Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 1 Vamos nestes artigos começar a desvendar um pouco do Adobe Premiere Pro. Como você deve ter percebido, a grande mudança que ocorreu no Adobe Premiere Pro foi com relação à operação do programa, ou seja, a maneira como a utilização das ferramentas da edição é feita. f eita. O resultado, muitas vezes é o mesmo, mudando apenas, como disse, a operação. Todo o visual do software foi alterado, seu layout e design ficaram ainda mais profissionais. Quem estava acostumado com as versões anteriores sofreu um grande choque, pois tarefas que eram relativamente simples, como trabalhar na trilha de transparência (opacidade), sofreram alterações. Na nova versão é necessário utilizar uma outra ferramenta na paleta Tools para poder manipular a trilha. Outras funções também foram alteradas, mas nada que possa comprometer o poder do software, aliás, muito pelo contrário, esta nova versão fez com que o Adobe Premiere Pro se tornasse ainda mais versátil e competente. Mas vamos adiante, começar a entender as alterações e as novas possibilidades de edição e aplicação de efeitos. As mudanças acontecem logo na abertura do programa. Enquanto nas versões anteriores era possível abrir e trabalhar no programa sem “salvar” o projeto, na nova versão esta tarefa é obrigatória, logo na abertura. Após a tela inicial, onde se escolhe entre a abertura de um projeto existente ou um projeto novo, aparece uma tela onde é possível escolher os presets de abertura e trabalho. É nesta tela onde escolhemos o local que o projeto será salvo, assim como seu nome:
Os presets iniciais também foram bastante simplificados, já que a grande maioria das configurações adicionais dificilmente era utilizada. Ficaram restritos ao sistema (DV-NTSC e..... DV-PAL), no formato Standard e Widescreen, com áudio em 32 ou 48 KHz. Com o Projeto aberto, a surpresa pode vir devido a algumas mudanças no ambiente de trabalho (Work area). A caixa de ferramentas da Timeline, que ficava presa a esta (no canto superior direito da Timeline),
na nova versão separou-se e ganhou status de paleta. É a Paleta Tools que agora abriga as ferramentas de trabalho direto, na Timeline:
Aparentemente você pode sentir a falta de alguma ferramenta...
mas procurando bem é possível encontrá-las:
Uma outra diferença significativa está na própria Timeline, que ganhou uma espécie de sub nome. Agora é possível “abrir” várias Sequences dentro da Timeline, e no mesmo projeto. Isto quer dizer que existe a possibilidade de realizar vários trabalhos diferentes dentro do mesmo projeto e em Sequences diferentes.
Mas a maior diferença, para os acostumados com o Premiere “antigo”, está justamente nas trilhas de vídeo da Timeline, e conseqüentemente na forma de realizar e aplicar os efeitos de transição. O sistema de edição A-B Editing, onde existia uma trilha específica para se aplicar os efeitos de transição saiu da Timeline , dando lugar ao chamado sistema Single-track.
Para os menos atentos pode ser uma catástrofe editar neste sistema, mas com um pouco mais de atenção é possível verificar que este sistema funciona quase que da mesma maneira que o anterior, salvo a colocação propriamente dita do efeito de transição. Cabe dizer também que este sistema já existia nas versões anteriores do Adobe Premiere, somente não era muito utilizado. Se você fizer uma rápida pesquisa nos outros softwares de edição é possível ver que a esmagadora maioria trabalha com o Single-track editing. Como você pode ver, as diferenças iniciais das duas versões do software estão relacionadas com o visual do programa e com a sua operacionabilidade. E claro que existem muitas outras diferenças que, como disse no início, fizeram do Premiere um software de edição ainda mais poderoso. O tratamento com o
tamanho original da imagem, a integração e o uso constante dos Keyframes são alterações importantíssimas. Mas vamos deixar isto para a parte-2.
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 2 Vamos continuar explorando o Adobe Premiere Pro. Como dissemos na parte 1, seu visual foi bastante alterado, em comparação às versões anteriores. O layout mais moderno pode surpreender, ou até mesmo assustar os novos usuários, mas com um pouco de paciência é fácil identificar os locais de trabalho e as ferramentas. Vamos conhecer então algumas janelas e paletas que estão no ambiente do Premiere Pro. Todas as funções de edição do Premiere estão organizadas em janelas de trabalho. Este tipo de organização facilita bastante o trabalho, pois o usuário pode escolher a forma de trabalhar dentro do ambiente; além disto, em máquinas onde existe mais de um usuário, é possível personalizar o ambiente. A organização pode ser feita de acordo com a sua maneira de trabalho, facilitando a visualização do monitor e das outras janelas, como Transições, Project e a própria Timeline:
Faça a organização do ambiente de trabalho de maneira que as janelas e paletas não se sobreponham. Após a organização, é possível salvar esta nova configuração de área de trabalho, facilitando uma nova reorganização:
A janela Project funciona como um armário, onde todos os materiais utilizados na edição, dentro do Adobe Premiere Pro, são localizados, ou seja, exatamente tudo que entra no programa, como vídeos, fotos, desenhos, áudio etc... precisa obrigatoriamente passar por aqui. Todos os clips importados ou capturados ficam relacionados nesta janela, mesmo que não sejam utilizados no trabalho. Arquivos de Titles (caracteres) e outros também ficam localizados nessa janela
Um detalhe de grande ajuda é o monitor localizado na parte superior esquerda da janela Project. Nele é possível obter uma visualização prévia do material ( vídeo, fotos etc...), sem que o material seja colocado na Timeline. Isto facilita uma possível procura , principalmente em edições com grande número de material:
Outra função da janela Project além da visualização prévia da imagem, é a possibilidade de obter informações sobre as principais características do material. Aqui é possível obter dados como o tipo de arquivo ( se é um .avi, .mpeg, .mp3 etc... ), o tempo total do vídeo, do áudio e o Frame Rate, entre outros dados:
Vamos conhecer agora a janela Monitor:
A janela Monitor é a responsável pela visualização das imagens que estão sendo editadas, ou seja, tudo o que for feito e realizado (edição, aplicação de efeitos etc... ) no Premiere Pro será visualizado nessa janela. Pode-se ver também que são dois os monitores existentes. Nas versões anteriores, estes dois monitores recebiam os nomes de Source , para o monitor da esquerda, e Program , para o monitor da direita. Os nomes e a diferença básica de funções entre os dois continua a mesma. O monitor Source ( da esquerda) mostra as imagens que estão na janela Project, e sobre as quais deseja-se realizar uma pré-edição. Cortes e separações de imagens são facilmente realizadas neste monitor. Com isto é possível levar para a Timeline somente o material limpo, já livre dos pontos indesejáveis. Já o monitor Program ( da direita), visualiza o material que está sendo editado na Timeline. Efeitos de vídeo e efeitos de transições também são visualizados neste monitor. Como pode-se ver, as funções continuam praticamente as mesmas nas janelas e paletas vistas acima. Na parte 3 vamos conhecer e comparar mais algumas janelas e ferramentas.
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 3 Vamos falar sobre como aplicar os efeitos de transição, dentro do Adobe Premiere Pro. Os efeitos de transição são os responsáveis pela animação na passagem de uma imagem (A) para a próxima imagem (B). Existem muitos efeitos de transição e a sua aplicação vai variar de acordo com vários fatores. Estes fatores podem ser uma passagem de tempo, uma mudança de assunto ou mesmo de ambiente, além de, em algumas situações, dar um tom mais “personalizado” ao vídeo, como um vídeo social, por exemplo, (aniversário, ou casamento). O tempo de duração do efeito de transição também é de grande importância para ajudar no “ritmo” e na velocidade da edição, determinando um vídeo mais “agitado”, ou mais “lento”.
As mudanças em relação às versões anteriores dão-se principalmente nas trilhas de vídeo, localizadas na timeline. Na versão 6.5 era possível aplicar os efeitos de transição em uma trilha específica para ela. Este tipo de edição, com a trilha de transição, é chamada "A/B editing". No Premiere Pro não existe mais esta trilha. O sistema de edição é chamado single-track
O efeito de transição é aplicado entre as duas imagens, exatamente no final da primeira imagem com o início da segunda imagem.
A partir deste momento é possível realizar as configurações do efeito de transição na paleta Effect Controls. De acordo com o tipo de transição, existirão configurações de regulagem específicas, como sentido (direção) do efeito e largura de bordas. Na própria paleta Effect controls também é possível determinar a duração do efeito de transição. Para abrir a paleta, basta clicar duas vezes sobre o efeito de transição: ela aparecerá automaticamente, com a transição aplicada em evidência.
Com a paleta Effect Controls aberta, é possível visualizar o efeito da transição e assim determinar as possíveis configurações. Abaixo dos quadros indicativos da imagem A e B, existe uma opção: "Show Actual Sources". Habilitando esta opção é possível aplicar a imagem nos quadros A e B.
Desta maneira o último frame da imagem A e o primeiro frame da imagem B ficam aparentes. Movimentando os cursores existentes abaixo dos quadros é possível prever como ficará a transição depois de aplicada e regulada. É importante ressaltar que acima dos quadros das imagens existe o percentual de aplicação de cada imagem. Para que o efeito de transição seja perfeitamente aplicado é necessário que o seu início (Start) esteja em 0% e seu final (End) esteja em 100%. Esta diferença de percentual é exatamente o “percurso” que o efeito de transição realiza, determinando assim o efeito escolhido.
Para regular a duração do efeito de transição diretamente da paleta Effect Controls, é só digitar o tempo determinado na área Duration. Com isto, ela será alterada automaticamente na timeline, proporcionalmente nas duas imagens, não sendo necessário realizar esta alteração novamente. Também é possível alterar a duração do efeito diretamente na timeline. Para isto basta arrastar a sua extremidade para mais ou para menos, criando assim uma nova duração. Mas cuidado, neste tipo de procedimento, é possível regular a duração da transição com proporções diferentes entre as imagens A e B.
Por ora é só; na próxima parte veremos mais dicas e novidades sobre o Adobe Premiere Pro.
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 4 Vamos estudar algumas ferramentas de “trabalho” do Premiere Pro.
Nas versões anteriores do Adobe Premiere, as ferramentas de trabalho ficavam localizadas na parte superior esquerda da timeline, ou seja, a caixa de ferramentas era diretamente integrada com a timeline, uma das principais áreas de trabalho. Agora essas ferramentas estão localizadas em uma pequena janela chamada TOOLS e ficam independentes de qualquer outra janela ou paleta: Se por um lado o fato da caixa de ferramentas estar solta, independente de outras caixas, traz uma certa liberdade de trabalho, em outras situações, esta caixa acaba atrapalhando um pouco a área de trabalho, pois ela fica meio “perdida” em meio aos outros componentes do software. Mas nada que a tecla “TAB” não resolva. Explicando: ao apertar a tecla TAB do teclado de seu computador, imediatamente a janela TOOLS desaparece, permanecendo oculta até que você aperte a tecla TAB novamente. Isto otimiza o trabalho de ficar “abrindo” e “fechando” a janela.
Detalhes a parte, as ferramentas desta caixa são praticamente as mesmas das versões anteriores. Inclusive, com esta otimização, foram excluídas algumas ferramentas que praticamente não eram usadas. Vamos então a alguns detalhes importantes. A ferramenta seta continua sendo a mais utilizada, pois serve tanto para arrastar os materiais utilizados na edição, como para “aparar” as imagens e sons:
A segunda ferramenta, chamada TRACK SELECT TOOL, serve para “arrastar” todos os elementos que estiverem dispostos na trilha em questão, preservando inclusive os possíveis espaços que existirem entre elas:
Se ao acionar a ferramenta, você manter pressionada a tecla “shift” do teclado de seu computador, a ferramenta se transforma e passa a arrastar todas as trilhas existentes no projeto, tanto os elementos de vídeo quanto os elementos de áudio, preservando também os possíveis espaços que existirem entre eles:
O mesmo procedimento pode ser aplicado com a ferramenta “gilete”, ou “RAZOR TOOL”.
Esta ferramenta serve para cortar uma imagem ou som. Eles serão cortados apenas “clicando” com a gilete sobre o elemento (vídeo ou áudio). Se vídeo e áudio estiverem “linkados”, então eles serão cortados juntamente; se estiverem separados, ou seja independentes, o corte será feito individualmente. Corte o vídeo e depois o áudio.
Assim com a ferramenta de arrasto, se você manter pressionada a tecla shift do seu teclado a gilete se torna uma gilete “DUPLA”, e passa a cortar todas as
trilhas existentes sobre aquele ponto específico, tanto de vídeo como de áudio, independentes de estarem “linkadas” ou não:
Uma outra ferramenta bastante prática e útil é a “RATE STRETCH TOOL”.
Esta ferramenta na verdade não altera ou corta a imagem, e sim altera a sua velocidade através do “speed”. Isto mesmo, ela altera a velocidade da imagem, aplicando uma câmera lenta, ou acelerando a imagem. É bastante simples a sua utilização. Basta pegar a ferramenta e arrastar a imagem pela sua extremidade, aumentando ou diminuindo o seu tamanho. Se você aumentar o tamanho da imagem, automaticamente estará aplicando uma câmera lenta, ou seja alterando o seu SPEED para um percentual menor:
O mesmo vale para acelerar uma imagem. Posicione a ferramenta na extremidade da imagem e diminua seu tamanho. Imediatamente a sua velocidade aumentará, e você terá uma câmera acelerada:
Bom, ficamos por aqui, na parte seguinte veremos outras dicas e sugestões.
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 5 Vamos continuar explorando um pouco mais as ferramentas existentes na janela Tools. Como vimos na parte 4, as ferramentas de trabalho do Premiere Pro não estão mais localizadas dentro da timeline e sim em uma janela separada e independente das demais janelas e paletas
Vamos falar da ferramenta chamada RIPPLE EDIT TOOL. Esta ferramenta tem uma utilidade bastante específica. Ela vai permitir que sejam feitos dois cortes sincronizados e simultâneos entre a imagem A e a imagem B
Explicando melhor: ao posicionar e acionar (manter o botão esquerdo do mouse pressionado) a ferramenta na união da imagem A com a imagem B, imediatamente aparecerão as duas imagens simultaneamente no monitor. Vê-se então o último frame da imagem A e o primeiro frame da imagem B. B. Ao arrastar a ferramenta para a direita ou para a esquerda, muda-se o ponto de corte das imagens. É preciso ter a plena certeza da possível sincronia que as duas imagens deverão ter. Ao arrastar a ferramenta para a esquerda, diminuindo o tamanho da imagem A, é possível perceber que nada aconteceu com a imagem B, ou seja, cortou-se a primeira imagem e a segunda imagem permaneceu inalterada:
A ferramenta ROLING EDIT TOOL tem um funcionamento semelhante à RIPPLE EDIT, mas com uma diferença bastante importante: ela também realiza a alteração do ponto de corte de duas imagens (imagem A e imagem B) mas ao contrário da anterior, altera as duas imagens
Vamos explicar melhor: ao arrastar a ferramenta para qualquer lado (direita ou esquerda) é possível perceber que as duas imagens estão sendo alteradas; o último frame da imagem A e o primeiro frame da imagem B:
A utilização desta ferramenta implica em um cuidado ainda maior com a escolha do ponto de corte. Como as duas imagens estão sendo alteradas simultaneamente, é muito importante que você tenha plena certeza do que você quer realizar com este corte. A próxima ferramenta é a SLIP TOOL:
Esta ferramenta tem uma utilização ainda mais específica. Ela é utilizada para a edição em quatro pontos diferentes, ou seja, simultaneamente em dois pontos de união de imagens. Vamos entender melhor - quando é feita uma edição com três ou mais imagens consecutivas (Imagem A, B e C), é possível alterar os pontos de corte que unem estas três imagens:
Ao arrastar a ferramenta para a esquerda ou para a direita é possível perceber que o ponto inicial e final da imagem central (imagem B) está sendo alterado, e as imagens da extremidade (imagem A e C), não estão sendo alteradas. Esta é uma situação bem mais específica, pois a sincronia entre os cortes deve ser muito bem feita:
A ferramenta SLIDE TOOL tem um funcionamento muito parecido com a SPLIT TOOL, com uma única, mas importante diferença:
Ela também é utilizada para a edição com três ou mais imagens consecutivas (Imagem A, B, C). Só que a diferença está no ponto de corte que ela altera. Ao invés de alterar os pontos da imagem central (B) e deixar inalteradas as imagens da extremidade (A e C) , ela faz o inverso. A imagem central (B) ficará inalterada enquanto que as imagens da extremidade (A e C) terão seus pontos de cortes alterados de acordo com o posicionamento da ferramenta:
Como vimos, estas ferramentas são de utilização bastante específica, dependendo muito das imagens e da sincronia que elas devem ter, ou que o editor quer aplicar. Na próxima parte voltaremos com mais dicas sobre o Adobe Premiere Pro.
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 6 Vamos falar um pouco do trabalho realizado dentro da paleta Effect Controls. Sim, vale a pena saber o que é possível realizar dentro desta área de trabalho, pois é dentro dela que são configurados e manipulados todos os efeitos de vídeo e áudio, além de outras ferramentas importantes da edição e pósprodução. Podemos afirmar que sua manipulação lembra um pouco a maneira de trabalhar do After Effects, onde toda a configuração é baseada em Keyframes, ou quadros-chave . Com a sua criação, o Premiere Pro ganhou um grande poder de trabalho com efeitos especiais, mas, por outro lado, alguns usuários acabaram se “assustando” um pouco com a maneira de trabalhar dentro dela (utilização dos Keyframes). Vale lembrar que, embora o Premiere tenha obtido mais poder com o trabalho fantástico que a Effect Controls realiza, para obter resultados mais avançados em efeitos especiais, o After Effects continua indispensável.
A sua ação começa quando algum efeito de vídeo é aplicado sobre o clipe. Imediatamente ele aparecerá dentro da paleta Effect Controls, e então será possível entrar em sua configuração.
Você vai notar também que dentro dela já existem, por “default”, dois efeitos aplicados, o Motion e o Opacity , além do volume, se existir trilha de áudio.
A configuração do efeito vai depender muito do que ele faz dentro da imagem, ou seja, efeitos que produzem grandes transformações na imagem podem ter inúmeras opções de configurações. Já efeitos que executam uma transformação mais específica na imagem podem conter muito poucas opções de configurações, como é o caso do Black&White .
É importante ressaltar que todos os efeitos que forem aplicados sobre o clipe aparecerão na área de trabalho da Effect Controls, ou seja, a combinação de efeitos é perfeitamente viável, e muito recomendável, quando utilizados com precisão, é claro.
Após a aplicação do efeito, começa a tarefa de configuração do mesmo. Nesta hora , é importante que você deixe a sua área de trabalho ( Work Area ) de maneira que sejam visualizados, ao mesmo tempo, a paleta Effect Controls e o Monitor, no mínimo. Isto é importante para que se possa analisar e graduar, se necessário os resultados do efeito aplicado. Dentro da própria área de trabalho da paleta Effect Controls, tem-se uma "mini timeline", onde é possível executar o clipe em questão e fazer as devidas marcações.
Com o efeito aplicado, vamos ajustar suas propriedades. Ao lado do nome do efeito existe uma pequena seta, onde é possível expandir a sua área de trabalho, evidenciando a sua barra deslizante. Ainda ao lado do nome do efeito existe uma pequena janela com um símbolo. Clicando neste pequeno quadrado, é possível habilitar e desabilitar o efeito:
Com o efeito aplicado e os controles abertos, é possível alterar suas propriedades, ou através da barra deslizante, ou apenas alterando seus valores na caixa onde está determinado o grau de aplicação do efeito. Quase que imediatamente após a alteração dos valores, é possível visualizar no monitor o que aconteceu com a imagem , e a qualquer momento, é possível realizar alterações no efeito.
Caso o efeito aplicado não for o que o editor esteja esperando, é só deletá-lo. Para isto, basta selecionar o efeito clicando sobre seu nome e apertar a tecla Delete de seu teclado
Existe um grande número de possibilidades de alteração nos efeitos e suas combinações são praticamente ilimitadas. Com a combinação de efeitos sobre efeitos, você pode muitas vezes, acabar criando novos efeitos, e estar aí, aplicando a sua criatividade e seu estilo de editar e finalizar. Na parte 7, vamos continuar explorando as inúmeras possibilidades de configurações e aplicações de efeitos da paleta Effect Controls.
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 7 Na última parte falamos de uma das ferramentas mais importantes do Adobe Premiere, o Motion. Digo isto por que suas ferramentas permitem um alto grau de criatividade, não deixando o editor “preso” a efeitos prontos e pré -programados, ou seja, é possível “viajar” na edição, usando e abusando das inúmeras possibilidades. Não que seja errado ou ruim utilizar os efeitos já programados ou prontos, mas o limite da criação muitas vezes fica um pouco restrito com estes tipos de efeitos. Nesta parte, vamos utilizar o Motion para fazer um efeito bastante simples, mas muito utilizado e que quase sempre trás resultados bastante positivos para a edição. Estou falando da “tela sobre tela”, o famoso “picture in picture”, ou simplesmente, PIP. Este conhecido, mas ainda muito atual efeito, consiste em sobrepor duas ou mais telas, de tamanhos diferentes, permitindo assim a visualização de mais de um ângulo de uma cena ao mesmo tempo, como exemplificado abaixo
Vamos então fazer o “Picture in Picture”.
A primeira coisa a ser feita é posicionar as duas imagens que serão utilizadas, uma sobre a outra, ou seja, uma na trilha de edição acima da outra. Veja que a imagem que será utilizada como “fundo” está colocada na trilha de vídeo 1 e a imagem que será colocada sobre a imagem de fundo está colocada na trilha de vídeo 2 :
É claro que as imagens precisam ser previamente planejadas, escolhidas e posicionadas nas trilhas de vídeo para que a composição tenha sentido dentro do assunto que o vídeo trata. Agora vamos abrir o Motion e alterar o “Scale”, da imagem 2, para que ela fique com um tamanho menor que o da imagem base.
Se o tamanho convencional da tela é de 100 para a imagem base, vamos utilizar como exemplo o tamanho 30 para a imagem que será sobreposta. Veja que na imagem base não se altera o Motion, deixando a alteração somente para a imagem localizada na trilha de vídeo 2:
Bem, desta maneira temos a redução da imagem 2 de acordo com a proporção e visualização desejada, mas repare que embora reduzida, a imagem continua centralizada
Em alguns casos pode ser este o efeito que você espera, mas no nosso exemplo, vamos posicionar a imagem 2 em um dos cantos da tela para que tenhamos uma melhor combinação das duas imagens. Para isto vamos trabalhar com a configuração do Position , dentro do Motion. Repare que toda imagem centralizada corresponde às coordenadas 320 e 240 dentro do Position. Isto mesmo, qualquer imagem que esteja centralizada terá esta coordenada como referência ao centro da tela de TV:
Vamos utilizar para este exemplo as coordenadas 540 e 122. Com isto a imagem estará posicionada no canto superior direito da tela. Mas lembre-se que estamos utilizando estas coordenadas apenas como exemplo. Você pode e deve testar e utilizar outras coordenadas de posições e com isto dinamizar ainda mais a edição:
Agora que você viu como sobrepor uma imagem, perceba que é possível sobrepor várias imagens, e criar várias cenas sobre a cena base. Para isto basta você colocar os outros vídeos nas trilhas acima, ou seja, trilha de vídeo 3, 4 etc... É só usar a criatividade e o bom senso. Até a próxima!
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 8 Nesta parte vamos mostrar um pouco da exportação de um conteúdo editado no Adobe Premiere Pro. Este assunto envolve certas informações que você precisará obter antes de iniciar o processo de exportação, como por e xemplo “que tipo de formato de vídeo o seu cliente vai querer?” ou "onde será exibido o material?" ou ainda "qual a finalidade do vídeo?". A exportação precisa ser realizada de acordo com o objetivo do vídeo, sendo possível exportá-lo em diversos formatos e para as mais diversas finalidades. Por isso é importante você saber muito bem qual a finalidade ou o objetivo do vídeo, para que você possa exportá-lo da melhor maneira possível e de acordo com os objetivos requeridos. De nada adiantará você fazer uma ótima captação de imagem, editar com todo capricho e na hora de exportar não obter a qualidade esperada. É importante
ressaltar que a exportação de um vídeo pode ser feita também para a integração do trabalho em outros softwares, como o Adobe After Effects ou até mesmo a exportação de um único frame para o trabalho de uma foto no Adobe Photoshop. Se você precisa complementar o seu trabalho no After Effects, adicionando efeitos especiais, é possível exportar o trecho selecionado, aplicar o efeito dentro do After Effects e depois retornar ao Adobe Premiere Pro. Se tudo isto for feito da maneira correta você poderá obter ótimos resultados. Vamos então a alguns exemplos. Terminada a edição, você pretende fazer a exportação do vídeo editado para que ele seja visto e até mesmo reeditado em uma outra ilha de edição (PC). O Ideal nesse caso é que a “saída” deste vídeo seja feita no formato AVI, ou seja, da mesma maneira que as imagens foram capturadas para dentro do Adobe Premiere. A primeira providência é selecionar toda a área que será exportada, seja ela o vídeo todo ou apenas uma parte. Faça isto arrastando a barra de seleção de área, ou “Work Area Bar”. É importante que a seleção da área a ser exportada seja feita com precisão, para que você não cometa o erro de exportar trechos que você não deseja:
O segundo passo é verificar se existem trechos do vídeo que necessitam de “renderização” (em um próximo artigo abordaremos com mais detalhes o que é a “renderização”). O sinal de que existe esta necessidade é o aparecimento de uma linha vermelha sobre determinada área. Isto que dizer que algo foi aplicado sobre aquela imagem (um efeito de vídeo ou transição, ou uma alteração significativa na imagem original). Basta você apertar a tecla “ENTER” do teclado de se u computador para que a renderização se inicie. Após a renderização, a linha vermelha se tornará verde:
Feito isto vamos ao menu de exportação, onde será escolhida a opção para a exportação em AVI. Entre em FILE / EXPORT / MOVIE e a seguir em SETTINGS, na janela EXPORT MOVIE:
Dentro da janela SETTINGS você terá as opções de formatos de arquivos de exportação, ou tipo de arquivo ( File Type). Nesta hora é importante você trabalhar com um Codec que seja de boa qualidade e que também seja reconhecido por outras máquinas que vão trabalhar em conjunto com você. Uma boa opção é o MICROSOFT
DV AVI. Na opção RANGE, opte por work área bar, ou seja, a exportação será feita de acordo com a seleção que você fez anteriormente. Após isto, dê OK, escolha o nome do arquivo e o local onde ele será salvo e dê OK novamente.
Pois é, a exportação é aquela fase em que podemos finalizar o vídeo da melhor maneira possível ou então colocar tudo a perder. Vale a pena estudar e pensar muito bem o que vai ser feito nesta hora. Nos próximos artigos daremos mais exemplos e dicas sobre a exportação de vídeos, fotos e áudio no Adobe Premiere Pro. Até lá!
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 9 Vamos continuar falando um pouco mais sobre exportação. Como vocês puderam ver no artigo anterior, a exportação de um áudio visual é de extrema importância, pois todo o trabalho pode ser comprometido se o processo não for feita adequadamente. Vamos ver agora como pode ser feita a exportação de uma imagem parada, ou seja, vamos em outras palavras extrair uma foto de um vídeo. Esta prática é bastante comum em uma edição, pois esta imagem “congelada”, pode ser utilizada para diversa s finalidades. Você pode aproveitar esta “foto” em sites da web, para a confecção de menus e capas de DVD, capas de CDs etc... Vamos lá. Primeiro posicione o leitor de imagens da timeline sobre o frame que você quer exportar. Certifique-se de que este é realmente o frame certo. Aqui vai uma dica: escolha com bastante cuidado este frame. Evite utilizar os frames mais “borrados”, ou seja, aqueles em que a imagem se movimentou rápida o suficiente para gerar um borrão.
Após a escolha do frame, vá para FILE / EXPORT / FRAME:
Entre em SETTINGS e escolha o formato em que você quer a foto. Veja que é possível exportar em TIFF, TGA, BITMAP e GIF. Após determinar o formato de arquivo desejado dê OK e escolha o local onde a foto será armazenada. Pronto, a foto está criada. Se você quiser importá-la para o Adobe Premiere Pro é só executar os procedimentos normais de importação. Como você pôde observar, este tipo de procedimento é bastante simples, mas alguns problemas podem ocorrer, de acordo com o frame que você escolheu. Os problemas que costumam ocorrer geralmente estão ligados a “vibração” do frame, ou mesmo a geração de uma foto “borrada”. Caso isto ocorra e não exista a possibilidade da troca do frame escolhido, uma opção para minimizar o “defeito” da foto é o FIELD OPTIONS. Mas lembre-se, o ideal é que você escolha o melhor frame possível para extrair a foto. Antes de exportar portanto o frame, clique com o botão direito do mouse sobre o clipe e escolha a opção FIELD OPTION:
Dentro de FIELD OPTION vá para FLICKER REMOVAL e dê OK. Você verá que imediatamente aparecerá a faixa vermelha sobre a imagem, determinando que existe a necessidade de renderização. Basta selecionar o clipe com a barra de Work Area e apertar a tecla Enter do seu teclado.
Uma outra forma de exportar um vídeo é diretamente para uma fita DV, ou seja, via conexão FireWire ( ou IEEE1394, ou I LINK ). Para que isto seja possível você precisa que seu computador esteja ligado a um dispositivo digital, como uma câmera de vídeo ou um videocassete digital, via conexão FireWire. Com a conexão ligada, utilize a barra de Work Area para selecionar o clipe ou o trecho do clipe que você quer exportar. Lembre-se de que todas as áreas que necessitam de renderização precisam estar renderizadas, ou seja, com a faixa verde sobre elas.
Feito isto vá para FILE / EXPORT / EXPORT TO TAPE Lembre-se: a opção EXPORT TO TAPE só estará disponível se seu computador estiver conectado a um dispositivo DV, como uma câmera ou um vídeo digital.
Dentro desta opção você terá que configurar como será efetuada a exportação, se diretamente para o local onde a fita está posicionada, ou se em algum TIMECODE específico da fita. Determine isto habilitando ou não o ASSEMBLE AT TIME CODE. Feito isto é só dar OK e esperar que toda a gravação que você determinou seja feita na fita.
Mais uma vez você pôde observar que a exportação dentro do Adobe Premiere Pro é bastante simples. Basta escolher a opção certa para que seja possível exportar seu material para praticamente qualquer mídia. Até mais.
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 10 É bastante comum a utilização de títulos e legendas dentro de um vídeo. Existem vários programas que produzem legendas, inclusive legendas animadas. Dentro do Premiere Pro existe um bom gerador de textos e até mesmo de desenho... O Title Designer. Com a maior possibilidade de criação de títulos e legendas dentro do próprio Premiere, a edição ganha em qualidade, velocidade e criatividade. Vamos aqui começar a falar desta importante ferramenta. Um titulo ou title , como é mais conhecido, é um elemento salvo fora do projeto do Premiere. Isto permite que você aproveite qualquer title em qualquer projeto ou projetos. Vamos conhecê-lo melhor.
No
menu
do
Premiere
Pro,
selecione
FILE
/
NEW
O módulo Title abrirá a sua janela, onde podemos iniciar o trabalho.
/
TITLE:
A área de trabalho do Title é regulada por uma área de segurança que nos permite obter uma referência de visualização dos televisores. Existe uma diferença entre a imagem gravada pela câmera e a imagem final, assistida pelo espectador em sua televisão. Para não corrermos o risco de termos o material produzido no Title ter sua visualização final comprometida por cortes e mau posicionamento, existe a margem de segurança. O trabalho dentro desta área garante que a visualização do material seja feita de maneira completa, sem cortes ou distorções. Para habilitar a área de segurança dentro do Title Designer, selecione TITLE / VIEW / SAFE ACTION MARGIN:
Com a área de segurança habilitada, vamos agora escrever um texto. Para que seja mais fácil a determinação do texto sobre o vídeo desejado, é aconselhável que você já tenha o vídeo colocado na timeline. Se na hora em que você for abrir o Title, o cursor estiver sobre o ponto desejado da imagem, automaticamente o frame em questão estará no fundo do Title. Experimente.
Agora pegue a ferramenta texto e coloque sobre um ponto desejado da área de visualização do title. Escreva o texto que desejar.
Lembre-se sempre de respeitar os limites da área de segurança. Escrito o texto, você pode a seguir configurá-lo. É possível determinar diversas alterações, como tamanho, cor , sombras, rotação, inclinação etc... Para a configuração destes elementos você deve acessar a área OBJECT STYLE, localizada na parte direita do Title. Nesta janela as configurações podem ser determinadas exclusivamente para cada item que você criar dentro do title. Por exemplo: você determina uma cor para o texto e uma outra cor para uma caixa que você vai utilizar de fundo:
Com a grande possibilidade de alteração dos fontes do title, é possível personalizá-las, criando assim novos fontes. Altere o tamanho do fonte no item PROPRERTIES/ FONT SIZE. No item KERNING é possível alterar o especo entre as letras. Através do DISTORT, configurando X e Y, é possível distorcer todo o fonte.
Veja que com apenas a alteração de 3 configurações, foi possível alterar completamente o fonte inicial, criando assim um fonte totalmente novo. Na próxima parte, vamos mostrar mais funções e configurações do Title do Adobe Premiere Pro. Até lá.
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 11 Vamos continuar mostrando a utilização de títulos e legendas com o Title Designer do Adobe Premiere Pro. Na última parte vimos a construção de uma legenda parada, ou seja, ela não se movimenta durante a exibição do vídeo. Agora vamos ver a construção de textos em movimento dentro do próprio Title. Um exemplo é o ROLL, a rolagem dos textos no sentido vertical da tela, como nos créditos finais de filmes e programas de TV. Outro é o CRAWL, a rolagem horizontal , como as legendas dos noticiários americanos da CNN, ou mesmo alguns nacionais, como BAND NEWS, por exemplo. Para iniciar a sua construção, o primeiro item a ser determinado é justamente a maneira como o texto será construído, no que se refere a sua movimentação. A opção é determinada dentro de TITLE TYPE.
Após a determinação do ROLL, por exemplo, podemos partir para a sua construção. Pode-se notar que após a escolha da opção ROLL l, aparecerá uma barra de rolagem vertical na lateral direita do Title. É justamente através dela que é possível verificar todo o texto escrito. Com a ferramenta TYPE TOLL, vamos escrever o texto, exatamente como se fôssemos escrever um texto parado, ou em STILL. Escolha a fonte, seu tamanho e sua cor. Escolha também a área que você vai exibir o texto, se em toda a tela ou em alguma área específica de uma imagem, ou mesmo fazendo algum tipo de combinação com algum efeito de vídeo. Não se preocupe em ultrapassar o limite inferior da área de trabalho do Title. A sua preocupação deve ser em não ultrapassar os limites horizontais da área de trabalho, pois se assim o fizer, seu texto não poderá ser visualizado.
Terminado o texto, é preciso que você configure a maneira pela qual este texto vai ser movimentado. Dentro da opção ROll/CRAWL OPTION, é possível
determinar o início da movimentação do texto, fora da área de visualização das telas, ou seja, START OFF SCREEN, e a saída do texto também fora da área de visualização da tela, ou seja, END OFF SCREEN.
Feito isto, é só colocar o Title sobre a imagem escolhida e determinar a sua duração. De acordo com a duração do ROLL e a quantidade de texto escrito, você terá uma determinada velocidade de exibição. Esta é uma das maneiras de se determinar a velocidade do ROLL.
Com a movimentação horizontal, ou seja, o CRAWL, o procedimento deve ser o mesmo. Primeiro determina-se CRAWL em TITLE TYPE. Pode-se perceber agora o aparecimento de uma barra de rolagem na parte inferior horizontal da área de trabalho do Title. Após isto comece a escrever o texto, lembrando-se agora de que a movimentação é horizontal, ou seja, não é preciso preocuparse com os limites horizontais do texto em movimento.
Feito isto, determina-se também, dentro de ROll/CRAWL OPTION, as características da movimentação, tendo agora a opção de mover o texto da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. Para inserir o Title sobre a imagem, coloque o Title na trilha acima da imagem desejada.
Até a próxima parte com mais dicas e novidades do Adobe Premiere Pro.
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 12 Nos últimos artigos vimos como é possível construir títulos e legendas dentro do Adobe Premiere Pro. Vimos também a possível movimentação das legendas, como o ROLL (movimentação vertical) e o CRAWL (movimentação horizontal), dentro do próprio TITLE DESIGNER. Mas este tipo de movimentação tem uma aplicação bastante restrita, ou seja, os textos se movimentam somente no sentido horizontal e vertical, e ainda dentro de uma velocidade bastante linear e constante. Qualquer outro tipo de movimento, para qualquer sentido da tela, deve ser feito com outro tipo de ferramenta. Estamos falando do MOTION, uma das ferramentas mais interessantes dentro do Adobe Premiere Pro. Sim, porque com o Motion é possível desenvolver e aplicar movimentos das mais diversas maneiras e nos mais diversos sentidos. Com ele, a criatividade é quem vai determinar o limite dos movimentos em sua edição. Você pôde acompanhar algumas dicas do trabalho de zoom com o MOTION, em alguns artigos passados. Aqui, vamos começar a explorá-lo com as legendas, embora sua aplicação não se restrinja apenas aos títulos e legendas. Pode ser utilizado na realidade para todos os elementos utilizados na edição, como vídeos, fotos, desenhos etc...
Primeiro vamos construir um texto dentro do Title Designer, em Still, ou seja, sem movimentação de roll, ou crawl. O texto é posicionado no centro da tela do
vídeo. Feito isto, vamos posicionar o title na timeline, exatamente sobre a trilha de vídeo onde está localizado o vídeo a ser legendado.
Vamos agora abrir a paleta Effect Control para termos acesso ao MOTION do Title. Vá a WINDOW/EFFECT CONTROLS. Lembre-se que para que o Motion da imagem em questão esteja acessível, é necessário que o clip esteja selecionado na timeline. Com a Effect Control aberta vamos começar a determinar as configurações do movimento da legenda. Vamos fazer a legenda se movimentar da direita para a esquerda, ou seja, ela vai surgir na tela, vindo da direita para a esquerda. Depois de entrar no campo de visualização da tela, vai ficar 3 segundos parada e depois vai sair para cima da tela, desaparecendo fora do campo de visualização. Vamos determinar a posição inicial da legenda, fora da tela, e marcar um KEYFRAME para o início de movimento.
Agora, vamos determinar a segunda posição para a legenda, ou seja, dentro da área de visualização, após um segundo da marcação do primeiro Keyframe.
Como dissemos, esta legenda ficará durante 3 segundos dentro da área de visualização, então, vamos determinar os 3 segundos marcando um novo Keyframe de Position, a 3 segundos do anterior, sem mudar as suas configurações.
Agora vamos determinar a saída da legenda, marcando um novo keyframe de Position e determinando a nova posição, agora fora da área de visualização, na parte superior da tela.
Pronto, a movimentação da legenda está feita de acordo com a idéia inicial. Agora é só aplicar a criatividade a mãos a obra. Um bom trabalho e até a próxima parte !!
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 13 Volta e meia abordamos a exportação dentro do Adobe Premiere Pro. Isto se deve à enorme importância deste item na edição. De que vale gravarmos excelentes imagens, capricharmos na edição e colocar tudo a perder com uma exportação inadequada? Para isso, o Adobe Premiere Pro, possui diversas opções de exportação. Nesta parte vamos falar um pouco da exportação para um formato compatível com o DVD. A primeira decisão a ser tomada é: o DVD vai conter menu? Ou ele será composto somente pelos vídeos gravados? De acordo com esta decisão, você poderá finalizar o seu trabalho no próprio Premiere, ou enviar o arquivo de vídeo para um programa de autoração, como o Adobe Encore por exemplo. Vamos considerar como opção inicial que, após a edição, o vídeo será gravado diretamente em um disco de DVD, sem menu. Nesse caso o primeiro passo após a finalização da edição é demarcar todo o vídeo com a WORK AREA BAR. Lembre-se, a área a ser exportada será exatamente a que estiver sob a esta barra.
Uma outra opção de configuração para a exportação direta para o DVD é a possibilidade de criar capítulos, para a navegação em um player de DVD. Mesmo sem menu, é possível criar marcas, que posteriormente serão entendidas como capítulos, pelo aparelho. Para isto, basta fazermos marcas na timeline: posicione o leitor sob o local onde você quer inserir a marca e clique no botão adicionar marca, localizado na própria timeline.
Feito isto, vamos a FILE / EXPORT / EXPORT TO DVD
Vale lembrar que esta janela só será totalmente configurável se você possuir um gravador de DVD conectado ao computador. Agora, vamos configurar o DVD. Ativando ("ligando") a janela TIME LINE MARKERS, você estará habilitando a possibilidade de navegação por capítulos, através das marcas na timeline. Ativando o LOOP PLAY BACK, você estará configurando o looping no DVD, ou seja, o recomeço automático do vídeo após o término de sua execução
Entrando nas configurações de ENCONDING, é possível determinar as características específicas do arquivo MPEG2, através de vários PRESETS, ou mesmo criando a sua própria configuração. Não esqueça de que na área EXPORT RANGE, a seleção deve ser WORK AREA, ou seja, a exportação de tudo que estiver marcado com a Barra de seleção da timeline.
Na configuração DVD BURNER, vamos localizar o gravador de DVD e o número de cópias que se deseja fazer. Feito isto, é só clicar em RECORD para gravar o DVD.
O tempo de "produção" do DVD vai depender de vários fatores. O que está sendo realizado pelo computador não é uma simples gravação. Em primeiro lugar, todos os efeitos e detalhes da edição estão sendo finalmente renderizados. Depois, os arquivos estão sendo convertidos para MPEG2, sendo neste processo criadas as pastas e VOBs, e somente após tudo isso é que o DVD é "queimado". Tenha em mente que esta é uma tarefa "árdua" para a sua máquina. Muitas vezes são necessárias horas de processamento ( às vezes chega-se a gastar 4 horas para processar 1 hora de vídeo) para a realização de todas estas tarefas. Por isto, muitas vezes deixamos este trabalho de processamento da máquina para as longas madrugadas de trabalho. Algumas dicas : Tenha preferência por gravadores de DVD confiáveis, de marcas com credibilidade no mercado. O mesmo deve-se fazer para as mídias de DVD. Existe um grande número de marcas e preços no mercado, muitas vezes de procedência duvidosa. Procure escolher a mídia que apresente menos problemas de erros e rejeição de leitura. Converse com seus amigos, troque informações sobre quais mídias estão sendo mais utilizadas. Muitas vezes é preferível gastar um pouquinho mais, mas ter a certeza de produzir um material de qualidade. Na próxima parte vamos falar um pouco mais de exportação para DVD, principalmente para programas de autoração. Até lá.
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 14 Nesta parte vamos continuar explorando um pouco mais as possibilidades de trabalho do Adobe Premiere Pro com o DVD. Vamos partir da situação em que, após toda a edição, você quer enviar o vídeo editado para um programa de autoração de DVD. Estes programas (autoração) são os responsáveis pela construção e/ou criação dos menus de DVD e em conseqüência disto, de toda a montagem do disco, incluindo as diversas opções de navegabilidade, os links dos botões com os vídeos, as músicas etc... Vale lembrar que o trabalho que a grande maioria dos softwares de autoração de DVD realizam não inclui a edição profissional do vídeo. Sendo assim, é indispensável o trabalho em conjunto com um software de edição poderoso, como o Adobe Premiere Pro. Realizada a edição, é importante que sejam renderizadas todas as áreas que necessitem deste procedimento. Um outro detalhe de grande importância é a marcação da área a ser renderizada e futuramente exportada, com a barra de WORK AREA.
Feito isto vamos começar o procedimento de exportação do vídeo. Se a nossa finalidade é exportar para um programa de autoração de DVD, existem basicamente duas opções. A primeira é exportarmos diretamente para
o formato AVI. Dessa maneira, o programa de autoração vai-se encarregar de converter o AVI para o formato MPEG 2, que por sua vez dará origem ao DVD. A segunda opção é exportarmos diretamente para MPEG2. Com isto o programa de autoração receberá um formato de arquivo praticamente pronto para aos procedimentos finais da criação do DVD. Mas cuidado. É importante você saber se o programa que você vai utilizar para autorar o DVD aceita diversos formatos de arquivos. Existem vários programas no mercado que oferecem alguma restrição a determinados CODECS. Por isto é importante você realizar testes antes de decidir qual o formato de exportação que você vai utilizar e quais CODECS são os aceitos pelo programa que você vai utilizar. O próximo passo então é ir a FILE / EXPORT/ ADOBE MEDIA ENCODER.
Dentro do ADOBE MEDIA ENCODER vamos encontrar várias opções de exportação, para os mais diversos formatos. Nesta parte vamos nos concentrar nas opções para a construção de arquivos para DVD. As outras inúmeras opções veremos nas próximas partes. Dentro da janela FORMAT, podemos verificar as inúmeras opções de exportação. Você pode perceber que para a opção DVD, temos duas possibilidades: MPEG2 e MPEG2- DVD. Vamos entender melhor.
Quando escolhemos a opção MPEG2, é preciso tomar algumas decisões no que se refere às configurações que o formato deverá ter. Podemos afirmar então que o arquivo MPEG2 pode ser “construído” com diversas características e particularidades, criando a possibilidade de gerar, a partir da mesma “matriz”, arquivos com características diferentes de acordo com as necessidades que você tiver ou precisar. Com estas duas possibilidades de criação de MPEG2, temos então a possibilidade de trabalhar com uma grande maleabilidade de configurações. Se escolhermos a opção MPEG2 , você perceberá que existirão inúmeras possibilidades de configurações de praticamente todas as exigências que este formato permite. Dentro da janela PRESET existirão pré-configurações que podem ser utilizadas.
Este grande número de possibilidades de configurações pode ter seu lado negativo, pois você pode gerar um arquivo tão específico que alguns programas podem não reconhecê-lo. Tome um grande cuidado com isto. Quando escolhemos a outra opção, MPEG2-DVD, o que estamos fazendo, na realidade, é diminuir um pouco as opções de configuração do arquivo. Isto faz com que o arquivo que será gerado tenha características mais padronizadas, e em conseqüência, seja um pouco mais facilmente reconhecido pelos programas de autoração.
Como vimos, existem inúmeras opões para serem configuradas dentro de um arquivo MPEG2, mas isto vamos deixar para a próxima parte. Até lá!.
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 15 Nesta parte vamos continuar falando sobre as possibilidades de exportação que o Adobe Premiere Pro nos oferece. Como vocês poderão notar, as possibilidades de exportação são muitas. São inúmeros formatos de arquivos para as mais diversas finalidades. Mas para escolher um formato ideal para as suas necessidades é necessário que você faça algumas perguntas. Para onde vou enviar meu vídeo depois de pronto? Como ele vai ser exibido? Quais os formatos que meu cliente vai necessitar? Estas e muitas outras perguntas, muitas vezes não são feitas, ou mesmo são respondidas de maneira errada, mesmo por que muitas pessoas sequer imaginam que existam tantas opções assim. Por isto é muito importante que você tenha o mais breve possível essas respostas. Um exemplo: você está editando um vídeo que vai ser exibido em um telão. Neste caso a exportação precisará ser feita na maior qualidade possível. Você terá que obter alta resolução para que as imagens exibidas no tamanho do telão não percam muita definição. Neste caso, o tamanho do arquivo não deve ser levado em consideração, mas sim a qualidade da imagem, pois vídeos de alta qualidade geralmente produzem arquivos gigantescos.
Uma situação completamente inversa é a da criação de vídeos para Internet. Neste caso, o que importará é o tamanho do arquivo, pois um arquivo muito grande pode acarretar sérios problemas de exibição, chegando até mesmo a inviabilizá-la (exibição na rede). Então deve-se dar prioridade para a construção de um vídeo com pequeno tamanho de arquivo, abrindo-se mão de uma maior qualidade de imagem. Essa relação “tamanho de arquivo / qualidade de imagem” precisa ser muito bem analisada, pois alguns CODECs (responsáveis pela compressão/descompressão do arquivo criado) podem fazer verdadeiros milagres.
No Adobe Premiere Pro, as possibilidades de exportação encontram-se no menu FILE / EXPORT.
A escolha da opção , como dissemos, vai depender do tipo de arquivo que se quer gerar. Nesta parte vamos explorar o ADOBE MEDIA ENCODER.
Vale lembrar que antes de entrar em qualquer opção de exportação, ou mesmo iniciar este processo, é necessário renderizar todas as áreas que estão marcadas com a linha vermelha. Para isto é necessário marcar estas áreas com a “WORK AREA BAR”, e depois iniciar o processo apertando a tecla “ENTER”. Realizado o processo, as linhas vermelhas se tornarão verdes.
Escolhendo a opção ADOBE MEDIA ENCODER vamos entrar no mesmo local onde trabalhamos na última parte (criação de arquivos MPEG2 para DVD).
Vocês poderão notar que existem muitas outras opções, mas vamos nos concentrar aqui nas opções para Internet, ou seja, que criam arquivos de tamanho bastante reduzido. Vamos escolher a opção WINDOWS MEDIA. O Windows Media tem se mostrado uma boa opção de arquivos para Internet.
Vamos entrar na opção PRESET. Não se assuste com a grande quantidade de opções de PRÉ AJUSTES. Você vai ver que a escolha da opção certa para as suas necessidades não depende de tantos fatores assim.
Para a escolha da opção ideal para você, determine o seguinte: Que tipo de sistema você está trabalhando, NTSC ou PAL europeu? Com esta resposta você elimina 50% das opções. Agora, escolha qual o tipo de banda que você quer utilizar, ou seja, para Internet rápida, ou para Internet lenta, através da chamada linha discada. Lembre-se que assistir vídeos com uma conexão discada pode ser uma experiência muito ruim!!. A opção "1024K download" trabalha com um bom tamanho de arquivo e com uma qualidade satisfatória de imagem. Agora é só dar OK, escolher o diretório onde a imagem será salva e aguardar todo o processo de exportação, que em determinadas situações pode ser muito demorado.
Pronto! A escolha foi feita até com certa tranqüilidade. É importante que você faça vários testes. Escolha diferentes opções e analise a que mais se adequou às suas necessidades. Veja se o tamanho do arquivo é o que você precisa e se a qualidade da imagem está de acordo com suas expectativas. Boa sorte e até a próxima parte.
Desvendando o Adobe Premiere Pro - parte 16 Nesta parte vamos mostrar mais opções de exportação, dentro do Adobe Premiere Pro. Na última parte vimos a exportação com o Windows Media, um formato de múltiplas utilizações, mas que na maioria das vezes acaba sendo utilizado principalmente para exibição de vídeos na Internet. Nesta parte vamos falar do Quick Time. O Quick Time é um formato originalmente desenvolvido pela Apple para rodar vídeos na plataforma Mac, que devido ao seu sucesso foi modificado para rodar vídeos também em PCs. Isto fez com que este formato permitisse gerar vídeos para serem assistidos ou trabalhados nas duas plataformas. Ele possui características bastante próprias e, além de poder apresentar ótima qualidade de imagem, também possibilita inúmeras relações de tamanho de
arquivo e tamanho de tela. Consequentemente, diversos níveis de qualidade de imagem podem ser obtidos. Nas versões mais antigas do Adobe Premiere, o Quick Time era instalado na própria instalação do Premiere, ou seja, ele vinha anexado à instalação do programa. Hoje, por motivos mercadológicos, dentre outros, sua instalação é opcional. Se você não possuir o Quick Time instalado em sua máquina, as opções de exportação para este formato não estarão disponíveis no Adobe Premiere. Se a conclusão é de que temos a necessidade de possuir todas as possibilidades de exportação, então é importante que você tenha este programa instalado em sua máquina. No site da Apple ( www.apple.com.br ) existe uma versão gratuita para a instalação no Windows. Dê uma olhada. Após a instalação do Quick Time as opções de exportação já estarão disponíveis dentro do Adobe Premiere Pro. E existem várias opções, para várias finalidades. Para visualizarmos a primeira opção vá em: FILE / EXPORT / MOVIE. Depois entre em SETTINGS / FILE TYPE / QUICK TIME.
Esta opção permite gerar vídeos no formato Quick Time com tamanho e qualidade para edição, dentre outras coisas. Ou seja, serão criados arquivos de tamanho grande e com praticamente qualquer formato de tela e com qualidade de imagem bastante boa. Como as opções são inúmeras, tome cuidado na hora de determinar estes fatores. Se a intenção é reeditar um vídeo para a TV, por exemplo, o ideal é que o tamanho de tela seja de 720X480 e com 29,97 FPS, por exemplo.
Após a escolha das características, é só nomear o arquivo, direcioná-lo, dar OK e aguardar a renderização
A próxima opção de exportação em Quick Time se destina a gerar arquivos menores, mais apropriados para a Internet, por exemplo. Vá a FILE / EXPORT / ADOBE MEDIA ENCODER. E depois entre em FORMAT. Lá, dentre outros formatos estará o Quick Time. Mas lembre-se, assim como a outra opção, elas só estarão disponíveis se o Quick Time estiver instalado em sua máquina.
Uma vez escolhida esta opção, vamos poder ter acesso a inúmeros PRESETS de configurações, específicos para a exibição com arquivos de baixo tamanho ( apropriados para a exibição na Internet).
Além das pré-configurações existentes, também é possível determinar configurações próprias, como tamanho de tela, Frame rate, e até mesmo o codec a ser utilizado. Veja nas opções VIDEO ou AUDIO, por exemplo. Mas tome cuidado, de acordo com o que for determinado é possível gerar um arquivo impossível de ser aberto em qualquer máquina.