A ser publicado em Horizontes das Ciências Sociais. Anpocs, 2010 Teoria por adição
Sérgio Costa1 A alusão no título desse capítulo ao ensaio clássico “Nacional por subtraão!, do crítico literário "oberto Sc#$ar% &1'()*, apresenta um ob+etio duplo. - primeiro é metodolgico. /ratase de relembrar a re+eião de Sc#$ar% crítica recorrente desde o Século 3 ao caráter postio, inaut4ntico da cultura brasileira. 5ara Sc#$ar%, a presunão de 6ue é possíel construir uma cultura nacional original op7e, erroneamente, nacional a estrangeiro, es6uecendose 6ue as discuss7es sobre originalidade e a 8alta dela 8a%em parte da prpria din9mica cultural e das rela7es de poder aí implicadas. /ransportadas para a sociologia, as re8le:7es de Sc#$ar% serem como ponto de 8uga para uma re8le:ão sobre o sentido da produão terica num conte:to empírico e acad4mico di8erente tanto da6uele no 6ual a sociologia nasceu 6uanto da6ueles nos 6uais as principais disputas pela #egemonia na disciplina t4m lugar #o+e. /anto como na cultura, pareceme e6uíoca a aspiraão de uma teoria sociolgica particular ade6uada suposta singularidade brasileira. ;ais promissor, sem d<ida, é o pro+eto seguido em outras regi7es de “desproinciali%ar a sociologia!, 6ual se+a, participar das discuss7es nucleares da disciplina para mostrar 6ue a teoria social cu+a re8er4ncia empírica
Sérgio Costa é pro8essor titular de sociologia e diretor do 3nstituto de =studos >atinoAmericanos da ?reie @niersitt Berlin, Aleman#a. 2 A e:p e:pres ressã sãoo despro desproin incia ciali%a li%arr a sociol sociologi ogiaa se inspir inspiraa em . C#arDr C#arDraba abartE rtE &2000* &2000* 6ue 6ue,, sob a diisa diisa “proinciali%ar a =uropa!, busca radicali%ar e transcender o uniersalismo liberal, mostrando 6ue o racionalismo e a ci4ncia, antes de serem marcas culturais européias, são parte de uma #istria global, no interior da 6ual o monoplio monoplio “ocidental! “ocidental! na de8inião de8inião do moderno moderno 8oi construído construído tanto com o au:ílio au:ílio do imperialismo imperialismo europeu, europeu, como com a participaão direta do mundo “não ocidental!. e 8orma correlata, desproinciali%ar a sociologia implica romper com o eurocentrismo da disciplina, proendoa de teorias e métodos aptos ao estudo da sociedade mundial em seu con+unto.
1
em 6ue ão acumulando interpreta7es de 8enFmenos em curso 6ue desa8iam as regularidades descritas nas teorias sociolgicas igentes. =ste artigo se diide em tr4s se7es, além de umas brees notas conclusias. 5rimeiro, se discute a din9mica da produão terica e alguns a:iomas tericos largamente partil#ados no 9mbito da sociologia. A segunda parte representa uma tentatia de sistemati%ar, usando como material de re8er4ncia artigos publicados na "eista Brasileira de Ci4ncias Sociais &"BCS*, a maneira como a teoria sociolgica em sendo discutida na sociologia brasileira. 5or
Geopolítica do conhecimento sociológico
Atraés da e:pressão geopolítica emprestada do ocabulário bélico, o con+unto de autores reunidos no Grupo ;odernidadHColonialidad buscou eidenciar, nos
sociedade.
A
noidade
tra%ida
pelas
discuss7es
no
9mbito
do
Grupo
;odernidadHColonialidad ;odernidadHColonialidad e 6ue é de crucial import9ncia para a re8le:ão em torno da produão terica na sociologia brasileira é a e:plicitaão dos laos entre ci4ncia, modernidade e colonialidade. Com e8eito, 8ica eidente, nessas discuss7es, 6ue a prpria diisão de trabal#o estabelecida +á no momento 8undacional das ci4ncias sociais modernas, implica uma posião subalterna sociologia produ%ida 8ora da =uropa. A8inal, no momento em 6ue se de8ine 6ue disciplinas como a sociologia e a ci4ncia política se especiali%ariam no estudo das sociedades modernas, a saber, as sociedades da =uropa ocidental e depois norteamericanas, en6uanto disciplinas como a antropologia e a etnologia se dedicariam s “demais! sociedades, se institucionali%a também uma #ierar6uia nos desenolimentos da disciplina nas di8erentes regi7es do mundo.
2
Nesse moimento, atribuise sociologia européia e depois norteamericana o monoplio de de8inir o 6ue é moderno. Coube também s academias das sociedades tratadas como modernas produ%ir teorias e indica7es para aplicaão das técnicas da inestigaão sociolgica. Nessa lgica, as “outras! regi7es do mundo poderiam se tornar receptoras das teorias e métodos sociolgicos, depois de terem c#egado, e8etiamente, modernidade, condião necessária para 6ue pudessem se tornar ob+eto de interesse da sociologia &BoatcLHCosta 2010M 1K, all 1''K, Jallerstein 1''K* O. A #istria de constituião da sociologia como disciplina em seus ínculos com o padrão de modernidade europeu e norteamericano lega inestigaão sociolgica um certo partis pris 6ue distorce a análise da sociedade mundial moderna em suas m
"eis &1'((M* mostra 6ue essa lgica colonial tem uma contrapartida interna no Brasil, na medida 6ue se atribui ao centrosul do país o papel de desenoler a re8le:ão mais abstrata, en6uanto as demais regi7es tratam de seus problemas regionais. - autor ironi%a essa pretensa diisão de trabal#o com a 8raseM “5aris pensa o mundo, São 5aulo pensa o Brasil, "eci8e pensa o Nordeste!
O
modernidade nas demais regi7es do mundo 8oi leada ao paro:ismo pela teoria da moderni%aão. =ssa corrente de pensamento surgida nos =stados @nidos no período ps guerra dominou o debate macrosociolgico das
A moderni%aão se inicia na =uropa com a "eoluão 3ndustrial e alcana a partir daí todo o mundo
ii*
Ainda 6ue a moderni%aão se+a tratada como um 8enFmeno global, seus pressupostos estrutural8uncionalistas leam a escola da moderni%aão a estudar os processos moderni%antes, e:clusiamente, no 9mbito das sociedades nacionais, tratadas como totalidades 8ec#adas. A moderni%aão é ista, assim, como um processo endgeno, linear e uni8orme, não se leando em conta nem a inserão global das sociedades nacionais, nem os distintos padr7es de moderni%aão obserados nos di8erentes países .
iii*
A moderni%aão implica a transião entre dois plos tratados como antitéticosM tradião e modernidade. A transião da tradião modernidade é tratada também como um 8enFmeno 6ue abrange os di8erentes campos da ida social, de sorte 6ue a moderni%aão econFmica &industriali%aão, progresso tecnolgico etc.* se 8a% acompan#ar da moderni%aão social &seculari%aão, indiiduali%aão* e política &democrati%aão*.
i*
Nas sociedades do c#amado terceiro mundo imperam alores particularistas e 8uncionalmente di8usos 6ue blo6ueiam a moderni%aão. Nas sociedades da =uropa Central e América do Norte, por contraste, igoram alores uniersalistas, seculares e orientados produtiidade e competião, 8aorecendo o desenolimento.
esde os anos 1'K0, alguns pressupostos da teoria da moderni%aão passaram a ser colocados em 6uestão. Assim, a ilusão do desenolimento endgeno, obserado e analisado no 9mbito de uma
* - tratamento das sociedades nacionais como unidades de análises 8ec#adas é uma limitaão prpria não apenas teoria da moderni%aão mas s principais teorias sociolgicas. =m parte a cegueira para as interdepend4ncias entre desenolimentos nacionais e globais, re8erida no debate contempor9neo como nacionalismo metodológico , se dee ao prprio processo de institucionali%aão das ci4ncias sociais ocorrido prioritariamente no 9mbito nacional. &5ara uma abrangente reconstruão desse debate er C#ernillo 2010*.
outras são 8enFmenos 6ue se condicionam mutuamente. Não obstante, as outras premissas 6ue constituem o n
U
* - en8o6ue das modernidades m
atina e =stados @nidos, no trabal#o do grupo ;odernidadHColonialidad re8erido anteriormente. =ssas contribui7es são re8eridas comumente na bibliogra8ia como estudos decoloniais &ide Qult 200', para uma crítica importante aos estudos decoloniais, ide omingues 200'*.
U
Compreensão 8ormalista da política e do estado modernos A concepão do =stado e da política, propriamente sociolgica, portanto distinta das de8ini7es 8ilos8icas precedentes, 8oi cun#ada originalmente por Jeber &1'22* no liro clássico =conomia e Sociedade. e acordo com seu conceito, o =stado se de8ine a partir do monoplio do uso legítimo da iol4ncia em um determinado territrio. A política, por sua e%, é de8inida a partir da perspectia estatal uma e% 6ue compreende, 8undamentalmente, as disputas das elites por cargos e 8un7es no 9mbito do =stado. -utro importante legado de Jeber sociologia política é sua distinão dos tipos de dominaão política, a saber, a dominaão racional ou legal, a dominaão tradicional e a dominaão carismática. A dominaão legitimada racional ou legalmente é tomada como a 8orma moderna por e:cel4ncia de goerno e encontra desenolimentos nas teorias sociolgicas subse6Ventes. /ratase a6ui de analisar as condi7es para 6ue se 8orme, no 9mbito do territrio controlado por um =stado nacional determinado, uma comunidade política integrada por laos impessoais de solidariedade e #abilitada a escol#er e sustentar um goerno legal e legítimo &BrunD#orst 2002*. A imagem $eberiana de um =stado de8inido pelo monoplio do uso legítimo da iol4ncia num determinado territrio é reprodu%ida sem grandes aria7es na América >atina, no 9mbito das teorias da transião e depois consolidaão democrática, as 6uais in8luenciam diretamente a produão sociolgica sobre a democrati%aão na região. As teorias da transião democrática de8inem a democracia como o momento em 6ue as regras do +ogo político tem poder imperatio sobre a ontade dos atores indiiduais de sorte a reinstaurar a incerte%a dos resultados das disputas políticas &-WonnelHJ#ite#eadHSc#mitter1'(K*. Ao perceberem 6ue, a despeito do restabelecimento das institui7es e regras democráticas, as rela7es políticas na América >atina continuaam regidas pelo autoritarismo, os tericos da transião buscam, no 9mbito das teorias da consolidaão democrática &;ende%H-XonnellH5in#eiro 2000Y -Wonnell 200)*, corrigir sua perspectia. A 4n8ase nesse momento se olta para as de8ici4ncias do estado de direito buscandose ressaltar as 8ragilidades do =stado na América >atina para 8a%er aler a lei e garantir plenos direitos a todos seus cidadãos. Nesse conte:to, surgem conceitos como democracias de8eituosas, estados 8racassados e cidadania truncada, sugerindo, implicitamente, a re8er4ncia a um tipoideal de =stado e política no 9mbito dos 6uais não #a+a 8issuras entre as leis e a ida social. A partir dos debates contempor9neos no campo da sociologia política internacional podem ser apontados problemas ariados nessa maneira de interpretar a democrati%aão. 3nicialmente, K
cabe destacar 6ue as teorias da teoria da transião e da consolidaão, seguindo o legado da teoria da moderni%aão, são marcadas pelo endogenismo, isto é, tratam as trans8orma7es da política e do =stado nacionais sem lear em conta as constri7es e possibilidades impostas pelas disputas de poder no 9mbito da política mundial, 6uais se+am, o papel das organi%a7es multilaterais, a pressão de atores transnacionais se+a no campo econFmico, se+a no 9mbito da sociedade ciil etc. >eando em conta tais 8atores, mais ade6uado parece ser se re8erir não a estados 8alidos mas, como sugere S#alini "anderia &200O* para o caso do =stado indiano, a estados astutos &cunning states*, os 6uais se mostram capa%es de reagir s press7es e:ternas priilegiando setores da populaão e penali%ando outros. @m problema adicional é o elitismo dessas teorias. 3nspiradas nos processos de constituião da sociedade ciil europeus, essas teorias supun#am 6ue a democrati%aão implicaa, sobretudo, a altern9ncia das elites estabelecidas, supostas portadoras de alores democráticos, no poder. Não disp7em, assim, de instrumentos para e:plicar a import9ncia de noos atores sociais como as associa7es de i%in#os, grupos indígenas ou a8rodescendentes no processo de democrati%aão &BoatcLHCosta 2010M 22*. Concepão essenciali%ada do su+eito moderno =m distinão ao su+eito cartesiano de8inido por uma identidade autocentrada e constituída pela ra%ão, prprio s concep7es iluministas anteriores sociologia, o conceito de su+eito 6ue se torna canFnico na sociologia é, con8orme Stuart all, a6uele 6ue de8ine o su+eito moderno como constituído em suas rela7es com Z...[ \Xoutros com signi8icaãoX, os 6uais transmitem ao su+eito alores, signi8icados e símbolos T a cultura T dos mundos 6ue elaHele #abita. Z...[ - su+eito continua tendo uma ess4ncia interna nuclear, 6ual se+a, um Xeu erdadeiroX, mas 8ormado e modi8icado em contínuo diálogo com mundos culturais Xe:ternosX e com as identidades 6ue tais mundos o8erecem &all, 1''2, p. 2)U*. G. . ;ead, C. . CooleE e os interacionistas simblicos 8oram as 8iguras centrais no desenolimento dos contornos de um su+eito 6ue se constitui a partir de suas rela7es com o mundo social &all 1''2*. =ssa concepão é ainda #egemFnica na sociologia e está no centro de obras importantes, de ampla circulaão internacional e 6ue são a base da 8ormaão em teoria sociolgica o8erecida das uniersidades não apenas no Brasil T er, por e:emplo, abermas &1'(1, 1''K*, Giddens &1'(, 1''1*, /ouraine &1''O*. essa concepão deriamse também categoriasc#ae para ramos diersos da sociologia como os conceitos de identidade )
cultural, identidade coletia, os 6uais igualmente sup7em um su+eito &indiidual ou coletio* 6ue mesmo desempen#ando papéis diersos na sociedade presera algo como um n
modernas mas sim marcas permanentemente resigni8icadas, per8ormati%adas e reinterpretadas a partir de seus ne:os com posi7es e interesses em disputa. A presente irul4ncia dos con8litos etnonacionalistas na =uropa contempor9nea e:empli8ica de maneira lapidar como é 8alaciosa a crena de 6ue adscri7es são prprias a sociedades prémodernas &ide, por e:emplo, arita$orn 2010*.
O debate teórico na Revista Brasileira de Ciências Sociais
Antes de entrar na análise do tema prprio a essa seão, cabe responder a uma pergunta até agora adiada, 6ual se+aM o 6ue se entende propriamente por teoria social] A resposta não é simples na medida em 6ue a prpria de8inião do 6ue é teoria diide os partidários das distintas correntes tericas. Não obstante, é necessário 6ue e:ista algum denominador comum entre essas di8erentes posi7es 6ue nos permita a8irmar 6ue di8erentes teorias e:istentes con8ormam a teoria social clássica ou contempor9nea. =m busca desse denominador comum, ^oas e QnRbl &200M O)* constatam 6ue no n
“- 6ue é o agir social]!
ii*
“- 6ue é a ordem social]!
iii*
“- 6ue de8ine a mudana social]!
As respostas a essas tr4s perguntas são, obiamente, inteiramente diersas 6uando se compara, por e:emplo, as solu7es o8erecidas por urD#eim, abermas, Bourdieu ou pelos tericos da escol#a racional. Contudo, o 8ato de todas essas correntes tericas buscarem uma 8ormulaão generali%áel e 8undamentada de acordo com os c9nones da disciplina para as tr4s perguntas acima permite classi8icálas como teoria social. A re8er4ncia a essas tr4s perguntas possibilita, ademais, distinguir, pelo menos conceitualmente, teoria social de diagnstico de época. "e8erese, no primeiro caso, ao tratamento de temas especí8icos em uma época determinada, sem a pretensão de estabelecer postulados gerais e partindose de eid4ncias 6ue não decorrem necessariamente de inestiga7es empíricas, segundo os métodos cientí8icos. A elaboraão de uma teoria social, pro sua e%, re6uer o uso sistemati%ado de in8orma7es para c#egar a generali%a7es 6ue não
'
di%em respeito a um caso particular, mas a tend4ncias e processos gerais. Além do mais, buscam responder s tr4s perguntas re8eridas acima. ?eitas essas considera7es, podemos passar análise da relaão entre a sociologia e a teoria social no Brasil. @m estudo detal#ado da maneira como se dá a 8ormaão e o uso de teorias na sociologia brasileira e:igiria, seguramente, um pro+eto de inestigaão especí8ico 6ue lee em conta as inst9ncias institucionali%adas de produão do con#ecimento e o con+unto de publica7es da área leandose em conta liros, teses, reistas, comunica7es apresentadas em congressos e demais documentos surgidos num determinado período. Na impossibilidade de proceder a um leantamento dessa ordem, optase, no presente artigo, por uma concentraão nos trabal#os publicados na "eista Brasileira de Ci4ncias Sociais &"BCS*, tendose em conta dois procedimentos. 5rimeiro, buscouse ter uma imagem geral sobre 6uem são os tericos da sociologia mais lidos pelos cientistas sociais brasileiros recentemente. 5ara tanto, computouse o n
A concentraão do leantamento em uma
10
mais citados T apenas dois T e a 8orte in8lu4ncia de 5ierre Bourdieu, o 6ual mereceu mais men7es 6ue dois dos 8undadores da sociologia T Jeber e urD#eim em con+unto. Iuando se obsera o comportamento das men7es ao longo do tempo notase 6ue, descontadas aria7es mínimas, o 6uadro é bastante estáel para os 12 anos considerados, isto é, o n
Tabela 1 !"mero de re#erências bibliogr$#icas por a%tores mais citados Revista Brasileira de Ciências Sociais 1&&'()**&+
AnoH
200'
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200)
200K
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Autor BecD Bourdieu urD#eim =lias ?ernande
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s ?oucault O 1 O 2 0 1 0 1 2 O O 2O ?reEre O 0 2 0 2 1 2 0 0 0 2 2 1 Giddens 2 2 1 1 1 2 U 2 O 0 1 2 abermas 2 2 O O O 1 O U O U 1 U OK Jeber 2 O O U U U 2 1 1 2 K O' _ ?oram considerados nu#mann &) men7es* e outros como >atour &11 men7es*, ?.. Cardoso &11 men7es* e Bauman &11 cita7es* não 8oram listados. - leantamento 8oi 8eito por ?ernando dos Santos Baldraia Sou%a, aluno do ;aster =studos >atinoAmericanos 3nterdisciplinares da ?reie @niersitt Berlin.
A análise dos artigos, de algum modo inculados discussão terica, publicados nas )2 edi7es da reista reela dimens7es importantes dos ínculos da sociologia brasileira com o debate terico. A primeira constataão importante di% respeito 8re6u4ncia com 6ue trabal#os tericos são publicados na reista. =m praticamente todas as edi7es encontramse um ou mais artigos dedicados discussão terica. ^untese a isso um n
6ue apresentam t4m e8etiamente o status de teoria social ou se trata de interpreta7es de uma sociedade particular. Na 8orma como são mencionados e utili%ados nos artigos da "BCS e:aminados, as teses tanto de BecD 6uanto de ?ernandes e ?reEre são tratadas, de 8orma geral, como postulados tericos. aí a menão dos tr4s nomes na tabela.
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=stão representados em artigos da reista basicamente todos os autores e correntes releantes da sociologia, como a lista abai:o 6ue não é e:austia, mas ilustratia, eidenciaM i* /eoria crítica &nu#mann &n
5or atina &Beato 1''1, Sales 1'', "eis 1''U, Sou%a 1''(, Guimarães 2002, Sc#neider 200O, /aolaro 200U, ?eres ^unior 200K*. ' -s artigos publicados são, como era esperado, contribui7es de e:celente 6ualidade cientí8ica e 6ue tem um papel 8undamental para, de um lado, di8undir o debate internacional no Brasil, de outro, a+ustar e tradu%ir teorias s condi7es e termos da sociedade brasileira. Não obstante, não é di8ícil constatar 6ue nen#um dos trabal#os remete a uma teoria social prpria, na medida em 6ue os artigos não se inserem num corpo de enunciados generali%áeis 6ue apresentem respostas prprias e originais s tr4s perguntas teoria re8eridas acima. 10 3gualmente, pareceme possíel a8irmar 6ue nen#um dos trabal#os publicados apresenta uma contribuião genuína s correntes tericas nas 6uais se inserem, entendendose como tal o acréscimo ou a correão de um postulado importante de tais teorias 6ue se+a, ademais, recon#ecido pelos pares, internacionalmente. ,ormação da teoria nas #ran-as da pes.%isa empírica/
A constataão com a 6ual se encerrou a seão anterior con8irma, a princípio, os termos da geopolítica do con#ecimento sociolgico descritos na primeira seão desse artigoM a sociologia brasileira é consumidora de teorias 6ue são produ%idas na =uropa ou na América do Norte sem lear em conta a din9mica da modernidade nas demais regi7es do mundo. Não obstante, o e:ame do con+unto da produão brasileira re8letida nos trabal#os publicados na "BCS dei:a entreer outros desenolimentos 6ue permitem mati%ar a imagem unilateral da sociologia brasileira como consumidora de teoria pouco aplicáeis realidade do país. Con8orme a #iptese 6ue orienta a presente contribuião, tratase de um con+unto de trabal#os 6ue mesmo 6ue não desa8iem, e:plicitamente, as teorias #egemFnicas o8erecem resultados 6ue imp7em a reisão de algumas das categorias estruturantes da teoria sociolgica contempor9nea, reelando como é estreita a base de obseraão empírica sobre a 6ual estão 8undadas. =ssa reconstruão da teoria sociolgica não em se dando, prioritariamente, no '
Artigos importantes publicados na reista por cientistas sociais brasileiros de di8erentes disciplinas apresentam uma re8le:ão original e importante sobre a globali%aão &>eis 1''U, -lieira 2000, -rti% 2001*. Se se parte dos critérios descritos acima para distinguir teoria de diagnstico de época 8ica eidente 6ue essas contribui7es são diagnsticos de época sem apresentar nem o estatuto e, parece, nem a pretensão de ser teoria social. 10 5oderseia ob+etar 6ue é o problema é de e:tensão, ou se+a, a constataão não surpreende, na medida 6ue uma teoria social não cabe em um artigo. - ponto 6ue se leanta a6ui, contudo, é outro. =m nen#um dos artigos tericos da reista pode ser identi8icada a re8er4ncia a uma teoria prpria, sob as lentes da 6ual um problema especí8ico é tratado. Apenas para e8eito de comparaão e+ase os artigos mencionados de =lster &1''0* ou Ale:ander &1'')* 6ue claramente se inserem no corpo de uma teoria prpria maior.
1O
9mbito de uma discussão especiali%ada em teoria, mas a partir de ários subcampos da sociologia, cu+os noos ac#ados imp7em uma reisão pro8unda de premissas tericas estabelecidas. -utra constataão importante di% respeito ao 8ato de 6ue os trabal#os recentes não são orientados pela busca de uma singularidade brasileiraY se articulam com pes6uisas similares desenolidas em di8erentes partes do mundo. 5ermitamme demonstrar essa #iptese atraés de e:emplos de artigos publicados na "BCS 6ue, de algum modo, colocam em :e6ue a6ueles tr4s a:iomas ainda #egemFnicos na teoria social descritos acima, 6uais se+amM a interpretaão euroc4ntrica da modernidade, a compreensão 8ormalista da política e do =stado modernos, a concepão essencialista do su+eito moderno. =:emplos ilustratios de trabal#os publicados na "BCS re8utando a interpretaão euroc4ntrica da modernidade encontrados são um ensaio da antroploga 5aula ;ontero &1''* sobre magia, um artigo sobre negritude &5in#o 200U* e um debate com o pensamento social brasileiro &/aolaro 200U* 11. =sses trabal#os mostram, por di8erentes ias, 6ue a isão dual 6ue op7e tradião e modernidade e incula a preced4ncia de cada um dos plos da dicotomia di8erentes regi7es do mundo ignora 6ue a disputa entre esses dois termos é, ela mesma, um trao central da #istria e da política modernas. 3sso 8ica eidente na maneira como ;ontero trata a magia. A autora mostra 6ue opor magia e modernidade é ignorar 6ue a magia, como prática cultural, é signi8icada e resigni8icada nos conte:tos sociais em 6ue ela está presente. A8inal “os elementos culturais não são, neles mesmos, pelas suas características prprias, nem arcaicos nem modernos, nem puramente racionais nem puramente mágicos. Seu sentido depende do conte:to especí8ico em 6ue estão inseridos. 3sto é tanto mais erdade 6uanto me parece ser possíel demonstrar 6ue, na con+untura contempor9nea da sociedade brasileira, a magia se tornou WmodernaW.! &;ontero 1''M * /aolaro, por sua e%, dialoga com autores clássicos e contempor9neos do pensamento social brasileiro para mostrar 6ue tanto a atribuião ao Brasil de uma modernidade singular, como pre8eria ?lorestan ?ernandes 6uanto a idéia de semimodernidade ou modernidade peri8érica ainda em uso pela noa geraão de sociologia são e6uíocas. Segundo ele, as 8ormas de sociabilidade encontradas no Brasil precisam ser, todas elas, interpretadas como e:pressão de uma 11
- artigo de ;aia &200'* dialoga também, a partir dos estudos pscoloniais, com autores e teses centrais no campo do pensamento social brasileiro. Seus argumentos contra uma leitura euroc4ntrica da modernidade brasileira são, contudo, muito menos en8áticos e 8undamentados 6ue os de /aolaro.
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“modernidade entendida como um tipo de sociabilidade multifacetada , constituída ao longo de disputas contingentes entre pro+etos, interesses e is7es de mundo num conte:to crescentemente globalizado!. &/aolaro 200UM 1(, gri8os no original* - trabal#o de 5atrícia 5in#o, ao discutir as rela7es entre a construão da negritude nos =stados @nidos e no Brasil, c#ama a atenão para o eolucionismo 6ue marca muitos dos estudos sobre antiracismo. 5ara a autora, não 8a% sentido acreditar 6ue as 8ormas como se articulam a identidade negra nos =stados @nidos são mais aanadas 6ue as brasileiras pelo 8ato de 6ue a sociedade americana é supostamente mais moderna 6ue a sociedade brasileira. 5ara ela, o 6ue se c#ama de cultura negra é uma construão global 6ue não tem um centro
-utros artigos imp7em também uma reisão da distinão dualista entre legalidade e ilegalidade bem como mostram uma iniludíel a ampliaão do espao da política contempor9neo. >opes ^
igualdade plena. 3ndicam também 6ue, no caso brasileiro, mesmo um espao 8ormali%ado e pesadamente institucionali%ado como o sistema +urídico é um espao de negociaão entre o =stado e os moimentos sociais, isto é, os moimentos sociais in8luenciam, s e%es mais s e%es menos, a nature%a da aão estatal. As autoras mostram, assim, 6ue o prprio ob+eto de regulaão da aão do =stado, no caso estudado, é ob+eto de disputas de interpretaão entre os di8erentes agentes enolidos. A regulaão pela lei, portanto, não é um processo 8ormal de aplicaão de normas escritas como acreditam os tericos da consolidaão democrática, mas resultado de um con8lito de interpreta7es e +usti8icaão do 6ual participam atores estatais e não estataisM “=stamos c#amando atenão não s para o 8ato de 6ue a igualdade perante a lei +amais 8oi alcanada por alguma naão, como também 6ue a prpria de8inião de igualdade e de acesso +ustia constitui processo aberto s disputas e aos poderes di8erenciais entre os atores sociais.! &p. 1)K* 5or 8im, gostaria de nomear dois e:emplos de artigos publicados na "BCS 6ue re8utam a noão essencialista de su+eito cristali%ada na sociologia. - primeiro deles &5iscitelli 200)* estuda mul#eres brasileiras inculadas ao “mercado do se:o! em di8erentes países europeus. A pes6uisa reela 6ue a distinão entre características pessoais ou coletias adscritas e ad6uiridas não 8a%em a6ui o menor sentido. ;ostra também 6ue é inade6uado imaginar 6ue se trata de su+eitos re8le:ios como uma identidade estáel sob a 6ual t4m controle e domínio. Su+eitos e identidades se 8ormam e se trans8ormam, nesse caso, permanentemente, con8orme as e:pectatias do mercado ertico e as imagens e 8antasias &raciali%adas* sobre a suposta se:ualidade brasileira 6ue circulam entre os distintos países. Nesse conte:to, 8ormamse “identidades! 6ue ariam con8orme a destinaão das mul#eres na =uropaM “Nos processos migratrios de natias 6ue supostamente corpori8icam a Xse:ualidade tropicalX para os países do Norte, porém, as imagens corporais e as práticas se:uais enolidas no consumo se:ual não se mantém estáeis. Nesse deslocamento de conte:tos, as conen7es 6ue permeiam a corporalidade são resigni8icadas, atingindo de diersas maneiras as brasileiras 6ue se inserem no mercado do se:o na =uropa, em países cu+as rela7es #istricas com o Brasil são di8erentes!. &5iscitelli 200), p. 2O* @m segundo e
transg4neros em São 5aulo e mostra 6ue as 8ormas de apresentaão dos di8erentes atores se modi8icam con8orme as constri7es e possibilidades o8erecidas por um conte:to especí8ico. Com relaão s 8ormas de organi%aão política do moimento, a autora constataM “A emerg4ncia de noos atores reiindicandose como constituintes do su+eito político do moimento T como atesta a recente organi%aão de traestis, transe:uais e bisse:uais T eidencia a 8ragilidade de perspectias tericas 6ue lidam com as identidades coletias como elementos estáeis e internamente #omog4neos. =sses processos, 8ornecidos pelo moimento em geral e pelo mercado segmentado, deem ser compreendidos como parte de um conte:to mais amplo, e:igindo uma abordagem dos arran+os de poder 6ue d4 conta do dinamismo com 6ue se alternam posi7es de XsuperioridadeX e Xin8erioridadeX e da possibilidade de 6ue um mesmo ator social protagoni%e rela7es em 6ue aparece simultaneamente como XdominanteX ou XsubordinadoX, a depender do re8erencial adotado!. &p. 10U*. essa maneira, os estudos destacados imp7em a necessidade de reer as concep7es de su+eito centrado e re8le:io, assim como de identidades estáeis e coerentes, 6ue, con8orme se mostrou acima, con8ormam ainda o n
- e:ame dos artigos de nature%a terica publicados na "BCS em suas )2 edi7es de +un#o de 1'(K a 8eereiro de 2010 lea a um balano peculiar da produão terica brasileira. =ntre os artigos pes6uisados não se encontrou um
Colonialidad em outras regi7es da América >atina. A busca de resposta a essa 6uestão nos learia, certamente, a reconstruir o processo de institucionali%aão e pro8issionali%aão das ci4ncias sociais no país ocorrida durante o regime militar. Nesse momento, por boas e más ra%7es, estabelecese um consenso epistemolgico 6ue desautori%a 6ual6uer tipo de es8oro de elaboraão terica 6ue pudesse parecer especulatia ou não 8undada diretamente em resultados empíricos. - interesse da presente contribuião, contudo, não estee oltado para buscar uma resposta a essa pergunta. -ptouse a6ui por uma outra isada sobre as rela7es entre a sociologia brasileira e a teoria social, 6ual se+a, aaliar em 6ue medida as interpreta7es de 8enFmenos estudados em di8erentes subáreas p7em em 6uestão premissas sobre as 6uais se assentam a sociologia contempor9nea. essa aaliaão depreendese a tese central desse artigoM nas 8ran+as da pes6uisa empírica, a sociologia brasileira em produ%indo aanos tericos importantes pelo menos potencialmente. esta6uese 6ue trabal#os proindos da área da antropologia t4m também apresentado uma contribuião signi8icatia para esses aanos tericos. 5ela prpria nature%a muito especiali%ada da sociologia brasileira e pela bai:a legitimidade institucional da re8le:ão terica no país, não é de se esperar 6ue esses aanos 8ragmentários, em algum momento, se+am rearticulados num marco terico geral 6ue pudesse ser estendido a outras regi7es do mundo e iesse a integrar o corpo das teorias sociolgicas aceitas. ;ais proáel é 6ue esses ac#ados serão, como +á estão sendo, acumulados e retransmitidos no interior dos diersos campos de inestigaão e até mesmo na comunicaão entre as diersas áreas, consolidando perspectias noas para entender el#os e noos problemas. Seguramente serão encontradas 8ormas mais precisas para designar esse tipo de produão terica, nas 8ran+as da pes6uisa empírica. =n6uanto não aparece nome mel#or sere o &6uase* bioM teoria por adião.
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