Curso Completo de TÉCNICA VOCAL
Mini-Curso Básico de Técnica Vocal
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Guia de introdução para o aperfeiçoamento da voz Finalizado no dia 07/12/2001 Introdução: Este mini curso tem como intuito auxiliar todas as pessoas que utilizam a voz profissionalmente, sejam cantores (profissionais ou amadores), professores, jornalistas, locutores, advogados, atores, vendedores, operadores de telemarketing, telefonistas ou você que gosta de cantar no banheiro, em festinhas, em videokê, enfim, todos aqueles que se interessarem em utilizar as técnicas apresentadas aqui em prol da melhoria da sua qualidade vocal. Informamos que este curso não dispensa as aulas de canto ou sessões de fonaudiologia, ao contrário, é o primeiro passo para que você se conscientize do quão importante é a presença de um profissional para acompanhar seu progresso. Vamos lá! Daniela Menezes Administradora do Curso Capítulo 1: Dicas Iniciais 1ª Parte – Noções Básicas sobre a Produção do Som Para que consigamos produzir o som através da nossa voz, recorremos a vários órgãos do nosso corpo que trabalham conjuntamente para viabilizar este processo. São eles: o Aparelho Respiratório, a laringe, as pregas vocais, os ressonadores, (como a cavidade nasal, a cavidade craniana, a cavidade toráxica, a cavidade bucal e a faringe), os articuladores (língua, lábios, palato duro (céu da boca), palato mole, dentes e mandíbula. A produção do som acontece quando o ar ao ser expirado, passa pelas pregas vocais fazendo-as vibrar. Neste momento entram em ação os articuladores cuja função, neste contexto, é levar o som para as cavidades de ressonância. Como vemos, não cantamos ou falamos "pela garganta" como muitos pensam, e sim com todo o conjunto de órgãos que se interligam são os responsáveis diretos pela transformação do ar inspirado em som. A esse conjunto de órgãos poderemos chamar de "Aparelho Fonador". VOCÊ SABIA QUE... * Pregas vocais é o nome correto e não "cordas vocais", pois tratam-se de pregas de tecido fibro-elástico e muscular revestidas por uma mucosa. * A pessoas que necessitam do uso mais intenso da voz, devem conscientizar-se que há um considerável gasto de energia neste evento, sendo de grande importância a ingestão de alimentos de fácil digestão antes das atividades vocais. 1ª Parte – Saúde Vocal Neste capítulo iremos apresentar hábitos e alimentações saudáveis ou não para uma boa higiene vocal. Prestem bastante atenção e vamos, desde já, procurar cuidar bastante do nosso instrumento de trabalho que é precioso e único, nosso Aparelho Vocal.
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2 Permitido
Evitar Proibido
Beba bastante água em temperatura natural! (no mínimo 2 litros por dia) para manter as pregas vocais hidratadas e em boa condição de vibração. Coma maçã! A maçã possui propriedades adstringentes que auxiliam na limpeza da boca e da faringe, favorecendo uma voz com melhor ressonância. Beba suco de frutas! (Principalmente de frutas cítricas) Evite usar roupas apertadas, principalmente nas regiões do abdômen, cintura, peito e pescoço, pois isso poderá dificultar a respiração Não use pastilhas, sprays, anestésicos sem orientação médica, pois para cada caso existe uma medicação específica, portanto não se automedique nunca! Evite alimentos gordurosos e "pesados" antes das apresentações, pois dificultam a digestão. Dê preferência aos alimentos leves e de fácil digestão (verduras, frutas, peixe, frango) Durma bem! Procure dormir, no mínimo, 8 horas por dia. Não durma de estômago cheio pois pode provocar refluxo gastresofágico que é altamente prejudicial às pregas vocais. Não cante se estiver doente! Quando cantamos envolvemos todo o nosso corpo e gastamos muita energia, então recupere-se antes de voltar a cantar. Evite ficar exposto por muitas horas em ambiente que utiliza ar-condicionado pois provoca o ressecamento das pregas vocais. Em casos onde isso não for possível, procure estar sempre lubrificando as pregas vocais com água ou suco sem gelo. Evite ambiente com mofo, poeira ou cheiros muito fortes, principalmente se você for alérgico. Evite a competição sonora, ou seja, falar ou cantar em lugares muito barulhentos. Evite choques bruscos de temperatura Evite bebidas geladas Evite cochichar pois, ao contrário do que pensamos, no ato de cochichar submentemos nossas pregas vocais a um grande esforço provocando um desgaste muitas vezes maior do que se conversarmos normalmente. É proibido gritar, pigarrear, falar durante muito tempo sem lubrificar as pregas vocais, fumar, ingerir bebidas alcoólicas antes de cantar para "melhorar" a voz. IMPORTANTE!!!
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Se você utiliza sua voz profissionalmente, é indispensável a consulta com um médico especialista para que ele possa fazer uma avaliação do seu aparelho vocal.
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Não se esqueça de que o nosso "instrumento de trabalho" é único e merece toda a nossa dedicação e atenção. Nossas pregas vocais são a nossa identidade, são nosso registro pessoal, portanto não se esforce para cantar músicas em tons que não lhes são confortáveis pois assim você estará prejudicando-as. Mini-Curso Básico de Técnica Vocal Guia de introdução para o aperfeiçoamento da voz Parte I 3ª Parte – A Postura Ideal Devemos estar atentos a alguns aspectos relacionados à postura no canto: - Os pés devem estar afastados na direção dos ombros - Coluna reta Ombros e braços relaxados a fim de não tencionar o pescoço - Queixo reto, olhando sempre para frente - Não fixar o olhar em nenhum ponto para não perder a concentração Podemos também cantar sentados observando: - Sentar na ponta da cadeira sobre os ossos das nádegas (faça o movimento para os lados, como uma canoa e verifique se está na posição correta) - Manter a coluna e o queixo retos - Braços e ombros relaxados 4ª Parte – A respiração "Respirando bem, cantamos bem" Para uma boa projeção da voz no canto, é necessário obter o controle da respiração. Para realizarmos uma respiração correta, devemos estar numa postura adequada, pois a postura e a respiração andam juntas. A inspiração deverá ser sempre nasal, pois o nariz funciona como um filtro de ar. Se inspirarmos pela boca, estaremos inspirando todas as impurezas podendo ocasionar doenças inflamatórias do aparelho respiratório. Caso você não consiga respirar pelo nariz, sugiro que procure imediatamente um médico especialista. Utilizaremos para o canto a respiração chamada diafragmática, costo-diafragmática, ou abdominal-intercostal. 1- Devemos inspirar pelo nariz e canalizarmos esse ar em direção à região abdominal (enchendo a barriga de ar). É importante que os ombros e o peito não se movam. 2- Expire pela boca observando que enquanto o ar é expelido a barriga vai esvaziando lentamente até chegar ao normal.
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ATENÇÃO!!!
Cuidado para não utilizar o ar de reserva, ou seja, não pressione a barriga forçando-a a se esvaziar mais depressa que o normal pois este feito poderá causar mal-estar. EXERCÍCIO PARA CONTROLE DA RESPIRAÇÃO 1- Inspire lentamente (pelo nariz) até encher bastante as paredes abdominais. 2- Coloque o dorso da mão em frete à boca e expire lentamente . 3- Observe que o ar expirado estará quente 4- Repita este exercício por 15 vezes (3 seqüências de 5) em frente a um espelho (de preferência vertical) para que você possa corrigir a postura e observar os ombros e peito (que não deverão se movimentar) 5- Lembre-se de que ao término de cada sequência, você deverá relaxar, respirar fundo, encher os pulmões e soltar o ar pela boca por 3 vezes para evitar mal-estar. LEMBRE-SE: Este tipo de respiração é uma novidade para muitos de vocês, sendo assim, não deverá ser usada no dia-a-dia sem que haja necessidade. Em caso de dúvidas, entre em contato comigo. Estarei sempre pronta a ouvi-los. Mini-Curso Básico de Técnica Vocal Guia de introdução para o aperfeiçoamento da voz Parte I Capítulo 2: O Pré-Aquecimento Vocal O que é pré-aquecimento vocal? É, como o nome já diz, um aquecimento prévio da voz ou simplesmente a preparação da voz para o seu uso por um tempo prolongado e intenso. Podemos aquecer nossa voz através de sons que irão "massagear" nossas pregas vocais (que são músculos) que como todo músculo precisam ser preparadas e aquecidas antes de serem utilizadas na sua plenitude. Lembrem-se que este pré aquecimento pode (e deve) ser feito não só pelos cantores mas também por todos os profissionais da voz, ou seja, todas as pessoas que trabalham falando. EXERCÍCIO 1: 1) Inspire (armazenando o ar na região abdominal, como vocês já aprenderam) até que a barriga esteja repleta de ar. 2) Agora solte o ar aos pouco utilizando o som:
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Prrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr......
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Observe que neste exercício a língua deve vibrar bastante!!!! Caso a sua língua não vibre e você esteja forçando para emitir este som, PARE! Pois estará fazendo da forma errada. Entre em contato comigo se surgir alguma dúvida, certo? Mas se você conseguiu emitir o som com a vibração constante da língua, repita este exercício todos os dias pelo menos durante 10 minutos. Se for cantar em uma apresentação ou videokê ou ensaiar com sua banda por muito tempo, pré-aqueça sua voz durante 20 minutos (no mínimo) antes de começar a cantar. Pode-se também utilizar outras consoantes que possibilitarão o mesmo efeito como, por exemplo, o som: Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr... Como se você fosse imitar o som do telefone (' TRRRRRIM!!!), mas lembrando de prolongar bastante os erres (RRRR...) até acabar o ar.
EXERCÍCIO 2: Depois de já haver treinado bastante e já estar emitindo os sons PRRRR... e TRRRR... Sem falhas ou interrupções, vamos repetir o exercício anterior com uma diferença: No final de cada som iremos acrescentar as vogais A,E,I,O,U. Exemplo1: PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÁ!!!! PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ!!!! PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ!!!! PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ!!!! PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ!!!!
Exemplo2: TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÁ!!!! TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ!!!! TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ!!!! TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ!!!!
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TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ!!!!
IMPORTANTE!!! C Assim como nos exemplos acima, o som que você estiver produzindo para préaquecer, deverá estar no mesmo volume, intensidade e tom. = ***NÃO BRINQUE COM ESTE EXERCÍCIO FAZENDO SONS MUITO AGUDOS, MUITO GRAVES OU MISTURANDO OS DOIS TONS.*** C Repita os exercício SEMPRE no seu tom natural.
Como fazer para identificar o seu tom natural? É simples, o seu tom natural é aquele que você emite sem "forçar a garganta", é um som natural que sai sem esforço nenhum, como se você estivesse falando. C Se você não conseguiu fazer estes exercícios até acabar o ar armazenado (sem utilizar o ar de reserva, certo???), ou seja, você começou bem mas no meio do exercício o som falhou, Pare! Respire fundo por 3 vezes, relaxe um pouco e só então recomece. É muito comum, no início, não conseguirmos emitir estes sons até o final, pois tratase de sons que nós não estamos habituados a produzir, mas com o treino diário, fica cada vez mais fácil, acreditem!!! Mini-Curso Básico de Técnica Vocal Guia de introdução para o aperfeiçoamento da voz Parte I Capítulo 3: Dicas e Dúvidas iniciais para a função vocal Postura de Cantor A postura é muito importante para o cantor, pois apesar de termos que ficar bem à vontade e descontraídos, temos também de observar alguns pontos importantes tais como: • • •
Pés paralelos na direção dos ombros Braços e ombros relaxados Coluna reta
Observando também que como utilizamos a respiração diafragmática, devemos deixar a região abdominal livre para que o diafragma funcione tranqüilamente. Procurar seguir estes passos não significa que devamos ficar parados nesta posição para que tenhamos um bom resultado, mas ficarmos soltos, relaxados e principalmente nos sentirmos bem e à vontade quando estamos cantando, pois cantar tem que ser sempre prazeroso.
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Podemos também cantar sentados observando a postura reta deixando o diafragma livre para funcionar bem.
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Movimento das Pregas Vocais As pregas vocais fazem o movimento abre-fecha, ou seja, quando estamos calados elas estão abertas (momento da respiração) e quando falamos ou cantamos elas se fecham (momento da fonação) infelizmente elas não fazem somente estes movimentos mas também se chocam quando são submetidas a abusos vocais como: gritos, pigarreios e tosses excessivos, utilizar tons graves ou agudos demais, praticar esportes falando, competição sonora, etc... Estes choques pode prejudicar demasiadamente as pregas vocais. Eu cuido bem da minha voz??? Responda as questões a seguir como uma forma de auto-avaliação sobre o cuidado que você tem com sua voz. 1. Você percebe se ao final de um dia de trabalho (ou apresentação) sua voz está mais fraca? 2. Você canta em diversos tons? 3. Quando você canta, leciona ou fala em público, suas veias ou músculos do pescoço saltam? 4. Você sente dores na região do pescoço? 5. Após cantar você sente dor de cabeça? 6. Quando você canta acompanhando um cd, por exemplo, você segue sempre o tom do cantor? 7. Você canta freqüentemente? 8. Você canta ou ensaia durante horas seguidas? 9. Você tem resfriados freqüentes? 10. Você fuma? 11. Você pigarreia muito? 12. Você tem alergia das vias respiratórias? 13. Você tem faringite, amigdalite ou laringite freqüentes? 14. Você se auto-medica quando tem problemas na voz? 15. Você tem dificuldades digestivas? (azia, úlcera, refluxo gastresofágico) OBS: SE VOCÊ MARCOU MAIS QUE 4 ITENS FIQUE ATENTO E PROCURE TOMAR ALGUMA PROVIDENCIA NO SENTIDO DE MODIFICAR SEUS HÁBITOS. •
SE VOCÊ MARCOU MAIS DE 6 ITENS PROCURE UM ESPECIALISTA PARA QUE ELE AVALIE O ESTADO DE SUAS PREGAS VOCAIS POIS COM ESTES SINTOMAS VOCÊ JÁ TEM QUE FICAR ATENTO PARA QUE NÃO OCORRA PROBLEMAS MAIORES FUTURAMENTE. •
Quais as conseqüências que os abusos vocais podem me causar? Estes abusos podem provocar alterações como: o
Calos vocais
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Nódulos Pólipos Edemas Fendas
Dentre outras alterações ocasionadas pelas constantes formas de abuso vocal. Qual o primeiro passo a ser tomado para cuidar da minha voz? A primeira providência a ser tomada é a consulta a um especialista, o OTORRINOLARINGOLOGISTA, que é o médico que poderá detectar se há ou não alguma alteração no seu aparelho fonador. À partir do diagnóstico feito pelo Otorrinolaringologista, se necessário o médico indicará o tratamento para a correção de tais alterações com outro especialista, o FONAUDIÓLOGO, que fará a correção destes problemas através de exercícios. Que tipo de exame é feito para detectar alterações no meu aparelho fonador?
Um primeiro e importantíssimo exame a ser feito e que é rápido e indolor, é a LARINGOSCOPIA, que é o exame médico das cordas vocais. À partir deste exame se o médico julgar necessário, solicitará outros exames mais específicos.
Estes cuidados servem para todos ou apenas para os cantores? " As normas de cuidados com a voz devem ser seguidas por todos, particularmente por aqueles que utilizam mais a voz ou que apresentam tendências a alterações vocais. Esses são chamados de Profissionais da Voz, ou seja, professores, atores, cantores, locutores, apresentadores, advogados, telefonistas, telemarketing, vendedores, palestristas, dentre outros. Entretanto muitos destes profissionais muitas vezes por falta de tempo para se dedicar ao cuidado de sua voz, podem estar cultivando um distúrbio vocal decorrente do abuso ou mal uso da voz". Mini-Curso Básico de Técnica Vocal Guia de introdução para o aperfeiçoamento da voz Parte I Capítulo 4: Classificação Vocal Este assunto é muito importante pois muitas vezes acontece de não conseguirmos alcançar tons muito agudos (finos) ou muito graves (grossos) sem saber que isso se dá porque temos um naipe vocal característico. Existem 3 classificações básicas para a voz masculina e para a voz feminina como indicado abaixo: HOMENS
MULHERES
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BAIXO (Voz Grave)
CONTRALTO (Voz Grave)
BARÍTONO (Voz Média)
MEIO-SOPRANO ou MEZZO-SOPRANO (Voz Média)
TENOR (Voz Aguda)
SOPRANO (Voz Aguda)
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Para saber a sua classificação vocal, você tem de ser avaliado por um professor de Canto/Técnica Vocal que irá, através de exercícios vocais (vocalises) classificar sua voz dentro das três opções acima. Quase sempre nos espelhamos em algum canto/cantora/banda da qual somos fãs e tentamos imita-los sem saber que podemos agredir nossas pregas vocais tentando cantar numa extensão vocal que não é a nossa. Podemos cantar qualquer música que quisermos desde que ela esteja no nosso tom. O que significa a música estar no meu tom? Quer dizer que eu consigo cantá-la sem me esforçar demais até minha garganta doer ou minha voz falhar ou até mesmo eu engasgar. Isso acontece com muita freqüência por falta de informação e orientação. •
Muitas vezes é difícil, principalmente para quem não toca nenhum instrumento, identificar em que tom está a música que queremos cantar e mais ainda qual é o tom confortável para mim. Pois bem, vai aí uma dica: Escolha uma música de sua preferência e cante junto com o cantor observando alguns pontos: Não deixe que as veias do seu pescoço saltem Não se esforce até ficar vermelho Não se preocupe em imitar a voz do cantor, cante do seu jeito, com sua voz natural. o Não se preocupe se está desafinando, pense apenas em seguir a música de uma forma bem confortável para você. o o o
Se ao final da música você verificou que: • • •
Suas veias do pescoço não saltaram Você não ficou vermelho Não engasgou e sua voz não falhou em momento algum...
PARABÉNS!!!!!! VOCÊ ACABA DE DESCOBRIR E CANTAR NO SEU TOM!!!! AGORA É MOSTRAR PARA UM PROFESSOR DE MÚSICA OU ALGUM AMIGO SEU QUE CONHEÇA A MÚSICA PARA TE DIZER EM QUE TOM VOCÊ CANTOU.
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Agora é só criar o seu estilo para cantar pois devemos sim ter ídolos e nos espelharmos neles mas à partir daí, devemos descobrir o nosso próprio modo de cantar. SEJA CRIATIVO SEMPRE!!!! Mini-Curso Básico de Técnica Vocal Guia de introdução para o aperfeiçoamento da voz Parte I Capítulo 5: Exercícios de Relaxamento Faça esses exercícios com roupas confortáveis e ambiente tranqüilo. DEITADO Deite-se de costas, certifique-se de que sua coluna esteja em contato com o chão. •
Observe a oscilação natural de sua respiração, que se expande e contrai, por meio de seu tórax e abdomem, e pelo ouvir atento dos sons que emanam do interior. • Apenas observe e ouça as ações de seu corpo. Não as manipule, não as controle. Apenas respire e conscientize-se de sua respiração. •
EM PÉ Fique ereto, com as pernas afastadas e na direção dos ombros. Distribua o peso igualmente. Imagine-se agora segurando uma bola de praia debaixo de cada axila e sinta os espaços respiratórios que se abrem. (Isso o encorajará a alongar os seus ombros e a abrir as suas axilas e, conseqüentemente, expandir o volume de seu tórax para uma respiração mais profunda) • Seu pescoço e cabeça devem estar alongados e livres. • Matenha essa posição por um minuto ou mais. • Desfrute a extensão de sua coluna dorsal, o espaço respiratório extra e a sensação de equilíbrio adequado entre o estado de calmaria e o de atenção. • • •
EXERCÍCIOS DINÂMICOS Os exercícios dinâmicos combinam o movimento com o controle da respiração. RISO Sorria para o mundo! Em círculos, movimente, vigorosamente, as suas mãos, braços, pernas e pés. Permita-se alguns segundos de relaxamento entre cada rotação. Mas continue sorrindo. Você pode fazer este exercício em pé, sentado ou deitado. EQUILÍBRIO O equilíbrio é importante. Tente estipular um horário para o exercício de "comportamento modal" – o andar, o virar-se e o inclinar-se com livros sobre a
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cabeça. Respire suave e conscientemente, em harmonia com os movimentos de seu corpo. Isto encoraja a coordenação suave graciosa dos músculos.
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EXERCÍCIOS DE RESPIRAÇÃO COMPLETA 1. Permaneça com seus pés confortavelmente dissociados dos seus ombros, que apontam para cima; os braços e as mãos soltas ao lado do corpo. Concentre-se em sim mesmo, confira a sua postura.Inspire pelo nariz o mais demoradamente possível e expire todo o ar também devagar e silenciosamente. Quando sentir-se vazio de ar, tussa e mostre para você mesmo que ainda possui reservas de ar escondidas. Tente tocar o solo com a ponta dos dedos, curve os joelhos se necessário. Segure sua respiração por alguns segundos. 2. Conforme você respira, silenciosamente, pelo nariz, você, gradativamente, torna-se ereto. Estenda os braços como asas, erguendo-as calma e suavemente, até equilibra-los horizontalmente. 3. Assim que você completar o movimento e a inspiração, coloque as mãos juntas acima da cabeça (como se estivesse em oração). Lembre-se que as mãos postas devem estar acima do topo de sua cabeça. Segure a inspiração. 4. Quando você estiver preparado, silenciosamente, expire pela boca, e abaixe os seus braços, reta e vagarosamente, até que estejam abaixo da horizontal. Rapidamente solte o ar que sobrou em um suspiro forte e permita que a parte superior do seu corpo caia pesadamente , curve o quadril para a frente, deixando a cabeça pendente. Conscientemente libere todo o ar "usado", de que você não mais precisa. Relaxe por algum tempo e repita o exercício desde o início.
EXERCÍCIO DE LIBERAÇÃO DA VOZ Algumas pessoas sentem-se incapazes de facilitar e de liberar as suas vocalizações. Elas podem sentir sua voz natural, de alguma forma, bloqueada, amarrada ou suprimida. Tente este exercício de liberação da voz como parte de seu programa vocal. Sente-se de cócoras, dobre e recurve o seu corpo em um nó, teso e compacto, de braços e pernas; tente condensar-se em uma menor massa possível. Segure a sua respiração e os órgãos vocalizadores no centro desta massa. Como último esforço, respire e estique-se, rápida e vigorosamente. Solte a sua voz num profundo "UGH", por meio do som mais profundo que você possa encontrar. Maximize e aproveite o espreguiçamento. Descanse por um minuto. Repita o exercício por até dez vezes. A cada vez, interiorize mais, e projete sua voz relaxada mais forte e prolongue cada vez mais o som. Observe que você envolve todo os seu corpo na vocalização, particularmente a pélvis e o diafragma. OBS: Exercícios extraídos do livro: "A cura pelo som" de Olivea Dewhurst-Maddock
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Erimilson Lopes Pereira
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TÉCNICA VOCAL Brinde do site: www.erimilson.hpg.com.br
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14 brinde do site: www.erimilson.hpg.com.br contato:
[email protected]
“A música é tão forte que, ainda que as bocas se calem, as ondas, as tempestades ou até mesmo as pedras cantam”. Erimilson Lopes Pereira
I - Introdução Como você estava planejando ler apenas este primeiro parágrafo de introdução e pular imediatamente para o próximo capitulo – ninguém lê as introduções dos livros --, vou começar alertando que a atenção que você deverá dar ao treinamento é o fator principal e determinante para o seu êxito. Caso continue com essa preguiça toda não chegará a lugar nenhum. Você tem em mãos um trabalho extraído de muito suor. Portanto, faça jus a ele e repasse-o para outros com dedicação de quem quer expandir a música e a cultura para substituir toda essa ignorância e violência que prospera em nossos dias. Este curso é dirigido àqueles que desejam deixar de incomodar os ouvidos dos outros. Quer aprender ou aperfeiçoar a voz e o canto para enfeitar o mundo lá fora. Esta é a sai chance de evoluir e até, quem sabe, impulsionar sua carreira musical ou mesmo aumentar o número do coral da sua igreja. Se for um daqueles que só canta dentro do banheiro – talvez temendo uma chuva de tomates --, há dois caminhos; levar a banheira para o palco ou ler e seguir todo o conteúdo deste material. Talvez esteja se perguntando sobre sua condição atual. “Eu tenho voz? Eu posso melhorar? Eu conseguirei chegar perto de um Pavarotti?”. A menos que seja
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 15 mudo, tenha fumado tanto que o cigarro tenha comido suas entranhas ou esteja muito bêbado, é provável que a resposta seja “SIM” para as duas primeiras indagações. E quanto à terceira, eu creio que não dê a mínima para ópera. Ah, você é gago? Dependendo do grau, não tem problema. Inclusive Nelson Gonçalves (uma das vozes mais bonitas que já ouvi) era gago ao falar. Será de extrema serventia se você tiver algum conhecimento em algum instrumento musical. Caso contrário, sugiro que considere a possibilidade desde já. E para sua sorte, destro desde curso você encontrará auxilio para sua iniciação. Tomaremos por base três deles. A saber, teclado, violão e flauta doce. Não terá de aprender a tocar como um Sivuca ou Hermetto Paschoal (dois excelentes instrumentistas). Bastará apenas extrair algumas notas para medir com seu gogó. Coisa muito simples. Mas eu não impediria que quisesse ser tão bom quantos os meus colegas que citei. Se você ainda estiver aí – e acordado -- leve em conta estas dicas para melhor aproveitar este caderno:
Leia tudo com calma e atenção. Se não tiver captado uma instrução, releia tantas vezes for preciso até que fique claro. Reserve duas horas diárias para o treinamento. Procure um lugar adequado (com conforto, silencio e privacidade). Mantenha acessível um instrumento musical (sugerimos violão ou piano). Caso esteja estudando em grupo -- o que é uma boa idéia -- estabeleça um comando e programação homogênea a todos. Tenha em mente que cigarro, bebida alcoólica e água gelada são seus inimigos. Seja obediente ao programa deste curso. Disciplina é uma grande virtude. Se não ler tudo ou se abdicar dos exercícios propostos nada conseguirá. Estou confiante que terá bom proveito deste curso. Será muito satisfatório pra mim se receber seu e-mail dizendo do seu sucesso ou receber seu CD autografado. Que Deus te ilumine e conceda todo o que for favorável. Erimilson Lopes Pereira O autor
II – Voz; Corpo e mente II-1 O templo humano Se alguém lhe perguntar com que você canta, certamente você dirá que é com a boca – e talvez nem responda a uma questão tão idiota. De fato a indagação é pertinente, pois, não cantamos apenas com a boca, mas com o corpo e a mente. Isso quer dizer que precisamos de uma boa condição física (não me refiro aos músculos de Silvester Stallone ou a cintura de Giselle Büchen) e muita concentração (quem sabe até igual ao um monge).
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O bom estado do corpo é imprescindível para uma performance satisfatória. Não apenas da garganta, mas todo o templo humano. A começar pela postura. A coluna reta é uma exigência elementar. Um grande número de músculos interage quando falamos ou cantamos. É preciso que eles tenham sido preparados para um funcionamento extenso. Por esta razão nós adotaremos alguns exercícios físicos para aquecimento muscular. Não desconsidere essa prática sob pena de provocar tensão muscular e limitar seu rendimento. Não é à toa que se ouve dizer que “o homem canta com a alma”. A concentração é uma espécie de veneração, uma expressão sentimental. Difícil imaginar alguém cantar sem emoção ou prazer. Com efeito, devemos estar envolvidos com o canto assim como o ator está para o personagem que representa. A nossa afinação depende muito dessa concentração.
II-2 O canal vocal Você detesta aula de biologia? Eu também, mas... Vamos viajar um pouco na teoria cientifica e saber sobre o canal vocal. O som produzido é exteriorizado pela boca e ainda pelo nariz – sim, pelo nariz. O som é produzido e qualificado por uma série de elementos em nosso corpo. O ar da nossa respiração é uma espécie de matéria prima. É ele que ecoa nossa voz através do esforço de alguns de nossos órgãos (diafragma, pulmões, cordas vocais...). Para que tudo isso saia perfeito, necessário se faz que os órgãos estejam com saúde. É recomendável que se cante em pé e com a cabeça levemente erguida. A explicação é que assim o diafragma trabalha melhor, ou seja, acomoda mais e melhor, o oxigênio além do som sai reto pelo canal da garganta. Você já reparou isso nos corais?
II-3 Respiração correta Quem não ouviu aquela citação clássica de marcha “Barriga pra dentro e peito pra fora” na hora respirar? Aí está o mal-entendido. Na hora de inspirar (receber) o ar o sujeito estufa o peito e espreme as tripas fazendo com que o diafragma se retraia impedindo que o oxigênio entre tranqüilamente. E depois para expirar (soltar) o ar que mal entrou, ele incha a barriga de nada – sem contar a careta que faz. A forma correta de trabalhar a respiração é receber o ar (de preferência pelo nariz) em boa quantidade. Na hora de soltar o ar, use o nariz (e a boca quando for cantar). O diafragma é um grande auxiliar para a respiração. Trata-se de um músculo localizado próximo ao abdome que se estica e encolhe conforme nossos impulsos. Ao relaxar, ele abre a caixa torácica para guardar o ar e a fecha ao se encolher. O diafragma também movimenta os pulmões, que por sua vez elimina o gás carbono do corpo junto com o ar. Na verdade, quando inchamos ou retraímos a barriga por própria vontade, é com ele quem trabalhamos. Portanto, na hora de inspirar, relaxe o diafragma para receber bem o oxigênio e o encolha para expirar o ar velho.
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II-4 Cadê o gogó?
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E tem gente que acha que não tem gogó. O que ocorre é que a garganta é um dos mais sensíveis lugares do corpo humano. Isso porque é por onde respiramos e ingerimos comida e bebida – nem sempre com a qualidade desejada. Desta feita, a qualidade do som dependerá bastante da condição física do seu gogó. Cordas vocais são membranas (tecidos que envolvem os órgãos) sustentadas pela laringe, que vibram e produzem e qualificam os sons no ato da expiração. São elas que determinam o seu timbre vocal e a variação dos tons entre grave (grosso) e agudo (fino). Também os movimentos da faringe, língua e da boca dão características aos sons. É preciso, portanto, ter um certo domínio sobre elas. Cuide bem do seu gogó: • • • • • • • •
Evite álcool para não ressecar os órgãos. Fuja de comidas ou bebidas muito quentes ou estupidamente geladas. Há um limite de temperatura aceitável. Cigarro é inadmissível. Acidez dos alimentos pode prejudicar a parte bucal. Não grite jamais. A vibração desordenada das cordas vocais danifica seu potencial. Mantenha sua boca sempre hidratada. A sede faz estragos. A ingestão de bons alimentos (especialmente frutas) ajuda a conservação bucal. Um gargarejo de água e sal (uma pitadinha de nada) regularmente funciona como soro. Atenção; nada de sal em excesso, conhaque ou vinagre. Caninha 51 também nem pensar.
II-5 Se liga nessa O grande maestro do nosso corpo é o cérebro e dele parte todos os impulsos (ordens) a serem obedecidos pelos órgãos. Conclusão, o estado de espírito é fator determinante na hora de soltar a voz. Então, você terá dificuldades em entrar no palco sabendo que seu cunhado bateu com seu carro. Do mesmo modo, não faria melhor se soubesse que acertou o grande prêmio da mega-sena (e quem iria ao palco depois de um prêmio desses?). Como já dissemos, a concentração define a afinação. Isso porque a distração faz o cérebro perder o controle da vibração das cordas vocais – que é coisa muito sensível. Além do mais, se as cordas não forem bem adestradas não produzem o som esperado. Por isso que tem gente que não tem afinação; não tem controle sobre os órgãos. Se você é um deles e quando quer cantar um “A” sai um “Ô”, esqueça seu passado e se prepare para sua nova carreira.
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Aula Aquecimento físico Você já conhece o valor do seu corpo para a voz. Por esta razão, iniciemos a aula prática com exercícios de alongamento e relaxamento. Use roupas leves e folgadas para não dificultar os movimentos. 1. Alongamento: de pé, levante os dois braços e vá se esticando suavemente para cima como se quisesse alcançar uma corda que está um pouco acima de sua cabeça. Mantenha os pés bem fixos no chão. De 1 a 3 minutos. 2. Relaxamento: movimente os braços e as pernas livre e suavemente para ativar melhor a circulação sangüínea e aquecer a musculação (dê chutes curtos no vento e simule natação, por exemplo). De 3 a 5 minutos. 3. Respiração: conforme os padrões teóricos aplicados anteriormente, trabalhe sua respiração e aproveite para entrar em estado de concentração máxima. Procure sentir o ar entrando e se espalhando em seu corpo através do sangue. Trabalhe os impulsos cerebrais para as partes do seu corpo (como leves movimentos dos dedos das mãos e pés). De 2 a 3 minutos. 4. Acorde o diafragma: se você leu todo o capitulo anterior (duvido) sabe da relevância deste músculo. Portanto, vamos desenvolver ainda mais suas atividades; inspire e expire rapidamente dando sopapos no diafragma como se estivéssemos bombardeando o abdome. De 1 a 2 minutos. 5. Aquecimento muscular do pescoço: abaixe completamente a cabeça (coluna reta, por gentileza) e comece a ergue-la vagarosamente até onde puder enquanto inspira. Segure o ar por algum tempo e desça a cabeça e vá soltando o ar devagar. Sincroniza o tempo do movimento com a respiração. Ou seja, o tempo do movimento deve ser igual ao da respiração. Vá retardando o tempo do movimento e da respiração aos poucos até alcançar a média de 30 segundos para levantar a cabeça (e inspirar), 10 para prender o ar e 30 para abaixar a cabeça (e expirar o ar). ATENÇÃO: observe sua capacidade. Se der para prolongar mais ainda o tempo, faça-lo. Do contrário, diminua o limite. Execute de 5 a 10 vezes nesse sentido e depois inverta a ordem do movimento e a respiração. 6. Aquecimento muscular do pescoço II: semelhante ao exercício acima, sincronize a respiração de acordo com os movimentos do pescoço. Entretanto, troque o movimento vertical pelo horizontal; ponha a cabeça no limite que ela se move para um lado e vá virando para o outro trabalhando a respiração. 7. Acionamento bucal: faça movimentos com a boca (caretas mesmo) para acionar a musculatura da boca; abrindo e fechando, esticando para os lados, etc. Esses exercícios devem ser executados a cada aula prática ou de 2 a 3 vezes por semana. Cadê as aulas práticas de canto? Prometa na próxima.
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III – Propriedades da Voz III-1 Som e tonalidade Som é tudo quanto podemos escutar – inclusive o estralo do cabo de vassoura da mulher quando o cara chega tarde em casa. A voz humana quando falada, o barulho de um motor ou um trovão são sons simples e puros. Mas existem alguns sons com uma particularidade especial; tonalidade. Sons com uma variação de tom tornam possível a existência da música. Sem a diferença de tons não há melodia. Quando falamos não emitimos tonalidade e, no entanto, cantamos ao produzir sons com a variação de tons.
III-2 Timbre É a identidade sonora. Ninguém é capaz de confundir o piano de um placa de zinco sendo arrastada. Portanto, cada som teu seu timbre e ele é quem caracteriza cada som. O timbre é quem difere o som de uma guitarra de um violino, mesmo que eles toquem o mesmo tom. Também serve para distinguir a voz de uma pessoa. Considere ainda que, por parecidas que sejam duas vozes, há discriminação técnicas entre elas. Não é à toa que existem muitos equipamentos de segurança por reconhecimento da voz.
III-3 Clareza Enquanto tem tanta gente querendo aprender a cantar há outras que, se quer, sabem falar. Uma propriedade fundamental da voz é a clarividência. Se você fala e por três vezes a outra pessoa não entende e pede para repetir não quer dizer necessariamente que ela seja surda. Você pode não estar pronunciando bem o que fala. Veja essa: Dois sujeitos que não se entendiam se cruzaram: -- Oi Fulano, tu vais pescar? -- Não Cicrano, eu vou pescar. -- Ah bom. Eu pensei que fosse pescar. Se bem que nesse caso, os dois eram surdos mesmo.
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20 III-4 Aprenda a falar
Dizem que carioca é tão preguiçoso que nem falam a palavra toda. Discordo disso porque não são apenas os cariocas. O fato é que devemos ter mais qualidade ao pronunciar os verbetes. Dê atenção especial a todas as silabas para que fique claro o quer dizer. Enrolar a fala é prática de quem esqueceu a letra da música na hora do show. No entanto, a clareza é um dos quesitos avaliados os calouros. Cuidado para não fazer a junção de duas ou mais palavras na hora de falar. Isso pode deturpar o significado da mensagem. Espie essa clássica cantada (e funciona): “Ô, meu bem; meu coração por ti gela!”. Pronuncie as ultimas palavras juntas e confira o resultado (um belo fora). Atenção especial com palavras iniciadas vogal. No caso de “América”, pó exemplo, separe bem o “A” de “me”. Já em “Ambrósio” é diferente; separe “Am” de “bró”. Palavras terminadas em “te” não são iguais que com “t”. No primeiro caso o “e” deve soar bem, enquanto que no outro o som é rápido e quase imperceptível. Exemplos; “carinhosamente” e “pierrot”. Aliás, letras consoantes como d, f, p, t, e v isoladas no fim da sílaba não devem ser pronunciadas como são faladas no alfabeto. No ABC lemos v como “vê”. Porém, na palavra Tchaikovsky seu som é um “v” rápido. A onomatopéia (representação escrita dos sons) “zzzzzz” não deve ser lida como “zêzêzê...”. Apenas como o som seco de z prolongadamente. Em geral, respeitando a divisão silábica, procure falar mais ou menos articuladamente. Ou melhor, ar-ti-cu-la-da-men-te. Isso vale para quando for cantar também. Palavrões (palavras enormes) devem ser ligeiramente divididos em duas ou três silabas na hora de serem pronunciadas. Ex. “Tessalonicenses” pode lido com uma divisão bem rápida em “Tessalo-nicenses”.
III-5 Volume Quando dizemos “Fale mais alto” (não esqueça do “por favor”), estamos pedindo para que o outra aumente o volume do som. Contudo, na música (com sons variáveis de tonalidade) alto e baixo diz respeito a grave e agudo (veremos isso mais tarde). Nesse caso devemos especificar “mais volume” ou “menos volume”. O volume da voz esta atrelada diretamente à força com que jorramos o ar boca a fora. Daí a necessidade de uma boa respiração e conservação dos órgãos internos. Cada um tem seu limite para o volume. Não force jamais o volume da sua voz. Nem ao cantar, nem ao falar. Mas é possível dar mais consistência a ela com o decorrer do treinamento adequado, buscando o que você tem e não desenvolveu.
III-6 Variação do tom
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 21 Em torno do som grave (grosso) e agudo (fino) construímos a melodia, ou seja, a música em si. Existe, portanto, uma escala de tonalidades representadas por notas musicais com padrão internacional a serem executadas por instrumentos ou pela voz humana. Cantar consiste em representar fielmente (não esqueça disso) as notas musicais estabelecidas na melodia. Para tanto, é mister dominar a voz. Para saber a importância dessa variação, pegue uma música (pode ser “Parabéns pra você”) e cante numa nota só e veja se agrada – verifique se não tem ninguém estranho por perto.
Aula Aquecimento físico Favor realizar os exercícios de aquecimento físico passados na aula prática passada. Só após prossiga. Não seja teimoso! Aquecimento vocal Esse exercício serve para desenvolver o controle vocal dos sons. É importantíssimo para o desenrolar da voz. Não ignore a boa postura e também esteja bem hidratado (com água natural). 1. Moído: feche a boca e comece soando som “hummmmm” igual a uma vaca preguiçosa. Note que o som (grave) fica armazenado na faringe (cavidade no começo da garganta). Inicie com um tempo de 10 segundos para o som, pare, respire fundo e recomece aumentando o tempo de execução do som. 10 vezes. 2. Fonfom: o mesmo exercício acima, desta vez, trazendo o som para o nariz. 3. Staccato: vamos repetir o exercício 1 e 2 em staccato (você não sabe o que é staccato?). Quer dizer, som cortado em seqüências rápidas e fortes. “Hum... hum... hum... hum”. Use o diafragma para impulsionar o som. 4. Pianinho: é semelhante ao staccato, mas com uma diferença; soe baixinho. 5. Exercício: agora de boca aberta, trabalhe nos moldes acima um “psiu” com o som de “ssssssss”. 10 vezes normal e 10 staccato. 6. Exercício: ainda seguindo o modelo anterior, execute “Zzzzzzzzzzz”. 10 vezes normal e 10 em staccato. 7. Exercício: vamos trabalhar o volume calculando o tempo de execução e dividindo em dois; do zero para o mais alto possível e daí para o zero novamente. Ou seja, vá aumentando o som e depois diminuindo. Faça duas vezes com cada som já treinado. 8. Exercício: agora para relaxar, produza o som “Ffffffff” semelhante a um pneu vazando ar. Em seguida, uma chuva; “Xxxxxxxxx” e finalmente, uma
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metralhadora; “Rrrrrrrr”. Para este último, coloque e tremule a língua no céu da boca. 5 vezes cada.
Exercício de fonologia Procure pronunciar bem os textos a seguir: “O sapo sabia que a sapa soube que se sabiá soubesse saber que ser seria sabido será sábio”. “Apapiru jadad irab ramát. E coso mular terbiá, ycalabjiady rifar teerã. Mojerikitu raja caluberê ati jivá, e pot unire qal deliatibá”. OBS: se algum vocábulo do ultimo texto for algum palavrão em algum idioma que você conheça, leve em conta minha ignorância. Trará-se apenas de um jogo de silabas criadas para trinar a articulação.
IV – Notas Musicais IV-1 Escala das notas Notas musicais representam a tonalidade (variação grave-agudo) dos sons. Para um vocalista profissional – ainda que tenha medo de instrumentos – conhece-las é questão de fisiologismo. Ou aprende ou não é cantor que se preze. O padrão internacional estabelece 7 notas chamadas de tom inteiro e mais 5 semitons chamados de sustenidos e bemóis. Para sua compreensão, comecemos com o que toda criança (exceto no Afeganistão) sabe: as notas inteiras. Observe ainda a ordem da variação graveagudo: Dó
Ré
Mi
Fá
Sol
Lá
Si
GRAVE
AGUDO
Comparando as tonalidades, vemos que Ré é mais agudo que Dó e mais grave que Mi. Ou seja, na medida em que escala cresce cada nota seguida se torna mais fina. Só que ao invés de escrever o nome das notas, convencionou-se usar letras para representação gráfica. Escrevemos as letras e lemos o nome original delas. Veja abaixo, a tabela das letras, agora começando por Lá: Lá
Si
Dó
Ré
Mi
Fá
Sol
A
B
C
D
E
F
G
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 23 Acontece que entre esses tons (notas) existem outros semitons. Eles poderiam receber outros nomes (por exemplo, “Tá”, “Nó” ou quem sabe, meu nome). Porém, os doutores da música preferiram associa-los às notas inteiras. Resultado; surgiu o sustenido (#) (semitom relativo meio-tom à frente da nota inteira); e o bemol (b) (semitom relativo meio-tom atrás da nota inteira). Portanto, encontrando semitons entre as notas C e D, vamos chamá-los de:
C
C#
Db
D
Quer dizer que depois da nota C (Dó) vem o semitom C# (Dó sustenido). Em seguida, Db (Ré bemol) que é o semitom antecessor de D (Ré). Mesmo entre uma nota inteira e um semitom existe outra variação sonora, mas foram ignoradas. Na verdade, os dois semitons (sustenido e bemol) foram agrupados numa só nota. Existente entre dois tons inteiros. Elas recebem os dois nomes relativos aos seus vizinhos. No caso anterior, C# e Db formam uma mesma nota (entre C e D). Já não são mais dois semitons, mas uma nota tanto sustenida (em relação à nota anterior) e ao mesmo tempo bemol (em relação à nota seguinte). Esqueça os outros semitons. Você só terá que aprender a escala completa das notas. Observe abaixo: 1
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 A# C# D# F# G# A B C D E F G Bb Db Eb Gb Ab Note que a seqüência que termina em G (Sol) recomeça em A (Lá). Isso porque a escala é contínua. Existe uma tonalidade padrão para as notas. Desta forma, a altura de C em um piano é a mesma em um violão ou na voz humana. Essa medida som padrão de recebe o nome de diapasão. Também é chamado de diapasão um instrumento que emite uma ou mais notas da altura padrão que serve como base para afinar um outro instrumento (violão, por exemplo). Diz-se que uma pessoa é dotada de diapasão quando ela tem em mente e canta a tonalidade original da nota. Explicando melhor; ela canta F no som padrão de F. Aprenderemos a guardar o diapasão de cabeça breve. No entanto, é necessário ter de onde extrair o som que servirá como base. Para isso nós estudaremos a estrutura das notas em alguns instrumentos. IV-2 Teclado (ou piano) Instrumentos de teclas emitem sons correspondentes a uma nota para cada tecla. O teclado é composto por várias oitavas. Oitava é um conjunto de oito notas inteiras (de 7um Dó a outro Dó) representas pelas teclas inferiores (brancas).
Repare:
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As teclas superiores (pretas) são os sustenidos e bemóis. Assim, entre as teclas de D e E tem a tecla do semitom D# e Eb. Observe a gravura:
Espie na figura abaixo a representação de um teclado de 4 oitavas:
Cada tecla tem então a sua identidade quanto a sua nota e quanto à oitava. Então, o D depois do C2 é o Ré da 2a oitava, ou seja, o segundo D2. Agora você já sabe extrair as notas de um teclado. Tocando nas teclas é possível identificar a diferença entre o som de cada uma. Pela variação de tonalidade, o som vai ficando cada vez mais fino na ordem crescente das notas. Então, cada tecla à direita é mais aguda que a anterior. O mesmo acontece com as notas iguais; o C1 é mais grave que o C2. IV-3 Violão Além de ser o mais popular, o violão é de uma beleza acústica inigualável. O som é executado a partir da vibração das cordas que selecionam as notas quando pressionadas conforme a ordem das casas no braço do instrumento. Olhando a figura ao lado, vemos a distribuição das cordas e das casas do braço do violão. As cordas são enumeradas de 1 a 6 começando de baixo pra cima – das cordas mais finas para as mais grossas. As casas são separadas pelos trastes e enumeradas na ordem da do cabeçalho à boca do violão. As cordas tocadas soltas correspondem a casa zero. Apertando-as depois do primeiro traste passam a ser da primeira casa e assim sucessivamente. A tonalidade também segue essa ordem. Quanto mais alta for a casa mais fino será o som. ATENÇÃO: aperte as cordas com a cabeça do dedo e dentro casa e não sobre o traste. A distribuição das notas no violão começa das cordas soltas (casa zero) e cresce com a numeração das casas. Exemplo; a primeira corda solta é E. Na casa 1 será F, na outra casa F#/Gb, depois G, G#/Ab, A e etc. Veja a escala até a oitava casa ilustrada abaixo:
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Repare que a ordem das notas é inversa. Ela cresce no agudo voltando para a boca do violão. Note também que ficaram algumas casas sem notas. Pois fique sabendo que elas têm notas sim e são os sustenidos e bemóis. Por exemplo, a nota da corda 1 na casa 2 é F# e Gb. Para simplificar a descrição de cada nota, vamos usar a letra da nota e mais um número; o primeiro para a corda e o seguinte para a casa. Combinado assim, a nota C35 será C na corda 3 e casa 5. A nota D da quarta corda solta (casa zero) será D40. Se você ainda não dormiu com a leitura, deve ter notado a grande quantidade de notas que o violão tem. Só até a oitava casa – conforme a figura acima --, encontramos 5 notas E. Mas isso não quer dizer que são tantas oitavas quanto é o número de notas, pois, há notas iguais de uma mesma oitava em diferentes cordas. Pra ser exato, começando da nota mais grave E60, seguimos até a quinta casa e descemos para a corda abaixo. As notas, a partir desta casa, serão semelhantes às casas da corda abaixo. Exemplo, A65 e A50, A#66 e A#51. Seguindo nesta corda, alcançamos a nota D55 e descemos para D40 e assim por diante. Agora você também já sabe onde estão as notas no violão. EQUIVALENCIA DE NOTAS ENTRE INSTRUMENTOS Teclado = E2 F2 G2 A2 B2 C3 D3 E3 F3 G3 A3 B3 C4 D4 E4 F4 G4 A4 Violão = E60 F61 G63 A65 B52 C53 D55 E42 F43 G45 A32 B34 C21 D23 E25 F11 G13 A15 Ou = ---A50 B67 C68 D40 E57 F58 G30 A47 B20 C35 D37 E10 F26
IV-4 Flauta Doce Nem teclado nem violão? Tudo bem. Vamos de flauta doce. Fácil de tocar, transportar e é encontrada até nas lojinhas de R$ 1,99. Veja como é a estrutura das notas em flauta doce:
gravura acima e, ao lado, a simbologia de comportam os buracos na representação
Veja o modelo da flauta na como se das notas.
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À esquerda, olhe como usar as mãos para apertar os orifícios do canudo musical. Perceba também que o furo traseiro da flauta é apertado (quando ordenado) pelo polegar direito.
Agora conheça algumas notas na flauta.
IV-5 Melodia e acompanhamento A melodia é a parte expressa da música. A parte cantada (voz principal) é a expressão da própria musica, portanto, a melodia. Por sua vez, o acompanhamento é o som de fundo feito com acordes. Acorde é uma união de várias notas predeterminadas que formam uma posição. O acompanhamento pode ser recheado de introdução, solo e arranjos. Podemos citar um exemplo dessa separação na canção “COMO É GRANDE O MEU AMOR POR VOCÊ” de Roberto Carlos. Ela tem um acompanhamento completo (bateria, contra-baixo, guitarra, etc.) e se inicia com uma introdução em flauta. Em seguida entra a melodia com a letra cantada sobre a seqüência de acordes do acompanhamento. Durante a melodia, a flauta volta a aparecer com pequenos arranjos. No fim da letra, vem o solo, também em flauta, isolado com o acompanhamento. Depois do solo, a melodia é repetida no verso “Nem mesmo o céu...”. Pois essa melodia é uma seqüência de notas que deve ser executada junto com as palavras. Melhor dizendo, cantada. Normalmente, cada silaba recebe uma nota. Veja: “EU TE – NHO TAN – TO PRA LHE FA - LAR...” B B D D C A C A C (Notas musicais) Mas pode acontecer de duas ou mais silabas serem anexadas numa só nota. Repare: “CO – MO É GRAN - DE G E G E
O MEU A - MOR...” E G E D#
Ou ainda, que uma única silaba seja flexionada em duas ou mais notas. Tire a prova cantando esse verso do clássico “ASA BRANCA” de Luiz Gonzaga: “EU PER – GUN – TE - EI A DEUS DO CÉU UAI...”
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G
G
A
B
D
D
B
A
G
C
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IV-6 Potencia vocal Entre o homem e a mulher há mais diferenças do que o peito cabeludo e o bigode. A voz natural do masculino é um ou duas oitavas mais baixa (grave) que a delas. Podemos dizer que o eles cantam na faixa da primeira para a quarta oitava e elas dentro da segunda para a quinta oitava, conforme a potencia de cada um. Quando o homem tem a voz super grave, ele fatalmente se enquadra dentro da categoria baixo. Para cantar, ele alcança em torno da primeira até a segunda oitava. A categoria média é chamada de barítono. Os sopranos alcançam entre a segunda à quarta oitava. A terceira classificação é o tenor. Neste caso, os dotados dessa classe são mais agudos e cantam no tom semelhante aos das damas, além de alcançarem também as oitavas dos barítonos. A classificação das vozes femininas começa com contralto para aquelas que tem voz de macho e fala grosso. Na hora de cantar, elas utilizam-se da segunda para a terceira oitava. A categoria intermediária é conhecida como semi-soprano. Nestas condições, as medianas cantam na faixa da terceira para quarta oitava. As poderosas da terceira classe seguem a ordem do grau soprano. As cantoras desse nível cantam da terceira para além da quinta oitava. Cada categoria canta em torno de dezoito notas inteiras, o que é quase três oitavas. Como uma melodia normalmente é escrita com notas que variam entre duas oitavas, isso quer dizer que, adequadamente, uma pessoa pode cantar qualquer música. Quando digo “adequadamente” me refiro a usar as notas apropriadas para cada voz. Assim, se numa música, a mulher usar as notas C, D, E, F e G da quinta oitava, a voz masculina fatalmente não conseguirá cantar essa melodia com este tom tão agudo. Mas se ele pegar essas mesmas notas e transportar para uma oitava menor ele certamente cantará a mesma música certinho. Vamos tentar fazer isso; veja alguns versos da música “ASA BRANCA” com as notas adequadas para cada sexo. Toque no instrumento e depois cante na oitava apropriada: “QUAN-DO O-LHEI A TER-RA AR-DEN-DO / QUÃO FO-GUEI-RA DE SÃO JOÃO” C D E G G E F F C D E G G F E Portanto, na prática, não importa ser barítono, tenor ou soprano. Em qualquer situação você pode cantar corretamente as suas canções preferidas. Também é verdade que existe tenha uma potencia extraordinária capaz de se enquadrar em duas categorias ao mesmo tempo, trocando em miúdos, que canta notas superiores a três oitavas. Com isso, ele tem condições de imitar vozes masculinas e femininas perfeitamente. Mas não fique com inveja não porque isso não é muita vantagem, se o quer é apenas cantar.
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Aquecimento físico Comece com o exercício de aquecimento físico descrito anteriormente. Aquecimento vocal Faça o aquecimento vocal que já aprendeu. Qual é a sua potencia? Qual é a capacidade da sua voz? Será que você é um Pavarotti ou um Louis Armstrong? Sua voz é fina ou grossa? Que notas e que oitavas você alcança? Façamos o teste com o auxílio de um instrumento (teclado ou violão). PARA HOMEM Toque e ouça bem a nota E (E3 teclado e E42 violão) e tente cantá-la. Soa confortável? Ótimo. Agora vamos medir a sua capacidade até o limite mais grave. Toque e cante diminuindo uma nota inteira, ou seja, engrossando uma nota. Meça e anote até que nota grave você alcança -- sem forçar. Teclado = E3 D3 C3 B2 A2 G2 F2 E2 D2 C2 B1 Violão = E42 D55 C53 B52 A65 G63 F61 E60 Agora vamos medir seu limite agudo aumentando uma nota inteira. Teclado = E3 F3 G3 A3 B3 C4 D4 E4 F4 G4 A4 B4 C5 D6 Violão = E42 F43 G45 A32 B34 C21 D23 E25 F11 G13 A15 B17 C18 D20 RESULTADO Baixo alcança abaixo de F2 - F61 como limite grave e vai até os agudos C4 – C21. Barítono canta naturalmente entre os graves perto de B2 – B52 e topa no limite agudo próximo de A4 – A15. Tenor começa perto da nota grave C3 - C53 e tem limite agudo superior à C5 – C18.
PARA MULHER Toque e ouça bem a nota B (B3 teclado e B34 violão) e tente cantá-la. Soa confortável? Ótimo. Agora vamos medir a sua capacidade até o limite mais grave. Toque e cante diminuindo uma nota inteira, ou seja, engrossando uma nota. Meça e anote até que nota grave você alcança -- sem forçar. Teclado = B3 A3 G3 F3 E3 D3 C3 B2 Violão = B34 A32 G45 F43 E42 D55 C53 B52 Agora vamos medir seu limite agudo aumentando uma nota inteira.
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Teclado = B3 C4 D4 E4 F4 G4 A4 B4 C5 D5 E5 F5 G5 Violão = B34 C21 D23 E25 F11 G13 A15 B17 C18 D20 E22 F23 RESULTADO: Contralto alcança abaixo de E3 – E42 como limite grave e vai até os agudos G4 – G13. Semi-soprano canta naturalmente entre os graves perto de G3 – G45 e topa no limite agudo próximo de C5 – C18. Soprano começa perto da nota grave A3 – A32 e tem limite agudo superior à F5 – F23.
Soando notas Vamos soar uma seqüência de notas para começar a treinar a voz. Use a oitava adequada para sua voz, começando pela mais grave. Por exemplo, o barítono começa por C3 – C53 e a soprano por C4 – C21. Toque as notas, escute-as bem e cante. 1a Seqüência: a) Toque as notas; C D E F E D C (aproximadamente 2 segundos para cada nota). b) Pegue o som “ê” e cante a seqüência de notas acima (com o mesmo tempo). c) Agora repita a seqüência uma vez para cada estilo; normal, moído, fonfom, staccato e pianinho. Gostou? Então repita o exercício trocando o som de “ê” por “a”, “ô”, “ó”, “i” e “u”. 2a Seqüência: Repita o exercício anterior, dessa vez trocando a seqüência descrita acima por esta nova; D E F# G F# E D. 3a Seqüência: Do mesmo jeito, agora com a seqüência; E F# G# A G# F# E. 4a Seqüência: Idem com essa seqüência; F G A Bb A G F. 5a Seqüência: Novamente uma outra seqüência; G A B C B A G. 6a Seqüência: Está acabando; A B C# D C# B A. 7a Seqüência:
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30 E a saidera; A B C# D C# B A.
V – Acordes V-1 Você é esperto? Se você é uma pessoa atenciosa – e cumpre a recomendação de fazer direitinho os exercícios --, deve ter percebido uma coisa interessante no último exercício; as notas foram alteradas de uma seqüência a outra, mas o som conjunto da seqüência (a melodia da seqüência) era muito parecido – ou melhor, igual. Apenas havia uma pequena variação de tonalidade. Por acaso se trocássemos o som das letras por um verso, teríamos uma melodia de palavras cantadas. Vamos supor que a composição fosse: “EU VOU PRA LÁ E PRA CÁ” C D E F E D C Se substituirmos a seqüência acima por todas as outras dadas na derradeira aula prática, nós cantaríamos essa original letra com seqüências diferentes – quer dizer, em várias tonalidades – e a melodia não seria alterada. Por quê? Conclusão em breve. V-2 Valor das notas Para tocar uma nota num violão basta seguir a tabela das cordas e casas, apertar e bater. No teclado, é só localizar a tecla e empurrar o dedo nela. Mas tem mais. Cada nota, inclusive os semitons (sustenidos e bemóis), tem um segredo a contar; elas são soadas a partir de um som de ondas repartidas em pequenos pedaços que ninguém percebe de ouvido, como se fossem seminotas inferiores. De fato, são três pedaços de ondas sonoras que formam uma nota. Como não dá pra diferenciar essas ondas a ouvido nu – e nem nos interessa --, os musicólogos resolverem elevar a potencia dessas seminotas inferiores a uma nota e a união das notas correspondentes a um acorde. Entendeu? Não? Mais uma vez; um fanático por música com olhar e cabelos de cientista louco não tinha o que fazer e foi fuçar, fuçar e fuçar até que, descobriu que a nota C era formada por três ondas sonora inferiores, respectivamente semelhantes às notas C, E e G. Então, se a junção dessas ondas formava uma nota, conseqüentemente a união de notas iguais formaria alguma coisa – que ele deu o nome de acorde. Portanto, as notas C, E e G formam o acorde de C. Por isso, existem as posições (cifras) para violão e teclado que tocam várias notas ao mesmo tempo. Se estiver estudando em grupo, selecione três pessoas e determine para cada uma voz as notas que formam o acorde de C para conferir a teoria.
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V-3 Acorde para os acordes
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Depois de descobrir as notas de C, não houve obstáculo para achar as demais. Na verdade, essa tabela de valores das notas foi tão levado a sério que dela, surgiram novas propriedades da música. As descobertas mais relevantes foram uma grande safra de acordes para cada nota; maiores, menores, com sétima, com sétima menor, etc. A seguir, a tabela de valores das notas para cada acorde, sendo que, cada nota tem uma versão de acorde maior e acorde menor. TABELA DE NOTAS PARA ACORDES Acor Not de a A F#m B G#m C Am D Bm E C#m F Dm G Em A# Gm C# A#m D# Cm F# D#m G# Fm
1
2
3
4
5
6
7
8
A F# B G# C A D B E C# F D G E A# G$ C# A# D# C F# D# G# F
B G# C# A# D B E C# F# D# G E A F# C A D# C F D G# F A# G
C# A D# B E C F# D G# E A F B G D A# F C# G D# A# F# C G#
D B E C# F D G E A F# Bb G C A D# C F# D# G# F B G# C# A#
E C# F# D# G E A F# B G# C A D B F D G# F A# G C# A$ D# C
F# D G# E A F B G C# A D Bb E C G D# A# F# C G# D# B F C#
G# E A# F# B G C# A D# B E C F# D A F C G# D A# F C# G D#
A F# N G# C C D B E C# F D G E A# G# C# A D# C F# D# G# F
Vamos estudar algumas propriedades usando a tabela acima. a) Cada seqüência de notas é diferente entre os acordes. b) O primeiro valor (nota 1) é sempre igual ao oitavo. c) Usamos apenas a descrição dos sustenidos para os semitons. Entretanto, subtende-se também que são bemóis. Por exemplo, é G# igual a Ab. d) A tabela não acaba no oitavo valor, ela continua do nono a partir do segundo. Assim, a nona nota é igual à nota 2 e o décimo valor é o mesmo que o terceiro, etc. e) As notas da tabela criam uma equivalência de valor das notas para cada acorde. Isso significa que a nota F está para C assim como D# está para A#, pois representam o quarto valor na tabela para os respectivos acordes.
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f) Se as notas C, E e G formam o acorde de C (Dó maior), podemos concluir que esse acorde maior é formado pelos valores 1, 3 e 5. Com isso, podemos determinar que, valendo-se da relação de valores, eu posso formar todos os demais acordes apenas selecionando as notas equivalentes. Por exemplo, o acorde D será formado pela 1a, 3a e 5a nota de sua seqüência. Consultando a tabela, verificamos então que esse acorde será composto pelas notas D, F# e A. g) Não precisamos aprofundar muito, mas vale adiantar que os acordes menores também são formados pelas notas 1, 3 e 5 de suas escalas menores. Logo, o acorde de Cm existirá com a soma das notas C, D# e G.
V-4 Acompanhando a melodia Lembra-se quando falamos sobre melodia e acompanhamento? (ver IV5) pois não estávamos brincando. Por trás da melodia (cantada ou em forma de arranjo instrumental) existe uma seqüência de acordes. Como o que você quer é cantar e não aprender acompanhamento instrumental, vale dizer que os acordes devem estar de acordo com a melodia. A regra é clara; a nota da melodia deve coincidir com uma das notas do acorde e não necessariamente com o próprio acorde. Com isso, o instrumento faz um único acorde e dentro dele, poderão ser executadas várias notas para a melodia. Quando precisar de notas diferentes para compor a melodia, altera-se o acorde. V-5 Valor prático das notas O interessante nisso tudo para quem quer cantar é ter em mente o valor das notas de uma seqüência. Você toca a primeira nota e sabe soar as demais na ordem e fora dela. Por exemplo, você canta as notas 1, 2, 3 e 4 e reconhece o valor de cada uma delas nessa ordem e, com um pouco de prática, pode pular da nota 1 para a 4 sem ter que fazer a escadinha (tocar as notas entre elas). Aí você saberá o valor que é a 1a e a 4a nota. Quando tiver esses valores infiltrados na sua cuca, automaticamente você saberá distinguir as notas de uma melodia assim que escutar pela primeira vez. Também saberá transportar as notas de uma tonalidade para outra. Confira a seguir. V-6 Transporte de tonalidades Recorde o verso da música “ASA BRANCA” que cantamos em IV-5. Sua seqüência de notas pertence à escala de G. “CO – MO É GRAN - DE G E G E
O MEU A – MOR POR VO - CÊ” E G E F# D B G
Podemos dizer que as notas usadas G, E, F# e B na seqüência de G corresponde respectivamente, aos valores 1, 6, 7 e 3. Sabendo disso, podemos usar esses valores para transportar essa melodia da escala de para qualquer outra. Vamos mostrar isso mudando a tonalidade G de para B: “CO – MO É GRAN - DE B G# B G#
O MEU A – MOR POR VO - CÊ” G# B G# A# F# A# B
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 33 De maneira similar, podemos fazer transposição de tonalidades facilmente para um objetivo convincente; adequar a melodia à sua voz. Cante o verso acima nas duas tonalidades (G e B) e repare em qual delas sua voz se adapta melhor. Se nenhuma servir, procure outra.
Aula Exercícios Básicos Sabe aqueles exercícios chatos da aula prática passada? Trate de gostar deles e comece esta – e todas as outras – por aí. Reconhecimento de valores das notas Esta aula visa treinar sua habilidade de reconhecimento de notas. Mais precisamente, dos valores das notas em uma seqüência. Vamos tomar por base a escala de C (Dó maior). Para tanto, procure a nota C da oitava mais adequada à sua voz e cante a seguinte seqüência, procurando compreender o valor de cada nota em relação a esta tonalidade. 1a seqüência = escala completa com todos os valores: C D E F G A B C 2a seqüência = valores originais do acorde maior (1, 3 e 5): C E G 3a seqüência = 1 (a nota original) e 4: C F C 4a seqüência = escala completa com todos os valores: C D E F G A B C 5a seqüência = 1 (nota original) e 2: C D C
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34 6a seqüência = 1 (nota original) e 7: C B C
7a seqüência = escala completa com todos os valores: C D E F G A B C 8a seqüência = 1 (nota original) e 5: C G C 9a seqüência = 1 (nota original) e 6: C A C 10a seqüência = escala completa com todos os valores: C D E F G A B C Cadê o ouvido? I Deu pra pegar? Teste seu ouvido tocando notas sortidas sem olhar para o instrumento, e procure descobrir que nota é. Cadê o ouvido? II Vamos pegar a música mais tocada no mundo como exemplo; “PARABÉNS PRA VOCÊ” e cantá-la no acorde de C (procure a oitava de acordo com sua voz). Para começar, vamos tocar no instrumento o primeiro verso e depois cantar. “PA – RA - BÉNS PRA VO – CÊ / NES – AS DA – TA QUE – RI - DA” G3 G3 A3 G3 C4 B3 G3 G3 A3 G3 D4 C4 C4 Moleza, não? Agora escreva o restante da letra da música com as respectivas notas se valendo da sua voz e seu ouvido. Cante o verso e procure as notas através da técnica dos valores das tonalidades.
Cadê o ouvido? III Agora vai um truque infalível para você aprender a guardar na sua cabeça, de uma vez por todas, o som original e padrão de cada nota. É como se você instalasse um diapasão no seu ouvido. Pegue uma música que você conhece e canta com freqüência. Cante-a na tonalidade mais fiel à gravação original e procure descobrir no instrumento qual a nota da primeira silaba cantada. Agora confira se você cantou a nota na mesma tonalidade da gravação comparando as notas (a que escreveu depois que cantou e à nota original no disco). Se você cantou a nota corretamente é porque tem a tonalidade desta música de cabeça. Logo, sabendo que nota é essa, você poderá chegar a toda a escala comparando os valores das notas. Eu, por exemplo, quando quero cantar as notas no tom original, procuro me lembrar da música “UNCHAINED MELODY” (tema do Filme “Ghost – Do Outro lado da Vida”) que é da tonalidade de C maior e começa também com uma nota C. A partir dela eu calculo a altura das demais.
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VI – Vozes das notas VI-1 Cadê a segunda voz? A segunda voz se popularizou na música sertaneja e invadiu os espaços de outros ritmos. Mas, existe mesmo segunda voz? Se é que sim, como isso funciona? Existem sim, e não só a segunda como outras vozes que você poderá enumerar de terceira, quarta, quinta, sábado ou raios que o partam. Acontece que quando você tem um acompanhamento sobre a melodia, você conta com uma série de notas que formam o acorde tocado. A melodia original – a primeira voz -- terá que escolher uma das notas para cada tempo. Ficará então uma brecha das outras notas que poderão ser cantadas por outras vozes. Pegue este abaixo verso com sua melodia original e depois troque as notas: “PA – RA - BÉNS PRA VO – CÊ / NES – AS Original = G3 G3 A3 G3 C4 B3 G3 2a Voz = E4 E4 E4 C4 E4 D4 D4 3a Voz = C4 D4 E4 E4 D4 G4 G4
DA G3 D4 G4
– TA A3 D4 B4
QUE G3 B3 B4
– RI D4 B3 A4
DA” C4 C4 D4 E4 G4 G4
Com essa modificação radical, criou-se duas novas melodias para uma mesma letra e acompanhamento. A maneira mais prática de procurar uma nova voz para um acompanhamento é observar as demais notas de um acorde. Se estiver cantando
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sobre o acorde de C, então você tem três notas originais que formam o acorde (C, E e G) e mais as mesmas notas em oitavas diferentes. Pegue três vozes (caso esteja em grupo) e sobre o acompanhamento de C, cantem as três notas do acorde a letra abaixo, cada um na mesma nota: “EU A – MO VO – CÊ” 1a Voz = C 2a Voz = E 3a Voz = G Sendo assim, você pode alterar qualquer melodia ou criar outras a partir da original colocando outras notas correspondentes ao acompanhamento.
Aula Reescrevendo vozes Reescreva novas vozes para musicas de apenas uma melodia, que você conhece e também procure as notas das vozes de músicas como “YOLANDA” de Chico Buarque e Simone, “POBRE MENINA” de Leno e Lilia, “NÃO APRENDI DIZER ADEUS” de Leandro e Leonardo que tem duas vozes bem definidas.
VII – Harmonia e estilo VII-1 Agrado musical “Queria conjunto”.
amanhã
fosse,
contudo
amável.
Aproximadamente
vento
vale
A harmonia implica em agradar aos ouvidos com uma melodia bem composta, sons congruentes e num compasso alinhado. Noutras palavras; a música deve ter um sentido, suas notas devem ser harmônicas e combinar uma com as outras. Lendo a primeira linha deste tópico, diga-me; o que ele quer dizer? Nada, nadinha mesmo! Em matéria literária diz-se de textos sem nexo, sem harmonia, sem sentido. Embora junte palavras corretas, no geral, elas não dão um sentido a nenhuma idéia. É preciso, portanto, dar sentido à melodia executando-a fielmente de acordo com os critérios técnicos que estudaremos a seguir. VII-2 Afinação
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 37 Como já vimos, a escala padronizada apresenta sete notas inteiras e mais cinco semitons que representam os sons em uma melodia. Porém, existe ainda uma variação de tom entre uma nota e outra que produz uma dissonância, quer dizer, um som desafinado. O vocalista deve reproduzir o mais fiel possível, as notas dentro de uma afinação que obedeça ao padrão internacional da música – o som original das notas. A dica é imitar o instrumento. Toque uma nota ou uma seqüência delas e procure reproduzir com a voz.
VII-3 Suavidade Não há nada mais irritante aos ouvidos que choro de bebê e voz estridente. Isso é típico de quem está forçando a garganta tentando dar o que não tem, o que prejudica sensivelmente os órgãos fonológicos. O som, ao contrário, deve sair suave, ainda que seja alto (agudo), sem forçar o gogó. Além disso, a voz deve soar, de preferência, a partir de uma ligeira elevação do volume. Também no final, deve-se tomar cuidado para não cortar a voz. Na maioria das vezes, o som é encerrado com um declive no volume, como se fosse sendo fechando o botão do volume. Entretanto, há casos em que o som é finalizado com um corte brusco, semelhante ao staccato. Não se pode é deixar a impressão que parou por falta de voz. Para isso, é fundamental uma boa respiração. Encha bem os pulmões e vá soltando o ar de acordo com o canto e sincronizando a resistência. Antes de puxar o novo oxigênio, expulse o anterior para caber mais. VII-4 Entre no compasso Aposto que já viu essa cena antes; alguém vai cantar acompanhando o instrumento tocado por outro e fica naquele jogo de olho como que perguntando “É agora que eu entro?” Depois, ele começa a cantar tão apressado que enquanto o músico toca a estrofe ele já está cantando o refrão. Após uma bronca – e quem sabe, vaias – o vocalista dá uma maneirada exagerada e acaba demorando tanto que o cara do instrumento sai pra tomar uma água até ele sair do primeiro verso. É que esse elemento simplesmente não sabe o que é compasso. Não tem noção do tempo certo de cantar. De fato, isto não é raro e talvez você aí seja protagonista de episódios idênticos – ou melhor, era. Com um bom treinamento é possível liquidar esse problema. A chave do sucesso é atenção e um truque; usar sua bateria virtual. Para aprender a acompanhar o ritmo certinho, inicialmente o melhor é bater o pé, bater palmas ou estralar os dedos simulando a bateria. A batida do pedal da bateria é geralmente o som mais forte, seguida de toques nas caixas e tambores. De maneira igual se segue aqui. É muito difícil sair do ritmo assim, só que nem sempre é possível – e apresentável – fazer esses movimentos. Com o tempo, eles podem ser substituídos apenas por batidas imaginárias dentro da sua cabeça. Também conheço quem imite a bateria com a boca. VII-5 Interprete cantando Você quer ser um cantor (cantora) ou um ator (atriz)? Que tal os dois? Pois saiba que uma das coisas mais vistosas num espetáculo ao vivo é a expressão, a forma de o cantor interpretar a letra fisicamente.
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Combina cantar “MEU BEM QUERER” de Djavan dando saltos no palco? Ou talvez dar risadas enquanto canta “GARÇOM” de Reginaldo Rossi? Dá pra imaginar uma cara triste do cantor durante a execução de um enredo de escola de samba? Claro que não. A feição deve combinar com o momento, a música em questão. Cuidado com o excesso nos gestos para não pegar mania. Por exemplo, Julio Iglesias canta apertando o estomago com a mão esquerda, José Rico, que faz dupla com Milionário, só emite agudos se imprensar o ouvido. VII-5 Volume uniforme Independente da variação de tonalidade (grave ou agudo) o som deve, em geral, se submeter a uma regularidade no volume. Pegue a canção “CANTEIROS” de Fagner e mande qualquer pé-rapado cantar o primeiro verso e ele vai cantar “Quando penso em você, fecho os olhos de...” num certo volume e em “... saudaaaaaaades” ele vai se rasgar todo. É um erro alterar o volume em proporções acentuadas. Isto acontece justamente no momento mais desnecessário; nas notas mais altas. Se a tonalidade é aguda, menos força será requisitada. Em contrapartida, no tom mais grave, onde o som é naturalmente mais baixo, requer-se mais esforço da voz para equilibrar o volume. VII-5 Microfone – o terror Ainda tem gente nesse mundo que odeia microfones. Que estupidez! Realmente há diferença entre cantar ao ar livre e cantar ao microfone. No primeiro caso, você se livra de acidentalmente engolir o objeto e no segundo, você pode cantar ou falar suavemente e ser escutado por milhares de pessoas. Ao cantar ao microfone, mantenha a voz nos mesmos moldes como se estivesse sem ele. Não precisa alterar o volume. Quem tem o trabalho de amplificar sua voz é ele. Também, não ponha o microfone dentro da sua boca. Mantenha uma distancia razoável (meio palmo aproximadamente) e regular. Esteja certo ainda que a qualidade da sua voz ao microfone dependerá tanto do equipamento e seus ajustes quanto de você. Daí, a necessidade de um agente externo. É indispensável ter som de retorno para que também escute sua voz. Cuidado também com ruídos e sons indesejáveis. O som da respiração ou um mastigado da boca podem ser captados pelo microfone. Também podem ser flagrantes alguns sopapos provocados no ato de falar ou cantar silabas com “p” ou “t”. Ou ainda, chiados prolongados com o uso de “s” ou “ce”.
Aula Conclusão Agora é hora de soltar a voz pondo em prática toda a técnica estudada aqui. Não esqueça as recomendações principais: • •
Postura Aquecimento corporal
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• • • • • • •
Aquecimento vocal Respiração adequada Afinação Suavidade na voz Compasso Volume uniforme Expressão
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Se tiver aprendido tudo isso e conseguir por em prática, certamente estará pronto para encarar o palco. Do contrário, volte para o seu banheiro e fique por lá.
VIII – Vocabulário musical # = Símbolo de sustenido. A = Letra que representa a nota de Lá e o acorde de Lá Maior. Acompanhamento = Fundo musical que preenche a melodia. Ver; Efeitos de acompanhamento. Acorde = União de notas musicais para acompanhar a melodia. Cada tonalidade tem uma série de acordes que podem ser maiores, menores ou relativos. Afinação = Harmonia entre os sons. Agudo = Variável da tonalidade do som para fino e alto. Oposto de grave. Arranjo = Efeito que se aplica sobre o acompanhamento da música. B = Letra que representa a nota de Si e o acorde de Si Maior. b = Símbolo de bemol. Baixo = Voz masculina mais grave. Cantor dotado dessa voz. Barítono = Voz masculina intermediária entre Baixo e Tenor. Cantor dotado dessa voz. C = Letra que representa a nota de Dó e o acorde de Dó Maior. Cifra = Representação gráfica de nota e acorde. Compasso = Organização do ritmo. Tempo de execução da melodia. Contralto = A voz feminina mais grave. Cantora dotada dessa voz. D = Letra que representa a nota de Ré e o acorde de Ré Maior. Desafinado = Sem harmonia entre os sons. Dissonante. Dissonância = Falta de harmonia e afinação entre os sons. Desafinação. Dó = Primeira nota musical. É representada pela letra C. E = Letra que representa a nota de Mi e o acorde de Mi Maior. Efeitos de acompanhamento = Ver; Arranjo, Introdução, Solo.
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Escala = Relação de notas ou acordes com determinada ordem e valores. Expressão = Interpretação física. F = Letra que representa a nota de Fá e o acorde de Fá Maior. Fá = Quarta nota musical. É representada pela letra F. G = Letra que representa a nota de Sol e o acorde de Sol Maior. Grave = Variável da tonalidade do som para grosso e baixo. Oposto de agudo. Harmonia = Afinação entre os sons. Introdução = Efeito de acompanhamento que precede a melodia. Lá = Sexta nota musical. É representada pela letra A. Melodia = Seqüência de notas que define a música e é cantada ou tocada em destaque nas músicas instrumentais. Mi = Terceira nota musical. É representada pela letra E. Nota musical = Representação dos sons preestabelecidos num escala com ordem e valores. As notas inteiras são sete; dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. Completam a escala das notas os semitons sustenidos e bemóis. Oitava = Conjunto de notas inteiras entre o intervalo de duas notas iguais. Por exemplo, de um C1 a C2. Pianinho = Estilo de cantar soando as notas baixinho. Ré= Segunda nota musical. É representada pela letra D. Seminotas = Originalmente, eram sons intermediários entre as notas musicais. Posteriormente, tornaram-se notas representadas pelos sustenidos e bemóis. Si = Sétima nota musical. É representada pela letra B. Sol = Quinta nota musical. É representada pela letra G. Solo = Efeito instrumental executado no decorrer do acompanhamento. Soprano = A mais aguda voz humana. Cantor ou cantora dotados dessa voz. Staccato = Estilo de cantar soando as notas rapidamente e forte. Tenor = Voz masculina mais aguda. Cantor dotado dessa voz. Timbre = Identidade natural de cada som que permite sua distinção. Tom = Ver; Tonalidade. Tonalidade = Variação do som entre grave e agudo que estabelece as notas e acordes. Volume = Intensidade do som. Voz = Seqüência de notas que compõem uma melodia.
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3. Articulação e Clareza do Som Cantar é um elemento da articulação. As palavras da música devem ser muito claras e objetivas, para causar um processo de ação e reação imediata. Para que isto aconteça, deve-se levar em conta dois processos: • •
Articulação: processo pelo qual os órgãos da fala moldam o som vocal em sons reconhecíveis da fala. Interpretação: processo pelo qual se carrega o espírito ou significado da música através do modo como se executa.
O primeiro passo para uma boa interpretação é o domínio de uma boa articulação. Tanto no canto, quanto na fala (a muitas pessoas), os movimentos articulares devem ser mais acentuados do que na conversação usual.
Os elementos na figura acima estão intimamente envolvidos no que se refere à articulação e clareza do som. Qualquer alteração no funcionamento deles irá interferir no som emitido. Lábios
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Há pessoas que possuem um problema de excessiva tensão labial, o que impede a boa mobilidade e flexibilidade. Por outro lado, existem pessoas que possuem um tônus labial baixo, ou seja, flácido. A posição ideal para os lábios, é aquela que ajuda o rosto a Ter uma expressão agradável, feliz. Deve-se evitar puxá-los exageradamente para os cantos ou para frente quando se estiver cantando ou falando, pois isto pode modificar a qualidade sonora. Para aqueles com problema de tensão ou flacidez labial, existe um procedimento muito simples e bastante eficaz, sugerido pelo fisioterapeuta e fonoaudiólogo Noélio Duarte. Primeiramente, deve-se visualizar a boca e seus pontos-chave:
Quem tem excessiva tensão, deve relaxar os lábios, apertando com o indicador e o polegar nos pontos indicados acima, seguindo a ordem numérica referida. Deve apertar cada ponto com firmeza, no entanto, sem exageros, durante 5 a 10 segundos. Pode ser incômodo, mas, ao final, os resultados vão valer à pena. Já quem tem lábios flácidos, precisa de tonificação. O procedimento é o mesmo, só que ao invés de apertar demoradamente, dá-se ligeiros apertões (apertando e soltando imediatamente) no mesmo sentido numérico do esquema. Estas pessoas também podem fazer exercícios do "i" ou do "u", torcendo a boca para um lado e para o outro.
De um modo em geral, neste exercício das vogais, pode-se utilizar o "p" e o "b" para treino labial, pois estas consoantes são totalmente dependentes dos lábios. Língua A língua é o principal órgão da articulação, pois interfere na formação das vogais e consoantes. Em média, a língua trabalha numa velocidade de 370 movimentos por minuto. Cerca de 90% dos problemas que envolvem a língua são de tensão. Isso causa o ressecamento da boca pela retração constante da língua. Este posicionamento não estimula muito a produção de saliva em termos fisiológicos, e também interfere consideravelmente na emissão do som, por razões explicadas mais adiante quando falarmos da faringe. Existem, também, aqueles que precisam tonificar a língua, sendo caracterizados pelo acúmulo excessivo de saliva.
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A língua deve permanecer numa determinada posição, chamada de "posição de repouso", ao longo do "assoalho" da boca tocando os dentes inferiores. Veja os seguintes exercícios de relaxamento.
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- colocar a língua um pouco para fora da boca e morder levemente a pontinha da língua
- pressionar a língua fortemente contra os dentes fechados por 5 segundos;
Em seguida, deve-se associar os dois exercícios lentamente. Alguns problemas da pronúncia do "S" podem ser resolvidos com a colocação da língua na posição de repouso. Maxilar A tensão é um grande fator limitante da boa atuação dos maxilares. Pode-se perceber a tensão existente ao se fechar os dentes e engolir a saliva. Quando se canta de boca fechada ocorre isto. Por isso, aparecem dores após o ensaio ou apresentação, ou mesmo após a fala. O maxilar interfere nos músculos da face, modificando o poder de contração. Portanto, deve-se relaxar esses músculos, facilitando a abertura e a flexibilidade da boca e liberando os músculos da garganta. Nunca se deve usar posições forçadas, tais como empurrar o maxilar para frente, puxá-lo para trás ou trancá-lo numa posição. A sonoridade vai depender, em parte, da abertura que for dada ao maxilar. Em relação à tensão ao maxilar inferior, pode-se realizar alguns exercícios, lembrando que devem ter maior cuidado ao realizá-los aqueles com tendência à luxação do maxilar.
1. Lateralização Abrindo a boca e movimentando o maxilar para a direita e para a esquerda. 2. Abertura total Abrindo bem a boca por alguns segundos. 3. Projeção anterior Com a língua na posição de repouso, projetando-se o maxilar para a frente, permanecendo assim por alguns segundos. 4. Projeção posterior Com a ajuda de um dedo, fazendo-se um recuo do maxilar por alguns segundos.
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Faringe
A faringe tem a função de ampliar o som, e embora não seja essencial para a articulação, está intimamente ligada à posição assumida pela língua. Seu melhor desempenho dependerá do comportamento da língua. A ampliação do som será tanto melhor quanto melhor for o espaço que o som puder ocupar dentro da boca.
Como se pode ver neste esquema, a voz terá uma melhor ampliação na posição 1, a qual tem o dobro do tamanho da posição 2. Deve-se notar como o hábito tão comum da posição 3 diminui consideravelmente o espaço para a ampliação da voz. Existem exercícios que facilitam a aquisição do hábito da posição 1: - sabe-se que ao se fazer o movimento de engolir, a língua inicialmente sobe e em seguida, sua parte posterior desce. Então, com o dedo indicador e o polegar em cada extremo do maxilar inferior, faz-se o movimento de engolir. Quando a parte posterior da língua estiver descendo, mantém-se uma pressão para baixo, forçando os dedos, sem esquecer que a ponta da língua deve estar no padrão de repouso. - pode-se escolher um tom médio, e com as vogais "a", "o", e "u" as pessoas podem cantar variando 0 padrão de língua na posição 2 (representado pela vogal em minúsculo) e posição 1 (representada pela vogal em maiúsculo).
Palato O palato se divide em 2 partes: o palato duro (céu da boca) e o palato mole (úvula, conhecida como campainha). O palato duro está envolvido com a projeção da voz, e o palato mole com a formação de sons orais e nasais. O som, na verdade, é formado por ondas. As ondas só se propagam em linha reta, daí a importância do palato duro aliado a uma boa postura da cabeça:
Sabe-se que as narinas são responsáveis pela ressonância nasal. Porém, o som nasal só será emitido com a "permissão" do palato mole (a úvula).
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Sons nasais
Sons orais Para emitir esses sons nasais, a úvula desce. Caso suba, os sons emitidos serão orais. O excesso ou a falta de nasalidade podem representar sérios problemas de voz, afastando-se da normalidade e modificando o som original que deveria ser produzido. A origem dos problemas pode estar no hábito de colocação errada da voz, até problemas mais sérios, como tumores, sinusite, adenóide e excesso de muco. . O Mau Uso da Voz Deve-se ter em mente que o mau uso da voz não começa ao se cantar de forma errada, mas sim ao se falar de forma errada. Os cantores estão duplamente expostos a ter problemas nas cordas vocais. Por isso, é necessário saber como preservar a voz tanto ao se falar quanto ao se cantar. O início dos problemas nas cordas vocais pode ser sutil, uma rouquidão aqui, uma dorzinha ali. No entanto, este é um assunto extremamente imporfante para ser ignorado, pois, às vezes, o descaso pode levar à perda completa da voz. Ao menor sinal de que algo não vai bem com as cordas vocais, ou em qualquer outro órgão envolvido com a fonação, deve-se procurar um especialista, o fonoaudiólogo. Um dos problemas comuns é sentir gosto de sangue na boca após uma apresentação musìcal, ou se falar muito. Apesar de o ferimento ser minúsculo, gotículas de sangue são jogadas pelo ar na boca, causando essa sensação. Outra sensação comum é o de areia. As dores, geralmente, são em pontadas. Com o tempo, uma simples lesão podese tornar em uma espécie de cicatriz chamada fibrose, apresentar vários cistos, calos e até mesmo se tornar em um tumor. Timbre Um erro comum, porém muito grave, é em relação ao timbre. O timbre é o fato determinante do tipo de voz: soprano, mezzo soprano, contralto, tenor, barítono e baixo. O timbre de uma pessoa não é escolhido aleatoriamente, ele existe por razões anatômicas: o tamanho da laringe. Por exemplo, os homens que têm o "gogó" pronunciado ou pontiagudo têm maior facilidade de ressonância, e consequentemente voz mais grave. O desconhecimento disto é muito sério e pode destruir a voz de uma pessoa. Muitas pessoas com características de voz grave têm cantado por aí com uma voz aguda e vice-versa. Alguns deles até com uma voz "linda". Porém, esta voz "linda" foi apenas fabricada, e não vai durar muito.
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Em quase 100% das pessoas existe um padrão anatômico determinante do timbre. Diz-se que as pessoas com pescoço comprido e "gogó" proeminente possuem timbre grave (baixo e contralto); pessoas com pescoço de tamanho médio com pouca proeminêncìa possuem timbre médio (barítono e mezzo); e pessoas com pescoço mais curfo, praticamente sem saliência possuem um timbre agudo (tenor e soprano). Cantar e falar fora do próprio timbre natural pode provocar um destimbramento vocal, ou seja, uma descaracterização da voz com perda da qualidade. Tensão da Corda Vocal Em relação à tensão da corda vocal, podem ocorrer 3 tipos de problemas: 1. Frouxidão completa 2. Excesso de compressão 3. Desequilíbrio no funcionamento Na Frouxidão completa, as cordas não se fecham totalmente, resultando em um som soprado, pois uma dose excessiva de ar está fluindo, e devido a esta interferência na voz, a pessoa fará mais esforço para produzir sons. Quando há excesso de compressão, as cordas vocais ficam muito apertadas. Isto pode ser devido a tensões, falta de orientação técnica, e resulta em um som difícil, tenso, irritante, estrangulado ("taquara rachada"), forçado, provocando tensão nos outros músculos associados na produção vocal. Havendo Desequilíbrio no funcionamento das cordas vocais (ora tensas, ora relaxadas), ocorrerão mudanças sensíveis na produção do som vocal. O ideal é que a corda fique num meio termo, suficientemente contraída para não deixar o ar escapar rapidamente. Sustentação e Força Os problemas de sustentação de nota e também a falta de força sonora (voz de pouco alcance, volume), tem sua origem nos produtores (elemento do aparelho fonador), ou mesmo em razões pessoais, como o medo de soltar a voz, talvez não por falta de capacidade, mas por não ter aprendido a usá-la. Então, é necessário um trabalho de conscientização de voz orientada por um professor de canto. Por outro lado, a pessoa que tem o hábito de falar alto demais, não pronunciando bem as palavras, correm um alto risco de apresentar calos de corda vocal, além de outros problemas como dor de cabeça, sinusite, faringite, e até mesmo cáries pelo desgaste do esmalte. Perda de Tons A perda de tons, não é, necessariamente, um problema vocal. Esta é uma questão mais ligada a um fator hormonal. As crianças possuem timbres muito semelhantes, não sendo distintos os timbres de meninos ou meninas. Porém, por volta dos 10 -12 anos, o corpo começa a receber uma descarga de hormônios, e os rapazes passam por um processo de transição de voz mais significativo que as moças, pois podem chegar a perder até 7 tons, enquanto que as moças apenas cerca de 3 tons.
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 47 Outra situação que isto acontece é nas mulheres após os 45 anos, devido a perda de hormônios, com uma perda de cerca de 3 tons. Isto pode ser remediado com a reposição hormonal, sob prescrição médica, evidentemente. Nos homens, após 50-55 anos, ocorre o oposto, pois têm sua voz agudizada, também por questões hormonais. Quando se cuida bem da voz, as mudanças são mais sutis, não provocando nenhum distúrbio vocal.
5. Mitologia Vocal A maioria das pessoas acredita em certas formas de terapia para tratar a voz. Essas crendices são infundadas, portanto incorretas. Voz Cansada Alguns dizem que a voz cansada é uma coisa natural ou normal depois de uma fala prolongada, ou mesmo fala leve. Falando assim, fica parecendo que os músculos da laringe e faringe (músculos que produzem voz) se cansassem e aceitassem a rouquidão, a ardência ou mesmo a perda parcial da voz, faringite e até laringite como algo plenamente normal. Outros acreditam que algumas pessoas nascem com garganta débil, ou com voz insuficiente, e que sempre tenderão a transtornos vocais. Isto tudo não é verdade, e sim coisa de gente mal informada, pois a voz bem empregada não se cansa, não produz sintomas negativos e nem esforços extras para falar. O uso constante em si não leva a problemas de voz; o que causa esses problemas é o uso indevido, mal administrado, abusivo e vocalização incorreta. A voz bem definida (tom apropriado, entonação e ritmo corretos) pode ser usada durante jornadas de trabalho de até 8 horas diárias. No entanto, deve-se lembrar que o cansaço físico acarreta cansaço vocal, assim como a saúde geral do indivíduo deve ser levada em conta. O que deve acontecer é identificar o problema e procurar o especialista, seja médico, fonoaudiólogo, professor de canto, e não sair por aí fazendo as receitinhas caseiras aleatoriamente, pois além de não trazer benefícios, podem, algumas vezes, constituir riscos em potencial. É comum se confundir faringe e laringe ao se pensar nesses preparados e receitas. É importante se ter em mente que nenhum desses xaropes, chás e gargarejos chegam até as cordas vocais. Basta conhecer a anatomia para verificar este fato:
À menor gota ou farelo tocar as cordas vocais, desencadeia-se um processo muito desagradável de tosse, desespero, falta de ar. Alguns especialistas acreditam que não se deve fazer o gargarejo com o objetivo de medicar as cordas vocais, uma vez que o líquido não chega efetivamente até elas.
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Alguns métodos caseiros podem ser até úteis, porém durante períodos limitados, apenas mascarando os sintomas verdadeiros sem eliminar a causa do problema, que pode ser uma vocalização incorreta ou uso abusivo da voz, ou até problemas como faringite. Problema Central Um erro freqüente é a não focalização no problema central causador da doença. Assim, muitas pessoas chegam a trocar de profissão para usar menos a voz, ou fazer um repouso vocal exagerado (que não é significativo nas terapias da voz), e até mesmo, alguns se utilizam de tranqüilizantes por tempo indefinido. Os relaxamentos (ioga, meditação transcendental, regressões psíquicas...) não devem ser tentados como resolução do problema vocal. A pessoa deve procurar um especialista. Educação Vocal Um grande mito é que só se educa a voz para o canto. A voz falada merece tanta atenção quanto a voz cantada, pois uma pode acabar interferindo na outra. Há casos de pessoas que perdem completamente sua voz devido ao modo de falar errado, sendo às vezes necessário uma cirurgia para a retirada das cordas vocais. Existem "dicas" para "melhorar" a voz que são tão fora da realidade que chegam a agredir a inteligência. Algumas destas são o uso de lápis ou bolinhas na boca durante a fala; fazer massagem com álcool canforado na garganta; fazer vocalizes com grande intensidade, de madrugada, para aumentar a extensão vocal... Diante de tais afirmações, é preciso usar o bom senso e perceber que se deve trabalhar os órgãos envolvidos na produção do som com sensibilidade, conscientização, percepção. Algumas "receitas" podem ser perigosas, podendo causar até queimaduras. E alguns vocalises feitos com grande intensidade levam à Parafonia Hipercinética (distensão das cordas vocais). Aquecimento Vocal A laringe é muito sensível, e é um dos primeiros órgãos a ser afetado diante do estresse, emoções, cansaço e outros. Isso faz com que haja modificação na voz, e muitas vezes, a situação obriga às pessoas a forçarem seu "instrumento ". E, algumas vezes, a situação se torna pior, pois "soltam" a voz de qualquer jeito , sem um aquecimento prévio. O aquecimento vocal é tão importante para o cantor quanto o aquecimento físico é para um jogador de futebol, por exemplo; pois pode evitar lesões importantes. Por outro lado, não é correto gastar tempo demais "esquentando" a voz. Há pessoas que passam 30 minutos neste processo, e ao final, em vez de terem "aquecido", terão é mesmo "fervido" a voz. Isto resulta em pouca produtividade durante o período que se segue. O ideal é que o vocalise não exceda 5 minutos. Existe uma técnica elaborada por um pesquisador fonoaudiólogo chamada "Manipulação da Laringe". Ainda há controvérsias quanto ao uso deste método, mas aparentemente não há nenhum efeito colateral maléfico. Ele consiste em o que seria uma "massagem" na laringe, em
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pontos específicos pré-determinados, diferenciados para voz grave e aguda. A necessidade e a forma de utilização deste método devem ser definidas por um profissional capacitado. Não tente fazê-lo por conta própria.
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6. Características Vocais Voz Rouca A rouquidão pode ser causada por vários fatores, tais como o uso abusivo, processos patológicos (calos, tumores...), e também pela mb colocação da voz devido a algum processo emocional (traumático ou não). Não é raro encontrar crianças que se expressam através de berros. Isso acontece por vários motivos: moram em lugares com alta poluição sonora, ou mesmo porque seus familiares falam muito alto. Neste caso, o referencial que acompanha a criança desde pequena é que o normal é falar com um volume de voz elevado. Outras vezes é comum que numa mesma família todos falem com voz rouca, sem necessariamente existir algum impedimento físico por tanto, sendo apenas uma questão de referencial adquirido com a convivência familiar. Assim, as pessoas vão assimilando este comportamento, e, ao emitir a voz, forçam as cordas vocais sem saber, e o que antes era apenas um costume familiar, torna-se um problema orgânico sério: calor, inchaço, pólipos, etc. O que deve acontecer é identificar o problema e procurar o especialista, seja médico, fonoaudiólogo, professor de canto, e não sair por aí fazendo as receitinhas caseiras aleatoriamente, pois além de não trazer benefícios, podem, algumas vezes, constituir riscos em potencial. Outro fator causador de sérios problemas nas cordas vocais é o cigarro. Não só o fumante ativo está sujeito aos problemas vocais, mas também, os fumantes passivos, que absorvem a fumaça emitida pelo ativo. Portanto, é um crime familiares fumarem perto de crianças, principalmente em ambientes fechados, pois a poluição envenena o sistema respiratório e afeta as cordas vocais, causando rouquidão e outros problemas mais graves, como tumores malignos. Vale lembrar que de acordo com uma pesquisa de 1997, 73% dos tumores de corda vocal são malignos. Não se deve ignorar o problema da voz rouca. É de extrema importância realizar o trabalho de correção dos problemas orgânicos com um otorrinolaringologista (medicações/cirurgias) e também dos problemas "mecânicos" com um fonoaudiólogo (timbre, colocação, exercícios, volume, etc.). Voz Fina Em 99% dos casos, segundo pesquisas, a voz fina é de origem emocional. O mais comum é, ao entrar na puberdade, o rapaz assustar-se com a mudança e procurar manter a voz da infância, apesar de sua laringe já estar pronta para a transformação. Um ponto perigoso é o excesso de mimo na infância em ambos os sexos, podendo alterar o ritmo da fala, além de manter a voz infantil. Isso é muito perigoso para os meninos, que podem ser taxados de homossexuais logo cedo, podendo gerar traumas muito profundos na criança.
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Outro desencadeador da voz fina são os traumas, como os cirúrgicos. A retirada das amídalas é um bom exemplo, pois a criança pode ficar com medo de falar firme, mantendo a voz infantil. As causas orgânicas são mais raras, e ocorrem, normalmente, diante de uma atrofia física de origem hormonal. Existem alguns métodos de tratamento, e a pessoa deve procurar um especialista. Voz Trêmula Embora seja um problema de difícil resolução, existem métodos, que bem aplicados e praticados podem surtir excelentes resultados. Este é um problema difícil, pois advém de um trauma muito forte, onde a pessoa insiste em falar apesar de tudo. A voz falha, fica trêmula, o que causa uma forte tensão nas cordas vocais. Então, a pessoa sente dificuldade de se adaptar ao enfrentar situações semelhantes ao trauma. É interessante notar que durante o relaxamento da musculatura das cordas vocais, como no sorriso, a pessoa consegue emitir a voz corretamente. 7. Postura Corporal Correta É impossível imaginar um piano que tenha um som perfeito se estiver com alguma parte faltando, ou quebrado, ou mesmo mal posicionado. Uma flauta amassada não terá o mesmo som de uma que está perfeita. Desta forma, acontece com o corpo humano. O som produzido será sempre influenciado pela postura que se adota, por diversas razões. Uma boa postura: •
É bem menos cansativa do que uma postura má ou relaxada, pois assim, os ossos e músculos fìcam posicionados de modo que haja o mínimo de esforço e tensão.
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Causa um melhor aproveitamento respiratório.
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Dá um melhor aspecto à visualização, além de transmitir maior segurança.
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Coloca o mecanismo vocal na melhor posição para o seu posicionamento, tornando mais fácil a produção de uma sonoridade com qualidade.
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Traz confiança, bem-estar psicológico e físico o todo o organismo.
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Faz o corpo funcionar melhor, conseqüentemente beneficia a saúde vocal.
A boa postura para cantar deve ser aprendida e praticada até que se torne um bom hábito. 1. Pés: uma boa base dá maior segurança e firmeza. Inicialmente, deverão estar um pouco afastados. Em apresentações mais demoradas, o ideal é variar a sustentação do peso entre os pés, porém não de forma demorada, para evitar fadiga e tensão. Não se deve colocar o peso apenas sobre os calcanhares. 2. Pernas: como ajudam a fixar e sustentar o corpo, elas nunca ficam totalmente relaxadas. No entanto, elas devem ficar flexíveis, nunca rígidas, prontas para o movimento. Não se deve apoiar todo 0 peso do corpo somente em uma perna, pois haverá uma forte tendência a tremer. Para ajudar a resolver a tensão nas pernas e pés, pode-se fazer algum alongamento nesta região.
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3. Quadris: devem estar equilibrados, evitando um lado estar mais elevado que o outro. Porém, uma leve alternância, ou movimentação ajuda a relaxar esta região, pois não é bom que esteja muito rígida durante a apresentação.
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4. Abdome: não deve estar exageradamente projetado para dentro ou para fora. Deve-se evitar tensões demasiadas neste local, pois a musculatura desta região é de extrema importância para a respiração controlada, como é a de um cantor ou orador. 5. Costas: manter a coluna ereta de forma não rígida favorece o bem estar do som, por melhorar as condições da expansão do tórax, melhorando a respiração. Deve permanecer de forma equilibrada, sem inclinações exageradas. 6. Tórax: deve estar numa posição relaxada, evitando-se qualquer contração muscular exagerada, para facilitar o mecanismo do ar. Deve-se sentir todo o tórax agindo em conjunto. 7. Ombros: devem estar descontraídos, sem nenhuma tensão nestas articulações. Qualquer rigidez nesta região pode comprometer a ação dos músculos do tórax e do pescoço. Eles não devem se mover muito para frente, nem para trás, nem para baixo, muito menos para cima. A rigidez local pode complicar a toda a postura. 8. Braços e mãos: devem estar caídos livremente ao longo do corpo, de forma natural, o mais livre de tensão possível. Os maneirismos devem ser evitados, como ficar apertando as mãos à frente ou atrás, ou torcendo-as, pois isso causa uma tremenda tensão nos braços e no tórax, além de interferir na ação dos outros músculos do corpo. Esse tipo de atitude também é bastante deselegante. E ao segurar o microfone, deve-se ter o cuidado de manter os ombros e braços relaxados, para evitar tensão no pescoço. 9. Cabeça: deve estar centralizada. O olhar deve estar na direção das pessoas, e o queixo não deve estar nem muito baixo nem muito alto. 10. Posição sentada: quando se está sentado, o principal apoio do corpo é o assento. O tronco e a cabeça devem estar alinhados, com a coluna ereta, e os quadris devem estar bem apoiados no encosto, sem, no entanto, fazer com que o abdome fique projetado para frente, ou o oposto, ficando com a coluna inclinada para frente. Em ambas as situações haverá comprometimento da respiração, e cansaço em pouco tempo. Se se está sentado em uma cadeira com braços, não se deve apoiar os próprios braços sobre os da cadeira, pois haverá maior sobrecarga nos ombros, prejudicando a coluna. 10. Exercícios Treino da Utilização Muscular 1. Respiração Diafragmática Pessoa deitada com um livro no abdome. A intenção é elevar o livro.
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2. Diafragma e Intercostais Em pé, fazendo a respiração diafragmática, e expandindo as laterais do tórax.
Treino do Aumento da Capacidade Pulmonar 1. Soluço Inspiratório Inspirar aos poucos pelo nariz até encher o pulmão: inspirar - pausa - inspirar pausa inspirar o máximo - soltar o ar de vez pela boca. 2. Expiração Abreviada Inspirar fundo normalmente (nariz) e soltar um pouquinho; inspirar fundo outra vez e soltar um pouquinho; inspirar mais uma vez, até sentir o pulmão o mais cheio possível, e soltar de vez pela boca. Treino do Controle Diafragmático 1. Inspiração Profunda Inspirar profundamente pelo nariz, e soltar pela boca, em "SSS", demorando o maior tempo possível. 2. Exercício da vela Soprar a vela a uma pequena distância (cerca de 1 palmo) sem apagar a chama, e mantendo-a em equilíbrio na posição oblíqua.
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Introdução ao Canto Entendendo o Canto: Para o canto, como no estudo de um instrumento, estudaremos musicalização e técnica. Musicalização - trabalhamos a percepção, ouvindo, reconhecendo e repetindo o som na sua exatidão, através das escalas, tríades e tétrades maiores e menores, notas isoladas;para isso você vai precisar da ajuda de um instrumento, de preferência um piano, teclado ou violão. Nesse processo você vai descobrir a sua tessitura vocal, que é desde a nota mais grave até a mais aguda que sua voz alcança, e dentro dela, o registro médio, que é aquela região onde sua voz fica mais firme e bonita. Descoberto e firmado esse registro através de exercícios, vai ficar mais fácil você colocar as canções que e gosta nos tons mais adequados à sua voz. Técnica - o som da nossa voz é resultado da vibração do ar nas pregas vocais, no ato da expiração. Esse trabalho conta com o apoio do músculo diafragma, fundamental para o canto. Quando não usamos esse músculo da maneira adequada, colocamos muita força na garganta, produzindo um som "seco", sem brilho, gritado, o que pode causar rouquidão, cansaço e machucar as pregas vocais. A respiração deve ser mista, isto é, pelo nariz na introdução e intervalos maiores das canções, e pela boca entre as frases com intervalos curtos. O nariz filtra e aquece o ar, mas só quando há tempo suficiente respiramos por ele para cantar, pois precisamos de uma boa quantidade de ar e no tempo curto entre as frases é melhor respirarmos pela boca. Também precisamos trabalhar a articulação das palavras, a abertura de boca para evitar o som muito anasalado, e a ressonância do som na nossa "caixa acústica", a boca, faringe, fossas nasais e cavidades da cabeça. O terceiro fator - esse independe do professor, pois é o fator emocional. A laringe, que contém as pregas vocais, é um filtro para as nossas emoções. Se você tem bloqueios, inseguranças, nervosismo (o que pode acontecer com qualquer um, profissional ou não), já deve ter sentido uma espécie de "garra" na garganta, principalmente nos sons agudos, algo que nos impede de cantar como queremos. Os exercícios ajudam bastante a dar segurança, mas as emoções precisam ser trabalhadas para o som fluir tranqüilo e afinado. Então, para cantar bem, precisamos: •
Entoar o som na sua exatidão
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Respirar bem e sempre entre as frase
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Apoiar a saída do ar com o diafragma
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Articular bem as palavras
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Manter o som ressoando na nossa "caixa de som"
Vamos ver isso aos poucos, mas para começar você pode verificar como está trabalhando com o músculo diafragma, fazendo o seguinte exercício: O diafragma fica sob o pulmão, é um músculo elástico, que quando você inspira ele abaixa, projetando o abdômen à frente. Quando você expira ele vai subindo, contraindo a base do pulmão, expulsando o ar. Como aprendemos a respirar errado,
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estufando o peito e encolhendo a barriga, ele fica sem firmeza. Vamos então fazer um exercício para reativá-lo e reforçá-lo. Expansão - Sentado(a), coluna reta, inspire bruscamente pelo nariz, deixando expandir o abdômen, SEM ESTUFAR O PEITO; expire logo em seguida pela boca suavemente, retraindo o abdômen. Faça-o 15 vezes seguidas, todos os dias. Se sentir tontura, pare uns segundos e recomece, é normal. Não exagere, 15 vezes está bem, o que importa é a qualidade e a constância. Esse exercício é para dar agilidade e firmeza ao músculo, mas para cantar o uso é diferente, o que veremos na próxima aula, além dos outros assuntos acima. Conhecendo a sua Voz Bem, então já vimos que para cantar precisamos de AR. A quantidade necessária varia de pessoa para pessoa, pelo tamanho físico e da vontade de cada um, e de canção para canção. A vontade é a maneira como você quer cantar, se está mais para Elis Regina, precisa de mais ar e emoção, se mais para João Gilberto, menos ar e emoção mais contida, se nenhum dos dois, procure o meio termo. Se quer cantar "gritado" e rouco como alguns roqueiros, é melhor redobrar o cuidado, pois a longo prazo isso pode criar calos vocais difíceis de tratar. É uma escolha sua, faça o possível para respirar bem e apoiar a voz com o diafragma, forçando a garganta o menos possível. Também precisamos do uso do diafragma, que, ao inspirarmos, deve abaixar-se expandindo o abdômen, e ao começarmos a cantar, ele vai subindo, empurrando a base do pulmão e ajudando o ar a sair e vibrar nas cordas vocais; você também ajuda retraindo o abdômen devagar até o ar acabar. É necessário também abrir a boca, deixar o ar ressoar dentro dela, nas fossas nasais e demais cavidades e, para isso, você precisa concentrar-se, não afobar-se e jogar o ar fora de uma só vez. É bom exercitar-se frente ao espelho, gravar-se e ouvir-se para você mesmo(a) corrigir-se e escolher como quer cantar. O canto é a expressão de sua alma, só você pode saber como deseja expressá-la, por isso conscientize-se de si mesmo (a), ouça-se, percebase. Os exercícios respiratórios são para fortalecer a musculatura, mas você também pode fazê-lo cantando, desde que o faça com consciência e constância, pois como qualquer músculo, o diafragma e as pregas vocais ficam sem força pelo uso inadequado. Vamos então descobrir a sua tessitura vocal e procurar o seu registro médio: Você vai precisar de um piano, teclado ou violão; localize a princípio a nota mais grave de sua voz, sem forçar, cante e a procure no instrumento. Siga as instruções abaixo. CLASSIFICAÇÃO VOCAL: No piano ou teclado, procure o primeiro MI, o mais grave. No violão, a 6ª corda, a primeira de cima para baixo. Essa é a primeira nota da voz masculina denominada BAIXO, a mais grave. Partindo dela, suba duas oitavas até o 3º MI. Em seguida, procure o 1º SOL mais grave nos três instrumentos, e conte duas oitavas até o 3º SOL. Essa é a extensão vocal para a voz média masculina, o BARÍTONO.
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Procure no teclado ou piano o 2º DÓ e vá com ele até o quarto DÓ. No violão, é o 1º dó, melhor o da corda LA, 3ª casa e vá seguindo até o 3º dó, subindo duas oitavas. Teremos nessa extensão a voz mais aguda masculina, o TENOR.
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Para o violão, pode-se usar as mesmas medidas para as vozes femininas: a do BAIXO para a CONTRALTO, a do BARÍTONO para a MEIO SOPRANO e a do TENOR para a SOPRANO. O Violão é um instrumento mais limitado, no piano fica mais fácil, contase a CONTRALTO partindo do 2º até o 4º MI, a MEIO SOPRANO do 2º ao 4º SOL e a SOPRANO do 3º ao 5º DÓ. A classificação vocal serve para se atuar em grupos vocais e para o canto lírico. Para o canto popular não importa muito se você é soprano ou tenor, o importante é você conhecer sua extensão vocal e trabalhar para fortalecer o registro médio, que é aquela região onde sua voz soa mais brilhante, mais firme e bonita. Você pode fazer isso tocando e repetindo nota por nota, de meio em meio tom, usando as vogais. Pode também usar a escala maior no sentido ascendente e descendente. É simples: partindo da sua nota mais grave, não importa se é um dó, um sol ou mi, partindo dessa nota vá subindo dos graves para os agudos em intervalos de TOM, TOM, SEMITOM, TOM, TOM, TOM, SEMITOM. Volte dos agudos para os graves com os intervalos no sentido contrário. Passe para a segunda nota e vá subindo novamente. Fica difícil demonstrar via Internet, se você não conhece música peça a alguém que o ajude, ok? Você pode exercitar-se com acordes maiores e menores, com três, quatro, cinco notas, o importante é descobrir seu limite e não ultrapassá-lo para não machucar suas cordas vocais. A região aguda é mais difícil, vá com calma e AR, apoiando com o diafragma. Existem muitos modos musicais para exercitar a voz e muitos exercícios para o diafragma e respiração, o importante é exercitar. A "malhação vocal" fortalece a musculatura da laringe e sua voz sai mais fácil, mais segura e bonita. Sim, você pode fazer isso somente cantando, mas é preciso escolher um repertório com canções que explorem bem os graves e os agudos. A maioria das pessoas tem duas oitavas de extensão, algumas chegam a três, mas não é preciso se preocupar com a quantidade e sim com a qualidade vocal, já que a maioria das canções cabem dentro de duas oitavas, ok? Aí é só ir descobrindo os tons de cada canção para sua voz. Isso você percebe ao sentir conforto ou desconforto quando canta. Se sua voz está sumindo nos graves, experimente subir um tom ou dois, às vezes meio tom resolve. Se é o agudo que está difícil, experimente abaixar um tom, ou o quanto precisa até verificar que a canção está bonita em toda a sua extensão vocal. Não force sua voz para cantar num tom inadequado, o instrumento conserta-se ou trocase a corda, a voz não, né? Relaxar e Aquecer Hoje vamos falar um pouco sobre Relaxamento, Alongamento e Aquecimento: para cantarmos bem, necessitamos estar com a musculatura do corpo, principalmente a região dos ombros, costas e pescoço, relaxada, alongada e com as pregas vocais devidamente aquecidas. Para esse fim, existem inúmeros exercícios; abaixo, alguns dos mais usados: Relaxamento: 1. Do corpo: de pé, pernas afastadas dois palmos, braços ao longo do corpo; girar o tronco para esquerda e direita, lentamente, os braços acompanhando o
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movimento, a cabeça e o olhar também; o calcanhar direito levanta-se levemente e o joelho direito dobra um pouco quando o tronco gira para a esquerda, e vice-versa. Duração: dois minutos ou até sentir o corpo relaxado. 2. Ombros: de pé, pernas unidas, girar os ombros para trás algumas vezes e depois para a frente, com os braços pendentes e articulando bem, lentamente. Duração: dois minutos ou até relaxar. 3. Massagem: com as pontas dos dedos, massagear suavemente a região do pescoço, rosto e couro cabeludo.
Alongamento: 1. Do corpo: de pé, pernas unidas, braços ao longo, iniciar uma inspiração pelo nariz, lentamente, ao mesmo tempo em que eleva os calcanhares e os braços ( lateralmente ) . Ao findar a inspiração, as mãos devem estar unidas e os braços esticados para cima, os calcanhares elevados ao máximo. Feito isto, prende-se a respiração por 3 segundos e solta-se o ar suavemente pela boca, em sopro, ao mesmo tempo em que descem os braços e calcanhares. 3 vezes seguidas. 2. Pescoço: de pé ou sentado, braços levantados lateralmente na altura dos ombros, e mãos no peito; iniciar uma inspiração pelo nariz lentamente, ao mesmo tempo em que estica-se o pescoço à frente, até encostar o queixo no peito; prender o ar 3 segundos e voltar à posição inicial, soltando o ar suavemente em sopro e esticando o pescoço. 3 vezes seguidas. 3. Giro da Cabeça: suavemente, girar a cabeça para direita e esquerda, depois tombando-a para ambos os lados, para frente e para trás, e produzir o giro completo, executando cada posição quatro ou cinco vezes, sentindo o alongamento da musculatura do pescoço. 4. Rosto: inspirar e, com a boca fechada, produzindo um som em "m", movimentar lenta e largamente os músculos da face, como se estivesse mastigando. 3 vezes até acabar, depois 3 vezes com a boca aberta. Aquecimento: 1. Motorzinho: inspirar e soltar o ar produzindo um som gutural, como um motor, retraindo o abdômen, abrindo bem a boca, até o ar acabar. 3 vezes. 2. Baforada: inspirar e soltar o ar como uma baforada, lentamente, como um "A" susurrado, até o ar acabar. Retrair o abdômen devagar e relaxar a garganta. 3 vezes. 3. Língua: inspirar e produzir uma vibração com os lábios, em "TR", soltando o ar e sentindo a vibração da língua no céu da boca, sempre retraindo o abdômen devagar, controlando o ar. 3 vezes. 4. Lábios: inspirar e produzir uma vibração com os lábios, em "BR", até o ar acabar, trabalhando abdômen.3 vezes. 5. Ressonância: inspirar e produzir som de "DZ", com a ponta da língua encostada nos dentes frontais da arcada superior, até o ar acabar, trabalhando o abdômen. 3 vezes. 6. Glissando: inspirar e produzir som com "TR" ou "BR", começando do som mais grave e subindo gradativamente até o mais agudo da voz, voltando ao grave da mesma forma, como uma escala.3 vezes.
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 57 Obs: Todos os exercícios devem ser executados com muita atenção à respiração e o uso do diafragma, controlando o ar expirado, sem forçar a garganta. Além desses exercícios, o aquecimento com vocalizes, trabalhando vogais e consoantes com boa articulação, em escalas, tríades ou tétrades, também devem ser feitos ao menos uma hora antes de cantar, por vinte minutos no mínimo.
Ressonância Vocal Colocação do ar nas cavidades de ressonância: O ar vibra e se coloca de forma diversificada nas cavidades de ressonância, conforme os tons sejam graves, médios e agudos. Nos graves, o ar sai dos pulmões e vibra na parte anterior do céu da boca, e um pequeno filete vibra nas fossas nasais. O movimento é maior pra fora. Nos médios, o ar divide-se igualmente para as fossas nasais e o céu da boca, vibrando com mais intensidade na parte posterior deste. O movimento é para dentro e para fora. Nos agudos, o ar vibra nas cavidades da cabeça, seios paranasais, nariz e seio frontal. O movimento é mais para dentro. É a chamada "voz de cabeça" ou falsete. Segue figura que ilustra essas ressonâncias:
A - As linhas indicam a divisão do ar na ressonância palatal, na tessitura mais grave das vozes masculinas e femininas. B - As linhas indicam a divisão do ar na tessitura média. C - As linhas indicam a divisão do ar na ressonância da cavidade da cabeça, na tessitura aguda. 1 - Ressonância no seio frontal. Timbre, Intensidade e Altura: Timbre é a qualidade vocal, aquilo que caracteriza uma voz conferindo-lhe personalidade, diferenciando-a das demais. Não há timbres iguais, apenas semelhantes; é a identidade vocal. Intensidade é a qualidade que diferencia a voz forte da voz fraca e depende da amplitude de vibração das cordas vocais, da emoção e vontade de quem canta. Altura é a qualidade que diferencia a voz grave da aguda. A altura da voz depende da extensão e espessura, ou massa das cordas vocais.
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Para exercitar as cordas vocais e perceber sua ressonância, faça vocalizações, cante pequenas frases com vogais ou Larará, como você quiser, explorando os graves, médios e agudos de sua voz, respirando bem e apoiando como o diafragma, com o abdômen retraindo devagarinho. Faça-o concentradamente para perceber a ressonância do som nas cavidades como na figura dada. Se voce conhece música, pode trabalhar com as escalas, cantar as notas dos acordes maiores e menores indo e voltando, acordes com 7M, 7, 6, 5#, 4 , 4#, é um ótimo exercício para afinação, toque as notas seguidas dos acordes e as repita.
A Higiene Vocal Alguns cuidados são necessários para manter a voz em bom estado, principalmente para quem a usa profissionalmente: - O que evitar: 1. A fumaça quente do cigarro agride todo o sistema respiratório e, principalmente, as pregas vocais causando irritação, pigarro, tosse, edema, aumento de secreção e infecções; a fumaça agride diretamente a mucosa que protege as pregas, aumentando o muco e provocando pigarro, favorecendo irritação e alteração na voz. 2. O álcool causa irritação semelhante à produzida pelo cigarro; embora a pessoa que ingere álcool sinta-se mais solta, há uma leve anestesia na faringe, e podese abusar da voz sem que se perceba. Quando passa o efeito, pode-se sentir ardor, queimação e voz rouca e fraca. 3. As drogas inalatórias ou injetáveis tem ação direta sobre a laringe e a voz, podem alterar a mucosa e causar lesões no septo nasal. 4. Se você sofre de problemas nas vias respiratórias, evite umidade, mofo, poeira, agasalhos de lã, perfumes, inseticidas, desinfetantes, tintas frescas e tudo que possa desencadear suas crises. 5. Bebidas geladas ou quentes agridem o muco, se não dá para evitá-las deixe uns segundos na boca antes de engolir; café altera o sistema nervoso e agride o muco pelo calor; leite e chocolate aderem ao muco; balas, pastilhas e sprays podem mascarar a dor do esforço vocal, prejudicando as mucosas.
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6. Roupas apertadas na cintura e no pescoço impedem a livre movimentação do diafragma e da laringe.
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7. Pigarrear e tossir com freqüência contribui para alterações nas pregas vocais, pelo atrito. Melhor inspirar e engolir a saliva, tomar água e fazer gargarejos para limpar a garganta. 8. Mudanças bruscas de temperatura e o ar condicionado, favorecem alterações na mucosa. - O que podemos fazer: 1. Tomar água na temperatura ambiente antes, durante e depois da apresentação, para repormos os sais perdidos pelo esforço e hidratarmos as pregas vocais. 2. A maçã é excelente para a voz, auxilia a limpeza da boca e da faringe; suco de laranja auxilia a absorção do excesso de secreção. No caso de garganta irritada, gargarejos de água morna com sal, meio copo para uma colher de café ou de água morna com tintura de própolis, meio copo para dez gotas ajudam bastante. Cristais de gengibre auxiliam, mas em excesso agridem. 3. Fazer relaxamento, alongamento e aquecimento do corpo e pregas vocais antes de cada apresentação, por quinze, vinte minutos ou meia hora, o mais próximo possível da hora de cantar. 4. Ingerir comidas protéicas e leves, como massas, que digerem rápido, ao menos uma hora e meia antes de cantar, temos alto gasto energético no palco, e precisamos dessa energia. Cantar de barriga vazia cansa e de barriga cheia atrapalha a movimentação do diafragma. 5. Dormir bem, pois a voz necessita de energia e do corpo descansado. 6. Caminhar e nadar são os melhores exercícios para quem canta, pois trabalham de forma geral a musculatura e respiração. OBS: sentindo alterações na voz por período prolongado ou muita freqüência, procure um fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista. Dicção e Exercícios para o Controle do Ar Alguns exercícios ajudam a termos a percepção de como podemos controlar o ar na hora do canto, pois muitas vezes jogamos muito ar fora logo na primeira palavra, aí não conseguimos acabar a frase ou desafinamos. Confira alguns abaixo: Bexiga de ar: Inspirar enchendo todo o pulmão, sem estufar o peito, encher de uma vez só uma bexiga de ar e vedar a saída com o indicador e o polegar. Inspirar de mesma maneira e soltar o ar devagar, em sopro, controlando a saída, ao mesmo tempo em que solta o da bexiga com os dedos. Devem acabar juntos, o seu ar e o da bexiga. No começo é difícil, mas é um ótimo exercício de percepção. Depois tente controlar o ar com as frases longas das canções. Vela: Acender uma vela, posicioná-la a um palmo da boca; inspirar como acima e soltar o ar, como em sopro, controlando a saída retraindo o abdômen devagar, sobre a chama da vela, sem apagá-la. Procurar manter a chama sempre dançando da mesma maneira, se ela diminuir muito ou apagar, você soprou muito forte, se ela ficou ereta, seu ar falhou. Freqüência dos exercícios: três vezes cada, três vezes na semana.
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Dicção: A boa dicção é muito importante para o canto, pois se você não articula bem as palavras, fica difícil de se entender o que você está dizendo, e se não abre a boca o suficiente, a voz sai anasalada. Um exercício fácil é cantar exagerando na articulação, ou ler textos exagerando, abrindo mais a boca do que necessário, pra que ganhe mais abertura. Você pode também cantar os vocalizes articulando bem as vogais e consoantes, usando sílabas como: -
TRA, TRE, TRI, TRO, TRU BLA, BLE, BLI... LARA, LERA... VINE...VIVIU AU...AI...AÊ...ÓI NAU...NOIM...
enfim, invente e articule! Um bom exercício para "amaciar" e relaxar a boca é fazer uma mastigação de boca fechada e depois aberta, fazendo muita careta, com som de "humm". 2a. voz: A segunda voz é uma mesma frase da canção cantada com notas diferentes da primeira. A mais comum é quando você canta as mesmas notas da primeira frase uma terça acima ou abaixo, ou uma quinta. Muita gente tem essa percepção natural e faz isso sem nunca ter estudado música, mas isso não deve se constituir uma regra. A 2a. voz é qualquer frase cantada com notas diferentes da primeira, mas que soe bonito, harmônico, que combine. Você pode treinar isso escolhendo canções de algum cantor ou cantora cuja voz se aproxime da sua na extensão vocal, ou seja, que você consiga cantar junto sem fazer muito esforço, então você ao invés de cantar na mesma altura, com as mesmas notas, vá tentando fazer diferente, cantando mais grave ou mais agudo um pouco, procure gravar e ouça com atenção prá ver se soa harmônico, se está combinando. Trêmulo: O trêmulo, aquela tremidinha no final das frases que alguns cantores fazem, na minha concepção é um recurso natural, da personalidade de cada um, eu desconheço técnica para isso. Se você der uns soquinhos na barriga a voz treme, mas não é natural. Tipos de Canto Existem dois tipos básicos de canto, com técnicas diferenciadas: o Lírico e o Popular. O lírico, também chamado de Bel Canto, tem a voz como instrumento - o que emociona é o som, não tanto o texto. É o caminho da virtuose, como a ópera. Exige um esforço físico e emocional muito maior, são horas de treino para ter a voz em boas condições de cantar, há muito trabalho por trás de um cantor lírico, a impostação da voz é bem diferente do canto popular. O popular, ao qual nos dirigimos neste curso, além do timbre e emoção, importa também o assunto, o sentido da mensagem e o modo como ela é passada (forma, melodia, o sentimento aliado à palavra). Por isso, ao escolher canções para seu repertório, procure ver se o que a letra está dizendo tem a ver com o que você pensa,
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ou se só está repetindo mecanicamente o que ouve. Isso é importante para você aliar emoção à palavra, para cantar de maneira mais integral, corpo e alma.
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Procure a sua forma de cantar, que deve ser única, você pode ter cantores e cantoras como parâmetros mas nunca cantará igual a ninguém, pois para isso precisaria ter a mesma estrutura física e emocional que aquela pessoa. Impossível, certo? Procure também os estilos que mais gosta. Estes estilos são muitos e variados, dentro da MPB mesmo há diversos estilos. Romântico, pop, rock, samba, blues, heavy, bossa, enfim, você pode cantar em português ou qualquer outra língua qualquer estilo. Invente, crie, pesquise. Procure ouvir muito, ver bons shows, não se atenha só ao que a mídia, como TV e rádio, lhe impõe, há muita música de qualidade excelente que não aparece na mídia. Procure rádios alternativas e TVs educativas se quiser aprimorar seu conhecimento musical. Busque nos jornais de sua cidade os cadernos culturais, onde com certeza há indicações semanais de ótimos shows, e por fim procure em lojas de CD onde possa ouvir e escolher o quer levar. Lembre-se que nenhum professor tem o poder de lhe transformar num cantor assim ou assado, ele é só um instrumento para lhe mostrar o caminho, mas o esforço maior para encontrá-lo é seu, pois só você pode saber o que realmente sua alma, mente e corpo necessitam. Se você prefere ser autodidata, recomendo que procure vídeos e livros sobre o assunto, além de ouvir muita música. A dica que posso dar é o livro da Clara Sandroni, "260 dicas para o cantor popular". O curso pela Internet é limitado pois impede a demonstração, por isso você deve procurar um professor em sua cidade, para depois que aprender o básico, tentar sozinho. Vamos falar um porquinho sobre os elementos básicos da canção, que é o casamento da música com a letra. Os elementos que estruturam uma composição musical são a Melodia, a Harmonia e o Ritmo. Pode ser só instrumental ou com letra, habituamos a chamar esta última de canção. Melodia é a sucessão ascendente e descendente de notas, a intervalos e alturas variáveis, formando um fraseado, de forma consecutiva. É o que faz a voz do cantor ou o solista do instrumento. Harmonia é a sucessão de acordes combinados a partir da tonalidade da canção, que formam a base e a sustentação para a melodia. Acordes são conjuntos de notas combinadas tocadas simultaneamente. É aquilo que faz o violão, o piano, o acordeão, quando acompanham o melodista. Ritmo é a sucessão regular de tempos fortes e fracos, cuja função é estruturar uma canção. A lei do ritmo baseia-se na divisão ordenada do tempo. As mais comuns são: compasso binário (2/4), ternário (3/4) e o quaternário 4/4. Existem diversas outras combinações e só um estudo mais aprofundado de música nos dá esse conhecimento. Dadas as nossas limitações, falarei um pouquinho de cada um desses três, mais usados na nossa MPB. O dois por quatro (2/4) tem o acento forte no primeiro tempo e fraco no segundo, e é muito usado nos sambas e algumas bossas.
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O três por quatro(3/4) tem o primeiro tempo forte e os dois seguintes fracos, são as valsas, como por ex: Rosa, de Pixinguina, João e Maria, do Chico Buarque, Romaria, do Renato Teixeira, Coleção do Cassiano, etc. O quatro por quatro (4/4) é o mais comum, se encontra na maioria das canções. Tem o primeiro acento forte, o segundo fraco, o terceiro meio forte e o quarto fraco. O andamento indica se o ritmo é rápido, lento ou médio. A intensidade, se é tocado ou cantado de maneira suave, mediana ou forte. A letra tem muita importância na canção popular brasileira, e é bom se pensar na mensagem que está passando quando canta uma canção. A mensagem está na letra e na música, faça as suas escolhas conscientemente, o cantor também é um educador, certo? Já pensou nisso? O que você quer dizer para as pessoas a quem dirige o seu canto? Que emoção quer passar? Uso do Microfone Muita gente fica inibida com o microfone, mas para nós, cantores populares, ele é nosso grande aliado. Com ele utilizamos menos força física, podemos lapidar a emissão vocal tirando ou colocando graves, médios e agudos, se a mesa de som for boa. É bom que você se acostume a ser seu próprio técnico, ou ao menos ter uma noção, pois há lugares em que você vai se apresentar que não dispõem de um técnico para o som. Para isso, plugue o microfone e vá treinando, falando ou cantando, e mexendo nos botões de graves, médios, agudos e no "reverb", o eco. Quando estiver cantando, afaste um pouquinho o microfone quando for emitir agudos ou quiser colocar mais força física e emocional, não afaste demais a menos que tenha uma baita potência vocal e quiser mostrá-lo. Nos graves, aproxime-se mais do microfone. Deixe sempre a boca próxima, mas não grudada. Cuidado com as palavras com a letra "P", que produz aquele "puff" incômodo, e o "S". Não exagere nas terminações porque ele sibila. No mais, é treinar e se ouvir. O repertório Bom, isso vai do gosto de cada um e depende do que você pretende com a música. A maioria das pessoas começa cantando na noite, em bares, ou numa banda que monta com os amigos. Agora, com o videokê, muita gente se descobre também. No princípio a maioria canta ou toca por hobbye, mas existem aqueles que já nascem sabendo que serão músicos profissionais, que estudam desde cedo e já sabem o que querem como músicos, outros descobrem-se mais tarde e outros tem sempre a música como lazer. Onde você se encaixa? O trabalho com banda é muito legal, pois você aprende a trabalhar em grupo e a conhecer os outros instrumentos. Aí é ensaiar e conseguir lugar para tocar. O trabalho de voz e violão ou teclado é mais intimista, sozinho ou em duplas, ou ainda acrescentando a percussão, ou flauta, fica bom e mais fácil de arrumar trabalho, pois com o videokê diminuiram os espaços para música ao vivo. Em bares, geralmente faz-se duas ou três entradas de cinquenta minutos, ou quarenta. Descansa-se quinze minutos nos intervalos. Isso é muito cansativo para o cantor principalmente, a produção da voz é um trabalho físico e emocional que libera muita energia, você deve tomar bastante água natural
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na temperatura ambiente, antes, durante e depois de cada entrada, para repor os sais perdidos, siga os passos de "aquecimento, etc e higiene vocal". Nos intervalos coma algo leve,uma maçã, uma barra de cereal,que é calórica e não pesa no estômago. Em cada entrada você canta mais ou menos 10, 12 músicas, depende de como as canta, se repete a canção, se o músico sola. A média para 50min são doze músicas.
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Se você faz apenas um show, em teatro ou outro espaço, a média da apresentação é de uma hora ou pouco mais, uma hora e vinte. Aí você escolhe umas quinze músicas, pensa nos arranjos, nos solos. Em videokê você fica limitado ao repertório do local, e deve tentar colocar a música num tom adequado para sua voz, tem lá os comandos que abaixam e levantam os tons, vá tentando, até chegar no mais confortável pra você, testando graves e agudos. Comece tendo um repertório de no mínimo trinta músicas, isso vale pra todos, pra você poder variar, e já as tenha nos tons adequados para sua voz, trabalhe com o músico que o acompanha, o violonista ou tecladista para descobrir esses tons. Já o trabalho próprio é diferente. Sozinho ou em banda, você tem que acreditar muito em sua música e batalhar para conseguir ser ouvido, pois a maioria das pessoas, como diz um amigo meu, "aplaude a própria memória", ou seja, aplaude aquilo que já conhece, é claro que isso não é uma regra, mas a maioria quer ouvir o que é conhecido. Mas se você pensar que, para aquela canção ter se tornado conhecida, precisou que alguém se dispusesse a ouvi-la primeiro, isso também pode acontecer com a sua. Uma boa dica é mesclar, colocar um pouco de músicas conhecidas e ir intercalando com as suas, até que as suas fiquem conhecidas. Ou se você tem um bando grande de amigos, levá-los sempre que pode para seus shows de canções próprias. O importante é saber que o meio musical é difícil, mas não impossível, é preciso acreditar, estudar e trabalhar muito, ter objetivos bem claros e direcionar-se para eles. Também procure a sua turma, há bares e espaços para todo tipo de música, aproxime-se do que combina com você, com suas idéias e sua música. Voz e Instrumento Para quem toca e canta, o trabalho é dobrado e a atenção dividida, mas é muito compensador, pela independência e autonomia que nos dá. No caso do piano ou teclado e voz é mais fácil, não só pela posição, pois ficamos mais eretos e podemos prestar mais atenção ao diafragma e respiração, mas pelo piano ser um instrumento mais completo e não precisar adequar os tons, pela facilidade de qualquer acorde soar bem. No caso do violão ou guitarra, é um namoro mais difícil, mas muito prazeroso quando se entra num acordo entre o que quer a voz e o que pode o instrumento. Também precisamos prestar mais atenção à postura, para não comprimir o diafragma. Há quem cante e toque bateria, percussão, acordeon, baixo, etc, mas o trabalho é sempre o mesmo: dividir a atenção entre a voz e o instrumento, da maneira mais harmoniosa possível. Para isso, são necessários estudo e treino, se possível diários. Você pode escolher entre se aprimorar no instrumento, fazendo solos inclusive, ou só se acompanhar com a parte harmônica e rítmica, deixando a melodia para a voz. Tudo questão de escolha.
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INTRODUÇÂO Cantar é um ato sensível e natural em si, de nada adianta complicá-lo se bem que é necessário estabelecer suas bases que são a respiração, a ressonância, a emissão e a articulação. Os exercícios de técnica vocal são úteis também àqueles que usam as palavras como instrumento de trabalho: advogados, oradores, atores, etc. Elas evitarão a fadiga e a rouquidão originadas pelo uso indevido da voz. O instrumento vocal não pode ser reformado. Deve-se aprender a manejá-lo corretamente desde o princípio. Simplificando, o instrumento vocal se divide em 3 partes: 1. O aparelho respiratório 2. O aparelho fonador 3. O aparelho ressonador O APARELHO RESPIRATÓRIO O aparelho respiratório é composto pelo nariz, traquéia, pulmões e diafragma. Fig. 1: As costelas superiores não estão desenhadas para deixar ver os pulmões. A linha pontilhada ao lado das costelas, indica a dilatação das mesma na inspiração. As flechas indicam a descida do diafragma durante a respiração. 1) Laringe 2) Traquéia 3) Pulmão 4) Pulmão esquerdo 5) Diafragma 6) Fígado 7) Estômago 8) Falsas costelas 9) Costelas flutuantes 10) Esterno O diafragma, amplo músculo transversal que separa os órgãos respiratórios dos órgãos digestivos, desce durante a inspiração para dar lugar aos pulmões. O aparelho fonador é formado pela laringe e as cordas vocais. A laringe é também chamada de "voice-box", que quer dizer caixa de voz, uma vez que é a fonte da voz. As cordas vocais, que de cordas só têm o nome, são ligamentos fixados à laringe ao longo de sua borda interna. O APARELHO RESSONADOR O som produzido pela vibração das cordas vocais é muito fraco. Assim como o som de uma corda de violão deve ressonar na caixa de madeira, o som das cordas vocais deve passar pelos ressonadores para adquirir brilho, amplitude e redondeza.
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Os ressonadores mais importantes são os ossos do peito (para os sons graves) e da cabeça (para os sons médios e agudos). A beleza, o timbre e a amplitude da voz, dependem mais de qualidade dos ressonadores que das cordas vocais.
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A RESPIRAÇÃO É impossível ser um bom cantor se não se possui um perfeito controle da respiração. A respiração natural é a que se realiza durante o sono. Para compreendê-la, basta colocar uma mão sobre o estômago e a outra sobre as costelas, estando deitado. Nota-se que toda a caixa torácica se dilata. Todo o ar inspirado deve transformar-se em som para que ele seja cheio e puro. Ao emitir demasiado ar para um som, a voz se torna velada e parece estar se ouvindo um escape de gás. A respiração se realiza em três tempos: 1º tempo: Inspiração pelo nariz ampla e profunda, silenciosa e rápida. 2º tempo: Um instante de suspenso para o bloqueio do ar. As costelas estão separadas. 3º tempo: Expiração - a caixa torácica e o abdômen permanecem dilatados o maior tempo possível Para facilitar o controle do ar, os músculos devem pressionar suavemente para baixo, tendo a mesma sensação da expiração quando bocejamos. Uma boa respiração proporcionará nitidez no ataque e no final dos sons, assim como em sua continuidade. CONSELHOS Para cantar não é necessário aspirar muito o ar, sem saber como emiti-lo com economia. O excesso de ar oprime e incomoda o cantor. As inspirações muito profundas não deverão ser praticadas a não ser nos exercícios respiratórios. Estes têm por objetivo chegar a dominar o mecanismo da respiração e submetê-la ao controle da vontade. Todo ar deve transformar-se em som. É uma questão de dosagem; e é também o segredo de vozes puras cristalinas. Quando o ar sai dos pulmões em excesso, forma-se um véu sobre a voz, semelhante ao ruído da agulha sobre o disco. Cuide sempre para que a expiração termine com o som. É inútil "esvaziar-se" depois de uma frase cantada. O ar retido nos pulmões permitirá efetuar uma pequena inspiração antes de prosseguir. Se tiver pouco tempo entre duas frases cantadas para efetuar uma boa inspiração, sempre bem as costelas ao inspirar e bloqueie-as. Deste modo, dominará o fôlego, que resultará numa emissão dócil e regulada de acordo com a extensão da frase. Deve-se conseguir respirar sem que se ouça ou se veja. Na fala ou no canto, o costume de pensar no ar, ajudará a não encontrar nunca a falta dele. OS ÓRGÃOS DA BOCA A boca tem um papel importante na articulação das palavras e também na transformação do som. O queixo deve estar livre de toda concentração, podendo subir e descer sem alterar o som. A língua deve voltar ao seu lugar rapidamente, que é o fundo da mandíbula inferior. A
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rigidez da língua dificulta as subidas estrangulando o som. Isto acontece, principalmente, com os sons agudos. Fazendo exercícios com a língua fora da boca, se libera a passagem do ar e os sons podem chegar até os ressonadores. O véu do paladar deve elevar-se para que o som se torne redondo, fechando as fossas nasais e liberando o fundo da garganta. Os lábios devem obedecer à pronúncia. O som não dependerá de caretas ou contrações dos músculos faciais. OS RESSONADORES Os mais importantes ressonadores são os faciais. A região das cavidades ósseas, entre a mandíbula superior e a testa, é chamada de "máscara". É a região mais importante da ressonância vocal. "Cantar na máscara" ou "cantar para frente", significa cantar usando os ressonadores faciais. Esses ressonadores, porém, são os mais difíceis de alcançar. Os ressonadores do peito e da boca, nós usamos corretamente. A passagem do grave para o agudo depende da adaptação da boca. Chegada do som aos ressonadores faciais 1) Crânio 2) Cérebro 3) Seios frontais 4) Seio esfenoidal 5) Fossas nasais 6) Paladar 7) Véu paladar 8) Língua 9) Cordas vocais (laringe) 10) A - Ponto ao qual se deve ter a impressão de enviar o som EMISSÃO Existem várias maneiras de se emitir a voz. para verificar cante a nota A (lá) no médio da voz: 1) Com a boca aberta, sorrindo, sem levantar o véu do paladar 2) Com a boca aberta em redondo, elevando o véu do paladar 3) Com a boca aberta em redondo, contraindo o fundo da garganta Foram empregadas desse modo, três emissões diferentes e bem características. 1) A emissão branca ou chata 2) A emissão redonda ou coberta 3) A emissão sombria ou opaca O ATAQUE DO SOM O som deve começar no preciso momento em que começa a expiração. Nenhum ar deve sair transformado em som, que será mais forte conforme seja alimentado pelo ar. Para se obter um som redondo e agradável, é necessário elevar o véu do paladar. Esta é a posição de um bocejo. Quando reprimimos um bocejo, os lábios se fecham e o fundo da garganta fica bem
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 67 aberto; o véu do paladar se eleva e a boca se abre ao máximo interiormente. Nesta posição se emite o zumbido MMM..., que chega infalivelmente aos ressonadores faciais, provocando uma leve viração por trás do nariz. Uma vez conseguido isto, basta abrir a boca para qualquer vogal, que resultará num som emitido corretamente. Os defensores dos "passos e registros" reconhecem três registros que são: registro do peito, médio e da voz de cabeça. isto dificulta o estudo do canto pela dificuldade de passar de um registro a outro. Outros são absolutamente contra essa idéia. Temos duas experiências que justificam, homogeneizando a voz em toda a sua extensão.
1º) Escolha uma nota aguda e comece uma escala descendente em semitons com a boca e a laringe distendidas e uma posição de ligeiro bocejo. Execute cada nota tendo a sensação de ser mais alta que a anterior. Dessa maneira não se poderá acusar nenhuma mudança de registro. 2º) Os exercícios efetuados com a língua fora da boca e cantando um E leviana, também mostram a ausência de registro. Isto prova que os registros são resultados de uma contração inconsciente do fundo da garganta ou da língua. É importante abrir progressivamente a boca no sentido vertical nas escalas ascendentes, para que o som possa chegar ao "gong" (espécie de gongo metálico, imaginário atrás do nariz). Para finalizar um som, não deixar faltar o ar. Não há nada mais desagradável. A expiração deve acabar junto com o canto. A voz deve ser nítida, limpa e pura (sem excesso de ar). ARTICULAÇÃO As consoantes devem ser pronunciadas com energia, por isto os exercícios deverão ser feitos sobre todas as consoantes e todas as vogais. Um leve trêmulo que existe em certas vozes, quase sempre é devido a uma expiração mal controlada que causa uma certa pressão sobre as cordas vocais. É um defeito que necessita paciência para ser corrigido. Eliminando o excesso de ar, as obtém muito bom resultado. O trabalho deverá ser feito sempre em completo relaxamento. Também ajuda muito a colocar dois dedos sobre os lábios levianamente. A verdadeira força, no canto, se consegue sempre na base de flexibilidade. Por isso o trabalho de relaxamento é tão importante embora ingrato a princípio. O trabalho a "meia-voz", com os órgãos vocais relaxados com a respiração firme, consegue desenvolver, sem esforço nem contração, uma maior amplitude. DICÇÃO - INTERPRETAÇÃO Não se pode esquecer que o ouvinte quer entender o que diz o cantor, não bastando uma linda voz, cantando como se fosse um instrumento. "A", É", "U"- Não podem ser cantadas como na fala. Elas necessitam serem arredondadas. Elas devem ser emitidas no funda da garganta, e o maxilar inferior deve descer para ovalar a boca. "E", "I" - A boca fica sorridente e a ponta da língua se prende aos dentes inferiores. Conforme o som se torna mais agudo, elas necessitam de um ovalamento da boca. "O", "U"- Os maxilares se afastam ao mesmo tempo que os lábios se projetam para frente, Conforme os sons se tornem mais agudos, os maxilares se afastam e a boca se
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ovala. Nos agudos, o "U" deve ser cantado como "O". Nas partes muito agudas, é quase impossível cantar outra vogal que não seja o "A", por isso, deve-se pensar na vogal que se vai cantar e emiti-la como para um "A". O som sofrerá um mínimo de deformação dessa maneira. As consoantes devem sempre ser duplicadas sem medo do exagero, nos exercícios. Não estamos mais no tempo em que acrobacias vocais satisfaziam o público. A interpretação tem um papel primordial no canto. Ela é a meta de todo o trabalho vocal. Só depois de ter conseguido o controle da respiração, a impostação da voz, a articulação e a dicção perfeitas, o cantor poderá interpretar com liberdade sem se preocupar com a técnica. A CLASSIFICAÇÃO DAS VOZES As divisões mais gerais na classificação das vozes são: · aguda - soprano (mulher); tenor (homem) · média - meio soprano (mulher); barítono (homem) · grave - contralto (mulher); baixo (homem) A classificação de uma só voz pode ser feita depois de vários meses de trabalho, porque ela sofre muitas modificações conforme o estudo. A voz deve ser classificada por sua tessitura e seu timbre. Tessitura: é o conjunto de notas com as quais se canta com comodidade. Timbre: é a cor, a personalidade de cada voz, que pode ser claro, redondo, cálido, áspero, profundo, cristalino, etc. Em geral a tessitura abrange 10 notas. O TRABALHO VOCAL Sempre há no canto, algo que pode aprender, que aperfeiçoar. Quem quiser cantar bem por muito tempo, deve exercitar-se bem e durante muito tempo. Se o trabalho vocal acarreta um cansaço ou ronqueira anormais, isto significa que foi realizado de maneira errada. O estudo diário deve ser feito sempre a "meia-voz" e suave, durante 15 minutos, sem se preocupar com a força do som. Pela manha o aproveitamento é maior. Jamais force a voz ao exercitar. Busque a qualidade do som. Após as vocalizações, o aluno pode cantar melodias imitando um instrumento, como por exemplo: violino, flauta, etc., buscando a beleza do som. O cantor sempre deve ser muito exigente consigo mesmo. As gravações ajudam a corrigir os erros. A saúde não pode ser esquecida. A voz reflete quase sempre a mínimas alterações do corpo: mal-estar, fadiga, etc. Reprima a tosse sempre que seja possível porque ela fatiga a voz. Se tiver que cantar à noite, descanse à tarde. O canto origina um desgaste nervoso. Evite gritos e não fale em lugares barulhentos. A VOZ FALADA A diferença entre o canto e a palavra é que a fala emprega menos notas, mas que são emitidas pelos mesmos órgãos. O cantor tem maior facilidade em expressar o assombro, a tristeza, a alegria, e sua fala é menos monótona. Em um discurso ou conferência, comece sempre com muita calma e em voz bem baixa. O público será obrigado a guardar maior silêncio para escutar.
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CONSELHOS Falar muito ao telefone, desgasta a voz. Cultive a calma e a serenidade. Ao cantar, não escute mais a sua voz: escute seu coração. Viva um pouco acima da realidade cotidiana. Um artista tem o direito de sonhar. Cultive a "mentalidade profissional" que busca sempre a perfeição, num esforço contínuo para melhorar. Reserve em cada dia, um tempo para meditação e silêncio. Sem espírito meditativo não há grande artista. Nunca desanime diante de um fracasso, de críticas ou de críticas venenosas. Vocal e Ministério A voz é um instrumento muito especial. Primeiro, porque o timbre que um ser humano possui é individual, uma dádiva divina única e intrasferível. Segundo, porque temos que nos acostumar com NOSSO próprio instrumento: limites, domínio, atenções. A voz é tão espetacular que numa orquestra, todo cantor nunca é bem visto, pois os músicos sabem que só a voz consegue tirar harmonia própria que nenhum instrumento da orquestra pode tirar. Nossa voz, quase sempre, transmite o estado em que se encontra o organismo. Sono mal dormido, alergias, stress, excesso de exercícios ou fadiga são refletidos diretamente em nossa voz. Assim, se o corpo está bem, a voz transparecerá este estado. O profissional da voz deve estar ciente que a voz depende do seu ofício, mas não custa nada o amador utilizar este conhecimento em seu dia-a-dia. Não dá pra ir assistir um clássico de futebol, ficar gritando com a torcida 90 minutos e depois ir para o Culto à Noite na Igreja cantar, sua voz já era. Longas conversas também diminuem sua capacidade de cantar, principalmente, em lugares com som alto, shows, shoppings, entre outros. Por isso, quem canta deve aprender a poupar sua voz para uma ocasião mais necessária. Quer ir ao Show de Kleber Lucas? Tudo bem, mas evite gritar alto e em exagero. Hoje em dia, é mito falar que somente os "bem-dotados" podem exercer profissões vocais. Os avanços da fonoaudiologia podem provar que qualquer pessoa bem treinada pode ser um bom cantor, dependendo somente do bom cuidado com o seu aparelho fonador e com treinamento específico. Infelizmente, é muito mais comum encontrarmos vocalistas que se preocupam muito mais em decorar letras e ensaiar com a banda do que aperfeiçoar sua voz e cuidar bem dela. Claro, que uma dose de oração irá cair perfeitamente bem. O nosso Deus é o autor da criação. A voz, a música, o som foi criado por Ele. Deus com certeza é rico em capacitar e se ele te chamou para Ministrar os louvores e com certeza o chamou para adorar, não custa nada perder umas horas treinando e aperfeiçoando sua técnica vocal. É necessário seguir algumas regras para executar bem os exercícios: 1.Concentração: Em um local tranquilo, livre de ruídos ou o mais silencioso possível, inicie os exercícios e administre seu tempo para concluí-los com exatidão. Considere que a rotina de exercícios aqui encontrados leva por volta de 45 minutos para ser executada, estudar canto exige muita atenção (percepção, sentimento, paciência...), esta atenção você não terá caso sua mente esteja voltada para outras coisas (horário por exemplo), ou seja, é necessário esquecer-se do relógio e que existe um mundo lá fora. Volte sua atenção exclusivamente para você e para o estudo da técnica vocal. 2. Avise para não ser interropido:
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Ocorre de você não conseguir mais se concentrar ou demorar para atingir novamente o estado de concentração anterior quando você é interrompido durante seus estudos? Se você respondeu sim, você é um ser humano normal (tanto quanto eu), e eu só conheço uma forma de evitar que isto aconteça: é necessário pedir a todos que não lhe interrompam durante seus estudos. 3. Estude Diariamente: Não acumule conteúdo. Sempre que puder dê uma olhadinha diariamente em seu material. Invista, compre revistas, procure um professor ou um preparador vocal, fono, otorrino, e a partir dos exercícios que lhe for entregue, treine todos os dias. Não existe limite para se estudar canto, tudo é novo, sempre tem alguma coisa que ainda você não conseguiu aprender. Aproveite para descansar também. Exercícios no seu limite, até onde você pode aguentar. O mínimo é de 30 minutos, no máximo 01 hora de exercícios e ai sim pode estudar seu repertório. Dentro do ministério de música, a área vocal costuma ser uma das mais problemáticas. Sentindo tal carência queremos lançar alguma luz sobre este assunto. Vamos pensar juntos ,sugerir caminhos e incentivar você a buscar um padrão de excelência nesta área maravilhosa da música e do ministério . Enfim, qual a função e importância do grupo vocal dentro da ministração? Vamos no termo americano "backing vocal". "On the back", significa estar atrás, o que está atrás serve de apoio. A função do vocal consiste em apoiar o dirigente de louvor em três áreas específicas. Vejamos: 1- MUSICAL : - Cantando a melodia: muitos ignoram, mas é muito difícil cantar bem em uníssono. E no uníssono que ficam claros os dois maiores problemas do vocal: afinação e timbragem. Se o grupo vocal não conhece bem a letra, a melodia, ou canta a melodia de maneira errada, não irá apoiar o dirigente, irá derrubá-lo! Certifique-se de que todo o grupo tenha aprendido a mesma melodia, métrica, e letra. O grupo pode cantar a melodia lentamente, prolongando a duração das notas ou sílabas em que existem dúvidas. Se o problema for métrico, tente fazer com que todo o grupo bata palmas em cada ataque silábico e confira se há alguém batendo sílabas erradas. É fundamental que o ensaio vocal tenha sempre o apoio de um instrumento harmônico bem afinado, assim, enquanto o vocalista canta, poderá perceber sua voz e comparar sua afinação com a do instrumento; progressivamente os problemas de afinação serão resolvidos. Quanto a timbrarem, agrupe primeiro as pessoas de timbres semelhantes. Durante alguns ensaios, mantenha esta formação, respeitando os semelhantes naipes. Depois, alterne-os progressivamente. Faça brincadeiras de imitação e percepção, até conseguir um som equilibrado. No timbre se manifestam problemas como rouquidão , som anasalado, ar na voz, vibrato excessivo, que só pode ser resolvido com as correções da técnica vocal. - Cantando arranjo: um grupo só pode começar a cantar arranjos quando é capaz de fazer um bom uníssono. Comece com arranjos a duas vozes. Firme bem as vozes separadamente e sempre ofereça um registro visual. Se o grupo não lê partitura, invista 30 minutos do ensaio para este aprendizado. A longo prazo isto facilitará muito o trabalho. Você também pode usar cifras ou simples apontamentos alturas.
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Todo arranjo vocal deve estar baseado na harmonia. E impossível abrir vozes sem pensar em acordes.
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Aqui você também deve parar e verificar cada acorde pelo prolongamento de notas. Existe sempre alguém que diz saber tirar o contralto ou o tenor. Dificilmente esta pessoa desenvolve uma Segunda melodia correta comparada com a melodia. Estas vozes são sempre paralelas e se tornam cansativas. Não é interessante que a música tenha arranjo vocal desde o primeiríssimo acorde. De preferência ao refrão e as repetições pôr uma questão de dinâmica. - Solistas e desenhos: dentro do grupo vocal, alguns desenvolvem um estilo de cantar mais particular. Eles são os solistas, os que fazem pequenas variações na melodia ( desenhos ), e responsivas. Isto normalmente vem enriquecer a dinâmica, mas tem sua hora e lugar. Cuidado com os exageros. Se você quer desenvolver este lado da improvisação, comece cantando escalas maiores, menores, arpejos, inversões. Desta forma seus desenhos ficarão mais interessantes. 2- EXPRESSIVA : - Expressão facial : tenho a impressão de que, se algum deficiente auditivo nos observasse cantando, acharia que algo muito terrível nos aconteceu para estarmos com aquele "semblante fúnebre". Os momentos de louvor e adoração são momentos de reverência sim, mas de profunda alegria e prazer. Em contrapartida, existem aqueles que fazem tantas caretas e gestos, que nos sentimos de volta a infância , na escolinha dominical. Sugestão : Cante em frente ao espelho ! Note se você esta sendo convincente. - Expressão corporal : o grupo vocal tem que estar em harmonia consigo mesmo e com o dirigente do louvor. Muita informação atrapalha. Temos que concordar e reforçar a informação que o dirigente tem a transmitir. No momento do ensaio você pode exercitar através de brincadeiras descontraídas. Faça uma lista de músicas, sorteando-as entre os vocalistas e peça para que eles deixem claro ao grupo qual é a música, somente através da expressão facial e corporal. Coloque seu grupo para dançar (com equilíbrio). Daremos dicas de exercícios de desinibição e desenvolvimento da visão periférica. Dicas Gerais Cuidado Com a Voz Como todo órgão do corpo, os que constituem o aparelho fonador necessitam de um uso adequado para não se sentir forçados e lesados. Algumas das medidas preventivas de possíveis disfunções vocais são: * não pigarrear nem tossir; em vez disso: bocejar para relaxar a garganta, engolir lentamente, beber um pouco de água; * não gritar; em vez disso: para chamar a atenção bater palmas, assobiar, utilizar apitos, etc.; * evitar falar de maneira prolongada à distância; em vez disso: aproximar-se para que possam ouvi-lo;
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* evitar falar de maneira prolongada nos ambientes com muito barulho; em lugar disso: falar cara a cara, perto da pessoa que o escuta ou esperar que o entorno esteja silencioso; * não falar em salões amplos sem uma amplificação apropriada; nesse caso se aconselha utilizar o microfone; * não cantar fora do registro normal; nesses casos, é necessário conhecer os limites físicos de cada um no referente ao tom e à intensidade, procurar ajuda profissional para a formação da voz e não cantar uma nota elevada se você não pode cantá-la em voz baixa; * evitar costumes nervosos ao falar ou cantar em público como podem ser: pigarrear, conter a respiração falando rapidamente, falar com a respiração insuficiente, falar num tom baixo e monótono, etc. No seu lugar, poderão se adotar atitudes ou estratégias eficazes para diminuir esses costumes ruins; * depois de várias horas de uso vocal, é aconselhável esperar até que o sistema respiratório se recupere; para isso acontecer, poderá se fazer relaxamento e repouso vocal. * não falar com voz monótona de tom baixo; deve-se permitir que o fluxo respiratório alimente a voz de maneira que o tom se mantenha, varie e soe bem; * evitar ataques glóticos ou inícios de voz tensos e bruscos; em vez disso, pode manter a garganta relaxada quando começa a falar; * não falar com frases mais compridas do que o ciclo respiratório natural; em vez disso, poderá se falar lentamente e fazer intervalos com mais freqüência; * não esticar as diferentes partes do corpo quando se utiliza a voz, em vez disso deverá: tratar de manter o corpo alinhado e relaxado para que a respiração seja natural, permitir que o abdômen e a caixa costal se movimentem livremente; * não apertar os dentes, nem a mandíbula ou a língua; para isso, será necessário aprender a relaxar essas estruturas; * quando cantar, não esforçar a voz para manter um registro que está além dos limites de tom no que fica confortável (voz de peito: elevada demais; voz de cabeça: elevada na gama de falsete); em vez disso, deve-se permitir mudar de registro vocal com o tom e aprender técnicas de transição suave de registro. Estas são algumas das dicas mais úteis que se lhe pode oferecer a toda pessoa que reconheça a voz como uma ferramenta importante não apenas de trabalho, mas também de comunicação que, como tal, deve ser cuidada. Bibliografia • Murria Morrison; Linda Ramaje/ "Tratamento dos transtornos da voz". Editorial Masson. • Segre, R.; Naidich, S./ "Princípios de Foniatria". Editorial Médica Panamericana. Buenos Aires, ano 1981. A utilização da voz humana como forma principal ou exclusiva de trabalho categoriza as profissões em dois grandes grupos: vocais e não-vocais.
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 73 As áreas da comunicação e artes, em especial os locutores, cantores e atores fazem parte do grupo dos profissionais vocais. Para estes a voz é seu principal instrumento de trabalho, embora nem sempre eles tenham consciência disso. É importante ressaltar que para ser um bom profissional desta área é fundamental cuidar bem da voz, mantendo saúde e estética vocal. Para tanto deve-se buscar a orientação e acompanhamento vocal com profissionais habilitados, pois a manutenção saudável e estética da voz garantem a estes permanência no mercado de trabalho.
Hoje, na era da comunicação, já é mito afirmarmos que somente os vocalmente "bem-dotados" podem exercer profissões vocais. As práticas fonoaudiológicas, legalmente reconhecidas na área da saúde, auxiliam no desenvolvimento do potencial vocal saudável sem recursos medicamentosos ou cirúrgicos. Apesar disso, o desconhecimento da higiene vocal tem levado muitos a manifestarem doenças laríngeas leves, e as freqüentes repetições destas afecções chegam até mesmo à agravamentos que culminam em tratamentos cirúrgicos. O alto índice de alterações vocais nos profissionais da voz tem merecido especial atenção dos fonoaudiólogos, pois a utilização da voz inadequada, resulta em uso abusivo do aparelho fonador. A exposição aos fatores nocivos como falar/cantar prolongadamente em ambientes ruidosos, sem tratamento acústico apropriado, ou mesmo o inocente hábito de pigarrear bruscamente, sempre antes do ato da fala, deixam o falante mais vulnerável. Alguns profissionais utilizam erradamente como prevenção aos problemas vocais pastilhas, conhaques, gengibre, sprays, entre outros. É ainda muito comum encontrarmos locutores, atores e cantores dedicando grande parte do seu tempo em ensaios e preparos de leituras, sem contudo investir igual atenção na forma saudável de apresentá-las. É preciso conhecer e desenvolver medidas preventivas, mudando pequenos hábitos e comportamentos no nosso cotidiano, não apenas quando a rouquidão aparece. Alguns cuidados básicos devem ser observados, como: 1- disciplinar os horários de trabalho para que haja repouso vocal após cada apresentação; 2- hidratar-se com 7 à 8 copos de água por dia; 3- evitar a ingestão de drogas inalatórias ou injetáveis que têm ação direta sobre o laringe e a voz, além de alterações cardiovasculares e neurológicas. 4- evitar o uso do fumo, inclusive da maconha, pois a aspiração provoca um super aquecimento no trato vocal deixando a voz mais grave (grossa); 5- utilizar roupas leves que permitam a livre movimentação do corpo, principalmente na região do pescoço e cintura, onde estão situados o laringe e o músculo diafragma; 6- evitar a ingestão de refrigerantes, comidas gordurosas ou condimentadas, pois estes produzem gases e refluxo gastroesofágico prejudicando os movimentos respiratórios, além de lesar a mucosa; 7- evitar as mudanças bruscas de temperatura no ar ou líquido; 8- realizar exercícios de relaxamento regularmente, liberando a tensão corporal evitando a produção vocal com esforço e tensão; 9- realizar avaliações auditivas e fonoaudiológicas periódicas.
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10- manter a melhor postura da cabeça e do corpo durante a fala ou canto.
O melhor seguro que os profissionais vocais podem fazer para preservar seu instrumento de trabalho é manter a saúde vocal. - É importante fazer exercícios de relaxamento e aquecimento antes de cantar e desaquecimento após o período de atividade vocal. - Faz mal: Raspar a garganta, balas que gelam a mucosa, alimentar-se demais ou de menos, anestésicos como o gengibre. - Faz bem : Beber água, repousar oito horas por noite, exercícios físicos, comer maçã. - Os ensaios devem ser feitos pelo menos uma vez por semana, com no mínimo duas horas de duração. Mantenha pontualidade e objetividade nos ensaios (lembre-se: o objetivo do ensaio é ENSAIAR ). - Procure equilibrar os volumes dos microfones. Ele deve sempre ser colocado em frente a boca, a 90º do rosto e manter a distância mínima de 3 dedos e máxima de 5. - Ao procurar um professor de canto, confira se, em seu vocabulário existem as palavras: relaxamento, diafragma, colocação, desaquecimento, leitura e estilo. Nem sempre um bom cantor é um bom professor de canto. Relaxamento O relaxamento é outro fator importante para a respiração. A tensão é muito desgastante e consome quantidades enormes de ar. Não esqueça o porquê de estar cantando em primeiro lugar - cantar é divertimento! Curta o processo de aprender a cantar, e não exija demais de você mesmo. O aprendizado do canto é um processo quase atlético: necessita de muito treinamento para que cheguemos perto da perfeição. Por incrível que pareça, como utiliza grupos musculares e condicionamento do aparelho respiratório como um todo, além do auto-conhecimento do poderio vocal, a prática de exercícios de respiração, postura e relaxamento melhora - e muito - o resultado final. Mas a cobrança própria (ou de outras pessoas) só acumula tensão e não leva a grandes conquistas. Tente adquirir o hábito de "monitorar" sua tensão muscular. Faça isto no seu dia-adia: observe sua postura ao digitar ou segurar o mouse. Será que não está dispensando mais energia do que o necessário? Muitos acreditam que o ato de cantar é um esforço vindo da "garganta", corrigindo, da laringe. Mas, na verdade, o esforço natural não vem só da laringe, e sim, do corpo inteiro. Se o seu corpo vai bem, não precisará muito esforço pra cantar, fluirá naturalmente a voz, mas se você tá gripado, com o dedão do pé dolorido, infelizmente sua apresentação poderá estar sendo prejudicada. Uma certa vez, eu tive que cantar por 03 dias seguidos uma música minha para o culto de mocidade, aniversário da mocidade. Me atacou uma enchequeca, daqui pra li, que não consegui cantar direito. A dor era tão forte que eu chorava. E todos que me viam achando que eu estava chorando de emoção. Cuidado, pra que não aconteça o mesmo com você. Cuide de sua saúde mental, corporal e procure relaxar o suficiente para guentar o tranco diante da público. Postura Uma boa postura é fundamental para uma boa produção vocal. O que consiste ter boa postura? Bem, cuidar da postura é fazer com que a sustentação e o equilíbrio do nosso corpo esteja de acordo com as leis da gravidade.
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 75 É importante observarmos que os desequilíbrios posturais variam de pessoa para pessoa. Algumas possuem um exagero postural, mantendo-se com os ombros extremamente abertos, o peito empinado para frente e a cabeça muito erguida, tencionando o pescoço. Se olharmos essas pessoas de lado possuem uma lordose nas costas como se fossem envergar para trás. Essas pessoas tendem a respirar mais na parte alta do pulmão.
Já outras pessoas possuem desequilíbrio inverso. Ombros muito caídos, peito fechado, como se fossem envergar para frente. Ambas as posturas são incorretas. Devemos procurar manter um equilíbrio de forma a sentir "o peso do nosso corpo entre os dois pés, observando em seguida um encaixe perfeito da cintura pélvica (quadril), em equilíbrio com a cintura escapular (ombro) e mantendo um ângulo de 90% para o queixo, podemos aproximar-nos de uma figura em equilíbrio. Segundo Perellò, os ombros devem estar relaxados, a cabeça reta, a fisionomia natural sem rigidez nem contração, a boca moderadamente aberta, os lábios apoiados diante dos dentes. A mandíbula não deve extra rígida. Todo o instrumento vocal deve dar a sensação de flexibilidade muscular. Não deve haver nenhuma contração dos músculos vocais no tórax, colo, laringe, garganta e boca. A ressonância correta e plena da voz se produzirá com a diminuição e equilíbrio dos esforços musculares. O corpo deve estar ereto mas sem rigidez, com a sensação de calma. Deve-se evitar o movimento do corpo, buscando apoio em ambas as pernas alternadamente. Evitar o movimento nervoso das mãos e dos dedos, assim como os gestos exagerados ou muito forçados. A atitude normal do rosto deve ser sorridente. O sorriso, por um efeito reflexo, permite uma ampliação das cavidades de ressonância. Para isso pode ser útil fazer os vocalizes diante de um espelho para observar e controlar as tensões desnecessárias. Atitude Básica para o Equilíbrio do Corpo A atitude básica para o equilíbrio do corpo e, consequentemente, para a emissão da voz, é a seguinte: PÉS - Confortáveis, onde o peso do corpo deverá estar igualmente distribuído pela borda externa dos pés pelo metatarso. MÚSCULOS - Relaxados. CINTURA PÉLVICA - Suspensa sobre o diafragma para manter a energia do som. CABEÇA - Ereta e bem equilibrada na cintura escapular. CINTURA ESCAPULAR - Deve permanecer descontraída. LINHA DA CABEÇA - A cabeça deve manter uma linha de como se estivesse suspensa por um "fio de cabelo" na parte do redemoinho, isto é, no centro, como se fosse a continuação das vértebras cervicais
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Segundo estudos, após a adoção dessa atitude básica, quando sentir que está equilibrado, experimente mudar o alinhamento para fazer com que o corpo mude a linha de gravidade, para frente, para trás, para o lado e circularmente. POSTURAS Q PREJUDICAM A EMISSÃO VOCAL — Cabeça inclinada para trás Esta posição vai-se refletir num aperto da laringe, numa má relação entre este órgão e o ar inspirado e expirado, numa falta de controlo sobre o palato mole. A voz emitida nestas condições terá uma ressonância mais fraca e mais nasal, havendo tendência para se produzir uma maior rigidez da língua o que arrastará dificuldades articulatórias. — Cabeça caída para baixo e tórax descaído Esta postura condiciona movimentos pequenos da caixa torácica, os músculos do tórax estão pouco ativos, a respiração é reduzida e há uma falta de suporte da voz que se torna monótona e fraca (como fracos ou deprimidos estão os indivíduos que a produzem). — Levantar os ombros, forçando a inspiração na zona superior do peito Neste caso, a má relação que se estabelece entre as vértebras, geralmente associada a uma certa tensão na junção do pescoço com os ombros e com a cabeça, vai provocar um desperdício de ar na zona onde os pulmões estão mais largos e um descontrolo do sopro; este gasta-se rapidamente não permitindo uma duração razoável da emissão. A voz é geralmente pobre em ressonâncias, produzindo-se facilmente o seu desgaste. — Juntar (apertando) os joelhos Esta posição condiciona uma má distribuição do peso do corpo, um certo desequilíbrio, associando-se a grandes tensões abdominais e geralmente a uma rigidez de todo o tronco. Os músculos da laringe estão também sob tensão e a voz é gutural e forçada. — Cabeça puxada para a frente da coluna vertebral e as costas, compensatoriomente, para trás Esta posição arrastará necessariamente uma rigidez das costas, pescoço e cabeça que se refletirá numa voz forçada e sem flexibilidade. O maxilar inferior não deve estar puxado para a frente nem para trás devendo moverse com flexibilidade (ao descair ou levantar na vertical) quando o indivíduo fala ou projeta a voz. Algumas das posições incorretas que referimos vão ser responsáveis por um mau posicionamento do maxilar. Um observador pode sentir (escutando) que a voz é produzida com esforço; neste caso um descontrolo do sopro fonatório associar-se-á a posturas incorretas. O exercício (l) que propusemos deve ser realizado com observadores. Exercícios semelhantes poderão ser executados por um indivíduo que esteja sozinho,
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observando-se a um espelho.
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As indicações que foram dadas a propósito do exercício l serão úteis em muitos outros. A posição vertical vai facilitar a execução de exercícios respiratórios e vocais. Do mesmo modo há exercícios respiratórios e vocais que propiciam a prática da verticalidade. Exercício 2 — Levantar a caixa torácica em bloco ao mesmo tempo que realiza um movimento inspiratório. A bacia e as pernas constituem uma estrutura sólida que sustenta o resto do corpo; os ombros não se elevam separados do tórax, a face e o tronco mantêm-se verticais, as costelas não devem alargar. A caixa torácica baixará até ao ponto inicial, quando se realiza a expiração. (Ex. o «suspiro do Samourai» - Le Huche). Exercício 3 — Olhar(-se) em frente de um espelho, mantendo a posição vertical. O pescoço e a face rolam ora para a direita ora para a esquerda lentamente, mas a direção do olhar mantém-se constante (para a frente); o resto do corpo não mexe. (Ex. «Esfinge» - Le Huche). Exercício 4 — Olhar(-se) em frente de um espelho, mantendo a posição vertical. O pescoço e a face mantêm-se parados e todo o resto do corpo, como um bloco, roda ora para a esquerda ora para a direita. (Ex. «A Ânfora» - Le Huche). Nestes exercícios (2, 3, 4) nenhuma parte do corpo se deve inclinar. A verticalidade é mantida qualquer que seja a zona que executa a rotação. Exercício 5 — Em posição vertical, pés ligeiramente afastados, sem perder o equilíbrio, passar a exercer o peso do corpo só sobre uma das pernas, estirando o lado livre do corpo desde a ponta do pé até ao braço que se eleva na vertical, e aos dedos da mão. Este movimento de estiramento (e contração muscular) será acompanhado de uma inspiração costal e ao voltar (relaxando) à posição inicial por uma expiração. Neste exercício o eixo do corpo inclina ligeiramente. Exercício 6 — Em posição vertical, pés juntos e braços ao longo do corpo, sem perder o equilíbrio, o indivíduo ora se apóia nas pontas dos pés ora nos calcanhares. (Ex. «O soldado de madeira» - Le Huche). Exercício 7 — O indivíduo começa por estar bem vertical e a olhar em frente, depois flectirá, sucessivamente: a cabeça (e só a cabeça) — «atitude de reflexão»; o pescoço — «atitude de reflexão profunda»; as costas — «atitude de abatimento»; a cintura — «atitude de esgotamento»; finalmente flectirá a zona da bacia deixando cair todo o corpo, aproximando as mãos dos pés (os joelhos não dobrarão). Seguidamente realizar-se-á o retorno à posição inicial (nos mesmos 5 tempos). Conseguir estar cerca de 1 minuto em cada uma das posições sem se sentir cansado nem contraído será a situação ideal. A verticalidade do corpo
78 Objetivos deste conjunto de exercícios:
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Ficar «sensível» à sua própria expressão corporal. Adquirir hábitos de posições corporais favoráveis a uma boa produção vocal. Conhecer limitações provocadas por tensões musculares prejudiciais. «Sentir-se bem» na posição vertical. Adquirir hábitos de auto-observação. Tomar consciência de diferentes modos de inspiração e expiração. A Dra. Rosane Paiva da Silva, fonoaudióloga e professora de impostação de voz, em ótimo artigo feito para a Unicamp, ensina os 10 Mandamentos da boa voz: 1.) disciplinar horários de trabalho, para que haja repouso vocal; 2.) tomar de 7 a 8 copos de água por dia; 3.) evitar a inalação/ingestão de drogas que ajam sobre a laringe e a voz, assim como as que causem alterações cardiovasculares e respiratórias; 4.) evitar o uso do fumo (qqer. tipo!) pois a aspiração da fumaça provoca o superaquecimento do trato vocal, tornando a voz mais grave; 5.) utilizar roupas leves, que permitam a livre movimentação, principalmente próximo à laringe e o diafragma; 6.) evitar a ingestão de bebidas com gás (refrigerantes, cerveja) comidas gordurosas e condimentadas, pois provocam gás e refluxo gastroesofágico, prejudicando os movimentos respiratórios normais; 7.) evitar as mudanças bruscas de temperaturas no ar ou líquido; 8.) realizar exercícios de relaxamento regularmente; 9.) realizar avaliações auditivas e fonoaudiológicas periódicas; l0.)manter a melhor postura da cabeça e do corpo durante a fala ou canto. Hoje em dia, é mito falar que somente os "bem-dotados" podem exercer profissões vocais. Os avanços da fonoaudiologia podem provar que qualquer pessoa bem treinada pode ser um bom cantor, dependendo somente do bom cuidado com o seu aparelho fonador e com treinamento específico. Infelizmente, é muito mais comum encontrarmos vocalistas que se preocupam muito mais em decorar letras e ensaiar com a banda do que aperfeiçoar sua voz e cuidar bem dela. Alguns termos Vocais 1. Timbre: É a identidade de cada instrumento (ou voz), e depende da séria harmônica de cada som emitido. 2. Potência: É a quantidade de volume que cada voz tem. 3. Extensão vocal: É a "distância" entre a nota mais grave do registro de cada um da nota mais aguda desse mesmo registro. 4. Drive: É a vibração caótica das pregas vocais FALSAS, que provoca uma ressonância a mais na emissão de uma nota, que "briga" com a ressonância principal da nota emitida. 5. Gutural: São registros graves adicionados de muito Drive. 6. Falsete: É uma conformidade diferentes das pregas vocais VERDADEIRAS, na qual a captação das mesmas é feita de forma diferente d emissão natural. 7. Voz de cabeça: É a colocação da voz em que a ressonância principal está na base do crânio; é uma colocação diferente do falsete e da fala. 8. Classificação vocal: É uma classificação simples, baseada na tessitura (que é baseada na extensão vocal) de cada um 9. Impostação da voz: É uma série de fatores (incluindo apoio, tônus muscular do apoio, colocação da voz, relaxamento dá musculatura extrínseca à laringe,
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 79 rebaixamento de laringe, abertura de costelas intercostais, etc...) que é tida como a ideal para se emitir a voz cantada. 10. Vocalizes: São exercícios que visam o desenvolvimento da voz cantada. 11. Vibrato: É a modulação rápida da nota alvo, em intervalos menores ou iguais a um semitom (às vezes, pode ser mais que 1 semitom, depende do objetivo do vibrato). 12. Voz de peito: É uma colocação em que a ressonância principal é a torácica; a colocação é exatamente igual à da voz de cabeça (com a diferença da ressonância), mas é diferente da fala. 13.Melisma: são "floreios" que um(a) cantor(a) usa para colorir as frases; numa determinada melodia (que o cantor deve executar), usam-se notas da tonalidade em que se encontra a melodia (em momentos não marcados na pauta) para enriquecer o fraseado. 14.Glissando: é a chegada em uma nota; pode ser ascendente ou descendente; ao invés de se atacar a nota alvo diretamente (parece conversa de atirador de elite....), chega-se nela partindo de uma nota mais baixa ou mais alta.
Classificação vocal, Registro médio e tessitura A voz humana se classifica em quatro naipes (categorias) a saber: · Soprano · Contralto · Tenor · Baixo Também existe a voz infantil que chamamos de voz clara e igualamos a voz feminina. Porém a voz feminina e masculina poderão ser graves (escuras) de acordo com o timbre, isto é, a tessitura que é constituída as nossas cordas vocais. Obs: Tessitura - tecido que envolve as cordas vocais. E para sabermos qual é a tessitura de determinada voz, pedimos ao cantor para cantar uma frase de qualquer melodia, até mesmo um arpejo e daí analisamos o timbre da voz, isto é, se é claro ou escuro, por exemplo, timbre claro (soprano) e escuro (contralto). Na voz masculina de igual forma. Obs: Existem também o mezzo soprano que é intermediário entre soprano e contralto e o barítono (entre tenor e baixo); são vozes raríssimas no Brasil. Cores das Vozes: Podemos atribuir cores aos timbres de determinadas vozes, facilitando assim o trabalho de classificação vocal. Exemplos: a. cor rosa - soprano ligeiro b. azul claro - soprano meio ligeiro c. amarelo claro - soprano de coral
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d. amarelão forte - contralto
e. verde musgo - contralto f. azulão - tenor g. marrom - tenor h. verde escuro - tenor i. roxo - baixo j. preto - baixo profundo Classificar uma voz significa atribuirmos uma cor ao seu timbre e, separarmos dele para integrar o seu naipe, a qual pertence. Exemplo: Cor branca / voz soprano / naipe: soprano Obs: Naipe é a maneira que achamos as vozes após divididas em 4 categorias: soprano, contralto, tenor e baixo. Um coral é formado por 4 naipes de vozes. 2 femininos e 2 masculinos. Timbre O timbre poderá ser claro ou escuro. O contralto é a voz escura da mulher, como o baixo é a voz escura do homem. Há duas formas de classificar uma voz. Pelo timbre ou pelo registro médio. Geralmente uma confirma a outra. Exemplo: se a pessoa é soprano: a) Sua cor de voz será clara; b) Seus registros médios serão sons médios e agudos Registro médio Não é porque uma voz consegue emitir sons agudos, por exemplo, que, podemos classificá-la em determinada tessitura. É possível nos enganarmos. Para não cometermos um erro (anti-profissional) devemos analisar os timbres (cor) de cada voz, e aí não resta nenhuma dúvida quanto à classificação. Quando se trata de cantar com facilidade de uma nota grave até uma aguda sem esforçar as cordas vocais, estamos cantando no Registro médio de nossa voz. Jamais confundamos tessitura com registro médio ou extensão: Para maior clareza: Tessitura: permite reconhecer o timbre (qualificar)
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Registro médio: região da voz (geralmente 11 sons que emitimos com facilidade)
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Extensão: notas que emitimos com dificuldade. 13 sons aproximadamente. Fonte: Saúde do músico Tenorinos: Homens com a mesma tessitura vocal das contraltos, são diferentes dos contra-tenores porque suas vozes faladas também soam como vozes femininas, isto é, realmente tem toda a estrutura laríngea idêntica a de mulheres. Ex.: Ney Mato Grosso e Fênix, este último é um artista novo que não está muito na mídia ainda, Vozes Femininas Soprano coloratura (palavra italiana), ou soprano ligeiro: O termo coloratura significava, na origem, "virtuosismo" e se aplicava a todas as vozes. Hoje, aplica-se a um tipo de soprano dotado de grande extensão no registro agudo, capazes de efeitos velozes e brilhantes. Exemplo: a personagem das Rainha da Noite, em Die Zauberflöte [A flauta mágica], de Mozart Soprano lírico: Voz brilhante e extensa. Exemplo: Marguerite, na ópera Faust [Fausto], de Gounod. Soprano dramático: É a voz feminina que, além de sua extensão de soprano, pode emitir graves sonoras e sombrias. Exemplo: Isolde, em Tristan und Isolde [Tristão e Isolda], de Wagner. Mezzo-soprano (palavra italiana): Voz intermediária entre o soprano e o contralto. Exemplo: Cherubino, em Le nozze di Figaro [ As bodas de Fígaro] Contra alto: Muitas vezes abreviada para alto, a voz de contralto prolonga o registro médio em direção ao grave , graças ao registro "de peito". Exemplo: Ortrude, na ópera Lohengrin, de Wagner. Vozes Masculinas Contra tenor: Voz de homem muito aguda, que iguala ou mesmo ultrapassa em extensão a de um contralto. Muito apreciada antes de 1800, esta é a voz dos principais personagens da ópera antiga francesa (Lully, Campra, Rameau), de uma parte das óperas italianas, do contralto das cantatas de Bach, etc... Tenor ligeiro: Voz brilhante, que emite notas agudas com facilidade Ou nas óperas de Mozart e de Rossini, por exemplo, voz ligeira e suave. Exemplo: Almaviva, em Il barbiere di Siviglia [O brabeiro de Servilha], de Rossini; Tamino, em Die Zauberflöte [A flauta Mágica], de Mozart.
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Tenor lírico: Tipo de voz bem próxima da anterior. Mais luminosa nos agudos e ainda mais cheia no registro médios e mais timbrada. Tenor dramático: Com relação à anterior, mais luminosa e ainda mais cheia no registro médio. Exemplo: Tannhäuser, protagonista da ópera homônima de Wagner. Barítono "Martin", ou Barítono francês: Voz clara e flexível, próxima da voz de tenor. Exemplo: Pelléas, na ópera Pelléas et Mélisande, de Debussy. Barítono verdiano: Exemplo: o protagonista da ópera Rigolleto, de Verdi. Baixo-barítono: Mais à vontade nos graves e capaz de efeitos dramáticos. Exemplo: Wotan, em Die Walküre [A Valquíria], de Wagner. Baixo cantante: Voz próxima à do barítono, mais naturalmente lírica do que dramática. Exemplo: Boris Godunov, protagonista da ópera de mesmo nome, de Mussorgski Baixo profundo: Voz de grande extensão a amplitude no registro grave. Exemplo: Sarastro em Die Zauberflöte [A flauta mágica] de Mozart. Sopraninos: Desde a Idade Média, os meninos na faixa dos sete aos 15 anos são requisitados para interpretar obras sacras. É quando os garotos atingem o status de sopranino, a mais aguda das vozes. Mais até do que as vozes femininas de sopranos e contraltos - a do sopranino soa uma oitava acima. Séculos atrás, estrelas nos palcos europeus, eles chegaram a se tornar alvo de controvérsias devido à proliferação das castrações (comuns naquela época). A mutilação era uma tentativa desesperada de frear a produção de hormônios masculinos e prolongar ininterruptamente o tempo com a voz cristalina. Extenção vocal Baixo: Ele começa geralmente no Mi, Fá ou Sol 1 (pode ser mais grave também) e, como a tessitura humana é de, geralmente, 2 oitavas ele deve ir ao Mi, Fá ou Sol 3. Mas a voz do baixo em um coral, raramente ultrapassa o ré 3. Barítono: Começa Fá, Sol, Lá 1 e vai geralmente às suas 2 oitavas, Fá, Sol, Lá 3, no coral, não deve ultrapassar o Mi ou o Fá 3. 2º Tenor: Sol, Lá, Si 1 e vai geralmente às suas 2 oitavas, Sol, Lá, Si 3. No coral, não creio que coloquem os 2º tenores para irem até o Si 3, mas em um solo é bem provável. 1º Tenor: Lá e Si 1, Dó 2, e vai geralmente às suas 2 oitavas, Lá e Si 2, Dó 4, no coral, é possível que cheguem ao Dó 4 ou ao Si 3.
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2º Contralto: Mi, Fá, Sol 2, e vai geralmente às suas 2 oitavas, Mi, Fá, Sol 4, no coral, raramente chegam ao Ré 4.
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1º Contralto: Fá, Sol, Lá 2, e vai geralmente às suas 2 oitavas, Fá, Sol, Lá 4. No coral, também não devem passar do Mi 4. 2º Soprano: Sol, Lá, Si 2, e vai geralmente às suas 2 oitavas, no coral, podem chegar ao Si ou ao Sol comumente. 1º Soprano: Lá e Si 2, Dó 3 e vai geralmente às suas 2 oitavas, Lá e Si 4, Dó 5. No coral, pode chegar ao Dó 5 ou mais. No violão/guitarra, essas notas podem ser conferidas da seguinte maneira: e-----------------------0--1--3--5--7--8--------------B---------------0--1--3-------------------------------- Oitava acima G----------0--2---------------------------------------D--0--2--3--------------------------------------------A-3---------------------------------------------------- Dó central E-----------------------------------------------------Dica É imprescindível uma posição de laringe ligeiramente ELEVADA (ao contrário do canto lírico, onde a laringe é geralmente mais baixa), grande espaço faríngeo (assim como no canto lírico) e língua também ligeiramente ELEVADA (ocasionando os “ii” característicos dos “belters”), excelente apoio respiratório e ancoragem (termo desenvolvido por Jo Estill que significa uma grande atividade específica de músculos extrínsecos da laringe, do pescoço e torso, atenuando o esforço das pregas vocais). Outros aspectos importantes seriam a constrição ariepiglótica (isto é, a aproximação entre epiglote e aritenóides) e a fase de fechamento da glote mais LONGA que no canto lírico, gerando em conseqüência grande intensidade vocal. Haveria também maior pressão aérea subglótica e alguns defendem que a respiração muito baixa é contra-indicada por induzir à depressão da cartilagem laríngea (que se quer evitar). Tudo isso gera, obviamente, modificações importantes no trato vocal, ou seja, na ressonância/qualidade da voz (OBS: várias dessas afirmações ainda estão “sub judice”). Fonte: Felipe Abreu - Associação Brasileira de Canto Ressonância Um som para se tornar agradável, deve nascer na imaginação do cantor. É preciso pensar, formar, ouvir e sentir o som antes de ser emitido.
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O som se tornará de má qualidade se for: Áspero; Expelido; Forçado; Estrangulado; Estridente; Rouco; Sem consistência; Trêmulo ou oscilante; Alto em demasia, parecido com um grito ou um berro; Descorado; Fraco; Morto.
O som vocal bem produzido caracteriza-se por ser: - Agradável pra quem ouve; - Produzido livremente; - Alto e suficiente para o entendimento; - Riqueza, brilho; - Ressoa; - Vibrante e dinâmico; - Consistente e flexível; - Vivo e suave. Seguindo as orientações da boa produção e evitando as péssimas formas de emissões vocais, ficará mais fácil criar a imagem de como a voz deverá soar. Para se fazer funcionar o seu aparelho vocal durante o canto é preciso conhecer três práticas: Ataque, Sustentação e Liberação do som. Voz de Cabeça X Falsete Primeiramente, vamos esclarecer algo: Eles são diferentes sim :) Você as vezes se confunde por que: 1- Geralmente as pessoas explicam q voz de cabeça é onde o som ressoa no corpo, ou seja, o som gerado toma forma no crânio (ou é essa a impressão gerada pelas vibrações do ato). E esta definição esta correta sim, porém não é tão simples. 2- Falsete, que tem por definição voz esganiçada, imitar voz de mulher, fazer tons muito agudos modificando a voz, acontece quando você modifica a posição das pregas vocais, relaxando-as, para emitir notas mais agudas sem causar esforço (tensão ou vibração excessiva) das pregas. O timbre muda bastante (geralmente) da sua voz falada. 3- Muitos dizem que não, outros dizem que sim, o fato é que EU acredito que se considerarmos somente a parte da definição de voz de cabeça que diz sobre onde ressoa o som no corpo (crânio), o falsette é uma voz de cabeça. Porém, como disse acima, a definição nÃo é tão simples. A voz de cabeça, principalmente para quem começou a cantar sem ter instrução profissional antes provavelmente tem dificuldades de utilizá-la. Ela é uma extensão perfeita da voz de peito, ou seja, quando passamos a utilizá-la não ouvimos nenhuma falha na mudança de uma para outra, nem mudanças
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 85 drásticas no timbre. Isso porque a voz de cabeça é aplicada com as pregas vocais tensionadas, praticamente idêntica à posição usada na voz de peito. Se não há mudanças drásticas no posicionamento das pregas, não há falhas na afinação e na mudança ok? Eu utilizei o principio do estreitamento de fonemas de um material que peguei aqui no fórum, por sinal muito bom, para aprender a utilizar a voz de cabeça. Neste material o autor (que eu não sei qual é) diz que utilizar fonemas estreitados (transformar o fonema aberto á em ã ou â) facilita a descoberta da voz de cabeça por que força a prega vocal a se manter ajustada corretamente. Não sei explicar o porque (talvez um fonoaudiólogo saiba) mas o fato é que funciona.
No vocalize ná ná ná ná ná escalonado, por exemplo, a tendência é de se chapar a voz (ficar preso na voz de peito, era o que acontecia comigo pelo menos). Modifique o fonema para nã nã nã nã e isso facilitará a entrar na voz de cabeça. (mais detalhes sobre este princípio procure no fórum o material Sobre voz de cabeça, falsete e vibrato.zip) Eu quando auto didata consegui explorar ao Maximo minha voz de peito, conseguindo alcançar um Si3 (bom para um barítono). Porém, ficava preso a voz de peito, e quando precisava de uma nota acima disso quebrava em falsete (a voz mudava bruscamente, ou falhava, ou desafinava feio). É a tal ponte 2 que depois vou falar. (veja bem, ponte2 é o nome que eu dei para caracterizar esta situação) Depois de um tempo praticando os fonemas citados anteriormente, descobri que para acessar minha voz de cabeça eu teria que mudar de registro bem antes do si3, lá no fá3 *ponte 1* (a nota deve variar de acordo com cada individuo). Comecei acertando 1 em cada trocentas tentativas, por aprender errado eu modificava a posição das pregas e caia no falsete. Depois de um certo tempo treinando consegui acessar a voz de cabeça (de inicio ela é bem mais fraca q a de peito, porém mantêm as características de peso e timbre), as vezes um pouco rouca e indomável (heeheh eu apanho até hoje para afinar as notas). Com as pregas vocais tensionadas eu consigo atingir quase todas as notas que faço com falsete, uns 2 tons a menos talvez, porém ela fica mais "homogênea", mais parecida com minha voz falada. Só para esclarecer: existem definições diferentes de ponte1, 2, até materiais sobre 3 pontes, porém essas foram as que eu localizei e classifiquei. Respiração Diafragmática (respiração correta para o canto): Como Inspirar: - Coluna o mais reta possível; pescoço alinhado com a coluna e relaxado (isto é, sem tensão) - O ar é inspirado e mandado para a barriga, e não para o peito. Não se deve, porém, estufar a barriga exageradamente. - Não subir os ombros ao inspirar. Como verificar se está-se fazendo o movimento de inspiração corretamente: Coloque as mãos na parte inferior das constelas, nas costas. Ao inspirar, a parte inferior das costelas vão separar-se horizontalmente. Ocorrerá uma LEVE saliência na barriga.
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Como Expirar:
Primeiro saber onde está o períneo: Períneo é a parte mais inferior do tronco do corpo humano (está, mais ou menos, há quatro ou cinco dedos abaixo do umbigo). Depois saber a localização do diafragma, como se estivesse olhando de frente para sua própria barriga: O diafragma, visto dessa posição, está cerca de dois a quatro dedos abaixo de onde as costelas se juntam no tórax (peito). E, por último, conscientizar-se do movimento correto da expiração. - Enquanto solta-se o ar, vá recolhendo a barriga, ou ainda, o períneo, sem envolver a região estomacal; ao mesmo tempo, deve ocorrer uma leve contração glútea. - O Diafragma é empurrado contra a parede do corpo, isto é, conforme solta-se o ar, encolhe-se a barriga, empurrando o diafragma "contra as costas". Isso deverá ocorrer sem que o(a) cantor(a) se preocupe em fazer. A esta disposição corporal, aonde ocorre a contração do períneo e dos músculos glúteos e a pressão do diafragma, dá-se o nome de cinturão pélvico. Quando o(a) cantor(a) desejar uma projeção mais resistente, deve encaminhar sua tensão a essa disposição corporal. Isto significa, entre outras coisas, que, quanto mais alto ou baixo (em termos de volume, e não, de "grave e agudo") o cantor emitir uma nota, mais deve pressionar o cinturão pélvico. Como saber se está-se fazendo o movimento descrito acima corretamente: Primeiramente, conscientizar-se da "existência" dos músculos envolvidos no movimento. Para isso, inspire conforme foi explicado e depois, como se estivesse apagando um pequeno incêndio, sopre com força, enquanto contrai (encolhe) a barriga aos poucos. Preste atenção no períneo e nos músculos glúteos. Faça quantas vezes precisar, até perceber como esses músculos estão agindo. Em nenhum momento em que se esteja produzindo o som, é permitido relaxar estes músculos. Falsete Por Yuri Alexei O falsete é o termo usado para identificar a "falsa" voz feminina, que os cantores executam, ou seja se consegue (sem apoio vocal, apenas com voz "de garganta") alcançar certas notas agudas colocando mais volume de ar; no entanto se o cantor colocar o apoio vocal (com o diafragma) estas mesmas notas que soam "falseadas" ou seja com timbre feminino numa voz masculina, voltam a ter o timbre masculino mesmo sendo agudas... porém existe um limite físico-vocal daquele cantor (mesmo apoiando) que depois disso começa a sair como falsete novamente..., esse limite NUNCA deve ser ultrapassado, pois causa danos cumulativos e depois de um longo período, irreversíveis à voz do cantor, como calos vocais, fendas, podendo evoluir para problemas bem mais sérios. O falsete grave que Theodoro se refere, em verdade são notas graves que os homens não alcançam cantando com "voz de garganta", mas com apoio vocal conseguem atingir cerca de 4 a 6 semitons mais graves do que conseguem naturalmente. Daí a equivocada impressão de ser "falsete grave". Falsete grave Fonte: Grupo Preparação Vocal Yahoo por Andréia Pedroso
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O "falsete" é uma nomenclatura antiga usada para identificar aquela voz frágil que aparece na passagem de voz de peito para a voz de cabeça. Hoje a chamamos de voz mista , mas outrora houve quem a chama-se de falsete. Hoje, sabemos que de fato, ele só aparece na voz masculina. Então, esqueçamos o conceito antigo e vamos pensar em voz mista. O que se pretende nessa região da voz é a mistura das qualidades da voz de peito e de cabeça, à grosso modo, essa dificuldade surge nas mulheres na altura do fá3 ao lá3 e no homens do si2 ao lá 3 - tentem identificar onde está a sua passagem de voz. Quando essa mistura é mal feita, a voz torna-se frágil, pouco volumosa e velada. O que se deve buscar é exatamente o oposto, o brilho da voz, a potência e o metal. O percurso é longo para uns e mais curtos para outros, os mesas e barítonos costumam sofrer um pouco mais com isso. Alguns conseguem cantar numa região mais grave ou numa região bastante alta para o canto popular (dó4 ao sol4), porque sua região de maior brilho (mi3 ao re4), de início, exige muito equilíbrio nas manobras que devem ser realizadas. É preciso que a voz tenha o apoio diafragmático e também que as ressonâncias estejam bem localizadas, o que só poderá acontecer se houver um bom preparo faringo-bucal para essa mistura de registros. Você pode estar apoiado e não ter estirado a corda vocal o suficiente, e pode não ter preparado a caixa de ressonância (levantamento de véu palatino) para tanto. É necessário também graduar a emissão de ar de acordo com os registros. São manobras que devem atuar de forma equilibrada e de acordo com a intenção de quem canta. O "falsete grave" pode ser entendido como a emissão de cabeça de uma altura que já poderia ser emitida com registro de peito. Normalmente, aparece nas notas limites do grave ou em exercícios que induzam a voz mista com um equilíbrio tendendo à voz de cabeça. O ideal é que do
para baixo se faça a troca ou se faça um equilíbrio com ênfase no metal da Voz de peito. No caso do "falsete nos graves" a voz fica velada e um pouco soprada. (*) nos sopranos a voz de peito quase não aparece, sendo na verdade uma voz mista .Não se pode confundir! Cada registro de voz possui um equilíbrio de forças que deve atuar e variar a cada passagem da voz, sempre no sentido de suavizar as passagens e trazer brilho, metal e ao mesmo tempo maciez à voz. O falsete era entendido como uma falsa voz, sabemos que quando a voz está velada, é sinal de que a corda vocal não está devidamente estirada, a laringe provavelmente estará alta. O que temos de fazer é trabalhar a musculatura para que ela ganhe força e para que esse movimento seja feito com tranqüilidade. Você não deve impor uma atuação à sua musculatura para qual ela não esteja preparada. Para isso, existem os exercícios de técnica vocal. Eles graduam essas forças. Andréia Pedroso Orientadora da Oficina de Canto da UERJ Professora particular de Canto Voz de Cabeça Sabe fazer boca chiusa? Abra bem o maxilar, mantendo a boca fechada, como se fosse um bocejo. Agora cante sem abrir a boca. Abra somente o maxilar. Os lábios devem permanecer fechados. Agora cante com a cabeça baixa e com a coluna flexionada pra frente... Dessa forma, a voz terá a tendência de se projetar pra frente, caracterizando assim a voz metálica, ressoando na máscara (maçã do rosto). Não tente passar pro falsete. Com a prática
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desse exercício, COM O TEMPO a passagem pro falsete será natural, de forma que a voz estará misturada e nem você saberá onde o falsete começa. Respiração A respiração é uma atividade passiva a maioria do tempo. É tão simples que dificilmente nos preocupamos em como estamos fazendo (ou mesmo se estamos fazendo). É um procedimento intuitivo, comandado pelo cérebro - respiramos dormindo, não? Acontece porque o nível de dióxido de carbono em seu sangue tornase alto, mandando um sinal ao cérebro, que responde com outro sinal para que se contraia o diafragma. O diafragma é uma membrana muscular horizontal, em formato de concha, que divide o tronco em 2 partes. Sobre ele estão os pulmões. Quando ele está relaxado, ele arqueia-se para cima, em direção aos pulmões. Quando contraído, ele desce, e o vácuo criado faz com que os pulmões tenham sua capacidade aumentada, sugando o ar para dentro deles. Quando ele volta a relaxar, ele comprime os pulmões, expirando o dióxido de carbono para fora. Existem outros músculos abaixo do diafragma que auxiliam na respiração. Eles entram em ação quando é necessária maior quantidade de ar do que o usual - assim como quando cantamos. São músculos das costelas e do abdomem, que também são usados automaticamente. Note como um bebê respira quando dorme: quando ele inspira, o peito incha, assim como a barriguinha. Quando contraimos o diafragma, todo o conteúdo do abdomem é empurrado para baixo juntamente, para dar mais espaço para o ar entrar nos pulmões. Então, tenhamos em mente que ao respirar, o seu abdomem estará trabalhando, também. Quando você grita, com força, você pode notar o seu abdomem se contraindo automaticamente. Ele desce e incha para suportar o som que você está criando. É assim que seu corpo suporta o ato de cantar. Você deve aprender a controlar esta tensão muscular para controlar o fluxo de ar na respiração. Quando você inspira, deixe sua barriga inchar, como quando você está relaxado. Quando cantar, deixe-a para fora o quanto você conseguir sem causar desconforto. Sua bariga vai "entrando" assim que que você vai ficar ficando sem ar. Somente não deixe que ela se contraia antes do necessário. Na próxima inspiração, deixe que ela "saia" novamente e continue segurando assim, como se fosse uma bola de praia dentro de você. Este estilo de respiração é chamado de "barriga pra fora" (óbvio, não?)ou sanfona. O método contrário, "barriga pra dentro", que consiste em empurrar todo o ar pra fora até o útlimo instante é utilizado por muitos cantores, mas depende demais de uma capacidade de inspiração muito grande. Muitos estudantes de canto enfrentam problemas com respiração porque colocam muita ênfase na inspiração e expiração e nenhuma no controle do escape de ar através das cordas vocais. Eles acabam acreditando que não podem conter a quantidade suficiente de ar para cantar de forma correta, quando o erro está em deixar o ar sair ineficientemente. Vocês sabem que um sussurro gasta mais ar do que um forte agudo? Isto porque as cordas vocais juntam-se fortemente num agudo, e abrem-se totalmente para um sussurro. Quando sussurramos, produzimos pouquíssimo som. Ao contrário, para produzir muito som, precisamos de pressão de ar contra a resistência provocada pelas cordas vocais. Para um controle eficiente do ar e um bom tom vocal, você deve ter a correta pressão do ar. Esta quantidade de pressão muda constantemente quando produzimos diferentes sons, pelas variações de volume e tom. Nós
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 89 aprendemos a controlar esta pressão através de exercícios e cantando. É como andar de bicicleta: você pode não conhecer os princípios da Física para descrever o equilíbrio, mas pode andar de bicicleta com a prática. É óbvio que com a ajuda de um professor, o objetivo será alcançado com muito mais facilidade.
Respiração Diagragmática Inspiração: - Na hora da inspiração (mandando o ar pra dentro), tem que direcionar o ar para a barriga, evitando estufar o peito (ou não estufando nem um pouco, de jeito maneira). Para saber se está-se fazendo corretamente, é só ver se a barriga tá estufada. - Durante o ato de inspirar, não é recomendável levantar os ombros ou inclinar a coluna para frente (manter a coluna reta). - Com a prática, "incorpora-se" a maneira correta de inspirar. - É comum que ocorra dor no diafragma nas primeiras vezes que se treina, ou quando treina-se muito. - o ideal é que se inspire pelo nariz, pois o ar chega mais quente nos pulmões. - a inspiração, mesmo quando feita pela boca, deve ser isenta de ruídos. Se até aqui, em relação à inspiração, tiver algo de errado, ou faltando, por favor, me avisem. Agora, quanto à Expiração na respiração diafragmática e na emissão de notas, eu não encontrei nada. Porém, encontrei esses textos em livros 1 - "Durante a emissão do som, o cantor deve fazer uma leve pressão abdominal (baixo ventre, mais ou menos quatro dedos abaixo do umbigo). É para essa região que o cantor deve voltar sua atenção, principalmente nas parte mais difíceis. (...) Cada tom cantado, dependendo da altura e da intensidade, exige uma certa energia que é fornecida pela quantidade de ar." 2 - "Na respiração artística (aquela que se usa para cantar) devemos proceder da seguinte forma: a) Fazer uma ampla provisão de ar; b) Expeli-la sob forte pressão controlada; c) Governar e regular a saída do fôlego. (...) A Expiração é o motor que põe em vibração as cordas vocais. (...)a quantidade de ar necessária para a emissão do som [deve ser feita] por meio da subministração do ar, sem que ocorra fadiga nem desperdício." Considerando-se que o apoio seja feito corretamente (o registro correto para cada nota) isso quer dizer que, na hora de cantar uma nota, a expiração deve ser feita contraindo-se a musculatura abdominal, fazendo, aos poucos, o mesmo movimento que se faz quando tenta-se expor os músculos abdominais, dosando a quantidade de ar de acordo com o que a nota, sua altura e intensidade estão pedindo. E esse controle vai do bom senso de cada um, ou encontra-se em regras do tipo: "Quanto mais aguda for a nota, menos ar é necessário; quanto mais intensa (forte) for a nota, menos ar é necessário; quanto mais grave e fraca for a nota, mais ar é necessário. "
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O texto 1 é do livro "Canto: Uma expressão", de Tutti Baê. O texto 2 é do livro "Fisiologia da Voz", de Eliphas Chinellato Villella O diafragma é um músculo que tem o formato de uma cúpula (ou abóbada ou, mais simplesmente, de uma xícara grande e sem asa). Ele se estende desde as costelas mais baixas até um pouco abaixo do meio do osso esterno (pode haver variações). Quando nós INSPIRAMOS, o diafragma se CONTRAI e vai assumindo um formato mais plano (como um prato). Nesse processo ele se "abaixa" aumentando o espaço torácico e diminuindo o espaço abdominal. Porém essa contração NÃO pode ser percebida diretamente. O que poderia ser percebido seria um aparente aumento do volume abdominal (mas nada preocupante, pois é uma dilatação aparente e TRANSITÓRIA; se algum cantor tem barriga grande NÃO É por causa da dilatação, mas sim por obesidade mesmo). Quando nós EXPIRAMOS, o diafragma se RELAXA voltando ao seu formato inicial de xícara, e as estruturas elásticas que foram esticadas durante a inspiração (tecido pulmonar, fibras elásticas constituintes dos tecidos adjacentes) se encarregam de expulsar o ar que estava nos pulmões. Neste momento algumas outras estruturas podem auxiliar a expulsão do ar, tais como os músculos intercostais internos. A força gerada pelas estruturas elásticas e pelos intercostais internos NÃO é suficiente para gerar a sustentação respiratória necessária para o canto (mesmo o canto popular). Por isso durante a história do canto foram sendo desenvolvidas várias técnicas que envolviam desde um treinamento exaustivo da respiração (inspiração + expiração) até o uso e fortalecimento da musculatura abdominal. Esta musculatura abdominal é a musculatura que se usa para gerar a força necessária para sustentar o canto, já que NÃO EXISTE outra que possa fazê-lo. Quando não se usa a musculatura abdominal, o corpo imediatamente vai usar os músculos do pescoço e a musculatura intrínseca da laringe. Isso é um perigo tremendo e monstruoso, já que estes músculos são fracos e não projetados para sustentação das correntes de ar do cantor. O seu uso pode acarretar cansaço vocal, rouquidão e, de maneira mais perigosa, calos vocais. Vale agora mais um último esclarecimento: já que a musculatura abdominal é a mais importante para a sustentação da voz do cantor, por que se fala tanto em diafragma? Por causa de um erro muito simples: o diafragma é o músculo mais importante da INSPIRAÇÃO (tanto que se você perdesse os movimentos dele, teria de viver dentro de uma máquina chamada pulmão de aço ou pulmão artificial), e não da respiração como um todo, pois, como foi visto acima, a expiração NÃO se utiliza do diafragma (porque neste momento ele está relaxado). O erro ocorre porque as pessoas confundem e misturam inspiração (que é uma parte) com respiração (que é o todo e vai precisar de outras estruturas, além do diafragma, para poder ser completa). A Expiração e a Emissão de sons: Como se relacionam Esse texto trata da parte prática da inspiração e expiração no canto. Não abrange a emissão de sons. Para que a voz saia límpida, amplificada e bonita, além da respiração diafragmática, será necessário o bom uso do Apoio (caixas de ressonância), Modelagem (uso correto dos lábios, língua, palato, e mais componentes buco-nasais), conhecimento da própria Tessitura (o conjunto de notas aonde o(a) cantor(a) emite a voz com total conforto), bem como da própria Extensão (limite de sons emitidos por uma voz, do grave ao agudo, mesmo além dos limites naturais da tessitura), conhecimento própria classificação (barítono, tenor, soprano, etc.), entre outras coisas. Para melhor informar-se sobre os termos de canto, ver o Tópico "Termos de Canto", aqui no fórum. http://forum.cifraclub.terra.com.br/forum/1/35152/
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A respiração correta, porém, é o ponto inicial para aprender canto. O treinamento da respiração não deve ser abandonado, e deve ser incorporado no dia-a-dia do cantor, de forma que torne-se automático.
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Fontes: Fórum, Curso Teórico Prático de Técnica Vocal (Nando Fernandes), Fisiologia da Voz (Eliphas Chinellato Villela), O Bê-a-Bá da Técnica Vocal (Vanda Oiticica), Canto: Uma expressão (Tutti Baê e Mônica Marsola). Mais tópicos sobre a parte prática da respiração diafragmática no Fórum: Exercícios: http://forum.cifraclub.terra.com.br/forum/1/16406/ http://forum.cifraclub.terra.com.br/forum/1/367/ http://forum.cifraclub.terra.com.br/forum/1/49497/ http://forum.cifraclub.terra.com.br/forum/1/15962/ Dor no diafragma: http://forum.cifraclub.terra.com.br/forum/1/43753/ http://forum.cifraclub.terra.com.br/forum/1/64273/ Sobre o Músculo Diafragma: http://forum.cifraclub.terra.com.br/forum/1/48862/ 1 - Qual é a definição de tessitura ? É a região mediana/confortável da sua voz, onde é classificada sua voz. 2 - Há alguma maneira de aumentar o alcance da tessitura ? Creio que não, tessitura é mais ou menos como seu timbre. O que pode mudar é a sua extensão. 3 - Quais são os "perigos" a que um cantor se submete ao cantar fora de sua tessitura ? Perigos de perca de potencia da voz, tirando brilho e etc da sua regiao mediana/ tessitura. Há uma maneira "correta" de se cantar fora da tessitura, sem ser usando o falsete ? Sim, utilizando do apoio, com mtos aquecimentos, mas isto não exagerando, pq se está fora da tessitura, então não é sua voz, é algo artificial, mesmo sendo belting, voz de cabeca ou falsete. torna-se involuntária a partir de algum momento ? Bom, isto é um pouco polêmico, já tivemos uma discussao a respeito aqui no fórum, com o nosso amigo RONNIE. E cheguei a conclusão que o diafragma/apoio não é involuntário, mas com o decorrer dos anos de estudo e práticas vc acaba fazendo-o naturalmente. 5 - Qual seria o momento certo no decorrer do aprendizado (e os exercícios), para começar a praticar o Drive ? Não comento nada a respeito. "Cante com o diafragma": todo mundo que tentou aprender alguma coisa de técnica vocal já deve ter ouvido essa frase antes. A fim de esclarecer algumas concepções incorretas, decidi escrever esse artigo baseado no que eu li por aí. De qualquer forma, é altamente recomendável fazer aulas de canto!!! A primeira coisa que precisamos é de ar. Devido aos nossos hábitos cotidianos, acabamos aprendendo a respirar estufando o peito, ou a respiração torácica, que é
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descontrolada, gera tensão no pescoço e, se cantarmos usando ela, certamente você ficará rouco depois de uns 15 min de canto... 1) RESPIRAÇÃO A maneira correta de se respirar é usando a respiração funda, enchendo desde a base dos pulmões até o "topo", usando os músculos abdominais, intercostais e o diafragma. Para praticar essa respiração, se espreguice algumas vezes, deite na cama ou no chão, ponha a mão sobre a barriga e respire de modo que sua barriga suba e desça. Não tente fazê-la subir e descer, deixe que o movimento venha bem de dentro. Não estufe o peito, não faça barulho quando inspirar e nem levante os ombros, e tente não tensionar os músculos do pescoço. Se você sentir que está precisando fazer muita força, ande um pouco e movimente as pernas para relaxar os músculos abdominais. Se eles estiverem tensos, o diafragma não consegue contrair e você perde o "apoio" para o canto. Pratique isso diariamente. O resultado deve ser uma respiração leve, profunda e que pode ser feita com pouco esforço. Um bom exercício para treinar o diafragma é respirar dessa forma e soltar o ar bem devagar fanzendo som de ssssssssssss... Não tensione a garganta nem os músculos faciais quando fizer isso. Seu objetivo deve ser conseguir sustentar o sssss... por pelo menos 30s, o ideal conseguir sustenar por cerca de 60s sem nenhuma falha na intensidade da saída do ar. Obviamente, leva-se muito tempo para conseguir isso. 2) APOIO Toda vez que você altera o volume, tom ou vogal em que está cantando, a pressão do ar precisa se alterar também. Isso pode parecer um pouco complicado, e é. Felizmente, nós nascemos com reflexos que controlam essas funções perfeitamente. Entretanto, a maioria das pessoas não confia nos seus reflexos e usa os músculos abdominais para enviar mais ar as pregas vocais do que o necessário (em outras palavras, forçar a voz), especialmente quando cantam mais alto ou mais agudo. Para reter a pressão excessiva de ar, a garganta "fecha", a laringe sobe, as pregas vocais acabam se chocando umas com as outras e o resultado é uma nota de som fraco, desafinada, sem contar que ao fim do dia você estará com a voz rouca. Quando você inspira corretamente, o seu abdômen é projetado à frente e aplica uma pressão, tentando relaxar novamente. O diafragma deve, então, continuar pressionado o abdômen. Quando relaxado, o ar sai dos pulmões e faz a vibrar as pregas vocais. Então, o termo "apoio" ou "suporte" em relação ao canto significa que o diafragma está livre para controlar a pressão do ar enviada às pregas vocais. Para entender melhor o apoio, pense numa mola. Quando você inspira, você comprime uma mola (suas paredes abdominais) que tenta voltar a sua posição normal. Para que isso ocorra, tudo o que você tem que fazer e soltar a mola. O papel do diafragma é controlar a velocidade em que a "mola" volta ao seu estado normal, controlando assim o fluxo de ar. Forçar a voz é nada mais que forçar a "mola" (a saída do ar dos pulmões) a voltar mais rápido à sua posição de descanço que o necessário. Não tente sentir seu diafragma diretamente. Ele não tem terminações nervosas que permita a você sentí-lo. O mesmo vale aos músculos da laringe que controlam o volume e o tom da voz Para praticar o apoio, respire fundo e cante escalas numa vogal que te agrade (a, e, i, o, u, ...) e procure não forçar a garganta para subir o tom (procure manter os
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músculos faciais, o maxilar e a língua relaxados o tempo todo). Se você não força a garganta, o diafragma é obrigado a reduzir a pressão do ar e trabalhar junto com a laringe, mantendo a garganta relaxada o tempo todo. Não se preocupe com o som, deixe a voz soar fraca, tremida, engasgar, ..., apenas procure não forçar a garganta. Quando você conseguir fazer isso corretamente (você deverá estar observando também a presença do vibratto natural na sua voz), suba o volume gradativamente, sem forçar a garganta.
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Com o passar o tempo, com a prática correta dos vocalizes, você poderá espandir seu alcance (conseguirá cantar notas mais agudas), sua voz ficará melhor (timbre) e você será capaz de até mesmo gritar sem forçar demais a voz... Termo Vibrato Vibrato é um conceito confuso para cantores, especialmente os de estilo "pop". O estudante clássico compreende muito mais este conceito pelo tipo de música que está costumado a ouvir - e pelo comprometimento de querer cantar óperas, por exemplo. Anos de estudo e treinamento para alcançar o desenvolvimento perfeito da técnica são esperados. O vibrato acaba sendo fruto natural de incansáveis lições e exercícios de canto. Muitos estudantes de canto popular até acreditam que o desenvolvimento desta técnica é inútil, pois acham que o vibrato não se encaixa com música popular. O vibrato é, resumindo, o som derivado de um movimento regular, repetitivo e contínuo de modulações no tom. Da mesma maneira que fazemos vibrato com movimentos circulares do dedo da mão esquerda na corda do violão ou guitarra, alterando o tom da nota tocada. O vibrato é o som da voz subindo e descendo entre dois tons próximos da nota alvo numa maneira ondulante e rápida. Um bom vibrato ondula num nível entre 5,5 e 7,5 vezes por segundo, alternando entre um ou dois semitons. Vibratos mais rápidos do que 7,5 por segundo soam "nervosos", mas muitos cantores de rock e pop usam este artifício, que contribui para seu estilo pessoal de cantar. Um vibrato lento é típico de pessoas com mais idade. Músicas típicas indianas e búlgaras usam vibratos largos, como parte de seu estilo dando um caráter exótico às interpretações. Ter vibrato na voz não é necessário para cantar bem (dependendo do seu estilo!) - e ter a capacidade de cantar com vibrato não exige que você use a todo momento. Professores de canto costumam dizer que o vibrato é o termômetro da voz - o nível de desenvolvimento desta técnica pode mostrar o quanto você tem trabalhado sua técnica de canto geral. Você sabe que tem que trabalhar mais sua voz quando tem problemas em extrair o vibrato, poruqe ele depende de controle de respiração e de tensão na sua garganta. Procure ouvir com atenção cantores como Ella Fitzgerald, Tina Turner, Tony Bennett, Pavarotti, ou os nossos Leandro, Daniel e Xitãozinho. Compreenda o que é vibrato e procure reproduzir este efeito, praticando com vogais isoladas (a-e-i-o-u). Desenvolvendo técnicas de respiração e controle da pressão de ar sobre as cordas vocais, você irá adquirindo o seu vibrato. Trêmolo: (it. Tremor) É a falta de firmeza, irregular e incontrolável na emissão das notas, ou a inabilidade do cantor em manter a nota na altura correta, causadas por tensões intervitentes, fraqueza muscular e também pela incapacidade de manter um
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ajuste estável na garganta, durante o canto. Geralmente o tremolo varia mais de meio-tom fora da afinação, e não deve ser confundido com o vibrato, que nunca varia além dos limites do meio-tom. Vibrato: Uma oscilaÇão periódica e regular da voz, dentro de meio-tom, para cima ou para baixo. O vibrato é inato na voz do cantor, sendo desejável e inevitável para uma boa produção e para a qualidade do som. Em compensação, a falta de controle dele estraga o cantor. Vibrato é quando a voz está perfeitamente encaixada, no lugar... então, quando você canta, o final das notas saem "vibrando" ... parece q a voz está "tremendo" um pouco, balançando... na verdade, existem "anéis" na laringe e quando o ar passa corretamente por ela, a voz sai "em parafuso", rodopiando... e isso faz parecer q está vibrando, oscilando, mas essa oscilação não pode passar de meio tom acima ou abaixo da nota, pq senão já é trêmolo, q é tremer a voz, q é horrível (como Zezé di Camargo e Luciano... eles tem um claro trêmolo...)! Não confunda vibrato com trinado. O Vibrato sai natural, basta o ar estar passando corretamente pelos ressonadores. Por tanto, não existe técnica de vibrato e sim, técnica para preparar a musculatura. O trinado é quando você tem duas notas e fica indo de uma nota para outra numa velocidade absurda. O Trinado só cantores líricos conseguem, e depois de muito, mas muito treino pq é dificílimo. Tem gente q não ter o vibrato por ainda não ter a musculatura fortalecida, mas nem por isso a música fica feia. O vibrato é sinal q está correto, mas sua ausência não deixa a voz feia, exceto, é claro, nos agudos, q sairão gritados... Fique atento a estes sintomas qualquer um destes sintomas pode significar algum problema em seu aparelho vocal. Rouquidão persistente Perda de voz Pigarro Dor ou ardência na garganta Dificuldade para engolir Dificuldade para respirar Câncer de Laringe Alguns destes sintomas podem ser sinais de um problema muito grave: o câncer de laringe. O Brasil é o 2º país do mundo com maior incidência da doença, que tem grande possibilidade de cura quando diagnosticada no início. Por isso, é muito importante consultar um médico sempre que suspeitar de problemas com a sua garganta. Quem é o primeiro profissional que você deve procurar? Otorrinolaringologista é o médico mais indicado, pois é especializado em nariz, ouvido, garganta e também na voz e nas doenças relacionadas a ela. O fonoaudiólogo é o profissional da área da saúde responsável pela habilitação é reabilitação da comunicação, incluindo a audição, a fala, a escrita e a voz. Como cuidar da sua voz? Não fumar Não forçar a voz
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 95 Não gritar ou cochichar Manter o volume normal da voz e articular bem as palavras Evitar falar excessivamente durante exercícios físicos, quando gripado ou com alguma crise alérgica Não pigarrear excessivamente Ingerir muito líquido em temperatura fresca ou ambiente Evitar bebidas alcoólicas Evitar alimentos que causem azia é má digestão Evitar ambientes com muita poeira, mofo e cheiro fortes
Caixas de ressonância são os locais do corpo onde o som passa para ser amplificado, são basicamente três: peito, garganta, e cabeça Passagem, passaggio, bridge, ponte, enfim, tudo quer dizer a mesma coisa. Só relembrando, é a passagem de um registro de voz para outro. É também um ponto a ser trabalhado em muitos e muitos que não chegaram a desenvolvê-lo completamente acabam se tornando um pouco neuróticos e desesperançosos, heheh. A dica que eu tenho para melhorar o passaggio é você treinar e tentar aumentar a extensão do registro mais grave da passagem e tentar expandir a extensão do registro mais agudo para mais grave. Essa "fusão" seria o ideal e tornaria o passaggio mais imperceptível que é o ideal. Assim, se você precisar "passar" da voz de peito nos agudos para a voz de cabeça, o ideal seria exercitar bastante o seu registro de peito agudo e tentar aumentá-lo gradativamente. A mesma coisa com a voz de cabeça só que tentar expandi-la para mais grave. Isso tudo não deixando de observar a importante função do apoio, impostação, colocação, etc. Existe também um pequeno exercício que ajuda também a atingir com mais facilidade a voz de cabeça: consiste em exercícios de aprimoração do falsete. Algo assim: você atinge uma nota médioaguda, C3 por exemplo (no meu caso como barítono). Emiti-la com falsete (o registro mais leve) e ir aumentando o volume sem forçar a garganta e sem deixar o som "escapar da cabeça". À medida que você vai obtendo segurança e firmeza na emissão das notas, subindo os tons gradativamente, a seu falsete vai se tornando mais consistente e vai dando lugar à voz de cabeça (que muitos chegam a confundir por ser um registro muito próximo do falsete). Ressaltando mais uma vez: não deixar de se utilizar dos recursos técnicos vocais. voz de cabeça é quando a ressonância sai o peito e se concentra na cabeça, acontece nos sons agudos, e esse ato desse ser feito pelo apoio diafragmático e não com a garganta isso é importante voz de peito é quando o som se concentra no peito(dãaa)rsrsrrs acontece nos som graves e quando você "grita" ou canta como fala(ou seja acontece em sons agudos também é o que chamam de belting) Voz de peito - Se tua voz soa como na fala, mais grave, é pq você está em registro de peito, você sente o peito vibrar mais, o voz fica forte, robusta, encorpada e grave ( para uma sopraníssima fica mais difícil de entender esse registro, pq a laringe seria fina demais pra permitir q o som emitido pela vibração das pregas descesse para sua caixa torácica), mas todo mundo tem esse registro, salvo talvez as exceções como as crianças e alguns anomalicos da vida. A voz de peito é o forte dos homens A voz de cabeça - é quando o som do peito está cortado, a voz sempre ressoa na cabeça, mas quando cortamos o registro de peito e emitimos toda a vibração pra cabeça, a voz fica aguda e mais estridente, se trabalhado suavemente lembra o falsete (falsete q é um tipo de emissão errônea q acontece por uma desconformidade
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das pregas vocais, portanto é um OUTRO registro).Raríssimas mulheres têm falsete, é um registro q precisa ser desenvolvido, e como a voz de cabeça das mulheres já é tão boa (é o forte delas) o falsete em si perde o sentido. Voz de garganta - É a voz que cola os registros, é nela q rola o passagio, é aqui q mora o perigo. Num é correto utilizar a garganta para cantar, sobrecarrega as pregas, a laringe, que já estão empenhadas demais pra posicionarem nos demais registros. Por isso o passagio tem q ser suave, leve, uma pequenina pressão pode acabar com tudo. Aqui rolam as notas médias, notas que são naturalmente confortáveis a nossa voz, portanto num prejudicam em nada, mas tem que se ter cuidado. Aqui é a faixa de gaza do canto. Existem outros registros, mas num pertencem a todas as vozes, por isso acho que entender esses três já é um ótimo começo. Melismas Melismo ou melisma que é o mais correto de se falar é uma variação melódica rápida, como se fossem escalas executadas com mais velocidade que o normal, os cantores norte americanos usam muito essa técnica, que ornamentam a melodia original da música, além de belo o melisma serve para disfarçar possíveis semitonadas e problemas de sustentação em notas agudas e longas demais, deve ser empregado em alguns estilos musicais, ou parte da música jamais deve se exagerar pois além de descaracterizar a melodia, se torna repetitivo e não um fator surpresa. O que é melisma? A palavra "melisma" em grego significa "canção". Na técnica medieval de composição de organa, melisma passou a significar um fragmento melódico ou grupo de notas baseado numa sílaba. Em outras palavras: a voz composta era trabalhada em pequenos fragmentos, fazendo vários movimentos livres com notas curtíssimas, tecendo uma espécie de bordadura em torno das notas do cantochão, que foram transformadas em notas de durações longas. Provavelmente esta técnica teve origem nas improvisações feitas pelos próprios cantores durante os rituais, além de alguma influência popular Riffs, Licks, pentatônicas, Blue Note, Bend....pra fazer melismas na black music eles treinam repetidos licks (pequenas frases clichês) onde podem tocar em qualquer música como em um improviso de blues por exemplo.( na verdade se ele decorou o lick então não é tão "improviso" assim não é?) Na black music existem licks, que já se tornaram meio que padronizados (ou seja, o artista faz o mesmo melisma sempre ou então uma variação do mesmo...) Repare que várias frases em melismas dos artistas tem um certo padrão... Pentatônica é uma escala como o próprio nome diz, de cinco notas, mas as vezes acrescentada de uma blue note,que dá um som característico de blues (muito usado por guitarristas, mas também por cantores de black music) Bend é um portamento, uma nota vai até a outra como em uma sirene (no sentido de ligar as duas notas), no caso da guitarra é fácil de entender, o guitarrista toca a nota e levanta a corda com do dedo preso nela dando o efeito do bend. No erudito isso chama-se portamento Esse exercício foi citado pelo cantor Leonardo Gonçalves (aliás, ouçam-no quem puder pois ele é realmente um excelente cantor!!!).
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 97 Comece cantando uma nota que esteja na sua região grave para média. Cante-a com o som de "a" de abacate, fazendo a escala cromática (subindo de meio em meio tom sem desafinar) e levando cerca de 1 segundo para cada nota que você fizer. Quando completar uma oitava, vá descendo de meio em meio tom até a nota inicial. Repita mas diminuindo o tempo de duração entre uma nota e outra, ou seja, se você fez cada nota em um segundo, faça em meio segundo cada, e assim por diante até chegar um ponto em que você faça a escala toda em um tempo só. Repita esse procedimento com todos os tipos de vogais a, á, ê, é, i, ó, ô, u, etc.
Considerações: - Melisma não é algo que alguém possa te "ensinar" perfeitamente pois é algo que vem também com percepção e experiência. Alguém pode, sim, te indicar algum exercício para você os executar corretamente e sem desafinar. - Você não está enclausurado a fazer sempre os mesmos melismas. - Melisma está relacionado com o gosto da pessoa. Então, quando você fizer um melisma, corretamente, e alguém lhe disser que ficou feio, não se baseie na opinião de uma pessoa apenas. - Melismas não são essenciais à uma música mas podem, muitas vezes, deixá-la mais bonita. - Nem todos os estilos musicais "apreciam" melismas. - Estilos black, soul, blues, etc, são campos "férteis" para utilização de melismas. "Whistle Register" Há ainda, acima do falsete, um terceiro registro vocal ("whistle register" - que é uma espécie de assobio). Qdo vc o usa, suas cordas vocais ficam bem tensas de forma q elas literalmente assobiam pra produzir as notas. Muitas pessoas não conseguem atingir esse registro, Mariah o desenvolveu quando ela era bem pequena. Ele requer tensão nas pregas vocais (q vc naum pode sentir) e o relaxamento da região próximo (q vc pode sentir). Então, pra produzir essas notas vc precisa estar com a gargante bem relaxada (falar é facil...). Os que quiserem se aventurar a tentar alcançar tal registro, explorem usando volumes baixos -- tentem imitar uma gaivota ou um filhote de gato pra forçar as pregas vocais a entrarem em tal registro. Whistle: Assovio laríngeo, é conhecido no bom português como registro de apito, onde o som é produzido por uma fenda no fechamento das pregas, daí o som é produzido pelo atrito mesmo, não pela vibração das pregas, saca, como um assovio qualquer, só q na garganta. Ex: BERRO DE CRIANÇA E MOCINHAS DE FILMES DE TERROR (ESSES FORAM OAS EXEMPLOS DO FELIPPE)... ô droga, ficou em caixa alta sem querer, num to gritando não, ehehehhe Flageolet, flute: Registro de flauta, altas mulheres fazem isso com bastante graça, geralmente são registro das sopranos, mas sempre tem uma mezzo doidona q consiga fazê-lo, uma contralto acho pouquíssimo provável, se bem que se alguns (raros) homens conseguem entrar nesse registro. Ex.: A Mariah deve ter tirado mestrado nesse registro, ehheehhehe Registro inspiratório: Eh qualquer som q se emite de fora pra dentro. Pros homens é bem mais fácil fazer os tons do registro de flauta nesse registro, eu sempre brinco com esse registro, pareço um ratinho, ehhehehehe. Exemplos desse registro eu num tenho nenhum em mente, já fiz no paltalk pra galera ouvir uma vez.
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DICAS E TRUQUES PARA O VOCALISTA
O desejo de cantar e seguir profissionalmente com esta carreira é uma constante embora muitas pessoas que consigam fazê-lo com maestria nunca tenham alcançado êxito profissional. Além da voz, existem outras características influentes para seguirmos a carreira de cantor/vocalista. Existem tantas coisas a serem trabalhadas para conseguir êxito nesta carreira... seu som, sua imagem, sua habilidade de encarar o show business, publicidade, etc. Você tem que controlar tudo por si só - mas alguma ajuda pode ser de grande valia. Comecemos com o seu próprio som. Ele é exatamente o que você pensa que é? É o que você quer que ele seja? Ele deve ser único, exclusivo, ou tão maravilhoso que possa responder por ele mesmo. Procure gravar sua voz e ouvi-la com muita atenção. Você mesmo gosta do que ouve? Ela só é excessivamente ruim se você mentir para si próprio ou se você gostar de auto-punição. Esse sentimento de "impotência vocal" é, no fundo, um ótimo tipo de sentimento - você deve tirar lições dessa auto-crítica. Tenha certeza de gostar da sua própria voz, trabalhando para corrigir erros ou trocando o seu estilo - às vezes, sua voz pode ser ruim para country e ao mesmo tempo, ótima para rock pesado, por exemplo. Você tem que estar perfeitamente satisfeito cmo seu timbre vocal, fazendo de forma perfeita o seu trabalho - e não tentando imitar o timbre de seu ídolo. Uma imitação nunca é a coisa real - não importa o quão boa seja. O mundo da música é faminto de coisas genuínas. Nós já temos a voz de seu ídolo - o que necessitamos é de SUA voz. Você não precisa ser um grade vocalista para alcançar o sucesso ou agradar - você simplesmente precisa esmerar-se em fazer bem o que você faz. Parece ridículo dizer algo assim, mas é simples comprovar - ligue o rádio e isto torna-se óbvio para qualquer um. Você deve ser capaz de cantar no tom (mesmo com toda a tecnologia atual, que pode corrigir isto em estúdio, porque como você vai se sair ao vivo?), e ao mesmo tempo, ser habilidoso no que vai apresentar, para mostrar convicção aos ouvintes. (isto não quer dizer que aulas de canto não são necessárias - você pode conseguir sem elas - mas ajudam tremendamente). Nunca ouse cantar músicas em tons que você não alcança. Faça somente aquilo que você é capaz de fazer de forma convincente. Pratique músicas que você não alcança, de maneira privada - até mesmo longe de sua banda. Se é exigência da banda cantar certa música, peça que mudem a tonalidade, para adequá-la a você. Se o problema é somente uma certa parte de uma música, adapte sua voz em registros mais baixos (ou mais altos), e "reinvente" aquela parte - quantos covers famosos você já ouviu onde o vocalista faz isto - e você nunca pensou na incapacidade vocal de seu ídolo; pelo contrário, aposto que elogiou a "criatividade" dele em embutir um novo estilo de cantar. O estilo exclusivo nasce do amor que temos pela nossa própria voz, deixando que nosso sentimento imponha como devemos cantar - não nossa lembrança de como "copiar" a maneira em que a música já foi cantada. Não tente soar bem - tenha em sua mente que o que você faz é a melhor maneira. Procure trabalhar seu sentimento como você interpretaria a música? Trabalhando dentro de seus limites, e com sentimento, você vai colocar sua personalidade sobre a composição de outrem - e o público com certeza vai adorar. Depois, existe a imagem. Há tanta diversidade neste conceito que é difícil traçar regras para trabalhar com este importante conceito do sucesso. A premissa básica é que você precisa dar às pessoas um motivo para ficar olhando para você. Você deve
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL 99 atrair os olhares - ou então as pessoas acabarão buscando outros alvos. Muitos dirão: beleza é atrativa - e é - mas uma coisa bizarra ou feia também chama a atenção. A habilidade de encenar ou "entrar" sentimentalmente nas músicas também é altamente atrativa - nós, de maneira geral, não estamos acostumados a ver pessoas se expressando emocionalmente. Um "look" diferente de tudo que você já viu também serve (veja o Falcão...). Tenha certeza de que será capaz de fazer as pessoas ficarem olhando para você por horas, porque, ao vivo, você terá que fazer isto por, pelo menos, umas duas horas. Um bom truque é variar o que elas estão vendo. Tente mover-se de um lado para o outro do palco, dance em algumas músicas, ande em outras. Nós somos cientificamente atraídos pelo movimento (por isso odiamos tanto aqueles anúncios piscando e pop-ups na Internet - por mais que evitemos, acabamos olhando para eles...). Olhar para o público é outra artimanha - vire o rosto para certas partes da audiência, aponte, demonstre atenção. Mude sempre seu objetivo. Isto faz parecer que o público participa de sua interpretação. Mudar o figurino é outra muito velha. Você não precisa fazer como Madonna, e ficar entrando e saindo de palco, trocando de roupa 10 vezes durante o show - faça como Jagger, que entra de jaqueta, depois tira, depois põe um colete, depois tira, depois põe um chapéu, depois tira, depois tira a camisa e acaba com uma do Flamengo... Uma cadeira para sentar no meio do show e curtir algo mais calmo é outra que todo mundo já usou. Procure usar roupas que aceitem efeitos de luz - tecidos refletivos ou brilhosos mudam de cor com a iluminação. E não se esqueça das mancadas: experimente a roupa e as luzes antes, para não acontecerem combinações indesejadas no meio da apresentação (como uma luz roxa sobre uma camisa verde, por exemplo).
Não desista somente porque você não é bonito. Estamos tão inundados com vocalistas/modelos (como Jon Bon Jovi e Britney Spears) que muitos pensam que para ser vocalista é necessário ter o visual "top model". Quando este tipo de preconceito bater forte, dê um pulinho numa loja e veja os CD's mais vendidos. Celine Dion, Pavarotti, Stevie Wonder e Michael Jackson não são exemplos de beleza, mesmo com toda a produção. Aqui em nossa terra, temos Caetano, Gil, Bethânia, Herbert Vianna e Renato Russo, que venceram, e nào foi pela beleza. Esqueça idade, também! Tina Turner, Carlos Santana e Roberto Carlos são top sellers, com rugas e tudo mais. Não importa como você se parece - é possível ser atraente, basta descobrir como. Para terminar, Don Miguel Ruiz, escritor de diversos títulos sobre como alcançar o sucesso, proclama 4 Regras básicas para vencer na carreira: 1.) Seja impecável com seu trabalho. Fale com integridade. Diga somente o que você pensa. Evite falar sobre si próprio e nunca critique o trabalho alheio. Use a força da palavra no sentido da verdade e do amor; 2.) Não leve nada pelo lado pessoal. Nada que os outros fazem é devido à você. O que os outros falam ou fazem é reflexo da realidade deles, dos sonhos deles. Quando você se torna imune às opiniões dos outros, você nunca mais será vítima de sofrimentos desnecessários; 3.) Não faça suposições. Ache coragem para questionar e expressar o que você realmente deseja. Comunique-se com os outros de maneira clara, para evitar desentendimentos, tristezas e dramas. Somente seguindo esta regra, você pode mudar sua vida; 4.) Faça sempre o SEU melhor. O seu melhor mudará de momento a momento - será de uma maneira quando você estiver saudável, e o oposto quando estiver mal. Sob
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qualquer circunstância, simplesmente faça omelhor de si, e você estará evitando auto-críticas, auto-punição e sentimento de fracasso. E o elemento mais importante para o sucesso (além de um pouquinho de sorte, é claro...): persistência. Este é o grande segredo. Dica Pergunta: Eu ouvir falar de um exercício para ganhar tons melhores que envolve se curvar à frente da cintura. Como é isso? Resposta: Aqui está, e funciona. Eu o utilizei por anos com cantores clássicos e populares e obtive grande desempenho. Enquanto você levemente dobra os joelhos e mantém sua costa ereta, incline para frente ate suas mãos estiverem nos joelhos. Enquanto estiver olhando para o chão, comece a fazer "hummm". Então diga Me Me Me. Continue com outras vogais e consoantes nasais / de bochecha e finalmente, com palavras completas. O objetivo é desarmar a tensão na face / cabeça / garganta, permitindo ao som naturalmente ressoar na área da máscara e dos dentes. A liberdade fisiológica traz a liberdade acústica. Isto resulta em mais som com menos esforço. Uma variação seria girar as costas enquanto caindo pra frente, trazendo suas mãos para baixo, quase chegando no chão Divisão de vozes Bom, isso fica a escolha de quem arranja. Por exemplo o acorde de Dó maior; você põe o baixo para fazer o dó2 (o baixo ou a nota mais grave geralmente fica com a tônica) o tenor põe pra fazer o sol2, o contralto faz o mi3, e o soprano pode repetir o dó4 ou o sol3 ou até mesmo o mi4 1 oitava acima do contralto. Esse tipo de coisa, varia muito de acordo com a emoção da música, se você quer fazer um acorde final bem agudo e brilhante, ponha o baixo pra fazer o dó3, o tenor o mi3, o contralto o sol3 e o soprano o dó4 ou mi4 ou sol4. Na minha opinião, se as vozes masculinas estão numa área média/grave, soam melhor se estiverem separadas por uma quinta (ex: dó/sol) já as vozes das mulheres soam melhor se tiverem separadas por uma terça (ex: mi/sol). Porém isso é muito relativo, o melhor mesmo é você fazer testes e ver o que fica melhor em cada parte da música. Tenho uma dúvida e, caso alguém possa me ajudar, agradeço. No acorde de DO MAIOR temos a tríade DO-MI-SOL (a título de exemplo). Sendo a noda DO o baixo, quais notas representariam o tenor, o contrauto e o soprano? Ou seja, qual o intervalo de notas existente entre essas vozes? Depende da música, se esse fosse o acorde inicial da música, ou seja, quando o coro começa a cantar, eu colocaria assim: Baixo: Dó 2 Tenor: Sol 2 Contralto: Mi 3 Soprano: Sol 3 ou Dó 4 Há muitas maneiras de se colocar isso, vai depender da música e que tipo de emoção ela quer despertar no ouvinte.
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Esse assunto é bem legal, então, como sempre, vamos por partes: Conceitos básicos de teoria musical (pra melhor entendimento):
Intervalo é a distância entre dois sons. Na música ocidental, sua menor divisão é o semitom, ou 1/2 tom. Partindo-se de uma nota fundamental, temos 12 semitons até se chegar na mesma nota. Exemplo: C - Db - D - Eb - E - F - Gb - G - Ab - A - Bb - B - C PS: o símbolo "b" significa Bemol, e diminui a altura da nota em um semitom. Sei que o comum é colocar Sustenidos (# - eleva a altura da nota em 1 semitom), mas continuem lendo porque logo abaixo vocês vão entender o porquê. Esse intervalo entre uma nota e ela mesma, em alturas diferentes, é chamado de oitava. Pegando-se essa mesma escala, temos nomes diferentes de intervalos, e o resumo está abaixo: C-Db - Segunda menor / C-D - Segunda Maior / C-Eb - Terça menor / C-E - Terça Maior / C-F - Quarta Justa / C-Gb - Quinta Diminuta / C-G - Quinta Justa / C-Ab - Sexta menor / C-A - Sexta Maior / C-Bb - Sétima menor / C-B - Sétima Maior / C-C - Oitava justa Uma escala é uma sucessão de notas, em uma sequência determinada por um padrão intervalar. Seguindo essa tabela acima, se quisermos formar uma escala Maior, é só pegarmos os intervalos Maiores e agrupá-los de forma sequencial, como feito abaixo: C - D - E - F - G - A - B - C (note que todas as notas, em relação à nota C, formam intervalos Maiores) Seguindo a primeira tabelinha, podemos notar o seguinte padrão de intervalos, onde 1 tom equivale a 2 semitons (o intervalo seria o "-" , ou seja, o que separa as notas umas das outras): 1Tom / 1Tom / 1 Semitom / 1 Tom / 1 Tom / 1 Tom / 1 Semitom Com esse padrão, podemos montar qualquer escala Maior, é só pegar qualquer nota e seguir esse padrão intervalar. Um acorde, seja ele maior ou menor, é formado por uma tétrade; são quatro notas, também organizadas seguindo intervalos prá-definidos. Vamos ver, por agora, só as tríades formadoras dos acordes, pra maoir entendimento. As tríades são 3 notas que formam o "esqueleto" do acorde. Uma tríade Maior é formada por uma nota fundametal, sua Terça Maior e sua quinta Justa. Com esse padrão intervalar pode-se montar qualquer acorde. Como colocado numa mensagem acima, um acorde de C maior é formado por C - E - G. A tríade menor difere da tríade maior por apenas uma nota: a terça. No acorde Maior, ela é uma Terça Maior; no acorde menor, é uma terça menor. O mesmo exmplo em C, então, ficaria C - Eb - G. Agora vamos ao que interessa: 2ª voz Geralmente, na música popular se usa muito a 2ª voz aberta em terças maiores. Até
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aqui nenhuma novidade, isso já foi dito nas mensagens anteriores. O que é novidade é que, se você for acompanhar a melodia do cantor principal, você terá que se adaptar harmonicamente (dentro da harmonia em questão) à essa melodia. Por exemplo, numa música que está em C maior (tendo C-D-E-F-G-A-B como notas passíveis de serem utilizadas), e a melodia é C - A - B - G - E - C, se você pegar a terça maior de cada nota e cantála, vai soar estranho. Você terá que pegar terças maiores e menores, dependendo da nota. Vamos abrir uma 2ª voz pra essa melodia citada acima: o princípio seria abrir terças pra essa melodia. Como estamos em C maior, só podemos usar notas da escala de C Maior, mesmo que a terça maior de determinado acorde esteja fora da escala de C Maior. Explicando: Melodia: C - A - B - G - E - C 2ª voz (errada) E - C#- D#- B - G#- E Note como todas as terças são Maiores. Isso, no entanto, soa errado porque as notas C#, D# e G# não estão na escala de C Maior. A abertura certa da 2ª voz seria: Melodia: C - A - B - G - E - C 2ª voz: E - C - D - B - G - E Veja como temos terças Maiores (C-E / G-B) e menores (A-C / B-D / E-G). Esse seria o princípio de se abrir 2ª voz em 3ªs. Seguindo esse princípio, podemos abrir vozes em qualquer intervalo. Basta respeitar a escala em questão. Sobre o Sertanejo: o comum em vozes sertanejas é que o tenor (voz mais aguda) faça a melodia principal e o barítono (voz mais grave) faça uma 6ª (sim, 6ª) porém uma oitava abaixo. Pra quem já estudou um pouco de Intervalos/Harmonia antes desse (enorme) post, isso é um intervalo de 3ª descendente. Explicando: Melodia: C - E - G - B - C 2ª voz sertaneja errada- A - C#-E - G#- A (mais grave do que a melodia) Note que todos são intervalos de 6ª maior. Corrigindo essa 2ª voz, temos: Melodia: C - E - G - B - C 2ª voz sertaneja: A - C - E - G - A (mais grave do que a melodia) É basicamente isso. São explicaçôes bem condensadas, mas acredito ser um bom resuminho. Pra quem não gostou do post longo, me desculpem. Não revi o texto, então se vocês acharem algum erro, gritem. Quaisquer dúvidas é só escrever novamente, que eu respondo assim que possível. Espero ter ajudado. Cobertura Vocal Cobertura, cover , arredondamento, deckung, vowel modification, agiustamento, copertura, e vários outros termos são aplicados à mesma coisa. Se engana quem acha que é um recurso do canto lírico, na verdade não é lírico nem popular, uma vez que é o controle indireto dos músculos involuntários da laringe através de uma modificação mas vogais na medida em que fazemos uma escala ou vocalize do grave para o agudo. É claro que o segredo disso é onde começa a modificação e qual a taxa de modificação aplicada (sempre mínima). O resultado não deve ser percebido por quem escuta, e sim só por quem produz. CANTOR X PÚBLICO
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Simplificando, é uma técnica para relaxar os músculos da laringe nos agudos e nos hiper agudos. Na minha opinião é a chave para que os agudos que todos buscam comecem a rolar......
Dificilmente iremos para os agudos com liberdade se a zona de passagem não for bem feita e nisso a modificação de vogal ajuda muito. Internacionalmente e bem aceito a idéia de passagio, tomando por exemplo um tenor lírico, primeiro passagio (Ré) e segundo Passagio (F#). A respeito do controle indireto dos músculos da laringe através de modificação de vogal ou vowel modification, é uma forma de controlar músculos que não obedecem a um controle direto. Por exemplo, ninguém consegue relaxar a tensão nas cordas vocais pensando nelas diretamente, uma vez que o ser humano mal tem sensações precisas neste local, aliás, muitas pessoas não sabem nem dizer precisamente onde elas ficam, bem como os músculos da laringe. Com o pensamento voltado para as vogais e fazendo o serviço correto podemos relaxar os músculos da laringe na medida em que vamos para os agudos, não porque pensamos nesses músculos, mas como conseqüência de pensar em uma vogal sendo ligeiramente modificada. Em relação aos exercícios é um pouco complicado de fazer sem uma correta orientação de um professor ouvindo o que você está fazendo. Em todo o caso lá vai: 1- Faça um arpejo em terças com a extensão de duas oitavas começando pelo dó central (caso você seja soprano) DO MI SOL DO MI SOL DO 2- Utilize a vogal I 3- As três primeiras notas pense na vogal i da palavra índio em seguida comece a modificar para a vogal i da palavra ich (eu em alemão) 4-Nunca permita que um i da palavra índio se transforme totalmente no i da palavra ich. na verdade você mescla a primeira vogal com a outra de um modo muito gradativo, se fizer tudo certo você vai perceber que o simples fato de modificar o i, vai relaxando a musculatura na medida em que vai para o agudo. com a prática ninguém percebe diferença de timbre no seu i do grave para o agudo, pois essa técnica é para relaxar os músculos e não alterar o som do i. repito que sem professor fica complicado, e alguns não gostam ou não pensam dessa maneira ou até desconhecem. Os professores que conhecem mais não gostam tem receio do aluno ficar demarcando lugares ao piano aonde ele deva modificar a vogal, e na verdade com a pratica não precisa demarcar nada. Bom, o conceito é esse, para todas vogais, tem sua justa modificação. espero ter esclarecido. o assunto pode ser um pouco complicado, mas a aplicação pratica é muito simples. para os tenores rola o mesmo uma oitava abaixo. Moçada, é o seguinte, não vamos chamar isso de máscara, pois de máscara não tem nada. Devemos sempre que possível, associar o nome ao mecanismo verdadeiro usado. Por essa razão que o termo cobertura, cover, copertura de la voce, etc... não dizem direito ao que se propõem. Vamos chamar de ajuste de vogal ou modificação de vogal, assim o nome já dá uma idéia do serviço ok? Na verdade existem vários tipos da vogal "i", vou citar pelo menos 3: i da palavra índio i francês i/u i/e no português de Portugal e tupi guarani.
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o i da palavra ich não é nenhum dos citados acima, é um i um pouco mais escuro. como também o thin inglês. não existe em português o que é uma pena senão já teria falado... depois falamos mais. Tente com a vogal A, sendo modificada ligeiramente para Ó no mesmo lugar do exercício com o Í, o A da palavra FATHER indo para Ó da palavra SONG. Mas não se esqueça que você só deve mesclar e não modificar totalmente. Quem tiver interesse e curiosidade deste exercício faça o seguinte: HOMENS – cantem a seguinte seqüência com a vogal E da palavra elefante. DO MI SOL DO MI SOL DO (duas oitavas) Quem não conseguir ir até o DÓ agudo faz só DO MI SOL DO MI SOL Quem não conseguir até o SOL faz DO MI SOL DO MI O E da segunda oitava começa a ser ligeiramente modificado (um pouco mais escuro gradativamente) MULHERES –façam com I da palavra INDIO a mesma coisa Cada voz tem um melhor lugar pra começar a modificação Aquecimento Vocal - Três Técnicas Básicas Técnicas para os lábios Esse exercício é feito com a vibração dos lábios. Para isso, deve-se levar os lábios à frente, elevando o diafragma, para que este sirva de apoio na execução do exercício. Os lábios devem ficar completamente relaxados, para que a passagem de ar entre eles faça-os vibrar. O resultado desta vibração, lembra a pronúncia conjunta das letras BR e poderíamos compará-lo a uma imitação do ronco do motor de uma moto. Técnica da língua Esta técnica é realizada com a vibração da língua, lembrando uma pronúncia exagerada da letra R. Para a execução desta técnica, também deve-se elevar o diafragma fazendo com que este proporcione um bom apoio. O som deste exercício nos faz lembrar uma hélice de helicóptero em movimento. Procure passear com estas técnicas por regiões graves e agudas de sua voz. Técnicas com a letra M Este exercício é feito para que, a princípio, a pessoa sinta a vibração da letra M internamente e, sobretudo, sinta esta ressonância na região das bochechas (caixa de ressonância da voz). O efeito deste M interno nada mais é do que a própria preparação bocal que fazemos normalmente para que possamos pronunciar palavras que comecem com esta letra, porém, esta preparação será agora prolongada. Para se produzir este M interno corretamente, deve-se cerrar os lábios e imaginar um espaço dentro da boca suficiente para caber uma bola de ping-pong. A ponta da
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língua deve estar em contato com os dentes frontais superiores e o som do exercício lembra a pronúncia do nº 1, porém prolongado e com a boca fechada.
É preciso tomar cuidado para que a vibração do som não se torne nasal, pois após um tempo de sustentação deste som, com o apoio da elevação do diafragma, a boca se abre lentamente na pronúncia da sílaba MO, prolongando-se o O. Para uma boa execução deste exercício, sugiro um prolongamento de quatro tempos, marcados pausadamente, para a sustentação do M interno e mais quatro tempos para a sustentação da letra O. Este M interior, é muito utilizado na forma de "mantra" (sons utilizados no processo de meditação, que possuem significados importantes nas religiões orientais) e o ideal é que seja pronunciado como forma de reflexão do som que todos nós possuímos e queremos aprender a usar. Mais uma vez quero ressaltar a importância da elevação do diafragma. Para isso, você pode, a princípio, contrair a barriga, descontraindo-a gradativamente a medida que o exercício é realizado e o ar inspirado no início é solto. Quando falo das bochechas com caixa de ressonância, é para conscientiza-lo que, trazer a vibração do som exclusivamente para a garganta é um "suicídio vocal" ou seja, um convite a rouquidão ou a aquisição de nódulos vocais, entre outros danos. Por fim, quero colocar que estes exercícios servem como um aquecimento para as cordas vocais, como um início de utilização do diafragma e devem ser feitos descontraidamente, pois desta forma serão incorporados, assim como a ginga natural de um bom sambista. Exercícios Relaxamento 1) Bem devagar, faça movimentos com a cabeça: primeiro, para a frente, como se fosse encostar o queixo na base do pescoço; depois, para trás, apontando o queixo para o teto; depois para os lados, tentando encostar a orelha no ombro (não eleve o ombro!); 2) Sempre devagar, faça movimentos de rotação com a cabeça. Deixe ombros relaxados (se ficar tonto, pare, leve a língua ao céu da boca e aperte); 3) Faça movimentos circulares de rotação com os ombros - primeiro de trás para a frente, depois inverta; 4) Em pé, procure alcançar o teto com as mãos. Sinta a musculatura se alongando, especialmente a dos braços e das laterais do tronco. Deixe, então, o corpo "desabar" para a frente, com as mãos em direção ao solo. Vá levantando lentamente, começando pela cintura - a cabeça é a última a voltar à posição ereta; 5) Esfregue as mãos para aquecê-las. Massageie então o seu pescoço, começando atrás das orelhas e descendo até os ombros. Sinta os pontos mais tensos e massageios com as pontas dos dedos; 6) Deitado de costas, contraia apenas os dedos dos pés. Perceba a tensão, então relaxe os dedos. Perceba a diferença entre os estados de tensão e relaxamento. Repita a operação para cada parte do corpo - pé, batata da perna, joelho, até chegar
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ao rosto. Aprenda a sentir o constraste entre tensão/relaxamento para poder identificar partes de seu corpo tensas. EXERCÍCIOS FÍSICOS Alguns exercícios físicos para desenvolver os músculos do tórax. O tórax é a caixa onde estão alojados os pulmões, recipientes do ar, e o canto exige um desenvolvimento de sua musculatura. Os exercícios seguintes, com os quais deve começar a educação vocal, oferecem ainda as vantagens de endireitar as espáduas curvadas, desenvolver o busto e fortificar o músculos que sustentam os seios. Primeiro exercício: Mova os ombros, descrevendo com eles um círculo o mais amplo possível para cima, para trás, para baixo, para frente). Enquanto realiza estes movimentos, os braços permanecerão relaxados e soltos ao longo do corpo como um boneco de trapo. Insista no movimento particularmente para trás, que corrige as omoplatas salientes. A atitude para o cantor é a que resulta do exercício no momento em que os ombros voltam a baixar logo depois de terem sido levados para trás, porém, flexivelmente. Segundo exercício: Coloque os braços ao longo do corpo com as mãos espalmadas. 1º) Vá levantando-os lateralmente até alcançar a altura dos ombros. 2º) Momento de suspenso. Gire as mãos colocando as palmas para cima 3º) Levante os braços até que as mãos toquem por cima da cabeça, sem dobrar as articulações. Estique os braços o mais alto possível, como se quisesse alcançar o teto. Durante esta subida efetue uma grande inspiração, cortando-a no momento de suspenso, porém sem soltar o ar. Os pulmões devem estar cheios quando as mãos se encontrarem por cima da cabeça. 4º) Abaixe os braços até a altura dos ombros. 5º) Momento de suspenso. Gire as palmas para baixo. 6º) Abaixe os braços ao longo do corpo Este momento de descida deve ser acompanhado de uma expiração completa, interrompida no momento de suspenso (sem retomar o ar durante o mesmo). O ar deve ser administrado de tal maneira que permita uma respiração regular. Para obter um maior proveito desses movimentos, é preciso que os faça com energia. Executados brandamente seriam pouco menos que inúteis. Seria bom imaginar ter um grande peso em cada mão, que se opõe tanto à subida como na descida. Terceiro exercício: Inicia com os punhos cerrados e colocados diante do peito. Evite fortes cotoveladas para trás e volte os punhos à sua posição normal. Quarto exercício: Estenda os braços em forma de cruz e, conservando esta posição, adentre o quanto seja possível em qualquer ângulo da casa, avançando de frente para a aresta. Quinto exercício: Separe as pernas, afrouxe os braços e agache-se ao expirar e levante-se ao inspirar.
EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS
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Primeiro exercício: Para o controle da permeabilidade nasal: 1º) Inspire profundamente pela narina direita, apoiando o polegar sobre a narina esquerda para fechá-la. 2º) Retenha o ar fechando as duas narinas com o polegar e o indicador. 3º) Destape a narina esquerda e expire por ela. 4º) Suspenso. 5º) Aspire profundamente por esta mesma narina. Tape-a novamente e expire pela direita. Prossiga deste modo tapando alternadamente uma e outra narina. Este exercício é excelente pela massagem que provoca nas fossas nasais; é um dos mais antigos e céleres exercícios dos Yoga, da Índia, que lhe atribuem efeitos maravilhosos para limpar o cérebro e purificar o sistema nervoso. Permite um maior rendimento no trabalho mental e favorece o descanso do intelecto depois de um esforço do pensamento. Porém, para realizá-lo segundo os preceitos da Yoga, seu ritmo deve ser regido pelas batidas do coração: a inspiração durará 6 batidas, o suspenso 3, a expiração 6 e o suspenso 3. Segundo exercício: Realize várias expirações e inspirações profundas, movimentando ao máximo a caixa torácica, e sem levantar os ombros (controle-se pelo aparelho). Importante: Para todos os exercícios seguintes, a inspiração deverá ser ampla e silenciosa, como ao inspirar o perfume de uma flor: as narinas se abrem amplamente, as costelas se separam e o diafragma desce. Para obter a respiração total requerida por estes exercícios, deve ter-se a sensação de encher os pulmões primeiramente pela sua parte inferior. Terceiro exercício: 1º) Inspire profundamente (tal como indicado acima). 2º) Instante de suspenso, para o bloqueio da costelas e do ar. 3º) Aproximando os lábios como para assobiar, envie um pequeno jorro do ar, no dorso da mão. Imagine que o ar bloqueado tem como única saída o orifício de uma agulha. O jorro de ar deve ser frio e compacto: se for quente, isso indica que o ar passa em excesso. A expiração (que durará 30 segundos) deve ser feita sem tropeços. Quarto exercício: 1º) e 2º) tempos como o terceiro exercício. 3º) Como o anterior, porém interrompendo duas vezes a expiração, sem retomar o ar durante esses cortes. Quinto exercício: 1º) e 2º) tempos como o terceiro exercício. 3º) Diga sss..., como para fazer alguém calar. A duração mínima da expiração será de 30 segundos. Vigie a calma e a regularidade da emissão. Para isso, imagine que o som sss... tropeça contra uma parede intransponível: os incisivos superiores. Sexto exercício: 1º) e 2º) tempos como os anteriores.
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3º) Expire sobre zzz... (30 segundos). O "z" francês, como o zumbido de uma abelha. Sétimo exercício: 1º) e 2º) tempos como os anteriores. 3º) Expire sobre iii... (30 segundos). Esta vogal deve ser murmurada sem voz e se sente o ar como freado no palato ósseo. Oitavo exercício: 1º) e 2º) tempos como para os demais 3º) Conte 1, 2, 3 etc (com uma voz de cabeça muito leviana) expulsando o ar estritamente necessário para a palavra, e suspendendo a expulsão entre dois números. A princípio deve chegar a contar 60, para passar logo de 100. É conveniente fazer estes exercícios respiratórios diariamente, o que não levará mais de 10 ou 12 minutos e podem ser feitos a qualquer hora do dia. Porém, Porém, cuide para não se cansar, especialmente se teve algum problema com a pleura. nesse caso deverá proceder gradualmente com muita prudência Respiratório 1) Inspirar expandindo o tórax/barriga; sinta o alargamento das costelas flutuantes, mais ou menos na altura da cintura. Não levante os ombros nem estufe o peito! Mantenha a musculatura do pescoço relaxada. Prenda o ar por alguns segundos e expire esvaziando totalmente os pulmões; 2) Repita o ex.1, fazendo o som "SSSSS..." (contínuo) durante a expiração; mantenha o som homogêneo, estável, sem variações de intensidade, durante um tempo confortável e sem exageros; 3) Repita o ex.1, desta vez fazendo sons curtos em "S" (stacatto); a cada som, procure expandir o tórax (como se quisesse alargar a cintura); 4) Alternar os sons "SSSSS" e "S" "S" "S" (contínuo/stacatto); 5) Repetir os mesmo exercícios acima, com os sons "CH" e "FFFF"; marque o tempo que achar confortável, e procure ir aumentando sua capacidade, sem perder qualidade; 6) Inspire lentamente enquanto caminha 5 passos; observe o alargamento do tórax. Quando for dar o 6o. passo, comece a fazer o som "hummmmm..." com a boca fechada (bocachiusa) por mais 5 passos. Atenção: use a região média de sua voz (não deve ser muito aguda nem muito grave). No 6o. passo, expire todo o ar que restou e recomece o ciclo todo novamente; 7) Repita o ex.6, mas ao invés de "hummmm", conte de 1 até 5, dizendo um número a cada passo. Novamente, use a região média de sua voz; 8) Repita os ex.7, mas tente variar o tempo de expiração. Tente ir acrescentando mais passos para cada número que for dizendo. Isto vai auxiliá-lo a monitorar seu progresso.
Exercícios Ressonância
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Atacando um Tom Vocal: 1. Inspire como se fosse bocejar 2. Sinta por toda parte central o seu corpo expandido 3. Assim que sentir que já está confortavelmente com ar suficiente, segure a respiração por um momento. 4. Inicie o som vocal de forma de bem descontraída e natural, sem uso de nenhum esforço físico consciente. Pense em formar o som vocal com a mente e não com as pregas vocais. Sentirá como se o céu da boca estivesse vibrando. (Isso é Cantar com Máscara) I Exercício a) Utilize a palavra MÃO ou a sílaba NOU, alternando entre uma e outra. b) Pratique com sua voz normal, antes de começar a cantar. c) Pode estender as palavras tentando reproduzir letra por letra: MMMÃÃÃOOO ou NNNOOOUUU. II Exercício a) Faça o som de HUM de um modo leve e sentirá uma vibração no teto da boca. b) Deixe os dentes separados. III Exercício a) Diga a sílaba MI, fazendo primeiro somente o som de M e alternando em seguida para o som do I. b) Abra a boca vagarozamente, fazendo MMMMIIII... Sustentando um Tom Vocal: 1. Mantenha a expansão em volta em volta da parte central de seu corpo todo o tempo que ocorrer a duração do som. 2. Posicione-se numa boa postura, colocando-se de pé em uma posição bem ereta, esticando a espinha enquanto o som estiver sendo produzido. Pense no som fluindo para fora do seu corpo, mas que a respiração permanece lá dentro. Procure pensar na inalação do ar enquanto estiver segurando o som. Cuidado: a) O som deve ser estável e consistente. Nada de ondulações. b) Conserve o tom de qualidade ou sonoridade, a menos que a interpretação não exija. c) O ar deve vir preciso e o mais vagarosamente possível. d) Use a respiração de apoio. e) O som deve ser vivo e encabeçado algumas vezes. f) Equilibre uma tensão entre os músculos de inalação e exalação. I Exercício a) Posicione-se em frente ao espelho e confira sua postura e seu modo de respirar enquanto pratica a sustentação do som. b) Faça o som da letra M, numa altura confortável. c) Mantenha o som estável, vibrante e com a sensação de fluência. d) Repita várias vezes.
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II Exercício a) Execute a sustentação com a letra N, depois acrescente a vogal Ô: NNNNÔÔÔÔ... b) Sustente ao máximo a vogal Ô, de modo confortável, mantendo o som estável, vibrante e fluente. Durante a sustentação do som, a garganta deve seguir de acordo com a posição inicial de bocejo. Procure sentir o céu da boca vibrar quanto estiver executando o som do M, isso ajudará tanto na qualidade do tom quanto na eficiência da ação das pregas vocais. Evite o uso da língua, lábios ou maxilares. Estes articuladores só serão utilizados pra iniciar ou finalizar um tom vocal. No momento que se estiver sustentando um som, procure manter a língua, lábios e maxilares numa posição de descanso. Ponha-se em frente ao espelho e pratique a seguintes formas de sustentar o som: Método I 1. Tome aquela posição de bocejo enquanto inala. 2. Tente manter o item anterior enquanto pronuncia: A A A A A A A H H H. 3. Repita várias vezes. Quando sentir segurança passe para o processo seguinte. Método II 1. Acrescente à sensação de bocejo aquela vibração do céu da boca. 2. Repita várias vezes até sentir a vibração. Quando sentir segurança passe para o processo seguinte. Método III 1. Pratique sustentando a palavra MÁ: M M M M M Á Á Á Á Á. 2. Mantenha os articuladores em posições de relaxamento, até terminar a fonação do M. 3. Sustente agora numa única respiração a seguinte pronuncia: MÁ, MÁ, MÁ, MÁ, MÁ. 4. Utilize o espelho para observar se os lábios e os maxilares pareçam livres e relaxados. 1. Faça os mesmos métodos utilizando IA. Finalizando um Tom Vocal: 1. Um bom escoamento de um som deve ser limpo, preciso e firme até o último momento. 2. A respiração de apoio necessária para sustentar o som deve persistir até o a finalização. 2.1. Não deve enfraquecer-se ou morrer por deficiência de energia. 2.2. Não deve se antecipar o escoamento, pois pode fazer com que o apoio se acabe antes da hora, ou causará tensão na garganta em preparação para a vogal ou consoante que termina a palavra. 3. Não tente finalizar o som parando ou apertando-o em sua garganta, ou interrompendo a respiração. Assim será causada uma tensão e o som tenderá a sair forçado. Dica: Quando o som terminar com uma vogal, você deverá conclui-lo com uma consoante. Ex.: 1. Posicione-se em frente ao espelho e observe os lábios, língua e maxilares enquanto pratica os sons finais.
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL111 2. Cante a palavra GOL, várias vezes, tomando cuidado para manter o tom equilibrado e consistente até o momento final em que reproduzirá o L, rapidamente, firme e limpo.
Ex: 1. Pratique com a sílaba LOU, imaginando que há uma consoante no final. 2. Tente outras combinações de vogais e consoantes; qualquer palavra monossílaba poderá ser usada para essa prática. Quando surge problema na hora de emitir o som vocal é preciso identificar em que área sente-se mais deficiência. Se for perca de fôlego, é preciso trabalhar postura e exercícios para respiração de apoio. Porém, se o som ainda não estiver tão agradável, é necessário voltar à atenção para o ressonador e vibrador. Podem ocorrer três formas de problemas com as pregas vocais. Elas podem estar: frouxas demais, tensas demais ou sem equilíbrio. Pregas frouxas demais As pregas vocais frouxas demais não fecham de forma completa e eficiente. O som torna-se soprado, porque doses excessivas de ar escapam entre as pregas. Assim não há como manter o ar dentro do corpo tanto quanto puder. Através de pensamentos sugestivos e de vocalizes, aprende-se a fechar completamente as pregas vocais e evita-se um som soprado. 1. Pense no inicio de um bocejo. 2. Expanda a parte central do seu corpo. 3. Suspenda a respiração. 4. Pronuncie de forma bem espontânea a sílaba HUM várias vezes, tomando novos fôlegos. 1. Inicie o som novamente. 2. Segure-o e acrescente ao M a vogal i: M M M M i i i i i. 1. Tente de novo alternando os dois sons: M M M M i i i i i i M M M M M i i i i i i i i. 2. Troque o M por N, acrescentando aos poucos i e depois O: N N N N i i i i O O O O. Se com freqüência a respiração se esgota rapidamente, têm-se possíveis chances do som vocal ser soprado. Procure manter um corpo ereto, respirando profundamente. Pregas tensas demais As pregas vocais tensas demais geram um som difícil, tenso, irritante, instável e forçado. A tendência é de outros músculos próximos se tornarem igualmente tensos. Para se corrigir um som muito tenso, deve-se começar relaxando. 1. 2. 3. 4.
Comece com um bocejo e mantenha essa sensação enquanto estiver cantando. Procure identificar olhando-se no espelho as possíveis tensões. Execute exercícios para o relaxamento de corpo. Cante de modo o mais confortável possível.
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Pregas equilibradas A condição ideal é quando as pregas têm uma certa dose de tensão, o suficiente para segurar o ar, e também flexíveis o suficiente para que possam vibrar sem perder qualidade tonal. Vibrações Quando as pregas vocais vibram e produzem som, fazem outras partes do corpo vibrarem. Essas áreas são chamadas de ressonadores. Compreendem a garganta, a boca e às vezes o nariz. São responsáveis pelo fortalecimento do som de base e aperfeiçoamento da qualidade. A garganta deve manter-se relaxada, como a sensação do bocejo. Para o uso correto da boca, deve-se manter o maxilar, os lábios e a língua livremente relaxados, também com sensação do bocejo. O nariz só participa dos sons nasais, que requerem no português o som do: M, N e do NH. Experiência I 1. Posicione-se em frente ao espelho em uma boa postura. 2. Pressione sua mão direita contra o tórax superior 3. Diga: BUM, BUM, BUM. Bem alto, segurando o M final. 4. Sentirá os ossos do tórax vibrando sob suas mãos. 1. Coloque a mão em volta da garganta. 2. Diga: ZUM, ZUM, ZUM. 3. Sentirá também vibração sob sua mão. 1. Pressione os dentes superiores com os inferiores. 2. Faça uma espécie de zumbido. 3. Sentirá também os dentes vibrarem uns contra os outros. 1. Feche os lábios. 2. Faça o som de HUM. 3. Sentirá os lábios vibrarem e o céu da boca. 1. Pressione um dedo na parte superior do nariz. 2. Faça o som de N. 1. 2. 1. 2. 3.
Pressione os dedos contra a face toda Faça um HUM bem alto. Pressione os dedos contra a testa ou o topo da cabeça. Faça um zumbido. Essas vibrações não serão tão fortes, mas mesmo assim sentirá.
Experiência II 1. Faça o som de HUM. 2. Aperte o nariz com firmeza entre o polegar e qualquer outro dedo. 3. O som será cortado. 1. Sustente o som de N. 2. Aperte o nariz novamente. 3. O som será cortado.
1. Agora sustente o som de NH. 2. Aperte o nariz novamente. 3. O som também será cortado.
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Experiência III 1. Coloque o polegar e outro dedo levemente contra a narina de modo que a feche, mas sem apertá-la. 2. Diga NON várias vezes. 3. Observe quão nasal sua voz sairá. 1. Coloque o polegar e outro dedo levemente contra a narina de modo que a feche, mas sem apertá-la. 2. Porém dizendo AHA, AHA, AHA. 3. Retire a mão do nariz e repita o som. 4. Não verá diferenças nesse modo, porque nesses sons o nariz não tem papel de ressonador. Se você tentar forçar ressonância na garganta, o som será abafado e escuro. Se concentrar a ressonância na boca, o som será com brilho em excesso e fino. Se usar demais o nariz, o som sairá nasal. 1. Cante com os lábios retrocedidos, como num sorriso forçado; verá a ressonância na boca. 2. Cante puxando os lábios para cima dos dentes, até você ter uma pequena abertura da boca; verá a ressonância na garganta. 3. Cante pelo nariz; soará como um nariz. O melhor som é aquele que tem um pouco de ressonância da garganta para ser rico, cheio e doce; um pouco de ressonância da boca, para ser brilhante, claro e contínuo; e também um pouco de ressonância nasal, somente nos três sons nasais (M, N e NH). O bocejo é fundamental para o relaxamento de todas as partes ressonadoras. Nunca esqueça que os belos sons virão da imaginação do cantor. TÉCNICA DA EMISSÃO No estudo da técnica vocal não importa a quantidade de exercícios nem a sua variedade. O importante é fazê-los. Um só exercício perfeitamente realizado é muito mais proveitoso que uma série de escalas cantadas de qualquer modo. É melhor não fazer nenhum que fazê-lo mal. Fazer exercícios com a língua para fora ou com os dedos entre os dentes, ajuda a compreender o relaxamento e a manter uma boa posição dos órgãos da boca. para ser completo e eficaz, deve ser uma verdadeira ginástica vocal. As vozes ásperas devem insistir sobre as vogais "U" e "O". As vozes opacas estudarão mais as vogais "E", "I" e "A". Os exercícios devem sempre ser feitos em pé. Os primeiros exercícios se referem à impostação da voz: controle do ar, utilização dos ressonadores, posição dos órgão da boca, relaxamento, continuidade e homogeneidade do som. Os seguintes desenvolvem a agilidade, flexibilidade, o legato e a musicalidade. Tudo se pode aprender
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Qualquer um que possua sentido musical, bom ouvido e uma voz falada bem timbrada, pode esperar obter bons resultados no estudo do canto. Exercícios Respiração: Exercício para percepção da inspiração involuntária: Muitas pessoas fazer muito barulho ou forçam a inspiração numa tentativa de encher mais o pulmão de ar. Muitas vezes a musculatura está muito tensa e impede uma livre circulação de ar. Solte todo o ar murchando a barriga. Fique alguns instantes sem ar. Relaxe a musculatura deixando então o ar entrar, mas sem forçar sua entrada. Faça isso algumas vezes e você vai perceber que não há necessidade de fazer esforço para que o ar entre. Ele entrará sozinho, pois a entrada do ar é algo que acontece naturalmente quando sentimos necessidade de inspirar. Esse exercício serve também para exercitarmos a elasticidade da musculatura abdominal para dentro e para fora. Exercício para a ativação e expansão da musculatura diafragmática e intercostal. Inspirar enchendo primeiramente a região abdominal e depois as costelas, lateralmente. Expirar primeiramente o ar do abdômen e depois na parte lateral das costelas. Fazer isso num movimento contínuo: Inspiração: parte baixa depois lateral; expiração: parte baixa e lateral. Exercício para treinar a saída do ar com controle ( apoio) Precisamos, no canto, dominar o tempo da entrada e da saída do ar. Precisamos dosar a saída do ar conforme o tamanho de uma frase musical e a inspiração também deve estar de acordo com o tempo hábil para fazê-lo entre uma frase e outra. Inspirar abrindo as costelas e na expiração soltar o ar firmando o abdômen tentando não fechar as costelas. À medida que o ar vai acabando, aumentar a pressão da musculatura abdominal. ( esse exercício pode ser feito contando o tempo da saída do ar para ir aos poucos dominando maior tempo na saída. Ex: soltar o ar em dez tempos depois em quinze, vinte, etc). Podemos também acrescentar a este exercício o controle do tempo da entrada do ar, que muitas vezes deve ser rápida, dependendo da frase musical. Então, além de contar a entrada do ar, fazemos uma contagem para a inspiração e vamos a cada vez diminuindo o tempo para a inspiração. Exercício para treinar a pressão da saída do ar. Quando temos uma nota mais aguda de repente, ou precisamos fazer um som com uma intensidade mais forte, precisamos utilizar mais o apoio respiratório para não sobrecarregar as cordas vocais. Tomando como base o exercício anterior, vamos, na saída do ar, fazendo movimento abdominais com pressão alternada. Na saída do ar com um "sssss" prolongado, vamos fazer ora uma pressão no abdômen e ora diminuindo essa pressão. Isso num mesmo sopro, sem interrupção. Você vai observar que quando aumenta a pressão do abdômen aumenta a pressão do ar. Não esqueça de manter as costelas abertas. Exercício para treinar a abertura das costelas: Uma das formas para sentir a abertura lateral das costelas no canto é da seguinte maneira: Vá inspirando lentamente e ao mesmo tempo levantando os braços na
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL115 lateral até que ele chegue à altura dos ombros. Mantenha alguns segundos a inspiração e observe que suas costelas estarão mais abertas na lateral. Solte o ar e tente manter as costelas abertas. Faça uma vez a expiração com os braços ainda na lateral e depois tente fazê-la soltando os braços mas mantendo as costelas abertas.
OBS: Cuidado para não tensionar os ombros enquanto faz o exercício e também cuidado para não direcionar o ar para a parte alta do pulmão. Outro exercícios para sentir a abertura das costelas, mas na sua região costal faça o seguinte: sente na ponta de uma cadeira, deixe seu corpo cair todo para frente, inclusive sua cabeça. Inspire nesta posição e vai perceber que o ar se direciona para a lateral e para as costas. Exercício para treinar a respiração na parte baixa do abdômen: Muitas pessoas quando tentam fazer a respiração intercostal a fazem de forma muito "alta", ou seja, utilizando pouco os músculos abdominais. Existem diversas técnica de respiração. Acredito que se deve inspirar desde a base do abdômen abrindo em seguida as costelas. Em alguns momento ou para algumas pessoas torna-se difícil fazer a respiração mais baixa, principalmente para indivíduos com tendência a ansiedade e vida muito agitada. Aprendi através da yoga e outras técnicas corporais, que quando a respiração " não desce" e mantêm muito no tórax, a melhor maneira de fazê-la "abaixar" é através da contração e relaxamento dos músculos glúteos. Experimente expirar o ar lentamente e, ao mesmo tempo, fazer uma contração anal. Quando se encontrar sem ar relaxe o abdômen e vai perceber como a respiração se torna plena. Repita o exercício algumas vezes. Exercícios de Respiração Diafragmática - Soltar todo o ar. Inspirar conforme explicado acima, depois soltar o ar com um Sssss fraco, com uma pequena contração dos músculos glúteos e do períneo. O Sssss deve ser feito por dez segundos, e sem interrupção durante o ato. Aumente o tempo de dez segundos gradativamente. - Inspire corretamente. Solte vários "s" curtos e separados um do outro. Para cada "s" a barriga "entra" quando o som sai, e "enche" quando você inspira para emitir o próximo "s". - Inspire corretamente. Solte 4 "s", cada um durando 1 tempo e destacando um do outro, ou seja, na mesma expiração, faça 4 "s" curtos e separados. Ainda na mesma expiração, solte apenas 1 "s", em quatro tempos (conte até quatro). Repita várias vezes, aumentando a duração do último "s" para: 8 tempos, 12 tempos, 16 tempos, 20 tempos, etc, durante quantos tempos você agüentar. EXERCÍCIOS DE TÉCNICA VOCAL 1º Exercício - O Golpe de Arco" do Cantor Este 1º exercício tem o duplo objetivo de ensinar a encontrar e utilizar as ressonâncias faciais e a suster o som. Cerre a boca observando sua posição natural de descanso, os dentes ligeiramente separados e o fundo da garganta livre e aberto. Se você tem tendência a contrair, ensaie um "bocejo reprimido" no interior de sua boca fechada.
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Aspire uma quantidade de ar médio e logo bloqueie. Ataque à nota se golpe de glotis, com o som da consoante "m". Se isto lhe parece difícil, tente fazendo: "Hemm... "aspirando o "h". Sustenha o som o quanto seja possível, porém termine antes de ficar sem ar, e em forma decrescente. Acostume-se desde o princípio a efetuar bem o ataque e a terminação. Para guardar muito tempo o ar e economizá-lo, envie-nos para cima, por detrás dos olhos, tendo a sensação de que o som sai por eles. Sentirá, então, vibrações por detrás do nariz, podendo verificar se apoiar o polegar e o indicador sobre o osso do nariz. Nem sempre se encontra logo a maneira de chegar a todos os ressonadores, porém, no transcurso da prática, se notará que a voz irá abrindo novos sítios de ressonâncias, exatamente como se abrem novas portas em uma casa. 2º) Exercício - Movimento da Língua e dos Lábios enquanto se mantém o Som Este exercício se realiza murmurado as consoantes "M" e "N" sem vogais intercaladas. Comece exatamente como o 1º exercício. Depois, sem cortar o som, pronuncie a consoante "N" (sem o "e" final) entreabrindo os lábios e apoiando firmemente a língua contra o céu da boca. A vibração interna é mais intensa que no 1º exercício, todavia, o som não de mudar sua colocação ao trocar a consoante. Deve ter-se a sensação de ir subindo continuamente. Pense em cada uma escada ou em uma pilha de pratos: cada consoante que pronuncie será um degrau dela, cada vez mais alto. Temos que subir constantemente para não abaixar o som. 3º Exercício - A Colocação das Vogais Agora que você sentiu as vibrações de seus ressonadores faciais e, em conseqüência, achou o lugar em que se colocar o som, trataremos de situar as vogais. Emita o som MM... Quando senti-lo bem colocado, abra a boca dizendo: Mma... Mme... Mmi...Mmo... Mmu... (francesa). Os músculos do pescoço e dos maxilares, devem achar-se completamente distendidos e o interior da boca, aberto, como reprimindo um leve desejo de bocejar. As vogais devem abrir-se no alto do zumbido Mm... como a flor sobre seu caule. Estes primeiros exercícios estão destinados especialmente a suster o ar e buscar os ressonadores. Os resultados com eles obtidos, assim como os que se ganharam os exercícios respiratórios, devem aplicar-se a todos os exercícios seguintes. 4º Exercício - Para Distender o Fundo da Garganta e Amansar a Língua Este exercício tem por objetivo conseguir a distensão do fundo da garganta e evitar que se contraia a língua. Pegue entre o polegar e o indicador a ponta da língua com um lenço limpo, naturalmente. Puxe-a para fora da boa. Abra uma boca bem grande. Realize o exercício sobre uma "e" bem aberta, muito suave e quase sem timbre. Se ao subir na escala vocal a língua resiste e tem tendência a contrair-se na boca, não ceda, pois é justamente nos agudos quando mais se necessita ter a garganta livre. Neste exercício, não busque qualidade nem redondeza no som; só interessa a distensão. É absolutamente indispensável segurar a língua com os dedos, pois do contrário,
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ainda que ela não volte a entrar na boca, poderá contrair-se mudando de forma.
Observação importante sobre os exercícios - "Tirando a língua", ou seja, na "emissão fisiológica" Ao tirar a língua fora da boca, mantendo-a imóvel mediante dos dedos cobertos por um lenço, se imobilizam todos os músculos que governam, assim como os numerosos músculos da laringe e do pescoço. Só as cordas vocais permanecem livres para produzir o som. É necessário advertir que todas as notas devem poder ser emitidas assim "fisiologicamente" (ou seja, em estado rústico e unicamente pela contração das cordas vocais), pois aquelas que necessitam outros músculos para a dita "emissão fisiológica" são sons artificiais que, não só fatigam a voz, sendo que jamais alcançaram a flexibilidade e a pureza dos sons naturais. (Estão fora desta regra alguns sons sobreagudos das sopranos ligeiras, que se emitem aproximando o véu do paladar à base da língua, no fundo da boca). As cordas vocais, por si só, devem fazer um esforço de aproximação que constituem uma ginástica fortificante; nos agudos se sente como se a língua puxasse para dentro com todas as suas forças para ajudá-las. Os exercícios que se fazem "tirando a língua" constituem uma grande ajuda para a reeducação das vozes cansadas. As vozes que perderam a facilidade na emissão pelo abuso de artifícios empregados para alcançar notas, as quais não podiam chegar, devido ao relaxamento e cansaço de suas cordas vocais. Estes exercícios são também um remédio eficaz para as vozes que têm tendência a "cair": é como a afinação das cordas, que se ajustam à posição requerida para cada nota. Quando o laringologista quer verificar o estado da voz de uma pessoa, a faz tirar a língua fora da boca para verificar por meio de seu espelho se as cordas vocais se juntam bem na emissão do som "e" em toda a extensão da voz. Este é o critério para saber se as cordas vocais estão sãs. O emitente laringologista, Dr. Wicart, de Paris, fundamenta todo seu método vocal sobre esta emissão fisiológica na sua importante obra: "O Cantor". Segundo sua opinião, o exercício com a língua para fora basta para desenvolver e manter a voz dos cantores. Sem estar totalmente de acordo com ela, devemos reconhecer que a soma desses exercícios aos outros é sumamente eficaz para a reeducação das vozes estropiadas e para impedir a contração dos músculos ao impostar a voz. Porém cuidado: neste, como no todo, a língua pode ser a melhor ou a pior das coisas; temos que saber utilizá-la com conhecimento de causa. 5º Exercício - Para Abertura da Boca Este quinto exercício se realiza sobre "u" introduzindo entre os dentes os dois dedos, indicador e médio, um em cima do outro. Os dentes não devem mordê-los e sim tocálos ligeiramente; os lábios, ao contrário, devem apertá-los com firmeza. Deve-se ter a impressão de que o som "u" está colocado sobre os dedos, bem adiante, perto dos lábios. Abra mais a boca ao subir, separando os dedos em forma de forquilha. No agudo deve haver lugar para três dedos... sempre que não sejam demasiadamente grossos. O interior da boca deve permanecer sempre completamente aberto, na posição de bocejo. 6º Exercício - O Bocejo Adota-se decididamente a posição de um bocejo bem grande com a boca aberta e levantando o véu do paladar. (Isto provoca um verdadeiro bocejo, mas temos que
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reprimi-lo ou evitá-lo). Não deve haver rigidez nem contração; pense no bocejo de um bebê ou de um gatinho. Efetue o seguinte exercício sobre "a" ou "an" francês, atacando as notas por cima do bocejo, atrás do nariz. Coloque bem a primeira nota e trate logo de não variar de lugar. Ascenda cromaticamente até o extremo mais agudo da voz. Este exercício, devido a total abertura da garganta que provoca, é o que permitirá alcançar melhor as notas mais altas. Importante: A coluna de ar ascende à medida que as notas são mais altas, mediante a elevação do diafragma produzida ao contrair o ventre, elástica e progressivamente. Nos sons sobreagudos, este movimento se acentua, a boca se abre ao máximo, o véu do paladar se levanta cada vez mais, esboçando-se a atitude do vômito. 7º Exercício - Ressonadores, Articulação, Legato Este exercício se realiza sobre "ling", "lul" ("u" francesa) e "ble". Ling: pronuncia um "L" bem firme e logo o "I", tendo a sensação de colocá-la contra o paladar, mandando-a para frente. Tudo isso sempre em um ligeiro bocejo. Sobre a segunda nota diga "ing", passando rapidamente sobre o "I", para fazer a voz vibrar em "NG", bem perto do nariz. O intervalo de 3ª que separa as duas notas, exige uma ligeira distensão da mandíbula. Não se deve pronunciar "E" entre os dois "ling" (segunda e terceira notas), e sim, parar sobre a vibração "NG" até a emissão da sílaba seguinte. Sobre a terceira nota diga "lin" sem demorar-se em "li", e sim, mandando em seguida, a vibração "NG" até o nariz (ressonadores). As quatro últimas notas se cantam do mesmo modo, tendo o cuidado de não deixar baixar a voz nos terceiros descendentes: ao catá-las, deve-se ter a sensação de subir. Lul: ("U" francesa), pronuncie como antes, um "L" bem enérgico. O "U" deve colocarse bem à flor dos lábios. Faça vibrar a 2ª nota sobre o "L" final de "ul", mantendo a língua firmemente apoiada contra o paladar (com a garganta bem aberta). Esta vibração sobre o "L" é muito pura, porque todo o ar se concentra no som pelo movimento de língua. Sobre a terceira anota do exercício cante "lul" passando rapidamente pelo "U", para fazer vibrar o "L". Ao descer, siga as mesmas indicações que para "ling". É difícil pronunciar "ling" e "lul" senão na "tessitura" da própria voz. Quando, ao subir, comece a sentir alguma dificuldade, troque as sílabas por "ble" dobrando as consoantes. Legato: Durante todo o 7º exercício, se tratará de ligar o máximo possível as notas, sem fazer "portamento", ou seja, sem deslizar a voz de uma nota para outra, passando por sons intermediários. Temos que cuidar igualmente da articulação para que não rompa a continuidade do som, o que quebraria a linha melódica. 8º Exercício - A Grande Escala A escala grande é, dito pelos grandes cantores, "o exercício mais necessário para todas as vozes". Tome bem o ar e bloqueie-no, pois essa escala exige um perfeito controle do mesmo. Deve-se cantar sobre "U-I". Por meio da pronúncia correta de "U", se consegue abrir bem a garganta e o interior da boca. Imediatamente se passará para o "I" sobre a mesma nota, tendo a sensação
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL119 de que está colocada muito mais alta que o "U", como se fosse sair por entre os olhos. Mantendo firmemente a nota e o "I" se prepara a subida até a nota seguinte sobre "U". Essa passagem de uma nota à outra, deverá ser flexível, como o movimento que fazemos ao caminhar, quando apoiamos primeiramente um pé e o levantamos logo, com naturalidade. Quase sempre, no princípio, os alunos não conseguem subir com soltura mantendo bem aberto o fundo da garganta. Nesse caso, podem pronunciar "A-U-I" não cortando nem deixando escapar o som. Como cada nota deve ser mantida durante um bom tempo, acontece quase sempre de terminar o ar antes da quarta nota. Para que isso não aconteça, é recomendado que se economize o ar como se tivessem que cantar uma nota a mais. Este truque sempre dá bom resultado e a última nota sai tão firme como as anteriores. Deve-se terminar sempre decrescendo. Na descida, como sempre, "temos que subir". Ao atacar o primeiro "do" imagine ter uma laranja dentro da boca e outra no funda da garganta, por sobre as quais deve passar o "A-U-I". Quando a escala desce, o "I" que havia deformado um pouco no agudo, pelo bocejo, deve tornar-se cada vez mais "I", mais clara, como mordendo-a. A Escala Grande deve ser cantada em toda a extensão da voz, subindo cada vez mais, cromaticamente. No agudo, se tem a sensação de que a garganta está exageradamente aberta, para caber melhor o som. quando os sons estão bem colocados as vibrações são tão fortes no agudo, que não é raro alguns ficarem aturdidos. A coluna de ar deve suster com firmeza o ar e seguí-lo em sua subida, elevando o diagrama )do que se consegue contraindo progressivamente o ventre). Há outro modo de suster o som com o ar nas subidas fortes que é, ao contrário, empurrando todos os músculos para baixo. Este recurso dá muito resultado, principalmente para os homens e nos têm voz grave, em geral. Assim sempre se consegue grande firmeza e potência, mas não tanta flexibilidade nem altura de voz como a primeira maneira. A primeira é adotada pelo método italiano, ao passo que a última se presta muito ao canto wagneriano.
9º e 10º Exercícios - soltura da Mandíbula Inferior Diga "da...a", "da...a", três vezes sobre a mesma nota, abaixando energicamente o queixo ao dizer "da" e subindo no "e". A língua, depois de haver encostado no paladar para pronunciar o "d", volta rapidamente à sua posição inicial e se tem a sensação de que é ela quem empurra a mandíbula para baixo. Colocando os dedos na frente das orelhas, pode-se seguir o movimento de abertura das juntas da mandíbula. Repita o mesmo sobre: "za", "za", "za", "za", "za". Abra bem a boca, nas segundas, terceiras e quartas notas que são agudas. A última, grave, deve colocar-se no alto, próxima a sua oitava superior. 11º Exercício - Concentração do Ar no Som Se realiza sobre "DDU" ("U" francesa). Duplique o "D", para poder enviar o "U" bem adiante, entre os lábios. quando a vogal está colocada bem adiante, o som ressoa na parte anterior da boca.
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Pode-se imaginar que canta em um globinho colocado ente os lábios, na frente dos dentes. Sobretudo não sopre ao cantar o "U": levante uma parede imaginária na frente do seu ar, ou que precisa reter um cavalo muito veloz com as rédeas. Todo o ar deve converter-se em som. Isto pode se controlar por meio de uma vela acesa: coloque-a diante da boca, a dez centímetros de distância, no máximo. Sua chama não deve oscilar enquanto você canta. Se o exercício está bem feito, todo ar fica no som para enriquecê-lo. Este exercício deve ser feito subindo cromaticamente na extensão da tessitura. Quando se chega ao alto médio, o globinho se desloca para o centro da boca. 12º Exercício - Condução dos Sons Graves aos Ressonadores Temos dito que por mais graves que sejam os sons, devem recorrer sempre aos ressonadores faciais para serem enriquecidos com seus hormônios e assegurar a homogeneidade da voz. Por meio deste exercício, se encontrarão muito facilmente os ressonadores faciais nos sons graves. Se comprovará, ademais que não é necessário buscar as ressonâncias do peito nas partes graves: elas surgem por si, deverá se ter o cuidado de não apoiálas ali, pois os sons graves têm seu ponto de apoio no mesmo lugar que os outros sons. Aspire fortemente o "H". Passe rapidamente pelas vogais, para fazer vibrar a nota no duplo "N", com a língua apoiada firmemente contra o paladar. Se o exercício está bem realizado, é impossível não encontrar as ressonâncias faciais, ainda que para as notas mais graves da voz. 13º Exercício - Preparação para os "Pianos" Começa-se por pronunciar o "I" bem na frente, justamente atrás dos incisivos superiores, um "I" penetrante, com a boca aberta ao máximo e como querendo morder o som. Depois, trata-se de chegar à vogal "U" francesa, fazendo dela um som pleno, puro, etéreo, suave, estável e tão tranqüilo como se pudesse ser mantido quase indefinidamente. Para conseguir "I", entre o primeiro "I" e "U", o interior da boca se estira para cima; os lábios se adianta para pronunciar o "U", e se tem a impressão que ela dá uma volta até o fundo da boca, indo ressoar no alto por detrás dos olhos, com uma pureza surpreendente: é um som de flauta em uma catedral; sua calma e sua firmeza se mantém por um fio de ar. Realizando bem este exercício, chega-se a adquirir a ciência dos "pianos" mais tênues, mais puros e mais estáveis. Poder-se-á sustentar as notas indefinidamente, chegando inclusive a esquecer que se canta. É por meio deste exercício, e partido deste "pianíssimo" que se deve iniciar o estudo dos sons "filados". Aumenta-se lenta e progressivamente a intensidade deste som admiravelmente colocado. Como sempre, no som mantido, deve-se continuar apontando-o para o alto e repetindo-se mentalmente a vogal. Estando esse som muito bem colocado, o ar não escapa e poder-se-á conservá-lo facilmente para o "diminuindo" que deverá ser também lento e progressivamente. Isto tudo será mais fácil exemplificando e explicando oralmente. 14º Exercício - Sons Picados Um som picado é um som atacado como qualquer outro, ou seja, nitidamente.
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL121 O que faz dele um som "picado" é a grande rapidez que o cortamos, como se o queimássemos. Sobretudo, este corte deve ser muito nítido, e o ar não deve transbordar nem durante sua realização, nem depois da mesma. Os sons picados podem ser comparados às bolas lançadas por uma raquete contra o tabique (imaginário) colocado atrás do nariz que seria como um muro contra o qual se exercitam os tenistas.
15º Exercício - Os Intervalos Os intervalos deverão ser trabalhados primeiramente do agudo ao grave e, logo depois, do grave ao agudo. Tomemos, por exemplo, a quinta. para uma voz não trabalhada, poderia parecer difícil executar sem mudar o luar de colocação da voz e... cuidado com os registros. Mas pode-se vencer esta dificuldade começando pela nota mais alta e trazendo bem perto dela a nota grave, tendo a impressão de que se canta uma mais alta que a anterior e, deste modo, não se alterará a homogeneidade vocal. Uma vez colocada bem alto a nota grave, cante imediatamente a quinta ascendente. Deve-se trabalhar no mesmo modo todos os intervalos até chegar a se acostumar a tornar sempre a nota grave ao lado da aguda cada vez que se canta um intervalo relativamente grande. 16º Exercício - Escalas Descendentes e Oitavas Se realiza sobre o "E" com a boca meio aberta (dois dedos de altura). Fixe bem o "do". Mantenha-o firmemente em seu lugar, cuidando que tudo permaneça imóvel no interior da boca (condições essencial nos sons mantidos). Nesta posição bucal, "suba" a escala descendente, fazendo todas as notas chegarem ao mesmo lugar de ressonância: é como se as notas fossem, nessa subida, à procura do "do". Só para as últimas notas graves, a boca poderá voltar a fechar-se imperceptivelmente, enquanto a voz, e o "E" se aclaram. Deste modo, no "do" grave, permanecerá muito perto do primeiro e se pode voltar a cantar a oitava, sem nenhuma dificuldade, com a maior homogeneidade, baixando ligeiramente o queixo. Este exercício deve ser praticado em toda a extensão da voz. À medida que se sobe, deverá abrir-se cada vez mais a boca e a garganta para atacar a primeira nota. Nas escalas descendentes deve-se acentuar ligeiramente a segunda nota, cuja precisão assegura a das notas seguintes. 17º Exercício - O Trinado O trinado é o único exercício vocal que se efetua realmente na garganta, por meio de uma sacudida mecânica da laringe. Isto se pode comprovar, apoiando os dedos contra o pescoço, na altura da Maçã de Adão (ou seja, a laringe). Começamos a trabalhar o trinado sobre a terça. Depois sobre a segunda (trinado propriamente dito). A fusa provoca uma sacudida da laringe. Esta sacudida, ao repetir-se, se transforma em uma oscilação regular que não é outra coisa senão o trinado. Certas vozes podem cantar o trinado com muita facilidade, enquanto outras devem exercitar muito antes de poder fazê-lo. Os italianos antigos exercitam o trinado repetindo muito rapidamente a mesma nota sobre a letra "I
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Antes de usar a voz, é necessário aquecê-la.
A voz nada mais é que o resultado de um trabalho sincronizado de músculos; o aquecimento destes músculos, aumentam a irrigação sangüínea, tornando-os flexíveis e menos suscetíveis a lesões. Assim você prepara a voz para uma utilização mais intensa, sem se machucar. Depois de usá-la, é importante desaquecê-la. Desaquecer a voz, nada mais é que trazê-la novamente à forma muscular utilizada na FALA. Se não fizermos isso depois de cantar, continuaremos utilizando uma forma muscular do canto, mesmo que só falando e isso causa um desgaste da voz; a voz fica "descolocada". Para o desaquecimento, é indicado: #1. Vibração de lábio em duração, emitindo o som "Brrrrrrrrrrrrrrrrrr...", pouco volume, pouca projeção e em uma afinação bem grave (som basal); #2. Vibração de língua em duração, emitindo o som "Trrrrrrrrrrrrrrrrrr...", tbm com pouco volume, pouca projeção e em som basal; Obs: não precisa exagerar na duração, não precisa chegar no limite do seu fôlego!!!! #3. Bocejo e beba água em temperatura ambiente: o movimento da deglutição(engolir) e do bocejo, relaxam a musculatura da Laringe; #4. Mantenha a voz em repouso por uns 20 minutos sem falar. Pronto! A voz estará desaquecida!
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DICAS PARA CUIDAR DA VOZ PARTE 01 Kelen Franco Nunca fique exposto(a) ao vento, sol excessivo ou tome bebidas geladas e sorvetes no dia em que você for trabalhar; Pegar sol com moderação é fundamental para quem trabalha com a voz: ele protege de algumas alergias respiratórias; Faça um aquecimento vocal 20 minutos antes de cantar; Depois do trabalho, sua garganta estará aquecida. Cuidado, então, com correntes de ar, ar condicionado, ventiladores e friagem; Se você trabalha em ambiente com ar condicionado, poeira ou fumaça de cigarro, beba muita água, em temperatura ambiente, durante a função; Para uma voz firme a afinada, é necessário dormir pelo menos 8 horas por noite; Se você é daqueles(as) que falam aos berros, mude de estilo. O uso inadequado da voz pode trazer problemas sérios como, por exemplo, nódulos nas cordas vocais; Rouquidão freqüente é um péssimo sinal. Pode significar, entre outras coisas, esforço excessivo das cordas vocais. Procure um médico; Nunca tome própolis pura ou misturada com água. Se você quiser ingerir este alimento, dilua algumas gotas em uma colher generosa de mel. E cuidado com sprays "milagrosos" que são jogados diretamente na garganta; Comer maçã com casca é excelente para limpar a garganta; A respiração é fundamental para quem usa a voz. Imagine que você é um violino e suas cordas vocais são as cordas desse violino. O ar que você respira será o arco usado pelo violino para tirar os sons das cordas. Em outras palavras: sem ar, não há som; Clique para saber mais: http://www.kelenfrancocanto.blogger.com.br/respiracao.htm Exercite-se regularmente, fazendo exercícios aeróbicos (que trabalham a respiração) como, por exemplo: caminhada, ciclismo, dança e natação; Movimentamos vários músculos para cantar e falar. Por essa razão, prefira sempre os exercícios aeróbicos moderados seguidos de um bom alongamento. Exercícios pesados tornam a musculatura do corpo muito tensa e acabam comprometendo a performance
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Quando estamos nervosos ou tensos, nossa respiração fica alterada e, conseqüentemente, a voz. Para que isso não aconteça, faça muito relaxamento e trabalhe o auto-controle emocional; Clique para saber mais: http://www.kelenfrancocanto.blogger.com.br/respiracao.htm Um(a) profissional da voz não utiliza apenas os aparelhos fonador e respiratório para cantar ou falar. Uma boa interpretação necessita de técnica, sentimento e expressão corporal; Nada melhor do que uma boa técnica vocal para tirar partido do talento que Deus lhe deu. O limite de um profissional com talento e sem técnica é muito pequeno. Estude muito a fim de desenvolver ao máximo o seu instrumento e, principalmente, conhecer a sua extensão vocal. Faça o melhor para Deus, afina, Ele merece... e muuuuito!!!! Visite um otorrinolaringologista regularmente a fim de prevenir futuros problemas com a voz. O seu instrumento não pode ser trocado, vendido ou comprado como um teclado ou um violão. Ele é único, e lembre-se: se você tratar a sua garganta com carinho, ela poderá lhe dar grandes alegrias.
DICAS PARA CANTORES PARTE 01 Kelen Franco Cantar com uma caneta entre os dentes pode melhorar a dicção. Abra a boca para cantar. Isso pode melhorar sua afinação. A última nota de uma frase musical pode finalizar uma canção ou destruir a conclusão dela. Ouça de tudo e retenha o que é bom. Alguém sempre terá algo a ensinar pra você. Se você quer ser um ótimo artista, prestigie as artes que não seja do seu mundo particular. Veja obras de pintores, escultores; veja ballet, teatro, leia um livro, seja atento para a natureza, etc. Se você tem problemas com as notas graves, encurte a nota e suavize a voz. Cuidado na hora de escolher a tonalidade da música. Apresentação é uma coisa e ensaio é outra. Na apresentação nossa adrenalina colabora para que nossa voz soe mais aguda. O nervosismo reflete em cansaço físico na voz. Nós parecemos ofegantes sem estarmos cansados fisicamente. Demonstre sempre leveza no palco, como se fosse uma pena flutuando. Não deixe a responsabilidade de cantar ser um peso.
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Não se empolgue cantando ao vivo porque sua afinação pode subir. As notas graves necessitam de menos pressão, porém são mais difíceis de afinar, pois devermos ter mais domínio do controle de saída do ar.
DICAS PARA CANTORES PARTE 02 Kelen Franco Os agudos sempre saem melhores numa apresentação do que os graves, pois há uma preocupação maior com as notas agudas. Porém, a preocupação tem que ser igual para todas as notas. Dormir bem é ótimo remédio para a voz. Alguns necessitam de quantidade. Mas, o que importa é a qualidade do sono sem interrupções. Toda pessoa que não estuda, estagnada está. Você tem que fazer todos os exercícios de canto que existem, mas deve saber aplica-los nas músicas que canta freqüentemente. Estude os exercícios que você tem mais dificuldade do que os que já domina. Descubra sempre coisas novas dentro da mesma música. O trabalho em grupo rende mais porque tem sempre alguém que pode te ajudar e você sempre pode ajudar alguém. Por isso, peça ajuda. Tente colocar e tirar os vibratos na música. Não seja escravo dele. Toda nota que você der pode vir a seu favor ou contra. Toda nota é especial: nota de passagem, grava ou aguda. Toda nota é música! Por isso, valorize todas elas de maneiras diferentes. Ter criatividade, controle e equilíbrio é saber dar uma nota aguda e suave ou “mandar ver” se for necessário.
O UNIVERSO PARALELO DO CANTOR (MICROFONES) por Kelen Franco
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Todo cantor precisa saber dos acessórios básicos. Aqui estão algumas dicas pra
você: Microfones Existem 2 tipos de microfones: unidirecionais ou direcionais e onidirecionais. Para o cantor é melhor usar um microfone que seja direcional para evitar a entrada de outro tipo de som que não a sua voz. Facilitando assim a regulagem do seu microfone na mesa de som. Polaridade: é a característica dos microfones captarem sons em diversas direções. Microfone Onidirecional O microfone onidirecional capta o som igualmente em quase todas as direções. Ele trabalha bem num raio de 360 graus independente da direção em que o microfone estiver apontado. Unidirecional (ou Direcional) O microfone unidirecional é projetado especialmente para captar melhor o som da sua frente. “Quanto mais furinhos o microfone tem na lateral, mais direcional ele é”. Marcas Shure Beta 58 Sennheiser AKG Newmann U 87 A Groove Tube Audio Technica Qual a função do Cantor? A função básica do Cantor, por incrível que pareça, é cantar. O cantor em que se livrar das coisas que o impeçam de cantar e de utilizar seu instrumento. Ex: traumas vocais, falta de estudo, hábitos errados. Como cuidar bem da sua saúde vocal: - Não fumar, evitar bebidas alcoólicas. - Não fazer uso de spray ou pastilhas - Evitar gelado - Evitar o ar condicionado, pois provoca o ressecamento das mucosas, alterando a vibração das pregas vocais. Se não for possível evitar o ar condicionado, procure sempre beber água, durante todo o tempo que estiver exposto a ele. - Não pigarrear - Manter a cabeça reta no ato da fonação (para livre passagem do ar) - Articular bem as palavras - Não competir com ruídos externos - Fazer repouso vocal antes de uma exposição prolongada - Ingerir muito líquido para hidratar as pregas vocais
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Cuidar da saúde vocal é evitar problemas que o impeçam de exercer, mesmo que temporariamente, sua função de cantor. Autoconfiança se adquire com estudo. O mais importante caminhamos.
não
é
onde
nos
encontramos,
mas
para
onde
SEJA OTIMISTA 1. 1.Tenha uma visão mais positiva da sua voz. Seja otimista consigo mesmo. Se você não for apaixonado por sua voz, é hora de começar... Faça uma forcinha. Vale a pena. Você tem que ser a primeira pessoa a gostar de sua voz. Treine, faça exercícios, cante... Mas, faça tudo valer a pena. 2. 2.Seja feliz. A nossa voz reflete quando estamos mal. Às vezes temos adversidades, mas cante, feche os olhos e cante. Você irá se sentir bem melhor. Se você aspira a uma vida feliz e trabalha para isso, evitando inseguranças, ansiedades e preocupações; acredite, isso é o melhor para a sua voz. Cantar não é um sonho nem uma fantasia, é dádiva. Muitas pessoas vivem sofrendo por sua voz e, se outros puderam aprender a cantar, você também pode. É você quem escolhe a voz que quer Ter. Comece a descobri-la. PRATIQUE PARA DESCOBRIR SEU POTENCIAL 1. 1.Comece a estudar, dedicando-se algum tempo para aprender estratégias aplicáveis em sua voz para melhorar seu timbre, dicção, postura, respiração, etc. Mesmo que o tempo seja pouco, faça com que ele seja regular. Se você se dispôs a estudar 15min por dia, ótimo. Não comece estipulando um tempo muito longo a ponto de não conseguir cumpri-lo e se frustrar. 2. 2. Escolha um repertório de que gosta de ouvir. A forma como você canta, cada uma das músicas, é sempre uma escolha sua. Fazer da sua voz e da sua vida uma dádiva é uma escolha que depende de você e de seu esforço. PROGRAME-SE • Ouça seus cantores preferidos e cante com eles. Talvez o processo imitativo pode te ajudar, mas tome sempre o cuidado de não forçar a garganta. E se estiver doendo, pare. Desenvolva técnicas para associar com as músicas que escolheu; • Treine suas expressões faciais e corporais. Cante no espelho, faça algumas caretas, seja o mais desenvolto possível. Cantar tem que ser totalmente uma forma de expressão; • Lembre-se que a autoconfiança é um progresso mental. Aos poucos, quanto mais conhecer sua voz e saber do seu potencial, mais autoconfiança você terá. Mas, exige esforço e um controle mental. Não tenha medos. Abra a boca. Mesmo que estranhe no começo sua própria voz cantada. Isso é um processo. E todos os cantores também passaram por isso um dia. • Se quiser cantar pra alguém e não quiser passar vergonha, estude antes a música. Escreva a letra, rabisque as notinhas, anote as entradas e saídas. Quanto mais você
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estuda, menos medo tem de cantar determinada música. Então, pra quem não quer ter medo, o estudo pode ser uma forma ótima de apoio. • Se estiver doendo, pare. Mesmo que esteja lindo de se ouvir. E você esteja curtindo ao máximo. É melhor parar... Você pode estar machucando a voz. E nós não queremos isso, ok? Não adianta colocar a culpa nas dificuldades, nos professores, na técnica ou em quem quer que seja. Você precisa se conscientizar que uma voz bem trabalhada exige esforço. Esforce-se para obter a voz que você sonha: estude O cantor que comunica Através da fala, expressamos nossos pensamentos, idéias e opiniões. Desde o início da vida, a voz torna-se um dos meios de interação mais poderosos do indivíduo e se constitui no modo básico de comunicação entre as pessoas. A comunicação envolve expressão corporal, facial, gestos, fala e voz. A voz porém é responsável por uma porcentagem muito grande das informações contidas em uma mensagem que estamos transmitindo e revela muita coisa sobre nós mesmos. Articulação e dicção A articulação dos sons da fala são feitos na cavidade oral, através dos movimentos de língua, lábios, mandíbula e palato, e o som é projetado para fora. Estes movimentos devem ser precisos para que os sons produzidos sejam claros e inteligíveis. É fundamental que haja harmonia entre a respiração e a articulação, para que a colocação da voz seja feita com naturalidade. A dicção é muito importante na fala. Se você não consegue se fazer entender por outra pessoa, sua comunicação está falhando. “A comunicação não é o que você diz, mas o que a outra pessoa entende” A fala vem antes do canto. Se você não tem uma boa articulação das palavras e uma boa dicção das sílabas ao falar, no canto você pode encontrar problemas até de afinação. Se cantarmos com a dicção de forma exagerada, podemos perceber que enfatizamos todas as sílabas. Se isso acontecer no canto, vamos detalhar melhor a melodia, destacando a afinação. Não podemos esconder nossa voz com uma dicção defeituosa. Devemos trabalhar cada área da fala antes de cantar. (veja dicas para cantores) - As diferenças entre as consoantes têm que ser evidente. - Fale devagar cada sílaba e veja a diferença da boca e da língua. Se você ouvir o mesmo som, estude mais. Pompom e bombom. (Pê e Be) – lábio Faca e Vaca (Fá e Vá) – lábio e dente Carimbo e garimpo (Gua e Ca) – língua
Data e nata (Dê e Te) - língua
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As sílabas devem ser limpas: Pro – ble – ma (Pro e Ble) Tra – ba – lho (Lho) Á – gua (Gua) Lá – pis (Lá) Aço (Ço) As vogais também devem ser diferenciadas e exageradas no estudo: A (abrindo ao máximo a boca) U (fazendo bico de beijo) Ê (sorrindo) É (abrindo um pouco mais que o Ê) Ô (boca na vertical) I (dentes paralelos) Exercício.: Coloque uma caneta entre os dentes e fale articulando bem as palavras e se fazendo entender fluentemente. O cantor na oficina mecânica Por Suely Mesquita Levei meu carro no mecânico, tava bebendo muita gasolina. Levantou o capô do carro e disse: - liga aí. Liguei. - ah, claro, ouve só, ele tá fazendo VRRROOOMM, ouviu? Não ouvi coisa nenhuma e dei um sorrisinho amarelo. - agora você vai ver a diferença. Meteu meio corpo pra dentro do monte de ferros e gritou meio abafado: - liga aí! Liguei. - pronto, é só isso, vou mexer na posfdsiodfalk e apertar o dfoaijdj e ele vai ficar assim, fazendo VRRRUUMMMM, sacou? Não saquei. Mas o cara era um didata! Não se conformou. - como não sacou? Ele tava fazendo VRRROOOMM, agora tá fazendo VRRRUUMMMM, você não ouve diferença???
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- não ouço nada, pra mim é tudo igual. Quero saber é se vai parar de beber toda essa gasolina. - Claro que vai! Não, ouve só, péra aí. Voltou pro capô, mexeu, mandou ligar, mostrou o VRRROOOMM, mexeu, mandou ligar, mostrou o VRRRUUMMMM. Voltou vitorioso, com um sorriso triunfante: - viu? Não vi nada. Mas disse ah, é, agora sim. E fui embora. Assim como eu fazem alguns cantores que chegam pra ter aula de técnica vocal. O cara ou a mina faz VRRROOOMM, eu falo, solta a mandíbula. Aí ele faz VRRRUUMMMM e eu digo: há há! Triunfante e vitoriosa, olha lá a total diferença. O cantor me olha como se eu fosse transparente. É melhor não insistir muito de uma vez, ou ele diz que sim, que ouviu, claro, pois não, cadê meu boné? Tenho que me conformar um pouco, por um tempo. Não se abre à força o ouvido de ninguém pra que aprenda a discriminar e distinguir timbres. E se eu posso sair da oficina e esquecer o assunto, porque diabos o pobre cantor tem que ficar ali tentando distinguir VRRRUUMMMM de VRRROOOMM? Seguinte, meu chapa: seu corpo não é um carro e você não é um motorista de fim de semana. Não dá pra ir na esquina comprar peça de reposição. Uma aula de canto não é um lugar onde você fica passivo enquanto eu troco uma peça e digo prontinho, pode sair sem entender nada e seja feliz. Isso sem falar que na qualidade do seu VRRROOOMM tem muito mais coisa em jogo do que na voz do motor do meu carro. Se você não ouve a diferença, a platéia ouve, pode estar certo. Mesmo que não saiba dizer porque tal cantor é irado e tal outro... tal outro, é... pode crer... valeu... pinta lá. Posso dizer até que, enquanto você não ouve certas diferenças, a aula nem começou. Estamos no aleatório, você canta daí, eu falo daqui e ninguém se entende. Então paciência, lindinho ou lindinha. Se você não escuta a diferença entre VRRROOOMM e VRRRUUMMMM, escute novamente. E novamente, e novamente, e novamente. Um belo dia, quando você estiver simplesmente escutando e já tiver desistido de tentar discriminar, plum. Salta aos seus ouvidos a tal diferença e você fica entre "Uau! Eureka!" e "puxa, mas era só isso?". E vamos assim, de nada em nada, de detalhe em detalhe, de ínfimo em mínimo, construindo uma coisa inteiramente nova que será uma voz mais versátil, livre, saudável, expressiva, para você brincar à vontade com ela. Tipo um upgrade. Técnicas experimentais e cantores autodidatas Suely Mesquita Pesquisa ou inconseqüência? O que é pesquisa? Sejamos realistas: todos os saberes que existem hoje em dia, poderosos, sistematizados, representantes da "verdade" e da autoridade, devem-se à audácia, iniciativa e infinitos erros dos pesquisadores e autodidatas. Isso se verifica na história da medicina, da física, da antropologia e das demais ciências e também na história da arte, tanto em relação aos processos criativos como aos procedimentos técnicos. Quanto aos processos criativos, os métodos de pesquisa artísticos são diferentes dos científicos pois, enquanto a ciência se preocupa em estabelecer verdades da maneira mais inquestionável possível, a arte admite melhor a pluralidade, a controvérsia, já que a verdade estética não precisa e não deve ser inquestionável. No entanto, existem métodos de pesquisa em arte. Tais métodos existem porque também na arte existem perigos: o perigo de que o artista se disperse e não chegue a conclusão
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL131 nenhuma, a nenhuma produção; o perigo de chegar a conclusões fantasiosas, irrealizáveis no plano físico e/ou no contexto histórico, cultural e sócio-econômico; e, sobretudo, o perigo físico que certos experimentos podem acarretar, cujos danos se evidenciam às vezes a tão longo prazo que só são detectados quando já irreversíveis. Assim como há cientistas que morreram de câncer, causado por anos em contato experimental com substâncias radioativas pouco conhecidas, pintores apresentaram sérios problemas pulmonares em decorrência da inalação de substâncias tóxicas contidas em uma nova cor; bailarinos tiveram problemas ósseos em função de pesquisas de movimento; e cantores prejudicaram para sempre suas vozes, também por engano ou ignorância. Não vamos menosprezar os fatos: PESQUISAR É PERIGOSO. VIVER É PERIGOSO. No que tange a aspectos técnicos, é frequente a associação entre artistas, cientistas e outros estudiosos para a pesquisa. No caso específico do canto, a experimentação tem se referenciado, por exemplo, na fisiologia, antropologia, acústica, eletrônica, psicologia, história, técnicas corporais etc., dependendo do objetivo do trabalho.
Técnica e estética É a escolha estética que exige a sistematização de uma técnica, e não o contrário. Se quero cantar bossa-nova, terei como objetivo aprender coisas diferentes de quem quer cantar rock ou ópera. Isso inclui estilos e também técnicas de emissão vocal diferenciadas. Na minha prática profissional como cantora e professora de técnica, venho lidando principalmente com: * um repertório pop/popular, que usa desde emissões vocais mais pesadas, com mais pressão (rock, funk, disco, samba e outros), às mais leves (baladas, jazz, seresta, reggae etc.) * uso da voz alterada por aparelhos eletroacústicos e eletrônicos, comumente usados em shows e gravações (microfones e sistemas de som, efeitos como reverbs e delays, vocoder, voz sampleada). * os desejos do cantor, muito variados, de uma sonoridade vocal diferente da do canto erudito e muitas vezes suja, agressiva, coloquial, distanciada da pureza e da limpeza do som. * a língua falada no Brasil (embora eu vá levar em consideração o fato de que nós, brasileiros, cantamos freqüentemente em outras línguas, principalmente em inglês.) As técnicas eruditas, com suas sonoridades próprias, se aplicadas a esse contexto sem nenhuma adaptação ou acréscimo, não servem. Produzem sons e fraseados que não conseguem se adequar a essa realidade estética. Por isso, há várias décadas, desde que o canto chamado popular se profissionalizou e passou a ser socialmente valorizado, muitos cantores, alunos e professores vêm se dedicando a tentativas de sistematização de um novo saber sobre a voz. Formamos grupos de estudo sobre o tema. Trocamos experiências. Procuramos em outros saberes, sobre o corpo e o som, apoio para nossas pesquisas. Cada vez é maior o número de cantores resolvidos a estudar e fazer exercícios vocais sem abrir mão do repertório e da sonoridade que escolheram e da amplificação elétrica. referenciais Apesar das diferenças, todos os cantores eruditos e populares têm algo em comum: o corpo humano. É do corpo que sai o som e a procura do desempenho vocal mais adequado e anatômico tem feito com que técnicas diferentes acabem coincidindo em vários pontos. Isso possibilita, por exemplo, que cantores que usam microfone estudem técnicas eruditas, feitas especialmente para o canto acústico, com bastante proveito. Minhas pesquisas sobre técnica vocal para o canto popular têm se apoiado, nos últimos anos, em três tipos de saber em fase mais adiantada de sistematização: escolas de canto erudito, técnicas corporais de consciência do movimento e o saber médico e paramédico sobre a fisiologia da voz (laringologia e fonoaudiologia). Sinto necessidade destes apoios para evitar ou minimizar os riscos que uma
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experimentação autônoma e puramente intuitiva acarretaria. Desejo preservar a saúde e a integridade física da minha própria voz. Estas três áreas do conhecimento me fornecem informações complementares. Desejo estético X integridade vocal (estilos musicais e esforços correspondentes) Há um tipo de emissão muito usada pelos cantores populares quando querem punch, quando procuram pressão no som. E não só pressão, pura e simplesmente, mas um tipo de pressão que transmite força física, agressividade ou até um certo esforço. Sonoramente, isso corresponde a uma voz que pode soar forte e rasgada (Elis Regina, Fagner, Elba Ramalho), ou "suja", rouca, não purificada (Janis Joplin, Elza Soares, Cássia Eller). Fisiologicamente, o efeito é obtido por meio de movimentos internos que fazem aumentar a pressão da coluna de ar sobre as pregas ou cordas vocais. De um ponto de vista estritamente anatômico, cantar dessa forma é contra-indicado, pois submete as pregas vocais a um atrito desgastante. Mas o som assim produzido é parte fundamental da estética de certos gêneros pesados, como rock, blues, samba e outros. Além disso, a fala brasileira, com suas vogais abertas, condiciona culturalmente o que nos parece uma forma "natural" de cantar. É decisão particular de cada cantor estabelecer uma dose para esse esforço físico, sabendo desde o início que certas sonoridades ficarão rigorosamente proibidas se ele se impuser o limite de nunca forçar sua voz, nem mesmo um pouco, nem mesmo por alguns instantes dentro de um show. Se o resultado sonoro for mais importante do que a preservação vocal, é melhor saber os momentos em que se está fora do gesto anatômico. Não adianta fingir que não está acontecendo nada e fugir da consciência, para depois ir parar num médico ou fonoaudiólogo, sem voz no dia do show, esperando uma solução instantânea e milagrosa. Aí começa uma discussão muito mais ampla, que é a da relação que vamos estabelecer na vida com nosso corpo físico. Quando fumamos, bebemos, arriscamos a vida em esportes perigosos, optamos por jornadas de trabalho insanas, ficamos sem dormir e comendo mal, muitas vezes achamos que está valendo a pena, que o que vamos conseguir com essas atitudes, em termos de prazer ou resultado, vale o comprometimento do corpo. E podemos perder a medida e cair no chão no meio da jornada. Cada um tem que aprender a se conhecer e decidir até onde deve ir na auto-exigência. Se já decidi que quero produzir exatamente aquele som, independentemente das conseqüências, de que vai adiantar ficar pensando no esforço que estou fazendo ou no que isso pode custar? Simples: com consciência, vou poder tomar cuidados básicos para minimizar possíveis danos. Não é preciso pensar que é tudo ou nada, ou levo uma vida junkie e não tomo nenhum cuidado, ou adoto uma prática monástica e regrada, sem nunca sair da autodisciplina. Viver pode gastar, mas não precisa destruir. Como cuidados básicos, quase truques de proteção, posso sugerir: * Não cantar a maior parte de um show com emissão de esforço, anti-anatômica. * Dar bastante atenção à escolha da tonalidade de cada música. * Atribuir caráter interpretativo à emissão tensa, de forma a não precisar que ocorra na música inteira mas apenas em algum momento especial. Ou seja, tentar substituir ao máximo o som meio no grito por um outro que também tenha pressão e punch sem tanta sobrecarga. Dependendo da região em que se está cantando, o resultado será ótimo. Em certas notas, só gritando e arranhando mesmo, ou abrindo mão daquele efeito. * Preservar-se nos ensaios, sobretudo se os outros instrumentos têm muita potência sonora: não repetir várias vezes seguidas a mesma música ou o mesmo trecho, evitar cantar de forma mecânica em ensaios de base, insistir para ensaiar com o melhor retorno possível, evitar cigarros acesos e mofo no local, não começar o ensaio com a
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL133 voz fria ou com músicas que exijam mais esforço (muito agudas, muito gritadas ou que façam você sentir qualquer tipo de desconforto vocal). * Procurar evitar o efeito cumulativo do esforço. Um pequeno esforço repetido ao longo do tempo é como uma unha passando na pele. A primeira vez não fere, mas depois de horas pode fazer um buraco. * APRENDER A SENTIR SEU LIMITE FÍSICO PRECOCEMENTE, BEM ANTES DE FICAR ROUCO, PARA O QUE É NECESSÁRIO CONHECER E RESPEITAR AS CARACTERÍSTICAS NATURAIS DE SUA PRÓPRIA VOZ.
O cantor como dono da voz Cada um de nós tem em si o germe buliçoso da curiosidade e ele impele à pesquisa. Cada um de nós quer tentar sozinho alguma coisa que sentimos que só nós enxergamos ou compreendemos. Que bom. Mas isso não precisa virar inconseqüência. E o primeiro passo é aprender dos erros dos outros, ou seja, evitar pesquisar sozinho, sem apoio. Por exemplo: se já sei que, antes de mim, um cientista morreu por se expor sem proteção à radioatividade, não vou começar a mexer com isso sem antes me informar a respeito. Isso não seria pesquisa, mas burrice. Ou preguiça, porque pra saber o que outros fizeram vou ter que ir atrás dessa informação, vou ter que ESTUDAR o que foi feito, tanto de certo quanto de errado, para poder me arriscar só onde for realmente necessário. Outra coisa importante: se quero pesquisar por mim mesma é melhor me dedicar a alguma coisa inexplorada. Não vou ficar igual a uma boba tentando inventar a pólvora. A pólvora já foi inventada e, se eu não sabia disso, a falha é minha. Ou seja: O ESTUDO DO QUE JÁ EXISTE E A PESQUISA SÃO ATIVIDADES INSEPARÁVEIS, UM GERA O OUTRO O TEMPO TODO. Antes de dizer que não sabe como conseguir a informação, tente, pergunte, não desista muito fácil. Só se deve pesquisar sem apoio quando isso é absolutamente necessário, ou porque não existe mesmo o que se está procurando ou porque não conseguimos de jeito nenhum, por questões práticas, ter acesso ao que existe. Sabendo que, neste segundo caso, estamos fazendo uma pesquisa cujo valor é unicamente pessoal, estamos tentando descobrir a pólvora outra vez, por limitação nossa ou de nossas condições. Paciência. Seria muito melhor ter de bandeja as conclusões de outros, que talvez possam nos cortar caminho. Em contrapartida, quando estamos sendo orientados por alguém mais adiantado, mesmo confiando nesta pessoa e nos entregando a ela, não deixamos de existir como indivíduos, não deixamos de pensar, não deixamos de ter idéias próprias e discordar do nosso mestre. Às vezes a discordância vem da ignorância e, passos adiante no aprendizado, vamos dar o braço a torcer. Às vezes vem de uma diferença legítima e chega o momento em que nos sentiremos impelidos a correr o perigo da pesquisa, indo por lugares que nosso mestre não mandou ou mesmo proibiu. Colaboração e respeito mútuos entre professor e aluno podem tornar o trabalho enriquecedor para ambos. glossário: acústica: parte da física que estuda o som e sua propagação. Diz-se também da música que não utiliza aparelhos de amplificação para ser ouvida e depende apenas da habilidade do cantor e dos outros músicos e do eco natural da sala. antropologia: ciência que estuda os diferentes povos e culturas. canto erudito: forma acadêmica de cantar, de origem européia. O canto erudito tem vários estilos e técnicas, assim como o popular. A distinção entre o que é erudito e o que é popular nem sempre escapa da polêmica. Entre os cantores profissionais, geralmente o canto popular é amplificado por microfones, enquanto o erudito é quase sempre acústico. A influência do folclore na obra de muitos compositores eruditos e a crescente procura de estudo técnico e teórico entre os músicos populares, sobretudo
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os profissionais, são alguns dos fatores que tendem a diluir as fronteiras entre essas duas maneiras de fazer música. cordas vocais: o mesmo que pregas vocais. O termo "corda" vem sendo rejeitado pelos cientistas, pois as cordas vocais não são fios ou cordas como as de um violão. eletrônica: ciência que estuda o comportamento dos elétrons e a utilização de sua energia em aparelhos variados, inclusive os destinados a amplificação e manipulação sonora. emissão vocal: produção de som por meio da coordenação entre os movimentos respiratórios e os das pregas vocais, de forma a colocá-las em vibração. estética: gosto artístico, que determina a escolha de um estilo. estilo: maneira de fazer. Em relação ao canto, inclui a ausência ou presença de floreios, o timbre vocal e as formas pessoais de interpretar. Em geral cada gênero (samba, rock, tango, funk etc.) acaba por consagrar e tornar tradicionais certas regras de estilo, que o intérprete deveria teoricamente respeitar para ser considerado competente. fisiologia: parte da biologia que investiga as funções orgânicas, processos ou atividades vitais, como a respiração, a fonação etc. fonoaudiologia: ciência que estuda, entre outros assuntos, a produção do som vocal e propõe técnicas corretivas do mau uso da voz falada. fraseado: Recurso de interpretação que consiste em utilizar sons mais fortes e mais fracos, variações de timbre e ritmo, que dão um sentido global a uma seqüência de notas e contribuem para a compreensão de uma frase musical. Entonação. junkie: palavra inglesa que designa "viciado", usada aqui no sentido de pessoas que não se preocupam com a autopreservação e só querem saber do prazer sensorial imediato, sem medir as conseqüências. laringe: órgão em forma de tubo, composto de partes ósseas e cartilaginosas, situado dentro do pescoço (o pomo-de-adão), de importante função na deglutição e na fonação. Dentro do laringe estão as pregas vocais. laringologia: parte da medicina que estuda as funções do laringe, o que inclui os processos de deglutição e fonação. pregas vocais: par de membranas situadas dentro do laringe que se unem e, impulsionadas pelo movimento do ar na respiração, entram em vibração quando falamos, cantamos, gememos, rimos, choramos etc. punch: palavra inglesa que significa "soco". Na gíria dos músicos de rock, funk, hip hop etc., quer dizer ritmo vigoroso, que faz dançar, e som pesado, com pressão, alto volume e timbres rascantes. região: parte da voz (região grave, por exemplo). repertório: conjunto de canções ou peças musicais escolhidas por um intérprete. reverb e delay: efeitos de eco quase sempre adicionados eletronicamente às vozes durante shows e gravações, para devolver a naturalidade à voz amplificada pelo microfone. técnica vocal: conjunto de exercícios que visa aprimorar o controle que o cantor tem sobre a própria voz. O termo designa também o domínio vocal adquirido com a prática. técnicas corporais: termo genérico que designa vários saberes sobre o corpo e seus movimentos, com maior ou menor embasamento científico. Incluo entre as técnicas corporais ioga, técnica Alexander, antiginástica, reeducação postural global (RPG), técnicas de dança etc, embora alguns desses saberes tenham finalidades globais muito mais abrangentes que o simples aperfeiçoamento postural. Em última análise, a própria técnica vocal é uma técnica corporal. timbre: sonoridade, cor do som. É o timbre que permite reconhecer a voz de um cantor ou falante. vocoder: aparelho eletrônico que, acoplado a um microfone, produz acordes (notas simultâneas) a partir de uma única nota emitida por um cantor ou instrumento.
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL135 voz sampleada: parte cantada gravada eletronicamente e que passa a poder ser acionada por um instrumento, por exemplo um teclado, o que permite a fácil realização de repetições de grande precisão rítmica.
Sorvete na testa Suely Mesquita Abre a boca! Isso. Agora levanta o pé. Muito bom. Agora põe a mão pra trás e olha pra cima. Tá ótimo, não mexe. Agora olha pro lado esquerdo, abre o peito, põe a língua pra fora, dá um nó na tripa e... canta AAAAAA!!! Muito beeeem!!!! Ce pensa que eu tô brincando? Tô falando sério. Isso aí em cima podia ser um momento de aula de canto. Ok, eu não vou dizer pro cantor levantar o pé nem dar o nó na tripa, estava fazendo uma gracinha com você. Mas vou dizer coisas muito piores, tipo: solta os joelhos, manda o topo da cabeça pro alto, solta a mandíbula, abre o fundo da garganta, abaixa a base da língua, põe energia na ponta da língua, respira e canta AAAAAAA!!! Tudo ao mesmo tempo, lógico. Ei, volta aqui, não desiste não! Tá pensando que é impossível pra você? "Ih, bobagem. Alguma coisinha podemos fazer", como diz Micura Sarigüê(. Coisa de louco Quando você canta ou fala, faz um malabarismo dos diabos, sabia? Geralmente não sabia. Mas faz. Cada gesto da gente no dia a dia põe em ação de forma bastante complexa um monte de músculos ao mesmo tempo, de um jeito tal que se for ser descrito assusta qualquer um. No entanto, a gente faz sem nem pensar e acha tudo simples. Acha simples até o dia que vem um maldito professor de canto e diz candidamente: "tive uma idéia! que tal se você abrir o fundo da garganta?". E eu lá sei onde fica o fundo da garganta, pensava eu nas primeiras aulas de canto, há muuuuito tempo atrás. Aí começava uma brincadeira de esconde-esconde. Estava eu lá cantando um vocalise, um lá-lá-lá qualquer que o professor mandou. Enquanto eu cantava, ouvia as seguintes exclamações desencontradas e estapafúrdias: - isso! (isso o que, meu Deus, o que foi que eu fiz? 3/4 pensava eu) - nããããão! Assim não! (mas eu nem me mexi!) - solta a mandíbula. (soltei) - falei solta, não falei abre! (fechei correndo) - vai lá, solta a mandíbula! (deu um branco, fiquei estatelada, não sei o que fazer) - ótimo!!! (ótimo???) - continua assim, muito bom! (meu anjo da guarda, faz com que tudo continue assim, embora eu não saiba tudo o que) - agora repete igual! (pânico!) - não, está completamente diferente... (está?) - novamente: solta a mandíbula aqui nesse ponto, devagar, isso, não canta ainda, sentiu? (NÃO!) - MUITO BEM! Agora canta assim, com a mandíbula soltinha assim, vamos lá, sem medo, mais voz... (seja o que deus quiser) - Ótimo! (ah, agora entendi) - Isso, continua. (ah, bom, então é só fazer assim e...) - NÃÃÃÃOOOO! (...me ferrar) - Faz igual a antes, presta atenção, devagar. (ah, desisto, não estou entendendo nada, vou fazer de qualquer jeito) - Ótimo! Ótimo! Excelente, agora você entendeu (esse cara é louco, meu deus)
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Altos. Agora vamos traduzir. O professor do exemplo acima não é louco. Nem personagem de desenho animado. Ele está apenas tentando ser bem sucedido na inglória e hilária tarefa de fazer com que o cantor comande uma musculatura que ele sequer sabe que existe. O bê-a-bá da técnica vocal diz que um cantor deve ter comando voluntário da respiração e aproveitar os ressonadores naturais do corpo (ou seja, ser ouvido e entendido e fazer a voz ter volume sem precisar gritar). Para isso ele deve abrir a garganta, direcionar o som para ali ou acolá (escolas diferentes dizem coisas diferentes), soltar a mandíbula, ter agilidade de dicção e mais fazer coisas específicas para vogais específicas e notas específicas. Claro que se você não é ainda um cantor capaz de fazer tudo isso vai achar que está diante de um mistério total. Tá legal, abrir a garganta, mas COMO ASSIM? Usando algum tipo de aparelho? Usando a força mental? Rezando? Porque esperar que você faça isso por querer, na hora que quiser, ciente do que faz, parece de fato pedir demais a um ser humano. Calma, tá? Um bom professor não vai se limitar a dizer a você "faça". Pode criar mil imagens mirabolantes sobre seu corpo, mandar você imaginar que sua mandíbula é um arame preso por um preguinho ou que sua bunda se enche de ar quando você inspira. Por incrível que pareça, isso vai ter algum efeito sobre você. Vai também propor melodias especiais com fonemas especiais em seqüências especiais, mesmo que isso te pareça uma descrição muito chique pra aquelas melodias bobas, irritantes e repetitivas que você deve cantar com uma prosódia ridícula tipo "bababa" ou "bóbóbó". Vai fazer sons prodigiosos e dizer a você que os imite, como se nem desconfiasse que você não vai conseguir imediatamente. Enfim, com a ajuda de Deus, vai mover mundos e fundos e usar todos os seus conhecimentos e imaginação para induzir você a fazer, inicialmente sem querer, alguma coisa que ele possa escutar e dizer o famoso "Isso!" que todos desejamos com todas as forças ouvir de uma autoridade. O "Isso!" Não, não é um construto psicanalítico. O Isso! é o momento supremo em que o professor aprova, encoraja e se rejubila com um som que você fez. Mesmo que tenha sido sem querer, também vale. Uma vez obtido o Isso! de seu professor 3/4 não pense que já acabou, agora é que vai começar 3/4 você deve ser capaz de repetir aquele som e obter outro Isso!. Repeti-lo em seguida, repeti-lo várias vezes, e daqui a pouco, e no dia seguinte, e na semana seguinte, e pro resto de sua vida na hora em que quiser. É, porque não vale pra sempre o som que se fez sem querer. Aqui entramos no segundo passo: Você já obteve um Isso! de seu professor :):):):). Mas não sabe o que fez para tanto :(:(:(:(. E agora? Você logo vai perceber que um Isso! obtido sem querer é um fenômeno muito fugaz na nossa vida. Você nem sabe o que fez pra merecer aquele instante de glória e agora já passou! Então, abra bem os ouvidos e preste também atenção nas sensações físicas enquanto canta. Sobretudo as sensações que se relacionam com o que o professor falou antes, ou seja, se ele disse "solte a mandíbula", preste atenção nas sensações em áreas próximas à sua mandíbula, ora pois. De ouvidos e sensações abertas, siga em frente até obter novo Isso!. Veja o que pode captar sobre esse momento divino: guarde a lembrança daquele som, daquela sensação ínfima que você achou que não significava nada. E siga em frente. Se os Issos! forem se sucedendo cada vez mais rápido, é porque está quente! Se não, é porque está frio.
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL137 Digamos que está frio. O que fazer? Siga as sugestões que recebe. Vá fazendo, mesmo que não entenda bem o que deve fazer. Pergunte, se for o caso, mas não ao ponto de transformar a aula numa conversa. O que você vai perceber ou entender numa conversa não vale grande coisa pra hora de cantar, sinto muito informar. Portanto, cante. Mais cedo ou mais tarde o professor se manifesta, grunhe, ou solta o famigerado Isso!. Digamos que está quente. Ou seja, os Issos! se sucedem em alta velocidade. Aproveite, preste atenção. Não se iluda, isso não quer dizer que amanhã ou na aula que vem você terá de novo todos esses Issos! Pode ser que eles sumam, desapareçam sem deixar rastros! Mas voltarão. Uma saraivada de Issos! tem grande valor.
Issos! e Aquilos. Esqueça agora o professor. O que você acha de tantos Issos!? Está gostando do som? Se sente melhor na hora de cantar? As pessoas dizem que você está melhorando? Você canta por mais tempo com conforto e consegue fazer coisas que não conseguia antes? Não fica rouco com tanta freqüência ou nem fica mais rouco? Está conseguindo aprender o que queria? Se nem tudo isso merece um sim como resposta, converse com seu mestre-com-carinho, com alunos dele, com outros professores, com outros cantores e tente entender porque a aula não está indo pra onde você queria. Pode ser que seja questão de tempo. Se você escolheu um professor que parece bom e/ou foi recomendado, sugiro que experimente ficar com ele por pelo menos 20 aulas, sobretudo se você é iniciante. Mas também pode ser que esse professor não seja bom ou simplesmente não combine com você (ou você com ele) e nesse caso é melhor procurar outro. Agora se, em relação às perguntas anteriores, você acha que sim sim sim, está tudo indo de vento em popa, dê um Isso! a seu professor! Ele merece! Manual da rouquidão para cantores Suely Mesquita E aí você tem show amanhã. Mas tá rouco! E agora? Se você já foi esperto, se cercou de uma equipe de apoio ¾ professor de canto, otorrino, fonoaudiólogo ¾ e sabe a quem recorrer numa hora dessas. Se não pensou nisso, siga o: S.O.S. (Sistema Ocasional de Salvamento) 1) Beba bastante água. Dois litros por dia ou mais. 2) Durma o suficiente, nada de virar noites. Massagem é bom. 3) Evite ar condicionado, fumaça, poeira, mofo e qualquer tipo de cigarro. Beba mais água pra cada ítem que não conseguir evitar. 4) Cancele qualquer ensaio. Se não der, cante o menos que puder, com suavidade, e se guarde para o show. 5) Fale menos. Fuja de telefones e lugares barulhentos. 6) Faça aquecimento vocal antes da passagem de som e antes do show. Se não souber como, não invente. Faça o que já conhece.
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7) Seja objetivo e breve na passagem de som.
8) A voz não é tudo no palco: você tem a cena, a interpretação, a banda. Faça o melhor que puder. Cássia Eller, Marisa Monte, Beth Carvalho, Gilberto Gil, Rita Lee e outros artistas já passaram por isso. 9) Depois do show, procure um preparador vocal ou professor de canto. Se continuar rouco por mais de uma semana, procure um otorrino atualizado em problemas vocais. Suely Mesquita é cantora, compositora e professora de canto. Assina a preparação vocal de CD's como "O Ovo" (vários - (c) 1996 Rioarte/Info Produções Artísticas), "Astronauta Tupy" (Pedro Luís e a Parede - (c) 1997 Warner/Dubas), "Abracadadra" Boato ((c) 1998 Warner), "Moro no Brasil" (Farofa Carioca - (c) 1998 Polygram), Syang ((c) 1998 Warner) e "É tudo um real" (Pedro Luís e a Parede - (c) 1999 Warner), discos produzidos por Tom Capone, Liminha, Beni, Pedro Luís, Carlos Trilha, Rodrigo Campello e outros.
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Exercícios de Relaxamento Relaxamento: -
Circular a cabeça para a Direita e para a esquerda Circular a cabeça para os lados, para cima e para baixo Fazer caretas procurando utilizar todos os músculos do rosto Articular A/E/I/O/U, forçando o diafragma e anasalando as expressões.
Sibilação: Execute estas sílabas: Zi - Si - Fi - Chi - Vi - Gui - Qui - Z - S - F - C - V Para articulação dos RR: Bar - Mur - Per - Vur - Der - Xar - Cor -Ter - Quer - Dru - Cro - Vri - Fra - Tre - Terê Fará - Viri - Coro - Duru. Exercício para relaxamento: Obs. De forma suave, com baixa intensidade. ME - TRÚ - VÊ - JÊ - QUE - GUE - ZÊ - BRÊ Limpeza das cordas vocais e Fono-Articulação: "O mameluco maluco e melancólico meditava e a megera megalocéfala macabra e maquiavélica mastigava mostarda na maloca, minguadas e míseras miavam na moagem mas mitigavam mais e mais as meninas" Para leitura lenta: "E há nevoentos desencantos dos encantos dos pensamentos nos santos lentos dos recantos bentos, dos cantos dos conventos. Prantos de intentos, lentos tantos que encantam os atentos ventos." Cuidados com a voz Períodos curtos de rouquidão em adultas geralmente não são motivos de maiores preocupações. Costumam aparecer por causa de gripes que atinge a laringe aonde estão localizadas as cordas vocais. Dificuldades emocionais também podem estar por trás dos sintomas. A associação entre agressões físicas causadas pelo cigarro, alergias, infecções e o uso inadequado da voz é de fato o agente causador de boa parte dos problemas das cordas vocais. A ansiedade aumenta a tensão muscular e modifica a postura. O paciente tende a não relaxar o corpo para a respiração diafragmática, a forçar a voz na garganta e até agitar sem motivo.
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O tratamento destes casos conjuga exercícios fono, técnicas de relaxamento e diminuição de ansiedade. Em situações estressantes as pessoas podem perder complemente a voz. Exercícios Para Relaxamento 1- Com os olhos fixados, comece a massagear a cabeça com as pontas dos dedos (lavar a cabeça), ao mesmo tempo vá eliminando todo e qualquer pensamento. 2- Alternando a palma da mão e a ponta dos dedos massageie todo o rosto (amassar o rosto). 3- Movimente a cabeça para um lado e para outro (direita e esquerda)como se quisesse encostar a cabeça nos ombros (não mexa os ombros),alterne o movimento passando a movimentar a cabeça para frente e para trás, por último faça movimentos de rotação com a cabeça. 4- Com os ombros soltos ao longo do corpo, faça movimentos de rotação dos ombros, para frente e para trás. 5- Alongar o corpo em todas as direções. 6- Em pé procure alcançar o teto com as mãos.Tente sentir a musculatura se alongando, especialmente a dos braços e as laterais do tronco. 7- Com as pernas e os pés soltos de chutinhos no ar. Exercícios Aquecimento OBS: Antes do aquecimento, estar sempre relaxado (fazer sempre os exercícios de relaxamento) 1- Abrir a boca 20x ; 2- Esticar e encolher a língua 20x ; 3- Rotação da língua 20x ; 4- Glissando:(rrrr) - comece nos tons médios e termine nos tons agudos durante uns 3 minutos; 5- Mastigação selvagem - ama - ama (ressonância). OBS: Se caso esses exercícios não sejam o bastante para seu aquecimento, procure um fonoaudiólogo O que é pré-aquecimento vocal? É, como o nome já diz, um aquecimento prévio da voz ou simplesmente a preparação da voz para o seu uso por um tempo prolongado e intenso.
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Podemos aquecer nossa voz através de sons que irão "massagear" nossas pregas vocais (que são músculos) que como todo músculo precisam ser preparadas e aquecidas antes de serem utilizadas na sua plenitude.
Lembrem-se que este pré aquecimento pode (e deve) ser feito não só pelos cantores mas também por todos os profissionais da voz, ou seja, todas as pessoas que trabalham falando. Exercício 1: 1. Inspire (armazenando o ar na região abdominal, como vocês já aprenderam) até que a barriga esteja repleta de ar. 2. Agora solte o ar aos pouco utilizando o som: Prrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...... Observe que neste exercício a língua deve vibrar bastante!!!! Caso a sua língua não vibre e você esteja forçando para emitir este som, PARE, pois estará fazendo da forma errada. Mas se você conseguiu emitir o som com a vibração constante da língua, repita este exercício todos os dias pelo menos durante 10 minutos. Se for cantar em uma apresentação ou videokê ou ensaiar com sua banda por muito tempo, pré-aqueça sua voz durante 20 minutos (no mínimo) antes de começar a cantar. Pode-se também utilizar outras consoantes que possibilitarão o mesmo efeito como, por exemplo, o som: Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr... Como se você fosse imitar o som do telefone (' TRRRRRIM!!!), mas lembrando de prolongar bastante os erres (RRRR...) até acabar o ar. Exercício 2: Depois de já haver treinado bastante e já estar emitindo os sons PRRRR... e TRRRR... sem falhas ou interrupções, vamos repetir o exercício anterior com uma diferença: No final de cada som iremos acrescentar as vogais A,E,I,O,U. Exemplo1: PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÁ!!!! PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ!!!! PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ!!!! PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ!!!! PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ!!!! Exemplo2: TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÁ!!!! TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ!!!! TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ!!!!
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TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ!!!! TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ!!!!
IMPORTANTE!!! •
Assim como nos exemplos acima, o som que você estiver produzindo para préaquecer, deverá estar no mesmo volume, intensidade e tom.
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NÃO BRINQUE COM ESTE EXERCÍCIO FAZENDO SONS MUITO AGUDOS, MUITO GRAVES OU MISTURANDO OS DOIS TONS.
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Repita os exercício SEMPRE no seu tom natural.
Como fazer para identificar o seu tom natural? É simples, o seu tom natural é aquele que você emite sem"forçar a garganta", é um som natural que sai sem esforço nenhum, como se você estivesse falando. Se você não conseguiu fazer estes exercícios até acabar o ar armazenado (sem utilizar o ar de reserva, certo???), ou seja, você começou bem mas no meio do exercício o som falhou,PARE! Respire fundo por 3 vezes, relaxe um pouco e só então recomece. É muito comum, no início, não conseguirmos emitir estes sons até o final, pois tratase de sons que nós não estamos habituados a produzir, mas com o treino diário, fica cada vez mais fácil, acreditem!!! EXERCÍCIOS DINÂMICOS Os exercícios dinâmicos combinam o movimento com o controle da respiração. •
RISO Sorria para o mundo! Em círculos, movimente, vigorosamente, as suas mãos, braços, pernas e pés. Permita-se alguns segundos de relaxamento entre cada rotação. Mas continue sorrindo. Você pode fazer este exercício em pé, sentado ou deitado.
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EQUILÍBRIO O equilíbrio é importante. Tente estipular um horário para o exercício de "comportamento modal" – o andar, o virar-se e o inclinar-se com livros sobre a cabeça. Respire suave e conscientemente, em harmonia com os movimentos de seu corpo. Isto encoraja a coordenação suave graciosa dos músculos.
EXERCÍCIOS DE RESPIRAÇÃO COMPLETA Permaneça com seus pés confortavelmente dissociados dos seus ombros, que apontam para cima; os braços e as mãos soltas ao lado do corpo. Concentre-se em sim mesmo, confira a sua postura. Inspire pelo nariz o mais demoradamente possível e expire todo o ar também devagar e silenciosamente. Quando sentir-se vazio de ar, tussa e mostre para você mesmo que ainda possui reservas de ar escondidas. Tente tocar o solo com a ponta dos dedos, curve os joelhos se necessário. Segure sua respiração por alguns segundos.
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Conforme você respira, silenciosamente, pelo nariz, você, gradativamente, tornase ereto. Estenda os braços como asas, erguendo-as calma e suavemente, até equilibra-los horizontalmente.
Assim que você completar o movimento e a inspiração, coloque as mãos juntas acima da cabeça (como se estivesse em oração). Lembre-se que as mãos postas devem estar acima do topo de sua cabeça. Segure a inspiração. Quando você estiver preparado, silenciosamente, expire pela boca, e abaixe os seus braços, reta e vagarosamente, até que estejam abaixo da horizontal. Rapidamente solte o ar que sobrou em um suspiro forte e permita que a parte superior do seu corpo caia pesadamente, curve o quadril para a frente, deixando a cabeça pendente. Conscientemente libere todo o ar "usado", de que você não mais precisa. Relaxe por algum tempo e repita o exercício desde o início. EXERCÍCIO DE LIBERAÇÃO DA VOZ Algumas pessoas sentem-se incapazes de facilitar e de liberar as suas vocalizações. Elas podem sentir sua voz natural, de alguma forma, bloqueada, amarrada ou suprimida. Tente este exercício de liberação da voz como parte de seu programa vocal. Sente-se de cócoras, dobre e recurve o seu corpo em um nó, teso e compacto, de braços e pernas; tente condensar-se em uma menor massa possível. Segure a sua respiração e os órgãos vocalizadores no centro desta massa. Como último esforço, respire e estique-se, rápida e vigorosamente. Solte a sua voz num profundo "UGH", por meio do som mais profundo que você possa encontrar. Maximize e aproveite o espreguiçamento. Descanse por um minuto. Repita o exercício por até dez vezes. A cada vez, interiorize mais, e projete sua voz relaxada mais forte e prolongue cada vez mais o som. Observe que você envolve todo os seu corpo na vocalização, particularmente a pélvis e o diafragma. Aquecimento Como aquecemos o nosso corpo antes de algumas atividades físicas devemos aquecer sempre a nossa voz antes de uma apresentação assim não estamos comprometendo a saúde vocal. Aquecendo a voz estamos na verdade: - Aumentando a elasticidade - Aumentando a extensão da voz - Melhorando o timbre e várias outras coisas........ Importante: quando aquecemos a voz não se deve preocupar com afinação... mas sim em buscar o estado físico, mental, psíquico com tensão controlada das cordas vocais e músculos envolvidos no processo respiratório. Aquecimento e Desaquecimento AQUECIMENTO VOCAL
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TEMPO - 15 minutos •
Alongamento - cabeça, pescoço e ombros;
Respiração - emissão do "s" e "z" prolongado (respiração diafragmática); • •
"Hum" mastigado - fazendo escala
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Vibração de língua - escala ascendente;
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Vibração de lábios;
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"P" prolongado - pa pa pa;
DESAQUECIMENTO TEMPO - 5 minutos •
Massagem digital laringe;
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Vibração de língua ou lábio - escala descendente;
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Voz salmodiada - "voz de padre";
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Bocejo - suspiro;
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Repouso vocal.
Observações importantes: •
Beber muita água, principalmente durante as apresentações;
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Aquecer e desaquecer a voz;
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Não se automedicar;
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Fazer uma avaliação com o auxílio de um médico otorrino.
Aquecimento físico Você já conhece o valor do seu corpo para a voz. Por esta razão, iniciemos a aula prática com exercícios de alongamento e relaxamento. Use roupas leves e folgadas para não dificultar os movimentos. 8. Alongamento: de pé, levante os dois braços e vá se esticando suavemente para cima como se quisesse alcançar uma corda que está um pouco acima de sua cabeça. Mantenha os pés bem fixos no chão. De 1 a 3 minutos. 9. Relaxamento: movimente os braços e as pernas livre e suavemente para ativar melhor a circulação sangüínea e aquecer a musculação (dê chutes curtos no vento e simule natação, por exemplo). De 3 a 5 minutos.
Curso Completo de TÉCNICA VOCAL145 10. Respiração: conforme os padrões teóricos aplicados anteriormente, trabalhe sua respiração e aproveite para entrar em estado de concentração máxima. Procure sentir o ar entrando e se espalhando em seu corpo através do sangue. Trabalhe os impulsos cerebrais para as partes do seu corpo (como leves movimentos dos dedos das mãos e pés). De 2 a 3 minutos. 11. Acorde o diafragma: se você leu todo o capitulo anterior (duvido) sabe da relevância deste músculo. Portanto, vamos desenvolver ainda mais suas atividades; inspire e expire rapidamente dando sopapos no diafragma como se estivéssemos bombardeando o abdome. De 1 a 2 minutos. 12. Aquecimento muscular do pescoço: abaixe completamente a cabeça (coluna reta, por gentileza) e comece a ergue-la vagarosamente até onde puder enquanto inspira. Segure o ar por algum tempo e desça a cabeça e vá soltando o ar devagar. Sincroniza o tempo do movimento com a respiração. Ou seja, o tempo do movimento deve ser igual ao da respiração. Vá retardando o tempo do movimento e da respiração aos poucos até alcançar a média de 30 segundos para levantar a cabeça (e inspirar), 10 para prender o ar e 30 para abaixar a cabeça (e expirar o ar). ATENÇÃO: observe sua capacidade. Se der para prolongar mais ainda o tempo, faça-lo. Do contrário, diminua o limite. Execute de 5 a 10 vezes nesse sentido e depois inverta a ordem do movimento e a respiração. 13. Aquecimento muscular do pescoço II: semelhante ao exercício acima, sincronize a respiração de acordo com os movimentos do pescoço. Entretanto, troque o movimento vertical pelo horizontal; ponha a cabeça no limite que ela se move para um lado e vá virando para o outro trabalhando a respiração. 14. Acionamento bucal: faça movimentos com a boca (caretas mesmo) para acionar a musculatura da boca; abrindo e fechando, esticando para os lados, etc.
Aquecimento vocal Esse exercício serve para desenvolver o controle vocal dos sons. É importantíssimo para o desenrolar da voz. Não ignore a boa postura e também esteja bem hidratado (com água natural). 9. Moído: feche a boca e comece soando som “hummmmm” igual a uma vaca preguiçosa. Note que o som (grave) fica armazenado na faringe (cavidade no começo da garganta). Inicie com um tempo de 10 segundos para o som, pare, respire fundi e recomece aumentando o tempo de execução do som. 10 vezes. 10. Fonfom: o mesmo exercício acima, desta vez, trazendo o som para o nariz. 11. Staccato: vamos repetir o exercício 1 e 2 em staccato (você não sabe o que é staccato?). Quer dizer, som cortado em seqüências rápidas e fortes. “Hum... hum... hum... hum”. Use o diafragma para impulsionar o som. 12. Pianinho: é semelhante ao staccato, mas com uma diferença; soe baixinho. 13. Exercício: agora de boca aberta, trabalhe nos moldes acima um “psiu” com o som de “ssssssss”. 10 vezes normal e 10 staccato. 14. Exercício: ainda seguindo o modelo anterior, execute “Zzzzzzzzzzz”. 10 vezes normal e 10 em staccato. 15. Exercício: vamos trabalhar o volume calculando o tempo de execução e dividindo em dois; do zero para o mais alto possível e daí para o zero novamente. Ou seja, vá aumentando o som e depois diminuindo. Faça duas vezes com cada som já treinado. 16. Exercício: agora para relaxar, produza o som “Ffffffff” semelhante a um pneu vazando ar. Em seguida, uma chuva; “Xxxxxxxxx” e finalmente, uma metralhadora; “Rrrrrrrr”. Para este último, coloque e tremule a língua no céu da boca. 5 vezes cada.