ESCOLA SECUNDÁRIA DA AMADORA Curso EFA Secundário S ocieda ociedade de,, Tecnologia Tecnologia e ciênci ciência a Núcleo Gerador: Ambiente e Sustentabilidade Domínio de Referência: DR1 Tema: Consumo e Eficiência Energética
Ficha de Trabalho Nº 1C Formando: José
Gomes Formadores: João Gonçalves e Helena Fonseca 2011/2012
Índice I.
Introdução
II.
O Conforto Térmico
III.
Diferentes modos de conforto térmico
•
Aquecimento central
•
Ar condicionado
•
Aquecedor elétrico
•
Lareira/Braseira
•
Vestuário
IV.
Diferentes modos de conforto térmico em contextos sociais diferentes
V.
Técnicas de conforto térmico nas habitações
•
Isolamento térmico
•
Métodos de aquecimento
•
Tipos de aquecimento
VI.
Tipos de condutores de energia
•
Maus condutores
•
Bons condutores
VII.
Mecanismos de transferência de energia
•
Condução
•
Convenção
•
Radiação
VIII. IX.
Conclusão Referências Bibliográficas
2 José Gomes
EFA 3
I. Introdução No âmbito da disciplina, Sociedade, Tecnologia e ciência, foi proposto aos alunos a elaboração dum trabalho escrito de pesquisa e reflexão, tendo como base temática, o Consumo e Eficiência Energética . Decidi abordar a questão do conforto térmico , tal como o exemplo dado em ficha, visto ser a abordagem que me cativou mais interesse a desenvolver neste projeto, na medida em que, a meu ver, é a forma mais simples, cómoda e eficaz que cada um de nós enquanto cidadãos do Mundo temos para fazer a diferença em questões ambientais. Sendo os objetivos deste trabalho, identifi car e intervir em situações de tensão entre o ambiente e a sustentabilidade, a melhor compreensão do assunto do consumo e eficiência energética é fundamental para a prática de novas medidas de segurança, preservação e exploração de uma série de recursos, através de atitudes quotidianas, tendo como meta final a melhoria da qualidade ambiental. O trabalho estará dividido em seis partes, nas quais desenvolverei questões inerentes ao tema do conforto térmico, apresentando conhecimentos adquiridos através de pesquisa e apresentando exemplos práticos. Tentarei com este projeto, revelar questões pertinentes acerca da questão do ambiente a sua sustentabilidade, dando exemplos práticos e eficazes de como se pode atuar em determinadas situações, de modo a que os resultados sejam os mais benéficos para o meio ambiente e o nosso próprio bem-estar.
3 José Gomes
EFA 3
II. O conforto térmico Significado: O conforto térmico pode ser definido como uma condição mental que expressa satisfação do ser humano com o ambiente térmico circunjacente. Ter conforto térmico significa que uma pessoa, por exemplo, usando uma quantidade normal de roupas, não sente nem frio nem calor demais.
Numa
atualidade
em
que
a
população
urbana
aumenta
substancialmente, o caminho para a sustentabilidade, implica a aplicação de soluções para melhorar o ambiente urbano, tanto no interior como no exterior das habitações. O conforto térmico é um conceito dificilmente definido como exato, ou seja, que não implica uma temperatura exata, uma noção global exata do mesmo. O conforto térmico ou a sensação de conforto térmico que cada ser humano tem, varia e depende da conjugação e influência de determinados fatores:
4 José Gomes
EFA 3
1- Fatores quantificáveis, ou fatores situacionais (variáveis ambientais), tais como: - A temperatura do ar - A velocidade do ar - A humidade relativa do ar ou pressão parcial de vapor - Temperatura média radiante das superfícies - Radiação térmica
2- Fatores não quantificáveis, ou variáveis individuais, tais como: - Saúde/Metabolismo - Educação/Hábitos e costumes - Tipo de catividades - Vestuário - Aclimatação - Psicologia e sociologia
O homem é um animal homeotérmico*, de sangue quente, que para conseguir sobreviver, necessita de manter a temperatura interna do corpo dentro de valores muito limitados, a uma temperatura constante de 37ºC, fazendo com que a procura do equilíbrio térmico seja constante, entre o seu meio envolvente com a finalidade do seu pleno bem-estar.
*Homeotermia, termo antigo, ou endotermia, termo atualmente correto, é uma característica de alguns animais que lhes permite manter sua temperatura corporal relativamente constante à causa de uma alta taxa metabólica gerada pela intensa combustão de alimento energético nas células.
5 José Gomes
EFA 3
Quando existe a perceção psicológica desse equilíbrio, pode-se falar de conforto térmico, que é definido pela ISO 7730 como: um estado de espírito que expressa satisfação com o ambiente que envolve uma pessoa (nem quente nem frio).
«A zona de conforto representa aquele ponto no qual a pessoa necessita de consumir a menor quantidade de energia para se adaptar ao ambiente circunstante.» (Olygay, 1973)
6 José Gomes
EFA 3
Conclui-se portanto que, o conforto térmico é uma sensação subjetiva que depende de aspetos biológicos, físicos e emocionais de cada um de nós, não sendo desta forma, possível satisfazer a todos os indivíduos que ocupam um mesmo recinto, com uma determinada condição térmica. Sendo assim, um ambiente neutro e confortável é um ambiente que permite que a produção de calor metabólico se equilibre com as trocas de calor provenientes do ar à volta da pessoa.
As preferências térmicas dependem também muito da estação do ano associando-se inevitavelmente à velocidade do ar, sendo que a maior parte das pessoas declaram preferência por menor velocidade do vento em todas as estações do ano. Para além disso, verifica-se um decréscimo geral do desconforto com o aumento da idade, possivelmente devido à utilização de vestuário mais quente das pessoas mais idosas.
As mulheres são as que declararem
menores
conforto
níveis
com
comparativamente
aos
de
vento homens.
Conclui-se que a aceitabilidade de condições de calor é maior que as de frio e que os indivíduos adotam estratégias
de
adaptação
às
condições exteriores para melhorar o seu nível de conforto, tais como mudanças no vestuário ou escolha de locais à sombra ou ao sol.
7 José Gomes
EFA 3
III. Diferentes modos de conforto térmico Apesar do homem ter a capacidade de se conseguir adaptar a determinadas condições ambientais, se a temperatura interior de um ser humano for inferior a 28 ºC, este pode ter sérios problemas cardíacos e de arritmia e acima de 46 ºC, pode ter danos cerebrais irreversíveis. Assim, é imperativo um bom controlo térmico. O objetivo é proporcionar condições exteriores tais, que seja reduzida ao mínimo a necessidade do corpo utilizar os seus mecanismos de regulação térmica – Conforto Térmico (ASHRAE, 1997). O conforto térmico nas nossas casas é uma conjuntura importante a alcançar para o nosso bem-estar, para a saúde
e,
consequentemente, para a nossa
longevidade.
O
desconforto é um indicador importante
para
ter
em
atenção na nossa saúde, porque é o primeiro sintoma que nos alerta para o facto das condições em que nos encontramos adequadas
não
serem
ao
que
precisamos, pelo que devemos atuar (arranjar formas e sistemas para gerar calor/frio mais adequados ás nossas intenções), para assim
conseguirmos
criar
condições
mais
confortáveis,
sustentáveis e naturalmente mais saudáveis. Nesse sentido, é essencial arranjarmos estratégias e formas para construirmos a nossa própria zona de conforto, através de certos artifícios materiais que nos 8 José Gomes
EFA 3
ajudam a mantermos o nosso equilíbrio térmico. Existem vários modos de produzirmos o nosso próprio conforto térmico, tais como: •
Aquecimento central
•
Ar condicionado
•
Aquecedor elétrico
•
Lareira/Braseira
•
Vestuário
1 – Aquecimento central
O aquecimento central é um sistema que permite um aumento da temperatura ambiente, baixar a humidade relativa do ar no interior dum espaço fechado, sem retirar as principais qualidades do ar que respiramos, criando condições que permitem aos utilizadores sentirem-se confortáveis, mesmo em situações de baixas temperaturas no exterior. É silencioso e permite que todo o espaço seja aquecido, não se restringindo apenas a uma divisão – é portanto uma solução integral.
9 José Gomes
EFA 3
Para ser eficiente é necessário ser devidamente instalado e ajustado de acordo com o espaço em que está inserido, para uma boa difusão de aclimatização do mesmo. Os sistemas de ar condicionado são o melhor meio de controlo de temperatura, humidade, limpeza e distribuição do ar. O aquecimento central, é um sistema que fornece um alto padrão de conforto com um baixo consumo energético, sem desagradáveis ruídos e com um longo período de vida útil. Sendo o gás um combustível cada vez mais económico, ecológico, acessível e principalmente seguro, representa por isso a melhor opção como fonte de energia. Como funciona: - A caldeira aquece a água e fá-la circular através da tubagem para todos os radiadores, que são colocados estrategicamente nas divisões da habitação. Este sistema também pode aquecer a casa, através de vento conectores ou chão radiante. Vantagens: - Saudável: o sistema de radiadores oferece um calor saudável e uniforme. É o melhor sistema de aquecimento para as pessoas com problemas alérgicos ou respiratórios. É uma alternativa ao aquecimento tradicional, mais amiga do ambiente pois utiliza a energia do ar exterior, trazendo-a assim para o interior
da
casa.
- Económico: por se utilizar o gás natural, uma energia mais económica que os outros tipos de gases e que a eletricidade, este sistema tem um custo de utilização mais acessível.
10 José Gomes
EFA 3
2 – Ar condicionado Os sistemas de ar condicionado proporcionam um significativo nível de conforto interior, possibilitando condições de habitabilidade e trabalho ideais até nos climas mais desfavoráveis no exterior. Em termos de conforto, as aplicações de ar condicionado têm como finalidade proporcionar um ambiente interior cujas condições se mantenham de alguma forma constantes, dentro dos padrões que ofereçam o maior conforto aos indivíduos, apesar das variações das condições meteorológicas exteriores e das cargas térmicas interiores. Um sistema de ar condicionado deverá cumprir as seguintes funções: Arrefecimento – no verão; Desumidificação - no verão; Aquecimento - no inverno Umidificação - no inverno;
11 José Gomes
EFA 3
3- Aquecedor elétrico Um aquecedor, de modo geral, é um equipamento utilizado para aquecer algum fluido (ar, água). Muitas vezes se utiliza energia elétrica para produzir este aquecimento. São dos sistemas mais utilizados pelas pessoas nas suas residências, devido ao facto de serem dos mais acessíveis, monetariamente falando. Apesar disso consomem muita energia elétrica e requerem de igual modo uma constante manutenção e alguns cuidados de segurança essenciais, para constituir uma boa utilização dos mesmos.
4 – Lareira/Braseira Uma lareira é uma estrutura presente em muitas habitações, na qual se pode acender um fogo. Consiste num espaço revestido de materiais
não-inflamáveis
como
pedra e tijolo, onde se queima a madeira e é através duma chaminé que deixa o fumo e outras partículas sair para o exterior. Era utilizada para aquecer, cozinhar e iluminar nas antigas habitações, mas hoje em dia é usada principalmente como decoração, ou para aquecer as casas no inverno. Em sítios com climas agrestes, ou nas estações frias do ano, a lareira ainda prevalece. 12 José Gomes
EFA 3
Era utilizada para aquecer, cozinhar e iluminar nas antigas habitações, mas hoje em dia é usada principalmente como decoração, ou para aquecer as casas no inverno. Em sítios com climas agrestes, ou nas estações frias do ano, a lareira ainda prevalece. Atualmente, com as modernas lareiras, mais conhecidas por recuperadores de calor, obtém-se rendimentos muito superiores ás lareiras tradicionais. Um recuperador de calor é um dispositivo que, inserido numa lareira, funciona como fonte de calor através da queima de combustível (lenha), para aquecimento ambiente. A utilização deste tipo de equipamento apresenta algumas vantagens relativamente às lareiras abertas. O rendimento é superior permitindo um menor consumo de lenha. Maior conforto e segurança na sua utilização dado a combustão ocorrer num espaço fechado evitando a saída de fagulhas e fumo para o espaço habitacional. Um recuperador de calor pode ser usado para aquecer outras divisões alem da sala do próprio aparelho. Se for usado ar exterior alem de aquecer, pode-se ventilar e renovar o ar das moradias.
13 José Gomes
EFA 3
Já as braseiras foram outra das formas de aquecimento utilizadas nas habitações, as quais eram colocadas em pequenos espaços fechados com a finalidade de os aquecer, contudo eram muito perigosas devido à libertação de gases tóxicos que já provocou muitos acidentes trágicos. Casos em especial como no Alentejo sendo a maior parte da população, principalmente os idosos, utiliza as braseiras. Sendo já um uso desincentivado pelas autoridades de saúde da região, pois médicos apelam mesmo ao fim deste meio de aquecimento, alertando para o perigo de ocorrerem casos de intoxicação por inalação de monóxido de carbono.
5 – Vestuário Um dos fatores mais importantes para se atingir o conforto térmico é a roupa utilizada por cada indivíduo. O tipo de roupas usadas pelas pessoas, varia de região para região e de pessoa para pessoa, e também da ocasião. Isto acontece basicamente devido a: diferentes roupas são usadas em diferentes ocasiões e lugares, como, por exemplo, trabalho, escola ou casa. O vestuário é caracterizado através da sua resistência térmica.
É natural que consoante cada estação do ano, as peças de vestuário utilizadas por casa pessoa sejam distintas. No Verão, com a temperatura da atmosfera mais elevada, o nível de conforto térmico das pessoas aumenta, logo são prescindíveis grandes
quantidades
de
peças
de
vestuário vestidas.
14 José Gomes
EFA 3
IV. Diferentes modos de conforto térmico em contextos sociais diferentes O conforto térmico pode não ter uma definição exata, mas é uma noção intrínseca a qualquer ser humano. Como tal, é possível geri-lo ou mesmo exigi-lo. O Regulamento das Características de Comportamento Térmico apresenta o conforto térmico como um direito das pessoas e estabelece um patamar mínimo que deve ser atingido em todos os edifícios habitacionais. No entanto, com as enormes discrepâncias sociais e económicas na nossa sociedade, é possível
identificarmos
zonas
e
populações do nosso País, onde a qualidade de conforto térmico não é igual à de outras, nomeadamente zonas do interior, zonas rurais, onde o poder económico das populações é muito inferior ao da população das grandes zonas urbanas. Esse facto contribui diretamente para os variados e diferentes conceitos de conforto térmico entre camadas socias distintas. « (…) porque a grande massa das nossas construções tradicionais de
pedra, de terra crua ou cozida, com escassas aberturas, mal vedadas, resiste melhor ao calor do que ao frio. Há belos exemplos de casas tradicionais frescas no verão e escassos exemplos de casas “quentes” no inverno, porque
não havia conhecimentos, isolamentos térmicos, boas vedações, nem se podiam fazer grandes envidraçados. Também não é difícil ver por detrás dessa rusticidade térmica os fortes constrangimentos económicos patentes (…) 15 José Gomes
EFA 3
« (…) Vê-se nas casas, no recheio e no magro orçamento familiar
inventariado em que a lenha, quando é paga, representa grande parte das despesas de habitação. A situação seria menos severa nas casas da burguesia urbana em que a privacidade e a comodidade já se faziam sentir, Mas quanto ao frio, Fialho não deixava de recorrer ao exercício físico e saía para a rua à procura do sol. É neste quadro de (in)conforto tradicional que vai penetrar o conforto moderno.» [Orlando Ribeiro, 1987]
V. Técnicas de conforto térmico nas habitações Um aspeto que é geralmente pouco considerado relativamente à questão do conforto térmico é o condicionamento térmico nas habitações. O desempenho térmico de uma habitação deve ser avaliado e otimizado na fase da própria conceção de raiz, onde será necessário recorrer a sistemas ativos para conseguir obter conforto térmico tanto no isolamento, no arrefecimento ou aquecimento. A energia despendida na climatização de uma habitação, depende diretamente do isolamento que esta apresentar face às condições climatéricas exteriores. Sempre que o material de construção não for isolante, dever-se-á instalar um isolamento térmico que reforce a capacidade intrínseca do material de construção utilizado, em isolar as condições ambientais interiores dos exteriores. Nesse sentido, existem formas e técnicas de conforto térmico nas infraestruturas, bastante eficazes e benéficas não só à saúde direta das pessoas, como ao próprio planeta Terra.
1. Isolamento Térmico É considerada a melhor forma de poupar energia. A maioria da energia perdida por um edifício está associada às suas fachadas. Logo, ao se isolar termicamente esses elementos construtivos, essa situação é significativamente 16 José Gomes
EFA 3
melhorada, permitindo assim criar melhores condições de conforto térmico, reduzindo na utilização de aparelhos com a mesma finalidade. •
Melhoria do fator de conforto - Com o isolamento térmico, a temperatura ambiente interior da habitação permanecerá próxima das condições ótimas de conforto, independentemente da estação do ano, o que resultará numa melhoria efetiva do fator de conforto para os residentes dessa habitação.
•
Proteção do ambiente – Reduzindo o consumo da energias, reduzemse as necessidades de consumo de eletricidade, ou seja, um modo eficaz de preservar as fontes de energia não renováveis do planeta. Sendo de facto, uma excelente forma de sustentabilidade do mesmo.
•
Beneficiação e conservação da estrutura dos edifícios – O isolamento térmico de fachadas permitem minimizar a possibilidade de ocorrência de problemas de humidade nas habitações, evitando-se assim a degradação precoce dos elementos construtivos, tanto internos como externos.
Coberturas (terraço ou telhado): Utilizar isolantes térmicos imperecíveis e resistentes à água. Paredes exteriores: Aplicar isolamento contínuo pelo exterior com materiais permeáveis ao vapor. Pavimentos em contacto com o solo: Utilizar isolantes térmicos imperecíveis e resistentes à água ou pavimentos de madeira flutuantes com caixa.
17 José Gomes
EFA 3
2. Métodos de aquecimento O sistema de aquecimento numa habitação deve ser simples e de fácil utilização. O tipo de instalação depende de uma série de critérios, tais como: •
O tipo de habitação a aquecer (edifício novo, residência secundária);
•
O espaço necessário para armazenar o combustível (lenha, etc.);
•
A qualidade do isolamento (para diminuir a potência necessária);
•
A localização do edifício a aquecer (microclima, topografia);
•
A disponibilidade do combustível considerado;
•
A possibilidade de combinar com outras fontes de energias renováveis.
• Aquecimento central
Um aquecimento central implica a instalação de um gerador que aquece o ar ou a água que será devidamente transportado por uma rede de condutas para os aparelhos de aquecimento. Este sistema vai incluir um regulador de temperatura que permite que não se utilize inutilmente a energia quando a temperatura ambiente é suficiente. • Aquecimento descentralizado
Uma instalação descentralizada implica o fornecimento de combustível para cada aparelho de aquecimento, de modo separado. Convém principalmente para as casas muito bem isoladas e que não têm necessidade de aquecimento a não ser para algumas divisões ou ainda quando um aquecimento central é muito difícil de instalar.
18 José Gomes
EFA 3
• Tipos de Aquecimento •
Os fogões ou salamandras com diferentes tipos de combustível
•
As caldeiras de aquecimento central.
•
As caldeiras por condensação que recuperam a energia do vapor de água dos gases de combustão têm um maior rendimento e são ambientalmente melhores.
VI. Tipos de condutores de energia É possível distinguir-se entre os bons e maus condutores de energia. São bons condutores de eletricidade aqueles que possuem elétrones livres, sendo a grande maioria metais e maus condutores aqueles que não possuem elétrones livres, como a borracha. Já bons condutores de calor são aqueles com baixo calor específico, nos quais se destacam de novo os metais, e maus condutores são aquele com alto calor específico, como a água. O que determina se um material será bom ou mau condutor térmico são as ligações dentro da sua estrutura atómica ou molecular. Assim, os metais são excelentes condutores de calor porque os eletrões encontram-se mais afastados dos núcleos atómicos, por isso têm grande mobilidade. Estes eletrões designam-se por eletrões livres: movimentando-se desordenadamente no interior dos metais. No entanto, ao fechar-se um circuito elétrico, estes eletrões organizam-se de imediato num movimento ordenado, gerando uma corrente elétrica.
19 José Gomes
EFA 3
1. Maus condutores de energias: - Borracha, madeira, cortiça; - Vidro, porcelana; - Plástico; - Têxteis (lã, seda, etc.); -
Água
desionizada,
água
bastante
açucarada; - Ar seco.
As soluções que são formadas por iões e por sais são as boas condutoras de corrente eléctrica. Assim quando se fecha o circuito eléctrico, os iões movimentam-se organizadamente, dirigindo-se os iões negativos para o eléctrodo positivo e os iões positivos para o eléctrodo negativo. Este movimento organizado constitui a corrente eléctrica no l íquido.
2. Bons condutores de energias: - Metais (como o cobre, alumínio, ferro, etc.) e algumas ligas metálicas; - Grafite - Soluções aquosas (de sulfato de cobre, de ácido sulfúrico. etc.) - Água da torneira, água salgada, água ionizada (como, por exemplo as das piscinas); - Corpo humano; -Ar húmido. A neve é outro exemplo de um bom isolante térmico. Isto acontece porque os flocos de neve são formados por cristais, que se acumulam formando camadas fofas aprisionando o ar e dessa forma dificultando a transmissão do calor da superfície da Terra para a atmosfera.
20 José Gomes
EFA 3
VII. Mecanismos de transferência de energia Quando dois corpos estão na presença um do outro a temperaturas diferentes há transferência de calor do corpo mais quente para o corpo mais frio até se estabelecer a igualdade de temperaturas. Existem três processos desta transferência de energia: · Condução; · Convecção; · Radiação.
1. Condução Quando a transferência de calor se realiza através de sólidos ou líquidos que não estão em movimento. Este tipo de transferências acontece nos sólidos, porque as partículas nos sólidos estão muito perto umas das outras. As partículas a maior temperatura (e por isso com maiores movimentos vibratórios - maior energia cinética) transferem energia, por contacto, às partículas imediatamente ao seu lado, mais frias (com menor vibração - menor energia cinética). Existem materiais bons (metais, sílica, grafite) e maus condutores de calor. Os maus condutores de calor (vidro, plástico, borracha, lã) podem ser condutores como isolantes térmicos.
21 José Gomes
EFA 3
2. Convecção A convecção acontece nos líquidos e nos gases. Neste caso a transferência de energia de um local para outro é devido à movimentação de partículas (não possível nos sólidos, porque as posições das partículas são fixas), as chamadas correntes de convecção.
Correntes de convecção: As correntes de convecção transportam as partículas para um outro local (os gases quentes sobem, levando as partículas mais quentes para locais a uma altura superior). É possível observar correntes de convecção na atmosfera e em líquidos em aquecimento.
3. Radiação Este processo de transferência de energia não necessita de meio material para se propagar, ao contrário da condução (necessita de um meio sólido) ou da convecção (necessita de um meio líquido ou gasoso). Esta transferência dá-se através do vácuo (espaço vazio). É desta forma que o calor vindo do Sol chega até nós. Todos os corpos cuja temperatura seja superior aos zero absolutos (-273 ºC) emitem radiação eletromagnética. O Sol é um exemplo de um corpo que emite uma enorme quantidade de radiação, a qual pode percorrer grandes distâncias. A incidir sobre os corpos, a radiação transfere parte da energia que transporta.
22 José Gomes
EFA 3
Para compreender melhor as diferentes formas de transferência de calor podemos considerar um exemplo prático e diário. Se apanharmos sol na praia, sem proteção, passadas algumas horas a nossa pele fica queimada (escaldão), pois o sol emite energia radiante composto por fotões ou ondas eletromagnéticas. Esta radiação penetra na atmosfera e atinge a superfície com os seus raios ultravioletas. Qualquer organismo que atinge a radiação tem a propriedade de absorver, o que vai fazer com que se produza calor, que por sua vez faz com que a temperatura suba. No casso do nosso corpo, ele absorve a radiação solar, daí a pele ficar queimada, no entanto, se conseguirmos rapidamente, evitando o calor excessivo, sentirmos de alguma forma, uma brisa um pouco fria, o nosso corpo irá transmitir parte do seu calor para a corrente de ar (convecção). Os ventos são causados por diferenças de temperatura entre as diferentes camadas da atmosfera e da rotação da Terra, criando, assim, a chamada convecção de correntes de ar, através do qual o calor é distribuído na atmosfera da Terra. A transmissão também ocorre por convecção em líquidos como a água ferver.
23 José Gomes
EFA 3
IX. Conclusão Em jeito de conclusão, defino este trabalho como tendo sido uma grande fonte de conhecimento na área de energias e sustentabilidade. Através de bastante pesquisa, consegui sempre alcançar o melhor entendimento dos vários subtemas aqui abordados. Percebi de uma forma mais concreta, como funcionam questões que à partida tomamos como garantidas no nosso dia-adia. No entanto, são esses pequenos gestos que se vai pondo em prática novas formas e métodos de preservação do planeta Terra e que nos possibilitam evoluirmos com os tempos ao mesmo tempo que vamos sempre entretanto arranjar maneiras de nos sentirmos os mais confortáveis dentro da nossa própria casa e no seio da nossa sociedade. Penso que consegui alcançar os objetivos delineados para este projeto, assim como acima de tudo, sentir-me mais preparado para perceber a situação agravante em que o mundo se encontra e das formas tão simples que posso pôr em prática na minha rotina para contribuir de forma positiva para a sua preservarão, assim como também, perceber o modo como o próprio Homem se pode preparar para se sentir pleno de energia abraçando o seu pleno conforto térmico.
24 José Gomes
EFA 3
Referências Bibliografias Sites de Internet: •
Http://arquitecologia.org/Queremoscasas.pdf
•
http://www.deco.proteste.pt/casa/conforto-numa-casa-poupadas520831.htm
•
http://pt.scribd.com/doc/14773040/CONFORTO-TERMICO
•
http://aniinhas19-efans-avpa.blogspot.com/2009/04/conforto-termico.html
•
http://www.dryvit.pt/confortotermico.htm
•
http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap2/cap2-9.html
•
http://www.ceg.ul.pt/urbklim/resumos_pt.pdf )
•
http://www.factor-segur.pt/shst/docinformativos/Confortoter.html
•
Http://www.google.pt/imgres?q=neve+cartoon&um=1&hl=ptPT&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=_O6nESTMrZfTpM:&imgrefurl =http://www.paulavisconti.com/blog/&docid=4eXVdWUbJFt00M&imgurl= http://www.paulavisconti.com/blog/boneco_neve.jpg&w=300&h=204&ei= L1BVT5TRHJCp0AWSseDQCQ&zoom=1&iact=rc&dur=288&sig=10410 1712589351931658&page=3&tbnh=139&tbnw=205&start=44&ndsp=28& ved=1t:429,r:18,s:44&tx=136&ty=44
•
http://construcaosustentavel.pt/index.php?/O-Livro-%7C%7CConstrucao-Sustentavel/Conceitos/Valorizacao-Ambiental/ConfortoTermico
•
http://www.google.pt/imgres?q=isolamento+termico&um=1&hl=ptPT&sa=N&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=ro-quiJ5cxUoM:&imgrefurl=http://www.greentime.pt/obras-emcasa/2011/08/isolamento-termico-deparedes/&docid=XKHDiX2QAk7h9M&imgurl=http://www.greentime.pt/obr as-em-casa/wp-content/uploads/2011/08/65110619_2-Isolamento25
José Gomes
EFA 3
Termico-pelo-Exterior-Sistema-CAPOTTOViseu.jpg&w=510&h=390&ei=SuFTT8KFFLGY1AX5tMnvCw&zoom=1&i act=hc&vpx=527&vpy=183&dur=658&hovh=196&hovw=257&tx=136&ty= 125&sig=104101712589351931658&page=1&tbnh=135&tbnw=190&start =0&ndsp=18&ved=1t:429,r:2,s:0 •
http://www.modernunes.pt/Curiosidades/Efici%C3%AAnciaenerg%C3%A 9tica/tabid/59/Default.aspx
•
http://www.google.pt/imgres?q=lampada&um=1&hl=ptPT&sa=N&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=lDSJMd_yFwXU8M:&im grefurl=http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/5901-saopaulo-ganha-museu-dalampada/&docid=XQ9flZHbkNoCmM&imgurl=http://www.manutencaoesu primentos.com.br/imagens/sao-paulo-ganha-museu-dalampada.jpg&w=326&h=361&ei=lk9VT6zXE8SY8QOhhc3vBQ&zoom=1 &iact=hc&vpx=172&vpy=164&dur=266&hovh=236&hovw=213&tx=99&ty =144&sig=104101712589351931658&page=1&tbnh=137&tbnw=120&sta rt=0&ndsp=23&ved=1t:429,r:0,s:0
•
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/6258/8/8%2520%2520Capitulo3.pdf
•
http://www.raizdopensamento.pt/calor.doc
•
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/6258/8/8%2520%2520Capitulo3.pdf
•
http://www.google.pt/imgres?q=ar+condicionado&um=1&hl=ptPT&sa=N&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=TqKhASxIMIfybM:&imgr efurl=http://www.dicasnetwork.com/como-fazer-um-ar-condicionadocom-menos-de-50reais/&docid=JPW8WvAE_UuU4M&imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_ay uaKpJAiAY/THwDWqHbsVI/AAAAAAAAF9Y/nMI5zYRo5eA/s1600/verim agem.asp.jpeg&w=400&h=296&ei=kr9TT9elJeev0QWG4P3TBg&zoom= 1&iact=hc&vpx=932&vpy=153&dur=2185&hovh=193&hovw=261&tx=142
26 José Gomes
EFA 3
&ty=88&sig=104101712589351931658&page=1&tbnh=144&tbnw=193& start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:4,s:0 •
http://www.google.pt/imgres?q=lareira&um=1&hl=ptPT&sa=N&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=V62vPw6_RVayeM:&im grefurl=http://canticosdabeira.blogs.sapo.pt/45702.html&docid=OJNZTg maZ_UOsM&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_qbrkADdcmx8/R4LKn8d3DI/AAAAAAAABDw/hRWnmdc64EE/s320/lareira4.jpg&w=250&h=250 &ei=1MpTT7zDD8i90QWpsMX8Cw&zoom=1&iact=hc&vpx=1123&vpy=1 67&dur=1290&hovh=200&hovw=200&tx=118&ty=142&sig=10410171258 9351931658&page=1&tbnh=150&tbnw=149&start=0&ndsp=18&ved=1t:4 29,r:5,s:0
•
http://www.google.pt/imgres?q=lareira+desenho&um=1&hl=ptPT&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=eCSOFYjVk4zsaM:&imgrefurl= http://mir48.blogspot.com/2009/10/lareiras-em-ponte-dabarca.html&docid=BtreGN1BAl0G3M&imgurl=http://2.bp.blogspot.com/_ WAP1DbbDOmM/StHiHhuQBcI/AAAAAAAAAB4/67ytaaLr8B0/s400/Lare ira%252BIII.jpg&w=400&h=267&ei=S8xTT-hLqet0QWisZ3_Cw&zoom=1&iact=hc&vpx=814&vpy=320&dur=2334&h ovh=183&hovw=275&tx=177&ty=115&sig=104101712589351931658&p age=1&tbnh=127&tbnw=190&start=0&ndsp=20&ved=1t:429,r:10,s:0
27 José Gomes
EFA 3