2.3 – Formações Modulares certificadas
Acompanhamento de crianças – Regras Básicas de Nutrição higiene, segurança e Repouso
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50 horas
ÍNDICE Objetivo Geral da Formação ................................................................................................................................................ ..........3 Conteúdos Programáticos ................................................................................................................................................ ..............3 Introdução ............................................................................................................................... .............................................................4 Programa Nacional de Vacinação................................................................................................................................ ................5 Conclusão ............................................................................................................................... ..............................................................8 Bibliografa............................................................................................................................... ......................................................... 29
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Objetivo Geral da Formação
Os formandos no final da formação devem identificar as regras básicas de nutrição, higiene, segurança e repouso, relacionando-as com a saúde durante o crescimento e desenvolvimento da criança.
Conteúdos Programáticos Criança dos 0 aos 12 meses o Cuidados de higiene o Cuidados de conforto o Necessidades nutricionais o Prevenção de acidentes o Materiais de primeiros socorros obrigatórios o Vacinação Criança dos 12 aos 36 meses o Necessidades nutricionais o Higiene oral o Prevenção de acidentes o Materiais de primeiros socorros obrigatórios Criança dos 3 aos 6 anos o Consultas materno-infantis o Cuidados de higiene o Cuidados de conforto o Necessidades nutricionais o Prevenção de acidentes o Materiais de primeiros socorros obrigatórios o Vacinação Criança dos 5 aos 10 anos o Orientação nutricional o Prevenção de acidentes o Materiais de primeiros socorros obrigatórios
em meio institucional
em meio institucional
em meio institucional
em meio institucional
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Introduç ão O acompanhante de crianças é o/a profissional que, no respeito de imperativos de segurança e deontologia profissional, cuida de crianças até aos 12 anos durante as suas atividades, refeições e horas de repouso, vigiando e orientando, e cuidando da higiene, vestuário, alimentação e acompanhamento de passeios, excursões e visitas, promovendo o desenvolvimento integral e harmonioso das crianças, incluindo as necessidades especiais de educação.
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Programa Vacinação
Nacional
de
A vacinação é uma forma de fortalecer o organismo contra determinadas infeções. Os seus princípios empíricos já são conhecidos há muito tempo, embora só recentemente tenham sido utilizados de forma moderna e massiva. Constitui uma das maiores vitórias da medicina, e muitos de nós não estaríamos vivos se não fosse a vacinação. Em Portugal, administram-se vacinas desde o início do século XIX, designadamente a anti-variólica, mas foi apenas a partir de 1965, com a criação do Programa Nacional de Vacinação (PNV) que os ganhos em saúde foram signifcativos: • No final desse ano iniciou-se a vacinação em massa contra a poliomielite, registando-se então 292 casos da doença; • No ano seguinte registaram-se apenas 13 casos, o que traduz uma redução de 96%! • Em 1966 efetuou-se a vacinação em massa das crianças contra a difteria e a tosse convulsa, registando-se nesse ano 1010 casos de difteria e 973 casos de tosse convulsa; • No ano seguinte, após a vacinação, registaram-se apenas 479 casos da primeira doença e 493 da segunda, ou seja, uma redução de 50%! Outra vitória enorme da vacinação, ainda mais espetacular a nível mundial, foi a erradicação da varíola. Esta doença, que durante muitos séculos matou milhões de pessoas, foi considerada eliminada em 1978 e erradicada em 1980; O último caso de doença ocorreu na Etiópia em 1977. • Desde 1965, em Portugal foram vacinados mais de sete milhões de crianças e vários milhões de adultos através do PNV, que é universal e gratuito. As doenças abrangidas estão eliminadas ou controladas, tendo-se evitado milhares de casos de doença e centenas de mortes, sobretudo em crianças, que teriam ocorrido na ausência de vacinação. As vacinas incluídas no PNV são muito importantes para a Saúde Pública e permitem combater as seguintes doenças: • Difteria • Doença invasiva por Haemophilus influenzae b • Doença invasiva por Neisseria meningitidis C (meningite C) • Hepatite B • Papeira (trasorelho ou parotidite epidémica) • Papiloma humano (desde Outubro de 2008) • Poliomielite (paralisia infantil) • Rubéola • Sarampo
• Tétano • Tosse convulsa pertussis) •
(coqueluche
ou
Tuberculose • Embora as vacinas sejam administradas sobretudo em crianças e adolescentes, os adultos devem ter atualizadas as suas vacinações contra a hepatite B (principalmente de tiverem comportamentos de risco, como toxicomania, promiscuidade sexual, etc.), e contra a difteria e o tétano (reforços de 10 em 10 anos). O que é o Programa Nacional de Vacinação (PNV)? • O PNV é da responsabilidade do Ministério da Saúde e integra as vacinas consideradas mais importantes para defender a saúde da população portuguesa.
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• As vacinas que fazem parte do PNV podem ser alteradas de um ano para o outro, em função da adaptação do Programa às necessidades da população, nomeadamente pela integração de novas vacinas. Quais são as vacinas que fazem parte do Programa Nacional de Vacinação em 2008? • Em 2008 foi incluída no Programa Nacional de Vacinação a vacina • HPV. • A partir de 27 de Outubro de 2008 são vacinadas as jovens nascidas • em 1995. • Onde vacinar? • No centro de saúde da área de residência. Quanto custam as vacinas? As vacinas que fazem parte do PNV são gratuitas. PNV (esquema recomendado)
Prevenção Acidentes Como evitar acidente…
de o
As crianças pequenas são curiosas por natureza e, até uma certa idade, não têm noção do perigo. Quando começam a gatinhar, partem para a aventura. É a idade das grandes explorações. À medida que vão crescendo as crianças imitam os gestos dos adultos sem medir as consequências. Por isso, o perigo nunca desaparece… •Manter uma vigilância constante; • Mecanismos de segurança: – Fechos especiais para gavetas e armários;
– Bloqueadores de portas ou calços; – Dispositivo para arredondar os cantos; – Travões para janelas; 6 / 29
– Barreiras de segurança para escadas (topo e fundo); – Autocolantes indicadores de temperatura (forno p.e.)
Úteis e não muito caros.
Prevenir educando… – Mostrar onde se escondem o perigo, infelizmente nem sempre resulta: • ou porque as crianças não compreendem o que lhes está a ser ensinado, • ou porque a tendência é para fazerem exatamente o contrário do que lhes é pedido. • Antes procurar saber se a criança tem idade para compreender as advertências e acima de tudo, se está preparado para as aceitar. Idealmente, deve conciliar-se as duas, para manter o perigo à distância!
O acidente mais comum: a queda • Quando adquirem uma maior liberdade de movimentos: • Quedas – parte do processo de aprendizagem • Mas também porque as crianças passam a ter acesso a locais que antes eram inacessíveis: Estantes e móveis, mesas, cadeiras, janelas e varandas, escadas, etc.
Outros acidentes • • • • • • •
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Fontes de calor: lareiras ou aquecedores elétricos; Aparelhos e acessórios elétricos (televisor, vídeo, tomadas, extensões, etc.); Ingestão de produtos tóxicos, como plantas, álcool ou tabaco; Asfixia – cabos elétricos; Tropeções em tapetes (fitas adesivas duplas nos cantos); Brinquedos espalhados no chão; Estantes e móveis altos fixos à parede e ao chão; Impedir acesso a varandas: barreiras de segurança ou manter porta trancada;
Barreiras de segurança Características para que elas próprias não causem acidentes: • Devem ser fáceis de abrir e de retirar pelos adultos, mas não pelas crianças; • O espaço entre as barras não deve ser superior a 6 centímetros, além disso, estas devem verticais (já que, se fossem horizontais, a criança poderia utilizá-las como escada); • É preferível que sejam extensíveis, para que se possam adaptar a mais do que uma passagem (pode querer utilizá-las em várias zonas); • Não deve haver espaços ou mecanismos onde a criança possa entalar os dedos.
Pancadas e colisões Mudar disposição da mobília para que não haja esquinas em zonas de passagem: usar pedaços de espuma e fita-cola ou dispositivos protege-cantos; Se existirem grandes superfícies de vidro: •
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colocar autocolantes à altura dos olhos da criança; para evitar que o vidro estilhace e a fra, também é aconselhável aplicar uma película transparente autocolante, não só nas portas de vidro, como também em mesas com tampos de vidro.
Queimaduras • • • • • •
Lareiras – proteção para a lareira; Recuperador de calor – proteção para a lareira; Evitar colocar objetos por cima da lareira; Não usar aquecedores com a resistência à vista; Não usar toalhas compridas na mesa da refeição: bases individuais para pratos e bases para recipientes quentes;
Intoxicação • • • • •
Algumas plantas de interior são tóxicas: azálea e azevinho. Produtos químicos ao alcance das crianças. Guardar em armário fechado ou sistema de fecho de segurança; Nunca guardar produtos tóxicos em embalagens que não sejam as originais; Nunca retirar rótulos das embalagens dos produtos potencialmente perigosos é outro comportamento a evitar.
Tipos de acidente por idade (I)
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KIT PRIMEIROS SOCORROS EM MEIO INSTITICIONAL • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Manual de primeiros socorros Tesoura Termómetro digital Pensos rápidos Adesivo (hipoalérgico) Luvas (esterilizadas) Ligaduras elásticas (vários tamanhos) Compressas (esterilizadas) Compressas de gaze gorda Anti-sépticos (Iodopovidona, vulgarmente Betadine®) Álcool Soro Fisiológico Pomada para queimaduras Pomada contra picadas de insetos Máscara proteção respiratória Repelente Garrote Cobertor térmico Pinças Máscara Pocket Mask (para respiração boca a boca) Também deve conter alguns fármacos do tipo analgésico (paracetamol) Saco de frio/calor instantâneo
Cuidados a ter • Colocar tudo numa caixa própria, devidamente • identificada e com os respetivos rótulos; • Ter o Kit num lugar fresco e seco; • Escolher um local alto inviolável pelas crianças mas de fácil acesso pelos adultos; • Não misturar na caixa de primeiros socorros outros artigos de higiene; • Periodicamente fazer uma revisão ao material respeitando os prazos de validade dos produtos.
Primeiros Socorros Pediátricos 1 - COMO SOCORRER: •
Sempre que há um acidente, existe uma série de passos que podem ser dados no sentido de MELHORAR e de NÃO AGRAVAR o estado da vítima.
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2 - ESTADO DE CHOQUE • • • • • • • •
Se a vítima apresentar pulso rápido, respiração acelerada e superficial, suores frios, frio e palidez é porque está em ESTADO DE CHOQUE. O que se deve fazer: Desapertar a roupa; Acalmar a vítima, conversando com ela; Levantar as pernas a cerca de 30 cm do chão; Agasalhar a vítima, por exemplo tapando-a com uma manta. O que não se deve fazer: Dar de beber.
3 - INCONSCIENTE • Se a vítima não reage a estímulos verbais e não reage a estímulos fiscos, encontra-se INCONSCIEN TE. O que se deve fazer: • Transportar a vítima para um lugar arejado; • Desapertar a roupa; • Deita-la na posição lateral de segurança • (vítima deitada de bruços com a cabeça virada para o lado direito; braço direito fletido, servindo de apoio à cabeça; perna direita fletida, apoiada na perna esquerda). O que não se deve fazer: • Dar de beber à vítima.
4 - AMPUTAÇÃO Se a vítima apresenta um membro ou parte dele totalmente separado do resto do resto do corpo, sofreu uma AMPUTAÇÃO. O que se deve fazer: • Guardar o membro num saco de plástico limpo e fechá-lo; • Colocar esse saco dentro de outro com gelo e sal e fechá-lo também; • Transportar a vítima, rapidamente para o Hospital, juntamente com o saco que contém o membro. O que não se deve fazer: • Desfazer-se do membro amputado • Não enviar o membro juntamente com a vítima para o Hospital. •
5 - ENVENENAMENTO POR VIA ORAL Em caso de intoxicação, telefone para o Centro de Informação Antivenenos (CIAV) do INEM: 808 250 143
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Este serviço médico funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano. Para cada situação serão aconselhadas as medidas que deverá tomar. Procure dar informações que possam ajudar o CIAV a identificar a situação, designadamente: • Quem – idade, sexo, gravidez, etc. • O quê – produto, animal, planta, cogumelo • Quanto – quantidade de produto, tempo de exposição • Quando – há quanto tempo • Onde – em casa, no campo, na fábrica, etc. • Como – em jejum, com alimentos, com bebidas alcoólicas, etc. • • A sua colaboração é fundamental. Preste atenção às perguntas efetuadas. Siga as instruções indicada s. • O que não se deve fazer: NUNCA provocar o vómito. •
6 - ENVENENAMENTO POR VIA RESPIRATÓRIA Se a vítima sente tonturas, está eufórica (intoxicação com Monóxido de Carbono), sente-se a desfalecer (intoxicação com Gás Butano), sofreu um ENVENENAMENTO POR VIA RESPIRATÓRIA. O que se deve fazer: • Levar a vítima para um local arejado, tendo o cuidado de não respirar o ar contaminado; • Deixar a vítima em repouso; • Aguardar socorro profissional; • Se a vítima tiver uma paragem respiratória apenas um socorrista deverá aplicar respiração boca- a-boca. O que não se deve fazer: • Entrar no local contaminado, sem proteção respiratória, tornando-se outra vítima. • Se o gás for inflamável, ligar interruptores. 7 - FRACTURA • Se a vítima apresenta dor localizada, mobilidade anormal, incapacidade de fazer alguns movimentos, hemorragia (no caso de fratura exposta), muito possivelmente tem uma FRATURA. O que se deve fazer: • O menor número possível de movimentos à vítima; • Instala-la confortavelmente; • Cortar a roupa, se necessário; • Imobilizar a articulação; • Se a fratura for exposta, colocar uma compressa. O que não se deve fazer: • Pegar na vítima. 8 - HEMORRAGIA • Se a vítima apresenta uma ferida de onde jorra sangue vivo, está com uma HEMORRAGIA. O que se deve fazer: • Elevar a parte do corpo que sangra; • Estancar a hemorragia colocando uma compressa/pano limpo e comprimindo sobre a ferida. 11 / 29
Se a compressa/pano ficar ensopada/o, colocar outra/o por cima. Proteger a zona com uma ligadura, sem apertar. O que não se deve fazer: • Garrote caso não seja socorrista, e só em caso extremo. • Aplicar ligaduras apertadas. •
9QUEIMADURA •Se a vítima apresenta pele vermelha, quente e seca (queimadura do 1º Grau) e ainda bolhas com líquido claro (queimaduras do 2º Grau); destruição profunda dos tecidos (queimadura do 3º Grau), sofreu uma QUEIMADU RA. • O que se deve fazer: • No caso de Queimaduras do 1º e 2º Grau, imergir a zona afetada em água fria, até que a vítima não sinta dor e aplicar uma pomada hidratante, tendo o cuidado de não rebentar as bolhas. • Nos casos de Queimaduras do 3º Grau, aplicar uma compressa a cobrir a zona afetada e transportar imediatamente a vítima ao Hospital. • O que não se deve fazer: Rebentar as bolhas.
Transporte de crianças em automóveis - Sistemas de retenção para Crianças (SRC) Sistemas de Retenção para Crianças (SRC) - Homologados Regulamento 44 ECE/UN, versão 03 ou 04, adequado à idade, estatura e peso.
O sistema de retenção que comporta a marca de homologação ao lado ilustrada, é um dispositivo do tipo universal, que pode ser montado em qualquer automóvel; Pode ser usado para o grupo de massa dos 9-36 Kg (grupos 1 a 3) e foi homologado nos Países - Baixos (E4) com o número 03 2439. O número de homologação indica que a homologação foi concedida de acordo com as prescrições do Regulamento relativo à homologação dos sistemas relativo à homologação dos sistemas de retenção para crianças a bordo de automóveis.
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SRC ISOFIX •
semi-universal (com pé anti-rotação para apoio frontal)
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universal c/ 3 pontos de ancoragem, um deles posterior
SRC aprovados para crianças até 13 kg, possuem redutor interno para maior segurança e conforto. • •
• • • • • • a
As cadeiras viradas para a frente (VF) só podem ser transportadas no banco traseiro, salvo algumas exceções previstas na lei, Art.º 55, Código da Estrada 1- As crianças com menos de 12 anos de idade e menos de 150 cm de altura, transportadas em automóveis equipados com cintos de segurança, devem ser seguras por sistema de retenção homologado e adaptado ao seu tamanho e peso. 2- O transporte das crianças referidas no número anterior deve ser efetuado no banco da retaguarda, salvo nas seguintes situações: a) Se a criança tiver idade inferior a 3 anos e o transporte se fizer utilizando sistema de retenção virado para a retaguarda, não podendo, neste caso, estar ativada a almofada de ar frontal no lugar do passageiro; b) Se a criança tiver idade igual ou superior a 3 anos e o automóvel não dispuser de cintos de segurança no banco da retaguarda, ou não dispuser deste banco. 3- Nos automóveis que não estejam equipados com cintos de segurança é proibido o transporte de crianças de idade inferior a 3 anos. 4- Nos automóveis destinados ao transporte público de passageiros podem ser transportadas crianças sem observância do disposto nos números anteriores, desde que não o sejam nos bancos da frente. 5- Quem infringir o disposto nos números anteriores é sancionado com coima de 120€ 600€ por cada criança transportada indevidamente.”
Airbag no veículo As crianças com idade inferior a 3 anos só podem ser transportadas no banco ao lado do condutor se: Não existir airbag; -O airbag estiver desligado – através de dispositivo de origem previsto para o efeito; -O airbag tiver sido desativado pelo representante da marca, através de autorização do I.M.T.T.
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As crianças com mais de 15 kg já podem usar um sistema de retenção, vulgarmente chamado cadeira de apoio ou banco elevatório com costas, em que o cinto do próprio veículo passa à frente do corpo (como no adulto).
Escolher modelo com encosto regulável em altura e guia orientadora do cinto ao nível do ombro.
Antes da compra, importa confirmar que o sistema de retenção se ajusta ao veículo!!! Confrmar se pode trocar, se não servir… Verifcar p.e. se o cinto de segurança do banco traseiro tem comprimento suficiente para prender a cadeira virada para trás (VT) e se se adapta à criança! A utilização de sistemas de retenção é obrigatória no transporte automóvel, assim como no transporte coletivo de crianças.
SRC Grupos de Peso (Alguns SRC abrangem mais do que grupo de peso) a) Grupo 0, para crianças de peso inferior a 10 kg; b) Grupo 0+, para crianças de peso inferior a 13 kg; c) Grupo I, para crianças de peso compreendido entre 9 kg e 18 kg; d) Grupo II, para crianças de peso compreendido entre 15 kg e 25 kg; e) Grupo III, para crianças de peso compreendido entre 22 kg e 36 kg.
Cuidados de Higiene e Conforto ao Bebé O Banho • •
O banho é, sem dúvida um dos momentos mais apreciados pelo bebé. O regresso ao ambiente líquido e quente que vivenciou durante a sua viagem no útero materno, durante os nove meses de gravidez, dá ao bebé tudo o que precisa, 14 / 29
depois de um dia cheio de estímulos de todo o tipo e de um trabalho mental intenso. Quando dar banho? • Não existem receitas, mas a hora ideal será a melhor para os pais e para o bebé. • Ou seja depende da criança e depende a disponibilidade dos pais. Caso a criança fique mais relaxada após o banho este deve ser dado à noite antes da última mamada. • Não esquecer que o bebé não deverá estar pressionado por uma necessidade maior (fome, dores…), para que o banho seja um momento de prazer. Qual a frequência do banho? • Se os pais fzerem questão podem dar o banho diariamente, mas também podem optar pelo banho em dias alternados. • Tendo sempre cuidados de higiene reforçados nas zonas de pregas cutâneas e genitais. Quando dar banho completo? Sempre Durante algum tempo recomendou-se o banho parcial até à queda do coto umbilical, porque havia receio de que a água pudesse aumentar o risco de infeção da ferida umbilical. Mas estudos posteriores recomendam a lavagem da ferida umbilical, para que o risco de infeção seja menor. Assim deve-se fazer o banho completo e ter o cuidado de secar muito bem a ferida umbilical e toda a zona envolvente. • O coto umbilical deve permanecer sempre fora da fralda para evitar a sua conspurcação com fezes e urina. Que produtos usar? No mercado existem imensos produtos de diferentes marcas. O essencial será um gel de banho/sabão de glicerina e um creme hidratante/óleo de amêndoas. Caso os pais queiram optar por outros produtos devem ter o cuida do de não misturarem marcas. Caso a criança faça alergia a um produto devem mudar de marca. Quanto tempo deve demorar o banho? Não existe tempo predefinido. O suficiente para que o bebé usufrua desse momento e os pais consigam apreciar as competências do bebé. Mas no início o banho deve ser breve (+/- 5min.) para que o bebé não perca muito calor, uma vez que não tem muitas reservas e para que a adaptação à vida extra-uterina seja o mais favorável possível. Qual a temperatura do ambiente e da água? • O ambiente deve ser aquecido (24 a 25º C), sem correntes de ar, e a temperatura da água não deve ultrapassar os 36º C;
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Deve ser dado numa banheira ou bacia ampla; Deve colocar-se em primeiro lugar água fria e depois água quente; Testar a temperatura com o cotovelo ou a mão.
Banheira Shantala
O que preparar previamente para evitar perdas de calor? • Sabonete neutro ou de glicerina; • Óleo de amêndoas doces/creme hidratante; • Champô; • Compressa 10x10; • Álcool a 70% (caso seja aconselhado na maternidade onde nasceu o bebé, para desinfeção do coto umbilical); • Creme para assaduras; • Cotonetes; • Fralda; • Roupas; • Toalha macia; • Escova para o cabelo; • Corta unhas de pontas redondas; • Soro fisiológico caso seja necessário para lavagem dos olhos ou aplicação nas narinas. Cuidados com cordão umbilical Quando o coto umbilical cair desinfeta-se com povidona iodada (ex: betadine) diluída em álcool a 70%, numa percentagem de 50 por 50, até estar completamente cicatrizado Qual a técnica do banho? (1) • Usar o braço contrário ao de manuseio para segurar o bebé, segurando-o no braço mais afastado; • Começar por lavar os olhos e o rosto do bebé; • Molhar a cabeça com a mão que tiver livre e lave essa região usando sabonete líquido neutro; • Com a mão espalmada e o rabinho encaixado na banheira, lave o corpo do bebé ensaboando suavemente; • Para a lavagem das costas e rabinho do bebé, virá-lo de bruços, tipo sapinho. Ele sentir-se-á mais seguro. • Para isso apoiar o corpo do bebé passando o braço entre os dele. • Por último, lavar os genitais no sentido da frente para trás; 16 / 29
Retirar o bebé da água colocando-o em cima de uma toalha seca aquecida. Secar cuidadosamente a zona das pregas e do coto umbilical, observando cuidadosamente coloração/exsudado/evolução cicatricial; • Passar óleo de amêndoas doces ou creme hidratante por todo corpo; • Colocar a fralda fazendo uma dobra para que o coto umbilical não fique tapado; • Desinfetar o coto umbilical com uma compressa esterilizada embebida em álcool • a 70% (caso seja recomendado na maternidade); • Vestir a roupa que deve ser previamente aquecida no inverno; • Escovar o cabelo delicadamente; • •Usar um lado de um cotonete seco para limpar a parte externa do ouvido e o outro lado para o início do canal auditivo. • Nunca introduzir o cotonete; • Com um cotonete seco, limpar delicadamente o nariz, utilizando cada extremidade para cada orifício; • Mantenha as suas unhas e as do bebé cortadas para evitar lesões. • Os bebés precisam de muito contacto corporal. São sensíveis ao toque e sentemse bem, calmos e relaxados quando são tocados pelos pais; • A massagem é uma forma de fortalecer laços afetivos, após o banho massaje o seu bebé. • •
Como lavar olhos? • • •
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Os olhos devem ser lavados com soro fisiológico e compressas esterilizadas macias. Ter o cuidado de usar uma compressa esterilizada para cada olho. O movimento de lavagem deve ser no sentido de dentro para fora, ou seja, do canto do nasal para a orelha, num movimento único. Não devem limpar os ouvidos com cotonetes ou similares, porque empurram a cera para locais mais fundos. Apenas limpar a parte de fora do ouvido (orelha e pavilhão auditivo).
Como limpar nariz?
o
Deve ter o cuidado de limpar o nariz do bebé. Poderá fazê-lo com o auxílio de soro fisiológico para lubrifcar e amolecer as secreções e de seguida limpar com a ponta de uma toalha macia, cotonete ou mesmo utilizando um aspirador manual, mas tendo o cuidado de não traumatizar, o nariz é bastante vascularizado.
Como cortar unhas? •
as
As unhas dos bebés têm que ser cortadas, em alguns casos logo após o nascimento, uma vez que já podem vir grandes.
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Aproveite para o fazer quando o bebé está a dormir; Não corte as unhas demasiado curtas; 17 / 29
Corte a direito e lime os cantos; Isole o dedo da unha a cortar dos restantes dedos; Nunca utilize tesouras de adultos; Se ocorrer um corte e sangrar pressione o local; Se notar algum inchaço, secreção ou vermelhão junto à unha contacte com um profissional de saúde, pois pode haver encravamento da unha e necessitar de tratamento. Para finalizar, os cuidados de higiene e conforto ao bebé não devem ser apenas uma medida de higiene, mas um momento de partilha de afetos. • • • • •
Muda da fralda e dermite da fralda • A limpeza da pele da zona da fralda é essencial para remover todos os resíduos de fezes e urina. • Pode utilizar-se água morna, produtos de limpeza sem enxaguamento ou toalhetes, secando depois cuidadosamente a pele antes de colocar a nova fralda. • A aplicação de creme não é obrigatória em todas as mudas, sendo recomendada após dejeção ou se a muda da fralda coincide com uma altura do dia em que é habitual o bebé defecar. Em situações de dermite ou eritema da fralda, a pele da área da fralda encontra-se vermelha, podendo apresentar pequenas vesículas ou feridas.
Os principais cuidados são... •
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Mudar frequentemente a fralda – o contacto prolongado da pele com urina ou fezes, é a principal causa de dermite da fralda, que pode complicar com infeção bacteriana ou fúngica. A fralda, quando não mudada com frequência, promove um ambiente húmido propício à maceração da pele, sendo esta situação agravada pelo efeito oclusivo e pela fricção da fralda com a pele. Adicionalmente, as enzimas fecais (lipases e proteases) tornam-se ativas em pH alto, que é proporcionado pela ação das bactérias ao metabolizarem a ureia da urina em amónia; Lavar suavemente com água morna ou produtos de limpeza sem enxaguamento, secando cuidadosamente com toques suaves (sem esfregar); Deixar a pele ao ar, sem fralda, o maior tempo possível, particularmente durante as alturas da muda; Aplicar uma camada generosa de creme com óxido de zinco (ação protetora com algumas propriedades antiséticas e adstringentes); Caso existam lesões pruriginosas, com manchas escamosas brancas mais frequentes nas áreas das pregas, é provável se esteja perante uma infeção por Candida albicans ou bacteriana; pode ser necessário, após avaliação médica, a aplicação de antifúngicos ou antibacterianos tópicos; Se houver suspeita de alergia à fralda, deve mudar-se a marca das fraldas Caso existam lesões pruriginosas, com manchas escamosas brancas mais frequentes nas áreas das pregas, é provável se esteja perante uma infeção por Candida albicans ou bacteriana; pode ser necessário, após avaliação médica, a aplicação de antifúngicos ou antibacterianos tópicos; Se houver suspeita de alergia à fralda, deve mudar-se a marca das fraldas
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Dermite seborreica – Crosta láctea (1) •
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A exposição nas últimas semanas de gestação a níveis elevados de hormonas maternas pode desencadear no RN a estimulação das glândulas sebáceas, com consequente produção excessiva de sebo. Esta situação pode dar origem ao aparecimento de escamas oleosas e amareladas – crosta láctea – uma perturbação frequente (afeta 2 em cada 3 bebés), inestética, mas sem gravidade, que atinge geralmente a pele da cabeça (mas pode também afetar partes do corpo com maior quantidade de glândulas sebáceas tais como rosto, pescoço, atrás das orelhas, peito e nádegas).
Dermite seborreica – Crosta láctea (2) •
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A crosta láctea aparece geralmente nas primeiras semanas de vida desaparecendo por volta dos 7 meses. Em casos ligeiros, a lavagem diária e massagem suave com o champô indicado para bebé pode ser suficiente para amolecer e soltar as crostas. Caso este cuidado não seja suficiente pode aplicar-se um óleo de bebé para soltar as crostas nas zonas afetadas, deixar atuar massajando antes de lavar com o champô. Em situações mais persistentes, poderão utilizar-se cremes, loções ou champôs específcos para a eliminação da crosta láctea.
Massagem Shantala Para finalizar, os cuidados de higiene e conforto ao bebé não devem ser apenas uma medida de higiene, mas um momento de partilha de afetos.
Teste Pezinho
do
Avaliação de saúde e rasteio de doenças metabólicas O “Teste do Pezinho” é realizado no Centro de Saúde da área de residência, preferencialmente entre o 3º e o 6º dia de vida. Este teste consiste na colheita de algumas gotas de sangue do bebé para serem enviadas e analisadas no Instituto de Genética Médica do Porto. Esta análise tem como finalidade o despiste de algumas doenças que tratadas precocemente têm um bom prognóstico: FENILCETONÚRIA E HIPOTIROIDISMO
Ritmo intestinal •
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Cada criança tem o seu próprio ritmo intestinal, o qual pode alterar-se com o tempo, e os pais devem manter-se atentos a esta realidade. O tipo de fezes e o número de dejeções podem estar relacionados com o leite que o bebé ingere (materno ou artificial). 19 / 29
Manifestações Sociais do bebé Vinculação e competências do recém- nascido O desenvolvimento infantil processa-se sempre de uma forma uniforme e sequencial nas diversas áreas, portanto de uma forma previsível. A partir do primeiro mês surgem indicadores de comportamentos sociais - como o sorriso e o palrar, contudo o primeiro meio de comunicação verbal é o choro. Brincar é um fator de socialização gerando os estímulos necessários para aprender e interagir com o ambiente, mas as competências sociais dependem essencialmente da interação que o bebé desenvolve com os principais cuidadores. A música é um fator primordial para a estimulação do desenvolvimento do seu bébé.
Desenvolvimento Psicomotor Avaliação e acompanhamento desenvolvimento
do
Uma das perguntas mais frequentes é: “Quanto é que engordou o meu bebé?”. O aumento de peso é alvo de preocupação, principalmente se o bebé é amamentado exclusivamente ao peito. Como não existem leites maternos fracos ou fortes, mas sim quantidades suficientes ou insuficientes para as necessidades de cada bebé, só há uma forma de saber: pesá-lo. • É aconselhado o peso semanal no primeiro mês de vida. • O desenvolvimento psicomotor do bebé é um processo linear que tem início no seu nascimento, e cada um cresce de maneira única e pessoal. Há padrões ordenados e progressivos para o desenvolvimento do bebé, padrões esses universais e básicos a todos, mas cada um alcança-os num tempo exclusivamente seu. Existe uma ordem própria, nem todos se sentam aos 6 meses, e isso não signifca que hajam problemas, cada bebé é um ser único. • •
Eritema fralda •
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•
da
Um problema frequente nos bebés é o eritema da fralda. O amoníaco e outras substâncias constituintes da urina do bebé podem causar irritação na sua pele sensível, especialmente se ele permanecer muito tempo com a mesma fralda ou quando tiver fezes mais ácidas ou soltas. Deve evitar-se a utilização de toalhetes de limpeza durante os cuidados de higiene íntima pois são também a causa de grande parte das irritações e assaduras. Sugere-se assim a realização dos cuidados de higiene com água e sabão. Existem ainda no mercado cremes de barreira específicos para aplicar sobre o ânus e os órgãos genitais do bebé sempre que estas zonas se encontrarem mais fragilizadas. No caso do eritema persistir apresentando pequenas flitenas (bolhas) ou borbulhas a criança deve ser observado por um profissional de saúde pois necessitará de
tratamento específico.
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Refluxo gástrico Muitos casais fcam também frequentemente preocupados quando o bebé bolsa leite com frequência. O refluxo é causado pela subida de leite e suco gástrico pelo esófago durante e após as refeições. • É frequente nos primeiros meses de vida do bebé devido à imaturidade da válvula da parte inferior do esófago. • Se o bebé mantiver o aumento ponderal esperado, esta situação não constitui um problema. O refluxo pode não chegar a exteriorizar-se, causando apenas desconforto abdominal nos bebés. • Provoca sintomas semelhantes aos das cólicas, mas que ocorrem usualmente durante ou depois das mamadas. Manter o bebé numa posição mais vertical enquanto ele mama e evitar manipular muito o bebé após a mamada, pode ajudá-lo a ultrapassar este problema. • Se a saída de leite for “em jacto”, muito frequente durante o dia ou muito tempo após as refeições com a saída de leite “coalhado”, os pais deverão pedir a orientação de um pediatra •
Hérnias umbilicais •
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Um outro problema que preocupa frequentemente os pais, embora menos frequente que os anteriores, são as hérnias umbilicais. Se o umbigo do bebé ficar muito proeminente enquanto ele chora, ele pode, de facto, ter uma hérnia umbilical. Este tipo de hérnias costuma desaparecer por si, sem necessidade de tratamento, embora possa demorar vários meses ou anos. Cerca de 80% das hérnias passam espontaneamente no primeiro ano de vida, as restantes poderão necessitar de tratamento cirúrgico. Aconselha-se os pais a procurarem a orientação de um pediatra. Durante muito tempo julgou-se que a utilização de faixas e ligaduras de contenção sobre o coto umbilical ajudavam a prevenir este problema, mas hoje sabe-se que isso não é verdade e que esse tipo de faixas e ligaduras está desaconselhado, por estar associado a um maior índice de infeções do coto umbilical. Desaconselha-se portanto o uso de faixas ou ligaduras quer pela sua ineficácia quer pelo risco de infeção.
O Sono infância
na
Recém-nascidos lactentes
e
Durante o primeiro ano de vida o padrão de sono é peculiar, pois reflete o amadurecimento acelerado do sistema nervoso. Assim, os ciclos de sono em recém-nascidos duram 60 minutos e no decorrer dos dois primeiros anos de vida prolongam-se para 90 minutos mantendo-se até a idade avançada.
Estados de sono e vigília • Existem 6 estados de sono e vigília nos recém nascidos: sono profundo 21 / 29
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sono leve (REM movimento rápido dos olhos) estado de sonolência entre o sono e vigília estado de alerta (tranquilo) - altura ideal para a massagem agitação (pré-choro) - Choro • O bebé aprende a transitar de um estado de vigília para o sono e de novo para a vigília para se proteger da estimulação excessiva • Se a atividade à volta dele for demasiado excitante ou aborrecida, pode passar a um estado que pode parecer sono. Este é semelhante ao sono "verdadeiro", com a exceção de que neste estado o bebé respira com maior profundidade e regularidade, tem os olhos cerrados e o corpo rígido. • Quando os estímulos cessam, o bebé normalmente acorda. Isto mostra a capacidade de o bebé se proteger através do sono. Mas é preciso ter em atenção que este sono não é reparador, não é o sono profundo e tranquilo que o cérebro do bebé precisa. • Daí que á noite talvez seja melhor diminuir os estímulos do bebés, sejam sons, sejam luzes.
Agitação do fim do dia Ás 3 semanas é provável que comece a surgir a chamada agitação do fim do dia. Muitas mães conseguem prever este período de choro irritadiço, porque o bebé começa a ficar agitado, excitado e muitas vezes inconsolável. Contudo, na maioria das vezes depois da agitação passar, o bebé dorme melhor • Desde que os pais se certifiquem de que o bebé não tem fome, não está desconfortável ou não tem dores, podem deixa-lo chorar um pouco.. apenas para permitir ao sistema nervoso imaturo e sobrecarregado do bebé faça a sua "descarga". Depois de um episódio de choro como este, seguido de carinho e de arrotos frequentes, o bebé irá acalmar-se e dormir sossegado. • É como se estivesse exausto e tivesse descarregado o sistema nervoso. • É uma fase que os pais devem tentar encarar com calma e naturalidade. • A capacidade de o bebé dormir depois deste episódio faz com que valha a pena passar por ele.
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Quantas horas os bebés precisam de dormir?
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Sono tranquilo •
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Para que o bebé tenha um sono tranquilo, é importante que a mãe verifque se está sequinho com as fraldas, com a alimentação adequada, e a posição correta supina, com travesseiro/almofada, que deve ser baixinho/a, da altura dos ombros. A mãe deve amamentar o bebé no peito tantos meses quanto possível, pois o uso de leite de vaca piora a qualidade do sono. Algumas mães acreditam que manter o bebé nas suas camas é uma forma segura de garantir que tenha um bom sono. Esta atitude tem contraindicações muito sérias: pode ocasionar traumatismo e asfixia no bebé. É preferível sempre deixar o bebé em seu próprio berço e, assim que possível, em seu próprio quarto. O travesseiro mais adequado tem cerca de 3cm de altura e em forma de cunha, sendo seu uso sempre recomendado, uma vez que ajuda a manter as vias aéreas livres. Os erros mais comuns cometidos pelas mães são justamente deixar o bebé sem travesseiro, de bruços ou fazê-lo dormir enquanto mama
Recém-nascido Os recém-nascidos não sabem a diferença entre o dia e a noite. Precisam dormir e comer o tempo todo. Em geral, o recém-nascido dorme cerca de 16 a 19 horas no dia, por períodos de duas a quatro horas seguidas e acorda com fome. • Com o tempo o bebé aprende a diferença entre dia e a noite e começa a dormir mais durante à noite. • Curiosidade: Quando o bebé ainda está no útero, o movimento de andar da mãe o embala para dormir. Sendo assim, o recém-nascido ainda adora ser balançado e embalado. • Envolver o bebé com cobertas o fará se sentir "em casa". Muitos bebés também gostam de música. •
3 semanas •
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Nesta etapa o bebé ainda acorda para mamar durante a noite, mas dorme por períodos mais longos, talvez umas três ou quatro horas. Ocorre predomínio do sono durante a noite e ele também começa a fcar mais tempo acordado durante o dia. Obs.: O ciclo circadiano do bebé (relógio biológico) se consolida com o alongamento do sono noturno e encurtamento do diurno. Curiosidade: Na mãe que está amamentando seu bebé, as hormonas reorganizaram seus padrões de sono para combinar com os do bebé. Essas hormonas ajudam a evitar a privação de sono.
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Bebés alimentados com leite em pó dormem mais, pois o leite tende a ficar mais tempo no estômago. Mas de modo geral, os padrões de sono desses bebés são semelhantes aos dos amamentados no peito
2 meses Nesta idade o bebé começa a acalmar-se sozinho para dormir, mas ainda pode acordar à noite para comer. Embora o seu padrão de sono já esteja a regularizarse, ele ainda possui um ritmo próprio. Bebés nessa idade dormem cada dia menos, cerca de 15 a 16 horas em média. Ele dorme a maior parte dessas horas à noite e permanece acordado mais tempo, mas ele está chegando à fase de tirar três sonecas durante o dia. Como sempre, isso varia de um bebé para outro. • Há muitas diferenças de um bebé para outro nessa idade, mas em geral um bebé de dois meses ainda precisa comer durante a noite. • Dica: Choramingar um pouquinho quando ele acorda é normal. É possível que ele se acalme sozinho.
4 meses • • • • •
O bebé de quatro meses dorme cerca de 9 a 11 horas por noite e tira mais ou menos duas sonecas de duas a três horas durante o dia. É uma fase de transição gradativa para duas sonecas diurnas. O bebé faz muito mais coisas para acalmar-se até dormir. Deve ser fixada uma rotina para a hora de dormir, tanto à noite quanto nas sonecas. A rotina é algo muito importante para um bebé de quatro meses, por isso os horários de soneca e de dormir, e a forma como acontecem, devem ser mais ou menos os mesmos todos os dias.
6 meses Os padrões de sono das pessoas variam e o mesmo acontece com os bebés de seis meses. Circunstâncias especiais como doença ou dormir numa cama diferente, podem afetar o padrão de sono do bebé. O bebé de seis meses dorme cerca de 11 horas por noite e tira duas sonecas de cerca de uma a duas horas, geralmente pela manhã e à tarde. Quase todos os bebés saudáveis de seis meses conseguem dormir a noite toda. • Nesta fase o bebé está começando a ter suas próprias opiniões. • Esta é a sua última oportunidade de decidir onde ele deverá dormir, sem que ele dê sua opinião a respeito.
9 meses As preocupações com o sono são comuns por volta dos oito ou nove meses. Pode haver uma fase em que o bebé acorde sozinho no meio da noite e acorde a todos na casa, mesmo depois de passado um período dormindo a noite toda. Aos nove meses, os bebés dormem cerca de 11/12 horas por noite. Exatamente como acontecia antes, o bebé acorda várias vezes durante a noite. A diferença agora é que ele se lembra da mãe quando acorda e sente saudade. Se ele estiver habituado a ser embalado ou acariciado para dormir, irá querer o mesmo tratamento no meio da noite.
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O bebé normalmente tira duas sonecas nessa idade. As sonecas da manhã e da tarde são em geral de uma a duas horas. • Dica: As crianças tendem a dormir mais quando estão doentes. Mas é difícil que durmam uma hora a mais do que o habitual. Se o bebé estiver dormindo mais do que uma hora além do tempo normal quando estiver doente, um médico deve ser consultado imediatamente
1 Ano • • • •
Começam a ocorrer birras na hora de dormir. O bebé está tão entusiasmado com suas novas habilidades, que sossegar para dormir torna-se cada vez mais difícil. A criança de um ano dorme de 10 a 11 horas por noite e tira duas sonecas de uma a duas horas durante o dia. Como sempre, o bebé é quem sabe quanto sono precisa.
18 Meses • • •
A vida é tão divertida e intensa para um bebé nessa idade que dormir é a última coisa que ele quer fazer. Ele precisa da ajuda da mãe para acalmar-se à noite. Os bebés de 18 meses precisam de 13 horas de sono por dia. Como crianças diferentes precisam de números de horas de sono diferentes, cada criança tem o seu tempo certo. Dica: Uma chupeta à noite não é um bom hábito. Não é bom para os dentes. Se começar a fazer parte da rotina, a criança precisará sempre da chupeta para dormir, até mesmo quando acordar no meio da noite.
2 Anos A criança de dois anos ainda tenta quebrar as regras e faz birra constantemente na hora de dormir. Em geral, as crianças de dois anos necessitam de 13 horas de sono por dia. Elas dormem de 11 a 12 horas à noite e talvez uma a duas horas à tarde. • Crianças nessa idade não precisam ir para a cama. • Ser coerente com as regras diárias para a hora de dormir é a melhor maneira de ensinar os bons hábitos de sono para a criança
3 Anos A criança de três anos dorme cerca de 12 horas por dia. Isso geralmente se divide em 10 ou 11 horas à noite e uma soneca de uma ou duas horas. A hora da soneca varia mais entre as crianças de três anos do que entre as de dois. A quantidade de sono de que ele vai precisar depende de fatores como acontecimentos do dia, estado de saúde, mudanças na sua rotina ou fase do seu desenvolvimento. A criança nessa idade leva uma vida muito agitada, motivado pela linguagem em desenvolvimento e pela imaginação ativa. À noite, isso pode criar condições para sonhos e pesadelos. Uma maneira de ajudálo a sossegar será tornar sua rotina para a hora de dormir tranquila e simples.
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Dica: Se a criança não consegue dormir sem ter uma luz acesa, um candeeiro de luz bem fraca pode ser aceso. Em poucas semanas ele deve acostumar-se Obs.: Entre 3 e 8 anos o sono noturno alonga-se progressivamente de modo que a maior parte das crianças é capaz de dormir a noite inteira. Aos 7 anos de idade é excecional que uma criança durma durante o dia de maneira regular. Nesta idade ela já não deve apresentar sono durante o dia. Em crianças hiperativas os distúrbios de sono são um achado importante como difculdade para dormir, despertares frequentes podendo estar acompanhados de comportamento inadequado durante à noite, destruindo objetos da casa. •
Adolescência Adolescentes dormem de 9 a 10 horas por noite. O tempo de sono noturno decresce no início da adolescência durante os dias em que eles vão à escola, enquanto continuam estáveis naqueles em que não vão à escola. Ocorre, portanto, um défce crónico de sono determinado pela pressão social. Por isso surge a sonolência durante o dia e o desejo de dormir durante o dia caso surja alguma oportunidade. A sonolência diurna também pode estar relacionada à maturação física e hormonal do adolescente.
Adulto Jovem •
Adultos jovens dormem em média 6,5 horas a 8,5 horas. Conforme a idade avança, declinam as horas de sono.
Fatores que influenciam o sono inf antil Ainda não são evidentes as proporções em que fatores como o meio ambiente, fatores psicossociais e a própria maturação do sistema nervoso central influenciam na determinação dos padrões de sono. Considera-se que no recém-nascido é preponderante a maturação do sistema nervoso central perdurando até 1 ano de vida. A partir daí o sono passa a ser muito influenciado pelos fatores do ambiente. Assim, mesmo sabendo que existem os relógios biológicos, para a manutenção do ritmo vigília-sono no padrão de 24 horas, é necessária a presença de eventos externos que indiquem a passagem do tempo.
Algumas Dicas O sono está na nossa vida, em grande parte, contribuindo para a aprendizagem. É importante uma boa qualidade de sono, portanto, e para isso a mãe também deve estar bem descansada, para que a vinda de um novo ser, seja motivo de alegria e não de sustos. Mãe e bebé merecem ter um bom sono, não apenas a criança. O ritmo de sonovigília de um bebé pode transtornar, a princípio, o ritmo materno, portanto ela deve tirar sonecas enquanto o bebé dorme, na medida do possível, para estar bem disposta quando ele estiver acordado.
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A insónia ou o ritmo alterado de sono causa grande tensão e isso pode se refletir no bebé e no ambiente doméstico. Assim, mães muito ansiosas que tiram o bebé do berço 'porque está na hora de mamar' devem rever seus procedimentos e deixar que as coisas fluam no ritmo mais natural possível Excesso de zelo pode trazer excesso de cobertas, durante o frio, o que é altamente desaconselhado pelos médico s. Deixar o bebé de lado pelo medo de ele vir a vomitar também não é o ideal. É importante a prevenção do vómito, fazendo com que o bebé arrote bem antes de ser colocado na cama. Fazer o bebé arrotar entre e após as mamadas ajuda a evitar o refluxo gastroesofágico e, assim, ter um sono melhor. Pessoas com estado alterado de consciência, seja por drogas, bebidas, estados depressivos, não devem ser permitidas fazer visitas sozinhas ao bebé no berço e muito menos cuidar dele por longo período, sem que outro adulto acompanhe. Como a posição de costas é fundamental, hoje, para a sobrevivência dos bebés, é aconselhável que campanhas sejam feitas e, em nível individual, que as mães informem suas filhas sobre estes cuidados, com os seus novos bebés.
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Conclus ão Os hábitos de higiene por parte da criança são adquiridos ao longo do seu processo de desenvolvimento, por isso são os pais que têm um papel fundamental para que a criança consiga interiorizar a importância desses hábitos. Só a partir dos 6 anos, é que a criança está madura o suficiente para ser responsável pela sua higiene pessoal A higiene pessoal da criança inclui: tomar banho, limpar os ouvidos, pentear o cabelo e lavar os dentes. Cada um destes comportamentos tem a sua importância ao nível da saúde da criança e também ao nível da integração social desta.
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