, se al$o existe ativo mas que não se propa$andeia, provavelmente ser4 citada em al$um lu$ar. HIPN0ESE CA 0ERRA RARA:
3studiosos ale$am que pode existir al$o muito especial na terra mas ainda não perc perceb ebid ido o ou mesm mesmo o "ist "ist&r &ric ico o que que e? e? ela ela dese desenv nvol olve verr vida vida inte inteli li$e $ent nte e em detrimento de outros planetas com condições i$uais. !ara a existência de uma ordem ma$ica, assim como para a existência de um planeta "abit4vel não basta um querer sin$ular de um $rande iniciado. Bem bons discípulos, traque;o social e fnanceiro, pro;etos podem simplesmente aundar no primeiro respiro. 3ntão você bota ai na conta de que precisa de um $rupo de pessoas com características `ideais pra que a coisa perdure minimamente pra você ter acesso a ela. preciso se derontar com o antasma que talve? você se;a muito bom mesmo e é isso ai que t4 ai. Uodo esse papo descontraído misturando fcção cientifca e ma$ia é muito le$al, mas também é um recorte super ec"ado e academicista, e que talve? como você leitor, ten"a al$umas d^?ias de pessoas com a mesma vontade, ba$a$em, determinação, inteli$ência etc. 3 que mais do que pa$ar de mestre acensionado, talve? o que alte no seu rolê se;a uma pessoa boa como você, construindo al$o para todo mundo e não s& para a?er a sua ima$em presente. 32
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1 dese;o pela `1rdem 0a$ica !ereita muitas ve?es é um dese;o de vaidade, de se ver espel"ado no universo e se ac"ar tão especial que não se tem mais nada a transmutar. Uantas outras vem de uma miopia em crer que você se aproxima mais da `onte ma$ica quando você bota mais coisa e palavra e vela no ritual e não quando você bota menos. 0as afnal, se a $ente não vai lapidar o e$o, vai trabal"ar o quê pra se iluminar, né7 Quebre a cara sempre, se desencante, saia, envie aquele email mandando aquelas pessoas tomarem no cu, tire um tempo para esriar a cabeça e recomece tudo de novo, mas $erencie seus pre;uí?os. ' cada desencanto, você vai con"ecer mais sobre si mesmo, e se tudo der certo, vai aprender aquele rolamento esperto pra não se mac"ucar ao cair, levantar e estar pronto para o pr&ximo pr&ximo ciclo. 1 amor é a lei, amor sob vontade. FrFr- F--L
-rvlk$mail.com
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'l+, Mul$er RendeiraT
1u, a la ama de mis artes. >m poema a Bacerdotisa da 3strela !rateada. mais 4cil um camelo rolar no asalto do que um peito de c"umbo cru?ar os teus sete desertos. 8iante de ti, Céu e Uerra% dois lados de um livro aberto, vinte lados das mesmas moedas. I's coisas e vidas passeiam livres pela rede que arremessas cedin"o na !raia do 3terno 'man"ecer, e rede que livra é s& mais um dos prodí$ios possíveis que podem rolar entre as tuas colunas.J ' tua teia% Be o ol"o vê cadeia por excesso de car$a 9a caveira. 0as a )ua plena 3m uma poça serena, 8esa?endo(se em fos de prata 0e e? ver tua taça e também tua "arpa, 3 assim de um tapa 6i que a )u? é tua capa, 3 que atr4s deste pano Borris do meu pranto.
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Uu Uu és c"eia de $raça. Rafael Medeiros
9ota% prov4vel que o título em 3span"ol soe estran"o, ou mesmo este;a incorreto para a norma culta. Bou um $rande entusiasta e praticante do que o alqu alquim imis ista ta -ulca ulcane nell llii c"am c"amou ou de `Caba Cabala la -onét onétic ica a,, ou `)in$ )in$ua ua$e $em m dos dos !4ssaros, que nada mais é do que estender o que se a? com o alabeto "ebraico para todos os idiomas e sistemas sí$nicos, se;am alabéticos ou não. 9este título, se você ol"ar bem, estão contidas as expressões `alma mater, `matér `matéria ialam lama, a, `rtemi rtemis s e `seta `seta,, para para citar citar al$uma al$umas. s. 3stas 3stas permut permutaçõ ações es a?em com que o campo sem\ntico da setença se dilate, avorecendo insi$"ts sobre o 'tu, sobretudo quando relacionados ao corpo do poema. Como deensor da tese de que a lin$ua$em é muito mais do que erramenta para listas de compras, uso de min"a poesia para restituir(l"e 5s suas unções de or4culo e erramenta m4$ica.
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Encantaria de *od>, tinta nan(ui% e a(uarela #. ) 4.- Ricardo olinger anin-
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So;re a %in$a peculiar e)peri+ncia e% ser u% aspirante a Santa 'rde% 3ra um, aparentemente auspicioso, dia EE e o sol estava sob a casa ?odi ?odiac acal al de rie ries, s, e acr acredit editav ava a eu ser ser um bom bom mome moment nto o para para come começo çoss e recomeços. 0e levantei por volta das F da man"ã, e ui para o meu treino na academia antes de começar o dia no trabal"o, coloquei o ;uramento recém( impresso, tal como "avia recebido, dentro de um envelope e este dentro da min"a bolsa que me acompan"ou até o $in4sio. Wavia acordado bem(disposto, e assumido o compromisso de assinar o ;uramento ao fnal da tarde numa "ora previamente escol"ida, a temperatura era a$rad4vel, o céu com poucas nuvens e uma eletricidade no meu \nimo e no meu corpo pois, ;4 "avia mais de um ano, ansiava por esse momento e o que ele si$nifcava. Como a vida é uma bela interpolação entre planos e desencontros, vit&rias e derrotas, a surpresa daquela man"ã oi a min"a distração em não notar a m4 colocação de um cabo de aço ;4 desfado prestes a cair, ou mesmo o ato do aparel"o estar quase desmontado, como não era de costume, e min"a mente, a de um pisciano re$ular, via;ava em paisa$ens lunares, incapa? de ler um aviso que também estava ali] :an$M Bessenta quilos direto na parte anterior da cabeçaM 3u estava sentado no c"ão, al$umas pessoas ol"avam, eu tentava entender o que aconteceu] dor late;ante na cabeça, tontura, $elo, duc"a, carro, trabal"o. 'pesar do incmodo conse$ui trabal"ar até certo momento, mas meu s&cio a época ac"ou mel"or que eu osse proc procur urar ar um médi médico co,, coisa coisa que que eu não não costu costumo mo a?e a?err a meno menoss que que este este;a ;a morrendo, então ui para casa. Babia que não poderia dormir, então esperei a "ora adequada, e ui a?er o procedimento de assinatura do ;uramento e os outros nele envolvidos como "avia pedido meu ne&fto. ' parte do `são de mente e corpo me preocupou um pouco sobre se eu estaria mentindo no ;uramento, mas eu me sentia são o sufciente, e não "avia esperado tão ansiosamente para desistir. 3 assim, `na base da porrada, oi or;ada o que "o;e eu considero a primeira arma m4$ica do recém(probacionista% o ;uramento. ' base material, o amoso `papel assin sinado, é o símbol bolo de um compromisso, e um poder, internos que a$em e reverberam em todo o mundo exterior do probacionista. 'li4s, nesse momento o probacionista se encontra na pior das "ip&teses tateando no escuro, pois acabou de frmar um compromisso com a sua alma, de `obter um con"ecimento científco da nature?a e poderes do meu pr&prio ser] o que ele não sabe muito bem o que si$nifca, e nem como descobrir quando tiver conse$uido. ' se$unda erramenta, o di4rio, que al$uns também consideram uma arma m4$ica, eu vim a descobrir somente no dia E do mesmo mês, pois dois meses diíceis se se$uiram com dores de cabeça contínuas ao lon$o deles, tonturas, e claro aquela sensação inconundível de que você vai morrerM '", simM ' essa altura eu "avia decidido ir num médico a?er um
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c"ec(up da min"a situação ;4 que sentia dores constantes de cabeça, e não conse$uia a?er esorços ísicos, o que o médico confrmou e me aastou de uma das atividades mais pra?erosas do dia que era o momento que tin"a comi$o mesmo enquanto levantava peso no $in4sio. 9esse exato ponto oi onde comecei a descobrir que o di4rio era o tato, no ambiente escuro, mas ainda de orma tosca e pouco defnitiva. Como todo tolo meu oco inicial era nas pr4ticas e seus resultados, em aumentar o tempo que conse$uia manter a pr4tica nos meses que se$uiram, e ui c"e$ando a resultados que davam certo or$ul"o. 'té c"e$ar no, também comum, ponto de esta$nação ou de pro$resso mais lento. Comecei a me decepcionar, e então meu instrutor ao receber min"a primeira leva de di4rio si$nifcativa me apresentou a primeira dispersão% a pr&pria pr4tica e a \nsia por resultados. 9esse momento ui lembrado das ord4lias desse período, inércia e dispersão. 's cole$as que me acompan"ariam para o resto da min"a carreira dentro da Banta 1rdem, se$undo também me explicaram. 9esse ponto as coisas começam a fcar um pouco mais claras, e a sala escura oi aos poucos se tornando não numa sala, mas na orma de uma caverna com todas as impereições e texturas de uma, mas com um detal"e muito pecu peculia liar% r% ' cave cavern rna a é espe espel" l"ad ada. a. 3 devi devido do 5s impe impere reiç içõe ões, s, dist distor orçõ ções es,, os espel"os são planos, convexos, cncavos, bipartidos, tripartidos, estil"açados, de todas as ormas que a $eometria pode conceber. Beria &timo se o probacionista estivesse consciente desse ato, mas ele não est4, e a princípio luta com todos os re_exos de si mesmo. Cada deeito insuport4vel, cada coment4rio inapropriado, cada pessoa desa$rad4vel, e até sua pr&pria relação com o instrutor são re_exos de aspectos internos que ele insistentemente tenta culpar o mundo externo. ' lu? também não est4 clara o sufciente, o probacionista est4 muito lon$e da conversação, e difcilmente nesse ponto tem qualquer coisa que sequer pareça um arremedo de con"ecimento, ou visão. 9esse ponto tive uma experiência que prefro não detal"ar publicamente mas que oi um $rande sucesso em pr4ticas, pois a "avia estendido a tempos que ;amais ima$inei, especialmente nesse dia, que ali4s também oi um dia daqueles que se aproximam da pereição mesmo na vida mundana, e tive o que "avia sido até o momento a experiência mística mais estonteante que "avia provado. 9en"uma dro$a, transe xam\nico, or$asmo, ou qual qualqu quer er outr outra a expe experi riên ência cia "avi "avia a sido sido tão tão impa impact ctan ante te aos aos meus meus senti sentido dos. s. 'com 'compa pan" n"ad ada a de $ran $rande de insp inspir iraç ação ão onde onde f? nota notas, s, rabi rabisco scos, s, rasc rascun un"o "os, s, e or$ul"osamente entre$uei ao meu instrutor ;unto com uma leva de outras notas. '"""", dispersãoM in$enuidadeM Be a resposta do instrutor osse um encontro com uma $arota, eu teria tido o equivalente a um ora daqueles de fcar f car triste por uns dias. Com o `coração partido eu f?, com relut\ncia e um pouco de raiva, o que um bom probacionista deveria a?er% obedeci meu instrutor na ideia de aquilo era uma besteira, e nada muito além de uma experiência divertida. 9ão me entenda malM 3u sabia que tin"a passado al$o si$nifcativo, mas entendi que meu instrutor talve? quisesse me mostrar que aquilo era dispersão, afnal, "avia trabal"o a ser eito, tudo ainda era como antes, e não "avia atal"os no camin"o.
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Com os meses se passando essa experiência oi assentando em meu ser, e se colocando apenas como um ponto de pico numa curva que se estendia em altos e baixos, e que não era mel"or que de? sin$elos minutos de pr4tica disciplinada, part parte e de um con; con;un unto to or ormado mado por por dias dias cons consec ecut utiv ivos os de pr4t pr4tic ica. a. Aitm Aitmo o e const\ncia, além de aplacamento. 3sse momento específco me ensinou que eu, apesar de completamente perdido em relação a como solucionar o dilema do probacionista, tin"a pontos nos quais me apoiar, min"a pr4tica desde que sem \nsia de resultados, min"as tareas Iaquele papel que vem ;unto com o ;uramento, no casoJ, e os toque do instrutor. 3u comecei a entender que não importa o que acontecesse, se eu me mantivesse com essas $uias nas mãos seria mais diícil cair, ou perder o rumo. Bim, a caverna na penumbra e c"eia de espel"os, a$ora contava com cordas $uia. 's idas e vindas de di4rio, e as $ar$al"adas do instrutor que se divertia em como eu patinava em dispersão, e o quanto eu me levava a sério demais, oram undamentais. 'li4s, se levar a sério demais é um deeito com o qual eu ten"o pouca paciência nos outros. Be s& você se leva a sério, você é o quê, afnal7 1 8edé de `1s Urapal"õesM Urapal"õesM -a?er "umor em con;unto requer um certo refnamento mínimo de estraté$ia, `1s Urapal"ões, tin"am o 0uçum como o cac"aceiro, malandro, sambista@ o acarias que te a?ia rir com a risada dele, e as caretas, sem precisar di?er muito@ o 8idi que era o pal"aço mais c"eio de armadil"as, planos, e aparentemente mais esperto, o líder da turma] e o 8edéM 1 8edé é o pal"aço sem $raça, que s& é en$raçado em con;unto. !orque ele é o pal"aço que se leva a sério. 3 o que é o probacionista senão um n^mero de `1s Urapal"ões7 1 Uolo, no sentido de in$ênuo, imprudente, trapal"ão. -oi um momento tímido e semiconsciente de começar a perceber que ao meu redor tudo eram espel"os, ima$ens distorcidas ou não, de mim mesmo. !arece uma percepção &bvia e tola, mas mas que que s& é realm ealmen ente te comp compre reen endi dida da quan quando do vivid vivida a e não não quan quando do lida lida,, explicada, ou contada de terceiros. B& é possível obter con"ecimento através da experiência, vivendo o sistema na pr&pria carne e ossos. 1 assentar da incrível experiência mística de êxtase s& veio com os meses que se se$uiram, onde a lu? oi se tornando mais clara e diícil de suportar, as mãos ;4 tin"am difculdade de a$arrar as $uias, o tato ;4 era diícil de suportar, por tocar nas min"as pr&prias eridas. >ma experiência infnitamente pra?erosa em sua dor. Quando começou um período de 'pop"is, difcílimo de sair, porque quanto mais se tateia mais se mac"uca, mais se enxer$a, mais insuport4vel é ver, um ponto diícil de atin$ir% o undo do poço. 0in"a vida mundana não se tornou menos diícil, ao contr4rio, acompan"ou exatamente o momento interno que que vivi vivia. a. 9em 9em mesm mesmo o ec" ec"ar ar os ol"o ol"oss te impe impede de de nova novame ment nte e esta estarr se ol"ando, pois uma ve? assi ssim, os ol"os ec"ados ol"am para dentro.
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`C"e$ar4 o momento em que cada um, so?in"o, privado de todo contato material que possa a;ud4(lo em sua resistência interior, ter4 de encontrar em si mesmo, e s& nele mesmo, o meio de aderir frmemente, pelo centro de sua existência, ao Ben"or de toda 6erdade. I'l$umas observações sobre o trabal"o de Aené 2uénon, 'nnimo 3studos tradicionais, 'no D+, n +kJ 3 como no livro livro de U"ot", U"ot", que conta a "ist&ria "ist&ria de cada um, e qualquer qualquer um de n&s, veio 1 8iabo, ' Uorre] e depois de toda torre que se despedaça, ;o$ando seus "abitantes no solo, com raios e tempestade, te resta tão somente aspirar pelY' 3strela. Uoda experiência do probacionista não est4 em suas mãos, e todos esses eventos servem para ilustrar esse ato ine$4vel em qualquer experiência an4lo$a. ' Uorre de :abel que você construiu, a$ora não est4 mais de pé, sua tentativa in$ênua de alcançar 8eus oi destruída. Uoda essa experiência, como uma prova matem4tica por absurdo eHou por ne$ação, te ensinam a descobrir o que você realmente quer, através do con"ecimento daquilo que você não quer, não pode, ou que não combina mais com o seu curso de ação. 6ocê então escol"e um curso que a? sentido, um c&di$o de conduta pelo qual viver, que passa a ser então sua resposta ao dilema inicial, porque é a ^nica coisa que te resta resta.. 8espro 8esprovid vido o de certe? certe?as as in^tei in^teis, s, começa começa a$ora a$ora uma nova nova exper experiên iência cia,, porque os re_exos ;4 são con"ecidos no espel"o, o tato e as $uias se mostram con conf4 f4v veis eis como como antes ntes.. 8i 8io on -ortun rtune e ;4 escr escrev eveu eu que os sím símbolo boloss são são erramentas para a mente@ assim uma ve? que você conse$ue se ver como um dos Urapal"ões, ou vivendo um dos arcanos do tar, você começa a se modelar com com o seu pr&p pr&prio rio con; con;un unto to de símbo símbolo loss e inte intera ra$i $irr com com o mund mundo o atra atravé véss também deles e de outros símbolos universais. W4 uma nova ;ornada adiante, talve? de obter controle dessa nova orma de interação com o mundo, através da sua nature?a e seus poderes que a$ora são um pouco mais con"ecidos que antes. I-"#
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@0opdog@U do Mundo Inferior3m muitas muitas culturas culturas passadas passadas e presentes presentes ao redor redor do mundo, mundo, cães ou f$uras caninas estão associados ao 0undo inerior ou mundo dos mortos. W4 al$o de curioso nessa associação, especialmente para os ocidentais contempor\neos que veem os cães como os mel"ores ami$os dos "omens. 0isturar então essa noção de ami?ade e fdelidade com a morte, talve? o conceito mais desconort4vel com o qual temos que lidar, parece muito estran"o. 0in"as meditações e evocações me levam a contatar o 8eus 'n^bis, que que me ilumi ilumino nou u sobr sobre e essa essass cone conex xões. ões. 3sper 3spero o que que este este se;a se;a arti$o arti$o se;a se;a,, principalme principalmente, nte, um testemun" testemun"o o de como insi$"ts podem podem ser adquiridos através da pr4tica m4$ica. !rimeiro, porém, deixe(me amiliari?ar o leitor com al$uns pontos de vista sobre a li$ação entre os cães e a morte e sobre como eu converso com os 8euses e também, permita(me dar lo$o um aviso. 'o lidar com civi civili li??açõe açõess anti$a ti$ass neces ecessa sari riam amen ente te reco ecorremos emos a sim simplif plifccaçõe ações. s. 's representações e conceitos aqui discutidos certamente variaram ao lon$o do temp tempo o e do espaço espaço.. 'ssim 'ssim,, outra outrass ont ontes es pode poderã rão o apre apresen senta tarr ino inorm rmaç açõe õess con_itantes ou não totalmente concordantes. 9o anti$o 3$ito, os 8euses com cabeça de C"acal Isim, "avia mais de umJ est estavam avam princ rincip ipal alme men nte envo envolv lvid ido os na ;or ;ornad nada dos que ora oram m para para o além. 'n^bis, o mais amoso destes, era o 8eus do processo de embalsamento e tin"a o título de 1 mais importante dos ocidentais. Bendo o 1cidente a terra dos alecidos. ' principal teoria que podemos encontrar em qualquer livro de mitolo$ia acerca da li$ação entre estes 8euses e a morte é que nos primeiros enterros enterros na areia areia do deserto, deserto, c"acais, c"acais, animais animais oportunist oportunistas as e inteli$ente inteli$entes, s, eram requentemente vistos mexendo em sepulturas. Certamente estavam tentando comer parte da carne disponível. 'ssim, a presença constante destes animais em sepu sepult ltur uras as teri teria a sido sido o esto estopi pim m para para a cons constr truç ução ão dest destes es como como símb símbol olos os relacionados aos mortos e ao mundo inerior. inerior. Uen"o Uen"o certe?a de que as comunidades "umanas lo$o descobriram que cad4 cad4ve vere ress em deco decomp mpos osiç ição ão atraí atraíam am anim animai ais. s. 3u não não esto estou u so?i so?in" n"o o nest neste e pensamento. 'l$uns "istoriadores e antrop&lo$os acreditam que assim que os "uma "umano noss dome domest stic icar aram am as plan planta tass e come começa çara ram m a se fxar fxar em um pont ponto o $eo$r4fco, a eliminação de cad4veres tornou(se um problema. 3m parte, isto deve deve ter ter acon aconte tecid cido o devi devido do ao ato ato dos dos corpo corposs atra atraír írem em pred predad ador ores es.. 3 os predadores $eralmente si$nifcam peri$o. 3ntão, os enterros teriam se tornado uma espécie de norma, para que este e outros incmodos ossem sanados. !arece(me claro que as pessoas no 3$ito 'nti$o sabiam que os c"acais e os cãe cães esta estav vam realm ealmen ente te atr4s tr4s de al$ al$o par para come comerr e não est estavam avam interessados em nada espiritual. 9ão podemos descartar aqui, porém, que os que avistavam estes animais possam ter sido inspirados por estas visões de maneira a cria criarr al$u al$um m símb símbol olo o. 'pes 'pesar ar de esta esta teor teoria ia a?e a?err sent sentid ido, o, semp semprre me 41
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inco incomo modo dou. u. !arec arecia ia(m (me e que que "avi "avia a al$o al$o a mais mais ness nessa a din\ din\mi mica ca,, al$o al$o que que permanecia incompreendido. incompreendido. 'qui aço um aviso importante. Quando alo do incmodo acima, não me refro a nada acadêmico. 3sta é uma publicação de ma$ia e embora se;a sempre inter interessa essante nte respe respeita itarr certas certas re$ra re$rass acadêm acadêmica icas, s, não estou estou partic particula ularm rment ente e preocupado com o ri$or científco. !ortanto, min"a implic\ncia com a teoria dos `anima `animais is nas sepultu sepulturas ras não estava estava suport suportada ada necess necessaria ariamen mente te por dados dados materiais, mas era de ori$em íntima. 6olta oltand ndo o aos aos 8e 8eus uses es com com cabe cabeça ça de C"ac C"acal, al, é impo import rtan ante te nota notarr que que estudos recentes apontaram para o ato de que o c"acal do deserto e$ípcio não é realmente um c"acal, mas um lobo. 8e qualquer orma, é uma f$ura de `cão e, para discutir os símbolos, a an4lise do 89' é completamente in^til. 9a verdade, os anti$ anti$os os e$íp e$ípci cios os eram eram muit muito o bons bons em seus seus desen desen"o "os. s. 3les 3les cons conse$ e$ui uiam am,, aparentemente, representar cães em todas as suas dierenças I6e;a as f$uras abaix abaixo, o, mas mas note note a die diere renç nça a de temp tempo o entr entre e elas, elas, é prec preciso iso exer exerce cerr esta esta críticaJ. 3ntão, é muito curioso que 'n^bis não pareça realmente um c"acal ou um cac"orro I6e;a a f$ura do C"acal 3$ípcio e depois de 'n^bis, caso não o con"eça, também abaixo J. 3u li em al$um lu$ar Ie eu realmente não me lembro onde ondeJJ que que esta esta repr represe esent ntaç ação ão sin$u sin$ula larr de 'n^b 'n^bis is pode pode ter ter sido sido muit muito o bem bem intencional. Que este 8eus oi realmente visto como uma era mítica semel"ante a um cac"orro. Ualve? al$o como um canídeo $enérico.
-i$ura E. !intura em tumba revela um Iprov4velJ caçador com um cão Imais abaixoJ e um man$usto em coleiras. !intura de al$um período entre +.
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EG
'cesso
em
-i$ura +% !aleta dos `8ois Cães. Aeparem na representação da cabeça do cão. 'proximadamente de K.K<< antes de Cristo. Aetirado de% "ttps%HH.as"molean.or$Hto(do$(palette.. 'cesso em +FHE
-i$ura % 'qui est4 o C"acal 3$ípcio, a$ora recon"ecido como um )obo por estudos de 89'. Aetirado de% "ttps%HHnes.mon$aba/.comH+
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-i$ura K% 'n^bis est4 ao centro. 4cil de ac"ar. "ttps%HH.britannica.comHtopicH'nubis.. 'cesso em +FHE
Aetirado
de%
!ara os $re$o $re$oss anti$ anti$os, os, "avia uma f$ura f$ura import important ante e no Wades Wades que se encaixa na cate$oria ora discutida. Uendo três cabeças e sendo respons4vel por manter os mortos e os vivos separados, o Cérbero é um persona$em que ainda "o;e atiça a ima$inação Ive;a a série Warr/ !otter, por exemploJ. :em antes de o menino bruxo encontrar o `Cão do Wades, porém, a besta de três cabeças era mais amosa por ter sido capturada por Wércules em seus do?e trabal trabal"os "os.. Cérbero Cérbero não é um psicop psicopom ompo po como como 'nubis 'nubis,, mas ainda ainda tem laços laços estreitos com a morte e vive no mundo inerior. Como é bem sabido, os $re$os e os e$íp e$ípcio cioss troc trocar aram am todo todo tipo tipo de in_u in_uên ênci cias as cult cultur urai aiss e cois coisas as mate materia riais is.. Uambém, Uambém, por um tempo, o 3$ito oi $overnado por ara&sde lin"a$em 2re$a, os !tol !tolom omeu eus. s. 8ura 8urant nte e o domín domínio io 2re$ 2re$o o do 3$it 3$ito, o, 8e 8eus uses es e 8e 8eus usas as ora oram m undidos e acredita(se que 'n^bis era de al$uma orma equivalente a Cérbero e também ao Wermes Ctnico. 3ste ^ltimo sim, um psicopompo também. 1 pr&prio pr&prio Cérbero Cérbero pode ser entendido entendido como um equivalente equivalente direto direto dos cães do mundo real. 9ão é de se estran"ar que, desde os primeiros tempos, os cães ossem usados como $uardas e mantivessem propriedades e coisas a salvo de ladr ladrõe õess e inva invaso sorres. es. *sto *sto é, de cert certa a orm orma, a, o que que o Cérb Cérber ero o a?i a?ia a no Wades. 3le latia para assustar os mortos que escapavam e para alarmar seu mestre. claro que, sendo uma criatura mítica, o Cérbero também tin"a uma cauda de serpente e outras característi sticas estr stran"as em die ierentes "ist&rias. Uen"o certe?a de que o seu papel no mundo inerior também soreu al$umas alterações ao lon$o do tempo, mas vamos nos ater ao mais con"ecido para este ensaio. 44
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>m pouco pouco mais descon"ecido descon"ecido do $rande $rande p^blico, p^blico, creio creio eu, é o ato de que os 'stecas ou 0exicas também desenvolveram a li$ação entre os cães e o 0undo *nerior. *nerior. Uão Uão orte era essa conexão para eles que os cães costumavam ser sacrifcados em sepultamentos para $arantir que o morto encontrasse o camin"o cert certo o para para o p&s p&s vida vida.. 'lém 'lém disso disso,, eles eles ador adorav avam am um cão(8 cão(8eu eus, s, Xolo Xolotl, tl, que que estava associado aos raios e a morte. 3les também tin"am um sistema muito particular de ?odíaco, no qual o si$no do cac"orro( *t?cuintli( estava relacionado 5 morte. 3studiosos acreditam que a associação entre *t?cuintli e morte se frmou, pois este era o ^ltimo si$no da roda da mesma orma que o si$no de !eixes est4 asso associ ciad ado o ao desc descan anso so eter eterno no "o;e o;e em dia. dia. 3sta 3sta visã visão o dos dos cães cães aind ainda a est4 est4 viva viva no 0éxi 0éxico co nos nos dias dias de "o;e "o;e.. Como Como sabe sabemo mos, s, o povo povo 0exi 0exica cano no realmente celebra a morte e os que partiram, como mostram o estival do 8ia dos 0ortos e o culto de Banta 0uerte. 0uerte. incrível incrível perceber como al$uns traços culturais do anti$o povo mexicano ainda estão muito presentes. Como eu escrevi em al$um lu$ar neste ensaio, comecei a re_etir acerca dos dos deta detal" l"es es dess dessa a asso associ ciaç ação ão.. 3m ve? ve? de recor ecorrrer apen apenas as a peri peri&d &dic icos os acadêmicos, decidi adotar uma aborda$em mais m4$ica, pois queria também despertar outro ponto de vista. 3u f? uma série de evocações para 'n^bis, com quem eu ;4 "avia trabal"ado e desenvolvido uma relação m4$ica "4 al$um tempo. 'o descrever os métodos, aproveito a oportunidade para discutir al$umas aborda$ens e pontos de vista m4$icos. :em, as as evocações o oram eitas da man mane eira ma mais co corriqu iqueira possível. >m ritual de banimento primeiro, al$uns ob;etos em um altar, um apelo para o 8eus aparecer, um incenso queimando e 'n^bis apareceria em min"a mente e alaria comi$o. 8epois, outro ritual de banimento para fnali?ar. fnali?ar. 3u não não ac"o ac"o que evocaç evocaçõe õess m4$ica m4$icass preci precisem sem ser necess necessaria ariamen mente te complicadas e c"eias de coisas como ada$as, taças, capas e pilares. 9ão vou ne$a ne$ar, r, poré porém, m, que que quan quanto to mais mais elem elemen ento toss você você colo coloca carr no seu trab trabal al"o "o,, provavelmente mel"or ele ser4. 3u ten"o uma pequena e bela est4tua de 'n^bis que comprei do site do 0useu :rit\nico que sempre me preenc"e com um sentimento sentimento de admiração admiração quando a ve;o. ve;o. 3u acredito que esta est4tua est4tua se;a uma erra errame ment nta a pode podero rosa sa para para esta estass oper operaç açõe ões. s. 3u tamb também ém ten" ten"o o uma uma este estela la representando ele, uma pequena f$ura dele também est4 em al$um lu$ar do meu templo. Quando eu coloco meu altar, todas essas coisas f$uram nele. 3u sempre uso também o arcano da )ua do tar Crole/(Warris, que eu ac"o que é uma bela obra de arte e pereitamente dentro do contexto. 'lém disso, eu ten"o uma taça com ima$ens de 'n^bis que eu posso usar para oerecer 4$ua, vin"o, cerve;a ou qualquer outra coisa que ;ul$ue necess4ria. 1 incenso também est4 sempre queimando quando aço meu trabal"o. 3u ten"o queimado olíbano, 5s ve?es, cravo. 9ão observo estritamente as associações cabalísticas e planet4rias e entre o )iber e min"a intuição, fco com a se$unda. !orém, sempre estou ciente das associações da tradição e acredito que é este con"ecimento o que me permite tomar certas liberdades. Claro que você pode recorrer a essas ontes 45
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para ter uma ideia de onde começar, mas aconsel"o ortemente a não se tornar um `purista e a?er tudo conorme dita o livro. 9ão tema que al$o dê errado se você tentar coisas novas. 9a min"a experiência, na maioria dos casos tudo ou corre bem ou, pelo menos, sem $randes questões. 0as mesmo quando al$o indese;4vel acontece, "4 maneiras de se lidar com isso. Uer al$umas pessoas em sua lin"a$em m4$ica para l"e dar uma mão também pode ser importante, mas não estritamente necess4rio ao ponto de desencora;ar o praticante solit4rio. Como Como o leit leitor or dev deve ter ter notad otado o até até a$o a$ora, ra, esto estou u descr escrev even endo do a preparação para um ritual muito comum e usual pelos padrões da tradição m4$ica ocidental. 'l$o que é ortemente in_uenciado por Crole/ e pela 2olden 8an. 9ão vou ne$ar que se;a. bastante &bvio. 0as é apenas uma estrutura. nos detal"es que se deve colocar sua assinatura. 6e;a o que unciona. 3ncontre o que unciona para você. 9a etap etapa a fnal fnal da opera operaçã ção, o, não não aço aço um bani banime ment nto o de 'n^b 'n^bis is de maneira bruta. !arece(me al$o que realmente não a? sentido. `)i$uei para ele, ele veio, tivemos uma conversa muito ami$4vel e a$ora eu vou ;o$ar al$uns penta$ramas em c"amas s& para manda(lo embora7 9ão vai dar para culpar a entidade entidade se no pr&ximo pr&ximo encontro encontro as coisas orem orem de mal a pior. pior. 3ntão, 3ntão, eu aço uma uma `lic `licen ença ça para para part partir. ir. '$ra '$rade deço ço a 'n^b 'n^bis is e di$o( di$o(l" l"e e que que esper espero o vê(l vê(lo o nova novame ment nte e e espe esperro que que ele ele v4. v4. B& depo depois is diss disso, o, reali eali?o ?o o ritu ritual al fnal fnal de banimento. simples% a$ora estou tentando colocar tudo de volta em seu devido lu$ar. >m 8eus acabou de sair da min"a casa. 3le $osta de al$um espaço e talve? ele se sinta conort4vel demais na min"a sala e ten"a deixado al$uns copos su;os em cima da mesa. -oi tudo le$al, mas eu não quero tropeçar nas sua suas coisas mais tarde, então eu dou uma boa limpe?a na casa. sa. Bem oensa. 9en"uma intenção de se livrar dele, apenas de deixar as coisas no seu devido lu$ar. 'l$uns podem entender isso como uma maneira muito tola de ver as coisas, mas eu acredito que a? toda a dierença no relacionamento com a entidade com a qual você dese;a trabal"ar. 9ovamente, a experimentação é o sucesso. 3xperimentação, porém não deve despre?ar a prudência. evid eviden ente te que que est estou desc descrreven evend do tudo tudo de uma uma manei aneira ra muit muito o ami$4vel. ' ra?ão é simples% estou alando de um ou entidade ou espírito ou 8eus com o qual eu quero ter uma boa relação. ' mesma atitude não uncionaria em uma uma evoc evocaç ação ão necr necrom om\n \nti tica ca para para ala alarr com com al$u al$um m ant antasm asma a que que est4 est4 caus causan ando do prob proble lema mas, s, por por exem exempl plo o. ' estr estrut utur ura a do ritua rituall pode poderi ria a ser muit muito o semel"ante, mas não os detal"es e intenções. B& mais uma coisa antes de entrar no relato da experiência, que é breve, aviso lo$o. 's pessoas requentemente per$untam a n&s, praticantes de ma$ia se realmente acreditamos em deuses e espíritos e esse tipo de coisa. Quer di?er, as pessoas querem saber se ac"amos que são reais. !or real, di$o separados de
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n&s n&s e aut autno nomo mos. s. 1u se;a se;a,, mais ais do que apena penass cons constr truç uçõ ões de noss nossas as mentes. 9este assunto, cito Crole/ e di$o que não importa desde que as coisas este; este;am am unc uncio iona nand ndo. o. ' exper experiê iênc ncia ia é real real o sufci sufcien ente te,, não não impo import rta a o que que aconteça. 'qui, irei mais lon$e e direi a vocês que acredito que estas coisas são tanto externas quanto internas. 1 que quer isso di?er exatamente7 Como isso unciona7 3u não ten"o uma resposta. 8esculpem(me. Ualve? em outro ensaio no uturo. :em, fnalmente, isso sso oi o que 'n^ 'n^bis me contou sob sobre sua representação como um C"acal e sobre cac"orros e o mundo inerior 8urant 8urante e uma evocaç evocação ão em partic particula ular, r, eu estava estava a?end a?endo o a asana asana do `8ra `8 ra$ã $ão o e me conc concen entr tran ando do quan quando do 'n^b 'n^bis is apar aparec eceu eu em uma uma estr estrut utura ura semel" semel"ant ante e a uma tumba. tumba. Cumpri Cumprimen mentam tamos( os(nos nos e ele me deu al$uns al$uns insi$"ts sobre coisas pessoais. 3u ;4 estava querendo mesmo per$untar a ele sobre essas coisas, então, di$amos que oi muito oportuno. 0ais tarde, ele me disse que eu realmente não estava prestando atenção em nada se não conse$uia entender por que ele aparece para mim e para os outros como um cac"orro. 3le me disse que, indo para a ;ornada mais peri$osa e misteriosa de todas, a morte, as pessoas se sentem mais confantes e conort4veis com um compan"eiro leal e fel ao seu lado. 3le observou que se al$uém escol"esse um compan"eiro ou $uia ruim para uma via$em tão importante quanto essa, as coisas poderiam dar realmente errado. 3ntão, ele disse que os "umanos fcam bem 5 vontade quando percebem que o seu $uia é uma f$ura que eles entendem por eras como a mais fel e leal de todas as criaturas% o cão. 9ão tem nada a ver com animais em sepulturas e tudo a ver com lealdade , ele alou, e depois desapareceu. 3u fquei no meu templo admirado pela min"a pr&pria i$nor\ncia. Uudo a?i a?ia a tant tanto o sent sentid ido o que que eu não não cons conse$ e$ui uia a acr acredit editar ar.. )o$o o$o depo depois is dess dessa a experiência, procurei por essa associação no $oo$le, em livros e em peri&dicos exaustivamente e nada ac"ei. 0uito tempo se passou até que eu encontrasse uma pessoa especialista em 3$ito 'nti$o que me disse que tin"a como teoria pessoal essa li$ação entre a fdelidade canina e a ;ornada até a morte, mas essa pessoa recon"eceu que ou não "avia ou "avia muitos poucos te&ricos alando sobre este tema. 3u per percebi cebi que que deve deveri ria a colo coloca carr est esta vivê vivênc ncia ia no pape papel. l. 9ão 9ão oi oi a experiência mais intensa que tive ou a operação m4$ica mais assombrosa que f?,, mas f? mas orn ornec ece e uma uma visã visão o inte interressa essant nte e sobr sobre e as man maneira eirass pela pelass quai quaiss procu procuram ramos os compre compreend ender er al$um al$umas as coisas. coisas. 9ormal 9ormalmen mente, te, para para entend entender, er, por exemplo, um 8eus em particular, seria possível abrir todos os livros e sites possíveis sobre o assunto. 8epois de ler in^meras palavras, poderia parecer que sabemos muito, mas na verdade s& sabemos o que outras pessoas escreveram ou disseram. 3xperimentar as coisas é dierente. *sso é uma parte importante da ma$ia.
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1 'n^b 'n^bis is me cont contou ou al$o al$o que que eu nunc nunca a enco encont ntre reii em livr livros os.. Ualve alve?? realmente ten"a sido o que e? os anti$os e$ípcios verem o $uia para o mundo inerior como um cão. W4 uma $rande c"ance, porém, de que não ten"a sido nada disso. 3 quem se importa7 3u certamente não sei. *sso e? todo o sentido para mim. *sso me a;udou a entender um pouco sobre min"a pr&pria nature?a. claro que não discutirei detal"es pessoais aqui, mas acredite que oi muito mais rico do que qualquer coisa escrita no papel. >m aviso fnal% é claro que tais experiências não podem ser compreendidas de orma ob;etiva. 1u se;a, por avor, não podemos acreditar que experiências m4$i m4$ica cass como como essa essass poss possam am orn ornec ecer er dado dadoss fded fdedi$ i$no noss sobr sobre e civi civili li?a ?açõ ções es anti$as. 0a$ia não é "ist&ria e nem arqueolo$ia. 3spero que esta breve discussão e mais breve ainda relato ten"a sido o sufciente para despertar no leitor a vontade de reali?ar ou ainda de explorar mais a undo suas pr&prias experimentações.
•
`Uopdo$ pode ser tradu?ido como C"eão, mas preeri pelo termo em *n$lês para manter a brincadeira com `do$ que é palavra *n$lesa para cac"orro.
Aeerências% :ard,. 'n introduction to t"e 'rc"aeolo$/ o 'ncient 3$/t. Ea edição. +<<. Zile/(:lacell. Wornbur$, 3. U"e 'ncient 3$/ptian :oos o t"e 'terlie. Ekkk. Cornell >niv. !r. !r. Aitner, A. . U"e mec"anics o 'ncient 3$/ptian 0a$ical !ractice. Ekk. 1riental *nstitute o t"e >niversit/ o C"ica$o :e/e :e/er, r, W. U"e U"e s/mb s/mbol olic ic mean meanin in$ $ o t"e t"e do$ do$ in anci ancien entt 0exi 0exico co.. 'mer 'meric ican an 'nt"ropolo$ist. E<, KEk(K++. 8uquesne, U. acal at t"e B"amans 2ate% Btud/ o 'nubis, )ord o Ao(setae it" t"e con;uration to C"t"onic 8eities I!20 XX***J. EkkE. 8aren$o publications. Frater 0-S-Q--
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A %ensage% do Profeta do 1oo Aeon na o;ra do Bardo Raul Sei)as 8a an4lise das diversas obras de 'leister Crole/ IEGD(EkKJ podemos identifcar v4rias in_uências soridas pelo autor ao lon$o de sua vida, como a moral vitoriana em sua educação, a tradição liberal brit\nica pautada na ideia de liberdade individual, o decadentismo, orientalismo e principalmente a in_uência de $randes fl&soos, como :ertrand Aussell IEG+(Ek
9o livro `1 'nticristo, 9iet?sc"e ainda di? no início que o "omem do tipo superior, que ven"a a ser a representação da real evolução, aprimoramento, ort ortal alec ecim imen ento to,, são são caso casoss isola isolado dos, s, e se apre apresen senta tam m como como uma uma espé espéci cie e de `sup `super er(" ("om omem em em comp compar araç ação ão ao resto esto da "uma "umani nida dade de.. 3le 3le cont contin inua ua demonstrando como o cristianismo travou uma luta contra esse tipo de "omem e como ele baniu todos os instintos mais proundos de tal tipo, rele$ando(os ao campo do pecado e corrupção. 3m diversos escritos, Crole/ a? reerência ao fl&soo alemão. alemão. 3m seu livro `0a$ic it"out tears unexpur unexpur$ated $ated commented, commented, cap KG, 9iet?sc"e é considerado como um proeta do novo 'eon. 9esse mesmo livro, Crole/ a? outras reerências a ele Icap.J%
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9iet?s 9iet?sc"e c"e expr express essa a a floso flosofa fa desta desta 3scola 3scola,, nessa nessa medid medida, a, com consider4vel precisão e vi$or. 1 "omem que denuncia a vida se limita a defnir(se como o "omem que é desi$ual a ela. 1 "omem cora;oso se ale$ra em dar e receber $olpes duros e o "omem cora cora;o ;oso so é ale$ ale$rre. ' idei ideia a do 6al"a al"all lla a 3sca 3scand ndin inav avo o pode pode ser ser primitiva, mas é viril. >m céu de concerto popular, como o do Cristão@ de repouso inconsciente, como o do :udista@ ou mesmo do pra?er sensual, como o do 0uçulmano, excita a sua n4usea e o despre?o. 3le compreende que a ^nica ale$ria que vale a pena é a ale$ria da vit&ria contínua, e a pr&pria vit&ria se tornaria tão mansa como um croque se não osse temperada pela derrota i$ualmente contínua.
9a passa$em acima, podemos observar a aproximação do pensamento de Crole/ com o de 9iet?sc"e no que tan$e a crítica 5s reli$iões e, principalmente, de orma mais indireta, sobre a vontade de potência que levaria o "omem a busca pela superação contínua de si mesmo. 3 por isso 9iet?sc"e sur$e su r$e como um dos santos $n&sticos em )iber X6, ritual con"ecido da 1U1. Como vimos, o estudo de U"elema é muito mais complexo e importante do que parece. 3, ao tra?er para o cotidiano brasileiro essa &rmula de um 9ovo 'eon, como proposto por Crole/ desde `1 )ivro da )ei, com todas essas nuances intelectuais e místicas, o m^sico e compositor Aaul Beixas IEkKD(EkGkJ se tornou o maior divul$ador popular de U"elema no :rasil, e talve? mesmo o maior no mundo não apenas pela quantidade de composições e interpretações, mas também pela qualidade. Aaul, com o seu anarquismo, a? uma contraposição aos sistemas vi$entes sociais, econmicos, políticos e reli$iosos de sua época, parean pareando do com outro outross nomes nomes do mundo mundo artíst artístico ico inter internac nacion ional al que também também divul$aram U"elema de al$uma orma como artistas do roc. !or exemplo, 1??/ 1sbourne IEkKG(J que comps a m^sica `0r. Crole/ em tom de crítica@ 8avid :oie IEkK(+
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aind ainda a "o;e o;e o seu seu nome nome,, ao lado lado de 3ucl 3ucl/ /des des )ace )acerrda e de Aaul aul Beix Beixas as,, permanecem como estrelas no universo t"elêmico. 0otta c"e$ou a compor com Aaul al$umas das mais interessantes m^sicas% `Uente 1utra 6e?, `' 0açã, `3u Bou 3$oísta, `!eixuxa, 9ovo 'eon Iaqui su$erimos também a leitura das obras `Aaul Beixas por ele mesmo da 0artin Claret, Ekk<@ e `1 :a^ do Aaul, ed. 2lobo, Ekk+J. unto a nomes como B/lvio !assos IEkF(J, Uonin"o :uda IEkD<(J, !aulo Coel"o IEkK(J, Cl4udio Aoberto IEkD+(J, dentre outros com quem e? parceria Imuitas ve?es conturbadasJ, o compositor baiano atraiu a atenção do p^blico e mesmo das autoridades da ditadura brasileira dos anos < pela trans$ressão ao sistema que tais parcerias mostraram. Aaul não alava abertamente na mídia sobre sua tra;et&ria ocultista, contudo, vemos marcas indeléveis de mensa$ens desse tipo em suas obras. B/lvio !assos e Uunin"o :uda, na interessante obra `Aaul Beixas, uma antolo$ia de Ekk+, afrmam que o le$ado musical de Aaul é muito mais flos&fco do que místico ou reli$ioso. 3les atribuem apenas E<[ do total produ?ido como sendo nesse estilo. 9&s não conerimos tal quantitativo, mas particularmente acreditamos num percentual maior. maior. !aulo Coel"o rompe rapidamente com 0otta e com o trabal"o t"elemico ap&s um ord4lio m4$ico que !aulo teria enrentado e sucumbido ainda no ano de EkK. 1 camin"o e as ideias de !aulo Coel"o e Aaul nos trabal"os m4$icos e de U"elema, em especial entre os anos de Ek e EkK, podem ser mel"or entendidas nas c"amadas `Cartas de !aulo Coel"o disponíveis com acilidade na inte interrnet. net. 9ela 9elas, s, vemo vemoss como como o escr escrit itor or in_u in_uen enci ciou ou Aaul aul Beix Beixas as e como como a Bociedade Bociedade 'lternativa 'lternativa sur$e como o $rande $rande libelo t"elêmico t"elêmico no cen4rio cen4rio artístico artístico nacion nacional. al. Bu$erim Bu$erimos os a leitur leitura a da obra obra de Uonin"o onin"o :uda :uda intitu intitulad lada a `' paixão paixão se$undo Aaul Beixas I+ ed., +<
3videncia(se de uma orma ou outra que Aaul Beixas permaneceu li$ado ao trabal"o m4$ico dos escritos de Crole/ mesmo ap&s a desistência de !aulo Coel Coel"o "o.. 0uit 0uitas as de suas suas m^si m^sica cass são paut pautad adas as clar claram amen ente te por por elem elemen ento toss t"elêmicos, em especial `Bociedade 'lternativa, que nada mais é do que uma versão cantada do `)iber 1?, como todos "o;e ;4 con"ecem. 9o livro `Aaul Beixas. 1 son"o da Bociedade 'lternativa I0artin Claret, sHd, de autoria de )uciane 'lvesJ "4 a transcrição de uma entrevista em de?embro EkGG na r4dio Uransamérica Uransamérica com Aaul e 0arcelo 9ova. 9esse bate papo, Aaul ala também de 51
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seu encontro com o"n )ennon quando teve que sair do :rasil em exílio devido 5 perse$uição que soreu por causa da m^sica aqui em questão. >m exílio que acabou por proporcionar o encontro de dois $ênios internacionais da m^sica. Aaul nos nos most mostra ra aqui aqui a univ univer ersal salid idad ade e da prop propos osta ta da `Boc `Bocie ieda dade de ao di?e di?err que que )ennon tin"a a ideia da `9e >topian, ambas as propostas com muitos pontos em comu comum. m. 3m um enco encont ntro ro,, se$un se$undo do Aaul Aaul,, de três três dias dias,, ala alaram ram dos dos `... `... 0alucos :ele?as do mundo. !orque 0aluco :ele?a é um estado de espírito. 3is um impo import rtan ante te conc conceit eito o para para comp compre reen ende derr a obra obra raul raulsei seixi xist sta% a% ente entend nder er a liberdade e o aprendi?ado do uso da 6ontade para ser um verdadeiro 0aluco :ele?a% 3nquanto você Be esorça pra ser >m su;eito normal 3 a?er tudo i$ual 3u do meu lado 'prendendo a ser louco >m maluco total 9a loucura real... 'inda para ilustrar o quanto Aaul mer$ul"ou na obra de Crole/ e no universo t"elêmico, se$undo B/lvio !assos Ina mesma obra de )uciane 'lvesJ, ap&s o exílio, Aaul pensou em lançar nos 3>' o 4lbum `1pus FFF. ' ideia era mostrar para o mundo a relação dele com os ideais t"elêmicos, além de dar orça na implan implantaç tação ão real real da `Bocie `Bociedad dade e 'ltern 'lternati ativa va.. *neli *neli?me ?mente nte o pro;e pro;eto to não c"e$ou a termo. *nt *nteres eressa san nte tamb ambém lem lembrar brarm mos aqui aqui da m^sic ^sica a `0eta 0etam moro orose se 'mbulante, praticamente um poema cantado e que mostra muito não apenas da personalidade de Aaul, mas talve? mesmo muito do que se esperar de um t"elemitaHiniciado. ' 6erdadeira 6ontade como orma de busca e de estilo de vida. 'proundando(se um pouco mais, e a?endo uma an4lise r4pida do conte^do de outra outra m^si m^sica ca embl emblem em4t 4tic ica a de Aaul Aaul Beix Beixas, as, vemo vemoss o an^n an^nci cio o do 9ovo 9ovo 'eon 'eon Isendo esse mesmo o nome da cançãoJ, na qual percebemos a declaração das mudanças ocorridas na sociedade ;4 em sua época. ' concreti?ação da c"e$ada do novo período da "umanidade eita com abran$ência talve? sem i$ual no meio artístico% 1 sol da noite a$ora est4 nascendo 'l$uma coisa est4 acontecendo 9ão d4 no r4dio nem est4 9as bancas de ;ornais 3m cada dia ou qualquer lu$ar 52
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>m lar$a a 4brica, outro sai do lar 3 até as mul"eres, ditas escravas 4 não querem servir mais 'o som da _auta 8a mãe serpente 9o para(inerno 8e 'dão na $ente 8ança o bebê >ma dança bem dierenteI...J 3nquanto isso, em outra de suas composições, `3u sou e$oísta, Aaul não ala da sociedade, mas sim de como cada um e n&s lida com as vicissitudes e lutas ao lon$o da existência. 3nquanto muitas correntes reli$iosas alam da aniquilação do e$o e da personalidade, nessa canção ele ala do ortalecimento do "omem usan usando do o e$o e$o como como err erram amen enta ta de cresc crescim imen ento to.. 'l$o 'l$o de impo import\ rt\nc ncia ia para para aqueles que tril"am o camin"o t"elêmico, principalmente através da `'strum 'r$entum, da qual o pr&prio Aaul Beixas, ;unto com !aulo Coel"o, assinou o ;uramento de !robacionista no inícios dos anos <. !arte da letra da m^sica `3u sou e$oísta nos remete 5 alusão eita por 0estre U"erion aos camin"os da !omba e da Berpente% Be o que você quer em sua vida é s& pa? 0uitas doçuras, seu nome em carta? 3 fca arretado se o aç^car demora 3 você c"ora, ycê re?a, cê pede implora 3nquanto eu provo sempre o vina$re e o vin"o 3u quero é ter tentação no camin"o !ois o "omem é o exercício que a? Como o pr&prio si$nifcado do 6al"alla e da virilidade da vida de um $uerreiro, fca claro que o camin"o de um t"elemita é sempre o da espada em pun"o, lutando o combate que todo iniciado enceta ao lon$o de sua existência. 9ão 5 toa vemos todo o simbolismo da :esta e da 0ul"er Cin$ida com a 3spada. 3 spada. Conclusão Ipossível7J] Aaul aul Beix Beixas as clar claram amen ente te comb combat ateu eu seu seu pr&p pr&pri rio o comb combat ate, e, e muit muitas as ve?e ve?ess empre$ou o `)utai como *rmãos em sua vida, a;udando a espal"ar a mensa$em de )u?, 6ida, 'mor e )iberdade através de suas m^sicas alin"adas com a missão de 0estre U"erion Iaa. 'leister Crole/J. 8a an4lise da obra de Aaul Beixas, podemos verifcar que não somente "ouve $rande in_uência dos escritos de 'leister Crole/ em sua obra, mas 53
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também as pr&prias in_uências soridas por Crole/ perpassam para a obra de Aaul. Crole/ pode ser considerado o proeta do 9ovo 'eon e Aaul Beixas o seu princ princip ipal al bard bardo o trov trovad ador or.. ' moral moralid idad ade, e, a queb quebra ra de para paradi di$m $mas as mora morais, is, reli$iosos e sociais, iniciado com Crole/, é cantada e anunciada pelo maluco bele?a. ' Bociedade 'lternativa é uma tentativa de colocar em pr4tica uma nova estrutura social, característica do novo 'eon, na qual a ^nica lei vi$ente é `-a?e `-a?e o que tu queresM Ad
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A-'- Spare, o ?Ir%3o 1egro@ `zU"ere{ are are t"e :lac :rot"ers, :rot"ers, t"at cr/% cr/% * am *, t"e/ t"at den/ )ove, restrictin$ it to t"eir on 9ature. •
'. Crole/, )iber 'lep"
Quando Crole/ ala dos `irmãos ne$ros, ele a? reerência aos candidatos da 2.8. ou da '.'. que al"aram em cru?ar o abismo e, ao invés de estarem su;eitos 5 dissolução do sel e do ape$o como um verdadeiro ma$o, ele se aprisiona na m4scara de seu e$o, velado no `3u sou 3u em )iber 'lep". 1 cru?amento do abismo é sempre descrito como a noite escura da almaY, como a putreação putreação espiritual espiritual de Bão oão da Cru?, o trabal"o dos corvos e leões verd erdes. Crole/ observa em o"n Bt. o"n como o aspirante a ma$us nece necessa ssari riam amen ente te deve deve se lanç lançar ar nova novame ment nte e no abism abismo, o, repr represe esent ntad ado o pela pela sep"ira dayat, a sep"irot que contém todas as outras sep"ira e assim permanece elusiva e va?ia em toda a sua contenção, que é o nada. Cru?ar o abismo tem a ver com um estado de dissolução c&smica, onde al$uém toma sua verdadeira constituição, onde a lei pessoal é dissolvida na clare?a e na percepção de uma lei c&smica maior, que não é o sel propriamente que dissolve, mas o ape$o ao que é est4tico. ' percepção de impermanência se move em primeiro plano 5 medida em que se conecta a todas as coisas de tal orma que tra? a persona dissolvida dissolvida ao >0 e com todas as coisas que afrmam essa conf$uração em particular. particular. !essoalmente, ve;o a ord4lia de cru?ar o abismo como aquele momento em que o dualismo cai em sua pr&pria mentira, em que percebemos como tudo est4 conectado. >m pré(requisito para cru?ar o abismo é de que a pessoa ten"a alcanç alcançado ado a comuni comunicaç cação ão com seu Ba$rad Ba$rado o 'n;o 2uardiã 2uardião. o. *sso si$nif si$nifca ca que somente aquele que se tornou seu pr&prio an;o pode suportar essa provação. 1 0a$o deveria, como tal, ser um místico e um proeta de orientação c&smica, enquanto o irmão ne$ro também seria um místico e proeta, mas de orientação mais tel^rica. Bpare ;untou(se 5 ordem de Crole/, a 'V'V, em Ek< e saiu em EkE+ sem nunca ter se tornado um membro pleno, declarado como irmão ne$roY saiu, por discordar em assuntos de "ierarquia, a utilidade da ordem e toda a matri? de ma$ia cerimonial. Bpare publicou 1 )ivro do !ra?er em EkE um trabal"o que pode ter nascido da crescente rustração que Bpare tin"a com a insistência de Crole/ em questões de "ierarquia e ordem, e portanto Crole/ representou uma resistência rutíera, que permitiu que Bpare ormulasse sua idéia de ma$ia com oco e clare?a. !ode parecer que Crole/ via que Bpare `restrin$ia o amor de orma e$oísta, mas a verdade pode ser tão simples quanto o que Bpare escreveu no comecin"o de 1 )ivro do !ra?er%
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`3sses 3sses 0a$ist 0a$istas, as, cu;a cu;a insinc insinceri eridad dade e é sua se$ur se$uranç ança, a, são apenas apenas os d\ndis d\ndis desempre$ados dos bordéis. ' ma$ia é apenas a capacidade natural de atrair sem per$untar@ Cerimnia zé aquilo{ que não é aetada, sua doutrina é a ne$ação deles ... 'uto(condenados em sua $ordura repu$nante, seu va?io de poder, sem mesmo a ma$ia do encanto ou da bele?a pessoal, eles são oensivos em seu mau $osto e amintos por propa$anda . 0ais 0ais adiant adiante e no 1 )ivro do !ra?er , ele descreve a ma$ia cerimonial como um `padrã `padrão o para para tudo tudo desnec desnecess ess4rio 4rio e se$ue se$ue aprese apresenta ntando ndo o uso de eros Io princ princípi ípio o er&t er&tic icoJ oJ e t"anatos Io impulso da morteJ como portais para extrair matéria oculta do subconsciente, tanto quanto revelando o que est4 oculto nos becos c&smicos. Bpare fcou mais amoso ao ter sido adotado como o $rande in_uenciador na ormação do movimento pun(m4$ico p&s(moderno, con"ecido como 0a$ia do Caos, e esta in_uência in_uência pode ser vista no alabeto alabeto do dese;o e na $eração de si$ilos como ormas de dese;o e vontade para prop&sitos m4$icos. 'o mesmo tempo, é importante relembrar que Bpare se autodenominava `:ruxo Ivia iniciação com 0rs !attersonJ, !attersonJ, e enquanto 0a$ia do Caos utili?a elementos da bruxaria de Bpare, ma$istas do caos não são bruxos da mesma orma em que Bpare era. 8ois elementos da flosofa oculta de Bpare raramente são mencionados, primeiro, seu interesse pela psican4lise e subseq|ente crítica da psicoterapia de -reud, e Be$undo, sua orientação advaita ou não(dualista 5 ma$ia, como era incorporada em seu modus operandi m4$ico primordial@ a postura da morte e oco na import\ncia na dissolução do e$o. 3m )iber C"et" Crole/ afrma% você mistur4 a sua vida com a vida universal, para que se cru?e com sucesso o abismo, e ele comenta sobre isso em >ma 3strela 5 6ista % ` uma aniquilação de todos os vínculos que compõem o sel ou constituem o Cosmos, uma resolução de todas as complexidades em seus elementos... 1 que essa tensão e con_ito pode revelar é que um 0a$us pode nascer a qualquer momento, que a "ierarquia é irrelevante, e que isto tem a ver com a perspectiva necess4ria para se passar pelo abismo, al$o nascido da obtenção da comunicação com o seu pr&prio an;o, para ser $uiado pelo seu pr&prio daimon e que s& neste eito o "omem e a mul"er mortal $an"am asas. *sto denota uma persp perspec ecti tiva va satu saturn rnin ina a em parti particu cula larr que que não não pode pode ser ser outr outra a cois coisa a senã senão o a aceitação do sorimento e uma completa indierença 5 "ierarquia, 5 medida em que a constatação da estrela e da constelação no desi$n c&smico é percebida e contida como uma dança da verdade mística entre o Bel e o devir. 3m `U"e )o$omac/ o 1B Icompilado e entre$ue a ennet" 2rant em EkDF, publicado no os BpeasM +<% EkkG, -ul$ur% >J Bpare escreve % `Uodos odos os proce processo ssoss de pensam pensament ento, o, estimu estimulad lados os pela pela ob;eti ob;etivid vidade ade ou pela pela sub;etividade, devem fnalmente tornarem(se tornarem(se uma met4ora espaçosa, revelando todo o cosmo e tudo nele como entrelaçados e interdependentes. Bua aparente
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dualidade e separação estão em nosso pr&prio conceito ou em n&s mesmos ( uma dele$ação de transerência transerência para nos tornarmos tornarmos criativos.
8e ora ora dos dos conf confna name ment ntos os das das orde ordens ns e inte interp rpre reta tand ndo o tant tanto o Cro Crole le/ / quanto Bpare sem os comuns vícios "erdados pelos tempos, observo que na verdade não "4 qualquer dierença entre um *rmão 9e$ro e um 0a$o. !arece(me muito mais uma dierença de oco, onde o irmão ne$ro permite a um completo abandono de tudo aquilo que mantém o e$o en$essado em uma determinada orma e ordem. 'o mesmo tempo, é necess4rio ao 0a$o ( assim como é para seu irmão ne$ro ( cortar seus laços com a `ordem. 1 0a$o, por aspiração, toma 0aomé e Cristo como medida para alcançar esse $rau dentro do limite da `ordem, onde se torna um mission4rio do novo éon, undando um movimento reli$ioso reli$ioso ou c^ltico c^ltico nascido nascido da sabedoria sabedoria c&smica adquirida. adquirida. ' ^nica dierença dierença é que o `irmão ne$ro sempre ne$ar4 esta demanda e preerir4 se aundar no ouro saturnino, tornando(se um o$o estelar inominado através do mundo e, como tal, pode parecer que o `irmão ne$ro restrin$e o amor e avorece o niilismo ( mas isso é ( no fm das contas, tudo uma questão de perspectiva. 6atV Frisold
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Dni3o 0$el+%ica Como de costume, recebo muitas d^vidas por correspondent correspondentes es e buscadores, via email, messen$er, ?ap, sinal de umaça, todos em sua sincera pesquisa sobre a )ei de U"elema. >m destes correspondentes nos per$untou% `Qvi, por que os membros da '.Y. '.Y. não a?em uma convenção ou um encontro nacional para se s e con"ecerem, trocarem ideias, estabelecer metas, etc. *sso não seria mais efciente para a expansão da '.Y. '.Y.. no :rasil7 ' atual atitude de reserva não é restrição e isso não é o conceito de pecado no )ivro da )ei7 6amos por partes. 'ntes de responder a per$unta principal, quero explicar que a questão do coment4rio de `' palavra de pecado é restrição deve, por todo 'spirante, ser interpretada 5 lume dos coment4rios de 0estre U"erion IComent4rio 'nti$o, Coment4rio 0oderno, Coment4rio 8, etcJ, sendo a interpretação pessoal $uardada para si, quando ultrapassa o que oi escrito por 0estre U"erion. 1 ato dos membros da '.Y. '.Y. não se reunirem em uma convecção, semin4rio, esta, etc. é por causa da característica e ob;etivo da 1rdem, que é de car4ter individual e não institucional. *sso não é uma restrição, portanto, nada tem a ver com `pecado. 9ão "4 uma lin"a escrita por 0estre U"erion em que se proíba 'spirantes 5 U"elema de se reunirem reunirem e isto é até recomendado, recomendado, pois se isso osse eetivo, muita conusão e celeuma teriam sido evitadas. 9ote que, membros da 1.U.1., da '.Y. '.Y. ou de qualquer outra 1rdem de car4ter U"elemita Iisto é que tem o compromisso de viver, preservar e diundir a )ei J possuem estruturas e ob;etivos pr&prios, mantendo a citada meta em comum. 8esta orma, qualquer U"elemita pode se reunir com outros. ' questão é nominar% `!rimeiro `!rimeiro -&rum 9acional de 3ncontro de 0embros da '. '. `por exemplo, pois a Banta 1rdem não existe no plano ísico, nin$uém a representa com exclusividade, não "4 liderança local, nacional ou internacional@ o método da 1rdem é de instrução ItreinamentoJ individual e via de re$ra, quem est4 na Banta 1rdem, s& con"ece seu instrutor e, quando tiver condições, seu instruído Iou instruídosJ, as redes sociais mudaram a din\mica desse anonimato, mas nin$uém instrui via aceboo nem por canal de ouUube I muito menos pelo canal da 'badiaJ. Aeorçando os conceitos, a Banta 1rdem unciona em lin"as puramente Aeorçando espirituais, dentro de preceitos bem estabelecidos de treinamento treinamento.. !ela l&$ica, assim, não cabe uma reunião de membros da '. '., pois cada um recebe um treinamento adaptado 5 sua consciência, cada um possui a sua idiossincrasia e, de mais a mais, as discussões poderiam causar al$umas distorções, pois ao contr4rio das ordens estabelecidas não "4, a despeito de tareas estabelecidas, 58
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ri$ide? e ormalismo enclausurante, pois na instrução ItreinamentoJ individual cada caso é um caso, e isso é a import\ncia de um instrutor externo pessoal, até se c"e$ar ao 6erdadeira *nstrutor *nterno, como di? )iber )X* no versículo K% ` 3les podem, além disso, asse$urar que ele se;a devidamente provado e testado, pois "4 muitos que pensam que são 0estres, os quais sequer começaram a tril"ar o Camin"o do Berviço, que para l4 condu?. 9ão "4, di$o de antemão, crítica a nen"uma ordem coletiva, mas uma exaltação da instrução individual. '$ora, se 'spirantes 5 U"elema, de qualquer vertente, como dito acima, quiserem se reunir e tocarem em temas comum, em uma convenção, semin4rio e etc. isto é altamente recomend4vel. !or outro lado, ve;o isso acontecer bem mais nos dias atuais do que na min"a época de ;uventude U"elêmica nos anos oitenta, isso não é uma constante, mas os or$ani?adores de eventos como os do C')39 estão de parabéns pela iniciativa, n&s da 'badia ;a or$ani?amos palestras e ense;amos a continuidade. 0esmo dentro de al$umas 1rdens coletivas U"elemitas, "4 contatos espor4dicos. !or mim os 'spirantes deveriam se con"ecer mais, trocar mais, afnal, todos trabal"am pelo mesmo fm, de orma dierente. ' questão, então é, somente se reunir em nome da '.Y. '.Y. Ae^nam(se em nome de U"elema. 8ai pra rente col&quios e simp&sios serão muito v4lidos além das estas é claro. Be os 'spirantes 5 U"elema soubessem o valor da união, não fcariam torcendo para que outros $rupos racassem. Be soubessem o valor da união, apoiariam disseminando atividades, publicações e o trabal"o de outras ordens t"elemitas@ parariam com essa atitude insana de viver criticando todos e tudo, pois a comunidade de 'spirantes no :rasil sabe bem distin$uir quem é quem Iquem não sabe, descobrir4 com o tempoJ@ se soubessem o valor da união, não brincariam de U"elema como se osse uma `curtição ou um barato, como se osse `cult ou desculpa para ;ustifcar sua indisciplina, vício ou alta de prop&sito@ não perderiam tempo, que é `o bem mais precioso de todo 'spirante, em protelações , distrações e auto proclamações de soberba, poder e $raus, mas se compreendem a )ei, viveriam para p(la em pr4tica, porque possuem não uma crença, mas a certe?a, da validade dela e, a partir da daí, proclam4(la Inão pre$4(laJ a quem quiser , deixando que o 6erdadeiro 6erdadeiro Ber de cada um escutando um simples k ou -a?e o que tu queres, resolva vir 5 )u? e mudar todo o 0icrocosmos que "abita. Como ;4 sou idoso, não verei isso acontecer em meu querido :rasil, mas, ten"o frme convicção de que, se me or dado o privilé$io, quero nascer no seio de uma amília de t"elemitas em uma pr&xima vida. :em, desculpe, é apenas o son"o de um vel"o @( 59
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U"elemitas uni(vos -orte abraço k.kHk Qqviabadiadet"elema.com
Encantaria de ure%a, tinta nan(ui% e a(uarela #. ) 4. Ricardo olinger anin 60
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Cesario Confssão% 0omentos obscuros Bem pensamento, Bem emoção. Aeina a conusão% Ce$a o cristalino ol"o Quebra, como caco, a visão. ' lucide? ausente, Be clareia, é a outros mundos% 9ada por aqui. 3 no caos da $rande obra 0anobra de um ser Que talve? não eu Uão Uão ora de mim, mas tão meu >m outro al$uém% 0as no mesmo a$ora. 8entro implora !ara sair, para existir. 'mbi$uidade que me encanta 3 também me apavora% Quer saber7 -ica aí. Que lo$o vou(me embora. Frater *anAas K!W
X K=Y
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Entreista co% Ro;ert Furta%p Concomitante a saída desta edição, omos a$raciados com uma notícia ant4stica que saiu uma versão nova do 6ision and t"e 6oice, com um acsimile de qualidade pelo t"elemita Aobert -urtamp. 3m sua publicação escreve%
`'presento 'presento pra vocês em nome da 0ontan"a 6ioleta, um marco da nossa "erança e pela primeira ve? apresentada propriamente, propriamente, 3m tempo do E
///: 3 onde você conse$uiu esses manuscritos7 RF: 3m Aamsom,Uexas
3ntão re$o?i;e com as boas novas, de $raça, e imprimível e quem sabe um dia em portu$ês7
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Mundos, 0erra ou Planeta 3ste texto é totalmente inspirado no livro *n t"e 8ust o our !lanet de 3u$ene Uracer Uracer.. 9este livro o autor apresenta um conceito muito interessante, ele nomeia 0undo como o lu$ar onde os "umanos vivem, no ponto de vista Wumano. Uerra, como a coisa biol&$ica, ob;etal e tal, e !laneta que seria o lu$ar Bem a existência e &tica "umana, na primeira os ol"ares mais racionalistas, de criação divina é a narrativa principal, sendo o "omem o fl"o do criador, se;a como o animal racional que conquistou tudo, se;a besta era que destr&i tudo, todas as &ticas são do ponto de vista "umano, na se$unda é onde vive as ciências como biolo$ia, ísica, $eolo$ia, nos dados col"idos e apresentado, o C101 que a ciência nos provem. o ^ltimo é o local de tudo que é alem "umano, da nature?a sublime, das _utuações solares, de tudo aquilo que existiu antes e vai existir depois do ser "umano e nem se importa com a existência do mesmo 9a ma$ia moderna temos o ma$o com o centro de seu universo, como colocado na Cru? cabalista do Am!, somos o rei do reino que é coroado por 8eus, então é possível possível pensar pensar que no trabal"o trabal"o de )ux estamos dentro dentro do pensamento pensamento do 0undo, somos pai mãe , rei e fl"a do mundo. todo o trabal"o até o adepto trabal"a nesse paradi$ma, sendo assim a? sentido o trabal"o como da 28 ao qual primeiro trabal"a(se os elementos deste mundo e ir subindo para o 'lém mundo.. e este além est4 como norte o 0undo tendo ele como o ponto de reerência, prometendo nos tornar 8euses vivos criadores de céus e frmamento 9ossas técnicas e pr4ticas nos servem i$ual a Uerra, testamos técnicas, retiramos resultados, também atuamos neste planeta e do mesmo retiramos símbolos, se;a na nature?a, se;a na sociedade ou mesmo nas letras e na nossa cultura pre$ressa. Bendo assim, di$o que ao c"e$ar no abismo iremos nos conrontar com o !laneta, que são todas aquelas sensações e impressões do mundo para além do nossa capacidade de mudar podemos ver relances disto no fnal do século X*X essa mudança de paradi$ma. Be antes éramos escol"idos dos deuses, na época moderna descobrimos que não somos especiais para deus, quiç4 este nem existe,e ap&s darin nem somos uma espéc espécie ie espec especia ial, l, ap&s ap&s reud reud nem nem cont contro role le dir direito eito do cére cérebr bro o temo temos, s, e não não sabemos como usar nosso corpo para muita coisa, e nossa "ist&ria pessoal ser4 perdida perdida e se lembrada, lembrada, ser4 distorcida distorcida pelas $erações $erações uturas. uturas. 9osso 3$o ainda tentando se iludir que mantém as rédeas sobre controle, busca um renascimento da tradição, aquele lu$ar que éramos especial, ou ;o$a no extremo oposto como vilõ vilões es do mund mundo, o, como como cert certos os $rup $rupos os de ativi ativism smo o colo coloca cam m assim assim como como a misantropia de $rupos sat\nicos, que é uma ^ltima tentativa de ser importante. 63
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1 pessimismo c&smico parte do princípio que não somos nada importante, que no undo somos uma poeira no tempo espaço, e bil"ões de don quixotes com *nsta$rams. 3sse camin"o necessariamente é pesaroso, vemos como os _uxos e in_uências correm para além da $ente, Be a $oécia ainda mantém o "omem no centro do círculo, então nas qlip"ot"s o espaço é va?io, distorcido e pervertido, e aquilo que se move vem em ondas *numanas, as ve?es ormadas por por amon amonto toad ados os de inum inuman anid idad ades es apes apesso soai ais. s.--ato ato en$r en$raç açad ado o que que perc perceb ebo o dive divers rsas as ve?e ve?ess em trab trabal al"o "oss com com Ua$iri a$irion on é essa essa sens sensaç ação ão que que a pesso pessoa a encontrou o B'2, e por um breve momento esquecem que U"a$irion ;ustamente é a alsa promessa.. e como somos carentes em ser especiais, não é7 3 por que enrentar tudo isso7 )embro certa ve? de ler uma pesquisa base com com mora morado dorres pert perto o de uma uma repr repres esa, a,de desd sde e a cida cidade de mais mais dista distant nte e onde onde pequenos danos seriam causados caso a represa ruísse, até a cidade $rudada na repr represa esa.. Quando Quando mais mais pr& pr&ximo ximo dela, dela, menos menos medo medo da conseq consequên uência cia de uma uma rac" rac"ad adu ura a soci socied edad ade e da re$iã e$ião o tin tin"a, "a, ao pon ponto que que os mora morado dorres na proximidades dela, nem tocavam no assunto ou outras ve?es tin"am uma é inab inabal4 al4ve vell que que nunc nunca a iria iria ruir ruir.. 8i 8ive verso rsoss assu assunt ntos os que que toca tocam m o pessi pessimi mism smo o c&smico nos $eram "orrores e incerte?as, aquele medo do descon"ecido criança tem. >m trabal"o deva$ar em explorar isso nos a;uda a não esquecê(las e ter uma relação mais saud4vel com a devastação. W4 outro motivo para trabal"ar que esse conceito de !laneta encaixa bem% o corpo corpo.. Ual qual qual as anal analo$ o$ia iass acim acimas as,, nosso nosso corp corpo o trab trabal al"a "a para para além além do inte intele lect cto, o, ele ele cura cura e cria cria doen doença çass sem sem te cons consul ulta tarr ele ele rea$e ea$e de orm ormas as imprevistas, e essa percepção do que o corpo é uma outra ronteira a ser explorada. 3 nesse contexto do corpo o ma$o se entende controlador do 0undo, não conse$ue operar por esse prisma, entender o corpo como a Uerra, que é a especiali?ação de médicos e bi&lo$os, também não adianta, cabe a solução de !laneta eta, e perceber como seu seu corpo rea$e aos inputs e estar o com impessoalidade e o não padrão que o !laneta deste tem, e usar isso readequar sua visão da Uerra. 3ntão temos esses três propostas de pontos de vistas que podem trabal"ar como um re$istro triplo. ao ocorrer um enmeno podemos per$untar% Como é esse enmeno percebido pelo 0undo, e pela Uerra, e como !laneta7 ou também, `Quero a?er X, como a?w(lo a partir do ol"ar de mundo, da Uerra Uerra e planeta7 U"a$irion é a equivalência a Uip"eret na 4rvore da morte, sendo também a esera central. 0as ao invés de ter como representação o Bol, tem como símbolo um Bol ne$ro. Al$ud$ud
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' Mistrio de Ba;alon e a Besta ' :esta, ta, ou Wom Womem do Bol, Bol, repr eprese esenta, nta, com como eu a ente ntendo ndo, a 'lma lma da Wumanidade, ou do Womem, entre o 3spírito e a 0atéria, desenver$on"ada das duas, pois ambas são essenciais 5 Bua existência. ' Bubst\ncia do Bol desce sobre Uip"eret" de :ina" através do Camin"o do 8iabo@ sua 6ida é transmitida de C"oma" através do Camin"o do Bol@ existe como uma *déia 3spiritual através do Canal de B"in que desce de et"er. et"er. et"er é sua causa fnal e efciente, C"oma" sua causa ormal e :ina" sua causa material. 19 é a anti$a palavra e$ípcia para o sol@ 3nquanto estivermos preparados para continuar continuar Iori$inal% Iori$inal% $o 19JInt 19JInt do tradutor tradutor%% trocadil"o trocadil"o com ir 19 que é continuarJ continuarJ tudo est4 bem, ;4 que estamos alin"ados alin"ados com o impulso impulso natural da 3volução. 3volução. 0as podemos elevar(nos além da ideia comum de 3volução para uma cooperação conscientemente livre com o !rop&sito 8ivino. 1 valor numérico de 19 é E+<. 8i?(se que esta oi a 3ra de C"ristian Aosencreut? no momento em que ele passouIori$. passed 19J. 'que 'queles les que tentam tentam reverte everterr o proce processo sso de evolu evolução ção,, recua recuarr ou retr retroce oceder der,, di?endo 9oIem port$ues% 9ãoJ em seus corações, caem em pecado, que é restrição, e, portanto, se metem em conusão. 19 é ormada pelas letras "ebraicas '/in e 9un, assim esta ideia sur$e na ;unção dos camin"os de U"e 8evil e 8eat". !essoas do tipo 9o InãoJ sur$iram do outro lado da rvore, no Camin"o do Bol !oente. 91 pode ser escrito 9un, 6au, ou 9>, que oi c"amado o pai das 4$uas, o re_etor de 9uit. 9o entanto, podemos procurar uma reconciliação dessas idéias no Camin"o da 3strela, que representa o Bol apice do dia Iori$. Wi$" 9119J. -oi no meio dia que !ar?ival reali?ou o 0ila$re da Aedenção, quando a )ança e a Uaça oram reli$adas. 3ste Camin"o une a )ança da 6ontade e Babedoria, C"oma", com a Uaça Uaça de 3ntendimento e *ntuição, :ina". 1 !ai e a 0ãe estando assim unidos, a >ma 3strela 5 6ista, War 0a"u, ou W&rus da 3strela, é recon"ecido em Bua 6erdadeira 9ature?a como o 3spírito da )u? 1culta de et"er. ' 6erdade nunca oi perdida para a Uríade Bupernal, mas as Bupernais oram perdidas para a visão do "omem. !odemos nos per$untar como isso poderia ser, e o momento a$ora est4 maduro para sua revelação. revelação. 0as antes que uma tentativa se;a eita para explicar isso, é mel"or que ve;amos os Camin"os restantes da rvore, abaixo de Uip"eret". Uip"eret". 6amos considerar o Camin"o do 1 3norcado, 5s ve?es c"amado de Aedentor. 3xotericamente, di?(se que esta C"ave do Uarot si$nifca% Borimento orçado e não
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volun volunt4 t4ri rio o@@ enqu enquan anto to 3sot 3soter eric icam amen ente te si$n si$nif ifca ca 'ut 'uto(s o(sac acri rií íci cio o,, mas mas não não como como $eralmente entendido.
'U>0 ou '8'0, como o primeiro tipo puramente Wumano ou 'lma, é dito ter sido "ermarodita até que ele se tornou como 'dão e 3va. Uip"eret" é o -il"o 6erdadeiro, mas o !ai also. Quando o -il"o simb&lico, neste est4$io se conundiu com co m o !ai, mu muit itas as mu mul" l"er eres es 1 se$ se$ui uira ram, m, bu busc scan ando do re rede denç nção ão.. 's 'ssim sim,, um uma a situa sit uaçã ção o em emba bara raço çosa sa de s so ori rime ment nto o o orç rçad ado o e nã não o vo volu lunt nt4r 4rio io po pode deria ria te terr sur$ido. 1 ^nico curso ra?o4vel de ação seria uma ocultação dos atos e um ensinamento que poderia ser inerido como implicando Castidade, Celibato e outr ou tra as do dou utr trin inas as de rep eprres essã são o. 3s 3stta é ape pen nas a vi visã são o exoté téri rica ca,, mas é respons4vel pelo ?elo equivocado de al$uns que não conse$uiram entender o verdadeiro ensinamento. 1 Bol -ísico é tão impotente para ertili?ar todo o >niverso, embora 3le se;a totalmente capa? de cuidar de seu pr&prio Bistema Bolar. 3le est4 bem em seu lu$ar na 1rdem do >niverso@ somente quando não compreendemos esse lu$ar, caímos em erro. 1 mesmo problema pode sur$ir no caso de um "omem que pre$ou uma doutrina de relações sexuais promíscuas com um $rupo de mul"eres@ mesmo que ele osse um )eão re$ular, ele seria incapa? de suprir as necessidades de um n^mero ilimitado e, portanto, estaria su;eito a tentar retratar seu ensino. 1s exemplos acima s& poderiam sur$ir devido 5 alta de uma verdadeira interpretação da !alavra do ustiçado 1síris sur$ido de 'mmenti. ' destruição é essencial ou não pode "aver renovação, e *>, o $êmeo "ermarodita, ornece a resposta se interpretada por meio do 1 Wieroante, cu;o Camin"o cru?a o de 1 3no 3n orc rcad ado o e mo most stra ra um uma a co corr rren ente te re recí cípr proc oca a en entr tre e as 3s 3ser eras as de 6ên ênus us e 0erc^rio. !er erce cebe bemo moss co como mo as se serp rpen ente tess $e $eme meas as a atr trav aves essa sara ram m ab abai aix xo de Uip"eret" Uip"er et" e estudaram o Bimbolismo completamente. Uendo se separado, eles devem se reunifcar em esod, a undação e continuar como >m a 0alut" pelo Camin"o de 'lep", o Uolo puro. !odemos a$ora considerar 0alut", a -il"a Caída, que, de acordo com a Cabala, para ser s er redimida, deve >nir(se ao -il"o, ser elevada ao Urono Urono da 0ãe, re( despertar o !ai para que todas as coisas se;am reabsorvidas na coroa. 3ste processo oi muito mal entendido, oi pensado para implicar um retorno 5 Coroa. Uodos os místicos queriam ser reabsorvidos no 'bsoluto. 1s 0a$os, por outro lado, tendem a continuar, e a tentar usurpar o Urono de 8eus, que por direito pertence 5 0ãe.
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'mbos se encontraram com um terrível 'bismo, enquanto trabal"avam nos vel"os métodos. 1 ma$o via;ou até a rvore até c"e$ar a C"esed como um 'depto 'de pto 3x 3xemp emptus tus que con constr struiu uiu um mar maravi avil"o l"oso so sis sistem tema a de con con"ec "ecime imento nto,, apenas para descobrir que toda a estrutura deveria ser quebrada em pedaços no 'bismo 'bi smo,, se ele esp espera erasse sse alc alcanç ançar ar a ver verdad dadeir eira a com compr preen eensão são.. e sab sabedo edoria ria.. !oucos passaram esta provação provação.. 1s místicos, por outro lado, sendo do tipo ne$ativo, abriram suas mentes e alma al mass pa para ra a l lu? u? e mu muit itas as ve ve?e ?ess co con nun undi dira ram m as a als lsas as lu lu?e ?ess co com m a da 6erdadeira. Uendo uma base muito limitada de experiência como base de sua pir\mide, o 4pice era proporcionalmente baixo, e a lu? que eles viam naquele momento atribuíam 5 pr&pria divindade animal de estimação como seu salvador e redentor. 1 'man"ecer da Consciência Bolar I8"/anaJ tendeu a ser um c"oque tão $rande que a maioria desses místicos perdeu o equilíbrio por al$um tempo, se não pelo restante de sua encarnação. Be eles oram mais lon$e, eles oram liter lit eral alme ment nte e in inun unda dado doss co com m as -or orça çass da dass Ure reva vass do 'bi 'bism smo o. 'l 'l$u $uns ns de dele less realmente viram o 8iabo, acreditaram nele e pre$aram sua existência para seus se$uidores. 3les certamente nunca di?em 8eus. 0uitas dessas pessoas viveram uma vida muito santa e casta, de acordo com os padrões de seu tempo, antes de c"e$ar a esse est4$io. !osteriormente, os i$ i$no nora rant ntes es ac acrred edit itar aram am ne nele less co como mo "o "ome mens ns de bo boa a re repu puta taçã ção o e at até é se contentaram em acreditar sem mais dese;o de experiência real. 'ssim,, en 'ssim enco cont ntra ramo moss um uma a lin lin"a "a de t te& e&ric ricos os su sur$ r$in indo do,, so sob b a or orie ient ntaç ação ão de pessoass par pessoa parcialm cialmente ente desiludidas desiludidas que temiam ir além e assim ensinaram uma doutrina do medo que é a precursora do racasso, uma doutrina da crença implícita no líder do movimento. , c"e$ando, em al$uns casos, a uma é ce$a em Bub Bubstit stituto utos, s, Ae_e e_exõ xões, es, 3xp 3xpiaç iação ão 6ic 6ic4ri 4ria, a, e qua qualqu lquer er out outra ra coi coisa sa alé além m da necessidade de elaborar sua pr&pria Balvação. 9o entanto, "4 um elemento de verda ver dade de me mesm smo o em ta tais is no noçõ ções es ap apar aren ente teme ment nte e ab absur surda dass co como mo a 3x 3xpi piaç ação ão 6ic4ria@ assim como encontramos um elemento de verdade na doutrina do diabo. Uodo U odo "omem e toda mul"er que alcança, torna isso muito mais 4cil para o resto da Wumanidade alcançar a pereição. Uoda a Aaça deve eventualmente alcançar, pois est4 unida pelos laços mais pr&ximos, de modo que o processo não pode ser fnalmente completo no indivíduo até que o }ltimo ten"a se tornado como o !rimeiro no Aeino do Céu sobre a Uerra. !ar arec ece e qu que e es esta tamo moss lo lon$ n$e e de dess ssa a qu ques estã tão, o, ma mass o Ca Cami min" n"o o est est4 4 a$ a$or ora a ':3AU1, que antes estava -ec"ado, W&rus, o 'bridor, tomou seu assento no 1riente, no 3quin&cio dos 8euses. 0as, para retornar 5 Uerra, ou 0alut", como a fl"a caída. 1 verdadeiro ensinamento, como eu ve;o, é isso. 0alut", a 3sera dos 3lementos, ou 0atéria,
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oi conundida com o !laneta Uerra no lu$ar de Uoda a Bubst\ncia 0aterial do >niver >ni verso so em or orma ma man manie iesta sta.. ' mat matéri éria, a, com como o dev devemo emoss sab saber, er, é con contín tínua. ua. 1 Bol é o 8eus deste mundo, seu !ai -ísico, e como tal ele é di$no de nosso maior respeito e reverência. -a?emos bem em saud4(lo e recon"ecê(lo como A4 nos quatro quadrantes. 9&s o vemos no )evante, no 0eio(dia e no Bol !oente@ n&s acreditamos ny3le como o Bol da 0eia 9oite, nossas cabeças nos di?em que 3le é 1síris do 0undo *nerior. 3stas são as vel"as doutrinas do 1l"o e da Cabeça transmitidas 5s noss no ssas as me ment ntes es su subc bcon onsc scie ient ntes es do doss Ca Cami min" n"os os de ' '/i /in n e A Aes es" ".. 6 6er er é acreditar, é um ditado que prevaleceu até que os cientistas nos mostraram que não nã o po pode dería ríamo moss ac acrred edit itar ar no te test stem emun un"o "o de no nosso ssoss se sent ntid idos os.. 0a 0ass to toda da a doutrina do 9ascimento, 0orte e Aessurreição do Bol ou -il"o, oi baseada neste do$ma. 'lém disso, assim como anti$amente, a tradição But(Uioniana tornou(se despre?ada, de modo que a 0ul"er oi despre?ada e reprimida pelo Womem, pelo fl"o que "avia usurpado o lu$ar do !ai. 9este Womem est4 verdadeiramente uma besta, e exi$ exi$iu iu uma 2rande :esta, um ex exemplo emplo vivo pr4tico, para mostra mostrarr( l"e seu erro, insensate? e pr4ticas maleitas. 0as o "omem interpreta mal e teme a :esta, que, afnal, oerece(l"e o Be$redo do Camin"o Bolar para as 3strelas. !or que ele tem medo7 ' vel"a Uradição das Urevas em sua mente subconsciente o detém. 3le teme entrar na escuridão da noite, para não perder a pouca lu? que tem nela. 0as esse é o resultado de sua limitada concepção de li$ação 5 terra, que é bastante anticientífca e $rosseira. Be realmente acreditamos em 1síris Iou CristoJ, por que deveríamos temer descer com 3le para o 0undo *nerior7 8i?em que esus e? isso antes de se levantar novamente em 3spírito para o !ai Celestial, unindo assim o seu 3u 6erdadeiro com a 3strela Central C entral *nvisível do >niverso. 8ia e 9oite s& existem para n&s neste !laneta@ o Bol não via;a pela Uerra para pa ra no noss ssa a co conv nven eniê iênc ncia ia.. 9& 9&s, s, ne nest ste e !l !lan anet eta, a, vi via; a;am amos os ao red edor or do Bo Bol, l, revolvendo 5 medida que avançamos. 'ssim, a sua )u? s& atin$e certas partes da Uerra U erra a qualquer momento, e o resto do !laneta est4 nas trevas. 1 Bol est4 sempr sem pre e br bril il"a "and ndo o e, se co cons nsid ider erar armo moss as co coisa isass do po pont nto o de vi vist sta a do Bo Bol, l, começaremos a bril"ar também. 0as o Bol, embora !ai deste !laneta, é apenas o -il"o da 2rande 0ãe, o >niverso 3stelar. 3stelar. 1nde então est4 o 6erdadeiro !ai7 !ai7 3sta é a questão que intri$ou os anti$os But(U/p"onianos nos primeiros tempos. ' difculdade sur$iu através das *lusões 1ri$inais do Uempo e do 3spaço, que mantiveram o 0undo em i$nor\ncia desde a ^ltima 3ra de 1uro. 1 >niverso é *nfnito no 'qui, mas os "omens tentaram circunscrevê(lo. 1 *nfnito est4 sempre presente no '$ora, mas
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os Womens ol"aram para tr4s e para rente como se o tempo osse uma lin"a. 3xistem 8ois *nfnitos, ou concepções do *nfnito, do *nfnitamente 2rande e do *nfnitamente !equeno. ' extensão do >m nos escapa, o 0omento !resente do Ber !uro nos escap escapa. a. 1 *nfni *nfnitamen tamente te 2rande, é 9uit, 0atéria continua, continua, 0ãe das 3strelas. 1 *nfnitamente !equeno e ponto nao extendido, é Wadit, o 3u 3ssencial 0ais 'lto de Uodos, a C"ama que queima em cada coração do "omem e no n^cleo de cada 3strela. 'mbos são invisíveis aos nossos sentidos e mentes. >ma ve? que estes são o *nfnito, o Centro est4 em toda parte e a circunerência em nen"um lu$ar. Cada ponto no espaço é i$ualmente o centro do todo, não "avendo limite. 1 6erdadeiro !ai é *nvisível, mas o Centro de tudo. 1s "omens o c"amavam de pai do tempo, mas ele é o pai a$ora. 1 '$ora se estendeu como a Berpente do Uempo, Baturno, que tentou 3va, 0atéria e causou a Queda, mas '$ora é o Uempo aceito, '$ora é o 8ia da Balvação. ' ilusão do espaço, por outro lado, tornou diícil ima$inar ou encontrar o Centro@ estudar as 3strelas como $ostaríamos. *ma$inando um possível )imite, os "omens não conse$uiram perceber como esse Centro poderia estar presente em todos os lu$ares no mesmo momento do Uempo. 1 !ai a mui muito to !erdido !erdido,, Wad Wadit, it, é a ver verdad dadeir eira a 6i 6ida da de Uodo odoss e a 3ne 3ner$ r$ia ia 3terna de Uodos. 0atéria e 3ner$ia nunca podem ser separadas, uma sempre se une 5 outra em uma contínua e eterna união matrimonial. 1 >niverso, como o con"ec con "ecemo emos, s, ou pod pode e vir a con con"ec "ecê(lo ê(lo através através da !erc ercepç epção ão 3spi 3spirit ritual ual,, é o Aesultado dessa >nião, a Criança Coroada no sentido mais amplo. Womens e mul"eres deste !laneta podem pensar no !ai Becreto como o Bol, até que atraiam esse Bol para dentro do Coração, e ol"em para as coisas do Beu ponto de vista. 3sta é a concepção equilibrada e "armoniosa da 2rande :esta que é o W1030. 3ntão percebemos que todo o Bistema Bolar $ira em torno de seu Bol Central, e assim por diante, até o *nfnito. 9ão "4 limite para a expansão da consciência no aqui e a$ora, para Wadit, o verdadeiro !ai est4 a$ora em cada um de n&s, velado pela )u? do Bol de nosso ser, Beu -il"o de )u? 0aniesto. 6erdadeiramente o Aeino dos Céus est4 dentro de n&s, nunca ser4 encontrado ora entre as ilusões do espaço e do tempo. 'queles que buscaram o Aeino dos Céus dentro dele, re$o?i;aram(se nele@ mas essa é uma experiência que cada um deve alcançar por si mesmo pelo trabal"o. trabal"o. 6oltem oltemos os então 5 discussão $eral do assunto. 9&s dissemos que 0alut" oi conundido com o !laneta Uerra, o qual ela é apenas num sentido restrito. Be unida ao -il"o ou ao Bol, ela começa a ver o universo do ponto de vista dele. 3m torno dela $iram os planetas do Bistema Bolar, dos quais a Uerra é uma das menores. 0as é dito que ela deve ser elevada ao Urono da 0ãe de onde ela caiu. 3la deve ser entendida como a Bubst\ncia 1ri$inal ou assunto pré(elementar. Uambém seu trono é a 3sera de Baturno, o mais externo dos planetas Ientão con"ecidosJ. 'o alcançar a Consciência Bolar, ela não deve ima$inar que c"e$ou ao ob;etivo. 3ste é o erro cometido por 69
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aqueles que são obc aqueles obceca ecados dos pel pelos os re resul sultad tados os de 8"/ 8"/ana ana,, a ilu ilumin minaçã ação o mai maiss anti$a. 3la deve se expandir até a borda da roda, a &rbita de Baturno. 3la ol"ar4 o 2rande odíaco, o >niverso 3stelar em C"oma". 3la procurar4 absorver isso como o !ai, seu Compan"eiro 6erdadeiro, e ao a?ê(lo expandir4 para o *nfnito como 9uit, o 'in, encontrando et"er, o 6erdadeiro !ai de Beu Ber, ou Wadit, em Beu Centro, tornado 6isível pela 3xtensão )u? do 'in Bop" 'ur, que é Aa Woor "uit, o Ben"or do 'eon. Uendo sido assumido para o Céu, seu esorço ser4 o de contratar sobre o centro e de tra?er o menino. 0as ela é a 6ir$em e a criança não nasce, mas sempre vindo. ' orça e o o$o do universo se expandem dentro dela de la.. 'ss 'ssim im,, po pode demo moss co conc nceb eber er os 8o 8ois is *n *nfn fnito itoss mu mult ltip ipli lica cado doss na Cr Cria ianç nça a Coroada. Uodos esses 0istérios podem ser discernidos espiritualmente pelos -il"os Uodos da Uerra que têm dentro deles a )u? da Coroa. 1 "omem, o microcosmo, o pequ pe quen eno o un univ ivers erso, o, é se seme mel" l"an ante te a 8e 8eus us,, o ma macr croc ocos osmo mo.. 3st 3ste e é o $r $ran ande de mistério. ' 'lma, 0alut", é capa? de absorver em si mesma, espiritualmente, tudo o que est4 no 0acrocosmo, até ser capa? de pensar o }nico !ensamento de 8eus, que é o pr&prio >niverso. ' 'lma 'nimal é aquela que percebe e sente, sem ela podemos não perceber ou sentir as 'le$rias do >niverso. 8espre?ada como a fl"a caída, é nosso maior tesouro, pois é o reino dos céus na terra. !odemos a$ora entender o 0istério da Aevelação, da 0ul"er 6estida com o Bol, tornando(se $rande com a Criança.. Como a :esta, tentou 8evorar a Criança, e par Criança parou ou o pro$ pro$ress resso, o, a fm de que ele continuasse a ser adorado como o Ben"or do Céu. Como a 0ul"er escapou para o 3$ito, ou expandiu(se até os limites da 0ãe de But, a =rbita de Baturno e assim por diante até que a 6erdadeira Criança oi tra?ida 5 )u? dentro 8ela e a lu? do Bol e da )ua não eram mais necess4rios, pois 3ra o Coroada Criança no meio da Cidade Banta. 'ssim, podemos aprender, através da expansão de nossa consciência para a concepção de :abalon e da :esta, para passar para a 2rande Conceição de 9uit e Wadit, e obter nossa "erança de Consciência C&smica, como os -il"os Coroados do 9ovo 'eon. *sso oi proeti?ado pela pr&pria :esta, que e? sua vida trabal"ar para ensinar@ !rimeiro obten"a o Con"ecimento e Conversação do Ba$r Ba $rad ado o 'n 'n;o ;o 2u 2uar ardi dião ão,, o 3u Bu Bupe perio rior, r, em Uip" ip"er eret et", ", o Aei eino no de 8e 8eus us no Coração, e todas as coisas serão acrescentadas a você. 9ão est4 escrito na Cabala% et"er est4 em 0alut" e 0alut" est4 em et"er, mas depois de outra maneira7 3sta declaração oi mal entendida devido 5s limitações de nossas mentes. 0alut" é 9>*U, e et"er é W'8*U, e quando unidos A' W11A W>*U, seu fl"o est4 em Uip"eret". Uambém 9uit disse 0eu n^mero é 1n?e, assim como todos os seus n^meros que são de n&s. et"er é E, 0alut" é E<, ;untos 19?e, que é a 3sera !erdida de 8''UW, a Criança de
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C"oma" e :ina". 3ste é o 0istério do Camin C"oma" Camin"o "o de 'qu4 'qu4rio, rio, ' 3stre 3strela, la, o 8écimo !rimeiro Bi$no do odíaco, tra?ido para a Uerra na 8écima !rimeira Wora, antes do Uempo ter en$olido o }ltimo dos Beus -il"os, que ser4 como 1 !rimeiro no Aeino do 'qui e a$ora. Frater Ac$ad *$arles StansZeld ones -onte: EgVptian Reial [ *ap Uradução% Uradução% Al$ud$ud
Gang, Le3o Rei de 'i>, tinta nan(ui% e a(uarela #. ) 4.- Ricardo olinger anin 71
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' oto de ';edi+ncia 3u recebi uma carta outro dia, me contando sobre como o 6oto de Banta 1bediência oi imposto em !asadena. 'través disso eu percebi instantaneamente que nin$uém nesse iluminado distrito tin"a a mínima ideia do que é realmente o 6oto de Banta 1bediência. 9ão tem nada a ver com obediência@ é uma pr4tica como eita em qualquer outr outro o ramo ramo da o$a. o$a. Be você você ler ler !eque equeno noss 3nsa 3nsaio ioss em 8i 8ire reçã ção o a 6erda erdade de,, enco encont ntra rar4 r4 na p4$i p4$ina na k, k, uma uma an4l an4lis ise e sobr sobre e um esta estado do de ment mente e que que é caracteri?ado pela *ndierença. 1 estudo desse ensaio dever4 a;ud4(lo a adquirir al$uma noção das bases flos&fcas que delineiam essa pr4tica, mas você não deve supor que os dois estados podem ser sobrepostos. 1 transe descrito nesse livro é undamental e da ordem do sam~d"i. 'inda assim, o treino do 6oto deve ser de inestim4vel valor preliminar para a;udar na consecução do transe. !arece mel"or começar desen"ando bem as re$ras do ;o$o. 3u di$o ;o$oY, porque a mel"or orma de se reerir a pr4tica é como um ;o$o. 1 pupilo deve escol"er um proessor. 9ão importa afnal quem o proessor é@ ele não tem que ser um membro da 1rdem ou uma distinta autoridade espiritual de nen"um tipo. sufciente que ele se;a inteli$ente, um bom observador e psicolo$ista, e os entendimentos dele nessas qualidades mel"orarão rapidamente, na medida que a experiência em ;o$ar o ;o$o aumentar. mel"or que ele não se;a um iniciado, a menos que se;a um alto inicia ciado de ato. to. 3ss 3sses adeptos meia(boca invariavelmente enlameiam as coisas e as distorcem. ' perversidade "umana ou maldição tem seu camin"o claro com eles. muito dese;4vel que o pupilo e o proessor devam viver ;untos, ou ao menos passar a maior parte das "oras de la?er na compan"ia um do outro. 1 proessor deve, é claro, possuir certa dose de senso comum. 3le não deve, por exemplo, di?er ao pupilo para pular do DF o andar, a menos que ele ten"a plena certe?a de contradi?er a ordem antes que o pupilo se espatie no c"ão. ' re$ra undamental do ;o$o é ^nica e simples% 1 pupilo deve a?er instantaneamente o que ocorrer ao proessor l"e mandar, sem qualquer explicação a respeito da nature?a da ordem. al$o como o espírito da :ri$ada da )u? ou as re$ras dos esuítas, mas a dierença é absoluta, porque nesse caso o proessor tin"a um ob;etivo além de treinar o pupilo, e sua emancipação da prisão da circunst\ncia. 9a nossa pr4tica o proessor não retira nada dela a não ser um aumento do con"ecimento a respeito da nature?a "umana e uma certa "abilidade técnica em observação e utili?ação dos resultados da observação. !or mais que ele possa s er de al$um um diretor espiritual, é apenas nesse ^nico camin"o, que ele deve a;ustar a nature?a das ordens ao $rau de sucesso atin$ido pelo pupilo. >m ponto 72
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é de $rande import\ncia% ele não deveria dar ordens pouco espaçadamente. 1 ;o$o perde seu sentido se o pupilo abandona seu trabal"o ou ocupação para atender exclusivamente aos atos de obediência. 1 proessor, por outro lado, deve observar o pupilo bem de perto todo o tempo. 3le deveria se dar a c"ance de se interessar no que ele est4 a?endo antes de di?ê(lo para se levantar, e esperar na virada do corredor e di?er `:u"M seis ve?es, ou o que quer que se;a. 9em as orden ordenss devem devem ser comple completam tament ente e arbitr arbitr4ri 4rias as e absurd absurdas. as. 1 proe proessor ssor deve deve estudar o car4ter do seu pupilo bem de perto, para que possa recon"ecer instantane instantaneament amente e a sorte de coisas que mais o incomodam incomodam e tentar tentar manter manter um curso cuidadoso. 3le não deve querer que seu pupilo fque nervoso a ponto de perder seu temperamento a menos que "a;a uma ra?ão especial para enati?ar essa parte do treinamento que lide com esse tipo de autocontrole. 3le deve, em particular, ser cuidado para evitar abusar de sua unção. 3le não não deve deve busca buscarr de qual qualqu quer er orm orma a in_u in_uen enci ciar ar seu pupi pupilo lo@@ como como eu disse disse primeiramente ele não precisa ser o superior espiritual do pupilo, e ele deve ser muito cuidadoso para não colocar em sua cabeça que ele sabe mel"or que o pupilo o que é bom para ele. 3m verdade, o pr&prio pupilo deve estar apto a assistir muito notavelmente no pro$resso da pr4tica, especialmente no que di? respeito a est4$ios avançados onde pontos especiais estão envolvidos. !ara a?er isso corretamente, é de primeira necessidade, como no caso de qualquer outra pr4t pr4tic ica, a, a?e a?err um re$i re$istr stro o meti meticu culo loso so e acur acurad ado o. 1 pro proes esso sorr deve deve tent tentar ar estabelecer al$um tipo de escala de medição para colocar no re$istro o $rau de "esitação mostrado pelo pupilo lo$o de cara ao obedecer 5 ordem. 1utro ponto é que o elemento surpresa é de $rande valor. 9ão é dese;4vel uma rotina de qualquer tipo, a menos, que se;a decidido como uma propriedade especial das pr4ticas, a rotina causada pela monotonia da repetição do mesmo ato in^til e sem sentido. 3u realmente escrevo isso na consider4vel esperança que boa parte dos apontament apontamentos os ser4, na maioria maioria dos casos, desnecess4rio desnecess4rio.. 3u $ostaria $ostaria de pensar pensar que pupilo e proessor estão unidos por amor e devoção sinceros, por cuidado pelo bem(estar e avanço de ambas as partes, e também é esperado que ambos entrarão rapidamente no espírito do ;o$o, considerado como um concurso de inteli$ência, e não a?endo dele uma entediante pr4tica m4$ica, mas a parte mais interessante dos aa?eres do dia. >m pupilo deve considerar que atin$iu al$o pr&ximo a pereição nessa pr4tica, quando seu proessor descobrir que é impossível perturb4(lo de qualquer modo modo dand dando(l o(l"e "e qual qualqu quer er orde ordem. m. 3le deve deve exec execut utar ar o ato ato requ requer erid ido o com com completa serenidade, e de ato, di$amos, no espírito que a ordem or dada. 9ão é
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sufciente para ele executar a ordem e pronto. 'pesar de saber ser tudo parte de um ;o$o, ele deve atuar como se "ouvesse al$o muito sério envolvido. Ber4, provavelmente, a mel"or escol"a deixar que o ;o$o se;a mantido bem separado do que eu c"amarei de sala de aula, pelas primeiras duas semanas, mas quando uma certa quantidade de desatenção pela ordem or adquirido, pode ser ser conv conven enie ient nte e este estend nder er a oper operaç ação ão do ;o$o ;o$o as bela belass molé molést stia iass da vida vida quotidiana. 3le deve adquirir a aculdade de tratar cada uma dessas ocorrências com o que eu sinto inclinado a c"amar de despre?o simp4tico. 3ssa ssa pr4tica se revela elar4 como sendo capa? de levar a completa automaestria na rotina da vida di4ria. 3la prover4 completa anestesia e ap&s certo est4$io de pereição atin$ido, ela também levar4 da mente a culpabilidade pela preocupação. 3u estou tão convencido disso que eu me sinto inclinado a buscar um novo prop&sito e começar eu mesmo tudo de novo. 9ota do tradutor% ' import\ncia do entendimento do si$nifcado de `6oto de Banta 1bediência, se d4 no momento em que al$uém se candidata a Banta 1rdem, visto que outras ve?es esse voto ;4 oi conundido com o pr&prio espírito de reverência e a `obediência ao instrutor dentro do contexto da instrução, e na f$ura f$ura do minist ministro roHr Hrepr eprese esenta ntante nte do Ba$ra Ba$rado do 'n;o 'n;o 2uard 2uardião ião do instru instruído ído.. ' tradução é, antes de parecer uma su$estão, um convite a re_exão. re_exão.
Aleister *ro\leV -onte: La 5itana ol- I 1- 9 Uradução% Uradução% I- "#
Bol *nvictus
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