UNIVERSIDADE UNIVERSI DADE DO SUL DE SANTA SANTA CAT CATARINA – UNISUL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: ESTRUTURAS DE MADEIRA PROF.: ROBERTO MOTTA BEZ SEMESTRE: 2012/2
TRABALHO FINAL
ESTRUTURAS DE MADEIRA
EQUIPE 7 ALESSANDRA LOHN DIOGO ROSA GABRIEL NUNES JORGE L. DE BORBA JR. LEONARDO KOCK LUCAS GABRIEL OTTO LUIZ CELITO
Palhoça, dezembro de 2012
INDICE
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA ............................................................................ 3 GEOMETRIA DO TELHADO ........................................................................................ 7 AÇÕES PERMANENTES ............................................................................................ 7 AÇÕES VARIÁVEIS ..................................................................................................... 8 COMBINAÇÕES DAS AÇÕES ..................................................................................... 9 SOLICITAÇÕES SOLICITAÇÕES NOS RAMOS DA TRELIÇA ......................... ............ ......................... ......................... ........................ ........... 11 SOLICITAÇÕES SOLICITAÇÕES NA EXTREMIDADE DA TRELIÇA ........................ ........... .......................... .......................... ............... 13 DIMENSIONAMENTO DOS PILARES ....................................................................... 18 LIGAÇÃO DE CONTINUIDADE DA LINHA LINHA ........................ ............ ......................... .......................... .......................... ............... 20 DETALHES DETALHES CONSTRUTIVOS DA EXTREMIDADE........................ ........... .......................... .......................... ............... 22 DETALHAMENTO DAS LIGAÇÕES .......................................................................... 23 DETALHAMENTO DETALHAMENTO DOS PILARES ......................... ............ ......................... ......................... .......................... .......................... ............... 29 DETALHAMENTO DETALHAMENTO DA TESOURA .......................... ............. ......................... ......................... .......................... .......................... ............... 30 REFERÊNCIAS .......................... ............. .......................... ......................... ......................... .......................... .......................... .......................... ................ ... 31
1 TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA DISCIPLI NA 1.1 Objetivo Aplicar os conceitos e critérios de dimensionamento e verificação de peças estruturais em madeira, incluídos no programa da disciplina, a uma simulação de situação prática, possibilitando a visualização da utilização destes em um projeto estrutural. 1.2 Problema proposto Uma edificação é totalmente estruturada em madeira. A cobertura é sustentada por sistema estrutural do tipo treliça (tesouras) do tipo Howe (figura 1). As telhas são do tipo cerâmica. As treliças da cobertura apoiam-se sobre pilares compostos por peça compostas afastadas e executados com madeira de mesma espécie da tesoura. O comprimento total da edificação é de 21,0m e a distância entre as treliças é de 3,0 m. Sobre as treliças estão ripas, caibros e terças. O pé direito da edificação é 2,8 m (altura dos pilares). Os pilares serão , necessariamente, projetados como peças compostas afastadas. Figura 1 – Treliça Howe
1.3 Roteiro para realização do trabalho •
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•
•
Reunir todas as informações necessárias (características da espécie de madeira e o peso e inclinação das telhas); Definir a geometria do telhado. As tesouras deverão ser divididas em 6 trechos (ao longo do vão), considerando a inclinação definida pelo tipo de telha utilizada e o vão especificado para o grupo; Determinar a ação do peso próprio da estrutura, superestrutura e cobertura. Adicionar ainda uma sobrecarga relativa à pressão do vento (p=100 kgf/m²) e outra relativa a necessidade de manutenção do telhado (P=200 kgf); Determinar os esforços atuantes nas barras da treliça e nos pilares (reações de apoio); Apresentar (MEMORIAIS DE CÁLCULO E DETALHAMENTO): 1. Arranjo global da estrutura e da edificação; 2. Verificação das barras mais solicitadas da treliça; 3. Dimensionar pilares em peças compostas afastadas; 4. Verificar a resistência e detalhar as seguintes duas ligações: - Extremidade da tesoura (ligação entre linha e o banzo superior); - Ligação de continuidade (em barra tracionada da treliça).
1.4 Dados para elaboração do trabalho Tipo deTelha
Inclinação
Portuguesa
40 %
Vão da tesoura Equipe L = 9 metros
7
As características da espécie especificada está na tabela abaixo . ρap(12%)(
Nome comum
Nome científico
Pinus
Pinus taeda L.
1)
Fc0(2)
ft0(3)
(kg/m3)
(Mpa)
(Mpa)
645
44,4
82,9
ft90(4)
fv(5)
Ec0(6) n(7)
(Mpa) (Mpa) (Mpa) 2,8
7,7
13304 15
Valores médios do Pinus taeda L.(NBR 7190/97, Anexo E) Valores médios para U = 12%
1.5 Seções comercialmente disponíveis (dependem da região)
Figura 2 – Seções de madeira
1.6 Esquema das ligações a serem detalhadas A) Nomenclatura da Treliça Howe.
Figura 3 – Treliça Howe
B) Detalhes D1 – Ligação de extremidade entre o Banzo Superior e o Banzo Inferior
Figura 4 – Detalhes de ligação
C) Detalhes D2 – Emenda do Banzo Inferior Posicionada na barra D ou E. Obs: As dimensões e soluções apresentadas nas figuras são apenas ilustrativas.Os desenhos deverão ser refeitos e apresentados conforme a solução adotada pela equipe.
Figura 5 – Banzo inferior
2 GEOMETRIA DO TELHADO 2.1
Dimensões da treliça:
Considerando o vão da treliça (L) de 9,00 metros e uma inclinação de 40 % são calculados as dimensões de todos os segmentos da estrutura (figura 7).
Figura 6 – Dimensões da treliça analisada
3 AÇÕES PERMANENTES 3.1 Conceito As ações permanentes são as que possuem valores constantes, ou de pequena variação em torno da média, atuantes em praticamente toda a vida da construção e compreendem o Peso da Cobertura mais o Peso Próprio da Treliça que serão distribuídos pelo número de nós. Deve-se considerar que nos nós laterais este valor deve ser dividido por 2, pois a área de cobertura é a metade das áreas centrais. O peso da cobertura é dado por: Pcob = Ptelhas + Pcaibros + Pterças+ Pripas Para a superestrutura (terças, ripas e caibros) foi adotado o Pinus taeda L., cuja peso específico é de 645kg/m³
3.2 Cálculo dos esforços na treliça devido o peso do telhado + estrutura
4 AÇÕES VARIÁVEIS As ações variáveis são aquelas que possuem valores com variação significativa atuantes em praticamente toda a vida da construção. 4.1 Pressão do Vento A pressão do vento será de 100kgf/m² ou 1, KN
4.2 Sobrecarga de Manutenção A sobrecarga de manutenção será de 200kgf ou 2,0kN
5 COMBINAÇÕES DAS AÇÕES •
Peso próprio = peso superestrutura + peso estrutura
•
Vento pressão
•
Sobrecarga de manutenção
Dados de entrada:
Área de Cobertura
A1
A2
A3
A4
1,215
2,43
2,43
4,86
PLANILHA COMBINAÇÕES DAS AÇÕES VALOR NOMINAL DAS AÇES BARRA
AÇÃO PERMANENTE
NGK (!"# A B C D E & G I K N 1 N
-1./86,00 -1.58/,00 -1.1/1,00 1.844,00 1.844,00 1.45,00 0,00 -3/,00 148,00 -42,00 5/0,00 1.011,00 1.011,00
AÇES VARI7VEIS SOBRECARGA VENTO N$1K DE % N$2K (KG MAN'TENÇÃO (!"# -63,00 -1.346,00 -53/,00 -1.0,00 -404,00 -808,00 625,00 125,00 625,00 125,00 500,00 100,00 0,00 0,00 -135,00 -26/,00 50,00 100,00 -160,00 -320,00 200,00 400,00 350,00 00,00 350,00 00,00
VALOR DE CALC'LO DAS AÇES AÇÃO PERMANENTE
NGK (!"# -2.80,40 -2.224,60 -1.66,40 2.581,60 2.581,60 2.065,00 0,00 -555,80 20,20 -660,80 826,00 1.415,40 1.415,40
AÇES VARI7VEIS
RES'LTADO DAS COMBINAÇES SIT'AÇÃO MAIS CRÍTICA
SOBRECARGA DE VENTO N$1K COMPRESSÃO MAN'TENÇÃO TRAÇÃO N (!"# % N$2K (KG N (!"# (!"# -06,65 -565,/5 -424,20 656,25 656,25 525,00 0,00 -141,5 52,50 -168,00 210,00 36,50 36,50
-1.884,40 -1.50,80 -1.131,20 15,00 15,00 140,00 0,00 -36,60 140,00 -448,00 560,00 /80,00 /80,00
Obs:. Os números em vermelho representam as barras comprimidas.
3.412,85 3.412,85 2.30,00 0,00 3//,0 1.5/6,00 2.62,/0 2.62,/0
-5.31,45 -4.2/8,35 -3.222,80 -1.04,15 -1.26,80 -
PROPRIEDADES GEOMTRICAS DAS BARRAS SEÇÃO TRANSVERSAL
L
ÍNDICE DE ESBELTEZ
)* + )*
)*
8 + 16 8 + 16 8 + 16 8 + 16 8 + 16 8 + 16 8 + 16 8 + 16 8 + 16 8 + 16 8 + 16
161,50 161,50 161,50 150,00 150,00 150,00 60,00 161,50 120,00 1/2,00 180,00
6/,/3 6/,/3 6/,/3 64,/5 64,/5 64,/5 25,/8 6/,/3 51,/6 83,14 ,/4
6 SOLICITAÇÕES NOS RAMOS DA TRELIÇA 6.1 Solicitação a compressão A barra que apresentam maior valor à compressão é a barra A e seu comprimento é 1,615m. Ndcompressão = 53714,5 N Peça de 8 x16 cm: S = 80 x 160 = 12800mm 2 Imin = 6,83.106 mm4 ʎ = 69,91 ( peça medianamente esbelta) Cálculo da Resistência ")0, 0, . *9 . (")0,:1,4# 0, . 0,56 . (44,4:1,4# 12,43 M;<
Cálculo da Rigidez Efetiva E)0,%" *9 . E) 0,* = 0,56 . 13304 = 450,24 M;<
Cálculo da Tensão de compressão ϬNd = Nd / S
=> 53714,5/(80 . 160) = 4,196 Mpa
Calculo da Tensão gerada pelo momento fletor Md = Nd . Ed => ed = el(NE/NE-Nd) => el = ei + ea *em treliça ei =0 ea = l0 /300 => 1615/300 = 5,38 mm NE =
π
2
×
7450 ,24 x 6,8310 ^ 6 1615
2
=
192,55.10 ^ 3 N
Md = 53714,5 . 5,38(192,55.103 /192,55.103 – 53714,5) => = 208,37.103 Mpa ϬMd = (Md ϬMd
. Y )/ I => ϬMd = (208,37.103.(80/2))/6,83.106
= 1,22 Mpa
Verificação das condições de segurança ϬNd/ ")0, + ϬMd/ ")0, > 1 = 4,1/6:12,43 ? 1,22:12,43 > 1 = 0,43 > 1 =
OK!
6.2 Solicitação a tração As barras que apresentam maior valor à tração são as barras D e E, e medem respectivamente 1,50m. Ndtração = 34128,5 N Cálculo da Resistência Ft0,d = 0,7 . kmod . ft0,m/1,8 = 0,7 . 0,56 . 82,9/1,8 = 18,05Mpa Cálculo da Tensão atuante Considerando 3 parafusos de 12,5mm na ligação, temos: Ϭt0,d
= Nd / Awn
=> Awn=80[160-3.12,5)]=9800mm²
Ϭt0,d
= 34128,5 / 9800 => Ϭt0,d = 3,48 MPa
Ϭt0,d > "@0, = 3,48 > 18,05 =
OK!
7 SOLICITAÇÕES NA EXTREMIDADE DA TRELIÇA 7.1 Verificação quanto ao cisalhamento
Cálculo da resistência fv,m = 7,7 Mpa => fv,d = 0,7 . 0,56 . 7,7/1,8
=>
fv,d = 1,67 Mpa
Cisalhamento Direto Ϭv,d
= Td / S => Ϭv,d = 34128,5/80.c => Ϭv,d = 426,6 / c
Verificação Ϭv,d ≤ fv,d
=> 426,6 / c ≤ 1,67 = c ≥ 255 mm
Adotamos para c = 300 mm
Considerando que o desenho não está em escala, t = sin(21,8º) /160 = 431 mm x = 3 * sin(21,8º) = 11,1 mm t’ = t/2 + x = 215 + 11,1 = 226 mm c = 300 mm Xt = c – x - t/2 = 300 –11 - 215 = 74 mm
Como o comprimento é muito grande, foram feitos 2 dentes. Ϭc22,d = Sd / S22
=> Ϭc22,d = 53714,5/80.(el + e2) => e = (el + e2)
Ϭc22,d = 671,43 / e
Verificação fc22,d = 8,79 Mpa => fc90,d = 3,11 Mpa => fc0,d = 12,43 Mpa Ϭc22,d ≤ fc22,d
=> 671,43 / e ≤ 8,79 => e ≥ 76,38 mm
e ≥ 7,6 cm Adotado e=8cm, logo e1=e2 = 4,0cm
7.2 Verificação quanto a compressão inclinada σc21,8º,d =
Cd / Sc21,8º = 53714,5 / e . 80
σc21,8º,d= 671,43 / e
Cálculo da resistência Fc0,d = 12,43 MPa fc90,d = 0,25 * fc0,d * n = 1,0 (inclinado) fc90,d = 0,25 * 12,43 * 1,0 = 3,11 Mpa fc21,8º,d = (fc0,d * fc90,d) / (fc0,d * sin² 21,8º + fc90,d * cos² 21,8º) fc21,8º,d = (12,43 * 3,11) / (12,43 * sin²21,8º + 3,11 * cos²21,9º) fc21,8º,d = 8,79 Mpa Verificação σc21,8º,d < fc21,8º,d
671,43 / e < 8,79 ; e > 671,43 / 8,79 = 76 mm ; e > 7,6 cm E = e1 + e2 = 4,0 + 4,0 = 8,00
e > 7,6 cm
(Não Deu!!)
Na execução da perna com a linha, a altura do dente não pode ultrapassar h/4, isto é 4 cm. Sendo assim será utilizado um dente de 4 cm e uma tala lateral composta por 2 peças de 4 x 16 cm, para a distribuição dos esforços. Adotando o diâmento do parafuso de 12,5mm, temos: t = 40 mm ; β = 40 / 12,5 => β = 3,2 ; βlim = 1,25 . (218,18/8,79) 0,5 βlim
= 6,23
Como β <βlim (3,2 < 6,23), teremos risco de embutimento na madeira, logo: Rv,d1 = 0,40 . (t2 / β) .fe,d = 0,40.(402 /2,5).8,79 = 1758 N Essa é a resistência de um plano de corte na ligação. Para dois planos temos: Rv,d2 = 2 x 1758 = 3516 N Tensão atuante no dente Área = 40 . 80 => Área = 3200 mm2 Ϭdente =Td
/ S => Ϭdente = 53714,5 / 3200 => Ϭdente =16,785 Mpa
Tensão a ser absorvida pela tala Ϭtala = 16,785 – 8,79 = 7,99 Mpa
Cálculo do número de parafusos Nº = Ϭtala / Rv,d2
=> Nº = 7990 / 3516 =>
Nº = 2,27 (3 Parafusos)
Serão necessários 6 parafusos com diâmetro de 12,5 mm, sendo 3 deles para cada lado da tala.
7.3 Verificação quanto a compressão normal Área de contato entre o pilar e a tesoura (8x8) a = 8cm; como a < 15cm , então é necessário calcular o αn. Cálculo da resistência fc90,d = 0,25 . 12,43 . 1,14 => αn = 1,14 fc90,d = 3,54 Mpa Cálculo da tensão atuante Ϭc90,d
= Rd / Scn => 27629 / 80 . 80 => Ϭc90,d = 4,317 Mpa
Verificação Ϭc90,d ≤ fc90,d
=> 4,317 ≤ 3,54 Mpa => Não passou, Redimensionar!
Área de contato entre o pilar e a tesoura (8x24)) a =24cm; como a >15cm , então αn = 1. Cálculo da nova tensão atuante Ϭc90,d
= Rd / Scn => Ϭc90,d = 27629 / 240 . 80
Ϭc90,d = 1,44 Mpa
Verificação Ϭc90,d ≤ fc90,d
=> 1,44 ≤ 3,54 Mpa => Ok!
7.4 Verificação quanto a tração paralela Cálculo da tensão atuante (3 parafusos) Td = 34128,5 N Ϭt0,d= Td / Sutil =
34128,5 / (160-3.12,5) * 80 = 3,44 MPa
ϬT0,d = 3,44 MPa
Cálculo da resistência ft0,d = 0,7 . 0,56 . 82,9 / 1,8 = 18,05 MPa Verificação Ϭt0,d ≤ ft0,d
=> 3,44 ≤ 18,05 Mpa => Ok!
8 DIMENSIONAMENTO DOS PILARES Os pilares serão constituídos por peças compostas de seção 8 x 16 cm.
Distância entre os espaçadores: 9b1 ≤ l1 ≤ 18b1 => 9.8 ≤ l1 ≤ 18.8 => 72 ≤ l1 ≤ 144 (cm) l1 adotado: 140 cm Vamos utilizar o valor de l1 de 140cm, pois atende a condição de espaçamento, economia e a peça fica dividida em duas partes iguais, já que ela possui um comprimento de 280cm. Cálculo das inércias da seção elemento componente I1 = (b.h3) / 12 => I1 = 80.1603 / 12 => I1 = 27,3.103 mm4 I2 = (b.h3) / 12 => I2 = 160.803 / 12 => I2 = 6,83.103 mm4 Cálculo das inércias da seção composta A = n.A1 => A = 2 . 12800 => A = 25600 mm2 Ix = n. I1 =>
Ix = 2 . 27,3.103 => Ix = 54,6.106 mm4
Iy = n.I2 + 2A1.a12 => Iy = 2 . 6,83.103 + 2.12800.802 => Iy = 177,5.106 mm4 Cálculo dos coeficientes de redução
β1 = I2.m2 / (I2.m2 + ay.Iy)
=> β1 = 6,83.103 . 22 / (6,83.103 . 22 + 1,25. 177,5.106)
β1 = 0,11
Iefy = 0,11 . 177,5.106 => Iefy = 19,525.106 mm4 Consideraremos o menor valor entre Ix e Iefy Cálculo da esbeltez λ = ly / (Iefy /A)0,5 λ
=> λ = 2800 / (19,525.106 /25600)0,5 => λ = 101,39
= 101,39 => Peça Esbelta!!!
Cálculo da resistência fc0,d = 12,43Mpa Cálculo da rigidez efetiva Ec0,ef = 7450,24Mpa Cálculo da tensão de compressão atuante ϬNd = Nd / S
=> ϬNd = 27629 / 240.160 =>
ϬNd = 0,719 Mpa
Cálculo do momento fletor atuante Md = Nd . Ed => ed = el(NE/NE-Nd) => el = ei + ea ei = h / 30 => ei = 80 / 30 => ei = 2,66 mm ea = l0 /300 => ea = 2800/300 = 9,33 mm NE = π2 . 7450,24 . 19,525.106 / 28002
=> NE = 183.123,88 N
Md = 27629 . (2,66+9,33).(183.123,88/183.123,88 – 27629) Md = 390.133,49Mpa ϬMd = (Md ϬMd
. Y )/ I => ϬMd = (390133,49.(80/2))/19,525.106
= 0,842 Mpa
Verificação das condições de segurança ϬNd
+ ϬMd ≤ fc0,d => 0,719 + 0,842 ≤ 12,43 => 1,561 ≤ 12,43 => OK!
9 LIGAÇÃO DE CONTINUIDADE DA LINHA Foi escolhida a barra “E” da treliça, supondo que a mesmo deverá unida através de uma ligação de continuidade. Serão utilizados parafusos para unir as barras segmentadas (figura abaixo). Neste trecho verifica-se atuação de força de tração (Nd) de 34128,5 N. Para a construção da tala, serão utilizados 2 peças de 4 x 16 cm. Adoção do diâmetro do parafuso d ≤ t/2 => d ≤ 40/2 => d ≤ 20 mm Adotaremos d = 16 mm Cálculo de “β” β = t / d = 40/16 = 2,5
Cálculo da tensão de escoamento do aço fy,d = fy,k / γy fy,d = 240/ 1,10 fy,d = 218,18 Mpa Cálculo da resistência da madeira fc0,d = 12,43Mpa Cálculo da resistência ao embutimento fe0,d = fc0,d Cálculo de βlim βlim =
1,25 . (fyd / fe0,d)0,5
βlim =
5,237
=> βlim = 1,25 . (218,18/12,43) 0,5
Como β <βlim (2,5 < 5,237), teremos risco de embutimento na madeira, logo: Rv,d1 = 0,40 . (t2 / β) .fe,d = 0,40.(402 /2,5).12,43 = 3.128,08 N
Essa é a resistência de um plano de corte na ligação. Para dois planos temos: Rv,d2 = 2 x 3.182,08 = 6.364,16 N Cálculo do número de parafusos Nº = Td / Rv,d2
=> Nº = 34128,5 / 6.364,16 =>
Nº = 5,36 (6 Parafusos)
Serão necessários 12 parafusos com diâmetro de 16 mm, sendo 6 deles para cada lado da barra “E” segmentada.
10 DETALHES CONSTRUTIVOS DA EXTREMIDADE A extremidade da treliça possui um entalhe com um dente de 4 cm, sendo que ele encontra-se a 7,4 cm da extremidade da linha, conforme mostra a figura abaixo.
De acordo com os calculos, são necessários 2 dentes para evitar o cisalhamento na extremidade da linha. Contudo, não é possível executar os 2 dentes de 4 cm cada, pois a soma das alturas ultrapassa h/4 como manda a norma. Deste modo, será executada uma tala na junção da perna com a linha. Tala, esta, que será executada com 2 peças de 4 x 16 cm.
11 DETALHAMENTO DAS LIGAÇÕES 11.1 Ligação entre barras – Barras E As figuras abaixo mostram a montagem da ligação dos segmentos da barra “E”. A ligação será formada por 12 parafusos de diâmetro 16 mm, fixados em uma chapa 4 x 16 x 70 cm sendo 6 deles para cada segmento em série paralela de 3, conforme mostra as figuras abaixo.
11.2 Ligação da linha com o pendural central – parte inferior Adoção do diâmetro do prego d ≤ t/5 => d ≤ 40/5 => d ≤ 8 mm l = 3t => l = 3.40 => l = 120 mm Adotaremos o prego 23 x 54 Cálculo de “β” β = t / d = 40/5,9 = 6,78
Cálculo da tensão de escoamento do aço fy,d = fy,k / γy fy,d = 600/ 1,10
fy,d = 545,45 Mpa Cálculo da resistência da madeira fc0,d = 12,43Mpa Cálculo da resistência ao embutimento fe90,d = 0,25 . fc0,d fe90,d = 3,11 Mpa Cálculo de βlim βlim =
1,25 . (fyd / fe0,d)0,5
βlim =
16,55
=> βlim = 1,25 . (545,45/3,11) 0,5
Como β <βlim , teremos risco de embutimento na madeira, logo: Rv,d1 = 0,40 . (t2 / β) .fe,d = 0,40.(402 /6,78).3,11 = 293,57 N Cálculo do número de pregos Nº = Td / Rv,d2
=> Nº = 15.960 / 293,57 =>
Nº = 54,36 ou (56 Pregos)
Serão necessários 112 pregos 23 x 54, sendo 56 deles na linha e 56 no pendural. O total de 56 pregos pregos é a soma da quantidade de pregos a serem cravados de cada lado da peça, isto é, 28 de cada lado.
Medidas em centímetros
11.3 Ligação da linha com o pendural central – parte superior Adoção do diâmetro do parafuso d ≤ t/2 => d ≤ 40/2 => d ≤ 20 mm Adotaremos d = 16 mm Cálculo de “β” β = t / d = 40/16 = 2,5
Cálculo da tensão de escoamento do aço fy,d = fy,k / γy fy,d = 240/ 1,10 fy,d = 218,18 Mpa Cálculo da resistência da madeira fc21,8,d = 8,79Mpa Cálculo da resistência ao embutimento fe21,8,d = fc21,8,d Cálculo de βlim βlim =
1,25 . (fyd / fe0,d)0,5
βlim =
6,23
=> βlim = 1,25 . (218,18/8,79) 0,5
Como β <βlim , teremos risco de embutimento na madeira, logo: Rv,d1 = 0,40 . (t2 / β) .fe,d = 0,40.(402 /2,5).8,79 = 2.250,24 N Essa é a resistência de um plano de corte na ligação. Para dois planos temos: Rv,d2 = 2 x 2.250,24 = 4.500,48 N Cálculo do número de parafusos Nº = Td / Rv,d2
=> Nº = 15960 / 4.500,48 =>
Nº = 3,55 (4 Parafusos)
Serão necessários 8 parafusos com diâmetro de 16 mm. Como a peça está fazendo a ligação de 3 peças, então será necessária a seguinte configuração dos parafusos.
Medidas em milimetros.
11.4 Ligação da perna com a linha
Medidas em centímetros
12 DETALHAMENTO DOS PILARES
13 DETALHAMENTO DA TESOURA