Instituto Universal Brasileiro Administração Luiz Fernando Diniz Naso José Carlos Diniz Naso Inês Diniz Naso Gerente Geral Modesto Pantaléa
Diretora Geral Irene Rodrigues de Oliveira Teixeira Teixeira Ribeiro Coordenação Roseli Anastácio Silva Waldomiro Recchi Editoração Marcos Prado de Carvalho Revisão de Texto Marcia Moreira de Carvalho Autor Eduardo Latorre
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SUMÁRIO MATERIAL DE ESTUDO PRÁTICAS EM LABORATÓRIO 1 Aula 1 – Equipamantos de Proteção Individual e Coletiva . Proteção de Pernas: Sapatos de Segurança, Botas e Botinas . . Proteção da Cabeça: Capacete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Proteção de Mãos e Braços: Luvas e Mangotes . . . . . . . . . . . Proteção Ocular: Óculos de Proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . Proteção Respiratória: Máscaras Descartáveis e Respiradores. Proteção Facial: Máscaras e Viseiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . Prot oteç eção ão Aud udit itiv iva: a: Pro rote teto torr Aur Auric icul ular ar e Aba Abafa fado dore ress de de Ru Ruíd ídos os .
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Aula 2 – Trabalho em Altura . . . . . . . . . . . . Normas para o Trabalho em Altura . . . . . . . . . Capacitação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Planejamento e Organização . . . . . . . . . . . . . Análise de Risco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Permissão de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . Condições Impeditivas . . . . . . . . . . . . . . . . . Situações de Risco Risco.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Medidas Preventivas e Controle . . . . . . . . . . . Trabalho em Altura com Escada . . . . . . . . . . . Trabalho em altura com Andaime . . . . . . . . . . Check List e Análise Preliminar de Risco . . . . . . Acesso por Corda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva Resgate . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Aula 3 – Trabalho em Espaços Confinados . . . . . . . . . . . . . . . . Espaço Confin Confinado ado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Riscos e Perigos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Equipe de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Quando entrar no Espaço Confinado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Medidas de Segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Trabalho em Espaço Confinado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Agradecimento: Equipamentos Gulin Ltda. (www.gulin.com.br)
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MATERIAL DE ESTUDO PARA AULAS PRÁTICAS EM LABORATÓRIO 1
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amos abordar os conteúdos das aulas práticas ministradas em laboratório, que têm como objetivo agregar aos alunos conhecimentos conhecimentos que são essenciais na prática para um desempenho profissional eficaz, os quais são: • Conhecer e saber dimensionar os Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva, usados para proteger a saúde e integridade do trabalhador com a determinação de normas do Ministério do Trabalho. • Preparação e conhecimentos básicos necessários para o treinamento em campo especializado de trabalho em altura, trabalho em espaço confinado, brigada de incêndio e técnicas de primeiros socorros, assuntos sobre os quais o técnico deverá ter profundo conhecimento para treinamento de trabalhadores quando em exercício da profissão. • Sedimentar os conhecimentos teóricos das aulas de Higiene Ocupacional e Doenças Ocupacionais que capacitam os alunos a antecipar, reconhecer, avaliar e controlar fatores de riscos ambientais originados em postos de trabalho que podem causar enfermidades e prejuízos à saúde e bem-estar dos trabalhadores trabalhadores.. • Conhecer os procedimentos para elaboração de planos de trabalho, cujo objetivo é dar condições, meios e recursos para que as atividades dentro da empresa sejam executadas com segurança, ou pelo menos em condições de risco controlados. O material de estudo para as aulas práticas em laboratório está dividido em duas apostilas da seguinte maneira: Laboratório 1
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Material de Estudo para Aulas Práticas em Laboratório Laborató rio 1 (Aulas 1, 2 e 3) 1. Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva
2. Trabalhos em altura
3. Trabalhos Trabalhos em espaços confinados
Material de Estudo para Aulas Práticas em Laboratório 2 (Aulas 4, 5, 6, 7, 8 e 9)
4. Brigada de incêndio
5. Higiene ocupacional
6. Doenças ocupacionais
7. Equipamentos de avaliação ambiental
8. Primeiros socorros
9. Como elaborar plano de trabalho
Laboratório 1
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• Proteção de pernas: sapatos de segurança, botas e botinas. • Proteção da cabeça: capacete; • Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes; • Proteção ocular: óculos de proteção; • Proteção respiratória: máscaras descartáveis e respiradores; • Proteção facial: máscaras e viseiras; • Proteção auditiva: protetores auriculares e abafadores de ruídos.
Aula 1
EQUIPAMENTOS DE EQUIPAMENTOS PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIV COLETI VA
Os equipamentos de proteção só podem ser colocados à venda se possuírem o Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho. O empregador é obrigado a fornecer os equipamentos adequados aos riscos de cada atividade dentro do ambiente de trabalho e exigir o uso destes. Ele deve substituir imediatamente os equipamentos quando estiverem danificados ou extraviados. Deve também oferecer ao trabalhador treinamento quanto ao uso, conservação e guarda dos equipamentos, conforme estabelece a NR-6.
Objetivo. Conhecer os Equipamentos de Proteção Individual e Coletivas utilizados para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores.
No caso de o trabalhador ser autônomo, este deverá adquirir seus próprios equipamentos de proteção e para seus contratados.
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são equipamentos de proteção de uso dos trabalhadores contra riscos que ameaçam a sua segurança e saúde no ambiente de trabalho. São estabelecidos pela NR-6 (Equipamento de Proteção Individual – EPI) a qual obriga todas as empresas a fornecerem a seus trabalhadores os EPIs contra os riscos que estarão expostos no ambiente de trabalho. Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) são equipamentos de proteção coletiva instalados no ambiente de trabalho com objetivo de eliminar os riscos no ambiente em que se desenvolvee a atividade. senvolv
São deveres do trabalhador usar os equipamentos de proteção somente para a finalidade à qual se destina e ser responsável pela conservação e guarda destes, e também comunicar ao empregador qualquer anomalia no equipamento que o torne impróprio para o uso. Veremos a seguir as características e uso dos principais EPIs:
Proteção de Pernas Sapatos de Segurança, Botas e Botinas
Importante. O uso dos EPIs é obrigatório somente quando os EPCs não atenuarem os riscos completamente, ou se o fizer de maneira parcial.
Os sapatos de segurança têm solado de poliuretano, resistente a óleo, graxa e lubrificante para uso geral, além de serem antiderrapantes. Há também sapatos de ponteira de aço (biqueira) que protegem contra materiais pesados que possam cair nos pés. Existem também botas feitas de PVC e com solado antiderrapante, que
Podemos classificar os EPIs de acordo com a zona corporal a ser protegida, a saber: Laboratório 1 - Aula 1
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são usadas em locais úmidos, alagados ou com presença de produtos químicos, podendo ser de cano longo.
bricados em tecido e não em plástico rígido. Essa suspensão é a responsável pelo amortecimento, em caso de pancada.
Sapato de segurança
Capacete de segurança
Proteção de Mãos e Braços Luvas e Mangotes Na construção civil, aconselha-se o uso de luvas de pano em operações de lixamento, raspagem, escovamento e massamento. Luvas de PVC, ou de látex, devem ser usadas quando se trabalha com produtos químicos. As luvas de amianto são usadas em trabalhos com alta temperatura; as de raspa de couro, para soldagem ou corte a quente (maçarico); as de borracha, para serviços com eletricidade. Os mangotes de segurança protegem os braços dos trabalhadores contra qualquer agente químico e biológico.
Botas com solado antiderrapante
Proteção da Cabeça Capacete Em qualquer atividade dentro de uma obra, é obrigatório o uso do capacete. Os de aba frontal, tipo boné de jóquei, ou aba total podem ser de classe A ou B: os capacetes classe A são para uso geral, exceto para trabalhos com o uso de energia elétrica; já os de classe B também são para uso geral, inclusive para trabalhos com o uso de energia elétrica. O casco, de um modo geral, é fabricado com matéria-prima à base de polietileno de alta densidade. Tão importante quanto os cascos, a suspensão é feita por charneira e cintos faLaboratório 1 - Aula 1
Luvas de borracha 6
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tegem contra partículas de pigmentos e vapores, os quais possuem filtros e cartuchos acoplados à peça facial que devem ser trocados conforme instruções do fabricante, variando de especificação em função da substância à qual os trabalhadores estão expostos. Pode-se fazer a manutenção, higienização e limpeza na parte facial do respirador.
Luvas de látex
Proteção Ocular Óculos de Proteção Os óculos são especificados em função do tipo de risco. Ao raspar, lixar e pintar, os óculos de ampla visão são os recomendados para a proteção dos olhos. São também obrigatórios em serviços com uso de ácidos e produtos químicos agressivos. No caso de soldagem ou corte a quente com maçarico, existem óculos com lentes especiais.
Máscara descartável
Óculos de proteção Respirador semifacial
Proteção Respiratória Máscaras Descartáveis e Respirador Respiradores es
Proteção Facial Máscaras e Viseiras
As máscaras descartáveis devem proteger o trabalhador contra qualquer tipo de poeira e, por serem descartáveis, devem ser trocadas quando estiverem entupidas de sujeira, perfuradas, rasgadas e com cheiro ou gosto de contaminantes. Os respiradores (faciais – nariz, boca e olhos; e semifaciais – nariz e boca) pro-
São equipamentos que protegem os olhos e o rosto contra fagulhas incandescentes e raios ultravioleta, oriundos de serviços de soldagem. As máscaras diferem dos escudos por não possuírem punho e, portanto, por tanto, não ocupam uma das mãos para segurá-las, como acontece com o escudo.
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Cintos de segurança. Os cintos de segurança, utilizados em atividades com risco de queda em alturas superiores a 2 metros, são os do tipo paraquedistas, com ligação frontal ou dorsal.
Máscara de proteção
Proteção Auditiva Protetor Auricular e Abafadores de Ruídos São equipamentos de proteção para os ouvidos, usados em ambientes cujo ruído ultrapassa o limite de tolerância.
Coletes reflexivos. Feitos de tecido plastificado nas cores laranja ou verde, estes coletes são usados em locais onde oferecem riscos de atropelamento.
Protetor auricular
Veja também outros Equipamentos de Proteção Individual também muito importantes para a segurança do trabalhador:
Avental de proteção. Protege o tórax, o abdômen e membros inferiores i nferiores contra soldagem, corte a quente com maçarico (fabricado com raspas de couro) e também contra produtos químicos (fabricado em PVC). Laboratório 1 - Aula 1
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e a proteção do trabalhador, evitando consequências negativas em casos de acidentes de trabalho. Além disso, o EPI também é usado para garantir que o profissional não seja exposto a doenças ocupacionais, que podem comprometer a capacidade de trabalho e de vida dos profissionais durante e depois da fase ativa de trabalho, bem como para proteger os profissionais individualmente, reduzindo qualquer tipo de ameaça ou risco para o trabalhador. É determinado por uma norma técnica chamada NR-6, que estabelece que os EPIs sejam fornecidos de forma gratuita ao trabalhador para o desempenho de suas funções dentro da empresa. Para que esta possa conhecer todos os equipamentos de proteção que devem ser fornecidos aos seus funcionários, é necessário elaborar um estudo dos riscos ocupacionais, facilitando a identificação dos perigos dentro de uma planta industrial, por exemplo, ajudando a empresa a reduzi-los ou neutralizá-l neutralizá-los. os. É obrigação dos supervisores e da empresa garantir que os profissionais façam o uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual, os quais devem ser utilizados durante todo o expediente de trabalho, seguindo todas as determinações da organização. No caso de equipamentos perdidos ou danificados, é responsabilidade da empresa substituí-lo imediatamente. O uso adequado e responsável do EPI evita grandes transtornos para o trabalhador e, também, para a empresa, além de garantir que as atividades sejam desempenhadas com mais segurança e eficiência. Os equipamentos de proteção individual devem ser mantidos em boas condições de uso e precisam ter um Certificado de Aprovação do órgão competente para garantir que estão em conformidade com as determinações do Ministério do Trabalho. Empregados e empregadores devem compreender a importância do uso de equipamentos de proteção no dia a dia da empresa.
Agora, vamos dar exemplos dos principais Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs): • Ventilação dos ambientes de trabalho; • Enclausuramento acústico de fontes de ruído; • Protetores de partes móveis de máquinas; • Exaustores para remoção de gases e vapores; • Grades e telas para proteção de polias, engrenagens e peças móveis; • Ar-condicionado ou aquecedor para ambientes frios; • Placas de aviso sinalizadores; • Corrimão; • Fitas antiderrapantes em degraus de escadas; • Piso antiderrapante; • Barreiras protetoras contra luminosidade e radiação; • Guarda-corpo; • Protetores para máquinas; • Equipamentos contra incêndios; • Equipamentos e dispositivos utilizados em trabalhos em altura e espaço confinado (assunto para as próximas lições).
A importância do uso de EPI
Texto adaptado do site Grupo Saúde e Vida. Disponível em: www.saudeevida.com.br/importancia-do-uso-de-epi Acesso em: 18.4.2016.
O uso de Equipamentos de Proteção Individual é fundamental para garantir a saúde Laboratório 1 - Aula 1
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Aula 2
Pode-se incluir aqui trabalhos em profundidades como escavações, poços, galerias etc., onde há riscos de cair de alturas consideráveis.
TRABALHO EM ALTURA ALTURA
Para que o técnico em segurança do trabalho esteja preparado para treinar os trabalhadores, programar e supervisionar o trabalho em altura que é uma de suas atribuições, este deve conhecer: • Normas e legislação aplicáveis ao trabalho em altura; • Planejamento e organização; • Acidentes típicos; • Análise de risco e condições impeditivas; impeditivas; • Situações de risco e acidentes típicos inerentes ao trabalho em altura; • Medidas de prevenção prevenção e controle; • Sistemas, procedimentos procedimentos e Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo; • Resgate e primeiros socorros. Na figura a seguir, podemos observar as principais áreas com grande risco de queda.
Objetivo. Esta aula apresenta os procedimentos de segurança a serem observados na realização de trabalhos em altura, utilizando-se os Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo, estabelecidos e regulamentados pela NR-35. Definimos trabalho em altura todo aquele que é executado em alturas superior a 2 metros acima do nível inferior, onde há risco de queda e que necessita de equipamentos como andaimes, plataformas, escadas, cadeiras, andaimes suspensos de deslocamentos em linha de vida entre outros, que lhe permita trabalhar em segurança. Acidentes fatais por queda de altura ocorrem principalmente nas seguintes situações: • Obras da construção construção civil; • Serviços de manutenção e limpeza em fachadas; • Serviços de manutenção em telhados; • Montagem de estruturas estruturas diversas; • Serviços em ônibus e caminhões; • Depósitos de materiais; • Serviços em linha de transmissão e postes elétricos; • Trabalh Trabalhos os de manutenção em torres; torres; • Serviços diversos em em locais com aberturas em pisos e paredes sem proteção. Laboratório 1 - Aula 2
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Normas para o Trabalho em Altura
nal para as atividades rotineiras de trabalho em altura; d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis; e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas em presas contratadas; f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle; g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção defnidas defnidas nesta Norma; h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verifcar situação ou condi ção de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível; i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura; j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será defnida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade; k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.
Para prevenir acidentes e doenças ocupacionais decorrentes de trabalhos em altura a que estão expostos, os trabalhadores, além do uso de Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva, devem estar atentos a uma série de medidas, incluindo o treinamento dos trabalhadores para que executem sua função de forma correta com tudo ocorrendo em conformidade com o que fora previsto. Para isso, deve-se seguir algumas normas para trabalhos em altura. O trabalho em altura é regulamentado pela NR-35 (Trabalho em Altura), aprovada pela portaria nº 313 de 2012 do Ministério do Trabalho e Emprego. Ela estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. Vejamos o que diz a NR-35 com respeito às obrigações e responsabilidades do empregador e do empregado:
35.2.2 Cabe aos trabalhadores: a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimento proced imentoss expedidos expedidos pelo empregad empregador; or; b) col colabor aborar ar com o empr emprega egador dor na im plementa plem entação ção das disp disposi osiçõe çõess cont contidas idas nes nesta ta Norma; Norm a; c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis; d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
35.2.1 Cabe ao empregador: a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma; b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho - PT PT;; c) desenvolver procedimento operacioLaboratório 1 - Aula 2
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e prático, com carga horária mínima de 8 horas, com o seguinte conteúdo:
Veja também outras NRs utilizadas para o trabalho em altura: NR-6 – Equipamentos de Proteção Individual; NR-18 – Obras de Construção, Demolição e Reparos.
• Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura; • Análise de risco e condições condições impeditivas; • Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle; • Sistemas, equipamentos e procedimentos procedimentos de proteção coletiva; • Equipamentos de Proteção Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso; • Acidentes típicos em trabalhos trabalhos em altura; • Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.
As normas da ABNT são documentos que estabelecem regras, diretrizes, características e procedimentos para produtos e processos, dando-lhes padrão de qualidade a ser seguido, melhorando assim a produtividade das empresas. Veja a seguir as principais normas da ABNT para trabalhos em altura:
NBR 6494 – Segurança em Andaimes; NBR 14626 – Equipamento de proteção individual contra queda de altura – trava-queda deslizante guiado em linha flexível; NBR 14627 – Equipamento de proteção individual contra queda de altura – trava-queda guiado em linha rígida; NBR 14628 – Equipamento de proteção individual contra queda de altura – trava-queda retrátil; NBR 14629 – Equipamento de proteção individual contra queda de altura – absorvedor de energia; NBR 15834 – Equipamento de proteção individual contra queda de altura – talabarte de segurança; NBR 15835 – Equipamento de proteção individual contra queda de altura – cinturão de segurança tipo abdominal e talabarte de segurança; NBR 15836 – Equipamento de proteção individual contra queda de altura – cinturão de segurança tipo paraquedista; NBR 15837 – Equipamento de proteção individual contra queda de altura – conectores; NBR 15595 – Acesso por cordas; NBR 15475 – Certificação de profissional de acesso por cordas.
Esse treinamento, segundo a NR-35, deverá ser realizado em período bienal, ou quando ocorrer qualquer uma das seguintes situações: • Mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho; • Evento que indique a necessidade de novo treinamento; • Retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias; • Mudança de empresa.
Planejamento e Organização
Capacitação
Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e devidamente autorizado, gozando de perfeitas condições de saúde, avaliada e atestada como apta pelo programa de saúde ocupacional para atividade em altura.
A NR-35 estabelece que o trabalhador seja capacitado para o trabalho em altura, cabendo portanto ao empregador promover a capacitação dos trabalhadores com treinamento teórico Laboratório 1 - Aula 2
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Como princípio da NR-35, o trabalho em altura, sempre que possível, deve ser evitado. Caso seja impossível, devemos adotar medidas que possibilitem eliminar os riscos de queda do trabalhador; mas na impossibilidade deste ser eliminado, lançamos mão de medidas que minimizem as consequências da queda. Portanto, os procedimentos operacionais para o trabalho em altura deve conter, no mínimo, diretrizes e requisitos para execução das tarefas, detalhamento destas, medidas de controle dos riscos, característicos das rotinas, condições impeditivas para o trabalho, Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva que forem necessários, competência e responsabilidade, além do controle de risco e permissão para o trabalho.
dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de controle. Exemplo: a travessia de uma pessoa em uma via não sinalizada para travessia de pedestre se constitui em risco e perigo. Causa do acidente é a qualificação da ação ou procedimento frente a um risco e perigo. É o responsável pelo dano causado à pessoa.
Controle é a ação ou procedimento visando à eliminação ou controle dos riscos existentes nas fases de execução de um trabalho. Exemplo: se uma via for sinalizada com faixa de segurança para pedestres, controlase o risco e o perigo; e se construir uma passarela, o risco e o perigo foram eliminados.
Análise de Risco
De acordo com a NR-35, cabe ao empregador “assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho – PT”. A Análise de Risco também é conhecida como APR (Análise Preliminar de Risco) e é o estudo antecipado que se faz para identificar os riscos a que se expõe o trabalhador nas fases de execução de trabalho. É muito importante na determinação de medidas de controle e prevenção de riscos antes que seja iniciado o trabalho trabalho..
Planejamento Antes da fase de execução execução,, serão analisados todos os fatores de risco e possíveis condições de insegurança existentes no ambiente de trabalho e etapas da atividade. A Análise de Risco deverá contemplar no mínimo: • O local onde os serviços serão executados executados e seu entorno; • O isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho; • O estabelecimento dos sistemas sistemas e pontos de ancoragem; • As condições meteorológicas meteorológicas adversas;
Risco é uma ameaça, ou seja, quando há o risco, existe a possibilidade de algo ocorrer. Os riscos podem ser eliminados ou controlados. Perigo é a situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou Laboratório 1 - Aula 2
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• Etapas de trabalho. Cada etapa tem seu risco específico e deve ser observada e listada, além de apresentar o risco, as medidas preventivas a serem observadas e o nível de risco. • Revisão. Sugere-se deixar um campo para enumerar as revisões da AR e, a cada revisão, deve ser alterada a ordem numérica da AR. Esse campo pode começar com 0 ou 000: no caso de 000, após a primeira revisão, ficaria 001 e depois, 002, e assim sucessivamente a cada revisão. • Responsáveis pela AR. A equipe de trabalho deve ser envolvida na elaboração da AR. Normalmente os integrantes do SESMT são os responsáveis pela implantação e gerenciamento da AR, mas isso não impede que outros funcionários como os chefes de setores sejam incluídos.
• A seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual; • O risco de queda de materiais e ferramentas; • Os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos; • O atendimento a requisitos de segurança e saúde; • Os riscos adicionais; • As condições condições impeditivas; • As situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros; • A necessidade de sistema de de comunicação; • A forma de de supervisão.
Elaboração da Análise de Risco Quanto à elaboração de uma Análise de Risco eficiente, devem ser observados e relatados todos os riscos do ambiente. Para descobrir os riscos, podemos usar como base o Programa de Prevenção de Riscos Ambientasi (PPRA), check lists ou outros formulários elaborados para isso. Não existe um modelo padrão de Análise de Risco. Cada empresa pode elaborar o seu. Veja os campos que não podem faltar em uma Análise de Risco:
A Análise de Risco é uma técnica que pode ser aplicada a várias atividades e pode ser usada em conjunto com outras técnicas de avaliação e controle. Ela não tem vigência definida, ao contrário da Permissão de Trabalho. Cada empresa pode definir a vigência da Análise de Risco da forma como preferir; algumas costumam fazer semanal, outras mensal e assim por diante. Qualquer empregado pode emitir a Análise de Risco, e não existe impedimento legal para isso. Mas é preciso que o emissor tenha conhecimento da área do trabalho e que conheça também os riscos do ambiente de trabalho. Somente assim a Análise de Risco pode realmente cumprir sua missão que é levantar riscos e propor medidas preventivas preventivas.. O processo de melhoria da Análise de Risco deve ser contínuo e mutável assim como o ambiente do trabalho é mutável. Sempre que forem observados novos riscos ou situações perigosas no ambiente, estes devem ser incluídos na Análise de Risco. Em segurança do trabalho, não basta fazer, é preciso documentar. E com a Análise de Risco não é diferente. Ela deve ser documentada com as assinaturas de todos os envolvidos na atividade, além de ser arquivada para consultas posteriores. Assim, ela mostrará a linha do tempo dos riscos e das medidas preventivas que a empresa adotou para eliminá-los ou controlá-los controlá-los..
• Responsáveis. Responsáveis pela aplicação da AR. • Data. Deve ser a data de aplicação da AR; • Nome da empresa. • Tarefa Tarefa a ser executada. • Riscos do trabalho. Devem ser listados com riqueza de detalhes, afinal, a AR existe justamente para listar os riscos e, a partir destes, começar o processo de neutralização, eliminação ou atenuação. • EPIs. Descrição dos EPIs de uso obrigatório durante a realização dos trabalhos. • Equipamentos usados durante o trabalho. Cada equipamento se destina a um risco específico, e por menor que pareça, merece atenção e deve ser listado; quanto mais detalhes, mais eficiente será a AR. • Normas de segurança a serem observadas. É importante relatar, tanto para ciência do funcionário quanto para efeito de documentação. Laboratório 1 - Aula 2
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Veja a seguir um modelo de Análise de Risco retirado do site Segurança do Trabalho NWN (www. segurancadotrabalhonwn.com).
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Permissão de Trabalho
Veja um modelo de Permissão de Trabalho:
É um formulário de uso interno da empresa usado para controlar o acesso ao trabalho em áreas de risco elevado por período pré-determinado pela empresa. Portanto, é uma ferramenta de avaliação, documentação e permissão de exposição a possíveis riscos causadores de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Uma das fases da Permissão de Trabalho Trabalho é a elaboração da Análise de Risco, que acabamos de ver. Normalmente, a Permissão de Trabalho é utilizada nos seguintes casos: • Trabalh Trabalhos os a quente; • Espaço confinado; • Trabalh Trabalho o com produtos químicos; • Trabalho em locais com gases ou explosivos; • Trabalh Trabalho o em altura; • Movimentação de produtos perigosos; • Escavação; • Dentre outros.
Condições Condiç ões Impeditivas As condições impeditivas são situações que impedem a realização ou continuidade do serviço que possam colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador trabalhador.. Os riscos de queda existem em vários ramos de atividade e em diversos tipos de tarefas. Faz-se necessária, portanto, uma intervenção nestas atuações de grave e iminente risco, regularizando o processo de forma a tornar estes trabalhos seguros. O trabalho em altura não deverá ser realizado quando o trabalhador:
A Permissão de Trabalho é utilizada para autorizar o trabalho, ou seja, deve ser preenchida antes que se inicie a atividade. É válida apenas para o serviço específico e na jornada de trabalho do mesmo dia. Sempre no ato da emissão, uma cópia deverá ficar com o emitente. É importante que o trabalhador possa ler com calma a Permissão de Trabalho para entender claramente claramente do que se trata. Laboratório 1 - Aula 2
• Não possuir a devida anuência para realizar trabalho em altura; 19
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• Elétricos. São os riscos relacionados com as instalações energizadas existentes no ambiente de trabalho para acionamento de máquinas e equipamentos que podem causar choques.
• Não apresentar a devida qualificação para para o trabalho em altura (treinamento); • Não apresentar condições condições físicas, mentais e psicossociais. Além desses casos, o trabalho em altura também não pode ser realizado quando houver:
• Riscos mecânicos. São os perigos inerentes às condições estruturais do local: falta de espaço, iluminação deficiente, presença de equipamentos que podem produzir lesão e dano.
• Ausência de sistema e pontos de ancoragem adequados; • Ausência da Análise de Risco, procedimento operacional e/ou Permissão de Trabalho; Trabalho; • Ausência de EPI EPI adequado; • Falta de inspeção inspeção rotineira do EPI e do sistema de ancoragem; • Ausência de isolamento e sinalização no entorno da área de trabalho; • Condições meteorológicas meteorológicas adversas (ventos fortes, chuva, calor excessivo); • A não observância a riscos riscos adicionais e/ou às demais normas de segurança.
• Corte e solda. Os trabalhos a quente, solda e/ou corte acrescentam os perigos próprios desta atividade como radiações, emissão de partículas incandescentes etc. • Líquidos, gases, vapores, fumos metálicos e fumaça. A presença destes agentes químicos contaminantes gera condições inseguras e facilitadoras para ocorrências de acidentes e doenças ocupacionais. • Soterramento. Quando o trabalho ocorre em diferença de nível maior que 2 metros com o nível do solo ou em terrenos instáveis, existe a possibilidade de soterramento por pressão externa. Exemplos: construção de poços, fosso de máquinas, fundação, reservatório, porão de máquinas etc.
Situações de Risco
• Temperaturas extremas. Trabalho em fornos e estufas pode apresentar temperaturas extremas que poderão comprometer a segurança e saúde dos trabalhadores. Veja também outros riscos: • Pessoal não autorizado próximo ao local de trabalho; • Queda de materiais; • Energia armazenada.
Ato inseguro
Além dos riscos de queda em altura, existem outros que são específicos de cada atividade ou processo de trabalho, que de forma direta ou indireta, expõe o trabalhador no desenvolvimento da atividade em condições de risco ou de pre judicar sua saúde. Por isso existe a obrigação de determinar procedimentos e adotar medidas de prevenção e controle nestas situações de risco. Veja algumas situações de risco: Laboratório 1 - Aula 2
São atitudes, atos, ações ou comportamentos do trabalhador que contrariam as normas de segurança. Eles são responsáveis pela maioria dos acidentes de trabalho, razão pela qual é também classificado como falha humana atribuída ao trabalhador trabalhador.. Vejamos alguns exemplos: 20
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• Descumprir as regras e procedimentos procedimentos de segurança; • Não usar o EPI; • Não ancorar o cinto cinto de segurança; segurança; • Trabalhar sob efeito efeito de álcool e/ou drogas; • Operar máquinas e equipamentos sem habilitação; • Distrair-se ou realizar brincadeiras durante o trabalho; • Utilizar ferramentas ferramentas inadequadas; • Expor-se a riscos desnecessários. desnecessários.
elevatórias etc., e finalmente recorrer a medidas que só poderão minimizar ou limitar riscos com o uso de EPI, como cinturões, cadeira suspensa, linha de vida, trava-quedas e rede de segurança.
Condição insegura Condição insegura são defeitos e irregularidades técnicas que se verificam nas instalações físicas, máquinas e equipamentos existentes no ambiente de trabalho, gerando acidentes. Veja alguns exemplos:
Observações • É essencial coibir todo tipo de improvisação na execução de trabalhos com riscos de queda. • A proteção individual deve ser associada à proteção coletiva e práticas gerenciais especializadas. • Deve também assegurar a realização da Análise de Risco e, quando aplicável, a Permissão de Trabalho.
• Falta de guarda-corpo guarda-corpo em patamares; • Falta de pontos de ancoragem; • Falta de de treinamento; • Não fornecimento de EPI adequado; adequado; • Escadas inadequadas; • Falta de sinalização; • Equipamentos e/ou ferramentas defeituosas.
Medidas Preventivas e Controle
Trabalho em Altura com Escada
No planejamento do trabalho em altura, medidas de proteção contra quedas devem ser adotadas para manter as práticas do trabalho seguro em todas as etapas. Para isso, podemos seguir a seguinte hierarquia: 1. Medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução; 2. Medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma; 3. Medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado.
Embora seja um instrumento bastante popular, usado até por donas de casa para alcançar pequenas alturas de móveis, cortinas etc., a escada é um equipamento que, profissionalmente, deve ser apropriado ao serviço, com respeito a algumas normas para a sua segura utilização.
Como vimos, o primeiro passo é evitar o trabalho em altura sempre que possível. Não sendo assim, procura-se prevenir restringindo o acesso com EPC como andaimes tubulares, plataformas Laboratório 1 - Aula 2
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Vejamos algumas recomendações para uso de escadas em trabalho com altura:
• Não subir além dos dois últimos degraus da escada.
• O local onde será posicionada a escada deve estar limpo, isento de óleo, graxa ou qualquer outro produto que torne o chão escorregadio. • Isolar o local de trabalho, sinalizando-o para proteger a circulação de transeuntes. • Sempre ao subir ou descer uma escada, posicionar-se de frente para ela, segurando-se nos montantes com as duas mãos. • As escadas devem ser usadas por uma só pessoa que, de um modo geral, podem aguentar um total de 110 a 135 quilos entre pessoas, ferramentas e materiais. Deve-se respeitar o peso especificado pelo fabricante. • O comprimento máximo de de uma escada é de 7 metros, e o espaçamento entre degraus de 25 a 30 centímetros. • Evitar pintar as escadas para que a tinta não oculte possíveis rachaduras, trincas ou qualquer outro defeito quando inspecionada antes do seu uso. Como proteção, pode envernizá-la. • As escadas devem ter degraus antiderrapantes e estar bem apoiadas na superfície da base. Se necessário, usar calços.
• Não colocar a escada sobre qualquer equipamento ou máquina. Vamos conhecer agora os modelos mais conhecidos de escada:
Escada dupla ou de abrir
• Para trabalhos em que haja proximidade com instalações elétricas, só é permitido o uso de escadas de madeira ou de fibras, pois não são condutoras de eletricidade. • Usar corda ou outro meio para levantar e baixar ferramentas e outros materiais usados no trabalho. Laboratório 1 - Aula 2
Deve ser ser rígida e precisa precisa de dispositivos que a mantenha aberta constantemente. Ela deve ter comprimento máximo de 6 metros (quando fechada) e altura adequada para o serviço a ser executado. Esta escada deve ficar totalmente aberta, ou seja, mantendo o limitador de abertura totalmente esticado. 22
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Escada de mão
Não devemos usá-la como as escadas comuns, que se encostam na parede. Os quatro pés (base dos montantes) devem ficar bem assentados no piso, que deve ser plano e sólido. Use calços, se necessário.
Escada extensível
Este tipo de escada necessita de apoio (paredes, vigas, colunas etc.), não dispondo de apoios próprios como a dupla. Ela deve ser posicionada de tal forma que a distância que separa o apoio dos montantes (base da escada) do eixo vertical do ponto de apoio superior seja ¼ do comprimento da escada. Por exemplo, uma escada de 6 metros de comprimento deve estar afastada 1,5 metro do eixo perpendicular do ponto de apoio.
É formada por duas metades articuladas, dotadas de um limitador de curso colocado no quarto vão, contando a catraca. Caso não haja limitador de curso, quando estendida, deve permitir a sobreposição da parte móvel de, no mínimo, 1 metro sobre a parte fixa.
Se a escada não ultrapassar em, pelo me nos, 1 metro do ponto de apoio, ela deve ser amarrada. Da mesma forma, deve ultrapassar o piso de terraços e de lajes.
Nunca separe as partes da escada extensível e também não use a parte superior (móvel) como estaca simples de encosto, nem na horizontal como andaime. Laboratório 1 - Aula 2
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parte da frente a 2 metros de altura e a parte de trás rente ao chão.
Para amarrar a escada, deve-se subir com a corda presa à cintura ou no ombro, enquanto outra pessoa segura a escada. É importante nunca apoiar esta escada sobre superfícies de vidro, ainda que seja de grande espessura, nem posicioná-la em frente a portas ou aberturas de passagem que este jam ja m fe fech chad adas as..
• Escadas com mais de 4 metros de altura ou pesando mais de 25 quilos devem ser transportadas por duas pessoas e apoiadas nos ombros do mesmo lado.
Não se deve emendar duas escadas para aumentar seu comprimento e, sempre que a altura a ser atingida superar 2 metros, deve-se utilizar cinto de segurança.
Conservação das escadas • Limpe a escada antes de guardá-la; • Não a deixe ao tempo (sol, chuva ou sereno); • Não guarde a escada pendurada, pois a madeira pode ceder. Guarde-a em pé; • Nunca pise em cima da escada quando esta estiver no chão; • Jamais apoie algo muito pesado em cima da escada quando precisar transportá-la.
• No transporte em carros, fazer de acordo com as normas do Departamento de Trânsito.
Transporte de escada • Não transponha com escadas nos ombros em portas ou esquinas. Caso seja necessário, faça isso com cuidado. • Escada com até 4 metros pode ser transportada por uma pessoa, mantendo-se a Laboratório 1 - Aula 2
Em trabalhos sobre escadas em altura superior a 2 metros, o trabalhador deve utilizar cinto de segurança preso em estrutura, independentemente do tipo de escada. 24
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Trabalho em Altura com Andaime
Pelo disposto da NR-35, este tipo de andaime, de forma geral, não necessita de proteção contra queda, porém, em certas situações de uso (trabalho próximo a escadaria, por exemplo), existe a necessidade de se efetuar uma análise de risco para adotar medidas de proteção adequadas para eliminar, reduzir ou neutralizar os riscos.
Andaimes são estruturas metálicas tubulares ou de madeira para trabalhos em altura de construções, reformas, demolição, pintura, limpeza e manutenção. Segundo a norma da ABNT (NBR 6494 – Segurança dos andaimes), os andaimes são classificados em:
A fabricação e fornecimento de andaimes devem ser feitos por empresa especializada e registrada no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) e sua montagem no local de trabalho deve ser executada por profissional qualificado. Apesar da montagem de andaimes ser simples, deve-se seguir algumas regras básicas de segurança para que não venham acontecer acidentes, muitas vezes fatais. É importante seguir as determinações da NR-18 e seguir rigorosamente as orientações do manual de montagem do fabricante. O uso de EPIs necessários são imprescindíveis também.
• Andaimes suspensos mecânicos (leves e pesados); • Andaimes em balanço; • Andaimes simplesmente simplesmente apoiados (fixos (fixos e móveis). Os andaimes mais usados, de um modo geral, são os metálicos, constituídos de elementos tubulares soldados que formam painéis que se encaixam para se criar a estrutura desejada.
Já os mais simples e que podem ser usados em serviços de até 2 metros de altura são os andaimes apoiados sobre cavaletes e não podem ter altura superior a 2 metros e largura inferior a 90 centímetros. Laboratório 1 - Aula 2
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Andaime simplesmente apoiado
Andaime fachadeiro
É o mais comum, formado por painéis metálicos interligados por encaixe, ou com tubos e braçadeiras, tendo como piso ao nível, onde será executado o serviço, pranchas de madeira. Os montantes são apoiados sobre sapatas que podem ser fixas quando o piso for regular e nivelado, ou regulável para pisos irregulares.
É um andaime fixado à estrutura estr utura em toda a extensão da fachada e utilizado onde há necessidade de movimentação horizontal de trabalhadores e materiais e/ou em mais de um nível de piso.
Estes tipos de andaimes são utilizados em serviços que depositam cargas pesadas sobre a plataforma de trabalho como, por exemplo, alvenaria, concretagem e montagens metálicas. A estrutura deve ser fixada à construção por meio de amarração e entroncamento. A altura não pode exceder quatro vezes a menor dimensão da base de apoio, quando não estaiada.
O acesso vertical ao andaime deve ser feito por escada incorporada à própria estrutura ou através de torres de acesso. Deve se utilizar proteção com tela de arame galvanizado ou com material de durabilidade e resistência equivalente, desde a primeira plataforma de trabalho até no alto, na última plataforma, com o objetivo de impedir queda de pessoas, materiais ou ferramentas. Muito utilizado em construções e manutenção de fachadas, principalmente quando não é possível o acesso pela parte interna da obra. Não deve receber carga superior à especificada pelo fabricante.
Condições que impedem o seu uso • É proibido o trabalho em andaimes na periferia da edificação sem que haja proteção adequada fixada à estrutura desta. • Geralmente, na lateral externa destes andaimes, são usadas telas de proteção com o objetivo de impedir queda de pessoas, materiais ou ferramentas. Laboratório 1 - Aula 2
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Andaime móvel
Andaime suspenso mecanizado
Construtivamente, é igual aos simplesmente apoiado; a diferença está na base das colunas que, ao invés de sapatas, possuem rodízios para facilitar sua movimentação. Estes rodízios devem ser providos de travas, de modo a evitar deslocamentos acidentais. A altura do andaime móvel não poderá exceder a quatro vezes a menor dimensão da base de apoio, quando não estaiadas.
Os andaimes suspensos mecanizados devem ser dotados de um sistema de fixação e sustentação por vigas elaborado por um profissional legalmente habilitado. A sustentação deve ser feita por cabos de aço, e somente é permitido depositar material para uso imediato.
Neste modelo de andaime, o trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, ligado a um cabo de segurança que está fixado em uma estrutura independente da estrutura de fixação e sustentação. Os sistemas de fixação, sustentação e as estruturas de apoio deverão ser precedidos de projeto elaborado e acompanhado por profissional legalmente habilitado.
Medidas de proteção contra queda
Os andaimes devem dispor de sistema guarda-corpo – rodapé em todo o perímetro, com exceção do lado da face de trabalho. Durante a montagem e desmontagem, é obrigatório o uso de cinturão tipo paraquedista com talabarte duplo que possui mosquetões de dupla trava com abertura de, no mínimo, 50 milímetros. É proibido o deslocamento com trabalhadores sobre eles. Laboratório 1 - Aula 2
• O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, ligado ao trava-queda. • O cabo do trava-queda deve ser fixado em estrutura independente da estrutura de fixação e sustentação do andaime. 27
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Check List e Análise Preliminar de Risco A seguir, um modelo de check list e de Análise Preliminar de Risco para montagem de andaimes, também retirados do site Segurança do Trabalho NWN . Não são modelos padrão, portanto, podem ser adaptados pela empresa ou profissional conforme conhecimentos propostos.
Acesso por Corda
A Análise Preliminar de Risco, também é conhecida pela sigla APR, consiste em um estudo antecipado e detalhado de todas as fases do trabalho. Com o check list, podemos realizar inspeções com facilidade, programando as atividades e realizando no tempo certo, além de eliminar a possibilidade de esquecimentos e aborrecimentos. Através dele, encontramos os itens fora de conformidade ou que estão gerando riscos de acidente de trabalho. Laboratório 1 - Aula 2
De acordo com o Anexo I (Acesso por Corda) da NR-35: 28
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Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva
Considera-se acesso por corda a técnica de progressão utilizando cordas, com outros equipamentos para ascender, descender ou se deslocar horizontalmente, assim como para posicionamento no local de trabalho, normalmente incorporando dois sistemas de segurança fixados de forma independente, um como forma de acesso e o outro como corda de segurança utilizado com cinturão de segurança tipo paraquedista. A dupla proteção é um princípio fundamental de segurança para acesso por corda. O trabalhador usa uma corda de trabalho, além de uma corda de segurança ancorada de forma independente da corda de trabalho. Qualquer que seja a falha em um dos sistemas de suspensão, existe outro adequado para prevenir um acidente.
Segundo o que determina as normas, todo o fabricante de Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva deve comercializá-los acompanhados de instruções técnicas em língua portuguesa sobre sua utilização, manutenção, restrições e demais instruções inerentes ao seu uso, processo de limpeza, higienização etc. Estes equipamentos são indispensáveis não só para o trabalhador, como e principalmente para o técnico em segurança do trabalho, que será o responsável pelo treinamento e supervisão do trabalhador na execução do trabalho em altura em condições seguras. Por esta razão, para ilustrar esta aula, vamos utilizar os manuais da Equipamentos Gulin Ltda. (www.gulin.com.br) que gentilmente autorizou sua divulgação para servir de referência para nossos alunos. Esses equipamentos serão para uso nas seguintes áreas de trabalho: • Construção civil; • Telhados e coberturas; coberturas; • Fachad Fachadas as e beirais; • Área de carga; • Estruturas, tanques e silos; • Espaço confinado confinado com escada; • Espaço confinado confinado sem escada; • Trabalho em grandes áreas internas.
A sistemática para aplicação dos métodos de segurança do profissional de uma equipe e de terceiros em acesso por corda é estabelecida pela NBR 15595. Os profissionais que atuarem em trabalhos com acesso por corda devem estar capacitados e certificados de acordo com a NBR 15475. Laboratório 1 - Aula 2
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Cadeira suspensa em cabo de aço e corda
Especialmente indicada em serviços de pintura e limpeza de fachadas, em que o serviço deve ser executado o mais rápido possível e a operação pode ser feita na descida, esta cadeira só desce em corda de nylon (12 mm de diâmetro e resistência de 2.200), possui duas travas de segurança conforme exigências do Ministério do Trabalho e pode ser colocada ou retirada em qualquer trecho da corda de qualquer comprimento, possibilitando rápido retorno ao último andar, usando-se elevador ou escada. Também usada em casos de emergência de apartamentos, escritórios e pontes-rolantes, seu peso é de 7 quilos. Essas características propiciam que esta cadeira tenha uma produtividade duas vezes maior que qualquer outra e cerca de quatro vezes maior aos andaimes suspensos. Fácil funcionamento: basta acionar suavemente a alavanca controladora para a cadeira descer suavemente. Quanto mais forte o acionamento, maior será a velocidade de descida: basta tirar a mão da alavanca para a cadeira parar imediatamente. Aconselha-se treinamento em altura de até 3 metros.
Única com trava-queda integrado, proporciona produção dobrada e conforto operacional. O trava-queda acoplado diretamente à estrutura da cadeira possibilita maior segurança e total facilidade de movimentação vertical, eliminando as dificuldades decorrentes do trava-queda ligado às costas. Fabricada inteiramente em aço galvanizado, possui assento anatômico com dois mosquetões para prender baldes ou ferramentas, indicada para movimentação de até 140 quilos (pessoa mais material de trabalho), obedecendo às exigências do Ministério do Trabalho e da NBR 14751. A cadeira vem com cinturão de segurança Gulin, tipo paraquedista e trava-queda Gulin (modelo XA ou XN). São fabricadas quatro modelos das cadeiras suspensas:
Veja como é fácil a colocação da corda de nylon: a) Enfiar a corda na argola passando pelo gancho. b) Apertar a alavanca controladora de velocidade e deixar a corda presa. c) Passar a corda no gancho de segurança.
1. Modelo CS-1
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2. Modelo CS-2
3. Modelo CS-3
Este modelo de cadeira, que pesa 12 quilos, sobe e desce em cabo de aço de qualquer comprimento com 4,8 mm de diâmetro, formação 6 x 19, com alma de aço, resistência de 1.500 quilos, sem lubrificação, em perfeito estado, sem emenda ou pernas partidas. Indispensável na manutenção industrial onde é necessário usar cabo de aço resistente a jateamento de areia, vapores, calor e solda. O cabo de aço, normalmente, é galvanizado, porém, pode ser inoxidável para atender exigências das indústrias alimentícias e farmacêuticas. O cabo pode ser imediatamente colocado em qualquer ponto e deve ser mantido esticado pelo peso do próprio carretel, fornecido com a cadeira, com o excesso do cabo enrolado, como vemos no desenho a seguir:
Este modelo de cadeira suspensa (pesando 10 quilos) sobe e desce em corda de nylon (12 mm de diâmetro de qualquer comprimento) e possui duas travas de segurança acopladas às manoplas. Com patenteado sistema de tração, dispensa o uso de peso na ponta da corda que pode ser colocada ou retirada em qualquer trecho. A corda pode ser imediatamente colocada ou retirada em qualquer ponto e não precisa ser mantida esticada por um peso, como mostra o desenho a seguir:
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4. Modelo CS-4
• Fixação dos cabos de aço ou cordas com uso de suportes. Utilizando-se os suportes que deixam os cabos distanciados cerca de 30 cm da fachada, é possível movimentar-se com facilidade do solo ao último andar conforme as figuras a seguir.
Pesando 6 quilos, é uma cadeira especialmente indicada para espaços confinados ou serviços em que o trabalhador tenha necessidade da frente livre para fácil operação de ferramentas ou instrumentos. A movimentação é feita por outra pessoa (vigia) usando um guincho modelo G-4 ou G-5.
Formas de fixação dos cabos de aço e cordas As normas NBR 14626, 14627, 14628 e 14751 exigem que os cabos e as cordas das cadeiras e trava-quedas sejam fixados em pontos ou suportes de ancoragem que resistam, no mínimo, 1.500 quilos.
• Fixação dos cabos de aço ou cordas sem uso de suportes. Nesse caso, não há distância entre os cabos e a fachada, sendo possível a movimentação da cadeira, com facilidade ao penúltimo andar. Veja:
As cordas e cabos de aço das cadeiras e dos trava-quedas não devem ser apoiados nas quinas, mesmo com proteção tipo borracha, visto que sofrem deformação permanente e ficam com a resistência comprometida. Para sua correta fixação, é necessário usar corrente ou outro cabo de aço (com diâmetro maior) ligados por meio de mosquetão ou manilhas. Laboratório 1 - Aula 2
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Instruções de uso das cadeiras suspensas Considerando que a NR-35 exige trabalhador capacitado para usar cadeira suspensa, apresentamos alguns procedimentos teóricos e práticos que o empregador deve submeter ao aprovar um trabalhador:
Instruções iniciais para uso • A cadeira suspensa deve ser usada em conjunto com trava-queda e cinturão paraquedista (NR-18). • O ponto de ancoragem do cabo de sustentação da cadeira deve ser independente do ponto de ancoragem do cabo do trava-queda e resistir a, no mínimo, 1.500 quilos (NR-18 e NBR 14751). • Os cabos de aço e as cordas da cadeira suspensa só devem ser usados na vertical sem se apoiar em saliências ou quinas vivas (NBR 14751). • A conexão do cabo de aço da cadeira ao ponto de ancoragem deve ser feita com uso de cabo de aço independente, corrente, mosquetão ou manilha, isto é, não se deve usar o próprio cabo de aço da cadeira para amarração (NBR 14751). • Executar a inspeção inicial da cadeira. • Constatar que o uso da cadeira suspensa está dentro do prazo de validade, a qual deve passar por uma revisão a cada 12 meses, conforme exigências da NBR 14751. Procedimentos de segurança para montagem e acesso à cadeira • A cadeira suspensa e seu trava-queda integrado devem ser preparados para funcionamento por um trabalhador habilitado e protegido por cinturão paraquedista e talabarte de corrente (máximo 2 metros) ligado à sua argola dorsal ou frontal (figura a). • O trabalhador só deve se sentar à cadeira com o talabarte de corrente ligado ao seu cinturão (figura b). • O trabalhador só deve se soltar do talabarte de corrente após ligar seu cinturão à cadeira (figura c). • Para sair da cadeira, o trabalhador t rabalhador deve fazer o procedimento inverso. inverso. Laboratório 1 - Aula 2
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Instruções para manutenção das cadeiras
Vantagens do Trilho Inox Gulin • Considerando-se a constante necessidade de trabalho em certas fachadas, principalmente para limpeza de vidros, pode ser muito prático e econômico a instalação definitiva de linha horizontal de segurança constituída do Trilho Inox Gulin. Esta forma de instalação não prejudica a estética da fachada, visto que o trilho permanente de aço inox é confundido com o rufo de acabamento do beiral. • Outra vantagem a ser considerada é a drástica redução no tempo gasto para limpeza, fator fundamental para áreas com grande circulação de pessoas.
• Armazenar as cadeiras suspensas limpas e abrigadas das intempéries em lugar seco. • Desmontar, lavar e engraxar as manoplas das cadeiras CS-2 e CS-3 após uso de produtos químicos corrosivos ou pastosos. • As cadeiras suspensas devem ser revisadas anualmente pela Gulin conforme exigência da NBR 14751.
Linha de vida fixa Moderno e prático sistema de trabalho em fachadas, a linha de vida fixa permite a fácil movimentação horizontal das cadeiras suspensas por meio do deslocamento do Trole Gulin modelo TR-4 no Trilho Inox Gulin. O Trole Gulin modelo TR-4 é produzido em aço inox com quatro rolamentos blindados.
Guincho para movimentação de pessoas
Trole Gulin modelo TR-4
1. Guincho G-6 Já o Trilho Inox Gulin é constituído de um perfil reto extrudado de 40 x 60 mm, AISI-304, peso de 3,8 kg/m, espessura de 3 mm e comprimento de 3 metros, garantindo-se a precisão das medidas necessárias para perfeito acoplamento das partes e boa mobilidade do Trol Trolee TR-4. Resiste à carga estática de 15 kN em qualquer ponto, conforme exigência das NBR 14626, 14627, 14628 e 14751, desde que fixado a cada 1,4 m. O Trilho Inox Gulin também pode ser fornecido em trechos curvos. Laboratório 1 - Aula 2
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O guincho Gulin modelo G-6 é destinado à movimentação vertical do trabalhador em serviços constantes ou no resgate em espaço confinado. Possui carretel com capacidade de armazenar até 100 metros de cabo de aço com 4,8 mm de diâmetro, galvanizado ou inoxidável (para indústrias alimentícias e farmacêuticas) ou galvanizado com revestimento em nylon (espaços confinados com atmosfera potencialmente explosiva). A manopla da manivela é dobrável para facilitar o transporte Pesando 10 quilos, este guincho é de fácil e seguro funcionamento. Com simples rotação da manivela, movimenta-se com mínimo esforço até 140 quilos (pessoa mais material de trabalho). Para subir, gira-se num sentido; para descer, girase ao contrário; para parar, basta tirar a mão da manivela. O guincho pode ser fixado nos tripés e monopés Gulin sem uso de ferramentas. Fácil transporte, pode ser fornecido em sacola de nylon resinado para transporte e armazenagem.
Instruções para manutenção do guincho • Armazenar o guincho limpo e abrigado das intempéries, em lugar seco. • O guincho Gulin deve ser revisado a cada 12 meses pela Equipamentos Gulin, conforme exigência da NBR 14751.
Trava-queda deslizante em cabo de aço e corda É indicado para movimentação em linhas verticais de qualquer comprimento. Veja os modelos:
1. Modelo XA (para cabo de aço)
O guincho G-6 deve ser usado em con junto com um trava-queda trava-queda (modelo retrátil ou deslizante).
Instruções para uso do guincho • Carga máxima de trabalho: 140 quilos (pessoa mais material de trabalho ou carga). • Para movimentação do trabalhador em serviço constante, o guincho deve ser usado em conjunto com trava-queda e cinturão paraquedista (NR-18). • Para resgate numa emergência, permite-se o içamento do trabalhador sem uso do trava-queda, somente com cadeira suspensa, suporte de ombro, maca ou cinturão paraquedista.
Produzido em aço inox (CA 7026), possui tripla trava de segurança e efetua travamento simultâneo em dois pontos de linha de segurança, aumentando a eficiência da frenagem. Indicado para cabo de aço com 8 mm de diâmetro, sua formação é de 6 x 19, alma de fibra, galvanizado ou inox, com resistência de 3.480 quilos. Deve ser conectado às alças frontais ou argola dorsal do cinturão paraquedista modelo Gulin-102 ou Gulin-102R, por meio de um mosquetão ou um extensor. É constituído de dois mosquetões interligados por, no máximo, seis elos de corrente galvanizada de ¼ polegada. O cabo de aço deve ser mantido esticado fixo ou com um peso Gulin de 7 quilos, código P-7, constituído de um cilindro de aço, com diâmetro de 3 polegadas e comprimento de 200 mm e fixação do cabo por meio de parafuso central com diâmetro de 3/8 polegadas.
Instruções para inspeção do guincho • O guincho não deve ter peças gastas, quebradas, trincadas ou aparência duvidosa. • Os componentes deve ser inspecionados de acordo com as orientações do fabricante. Laboratório 1 - Aula 2
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Escada tipo marinheiro. Em escadas com altura superior a 2 metros, o Ministério do Trabalho exige o uso de trava-quedas como demonstra a figura abaixo, um exemplo de montagem com instalação permanente do cabo de aço, distanciado cerca de 10 cm dos degraus.
Uso obrigatório pelo Ministério do Trabalho na proteção em cadeiras suspensas, andaimes suspensos e escada fixa com mais de 2 metros de comprimento. O cabo de aço deve ser mantido esticado fixo (escada) ou com peso (andaime e cadeira suspensa), conforme normas da ABNT.
Detalhamento das aplicações Cadeira suspensa. Na utilização de cadeira suspensa, o Ministério Mi nistério do Trabalho Trabalho obriga o uso de trava-quedas com cinturão de segurança tipo paraquedista com ligação dorsal ou ligação no peito. Atualmente, em todo o mundo, está predominando o uso do travaqueda com ligação frontal (no peito), montagem indiscutivelmente melhor que a dorsal.
Cinturão de segurança com ligação dorsal
Na figura 3, temos detalhes do suporte superior feito em perfil L 3 x 3 x ¼ polegadas, galvanizado a fogo. O cabo possui terminal tipo superlaço (oferece segurança máxima). Na figura 4, são apresentados os detalhes do suporte intermediário que deve ser usado a cada 10 metros, visando reduzir as oscilações do cabo de aço. Na figura 5, mostramos o suporte inferior com o esticador de cabo de aço que deve ser ajustado com as mãos, sem uso de ferramentas.
Cinturão de segurança com ligação no peito Laboratório 1 - Aula 2
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2. Modelo XN (para corda)
Observação. As figuras 3, 4 e 5 são sugestões de suportes simplesmente didáticas, visto que não são comercializados pela Equipamentos Gulin. Andaime suspenso. O Ministério do Trabalho exige uso de trava-queda em todo tipo de andaime suspenso. A ligação do trava-queda ao cinturão (extensor) pode ter, no máximo, seis elos de corrente de aço galvanizado,, interligados por dois mosquetões vanizado de aço.
Produzido em aço inox (CA 7025), possui tripla trava de segurança e efetua travamento simultâneo em dois pontos da linha de segurança, aumentando a eficiência da frenagem. Indicado para corda de poliamida com 12 mm de diâmetro, tem resistência de 2.200 quilos. Deve ser conectado às alças frontais ou argola dorsal do cinturão paraquedista modelo Gulin-102 ou Gulin-102R, por meio de um mosquetão ou um extensor ex tensor,, constituído de dois mosquetões interligados por, no máximo, seis elos de corrente galvanizada de ¼ polegada. O modelo XN é de uso obrigatório pelo Ministério do Trabalho na proteção ao trabalho do usuário em cadeiras suspensas, andaimes suspensos e escadas fixas ou móveis com mais de 2 metros de comprimento, além de ser indicado para proteção em toda a área do telhado ou rampa, conectado ao cabo-guia obrigatório pelo Ministério do Trabalho. A corda deve possuir na extremidade inferior um limitador de fim de curso (pode ser um nó firme), para impedir que o trava-queda saia inadvertidamente.
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Detalhamento das aplicações Cadeira suspensa. Na utilização de cadeira suspensa, o Ministério do Trabalho exige o uso de trava-quedas com cinturão de segurança tipo paraquedista com ligação dorsal ou ligação no peito; este último é predominantemente o mais usado, pois sua montagem é melhor que o dorsal. Andaime suspenso. O Ministério do Trabalho exige o uso de trava-queda em todo tipo de andaime suspenso. A ligação do trava-queda ao cinturão (extensor) pode ter, no máximo, seis elos de corrente de aço galvanizado, interligados por dois mosquetões de aço. Telhados, taludes e rampas (jardins). As características inéditas do trava-quedas XN (patenteado) permite trabalhar com segurança e movimentar-se com facilidade, de forma manual, em planos inclinados, sem necessidade do inconveniente pino de travamento permanente existente em outros aparelhos. Usando-se a montagem frontal, o trava-queda XN deve ser ligado ao cinturão por apenas um mosquetão. Usando-se a montagem dorsal, é necessário ligar o trava-queda XN ao cinturão por meio de dois mosquetões e seis elos de corrente, com o objetivo de facilitar o manuseio do aparelho.
Montagem dorsal
Uso do trava-quedas • Só deve ser usado trava-queda com cinturão e extensor especificados no Certificado de Aprovação. A não obediência desta exigência acarreta em multa. • O cabo de aço ou corda de segurança deve estar ancorado superiormente em ponto que resista a, no mínimo, 15 kN. • A carga de ruptura da linha de segurança deve ser de, no mínimo, 15 kN para cabo de aço; ou 22 kN para corda de segurança. • Os trava-quedas devem ser usados somente com extensor em aço constituído de, no mínimo, um mosquetão Gulin e, no máximo, dois mosquetões Gulin, interligados por corrente com, no máximo, seis elos de diâmetro de ¼ polegada. • Nunca deve-se aumentar o comprimento da ligação entre o aparelho e o cinturão; no máximo, usar seis elos de corrente. • O trava-queda deve ser ligado, obrigatoriamente, à argola das costas (ligação dorsal) ou às alças do peito (ligação frontal) do cinturão paraquedista.
Montagem frontal Laboratório 1 - Aula 2
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• Os trava-quedas sem o mosquetão devem devem apresentar perfeita mobilidade das alavancas, isto é, movendo-se as alavancas para cima, elas devem retornar totalmente e rapidamente à sua posição original.
Colocação do trava-queda Veja os procedimentos para a colocação do trava-queda: a) Retirar o mosquetão e mover as alavancas para cima; b) Girar o aparelho na horizontal e introduzir o cabo na sua abertura intermediária; c) Recolocar o aparelho na vertical (o cabo se ajustará normalmente); d) Verificar se o aparelho ficou colocado na posição correta (seta para cima), recolocar o mosquetão e apertar a porca de sua segurança.
Manutenção dos trava-quedas • Manter os trava-quedas limpos, limpos, afastados de produtos químicos nocivos ao aço inox e protegidos das intempéries em local seco. • Os trava-quedas podem ficar mergulhados em solventes para limpeza e ter seus eixos lubrificados com óleo tipo "máquina de costura" para voltar a ter perfeita per feita mobilidade. • Se continuar a ter má mobilidade, o aparelho deve ser inutilizado.
Trava-queda retrátil com cabo de aço 1. Modelo R-10
Antes de usar o aparelho, faça o teste inicial de funcionamen funcionamento: to: • Puxe o mosquetão que se liga ao cinturão para cima, até que o aparelho se desloque alguns centímetros para cima; • Só use o aparelho após constatar que este se trava imediatamente no cabo vertical após o mosquetão deixar de ser puxado para cima.
É um modelo de funcionamento retrátil com até 10 metros de cabo de aço galvanizado, com 4,8 mm de diâmetro; ou inox para indústrias alimentícias e farmacêuticas. Possui mosquetão-destorcedor para durabilidade do cabo com indicador de queda (indica necessidade de revisão). Indicado para trabalho em áreas de carga e telhados, este modelo de trava-queda é o mais usado na proteção contra queda sobre caminhões.
Inspeção do trava-quedas guiados • Os trava-quedas não devem devem ter rebites rebites frouxos, peças gastas, tortas ou aparência duvidosa. • Inutilizar o aparelho que apresentar algum problema ou após a retenção de uma queda. Laboratório 1 - Aula 2
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2. Modelo R-20
• O cabo retrátil deve ser conectado conectado à argola dorsal (costas) do cinturão paraquedista e, durante o uso, é necessário que fique esticado pela ação da mola interna retrátil. • Após o uso, nunca deixar o cabo recolher com velocidade (tomar o mesmo cuidado que se exige para as trenas de medição). Para efetuar o recolhimento do cabo, fazer a substituição do cinturão por uma corda fraca, que possibilitará a fácil recuperação do cabo de aço no próximo uso, rompendo-se facilmente se for puxada acidentalmente por empilhadeira ou caminhão, sem causar danos ao trava-queda e à instalação. • O deslocamento horizontal do trabalhador em relação ao centro do aparelho (L) não deve ser superior a um terço da distância entre o ponto de ligação do cinturão e o solo (H). Caso haja necessidade de maior deslocamento horizontal, deve-se usar linhas horizontais e troles.
De funcionamento retrátil, este modelo apresenta 20 metros de cabo de aço galvanizado com 4,8 mm de diâmetro; ou inox para indústrias alimentícias e farmacêuticas. E com até 10 metros de cabo de aço galvanizado com revestimento sintético para locais com atmosfera potencialmente explosiva. Possui mosquetão-destorcedor mosquetão- destorcedor para durabilidade do cabo com indicador de queda (indica necessidade de revisão). Ele é indicado para trabalho em áreas de carga e telhados, e o modelo com revestimento sintético é o mais usado no Brasil pelas distribuidoras de combustível.
Uso do trava-queda • Estes modelos só devem ser usados com cinturões de segurança tipo paraquedista modelos Gulin-102, 102E ou 102R. • O trava-queda retrátil retrátil deve ser fixado sempre acima da cabeça do usuário, a uma distância de, no mínimo, 70 cm, em um ponto com resistência igual ou superior a 1.500 kg (NBR 14628). • A carga máxima de trabalho dos travaquedas retráteis (peso do trabalhador) é de 100 kg (NBR 14628). • Antes de conectar o trava-queda ao cinturão, fazer o teste inicial de bom funcionamento retrátil e das travas e só use o aparelho após constatar: imediato travamento do cabo após ser puxado com força para fora; retorno integral do cabo retrátil após deixar de ser puxado. Laboratório 1 - Aula 2
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• Para proteção contra contra chuva, os trava-quedas podem ser fornecidos com vedação da carcaça, mas isso não impede a entrada de água ou produtos químicos corrosivos pela movimentação do próprio cabo de aço, podendo ocasionar oxidação da mola retrátil que, devido às suas características mecânicas, não pode ser de aço inox. • Para atender especificações de indústrias farmacêuticas, alimentícias ou em atividades marítimas, os trava-quedas podem ser fornecidos com cabo e sapatilhas em aço inox. • Para trabalhos em locais com atmosfera potencialmente explosiva, o trava-queda R-20 pode ser fornecido com cabo de aço galvanizado revestido em nylon. • Durante o uso do cabo retrátil, podem podem ocorrer pequenas deformações que são facilmente eliminadas com sua retificação manual. Alertamos que pequenas deformações impedem a necessária retração total do cabo e, se não forem eliminadas, se tornam permanentes e obrigam a sua substituição.
Manutenção dos trava-quedas Os trava-quedas devem ser revisados pela Equipamentos Gulin nas seguintes condições: • Reprovação no teste inicial de bom funcionamento. • Pino de segurança do destorcedor rompido ou danificado (indica que o aparelho já reteve uma queda e, de acordo com a NBR 14628, necessita de revisão. • Cabo retrátil frouxo devido às suas deformações permanentes, fios partidos e/ou mola interna retrátil desregulada. • Inspeção anual obrigatória, conforme NBR 14628, já vencida. Os aparelhos a serem enviados para revisão não devem ser abertos (risco de ferimento). Os troles não devem ser enviados junto com os trava-quedas, visto que são facilmente desconectados e, muitas vezes, possuem ajustes específicos para a linha em que estão instalados.
Inspeção dos trava-quedas • Os trava-quedas retráteis devem ser obrigatoriamente inspecionados antes de cada uso, fazendo-se o teste do bom funcionamento. • Não efetuar teste de queda livre de peso, visto que, rompendo ou danificando o pino de segurança do destorcedor dos aparelhos, estes deverão ser enviados para revisão. • O cabo de aço retrátil deve ser inspecionado e substituído quando ocorrer os seguintes problemas: a) Formação de nó fechado em decorrência de manuseio incorreto; i ncorreto; b) Número de arames rompidos, se, em trechos de 3 cm de comprimento, tiver seis arames rompidos, ou se em uma única perna tiver três arames rompidos; c) Incidência de corrosão na galvanização. • O cinturão paraquedista deve ser inspecionado e inutilizado após reter uma queda (NBR 15836). • Os trava-quedas montados em troles devem ter fácil deslocamento ao longo de toda a linha e, em nenhum caso, deve haver possibilidade de amassar a carcaça do aparelho por choque mecânico. Laboratório 1 - Aula 2
Trava-queda Tr ava-queda retrátil resgatador Modelo R-20R Especialmente indicado para trabalho em espaço confinado, possui manivela de resgate que só deve ser usada em emergência, visto que o equipamento não é projetado para movimentação constante de pessoa ou peso. Em condições normais de trabalho, a manivela de resgate é mantida desativada, e o aparelho funciona de forma idêntica a qualquer trava-queda retrátil.
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• O cabo retrátil deve ser conectado conectado à argola dorsal (costas) do cinturão paraquedista ou ao suporte de ombros, e, durante o uso, é necessário que fique esticado pela ação da mola retrátil. • Após o uso, nunca deixar o cabo recolher com velocidade (tomar o mesmo cuidado que se exige com as trenas de medição). • Para atender especificações de indústrias farmacêuticas, alimentícias ou atividades marítimas, os trava-quedas podem ser fornecidos com cabo e sapatilhas em aço inox. • Para trabalhos em locais com atmosfera potencialmente explosiva, os trava-quedas podem ser fornecidos com cabo de aço revestido. • Durante o uso do cabo de aço retrátil, retrátil, podem ocorrer pequenas deformações que podem ser eliminadas com sua retificação manual. Alertamos que pequenas deformações impedem a necessária retração total do cabo e, se não forem eliminadas, se tornam permanentes e obrigam a sua substituição.
O trava-queda utiliza cabo de aço galvanizado ou inoxidável (opcional) com 4,8 mm de diâmetro, comprimento de até 20 metros, ou com revestimento sintético (opcional) para uso em atmosfera potencialmente explosiva.
Uso do trava-queda • Só deve ser usado com cinturão de segurança especificado no Certificado de Aprovação, como os cinturões Gulin modelos 102 ou 102R. A não obediência desta exigência acarretará multa. • O trava-queda deve ser fixado em um ponto com resistência igual ou superior a 1.500 kg (NBR 14628). • A carga máxima de trabalho dos trava-quedas (peso do trabalhador) é de 100 kg (NBR 14628). • Antes de conectar o trava-queda ao cinturão, deve-se fazer o teste inicial de bom funcionamento e só pode utilizar o aparelho após constatar: imediato travamento do cabo após ser puxado com força para fora; retorno integral do cabo retrátil após deixar de ser puxado.
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Inspeção dos trava-quedas • Os trava-quedas retráteis devem ser obrigatoriamente inspecionados antes de cada uso, fazendo-se o teste do bom funcionamento. • Não efetuar teste de queda livre de peso, visto que, rompendo ou danificando o pino de segurança do destorcedor dos aparelhos, estes deverão ser enviados para revisão. • O cabo de aço retrátil deve ser inspecionado e substituído quando ocorrer os seguintes problemas: a) Formação de nó fechado em decorrência de manuseio incorreto; b) Número de arames rompidos, se, em trechos de 3 cm de comprimento, tiver seis arames rompidos, ou se em uma única perna tiver três arames rompidos; c) Incidência de corrosão na galvanização. • O cinturão paraquedista deve ser inspecionado e inutilizado após reter uma queda (NBR 15836). • Os trava-quedas montados em troles devem ter fácil deslocamento ao longo de toda a linha e, em nenhum caso, deve haver possibilidade de amassar a carcaça do aparelho por choque mecânico. 42
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Manutenção dos trava-quedas Os trava-quedas devem ser revisados pela Equipamentos Gulin nas seguintes condições: • Reprovação no teste inicial de bom funcionamento. • Pino de segurança do destorcedor rompido ou danificado (indica que o aparelho já reteve uma queda e, de acordo com a NBR 14628, necessita de revisão. • Cabo retrátil frouxo devido às suas deformações permanentes, fios partidos e/ou mola interna retrátil desregulada. • Inspeção anual obrigatória, conforme NBR 14628, já vencida.
Havendo risco de queda em trabalho a mais de 2 metros de altura, deve-se usar cinturão paraquedista com ligação, obrigatoriamente, pelas costas ou peito.
1. Modelo Gulin-102
Os aparelhos a serem enviados para revisão não devem ser abertos (risco de ferimento).
Cinturões, talabartes e vara de ancoragem
Produzido em poliéster, possibilita ancoragem no peito e nas costas. Tamanho único, com cinco ajustes das fitas primárias e fita secundária para fechamento peitoral. Oferece total conforto, inclusive no agachamento, sem o necessário reajuste dos cinturões com apenas duas fivelas. Deve ser usado com talabartes Gulin modelos simples ou duplos.
2. Modelo Gulin-102R
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Inspeção do cinturão
Possui argolas nos ombros para trabalho e/ ou resgate em espaço confinado com suporte de ombros. As demais características são idênticas ao modelo Gulin-102.
Antes de cada uso, o usuário deve se certificar de que: • Todas as fitas de nylon estejam perfeitas, sem cortes, furos, rupturas, partes queimadas e desfiamentos, mesmo que parciais. • Todos os pontos de costura estejam perfeitos, sem desfiamentos ou descosturados. • Todos os componentes metálicos estejam sem ferrugem, amassados ou danificados. • Não há suspeit a de contaminação por produtos químicos.
Forma de vestir o cinturão 1. Pegar o cinturão pela argola dorsal (A); 2. Passar os pés nos porta-coxas (B), já afivelados; 3. Colocar os suspensórios (C), um a um, pelos braços; 4. Ajustar e travar a fivela da cintura (D); 5. Ajustar e travar as fivelas dos suspensórios (E); 6. Ajustar e travar as fivelas dos portacoxas (F); 7. Ajustar e travar a fivela secundária frontal (G).
O cinturão deve ser aposentado quando houver constatação de qualquer problema de inspeção.
Manutenção do cinturão O cinturão de segurança deve ser usado por um único trabalhador que é responsável pelos seguintes cuidados: • Armazená-lo em local seco, à sombra, sem contato com piso de cimento, fontes de calor, produtos químicos, abrasivos ou cortantes. • Lavá-lo com sabão neutro, água com temperatura até 30° e escova de cerdas macias (plásticas). Nunca usar detergente e deixar secar ao ar livre, longe da luz solar. • Os cinturões são fabricados em poliéster e envelhecem naturalmente em contato com o ar, mesmo sem serem utilizados. Por isso, neste caso, o cinturão deve ser aposentado.
Ajuste e travamento das fivelas 1. Passar a ponta da fita pela peça maior e, em seguida, pela menor; 2. Retornar a ponta da fita passando pela peça maior e fazer o ajuste necessário; 3. Puxar a ponta da fita até a união das duas peças, completando o travamento da fivela.
Laboratório 1 - Aula 2
Teoricamente, a vida útil do cinturão não pode se preestabelecida, dependendo muito da frequência e cuidados durante o uso, grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e luz solar. Praticamente, para os cinturões de poliéster, adota-se uma vida útil de, no máximo, quatro anos após sua fabricação. Em situações bastante severas, o cinturão é aposentado após um ano de uso, ou ainda, imediatamente após reter uma queda. 44
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Suporte de ombros Modelo SO-1
Talabartes com absorvedor de energia integrado 1. TS-20
É um talabarte confeccionado em fita de poliéster com 45 mm de largura, com um absorvedor de energia integrado e dois mosquetões gancho/olhal em aço galvanizado, de abertura de 20 mm e dupla trava de segurança.
Dispositivo de ligação do cabo do guincho Gulin G-4 ou G-5 às argolas dos ombros do cinturão paraquedista Gulin-102R. Indicado para movimentação vertical em locais restritos e com difícil acesso vertical, é resistente à carga de 15 kN comprovada p or laudo do Laboratório Falcão Bauer.
2. TS-60
Talabarte confeccionado de fita de poliéster com 45 mm de largura, com um absorvedor de energia integrado e um mosquetão gancho/ olhal em aço galvanizado, com abertura de 20 mm e dupla trava de segurança em uma das extremidades, e um mosquetão em aço forçado cromado com abertura de 54 mm e dupla trava de segurança.
3. TD-60
É um talabarte duplo confeccionado em fita tubular de poliéster com 45 mm de largura, fita elástica com 30 mm de largura, um absorvedor de energia integrado, um mosquetão central gancho/olhal em aço galvanizado com abertura de 20 mm e dupla trava de segurança e dois mosquetões em aço forjado cromado com abertura de 54 mm e dupla trava de segurança.
Quando a operação é feita em trabalho normal contínuo (não em situação de emergência), o suporte para ombros deve ser usado em conjunto com um trava-queda em cabo independente (modelos XA, XN ou R-20R). Laboratório 1 - Aula 2
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Vara de ancoragem Modelo VA-2
Tripés e monopés Os tripés e monopés Gulin resistem à carga estática de 15 kN conforme exigência das NBR 14626, 14627, 14628 e 14751, comprovada por laudos do laboratório Falcão Bauer.
Produzida em resistente liga de alumínio, permite acessar pontos de ancoragem a menos de 10 metros do solo e fixar uma corda de poliamida de 12 mm de diâmetro para ser usada com o trava-queda deslizante. É a mais leve vara telescópica (3 quilos) do mercado, com três elementos de 2,5 metros, e pode ser prolongada até o comprimento de 7,5 metros com fácil ajuste de duas travas tipo mandril. A vara de ancoragem vem equipada com um mosquetão de aço cromado com resistência de 1.500 kgf e abertura de 54 mm acionada por um fio de nylon.
1. Tripé T-1
Indicado para uso sobre bocais de acesso com até 1,1 metro de diâmetro, este modelo de tripé é produzido em resistente liga de alumínio e com altura regulável de 1,1 a 2,3 metros entre pernas de 1,1 a 1,7 metros. Pesando 14 quilos e de fácil montagem sem uso de ferramentas, possui duas roldanas em nylon e olhal para fixação de um eventual terceiro cabo, além de sapatas em duralumínio antiderrapante interligadas por corrente de segurança.
Para maior mobilidade na movimentação vertical, a vara pode ser facilmente desacoplada do mosquetão por acionamento de um botão de pressão
2. Tripé T-2
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Indicado para uso sobre bocais de acesso com diâmetro superior a 1,1 metros ou em beirais, este tripé é produzido em tubo de aço antiferrugem, possuindo uma roldana de nylon e olhal para fixação de um segundo cabo. Pesando 32 quilos, a estabilidade do tripé é garantida por sua base constituída de 12 contrapesos de 25 quilos, interligados por dois parafusos.
Veja a regra de uso no quadro a seguir: Montagem
Comprimento máximo permitido da parte em balanço
Regra prática
Com uma viga
50 cm
Apoiar até o ponto 1
Com duas vigas
100 cm
Apoiar até o ponto 2
4. Monopé-1 3. Tripé T-3 Moderno e prático sistema de trabalho em fachadas, com movimentação da base de ancoragem, no terraço, por um só homem. Atende todas as exigências de segurança do Ministério do Trabalho e das normas da ABNT. Resistente à carga de 15 kN, comprovado por laudo do laboratório Falcão Bauer, é de fácil transporte por elevador ou escada, cuja montagem e desmontagem é de apenas 10 minutos, com manipulação de, no máximo, três parafusos. A base de ancoragem (40 quilos) possui rodas com revestimento de poliuretano, alojamento para 18 contrapesos de 25 quilos, conexão com diversas opções de montagem a uma ou duas vigas na posição horizontal, conforme altura do beiral do terraço. Cada viga com 2,5 metros pesa 30 quilos.
Produzido em tubo de aço com acabamento antiferrugem, o monopé-1 é indicado para uso em base fixa instalada em beirais (22 quilos); ou em base móvel sobre bocais com até 1,1 metro de diâmetro (44 quilos). Ele tem 28 quilos, sendo giratório para facilidade de resgate pelo vigia
Base fixa Tripé T-3 T-3 com uma viga
Tripé T-3 com duas vigas Laboratório 1 - Aula 2
Base móvel 47
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6. Monopé-3
Monopé-1 com base fixa usado com guincho G-6 e cadeira CS-4
Pesando 25 quilos, o monopé-3 é indicado para entrada lateral em espaço confinado. Possui dupla articulação vertical, possibilitando flexibilidade para segura e rápida montagem dos equipamentos fora do espaço e fácil giro do conjunto para dentro do local. Pode ser usado em base fixa na parede (8 quilos) ou em base fixa no piso (30 quilos). Produzido em tubo de aço, acabamento antiferrugem, é usado com o guincho G-6 ou trava-queda resgatador R-20R.
Monopé-1 com base móvel usado com guincho G-6 e cadeira CS-4
5. Monopé-2
Base fixa na parede
Monopé-2 usado com guincho G-4
Pesando 7 quilos, é indicado para fixação em olhal ou barra horizontal, situada de 1,5 a 3,5 m do piso. Produzido em dois tubos de resistente liga de alumínio, encaixe telescópico e comprimento variável de 2,2 a 3,5 metros. Possui também um olhal para fixação de um segundo cabo. Laboratório 1 - Aula 2
Base fixa no piso 48
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Passarela para telhado
Fabricada em duralumínio antiderrapante, substitui com segurança e durabilidade as perigosas tábuas. Colocada sobre as telhas onduladas de fibrocimento, apoia-se perfeitamente sobre três ondas. Indicada para colocação sobre telhas de fibrocimento, plásticas, de cerâmica ou metálicas finas, possibilita melhor distribuição de carga do que as tábuas que só se apoiam sobre duas ondas e ficam instáveis quando pisadas nas bordas.
Tábuass – Apoio deficiente Tábua
Passarela para telhado – Boa distribuição de carga
Cada unidade tem comprimento de 250 cm, largura de 42 cm, pesando 13 quilos (sem degraus) ou 15 quilos (com degraus). Ela é colocada diretamente sobre as telhas e unida, sem auxílio de ferramentas, por ferrolhos com trava de segurança. Pode, também, ser usada no sentido transversal das telhas (montada próxima às terças). Com ela, movimenta-se até 50 graus de inclinação.
O Ministério do Trabalho proíbe a concentração de carga em um mesmo ponto sobre telhado ou cobertura. Não podemos nos esquecer de que a maioria das telhas de fibrocimento,, plástico ou cerâmica não foram projecimento tadas para suportar cargas concentradas. Seus fabricantes advertem para não pisar ou caminhar diretamente sobre elas. Considerando Considera ndo que a maior par te dos acidentes em telhados ocorrem por rompimento mecânico de seus componentes, motivados por concentração excessiva de pessoas ou de materiais num mesmo ponto, recomenda-se usar nesses locais as passarelas para telhado Gulin. Elas são indicadas para telhado ou cobertura do tipo plano inclinado (uma água, duas águas ou shed); mas em telhados abaulados (em arco), só pode ser usada no sentido transversal das telhas.
Em locais com inclinação superior a 25 graus, é necessário que se tenham degraus. Uma água Laboratório 1 - Aula 2
Duas águas
SHED 49
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Colocação das passarelas no telhado ou cobertura
Produzido em aço galvanizado, roldanas de poliuretano com rolamento blindado e pesando 2 quilos, movimenta os trava-quedas R-10 e R-20 em viga reta de aço laminado formato I de 4 x 2 e 5/8 polegadas, podendo ser de primeira alma (largura da base de 67,6 mm), segunda alma (largura da base de 69,2 mm) ou terceira alma (largura da base de 71 mm). Veja nas figuras a seguir exemplos de sua utilização:
As passarelas possuem a superfície de contato com o telhado lixada para melhor aderência. Dependendo da inclinação do telhado e/ou telhas com superfícies úmidas e escorregadias, é recomendável utilizar correntes galvanizadas com elos de 3 mm de diâmetro fixadas na cumeeira e conectadas por mosquetões aos olhais existentes nas passarelas, conforme podemos ver na figura a seguir:
As correntes não devem ser conectadas à linha de vida para não impedir a movimentação dos trabalhadores ao longo delas.
Trole Tro le para movimentação de equipamentos Os troles resistem à carga estática de 15 kN conforme exigências das NBR 14626, 14627, 14628 e 14751, comprovadas por laudos do laboratório Falcão Bauer.
1. Trole TR-1 2. Trole TR-2
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Linha de vida horizontal Totalflex Totalflex Gulin
Produzido em aço galvanizado e pesando 2 quilos, movimenta em linha de vida horizontal de vão único os trava-quedas R-10 e R-20 sobre o telhado na posição horizontal, em cabos de 5/16 ou 3/8 polegadas de diâmetro. Veja um exemplo de sua utilização:
3. Trole TR-3
Produzido em aço galvanizado e pesando 3 quilos, movimenta em linha de vida horizontal de vão único os trava-quedas R-10 e R-20 na posição vertical, em cabos de aço de 5/16 ou 3/8 polegadas de diâmetro. Veja a seguir um exemplo de sua utilização: A linha de vida Totalflex Totalflex Gulin é um sistema permanente de proteção coletiva contra quedas de pessoas que se movimentam em telhados, áreas de carga e beirais. Os usuários, com seu cinturão paraquedista e acessórios, se movimentam com total segurança e facilidade ao longo de um cabo de aço, em retas curvas, de comprimento ilimitado. Está totalmente em conformidade com a NBR 16325-2, atendendo ao Anexo II da NR-35, com certificado da TÜV Rheinland Brasil, creditado pelo Inmetro. Laboratório 1 - Aula 2
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2. Indicador de tensão TF-200
O sistema garante retenção de queda de até três usuários simultâneos, em vãos de até 15 metros, limitando a força aplicada na instalação a valor inferior a 700 kgf. É a única linha de vida que possui dois componentes que alertam, por motivos diferentes, que a linha necessita de revisão para poder ser usada. Produto nacional patenteado é de fácil instalação, inclusive nos modernos telhados zipados sem nenhum furo nas telhas. Qualquer usuário da linha de vida Totalflex Gulin deve estar apto fisicamente aos trabalhos em altura e ter recebido uma formação prévia sobre sua utilização com demonstração em condições sem risco, conjuntamente com os Equipamentos de Proteção Individual associados. Os métodos de se ligar e desligar da linha de vida e a transposição dos suportes intermediários deve ser explicado com cuidado e verificado se o usuário compreendeu este método. A linha de vida Totaflex Gulin deve ser usada exclusivamente para proteção contra quedas de altura e nunca ser utilizada para servir de meio de suspensão; e, exclusivamente, em conjunto com cinturão paraquedista e seus acessórios certificados pelo Ministério do Trabalho / Inmetro. O usuário não deve, em nenhum momento, ficar desligado da linha de vida em áreas que comportem risco de queda. Este só deve se desligar nos pontos previstos, sem risco de queda. O itinerário a percorrer sob a proteção da linha de vida deve ser mantido isento de qualquer obstáculo.
Produzido em aço inox, com janela retangular de inspeção para visualizar o correto ajuste da tensão da linha.
Indicador sem tensão
Indicador com tensão correta
3. Absorvedor de energia TF-300
1. Esticador de cabo de aço TF-100
Tipo manilha x manilha, forjado, galvanizado, com travas antirrotacionais para evitar desregulagem acidental da tensão da linha, grande curso de regulagem (30 cm) e carga de ruptura superior a 4.000 kgf. Laboratório 1 - Aula 2
Produzido em aço inox, em caso de retenção de queda de até três trabalhadores simultâneos, limita a força aplicada aos pontos de ancoragem a valor inferior a 750 kgf. 52
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Entendendo o funcionamento do absorvedor de energia TF-300 Os antigos absorvedores de energia funcionavam só com a deformação elástica dos materiais, ou seja: tinham grande durabilidade (semelhante aos amortecedores automotivos), porém, em caso de retenção de queda, transmitiam forças instantâneas na estrutura a valores perigosos, próximos ou superiores a 2.000 kgf. Os modernos absorvedores dos grandes fabricantes mundiais e inclusive o absorvedor de energia TF-300 utilizam conceitos que levam em conta a deformação elástica e também a permanente dos materiais, e têm a grande vantagem de transmitir forças instantâneas na estrutura a valores inferiores a 700 kgf.
Absorvedor TF-300 com cilindro de revestimento sintético rompido, alertando que a linha está interditada para uso
Causas prováveis que motivam o rompimento do cilindro de material sintético: • Retenção de queda de pelo menos um usuário; • Linha utilizada indevidamente como ancoragem de sistemas de suspensão, amarração ou movimentação de outros equipamentos e materiais como: andaimes, cadeiras suspensas, escadas, suportes, telhas, materiais de pintura, reparo e limpeza.
Alerta de segurança para interrupção de uso O absorvedor de energia TF-300 é fabricado em aço inox, sendo revestido por um cilindro de material sintético preto (consta do processo de patente ao INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Esse cilindro tem a função exclusiva de, quando rompido, alertar que o absorvedor de energia TF-300 foi submetido a uma força equivalente à retenção de uma queda; e a linha de vida está interditada para uso, necessitando de manutenção corretiva. Quando a linha é submetida a tal força, o cilindro de material sintético se rompe, conforme a figura abaixo, alertando que o trabalho precisa ser interrompido interrompido..
4. Suporte intermediário TF-400
Produzido em aço inox, possibilita fácil movimentação dos troles TR-5 e TR-6. Deve ser instalados a uma distância de, no máximo, 15 metros.
Absorvedor TF-300 em perfeito estado de uso Laboratório 1 - Aula 2
Suporte intermediário TF-400 instalado em pilar TF-600 53
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5. Suporte intermediário TF-401
Kit de curva TF-500 instalado em pilar TF-600
8. Pilar TF-600
Deve ser instalado em plano vertical em montagem “A” “A”.. As demais caracter c aracterística ísticass são idênidên ticas ao suporte supor te TF-400.
6. Suporte intermediário TF-402
Produzido em aço galvanizado, utilizado para fixação das ancoragens de extremidades ou suportes intermediários em plano horizontal (laje ou cobertura). Sua carga máxima de trabalho é de 1.500 kgf.
9. Placa TF-610 Deve ser instalado em plano vertical, em montagem “B”, e suas características são as mesmas do suporte TF-400.
7. Kit de curva TF-500
Produzida em aço galvanizado, com carga máxima de trabalho de 1.500 kgf, é uma placa de ancoragem para montagem no pilar TF-600.
Produzido em aço inox, com dimensões conforme especificação do projeto. Laboratório 1 - Aula 2
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12. Trole TR-5
Placa de ancoragem TF-610 instalada em pilar TF-600
10. Placa TF-620
Produzido em aço inox e pesando 0,3 quilo, é de uso obrigatório para fácil e segura movimentação do usuário ao longo de toda linha Totalflex Totalflex Gulin em retas e curvas. Fornecido com um mosquetão oval com dupla trava de segurança para bloqueio de sua abertura acidental, pode ser colocado ou retirado em qualquer lugar da linha. Veja um exemplo de sua utilização:
Placa de ancoragem de extremidade produzida em aço inox para fixação das ancoragens de extremidades, em plano vertical (parede ou coluna). Sua carga máxima de trabalho é de 1.500 kgf.
11. Pilar TF-645
Para o usuário se ligar à linha de vida por meio do trole TR-5, é necessário que esteja usando cinturão paraquedista Gulin-102 com trava-queda deslizante GA ou GC conectado diretamente às alças frontais. Assim, para ele se movimentar ao longo da corda do trava-queda (de poliamida com 12 mm de diâmetro), é necessário acionar sua alavanca e mantê-la apertada. Deixando de apertar a alavanca do trava-queda, existe o travamento instantâneo do aparelho em sua corda.
Pilar de ancoragem especialmente projetado para montagem em coberturas zipadas por clipes de pressão sem necessidade de furos. Laboratório 1 - Aula 2
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Observações: • A corda deve ter comprimento suficiente para o usuário fazer toda movimentação necessária. • Por motivo de segurança, a ponta da corda deve ter nó ou placa terminal. • O excesso da corda pode ser armazenado em sacola, visando evitar seu arrasto sobre arestas vivas ou superfícies abrasivas.
Trole TR-6 com travaqueda retrátil
14. Trole TR-7
13. Trole TR-6
Produzido em aço galvanizado e pesando 2 quilos, é de uso obrigatório para fácil e segura movimentação do usuário ao longo de trechos retos da linha Totalflex Gulin com os trava-quedas retráteis R-10 e R-20, nos serviços em áreas de carga. Ultrapassa com facilidade os suportes intermediários TF-400, sendo de imediata colocação e retirada da linha horizontal por simples acionamento de botão. Apresenta sistema protegido contra abertura acidental por dupla trava de segurança. Veja um exemplo de sua utilização:
Produzido em aço galvanizado e pesando 2,6 quilos, é de uso obrigatório nos serviços de telhado para fácil e segura movimentação do usuário ao longo de trechos retos da linha Totalflex Gulin, com os trava-quedas retráteis R-10 e R-20. Ultrapassa com facilidade os suportes supor tes intermediários TF-400, sendo de imediata colocação e retirada da linha horizontal por simples acionamento de botão. Apresenta sistema protegido contra abertura acidental por dupla trava de segurança. Veja Veja um exemplo de sua utilização: uti lização: Laboratório 1 - Aula 2
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17. Manilha TF-615
Trole TR-7 com travaqueda retrátil
15. Cabo de aço Produzida em aço galvanizado, com travamento por porca e cupilha com carga de ruptura superior a 4.000 kgf. Para cada linha Totalflex Gulin, são utilizadas três manilhas TF-615 para conexão de seus componentes componentes..
18. Poste TF-640 Produzida em aço galvanizado, com secção circular, pode ser fornecido para montagem engastada no solo ou flangeado em base chumbada no solo. Com 8 mm de diâmetro, o cabo é inoxidável ou galvanizado, com formação de 7 x 19 (7 pernas com 19 fios) e carga de ruptura superior a 4.000 kgf.
Recomendações para instalação da linha de vida
16. Kit TF-614
A linha de vida Totalflex Gulin é fornecida sem parafusos, prisioneiros ou buchas de fixação à estrutura do local. As especificações técnicas dos meios de fixação da linha de vida à estrutura local devem ser definidas por profissional legalmente habilitado pela instalação e, de acordo com a lei nº 6.496 de 1977, deverá ter uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) específica. Para que a linha de vida Totalflex Gulin atinja seus objetivos de proteção contra quedas, é indispensável que sejam obedecidas as recomendações prioritárias, o uso de Equipamentos de Proteção Individual, as orientações de uso, instalação, inspeção e manutenção manutençã o para linha de vida horizontal em cabo de aço. Para isso, é importante tomar conhecimento deste manual e obedecer a suas recomendações.
Kit para montagem de dois olhais composto de duas sapatilhas e seis grampos tipo ti po pesado em aço galvanizado. Laboratório 1 - Aula 2
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1. Este manual deve ser entregue ao responsável pela gestão da linha de vida e mantido ao dispor de qualquer instalador e utilizador uti lizador,, sendo disponível no site da Gulin: www.gulin.com.br. www.gulin.com.br. 2. Para utilização da linha de vida, é necessário que cada usuário tenha um cinturão tipo paraquedista ligado por meio de seus acessórios a um dos troles Gulin que se movimentam ao longo da linha horizontal. 3. Visto que cada sistema de linha de vida constitui um caso particular, qualquer instalação de uma linha de vida Totalflex Gulin deve ser precedida de um estudo específico e uma análise de risco (NR-35) para sua implantação a ser realizado por um profissional legalmente legalmente habilitado e, de acordo com a lei nº 6.496 de 1977, deverá ter uma ART específica, incluindo os cálculos e/ou laudos de ensaios necessários, de acordo com as recomendações deste manual. Este estudo deve levar em conta a configuração do local de implantação e deve-se verificar detalhadamente a adequação e a resistência mecânica da estrutura na qual a linha de vida deve ser fixada. O estudo deve ser registrado num dossiê técnico que o instalador e os futuros responsáveis pela manutenção possam consultar. 4. A instalação da linha de vida deve ser efetuada com meios adequados, em condições de segurança que controlem totalmente os riscos de queda do instalador, devido à configuração do local. 5. A utilização, a manutenção e a gestão da linha de vida Totalflex Gulin devem ficar sob a responsabilidade de pessoas que conheçam as exigências da NR-35 do Ministério do Trabalho. Cada responsável deve ter lido e entendido este manual. A primeira utilização da linha de vida deverá ser objeto de uma verificação, por uma pessoa competente, da conformidade da instalação com o dossiê de estudo prévio e com este manual. 6. O responsável pela utilização da linha de vida deve controlar e assegurar constantemente a sua conformidade e dos Equipamentos de Proteção Individual, que estão a ela associados, além da sua compatibilidade com a linha de vida. 7. A linha de vida e os equipamentos que lhe estão associados nunca devem ser utilizados se não estiverem em bom estado aparente. Caso seja constatado visualmente estado defeituoso Laboratório 1 - Aula 2
ou exista uma dúvida sobre o estado da linha, é imperativo solucionar esse defeito observado, antes de continuar a utilização. Deve ser organizado um controle periódico da linha de vida Totalflex Gulin e dos EPIs associados, pelo menos uma vez por ano, sob a orientação de uma pessoa competente que recebeu uma formação para esse fim. 8. Antes de cada utilização, o usuário deve efetuar uma inspeção visual da linha de vida para se certificar de que está em bom estado de serviço e que os EPIs associados também estão em bom estado, são compatíveis e estão corretamente instalados e fixados. 9. A linha de vida deve ser utilizada exclusivamente para a proteção contra queda de pessoas, conforme indicações deste manual. Ela nunca deve ser usada como ancoragem de sistemas de suspensão, amarração ou movimentação de outros equipamentos e materiais como: andaimes, cadeiras suspensas, escadas, suportes, telhas, materiais de pintura, reparo e limpeza. 10. É proibido reparar ou modificar os componentes originais da linha de vida Totalflex Gulin sem aprovação prévia e por escrito de seu fabricante. 11. Para que haja garantia de retenção de queda com força aplicada na instalação a valor inferior a 700 kgf, o número de usuários não pode ser superior a 3, e todos os pontos de ancoragem (extremidades e intermediários) da estrutura devem ter resistência de, no mínimo, 1.500 kgf na horizontal e na vertical. 12. Quando um ponto qualquer da linha de vida foi submetido a uma queda de pelo menos um usuário, toda a linha de vida, e muito em especial os suportes, fixações, chumbamentos, pontos de amarração e ancoragem situados próximos à área de queda, assim como os EPIs envolvidos pela queda, devem ser verificados imperativamente antes de colocar de novo em serviço. Esta verificação deve ser realizada segundo as indicações deste manual, por uma pessoa competente para o efeito. Os componentes ou elementos não reutilizáveis devem ser inutilizados, descartados e substituídos nas condições de seus manuais de instruções. 13. Por motivos de segurança, antes de cada utilização da linha de vida, é essencial verificar se a altura livre de queda sob o usuário no 58
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local de trabalho permite que, em caso de queda, não haja colisão com o solo nem a presença de outro obstáculo na trajetória da queda. A deflexão máxima da linha de vida Totalflex Gulin é de 2,62 metros (ocorre na queda simultânea de três usuários em vão de 15 metros). 14. Em situações de emergência, deve haver um plano de resgate (NR-35) e primeiros socorros de forma a reduzir o tempo de suspensão inerte do trabalhador. 15. Os acessos à linha de vida devem ser definidos e limitados a lugares sem risco de queda em altura e assinalados por placas de sinalização. 16. Ensaios voluntários de queda somente deverão ser realizados em simuladores, visto que estes são potencialmente destrutivos, com danos geralmente não detectáveis (NR-35).
Componentes obrigatórios para cada linha Totalflex Gulin: • Cabo de aço 8 mm de diâmetro, formação 7 x 19, galvanizado ou inoxidável; • Esticador de cabo de aço TF-100; • Indicador de tensão TF-200; • Absorvedor de energia TF-300; • Suporte intermediário TF-400 em quantidade suficiente, de modo que cada vão não ultrapasse 15 metros. 5. A instalação dos suportes de extremidade deverá ser iniciada pela fixação dos dois suportes de extremidade, como demonstra a figura abaixo:
Instalação da linha de vida 1. A linha de vida Totalflex Gulin pode ser fixada num plano horizontal, vertical ou inclinado, mas deve seguir um itinerário horizontal com inclinação de, no máximo, três graus. Não deve ser instalada por baixo de um plano horizontal ou inclinado. 2. A linha de vida é fornecida sem parafusos, prisioneiros ou buchas de fixação à estrutura do local. As especificações técnicas dos meios de fixação da linha de vida à estrutura local devem ser definidas pelo profissional legalmente habilitado pela instalação. 3. A quantidade de pilares intermediários depende do comprimento da linha. O espaçamento de qualquer pilar não pode ser superior a 15 metros, conforme a figura abaixo:
6. Após a fixação dos suportes de extremidade, todos os suportes intermediários TF-400 devem ser alinhados com a linha de centro do cabo de aço, conforme a figura abaixo, para determinação do posicionamento dos pilares.
7. O instalador deve dispor de cabo de aço com comprimento superior à distância que separa os dois suportes de extremidade, considerando as flechas de cada vão e material necessário para preparar os dois olhais terminais do cabo. 8. Com todos os pilares de ancoragem instalados, fixar o esticador de cabo TF-100 diretamente na placa TF-610 conforme figuras abaixo:
4. A linha de vida garante retenção de queda de até três usuários simultâneos em vão de até 15 metros e limita a força aplicada na estrutura a valor inferior a 700 kgf, desde que sejam obedecidas as seguintes exigências: Laboratório 1 - Aula 2
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Importante: • Olear as roscas dos grampos antes do aperto; • Os grampos devem ser reapertados antes do início de uso do cabo de aço; • As duas figuras abaixo apresentam as formas erradas de montar os grampos no cabo de aço:
c)
9. Fixar o indicador de tensão TF-200 na extremidade livre do esticador de cabo TF-100.
ERRADO
a)
ERRADO
12. Depois das orientações para preparar corretamente os olhais do cabo de aço, é necessário seguir a seguinte sequência para montar a linha de vida horizontal: a) Inserir o cabo de aço em todos os suportes intermediários TF-400; b) Preparar um olhal do cabo de aço e conectar ao absorvedor de energia por meio de uma manilha TF-615;
b)
10. Conectar o absorvedor de energia TF300 ao indicador de tensão TF-200 por meio de uma manilha TF-615.
c) Preparar o outro olhal do cabo de aço para conectá-lo na extremidade 2 da linha de vida por meio de uma manilha TF-615; 11. Os olhais do cabo de aço com 8 mm de diâmetro devem ser montados com, no mínimo, três grampos pesados espaçados entre si por 50 mm, conforme figura abaixo: d) Estando a linha horizontal completamente montada, devemos conferir a correta colocação e aperto dos parafusos, porcas e travas para passarmos à próxima fase.
CERTO Laboratório 1 - Aula 2
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13. A linha de vida possui um alerta de segurança bastante importante denominado indicador de tensão TF-200 que possui duas janelas retangulares de inspeção para visualizar, com facilidade, o correto ajuste da tensão do cabo de aço.
Importante. Aparecendo as duas janela jan elass ret retang angula ulares, res, dev deverá erá ser int interr erromompida a rotação do esticador, pois uma sobretensão na linha provocará o funcionamento do absorvedor que será, então, necessário substituí-lo substituí-lo.. Placa de sinalização Obedecendo à orientação das normas, a Gulin fornece uma placa de sinalização em aço inox para fixação na linha de vida junto ao seu acesso principal, com as seguintes informações:
INDICADOR SEM TENSÃO
LINHA DE VIDA TOTALFLEX GULIN SISTEMA COLETIVO DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDA INDICADOR COM TENSÃO CORRETA
Causas prováveis que motivam o cabo a perder a tensão correta: • Travas Travas antirrotacionais do esticador de cabo TF-100 soltas; • Olhal com porcas dos grampos soltas; • Suportes ou peças metálicas deformadas; • Elementos de fixação à estrutura soltos ou danificados (parafusos, buchas etc.); • Cabo de aço danificado. PARA SE CONECTAR À LINHA É OBRIGATÓRIO: Para ajustar a tensão do cabo, devemos fazer os seguintes procediment procedimentos: os: • Soltar as duas travas antirrotacionais do esticador TF-100 (não se esquecer de que são porcas que giram em sentido oposto); • Girar o corpo do esticador TF-100 no sentido de encolher o seu comprimento. • O esticador TF-100 deverá ser girado até que o indicador de tensão TF-200 deixe visível as duas janelas retangulares indicando que a tensão do cabo de aço está correta. • Após o ajuste da tensão, as duas travas antirrotacionais do esticador devem ser apertadas, visando evitar sua rotação acidental e desregulagem da tensão da linha. Laboratório 1 - Aula 2
• CONHECER AS RECOMENDAÇÕES DE SEU MANUAL DE USO. • USAR CINTURÃO PARAQUEDISTA E SEUS ACESSÓRIOS. • EM CADA LINHA DE VIDA, PODEM SER CONECTADOS, NO MÁXIMO, TRÊS USUÁRIOS. • ANTES DE CADA UTILIZAÇÃO, VERIFICAR SEU BOM ESTADO APARENTE E CONSTATANDO ALGUM DEFEITO OU IRREGULARIDADE, AVISAR IMEDIATAMENTE O RESPONSÁVEL DO LOCAL. • EM CASO DE RETENÇÃO DE QUEDA, AVISAR AO RESPONSÁVEL DO LOCAL PARA FAZER INSPEÇÃO EM TODA A INSTALAÇÃO. 61
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Inspeção visual antes do uso Manutenção da linha de vida Uma inspeção visual dos componentes da linha de vida deve ser feita antes de cada utilização. Veja Veja o quadro que segue:
ESTICADOR DE CABO TF-100
· Verificar o aperto das travas antirrotacionais (*) · Verificar se a peça foi modificada (**) · Verificar a corrosão (**) · Verificar a deformação (**)
INDICADOR DE TENSÃO TF-200
· Verificar o aperto das conexões (*) · Verificar se a peça foi modificada (**) · Verificar a corrosão (**) · Verificar a tensão correta do cabo (janelas retangulares de inspeção aparentes). NOTA: Se as janelas não estiverem aparentes, significa que o cabo perdeu sua correta tensão e o trabalho precisa ser imediatamente interrompido para manutenção da linha. (*)
ABSORVEDOR DE ENERGIA TF-300
· Verificar o aperto da porca das manilhas (*) · Verificar se a peça foi modificada (**) · Verificar a corrosão (**) · Verificar a deformação de uso (**) · NOTA: Se o cilindro de material sintético preto estiver rompido, significa que o absorvedor foi submetido a uma força de retenção de queda ou equivalente e o trabalho deve ser imediatamente interrompido para manutenção da linha. (**)
SUPORTE INTERMEDIÁRIO TF-400
· Verificar o aperto dos parafusos (*) · Verificar se a peça foi modificada (**) · Verificar se a peça está quebrada ou danificada (**) · Verificar a corrosão (**) · Verificar a deformação (**)
TROLE TR-5
· Verificar a mobilidade no eixo (*) · Verificar se a peça foi modificada (**) · Verificar se a peça está quebrada ou danificada (**) · Verificar a corrosão (**) · Verificar a deformação (**) · Verificar o estado de seu mosquetão de fechamento (**)
PILAR DE ANCORAGEM
· Verificar o aperto dos parafusos (*) · Verificar se a peça foi modificada (**) · Verificar a corrosão (**) · Verificar a deformação (**)
CABO DE AÇO 8 MM
MANILHA TF-615 PLACA DE SINALIZAÇÃO
• Manutenção preventiva. Recomenda-se uma inspeção do bom estado de conservação da linha de vida pelo menos uma vez por ano, mesmo que não tenha sido utilizada. A linha de vida e seus componentes devem ser mantidos limpos e isentos de produtos químicos, detritos de obras etc. • Manutenção corretiva. Deverá ocorrer sempre que qualquer ponto da linha de vida for solicitado pela queda de um utilizador. Todos os componentes da linha de vida e, principalmente, os suportes e ancoragens próximos à zona de queda, bem como os EPIs envolvidos, devem ser inspecionados e/ou substituídos antes de recomeçar o uso. A manutenção corretiva só poderá ser realizada pelo responsável da instalação credenciado ou profissional que tenha recebido treinamento t reinamento específico.
Linha de vida horizontal em trilho inox Trabalho em fachadas. Possibilita trabalho em fachadas de qualquer altura, com uso das cadeiras suspensas e seus troles. Oferece grande redução do tempo gasto para a limpeza, fator fundamental para áreas de grande circulação de pessoas (shoppings, aeroportos etc.). Esta forma de instalação não prejudica a estética da fachada, visto que o trilho permanente de aço inox é confundido com o rufo de acabamento do beiral.
· Verificar se o cabo está corretamente tensionado (*) · Verificar o diâmetro 8 mm (**) · Verificar se o cabo está danificado (**) · Verificar a corrosão (**) · Verificar a deformação (cabo esmagado, fio quebrado, incrustação) (**) · Verificar o aperto das porcas dos grampos e correta montagem do olhal (*) · Verificar o aperto de sua porca (*) · Verificar se a peça foi modificada (**) · Verificar a corrosão (**) · Verificar a presença da placa (*)
Havendo ocorrência de quaisquer anomalias ou deteriorações nos componentes da linha de vida, proceder conforme a instrução: (*) Corrigir o problema encontrado e reinspecionar a linha antes de liberar sua utilização. (**) Remover o item, descartá-lo e substituí-lo; Laboratório 1 - Aula 2
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Trabalho em área de carga. A linha de vida em trilho inox possibilita integrar a proteção do trabalhador e a fácil movimentação de carga sem necessidade de empilhadeiras.
1. Trilho reto
Constituído de um perfil reto extrudado com duas abas de 60 mm e base de 40 mm, AISI-304, pesando 3,8 kg/m, apresenta uma espessura de 3 mm e comprimento de 292 cm. Garante-se a precisão das medidas necessárias para perfeito acoplamento das partes, além de ter boa mobilidade do trole TR-4.
2. Trilho curvo
Trabalho em beirais. Beirais de fachadas e Trabalho locais industriais devem ser equipados com linha horizontal de segurança para perfeita movimentação sem risco de queda.
Com uma curva de 90° e raio externo de 50 cm, apresenta as mesmas características do trilho reto.
3. Trole TR-4
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Produzido em aço inox com quatro rolamentos blindados e pesando 0,5 quilo, pode movimentar qualquer tipo de trava-queda, talabarte ou cadeira suspensa. Moderno e prático sistema de trabalho em fachadas, permite fácil movimentação horizontal das cadeiras suspensas no trilho inox Gulin (neste caso, são necessários dois troles: um para a cadeira e outro para o travaqueda). Visa também oferecer uma alternativa de movimentação de carga sem a utilização de empilhadeiras motorizadas.
Requisitos para instalação 1. Cada unidade reta do trilho inox pode ser fixada de forma independente (sem emenda com a peça seguinte) por meio de três parafusos de aço inox com diâmetro de 3/8 polegadas, conforme a figura abaixo:
DEPOIS DA QUEDA
Onde: B = Comprimento do talabarte totalmente distendido. C = 2 metros (distância da argola dorsal até a ponta do pé, conforme normas internacionais). D = 1 metro (vão livre necessário após a queda, conforme normas internacionais).
Linha de vida horizontal em corda
2. Cada unidade reta do trilho inox pode ser fixada e acoplada à peça seguinte (solda, luva etc.) desde que seja usado parafuso de aço com diâmetro de 3/8 polegadas e espaçamento entre parafuso de 1,4 metros. 3. Na instalação e durante o uso da linha de vida em trilho inox, o responsável técnico deve assegurar que: a) Foi feita a verificação estrutural dos pontos de fixação da linha horizontal; b) Em qualquer ponto da linha, em caso de ocorrer uma queda, o usuário tenha uma distância livre de queda de, no mínimo, a somatória de B + C + D.
Sistema temporário de segurança para movimentação em beirais, estruturas, taludes, rampas, telhados e pontes ferroviárias. Fácil montagem e desmontagem em apenas 10 minutos para utilização em outros locais.
1. Esticador
ANTES DA QUEDA Laboratório 1 - Aula 2
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Pesando 1,9 quilo, é um compacto e leve aparelho de ação rápida e contínua que possibilita, com simples giro da alavanca, tensionar a corda de segurança com cerca de 100 quilos, valor ideal para bom deslocamento do mesquetão ao longo da corda e servindo de corrimão de segurança de baixa flexibilidade. A força de impacto do sistema, em caso de retenção de queda do trabalhador, é inferior a 600 quilos e dispensa o uso de absorvedor de energia. A alavanca serve, também, para soltar a corda.
2. Na instalaçao e durante o uso da linha de vida em corda, o responsável técnico pelo trabalho deve assegurar que, em qualquer ponto da linha, em caso de ocorrer uma queda, o usuário tenha uma distância livre de queda de, no mínimo, a somatória de A + B + C + D.
2. Corda de segurança Fabricada exclusivamente exclusivamente para uso da polia de tração do esticador Gulin, puro poliéster, média elongação, carga de ruptura de 3.900 quilos, com 16 mm de diâmetro.
ANTES DA QUEDA
3. Olhal passante
Produzido em aço inoxidável e pesando 0,9 quilo, permite fácil movimentação do usuário ao longo de toda a linha de vida, sem necessidade de desconectar o mosquetão. Costumase utilizar o olhal passante a cada 10 metros de corda ou menos, em função da distância livre de queda do local.
DEPOIS DA QUEDA
Onde: A = Deflexão média da corda. B = Comprimento do talabarte totalmente distendido. C = 2 metros (distância da argola dorsal até a ponta do pé, conforme normas internacionais). D = 1 metro (vão livre necessário após a queda, conforme normas internacionais).
Requisitos para uso da linha de vida em corda 1. Os pontos extremos devem resistir a uma carga estática de, no mínimo, 2.200 quilos, conforme exigências das normas internacionais. Laboratório 1 - Aula 2
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Resgate
O método de resgate convencional exige que o resgatador faça rapidamente as seguintes operações: 1. Acessar ao ponto que está ancorado o cabo do acidentado; 2. Descer até o acidentado e transferir sua sustentação para a corda do resgatador (a grande dificuldade do resgate); 3. Concluir a descida até o solo, controlando seu peso e do acidentado.
Podemos considerar um bom sistema de resgate aquele que utiliza um mínimo de equipamento para sua execução, tornando uma operação simplificada sem prejuízo da eficiência. É importante que todo trabalhador envolvido em atividades com risco de queda tenha conhecimentos das técnicas de resgate e até mesmo de primeiros socorros. Havendo ruptura do cabo de sustentação da cadeira suspensa, existe a necessidade de ser efetuado o rápido resgate do trabalhador que está suspenso em uma posição incômoda, e que pode desencadear transtornos fisiológicos graves em função da compressão dos vasos sanguíneos e problemas de circulação, mesmo que a suspensão seja por período curto. O empregador deve disponibilizar recursos para rápidos resgates. De acordo com a NR-35, determina-se que todo trabalho em altura deve ser precedido de análise de risco, incluindo o planejamento do rápido resgate do trabalhador que fica suspenso pelo equipamento de proteção contra queda.
Resgate à distância O resgate à distância é fácil, rápido e seguro em alturas de até 100 metros, e não expõe o resgatador a algum tipo de risco. Pode ser operado por qualquer trabalhador treinado, utilizando-se o resgatador RG-1 com um trava-cabo TG-1 da Gulin na extremidade da corda.
Resgate convencional O resgate convencional é difícil, demorado e perigoso de ser efetuado até por experientes bombeiros. Exige do resgatador ótimo preparo físico, contato com acidentado, risco de queda e outros riscos que tenham provocado o acidente (eletricidade, gases etc.). Laboratório 1 - Aula 2
Resgatador RG-1 e trava-cabo TG-1 66
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Descida automática de emergência
O resgatador RG-1 é um sistema de resgate e descida. Controla automaticamente a velocidade de descida do acidentado (peso de até 100 quilos) em torno de 0,5 m/s. Possui volante com manopla para içar ou descer o acidentado manualmente e trava por meio de botões para bloqueio da movimentação do sistema durante cuidados com o acidentado ou transferência do seu peso para a corda de resgate. Utiliza a mesma corda exigida pelo Ministério do Trabalho Trabalho para trava-quedas e cadeiras suspensas: corda de poliamida com 12 mm de diâmetro, com resistência de 2.200 quilos, especificação construtiva dada pelo Anexo I da NR-18. Atende as exigências da norma EN 341 classe A, além de permitir o resgate de várias pessoas. O trava-cabo G-1 é um dispositivo automático (patenteado) para conexão instantânea, sem uso de ferramentas, da extremidade da corda do resgatador RG-1 no cabo de aço ou corda que mantém o acidentado em suspensão inerte, conectando-se a qualquer cabo de aço ou corda com diâmetro de até 16 mm.
O resgatador RG-1 é indicado também para descida de emergência de uma ou mais pessoas de torres, guindastes, ponte-rolantes, silos, edifícios, escritórios/apartamentos, de forma automática, segura e suave, utilizando uma corda de poliamida com 12 mm de diâmetro e dois cintos de resgate tipo abdominal com ajuste rápido. De uso fácil, simples, rápido e seguro, dispensa treinamento treinamento.. Pode descer uma pessoa por uma ponta da corda e, simultaneamente, sobe a outra ponta para a próxima utilização. Permite a descida de dezenas de pessoas em poucos minutos, com velocidade automática de descida igual ao do elevador convencional, convencional, ou seja, cinco segundos por andar. Veja as instruções de uso do resgatador RG-1 para a descida de emergência: 1. Instalar o aparelho em local predeterminado que resista, no mínimo, a carga de 1.000 quilos. Depois, soltar a corda.
Em situações de difícil acesso manual ao cabo do acidentado, deve ser usado o trava-cabo modelo TG-2 que é operado por meio de uma vara telescópica com comprimento ajustável entre 1,5 e 4,5 metros, com desengate rápido por fina corda. Veja a sequência de operações para efetuar o rápido resgate à distância: 1. Fixar o resgatador RG-1 no ponto em que está ancorado o cabo do acidentado; 2. Conectar o trava-cabo TG-1 em qualquer ponto do cabo do acidentado; 3. Acionar o volante do resgatador até que a conexão do cabo do acidentado fique sem carga; 4. Travar Travar o volante e desconectar a ponta do cabo do acidentado; 5. Fechar a manopla preta e destravar o volante para efetuar a descida automática do acidentado.
Para maior facilidade de utilização, o equipamento deve ser fixado cerca de 180 cm do piso e 30 cm de distância da parede. O comprimento da corda deverá ser, no mínimo, igual à distância entre o ponto de instalação do aparelho ao solo. Laboratório 1 - Aula 2
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2. Vestir e ajustar o cinto.
5. Após a descida da primeira pessoa, o segundo cinto já estará disponível para ser usado pela próxima pessoa.
3. Puxar a corda até ficar esticada com o cinto próximo ao aparelho aparelho..
Importância do treinamento para o trabalho em altura
4. Soltar a corda para descer com velocidade constante.
Laboratório 1 - Aula 2
O treinamento deve apresentar os meios e alternativas mais seguras de se realizar um trabalho em altura, além de promover o treinamento de resgate e amarras, lembrando que todos esses ensinamentos devem se basear na NR-35 (Trabalho em Altura). É importante que se aprenda noções de primeiros socorros, tipos de procedimentos de ancoragem, nós, noções de resgate e autorresgate, bem como atividades práticas de acesso por corda e descida. Esse treinamento deve descrever as principais precauções a serem tomadas ao se realizar trabalho em altura e alertar os trabalhadores sobre a importância do uso correto dos equipamentos de proteção contra queda (cintos de segurança, talabarte, trava-quedas etc.). 68
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As informações a seguir que esclarecem e ilustram o assunto sobre trabalho em espaços confinados são extraídas do Guia de Orientações para Espaços Confinados e do manual Espaços Confinados – Livreto do Trabalhador, ambos elaborados pela Fundacentro. Fundacentro.
Aula 3
TRABALHO EM ESPAÇOS ESPAÇOS CONFINADOS
Espaço Confinado Um espaço confinado (EC) é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possui meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. O espaço confinado deve ser grande o suficiente para que um trabalhador seja capaz de entrar e trabalhar, e pode ser: enclausuramentos subterrâneos, galerias subterrâneas de utilidade, tanques, silos, depósitos de armazenamentos, bueiros, poços, valas, rede de dutos e gasodutos. No entanto, as aberturas para entrada e saída são restritas, limitadas, parcialmente obstruídas ou providas de obstáculos que impeçam a livre circulação de trabalhadores.
Objetivo. Nesta aula, o aluno irá aprender o que são espaços confinados e os tipos de ambientes que podem oferecer, além dos tipos de acidentes a que estarão expostos os trabalhadores que não cumprirem rigorosamente as exigências das normas para o trabalho nesses ambientes. Aprenderá também como avaliar a atmosfera de um espaço confinado, as condições que permitem o ingresso em seu interior, medidas de controle, sinalização e fiscalização que garantem a segurança ao trabalhador trabalhador.. O trabalho em espaços confinados é regulamentado pela NR-33 (Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados) que tem como objetivo: Estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.
Exemplos de espaços confinados
Os espaços confinados podem ser encontrados nas mais variadas atividades econômicas como: indústrias de papel e celulose, gráfica, alimentícia, da borracha, do couro e têxtil, naval, químicas e petroquímicas, serviços de gás, de água e esgoto, de eletricidade, de telefonia, na construção civil, no beneficiamento de minérios, na siderurgia e metalúrgicas, na agricultura e na agroindústria etc.
Além da NR-33, deve-se respeitar também a NBR 14787 (Espaço confinado - Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção). Laboratório 1 - Aula 3
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Os principais motivos de acesso do trabalhador em espaços confinados são para manutenção, reparos, limpeza, instalação de equipamentos, obras de construção civil, operações de salvamento e resgate dentre outros.
Para evitar acidentes, é importante que as empresas sigam os procedimentos e medidas de proteção apresentados na NBR 14787, além da NR-33.
Equipe de Trabalho
Riscos e Perigos
Para a realização de qualquer trabalho em espaços confinados, é vedado o acesso de forma individualizada ou isolada. O responsável pela implantação da NR-33 nos trabalhos em espaços confinados na empresa, e portanto nomear a equipe de trabalho, é o responsável técnico que deve ser nomeado pelo empregador. Veja quais são as suas obrigações:
Os espaços confinados podem apresentar uma atmosfera perigosa ou potencialmente perigosa, cujos riscos e perigos a que estão expostos os trabalhadores são a falta ou excesso de oxigênio; incêndio ou explosão pela presença de vapores e gases inflamáveis; intoxicações por substâncias químicas; infecções por agentes biológicos; afogamentos; soterramentos; quedas; e choques elétricos. Além disso, o espaço confinado pode conter material que possa engolfar um trabalhador, por exemplo, a parte superior dos silos contendo grãos é uma área que apresenta sério risco de engolfamento, asfixia e morte (a obstrução ou limpeza da parte inferior do elevador de canecas também pode apresentar risco). As paredes que convergem para dentro ou pisos que inclinam para baixo ou áreas menores que apresentam afunilamento podem aprisionar ou asfixiar um trabalhador. Outros perigos e riscos que podem apresentar são o mecânico, elétrico, hidráulico, vapor e líquido, como energias perigosas, máquinas sem proteção na transmissão de movimentos ou fios elétricos expostos, que podem causar ferimentos, eletrocussão, amputação, queimaduras, explosões, afogamentos, quedas, desabamentos, soterramentos e até a morte. Laboratório 1 - Aula 3
• Redigir o programa programa de gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados; • Elaborar os procedimentos de entrada, trabalho e resgate; • Adaptar a Permissão de Entrada e Trabalho (PET) às características dos riscos e espaços confinados de cada empresa; • Especificar os equipamentos de avaliação e controle dos riscos e equipamentos de comunicação; • Providenc Providenciar iar a capacitação dos supervisores de entrada, vigia e trabalhadores autorizados; • Descrever e implantar implantar medidas de controcontrole para emergência e salvamento. A equipe de trabalho é formada pelo supervisor de entrada, vigia e trabalhadores autorizados. 70
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Supervisor de entrada. O supervisor de entrada deve ser nomeado pelo responsável técnico e suas responsabilidades são estas:
• Adotar os procedimentos de emergência, emergência, acionando a equipe de salvamento, pública ou privada, quando necessário; • Operar os movimentadores movimentadores de pessoas; pessoas; • Ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro vigia.
• Identificar riscos e preparar todas as medidas de controle da pré-entrada e da entrada com a Análise Preliminar de Riscos (APR) e a PET; • Informar aos trabalhadores expostos a existência e a localização dos espaços confinados e seus respectivos riscos e controles; • Reconhecer, avaliar e controlar riscos físicos, químicos e biológicos, principalmente os riscos atmosféricos e de energias perigosas; • Testar e monitorar o nível de oxigênio, substâncias inflamáveis ou tóxicas, antes e durante a entrada em espaços confinados; • Providenciar os Equipamentos de Proteção Individual, especialmente os de proteção respiratória, trabalho a quente, equipamentos e equipe de resgate, comunicação e informação de riscos ambientais e de trabalho entre as equipes; • Preparar a equipe de resgate para emergência e salvamento.
O vigia não deve entrar no espaço confinado para executar algum resgate.
Trabalhadores autorizados. Os trabalhadores autorizados são aqueles treinados para entrar no espaço confinado e devem: • Colaborar com a empresa empresa no cumprimento da NR-33; • Entrar no espaço confinado somente quando for treinado e quando a PET for completada e assinada pelo supervisor de entrada; • Utilizar os EPIs recomendados; recomendados; • Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação aos espaços confinados; • Compreender e seguir os procedimentos antes da entrada no espaço confinado e saber como e quando sair; • Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa, como equipamentos contra quedas, de monitoramento do ar, de ventilação, de iluminação e de comunicação de acordo com a PET;
Vigia. O vigia deve ser um trabalhador autorizado para cumprir com as seguintes exigências: • Manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade; • Permanecer fora do espaço confinado, próximo à entrada, em contato permanente com os trabalhadores autorizados; Laboratório 1 - Aula 3
Trabalhadores equipados 71
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• Monitorar continuamente a atmosfera interna; • Comunicar ao vigia e ao supervisor supervisor de entrada as situações de risco para sua segurança e saúde ou de terceiros; • Dar ordem de abandono de área quando forem emitidos sinais de perigo.
Fases do espaço confinado O espaço confinado possui quatro fases: 1. Não perturbado: quando o espaço está em operação; 2. Preparação da pré-entrada: o espaço confinado está fora de operação e deve ser preparado para a pré-entrada do supervisor de entrada; 3. Pré-entrada: o supervisor de entrada realiza a pré-entrada inicial para liberar as diversas frentes de trabalho; 4. Entrada para o trabalho: os trabalhadores autorizados entram no espaço confinado para realizar as tarefas e eventualment eventualmentee mudar a atmosfera interna.
O trabalhador só será autorizado para acessar espaços confinados após ter sido avaliado em exames médicos específicos e possuir o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) e a Permissão de Entrada e Trabalho Trabalho (PET). (PET ). Ele deve entrar no espaço com uma cópia da PET.
Quando entrar no Espaço Confinado A entrada em espaços confinados só pode ocorrer quando existirem critérios técnicos de proteção para riscos atmosféricos, químicos, físicos, biológicos e mecânicos, que protejam e garantam ao trabalhador a permanência no seu interior para execução do trabalho com segurança. Mas, para que a condição de entrada no ambiente confinado seja autorizada, além das já citadas, o supervisor de entrada deve:
Permissão de Entrada e Trabalho (PET)
• Emitir a PET antes do início das atividades; • Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na PET; • Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes; • Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; • Encerrar a PET após o término dos serviços; • Manter sinalização permanente próxima à entrada do espaço confinado. A sinalização é importante para informação e alerta quanto aos riscos em espaços confinados, e o isolamento é necessário para evitar que pessoas não autorizadas se aproximem do espaço.
Esta permissão exigida por lei é executada pelo supervisor de entrada antes do início das atividades, e válida somente para cada entrada do trabalhador autorizado. A PET deve conter todos os procedimentos escritos em sequência lógica, as medidas de segurança e emergência a serem adotadas por todos os designados para a atividade, incluindo emissão, implementação e cancelamento. Deve permanecer arquivada na empresa por cinco anos. Laboratório 1 - Aula 3
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Sinalização e isolamento na entrada do espaço confinado Desligamento e travamento da caixa de energia elétrica
• Realizar testes iniciais do ar interno antes que o trabalhador entre em um espaço confinado. Os testes do ar interno são medições para verificação dos níveis de oxigênio, gases e vapores tóxicos e inflamáveis, e são necessários para que não ocorram acidentes por asfixia, intoxicação, i ntoxicação, incêndio ou explosão. Durante as medições, o supervisor de entrada deve estar fora do espaço confinado.
Após o supervisor de entrada realizar todos os testes e adotar as medidas de controle necessárias, o trabalhador poderá adentrar no ambiente confinado devidamente preparado com os EPIs adequados para cada situação de risco existente, os quais devem ser fornecidos gratuitamente. Devemos lembrar que o trabalhador deverá ser treinado quanto ao uso adequado dos EPIs. Durante todo o trabalho no espaço confinado, deverá ser utilizada ventilação adequada para garantir a renovação contínua do ar, a qual também reduz a concentração de substâncias tóxicas e/ou perigosas existentes no local.
Trabalhador realizando teste de ar interno
Medidas de Segurança É importante que se faça o travamento travamento,, bloqueio e sinalização em ambientes confinados. Para isso, quando o trabalhador autorizado estiver no interior do espaço confinado confinado,, o supervisor super visor de entrada deve desligar a energia elétrica, trancar com chave ou cadeado e sinalizar quadros elétricos para evitar movimentação acidental de máquinas ou choques elétricos. Laboratório 1 - Aula 3
Equipamento de ventilação de ar 73
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Medidas de emergência e resgate É importante não ventilar o espaço confinado com oxigênio, pois seu uso para ventilação em local confinado aumenta o risco de incêndio e explosão.
• O empregador deve deve garantir que os trabalhadores possam interromper suas atividades e abandonar o local de trabalho sempre que eles suspeitarem da existência de risco grave e iminente para sua segurança e saúde ou a de terceiros; • O empregador deve elaborar e implantar procedimentos de emergência e resgate adequados ao espaço confinado; • O empregador deve deve fornecer equipamenequipamentos e acessórios que possibilitem meios seguros de resgate; • Os trabalhadores devem ser treinados para situações de emergência e resgate.
Também como medida de segurança, é proibido os seguintes objetos: • Cigarros (nunca fumar em locais confinados); confinados); • Telefone celular (não deve ser utilizado como aparelho de comunicação em espaço confinado); • Velas, fósforos e isqueiros (objetos necessários à execução do trabalho que produzam calor, chamas ou faíscas devem ser previstos na PET).
Procedimento de resgate
Direitos do trabalhador É direito do trabalhador que executa tarefas em espaços confinados: • Conhecer o trabalho a ser executado e os seus riscos; • Conhecer os procedimentos e equipamentos de segurança para a execução do trabalho; • Receber todos os equipamentos de segurança necessários para execução do trabalho; • Conhecer os procedimentos e equipamentos de resgate e primeiros socorros;
Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão em trabalhos como soldagem, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem chama aberta, faíscas ou calor. (NR-33) Laboratório 1 - Aula 3
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Tripé T-1
• Receber equipamentos especiais para trabalhos em espaços confinados como rádio de comunicação, lanternas e detectores de gases à prova de explosão.
Lanterna
Rádio de comunicação
Produzido em resistente liga de alumínio, com altura regulável de 1,1 a 2,3 metros e distância entre as pernas de 1,1 a 1,7 metros, o tripé T-1 é indicado para uso sobre bocais de acesso com até 1,1 metros de diâmetro. Possui duas roldanas de nylon para uso de dois aparelhos e olhal para fixação de um terceiro cabo. Pesando 14 quilos, constitui também de sapatas em alumínio antiderrapante, interligadas por corrente de segurança. É usado com o guincho G-6 ou trava-queda resgatador R-20R e pode ser fornecido em sacola de nylon resinado para transporte e armazenagem.
Detector de gases à prova de explosão
A seguir, informações sobre resgate em espaço confinado com risco de queda contidas nos manuais técnicos da Equipamentos Gulin.
Trabalho em Espaço Confinado
Tripé T-2 O objetivo deste informativo é auxiliar a selecionar de forma simples e correta os equipamentos mais adequados para trabalhar dentro e fora do espaço confinado. Na primeira parte, apresentamos diversas opções de tripés e monopés Gulin para adentrar ao espaço confinado. Na segunda parte, as opções para movimentação e resgate em espaço confinado com escada. Na terceira, são dadas as opções para espaços co nfinados sem escada.
Tripé T-2 T-2 usado com guincho G-6 e cadeira CS-4
Primeira parte: suportes de ancoragem externa
Produzido em tubo de aço com acabamento antiferrugem, o tripé T-2 é indicado para uso em bocais de acesso com diâmetro superior a 1,1 metros ou beirais. Pesando 32 quilos, possui uma u ma roldana em nylon e olhal para fixação de um segundo cabo. A estabilidade é garantida por sua base constituída de 12 contrapesos de 25 quilos interligados por dois parafusos. Utilizado com o guincho G-6 ou travaqueda resgatador R-20R.
Todos os tripés e monopés fabricados pela Equipamentos Gulin resistem à carga estática de 15 kN, conforme exigência das normas NBR 14626, 14627, 14628, 14629 e 14751, comprovada pelo laboratório Falcão Bauer. Laboratório 1 - Aula 3
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Monopé-1
Monopé-2
Monopé-2 utilizado com guincho G-6
O monopé-1 é giratório para facilidade de resgate pelo vigia. Pesando 28 quilos, é produzido em tubo de aço com acabamento antiferrugem. Indicado para uso em base fixa (a) instalada em beirais (22 quilos), ou em base móvel (b) sobre bocais com até 1,1 metro de diâmetro (44 quilos). Usado com o guincho G-6 ou trava-queda t rava-queda resgatador R-20R.
O monopé-2 é produzido em dois tubos de resistente liga de alumínio, encaixe telescópico, com comprimento variável de 2,2 a 3,5 metros. Pesando 7 quilos, é indicado para fixação em olhal ou barra horizontal, situada de 1,5 a 3,5 metros do piso. Possuindo também um olhal para um segundo cabo, é usado com o guicho G-6 ou trava-queda resgatador R-20R.
Monopé-3
Indicado para entrada lateral em espaço confinado, o monopé-3 pesa 35 quilos e possui dupla articulação vertical, possibilitando flexibilidade para segura e rápida montagem dos equipamentos fora do espaço e fácil giro do conjunto para dentro do local. Pode ser usado em base fixa
Monopé-1 em uma base móvel Laboratório 1 - Aula 3
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1. Trava-queda Trava-queda resgatador modelo R-20R R- 20R
na parede (a) - 8 quilos -, ou em base fixa no piso (b) – 30 quilos. Produzido em tubos de aço e com acabamento antiferrugem, é usado com o guincho G-6 ou trava-queda resgatador R-20R.
O trava-queda resgatador R-20R atende perfeitamente as exigências do Ministério do Trabalho e do Inmetro (CA 37.302). O trabalhador pode se movimentar com facilidade na escada sem risco de queda. O cabo retrátil nunca fica frouxo devido à ação de uma mola de retorno. Havendo movimento brusco ou desequilíbrio do trabalhador, o equipamento se trava imediatamente e evita a queda da pessoa. Quando na necessidade de resgatar o trabalhador durante a sua movimentação na escada ou no piso do espaço confinado, confinado, basta o vigia ativar e movimentar a manivela de resgate. É importante lembrar que, durante a movimentação normal do trabalhador na escada ou no piso, o aparelho libera ou recolhe o cabo automaticamente, sem auxílio do vigia, o qual só tem o trabalho de ativar a manivela de resgate e girá-lo quando efetuar o resgate. O trava-queda resgatador possui carcaça de aço inox, cabo galvanizado ou inoxidável (opcional) com 4,8 mm de diâmetro, comprimento de até 20 metros e revestimento sintético (opcional) para uso em atmosfera potencialmente explosiva. Em condições normais de trabalho, a manivela é mantida desativada, e o aparelho funciona de forma idêntica a qualquer travaqueda retrátil. O trava-queda R-20R só tem 20 metros de cabo, ou seja, não pode ser usado para movimentações superiores a 20 metros. Para trabalho constante de içar ou descer pessoa ou material, deve ser usado o guincho modelo G-6, visto que a manivela de resgate do aparelho só deve ser usada na emergência.
Monopé-3 com base fixa no piso
Monopé-3 com base fixa na parede
Segunda parte: movimentação e resgate com escada Para movimentação e resgate em espaço confinado com escada, existem duas alternativas de trabalho: utilizar um só aparelho denominado trava-queda resgatador; ou usar um guincho para pessoa em conjunto com um trava-queda deslizante. Veremos agora em detalhes as características, vantagens e restrições de cada sistema de trabalho. Laboratório 1 - Aula 3
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Terceira parte: movimentação e resgate sem escada
2. Guincho G-6 para pessoas em conjunto com um trava-queda
Não havendo escada, é obrigatória a utilização de um guincho para movimentação de pessoas aprovado pela NBR 14751.
Guincho G-6
Durante a movimentação do guincho pelo vigia, o trabalhador poderá se deslocar sentado em uma cadeira suspensa (figura 1) ou na posição vertical pelo suporte de ombro (figura 2).
O guincho G-6 deve ser usado em conjunto com um trava-queda deslizante modelo GA ou GC (aprovados pelo Ministério do Trabalho/InmeTrabalho/Inmetro CA 37.302). O trabalhador pode se movimentar com facilidade na escada sem risco de queda, pois o cabo de aço do trava-queda GA ou a corda do trava-queda GC é preso num tripé ou monopé, mantido esticado por um pequeno peso. Havendo movimento brusco ou desequilíbrio do trabalhador, o equipamento se trava imediatamente e evita a queda da pessoa. Quando na necessidade de resgatar o trabalhador durante a sua movimentação na escada ou no piso do espaço confinado, basta o vigia movimentar a manivela do guincho no sentido de içamento. Durante a descida e a movimentação horizontal do trabalhador, o vigia deve liberar o cabo em quantidade suficiente para que se mantenha sem carga, quase esticado. Na subida do trabalhador, o vigia deve recolher o cabo sem carga, quase esticado. Os guinchos G-6 obedece a todos os requisitos da NBR 14.751 da ABNT, com desempenho comprovado por laudo do laboratório Falcão Bauer. Bauer. Duas grandes vantagens destes guinchos é utilizar cabos de aço de grande comprimento e o resgate instantâneo sem necessidade de ativar a manivela. Laboratório 1 - Aula 3
Cadeira suspensa modelo CS-4. O uso da cadeira suspensa oferece máximo conforto e permite pendurar material, desde que o peso total, trabalhador mais carga, não ultrapasse 140 quilos. Oferece desempenho eficiente principalmente para trabalho nas paredes ao longo do espaço confinado. Usada em conjunto com o guincho G-6, obedece às exigências do Ministério do Trabalho e da NBR 14751. Em alguns tipos de serviço, é necessário ajuste de posicionamento do trabalhador para manuseio de equipamentos/ 78
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instrumentos instalados nas paredes do espaço confinado; nestes casos, pode ser conveniente utilizar cadeira suspensa com manivelas como os modelos CS-2 ou CS-3.
Caso haja necessidade de resgatar o trabalhador durante a sua movimentação no espaço confinado, basta o vigia movimentar a manivela do guincho no sentido de içamento. Durante a descida e a movimentação horizontal do trabalhador, basta o vigia liberar o cabo em quantidade suficiente; na subida do trabalhador, o vigia deve recolher o cabo.
Revistas especializadas abordam o tema Espaço confinado requer planejamento, técnicas e equipamentos diferenciados para o resgate A necessidade de técnicas e conhecimentos mais complexos difere o resgate em espaço confinado de outros tipos de ações de salvamento. Operações de trabalho rotineiras nesses cenários já são altamente complicadas e, no caso de um acidente, o resgatista deve estar preparado para enfrentar um ambiente em condições totalmente adversas. Sérgio Augusto Garcia, auditor fiscal da SRTE/RS (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego), salienta que a atividade oferece riscos atmosféricos, físicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos, que podem provocar acidentes graves, incluindo lesões, amputações de membros e morte dos trabalhadores e resgatistas. Segundo ele, no espaço confinado, a deficiência do oxigênio pode levar os profissionais a óbito por asfixia, enquanto que atmosferas ricas em oxigênio alteram a inflamabilidade de alguns materiais, fazendo com que entrem em ignição mais facilmente e queimem mais rápido. Além disso, a formação de contaminantes pode gerar uma atmosfera IPVS (Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde). Intoxicação, asfixia por gases, como monóxido de carbono e gás sulfídrico, choque elétrico, queda, colapso estrutural (desabamento e soterramento) e ataque de animais ou insetos agressivos são riscos que preocupam o capitão Humberto Leão, chefe do Resgate Res gate do CBPMESP CBPMESP..
Suporte de ombro SO-1. O suporte de ombro deve ser utilizado apenas para pouca profundidade e pequenas dimensões, devido ao desconforto da posição. Serve para ligação do cabo do guincho G-6 às argolas dos ombros do cinturão paraquedista 102-R, além de resistir à carga de 15 kN, comprovada por laudo do laboratório Falcão Bauer.
Usando a cadeira suspensa ou suporte de ombros, é obrigatório utilizar um trava-queda (modelo GA ou GC) em linha independente. O cabo de aço do trava-queda GA ou a corda o trava-queda GC deve ser preso num tripé ou monopé e mantido esticado por um pequeno peso. Havendo movimento brusco do trabalhador ou rompimento do cabo de sua sustentação, o travaqueda bloqueia imediatamente a movimentação e evita a queda do trabalhador. Laboratório 1 - Aula 3
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Já Elton Fagundes, diretor da Stonehenge e instrutor e supervisor de equipes de resgate em espaço confinado, acrescenta acrescen ta as aberturas limitadas de entrada e saída, ventilação desfavorável, temperaturas elevadas ou muito baixas e ruídos e vibrações. Com tantas ameaças presentes, nem o uso de todos os equipamentos disponíveis garante segurança completa ao resgatista. Marcello Vazzoler, diretor da Vertical Pro e especialista em resgate em altura e espaço confinado, indica que uma equipe de resgate industrial, previamente preparada, tende a fazer junto aos profissionais de segurança do trabalho um levantamento e controle de riscos existentes. Assim, ela só irá atuar em extrema necessidade e tendo uma ideia precisa dos riscos e do controle deles. Por outro lado, lembra Vazzoler, o bombeiro dificilmente irá se negar a fazer o resgate, ainda que sobre uma atmosfera de alto risco. "Se colocar em situação de risco é inerente à profissão bombeiro no mundo todo, portanto, o que temos que fazer é aumentar o nível de proteção individual indivi dual e das equipes", afirma Humberto Leão. Para aumentar a segurança, ele indica algumas providências. Entre elas está a necessidade de preparar duas equipes com equipamento completo para exploração, principalmente de proteção respiratória. Assim, uma equipe entrará no local em busca da vítima e a outra, comumente chamada de back up, deverá estar preparada para agir. Em algumas situações, no entanto, pode não ser necessária a entrada de resgatistas no espaço confinado, explica Carlos Barbouth, presidente da Survival Systems do Brasil. Isso é possível desde que exista viabilidade para uma das duas alternativas menos arriscadas: o "autor-resgate" (definido pela NBR 14787 como a capacidade desenvolvida pelo trabalhador em treinamento, que possibilita seu escape com segurança, de ambiente confinado em que entrou em atmosfera IPVS) ou o "resgate externo" (que consiste na utilização pelo Laboratório 1 - Aula 3
vigia, desde o exterior, dos movimentadores de pessoas em situações de emergência, se as circunstân circunstâncias cias permitirem). Para Barbouth, quando do ingresso do resgatista no espaço confinado, um fator fundamental para a sua segurança está na comunicação, que permite monitorar a condição física e psicológica dos resgatistas, alertar sobre perigos e manter a coesão e o foco do grupo, podendo ser o elemento chave para determinar o sucesso ou não da operação. Ele explica que a comunicação pode ser visual, verbal direta (inviável quando são utilizadas máscaras faciais), tangível (por puxões de corda ou batidas sonoras), por sistemas sem fio, via rádio (sujeitos a interferências ou falhas de frequência) e por sistemas com cabo. www.revistaemergencia.com.br/ma rgencia.com.br/materias/ terias/ Fonte: www.revistaeme espaco_confinado/espaco_confinado_requer_ planejamento,_tecnicas_e_equipamentos_diferenciados_ para_o_resgate/JyyA
O que está faltando para garantir mais segurança no trabalho em espaço confinado? Um dos pontos que falta para que os itens da NR 33 possam ser aplicados de forma mais ampla está na sua divulgação e disseminação. Segundo o auditor fiscal que coordenou o grupo de trabalho da NR 33, Sérgio Garcia, “o material impresso esgotou rapidamente e o acesso ao Guia Técnico por meio eletrônico ainda é muito restrito”. Aspectos que podem garantir mais segurança no trabalho em espaço confinado são: treinamento e capacitação. As soluções partem do sistema de gestão. A qualificação do trabalhador deve ser prioridade no sistema de gestão de espaços confinados. Para isso, é preciso maior plane jamento para a implementação de medidas sistematizadas. Texto adaptado de artigo da Revista Proteção Proteção.. Disponível em: www.anamt.org.br/site/upload_arquivos/ clipping_2015_2732015153467055475.pdf Acesso em: 20.04.2016. 80
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