- Ordenação Feminina uma perspectiva complementarista Rev. Ewerton B. Tokashiki
Igreja Presbiteriana do Brasil última revisão 27/10/2013 Porto Velho
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Introdução !uestão Porque não ordenamos mulheres para o exercício dos ofícios de liderança? Esta é uma questão que precisa ser respondida. A noss nossa a pos posiçã ição deve deve ser livre ivre das das acusações ções de mach machis ismo mo,, oscurantismo e de que somos alienados !s mudanças sociais da p"s#modernidade. Pelo Pelo menos tr$s ar%umentos %erais são usados pelos que advo%am a ordenação feminina& '. As mulh mulher eres es é mai maior oria ia nas i%re( %re(a as, por por que que deve devem m ser lideradas por uma liderança minorit)ria de homens? *. + not" not"ri rio o que que as mulh mulher eres es cada cada ve ve mais mais part partic icip ipam am em funções de liderança na sociedade, por que não nas i%re(as? -. As denomi denomina naçõe çõess protes protesta tante ntess hist"r hist"rica icass estão estão ordena ordenando ndo mulh mulher eres es.. ae aemo moss que que deno denomi mina naçõ ções es com com aer aertu tura ra ao lieralismo teol"%ico como a /%re(a 0etodista do 1rasil, a /%re(a Evan%élica de 2on3ssão 4uterana e a /%re(a Epis Episco copa pall An%l An%lic ican ana a do 1ras 1rasil il t$m t$m or orde dena nado do mulh mulher eres es.. 5ltimamente a /%re(a Presiteriana /ndependente do 1rasil e a 2o 2onv nven ençã ção o 1ati 1atist sta a 1ras 1rasil ilei eira ra or orde dena nam m mulh mulher eres es ao car%o de pastor past or.. 6ian 6iante te dest desta a pres pressã são, o, prim primei eira rame ment nte e prec precis isam amos os nos nos per% per%un unta tarr qual qual deve deve ser ser o cr crit itér ério io para para deci decidi dirm rmos os,, ou não, não, pressão o social social, onde a orde or dena narr as noss nossas as irmã irmãs. s. 6eve 6eve ser ser a pressã opinião p7lica encontra#se seduida pelo movimento feminista, em moldes de i%ualdade, senão superioridade aos homens? eria o cr crit itér ério io do pragmatismo, reconhecendo que muitas mulheres t$m t$m assumi sumido do a res respon ponsai saili lida dade de de lide liderrar, mesm esmo sem ordenação, enquanto os homens são omissos em seus deveres na famí famíllia, ia, na i%re( %re(a a e na socie ocieda dade de?? 8u, ainda inda deve deverí ría amos consid considera erarr as estatísticas que apresentam mudanças quanto ao n7mero de denominações que t$m ordenado mulheres? "ma tr#$li%e res$osta Para responder esta fatídica per per%unta é necess)rio extrairmos a nossa conclusão a partir de tr$s fontes& '. 8 teste testemun munho ho da hist"r hist"ria ia da /%re(a /%re(a cr crist istã. ã. 8s cristãos cristãos em períodos consecutivos ou espor)dicos ordenaram mulheres? Per%u er%unt ntas as como como,, quan quando do,, por por que que e quem quem cert certa ament mente e escl esclar arec ecer er) ) a ocor ocorr$ r$nc ncia ia da pr)t pr)tic ica a e poss possi iil ilit itar ar) ) uma uma avaliação da pr)tica da ordenação feminina no desenvolver
dos séculos. 9uando a tradição preserva a verdade e a sua pr)t pr)tic ica, a, ela ela deve deve ser ser honr honrad ada a :' 2o ''&* ''&*##-;. ;.' 4o%o 4o%o,, a ausente tradição de se ordenar mulheres tem que ter uma explicação, além da acusação simplista das feministas de que a /%re(a sempre foi androc$ntrica< *. A interp interpret retaç ação ão exe%ét exe%ética ica de textos textos ílic ílicos os que oferecem oferecem al%u al%uma ma poss possi iil ilid idad ade e para para a or orde dena naçã ção o de mulh mulher eres es na lidera lideranç nça a como como um princ princípi ípio o re%ula re%ulador dor.. =) evid$n evid$ncia ciass a partir do texto ílico que a comunidade cristã do primeiro sécu século lo poss possuí uía a uma uma lide lidera ranç nça a femi femini nina na,, ou que que isto isto era era prescrito como normativo, ou devemos considerar como um assunto aerto? -. A form formul ulaç ação ão teol teol"% "%ic ica a sist sistem emat ati iad ada a a part partir ir do ensi ensino no %eral das Escrituras acerca do princípio de autoridade, e da relação do homem e da mulher, e suas implicações. A atual incl inclus usão ão femi femini nina na na lide lidera ranç nça a e nos nos ofíc ofício ioss deve deve ser ser inte interp rpre reta tada da como como um desd desdo ora rame ment nto o e pro% pro%re ress ssão ão da eclesiolo%ia reformada, ou como uma corrupção doutrin)ria? Este não é um assunto f)cil de ser discutido por v)rios fatores. Primeiro, por causa da tensão que existe entre aqueles que são a favor e contra. e%undo, a complexidade do assunto. >erceir erceiro, o, as implic implicaçõ ações es pr)tic pr)ticas as são intens intensas as.. Por isso, isso, este este assunto deve ser estudado com um 3el temor ! autoridade das Esc Escrit ritura uras a%r a%ra adas das, um senso enso crític ítico o na aor orda%e da%em m dos ar%umentos que se(am a favor ou contra a ordenação feminina, ten tendo como omo alvo lvo 3na 3nal a ver verdade dade,, e evit evita ando part partid ida arism ismo defendido, mas visando o em comum da /%re(a de 2risto.
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Gordon J. Spykman declara que “a tradição é o sangue da teologia. Separada da tradição a teologia é como uma flor cortada que sem suas raíes e sem o solo! que murc"ar# na mão. $ma teologia sã nunca nasce do novo. %o "onrar a sã tradição assegura&se a continuidade teol'gica com o passado. %o mesmo tempo que a tradição cria a Teologia Refomacional, 1--/! p#g. 0. possi(ilidade de a(rir no)as no)as portas para o futuro* futuro* in+ ,Jenison! Teologia
&ndi%e
1' "m e(ame hist)ri%o da ordenação *eminina
+s Pais da Igreja o$inião dos re*ormadores $osição dos Puritanos + movimento *eminista $osição do ,onselho -undial de Igrejas orientação da liança -undial das Igrejas .e*ormadas s últimas d%adas do s%ulo
2' "m e(ame e(egti%o da ordenação *eminina
valiando a hermenuti%a *eminista dotando uma hermenuti%a %onservadora -ulheres e(er%endo autoridade no ntigo estamento ausn%ia de mulheres em t 415 + serviço de 6ebe em .m 14152 igualdade es$iritual em l 3428 + siln%io das mulheres em 1 ,o 1943353: mesma e(ign%ia das mulheres em 1 m 3411 + $ro$)sito do %ritrio das viúvas em 1 m :4;510
3' "m e(ame teol)gi%o da ordenação *eminina
"ma abordagem teol)gi%a do igualitarismo "ma abordagem teol)gi%a do di*eren%ialismo doutrina da ordenação na $ers$e%tiva re*ormada
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9' ti%as da ordenação *eminina
ordenação *eminina uma $ers$e%tiva re*ormada 1' "m e(ame hist)ri%o da ordenação *eminina
A reve an)lise hist"rica veri3car) se houve mulheres exercendo reconhecidamente a liderança ordenada como liderança desde o século /. /niciando com os escritos não# cannicos do primeiro século esta an)lise se estender) até ao movimento feminista cristão, descrevendo como ocorreu o processo de inclusão de mulheres na liderança cristã. A herança liter)ria dos escritores e documentos da i%re(a é o testemunho quanto ! pr)tica da ordenação de sua liderança.
+s Pais da Igreja
@ide excursus on the Deaconesses of the Early Church in& Bicene and Post#Bicene Cathers, vol. 'D, p. D'. 0artin 6reher, A Igreja no Império Romano, vol. ', p)%s. -#DF ?ida!u @es%rito entre 805;0 d','A Este pequeno livro foi o primeiro manual de preparação para atismo e instrução na fé da comunidade cristã. Ele contém princípios e ordenanças simples para moral cristã, falsos líderes, heresias, orientações lit7r%icas e de ordem eclesi)stica. 9uanto ! liderança da i%re(a local ele prescreve aos seus leitores que
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Gescolham para voc$s ispos e di)conos di%nos do enhor. Eles devem ser homens mansos, desprendidos do dinheiro, veraes e provados, porque eles tamém exercem para voc$s o ministério dos profetas e dos mestres.H * Bão é instruído a ordenação de mulheres na liderança das i%re(as locais, mas é preceito que se(am GhomensH. %arta de ,lemente de .oma aos ,or#ntios @;:5; d','A Esta é uma lon%a carta, escrita com v)rias menções aos escritos do ap"stolo Paulo, reforçada com admoestações morais e com o o(etivo de restaelecer a pa e a conc"rdia na comunidade cristã de 2orinto. Além da reeldia característica dos memros da comunidade, parece que a i%re(a de 2orinto possuía uma liderança masculina fraca, pelo fato de anos antes Paulo inda%ar se Gnão h), porventura, nem ao menos um s)io entre v"s, que possa (ul%ar no meio da irmandade?H :' 2o F&I, AJA;.+ repreendendo a i%re(a de 2orinto a sumeter#se aos seus líderes que 2lemente de Joma orienta acerca da disciplina comunit)ria. D Bas refer$ncias aos líderes da i%re(a, 2lemente não menciona mulheres. Por exemplo, quando interpreta ale%oricamente, o texto de /s FK&'LI, como uma predição da exist$ncia de ispos MsupervisoresN e di)conos na /%re(a da nova Aliança, ele escreve que os ap"stolos pre%avam pelos campos e cidades, e aí produiam suas primícias, provando#as pelo Espírito, a 3m de instituir com elas ispos e di)conos dos futuros 3éis. /sso não era al%o novo& desde h) muito tempo, a Escritura falava dos ispos e dos di)conos. 2om efeito, em al%um lu%ar est) escrito& Gestaelecerei seus ispos na (ustiça e seus di)conos na fé.H F
Em toda a sua carta 2lemente não co%ita da exist$ncia, nem da possiilidade de se ter uma liderança feminina ordenada naquela re%ião. s %artas de In>%io de ntio!uia @110 d','A 2
Didaquê in+ atrística! )ol. 1! p. 03. %ceitando que aulo ten"a escrito 1 4oríntios na data de 00&05 d.4.! os cristãos daquela igre6a preser)aram quase os mesmos pro(lemas que o ap'stolo "a)ia repro)ado. 7)erett 8. 9arrison! Introducción al Nuevo Testamento ,Grand :apids! ;7<. 4lemente :omano! Primeira Carta de Clemente aos Coríntios in+ atrística ,São aulo! 7ditora aulus! 1--0/! )ol. 1! pp. 0=&50. 0 ? te@to usado por 4lemente é a )ersão Septuginta! e não o original "e(raico. 5 4lemente :omano! Primeira Carta de Clemente aos Coríntios in+ atrística! ,São aulo! 7ditora aulus! 1--/! )ol. 1! p. 0.
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As comunidades cristãs que receeram as cartas de /n)cio estavam sendo exortadas a manterem#se na unidade do ensino cristão. >odas as cartas possuem um esquema comum& '; uma saudação inicialO *; elo%io das qualidades da i%re(a localO -; recomendações contra as heresiasO D; a necessidade de manter# se na unidade so a liderança cristã ordenadaO I; uma saudação 3nal, acompanhado com pedidos de oração. Em suas cartas, quando /n)cio fala do ispo, ele o difere dos demais presíteros. >odavia, é possível que este(a usando o termo GispoH como aquele que preside dentre os demais presíteros, e não su%erindo uma estrutura episcopal de %overno na i%re(a. 8 di)cono não é menos importante na exortação de /n)cio. 0as, para o nosso o(etivo deve se notar que quando h) a menção de nomes dos líderes no corpo das cartas, não aparecem mulheres. e%ue al%umas citações das cartas de /n)cio quanto ! liderança das i%re(as. 1. Carta aos Efésios G+ preciso %lori3car de todos os modos a esus 2risto, que vos %lori3cou, a 3m de que, reunidos na mesma oedi$ncia, sumetidos ao ispo e ao presítero, se(ais santi3cados em todas as coisas.HL . Carta aos !agnésios G>ive a honra de vos ver na pessoa de 6amas, vosso ispo di%no de 6eus, e na pessoa de vossos di%nos presíteros 1asso e Apolnio, como tamém do di)cono Qotion, meu companheiro de serviço, de cu(a presença espero sempre usufruir.H G...este(ais dispostos a faer todas as coisas na conc"rdia de 6eus, so a presid$ncia do ispo, que ocupa o lu%ar de 6eus, dos presíteros, que representam o colé%io dos ap"stolos, e dos di)conos, que são muitos caros para mim, aos quais foi con3ado o serviço de esus 2risto, que antes dos séculos estava (unto do Pai e por 3m se manifestou.HR GAssim, como o enhor nada fe, nem por si mesmo nem por meio de seus ap"stolos, sem o Pai, com o qual ele é um, tamém v"s não façais nada sem o ispo e os presíteros.H'K
". Carta aos #ralianos
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Carta aos Efsios! in+ atrística! )ol. 1! p. 32. Carta aos !agnsios, in+ atrística! )ol. 1! p. -1. Carta aos !agnsios, in+ atrística! )ol. 1! p. -2. 1= Carta aos !agnsios, in+ atrística! )ol. 1! p. -. 3
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G6a mesma forma, todos respeitem os di)conos como a esus 2risto, e tamém ao ispo, que é ima%em do Pai, e os presíteros como ! assemléia dos ap"stolos.H
$. Carta aos %ila&el'enses G...soretudo, se os seus 3éis permanecerem unidos com o ispo, com os presíteros e os di)conos que estão com ele, estaelecidos conforme o pensamento de esus 2risto...H. '' GPermanecei unidos ao ispo, ao presitério e aos di)conos :...;. Bão façais nada sem o ispo, %uardai vosso corpo como templo de 6eus, amai a união, fu%i das divisões, sede imitadores de esus 2risto, como ele tamém o é do seu Pai.H'*
(. Carta aos Esmirniotas Ge%ui o ispo, como esus 2risto se%ue ao Pai, e ao presitério como aos ap"stolosO respeitai os di)conos como ! lei de 6eus.H '). Carta a *olicarpo GAtendei ao ispo, para que 6eus vos atenda. 8fereço minha vida para os que sumetem ao ispo, aos presíteros e aos di)conos.H 'D
%arta de Pl#nio o jovemC a rajano @113 d','A A carta de Plínio Go (ovemH ao imperador romano >ra(ano tornou alvo de citação dos exe%etas, te"lo%os e historiadores por causa da sua menção a duas mulheres que foram presas por causa da fé cristã. e%undo al%uns estudiosos esta carta seria uma evid$ncia documental de que existiram &iaconisas na /%re(a 2ristã no período do século //. Saius Plinius 2aecilius ecundus, conhecido como Plínio Go (ovemH, foi %overnador da 1itínia, não era cristão, mas adquiriu fama pelos (ul%amentos imparciais de funcion)rios e militares, e outros acusados de delitos políticos. Besta carta ele explica como examinava o testemunho dos cristãos nos interro%at"rios. Ao relatar ao imperador romano >ra(ano sore duas mulheres, escreve que G(ul%uei ser mais importante descorir o que havia de verdade nessas declarações através da tortura a duas moças, chamadas diaconisas, mas nada achei senão superstição aixa e extrava%ante.H'I A tradução adotada por 1ettenson não é exata com o ori%inal latino que declara& Gex &ua+us ancillis ,uae ministrae &ice+antur H :de duas escravas a quem chamam de servas;. Ele 11
Carta aos "iladelfienses, in+ atrística! )ol. 1! p. 1=-. Carta aos "iladesfienses, in+ atrística! )ol. 1! p. 112. 1 Carta aos Esmirniotas, in+ atrística! )ol. 1! p. 113. 1 Carta a Policarpo, in+ atrística! )ol. 1! p. 12. 10 9enry Aettenson! Documentos da Igre#a Crist$ ,São aulo! %S;7! 2==1/! p. =. 12
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adota uma tradução equívoca para a expressão latina &ua+us ancillis :duas escravas; preferindo verter por Gduas moçasH, o que não se (usti3ca, pois, o termo não se refere ! idade das mulheres, mas ao seu status social. 0esmo insinuando a possiilidade de que estas duas mulheres fossem diaconisas, 1ettenson esclarece que Gneste caso, aqui temos a 7ltima menção !s TdiaconisasU até o quarto século, momento em que elas reconquistaram certa importVncia no 8rienteH.'F 8 que podemos concluir é que estas mulheres exerciam al%uma atividade especial na i%re(a, mas, não temos nenhuma informação especí3ca na carta de Plínio de que função era. + necess)rio lemrar que Plínio menciona estas duas mulheres, a partir de informações que lhe foram passadas, pois conforme ele mesmo declara neste relat"rio Gnunca presenciei nenhum (ul%amento de cristãosH.'L 8 seu testemunho é de al%uém que não conhecia a fé e or%aniação cristã de fonte autoriada, e o seu relato é apenas circunstancial, e não uma descrição de um exame pessoal de fontes 3dedi%nas. %arta de Poli%ar$o aos 6ili$enses @11: d','A Ele exorta aos (ovens que Gé preciso que eles se astenham de todas essas coisas MpecaminosasN, e este(am sumissos aos presíteros e aos di)conos, como a 6eus e a 2risto.H' 8s di)conos são colocados em merecida honra ao lado dos presíteros. Policarpo não indica mulheres no exercício de nenhum destes ofícios. Entretanto, ele anteriormente menciona as vi7vas, que como o ap"stolo Paulo, requer que se(am dedicadas no serviço da /%re(a. Ele prescreve que estas vi7vas deveriam viver como Gs)ias na fé do enhor e intercedam sem cessar por todos. Ciquem afastadas de toda cal7nia, maledic$ncia, falso testemunho, amor ao dinheiro, e qualquer mal.H 'R A instrução de Paulo não tencionava coloca#las numa posição de liderança, mas numa ocupação 7til para que não 3cassem ociosas, enquanto eram amparadas pelo cuidado de toda a i%re(a. Parece que Policarpo se%ue a mesma tradição. 15
9enry Aettenson! Documentos da Igre#a Crist$! p. =! )ide nota de roda&pé -. 9enry Aettenson! Documentos da Igre#a Crist$, p. 23. 13 Policarpo de Esmirna in+ atrística! )ol. 1! p. 12. 1 Policarpo aos "ilipenses in+ atrística! )ol 1! p. 11. Be6a 1 ;m 0+0&12 so(re “as )erdadeiras )iC)as*. Deste período os ais da Egre6a c"ama)am estas )iC)as de “)irgens*! por e@emplo! En#cio encerrando a carta aos 7smirniotas declara que “saCdo as famílias de meus irmãos! com suas mul"eres e fil"os e as )irgens c"amadas )iC)as.* Carta aos Esmirniotas in+ atrística! )ol. 1! p. 12=. 1>
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a$ologia de Dustino de .oma @1:0 d','A ustino escreve uma apolo%ia ao imperador >ito +lio Adriano Antonino Pio 2ésar Au%usto, em favor dos cristãos que estavam sendo perse%uidos in(ustamente. Em sua ar%umentação, ele descreve a litur%ia das reuniões cristãs em seus dias, ele menciona que Gos que entre n"s se chamam ministros ou di)conos dão a cada um dos presentes parte do pão, do vinho e da )%ua sore os quais se pronunciou a ação de %raças e os levam aos ausentesH.*K Em outro lu%ar ele repete Gvem depois a distriuição e participação feita a cada um dos alimentos consa%rados pela ação de %raças e seu envio aos ausentes pelos di)conos.H %arta de Ee*erino aos bis$os da Fi%#lia @201 d','A Qeferino, ispo de Joma, instrui os ispos da icília que quanto ! Gordenação de presíteros e levitas, se(a solenemente realiada numa ocasião adequado, e na presença de muitas testemunhasO e, neste dever investi%ue e instrua homens, que possam se ale%rar intensamente pela sua comunhão e auxílio.H *' Qeferino usa o termo GlevitasH como sinnimo para di)conos, e de forma explícita declara que estes líderes deveriam ser homens, não mencionando a participação de mulheres na liderança da i%re(a. + %on%#lio de Geo%esaria @31: d','A 8 concílio reuniu#se em Beocesaréia, uma cidade do Ponto, este foi o primeiro 2oncílio Ecum$nico de Bicéia. Adotou os 'I cVnons para o estaelecimento da or%aniação e ordenação eclesi)stica. 8 cVnon W@ deste concílio era que Gos di)conos devem ser em n7mero de sete, de acordo com o cVnon, se a cidade for %rande. Acerca disto podereis ser persuadidos como est) no 4ivro de Atos.H ** Bão somente o n7mero sete, mas que deveriam ser sete homens escolhidos para o diaconato na i%re(a local. + %on%#lio Gi%eno @32: d','A + ensino dos $)stolos @2:05300 d','A ,onstituição dos Fantos $)stolos @381 d','A23 2=
Justino de :oma! I e II %pologia in+ atrística ,São aulo! 7ditora aulus! 1--0/ , )ol. ! pp.32&3. %nte&Nicene "at'ers ,ea(ody! 9endriksen u(lis"ers! 1--/ )ol. 3! pp. 511&512. 22 ara se ter acesso ao te@to do concílio )e6a em "ttp+FF.nead)ent.orgFfat"ersF3=."tm consultado =>F=F2=. 2 Do . 21
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Este documento re%ulamenta o ofício de diaconisa. 8 historiador atista A.=. BeXman, que é favor)vel ! ordenação feminina, oserva sem fundamentada evid$ncia que Gaparentemente reconhecidas no Bovo >estamento, Mas diaconisasN reaparecem nas i%re(as neste período Mséculo /@N. As suas funções eram orar, e ministrar aos reli%iosos e necessidades circunstanciais das mulheres. Elas eram ri%orosamente excluídas do serviço Tdo altarUH.*D + necess)rio faer al%umas oservações nesta declaração de BeXman. 8 fato das vi7vas serem Gri%orosamente excluídas do serviço Tdo altarUH, indica que elas eram assistentes nas necessidades da i%re(a, e não líderes. 8 historiador interpreta que as diaconisas Greaparecem nas i%re(as neste períodoH. >odavia, não h) evid$ncia hist"rica que explique esta lacuna de aus$ncia na ordenação de diaconisas entre o primeiro e o início do quarto século. 9uando oservamos o reaparecimento das diaconisas do século /@ podemos concluir que a sua ori%em vem da ordem das vi7vas que Paulo menciona em ' >m I&R#'*. 2omo muitas pr)ticas se corromperam e cristaliaram com o decorrer dos séculos, é possível que o mesmo tenha ocorrido com as Gverdadeiras vi7vasH. A liderança assumiu uma hierarquia no %overno da /%re(a e nas funções lit7r%icas. 8 sur%imento de ispos, ac"litos, diaconisas, sudi)conos, leitores e confessores evidenciam a criação de ofícios e funções estranhos ! liderança existente no Bovo >estamento. + mais prov)vel que o ofício de diaconisas nunca existiu entre a liderança da /%re(a primitiva vindo a estaelecer#se apenas no início do quarto século. + %on%#lio de ,al%edHnia @9:1 d','A Pesando o legado dos Pais da Igreja
o$inião dos re*ormadores
sermão de 2alvino sore ' 2oríntios '' YA%ora, ele oferece outro ar%umento& é que Zo homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem.Z Mv.RN 9uando n"s rincamos com o or%ulho de al%uém n"s diemos& ZEle pensa que o mundo foi feito para o seu desfruteOe o que fa dele maior do que todosO e o que n"s lhe devemos?U B"s falamos assim em nossa conversação cotidiana. 2
%.9. Deman! % !anual of C'urc' (istor) ,"iladelp"ia! ;"e %merican Aaptist u(lication Society! 1-0/! )ol. 1! p#gs. 2-&2-.
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2onsidere ainda a%ora, se as mulheres não perdem o (uío e a raão quando elas querem %overnar sore os homens. Em uma palavra, é loucura. endo assim, os homens são feitos para as mulheres? + verdade que ho(e os homens são como que canais através dos quais 6eus fa com que sua %raça [ua para as mulheres. endo assim, de onde toda a produção e todas as artes e ci$ncias prov$m? 6e onde o traalho vem? 6e onde todas as coisas mais excelentes e mais estimadas v$m? >enha por certo, isso tudo vem do lado do homem. Assim 6eus est) satisfeito de que os homens supram as mulheres como a experi$ncia o mostra. 8 ap"stolo Paulo ainda tem um olho aqui no início da criação, onde foi dito de que não é era om para o homem que estivesse s", e de que ele precisava de al%uém perto que estivesse sempre pronto para a(ud)#lo. 6esde que 6eus estava pensando no homem, certamente se se%ue que a mulher é apenas uma a(udadora Maccessor\N. E por qu$? Porque ela foi criada somente por causa do homem, e ela deve, portanto, diri%ir toda a sua vida a ele. Ela deve confessar& TEu não deveria estar sem orientação aqui, sem saer o meu prop"sito e lu%ar. Em ve disso, eu sou ori%ada por 6eus, se eu estiver casada, a servir ao meu marido e render a ele honra e rever$ncia. E, se eu não estiver casada, eu estou ori%ada a andar em soriedade e modéstia, reconhecendo que os homens estão em alta conta, e de que eles devem %overnar e que a mulher que não se preocupar com isto esquece a lei da naturea e perverte o que deveria ser oservado como mandamento de 6eus.U /sto é, então, o lu%ar ao qual o ap"stolo Paulo tra de volta as mulheres.H :0en, ]omen, and 8rder in the 2hurch& >hree ermons \ ohn 2alvin. 6allas& Pres\terian =erita%e Pulications, 'RR*, p. -I.; G=) dois anos ohn ^nox per%untou#me, numa conversa particular, o que eu pensava acerca do %overno por parte de mulheres. 2andidamente respondi que, como fosse um desvio da ordem ori%inal e pr"pria da naturea, essa pr)tica deveria ser incluída na lista de punições _ não menos do que a escravidão #, consequentemente da queda do homemO porém que ocasionalmente, havia mulheres tão dotadas, que as sin%ulares e oas qualidades que nelas se destacam, tornavam evidente o fato de que elas foram levantadas por autoridade divinaO ou que 6eus, por tais exemplos, tenha determinado condenar a inatividade dos homens, ou para melhor revelação de sua %l"riaY. :2alvino e sua /n[u$ncia no 0undo 8cidental, p. *-L;
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Ye porventura al%uém desa3ar esta disposição, citando o caso de 6éora e de outras mulheres sore quem lemos que 6eus, em determinado tempo, as desi%nou para %overnar o povo, a resposta "via é que os atos extraordin)rios de 6eus não anulam as re%ras ordin)rias, !s quais ele quer que nos su(eitemos.H :2alvino, As Pastorais, ão Paulo, Paracletos, 'RR, :'>m *.'','*;, pp. L-,LD;. G0inha resposta é que não h) asurdo al%um no fato de um homem mandar e ser mandado ao mesmo tempo em relações distintas. 0as isso não se aplica no caso das mulheres que, por naturea :isto é, pela lei ordin)ria de 6eus;, nascem para a oedi$ncia, porquanto todos os homens s)ios sempre re(eitaram M%unai`o`ratiaN, a saer, o %overno feminino, como sendo uma desnatural monstruosidade. E assim, para uma mulher usurpar o direito de ensinar seria o mesmo que confundir a terra e o céu. + por isso que ele lhes ordena a permanecerem dentro dos limites de sua condição feminina.H :2alvino, As Pastorais, ão Paulo, Paracletos, 'RR, :'>m *.'','*;, pp. L-,LD;. Y2onsidere ainda a%ora, se as mulheres não perdem o (uío e a raão quando elas querem %overnar sore os homens. Em uma palavra, é loucura. endo assim, os homens são feitos para as mulheres? + verdade que ho(e os homens são como que canais através dos quais 6eus fa com que sua %raça [ua para as mulheres. endo assim, de onde toda a produção e todas as artes e ci$ncias provém? 6e onde o traalho vem? 6e onde todas as coisas mais excelentes e mais estimadas v$m? >enha por certo, isso tudo vem do lado do homem. Assim 6eus est) satisfeito de que os homens supram as mulheres como a experi$ncia o mostra.H :0en, ]omen, and 8rder in the 2hurch& >hree ermons \ ohn 2alvin. 6allas& Pres\terian =erita%e Pulications, 'RR*, p. -I.;
$osição dos Puritanos
Apesar de Eliaeth não concordar com a doutrina calvinista, por causa do contexto político em que viveu, teve que aceit)#la.*I8 seu reinado dependeu de homens como o conselheiro ]illiam 2ecil, do auxílio de holandeses, hu%uenotes*F e dos escoceses calvinistas, emora odiasse o líder da Jeforma 20
%.I. :enick! T'e *tor) of t'e C'urc'! p#g. 15. 8ranceses cal)inistas.
25
1
escocesa, ohn ^nox. 8 pai do presiterianismo escoc$s escreveu um livro chamado #he %irst #rumpet -last Against the !onstrous Regiment of omen / faendo uma menção da sua opinião a respeito do reinado de Eliaeth e 0ar\ tuart. 8 professor A.C. 0itchell declarou que Go que Croude disse de ^nox tamém pode ser expresso no mesmo sentido dos seus irmãos puritanos na /n%laterra& que eles salvaram o trono de Eliaeth e %arantiram o triunfo do Protestantismo in%l$s, apesar dela e de todos os seus caprichos e crueldades contra eles.H *
+ movimento *eminista
As raíes do movimento se encontram entre mulheres cristãs< Ao contr)rio do que muitos pensam não foi o secularismo que fomentou o sur%imento do movimento feminista, mas as mulheres cristãs. Em '-L, arah Srim`é declarou que Gacredito que é o dever solene de toda mulher examinar as Escrituras por conta pr"pria, com a a(uda do Espírito anto, e não ser %overnada pelas opiniões de homens ou %rupos de homens.H*R A se%unda parte de sua a3rmação desencadeou uma mentalidade i%ualitarista, que mais tarde resultaria em oposição ! liderança masculina. 6urante os dois %randes 6espertamentos que ocorreram nos Estados 5nidos da América ocorreu a feminiação do 2ristianismo. -K Buma crítica ao movimento feminista, 1.1. ]ar3eld analisa um dos seus pressupostos e, declara que talve, devesse acrescentar um esclarecimento do 7ltimo ponto para que se faça a diferença entre Paulo e o movimento feminista de ho(e M'R'RN, que est) arrai%ado numa diferença fundamental em suas perspectivas em relação ! constituição da raça humana. Para Paulo, a raça humana é composta de famílias, e todos os diversos or%anismos _ inclusive a i%re(a _ estão compostos de famílias, unidos por este, ou outro vínculo. Portanto, a relação dos sexos na família continua na i%re(a. Para o movimento feminista a raça humana é composta de indivíduosO uma mulher é simplesmente outro individuo comparado ao homem, e não podemos considerar nenhum motivo para que existam diferenças ao tratar os dois. e não podemos i%norar a %rande diferença fundamental e natural dos sexos, e destruir a %rande unidade social fundamental da família a favor do individualismo, parece não existir raão para que devamos eliminar as diferenças estaelecidas por Paulo entre os sexos na i%re(aO exceto, se supor#se, a autoridade de Paulo. Em tudo isto,
2>
“% rimeira ;rom(eta Soa 4ontra o Ionstruoso Go)erno das Iul"eres*. %.8. Iitc"ell! +estminster %sseml)! p. citado por %.I. :enick! T'e *tor) of t'e C'urc'! p#g. 15. 2 4itado por Dancy earcey! -erdade %soluta ,:io de Janeiro! 4%H! 2==5/! p#g. 5. = Dancy earcey! -erdade %soluta, p#gs. >&>0. 23
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3nalmente, retornamos a autoridade dos ap"stolos, como os fundadores da i%re(a.-'
+ movimento e%umni%o e a ordenação *eminina
$osição do ,onselho -undial de Igrejas 8 2onselho 0undial de /%re(as :]orld 2oncil 2hurches M]22N;-* é a principal or%aniação ecum$nica cristã em nível internacional, fundada em 'RD, em Amsterdam, =olanda. 2om sede em Senera, uíça, o 20/ con%re%a mais de -DK denominações em sua memresia. e%undo as suas estimativas, estas denominações representam mais de DKK milhões de memros presentes em mais de '*K países. Esta or%aniação tem incentivado as i%re(as#memros do concílio para que ordenem mulheres nos ofícios eclesi)sticos. Em seu documento intitulado de %é e Constitui0ão -atismo2 Eucaristia2 !inistério declara que al%umas /%re(as ordenam homens e mulheres, outras não ordenam senão homens. 6iferenças nessa questão criam ost)culos no que respeita ao reconhecimento m7tuo dos ministérios. 0as estes ost)culos não devem ser considerados como impedimentos decisivos a outros esforços que tenham em vista o m7tuo reconhecimento. A aertura recíproca comporta a possiilidade de o Espírito falar a uma /%re(a através dos esclarecimentos de uma outra. As considerações ecum$nicas deveriam, pois, animar e não refrear o esforço para encarar de frente este prolema.--
orientação da liança -undial das Igrejas .e*ormadas A Aliança 0undial das /%re(as Jeformadas foi criada em 'RLK :]orld Alliance of Jeformed 2hurches M]AJ2N; é uma comunidade de aproximadamente LI milhões de cristãos de tradição reformada procedentes de *'F i%re(as em 'KL países. Este concílio tem traalhado para que as i%re(as#memros ordenem mulheres, adotando uma postura teolo%icamente i%ualitarista. Bum discurso orientado pela >eolo%ia da Ceminista, o seu site declara explicitamente que a função do 6epartamento Mde colaoração entre mulheres e homensN é a(udar as i%re(as memros a escutarem de novo o testemunho ílico sore a comunidade : 3oínonia; e a colaoração, erradicar o sexismo na teolo%ia e a pr)xis e promover a sensiiliação em matéria de %$nero, reconhecer os dons e talentos das mulheres para o ministério e as funções da direção, e traalhar
1
A.A. arfield! Paul on +omen spea.ing in C'urc' in+ Jo"n . :o((ins! ed.! T'e C'urc' Effeminate ,$nicoi! ;"e ;rinity 8oundation! 2==1/! p. 210. 2 ? site oficial da 4IE "ttp+FF.oikoumene.orgFesF"ome."tml . 8é e 4onstituição do 4onsel"o Iundial de Egre6as & Aatismo! 7ucaristia! Iinistério ,São aulo! 4?DE4! K?ED?DE%! %S;7! L.ed.! 2==1/! p. 5>.
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pela renovação e a transformação da i%re(a e da sociedade enquanto lutamos para suprimir os ost)culos que continuam dividindo as mulheres dos homens. -D
A /%re(a Presiteriana do 1rasil até *KKF participou como i%re(a#memro da A0/J. Entretanto, a /P1 rompeu laços com a A0/J por esta adotar uma hermen$utica, teolo%ia e pr)tica ecum$nica pluralista estranha ! Escritura a%rada. A tradição reformada da A0/J esvaiou#se de sua convicção hist"rica reformada. A A0/J e o 20/ compartilham da mesma aceitação de pluralidade teol"%ica. 9ualquer interpretação, postura, ou pr)tica que não coadune com os cVnones da p"s#modernidade teol"%ica destas confraternidades é re(eitada como intolerante e não fraterna. >odavia, não podemos em nome do amor sacri3car a verdade.
"ma nova %ons%in%ia no s%ulo
0ar` A. Boll fala de uma nova consci$ncia hist"rica que demonstra estender#se além das questões de %$nero.-I Ele menciona tr$s exemplos que ilustram esta consci$ncia. Primeiro, est) o sur%imento de uma nova literatura hist"rico que descreve a importVncia do en%a(amento de mulheres na ora mission)rio. 6eve#se per%untar se a participação das mulheres, e a%ora, a consci$ncia hist"rica de sua contriuição lhes é motivo para oferecer#lhes a ordenação?
Pre$arando5se $ara o s%ulo I
Ba metade do século WW as i%re(as hist"ricas começaram a ordenar mulheres.-F8s luteranos na uécia iniciaram a pr)tica em 'RI, e os alemães tamém se%uiram o exemplo. A /%re(a Jeformada e a /%re(a da Esc"cia MpresiterianaN ordenaram a partir da década de FK. Jecentemente aderiram ! ordenação feminina os atistas e os metodistas na Srã#1retanha e Austr)lia. A /%re(a An%licana do 2anad), na década de 'RLK, e a Episcopal da América em 'RR', nomearam mulheres como episcopisas. Bo 1rasil, as i%re(as hist"ricas como a /%re(a Episcopal An%licana do 1rasil _ 'RI,-L os metodistas :/01;, os luteranos confessionais :/E241;, os presiterianos independentes :/P/1; nas 7ltimas tr$s décadas passaram a ordenar mulheres no
7@traído de "ttp+FF.arc.c"FdpFinde@&s."tml em+ 21F=F2==>. Iark %. Doll! !omentos Decisivos na (istória do Cristianismo ,São aulo! 7ditora 4ultura 4ristã! 2===/! p#gs. 2=&2. 5 :o(ert G. 4louse! et al.! dois reinos ,São aulo! 7ditora 4ultura 4ristã! 2==/! pp. 0>5&0>>. > "ttp+FF.s(rail.anglican.orgFcatedralF2=ManosMordMfem."tm . 0
1>
ministério diaconato e mais recentemente presíteras e pastoras. A ordem de pastores atistas da /%re(a 1atista :211; decidiu em aneiro de *K'D pela ordenação de pastoras.
2' "m e(ame *eminina
e(egti%o
da
ordenação
A autoridade 3nal da /%re(a é a Escritura. 4o%o, é necess)rio que se sumeta ! Escritura, e dela se extraia o ensino de como a Palavra de 6eus prescreve aqueles que deverão participar no exercício dos ofícios da /%re(a de 2risto. Entretanto, não podemos pensar que todos lerão a Escritura sem preconceitos teol"%icos, e que che%arão !s mesmas conclusões. Existem diferentes perspectivas hermen$uticas, mas ser) analisada apenas aquela que est) comprometida com uma interpretação em favor da ordenação de mulheres nos ofícios da /%re(a.
hermenuti%a *eminista
+ $rimeiro obst>%ulo do %aminho + praticamente impossível a tentativa de se realiar uma an)lise aran%ente da >eolo%ia Ceminista. Al%umas questões %eram expressivas di3culdades para se avaliar o movimento sem cometer in(ustiças. Eis al%umas di3culdades& '. 2ada te"lo%a expõe a sua pr"pria versão desta teolo%ia.-Bão s" diver%$ncias de contexto denominacional, mas de perspectiva teol"%ica. 2ada escritora tem o seu compromisso teol"%ico orientado pelo seu contexto social e Gexperi$ncia de opressãoH. *. A articulista =elen chn%el#traumann nota que nem todas as te"lo%as feministas adotam a mesma perspectiva em relação ! interpretação da 1ília. Ela declara que em relação ! 1ília
Carolyn 4sie3 :em 2ollins R-s; distin%ue cinco atitudes& '. A de uma re(eição total da 1ília, de que é exemplo a ora de !ary Daly . *. A de uma interpretação leal, que v$ a 1ília como
revelaçãobpalavra de 6eus e que não admite d7vida a este respeito. 5ma - aorda%em é a que ela denomina de revisionista. Bela é criticado unicamente o enfoque androc$ntrico, voltando a ser presti%iadas as tradições feministas esquecidas. 2omo exemplo desta linha a autora menciona *hyllis #ri+le. A D aorda%em é
3
%s te'logas mais e@pressi)as do mo)imento su(scre)eram que “não pretendemos oferecer uma dogm#tica feminista unificada! e esperamos que tal coisa nunca )en"a a e@istir. ;am(ém não nos foi possí)el! nem foi pretensão nossa! c"egar a uma perfeita "omogeneidade dos diferentes artigos* in+ 7lisa(et" GNssmann! et.al.! orgs.! Dicion/rio de Teologia "eminista ,:io de Janeiro! 7ditora Boes! 1-->/! p#gs. 1=&11.
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descrita como sulimacionista, onde os preconceitos ideol"%icos :como o de que o feminino seria superior ao masculino; desempenham um papel importante e onde predominam as interpretações sim"licas#isoladas de que qualquer contexto político#social. 2omo I aorda%em, que ela v$ como a mais importante em nossos dias, 8sie` descreve a interpretação da 1ília se%undo a teolo%ia feminista da liertação, a que associa os nomes de Rosemary Ra&for&2 5etty !. Russell e Elisa+eth 6ch7ssler %ioren8a. Bo espaço lin%ístico alemão não se pode deixar de mencionar aqui 5uise 6chottro9 .-R
diJ%ando sobre a areia movediça A aorda%em exe%ética não#conservadora mais comum e militante em favor da ordenação feminina é a da >eolo%ia Ceminista. Ela é um ramo dentro da conhecida >eolo%ia da 4iertação, entretanto, em ve de ser usada para uma interpretação em favor dos pores, a aplicação dos princípios da liertação quanto ! mulher, como desfavorecida num amiente predominantemente de domínio masculino. A interpretação feminista das Escrituras tem o seu ponto de partida num dos seus pressupostos )sicos& a teologia &e:e fun&amentarse so+re a an;lise &a reali&a&e sociopolítica &a mulher . Ela não começa com o texto da Escritura, mas com o contexto social da mulher, como sendo oprimida numa sociedade, pressupostamente machista. Josemar\ J. Juether delineia as ases da hermen$utica feminista quando falamos da experi$ncia das mulheres como uma chave hermen$utica :ou teoria da interpretação;, estamos nos referindo exatamente !quela experi$ncia que ocorre, quando as mulheres criticamente se tornam conscientes das experi$ncias falsi3cantes e alienantes impostas a elas, como mulheres, através de uma cultura dominada por homens. A experi$ncia das mulheres é, desta forma, em si um evento da %raça, uma introdução do poder liertador que procede do que est) além do contexto cultural patriarcal, que as permite criticar e resistir a essas interpretações androc$ntricas sore quem e o que elas são.DK
A adoção do pressuposto su(etivo da GopressãoH é essencial na interpretação das Escrituras. A teolo%ia feminista se propõe denunciar todos os textos e tradições que perpetuam as estruturas e ideolo%ias patriarcais consideradas opressivas. 4oren ]il`inson oserva que a te"lo%a feminista GEliaeth chssller Ciorena, por exemplo, em -rea&2
9elen Sc"Ongel&Straumann! 0ília in+ 7lia(et" Gossmann et al.! orgs.! Dicion/rio de Teologia "eminista ,etr'polis! 7ditora Boes! 1-->/! pp. 21=&21. = :osemary :. :uet"er! “8eminist Enterpretation+ % Iet"od of 4orrelation*! in+ "eminist Interpretation of t'e 0ile! ed.
1-
ar%umenta que as mulheres devem tomar como ponto de partida a de3nição da sua situação de opressão, e depois arir a sua 1ília, a 3m de descorir o meio de alcançar a liertação.HD' Além da GopressãoH, outro pressuposto da >eolo%ia Ceminista é que a Gexperi$nciaH feminina possui determina o resultado e a ação teol"%ica. 2hristine chaumer%er oserva que o que é novo e especi3camente feminista não é, pois, o realce sore a cate%oria teol"%ica da experi$ncia, mas sim o concentrar# se no perceer e no re[etir as experi=ncias femininas. Experi$ncias femininas é o ponto de partida da teolo%ia feminista, e a medida para a crítica, o en%a(amento e o compromisso, para a criatividade re#vision)ria .D*
Entretanto, chaumer%er não de3ne o que ela quer dier teolo%icamente com Gexperi$nciaH :do alemão erfahrung ; di3cultando a an)lise da sua tese. Ba nova hermen$utica a interpretação e sistematiação do ensino não é al%o extraído das Escrituras, mas da experi$ncia su(etiva do intérprete que impõe sore o texto sa%rado a sua opinião. Joert =. tein conclui que Gem raão disso, h) TleiturasU ou interpretações marxistas, feministas, lierais, i%ualit)rias, evan%élicas ou arminianas do mesmo texto. 8u se(a, para esta corrente os v)rios si%ni3cados le%ítimos podem ser extraídos mediante a concepção de cada intérprete.HD- A premissa de chaumer%er desprea que o fator determinante do si%ni3cado do texto é o seu autor. Au%ustus Bicodemus oserva que Gas hermen$uticas feministas são uma variedade de rea&er response, aseados nos conceitos de Sadamer.HDD 6iscordando dela, e unindo aos intérpretes que adotam o método %ram)tico#hist"rico, a3rmo que a passagem signi'ca a,uilo ,ue o autor original2 com consciente inten0ão2 ,uis &i8er ao re&igir o texto . A formulação não depende da
experi$ncia de %$nero do intérprete, mas da precisa exe%ese do texto em sua estrutura %ramatical, o seu contexto hist"rico e sistematiação das informações extraídas a partir das Escrituras. Em outras, precisamos per%untar& o que o texto quer dier, e não, o que o leitor quer que ele di%a< Este su(etivismo é uma característica das novas hermen$uticas que sur%iram no século WW. 0oisés ilva oserva 1
/! p. 13. :o(ert 9. Stein! 6uia 0/sico para a Interpreta1$o da 0ília ,:ios de Janeiro! 4%H! 1---/! p. 2. %ugustus Dicodemus
2=
que Gse h) al%o diferente na hermen$utica contemporVnea é (ustamente a $nfase que ela d) ! su+jeti:i&a&e e relati:i&a&e da interpretação.H DI A hermen$utica feminista não é uma exceção entre as novas hermen$uticas que sur%iram neste período.
,olo%ando as armas sobre a mesa
Ao iniciar o nosso tratamento do assunto precisamos identi3car al%uns pressupostos. e a Escritura deve ser usada como refer$ncia de autoridade para se decidir al%uma questão, então, a autoridade da Escritura deve ser aceita inte%ralmente, e não apenas onde for conveniente. 8 que a Escritura di, 6eus di, porque ela é a Palavra de 6eus. A inspiração e a doutrina da inerrVncia das Escrituras a%radas são aceitos numa perspectiva conservadora.DF A exe%ese dos textos ílicos adota uma perspectiva em que a Escritura é a revelada Palavra de 6eus, e 7nica fonte de autoridade para a fé e pr)tica. 8 texto si%ni3ca aquilo que o seu autor teve a intenção de comunicar proposicionalmente. A historicidade das narrativas ílicas. 8 método hermen$utico adotado nesta ora é o %ram)tico#hist"rico.DL "ma avaliação da $ro$osta igualitarista Bão se pode desprear os te"lo%os i%ualitarista rotulando#os como teolo%icamente lierais, neo#ortodoxos ou feministas. Existem muitos estudiosos que são favor)veis ! ordenação feminina, e que são cristãos 3éis ! autoridade da Escritura, mantendo#se nas 3leiras do protestantismo hist"rico conservador. Por exemplo, o livro or%aniado por 1onnidell 2louse e Joert S. 2louse com o título de 054=EJE B8 0/B/>+J/8 _ >uatro opini?es so+re o papel &a mulher na igreja2 pulicado pela Editora 0undo 2ristão, tem a participação de dois autores que defendem a participação da mulher no ministério ordenado da i%re(a, sendo eles renomados autores evan%élicos de orientação conservadora. dotando uma hermenuti%a %om$lementarista 0as qual é a relação que 6eus estaeleceu para o homem e a mulher? Podemos resumir didaticamente esta relação em quatro proposições& 0
Ioisés Sil)a! -is7es Contempor8neas da Interpreta1$o 0ílica in+ alter 4. Kaiser! Jr. Q Ioisés Sil)a! Introdu1$o 9 (ermenêutica 0ílica ,São aulo! 7ditora 4ultura 4ristã! 2==2/! p. 2. 5 Dorman <. Geisler! org.! % Inerr8ncia da 0ília ,São aulo! 7ditora Bida! 2==/. > Ruem dese6a con"ecer em teoria e pr#tica o método “gram#tico&"ist'rico* consulte alter 4. Kaiser! Jr. Q Ioisés Sil)a! Introdu1$o 9 (ermenêutica 0ílica ,São aulo! 7ditora 4ultura 4ristã! 2==2/.
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'. =omens e mulheres são i%uais em valor diante de 6eus. *. =omens e mulheres t$m diferentes papéis no lar, na i%re(a e na sociedade. -. =omens e mulheres t$m funções complementares. D. =omens em tudo t$m a primaia de autoridade.
-ulheres e(er%endo estamento
autoridade
no
ntigo
'''
ausn%ia de mulheres em t 415
Era prescritivo que fossem somente homens? e a necessidade era das vi7vas não seria mais conveniente que fossem escolhidas mulheres para que dessem assist$ncia a estas mulheres?
+ serviço de 6ebe em .m 14152
Este é um texto que al%uns comentaristas su%erem que uma mulher tenha sido uma diaconisa na comunidade cristã do século /. A recomendação que Paulo fa de Cee tem %erado controvérsia na interpretação que espécie de função que ela exercia na i%re(a de 2encréia. Por que motivo apresent)#la ! i%re(a de Joma? ohn 0urra\ oserva que ela era Guma mulher que realiara eminentes serviços ! i%re(a, e a recomendação tinha de ser proporcional ao seu car)ter e devoção.HD -as ela era uma oJ%ialK Bão h) motivo para que se che%ue a conclusão de que Cee ocupasse um ofício de diaconato. Por exemplo, C. Sodet em sua ar%umentação DR aseia#se em al%umas premissas não provadas& '. 8 fato dos primeiros sete di)conos serem todos eles homens, não si%ni3ca que isto era uma prescrição impedindo que mulheres tamém exercessem o ofício. *. As vi7vas mencionadas em ' >m I&-ss inevitavelmente eram o3ciais eclesi)sticos, e que Cee seria participante deste %rupo. -. A menção @s ser:as na carta de Plínio como evid$ncia de que no século // existiam diaconisas. 3
Jo"n Iurray! Romanos : Coment/rio 0ílico "iel ,São José dos 4ampos! 7ditora 8iel! 2==/! p. 033. 8. Godet! Commentar) on t'e Epistle to t'e Romans ,Grand :apids! onder)an u(lis"ing 9ouse! 1-05/! p. 33.
-
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Pondo L $rova ^enneth . ]uest su%ere que o termo %re%o &ia3onos Gé uma palavra que poderia ser usada tanto para o %$nero masculino como feminino.HIK0as, a questão central neste texto é se o sustantivo deveria ser traduido como &iaconisa , ou poderia se optar por ser:a?I'8u se(a, o seu uso em Jm 'F&' é técnico, referindo#se a um o3cial feminino na comunidade cristã do século /, ou Paulo est) usando o sustantivo apenas para mencionar o compromisso que Cee tinha de servir na sua i%re(a de ori%em? 8 sustantivo %re%o é usado por Paulo como um termo técnico que descreve um ofício? Beste texto isto não pode ser provado. 5m pouco antes ele declara Gpois eu lhes di%o que 2risto se tornou servo M&ia3ononN dos que são da circuncisão, por amor ! verdade de 6eus, para con3rmar as promessas feitas aos patriarcasH :Jm 'I&, B@/;. Bão podemos i%norar que o termo &ia3onon é usado para descrever parte da ora de 2risto, sem atriuir#lhe um ofício que somente seria instituído ap"s Pentecostes. ]illiam =endri`sen su%ere que o serviço de Cee seria a hospitalidade na cidade de 2encréia.I*2omo h) um (o%o de palavras do ap"stolo Paulo nos versos ' e *, a ideia seria de que pelo fato dela ter se dedicado ser uma elosa hospedeira em sua casa, a%ora os cristãos romanos deveriam recee#la com o mesmo cuidado.
igualdade es$iritual em l 3428
6.A. 2arson, A exegese e suas fal;cias, p. RK#R'
s $ro*etisas de ,orinto e(er%iam liderança 1 ,or#ntios 114251KK >homas J. chnreiner a3rma que mesmo quando uma mulher ao diri%ir a um homem, enquanto profetia, ela não tem a mesma autoridade que um homem. Ele levanta o questionamento
qual é a preocupação de Paulo em ' 2oríntios ''&*#'F? ua preocupação é que as mulheres que profetiam o façam com o adorno apropriado. Por que ele est) preocupado a respeito de
0=
Kennet" S. uest! Romans in t'e 6ree. Ne; Testament ,Grand :apids! m. A. 7erdmans u(lis"ing 4o.! 1-05/! p. 20>. 01 % tradução da %:% não é acurada. % DBE oferece a seguinte tradução “:ecomendo&l"es nossa irmã 8e(e! ser)a da igre6a em 4encréia*. A#r(ara 8ri(erg e ;imot"y 8ri(erg optam pelo su(stanti)o in+ 4 Novo Testamento 6rego %nalítico ,São aulo! 7diçPes Bida Do)a! 1-3>/! p. 0=3. %dota a mesma opinião illiam H. Iounce! T'e %nalitical &003.
2
como se adornam? 8 adorno apropriado mostra que uma mulher é sumissa ! liderança masculina até mesmo enquanto profetia. 8 seu adorno indica se o homem é ou não o caeça, ou se(a, a autoridade.I-
+ siln%io das mulheres em 1 ,o 1943353: 6.A. 2arson, A exegese e suas fal;cias, p. -F#-
8 textoIDonde Paulo exi%e o sil$ncio das mulheres na i%re(a de 2orinto envolve o contexto que explica e re%ula o uso do dom de profecia no culto. 0as o que as mulheres da i%re(a de 2orinto não poderiam falar? Au%ustus Bicodemus 4opes su%ere a se%uinte interpretação
Paulo tem em mente um tipo de GfalaH pelas mulheres nas i%re(as que implique em uma posição de autoridade eclesi)stica sore os homens crentes. Elas podiam falar nos cultos, mas não de forma a parecer insumissas, cf. v.-D. Bo contexto imediato Paulo fala do (ul%amento dos profetas no culto :v. *R;, o que envolveria certamente questionamentos, e mesmo a correção dos profetas por parte da i%re(a reunida. Paulo est) possivelmente proiindo que as mulheres questionem ou ensinem os profetas :certamente haveria homens entre eles; em p7lico. e elas tivessem d7vidas quanto ao que foi dito por um ou mais profetas, as casadas entre elas deveriam esclarec$#las em casa, com os maridos :se crentes, naturalmente;, cf. vs.-I. II
Paulo estava realmente ordenando um sil$ncio asoluto para as irmãs da i%re(a de 2orinto? Elas deveriam entrar caladas e saírem mudas da participação do culto? 6everiam compor um audit"rio passivo e silencioso? Em que sentido elas poderiam participar do culto? 0
;"omas :. Sc"reiner! !ul'eres no !inistrio da Igre#a! p#g. -. Dão ignoro o pro(lema te@tual da passagem. ;oda)ia! como não é o prop'sito deste artigo discutir manuscritologia! simplesmente assumirei a legitimidade do te@to de 1 4o 1+&0 como sendo original. 7m(ora Gordon 8ee negue que esta passagem pertença T autoria de aulo! afirmando ser um acréscimo posterior! não "# e)idUncias suficientes para sustentar tal opinião. Gordon 8ee! rimera 7pistola a los 4oríntios ,Grand :apids! Due)a 4reaci'n! 1--/! pp. >-1&>-3. ara James H.G. Hunn a negação da originalidade da passagem é moti)ada mais por uma questão "ermenUutica do que por e)idUncia te@tualV )ide! James H.G. Hunn! % Teologia do %póstolo Paulo ,São aulo! 7ditora aulus! 2==/! p. 55. ara maiores detal"es indico um criterioso estudo so(re o assunto em H. %. 4arson! “*ilent in t'e C'urc'es3, in+ Jo"n iper! ayne Grudem! eds.! Recovering 0ilical !an'ood = +oman'ood> % Response to Evangelical "eminism ,"eaton! E 4 ?ue o Novo Testamento Tem a Di@erA in> 8ides :eformata )ol. EE! nCmero 1! 6an&6un 1-->! p. >. Bide tam(ém! Simon Kistemaker! B Corintios ,São aulo! 7ditora 4ultura 4ristã! 2==/! pp. >1=&>11. 00 %ugustus Dicodemus 4 ?ue o Novo Testamento Tem a Di@erA3 In> 8ides :eformata )ol. EE! nCmero 1! 6an&6un 1-->! p. >0. 0
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8 preceito do sil$ncio era exclusivo as mulheres casadas, ou a todas as mulheres? A opinião de ames 6unn é que Ga severa instrução, provavelmente, não era diri%ida a todas as mulheres, mas !s esposas.HIF Em outras palavras, o homem seria autoridade somente sore a sua mulher, e não sore todas as mulheres. Esta conclusão de 6unn é contextualmente infundada, pois, Paulo não est) simplesmente faendo prescrições acerca da vida no lar, mas estipulando princípios lit7r%icos e do %overno para a /%re(a de 6eus. 8 preceito do sil$ncio era apenas circunstancial, ou para todas as épocas? Poderíamos faer a mesma per%unta da se%uinte forma, o mandamento do sil$ncio era somente para a i%re(a de 2orinto, ou para todas as i%re(as? 6eve ser discutido sore a pontuação do verso -- di Gcomo em todas as i%re(as dos santosH. 8 mandamento do ap"stolo não era situacional. A a3rmação de Gconformidade com a leiH :'D&-D; aponta para um preceito que havia sido padroniado para o correto relacionamento entre o homem e a mulher. A palavra GleiH aqui usada por Paulo não si%ni3que todo o ensino do Anti%o >estamento. 0as, é prov)vel que ele estivesse pensando, por causa do contexto, Mespeci3camente na ordenança do %overno do homem sore a mulher. Em ' 2o ''&- Paulo declara que Gquero, entretanto, que saiais ser 2risto o caeça de todo homem, e o homem, o caeça da mulher, e 6eus, o caeça de 2ristoH. Caendo eco a rati3caçãoIL que 6eus fe para Adão e Eva ap"s a 9ueda, quando disse Go teu dese(o ser) para o teu marido, e ele te %overnar)H :Sn -&'F;. A unidade da /%re(a não permitia que a i%re(a de 2orinto se reelasse contra uma pr)tica estaelecida :'D&--;. A i%re(a de 2orinto não poderia se insur%ir contra a autoridade apost"lica de Paulo :'D&-F#-;. Au%ustus Bicodemus 4opes oserva que GPaulo est) estaelecendo um princípio permanente para as i%re(as, e não apenas faendo (urisprud$ncia teol"%ica local.HI Bo conceito Paulino homem e mulher receem privilé%ios em i%ualdade, mas continuam exercendo diferentes funções. =erman Jidderos comenta que Ga comunhão com 2risto não anula a distinção natural entre a mulher e o homem, nem 05
James H.G. Hunn! % Teologia do %póstolo Paulo, p. 55>. % su(missão não fa parte da maldição! mas ela é ratificada por causa da desordem causada pelo pecado no relacionamento de nossos primeiros pais! e que toda a raça ine)ita)elmente "erda. %dão foi criado para liderar. ? fato de Heus cri#&lo primeiro ,Gn 2+&3/V de coloc#&lo para reger toda a criação ,Gn 2+10&1>! 1-&2=/V a sua esposa foi tirada dele! sendo sua dependente ,Gn 2+21&22/V e ao nome#&la ,Gn 2+2/. 03 %ugustus Dicodemus 4 ?ue o Novo Testamento Tem a Di@erA3 In> 8ides :eformata )ol. EE! nCmero 1! 6an&6un 1-->! p. >5. 0>
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termina com a posição de liderança do homem no que di respeito a mulher.HIR
mesma e(ign%ia das mulheres em 1 m 3411 Esta passa%em tem receido tr$s interpretações.
1' las eram as es$osas dos di>%onos oão 2alvino comentando esta passa%em declara que Gsua refer$ncia aqui é !s esposas tanto dos ispos quanto dos di)conos, pois elas devem ser auxiliadoras de seus esposos no desempenho de seus ofícios, coisa que s" podem faem se o seu comportamento for superior ao das demais esposas.HFK Porque não mencionar as esposas dos presíteros? 2' las eram as dia%onisas Al%uns comentaristas aceitam que esta passa%em se re3ra !s diaconisas.F' Jepresentando esta opinião .B.6. ^ell\ ar%umenta que o advério GsemelhantementeH : &a mesma sorte;, repetido do v. , nos leva a esperar uma nova cate%oria de o3ciais, assim como a lista de qualidades paralelas, emora não se(am id$nticas, tamém nos leva a esperar. Por estas raões, é prov)vel que a tradução GdiaconisasH se(a correta. A aus$ncia do arti%o, se in[ui, é um ponto ao seu favor. !ulheres est) sendo usado quase ad(etivamente _ Gdi)conos que são mulheres,H Gdi)conos mulheres.HF*
A exe%ese de ^ell\ pressupõe que Paulo est) se referindo !s diaconisas, e a sua interpretação se estaelece como sendo inevit)vel. A sua ar%umentação se limita a refutar a interpretação de que o texto se re3ra !s esposas &os &i;conos . + muito prov)vel que de fato, o ap"stolo não este(a se referindo apenas !s esposas dos di)conos, pois ele poderia deixar de incluir as esposas dos presíteros. 0as, assumir que o sustantivo mulheres est) exercendo uma função ad(etiva neste contexto, é introduir no texto um pressuposto %ramatical que o autor não expressou. 0-
9erman :idder(os! El Pensamiento del %póstol Palo ,Grand :apids! B Timóteo, Timóteo e "ilemon ,São aulo! 7ditora aracletos! 1--3/! p. -. 51 Deport J.H. "ite sugere que “elas realia)am para as mul"eres da Egre6a primiti)a o mesmo tipo de ministração que os di#conos faiam para os "omens* in+ Deport J.H. "ite! T'e "irst and *econd Epistles to Timot') and T'e Epistle to Titus in+ . :o(ertson Dicoll! ed.! ;97 7X?SE;?:YS G:77K ;7S;%I7D; ,Grand :apids! m.A. 7erdmans u(lis"ing 4o.! 1-51/! p. 110. 7ntretanto! "ite comete um erro de anacronismo! pois! não "# e)idUncia "ist'ria! nem te@tual! de que de fato! mul"eres ten"am sido diaconisas desde o primeiro século! como ocorreu a partir do século EEE e EB. 52 J.D.H. Kelly! E e EE ;im'teo e ;ito Z introdução e coment#rio ,São aulo! 7diçPes Bida Do)a! 1-35/! p. 30. 5=
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8 erro é não considerar a opção de que Paulo pudesse estar se referindo não a uma nova cate%oria de o3ciais, mas a uma classe de mulheres Mverdadeiramente vi7vas, ' >m I&RN que auxiliavamF-os o3ciais, e tinham uma in[u$ncia sore as solteiras e (ovens esposas. Estas vi7vas eram desi%nadas pela liderança da i%re(a para aconselh)#las, e por isto necessitariam de ter um padrão de vida exemplar :respeit;:eis2 não mal&i8entes2 temperantes e 'éis em tu&o ; dentro da comunidade cristã. 3' las eram as verdadeiramente viúvas ]illiam =endri`sen oserva que
a explicação mais simples do modo como Paulo, sem haver ainda terminado a exposição dos requisitos para o ofício de di)cono, interpõe uma poucas oservações sore as mulheres, é que ele considera essas mulheres como assistentes &os &i;conos, socorrendo os pores e necessitados, etc. Essas são mulheres ,ue prestam um ser:i0o auxiliar , desenvolvendo ministérios para os quais as mulheres se acham melhor adaptadas. Aqui novamente nos referimos a nossa explicação de ' >im"teo I&R. FD
+ $ro$)sito do %ritrio das viúvas em 1 m :4;510
3' "ma reMe(ão teol)gi%a da ordenação *eminina + $rin%#$io da autoridade mas%ulina 6eus usa para em ua auto#revelação uma terminolo%ia predominantemente masculina. Esta constatação não pode ser i%norada. ohn 0. Crame escrevendo sore a lin%ua%em masculina usada para descrever 6eus na Escritura o principal nome de 6eus é enhor, que indica a sua liderança nas alianças, entre si e as suas criaturas. Ba Escritura, a relação na comunidade da aliança é tipicamente uma prerro%ativa masculina. Jeis, sacerdotes e profetas são sempre homens. Autoridade na i%re(a concedida aos presíteros :' 2o 'D&-IO ' >m *&''#'I;. 8 marido é a caeça da aliança formada pelo casamento. 5m desvio para a 3%ura feminina de 6eus poderia certamente diluir a s"lida $nfase sore a autoridade pactual que é centraliada na doutrina de 6eus. Esta não seria a 7nica raão, pois, como tenho indicado no capítulo *, al%umas te"lo%as feministas,
5
7m(ora! Gordon H. 8ee não afirme que estas mul"eres se6am a classe de vivas descritas posteriormente na epístola por aulo ,1 ;m 0+0&1=/! ele é mais cauteloso que J.D.H. Kelly ao sugerir que “uma )e que não "a)ia no grego nen"uma pala)ra para [diaconisaY ,mel"or! “a6udadora feminina*! conforme GDA/! é pro)#)el! que aqui a pala)ra [mul"eresY ti)esse sido entendida com o significado de mul"eres que ser)iam T igre6a em algum cargo.* in+ Gordon H. 8ee! Novo Coment/rio 0ílico Contempor8neo : B= Timóteo, Tito ,São aulo! 7ditora Bida! 1--/! p. --. 5 illiam 9endriksen! 1 ;im'teo! 2 ;im'teo e ;ito ,São aulo! 7ditora 4ultura 4ristã! 2==1/! p. 15-.
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incluindo ohnson, atualmente se opõe a idéia do senhorio de 6eus.FI
+ termo %abeçaC %omo met>*ora de autoridadde 8 uso do termo GcaeçaH para indica a autoridade do homem sore a mulher.FF submissão *eminina uma maldição $)s5odavia, as 50
Jo"n 8rame! T'e Doctrine of 6od, p. 3&30. H.%. 4arson! % e5egese e suas fal/cias ,São aulo! 7diçPes Bida Do)a! 1--2/! p. 0
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suas virtudes e dons devem ser usados para potencialiar as virtudes dos maridos e estimular a sua liderança.
*. <ão signi'ca ,ue a mulher &e:a anular a prpria maneira &e pensar . e ela 3er isto, estar) sendo insumissa pela omissão do seu papel como auxiliadora. -. <ão signi'ca ,ue as mulheres &e:am &esistir &e inBuenciar os homens. 0uitas vees, n"s maridos estamos errados, mesmo que sinceramente errados, a companheira não pode omitir a sua opinião, nem desistir de se esforçar em demonstrar no que a liderança do marido poder) pre(udicar toda a família. D. <ão signi'ca ,ue elas &e:am ren&erse a to&a exig=ncia &os homens. A mulher não é um o(eto do seu esposo, pelo contr)rio, 6eus a criou em i%ualdade de valor, e deve#se respeitar as suas opiniões, necessidades, anseios, sentimentos e limitações. =omens são pecadores e as mulheres não podem ceder a todos os caprichos masculinos. Eles necessitam aprender a exercer domínio pr"prio, morti3car o seu or%ulho e todos os demais impulsos e hormnios. 0as, o que si%ni3ca su+missão? umissão é aceitar a liderança masculina, auxiliando#o, e respeitando a sua autoridade em todas as esferas da sociedade. A autoridade que pertence ao homem não é imposta ! mulher, mas deve ser conquistada pelo exercício respons)vel dos seus deveres. As quatro principais responsailidades masculinas para que a mulher possa sentir se%urança em se%uir e sumeter#se a ele são& '. 5i&eran0a. 8 homem deve ser al%uém que tem iniciativa, 3rme decisão, cora%em e envolvimento no processo que lidera. *. *rotetor . A esposa necessita sentir#se con3ante que o seu marido se esforçar) para prover se%urança, tendo oas intenções na liderança do lar. -. Amoroso. A sumissão est) no coração da mulher, e é pelo coração que o marido atraí e lidera a sua companheira. 8 amor masculino é o fator que far) com que a esposa sinta praer em ser sumissa. D. *ro:e&or . + neste ponto que al%umas esposas t$m encontrado di3culdade em ser sumissas aos seus maridos. 9uando o homem se acomoda, e desiste de ser o provedor do seu lar, a mulher por necessidade da circunstVncia não se omite. >odavia, as esposas em ve de assumirem este papel devem exi%ir dos seus esposos o exercício da sua responsailidade.
2-
8 casal para que consi%a viver a harmonia li&eran0a e su+missão precisa& '. Cortalecer um clima de compatiilidade no casamento. *. @iver a pr)tica da mutualidade entre os cn(u%es. -. 0anter o sentimento de cumplicidade do lar. D. 2ada cumprir com 3delidade o seu papel dentro do lar.
-ulheres tm ministrios na igreja
Al%uns conceitos necessitam ser esclarecidos& '. 8 termo ministério no Bovo >estamento é de amplo si%ni3cado. 0esmo um exame super3cial na ocorr$ncia deste termo %re%o servir M&ia3oneo N nos induir) a concluir que, num sentido amplo, qualquer atividade que um crente faça para a(udar na ora da /%re(a é um ministério. FL *. As mulheres t$m dons e devem exerc$#los nos diferentes serviços M&ia3onionN :' 2o '*&D#I;. -. As mulheres não devem exercem o seu dom anulando a liderança masculina. D. 8 ministério feminino na i%re(a é complementar ! liderança masculina.
doutrina da ordenação
9' ti%as da ordenação *eminina s mulheres são $rejudi%adas no %onv#vio da igreja $or não serem ordenadasK (iste vo%ação $astoral $ara as irmãs !ue tm o dom $astoralK s mulheres $oderiam estudar em semin>rios teol)gi%osK ,omo seria o %onv#vio das mulheres ordenadas !ue se tornarem membros da Igreja Presbiteriana do BrasilK
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;"omas :. Sc"reiner! !ul'eres no !inistrio da Igre#a in+ 9omem e Iul"er Z seu papel (í(lico no lar! na igre6a e na sociedade! orgs! Jo"n iper Q . Grudem! ,São José dos 4ampos! 7ditora 8iel! 1--5/! p#g. 35.
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