Os Quatro Amores C. S. Lewis
O AUTOR .................................. ................................................. ................................. .................................... .................................... ............................2 ..........2 INTRODUÇÃO............................ ......................................... ............................ .............................. ........................... ........................... .......................2 ........2 PREFERÊNCIAS E AMORES PELOS SUB-HUMANOS.......................... ...................................... ......................9 ..........9 1. AFEIÇÃO............................. ............................................... ................................ ................................ ................................... .............................25 ............25 2. A AMIZADE.................... ................................ ........................ ...................... ...................... ........................ ...................... ...................... ................ ....44 44 3. EROS................................. ................................................ ................................. .................................... ................................. ..............................7 ...............7 4. CARIDADE...................... .................................. ....................... ....................... ......................... ....................... ....................... ..........................!9 .............!9
O Autor Nascido na Irlanda em 1898, C. S. Lewis estudou no Malvern College durante um ano, recebendo a seguir uma educação ministrada or ro!essores articulares. "le !ormou#se !ormou# se em $%!ord, tendo trabal&ado como ro!essor no Magdalen College de 19'( a 19(). "m 19() tomou#se Catedr*tico de Literatura Medieval e +enascentista em Cambridge. oi um con!erencista !amoso e oular, e%ercendo grande in!lu-ncia sobre seus alunos. C. S. Lewis conservou#se ateu or muitos anos, tendo descrito sua conversão no livro Surrised b/ 0o/2 No 3ermo da 3rindade de 19'9 entreguei os ontos e admiti 4ue 5eus era 5eus ... talve6 o convertido mais desanimado e relutante de toda a Inglaterra. oi esta e%eri-ncia 4ue o a7udou a comreender não aenas a aatia mas tambm a resist-ncia ativa or arte de certas essoas em aceitarem a idia de religião. Como escritor cristão, caracteri6ado elo bril&o e lgica e%cecionais de sua mente e or seu estilo l:cido e vivo, ele !oi incomar*vel. $ ;roblema do So!rimento, Cartas do In!erno, Cristianismo nicas de Narnia são aenas alguns de seus trab trabal al&os &os mais mais ven vendi didos dos.. "le "le escr escreve eveuu tamb tambm m livro livross e%cel e%celen ente tess ara ara crianças e outros de !icção cient?!ica, alm de muitas obras de cr?tica liter*ria. Seus trabal&os são con&ecidos or mil&@es de essoas em todo o mundo atravs de traduç@es. C. S. Lewis morreu a '' de novembro de 19AB, em sua casa em $%!ord, Inglaterra.
Introdução 5euss amor 5eu amor, , di6 di6 o a as sto tolo lo 0oã oão. o. =u =uan ando do tent tentei ei co com meçar eçar a escrever este livro ensei 4ue seu a%ioma iria !ornecer#me um camin&o lano atravs de todo o assunto. "stava certo de oder di6er 4ue o amor &umano s merecia ser assim c&amado na4uilo em 4ue se assemel&ava 4uele
ara o !uturo de sua !am?lia, cu7o !uturo ele não ir* ver nem artil&ar com elaD do segundo, a4uele 4ue emurra a criança solit*ria ou amedrontada ara os braços da mãe. +estava sem d:vida a4uilo 4ue se identi!icava ainda mais com o rrio
alavra erigosa. Não &* d:vida de 4ue o amor#Necessidade, como todos os nossos imulsos, ode ser egoisticamente tolerado. Jma e%ig-ncia tirHnica e gulosa de a!eição s ve6es algo terr?vel. Mas na vida comum ningum c&ama de ego?sta a criança 4ue busca con!orto na mãeD nem o adulto 4ue rocura coman&ia na essoa de um amigo. $s 4ue !a6em isso em menor roorção, se7a crianças ou adultos, não são geralmente os mais abnegados. $nde o amor#Necessidade sentido, ode &aver ra6@es ara neg*#lo ou morti!ic*#loD mas não senti#lo no geral a marca do ego?sta !rio. 5esde 4ue na verdade recisamos uns dos outros Enão bom 4ue o &omem este7a sF, então o !ato de este sentimento não surgir como amor# Necessidade no consciente Eem outras alavras, o sentimento ilusrio de 4ue bom ara ns !icarmos ssF um sintoma esiritual negativo, da mesma !orma 4ue a !alta de aetite um sintoma mdico negativo or4ue os &omens recisam de alimento. Mas, em terceiro lugar, c&egamos a um onto muito mais imortante. 3odo cristão concordaria 4ue a sa:de esiritual do indiv?duo e%atamente roorcional ao seu amor or 5eus. "ntretanto, o amor &umano or 5eus, ela rria nature6a do mesmo, deve ser semre em grande arte, e com !re4K-ncia inteiramente, um amor#Necessidade. Isto se evidencia 4uando edimos erdão de nossos ecados ou aoio nas tribulaç@es. Mas, de modo geral, !ica talve6 mais mani!esto em nossa crescente erceção Eois deveria mesmo crescerF 4ue nosso ser inteiro ela sua rria nature6a uma enorme necessidadeD incomleto, rearatrio, va6io, mas atravancado, clamando or "le 4ue ode desatar coisas 4ue agora estão atadas e atar a4uelas 4ue ainda se ac&am soltas. Não estou di6endo 4ue o &omem 7amais ossa dar a 5eus 4ual4uer outra coisa alm do uro amor# Necessidade. nicas ou !inalmente diablicas, no momento em 4ue o indiv?duo ousasse ensar 4ue oderia viver delas e dai or diante abandonasse o elemento da necessidade. $ mais elevado, di6 a Imitação, não ermanece sem o mais &umilde. =uão ousada e tola seria a criatura 4ue se aro%imasse de seu Criador, gabando#se2 Não sou um mendigo. "u o amo desinteressadamente. $s 4ue c&egam mais erto de um amor#5oação or 5eus, no momento seguinte, ou nesse mesmo momento, irão bater no eito como o ublicano e deositar sua indig-ncia diante do :nico e verdadeiro
5oador. " 5eus 4uer isso. "le se dirige ao nosso amor#Necessidade2 inde a mim todos os 4ue estais cansados e sobrecarregados, ou no el&o 3estamento2
;recisamos dar uma longa volta, talve6 de cinco 4uil>metros. "m muitos ontos desse desvio estaremos mais longe da vila do 4ue 4uando nos ac&*vamos em cima do en&asco. Mas isso acontece aenas 4uando estamos arados. "m termos de rogresso estaremos muito mais r%imos de nossos ban&os e nossos c&*s. 5esde 4ue 5eus abençoado, oniotente, soberano e criativo, e%iste evidentemente um sentido em 4ue a !elicidade, !orça, liberdade e !ertilidade E4uer de mente ou de coroF, onde 4uer 4ue aareçam na vida &umana, constituem semel&anças, e dessa !orma, ro%imidade de 5eus. Mas ningum su@e 4ue a osse desses dons ten&a 4ual4uer ligação necess*ria com a nossa santi!icação. Nen&uma escie de ri4ue6a um assaorte ara o reino dos cus. No alto do en&asco estamos erto da vila, mas or mais temo 4ue !i4uemos ali sentados 7amais nos aro%imaremos de nosso ban&o e nosso c&*. <4ui então a semel&ança, e ro%imidade com "le nesse sentido, 4ue 5eus con!eriu a certas criaturas e certos estados dessas criaturas algo acabado, embutido nelas. $ 4ue est* r%imo dele ela semel&ança 7amais ir*, s or isso, !icar de 4ual4uer !orma mais r%imo. Mas a ro%imidade de abordagem, or de!inição, reresenta uma ro%imidade crescente. " en4uanto a semel&ança nos dada # e ode ser recebida com ou sem um sentimento de gratidão, ode ser usada ou abusada # a aro%imação, embora iniciada e aoiada ela raça, algo 4ue nos cabe !a6er.
vida divina oerando sob condiç@es &umanas. 5evo agora e%licar or 4ue ac&ei esta distinção necess*ria a 4ual4uer tratamento 4ue devesse disensar ao nosso tio de amor. < declaração do astolo 0oão de 4ue 5eus amor !oi comarada em min&a mente ao coment*rio !eito or um autor moderno EM. 5enis de +ougemontF de 4ue o amor dei%a de ser um dem>nio somente 4uando cessa de ser um deusD cu7a sentença ode naturalmente ser aresentada de outra !orma2 começa a ser um dem>nio no momento em 4ue começa a ser um deus. "ste e4uil?brio me arece uma roteção indisens*vel. Se ns o ignoramos, a verdade 4ue 5eus amor ode !urtivamente vir a signi!icar ara ns o inverso, de 4ue o amor 5eus. Suon&o 4ue todos os 4ue ensaram no assunto verão o 4ue M. de +ougemont 4ueria di6er. 3odo amor &umano, em seu aogeu, ossui a tend-ncia de reivindicar uma autoridade divina. Sua vo6 tende a soar como se !osse a vontade do rrio 5eus. "la nos di6 ara não contar o custo, e%ige de ns um comromisso total, tenta suerar todas as outras reivindicaç@es e insinua 4ue todo ato !eito sinceramente or causa do amor ortanto legal e at meritrio. =ue o amor ertico e o amor atritico tentam dessa !orma tornar#se deuses geralmente recon&ecido. Mas a a!eição !amiliar ode !a6er o mesmo, assim como a ami6ade, embora de modo diverso. Não vou demorar#me agora muito neste onto, ois iremos de!ront*# lo reetidamente nos ca?tulos 4ue se seguem. reciso notar 4ue os amores naturais !a6em esta reivindicação blas!ema 4uando se ac&am em sua mel&or e não em sua ior condição naturalD 4uando são o 4ue nossos avs c&amavam de uros e nobres. Isto se evidencia esecialmente na es!era ertica. Jma ai%ão !iel e genuinamente sacri!icial ir* !alar#nos com o 4ue arece ser a vo6 de 5eus. < simles lasc?via animal ou !r?vola não !a6 isso. Ir* corromer os seus adetos de mil maneiras, mas não desse modo. $ indiv?duo ode agir sob esse tio de sentimento, mas não ode reverenci*#lo mais do 4ue a essoa 4ue se coça resta rever-ncia coceira. < indulg-ncia temor*ria de uma tola mul&er, 4ue na verdade ura auto# indulg-ncia, ara com uma criança mimada, a sua boneca do momento,
tem muito menos robabilidade de tornar#se um deus do 4ue a devoção ro!unda, estreita, de uma mul&er 4ue ErealmenteF vive ara seu !il&o. "stou inclinado a ensar 4ue a escie de amor atritico de algum in!luenciado or bandas militares e algumas cerve7as não irão lev*#lo a rovocar muito mal Eou muito bemF or causa desse sentimento, ois ele ir* ser rovavelmente es4uecido ao edir uma outra garra!a e 7untar#se ao coro. Naturalmente devemos eserar tal coisa. Nossos amores não reivindicam divindade at 4ue essa reivindicação se torne laus?vel. "la não se torna laus?vel at 4ue conten&a uma verdadeira semel&ança com 5eus, o rrio nios. Irão assim destruir#nos e tambm destruir a si mesmos. ;ois os amores naturais, 4uando l&es ermitido 4ue se tornem deuses, não ermanecem amores. Continuam recebendo esse nome, mas se trans!ormam na verdade em !ormas comlicadas de dio. Nossos amores# Necessidade odem ser cobiçosos e e%igentes, mas não se estabelecem como deuses. Não estão bastante r%imos Eela semel&ançaF de 5eus ara tentar isso. ;elo 4ue !oi dito, segue#se então 4ue não devemos 7untar#nos nem aos idlatras nem aos desiludidos do amor &umano. < idolatria, tanto do amor ertico como das a!eiç@es domsticas !oi o grande erro da literatura do Sculo 5e6enove. Orowning, Pingsle/ e ;atmore !alam s ve6es como
se ensassem 4ue aai%onar#se era o mesmo 4ue santi!icar#seD os novelistas &abitualmente contra@em ao QMundo o lar e não o +eino dos Cus. Ns vivemos na reação contra isto. $s desiludidos estigmati6am como tolice e sentimentalismo grande arte do 4ue os seus ais disseram em rol do amor. "les estão semre arrancando e e%ibindo as ra?6es lamacentas de nossos amores naturais. Mas 7ulgo 4ue não devemos dar ouvidos nem ao suer#s*bio nem ao suertolo gigante. $ suerior não subsiste sem o in!erior. < lanta recisa de ra?6es embai%o assim como de sol em cima dela e suas ra?6es devem ser terrosas. rande arte dela terra lima, bastando 4ue a dei%e no 7ardim e não se on&a a esal&*#la em cima da mesa da biblioteca. $s amores &umanos odem ser imagens gloriosas do amor divino. Nada menos 4ue isso, mas tambm nada mais # ro%imidades de semel&ança 4ue de um lado odem a7udar, mas de outro servir de imedimento, ro%imidade de abordagem.
não necessitam de tal rearo. Jm e%emlo do rimeiro seria um gole de *gua. "ste um ra6er se voc- tem sede e um enorme ra6er se estiver muito sedento. Mas rovavelmente ningum no mundo, e%ceto em obedi-ncia sede ou s ordens do mdico, 7amais enc&eu um coo de *gua e o bebeu s elo ra6er da coisa. Jm e%emlo da outra categoria seria o ra6er não rocurado e ineserado de sentir o c&eiro de um camo de !ei7ão ou de um canteiro de ervil&as#de#c&eiro eserando or voc- em seu asseio matinal. oc- não recisava de nada, estava lenamente satis!eito antes dissoD o ra6er, 4ue ode ser enorme, um resente não solicitado, acrescentado. "stou dando e%emlos muito simles ara esclarecimento e naturalmente e%istem muitas comlicaç@es. Se voc- receber uma %?cara de ca! ou um coo de cerve7a 4uando eserava *gua e teria !icado satis!eito com ela, então ter* um ra6er do rimeiro tio Esatis!ação da sedeF e um do segundo Eum sabor agrad*velF ao mesmo temo. 5e novo, uma adição ode trans!ormar o 4ue antes era um ra6er do segundo tio em outro do rimeiro. ;ara o indiv?duo temerante um coo de vin&o ocasional uma del?cia # como o aroma do camo de !ei7ão. Mas ara o alcolatra, cu7o aladar e digestão 7* !oram &* muito destru?dos, bebida alguma roorciona 4ual4uer ra6er e%ceto o do al?vio de um dese7o insuort*vel. No 4ue concerne sua caacidade de discernir sabores, ele na verdade a detestaD mas mel&or do 4ue a misria de ermanecer sbrio. 3odavia, atravs de todas as ermutas e combinaç@es, a distinção entre as duas classes ermanece toleravelmente clara. ;odemos c&am*#las ;ra6eres#Necess*rios e ;ra6eres de <reciação. < semel&ança entre esses ra6eres#Necessidade e amores# Necessidade do rimeiro ca?tulo ir* ocorrer a todos. Mas ali, como deve lembrar#se, tive de con!essar 4ue recisei resistir a uma tend-ncia ara dereciar os amores#Necessidade ou at a di6er 4ue não eram de !orma alguma amores. <4ui, ara a maioria das essoas, oder* &aver uma inclinação oosta. Seria muito !*cil assarmos a louvar os ra6eres# Necessidade e rerovar os <reciativos2 um deles tão natural Euma alavra de esoF, tão necess*rio, tão rotegido de e%cessos ela sua rria naturalidadeD o outro tão desnecess*rio e abrindo a orta ara toda sorte de lu%:ria e v?cio. Se nos !altasse matria ara este assunto oder?amos !artar# nos at o onto m*%imo ao abrir as obras dos "sticos. Mas atravs de toda esta es4uisa devemos ter cuidado em 7amais adotar rematuramente uma atitude moral ou de avaliação. < mente &umana tem no geral mais
inclinação ara elogiar e desre6ar do 4ue ara descrever e de!inir. "la 4uer !a6er de toda di!erença uma distinção em valorD surgem então a4ueles cr?ticos !atais 4ue nunca conseguem indicar a 4ualidade divergente de dois oetas sem coloc*#los em ordem de re!er-ncia como se !ossem candidatos a um r-mio. Não nos cabe absolutamente !a6er isso com relação aos ra6eres. < realidade demasiado comlicada. 0* !omos advertidos 4uanto a isso elo !ato de 4ue o ra6er#Necessidade o estado em 4ue os ra6eres areciativos terminam 4uando se desviam Eelo &*bitoF. ;ara ns, de 4ual4uer modo, a imortHncia dos dois tios de ra6er est* na roorção em 4ue eles re!iguram as caracter?sticas em nossos amores Eassim c&amados ade4uadamenteF. $ indiv?duo sedento 4ue acabou de beber um coo de *gua, ode e%clamar2 ;or 5eus, eu 4ueria isso. $ mesmo se alica ao alcolatra 4ue terminou o seu trago. $ &omem 4ue assa elas ervil&as#de#c&eiro em seu asseio matinal ter* maior robabilidade de di6er2 =ue er!ume delicioso. $ connoisseur deois de seu rimeiro gole do !amoso clarete, oder* tambm a!irmar2 "ste vin&o e%celente. =uando os ra6eres#Necessidade estão em !oco, nos inclinamos a !a6er declaraç@es sobre ns mesmos no assado. =uando os ra6eres <reciativos são !ocali6ados, tendemos a e%ressar#nos sobre o ob7eto no resente. " !*cil ver a ra6ão disso. algo
S&aReseare descreveu a satis!ação de uma lasc?via tirHnica como
Cobiçado assada a ra6ão e, nem bem alcançado, $diado assada a ra6ão. Mas os mais inocentes e necess*rios dos ra6eres#Necessidade ossuem algo desse mesmo car*ter # aenas algo, naturalmente. "les não são odiados no momento em 4ue os obtemos, mas certamente morrem em ns com e%traordin*ria brus4uidão, e comletamente. < torneira da ia e o coo são muito atraentes 4uando entramos suados deois de lidar no 7ardim, mas seis segundos mais tarde eles erdem todo o seu interesse. " se me erdoar or re!erir#me ao mais e%tremo dos casos, não &ouve momentos ara a maioria de ns Enuma cidade estran&aF 4uando a alavra
Caval&eiros sobre uma orta desertou uma alegria raticamente digna de ser celebrada em versosG $s ra6eres da <reciação são muito di!erentes. "les nos !a6em sentir 4ue algo não s grati!icou nossos sentidos como tambm reivindicou nossa areciação or direito. $ con&ecedor não s tem ra6er no seu vin&o como areciaria a4uecer os s 4uando estes estão !rios. "le sente 4ue ali est* um vin&o 4ue merece toda a sua atenção, 4ue 7usti!ica toda tradição e &abilidade gastas no seu rearo e todos os anos de treinamento 4ue tornaram o seu rrio aladar ato ara 7ulg*#lo. "%iste at mesmo um vislumbre de generosidade na sua atitude. "le dese7a 4ue o vin&o se7a reservado e guardado em boas condiç@es, mas não s or sua causa. Mesmo 4ue estivesse em seu leito de morte e nunca mais !osse beber vin&o, !icaria &orrori6ado ao ensar 4ue essa vindima udesse ser derramada ou estragada ou mesmo bebida or est:idos Ecomo euF 4ue não sabem distinguir um bom de um mau clarete. $ mesmo se d* com o &omem 4ue assa elas ervil&as#de#c&eiro. "le não go6a simlesmente a !ragrHncia, mas sente 4ue da de alguma !orma merece ser areciada. Iria cular#se se seguisse adiante, desatento e desencantado. Seria grosseiro, insens?vel. =ue uma coisa tão linda viesse a ser deserdiçada nele seria uma vergon&a. Ir* lembrar#se da4uele momento delicioso or muitos anos. icar* triste ao ouvir 4ue o 7ardim elo 4ual assou em seu asseio na4uele dia !oi engolido or rdios de cinemas, garagens e ela nova rua. "m termos cient?!icos ambos os tios de ra6er são sem d:vida relacionados com nosso organismo. Mas os ra6eres#Necessidade roclamam em vo6 alta sua ligação não aenas com a estrutura &umana mas tambm com sua condição momentHnea, e !ora dessa relação não t-m ara ns 4ual4uer signi!icado ou interesse. $s ob7etos 4ue roorcionam ra6eres de areciação nos !a6em sentir 4ue de algum modo somos obrigados a sabore*#los, dar#l&es atenção e elogi*#los E4uer esse sentimento se7a ou não irracionalF. Seria um ecado servir um vin&o como esse ao Lu?s, di6 o erito em clarete. Como voc- ode assar or este 7ardim sem sentir seu aromaG erguntamos. Mas 7amais dever?amos sentir#nos assim em relação a um ra6er#Necessidade2 7amais cular#nos or não termos tido sede e ortanto assarmos or uma !onte sem beber um gole de *gua. Como nossos ra6eres#Necessidade re!iguram nosso amor# Necessidade algo bastante evidente. No :ltimo, o ser amado visto em
relação s nossas rrias necessidades, assim como a torneira do !iltro vista elo &omem sedento e o coo de bebida elo alcolatra. " o amor# Necessidade, como o ra6er#Necessidade, não ir* durar mais do 4ue a necessidade em si. Isto não signi!ica, !eli6mente, 4ue todas as a!eiç@es 4ue começam no amor#Necessidade se7am transitrias. < necessidade em si ode ser ermanente ou reetida. Jma outra escie de amor ode ser en%ertada no amor#Necessidade. $s rinc?ios morais E!idelidade con7ugal, iedade !ilial, gratidão e outrosF odem reservar o relacionamento or toda uma vida. Mas onde o amor#Necessidade dei%ado sem a7uda, di!icilmente odemos eserar 4ue não morra uma ve6 4ue cesse a necessidade. emos e%emlos disso nas 4uei%as das mães cu7os !il&os crescidos as negligenciam e as amantes abandonadas deois de satis!eita a necessidade do amante. Nosso amor#Necessidade or 5eus est* em osição di!erente, ois nossa necessidade dele 7amais cessar* se7a neste ou em 4ual4uer outro mundo. Mas nossa erceção do mesmo ode acabar e então nosso amor# Necessidade tambm morre. $ 5iabo estava doente, o 5iabo 4ueria ser monge. Não arece &aver ra6ão ara descrever como &icrita a iedade de curta duração da4ueles cu7a religião se desvanece uma ve6 4ue saiam do erigo, necessidade ou tribulação. ;or 4ue não teriam sido sincerosG "stavam deseserados e gritaram or socorro. =uem não !aria o mesmoG $ 4ue o ra6er <reciativo re!igura não tão !acilmente descrito. "m rimeiro lugar, ele o onto de artida de toda a nossa e%eri-ncia de bele6a. " imoss?vel traçar uma lin&a abai%o da 4ual tais ra6eres se7am sensuais e acima da 4ual eles se7am estticos.
Sidne/ ama o seu r%imo. Mas nos ra6eres <reciativos, mesmo em seu lano mais bai%o, e mais e mais medida 4ue crescem na lena areciação de toda bele6a, obtemos algo 4ue di!icilmente odemos dei%ar de c&amar de amor e di!icilmente dei%ar de c&amar de desinteressado em relação ao ob7eto em si. " o sentimento 4ue iria imedir algum de mutilar um 4uadro !amoso mesmo 4ue !osse o :ltimo &omem vivo sobre a terra e estivesse ele mesmo restes a morrer, o 4ue nos !a6 !icar contentes ao ensar em !lorestas intactas 4ue 7amais veremos, 4ue nos !a6 ansiar ara 4ue o 7ardim ou o camo de !avas continue a e%istir. Não se trata simlesmente de gostarmos delesD ns os ronunciamos, num momento de bom senso divino momentHneo, como sendo muito bons. Nosso rinc?io de começar do in!erior # sem o 4ual o suerior não subsiste # começa a agar dividendos. "le me revelou uma de!ici-ncia em nossa resente classi!icação dos amores em Necessidade e 5oação. "%iste um terceiro elemento no amor, não menos imortante do 4ue esses, 4ue re!igurado elos nossos ra6eres areciativos. "sta idia de 4ue o ob7eto muito bom, esta atenção E4uase uma &omenagemF o!erecida a ele como uma escie de obrigação, este dese7o de 4ue deveria e deve continuar sendo o 4ue , mesmo 4ue não ven&amos a go6*#lo, ode envolver não s coisas como essoas. =uando o!erecida a uma mul&er, ns a c&amamos de admiraçãoD 4uando a um &omem, adoração de um ?doloD 4uando a 5eus, simlesmente adoração. $ amor#Necessidade clama a 5eus de nossa obre6aD o amor#5oação dese7a servir ou mesmo so!rer or 5eusD o amor <reciativo e%clama2 Ns te damos graças or tua glria. $ amor#Necessidade di6 a reseito de uma mul&er2 Não osso viver sem elaD o amor#5oação anseia or !a6-#la !eli6, dar#l&e con!orto e roteção # e, se oss?vel, ri4ue6aD o amor <reciativo contemla e rende a resiração, !ica em sil-ncio e se re7ubila de 4ue tal maravil&a ossa e%istir, mesmo 4ue não se7a ara eleD não !icar* inteiramente derimido se a erder, ois re!ere isso a 7amais t-#la visto. Ns matamos ara dissecar. Na vida real, graças a 5eus, os tr-s elementos do amor se mesclam e se seguem um ao outro, momento a momento. 3alve6 nen&um deles e%ceto o amor#Necessidade e%ista or si s, em ure6a 4u?mica, or mais 4ue alguns segundos. " talve6 isso aconteça or4ue nada em ns e%ceto nossa necessidade ermanente nesta vida.
5uas !ormas de amor ara a4uilo 4ue não essoal e%igem um tratamento todo articular. ;ara algumas essoas, talve6 rincialmente ara os ingleses e os russos, o 4ue c&amamos de amor ela nature6a se7a um sentimento ermanente e srio. =uero indicar a4ui a4uele amor da nature6a 4ue não ode ser simlesmente classi!icado como um e%emlo de nosso amor ela bele6a. Como lgico, muitos ob7etos naturais#*rvores, !lores e animais # são belos. Mas os amantes da nature6a 4ue ten&o em mente não se reocuam muito com os ob7etos desse tio 4ue se7am belos em si. $ &omem 4ue se reocua com eles os erturba. Jm botHnico entusiasta constitui uma coman&ia odiosa ara eles. "st* semre arando ara c&amar sua atenção ara algum detal&e. 3ambm não estão rocurando vistas ou aisagens. ordswort&, 4ue !ala or eles, rotesta contra isto2 leva a uma comaração de cena com cena, !a6 com 4ue se &abitue com magras novidades de cor e roorção. "n4uanto est* ocuado com esta atividade cr?tica e discriminativa erde as coisas 4ue realmente imortam # as disosiç@es do temo e da estação, o es?rito do lugar. " naturalmente ordswort& est* certo. "ssa a ra6ão or4ue, se voc- ama a nature6a desse modo, um intor de aisagens E!ora de casaF uma coman&ia ainda ior do 4ue um botHnico. São a disosição ou o es?rito 4ue imortam. $s amantes da nature6a 4uerem receber o mais lenamente oss?vel o 4ue 4uer 4ue a nature6a este7a di6endo, em cada momento e lugar determinados. < evidente ri4ue6a, graça e &armonia de algumas cenas não são mais areciadas or eles do 4ue a triste6a, desolação, terror, monotonia, ou melancolia vision*ria de outras. Mesmo a4uilo 4ue in!orme recebe deles uma reação ositiva. " mais uma alavra ro!erida ela nature6a. "les se abrem ara a absoluta 4ualidade de toda aisagem camestre, a cada &ora do dia. =uerem absorv-#la, dei%ando#se colorir comletamente or ela. "sta e%eri-ncia, como muitas outras, deois de ter sido e%altada at os cus no Sculo 5e6enove, !oi descartada elos modernistas. ;recisamos de !ato admitir a !avor dos oositores 4ue ordswort&, 4uando não estava comunicando idias no ael de oeta, mas aenas !alando sobre elas
como !ilso!o Eou !iloso!astroF, disse algumas coisas bem tolas. " tolo, a não ser 4ue voc- ten&a descoberto 4ual4uer evid-ncia nesse sentido, acreditar 4ue as !lores go6am do ar 4ue resiram, e mais tolo ainda não acrescentar 4ue, se isto !osse verdade, as !lores iriam indiscutivelmente sentir tanto dores como ra6eres. Não !oram muitos os 4ue arenderam uma !iloso!ia moral atravs de um imulso rimaveril. Se isso tivesse acontecido, não seria necessariamente a escie de !iloso!ia 4ue ordswort& teria arovado. ;oderia ser a da cometição desen!reada, como 7ulgo ser ara alguns modernistas.
dos oetas. "u oderia na verdade ter dito enc&er ou encarnar em lugar de vestir. Muitas essoas, inclusive eu, 7amais oderiam, a não ser or a4uilo 4ue a nature6a nos !a6, ter 4ual4uer conte:do ara colocar nas alavras 4ue devemos usar ao con!essar nossa !. < nature6a 7amais me ensinou 4ue e%iste um 5eus de glria e de in!inita ma7estade. 3ive de arender isso de outra !orma. Mas a nature6a deu alavra glria um signi!icado ara mim.
camin&o desaarece 4uase imediatamente. 3errores e mistrios, toda a ro!undidade dos consel&os de 5eus e todo o emaran&ado da &istria do universo o su!ocam. Não odemos assarD não desse modo. " reciso entrar or um atal&o # dei%ar as colinas e !lorestas e voltar aos nossos estudos, igre7a, s nossas O?blias, aos nossos 7oel&os. 5e outra maneira o amor da nature6a est* começando a trans!ormar#se numa religião. " então, mesmo 4ue não nos leve de volta aos deuses sombrios, nos levar* a uma grande dose de tolice. Mas não recisamos entregar o amor da nature6a # discilinado e limitado como sugeri, aos desiludidos. < nature6a não ode satis!a6er os dese7os 4ue deserta, nem resonder a 4uest@es teolgicas, nem santi!icar# nos. Nossa verdadeira 7ornada ara 5eus envolve o ato de voltar constantemente as costas ara elaD assando dos camos iluminados elo sol nascente ara alguma acan&ada igre7in&a, ou Etalve6F indo trabal&ar na ar4uia do distrito oriental Eo mais obre de LondresF. Mas o amor or ela !oi ara alguns, uma valiosa e indisens*vel iniciação. "u não recisaria di6er !oi, ois de !ato os 4ue não concedem mais 4ue isto ao amor da nature6a arecem ser os 4ue o ret-m. " isto 4ue se deve eserar. "ste amor, 4uando estabelecido como uma religião, começa a ser um deus e, ortanto, um dem>nio. $s dem>nios 7amais cumrem as suas romessas. < nature6a morre ara a4ueles 4ue tentam viver or amor a ela. Coleridge acabou tornando#se insens?vel a elaD ordswort& veio a lamentar 4ue a glria tivesse assado. 5iga suas oraç@es bem cedo, no 7ardim, ignorando !irmemente o orval&o, os *ssaros e as !lores, e sair* dele con4uistado ela sua !rescura e glriaD v* ara ali a !im de ser con4uistado e, deois de certa idade, nove entre de6 ve6es nada l&e acontecer*. =uero tratar agora do amor atritico, a4ui não reciso elaborar o a%ioma de M. de +ougemonD todos sabemos agora como este amor se trans!orma em dem>nio ao tornar#se um deus. nio. Mas então teriam de re7eitar metade da elevada oesia e metade dos atos &ericos de nossa raça. Não odemos nem se4uer e%cluir o lamento de Cristo sobre 0erusalm. "le tambm mani!esta amor elo seu a?s. amos limitar nosso camo. Não e%iste a4ui necessidade de um estudo sobre tica internacional. =uando este amor se toma demon?aco ele
ir* naturalmente rodu6ir atos erversos. Mas outros, mais caa6es, oderão di6er 4uais os atos entre as naç@es são erversos. Ns estamos aenas considerando o sentimento em si na eserança de oder distinguir entre a sua condição inocente e a demon?aca. Nen&uma delas a causa e!iciente do comortamento nacional. ;ois em termos estritos, são os governantes e não as naç@es 4ue agem internacionalmente. $ atriotismo demon?aco em seus s:ditos # eu escrevo s ara os s:ditos # tornar* mais !*cil ara eles agir erversamente. $ atriotismo sadio ode di!icultar sua tare!a2 4uando são erversos t-m ossibilidade, atravs da roaganda, de encora7ar uma condição demon?aca de nossos sentimentos, a !im de obter nossa a4uiesc-ncia sua erversidade. Se !orem bons, talve6 !açam o oosto. "ssa a ra6ão ela 4ual ns, cidadãos rivados, devemos manter#nos vigilantes 4uanto sa:de ou doença de nosso amor elo a?s. " sobre isto 4ue escrevo. < ambival-ncia do atriotismo ode ser medida elo !ato de outros escritores não a terem e%ressado com mais vigor do 4ue Piling e C&esterton. Se ela !osse comosta de um elemento :nico, dois &omens como eles não oderiam t-#la elogiado simultaneamente. "la contm na verdade diversos ingredientes, todos distintos, os 4uais ermitem uma grande variedade de combinaç@es. "m rimeiro lano, vem o amor ela terra natal, a cidade em 4ue nascemos, ou os v*rios lugares, onde moramosD amor elos vel&os amigos, lugares, sons e c&eiros con&ecidos. Note 4ue de !orma mais amla este ara ns o amor ela Inglaterra, ales, "sccia ou Jlster. <enas estrangeiros e ol?ticos !alam sobre a rã#Oretan&a.
rimeiro degrau 4ue nos a!asta do amor ego?sta, este nos !a6 dar o rimeiro asso ara alm do ego?smo !amiliar. Como lgico, não se trata de ura caridadeD ele envolve o amor elo nosso r%imo em sentido local e não no dominical. Mas os 4ue não amam os cidadãos da vila ou cidade a 4uem viram, no irão rovavelmente adiantar#se muito em amar o omem a 4uem não viram. 3odas as a!eiç@es naturais, inclusive esta, odem rivali6ar com o amor esiritual, odendo tambm ser imitaç@es rearatrias do mesmoD treinando, or assim di6er, os m:sculos esirituais 4ue a raça oder* mais tarde emregar num serviço mais elevado, como as mul&eres cuidam das bonecas 4uando crianças e mais tarde dos seus !il&os. ;ode surgir ocasião de renunciar a este amor, arrancar seu ol&o direito. Mas reciso em rimeiro lugar 4ue voc- ten&a um ol&o #a criatura 4ue não ten&a um, 4ue s c&egasse a ter um onto !otossens?vel, iria dar#se mal ao meditar sobre esse te%to severo. $ atriotismo deste tio não naturalmente de !orma alguma agressivo. "le s ede 4ue o dei%em so6in&o. S se torna militante a !im de roteger a4uilo 4ue ama. "m 4ual4uer mente dotada de um m?nimo de imaginação, ele rodu6 uma atitude ositiva em relação aos estrangeiros. Como osso amar min&a *tria sem comreender 4ue outros &omens, com o mesmo direito, amam a suaG Jma ve6 4ue voc- comreenda 4ue os !ranceses gostam de ca! comiet da mesma !orma 4ue ns gostamos de toicin&o com ovos timo ara eles e vamos ermitir 4ue comam isso. < :ltima coisa 4ue dese7amos tornar todos os outros lugares iguais ao nosso lar. "le não seria um lar a não ser 4ue !osse di!erente. Jm segundo ingrediente uma atitude articular com relação ao assado de nosso a?s. =uero di6er, esse assado 4ue vive na imaginação oularD os grandes !eitos de nossos ancestrais. Lembre#se de Maratona. Lembre#se de aterloo. " reciso 4ue os 4ue !alam a l?ngua de S&aReseare se7am livres ou morram. Sente#se 4ue esse assado tanto im@e uma obrigação como o!erece uma segurança. Não devemos bai%ar o adrão estabelecido ara ns or nossos ais, e or sermos seus !il&os &* uma boa c&ance de 4ue não !aremos isso. "ste sentimento não ossui credenciais tão ositivas 4uanto o uro amor ela terra natal. < verdadeira &istria de cada a?s est* c&eia de !eitos tristes e at mesmo vergon&osos.
como adrão, dão uma idia errada dela e com !re4K-ncia se restam a srias cr?ticas &istricas. 5essa !orma o atriotismo baseado em nosso glorioso assado resa !*cil ara o desiludido. U medida 4ue cresce o con&ecimento ele ode romer#se e converter#se em cinismo desiludido, ou manter#se mediante o !ec&ar volunt*rio dos ol&os. Mas, 4uem ode condenar o 4ue !a6 claramente muitas essoas, em muitos momentos imortantes, comortar#se tão acima da mdia, o 4ue certamente não !ariam sem a sua a7udaG ;enso 4ue oss?vel !ortalecer#se ela imagem do assado sem ser enganado nem envaidecido. < imagem se torna erigosa e%atamente na roorção em 4ue ela aceita ou assa or um estudo srio e sistem*tico da istria.
atriotismo2 Mas, sen&or, não nos disseram 4ue todo ovo 7ulga seus rrios &omens os mais valentes e suas mul&eres as mais belas em todo o mundoG " ele relicou com toda gravidade, não oderia ter#se mostrado mais grave se estivesse recitando o Credo no altar2 Sim, mas na Inglaterra isso verdadeiro. ;ara ser sincero, esta convicção não !e6 de meu amigo E5eus d- descanso sua almaF um vilão, aenas um vel&o asno e%tremamente digno de amor. Mas, ela ode tambm rodu6ir asnos 4ue escoiceiam e mordem. =uando c&ega s raias da loucura talve6 se trans!orme no oular +acismo, roibido igualmente elo cristianismo e a ci-ncia. Surge agora o 4uarto ingrediente. Se nosso a?s est* tão acima dos demais, ode ser dito então 4ue ele tem ou os direitos ou os deveres de um ser suerior em relação a eles. No Sculo 5e6enove os ingleses se tornaram demasiado conscientes de tais deveres2 o !ardo do &omem branco. $s 4ue c&am*vamos de nativos eram nossos tutelados e ns seus guardiães auto#nomeados. Mas nem tudo era &iocrisia nesta atitude. Ns realmente !i6emos a eles algum bem. Mas nosso &*bito de !alar como se o motivo de a Inglaterra ad4uirir um imrio !osse uramente altru?sta reugnou o mundo. Isto mostrava, todavia, o sentimento de suerioridade oerando em sua mel&or !orma. micas. Se não !osse elos tratados in!ringidos elos vermel&os, elo e%term?nio dos tasmanianos, elas cHmaras de g*s, etc., a omosidade de ambos seria uma imensa !arsa. C&egamos !inalmente ao est*gio em 4ue o atriotismo em sua !orma demon?aca nega inconscientemente a si mesmo. C&esterton tomou duas lin&as de emrstimo a Piling como o e%emlo er!eito. Isso !oi
desonesto ara com Piling, 4ue sabia maravil&osamente ara um &omem tão a*trida 4uanto ele # o 4ue o amor ela *tria signi!ica. Mas as lin&as citadas, isoladamente, resumem realmente a idia2 Se a Inglaterra !osse o 4ue arece ser. =uão deressa nos a!astar?amos dela. Mas não T $ amor nunca !alou dessa !orma. como amar nossos !il&os aenas se !orem bons, nossa esosa s en4uanto mantiver sua aar-ncia, nosso marido somente en4uanto !or !amoso e tiver -%ito na vida. omem algum, disse um dos gregos, ama sua cidade or ser grande, mas or ser sua. $ &omem 4ue realmente ama seu a?s, continuar* a am*#lo atravs da ru?na e da degeneração. Inglaterra, com todas as tuas !altas, continuo a amar#te. "la ser* ara ele uma coisa obre mas muito min&a. ;ode 7ulg*#lo bom e grande, 4uando isso não verdade, or4ue o amaD a ilusão erdo*vel at certo onto. Mas o soldado de Piling inverte a situação, ele 7ulga a Inglaterra boa e grandiosa e a ama or isso, ele a ama devido a seus mritos, e seu orgul&o grati!icado or !a6er arte dela. " se dei%asse de ser essas coisasG < resosta dada com toda clare6a2 =uão deressa nos a!astar?amos dela. =uando o navio começar a submergir ele o abandona. "ssa escie de atriotismo 4ue se inicia com o bater de tambores e des!raldar de bandeiras geralmente toma o camin&o 4ue leva a ic&/. amos encontrar de novo este !en>meno. =uando os amores naturais in!ringem a lei, eles não s re7udicam os demais amoresD mas dei%am eles mesmos de ser os amores 4ue costumavam ser, erdendo or comleto sua condição. $ atriotismo ossui então muitas !aces. $s 4ue dese7am re7eit*#lo inteiramente não arecem ter considerado o 4ue ir* com certe6a tomar o seu lugar, e 4ue 7* começou a !a6-#lo.
desconsiderar a tica. omens bons recisaram ser convencidos de 4ue a causa de seu a?s era 7ustaD mas mesmo assim continuava sendo a causa do a?s e não da 7ustiça como tal. < di!erença me arece imortante. Sem 4ual4uer sentimento de auto# retidão ou &iocrisia, eu osso de!ender min&a casa ela !orça contra um ladrão. Mas se começar a retender 4ue dei#l&e um soco no ol&o uramente or 4uest@es morais # indi!erente ao !ato de a casa assaltada ser min&a # tomo#me insuort*vel. < retensão de 4ue 4uando a causa da Inglaterra !or 7usta estamos do lado dela # como algum 5om =ui%ote neutro oderia estar # s or essa ra6ão, igualmente es:ria. " a !alta de bom senso tira conclus@es erradas desse conceito. Se a causa de nosso a?s a causa de 5eus, as guerras devem ser guerras de ani4uilação. Jma !alsa transcend-ncia concedida a coisas 4ue são bem deste mundo. < glria do antigo sentimento est* no !ato de 4ue embora udesse in!luenciar os &omens a es!orçar#se ao m*%imo, mesmo assim ele tin&a consci-ncia de 4ue era na verdade um sentimento.
conter a lena con!issão do cristianismo 4uanto contribuição esec?!ica !eita elo mesmo ara a soma da crueldade e traição &umanas. randes *reas do Mundo não irão dar#nos ouvidos en4uanto não tivermos reudiado muito de nosso assado. ;or 4ue deveriam !a6-#loG ritamos a lenos ulm@es o nome de Cristo, mas agimos a serviço de Molo4ue. 3alve6 alguns ensem 4ue eu não deveria terminar este ca?tulo sem di6er uma alavra sobre o nosso amor elos animais. Mas esse assunto se en4uadrar* mel&or no r%imo. =uer os animais se7am d- !ato sub# essoais ou não, eles 7amais são amados como se o !ossem. $ !ato ou a ilusão da ersonalidade ac&a#se semre resente, e o amor or eles então na verdade um e%emlo da4uela
< imortHncia desta imagem 4ue ela nos aresenta logo no rinc?io uma escie de arado%o. < Necessidade e o amor#Necessidade dos recm#nascidos são bviosD assim tambm o amor#5oação da mãe. "la d* vida, d* o alimento, d* roteção. ;or outro lado ela deve dar lu6 ou morrer. 5eve amamentar ou so!rer. 5essa !orma, a sua
<
5evo orm corrigir#me imediatamente. "stou !alando da
linguagem da rimeira ternura 4ue con&ecemos reetida a !im de tomar o lugar da nova. Jm do doss mais ais no nott*v *veeis sub subro rodu duttos da mica, não o !oramD essoas 4ue se não tivessem sido colocadas elo destino na mesma casa ou comunidade, não teriam nada a ver uma com a outra. Se or causa disso surge uma
e%cel-ncia &umana. oc- oderia igualmente di6er 4ue rovo a amlitude de meu gosto liter*rio or gostar de todos os livros de min&a biblioteca. < resosta a mesma em ambos os casos2 oc- escol&eu esses livros. oc- escol&eu esses amigos. natural 4ue l&e agradem. $ gosto verdadeiramente amlo na leitura a4uele 4ue caacita o &omem a descobrir algo 4ue sura as suas necessidades na banca de saldos de 4ual4uer livraria onde se vendam livros de segunda#mão. < areciação verdadeiramente amla ela &umanidade ir* igualmente encontrar algo de 4ue gostar em 4ual4uer gruo reresentativo da mesma 4ue ven&a a encontrar diariamente. "m min&a e%eri-ncia a
algo 4ue os cristãos não ousam es4uecer. 5eus o grande +ival, o suremo ob7eto da inve7a &umanaD a4uela bele6a, terr?vel como a de rgona, 4ue ode a 4ual4uer momento roubar de mim Eou 4ue a meu ver um rouboF o coração da esosa, marido ou !il&a. < amargura da incredulidade de alguns, embora dis!arçada at mesmo da4ueles 4ue a sentem em anti#clericalismo ou dio da suerstição, na realidade devida a isso. Não estou orm ensando no momento nessa rivalidadeD teremos de en!rent*#la mais adiante. Nosso assunto resente mais terreno. =uantos desses lares !eli6es realmente e%istemG ;ior ainda, os in!eli6es são in!eli6es or !alta de
Sinto#me imelido a !a6er uso de e%emlos liter*rios or4ue voc-, o leitor, e eu, não vivemos na mesma vi6in&ançaD se viv-ssemos, não &averia in!eli6mente di!iculdade em substitui#los or e%emlos e%tra?dos da vida real. Isso acontece todos os dias, e odemos ver or4ue. 3odos sabemos 4ue reciso !a6er algo, se não ara merecer, elo menos ara atrair, o amor ertico ou a ami6ade. Mas a
coisa. Seria absurdo di6er 4ue !alta
$ car*ter embutido ou não#merecido da
"%istem regras de eti4ueta. =uanto mais ?ntima a ocasião, tanto menores as !ormalidadesD não sendo orm menor a necessidade de cortesia. ;elo contr*rio, a
;ortanto EconcluiF, est* sendo a!etuoso. +essinta#se de 4ual4uer coisa e l&e dir* 4ue a imer!eição no amor est* do seu lado. ica !erido. Sente#se incomreendido. inga#se então, mantendo#se distHncia e a!etando uma atitude de e%agerada olide6. < imlicação naturalmente esta2 *T não somos então ?ntimosG 5evemos comortar#nos como simles con&ecidosG "u eserava... mas não tem imortHncia. aça como 4uiser. Isto ilustra muito bem a di!erença entre a cortesia ?ntima e a in!ormal. $ 4ue se adata er!eitamente a uma ode ser uma in!ração da outra. Mostrar#se vontade e ?ntimo 4uando aresentado a uma essoa estran&a e imortante uma 4uebra de eti4uetaD raticar em casa maneiras !ormais Emaneiras :blicas em lugares rivadosF V e semre retendeu ser V !alta de boas maneiras. "ncontramos um delicioso e%emlo de boas maneiras domsticas no livro 3ristram S&and/. Num momento singularmente inoortuno o 3io 3ob/ se @e a !alar de seu tema !avorito2 a !orti!icação. Meu ;ai, erdendo ela rimeira ve6 a calma, interrome violentamenteD mas, a seguir, v- a !ace do irmãoD a !isionomia inde!esa de 3ob/, ro!undamente !erido, não or ter sido desden&ado, 7amais ensaria nisso, mas elo desre6o nobre arte. Meu ;ai se arreende na &ora, desculando#se, e acontece uma reconciliação total. $ 3io 3ob/, ara mostrar 4uão comleto o seu erdão, e 4ue não vai esconder#se or tr*s de sua dignidade !erida, retorna calmamente sua alestra sobre as !orti!icaç@es. Não tocamos orm ainda nos ci:mes. Suon&o 4ue ningum mais acredita 4ue os ci:mes estão esecialmente ligados ao amor ertico. Se algum ainda crer nisso, o comortamento das crianças, dos emregados e dos animais domsticos, logo ir* tirar#l&e essa ilusão. 3oda escie de amor, 4uase todo tio de associação, est* su7eita a eles. $s ci:mes da
crescem at uma certa idade artil&ando tudo. "les leram as mesmas revistas em 4uadrin&os, subiram nas mesmas *rvores, !oram 7untos &omens do esaço ou iratas, começaram e abandonaram no mesmo momento as coleç@es de selos. "ntão acontece uma coisa &orr?vel. Jm deles se distancia # descobre a oesia ou a ci-ncia, a m:sica erudita, ou talve6 so!re uma conversão religiosa. Sua vida se enc&e com o novo interesse. $ outro não ode artil&ar da nova vida do irmão, !icando ara tr*s. 5uvido 4ue at mesmo a in!idelidade de uma esosa ou marido rovo4ue uma sensação mais desagrad*vel de abandono ou uma inve7a mais !orte do 4ue uma situação assim ode causar. não se trata ainda de ci:mes dos novos amigos 4ue o desertor ir* logo !a6er. Isso vir* mais tarde. $ ci:me a rinc?io da coisa em si V da ci-ncia, da m:sica, de 5eus Esemre c&amado de religião ou toda essa religião em tais conte%tosF. $ ci:me ir* rovavelmente e%ressar#se atravs de 6ombarias. $ novo interesse tudo bobagem, desre6ivelmente in!antil Eou desre6ivelmente adultoF, ou tambm o desertor não tem na verdade um interesse real V est* aenas se mostrando, se e%ibindo. 3udo não assa de a!etação. Logo mais os livros sairão de vista, os escimes cient?!icos serão destru?dos, o r*dio desligado na &ora dos rogramas de m:sica cl*ssicaD ois a
$utras ve6es surge um ci:me dobrado, ou se7a dois ci:mes inconsistentes 4ue se sucedem um ao outro na mente do so!redor. 5e um lado a idia2 3udo isso tolice, bobagem comleta, ura taeação. Mas de outro2 Suon&amos # não ode ser, não deve ser # mas suon&amos 4ue e%ista alguma verdade nisso tudoG Suon&amos 4ue &ouvesse mesmo algo na literatura ou no cristianismoG " se o desertor tivesse realmente entrado num novo mundo 4ue o restante de ns 7amais tivesse suseitadoG Se !or assim, 4ue in7ustiçaT ;or 4ue eleG ;or 4ue essa orta não se abriu ara nsG Jma meninin&a dessas, um raa6 insigni!icante como esse # alcançando oortunidades negadas a seus maioresG " como isso claramente incr?vel e insuort*vel, a inve7a volta &itese2 3udo não assa de tolice. $s ais nesta situação ac&am#se muito mel&or e4uiados ara en!rent*#la do 4ue os irmãos e irmãs. $s !il&os não con&ecem o seu assado. =ual4uer 4ue se7a o novo mundo do desertor, odem semre alegar 4ue 7* assaram or ele e sa?ram do outro lado. não mais do 4ue uma !ase, di6em eles, vai assar. Nada oderia ser mais satis!atrio. " uma declaração sobre o !uturo 4ue não ode ser então re!utada. "la !ere, mas or ser dita com tanta indulg-ncia !ica di!?cil ressentir# se da mesma. Mais ainda, os mais vel&os arecem realmente crer nela, e ode !inalmente resultar verdadeiraD não sendo cula deles se isso não acontecer. Menino, essas suas loucuras vão 4uebrar o coração de sua mãe. "sse aelo eminentemente vitoriano ode ter sido no geral verdadeiro. <
"stou ensando na Sra. idget 4ue morreu &* alguns meses. " realmente assombroso como a sua !am?lia mel&orou. $ ar sombrio desaareceu do rosto do marido dela, e ele começou a arender a rir. $ !il&o mais novo 4ue semre 7ulguei uma criatura amarga, rabugenta, tem#se mostrado muito &umano. $ mais vel&o 4ue nunca estava em casa senão ara dormir, ode ser visto 4uase semre ali e começou a lidar no 7ardim. < !il&a, semre tida como delicada Eembora eu nunca c&egasse a saber or 4ue ra6ãoF, est* tendo agora as liç@es de e4uitação 4ue l&e !oram roibidas, dança a noite inteira e 7oga t-nis vontade. nicos
reugnantes e ca! na cama. ;ois a Sra. idget, como a!irmava reetidamente, se mataria ela !am?lia. Ningum odia imedi#la. "les tambm não odiam, sendo essoas decentes, !icar sentados observando. 3in&am de a7udar. Na verdade estavam semre tendo de a7udar. Isto , !a6iam coisas 4ue a au%iliassem a a7ud*#los, coisas 4ue não 4ueriam 4ue !ossem !eitas. =uanto ao 4uerido cac&orro, era ara ela, como di6ia, como um dos !il&os. " ele era de !ato como um deles, na medida em 4ue ela conseguia !a6e#lo con!ormar#se, mas como ele não tin&a escr:ulos sa?a#se mel&or do 4ue os demais e embora vacinado, alimentado e con!inado ao m*%imo ele conseguia s ve6es c&egar at a lata de li%o ou at o cac&orro do vi6in&o. $ vig*rio disse 4ue a Sra. idget reousa agora em a6. "seremos 4ue sim. $ 4ue certo 4ue sua !am?lia est* em a6. " !*cil ver como a su7eição a este estado , or assim di6er, cong-nita no instinto maternal. Como vimos, este um amor#5oação, mas 4ue recisa ser dadoD ortanto, recisa ser necessitado. "ntretanto, o ob7etivo ade4uado da d*diva colocar o reciiente numa condição tal 4ue ele não mais necessite de nossa doação.
<
ela ermanece em sua maior arte um aglomerado inconsciente de imulsos biolgicos. 3em tr-s ernas no mundo da nature6a e uma no nosso. " um elo, um embai%ador. =uem não gostaria, como a!irma Oosan4uet, de ter um reresentante na corte de ;anG $ &omem com um cão !ec&a uma brec&a no universo. Mas os animais são naturalmente usados de um modo mais negativo com !re4K-ncia. Se voc- recisa ser necess*rio e se sua !am?lia, muito ade4uadamente, se nega a !a6er isso, um animal de estimação o substituto bvio. oc- ode mante#lo a vida inteira deendente de sua essoa. ;ode mante#lo ermanentemente in!antil, redu6i#lo invalide6 ermanente, imedi#lo de go6ar de todo e 4ual4uer con!orto animal, e comensar isso criando necessidades ara uma srie enorme de e4uenas indulg-ncias 4ue s voc- ode conceder. < in!eli6 criatura se torna então muito :til ara o restante da !am?lia. "la !unciona como um dreno voc- est* ocuado demais estragando a vida de um cac&orro ara oder estragar a deles. $s cães são mel&ores ara isso do 4ue os gatos. $ macaco, me disseram, o mel&or de todos, sendo tambm mais arecido com a coisa real. certo 4ue isso não nada bom ara o coitado do bic&o, mas ele rovavelmente não comreende a e%tensão do mal 4ue voc- l&e !a6. Mel&or ainda, voc- nunca saberia se ele comreendesse. $ ser &umano mais isado, 4uando c&ega ao !inal de sua resist-ncia, ode um dia dei%ar escaar uma terr?vel verdade, mas os animais não !alam. $s 4ue di6em 4uanto mais convivo com os &omens mais gosto de cac&orros V os 4ue encontram nos animais um al?vio das e%ig-ncias do conv?vio &umano, devem ter o cuidado de analisar sua real motivação. "sero 4ue não me comreendam mal. Se este ca?tulo levar algum a duvidar 4ue a !alta de
"m rimeiro lugar, o termo neurtico2 não enso 4ue veremos as coisas mais claramente se classi!icarmos todas essas condiç@es mal!icas da nio e terminarem regando#o nu numa estaca de madeira. "m segundo lugar, o coment*rio em sua rria linguagem admite e%atamente a4uilo 4ue estou tentando di6er. <
!rustraç@es e misrias 4ue in!ligia sua !am?liaG 5i!?cil de acreditar. "la sabia muito bem. 3ambm tin&a lena noção 4ue a noite de 4ual4uer dos membros !icaria comletamente estragada ao ensar 4ue ao voltar ara casa a encontraria sua esera, ociosa, acusadoramente acordada or sua causaD mas continuava essas r*ticas or4ue se as dei%asse teria de en!rentar a realidade 4ue estava decidida a ignorar2 saber 4ue não era necess*ria. "sse o rimeiro motivo. < rria oerosidade da sua vida silenciava '( d:vidas secretas 4uanto 4ualidade do seu amor. =uanto mais seus s 4ueimavam e suas costas do?am, tanto mel&or, ois esse so!rimento l&e sussurrava ao ouvido2 Como devo am*#los se !aço tudo issoT "sse o segundo motivo.. ;enso 4ue e%iste um lano ainda in!erior. < !alta de areciação or arte das essoas, a4uelas alavras terr?veis, o!ensivas # 4ual4uer coisa !ere uma Sra. idget # com 4ue ediam 4ue mandasse lavar !ora a roua, a caacitavam a sentir#se e%lorada, e ortanto a manter#se constantemente 4uei%osa, go6ando os ra6eres do ressentimento. Se algum disser 4ue não con&ece esses ra6eres s ode estar mentindo ou um santo. Na verdade são ra6eres aenas ara os 4ue sentem dio. Mas um amor como o da Sra. idget contm uma boa dose de dio. oi com reseito ao amor ertico 4ue o oeta romano declarou2 amo e odeio, mas outras escies de amor admitem a mesma combinação de sentimentos. 3ra6em consigo as sementes do dio. Se a nio. 2. A Amizade =uando a nio e
Cleatra, +omeu e 0ulieta, ossuem muitos e4uivalentes na literatura moderna2 5avi e 0>natas, ;ilades e $restes, +oland e $liver,
inevit*vel, o tio de amor mais areciado assou a ser a4uele 4ue arecia indeender ou at desa!iar a simles nature6a. <
Isto !a6 cair sobre mim desde o in?cio um trabal&o bem cansativo de demolição. 3ornou#se na verdade necess*rio em nossos dias re!utar a teoria de 4ue toda ami6ade !irme e sria realmente &omosse%ual. < alavra erigosa realmente imortante a4ui. 5i6er 4ue toda
novo a reação de +onaldo a uma brincadeira esecial de Carolina. Longe de ter mais de +onaldo, de t-#lo ara mim mesmo agora 4ue Carlos se ausentou, ten&o menos de +onaldo. micas. rot&gar abraçando Oeowul!, 0o&nson abraçando Ooswell Euma dula !lagrantemente &eterosse%ualF e todos a4ueles cabeludos centuri@es em 3*cito, agarrando# se uns aos outros e sulicando um :ltimo bei7o 4uando a legião se dissolveu ... todos a!eminadosG
Se ode crer nisso crer* então em tudo. 5e um onto de vista &istrico abrangente não são naturalmente os gestos demonstrativos de
Melville !icavam con!ortavelmente reunidos todas as noites.. $ 4ue as mul&eres !a6iam nessas &orasG Como osso saberG Sou &omem e 7amais tentei devassar os mistrios delas. Com certe6a reali6avam rituais 4ue e%clu?am os &omens. =uando, como acontecia algumas ve6es, a agricultura !icava em suas mãos, deveriam, como os &omens, ter tido &abilidades, trabal&os e triun!os comuns. $ mundo delas todavia talve6 7amais !osse tão en!aticamente !eminino como o dos &omens era masculino.
4uanto comest?vel, 4ue a caça era tão agrad*vel 4uanto :til, son&aram 4ue seus deuses oderiam ser não s oderosos mas tambm santos. Mas en4uanto cada uma dessas essoas com erceção morrer sem encontrar uma alma a!im, nada E suseito euF ir* resultar disso Nem arte, nem esorte nem religião esiritual irão surgir. \ 4uando duas essoas assim descobrem uma outra, 4uando, se7a com imensa di!iculdade e &esitação, ou com o 4ue nos arece uma raide6 surreendente e el?tica, elas artil&am a sua visão # nascendo assim a
voltados ara a !rente. "sse o motivo elo 4ual a4uelas criaturas atticas 4ue simlesmente 4uerem amigos 7amais descobrem algum. < rria condição de ter amigos 4ue dever?amos dese7ar algo alm de
-%tases e entusiasmos, todo o eslendor e os dese7os violentos de "ros. "scol&a o 4ue re!erir2 $ 4ue escol&eriaG =ual escol&a não seria motivo de arreendimento deois de !eitaG Salientei o asecto desnecess*rio da ami6ade e isto re4uer naturalmente mais 7usti!icação do 4ue 7* dei. ;oderia ser argumentado 4ue as ami6ades t-m valor r*tico ara a comunidade. 3oda religião civili6ada teve in?cio num e4ueno gruo de amigos. < matem*tica de !ato começou 4uando alguns amigos gregos se reuniram ara !alar sobre n:meros, lin&as e Hngulos. $ 4ue agora a Sociedade +eal não assava originalmente de urna reunião de caval&eiros em suas &oras de la6er a !im de discutir coisas de 4ue eles Ee não muitos outrosF gostavam. $ 4ue c&amamos agora de Movimento +omHntico não assava antes das conversas incessantes dos Srs. Coleridge e ordswort& sobre uma visão secreta s deles. $ comunismo, o tractarianismo, o metodismo, o movimento antiescravista, a +e!orma, a +enascença, oderiam ser ditos sem grandes e%ageros 4ue nasceram da mesma maneira. "%iste alguma, verdade nisso, mas 4uase todo leitor rovavelmente 7ulgaria alguns desses movimentos como sendo bons ara a sociedade e outros maus. < lista inteira, se aceita, tenderia a mostrar na mel&or das &iteses 4ue a nica era r*tica e social, alicada a serviço da agricultura e da m*gica. Mas a matem*tica livre dos gregos, utili6ada elos
$utros oderiam di6er tambm 4ue a ami6ade e%tremamente :til, talve6 necess*ria ara a sobreviv-ncia do indiv?duo. "les aresentam uma base autorit*ria2 e%iste amigo mais c&egado do 4ue um irmão. Mas 4uando !alamos dessa !orma estamos usando a alavra amigo com o signi!icado de aliado. No uso comum, amigo signi!ica, ou deveria signi!icar, mais 4ue isso. $ amigo ir* de !ato mostrar#se tambm um aliado 4uando uma aliança se torna necess*riaD ir* dar ou emrestar 4uando temos necessidade, tratar de ns na doença, aoiar#nos contra os inimigos, !a6er o 4ue uder or nossas vi:vas e r!ãos. Mas tais bons o!?cios não são a ess-ncia da
simlesmente o 4ue 2 não reresenta nada alm dele mesmo. Ningum se imorta absolutamente com a !am?lia, ro!issão, classe social, renda, raça ou &istria rvia do outro. oc- ir* naturalmente !icar sabendo sobre a maior arte dessas coisas no !inal, mas casualmente. "las virão aos oucos, ara !ornecer um e%emlo ou uma analogia, ara servir de ganc&os ara uma anedota, mas nunca or si mesmas. "ssa a reale6a da ami6ade. Ns nos reunimos como r?ncies soberanos de "stados indeendentes, no estrangeiro, em um a?s neutro, livres de nossos rrios conte%tos. "ste amor EessencialmenteF ignora não s nossos coros !?sicos mas tambm todo a4uele con7unto 4ue consiste de nossa !am?lia, emrego, assado e associaç@es. "m casa, alm de ser ;edro ou 0anete, temos tambm um car*ter geralD marido ou esosa, irmão ou irmã, c&e!e, colega ou subordinado. Mas não entre nossos amigos. 3rata#se de uma relação de mentes desembaraçadas ou desidas. "ros 4uer coros nus, a
oc- não vai descobrir o guerreiro, o oeta, o !ilso!o ou o cristão se !icar ol&ando ara ele como se !osse sua amante2 mel&or lutar a seu lado, ler com ele, discutir e orar com ele. Numa ami6ade er!eita este amor areciativo , enso eu, !re4Kentemente tão grande e tão !irmemente alicerçado 4ue cada membro sente#se, em seu ?ntimo, &umil&ado diante dos demais.
"m um asecto a nossa sociedade in!eli6. Jm mundo onde &omens e mul&eres não t-m um trabal&o comum ou uma educação comum ode rosseguir sem muita di!iculdade. $s &omens 4ue vivem nele se voltam um ara o outro com
advogadosF a !a6er arte do c?rculo masculino. $ !ato V or si sem imortHncia V reunam de elas agora !umarem e beberem como os &omens, reresenta ara as essoas simles uma rova 4ue realmente !a6em arte dele. Não se ermitem reuni@es s de &omens. $nde 4uer 4ue eles se reunam, as mul&eres devem estar resentes. $s &omens arenderam a viver com as idias. Sabem o 4ue signi!ica discussão, rova e ilustração. < mul&er 4ue s !re4Kentou a escola e abandonou logo as o casamento 4ual4uer verni6 de cultura 4ue ten&a recebido V 4ue s l- revistas !emininas e cu7a conversa 4uase inteiramente narrativa, não ode realmente entrar nesse c?rculo. ;ode !a6er arte dele de maneira !?sica, mas de 4ue adiantaG Se os &omens !orem imiedosos, ela !icar* sentada aborrecida e silenciosa durante uma conversa 4ue a seu ver não tem sentido. Se !orem bem educados tentarão inclu?#la.
"sta vitria sobre a
aenas encontrar#se na mica, mas a divisão em se%os caacita cada um a ver no outro a graça 4ue 4uase semre l&e escaa, e o attico tambm. i6 uma advert-ncia de 4ue este ca?tulo seria em sua maior arte de reabilitação.
admiração m:tua. $s 4ue s con&ecem essoalmente a
envergon&ado or admiti#los e um tanto duvidoso de 4ue ossam ser certos. Mas basta estar de volta aos meus
não erceberamF uma escola de v?cio. "la ambivalente. 3orna mel&ores os &omens bons e iores os maus. Seria erda de temo continuar batendo nesta tecla. $ 4ue nos interessa não entrar em detal&es sobre os ontos negativos das m*s ami6ades, mas erceber os oss?veis erigos nas boas. "ste amor, como todos os outros amores naturais, ossui a sua ligação cong-nita com uma doença em articular. ica evidente 4ue o elemento de divisão, de indi!erença ou surde6 Eelo menos em alguns assuntosF s vo6es do mundo e%terior, comum a todas as ami6ades, se7am elas boas, m*s, ou simlesmente incuas. Mesmo 4ue a base comum da ami6ade não se7a nada mais momentoso do 4ue colecionar selos, o c?rculo correta e inevitavelmente ignora a oinião de mil&@es 4ue a consideram como uma ocuação tola, e dos mil&ares 4ue são aenas diletantes. $s !undadores da meteorologia, correta e inevitavelmente, ignoraram a oinião de mil&@es 4ue ainda atribu?am as temestades !eitiçaria. Não e%iste o!ensa nisto. 5a mesma !orma 4ue sei 4ue eu seria um intruso num c?rculo de gol!istas, matem*ticos ou motoristas, reivindico o mesmo direito de consider*#los intrusos no meu. nicas de roissart não tin&am simatia nem misericrdia elos de !ora , os r:sticos ou camoneses. Mas esta delor*vel indi!erença estava entrelaçada intimamente com uma boa 4ualidade. "les mantin&am realmente entre si um adrão muito elevado de valor, generosidade, cortesia e &onra. $ camon-s cauteloso, mes4uin&o, teria 7ulgado tal adrão como ridiculamente tolo. $s !idalgos, ara mant-# lo, recisavam !icar or comleto indi!erentes s oini@es do mesmo. Não se imortavam nada com o 4ue ensasse. Se tivessem !eito isso, nosso rrio adrão &o7e seria mais bai%o e mais grosseiro tambm. Ignorar, orm, a vo6 do camon-s nos ontos em 4ue deve realmente ser ignorada, torna mais !*cil ignor*#la 4uando ele ede 7ustiça ou misericrdia. < surde6 arcial, nobre e necess*ria, encora7a a surde6 total 4ue arrogante e desumana.
Jm gruo de amigos não ode naturalmente orimir o mundo e%terior como o !aria uma classe social oderosa. Mas, !ica su7eito, em sua rria escala, ao mesmo erigo. ;ode assar a tratar como intrusos num sentido geral e dereciativo os 4ue eram corretamente intrusos num determinado rosito.
ela nossa rria essoa. $ 4ue 4uer 4ue aconteça com o nosso gruo, enso 4ue todos recon&ecemos essa tend-ncia na4ueles outros c?rculos em relação aos 4uais somos os de !ora. "stive certa ve6 numa con!er-ncia onde dois clrigos, evidentemente amigos ?ntimos, começaram a !alar sobre energia incriada em searado de 5eus. ;erguntei#l&es como oderia &aver coisas não#criadas e%ceto 5eus se o Credo estava certo em c&am*#lo de criador de todas as coisas vis?veis e invis?veis. < resosta deles !oi entreol&ar#se e rir. "u nada tin&a a ob7etar 4uanto a esse riso, mas 4ueria tambm uma resosta em alavras. Não se tratava de um riso 6ombeteiro ou desagrad*vel, e%ressando talve6 o 4ue os americanos 4uerem di6er com a !rase2 "le não engraçado ou odia ser o tio de risada 4ue os adultos dão 4uando uma criança travessa !a6 a escie de ergunta 4ue 7amais deveria ter sido !eita. di!?cil imaginar a inoc-ncia da atitude deles e como ela transmitia claramente a imressão de 4ue estavam lenamente conscientes de 4ue viviam no geral em um lano muito suerior ao dos demais, 4ue estavam entre ns como nobres entre r:sticos, ou como adultos entre crianças. Com toda robabilidade tin&am uma resosta ara a min&a ergunta e sabiam ser eu demasiado ignorante ara acoman&*#la. Se tivessem dito claramente2
a6eda não so!reu modi!icação. "le não reetiu a Mentira 5ireta, mas alm disso continuou como antes. "u batera numa cortina de !erro. "le se ac&ava armado contra o risco de 4ual4uer relação estritamente essoal, amiga ou inimiga, com essoas como eu. ;or tr*s de uma atitude assim com toda certe6a se ac&a um c?rculo do tio titHnico V nobres teml*rios com t?tulos auto#con!eridos, eretuamente em guerra ara de!ender um Oa&omet cr?tico. Ns V 4ue somos eles, não e%istimos absolutamente como essoas. Somos escimes, escimes de v*rios gruos et*rios, tios, climas de oinião, ou interesses, a serem e%terminados. ;rivados de uma arma, !riamente tomam outra. Não estão, no sentido comum da alavra, se encontrando conosco, mais simlesmente !a6endo um trabal&o asergindo E7* ouvi um deles usando essa imagemF inseticida. Meus sim*ticos clrigos e meu não tão sim*tico roedor ocuavam um alto n?vel intelectual. $ mesmo acontecia com a4uele c?rculo !amoso 4ue nos temos eduardianos c&egou ao onto m*%imo da !atuidade, dando# se o nome de as
mais do 4ue a Sra. arris. Mas durante um ano ou mais nos sentimos or comleto reverentes.F ;odemos detectar assim o orgul&o da
abandona#se a esses ra6eres. Mas arecem estar certos ao diagnosticar o orgul&o como a ameaça a 4ue as ami6ades estão naturalmente su7eitas. ;or ser 7ustamente este o mais esiritual dos amores, o erigo 4ue o assalta tambm esiritual. < ami6ade at mesmo angelical, mas o &omem recisa ser trilamente rotegido ela &umildade se 4uiser comer o ão dos an7os sem risco. 3alve6 ossamos tentar descobrir agora or 4ue as "scrituras usam tão raramente a
assagem. Na Casa de Intrrete, deois deles terem sido lavados, selados e vestidos com estes Orancas, !oi 4ue as mul&eres se observaram uma outra sob esta lu6. Se lembrarmos do lavar, do selo e das vestes estaremos salvos. Numa ami6ade e%licitamente religiosa, es4uecer#se disso seria alm de tudo !atal. Ir* arecer#nos então 4ue ns E4uatro ou cincoF nos escol&emos recirocamente, a erceção de cada um descobrindo a bele6a intr?nseca dos demais, de igual ara igual, uma nobre6a volunt*ria. 3eremos a imressão de 4ue nos elevamos acima do restante da &umanidade mediante nossos oderes inatos. $s outros amores não rovocam o mesmo tio de ilusão. < nias invis?vel tem estado em atividade. $ Cristo 4ue disse aos disc?ulos oc-s não escol&eram a MimT "u 4ue escol&i voc-sT ode di6er a todo gruo de amigos cristãos2 oc-s não se escol&eram uns aos outros, mas "u os escol&i uns ara os outros. <
!esta "le 4ue arran7a a mesa e 4uem escol&e os convidados. " "le, ousamos eserar, 4ue algumas ve6es reside e semre deveria residir. Não calculemos mal. Isso não 4uer di6er 4ue devemos ser semre solenes em relação a esse sentimento. =ue o 5eus 4ue !e6 o riso saud*vel não ermita 4ue tal aconteça. 3rata#se de uma das di!?ceis e deliciosas sutile6as da vida2 recon&ecer 4ue certas coisas são graves mas, ao mesmo temo, conseguir encara#las com !re4K-ncia com o mesmo es?rito esortivo 4ue encarar?amos um 7ogo. amos, orm, !alar mais sobre isto no r%imo ca?tulo. No momento vou citar aenas o consel&o lindamente e4uilibrado de 5unbar2 omem, agrada o teu Criador, e alegra#te, Não te imortes com este mundo um momento se4uer. 3. ros 5ou naturalmente o nome de "ros 4uele estado 4ue c&amamos de estar amandoD ou, se re!erir, 4uela escie de amor em 4ue os amantes estão envolvidos.
não num sentido obscuro e re!inado, como os siclogos oderiam e%lorar, mas num sentido er!eitamente bvio. $ 4ue tido como se%ual or a4ueles 4ue e%erimentam a sensação, o 4ue oderia ser rovado como se%ual mediante as mais simles observaç@es. < se%ualidade ode oerar sem "ros ou como arte de "ros. <resso#me a acrescentar 4ue !aço a distinção aenas ara limitar nossa es4uisa e sem 4uais4uer imlicaç@es morais. Não estou de !orma alguma adotando a idia oular de 4ue a aus-ncia ou resença de "ros 4ue torna o ato se%ual imuro ou uro, degradado ou belo, legal ou ilegal. Se todos os 4ue se deitarem 7untos sem estar no estado de "ros !ossem abomin*veis, ns todos viemos de uma lin&agem es:ria.
comum. No geral, o 4ue acontece rimeiro simlesmente uma deliciosa reocuação com o ser amado # uma reocuação geral, inesec?!ica, com a mul&er total. $ &omem nestas condiç@es na verdade não tem temo ara ensar em se%o, ois est* muito ocuado ensando numa essoa. $ !ato de ela ser uma mul&er muito menos imortante do 4ue ser ela mesma. "le est* c&eio de dese7o, embora este não ten&a uma tonalidade se%ual. Se l&e erguntasse o 4ue 4uer, sua resosta sincera geralmente seria2 Continuar ensando nela. " o amor contemlativo. " 4uando mais tarde deserta o dese7o e%licitamente se%ual, não ir* sentir Ea não ser 4ue teorias cient?!icas este7am a in!luenci*#loF 4ue desde o rinc?io !ora essa a ra6ão de tudo. "le ir* sentir com muito maior robabilidade 4ue a mar enc&ente de "ros, tendo demolido muitos castelos na areia e il&ado muitas roc&as, enc&eu agora esta arte de sua nature6a com uma stima onda triun!ante # a e4uena oça de se%ualidade comum 4ue se encontrava na raia antes de c&egar a mar. "ros se introdu6 nele como um invasor, dominando e reorgani6ando, uma a uma, as instituiç@es de um a?s con4uistado. ;ode ter tomado muitas outras antes de c&egar ao se%o neleD e ir* reorgani6*#lo tambm. Ningum indicou tão concisa e corretamente a nature6a dessa reorgani6ação do 4ue eorge $rwell, 4ue a re7eitava e re!eria a se%ualidade em sua condição rimitiva, incontaminada or "ros. No livro 198) o seu terr?vel &eri Emuito menos &umano do 4ue os &eris de 4uatro atas de seu e%celente
ssemos simles lgicos, ir?amos recuar diante do conceito de dese7ar um ser &umano di!erençar#se do sentimento de dese7ar 4ual4uer ra6er, con!orto ou serviço 4ue o ser &umano ossa restar. 3rata#se de algo certamente di!?cil de e%licar. $s rrios amantes estão tentando e%rimir arte desse sentimento Emas não muitoF 4uando di6em 4ue gostariam de comer um ao outro. Milton e%ressou mel&or 4uando inventou criaturas angelicais com coros !eitos de lu6 4ue odem alcançar a comleta interenetração em lugar de nossos simles abraços. C&arles illiams deu a entender arte disso nas alavras2
;ensar sobre isso iria atirar#nos de volta a ns mesmos, um mergul&o em nosso rrio sistema nervoso. Mataria "ros, como voc- ode matar o mais interessante anorama, mantendo#o or inteiro em sua retina e nervos ticos. Mas, a!inal de contas, ra6er de 4uem, ;ois uma das rimeiras coisas 4ue "ros !a6 aagar a distinção entre dar e receber.
constitui esecialmente uma reocuação sensual. $ verdadeiro erigo esiritual em "ros se encontra, creio eu, em outro onto, mas voltarei a ele. No momento 4uero !alar do erigo 4ue em min&a oinião esecialmente assombra o ato do amor. "ste um assunto em 4ue. discordo Enão com a raça &umana, longe dissoF mas com muitos de seus mais srios orta#vo6es.
Comer orm tambm coisa sriaD teologicamente, como o ve?culo do Sacramento mico. Não somos em absoluto obrigados a cantar nossos duetos de amor imitando a maneira tr-mula, emocionada e triston&a de 3ristão e IsoldaD cantemos em ve6 disso, reetidamente, como ;aageno e ;aagena. < rria -nus tomar* vingança terr?vel se considerarmos sua seriedade EocasionalF da maneira como se aresenta, e isso de duas !ormas. < rimeira comicamente ilustrada or Sir 3&omas Orowne Eembora não ten&a esse rositoF 4uando ele di6 4ue o seu serviço o ato mais imrudente 4ue o &omem sensato comete em toda a sua vidaD nada tambm derime mais a sua imaginação deois de acalmada do 4ue considerar a asneira estran&a e indigna 4ue cometeu. Mas se ele tivesse raticado o ato com menos solenidade desde o rinc?io, não teria so!rido essa deressão. Se a sua imaginação não !osse desviada, deois de acalmar#se ela não rodu6iria tal reulsa. Mas -nus ossui ainda outra e ior vingança. um esirito 6ombador, maldoso, muito mais el!o do 4ue deidade, e brinca conosco. =uando todas as circunstHncias e%ternas arecem estar e%atamente rearadas ara o seu
serviço, ela !a6 com 4ue um ou os dois amantes se sintam totalmente indisostos ara o ato. =uando todo ato e%l?cito imoss?vel e nem mesmo ol&ares odem ser trocados # em trens, lo7as e !estas intermin*veis # ela os assalta com toda a sua !orça. Jma &ora mais tarde, 4uando o temo e o lugar são ro?cios, ela se retira misteriosamenteD talve6 de um s deles. =ue erturbação isso deve causar # 4uantos ressentimentos, suseitas, vaidades !eridas e toda a conversa corrente sobre as !rustraç@es # na4ueles 4ue a dei!icaramT Mas os amantes sensatos riem. 3udo !a6 arte do 7ogoD um 7ogo de luta#livre, e as escaadas, 4uedas e colis@es de cabeça devem ser tratadas como uma brincadeira. ica di!?cil ara mim dei%ar de considerar como uma brincadeira de 5eus o !ato de uma ai%ão tão sublime, tão aarentemente transcendente como "ros, ser assim ligada numa simbiose incongruente com um aetite !?sico 4ue, como 4ual4uer outro aetite, revela sem 4ual4uer tato suas relaç@es com !atores mundanos tais como temo, sa:de, dieta, circulação e digestão. "m "ros arecemos estar s ve6es voandoD -nus nos d* o beliscão s:bito 4ue nos !a6 lembrar de 4ue somos na verdade bal@es cativos. 3rata#se de uma demonstração cont?nua da verdade de 4ue somos criaturas comle%as, animais racionais, identi!icados de um lado com os an7os, do outro com um gato mac&o. " mau não oder aceitar uma brincadeira. ;ior ainda, não aceitar uma brincadeira divinaD !eita s nossas custas, mas tambm E4uem duvida distoF em nosso bene!?cio eterno. $ &omem observou tr-s asectos do seu coro. $ rimeiro o dos agãos ascticos 4ue o c&amavam de risão ou t:mulo da alma, e o dos cristãos como is&er ara 4uem ele era um saco de estrume, alimento dos vermes, su7o, vergon&oso, uma !onte de tentação ara os maus e &umil&ação ara os bons. em a seguir o dos neo#agãos Eeles raramente sabem gregoF, os nudistas e os so!redores dos deuses das 3revas, ara 4uem o coro glorioso. Mas, em terceiro lugar, temos o onto de vista e%resso or rancisco de
recon&ecermos 4ue uma de suas !unç@es em nossa vida desemen&ar o ael de bu!ão. mico do 4ue retender 4ue não a notou. Ns realmente recisamos deste al?vio. < oesia e a não#oesia ali se ac&amD tanto a gravidade como a leviandade de -nus, o gravis ardor ou o eso candente do dese7o. $ ra6er, levado ao e%tremo, nos esmaga como um so!rimento. $ anseio or uma união 4ue s a carne ode mediar en4uanto essa mesma carne, nossos coros 4ue se e%cluem mutuamente, o tornam ara semre inalcanç*vel, ode atingir a grandiosidade de uma busca meta!?sica. < amorosidade assim como a triste6a ode tra6er l*grimas aos ol&os. -nus, orm, nem semre surge assim inteira, ligada sua resa, e o !ato de 4ue algumas ve6es !a6 isso a rria ra6ão ara conservar semre uma dose de gal&o!a em nossa atitude ara com ela. =uando as coisas naturais nos arecem mais divinas, o dem>nio est* erto. "sta recusa em mergul&ar or inteiro # esta lembrança da leviandade
mesmo 4uando no momento aenas a gravidade se mani!esta # esecialmente ertinente a uma certa atitude 4ue -nus, em sua intensidade, deserta na maioria Ecreio 4ue não em todosF dos amantes. "ste ato ode levar o &omem a uni dom?nio e%tremo, embora de curta duração, redominHncia de um con4uistador ou cator, e a mul&er corresondentemente e%trema ab7eção e entrega. 5a? a asere6a e at selvageria de algumas brincadeiras erticasD o beliscão do amante dese7ado e temido. Como oderia um casal sensato ensar nistoG ou um casal cristão ermiti#loG ;enso 4ue se7a ino!ensivo e sadio sob uma condição. 5evemos recon&ecer 4ue temos a4ui o 4ue c&amei de sacramento agão no se%o. Na ami6ade, como notamos, cada articiante reresenta recisamente a si mesmo # o indiv?duo contingente 4ue Mas no ato do amor não somos aenas ns mesmos. 3ambm somos reresentantes. Não se trata a4ui de emobrecimento mas enri4uecimento, erceber 4ue !orças mais antigas e menos essoais do 4ue ns oeram atravs de nossa essoa. "m ns ac&a#se momentaneamente !ocali6ada toda masculinidade e !eminilidade do mundo, tudo 4ue ataca e reage. $ &omem reresenta o ael de ;ai#Cu e a mul&er de Mãe#3erraD ele a orma e ela a Matria. Mas devemos dar o devido valor alavra reresenta. Naturalmente, nen&um deles atua no sentido de ser um &icrita. Mas cada um desemen&a um ael em, digamos, algo comar*vel a uma eça misteriosa ou ritual Ede um ladoF e a uma mascarada ou mesmo uma c&arada Ede outroF. < mul&er 4ue aceitasse como literalmente sua esta auto#rendição e%trema, seria uma idlatra o!erecendo a um &omem o 4ue ertence s a 5eus. " o &omem seria o mais vaidoso dos vaidosos, e na verdade um blas!emo, se viesse a arrogar#se a escie de soberania 4ual -nus o e%altou. Mas o 4ue não ode ser legalmente cedido ou reclamado ode ser legalmente reresentado. ora deste ritual ou drama ele e ela são duas almas imortais, dois adultos nascidos livres, dois cidadãos. "star?amos enganados em suor 4ue a4ueles casamentos em 4ue esta soberania mais con!irmada e recon&ecida no ato de -nus são os em 4ue o marido rovavelmente redomina na vida do casal como um todoD o inverso talve6 mais rov*vel. Mas dentro do rito ou drama eles se trans!ormam num deus e uma deusa entre os 4uais não e%iste igualdade cu7as relaç@es
são assimtricas. nio, concedendo#l&e Eou ser* 4ue deveria di6er in!ligindo#l&eGF uma certa liderança. "sta uma coroação or comleto diversa. " da mesma !orma como odemos tomar o mistrio natural demasiado a srio, odemos tambm não levar su!icientemente a srio o mistrio cristão. "scritores cristãos EMilton esecialmenteF !alaram algumas ve6es da
liderança do marido com uma comlac-ncia de gelar o sangue. 5evemos voltar s nossas O?blias. $ marido o cabeça da esosa somente at o onto em 4ue se7a ara ela o 4ue Cristo ara a igre7a. 5eve am*#la como Cristo amou a igre7a # leia adiante # e deu sua vida or ela E"! (2'(F. "sta liderança então mel&or incororada não no marido 4ue todos dese7ar?amos ser, mas na4uele cu7o casamento se assemel&a mais a uma cruci!i%ãoD cu7a esosa recebe mais e retribui menos, menos digna dele, menos digna de amor Eem sua condição naturalF. ;ois a Igre7a não tem bele6a senão a4uela 4ue l&e con!ere o NoivoD ele não a encontra bela, mas l&e d* bele6a. < con!irmação desta terr?vel reale6a não se mani!esta nas alegrias do casamento de 4uem 4uer 4ue se7a, mas nas suas triste6as, nas doenças e so!rimentos de uma boa esosa ou nas !altas da esosa m*, em seus cuidados incans*veis Ee nunca ostentadosF ou sua caacidade inesgot*vel de erdãoD erdão, e não a4uiesc-ncia. 5a mesma !orma 4ue Cristo v- na Igre7a terrena imer!eita, orgul&osa, !an*tica ou morna a4uela Noiva 4ue um dia se aresentar* sem manc&a nem ruga, e se emen&a em rodu6i#la, tambm o marido cu7a liderança se assemel&a de Cristo Ee não l&e ermitida nen&uma outraF 7amais desesera. "le um rei Co&etua 4ue deois de vinte anos ainda esera 4ue a e4uena mendiga arenda um dia !alar a verdade e lavar#se atr*s da orel&a. 5i6er isto não a!irmar 4ue ossa &aver 4ual4uer virtude ou sabedoria em !a6er um casamento 4ue envolve tanta misria. Não e%iste bom senso nem virtude em buscar o mart?rio desnecess*rio ou corte7ar deliberadamente a erseguiçãoD todavia, 7ustamente no cristão erseguido ou martiri6ado 4ue o modelo do Mestre mais claramente concreti6ado.
3odos sabem 4ue in:til tentar searar amantes rovando 4ue seu casamento ser* in!eli6. Não s elo !ato de 4ue não irão acreditar em suas alavras, ois mesmo 4ue acreditassem não seriam dissuadidos. =uando "ros est* em ns essa 7ustamente uma de suas marcas2 re!erimos ser in!eli6es com o ente amado a ser !eli6es em 4uais4uer outros termos. Mesmo 4ue os dois amantes se7am essoas amadurecidas e e%erimentadas 4ue saibam 4ue coraç@es artidos acabam or curar#se e ossam rever claramente 4ue, uma ve6 decididos a en!rentar a agonia da desedida, seriam certamente mais !eli6es dentro de de6 anos do 4ue o casamento em vista rovavelmente os !aria # mesmo assim não se searariam. 3odos esses c*lculos são irrelevantes ara "ros # da mesma !orma 4ue o 7ulgamento brutal de Lucrcio irrelevante ara -nus. Mesmo 4uando se toma claro, alm de 4ual4uer subter!:gio, 4ue a união com o ser amado não trar* !elicidade 4uando não ode nem mesmo ro!essar o!erecer 4ual4uer outro tio de vida alm de cuidar de um inv*lido incur*vel, da obre6a sem eseranças, do e%?lio ou da desgraça # "ros 7amais &esita em di6er2
"le não ode orm, em sua osição natural, ser a vo6 do rrio 5eus. ;ois "ros, !alando 7ustamente com essa grandiosidade e mani!estando essa transcend-ncia do eu, ode imelir tanto ara o mal como ara o bem. Nada mais suer!icial do 4ue a crença de 4ue o amor 4ue leva ao ecado semre 4ualitativamente in!erior # mais animal e mais trivial # 4uele 4ue leva ao casamento cristão !iel e rodutivo. $ amor 4ue leva a uni@es cruis e er7uras, at mesmo a actos suicidas e assassinato, nem semre roduto da sensualidade e%acerbada nem do sentimento mal alicado. ;ode ser muito bem "ros em todo o seu eslendor, legitimamente sincero, ronto ara 4ual4uer sacri!?cio menos a ren:ncia. 3em &avido escolas de ensamento 4ue aceitaram a vo6 de "ros como algo na verdade transcendente e tentaram 7usti!icar o absolutismo de suas ordens de comando. ;latão su@e 4ue amar o recon&ecimento m:tuo na terra de almas 4ue !oram escol&idas uma ara a outra numa e%ist-ncia celestial anterior. "ncontrar o ser amado comreender Ns nos amamos antes de ter nascido. Isto realmente admir*vel como um mito, a !im de e%ressar os sentimentos dos amantes. Mas se aceit*ssemos a idia literalmente, ver# nos#?amos !rente a !rente com uma conse4K-ncia embaraçosa. 3er?amos de concluir 4ue na4uela vida es4uecida e celestial as coisas não eram mel&or administradas do 4ue a4ui, 7* 4ue "ros ode unir os coman&eiros de 7ugo mais inade4uados. Muitos casamentos in!eli6es e outros 4ue 7* se reviam 4ue seriam in!eli6es !oram or amor. Jma teoria com maior robabilidade de ser aceita atualmente a4uela 4ue oder?amos intitular de +omantismo S&aviano # o rrio Oernard S&aw talve6 a c&amasse de metabiolgica. Segundo a mesma, vo6 de "ros a vo6 do lan vital ou orça da ida, o aetite evolucion*rio.
lugar, esta teoria leva com certe6a conclusão de 4ue a orça da ida não comreende muito bem seu rrio ob7etivo EdelaG ou deleGF. ;elo 4ue udemos dedu6ir at agora, a e%ist-ncia ou intensidade de "ros entre duas essoas não garante 4ue seus descendentes se7am esecialmente satis!atrios, ou se4uer 4ue ven&am a ter descendentes. 5ois bons. traços &eredit*rios Ena linguagem dos criadoresF, e não dois bons amantes, a receita ara obter bons !il&os. $ 4ue ser* 4ue a orça da ida estava !a6endo durante todas a4uelas geraç@es em 4ue a conceção de !il&os deendia muito ouco do "ros m:tuo e sim dos casamentos arran7ados, da escravidão e do ratoG Ser* 4ue ela s teve agora essa idia bril&ante ara aer!eiçoamento da escieG Nem o tio lat>nico nem o s&aviano de transcendentalismo ertico ode a7udar o cristão. Não adoramos a orça da ida nem sabemos nada a reseito de e%ist-ncias anteriores. Não devemos obedecer incondicionalmente vo6 de "ros 4uando ele !ala como um deus. Nem nos cabe ignorar ou tentar negar a 4ualidade divina. "ste amor real e verdadeiramente igual ao rrio nio. " 7ustamente assim 4ue ele alega ser &onrado e
obedecido. 5ivinamente insens?vel ao nosso ego?smo, ele tambm demonicamente rebelde a 4ual4uer reivindicação de 5eus ou do &omem 4ue ossam oor#se a ele. $ oeta di6 então. meno uramente liter*rio. <rendi mel&or desde então. "ros convida a esse tio de coisa. 5e todos os amores, em seu aogeu, ele o 4ue mais se assemel&a ao divinoD sendo ortanto o mais inclinado a e%igir a nossa adoração. ;or si mesmo ele semre tende a trans!ormar a condição de estar amando em uma escie de religião. $s telogos semre temeram neste amor o erigo da idolatria. ;enso 4ue 4ueriam di6er com isso 4ue os amantes oderiam vir a !a6er um ?dolo um do outro. Mas esse não me arece ser o erigo real, não no casamento certamente. < conversa deliciosamente simles e a intimidade r*tica da vida con7ugal tornam a idia absurda. $ mesmo acontece com a
4ual4uer evid-ncia, 4ue os ecados da mul&er !oram contra a castidade, embora or tudo 4uanto sabemos odem ter sido usura, desonestidade nos negcios ou crueldade com os !il&os. " acreditam então 4ue o Sen&or estivesse di6endo2 ;erd>o a in!idelidade dela or4ue amou tanto. < conclusão iml?cita 4ue um grande "ros atenua # 4uase sanciona 4uase santi!ica # 4ual4uer ato rovocado or ele. =uando os amantes 7usti!icam algum ato 4ue ossamos rerovar, di6endo $ amor nos levou a isso, note o tom. $ indiv?duo 4ue e%lica2 i6 isso or4ue estava com medo ou !i6 isso or4ue estava 6angado !ala de maneira muito di!erente. "le est* dando uma descula or algo 4ue 7ulga 4ue e%ige 7usti!icativa. Mas os amantes raramente estão !a6endo e%atamente isso. Notem 4uão tr-mula e 4uase devotamente ronunciam a alavra amor, não tanto como sulicando uma circunstHncia atenuante como aelando ara uma autoridade. < con!issão ode ser 4uase uma vanglria, contendo uma sombra de desa!io. "les se sentem como m*rtires. Nos casos e%tremos o 4ue suas alavras realmente e%ressam uma acan&ada mas inabal*vel lealdade ao deus do amor. "ssas ra6@es na lei do amor assaram de todo, Qdi6 a 5alila de Milton. $ onto e%atamente esse2 na lei do amor. No amor, temos a nossa rria lei, uma religião s nossa, nosso rrio deus. $nde um "ros real se !a6 resente, a resist-ncia s suas ordens reresenta uma aostasia, e o 4ue são na verdade tentaç@es Eelo adrão cristãoF !alam com a vo6 de deveres # deveres 4uase religiosos, atos de 6elo iedoso ara com o
São novas criaturas, $ es?rito de "ros sobre@e#se a todas as leis, e eles não devem entristec-#lo. "sse es?rito arece sancionar toda escie de atos 4ue não teriam ousado cometer de outro modo. Não estou 4uerendo di6er aenas, ou rincialmente, atos contra a castidadeD ois odem ser tambm atos de in7ustiça ou imiedade contra o mundo e%terior. ;arecerão rovas de iedade e 6elo ara com "ros. $ casal ode di6er um ara o outro num estado de es?rito 4uase sacri!icial2 oi or amor 4ue negligenciei meus ais # dei%ei meus !il&os # enganei meu c>n7uge # abandonei meu amigo na &ora de maior necessidade. "ssas ra6@es na lei do amor assaram de todo. $ disc?ulo ode at c&egar a sentir um mrito esecial nesses sacri!?ciosD ois 4ue o!erta mais valiosa ode ser deositada no altar do 4ue a rria consci-nciaG " o temo todo a il&ria tr*gica 4ue este "ros cu7a vo6 arece !alar do reino eterno não , ele mesmo, nem se4uer necessariamente ermanente, ois notoriamente o mais mortal de nossos amores. $ mundo ressoa com as 4uei%as sobre a sua volubilidade. $ 4ue con!unde a combinação desta inconstHncia com seus rotestos de erman-ncia. "star amando tanto retender como rometer !idelidade or toda a vida. $ amor !a6 7uramentos não solicitados, não odendo ser imedido de !a6-# los. Serei semre !iel são 4uase as rimeiras alavras 4ue ro!ere. Não com &iocrisia, mas sinceramente. Nen&uma e%eri-ncia ir* cur*#lo dessa ilusão. 3odos ouvimos !alar de essoas 4ue se aai%onam reetidamenteD sinceramente convencidas a cada tentativa 4ue desta ve6 ara semre, 4ue sua busca terminou, 4ue encontraram seu verdadeiro amor e 4ue serão !iis at a morte. "ros orm num certo sentido tem o direito de !a6er esta romessa. < ventura de estar amando de tal nature6a 4ue estamos certos em re7eitar como intoler*vel a idia de 4ue, o acontecimento talve6 se7a transitrio. 5e um s ulo ele trans>s a arede esessa do nosso euD tornou altru?sta o aetite em si, 7ogou ara o alto a !elicidade essoal como uma trivialidade e lantou os interesses de outrem no centro de nosso ser. "sontaneamente e sem 4ual4uer es!orço cumrimos a lei Eem relação a uma essoaF de amar nosso r%imo como a ns mesmos. 3rata#se de uma imagem, uma anteciação, do 4ue devemos tornar#nos ara todos se o rrio
imerar em ns sem um rival. "%iste at mesmo um rearo ara isso. 5ei%ar de amar novamente # se osso inventar essa !eia alavra # uma escie de desredenção. "ros imelido a rometer o 4ue "ros or si mesmo não ode cumrir. Ser* 4ue vamos nos manter nesse estado de liberdade altru?sta a vida inteiraG 3alve6 nem mesmo uma semana. "ntre os mel&ores amantes esta condição intermitente. $ vel&o eu logo mostra não estar tão morto corno arecia como acontece deois de uma conversão religiosa. "m 4ual4uer dos casos ele ode ac&ar#se momentaneamente inconsciente, mas logo se levantar*D se não !icar de , elo menos se or* de 7oel&osD se não rugir, elo menos vai voltar aos seus resmungos mal#&umorados ou seus 4uei%umes. " -nus escorregar* de volta simles se%ualidade. "sses lasos não destruirão orm uma união entre duas essoas decentes e sensatas. $ casal cu7o matrim>nio correr* certamente um risco ou talve6 ven&a a ser destru?do a4uele 4ue !e6 de "ros um ?dolo. ;ensaram 4ue ele tin&a o oder e a !idelidade de um deus. "seravam 4ue esse simles sentimento !i6esse or eles tudo o 4ue !osse necess*rio, e isso ermanentemente. =uando essa e%ectativa não se reali6a 7ogam a cula sobre "ros ou, no geral, sobre os seus arceiros. Na verdade, orm, "ros, deois de ter !eito sua romessa gigantesca e l&e mostrado vislumbres do 4ue seria a sua reali6ação, !e6 a sua arte. Como um adrin&o ele !a6 os 7uramentos, mas somos ns 4ue devemos cumri#los. Cabe#nos !a6er as obras de "ros 4uando ele não se ac&a resente. 3odos os bons amantes sabem disso, embora os 4ue não !orem re!letidos ou articulados s oderão e%ressar essa idia em algumas !rases convencionais, tais como2 aceitar de boa mente o lado bom e o mau, não eserar demasiado, ter um ouco de senso comum, e outras. 3odos os bons amantes cristãos sabem 4ue este rograma, or mais modesto 4ue ele soe, não oder* ser e%ecutado sem &umildade, caridade e graça divinasD 4ue ele na verdade toda a vida cristã observada de um determinado Hngulo. "ros então, como os demais amores, mas !a6endo mais imacto or causa de sua !orça, doçura, terror e elevado rosito, revela sua verdadeira osição. "le não ode de si mesmo ser a4uilo 4ue deve ser se se
mantiver como "ros. ;recisa de a7uda, ortanto necessita de discilina. $ deus morre ou se trans!orma num dem>nio a não ser 4ue obedeça a 5eus. Seria mel&or em tal caso 4ue semre morresse. Mas ode continuar vivendo, imiedosamente acorrentando dois atormentadores m:tuos, cada um releto do veneno do dio#no#amor, cada um vora6 ara receber e imlacavelmente recusando#se a dar, ciumento, suseitoso, ressentido, lutando elo dom?nio, determinado a ser livre sem ermitir liberdade, vivendo de cenas. Leia
lado de coisas mortas, estreis.
est* acontecendo or4ue estamos arendendo a amar mais a 5eus, 4uando a verdadeira ra6ão ode ser muito diversa. ;odemos estar somente con!undindo a deterioração da nature6a elo crescimento na raça. Muitas essoas ac&am realmente di!?cil odiar suas esosas ou mães. M. Mauriac, numa cena e%celente, retrata os outros disc?ulos estue!atos e con!usos com este estran&o mandamento, mas não 0udas, ele o aceita com !acilidade. "n!ati6ar a rivalidade num ca?tulo anterior do livro teria sido tambm rematuro de outra !orma. < reivindicação de divindade, 4ue nossos amores !a6em tão !acilmente, ode ser re!utada sem adiantar#se tanto. $s amores rovam 4ue são indignos de tomar o lugar de 5eus elo !ato de não conseguirem ermanecer eles mesmos e cumrir o 4ue rometem sem a a7uda divina. ;or 4ue rovar 4ue algum rinciel&o não o verdadeiro imerador 4uando sem o aoio deste ele não ode se4uer manter o trono subordinado e aci!icar sua insigni!icante rov?ncia or seis mesesG nios. Somente em Seu nome 4ue odem com bele6a e segurança brandir seus e4uenos tridentes. $ slogan rebelde2 3udo em !unção do amor realmente a sentença de morte do amor Ecom a data da e%ecução dei%ada em branco, no momentoF. Mas a 4uestão da +ivalidade, or essas ra6@es de &* muito adiadas, recisa ser agora en!rentada. Num er?odo anterior, e%ceto no Sculo 5e6enove, ela teria sido arte imortante num livro sobre este assunto. Se os vitorianos recisavam ser lembrados de 4ue o amor não basta, telogos mais antigos estavam semre declarando em alta vo6 4ue o amor EnaturalF ir* rovavelmente mostrar#se e%cessivo. $ erigo de amar nossos semel&antes muito ouco estava menos resente em suas mentes do 4ue am*#los com idolatria. "m toda mãe, esosa, !il&o e amigo eles viam um
oss?vel rival de 5eus. ", naturalmente, nosso Sen&or !a6 o mesmo ELucas 1)2'AF. "%iste um mtodo ara dissuadir#nos de amar imoderadamente nosso semel&ante 4ue me ac&o re7eitando desde o rinc?io. aço isso com tremor, ois encontrei#o nas *ginas de um grande santo e ensador a 4uem muito devo. "m alavras 4ue ainda odem rovocar l*grimas, metros de Cristo. Se e%iste alguma coisa de 4ue estou certo o !ato de Seus ensinamentos não terem tido or um instante se4uer o rosito de con!irmar min&as re!er-ncias cong-nitas or investimentos seguros e resonsabilidades limitadas. 5uvido 4ue &a7a em mim algo 4ue o desagrade tanto 4uanto isso. " 4uem oderia começar a amar a 5eus numa base tão rudente # or4ue a segurança Eor assim di6erF mel&orG =uem oderia se4uer inclu?#Ia entre as ra6@es ara amarG oc- escol&eria uma esosa ou um amigo, ou at mesmo um cão, nesse estado de esiritoG " reciso estar comletamente !ora do mundo do amor, de todos os amores, 4uando se !a6em c*lculos desses. "ros, o !ora da lei, re!erindo o
neolat>nico do 4ue da caridade. 5e min&a arte, re!iro seguir <4uele 4ue c&orou sobre 0erusalm e sobre o t:mulo de L*6aro e, amando a todos, tin&a orm um disc?ulo a 4uem ele amava num sentido esecial. ;aulo tem ara ns maior autoridade 4ue
Continua sendo verdade 4ue todos os amores naturais odem ser imoderados. Imoderado não signi!ica insu!icientemente cauteloso, nem e%cessivo. Não se trata de um termo 4uantitativo. " rovavelmente imoss?vel amar 4ual4uer ser &umano simlesmente demasiado. ;odemos am*#lo demais em roorção ao nosso amor a 5eusD mas a insigni!icHncia de nosso amor or 5eus e não a grande6a de nosso amor elo &omem 4ue constitui o e%cesso, embora mesmo isto recise ser aer!eiçoado. 5e outra !orma oder?amos erturbar a4ueles 4ue 7* se ac&am no camin&o certo, mas se alarmem or não oderem sentir em relação a 5eus uma emoção tão sens?vel como a 4ue sentem elo ente amado terreno. 5ever?amos dese7ar ardentemente, elo menos o 4ue enso, 4ue udssemos senti#la semre e devemos orar ara 4ue este dom nos se7a concedido. Mas a 4uestão de estarmos amando mais a 5eus ou ao ente 4uerido não , no 4ue se re!ere ao nosso dever cristão, uma 4uestão relativa intensidade comarativa de dois sentimentos. < verdadeira ergunta a 4uem voc- serve, ou re!ere, ou coloca em rimeiro lugar E4uando surge a necessidade de !a6er uma oçãoFG < sua vontade cede, em an*lise !inal, a 4ual das duas e%ig-nciasG Como !re4Kentemente acontece, as alavras do Sen&or são tanto mais !ortes como mais tolerantes do 4ue as dos telogos. "le nada di6 sobre guardar#se dos amores terrenos or medo de !erir#se, mas a!irma algo 4ue estala como um c&icote a reseito de esmag*#los sob os s 4uando tentam imedir#nos de segui#lo. Se algum vem a mim, e não aborrece a seu ai, e mãe, e mul&er... e ainda a sua rria vida, não ode ser meu disc?ulo E ELucas 1)2'AF. Como devemos, orm, comreender a alavra aborrece ou odeiaG =ue o rrio
"le ir* associar#se, ceder, e trabal&ar ara um e não ara o outro. Consideremos de novo2 amei a 0ac, orm aborreci a "sa: EMala4uias 12'#BF. Como o c&amado dio de 5eus !oi mani!estado na &istria em 4uestãoG Não da !orma como oder?amos eserar. Não e%iste naturalmente base ara suor 4ue "sa: teve um mau !im e erdeu a sua alma. $ el&o 3estamento, a4ui como em outros ontos, nada tem a di6er, sobre esses assuntos. 5o onto de vista da vida terrena, em todos os sentidos comuns, "sa: !oi muito mais abençoado 4ue 0ac. oi 0ac 4ue assou or todas as deceç@es, &umil&aç@es, terrores e so!rimentos. Mas ele ossui algo 4ue !alta a "sa:. "le um atriarca. ;assa adiante a tradição &ebraica, transmite a vocação e a b-nção, toma#se o ancestral do Sen&or. $ amor a 0ac arece signi!icar sua aceitação ara uma vocação elevada Ee enosaFD o dio a "sa:,, a sua re7eição. "le osto de lado, dei%a de alcançar o alvo, 7ulgado in:til ara o rosito em vista.
"%istem mul&eres ara 4uem essa s:lica não teria signi!icado. < &onra seria aenas uma da4uelas coisas tolas de 4ue os &omens !alam. Jma descula verbal, ortanto uma agravação da o!ensa contra a lei do amor 4ue o oeta est* restes a cometer. Lovelace ode us*#la com con!iança or4ue a sua amada a esosa de um Cavaleiro, admitindo como ele as e%ig-ncias da &onra. Não reciso 4ue a odeie, 4ue vire o rosto ara ela, or4ue ambos recon&ecem a mesma lei. Concordaram e comreenderam#se mutuamente muito antes a reseito deste assunto. < tare!a de lev*#la a crer na &onra não recisa ser agora emreendida # agora 4ue a decisão est* sobre eles. "ste acordo anterior absolutamente necess*rio 4uando uma reivindicação maior do 4ue a da &onra est* em causa. =uando a crise se abate tarde demais ara contar sua esosa, marido, mãe, ou amigo, 4ue seu amor ossu?a suas reservas secretas todo o temo # sob 5eus ou at o onto em 4ue um amor mais alto ermita. 5eviam ter sido advertidosD não e%licitamente, mas ela imlicação de mil conversas, elo rinc?io revelado em uma centena de decis@es sobre trivialidades. 5e !ato, um verdadeiro con!lito sobre esse assunto deveria !a6er#se sentir su!icientemente cedo a !im de evitar 4ue um casamento ou uma ami6ade viesse a e%istir. $ mel&or amor de um ou outro tio não cego. $liver "lton, !alando de Carl/le e Mill, a!irmou 4ue di!eriam a reseito da 7ustiça e 4ue tal di!erença seria naturalmente !atal a 4ual4uer ami6ade digna desse nome. Se tudo # realmente tudo # elo amor estiver iml?cito na atitude do ser amado, o amor dele ou dela não vale a ena de ser alcançado, ois não se relaciona da maneira certa com o rrio
coisas. 5eclaraç@es sobre 5eus são e%traolaç@es do con&ecimento de outras coisas 4ue a iluminação divina nos caacita a ver. "stendo#me nesses ontos or4ue, no 4ue se segue, meus es!orços ara ser claro Ee não intoleravelmente e%tensoF odem sugerir uma con!iança 4ue na verdade não sinto. Seria um louco se o !i6esse.
5oação como o amor#Necessidade. $s amores#5oação são imagens naturais dele mesmoD aro%imaç@es dele or semel&ança, 4ue não são necessariamente ro%imidades de abordagem nem abrangem todos os &omens. Jma mãe devotada, um governador ou ro!essor benvolo, odem dar e dar, mani!estando semre a semel&ança, sem roceder abordagem. $ amor#Necessidade, at o onto em 4ue ude observar, não tem semel&ança como o
o!erec-#lo livremente de volta a "le. Nossa vontade nossa ara !a6-#la tua. " como todos os cristãos sabem e%iste um outro modo de dar a 5eus, todo estran&o 4ue alimentamos ou vestimos Cristo. Isto aarentemente amor#5oação a 5eus 4uer o saibamos ou não. $ rrio
boca do cristão arecem ara o mundo e%terior como o raste7ar insincero de um ba7ulador erante um tirano, ou elo menos um modo de !alar, como o caval&eiro c&in-s se derecia ao c&amar#se de essoa rude e iletrada. Na verdade, orm, elas e%ressam a tentativa cont?nua, or ser continuamente necess*ria, de negar a4uela interretação errada de ns mesmos e de nossa relação com 5eus 4ue a nature6a, mesmo 4uando oramos, est* semre nos recomendando. No momento em 4ue cremos 4ue 5eus nos ama, logo sentimos o imulso de crer 4ue "le !a6 isso não or ser
manter os s # ou um , ou um s dedo # no !undo, 4uando erder o seria entregar#se a um tombo glorioso em meio s ondas. $s resultados de abandonarmos nossa :ltima reivindicação liberdade, oder ou mrito intr?nsecos, são verdadeira liberdade oder e merecimentoD 4ue irão ertencer#nos realmente s or4ue 5eus nos d* essas coisas e or4ue sabemos Enum outro sentidoF 4ue são nossas. o como cristão simlesmente um modo de continuar a briga. $s 4ue di6em isso estão na verdade mentindo. Mas essas alavras não seriam ditas com !alsidade a !im de !erir, a não ser 4ue, sendo verdadeiras, elas !ossem o!ensivas. Como di!?cil receber, e continuar recebendo de outros um amor 4ue não deende de nossa rria atração, ode ser e%emli!icado mediante um caso e%tremo. Suon&amos 4ue voc- ten&a contra?do logo as o casamento uma doença incur*vel 4ue talve6 não v* mat*#lo or muitos anosD tornando# o in:til, imotente, medon&o, reulsivoD deendendo do ordenado de sua mul&erD emobrecendo 4uando eserava enri4uecerD re7udicado at mesmo no intelecto e varrido or ra7adas de um g-nio incontrol*vel, c&eio de e%ig-ncias inevit*veis. Suon&amos tambm 4ue a iedade e o cuidado de sua esosa se7am inesgot*veis. $ &omem 4ue ode aceitar isto com brandura, 4ue ode tudo receber e não dar nada em troca.# 4ue ode abster#se at da4uelas cansativas auto#dereciaç@es 4ue s na verdade uma e%ig-ncia de carin&os e con!orto e%tra, est* !a6endo algo 4ue o amor#Necessidade em sua condição simlesmente natural não oderia atingir. E< esosa sem d:vida tambm estar* raticando algo alm do alcance de um amor# 5oação natural, mas esse não o onto no momento.F
Num caso assim, receber mais di!?cil e talve6 mais abençoado do 4ue dar. Mas o 4ue o e%emlo e%tremo ilustra universal. 3odos recebemos Caridade. "%iste alguma coisa em cada um de ns 4ue não ode ser amado naturalmente. Não cula de ningum não amar essa coisa. Somente os dignos de amor odem ser amados com amor natural. Seria o mesmo 4ue edir s essoas ara gostarem de ão embolorado ou do som de uma !uradeira mecHnica. ;odemos ser erdoados, dignos de iedade e amados aesar dessa !al&a, com Caridade e de nen&um outro modo. 3odos os 4ue t-m bons ais, esosas, maridos ou !il&os, odem estar certos de 4ue algumas ve6es, e talve6 semre com reseito a algum traço ou &*bito articular, estão recebendo Caridade e não sendo amados or serem dignos de amor, ois o rrio
introdu6indo em 5eus a &umanidade isso acontece a4ui. < Caridade não se dilui no simles amor natural, mas este introdu6ido, !eito instrumento adatado e obediente, do rrio
Caridade mais ro!unda, menos consciente, nos levasse a uma disosição mental em 4ue uma brincadeira com as crianças !osse e%atamente a4uilo 4ue mais dese7*ssemos no momento. Somos, orm, a7udados neste trabal&o necess*rio 7ustamente or a4uele asecto de nossa e%eri-ncia 4ue mais lamentamos. $ convite ara trans!ormarmos nossos amores naturais em Caridade 7amais omitido. "le rovido or a4uelas !ricç@es e !rustraç@es 4ue nos de!rontam em todos eles, uma evid-ncia indiscut?vel de 4ue o amor EnaturalF não vai bastar # indiscut?vel, a não ser 4ue este7amos cegos elo ego?smo. =uando isso acontece, !a6emos uso deles absurdamente. Se aenas eu tivesse sido mais !eli6 com meus !il&os Eesse menino cada dia mais se arece com o aiF oderia t-#los amado er!eitamente. Mas toda criança algumas ve6es irritante, grande arte delas c&ega a ser at odiosa. Se aenas meu marido !osse mais considerado, menos reguiçoso, menos e%travagante... Se elo menos min&a mul&er !osse menos geniosa e tivesse mais bom senso, e !osse menos e%travagante... Se meu ai não !osse tão in!ernalmente rosaico e mes4uin&o. Mas em todos e, logicamente, em ns tambm, e%iste a4uele de!eito 4ue e%ige tolerHncia e erdão. < necessidade de raticar essas virtudes nos leva, nos !orça a tentar trans!ormar nosso amor em Cari Carida dade deDD ou ou,, mel&o el&orr aind ainda, a, !a6 !a6 co com m 4u 4uee e erm rmit itam amos os 4u 4uee 5e 5euus trans!orme os nossos sentimentos. "ssas irritaç@es e atritos são ben!icos. ;ode ser at 4ue onde eles não e%istirem a conversão do amor natural se7a mais di!?cil. =uando são muit muitos os a neces necessi sida dade de de suer suer*# *#lo loss ev evid iden ente te.. "rgue "rguer#s r#see acim acimaa dele dele 4uando estiver tão satis!eito e tão ouco imedido 4uanto o ermitirem as condiç@es terrenas # ver 4ue recisamos rios elevar 4uando tudo arece estar tão bem isto ode e%igir uma conversão mais sutil e uma erceção mais ais de deli lica cada da.. 5e 5est stee mod odoo tamb tambm m o ode de ser ser di!? di!?ci cill a ara ra os ric ricos os entrarem no +eino.. Creio, orm, 4ue a necessidade da conversão ine%or*vel, elo menos se nossos amores naturais devam entrar na vida celestial. =ue eles odem entrar a maioria de ns acredita. ;odemos eserar 4ue a ressurreição do coro signi!i4ue tambm a ressurreição do 4ue ode ser c&amado nosso coro maiorD a te%tura geral de nossa vida terrena com suas a!eiç@es e relacionamentos. Mas aenas numa condiçãoD não se trata de uma uma co cond ndiç ição ão esta estabe bele leci cida da o orr 5e 5eus us,, mas mas 4u 4uee ne nece cess ssar aria iame ment ntee inerente ao car*ter do Cu. Carne e sangue, a simles nature6a, não ode
&erdar o +eino. $ &omem s ode subir ao cu or4ue o Cristo, 4ue morreu e ascendeu aos cus, !ormado nele. Não devemos então suor 4ue o mesmo se alica aos amores do &omemG Somente a4ueles em 4ue o rrio
or4ue anseios e terrores essoais me levam a !a6er isso V dei%ar 4ual4uer leitor enlutado e desolado convencido da di!undida ilusão de 4ue a reunião com os mortos 4ueridos o alvo da vida cristã. < negação disto ode arecer dura e irreal aos ouvidos dos 4ue t-m o coração artido, mas reciso !a6-#lo. 3u nos !i6este ara ti mesmo, disse
a nossa estivesse errada. omos !eitos ara 5eus. <enas sendo em alguns asectos como "le, aenas sendo uma mani!estação da sua bele6a, bondade, sabedoria, 4ue algum ente amado terreno ode ter rovocado o nosso amor. Não se trata de ns os termos amado e%cessivamente, mas 4ue não comreendemos o 4ue est*vamos amando. Não 4ue nos ven&am a edir ara nos a!astarmos deles, tão 4ueridos e !amiliares, e nos voltarmos ara um "stran&o. =uando contemlarmos a !ace de 5eus saberemos 4ue semre a con&ecemos. "le articiou, !e6, sustentou e moveu, momento a momento, interiormente, todas as nossas e%eri-ncias terrenas de amor inocente. 3udo o 4ue era amor nelas, mesmo na terra, era muito mais d"le do 4ue nosso, e nosso aenas or ser d"le. No cu não &aver* ang:stia nem necessidade de a!astar#nos de nossos entes 4ueridos. ;rimeiro or4ue 7* !i6emos issoD dos retratos ara o $riginal, dos regatos ara a onte, das criaturas 4ue "le !e6 dignas de amor ara o ;rrio