Olhar, entronar a estatística como referencial de segurança é um pouco ingênuo. O que eu vejo são debates herméticos e longuíssimos entre estatísticos que as vezes não levam a lugar nenhum. orém, eu, em particular, gostaria de ver as técnicas tradicionais testadas estatisticamente, porque isso ainda não foi feito. ! pra mim, por mais difícil que seja chegar a um consenso, por mais incerto que tudo seja" são passos. #em #em de haver uma hermenêutica. $m processo. $ma busca de consistência conceitual, rigor técnico, t écnico, e%perimento. &e a gente desiste frente ' dificuldade, vira o vale tudo. ! é aí que eu bugo com a moderna. (avia uma discussão discussão rolando, uma transmissão ) e longe de mim afirmar que ela era monolítica. #inha o rolê dos *abil+nicos, dos !gípcios, aí teve os regos, que passou pros -omanos, que com a proibição conforme o mpério se cristianizou sobrou na mão dos /rabes, que influenciaram toda uma geração de europeus medievais, até que a coisa chegou no 0illiam 1ill2. 3 tradição foi mudando, desde o começo teve muitas vozes ) mas é ineg4vel que cada construção vinha se apoiando no material anterior, que havia uma busca de triar os bons métodos dos ruins, de ligar)se 's raízes dos conceitos, ou mesmo de e%plorar diferentes técnicas em paralelo. ! nisso buscando manter intocados certos elementos chave. 5om o racionalismo do &ec. 67, a astrologia foi desacreditada na academia. &aiu de moda8 os livros sumiram8 e assim ficou por uns duzentos anos até um pessoal da teosofia remontar a astrologia de maneira 9pop acessível9 a partir de fragmentos esparsos :lembrando que os livros antigos não estavam mais em edição;, e essa remontagem fragment4ria virar um fen+meno de mercado, e em cima dela se forjou a astrologia moderna. 5om os anos <= e a internet pesquisadores esparsos começaram a entrar em contato e reconstruir a tradição astrol>gica, a partir do acesso ?5-@7!1 que temos hoje. 3lgo que era simplesmente impossível durante todo esse período onde floresceu a astrologia moderna, entre os destroços de uma tradição tr adição esquecida. !ntão, eu não consigo entender um astr>logo moderno que de repente ) oportunidade Anica em séculos ou mesmo milênosB ) tem acesso aos fundamentos de sua arte :com cujos restos ele construiu seu edifício; e vai dei%ar isso passar, continuar na mesma. gnorar uma culturaCsaberClore de três mil anos sobre estrelas que actuall2 brilham no céu, que tem uma carga mítica e emocional fant4stica para povos inteiros, varando os séculos, pra se focar em pedaços de pedra :aster>ides; invisíveis invisíveis ' olho nu e cujo nome foi dado dado aleatoriamente por por um cientista. ?ão é nem questão questão de personalidade, personalidade, previsão, previsão, nada disso. &ou &ou astr>logo tradicional tradicional :em formação; e nem dou tanta bola pra previsão em minha pr4tica. &e bem que a an4lise 9de personalidade9 de um astr>logo moderno infelizmente fica léguas atr4s da an4lise de personalidade de um tradicional, e isso pela concepção mais larga do que é uma pessoa que os antigos inscreveram em sua astrologia. $ma $ ma delineação tradicional abre a vida da pessoa, entende a pessoa como um elemento em conte%to. #em mãe, pai, país, irmãos, amigos, inimigos, doenças, vit>rias e derrotas, filhos, mortes, acidentes da vida, e também, no meio disso tudo e ligado a isso tudo ) tem a personalidade, o temperamento, o modo de ação. 3 visão da moderna de uma pessoa 9isolada9, quase um ente em si, é uma aberração psicol>gica, sociol>gica sociol>gica e filos>fica. filos>fica. !ntão me desculpa, desculpa, eu não aceito aceito a 9astrologia moderna9 moderna9 a não ser na medida em que ela se esforce pra ir além dos vícios e limitaçDes que estão amarrados em seu surgimento. 3cho 3cho que todo astr>logo tradicional tem também de se entender com as falhas e descontinuidades descontinuidades de sua pr>pria tradição. ?ão é um processo simples, mas se ele não acontecer, o que teremos é uma 4rvore sem raízes. ! pessoas sem conte%to. ra você pode dar na mesma, afinal, d4 pra reduzir todas essas questDes ' 9gosto9 néE (aja empobrecimentoB !u quero é discutir a filosofia, a ética, a ciência, a arte que t4 envolvida nisso tudo. ?ão passar o pano com uma tolerFncia rasa, e sim empurrar todo
mundo, tradicionais e modernos, a aprofundar o processo. Ou a gente se joga com tudo no que t4 fazendo, ou melhor nem começar.