Universidade do Minho Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Civil
TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
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Índice 1. Introdução ............................................................................................................................ 3 1.1. Apresentação do enunciado .......................................................................................... 3 2. Quantificação das ações ....................................................................................................... 5 2.1. Sobrecarga ........................... ......................... .......................... .......................... ............. 5 2.2.Acção da Neve ................................................................................................................ 5 2.3. Acção do Vento.............................................................................................................. 7
..................................................................... 8 2.3.2. Coeficientes de pressão interiores .................................................................... 9 2.3.1. Coeficientes de pressão exterior -
pe
pi
3. Cobertura ........................................................................................................................... 10 3.1. Dimensionamento da Chapa de Cobertura ................................................................. 10 3.2. Pormenorização ....................... .......................... .......................... ......................... ....... 15 3.2.1. Ligação chapa-madres .......................................................................................... 15 3.2.2. Solução de Isolamento térmico ............................................................................ 19 3.2.3. Solução de evacuação de águas da cobertura ...................................................... 20 3.3. Asnas ........................................................................................................................... 24
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Índice 1. Introdução ............................................................................................................................ 3 1.1. Apresentação do enunciado .......................................................................................... 3 2. Quantificação das ações ....................................................................................................... 5 2.1. Sobrecarga ........................... ......................... .......................... .......................... ............. 5 2.2.Acção da Neve ................................................................................................................ 5 2.3. Acção do Vento.............................................................................................................. 7
..................................................................... 8 2.3.2. Coeficientes de pressão interiores .................................................................... 9 2.3.1. Coeficientes de pressão exterior -
pe
pi
3. Cobertura ........................................................................................................................... 10 3.1. Dimensionamento da Chapa de Cobertura ................................................................. 10 3.2. Pormenorização ....................... .......................... .......................... ......................... ....... 15 3.2.1. Ligação chapa-madres .......................................................................................... 15 3.2.2. Solução de Isolamento térmico ............................................................................ 19 3.2.3. Solução de evacuação de águas da cobertura ...................................................... 20 3.3. Asnas ........................................................................................................................... 24
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1. Introdução 1.1. Apresentação do enunciado CONCEPÇÃO DE UMA COBERTURA DE UM PAVILHÃO INDUSTRIAL
Considerando o projeto fornecido, pretende-se construir um pavilhão industrial destinado ao armazenamento de produtos congelados, constituído por duas partes distintas: edifício administrativo e pavilhão. O loteamento, do qual este projeto é parte integrante, vai ser realizado no concelho da Guarda, num local de altitude próxima dos 1000 m. Para este trabalho, vamos considerar apenas a parte do pavilhão. Pretende-se que sejam definidas as soluções estruturais e construtivas a adotar para a cobertura, respeitando o projeto de arquitetura fornecido. Para tal deverão ser cumpridos os seguintes condicionalismos estruturais:
A estrutura deverá ser composta composta por pilares metálicos metálicos e a estrutura da cobertura deverá ser realizada com base em asnas. Dever-se-á garantir uma altura altura interior interior livre livre mínima de 4.90 4.90 m no pavilhão.
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Pormenorização
Apresente e dimensione dimensione uma uma Solução para a Ligação Ligação das Chapas Chapas às Madres. Admita que o valor nominal da tensão de rotura (f ub) dos elementos de ligação é de 400 MPa.
Pormenorize uma solução de isolament isolamento o térmico para para a cobertura do pavilhão, consoante o tipo de chapa que foi adotado.
Estude uma solução para a evacuação das águas da cobertura.
Asnas Conceção e princípios de dimensionamento dimensionamento dos elementos das asnas
Apresente justificando uma solução para as asnas asnas da cobertura.
Obtenha a combinação combinação de ações condicionante condicionante para o dimensionamento dimensionamento das asnas e apresente as cargas nos nós a que as asnas estarão sujeitas.
Preveja uma solução de contraventamento contraventamento adequada.
Ligações entre os elementos constituintes constituintes das d as asnas
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2. Quantificação das ações A quantificação das ações e correspondentes combinações serão abordadas segundo o Regulamento de Segurança Segurança e Ações – RSA. RSA. Tal como referido em 1, pretende-se numa visão global dimensionar todos os elementos estruturais – principais e secundários, de uma cobertura de um pavilhão. Como tal, e uma vez que as ações permanentes dependem impreterivelmente da definição da geometria dos elementos, a analise destas deve ser realizada progressivamente. progressivamente. Assim, neste ponto apenas serão quantificadas as ações relativas à sobrecarga, à neve e ao vento. Como referido, as ações permanentes serão determinadas posteriormente, aquando o procedimento procedimento de dimensionamento dimensionamento dos diversos constituintes da cobertura.
2.1. Sobrecarga Para o cálculo da sobrecarga para coberturas ordinárias, segundo o artigo 34º do RSA, toma o valor de 0,3 KN/m 2.
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Identifica-se primeiramente, pelo Art. 26º que o local em estudo é considerado para a quantificação desta ação – Guarda com altitude de 1000m. A quantificação da ação da neve, pelo Art. 27º é considerada como:
(2)
em que, representa o valor característico e é o coeficiente que depende da forma da superfície sobre a qual se deposita a neve. O valor de é dado por:
(3)
em que, h é a altitude do local. O valor do coeficiente , é retirado pelo Quadro II-I do anexo II do RSA. Para coberturas de duas águas com ângulo de inclinação entre 0 e 15º, toma o valor de 0,8. Desta forma, segundo (3), o valor de é dado por:
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2.3. Acção do Vento A ação do vento é quantificada pelo Capítulo V do RSA. A primeira fase – Art. 20º do RSA, trata da identificação da zona onde o edifício se insere. Particularmente, o edifício localiza-se na Guarda a uma altitude superior a 600m pertence à zona B. Considerando que se encontra numa zona periférica, apresenta-se pelo Art. 21º com uma rugosidade do tipo II. Pelo Art. 24º, a pressão dinâmica do vento, wk para um edifício da zona B é obtido multiplicando por 1,2 os valores indicados para a zona A, através da figura 3- figura 1 do Art. 24º do RSA. Segundo a figura 3, a pressão dinâmica do vento para edifícios até 10m de altura é de 0,9 kN/m 2. Como referido anteriormente, este valor diz respeito à zona A. Tal, deve ser multiplicado por 1,2 devido ao facto de o edifício se encontrar na zona B.
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2.3.2. Coeficientes de pressão interiores pi Considerando o ponto 3.2.3 do Art.24º do RSA na alínea a) e uma vez que as duas fachadas menores são permeáveis e as duas maiores impermeáveis, é possível quantificar o valor dos coeficientes de pressão interior.
Distintamente ao que ocorre para os pe , os coeficientes de pressões interiores pi são iguais para toda a compartimentação interior - toma o mesmo valor em toda a cobertura dependendo apenas da orientação do vento relativamente à natureza das fachadas. Assim, se o vento for normal às fachadas permeáveis o coeficiente toma o valor de 0,2. Caso o vento for normal às fachadas impermeáveis o coeficiente toma o valor de -0.3 – figura 6.
Figura 6 - Coeficientes de pressão interiores pi
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De notar que este valor da ação do vento já se encontra na perpendicular, relativamente à superfície da cobertura - não sendo por isso necessário decompor a ação segundo (1). Por fim, a ação do vento é dada por:
3. Cobertura 3.1. Dimensionamento da Chapa de Cobertura Para o dimensionamento da chapa de cobertura é necessário definir: -A quantificação das ações atuantes sobre a chapa de cobertura; -O estudo das combinações de ações; As ações atuantes são a sobrecarga, a neve, o vento e o peso próprio da chapa de cobertura. Assim, é necessária a quantificação da ação permanente referente ao peso próprio da chapa. Após esta etapa poder-se-á verificar a combinação de ação mais desfavorável e determinar o valor de carga à qual a chapa terá de resistir.
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Uma vez já calculadas todas as ações atuadas, efetuam-se as Combinações de ações fundamentais segundo o Art. 9º do RSA. OS valores reduzidos para as ações são 0, 0.6 e 0,4 para a sobrecarga (Art.34.3º), neve (Art.27.2º) e vento (Art.24.3º), respetivamente. -Ação variável base sobrecarga:
(6)
(kN/m2)
-Ação variável base neve:
-Ação variável base vento
(kN/m2)
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É visível a existência de uma folga de 3,44-2,828 = 0,612 kN/m 2, poder-se-á proceder a uma nova iteração cuja chapa da nova iteração é a de menor resistência, por forma a diminuir a folga e assim procurar otimizar a escolha. Escolhe-se, para 2ªiteração a chapa C5-1000-40mm do catálogo da ALAÇO, com um peso próprio de 0,1117 KN/m 2. A decomposição da carga, para efetuar as combinações é dada por (5).
Figura 9 - Esquema auxiliar em alçado de uma água da cobertura para decomposição das cargas.
O valor de 0,1117 kN/m 2 encontra-se no referencial global sobre a cobertura. Para se obter o valor da componente [y] e da componente [x] utilizam-se a equação (5):
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-Ação variável base vento:
(kN/m2) A combinação que se apresenta mais desfavorável, tal como na 1ª iteração, é a combinação da ação variável base neve. Tendo em conta as considerações efetuadas na 1ª iteração e a condição (7), para a chapa C5-1000-40mm tem-se que:
Existe uma folga de 0,269KN/m 2, apesar de reduzido poder-se-ia proceder a uma nova iteração para a escolha de uma chapa de menor resistência para diminuir a folga. Porém, por consulta do catálogo da ALAÇO a próxima possível chapa teria uma resistência de apenas 2,45 kN/m 2, valor que se conclui que não cumpra a verificação de resistência.
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O valor de 0,1117 KN/m 2 encontra-se no referencial global sobre a cobertura, para se obter o valor da componente [y] e da componente [x] utilizam-se a equação abaixo:
Substituindo vem:
(kN/m2) Realizando as combinações de ações: -Ação variável base sobrecarga:
-Ação variável base neve:
(kN/m2)
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Apesar de existir uma folga de 2,121KN/m 2, optou-se pela escolha desta chapa para cumprir os requisitos relativos ao desempenho do isolamento térmico.
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O dimensionamento das ligações terá de ser efetuado para os esforços de tração e
de corte a que a chapa vai estar sujeita, já que a compressão está assegurada pela estrutura resistente que se encontra sobe as chapas. Figura 12 – Pormenor de ligação entre a cumeeira e a chapa de cobertura.
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Assim verificando os esforços das combinações para o dimensionamento da chapa de cobertura tem-se: -Ação variável base sobrecarga
(kN/m2)
(kN/m2)
(kN/m2)
-Ação variável base neve
-Ação variável base vento
Daqui retira-se que o esforço de tração máximo é máximo é dado por .
e o esforço de corte
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– Valor nominal da tensão de rotura à tracção; - Coeficiente parcial de segurança definido na cláusula 6.1.1 (2) do EC3. Fazendo então:
Calculando o diâmetro vem:
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Calculando o diâmetro vem:
Escolhe-se então o diâmetro comercial mais próximo, o parafuso de 12mm. Concluímos então que a utilização de parafusos de 12mm cumpre todas as verificações impostas. 3.2.2. Solução de Isolamento térmico
A solução de isolamento térmico utilizada passa pela colocação de chapas tipo “sandwich” de 80mm de espessura, para que possam estar cumpridas as exigências
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Figura 15 - Chapa com isolamento termico utilizada na cobertura.
3.2.3. Solução de evacuação de águas da cobertura
O sistema de drenagem de coberturas inclinadas é constituído pelo processo de escoamento horizontal e vertical, localizados nos limites da cobertura, funcionando por gravidade. [4] No caso concreto devido à existência de platibandas, o processo de drenagem horizontal é constituído por algerozes que recebem a água que advém da cobertura e que, pela sua inclinação, conduzem a água para os tubos de queda. Relativamente ao processo de drenagem vertical, é constituído por tubos de queda, juntos por encaixe, e encontram-se localizados nas extremidades da cobertura. Os algerozes podem ser efetuados em zinco tendo-se especial atenção de colocar juntas de dilatação térmica de pelo menos 6 em 6m, devendo ser colocados sobre uma tela
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Apresenta-se de seguida várias imagens com pormenores construtivos da solução de evacuação de águas apresentada.
Figura 17 – Cobertura em planta – cobertura de duas águas.
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3.2.3.1 - Dimensionamento dos algerozes e tubos de queda
Para dimensionar os algerozes, utilizou- se a tabela 17.9.3 do livro “Tabelas Técnicas”, transposta na image m:
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-A secção do algeroz é semi-circular; -A intensidade de precipitação é de 2 l/min.m 2. No caso em estudo a intensidade de precipitação na cidade da guarda é de 1,75 l/min.m2, pelo que a secção apresentaria uma folga de dimensionamento. Contudo a seção utilizada não é uma seção semi-circular – trata-se de uma secção trapezoidal o que faz variar o raio hidráulico. Facto que não condiciona a validade dos resultados, pois a secção adotada para o algeroz tem uma secção muito superior à mínima. O dimensionamento dos tubos de queda foi efetuado com base numa fórmula empírica proposta em [5]. O diâmetro dos tubos de queda é dado por:
sendo esta formula valida para comprimentos de tubos de queda maiores do que 0, 04 vezes o diâmetros do tubo. – 0,350 – 0,453 entrada com aresta viva , 0,578 entrada cónica – Caudal de calculo (l/min) - Altura da lamina (mm) – diâmetro do tubo de queda
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3.3. Asnas 3.3.1 Solução para Asnas da cobertura
Para se efetuar a solução para as asnas da cobertura, é necessário identificar previamente o número e posição dos elementos estruturais secundários que definem intrínsecamente os seus elementos. As estruturas mencionadas são referidas de madres. Deste modo, fazer-se-á primeiramente o dimensionamento das madres para, numa fase posterior, proceder-se ao desenho esquemático da solução de Asna da cobertura. 3.3.1.1.Dimensionamento das Madres
Considerações realizadas: -Dimensionamento das madres segundo o EuroCódigo 5 (EC 5): -Madeira: C24 - ; -2 metros de afastamento máximo entre apoios.
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em que L é o comprimento ao longo da superfície da cobertura, desde o apoio até à cumeeira, e d o espaçamento considerado entre madres. Substituindo em (15) vem que:
3.3.1.1.1. Quantificação das ações
As ações que contabilizam no estudo das combinações a estudar são, o Peso Próprio, a sobrecarga, a neve e o vento. -Ações Permanentes: As ações permanentes suportadas pelas madres, são as cargas permanentes que se sobrepõem nestes elementos, tendo em conta o seu peso próprio. Assim: Ações Permanentes = PP chapa da cobertura + PPmadre -Peso Próprio da chapa de cobertura =
(16)
;
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Logo, Decompondo a força nas componentes perpendicular e normal à inclinação da cobertura segundo (1) tem-se que:
Figura 22 - Figura de apoio a decomposição do PP da Madre.
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-Sobrecarga: Uma vez que a madre é um elemento secundário, pelo artigo 34º ponto 2 do RSA – como referido, é necessário verificar qual o efeito mais desfavorável, Assim, averigua-se qual dos dois carregamentos de sobrecarga produz efeitos mais desfavoráveis na madre – carga pontual ou carga uniformemente distribuída. Para a carga pontual de 1 kN aplicada no meio vão da madre, o momento solicitante é dado por: (18)
Para a carga uniformemente distribuída de 0,3 kN/m 2, o momento solicitante é dado por:
(19)
A sobrecarga a considerar é a carga distribuída de 0,3 kN/m 2, por apresentar um
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-Ação variável base neve:
-Ação variável base vento:
Assim:
á
A norma do valor da carga máxima aplicada é dada por:
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Tabela I – Quadro Sintetizador dos Parâmetros a calcular para verificação do dimensionamento Verificação do dimensionamento à flexão Verificação do dimensionamento à flexão ao desviada corte Classe de Serviço Classe de Serviço Efeito do tamanho da peça Coeficiente Parcial de segurança Coeficiente Parcial de segurança Valor característico ao corte Valor Característico à flexão K mod – Fator de modificação K mod – Fator de modificação
Seção considerada: Seção retangular: bxh = 80 × 200 mm 2 Classe de serviço 1: Caracterizado pelo ambiente conferido pelo edifício em causa. Uma vez tratar-se de um pavilhão, este edifício enquadra-se na classe de serviço tipo 1. Segundo o EC5, esta classe é definida por um teor de humidade correspondente de 20 ± 2 ºC e uma humidade relativa do ar que só exceda em 65% algumas semanas do ano. São exemplos estruturas cobertas e fechadas – pavilhões.
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Fator de modificação: O fator de modificação é retirado pelo Quadro do EC5 que relaciona o K mod com a classe de serviço e a classe de duração da carga. Isto é, o valor de K mod depende da classe de serviço, já definida – Classe 1, e da classe de duração da Carga. A classe de duração da carga pode ser considerada como permanente, longa duração, média duração, curta direção ou instantânea – depende do tempo de duração da ação mais curta correspondendo à combinação de ações mais desfavorável. Pelo referido, o fator de modificação é neste caso 0,9. -Determinação dos valores de cálculo:
(20) Sendo o factor de modificação, o valor característico do esforço e o coeficiente parcial de segurança já calculados, Assim segundo (20),
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Logo,
-Verificação da secção da madre à flexão desviada:
Através dos cálculos acima, verifica-se que a secção utilizada para a 1ª
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Apesar da secção 80×200 mm 2 verificar ao corte, a secção retangular escolhida não verifica à flexão desviada. Neste caso é necessário iterar até se limitar uma secção que verifique à flexão desviada e ao corte simultaneamente. O processo de cálculo respetivo ao ponto 3.3.1.1, é extensivo logo, por forma a rentabilizar a relação tempo vs nº iterações, o grupo desenvolveu uma folha Excel. A folha Excel referida (no CD em anexo) permite calcular várias iterações - demonstradas na Tabela II. De referir, que todas as iterações realizadas em folha de cálculo automático apresentam as mesmas verificações e condições de cálculo do exposto anteriormente para a secção da madre de 80x200 mm 2. Tabela II - Tabela de iterações das secções das madres.
Iteração
Secção (mm)
2
3 4 5 6
Flexão Desviada Corte Condição 1 Condição 2 2,71 X
2,41 X
1,69 X
1,43 X
1,44 X
1,22 X
1,34 X
1,12 X
1,16 X
0,97
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logo, Decompondo a força nas componentes perpendicular e normal à inclinação da cobertura segundo (1), tem-se que:
Assim, a ação permanente para o cálculo das madres é a soma entre o peso próprio da chapa de cobertura e o peso próprio da madre.
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3.3.2. Dimensionamento das asnas
Para o cálculo da combinação de ações condicionante no dimensionamento das asnas, é necessário primeiramente definir as ações atuantes. Dimensionamento de Asnas (Asnas Centrais): -Quantificação de ações: Considera-se como 1ªiteração, que as secções dos elementos das asnas apresentam uma secção por 250×250 mm 2. Verificar-se-á se tal secção suporta as condições de esforço axial correspondentes – esforços axiais de tração e compressão.
Figura 24 – Secção arbitrada como 1ª iteração para secção dos elementos da Asna.
É importante referir que se arbitra para os elementos da Asna uma secção comum, uma vez que dimensiona-se de forma geral todos os elementos da linha, da perna, as escoras, os montantes e o pendural simultaneamente. É de facto uma simplificação, que diminui o tempo de cálculo e que a nível prático facilita a montagem e instalação
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Seja a área de influência de cada madre dada por
m2 – figura 17, então:
Peso Próprio da Asna , em que P é o valor da carga pontual referente ao Peso Próprio da Asna. -Uma vez conhecida a classe dos elementos constituintes da Asna C24, e conseguinte peso específico – 340kg/m3, conhecido o volume total dos elementos respeitantes de cada Asna é possível o cálculo de P. Assim:
(21) em que Ltotal é o comprimento total dos elementos da asna e o peso específico
para a Classe de Madeira C24. O cálculo dos comprimentos totais dos elementos da Asna é facilmente obtido pelo somatório das dimensões obtidas pelo software utilizado (ficheiro de leitura no CD em anexo), aquando a introdução de dados par definição da solução da Asna – figura 15. Assim, O Ltotal obtido é de aproximadamente 95,3 metros. Por sua vez o Volume dos elementos da Asna, como indicado em (21), é dado por , logo:
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PPtotal= 0,101[x] + 0,376[y]
As ações variáveis, calculadas anteriormente, são dadas por: Sobrecarga Neve Vento Combinação de ações:
Para o esforço máximo descendente, tal como verificado no ponto 2, atua como ação variável base a neve:
Para o esforço máximo ascendente onde atua como ação variável de base o vento:
Efetuando o dimensionamento das asnas para a carga máxima descendente:
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Tabela III – Valores dos esforços axiais máximos de tração e compressão atuantes na Asna (Diagrama de esforços axiais da 1ª iteração – Anexo I).
Tração (kN) 696,1
Compressão (kN) -720,7
Relativamente ao dimensionamento dos elementos sujeitos a tração (+):
Sendo assim tem-se que:
Como
Tem-se que:
Fazendo a verificação:
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A nova iteração considerada é uma seção quadrada de 260 mm de lado – figura 27.
Figura 27 - Secção arbitrada como 2ª iteração para secção dos elementos da Asna.
Para a verificação, é necessário repetir os cálculos realizados para a 1ª ite ração. Relativamente às ações permanentes, as ações relativos ao Peso próprio da chapa de cobertura e madres mantêm-se. Como tal: Peso Próprio da Chapa = Peso Próprio da Madre = Relativamente ao cálculo do Peso Próprio dos elementos da Asna, calcular-se-á primeiramente a carga concentrada similar a esta ação, para seguidamente definir a carga a utilizar em combinação. Assim, segundo (21), em que o comprimento dos elementos Ltotal se mantém, então:
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Combinação de ações:
Para o esforço máximo descendente, tal como verificado no ponto 2, atua como ação variável base a neve:
Para o esforço máximo ascendente onde atua como ação variável de base o vento:
Efetuando o dimensionamento das asnas para a carga máxima descendente:
Determinando a carga nodal equivalente:
Para os nós dos apoios, a carga concentrada aplicada nestes é igual a metade da carga nodal equivalente admitida em cada madre – 17,06 kN.
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Como
Tem-se que:
Fazendo a verificação:
- A condição é verificada.
Agora deve-se efetuar o dimensionamento dos elementos sujeitos a compressão (-):
Sendo assim tem-se que:
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deslocamentos transversais excessivos e evitar possíveis mecanismos – em vários planos ortogonais das estruturas. Como referido em [2], as estruturas formadas por um sistema principal de elementos dispostos com a sua maior rigidez em planos paralelos entre si – analogia a uma cobertura constituída por asnas, devem ser contraventadas por outros elementos dispostos com a sua maior rigidez, em planos ortogonais aos primeiros. Assim, prever-se-á uma solução de contraventamento que garanta o referido. A solução adotada intercederá entre Asnas consecutivas nos planos horizontal, através de ligações cruzadas de elementos de madeira – cruzetas, através de ligações horizontais entre asnas – figura 29 e 30 e sobre a superfície da cobertura, através de cruzes de S. André – figura 31.
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Figura 31 – Solução de contraventamento no plano horizontal através de cruzes de S.André 3.3.5. Ligações entre os elementos constituintes das asnas
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3.3.5.1. Ligação entre Linha e Perna da Asna
Figura 33 – Desenho esquemático da ligação entre a linha e a diagonal da Asna. 3.3.5.2. Ligação entre Linha e 1º montante da Asna
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3.3.5.3. Ligação entre Linha , montante e escora da Asna
Figura 35 - Desenho esquemático da ligação entre a linha, o montante e a escora da Asna.
As ligações entre os elementos constituintes das asnas podem ser efetuadas pelos seguintes processos:
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Pregagem e Aparafusamento;
A pregagem e o aparafusamento são técnicas de união mais atuais, em que as peças de madeira são pregadas ou aparafusadas, permitindo inclusive resistir a esforços de tração. O uso destas técnicas é muitas vezes utilizado em conjunto com outros acessórios como as chapas metálicas e os discos tipo bulldog.
Figura 37 – Exemplo de ligação por pregagem e aparafusamento.
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Esta técnica consiste na colocação de chapas de aço de modo a abranger as peças a unir e na colocação de parafusos ou cavilhas a ligar as chapas e as peças de madeira tipo de ligação muito resistente e simples de realizar. As ligações utilizadas no caso em estudo são reforços metálicos aparafusados figuras 32, 33, 34 e 35. É possível nestas visualizar os diferentes reforços metálicos aparafusados utilizados para ligar as várias peças constituintes da asna.
Figura 39 Exemplo de ligações de reforços de chapas de aço aparafusadas.
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3.4. Estudo da ligação Asnas-Pilar
Figura 40 – Esquema da ligação entre a Asna e o pilar metálico. Relativamente à ligação entre a Asna e o pilar metálico, concebeu-se um modelo de apoio que apresenta os seguintes elementos:
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4. Conclusão O presente relatório visa sobretudo no dimensionamento de elementos constituintes de uma cobertura, constituída por elementos estruturais principais como as Asnas e madres, e elementos secundários como a chapa de cobertura. A sua definição foi realizada tendo como critérios de dimensionamento os adotados segundo o EuroCódigo 5 e RSA – dependendo do elemento. Importante referir, e uma vez que atualmente a questão financeira é um fator imperativo na decisão de projeto, que a análise deve ser acompanhada por uma preocupação relacionada com a perspetiva económica. Particularmente, procurou-se ter presente esta envolvente económica, contudo como descrito no cálculo dos diferentes elementos existem co ndicionantes vigentes. Concretamente no caso das chapas de cobertura, em que a otimização da relação espessura-resistência é influenciada impreterivelmente pela espessura mínima de isolamento para a Classe definida no RCCTE para a Cidade da Guarda. Outro exemplo a referir é no dimensionamento da Asna, em que se associou a mesma secção para todos os seus elementos. De fato, tal opção não rentabiliza de todo a secção para alguns elementos com esforços axiais reduzidos – a seção é dimensionada para carga axial de maior solicitação. Porém, esta consideração é atenuada pelas preocupações que se teria relativamente à montagem da Asna e de
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5. Bibliografia [1]
Lopes, Miguel Alberto Cameira - Tipificações de soluções de reabilitação de estruturas de madeira em coberturas de edifícios antigos , FEUP, 2007; [2]
Junior, Carlito Calil; Lahr, Francisco António Rocco ; Dias, António Alves – Dimensionamento de Elementos Estruturais de Madeira ; Manole - 1ª Edição 2003; [5]
Farinha, J.P. Brazão; Reis, A. Correia – Tabelas Técnicas.
6. Webgrafia [3]
http://www.alaco.pt/pt/produtos.htm
[4]
(http://www.construlink.com/2003_ConstrulinkPress/Ficheiros/Monografias
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7. Anexos 7.1. Anexo I
Anexo I – Esforços axiais verificados segundo o Software Ftool, para a 1ª iteração do dimensionamento dos elementos das Asnas.
50
André Rodrigues | Luís C. Silva | Luís M S ilva | Rafael Oliveira