TRABALHO APOLLO 13 ANÁLISE DO FILME
SUMÁRIO INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA
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ANÁLISE DO FILME
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo a análise do processo decisório no filme “Apollo 13 – Do fracasso ao triunfo”, história verídica, baseada no livro Lost Moon: The
Perilous Voyage of Apollo 13, do piloto Jim Lovell e Jeffrey Kluger, produzido em 1995 e dirigido por Ron Howard. O filme descreve as soluções encontradas pela Agência Espacial Americana (NASA) para trazer os tripulantes da nave de volta à Terra após uma explosão em um tanque de oxigênio que causou o cancelamento do plano de voo e o inicio de uma nova missão. A NASA e a tripulação tiveram que lidar com a mudança de cenários, que até então era bem sucedido, e com problemas técnicos que inviabilizaram o pouso na Lua. O que era para ser uma catástrofe acabou se tornando um símbolo da supremacia e da capacidade de adaptação de uma organização. A tripulação da missão era composta pelo comandante Jim Lovell (Tom Hanks), piloto do módulo de comando Jack Swigert (Kevin Bacon) e piloto do módulo lunar Fred Haise (Bill Paxton). O personagem de Jim Lovell almejava muito e obtém, antes mesmo do que esperava uma chance de ir até à Lua. Muitos problemas foram enfrentados durante a missão. Logo de início, a equipe original foi desfeita por problemas de saúde detectados em um dos integrantes, personagem de Ren Mattingly (Gary Sinise), o qual foi muito importante no processo realizado para trazer de volta a tripulação. Desta forma, em 11 de abril de 1970, com missão de pousar na superfície lunar, a NASA envia à Lua a tripulação, na missão Apollo 13. Já no espaço, um tanque de oxigênio explode e os astronautas não conseguem seguir para Lua. Começa uma corrida contra o tempo tanto da equipe a bordo quanto da equipe da Agência Espacial, para improvisar um novo plano com o objetivo de trazer os astronautas de volta à Terra. Pois, com a explosão eles correm o risco de ficar sem oxigênio, comunicação e energia suficientes para fazer o retorno. O filme Apollo 13 é rico em práticas de gestão de recursos humanos e exemplos variados aplicados às três disciplinas estudadas no curso de Pósgraduação. Desta forma, será focado na análise do filme, além do processo decisório, o trabalho em equipe que é comum as três disciplinas. Além da análise do processo decisório, este trabalho também tem como objetivo fazer a correlação entre as diferentes práticas de gestão de recursos humanos, discutidas nas disciplinas de Liderança, Desenvolvimento Organizacional e Dimensão Humana na Governança Corporativa e comparar com as práticas
abordadas no filme “A pollo 13 – Do fracasso ao triunfo” e t ambém comparar essas
práticas com as práticas aplicadas e utilizadas no serviço público municipal, na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
METODOLOGIA
Após assistir o filme, foram selecionadas as principais cenas que envolvem o processo decisório, análise do perfil dos personagens, as situações, as estratégias adotadas e os resultados obtidos para realizar a análise observando o conteúdo das disciplinas do curso. O método científico de pesquisa é o conjunto de processos ou operações mentais que se devem empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo
de
pesquisa.
O
procedimento
metodológico
escolhido
para
o
desenvolvimento deste trabalho é a pesquisa bibliográfica. As atividades envolvidas na elaboração deste trabalho foram: leitura e discussão dos textos das disciplinas de Liderança, Desenvolvimento Organizacional e Dimensão Humana na Governança Corporativa do MBA em Gestão de Pessoas; levantamento bibliográfico; e, análise do filme “Apollo 13 – Do fracasso ao triunfo”.
ANÁLISE DO FILME “APOLLO 13 – DO FRACASSO AO TRIUNFO”
No filme são retratados diversos aspectos importantes da personalidade humana, da vontade do homem de chegar o mais próximo de seus limites, de realizar feitos que a maioria das pessoas não consegue ou não tem oportunidade de realizar e principalmente, a vontade do homem de deixar seu nome na história. Tudo isso esta relacionado com a satisfação das pessoas no seu ambiente de trabalho. O personagem principal Jim Lovell (Tom Hanks) esteve muito perto da Lua na missão Apollo 8 e não conseguiu pousar. Por isso, existe um grande desejo de voltar e pousar na Lua. Para isso, ele e sua equipe trabalham incansavelmente para alcançar o objetivo. Escalado como comandante para ir a Lua na missão Apollo 14, Lovell e sua equipe são surpreendidos com o adiantamento e a notícia que serão os astronautas da Apollo 13. Em relação à disciplina de Liderança, podemos notar Lovell no papel de líder da tripulação e tendo que tomar uma decisão logo no início dos trabalhos da missão que os levaria a Lua. Um dos astronautas de sua equipe foi detectado com uma doença e ele teve que decidir em fazer a substituição do amigo ou desistir da missão. Notamos a indignação de Lovell, não só por ter que substituir um amigo, mas também por ter que aceitar outro astronauta que não estava treinando. Surgem nesse momento várias dúvidas e questionamentos sobre a missão Apollo 13. A população americana se perguntava por que de novas missões se já haviam chegado até a Lua na missão Apollo 11, antes mesmo dos russos. Neste ponto, notamos que os stakeholders, representados pela população norte-americana, não demonstravam interesses no projeto da missão Apollo 13, por não concordarem com as altas despesas e os enormes riscos das missões lunares. Cabe aqui uma reflexão a respeito da disciplina de Governança Corporativa cujo objetivo, em síntese, é a gestão responsável e orientada para agregar valor à organização e os seus interesses devem estar sempre alinhados aos interesses de todos os interessados na organização, sejam eles acionistas, executivos da empresa, conselheiros e até mesmo os stakeholders. A prova do desinteresse da população foi percebida por todos no lançamento da nave ao espaço, nenhum programa de TV transmitiu o lançamento e nem a gravação realizada pelos astronautas de dentro da nave, sendo transmitido apenas para um pequeno grupo de pessoas. Essa situação, logo é revertida após a NASA informar que a espaçonave foi danificada e que os astronautas poderiam morrer no espaço. Até surgirem os problemas, ninguém se preocupava com a missão porque
para maioria das pessoas, as expedições lunares haviam-se tornado cansativamente perfeitas não interessando mais. Nesse momento, a NASA, todas as pessoas envolvidas no lançamento e a equipe de astronautas tiveram que lidar com a mudança em um cenário conhecido e testado por todos. Com a explosão todos deveriam correr contra o tempo e improvisar um novo plano para trazê-los de volta. Podemos destacar como exemplo e aplicação das teorias de Liderança, o diretor de voo da NASA, o personagem Gene Kranz (Ed Harris), por conduzir a equipe e fazer com que todos trabalhassem para que a meta fosse atingida, desde o lançamento até o instante em que teve que decidir abortar o pouso na Lua em troca de um retorno seguro dos astronautas. Gene Kranz é um exemplo de liderança, pela sua iniciativa, pelo modo que conduziu a equipe, a transparência que transmitia a equipe no espaço, a autoconfiança, inteligência e o conhecimento do que estava fazendo. Pelo seu estilo de liderança, percebemos que era um líder consultivo, pois a cada decisão tomada ele ponderava com seus liderados as possibilidades e resultados obtidos, porém cabia a ele a decisão final. A definição dos cargos e o foco na hierarquia era tão grande que, embora todos estivessem na mesma sala e o diretor de voo tivesse autoridade para entrar em contato direto com os astronautas, só o fazia por meio do setor de comunicação. Ainda relacionado à disciplina de Liderança, podemos citar diversas características de um líder: motivação da equipe para buscar uma solução que fosse segura para trazer de volta os astronautas; assumiu riscos; estava seguro do que estava fazendo, pois conhecia sua capacidade e tinha experiência; fazia uma leitura apurada do ambiente e dos fatores que podiam interferir no processo de retorno; soube orientar e conduzir a situação, ciente que seus liderados estavam sob pressão, e conseguiu, mesmo diante da situação estressante, conduzir todo o processo com tranquilidade. Ou seja, possuía o chamado poder de competência por sua influência ser baseada nas suas habilidades, experiência e conhecimentos. Uma característica marcante que podemos destacar, em todo o decorrer do filme, é a forma de trabalhar e a condução da equipe. Na NASA percebemos que existe uma equipe e não apenas um grupo de pessoas. As equipes são caracterizadas pelo comprometimento e envolvimento dos seus integrantes independentemente do seu tipo de formação, notando nelas a integração de habilidades e competências dos seus componentes. O trabalho em equipe foi muito importante. Podemos destacar a sinergia positiva da equipe. Desde o momento que os astronautas informaram a NASA e aos
controladores que algo tinha acontecido e que tinham problemas, ninguém procurou saber de quem foi o erro. A equipe inteira se mobilizou apenas em achar uma solução para o problema e reverter o quadro para que pudesse trazer com vida os tripulantes da nave. A iniciativa das pessoas, o comprometimento, a responsabilidade das tarefas desempenhadas, a cooperação, o espírito de equipe, o dinamismo, poder de reação mediante as situações inesperadas, além de uma equipe multidisciplinar, pois nota-se o quanto é investido nas pessoas, em treinamento e principalmente, o investimento na cultura e no clima organizacional foi o diferencial para que alcançasse o sucesso do processo. Tudo isso está relacionado às disciplinas de Desenvolvimento Organizacional, Liderança e Governança Corporativa. Um exemplo, é o momento que a equipe se depara com o problema e todos os responsáveis por cada setor, se reúnem e fazem um brainstorming em um curto espaço de tempo, a fim de identificar as melhores alternativas para o retorno dos astronautas. As organizações sabem que o seu maior valor é o capital intelectual que elas conseguem reter. A equipe de trabalho gera a sinergia positiva por meio do esforço coordenado e o próprio desenvolvimento do trabalho que envolve os integrantes se torna o fator motivacional. O foco de todo trabalho são as pessoas. Seja no tipo de liderança que vai utilizar, seja na forma de se organizar, de medir o desenvolvimento organizacional para conhecer o andamento de todos os processos e como está à motivação dentro da empresa, até a verificação dos resultados alcançados, tudo passa pelas pessoas que estão dentro da organização. Um exemplo importante do comprometimento e da confiança de uma equipe é a participação do astronauta Ken Mattingly (Gary Sinise), que mesmo cortado da missão por estar com problemas de saúde, ao saber da explosão da nave e os problemas que seus amigos passavam no espaço, se dedicou incansavelmente a encontrar uma solução para que todos retornassem a Terra a salvos. Também é nítida a sensação de alívio demonstrada pelos astronautas no espaço, quando ficam sabendo que o integrante de sua equipe, além de não ter problema de saúde, estava ajudando na resolução do problema. Em relação à disciplina de Governança Corporativa, um dos seus pilares, se não o mais importante, é a transparência, que permite transmitir a real situação das organizações, deixando ciente a todos os stakeholders que tem interesse em investir naquela organização. Desta forma, qualquer investidor poderá escolher em investir ou não em uma determinada organização. Afinal, a imagem da organização também é importante porque gera valor.
Podemos destacar então, como exemplo, a pressão que a NASA e o diretor de voo sofriam por parte do governo americano, da população e da mídia, todos queriam saber qual seria o resultado da missão. O governo americano falava de um provável corte no orçamento dos projetos caso o resultado da missão fosse negativo gerando prejuízos à imagem do governo e aos cofres públicos. Pois, deviam levar em conta que a NASA era lembrada não só pela chegada do homem a Lua com a Apollo 11, mas também pelo desastroso acidente da Apollo 1 que se incendiou durante um treino em janeiro de 1967. Destacamos também, a inovação tecnológica e os métodos de trabalho utilizados. Isso se deve a implementação de produtos e processos tecnologicamente novos e/ou aperfeiçoamentos tecnológicos significativos em todos os processos e produtos utilizados. Mas, de nada adianta ter tecnologia, produtos e processos modernos se os operadores não tivessem o conhecimento e a capacidade de improvisar. O sistema de informação também merece destaque. Notamos no filme desde o monitoramento dos médicos que avaliam a saúde os astronautas constantemente a como o monitoramento de todas as operações, permitindo aos controladores da NASA analisarem os dados da nave a todo momento. Após todas essas comparações, para requisito de avaliação, a comparação com o Serviço Público Municipal da cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Torna-se uma comparação difícil porque no setor público temos o problema da rotatividade dos funcionários. Isso acaba prejudicando a formação de uma equipe de trabalho competente. Outro problema importante é a falta de investimento no servidor público para o crescimento e desenvolvimento profissional. Os gestores de equipes não são capacitados para gerir a sua equipe, os conflitos, a falta de comprometimento e, por ser órgão público, acaba impondo o trabalho aos seus liderados. Ainda hoje, se ouve o velho ditado popular “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Os processos de trabalh o são feitos sem nenhum
controle ou avaliação. Nenhuma avaliação sobre o desempenho dos funcionários, da satisfação e dos resultados é feita para avaliar a situação e corrigir os problemas. Notamos que muitas vezes processos simples de serem realizados acabam se tornando processos demorados e, muitas vezes, sem resultado. Com relação à Liderança, podemos notar que existem vários tipos de lideres dentro do serviço público. O estilo de liderança de cada um depende do grupo de trabalho, do tipo de trabalho a ser realizado. O mais correto seria o líder situacional. Por ser serviço público o líder vai encontrar desde pessoas comprometidas que estão
no serviço público para fazer a diferente até mesmo pessoas que simplesmente estão passando o tempo. Cabe ao líder saber lidar com cada situação. Os funcionários, em sua maioria, estão desmotivados. Pois, ao assumir um cargo público se deparam com a precariedade do ambiente de trabalho, a falta de oportunidades de se desenvolver profissional, a falta de treinamento, recursos escassos e chefias com cargos comissionados preocupados apenas em garantir o seu cargo dentro da empresa. A Governança Corporativa é praticada pelo setor público de uma forma muito ampla. Nesse caso, falta participação ativa da comunidade que é a mais interessada nos resultados alcançados pelo poder público. Mas, falta conhecimento a comunidade. Apesar de todos os pontos negativos é preciso lembrar que existem boas equipes de trabalho no serviço público. Mesmo sendo equipes setoriais, temos exemplos de bons resultados em determinadas áreas devido a equipes autogeridas. São equipes que possuem um bom desempenho na sua área de atuação, independente do seu gestor. São pessoas comprometidas com o trabalho que realizam e que gostam daquilo que fazem. É um desafio, mas não é impossível fazer um bom trabalho de gestão dentro do serviço público. Claro que tem muita coisa para ser feita no serviço público. É preciso gestores comprometidos, capacitados e que tenha interesse em valorizar seus liderados e interessado no desenvolvimento profissional dos mesmos. Muitas dificuldades, encontradas em outras áreas, se tornam irrelevantes, quando o gestor é ativo e se preocupa com sua equipe, buscando sempre formas de valorizar os funcionários, sejam com vantagens, treinamentos, palestras e cursos de aperfeiçoamento que visam o crescimento e o desenvolvimento profissional dos funcionários.