CAOS SAINDO DO FORNO por Phil Hine versão 1.3 CONTEUDO 1. O que é a Magia ? 2. O que é a Magia do Caos? 3. Princípios da Magia do Caos 4. Diversidade Infinita, Combinações Infinitas 5. Todos saúdem Discórdia 6. Ritual Discordiano de Abertura 7. Pentagrama Espiral 8. Magia de Sigilos 9. Acreditar Uma chave da Magia 10. Exercícios Básicos 11. Conclusões NADA É VERDADEIRO, TUDO É PERMITIDO O que é a Magia? O que é a magia? Várias definições flutuam a minha mente, mas nenhuma delas lhe faz justiça completa. O mundo é magico; podemos ter esse sentimento depois de escalar uma montanha e olharmos para baixo, ou na satisfação tranquila ao fim de um "daqueles dias" em que tudo nos correu bem. A Magia é uma porta que nos faz entrar no mistério, no mundo selvagem, e na imanência. Vivemos num mundo sujeito a extensivas e aparentemente, abraçando todos os sistemas de controlo sociais e individuais, que continuamente que continuamente nos alimentam com a mentira de que estamos todos sós, sem apoio e sem poder para efectuarmos mudanças. A Magia é sobre mudanças. Mudar as suas circunstancias para que possa lutar para viver de acordo com um sentido de desenvolvimento da sua responsabilidade pessoal sobre si; de que pode efectuar mudanças ao seu redor se quiser; de que não somos cogumelos indefesos num universo com a mecânica de um relógio. Todos os actos que libertem pessoalmente/colectivamente pessoalmente/colectiva mente são actos mágicos. A Magia levanos ao êxtase e delírio; para perspectivas interiores e compreensão; a mudarmonos e ao mundo em que participamos. Através da magia nós podemos chegar a explorar as possibilidades da liberdade. Certamente isto é simples o suficiente? Mas não, a magia ficou ofuscada sob o peso de palavras, um poço de termos técnicos que excluem um não iniciado e serve aqueles que querem um calão "cientifico" em que legitimem as suas aventuras em algo auto importante e pomposo. Espaços espirituais abstractos foram criados, e no meio dos quais surge uma torre de Babel como uma construção de lego de "planos internos", hierarquias espirituais e "verdades ocultas" que se esquecem de que o mundo há nossa volta é mágico. O misterioso foi mal colocado. Nós procuramos através de linguagens mortas e sepulturas por "conhecimentos secretos", ignorando o mistério da vida que está todo há nossa volta. Assim de momento esqueçam o que leram sobre iluminação espiritual, tornaremse Magos do Grau 99º e de impressionarem os vossos amigos com truques "antes dacaminha". A Magia é surpreendentemente simples. O que nos pode oferecer?
1. Um meio de se desembaraçar das atitudes e restrições com que cresceu e que definem os limites daquilo que você pode ser. 2. Maneiras de examinar a sua vida para ver bem, entendendo e modificando comportamentos, emoções e padrões de pensamento que "agarram" o crescimento e a aprendizagem. 3. O aumentar de confiança e carisma pessoal. 4. Um alargar das suas perspectivas sobre aquilo que é possível, depois de ter posto coração e mente nisso. 5. Desenvolver habilidades pessoais, capacidades e percepções quanto mais vemos o mundo, mais apreciamos de que ele está vivo. 6. Achar engraçado. A Magia deve ser desfrutada. 7. Trazer mudanças de acordo com a vontade. A Magia pode fazer tudo isto, e mais. É um aproximar há vida que começa pelas premissas mais básicas de que preciso para sobreviver? como quero viver? Quem quero ser? e isto dá um conjunto de armas conceptuais e técnicas para alcançar esses objectivos. A Magia do Caos é uma das muitas maneiras de "fazer magia", e este texto é uma introdução concisa há aproximação do Caos. O que é a Magia do Caos? O que é a Magia do Caos? Boa pergunta. Desde que apareceu na cena mágica no fim dos anos setenta gerou um grande debate sobre o que é, o que não é, e quem a está a fazer bem tais argumentos circulares são amados por ocultistas, assim parece. Neste ponto é tentador começar uma longa discussão sobre a história da magia que nos leve até há magia do Caos, mas em vez disso voume limitar a uma rápida generalização e dizer que antes do Caos apareceu o chutar e gritar em cena, a aproximação dominante em "fazer magia" (e ainda é, a largo nível) era a aproximação do "sistema". Então o que é um sistema mágico? Os sistemas mágicos combinam exercícios práticos para trazer alterações hás crenças, atitudes, um modelo conceptual do universo (senão vários), uma ética moral, e algumas coisas mais. Exemplos disso são a Qabalah, a diferente "tradição" Wiccan, A Aurora Dourada (The Golden Dawn) e o seu sistema de magia com diversos graus, costumes, chavões, e o numero crescente de "shamanismo" ocidental e dos caminhos que daí proliferam hoje. No que respeita há maioria dos sistemas, antes de poder começar a usar a sua varinha ou saltar para cima e para baixo na sua cabeça até conseguir iluminação, você tem que passar um bom tempo a ler as crenças associadas ao sistema, aprender o que se pode e o que não se pode fazer, empenharse em memorizar símbolos e correspondências, em como falar com os seus colegas de magia, e em alguns casos extremos, como se deve vestir, andar e mastigar pastilha elástica ao mesmo tempo. Como é que isto é assim? Bem, a magia, tal como algumas das grandes mensagens religiosas é na sua essência simples, mas é presa do processo que transforma ideias simples em crenças extremamente complicadas que o podem levar mais e mais longe de fazer seja que magia for. Recue no tempo até há era paleolítica "até encontrar algures" um Shaman tribal sentado sobre uma pedra espreitando as visões reveladas por um pedaço de pele de sapo. Agora salte alguns milénios para a frente e encontrará
um "sistema mágico" composto por milhares de palavras, diagramas obscuros e apêndices que provavelmente em alguma altura lhe vão dizer, que as drogas são um nãonão. O nascimento da magia do Caos surge no fim dos anos 70, na altura em que o punk rock estava a começar a cuspir na industria musical e a Ciência do Caos começava ser levada a sério por matemáticos, economistas, e físicos. Os dois nomes mais associados ao nascimento da magia do Caos são Pete Carrol e Ray Sherwin, apesar de haver outros a trabalhar nos bastidores, tal como a Stoke Newington Sorcerors SNS (feiticeiros de Stoke Newington) que mais ficaram ligados aos primeiros passos do movimento Punk. Alguns dos primeiros trabalhos de Pete Carrol sobre o Caos foram publicados na revista The new Equinox, publicada por Ray Sherwin, na qual apareceram os primeiros anúncios dizendo a chegada dos Illuminates of Thanateros IOT (Iluminados de Thanateros) ordem mágica que ia aparecer. Interessante é não haver referência ao termo "caos" nas primeiras versões do material da IOT. Depois a empresa Morton Press de Ray Sherwin lançou o livro Liber Null de Pete Carrol, e do próprio Sherwin The Book of Results, que expunham métodos práticos de "Sigilização" desenvolvidas por Austin Osman Spare, e que se tornaram técnicas do coração associadas há magia do Caos. O início do crescimento da magia do Caos caracterizouse por uma rede algo afastada de grupos informais que se juntaram para experimentar as possibilidades da nova corrente. Com o encerramento da revista The New Equinox, os "miúdos do caos" contaram os seus resultados heresias nas páginas da nova revista de Chris Bray, The Lamp of Thoth. Os primeiros livros do Caos foram então acompanhados por duas cassetes "The Chaos Concept" aonde se discutiam as bases da magia do Caos, e "The Chaochamber", um trabalho de ficção cientifica que combinava elementos da Star Trek, Michael Moorcock e H.G.Wells. A mensagem básica da magia do Caos é, o que é fundamental para a magia é fazela como o sexo, nenhuma quantidade de teorias e intelectualização podem substituir a experiência. O Liber Null de Pete Carrol, então, apresentou teorias nuas até ao osso de técnicas mágicas que podem ser empregues para trazer alterações nas circunstancias pessoais de cada um. O Liber Null concentravase em técnicas, dizendo que os actos básicos de magia são partilhados pelos diferentes sistemas, apesar da diferença de símbolos utilizados, crenças e dogmas. O sistema de símbolos que desejar usar é uma questão de escolha, e a teia de crenças que os rodeiam são meios para um fim, em vez de um fim em si (mais sobre isto depois). Uma importante influência no desenvolvimento da magia do Caos foram os escritos de Robert Anton Wilson e companhia, em particular a Sociedade Discordiana que reverenciavam Eris, a Deusa Grega do Caos. Os Discordianos apontaram que o humor, fazendo palhaçadas e em geral de coração leve estava ausente da magia, que tinha tendência para se tornar muito "séria e auto importante". Havia então (e a certos níveis permanece) a tendência de os ocultistas pensarem neles próprios como uma "elite" iniciada em oposição há restante humanidade. Ao contrário da maioria dos sistemas que se baseiam em algo mítico ou derivado do passado histórico (tal como a Atlântida, Lemuria, Albion,
etc), a magia do Caos é um sistema que permite a qualquer indivíduo utilizar o que ele/ela acharem adequado como crença temporária ou sistema de símbolos. O que interessa são os resultados obtidos, não a "autenticidade" do sistema empregue. Assim a magia do Caos não é um sistema utiliza sistemas e encoraja os aderentes a desenvolverem os próprios sistemas, dando há magia um sabor pós moderno. Escusado será dizer, que a magia do Caos começou a ganhar uma reputação sinistra. Isto deveuse a três factores; primeiro a aproximação "agarre e misture/faça você mesmo" há magia foi enxovalhada pelas escolas "tradicionalistas"; segundo muitas pessoas associaram caos com "anarquia" e outras associações negativas; e em terceiro algumas publicações da magia do Caos foram sobre valorizadas como sendo "blasfemas, sinistras, e perigosas" de uma forma que elas não eram, e que provou ser um atractivo para aqueles que precisavam de acalentar o ego dessa maneira. A meio da década de oitenta deu origem a uma "segunda vaga" da Corrente do Caos. 1985 viu a publicação de The Cardinal Rites of Chaos, pelo pseudónimo de "Paula Pagani", que descrevia os ritos sazonais efectuados pelo grupo baseado em Yorkshire "Circle of Chaos". Então, por essa altura a cooperação entre expoentes do Caos dera origem a lutas legais, guerrilhas literárias, e mesmo batalhas mágicas. Para alguns, magia do Caos = montes de dinheiro, enquanto outros descobriram que tinham uma "posição" a manter enquanto porta vozes do movimento. Fiel há sua natureza, o Caos dividiuse e começou evoluir novamente em direcções diferentes. Três revistas emergiram para continuarem o debate sobre o Caos Chaos International, Nox, e Joel Birroco's Chaos. A Chaos International foi formada com base na ideia de trabalhar em rede, mais especificamente a ideia de alterar de as mãos do editor em cada numero. Uma boa ideia em principio, deu origem a problemas práticos tais como mudanças de endereço, obtenção de cópias atrasadas, e querer que cada numero virtualmente se auto sustentasse. A Chaos International sobreviveu a 5 mudanças de editor, depois disso passou para as mãos de Ian Read, que teve o trabalho de a produzir desde então. Agora a Chaos International é uma revista madura e uma das melhores em ideias mágicas inovadoras. A revista Nox surgiu no selvagem sul de Yorkshire para servir uma mistura de magia do Caos, material do caminho da mão esquerda, e experiências Thelemitas, que se tornou numa das melhores experiências de revista enquanto publicação de magia experimental de uma variedade de fontes diferentes. Desde a sua concepção, cresceu de uma fanzine de formato A5 para o estatuto de papel de livros. A Joel Birroco's Chaos introduziu uma perspectiva Situacionista no debate sobre o Caos, e previu que as experiências com o fascínio do Caos se tornaria inevitavelmente num acessório de moda, e depois começou a identificar vários "lideres" mágicos e a destruilos com o cinismo de um conjunto de "velhos gregos". O debate sobre a progressão da Corrente do Caos passou por estas revistas e a já mencionada Lamp of Thoth. Os argumentos começavam numa e espalhavamse rapidamente para outra, e os lados eram engolidos como sendo apenas vozes de aliança com outros, e no entanto alinharse com as ideias de Birroco revelouse um erro táctico, pois ele invariavelmente apoiava os seus aliados só para os esmagar uns tempos depois.
Em 86, foi lançado pela S.A. Press o livro de Julian Wilde, Grimoire of Chaos magic, o primeiro livro a surgir fora dos círculos de Sherwin/Carrol. Apesar de muitas críticas de outras facções do Caos, nunca se ouviram explicações do Sr. Wilde, nem nunca mais se ouviu falar dele desde aí. O Grimoire separavase radicalmente das outras aproximações ao Caos, particularmente na sua asserção de que a magia do Caos era por si só, "um sistema". A seguir a este livro apareceu uma cassete chamada The Chaosphere, e depois, outro livro, The Apogeton, por Alawn Tickill, que vinha marcado como sendo um "manual do Caos" apesar do livro em si fazer poucas referências há magia do Caos. Nenhum destes lançamentos foi acolhido favoravelmente pelas outras facções do Caos, e esta "terceira vaga" do Caos desenvolveuse no aspecto de vozes levantadas em dissonância, desafios de mal dizer publicados, e morder por trás nos bastidores. No fim de 87, um dos grupos mais estranhos na magia do Caos, the Lincoln Order Of Neuromancers (L.O.O.N.) anunciou a morte da magia do Caos, dizendo no seu livro de circulação livre "em corrente", Apikorsus, que: "A magia do Caos já está morta, e o único debate é entre abutres sobre quem vai ficar com os maiores ossos" Esta afirmação também foi feita por Stephen Sennit, o editor da revista Nox. Em retrospectiva, pareceme menos que a magia do Caos tenha "morrido", e mais que o debate furioso que rebentou durante muitos anos se tornou maçador chegou ao ponto em que a critica construtiva degenerou apenas numa batalha verbal. Talvez alguns mágicos do Caos se abanaram e perguntaramse, afinal, o que é que se passava para tanto barulho. Por esta altura, Pete Carrol tinha começado a reformular a IOT em "O Pacto", montando templos no Reino Unido, USA, e Europa. A IOT é vista como a ordem para mágicos do Caos "sérios" da mesma maneira que a OTO existe para Thelemitas "sérios". Quando estou a escrever isto a IOT tem Templos no Reino Unido, América e Europa e, apesar da aparente estrutura hierárquica descrita no ultimo livro de Pete Carrol "Liber Chaos / The Psychonomicon", parece existir muito espaço para novos crescimentos e experiências com a sua estrutura livre. Depois de rever o crescimento da magia do Caos, podemos agora ver os seus princípios com maior profundidade. Princípios da Magia do Caos Enquanto os sistemas mágicos normalmente baseiamse a si próprios em volta de um modelo ou mapa do universo espiritual/físico, tal como a Árvore da Vida (que hás vezes é descrita como um filofax cósmico), a magia do Caos baseiase em poucos "Princípios Centrais" que geralmente sublinham a sua aproximação há magia (não são axiomas universais no entanto, por isso sintamse livres de "brincar" com eles). 1. O evitar de Dogmatismo. A magia do Caos luta para evitar cair em dogmatismo (a não ser que expressar um dogma seja um sistema temporário em que entraram). Os Discordianos usam "Catmas" tais como "Nós Discordianos temos que mantermonos há parte!" Assim os mágicos do Caos sentemse livres para mudarem de ideias, contradizeremse e arranjarem argumentos que são alternadamente plausíveis e não plausíveis. Já foi referido que investimos muito
tempo e energia em termos razão. Qual é o mal de ocasionalmente estarmos errados? 2. Experiência Pessoal é vital. Não tomem as minhas palavras de que isto e aquilo são o caso, verifique por si. A Magia já sofreu muito com "teóricos de cadeirão" que perpetuaram mitos e informação fora de tempo simplesmente por preguiça de um tipo ou outro. Hás vezes é engraçado fazer perguntas atrevidas só para ver o que os auto proclamados especialistas respondem. Alguns vão produzir uma diarreia verbal em vez de admitirem não saberem a resposta, enquanto um verdadeiro adepto provavelmente vai dizer "Eu não faço mer** de ideia nenhuma" Muito cedo, os mágicos do Caos chegaram há conclusão de uma vez despidos os dogmas, crenças pessoais, atitudes e anedotas em volta de qualquer técnica em particular de magia prática, ela pode ser muito simplesmente descrita. 3. Excelência Técnica. Um dos primeiros mal entendidos sobre a magia do Caos, era de que dava carta branca aos seus praticantes para estes fazerem aquilo que quisessem, e assim ficar descuidada (ou pior desleixada) nas suas atitudes de auto apoio, análise, etc. Não é verdade. A aproximação do Caos sempre advogou um rigoroso auto apoio e análise, pondo ênfase na técnica que você está a experimentar até que consiga os resultados que deseja. Aprender a "fazer" magia requer que desenvolva um conjunto de habilidades e técnicas, e se se vai envolver nestas histórias estranhas, porque não até ao melhor das suas habilidades? 4. Descondicionamento. O paradigma do Caos propõe que uma das primeiras tarefas do aspirante a mágico é perder o condicionamento a que está submetido pela chusma de crenças, atitudes, e ficções sobre o próprio, sociedade e o mundo. O nosso ego é uma ficção de auto estima que se mantêm a si próprio através de distinções de "o que Eu sou/o que Eu não sou, do que Eu gosto/do que Eu não gosto", crenças sobre as políticas, preferências sexuais, religião, raça, subcultura, graus de vontade própria, etc. Tudo ajuda a manter um estado estável do próprio, enquanto que as maneiras que nós usamos contra esta mesma estabilidade permitenos sentir como indivíduos únicos. Usando exercícios de descondicionamento, podemos começar a alargar as brechas na nossa realidade consensual que esperançadamente, nos permite ficar menos amarrados hás nossas crenças e ficções do ego, e então permitenos abandonar ou modificar essas características quando apropriado. 5. Aproximações Diversas. Como mencionado antes, aproximações "tradicionais" há magia envolvem escolher um sistema em particular e mantermonos nele. A perspectiva do Caos, se nada mais, encoraja uma aproximação flexível para com o desenvolvimento, e os mágicos do Caos são livres para escolherem qualquer sistema mágico disponível, temas literários, televisão, religião, cultos, parapsicologia, etc. Isto significa que se se aproximar de dois mágicos do Caos e lhes perguntar o que estão a fazer nessa altura, é muito difícil encontrar muito consenso na aproximação. Isto faz o Caos difícil de agarrar como sendo uma coisa ou outra, o que mais uma vez preocupa aqueles que querem que uma aproximação há magia seja facilmente catalogada e clara. 6. Gnose. Uma das chaves para a habilidade mágica é a habilidade de entrar em Estados Alterados de Consciência há sua vontade. Nós temos tendência a desenhar uma linha entre "consciência normal" e "estados alterados", quando na realidade movemonos entre estados
diferentes de consciência tais como sonhar acordado, "auto piloto" (quando fazemos as coisas sem cognição) e vários graus de atenção, em todas as alturas. No entanto, no que respeita há magia, a entrada voluntária em estados alterados pode ser dividida em dois pólos de "Gnose Psicológica" estados de Inibição, e estados de Excitação. O primeiro inclui técnicas físicas "passivas" tais como a meditação, yoga, contemplação e privação de sentidos enquanto a ultima inclui cantos, tocar tambor, dançar, excitação emocional e sexual. Diversidade Infinita, Combinações Infinitas Como Eu disse antes, uma das características da aproximação da Magia do Caos é a diversidade de sistemas de magia que os praticantes podem escolher para "saltar" entre eles, em vez de se agarrarem a um em particular. Há, naturalmente, muitas aproximações diferentes ao utilizar o sistema dentro do Corpo do Caos, e Eu vou examinar agora alguns. D.I.Y. (do it yourself faça você mesmo) Por outras palavras, crie o vosso próprio sistema, como o fez Austin Osman Spare. Criar o seu próprio, operacionalmente um sistema de magia válido é uma boa prática, e se vai conseguir ou não que outra pessoa também trabalhe com o seu sistema, isso é inteiramente consigo. Por outro lado, novos sistemas de magia são ocasionalmente válidos comercialmente. Um livro sobre o sistema = algumas ideias válidas depois claro uma sequela de desenvolvimento do material original, e depois também pode ir para um Tarot de acompanhamento, vídeos, cassetes, kits de expansão em lego, etc. Aparecer com a sua ideia original (na sua maioria) própria, é melhor (pelo menos na perspectiva do Caos) do que fazer rituais de outras pessoas e seguir continuamente ideias de outras pessoas. Fazer algo inovador (especialmente se não conhece ninguém que já o tenha tentado) é muito bom para construir a sua própria confiança. Eu lembrome, de há alguns anos, fazer um ritual e pensar "Hei, Eu desenhei mal os pentagramas para este, e assim não notei nada" pelo menos não apareceu nada de mau dos trabalhos em madeira. Meta sistemas Há uma grande tendência hoje em dia para as pessoas tentarem e criarem meta sistemas isto é, sistemas em pode ser introduzida qualquer coisa e tudo, e que explicam, que dar tempo, tudo vale a pena explicar. Assim vemos tentativas de misturar Runas com Tarot, colocar virtualmente tudo na Árvore da Vida, e muitas teorias/baboseiras (apague apropriadamente). Não há nada de mal com isto outra vez, é muitas vezes um exercício útil. Também pode ser engraçado, especialmente se encontrar uma explicação plausível para algo baseado no "feito pelo próprio" ou factos "esquivos", e muitas pessoas dizem "Huau! Isso é verdadeiramente fantástico" (há alguns anos um autor lançou uma versão do livro de Lovecraft, Necronomicon, que parecia boa, mas que de facto era vazia. Assim ele recebeu montes de cartas de pessoas que tinham experimentado os rituais e queriam falar sobre os seus resultados). Isto também é importante quando olhamos para uma crença como uma ferramenta mágica, e mais tarde falo sobre isso. Pessoalmente, Eu gosto de muitos sistemas diferentes, e usoos como acho apropriado. Tenho tendência para saltar entre a D.I:Y., Qabalah,
Tantra, Mitos de Chtulhu, Shamanismo, e tudo o mais que Eu pense ser apropriado em qualquer momento em particular. Vale a pena entrar num sistema com alguma profundidade, para que assim se torne mais ou menos competente (e confiante) com ele, mas os mágicos tendem a achar que depois de se tornarem competentes num sistema, então é mais fácil alcançar outro. Se por exemplo já estiver experimentado com o Enochiano, por exemplo, então não terá muitas dificuldades com as Runas. Ciência do Caos Alguns mágicos do Caos têm tendência a usar muitas analogias/metáforas cientificas nos seus trabalhos. Isso é bom afinal a ciência vende detergentes e carros se algo puder ser mostrado com uma base "cientifica", então muitas mais pessoas vão prender a sua atenção, especialmente "tarados" dos computadores, estudantes de física, etc. Tudo ajuda a criar um "compartimento" para a crença. Não precisa de ser ciência "dura", "psedociência" funciona igualmente bem, conforme o prova o numero de livros "New Age" que asseguram que os cristais acumulam energia "tal como um chip de computador o faz" o mostra. Não estou a tentar ser implicativo (está bem, mas só um pouco), e igualmente, uma vez que é o factor de crença a coisa importante, então você pode usar astrologia, alquimia, Teosofia, ou o que quer que lhe agrade, desde que você (ou outra pessoa) o ache coerente e útil. Só porque está a ser cientifico não significa que esteja ser sério ao mesmo tempo. Patetice do Caos Foram os Discordianos que apontaram que de entre a longa lista de dualismos que os ocultistas tinham prazer em usar, a oposição de sério/humor fora deixada de lado. O humor é importante na magia. Como a Janet Cliff uma vez disse, nós somos demasiado importantes para nos levarmos a sério. Alguns membros do Pacto IOT, usam o riso como uma forma de banir, e claro que não há nada como o riso para desinflamar o pomposo, alguns ares ocultos auto importantes que um encontra de tempos em tempos. IMPORTANTE: os rituais podem ser patetas e não menos importantes do que aqueles em que têm de manter uma cara séria. A magia é divertida de outra maneira, porquê fazela? Modelos Mágicos A maneira como é concebida a magia muda consoante os paradigmas do pensamento ocorrem. Até muito recentemente (num sentido histórico alargado), os praticantes de magia subscrevia o Modelo do "Espirito" da Magia, que basicamente diz que os Outros Mundos são reais, e habitados por panteões de criaturas discretas elementais, demónios, anjos, deusas, deuses, etc. O trabalho de um mágico ou shaman é desenvolver (ou herdar) um mapa do Outro Mundo conhecer os atalhos, e fazer alguns amigos (ou contactar parentes) aí. Feito isso, têm que interagir com esses espíritos de uma maneira dada, fazer com que eles executem a sua vontade. Assim os clérigos rezam, os shamans inserem cogumelos nos seus orifícios de modo a conhecerem os seus antepassados, enquanto os satânicos ameaçam as entidades a se submeterem atirando pedaços rasgados do Antigo Testamento. Por volta do século 18, e o aparecimento da Ciência, a ideia de "magnetismo animal" apareceu no ocidente, sendo a primeira manifestação de "Energia" do Modelo de magia. Esse modelo coloca ênfase na presença de "energias subtis" que podem ser manipuladas
usando muitas técnicas. Ao mesmo tempo surge Bulwer Lytton e a sua ideia de energia "Vril", Eliphas Levi e a Luz Astral, Médiuns, e ectoplasma, contas "populares" ocidentalizadas actualizadas de Prana, Chakras, e Kundalini, e por fim, a energia Orgone de Wilhelm Reich. O próximo acontecimento surgiu com a popularização da Psicologia, principalmente devido hás histórias Psico analíticas de Freud, Jung, e companhia. Durante esta fase, os Outros Mundos passaram a mundos interiores, os demónios foram reinstalados na Mente Inconsciente, e Mestres Escondidos passaram a ser manifestações do "Eu Superior". Para alguns expoentes tardios deste modelo, as cartas de Tarot deixaram de ser um sistema mágico de adivinhação e passaram a ser "ferramentas" para transformação pessoal, tal como os deuses/deusas passaram a ser vistos como entidades não "reais", mas símbolos psicológicos de arquétipos. O modelo correntemente a subir e a aparecer é o modelo "Cibernético", quando entramos numa era em que começamos a ser uma cultura baseada na informação. Este modelo diz que o Universo, apesar das aparências, é estocástico por natureza. A Magia é um conjunto de técnicas para erguer uma tempestade neurológica no cérebro que traz flutuações microscópicas no universo, e que leva a alterações macroscópicas de acordo com a intenção do mágico. Veja a Ciência do Caos, o efeito da Borboleta, e tudo isso. Outra manifestação do Modelo Cibernético aparecida vinda da asserção new age, é que os cristais funcionam "tal como" chips de computador. Há sinais de que o Modelo Cibernético, voltase para trás, para o modelo espiritual, e em "Chaos Servitors: a user's guide", vai encontrar uma razão razoavelmente coerente de que os campos de informação localizados podem, após algum tempo, tornaremse auto organizados até há extensão de que os experimentamos como entidades autónomas espíritos. Cada modelo em particular tem o seu chamamento atractivo, com expoentes e oponentes em ambos os lados. Muitos livros sobre o oculto contêm elementos dos modelos do Espírito, da Energia, e da Psicologia e felizes por isso. Também vale a pena notar que se se encontrar na posição de ter que "explicar" este material estranho a um não aficcionado, ou céptico, então o modelo Psicológico é provavelmente a sua melhor aposta. Nestes dias as pessoas que subscrevem um modelo espiritual, se não forem elas próprias de persuasão oculta ou pagã elas próprias, pensam que têm os direitos sobre a forma de uso dos espíritos! Se a pessoa for um "tarado" por computadores ou um "freak" por fractais, entoa siga o paradigma "cyberpunk". Os cientistas só aceitam um modelo se o conseguirem por a "rolar" com algo. Um bom exemplo é a Acupunctura, que até recentemente era explicada usando o modelo de Energia, e gozada pelo estrato cientifico estabelecido até que alguém apareceu com a estimulação por Endorfinas. Agora a maioria dos departamentos de fisioterapia hospitalar têm um conjunto de agulhas. Enquanto alguns mágicos têm tendência a ficarem ligados a um modelo específico, é muito útil saltar entre modelos em conformidade com a situação, assim alguns modelos têm um poder "explicatório" mais forte sobre alguns aspectos de magia do que outros. O modelo do Espírito, sendo de longe o mais antigo, pode fazer contas com qualquer aspecto da magia do que outros. O modelo Psicológico, enquanto útil como processo para o desenvolvimento pessoal, têm dificuldades em aspectos como o shamanismo tribal amaldiçoando ocidentais que (a) não acreditam em magia (b) não viram ainda os shamans a "morder" (c) acabam por se destruir sempre em enxames ou bolhas de qualquer
maneira. Se se limitar a só usar um sistema de magia, mais cedo ou mais tarde o Universo vai presentealo com algo que não encaixe nos seus parâmetros. Quando está a gastar mais tempo a defender os seus modelos, do que a modificalos, então sabe que está na hora para outra pausa de descondicionamento...apresentese no quarto 101. Todos saúdem Discordia A Sociedade Discordiana é, nas suas próprias palavras "...uma tribo de filósofos, teólogos, mágicos, cientistas, artistas, palhaços e maníacos similares que estão intrigados com ERIS DEUSA DA CONFUSÃO e com os Seus feitos." A existência da Sociedade Discordiana foi popularizada pelo trilogia de livros de Robert Anton Wilson e Robert Shea "Illuminatus", e também no livro de Malaclypse The Younger "Principia Discórdia" que fixa os princípios básicos da Religião Discordiana uma religião baseada na Deusa Grega, Eris. Tradicionalmente, Eris era a filha de Nox (noite) e a mulher de Chronus. Ela começou com um novo grupo de Deuses Tristeza, Esquecimento, Fome, Doença, Combate, Assassínio, Mentira ricos meninos. Com a queda dos antigos impérios, Eris desapareceu, se bem que se desconfie que ela deu uma mão na criação das primeiras burocracias, formulários em triplicado, e companhias de seguro. Ela não voltou a aparecer na nave espacial Gaia outra vez até fins dos anos 50, quando ela apareceu a dois novos Californianos, que mais tarde ficaram conhecidos como Omar Ravenhurst e Malaclypse the Younger. Eris escolheuos como "guardiões do sagrado Cao" e deulhes a mensagem para: "Digam há humanidade em contrição que não existem nenhumas regras, a não ser que escolham inventar regras." Depois disso Omar e Mal escolheramse um ao outro como Grande Bispo das suas próprias loucuras, e declararamse cada um ser a Sociedade da Discórdia, seja lá o que isso for. Grande Trampa: É verdade Eris? Malaclypse: Tudo é verdade. GT: Mesmo coisas falsas? Mal: Mesmo as coisas falsas são verdadeiras. GT: Como pode isso ser? Mal: Não sei homem, não fui Eu que fiz as coisas assim. Eris desde então subiu o seu caminho de nota de rodapé histórico a mega estrela mítica, e o Movimento Discordiano, se se puder dizer que existe, está a crescer em ambos os lados do Atlântico, ajudado pela declaração táctica Discordiana de que toda a gente é um Papa. Cada vez mais pessoas estão a aderir há ideia de que a religião é uma celebração de confusão e loucura. O mito central Grego de que Eris é figura proeminente na continua telenovela "Monte Olimpo a Casa dos Deuses"; durante o episódio que inadvertidamente provocou a guerra de Tróia. Parece que Zeus dava então uma festa e não queria convidar Eris por causa da reputação dela a criar sarilhos. Furiosa pelo desagravo, Eris enfeitou uma maçã de ouro com a inscrição da palavra Kallisti, ("para a mais bela") e atiroua para o sítio aonde estavam todos os convidados. Três das Deusas convidadas, Atena, Hera, e Afrodite, cada uma dissese com direito há maçã e começaram a brigar e a atirar comida pelo ar. Para resolver a disputa, Zeus ordenou hás três que se submetessem ao julgamento de um mortal sobre qual delas era "a mais bela", e disse que o mortal era Paris, filho do rei de Tróia. Zeus enviou as três para junto de Paris, via Hermes, mas cada Deusa tentou ganhar a
disputa esgueirandose mais cedo e oferecendo um suborno a Paris. Atena ofereceu a Paris vitória em batalha, Hera, uma grande saúde, Afrodite "apenas perdeu os alfinetes que prendiam a sua túnica e deixoua cair", e também oferecendo a Paris a mulher mortal mais bela. Assim Afrodite ganhou a maçã, e Paris ficou com Helena, que infelizmente era casada com Menelau, rei de Sparta. Graças há interferência de Atena e Hera, a guerra de Tróia seguiuse e o resto, como dizem é história. Hoje em dia, na nossa época de Caos mais positivo, a Eris amoleceu um pouco, e os Discordianos modernos associamna a todas as intrusões de "estranheza" nas suas vidas, desde ocorrências em sincronia ou enganosas, luzes criativas de inspiração, e festas loucas. Hás vezes ela é um pouco sacana, mas quem não é? Ritual Discordiano de Abertura por Prince Prance 1. Bata palmes 5x 2. A Cruz de Eris: "Luz na minha Mente Fogo nos meus genitais Força no meu lado Direito Gozo no meu lado Esquerdo Amor no meu Coração" 3. Trace Pentagramas Espirais* nos 4 cantos 4. Virado para Este: "Abençoado apóstolo Hung Mung¬, grande sago do Catay, balança as desigualdades e dános equilíbrio." 5. Virado para Sul: "Abençoado apóstolo Van Van Mojo-, Doutor da Feitiçaria e Vexames, dá nos Poder Vodoo e confunde os nossos inimigos" 6. Virado para Oeste: "Abençoado Apóstolo Sry Syadasti®, patrono do psicadelismo, Ensina nos a Verdade relativa e estoira as nossas mentes" 7. Virado para Norte: "Abençoado Apóstolo ZarathudÅ, eremita de nariz rijo, Concedenos a duvida Erisiana, e a constância do Caos 8. Olhando para cima (ou para baixo): "Abençoado Apóstolo Malaclypse°, Santo Sábio da Discordia, dános iluminação e protegenos da estupidez" 9. Olhando para todo lado: "Grande Deusa Discordia, Santa Mãe Eris, Alegria do Universo, Riso do espaço, dános Vida, Luz, Amor e Liberdade e faz a magia sangrenta funcionar!"
10. "Viva Eris! Todos Saúdem a Discordia.! Notas: * Para mais informações sobre o Pentagrama Espiral, veja a próxima secção ¬ Hung Mung é a ligação Discordiana aos mistérios Chineses e não é outro senão aquele que concebeu o Sagrado Chao. Ele é o patrono da época do Caos. -Dr. Van Van Mojo é um sujeito das Guerrilhas Intergalácticas Haitianas pela Paz Mundial e é patrono da época de Discordia. ®Sri Syadasti é o Apóstolo do Psicadelismo e o patrono da época da Confusão. ÅZarathud, um Eremita da Europa Medieval, foi marcado como "Ofensivo para a Fé." Ele é o patrono da época da Burocracia. °Malaclypse o Sábio foi alegadamente um conhecedor antigo que carregava como sinal a legenda "ESTUPIDO" pelos becos de Roma, Bagdade, Meca, Jerusalém, e outros lugares. Ele é o patrono da época do Pós Combate. Pentagrama Espiral Este "bocadinho" explica" o Pentagrama Espiral referido no Ritual de Abertura Discordiano. O Pentagrama tradicional é uma figura muito sólida e geométrica e Eu acho que para rituais de banição é muito apropriado. "E depois", pensei um dia "o que acontecia se começasse a usar uma estrela de 5 pontas feita por curvas?" Pode ver o resultado em apenas alguns minutos com o compasso (no computador levou una eternidade!) aqui por baixo. Ao contrário do Pentagrama tradicional, com uma forma pentagonal no seu centro, este repete a formação em pétala. Assim quando o desenho (e são difíceis de desenhar no ar a principio), Eu visualizo as pétalas exteriores a rodarem no sentido do relógio, e as interiores em sentido contrário (nenhuma razão em especial porquê), e toda a figura tornase um túnel a 3 dimensões, girando para o espaço infinito. Lindo, eh? A primeira vez que o experimentamos, foi apropriadamente, num ritual de invocação de Eris, e pareceram funcionar muito bem. Não mantêm as coisas fora, têm tendência a puxar energias para dentro. Também os pode usar em projecção astral (ou no Pico do Caos, "Magia Virtual") para a abrir portas, e tendem a aparecer em sonhos enquanto portas astrais. Para os fechar, Eu reverto o rodar das pétalas, e faço os "planos" outra vez, ás vezes usando um pentagrama normal sobre eles só como uma boa medida. Eles parecem funcionar bem quando usados num estilo de forma livre de trabalho, mas não quando usados em sistemas tradicionais, como a Chave Menor de Salomão (as entidades aí são estritamente conservadoras na maneira em como gostam de ser evocadas, Eu acho). Se tentar o Pentagrama Espiral já agora, Eu vou adorar receber ideias/correspondência sobre o assunto. Com todas as técnicas mágicas e rituais, é importante distinguir entre Processo e Conteúdo. Uma das primeiras mensagens da Corrente do
Caos é que enquanto o conteúdo é até certo ponto arbitrário, o que é importante é o processo em que os rituais são baseados. O Ritual Discordiano de Abertura por exemplo, é uma variante sobre o tema de ritual de Centralização (ou Banição), aonde o objectivo é colocarse a si mesmo no "centro" do seu psico cosmo, no axismundi ou ponto nulo de onde procedem todos os actos de magia. Os rituais de se Centrar também agem como um aquecimento para os acontecimento maior, sendo o ponto de entrada para o espaço, aonde de momento, Nada é Verdade, e Tudo é Permitido. Seguindo o principal objectivo de um trabalho, executar o Rito de se Centrar outra vez deslocao de regresso á esfera de Realidade Consensual. Ritos básicos como o normal Ritual de Banição do Pentagrama, ou o Ritual Gnóstico da IOT de combinação gestual, discurso, respiração e visualização com diferente conteúdo, mas seguindo o mesmo processo identificação dos quatro pontos cardeais direccionais mais o quinto ponto que representa a união com espírito, caos ou Kia. Tais actos de ritual produzem mudanças na "atmosfera" da área em que são trabalhados e com a prática, estes sentimentos aparecem automaticamente sempre que o Rito é usado, para que a mudança entre a realidade diária e as suas preocupações (quem vai lavar tudo depois do ritual, etc.) e a Realidade Mágica (o objectivo do ritual por exemplo) seja claramente percebido. Pentagrama Espiral Magia de Sigilos Sigilização é uma das técnicas mais simples e das eficazes formas de obter resultados mágicos usada por mágicos contemporâneas. Depois de ter conseguido sentir os princípios básicos da sigilização e ter experimentado alguns dos métodos mais populares de lançar sigilos, pode continuar a experimentar formas de sigilos que sejam únicas para si. O coração do processo de sigilização pode ser dividido em seis estados, que Eu vou tentar explicar com a sigla S.L.I.F.F. S Intenção Específica (Specific Intent) P Caminhos disponíveis? (Pathways available?) L Ligações na intenção de viagem simbólica (Link intent to symbolic carrier) I Intensidade da Gnose/Vacuidade Indiferente (Gnosis Intent/Indiferent Vacuity) F Fogo (Fire) F Esquecimento (Forget) 1. Intenção Específica O primeiro estado do processo é de que deve fazer a sua intenção mágica clara o mais precisa possível sem, ao mesmo tempo, complicar demais. Intenções vagas geralmente dão como resultado resultados vagos, e quanto mais claro a for declaração de intenção inicial, mais provável é de se conseguir resultados de acordo. Uma conhecida minha uma vez fez um sigilo para se manifestar um amante, e deu indicações muito precisas sobre o aspecto dele, qual o tipo de carro que ele conduzia, etc. Escusado dizer, o seu "desejo" manifestouse exactamente como ela tinha especificado, e ela descobriu que se tinha esquecido de especificar a "inteligência" dele no seu sigilo, e apanhou um aborrecimento!
2. Caminhos disponíveis? Geralmente, os sigilos são excelentes a trazer resultados precisos de curto prazo, o que os faz excelentes para trabalhos de Resultados Mágicos curar, manipulação de hábitos, inspiração, controlo de sonhos, e objectivos parecidos. Geralmente é considerado útil se "abrir" um caminho para que a intenção se manifeste. Há um exemplo padrão sob a forma de trabalhar para conseguir "dinheiro" que segue estas linhas: Frater Bater faz um feitiço por dinheiro e espera que o multiverso lhe dê os resultados. Nos meses seguintes ela ganha financeiramente após a morte de familiares, recebendo uma compensação industrial depois de ter caído numa colheita combinada, e mais coisas no estilo. Se ele têm tido a segurança de fazer um caminho para o resultado aparecer, como escrever um livro (há há), tentar arranjar um novo emprego, ou entrar na lotaria, teria tido um tempo mais agradável com isso. Esta é a maneira como trabalha a magia muitas vezes, e mostra que o multiverso, se nada mais têm um sentido de humor manhoso. 3. Ligações na intenção de viagem simbólica Uma vez escolhida a seu intento, este pode ser transformado numa analogia simbólica ou código um sinal sobre o qual possa focar vários graus de atenção, sem se lembrar do desejo inicial. As aproximações mais comuns a isto são: (a) Monograma escreva o seu desejo, tire todas as letras repetidas, e daí desenhe um glifo. (b) Mantra escreva a sua intenção, transformea em frases ou palavras sem sentido, que depois podem ser cantadas. Sobre isto, também pode usar outros meios, como o cheiro, sabor, cores, linguagem corporal, e gestos com as mãos. 4. Intensidade da Gnose/Vacuidade Indiferente Os sigilos podem ser projectados no multiverso por intermédio de um acto Gnóstico normalmente, mas tal não é necessário, em algum contexto ritual/mágico. Caminhos populares para a Gnose incluem: rodar, cantar, visualizar, dançar, sobrecarga sensorial ou a sua privação, e estimulo sexual. O outro "estado alterado" é o de Vacuidade Indiferente uma espécie de estado "não chateado em particular". Um exemplo de sigilização por este caminho é brincar com sigilos enquanto se houve uma conversa aborrecida, mas em que precisa de tirar notas. 5. Fogo Isto é simplesmente a projecção do sigilo para o vazio ou multiverso no "pico" da Gnose/Vacuidade. Exemplos disso são incluem o orgasmo, chegar a um estado de desmaio por hiper ventilação ou serlhe feita uma pergunta sobre a conversa aborrecida que supostamente estava a ouvir. 6. Esquecimento Uma disparado o seu sigilo, é suposto que se esqueça da intenção original e deixar que o Efeito da Borboleta ou seja o que for siga o seu curso. Esquecer aquilo que pediu pode ser muitas vezes o lado
mais difícil do processo. Não é mau que a intenção não seja aquilo que realmente quer (assim começando por sigilos por coisas que realmente não lhe interessam é uma boa maneira de começar a experimentar), mas é muito mais difícil se for algo que realmente quer que aconteça. Se não vaguear pelos pensamentos quando eles surgem, já não conta muito. Altura para outra analogia. As constantes mudanças na teia dos desejos, quereres, medos, fantasias, etc. que saltam dentro da nossa mente podem ser comparadas a um jardim, apesar de mandão e crescido demais; flores, sementes, larvas, e a quantidade de jardinagem ocasionalmente enterrada. Indo através do processo sigilização pode ser comparado com o facto de ficar entusiasmado por ensacar o jardim. Você primeiro isola uma planta (i.e. a sua intenção), separaa das outras, alimentaa, regaa e acarinhaa até que ela começa a destacarse das outras e é claramente visível na paisagem, e de repente aborrecese com este trabalho e entra para casa para ver televisão. O truque é, da próxima vez que olhar para o "jardim", não reparar na planta a que deu tanta atenção. Se a intenção se enredar com tudo o resto na sua cabeça, tende a projectar vários resultados possíveis o que vai fazer com o dinheiro quando ele chegar, o que vai fazer ao rapaz/rapariga/comedor de formigas dos seus sonhos, etc. e o desejo começa a correr para todos os outros, diminuindo assim as probabilidades de ele acontecer como você queria. Uma atitude útil a ter quando se lançam sigilos é uma vez lançado para o multiverso (que, como o Pai Natal, sempre recebe a mensagem), então tem a certeza de que vai funcionar, e que assim não precisa de fazer mais esforço para esse fim. Tal confiança tende a surgir depois de ter tido sucesso com outros sigilos. O resultado aparece quando o desejo fica latente isto é o mesmo que dizer, esqueceuse completamente disso e desistiu do deu efeito. A experiência é similar a pedir boleia numa estrada deserta ao fim da noite. Você está aí à horas debaixo de chuva, e "sabe" com um ar de certeza ameaçador que ninguém vai parar por si agora, mas estica a mão na mesma. Que diabo, eh? Cinco minutos depois, apanha boleia do rapaz/rapariga/comedor de formigas de dois sigilos atrás, a conduzir um Porsche e a perguntar lhe até aonde quer ir. Enlouquecedor não é? Mas os sigilos funcionam muitas vezes assim. Acreditar Uma chave da Magia Um aspecto da Magia do Caos que parece perturbar algumas pessoas é o Mágico do Caos (ou Caoista se preferirem) gostar muito de trabalhar com imagens tiradas de fontes não históricas, tal como invocar seres do Mito de Chtulhu de H.P. Lovecraft, fazendo mapas do espectáculo de terror na Árvore da Vida, viajar no vazio astral numa nave de combate da guerra das estrelas, e canalizar informação de Deuses que não existiam há 5 minutos. Por isso pode ver que este tipo de coisas para magia séria faz erguer algumas sobrancelhas em alguns bairros. Afinal o material de Lovecraft não é ficção? E fazer ligação com "planos interiores", "tradições", etc. de certeza que não pode fazer magia com algo que não tem nenhuma ligação à história ou mitologia? No passado, tais críticas foram levantadas por os mágicos trabalharem com entidades "ficcionais". Nesta secção espero poder contrariar tais
argumentos. O primeiro ponto a fazer é o de que a magia requer um sistema de crença em que trabalhar. O sistema de crença é a construção simbólica e linguistica em que um mágico aprende a interpretar as suas experiências e pode abranger tudo desde a velha tradicional Qabalah até ao novo New Age "EuouviissodeumShamanpelevermelhahonesto" que parece tão popular hoje em dia. Não interessa o sistema de crença que usa, desde que o excite. Leia isto outra vez, é importante. Eventualmente a maioria dos mágicos parece desenvolver o seu próprios sistemas mágicos que trabalham bem com eles mas que incomodam as mentes para outros usarem, com o Alfabeto do Desejo de Austin Osman Spare como um bom exemplo. Uma chave para o sucesso mágico é a veracidade das crenças. Se quiser tentar algo, e conseguir uma explicação plausível de como/porquê deve funcionar, então quase de certeza que vai. A Pseudo Ciência ou a Simbologia Qabbalistica (ou ambos) pouco interessa desde que a armazenagem racional em si tire a força da sua ideia que está a trabalhar. Eu sei que isto acontece muito quando tento empurrar os limites de uma acção mágica que nunca tentei antes. Uma vez surgida a explicação plausível de como podia funcionar em teoria, então claro, estou muito mais confiante ao fazelo, e posso transmitir essa confiança a outros. Se estiver 110% certo que esse ritual "vai funcionar perfeitamente" então é muito provável que vá. Pode experimentar isto com a técnica de saltar de crenças (Robert Anton Wilson chamalhe Meta Programação), e um bom exemplo são os chakras. Uma visão popular dos chakras é a de que temos sete. Está bem, então medite nos seus chakras, martele o simbolismo na sua cabeça e presto! Começa a ter experiências de 7 chakras. Agora mude para a ideia de ter 5 Sephirots ou o Pilar do Meio (Qabalah) quando a psique se centra no seu corpo, e de certeza, vai conseguir resultados em consonância. Apanhou a ideia? Qualquer sistema de crença pode ser usado como base em magia, desde que possa investir querer nele. Olhando para os meus primeiros anos em experiências mágicas, o que era importante para mim era de que a crença forte que o sistema usava era antiga, baseada em formulas tradicionais, etc. Um sistema de crença pode ser visto como uma matriz de informação em que podemos por energia emocional fazemos tanto, quanto ficamos embevecidos a ver uma peça, filme ou programa de televisão que por um momento, é real para nós, e invoca emoções apropriadas. Muito do que vemos ser servido no écran prateado são figuras e situações míticas poderosas, novos embrulhos para gostos modernos, que é uma linha para falar da "Star Trek". Há mais pessoas familiares com o universo da Star Trek do que com qualquer religião misteriosa. É seguro apostar que mais pessoas vão saber quem é o Sr. Spock, do que quem sabe quem foi Lugh. O universo Star Trek tem um alto grau de fantasia, e aparentemente poucos pontos de contacto com a nossa experiência "diária". No entanto a Star Trek é um reflexo da nossa moderna e mítica psicologia. As personagens corporizam qualidades Spock é lógico, Sulu é muitas vezes retratado como figura marcial, Scott é um "construtor mestre", e Kirk é um árbitro, que procura sempre a resolução de conflitos por meios pacíficos. Quando "nós entramos" no universo da Star Trek, sentimos maior profundidade e subtilezas. Descobrimos que o universo tem as suas próprias regras a que as personagens estão sujeitas, e é internamente consistente. A cada episódio, podemos descobrir que nos
são dadas novas perspectivas interiores sobre personagem chave. Tal como o nosso mundo diário, o universo da Star Trek tem um limite entre o que é o desconhecido o futuro, espaço por explorar, as consequências das nossas acções sejam quais forem as cartas que nos são dadas. Assim vemos televisão, e entramos, como observadores, o desenrolar dum acontecimento mítico. Podemos aumentar este sentido de participação através dum jogo de personagens, aonde a crença de um grupo nos permite gerar, pelo menos por algumas horas, o aspecto do universo Star Trek, no conforto da sua sala de estar. É relativamente fácil gerar o mundo da Star Trek, devido aos muitos livros, banda desenhada, vídeos e jogos de roleplay que estão disponíveis para suportar esse universo. A prova final de tudo isto foi um colega meu que estava a fazer um exame num computador, e estava a arrebentar a sua cabeça a tentar pensar numa forma de deus apropriada para invocar em si para se concentrar a programar. Mercúrio? Hermes? E depois descobriu a figura mítica mais poderosa que ele conhecera que podia lidar com computadores era o Sr. Spock, aprendendo tudo o que podia sobre Spock e começando a andar à sua volta dizendo "Eu nunca vou entender os humanos" até estar bastante Spockifado. E teve a nota máxima assim! Assim de volta ao Mito de Chtulhu. O próprio Lovecraft era da opinião de que o medo, em particular o medo do desconhecido, era a maior emoção ligada aos Grandes Velhos Antigos. O motivo porque gosto de trabalhar com este Mito ocasionalmente é que os Grandes Velhos Antigos estão "fora" da maioria das mitologias humanas, reflectindo a sombra dos Gigantes no Mito de Norse, os Titãs preOlimpo nos Mitos gregos, e outros grupos de Deuses tidos como construtores do universo que são vistos como demasiado caóticos para companhia dos deuses do universo ordeiro. Para mim também, a natureza dos Grandes Velhos Antigos como seres sombrios que só podem ser parcialmente vislumbrados é atractiva eles não podem ser assimilados e presos a qualquer sistema ortodoxo de magia e Eu gozo muito em conseguir aproximações apropriadas para trabalhar com eles. Os Grandes Velhos Antigos têm uma natureza muito "primitiva", que para mim dá armazenagem emocional para exploração mágica. Tendo dito tudo isto, e sem dúvida deixeio a pensar "Uurgh, pessoa estranha, ele gosta de brincar com tentáculos viscosos", também posso mencionar que tive prazer em trabalhar com o sistema mítico dos livros de (corar) C.S. Lewis "Narnia". O que é interessante sobre meta programação é que pode adoptar uma crença por um período de tempo relativamente curto, e depois deixalo outra vez. Quando se pratica magia ritual geralmente é boa ideia, pensando o que quiser sobre Deuses serem arquétipos ou reflexos de pedaços de si ou o que for, comportarse como se eles fossem reais. Assim num ritual dos Mitos de Chtulhu, nada vai ajudar a construir a tensão necessária de que se se enganar Chtulhu vai despedaçalo! Claro, que fora do ritual não tem que acreditar em Chtulhu e de que mesmo a gora uma garra viscosa acaba de aparecer na minha janela...não! Não! ...ahem, desculpem isto. Relacionado com isto está que a "suspensão do não acreditar" também pode ser útil. Para fazer isto, arranje um livro que exponha uma ideia que ache um lixo (todos os mágicos têm um autor de "lixo" favorito) e tente ver a mensagem do autor sem a sua voz interior começar a gritar abuso a cada página. Uma das "suspensões" mais difíceis para mágicos que fogem é passarem a dúvida de que "todo este material não funciona". Apesar das horas perdidas a ler vasta literatura de Crowley e os seus colaboradores, este irritante desacreditar ainda pode ser ouvido, e só pode ser
expulso pela experiência um acto que lhe mostre que a MAGIA FUNCIONA vale mil argumentos. A minha conclusão é que a intensidade da crença é a chave que permite sistemas mágicos funcionarem, estejam relacionados com a tradição histórica (que, vamos encarar as coisas, são muitas vezes re escritos, de qualquer maneira), tradições esotéricas (que também evoluíram ao longo dos séculos) ou baseados em ficção ou televisão. É sua a habilidade de ser emotivamente movido ou usar as coisas como veículo para expressar a sua vontade que conta. Se funciona consigo façao. Exercícios Básicos Estes exercícios foram compilados de várias fontes, e possivelmente têm pouco valor inerente por si, apesar de poderem ser engraçados para tentar e podem ter grandes consequências. Uma pessoa conhecida minha começou começou a sua aventura na Magia do Caos tomando a sistema de crenças de ser um Cristão Renascido. Ele continua ser um Cristão Renascido, mas parece ser mais feliz. 1. Quando conseguir obter qualquer resultado mágico (incluindo falhanços) pense sempre em várias explicações para tal. Estas explicações devem pelo menos conter um destes tipos: i. Uma explicação baseada nos parâmetros do sistema mágico que empregou. ii. Estritamente materialista iii. Algo excepcionalmente pateta 2. Quando já esteve algum tempo a experimentar com sistemas de crença, contemplar dois que parecem mutuamente se excluírem tais como Cristandade e Tantra, Islamismo e Feminismo Radical, Revivalismo New Age Céltico e Marxismo. 3. Meditação em Menzies. Leia revistas especializadas em que não tem nenhum interesse, especialmente as escritas por amadores entusiastas. Também leia revistas com visões opostas no que se sucede, tal como a Play Boy e a Spare Rib, ou Andrea Dworkin e o Marquês de Sade. 4. Nunca ponha sapos vivos na boca. 5. Toda a gente no mundo é um Buda menos você! E todos estão à espera que consiga desempenhar correctamente o seu papel, por isso saia da cama e comece a trabalhar! (o síndroma Budista manifestase especialmente nas pessoas que tenta evitar na rua). 6. Tente estar consistentemente errado, faça uso da palavra de maneira selvagem, e quando alguém abre um buraco nos seus argumentos, admita o seu erro, em profundidade, se necessário. Pode estar enganado quanto ao tempo, o dia da semana, qualquer declaração política expressa, etc. 7. Deuses e Gurus A possessão por uma entidade (Deus, espírito, droga, etc) permitelhe
fazer coisas que normalmente não se sentiria capaz de fazer. Assim, até um certo ponto, faz a confiança de ter um Guru. Tais figuras dão lhe confiança para atravessar uma falésia sobre uma corda sem cair, brincar no fundo de uma piscina sem se afogar ou dar umas voltas com um robe cor de laranja ou tocar tambor num centro comercial cheio. A sanidade "está lá fora" em vez de estar na sua cabeça. Muitas pessoas tem tendência a dizer que eles são loucos "comparados com o resto deles" (da mesma maneira muitas pessoas afirmam que são estúpidas. No entanto poucas admitem serem um lixo sexual porquê?). A Magia do Caos permitelhe deixar que os seus pensamentos loucos dêem uma volta ocasional por uma noite. Ao contrário do que vem em livros, a magia é uma actividade ao nível da rua (mesmo nível de esgoto). Vejam o caminho de zigzags de um malandro como expresso por Crowley, Cagliostro, Simon Magus, e os restantes. Aprenda a brincar, mímica, tirar coelhos da cartola. Passe o chapéu alto e ganhe com isso uma ou duas gargalhadas. No espaço, ninguém o pode ouvir a rir, mas o caos não é mais do que Matéria de Riso. Se quer ver magia verdadeira em acção, veja um filme dos irmãos Marx. Harpo consegue rebentar com uma luva e transformala em leite. Como diabo ele conseguiu isso? 8. Atractores Caóticos Ocasionalmente você vai encontrar alguém que parece atrair o caos aonde quer que vá. Obviamente têm um estranho e poderoso poder, mas muitas vezes nem se apercebem, ou simplesmente embaraçados pela frequência com que acontecem coisas estranhas nas suas vizinhanças. Estudeos cuidadosamente (mesmo que a uma distancia segura), e pode aprender algumas coisas. 9. Com Descondicionamento, Como já referi anteriormente, é relativamente fácil mudar de sistemas mágicos e produzir resultados em concordância. Isto não é dizer, no entanto, que as mudanças de sistema sejam fáceis. Na verdade, alguma estruturas das nossas atitudes/crenças são extremamente resistentes a mudanças conscientes permanecendo evasivas e "invisíveis" à percepção consciente, e têm que ser arrastadas, dando pontapés, até há luz dolorosa da auto revelação. Se Eu puder usar a analogia das crenças serem como construir (a cidade dos Eus), há volta destas paredes uiva o vento de Kia, então processo de Descondicionamento pode ser comparado ao destruir de torres, com a "bomba" ocasional fornecida pelo recurso a uma forma poderosa de gnose tal como o êxtase sexual, sobrecarga de dor, ou o elixir de Albert Hoffman. O Descondicionamento é um processo continuo mesmo quando descarta um conjunto de limitações (no Tantra isto é chamado de esmagar do Klesha), pode descobrir que adquiriu novos condicionamentos, normalmente inconscientemente. Muitas vezes, as estruturas de crenças estão em "ninhos" umas com as outras, e podem ter as suas raízes em experiências de formação poderosas. Timothy Leary chama a este processo "imprimir de susceptibilidades", aonde esta impressão forma a linha de base de resposta a experiências, estabelece os parâmetros em que posteriores aprendizagens tomam lugar. O modelo dos 8 circuitos de Meta programação criado por Leary pode ser usado para auxiliar o Descondicionamento. Tenha presente que o Processo de Descondicionamento não é apenas uma experiência intelectual. É relativamente fácil de "aceitar intelectualmente" alguma experiência ou crença que previamente rejeitou ou excluiu. É preciso mais resilencio a tomar a acção da sua nova posição, e arriscar a dor emocional que pode surgir depois. Por exemplo, um jovem mágico masculino do meu conhecimento olhou para
as suas próprias crenças sobre a sua sexualidade, e decidiu que ia focar a sua atenção sobre a sua própria distancia/medo do erotismo masculino. Descobriu que "intelectualmente" podia aceitar a sua atracção por outros homens, e assim pensou que estava liberto. Depois teve vários encontros homossexuais que ele disse não lhe terem dado nenhum prazer físico, mas simplesmente reforçaram a sua crença de que se tinha libertado sexualmente. O descondicionamento só muito raramente é simples. Muitas vezes as pessoas que tiveram uma experiência de "Iluminação" dizem que todas as suas estruturas repressivas se foram embora. Se deitar abaixo um edifício na cidade das identidades e ele volta a crescer, hás vezes com uma forma diferente. Um dos efeitos da Gnose intensa é o estilhaçar de "peles" da estrutura de crenças, mas geralmente é descoberto que se não houver trabalho em que se ocupar de seguida, o sentimento do despedaçar do sistema de crenças é transitório. Também deve considerar os efeitos que este processo provavelmente vai ter noutros veja o livro de Luke Rhinhart, "The Dice Man" para um divertido e instrutivo conto da aproximação de um homem ao descondicionamento. O Ego, uma estrutura auto regulada que mantêm a ficção de ser um ser único, não gosta do processo de se tornar mais facilmente adaptável á experiência. Uma das defesas mais subtis que aparece é a de lançar suspeita (que depressa pode se transformar em obsessão) é a de que é melhor que todos os outros. Em alguns círculos, isto é chamado de "Magusite", e não é desconhecida para aqueles com a preocupação de se declararem a si mesmos como magos, Rainhas das Bruxas, avatares de Deusas, ou Mestres Espirituais. Se se apanhar a si próprio a referirse aos demais como "o rebanho", ou "gado humano", etc, então é altura de ver a outra vez para onde vai. Eu próprio, prefiro os benefícios da empatia e da habilidade de se conseguir relacionar com outras pessoas do que as limitações de ser uma tentativa reclusa de Raskalnikov a sonhar com os escravos serventes. Enquanto que nós ecoamos as palavras de Hassan I Sabbah que "Nada é Verdade, Tudo é Permitido", agir totalmente a partir desta premissa é provável que lhe traga conflitos com aqueles indivíduos e autoridades a verem o que é, e o que não é permitido. Assim apesar do charme, a Magia do Caos raramente é totalmente amoral. Um dos axiomas básicos da filosofia mágica é que a moralidade cresce a partir de dentro, depois de ter começado a notar as diferenças entre aquilo em que aprendeu a acreditar, e aquilo em que vai acreditar. Alguns pontos de vista excelentes sobre o descondicionamento podem ser encontrados em: Liber Null de Pete Carrol, Magick por Aleister Crowley, e Tantra Magick, uma colecção de textos das ordens Tantricas do OrienteOcidente, chamada AMOOKOS. 10. Manter um Diário Apesar do fascínio da Magia do Caos como sendo espontânea, fazoquequiseres, esmagaosephirot e perde os demónios da magia dura, geralmente é considerado que manter um diário de experiências e trabalho mágico é essencial. Um registo mágico marca os seus progressos, falhanços, experiências e perspectivas interiores. Depois de um ritual que esmaga o cérebro, você tem uma iluminação, e não a escreva, as probabilidades são de que a vai esquecer, e essa pérola especial de sabedoria se vai perder para sempre. Mais frequentemente, é uma boa disciplina a seguir, e muitas descubro que, quando escrevo um sumário de um trabalho, me recordo de coisas que ainda não aconteceram antes a mim. Também é uma das poucas vezes em que não tem que censurar os seus pensamentos, apesar de ter que alterar nomes para proteger a privacidade de outros
participantes. Conclusões Este livro foi uma tentativa de expor algumas das tentativas sobre a Magia do Caos. O que deve ter em mente quando o lê é que está a ver as minhas ideias sobre o assunto tirado das minhas experiências e do caminho de zigzags que segui no mundo estranho da magia. Não há livros "definitivos" na aproximação do Caos. Nem fascínio pelos tempos "tradicionais" em que um mágico esquivo possa entrar com confiança, e absolverse de responsabilidades por ser criativo e inovador. O imperativo da Magia do Caos é que descubra o seu próprio caminho para se desenvolver, em vez de seguir outra pessoa e como vai seguir o seu caminho, é em grande parte deixado para si. Para onde vai a Magia do Caos? Não há nenhum caminho claro, distinto de que vai "a algum lado" nenhuma visão dourada de iluminação ou objectivo ligado a esta aproximação. O ponto final, se existir tal coisa, é para você decidir e descobrir. Críticas à aproximação do Caos (dentro e fora do Movimento) mostraram uma tendência para "brincar com a magia" tentar diferentes sistemas de magia com o desprendimento que experimentamos diferentes gelados. Alguns praticantes tentam rituais e técnicas diferentes sem nenhum conhecimento profundo de como as técnicas podem encaixar. Porque não há nenhum caminho discriminado, mas outra vez, isso cabe a cada um de nós escolher. A Magia do Caos reflecte muita da cultura ocidental, com ênfase na multiplicidade de estilos sempre em mudança, ou fragmentos difusos que se misturam uns com os outros, sem uma "tendência" á vista que os una. Mas cabe a cada um de nós descobrir o nosso sentido de conexão. Atirar com um aspecto de ordem que Austin Osman Spare chamou, "o caos normal". O termo gnose também significa "conhecimento do coração" que só pode vir de um ponto de vista pessoal e experiência, e muitas vezes é difícil de comunicar a outro, senão de uma forma obliqua. A Magia do Caos é só uma aproximação que tenta abraçar tudo na Gnose, que encoraja cada indivíduo a ser responsável pelo seu próprio desenvolvimento aquilo que faz, e como o interpreta à luz da sua própria experiência. Ás vezes as pessoas perguntamme "O que tens que fazer" para serem mágicos do Caos. Na verdade não existe uma resposta para isto. Pode por exemplo praticar a Qabalah (e exclusivamente a Qabalah) durante dez anos, e considerarse um mágico do Caos se quiser. Sobretudo, não confunda opiniões com dogma, ou fascínio pelo empenho mas também é só a minha opinião! Viva Eris! Phil Hine, Março de 1992.