O Método Sedona Um conjunto de técnicas simples e práticas para liberta rtarmos nossos sentimentos e assim podermos ser mais saudáveis, prósperos e felizes 1
Comece lendo estas historinhas… 1.
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Certa vez, um menino estava observando um homem brincando com fogo quando, acidentalmente, o adulto se queimou. O menino viu onde ele errara e em todas as ocasiões quando este menino foi brincar com fogo ele teve mais cuidado que o homem e nunca se queimou… Noutra Noutra ocasiã ocasião, o, uma menina menina estava estava ajudand ajudandoo sua sua mãe na cozinh cozinhaa e quando quando aquela aquela senhora foi cortar algumas verduras, se distraiu e cortou-se. A menina pediu para continuar o serviço e ficou tão bem concentrada, que não levou nem um pequeno arranhão… No futuro, quando ela já era adulta, ela ainda se lembrava da mãe com o dedo cortado toda vez que ia cortar verduras. Por isso ela nunca se cortou… Outro Outro menino menino viu seu seu pai pai comem comemora orando ndo por ter ter compr comprad adoo um carro carro novo, novo, bebend bebendoo bebidas alcoólicas. Em seguida assistiu seu pai sair dirigindo todo feliz da vida dizendo que logo voltaria para levá-lo para um passeio. Momentos depois o menino recebeu a infeliz notícia que carro havia batido num poste e que o pai estava no hospital. Naquele momento o menino decidiu que nunca beberia bebidas alcoólicas e cumpriu o prometido até o dia de sua morte noventa anos depois… Uma menina estava estava assistindo ao pai fazer uma simples simples instalação instalação elétrica em sua casa. casa. Tratava-se de mudar uma lâmpada que havia se queimado. O pai da menina não pensou em desligar o contador e levou um choque caindo da escada. Felizmente não foi nada sério. Mas a menina aprendeu que antes de fazer qualquer instalação elétrica ela deveria desligar o contador. Muitos anos mais tarde, quando a menina se tornara uma mulher, ela trocou uma lâmpada em casa sem levar choques… Um professor professor viciado viciado em drogas, após muito muito sofriment sofrimento, o, decidiu decidiu parar parar de usar drogas. Infelizmente ele já estava tão dependente que não conseguia. Entretanto, nos raros momentos em que estava sem usar drogas ele falava para seus alunos sobre os malefícios das drogas e sobre todos os sofrimentos que elas lhe causavam. Ele sempre terminava estas conversas chorando e pedindo aos seus alunos que nunca experimentassem drogas. Ele explicava que se o aluno estivesse com algum problema emocional o aluno deveria procurar ajuda com seus pais ou professores ou mesmo um terapeuta. Ele não conseguiu libertar-se das drogas, mas graças a estas conversas nenhum dos seus alunos jamais tocou em nenhuma droga ilícita ou não… Uma psicóloga psicóloga formara-se nesta profissão profissão porque havia sofrido sofrido um grande trauma trauma em sua infância e acreditava que a Psicologia a ajudaria. Durante muitos anos ela foi psicanalisada, mas sempre que surgia em sua mente a lembrança do acontecido ela sofria demas demasiad iadame ament nte. e. Os psicól psicólogo ogoss que a ajudav ajudavam am havia haviam m lhe pedid pedidoo para para que ela praticasse alguns exercícios com suas emoções, mas ela não se forçava a praticá-los. Um de seus clientes apresentou uma situação muito parecida com a dela e ela lhe ensinou ou exercícios que ela não praticava. Ele os praticou e ficou bom… Um escri escrito torr fraca fracassa ssado do estav estavaa afoga afogando ndo suas suas mágoa mágoass num bar bar quando quando um homem homem elegantemente vestido se aproximou e perguntou: você é Fulano? Autor de Tal livro de auto-ajuda? O escritor confirmou e o homem lhe disse: graças ao seu livro eu hoje estou saudável, muito rico e tenho ótimos relacionamentos, muito obrigado! Ao que o escritor replicou: não foi o livro. Foi apenas o fato de você ter praticado os exercícios nele contido. Como eu não os pratiquei eu estou doente, pobre e não tenho família ou amigos… obrigado a você. De hoje em diante vou praticar os exercícios do meu livro. Pois se funcionaram para você vão funcionar funcionar para mim também…
O material que você vai começar a ler nas páginas seguintes se baseia nas seguintes afirmações: 2
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Certa vez, um menino estava observando um homem brincando com fogo quando, acidentalmente, o adulto se queimou. O menino viu onde ele errara e em todas as ocasiões quando este menino foi brincar com fogo ele teve mais cuidado que o homem e nunca se queimou… Noutra Noutra ocasiã ocasião, o, uma menina menina estava estava ajudand ajudandoo sua sua mãe na cozinh cozinhaa e quando quando aquela aquela senhora foi cortar algumas verduras, se distraiu e cortou-se. A menina pediu para continuar o serviço e ficou tão bem concentrada, que não levou nem um pequeno arranhão… No futuro, quando ela já era adulta, ela ainda se lembrava da mãe com o dedo cortado toda vez que ia cortar verduras. Por isso ela nunca se cortou… Outro Outro menino menino viu seu seu pai pai comem comemora orando ndo por ter ter compr comprad adoo um carro carro novo, novo, bebend bebendoo bebidas alcoólicas. Em seguida assistiu seu pai sair dirigindo todo feliz da vida dizendo que logo voltaria para levá-lo para um passeio. Momentos depois o menino recebeu a infeliz notícia que carro havia batido num poste e que o pai estava no hospital. Naquele momento o menino decidiu que nunca beberia bebidas alcoólicas e cumpriu o prometido até o dia de sua morte noventa anos depois… Uma menina estava estava assistindo ao pai fazer uma simples simples instalação instalação elétrica em sua casa. casa. Tratava-se de mudar uma lâmpada que havia se queimado. O pai da menina não pensou em desligar o contador e levou um choque caindo da escada. Felizmente não foi nada sério. Mas a menina aprendeu que antes de fazer qualquer instalação elétrica ela deveria desligar o contador. Muitos anos mais tarde, quando a menina se tornara uma mulher, ela trocou uma lâmpada em casa sem levar choques… Um professor professor viciado viciado em drogas, após muito muito sofriment sofrimento, o, decidiu decidiu parar parar de usar drogas. Infelizmente ele já estava tão dependente que não conseguia. Entretanto, nos raros momentos em que estava sem usar drogas ele falava para seus alunos sobre os malefícios das drogas e sobre todos os sofrimentos que elas lhe causavam. Ele sempre terminava estas conversas chorando e pedindo aos seus alunos que nunca experimentassem drogas. Ele explicava que se o aluno estivesse com algum problema emocional o aluno deveria procurar ajuda com seus pais ou professores ou mesmo um terapeuta. Ele não conseguiu libertar-se das drogas, mas graças a estas conversas nenhum dos seus alunos jamais tocou em nenhuma droga ilícita ou não… Uma psicóloga psicóloga formara-se nesta profissão profissão porque havia sofrido sofrido um grande trauma trauma em sua infância e acreditava que a Psicologia a ajudaria. Durante muitos anos ela foi psicanalisada, mas sempre que surgia em sua mente a lembrança do acontecido ela sofria demas demasiad iadame ament nte. e. Os psicól psicólogo ogoss que a ajudav ajudavam am havia haviam m lhe pedid pedidoo para para que ela praticasse alguns exercícios com suas emoções, mas ela não se forçava a praticá-los. Um de seus clientes apresentou uma situação muito parecida com a dela e ela lhe ensinou ou exercícios que ela não praticava. Ele os praticou e ficou bom… Um escri escrito torr fraca fracassa ssado do estav estavaa afoga afogando ndo suas suas mágoa mágoass num bar bar quando quando um homem homem elegantemente vestido se aproximou e perguntou: você é Fulano? Autor de Tal livro de auto-ajuda? O escritor confirmou e o homem lhe disse: graças ao seu livro eu hoje estou saudável, muito rico e tenho ótimos relacionamentos, muito obrigado! Ao que o escritor replicou: não foi o livro. Foi apenas o fato de você ter praticado os exercícios nele contido. Como eu não os pratiquei eu estou doente, pobre e não tenho família ou amigos… obrigado a você. De hoje em diante vou praticar os exercícios do meu livro. Pois se funcionaram para você vão funcionar funcionar para mim também…
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Quando sentimos um sentimento podemos pensar que ele está ‘agarrado’ a nós, mas na verdade, nós é que estamos ‘agarrados’ a ele. A prova disto é que nós podemos ‘soltar’ o sentimento sentimento quando o estamos sentindo. Nós já fazíamos isto natural e automaticamente automaticamente quando éramos crianças, mas à medida que fomos crescendo, por razões que não vamos discutir agora, nós desaprendemos a soltar nossos sentimentos. Quando éramos crianças nós também sentíamos melhor nossos sentimentos. Não sabíamos quais os seus nomes, mas os sentíamos. À medida que fomos crescendo fomos aprendendo a evitar sentir certos sentimentos, aprendemos a reprimir o que sentíamos e aprendemos os vários nomes deles, apesar de não os identificarmos bem. Na vida adulta alguns de nós temos doenças ou dificuldades econômico-financeiras ou problemas de relacionamentos e não percebemos que estes acontecimentos estão relacionados com nossos sentimentos reprimidos, mal sentidos ou não identificados. Algumas pessoas estudaram os sentimentos e desenvolveram técnicas para nos permitir sentir um sentimento, dar seu verdadeiro nome e depois soltá-lo. Este material nos ensina algumas técnicas simples, mas muito poderosas, as quais quando aplicadas diariamente, várias vezes ao dia, durante alguns segundos ou poucos minutos vão nos permitir sentir cada sentimento, identificá-lo e depois soltá-lo resultando assim melhores relacionamentos conosco mesmo e com os outros, o que se transforma em saúde e numa melhor situação econômico-financeira. Toda pessoa adulta estuda e trabalha na intenção de obter dinheiro para cuidar da própria saúde e da saúde de seus dependentes enquanto mantém bons relacionamentos consigo mesmo e com os outros ao ponto de se sentir amado e de amar, ou seja, ser feliz e fazer feliz aos entes queridos. Infelizmente, por não prestar atenção aos próprios sentimentos, muitas vezes não conseguem o seu intento. Este material nos prova que a coisa mais importante para sermos mais felizes e fazermos nossos entes queridos mais felizes é simplesmente (o que nem sempre é fácil…) aprender a lidar com nossos sentimentos. Uma informação fundamental é preciso lembrar o tempo todo: só podemos soltar aquilo a que estamos agarrados, ou seja, só podemos soltar um sentimento sentimento quando o estivermos sentindo. sentindo. Apenas lhe dar um nome e falar ou imaginar que o estamos soltando não funciona. Por isso algumas técnicas deste método são para nos observamos o dia todo, a todo o momento, para flagrarmos o sentimento no momento em que ele surge. Noutras técnicas nós recordaremos momentos do passado nos quais nós sentimos certo sentimento, com a intenção de sentirmos novamente aquele sentimento e assim podermos soltá-lo. As técnicas são tão simples que muitas vezes não acreditamos que possam funcionar. A única maneira de provarmos que realmente elas funcionam é treinando-as várias vezes ao dia, todos os dias. E até separarmos um período do dia para nos dedicarmos aos exercícios como faríamos se estivéssemos frequentando uma academia ou uma fisioterapia para melhorar nossa saúde ou um curso profissionalizante profissionalizante para melhorarmos nosso currículo. Agora releia parte do primeiro parágrafo, aqui repetido: “Quando sentimos um sentimento podemos pensar que ele está ‘agarrado’ a nós, mas na verdade, nós é que estamos ‘agarrados’ a ele. A prova disto é que nós podemos ‘soltar’ o sentimento quando o estamos sentindo.” Peço encarecidamente encarecidamente que experimente cada e todos os exercícios deste material para que sua vida melhore em todos os sentidos e você possa exemplificar, com sua vida de sucesso, para seus descendentes. Haveria melhor herança que esta? Se em tua vida continua se repetindo os mesmos problemas de saúde, de dinheiro e de relacionamentos eis uma forte razão para que experimentes os exercícios deste material. Pode ser que desta vez funcione melhor do que outros métodos que tenhas experimentado… experimentado… O tradutor 3
O Método Sedona. Método de libertação consciente dos sentimentos limitadores criado por Lester Levenson Traduzido do espanhol por Edson Vicente do original El Metodo Sedona de Hale Dwoskin. Prólogo de Jack Canfield. Há 20 anos eu vinha ouvindo clientes e amigos contar maravilhas do Método Sedona (MS) e há pouco tempo eu fiz o curso com minha esposa e meu filho de 12 anos. Fiquei surpreso diante da simplicidade simplicidade do MS e do profundo efeito que produziu em minha vida . No meu trabalho “Canja para a alma” e em meus seminários sobre autoestima, tive a oportunidade ver muitas técnicas e muitos processos de automelhora. Porém este ultrapassa e muito todos os outros pela sua facilidade, seu impacto forte e pela rapidez com que se obtêm os resultados. MS é uma forma muita rápida de libertar-se libertar-se de sentimentos como a ira, a frustração, frustração, o ciúme, a ansiedade, o estresse e o medo, além de muitos outros problemas – inclusive a dor física com a qual praticamente todos nós sofremos em algum momento. Uma das consequências excepcionais de seguir o seminário foi a amizade que fiz com Hale Dwoskin. Hale é uma das pessoas mais calma e cheia de alegria que jamais conheci, prova evidente de que que o MS faz faz mara maravi vilh lhas as.. Fi Fiqu quei ei exta extasi siad adoo pela pela amiz amizad ade. e. Dura Durant ntee o semi seminá nári rioo me via via constantemente surpreendido pelo estilo didático elegante de Hale. Ele sempre avançava um passo após o outro. O resultado foi que já enviei muitos familiares, amigos e colegas de profissão aos seminários do MS, além de fazer com que todo o pessoal da minha empresa conheça o MS através dos programas de rádio que Hale elaborou. É, pois um enorme prazer recomendar o MS o qual é uma grande ajuda para alcançar a felicidade, felicidade, o êxito, a paz e o bem estar emocional duradouro. A leitura deste livro equivale a seguir o curso básico do MS e vários cursos avançados. Utilizando muitas técnicas e relato de casos verdadeiros Hale explica com clareza e profundidade tudo o que se necessita saber para dominar o processo de libertação de sentimentos, e para seguir empregando o MS dia após dia, momento a momento, em situações reais como, por exemplo, para conseguir relações mais harmoniosas e gratificantes, alcançar a segurança econômica, desenvolver uma profissão satisfatória, abandonar maus hábitos, emagrecer e gozar de boa saúde . Hale revela o poderoso segredo do MS para manifestar manifestar o que quisermos da vida, enquanto nos ensina como sentir-se à vontade e cômodo com o que já temos. Além disso, o MS permite alcançar maior paz, gozo e tranqüilidade de ânimo com tudo o que nos acontece diariamente. diariamente . Assim, pois, recomendo sinceramente a leitura de MS. Aconselho ao leitor que deixe a simplicidade de sua mensagem e o poder deste processo lhe abrir as portas de todas as maravilhas que a vida oferece. O MS é uma das poucas coisas do mundo atual que dá muito mais do que promete, muitíssimo muitíssimo mais. Peço ao leitor que preste muita atenção à mensagem que Hale apresenta neste livro. Se o leitor fizer isto, esta mensagem mudará a sua vida . Notas do autor. Os relatos neste livro são autênticos. Mas para salvaguardar a intimidade de determinadas pessoas que foram alunos do MS ou cuja vida tenha influído na minha, mudamos os nomes e outros detalhes que pudessem identificar aqueles que foram mencionados.
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Introdução. O que é o Método Sedona? Sentes-te com o coração tranquilo e aberto, com a coluna vertebral vibrando de forma agradável e o corpo flutuando no ar. Ao olhar ao redor dentro de casa, as cores te parecem mais vivas e os sons mais claros, como se realmente estivesses experimentando o que te rodeia pela primeira vez. Sentes a mente muito mais calma, e em tua consciência surgem muitas possibilidades novas e maravilhosas sobre como melhorar tua vida e viver feliz cada momento. Sentes-te relaxado e tranquilo, sabendo que tudo vai bem e que tudo acontece como deveria acontecer. Em teus olhos surge uma lágrima, porque te parece difícil crer que uns exercícios tão simples possam fazer uma diferença tão profunda e imediata em como te encontras. Sentes-te esperançoso com o futuro, e sabes que podes enfrentar qualquer coisa que aconteça, com este novo sentimento de força interior, calma e confiança, por mais obstáculos que a vida te apresente. E o melhor é que tudo isso não é nada mais que o início. É muito fácil ter este tipo de experiência quando sozinho, como dezenas de milhares de outras pessoas que estão vivendo usando as técnicas simples, porém poderosas, que a Associação de Treinamento Sedona levou anos ensinando em nossos seminários e programas de rádio. Agora, podes aprender estas técnicas neste livro. Estás disposto a ser feliz de verdade? Queres conseguir tudo aquilo que tens desejado em toda a tua vida? Estás preparado para encontrar o que teu coração sempre buscou? Se respondestes não a alguma destas três perguntas não precisa ler este livro. Se respondestes que sim a qualquer uma delas, o MS te ensinará uma forma prática de tirar proveito de um fonte interior de felicidades sem limites, como tornar realidade teus sonhos mais impossíveis, desenvolver todo o teu potencial e passar de simples buscador à descobridor espiritual . Vivemos em um mundo que muda continuamente e nem sempre de forma positiva. A maioria de nós anseia por segurança, uma segurança e uma solidez que não podemos encontrar fora de nós mesmos, por muito que tentemos. Porém estas qualidades já existem em nosso interior, à espera de manifestar-se. É como se tivéssemos um poço de desejos e uma fonte de alegria e vitalidade interior que não estão conectadas à rede de fornecimento. Sem dúvida, escondida, todos dispomos de uma ferramenta para fazer esta conexão. Sentes-te curioso? Espero que sim. Porque me alegraria compartilhar contigo um processo simples que pode te dar tudo isso: o MS. Esta técnica já ajudou muitos milhares de pessoas a aproveitar suas capacidades naturais de libertar-se das emoções incômodas e não desejadas que nos impedem de criar e manter a vida escolhermos . Damos a elas nossa capacidade para tomar decisões. Inclusive imaginamos que nossas emoções podem nos ditar quem supomos que somos. Isto é demonstrado pelo uso que fazemos da linguagem. Já disseste alguma vez “estou cansado?” ou “estou triste?” quando falamos assim, sem nos darmos conta, dizemos aos outros e a nós mesmos que este cansaço e esta tristeza fazem parte de nós, que somos nosso cansaço ou que somos nossa tristeza. Relacionamo-nos com os outros e conosco mesmos como se fôssemos nossas emoções. De fato, até inventamos histórias complexas para explicar o porquê de nos sentimos como nos sentimos, para justificar ou explicar esta falsa percepção de nossa identidade. Não é que, de vez em quando, os sentimentos nos pareçam justificados. Porém ocorre que os sentimentos não são nada mais que simples sentimentos, eles não são o que somos, e nós podemos nos livrar deles facilmente. Quando decidirmos abandoná-los, ficaremos livres para perceber o que realmente existe e para agir, ou deixar de fazê-lo .
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Isto se traduz em uma maior capacidade para manejar a vida: para tomar decisões mais firmes e claras. Permite-nos, a ti e a mim, atuar de tal forma que nos ajude a atingir nossas metas e aspirações, em vez de sabotá-las. Tem sido comprovado como o processo de libertação de sentimentos das emoções se converte em uma capacidade para se ter mais dinheiro, melhores relacionamentos, uma saúde e bem estar físicos mais radiantes, e a capacidade de ser feliz, tranquilo e equilibrado, seja o que for que esteja acontecendo ao nosso redor . Isto soa bem, seria verdade? Assim eu acreditava já em 1976 quando conheci Lester Levenson o homem que inspirou a criação do MS e que, além disso, se tornou meu mentor. Naquela época eu era um buscador ávido, embora confuso, que havia assistido numerosos seminários dirigidos por mestres orientais e do ocidente. Havia estudado diversas disciplinas relacionadas com o corpo-mente, entre elas yoga, tai-chi e shiatsu. Havia participado ativamente de muitos cursos de crescimento pessoal inclusive seria EFT, Atualismo, Seminários Theta e Rebirthing. Nestes seminários tive muitas experiências agradáveis e ouvi e compreendi, ao menos intelectualmente, muitas idéias úteis. Mas me sentia incompleto. Ansiava uma resposta simples e contundente para algumas perguntas importantes, mas desconcertantes, como: “Que finalidade tem minha vida? O que é a verdade? Quem sou eu? Como posso me sentir tranquilo e em paz com minha vida?”. Muito do que ouvia e experimentava me fazia formular mais perguntas. Ninguém parecia ter respostas realmente satisfatórias nem ter realmente descoberto sua verdadeira natureza. Existia, além disso, uma forte crença, quase universal, de que o crescimento era algo difícil e que exigia fechar o espírito para reviver questões dolorosas e não resolvidas. Tudo isto mudou durante meu primeiro e afortunado encontro com aquele home excepcional. O encontro com Lester Levenson Conheci Lester num seminário dirigido por um conhecido conferencista ao qual Lester assistia como convidado. Naquele dia, nosso grupo saiu para comer juntos. A presença de Lester me impressionou de imediato como algo único. Ele estava em completa paz, equilíbrio mental e elevada autoestima. Era uma pessoa simples com quem é fácil de conversar e tratava a todos como seus amigos, inclusive a mim, que era um completo desconhecido. Era evidente que havia concluído sua busca e que havia descoberto as respostas que eu andava procurando. Percebi que eu devia averiguar mais coisas. Quando lhe perguntei o que fazia ele me convidou para um seminário que ia fazer no próximo fim de semana. A única coisa que me adiantou foi que “um grupo de pessoas vai se sentar ao redor de uma mesa para libertar-se”. Eu não estava seguro do que significava libertar-se, porém eu sabia que, se ao menos eu pudesse me colocar na direção das qualidades que Lester possuía isto já me satisfazia. Foi este o pensamento que me ocorreu naquele momento. No final da semana eu me encontrava praticamente na mesma situação em que tu te encontras agora. Ia participar de uma viagem que me produzia certa inquietude. Eu não estava completamente seguro sobre o que eu ia ver e participar. E como eu já participara de tantos seminários, eu estava tomado de um certo grau de descrença. Percebi que me perguntava: “Será mais uma decepção?”. Sem dúvida à medida que avançava o seminário eu via, que assim como eu, muitas pessoas que participavam da aula se libertavam de crenças e de limitações profundamente arraigadas, com uma facilidade e uma rapidez surpreendentes, porém sem ter de reviver nem explicar a história de nossas vidas. Praticamente no dia seguinte eu soube que tinha encontrado o que eu andava procurando. De fato, no meu íntimo eu soube que este processo de libertação de sentimentos era aquilo para o qual eu havia nascido e que eu devia compartilhá-lo com o mundo, e até hoje nunca duvidei disto. Nos últimos 26 anos tenho visto como milhares de pessoas mudaram suas vidas para melhor, de forma radical, porém sem alarmes, somente aprendendo uma técnica de uma simplicidade elegante, mas com muito poder. 6
As origens do Método Sedona Enquanto minha amizade com Lester se desenvolvia descobri mais coisas acerca dele que confirmaram minhas primeiras impressões. Ele era uma pessoa que havia dominado o maior desafio da vida. Em 1952 aos 42 anos, grande empreendedor, Lester tinha tido muito êxito na vida profissional, mas era uma pessoa infeliz e doente. Tinha depressão, fígado inflamado, cálculos renais, acessos de ira, hiperacidez e algumas úlceras lhe haviam perfurado o estômago. Estava tão mal que depois de sua segunda trombose coronariana, seus médicos o mandaram para sua casa, próximo ao Central Parque em New York para que morresse em paz. Lester era uma pessoa que adorava desafios. De modo que ao invés de desistir de viver decidiu se voltar para seu ‘laboratório interior’ a fim de obter algumas respostas. Graças a esta determinação e sua concentração pôde abrir espaço em sua mente consciente para encontrar o que necessitava. O que encontrou foi a ferramenta definitiva para o crescimento pessoal: uma forma de libertar-se de todas as limitações interiores. Estava tão impressionado com este descobrimento que o utilizou de forma intensiva durante três meses. Ao final deste período, seu corpo recuperou a saúde completamente. Além disso, entrou em um estado de profunda paz que nunca o abandonou até o dia de sua morte em 18 de janeiro de 1994. O que Lester descobriu foi, inicialmente, que todos nós somos seres ilimitados e que o que nos limita são os pensamentos restritivos que mantemos em nossas mentes. Depois ele percebeu que estes pensamentos de limitação não são coisas verdadeiras (reais), e por isso podem ser descartados. A experiência de Lester o fez compreender que não era só ele que podia praticar esta técnica, mas que ele podia ensinar aos outros como fazer isto. O resultado foi que começou a trabalhar com pessoas tanto em grupos pequenos como de forma individual. Lester acreditava firmemente que o crescimento pessoal não depende de nenhuma fonte externa, nem de um mestre e, por isso, não quis ser guru de ninguém. Porém, como ao seu lado as pessoas se sentiam em um estado tão elevado, apesar de seus protestos e tentativas para evitar que isto acontecesse, muitos alunos de Lester insistia em considerá-lo como guru. Assim, em 1973, ele se deu conta que era necessário formalizar seus ensinamentos em um sistema de modo que outros também pudessem ensinar e ele ficasse de fora. Idealizou um modo de transformar suas poderosas técnicas para o desenvolvimento pessoal em um sistema de utilização prático, um sistema que hoje se chama MS e que é o tema deste livro. Como a técnica de libertação de sentimentos tem influído em minha vida. Desde o início senti que minha relação com Lester era como a de dois bons amigos. Vi-me atraído por ele e por seus ensinamentos tão de imediato que segui três cursos que ele dava: o Curso Básico em novembro, o Curso Avançado em janeiro e o Curso de Formação de Instrutores em fevereiro. Eu tinha pressa de aprender o máximo possível. Além disso, comecei a trabalhar com ele para compartilhar seus ensinamentos com o mundo. Trabalhar com Lester me permitiu passar mais tempo com ele, observá-lo em ação e ver como abordava os inevitáveis desafios da vida. Eu estava muito impressionado. Uma forma de nos relacionarmos era numa cafeteria e conversar por muito tempo. Ele sempre desfrutava de sentar e conversar numa mesa de um Café até quase a sua morte. Costumava afirmar: “Meu escritório é qualquer local fechado onde possa tomar um bom café.” Nossas reuniões sempre foram um tanto engraçadas e às vezes me frustravam porque eu sempre pensava que era mais importante falar da verdade, enquanto que Lester sempre dirigia a conversação para temas o mais simples possível.
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No entanto, sempre que estávamos juntos, aprofundava-se minha compreensão e minha experiência direta da verdade embora não falássemos dela. Lester era um exemplo vivo e não uma pessoa que apenas falava. Isto me ajudou a descobrir a oportunidade de libertar-me e experimentar uma liberdade maior em todos os momentos. E esta prática eu a sigo até hoje. Comprometi-me tanto que inclusive comecei a organizar, numa sala no meu apartamento, grupos de apoio para as pessoas que utilizavam o MS. Porém não tardou que eu me desse conta de que eu necessitava amadurecer e crescer pessoalmente antes de poder ser de alguma utilidade para Lester e sua organização em desenvolvimento. Decidi ajudá-lo como voluntário e participante ativo, não como empregado, enquanto seguia explorando diferentes formas e de que maneira a libertação de sentimentos afetava minha vida no cotidiano. Pouco tempo depois abri uma joalheria. O êxito neste empreendimento me deu a oportunidade de trabalhar em tempo parcial enquanto analisava minha vida e minha libertação de sentimentos. Continuei com este negócio e com minha participação informal com Lester até mais ou menos 1981. Ao aplicar o MS aos meus negócios e à minha vida pessoal eu ia me convencendo cada vez mais de que havia encontrado uma técnica que poderia me ajudar em qualquer área . No final dos anos setenta Lester se mudou para a Arizona. Exceto pelos seus ensinamentos meus contatos com ele naquela época eram ocasionais, porém continuavam me influenciando profundamente. Logo, em 1981, me convidaram para ir a Phoenix para participar de novo de uma Formação de Instrutores. Aquele seminário iniciou uma nova fase em nossa relação. Além disso, renovou meu desejo de trabalhar com Lester para compartilhar o MS com o mundo. Comecei a dirigir workshops (oficinas) para graduados no MS de forma regular em New York e voltava ao Arizona várias vezes ao ano para receber maior formação e participar dos retiros de uma semana ou mais de duração nos quais trabalhávamos intensivamente. Pelo fato de dirigir as oficinas e de participar das Formações e dos Intensivos foram aumentando em grande escala o uso do MS na minha própria vida. Observei grandes resultados em mim e nos amigos que também participavam . Nesta mesma época decidi participar de maneira mais ativa a tempo integral no mundo dos negócios. Trabalhei durante uma breve temporada em vendas de imóveis (negócio do meu pai) em New York e arredores, mas não enxergava isso como meu verdadeiro trabalho. Logo entrei em uma empresa de venda de pequenos apartamentos e apartamentos grandes em regime de cooperativa. De imediato pude usar o MS para melhorar minha habilidade como vendedor e me tornei num dos melhores vendedores da empresa. Durante uma temporada desfrutei de tudo aquilo, porém, logo tive a oportunidade de cooperar com meu irmão na criação de um departamento de investimentos dentro da empresa imobiliária de meu pai. Afortunadamente passei a vender edifícios, centros comerciais e outros investimentos imobiliários. Pela primeira vez em nossas vidas, meu irmão e eu nos tornamos amigos. Eu pude livrar-me da velha carga de animosidade que havia em nossas relações anteriores e nos tornamos uma equipe empresarial maravilhosa. No entanto surgiu um problema recorrente de iniciar muitos acordos ao mesmo tempo mais do que nós podíamos concluí-los. Então, quando menos eu esperava, Lester me ligou para perguntar como iam as coisas. Eu expliquei o que ocorria. Ele então disse uma frase que permitiu uma verdadeira reviravolta em nossas maneiras de fechar acordos e na minha carreira empresarial. Ele disse simplesmente: “Deixa as contas no banco, não as leve em tua cabeça”. Sem dizer-me nada mais a respeito ele havia tocado numa tendência minha e de muitas outras pessoas que se dedicam à vendas, que é “levar as contas na cabeça”. Eu estava tão ocupado pensando em como seria magnífico fechar cada acordo que, na realidade, eu me esquecia de fechá-los. E quando comecei a me libertar ao invés de devanear fomos realizando muito mais vendas .
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Outra lição importante sobre a libertação de sentimentos eu a aprendi quando recebi uma relação de cotações de nove centros comerciais em venda o que se conhecia no âmbito industrial como corretor de bolsa Xerox. Um corretor de bolsa Xerox é alguém que consegue por escrito, de outros corretores, relações de propriedades que estão à venda junto com suas cotações, e as copia enviando-as para outros corretores sem preocupar-se em comprovar os fatos nem se por em contato com os verdadeiros proprietários ou seus agentes. Mandei uma cópia da lista a um dos meus melhores clientes e recebi uma oferta quase irrecusável. Evidentemente eu estava encantado, de maneira que corri ao telefone para ligar para a pessoa e descobri que a lista vinha de um corretor Xerox o que me impedia de contatar o verdadeiro proprietário. Angustiado me dei conta de que não podia fazer outra coisa a não ser libertar-me. E assim o fiz. Deixei a mente em branco e libertei-me de todos os meus pensamentos em relação ao caso, até que cheguei ao ponto de não me importar mais se conseguia ou não o contrato. Recebi então uma chamada telefônica do próprio proprietário o qual respondia a um anúncio do jornal Wall Street. Quando ele me ofereceu as cotações daquelas mesmas propriedades eu quase desmaiei. Este é apenas um dos muitos casos que me levaram a compreender a verdade contida numas palavras que Lester havia me dito repetidamente: “Até o impossível se torna possível quando estamos completamente libertos dele”. Também me acostumei a usar o MS para fechar acordos, quando as pessoas estavam negociando contratos de milhões de dólares e tentavam me enganar ou enganar uns aos outros inventando novas histórias sobre o que havíamos concordado ao invés de limitar-se a assinar os papéis e enviar os cheques. Eram situações tensas porque havia muito dinheiro em jogo. No entanto como eu estava me libertando eu sabia quando devia me calar , algo muito difícil para um corretor. Eu também sabia quando devia exigir o que era certo. As recompensas econômicas superaram minhas expectativas. Até o início de 1987 eu havia juntado dinheiro suficiente para me mudar para Arizona e unirme de novo a Lester para ajudá-lo a compartilhar com o mundo sua magnífica técnica. Para grande tristeza de meu irmão e de meu pai eu me mudei para Phoenix e me tornei um voluntário em tempo integral da organização de Lester sem pensar em ganhar dinheiro com isso e fazendo tudo o que fosse necessário para difundir suas ideias. Passei a maior parte dos últimos anos da vida dele trabalhando unicamente com ele em sua missão, quase sem nenhuma compensação econômica. A razão pela qual não me importava em trabalhar de graça era que eu via o bem que isto podia fazer e o quanto eu estava melhorando como pessoa. Em 1989 Lester me pediu que eu me mudasse para a cidade de Sedona para ajudá-lo a vender alguns dos seus imóveis. Foi então quando conheci minha esposa Amy. Eu a vi numa aula de karatê e em seguida me dei conta do que ela significava para mim, assim, no dia seguinte lhe perguntei se queria sair comigo. Mas ela estava saindo com outro homem e me pediu meu cartão. Poucos meses depois me ligou e marcamos um encontro. Era uma quarta-feira. No sábado Amy estava participando do Curso do MS. Hoje Amy e eu mantemos uma bela relação cheia de carinho, mas nem sempre foi assim. No início as coisas foram difíceis. Falando francamente, quando nos conhecemos ela se interessava por outras pessoas e eu tive de fazer muitos exercícios de libertação de sentimentos até que ela me escolheu. Uma vez casados ainda tivemos alguns desacordos, algo que, claro, continua acontecendo como é natural. Porém ambos utilizamos o MS e quando há algo que produz algum transtorno nós deixamos que passe. Em minha opinião nossa relação tem uma particularidade pouco comum: não deixa de melhorar e cada dia nos queremos cada vez mais.
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No início dos anos noventa minha relação com Lester havia atingido tão grau de confiança e respeito mútuo que ele decidiu colocar no meu nome os direitos autorais de seus ensinamentos e me pediu que continuasse sua obra. Mantive a organização que ele havia criado até dois anos depois de sua morte. Então e, 1996 pensamos Amy e eu, que nos interessávamos mais em montar uma nova empresa, a Associação de Treinamento Sedona, para transmitir o MS ao mundo com maior extensão. Uma das coisas que mais me impressionam da libertação de sentimentos é que ela se transforma numa sensação de paz, felicidade, alegria e sossego imutáveis que sempre está comigo, aconteça o que acontecer . Não é não continue havendo altos e baixos, porém, como costumava dizer Lester: “assim é realmente o método, de cima para baixo.” Sei por experiência própria que o que pensávamos que era uma experiência limitadora, ou algo realmente terrível, hoje é algo normal, e esses limites não alcançam mais os níveis superiores. Não tenho nem ideia da ‘altura’ que vamos chegar e espero um pouco ansioso poder comprová-lo. O bom é que o bem que temos experimentado com o uso do MS não é algo singular. Pessoas de todo o mundo tem conseguido o mesmo tipo de resultados espetaculares em suas vidas . Faz anos, se realizou um estudo da eficácia do MS com uma agência de seguros chamada Mutual de New York. Um grupo de corretores de seguro fez o curso de MS e se comparou suas vendas durante seis meses com um grupo de habilidades semelhantes que não fez o curso. Neste período o primeiro grupo superou o segundo em 33% no primeiro trimestre e mais do que isso no segundo trimestre. A eficácia do MS aumentou com o tempo. Como usar este livro Neste livro irás descobrindo o MS, uma técnica que podes utilizar diariamente por toda tua vida. À medida que vais soltando toda a carga emocional que te impede de fazer o que sabes que devias fazer e o que desejas fazer, verás que irás atingindo maiores sucessos em tudo o que faças . O livro não vai te dar uma nova lista de ‘o que deves fazer’ e ‘o que não deves fazer’ em tua vida. Já nos obrigamos a muitos ‘o que deves fazer’. Ao contrário, aprenderás a mudar de dentro para fora. Quando se muda de dentro para fora as mudanças são permanentes. Além disso, quando provares este sistema simples em tua vida não deixarás de descobrir outras formas de aplicá-lo. Todas as ideias que puderes extrair da leitura deste livro e da aplicação do MS não são mais do que a ponta de um iceberg. Esta técnica simples pode afetar todos os aspectos de tua vida porque parte do fato de que já somos seres ilimitados . Se pensares na tua vida provavelmente verá lembranças deste estado ilimitado que nos é natural. Seguramente também verás épocas em que te sentias como se estivesses em um estado de fluxo, momentos em que parecia que tudo estava dando certo e funcionando sem esforço algum de tua parte. Com o uso do MS é possível que, a partir de agora, experimentes este fluxo como parte de tua vida diária. Não sei que tipo de leitor tu és. Talvez sejas dos que participam muito no que leem, ou talvez te limites a recolher as ideias úteis às quais mais tarde possas recorrer . Recomendo-te que participes plenamente e faças todos os exercícios que se propõe neste livro. A experiência me diz que a única forma de aprender efetivamente e libertar-se é fazendo isto - fazendo todos os exercícios à medida que surjam. A experiência direta. A leitura com a prática, deste livro, não deixará de te proporcionar benefícios adicionais já que é somente assim que vais aprender a integrar as habilidades práticas de aproveitar tua capacidade natural para libertar-se das limitações.
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O livro está dividido em duas partes. Na primeira exploraremos os conceitos básicos do processo de libertação de sentimentos e as motivações ocultas da limitação interna. Nesta parte se apresentam as diferentes técnicas que podem ajudar-te a avançar pelo caminho da liberdade, por exemplo, diferentes maneiras e abordar a resistência, de estar ‘presente’ no aqui-agora, de resolver teus sentimentos sobre conflitos passados, de alcançar tuas metas, e de equilibrar os aspectos positivos e negativos das soluções emocionais. Na segunda parte analisaremos algumas das áreas concretas de tua vida nas quais o MS pode produzir um efeito sólido e positivo, nela se inclui saber libertar-se da culpa, da vingança, do medo e da ansiedade, abandonar maus hábitos, acumular riquezas, dirigir um negócio, melhorar tuas relações, desenvolver uma saúde magnífica e contribuir para a criação de um mundo de paz e harmonia. Peço-te que trabalhes com o material seguindo a ordem em que foi escrito . Cada capítulo constrói uma base sólida para o capítulo seguinte. Não aprenderás tudo o que o livro te pode ensinar a não ser que trabalhes os capítulos na sequência e faças todo o possível para aplicar o que for aprendendo na tua vida diária. Procura está o mais receptivo possível ao que o livro diz e considera este aprendizado uma oportunidade para mudar tua consciência e tua vida . Se quiseres chegar ainda mais longe quando acabares de praticar o livro a Associação oferece uma versão em áudio deste curso, além dos seminários em muitas das principais cidades do mundo. Comece não crendo em tudo o que te dizem. Por favor, não acredite em nada que este livro diga a menos que tu o possas provar a ti mesmo . O fato de que algo seja dito ou escrito não o torna verdadeiro. Existe a tendência, em especial diante de qualquer autoridade num assunto, de aceitarmos o que foi dito, sendo às vezes apenas boatos ou opiniões. Lester estava convencido de que devemos evitar esta atitude diante dos nossos professores. Em vez disso devemos estar abertos à mensagem do professor como um experimento que se desenvolve à medida que o vamos praticando. Só devemos aceitar o que nos ensinem quando pudermos comprovar por experiência própria . Lester chamava este processo de “experimentar para poder compreender”. Aconselho-te que comproves pessoalmente tudo o que está neste livro. Abre-te o mais que puderes à mensagem, mas sem aceitá-la cegamente. O material terá muito mais valor para ti quando o tiveres analisado e aplicado ou comprovado em situações da vida real. É possível que as ideias do MS pareçam contradizer o que tenhas aprendido noutros métodos. Porém não é necessário esquecer as outras coisas que aprendeste. Apenas as deixe de lado o mais que possa enquanto experimentas este livro. Aconselho-te encarecidamente que evites as comparações e os juízos por algum tempo. Quando chegar a hora de extrair tuas próprias conclusões, podes voltar a comparar este material com tudo o que aprendeste anteriormente e verás como tudo se encaixa. Normalmente as pessoas consideram que a libertação de sentimentos é um excelente complemento para as técnicas e terapias que já tenham usado. Quando se compara diferentes caminhos ou formas de crescimento é inevitável alguma contradição. Isto não invalida necessariamente os pontos de vista diferentes. No que se refere ao crescimento de si mesmo, se souberes apreciar várias possibilidades, as compreenderás melhor e aplicarás as ideias que forem captando com mais profundidade, mais sinceridade e mais utilidade. Muitos são os raios que levam ao mesmo Sol. É uma questão de ressonância. Em minha opinião todas as coisas do mundo têm suas vibrações ou ressonância, inclusive tu e todas as pessoas que conheces. Já notaste que algumas pessoas tendem a te animar quando estás com elas e há outras que te deprimem mesmo que não digam nada?
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À medida que nos libertamos e crescemos em nosso conhecimento, nossa ressonância ou frequência tende a se elevar. Porém não é uma simples questão de ser mais alta ou mais baixa. Todos nós nos relacionamos melhor com algumas pessoas do que com outras embora estejamos no mesmo nível de vibração delas. Evidentemente o mesmo se pode dizer dos professores e das ideias. Ao ler o MS é possível que vibres de forma intensa com certos capítulos enquanto outros te deixem confuso ou indiferente. As diversas partes deste livro terão para ti valores diferentes em ocasiões diferentes. Com o tempo, à medida que tu vais trabalhando com a libertação de sentimentos, outras partes se sobressairão mais do que na primeira leitura. A razão disto é que estarás mudando e estarás preparado para ver as coisas de uma nova perspectiva. Quando isto acontecer permite-te celebrar a tua evolução e fixa teus pensamentos nas conseqüências. Adota uma atitude moderada e brincalhona. Antes de tudo, cuida de ti ao empregar o MS. Sê teu melhor amigo e ajuda-te. Evita ser um tirano. Transforma-te com a experiência da alegria. Logo realizarás muitas descobertas interessantes e inspiradoras sobre como tinhas estado limitado. Então quando estas limitações forem diminuindo uma após a outra te sentirás mais ágil, mais feliz, mais relaxado e mais cômodo . O MS nos faz recordar o que o nosso espírito já sabe de forma intuitiva: podemos possuir a liberdade e a felicidade agora; não temos que esperar que chegue o dia certo, após trabalharmos o suficiente para merecê-los ou quando tenhamos conseguido nos preparar de algum modo; já temos motivos para estarmos alegre e desfrutarmos desta alegria agora mesmo. Primeira parte Curso do Método Sedona A primeira parte utiliza a maioria do material que normalmente contêm as versões em áudio ou ao vivo do Curso Básico. Também inclui material dos Cursos Avançados e outros novos componentes, de modo que podes usar todas estas ferramentas, dar uma ‘virada’ em tua vida e mantê-la no novo caminho a partir de agora. São técnicas extremamente simples – como logo verás – porém, têm uma força muito maior do que podes imaginar por estares apenas começando. Sem dificuldade, à medida que sigas aplicando estas técnicas e estes princípios em tua vida, a facilidade e a força delas farão crescer em ti poderes jamais pensados. Vinte e cinco anos depois de ter aprendido este processo continuo vendo-o todos os dias com surpresas renovadas. Quando percebo como é fácil para as pessoas fazerem mudanças positivas em suas vidas, me sinto maravilhado e agradecido de ter tido a oportunidade de compartilhar com o mundo este processo de tanta elegância e poder. Capítulo 1 Mais além do ciclo de repressão e expressão. As mudanças rápidas e positivas que se produziram na vida de Joe tão logo ele começou a usar o MS são um exemplo perfeito do que pode nos acontecer a todos. Desaparecem os problemas persistentes, surgem novas e apaixonantes possibilidades, e o dom de descobrir coisas sem querer suaviza o fluir dos acontecimentos. Quando Joe descobriu o MS ele se encontrava em um momento 12
difícil, tanto no lado pessoal como profissional. Um ano e meio antes ele havia tido um acidente aéreo que o havia deixado preso a uma cadeira de rodas por sete meses, sua empresa o estava obrigando a deixar o emprego e ele e sua mulher, da qual estava separado, vinham há três anos envolvidos em complicados assuntos legais para negociar um acordo de divórcio. Em poucas semanas tudo deu uma volta de 180 graus. Primeiro a ex-mulher concordou em ceder o divórcio e chegaram a um acordo amistoso. Logo depois, num baile beneficente, ele se encontrou com o presidente da empresa da qual estava sendo demitido sem que o presidente soubesse e ficou esclarecido que sua demissão era injustificável e, na segunda-feira seguinte, o advogado ligou para comunicar um acordo favorável muito melhor do que a oferta original. E mais ainda, Joe decidiu passar um fim de semana numa ilha paradisíaca para comemorar tanta sorte. Quando estava na praia, lendo um livro, começou a conversar sobre assuntos sem importância com uma mulher a qual terminou sendo o amor de sua vida. Não pensava em nada importante porque tinha de pegar um avião de volta para casa em duas horas. Porém ela parecia uma pessoa conhecida e quando ela disse a Joe que também morada em Toronto, ele disse: não quero me meter na tua vida, mas por acaso moras em tal bairro? E ela respondeu que sim. Engraçado, disse ele, é lá que vou a um terapeuta, devo tê-la visto lá. Costumas ir ao centro da cidade? Uma ou duas vezes por semana, ela respondeu. Eu trabalho lá, disse ele, no número 53 da Praça Escócia. E eu no número 30, ela falou. Passou uma hora. Quando Joe levantou-se para sair trocaram cartões de visita e durante duas semanas nenhum dos dois pensou no que acontecera até que Joe encontrou o cartão dela e ligou. Eles se deram tão bem que se enamoraram e Joe a pediu em casamento. Quanto mais Joe aplicava o MS mais depressa evoluía sua carreira como executivo e na Bolsa de Valores seus investimentos iam aumentando cada vez mais rapidamente. No que se refere a dinheiro o MS tem sido algo incrível. Além disso, Joe continuou utilizando o MS para livra-se das preocupações sobre a saúde, incluindo um problema que tinha nos ossos da perna esquerda, na rótula da perna direita, na mão e no crânio. Embora os médicos tivessem dito que ele nunca voltaria a andar normalmente, hoje ele anda com perfeição e praticamente sem dor alguma. Joe emprega as mesmas técnicas do MS que tu encontrarás neste livro – pela manhã, à noite e várias vezes durante o dia. O resultado é que hoje ele é uma pessoa feliz e de sucesso, a vida se tornou divertida e flui tranquilamente. Como ele mesmo diz: “Me sinto bem aventurado. O MS faz com que os problemas grandes se tornem pequenos.” A vida tal como a conhecemos. A harmonia e a felicidade sem reservas são algo natural em todos e cada um de nós, no entanto, assim parece um dia de trabalho comum e assim o sentem muitas pessoas: nós acordamos, nos arrastamos para sair da cama e antes de chegar ao banho começamos a nos preocupar e programar o que vai ocorrer neste dia que nos espera. Assim gastamos a pouca energia que pudemos armazenar com o sono, se é que conseguimos dormir. Depois muitos de nós vamos até o trabalho o que nos acrescenta mais estresse devido ao tráfego ou à multidão de pessoas que vão aos seus trabalhos também ou simplesmente pela frustração por ter perdido tanto tempo até chegar ao trabalho. Quando chegamos não temos nenhuma alegria por estar ali e nos aterrorizam as coisas que devemos fazer. Aos trancos e barrancos vai passando o dia e esperamos que chegue logo a hora do almoço ou final da jornada de trabalho. Temos diversos contatos com nossos colegas de trabalho, alguns satisfatórios e outros não. Como pensamos que nada podemos fazer com o que vai acontecendo nos limitamos a ocultar nossas emoções e a esperar que o dia passe o mais depressa possível.
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Quando acaba a jornada estamos esgotados por termos reprimidos nossos sentimentos. Talvez nos dirijamos não muito à vontade para o bar da esquina para ficar um pouco com os amigos, comer, beber, e ver as notícias pela televisão – uma camada a mais de estresse – confiando que nossos sentimentos vão desaparecer. Embora seja possível que depois nos sintamos um pouco melhor, a realidade é que os sentimentos não tenham feito nada mais do que se esconderem. Somos como panelas de pressão humanas com as válvulas abertas, e nos custa muita energia impedir que a tampa salte. Quando por fim chegamos em casa para nos reunirmos com nossos cônjuges e filhos e eles querem falar sobre o dia deles, já não temos força para escutá-los. Podemos tentar mostrar um rosto simpático até que coisas sem importâncias nos façam perder a calma. Depois a família se distribui diante do televisor até que chega a hora de dormir. Na manhã seguinte nos levantamos e recomeça todas as cenas de novo. Um pouco deprimente, não? Porém, não parece familiar? Talvez teu caso seja um pouco diferente, tomara que seja melhor do que o que foi aqui descrito. Talvez sejas um pai ou uma mãe que fique em casa com as crianças. Talvez sejas um empresário independente que se ocupa da maior parte dos assuntos do dia por telefone ou pela Internet. Porém, apesar de tudo, a tendência é ser provavelmente parecido. Parece que os sulcos pelos quais vamos passando se vão tornando cada vez mais profundos com o tempo até que tenhamos a sensação de que não há mais escapatória. Pois bem, não tem por que ser assim. Existe uma saída. Soltar. Uma das muitas maneiras que temos de gerar desencantos, infelicidades e opiniões equivocadas é nos mantermos presos, ‘agarrados’ a pensamentos e sentimentos que nos limitem . Não é que manter um pensamento ou sentimento seja inadequado em si mesmo. É algo perfeitamente apropriado em muitas ocasiões. Por exemplo, não te diria para não manter o mesmo pensamento quando estiveres dirigindo ou quando estiveres subindo ou descendo uma escada. Evidentemente as consequências poderiam ser desagradáveis. Porém, alguma vez já te ‘agarraste’ a um ponto de vista que não te convinha? Já te ‘agarraste’ uma emoção a pesar de não poder fazer nada para satisfazê-la, consertá-la ou mudar a situação que parecia provocá-la? Já te ‘agarraste’ a tensão ou a ansiedade mesmo depois de ter passado o fato inicial que a fez aparecer? Esta é a forma de ‘agarrar-se’ que analisaremos neste livro. Qual é o contrário de ‘agarrar-se’? É claro que é ‘soltar-se’. Tanto ‘agarrar-se’ quanto ‘soltar-se’ formam parte de um processo natural da vida. Esta ideia fundamental é a base do MS . Quem quer sejas, se estás lendo estas palavras, te posso garantir que já experimentasses muitas vezes o ‘soltar-se’, muitas vezes de modo inconsciente e sem que conhecesses o MS. Soltar ou libertar, é uma capacidade natural com a qual todos nascemos, porém cujo uso vai nos condicionando à medida que crescemos. Onde a maioria de nós fica empacada é no fato de que não sabemos devemos soltar ou agarrar. E muitos escolhemos errado causando assim nossos sofrimentos. Há alguns sinônimos de agarra-se e soltar-se os quais provavelmente esclarecerão bastante este ponto: fechar e abrir, por exemplo. Quando lançamos uma bola temos de manter a mão fechada durante boa parte do movimento que o braço faz. Porém, se não abrirmos a mão e soltarmos a bola no momento certo, esta não chegará aonde gostaríamos que chegasse. Até poderíamos causar um prejuízo. Outros sinônimos são contração e expansão. Para poder respirar nós contraímos os pulmões para obrigar o ar a sair e logo os expandimos para enchê-los de novo. Não podemos nos limitar a inspirar, para completar o processo temos de expirar. Contrair um músculo e relaxá-lo é outro exemplo. Se não pudermos fazer as duas ações os nossos músculos não funcionam corretamente, já que muitos deles funcionam em pares opostos. É interessante destacar o componente emocional de 14
agarrar-se e soltar-se e o grau em que nossos sentimentos afetam nosso corpo. Tens observado que quando alguém está muito triste prende a respiração? O processo de respirar, se alguém se agarra às emoções, não funciona bem. Pode-se inibir tanto a inspiração quanto a expiração. A maioria de nós também mantém uma tensão residual nos nossos músculos o que impede de relaxá-los completamente. Uma vez mais são as emoções não resolvidas ou reprimidas o que constituem a base deste impedimento. Porém, por que nos prendemos? Quando reprimimos nossas emoções, ao invés de experimentar plenamente nossos sentimentos no momento em que aparecem, elas persistem e passam a nos incomodar. Ao evitar nossas emoções impedimos que fluam através de nós, e transformando-as ou dissolvendo-as pensamos que isto é bom. Mas não é . Repressão e expressão. Já visse alguma vez um menino pequeno cair e logo olhar ao seu redor para ver se há um motivo para se sentir angustiado? Quando os meninos acreditam que ninguém está vendo eles se levantam num instante, sacode a poeira e agem como se nada tivesse acontecido. O mesmo menino, em uma situação semelhante, ao ver a oportunidade de atrair a atenção, pode começar a chorar e correr para os braços de seu pai. Ou já visse alguma vez um menino zangar-se com um colega ou seus pais, e inclusive dizer algo como “te odeio e não quero mais falar contigo” e logo depois de alguns minutos o menino se sente e se comporta como se não tivesse acontecido nada? A maioria de nós perde esta capacidade natural de libertar nossas emoções porque quando crianças o fazíamos de forma automática e sem um controle consciente; e nossos pais, professores, amigos e a sociedade como um todo nos ensinaram a nos reprimir à medida que íamos crescendo. Cada vez que nos diziam ‘não’, que nos comportássemos bem, que nos sentássemos em silêncio, que deixássemos de nos envergonhar, que ‘meninos não choram’ ou que ‘as meninas não se zangam’ e que amadurecêssemos e nos tornássemos responsáveis, nós aprendíamos a reprimir nossas emoções. Além disso, nos consideravam adultos quando chegávamos ao ponto de saber reprimir nossa euforia natural para a vida e todos os sentimentos que os demais nos fizeram crer que eram inaceitáveis. Tornávamo-nos mais responsáveis ante as expectativas dos demais e não em relação ao nosso bem estar emocional. Há uma piada que ilustra este ponto: nos primeiros anos de vida de uma criança todos os que a rodeiam desejam que ela ande e fale, mas nos anos seguintes todos desejam que ela se sente e fique calada. Decerto não há mal algum em disciplinar uma criança. Ela deve saber os limites para funcionar bem na vida e às vezes temos de protegê-la dos perigos. Ocorre simplesmente que os adultos, sem querer, podem exagerar. O que aqui entendemos por ‘repressão’ é manter-se presas nossas emoções, empurrando-as para baixo, negando-as, reprimindo-as e fingindo que elas não existem. Qualquer emoção que chegue a consciência e não se solta, imediatamente se armazena numa parte da mente chamada de subconsciente. Na maioria das vezes reprimimos nossas emoções fugindo delas. Afastamos nossa atenção delas o suficiente para que elas retrocedam . Com certeza já ouviste que ‘o tempo cura tudo’. Isto é algo discutível. Para a maioria de nós o que isto realmente significa é: “Dá-me tempo suficiente e poderei reprimir qualquer sentimento ou emoção”. Asseguro-te que há situações em que a repressão pode ser uma opção melhor do que a expressão – por exemplo, quando estás trabalhando e teu chefe ou colega de trabalho diz algo que não concordas, mas não é o momento adequado para discutir o assunto. O prejudicial e improdutivo é a repressão habitual.
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Fugimos de nossas emoções ao ver televisão, quando vamos ao cinema, dirigimos, tomamos remédios receitados ou não, quando praticamos esportes e quando participamos de toda forma de atividade que nos ajude a afastar a atenção da nossa dor emocional durante tempo suficiente para poder colocá-la de novo em segundo plano . Estou certo de que concordas que a maior parte das atividades desta lista não são inadequadas em si mesmas. Ocorre simplesmente que tendemos a buscar estas atividades ou a tomar remédios em excesso até perdermos o controle. As utilizamos para compensar nossa incapacidade de enfrentar nossos conflitos emocionais internos. A fuga demasiada está tão imposta em nossa cultura que tem dado origem a muitas novas indústrias. No momento que nos rotulamos de adultos, sabemos reprimir tão bem que o fato de reprimirmos se torna em uma segunda natureza nossa a maior parte do tempo . Chegamos a aprender a reprimir tão bem, tanto quanto sabíamos nos soltar. De fato temos reprimido tanto a nossa energia emocional que somos todos como pequenas bombas relógios. Muitas vezes nem sequer sabemos que reprimimos nossas verdadeiras reações emocionais até que já é tarde demais e nosso corpo dá sinais de doenças relacionadas com o estresse, nos dá um nó no estômago ou explodimos e dizemos ou fazemos algo de que logo lamentamos. A repressão é um dos lados da oscilação desse pêndulo do que normalmente fazemos com nossas emoções. No outro lado está a expressão. Se estivermos zangados, gritamos; se estivermos tristes, choramos. Sempre pomos nossa emoção em ação. Soltamos assim um pouco do vapor de nossa panela de pressão emocional interior, mas não apagamos o fogo. Muitas vezes nos sentimos melhores com a repressão, sobretudo se tivermos bloqueado nossa capacidade de expressão. Podemos nos sentir melhor depois com a repressão, mas também a expressão poder ter seus inconvenientes. Toda boa terapia normalmente se baseia em ajudar a estabelecer contato com nossas emoções e expressá-las . E não há dúvida de que umas relações saudáveis e duradouras não poderiam existir se não expressarmos com clareza o que sentimos. Porém, o que acontece quando expressamos de forma inadequada numa situação fora da terapia? O que se passa com os sentimentos da pessoa sobre a qual terminamos de expressar? A expressão inadequada pode muitas vezes levar a mais desacordos e conflitos e a uma mútua intensificação de emoções cujo controle podemos perder. Nem a expressão nem a repressão representam um problema por si só. Simplesmente são dois extremos diferentes de um mesmo espectro (faixa) o qual delimita nossa forma habitual de abordar as emoções. O problema surge quando vemos que não controlamos o expressar ou o reprimir e muitas vezes nos vemos fazendo o contrário do que pretendíamos. É muito frequente que fiquemos presos a um dos extremos do espectro. Nesses momentos precisamos encontrar a liberdade para soltar o soltar. A terceira alternativa: libertar. O ponto de equilíbrio e a alternativa natural para a expressão e a repressão inadequadas é a libertação de sentimentos – ou o soltar, o que chamamos de MS. É o equivalente a baixar a intensidade do calor e começar a esvaziar de maneira segura o conteúdo da nossa panela de pressão interna. Já que todo sentimento reprimido tentar sair, libertar nada mais é do que deter momentaneamente a ação interna de manter preso estes sentimentos e logo verás com que facilidade eles fazem isto com a força do seu próprio vapor. Quando usas o MS descobres que és capaz de expressar ou reprimir livremente e no momento adequado e te darás conta que com mais frequência optarás para o ponto de equilíbrio que é a terceira opção: soltar, libertar. E tu já sabes como fazer isto. Embora tenhas chegado a ser um especialista em expressar e reprimir, apesar disto, não queres soltar. O riso autêntico é uma das maneiras que tens para soltar-te espontaneamente e os benefícios do riso no que se refere à saúde e ao estresse já estão bem documentados. Pensa na última vez em que desse uma gargalhada, talvez tenha sido num programa de televisão ou numa conversa 16
com um amigo quando de repente algo divertido te surpreendeu. Sentiste uma cócega interior e ouviste uma gargalhada que vinha lá de dentro e todo o teu corpo começou a dar saltos. Enquanto ria é provável que tenhas te sentido mais livre por dentro e progressivamente mais feliz e relaxado, quase carinhoso e eufórico. Essa é também uma boa descrição do que podes sentir quando utilizares o processo que este livro ensina. Embora a maior parte do tempo em que estiveres libertando não estejas gargalhando é provável que sorrias e sintas a mesma sensação de alívio interior que sentes numa autêntica gargalhada. Já perdestes alguma vez as chaves e botasse a casa de pernas para o ar ao procurá-las e logo depois as encontraste em teu bolso? Pensa na última vez em que isto te aconteceu. Com certeza enquanto revolvias tudo tua tensão ia aumentando, e talvez, se estavas bastante desesperado, chegaste até a esvaziar os cestos de lixo. Ficavas dando voltas nos pensamentos imaginando onde as poderia tê-las deixado. E logo, quase quando ias desistir de procurar meteste a mão no bolso e deste um suspiro de alívio enquanto a tensão e a ansiedade se desvaneciam ao perceberes que já tinha as chaves. Noutra situação, depois de chamar de tudo o que se pode chamar a uma pessoa com a qual estavas zangado, tua mente com certeza se acalmou teus ombros relaxaram e talvez sentistes que uma onda de alívio percorria todo o teu corpo. Este é outro exemplo de como já sabias libertar tuas emoções. Quando fores aperfeiçoando o uso do MS verá que serás capaz de alcançar este ponto de compreensão e relaxação inclusive em questões antigas e a cuja resolução já tenha dedicado boa parte de tua vida. Descobrirás que as respostas já estavam há muito tempo no teu interior. Às vezes se produz uma libertação de sentimentos espontânea no meio de uma discussão. Pensa e alguma ocasião em que discutisses calorosamente com alguém com quem te importava, quando ocorreu o seguinte: estavas obcecado, completamente seguro de ter razão, que teu ponto de vista era justificado e de repente cruzasse o olhar com a outra pessoa sem querer e percebesse algo no fundo do ser dela que te fez conectar com ela ao ponto de convertê-la numa pessoa especial para ti. Neste instante algo relaxou em teu interior e teu ponto de vista deixou de parecer certo. Talvez tenhas parado por um momento para reconsiderar a situação e logo encontrasse uma solução fácil e benéfica pra ambos. Quando dominares as ideias deste livro aprenderás a ver algo mais do que teu próprio ponto de vista o que te libertará de todo tipo de conflitos internos inclusive de alguns que talvez tenhas esquecido que tenhas. O processo da libertação de sentimentos. Se pensares na tua vida com certeza te lembrarás de muitos casos em que te libertaste. Em geral nos libertamos, nos soltamos ou soltamos por acaso ou quando nos vemos encurralados sem outra alternativa. À medida que prestes atenção em despertar de novo e fortalecer esta capacidade natural que está em teu interior, através da prática do MS, saberás submeter ao controle consciente o processo de libertação de sentimentos e convertê-lo numa opção mais viável em tua vida diária, inclusive em dias como descrevemos anteriormente. O diagrama que se segue te permitirá compreender melhor o processo de libertar-se seja a libertação de sentimentos espontânea que já fazes, ou a consciente que farás ao praticar este livro. Também te ajudará a distinguir melhor entre libertar, reprimir e expressar. Cada palavra no diagrama representa um processo aqui discutido. Quando fores praticando a libertação de sentimentos observará que tenderás a passar do lado direito para o esquerdo deste diagrama. É possível que às vezes só vejas diferenças num processo, porém outras vezes as verás em muitos.
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Em alguns momentos podes te obrigar a passar para o lado direito, coisa que provavelmente já fazes. Por exemplo, podes de obrigar a tomar uma decisão para deixar de pensar em um determinado problema. Porém, isto não é a autêntica libertação de sentimentos. Se forçares uma decisão poderás ficar incomodado no teu interior e aumentar a tensão. Quando te obrigas a mudar tua forma de sentir verás que em alguns dos processos tu passas para a direita, porém, noutros passarás para a esquerda. Quando te libertes conscientemente, em todos os processos passarás sempre para a direita. Porém, o que entendemos por libertar, ou soltar conscientemente? Como podemos em prática a libertação de sentimentos? Depois do diagrama explicaremos isto detalhadamente. Diagrama do fluxo libertador Antes da libertação de sentimentos:
Depois da libertação de sentimentos:
Apatia, tristeza, medo, desejo, ira e orgulho Tenso Infeliz Confuso Pesado, lento Fechado Contraído Improdutivo Ineficaz
Coragem, aceitação e paz Relaxado Feliz Compreensível Leve, ágil Aberto Descontraído Produtivo Eficaz
A prática da libertação de sentimentos. Há três formas de abordar o processo da libertação de sentimentos e todas levam ao mesmo resultado: liberar tua capacidade natural de soltar rapidamente qualquer emoção não desejada e deixar que se dissolva parte da energia reprimida do teu subconsciente. A primeira maneira é decidir libertar-se de um sentimento não desejado. A segunda é aceitar o sentimento e deixar que a emoção simplesmente exista. A terceira é entrar no núcleo da emoção . Exercício n° 1:
Permite-me que para esclarecer te peça para participares de um exercício específico. É importante que faças este exercício para integrar em tua mente algo que só as palavras lidas não podem fazê-lo. Pega uma caneta. Segura com força. Imaginas que ela seja um dos teus sentimentos limitadores e que tua mão representa tua vontade ou tua consciência. Se segurares a caneta com força durante tempo suficiente começará a se tornar incômodo embora familiar. Agora abre tua mão e deixa que a caneta role em tua mão sem cair. Observa que eras tu quem se agarrava a ela, ela não estava agarrada à tua mão. O mesmo acontece com teus sentimentos. Eles estão tão agarrados a ti como a caneta estava agarrada à tua mão. Muitas vezes acreditamos que um sentimento se agarra a nós. Mas não é verdade… sempre temos o controle, o que acontece é que não sabemos que temos o controle. 18
Agora solta a caneta. Deixa-a cair no chão. O que aconteceu? Soltaste a caneta e ela caiu no chão. Foi difícil? Claro que não. È a isto que nos referimos quando dizemos ‘soltar’, ‘libertar’… Podes fazer o mesmo com qualquer sentimento: decidir soltá-lo e libertá-lo. Continuando com a analogia: se fores andando com a mão aberta, não seria difícil agarrar uma caneta? Pois, do mesmo modo, quando permites ou aceitas um sentimento estás abrindo tua consciência e isto permite que o sentimento saia por si mesmo – como as nuvens que cruzam o céu ou a fumaça que sobe de uma chaminé aberta. É como se removesse a tampa de uma panela de pressão. Se agora pegares a caneta e a imaginares ampliada o suficiente ela te parecerá cada vez mais com um espaço vazio. Verias os espaços entre as moléculas e os átomos. Quando fizeres o mesmo ao núcleo de um sentimento observarás um fenômeno semelhante: na realidade ali não existe nada. Quando fores dominando o processo da libertação de sentimentos descobrirás que até teus sentimentos mais profundos só estão na superfície. No núcleo está vazio, em silêncio e em paz sem dor e sem a escuridão que muitos supomos. De fato, inclusive nossos sentimentos mais fortes não têm mais substância que uma bolha de sabão. E já sabes o que acontece quando tocas com o dedo numa bolha de sabão: ela estoura. Isto é exatamente o que se passa quando penetramos no núcleo de um sentimento. Por favor, recorda estes três exemplos (ter pegado a caneta e soltá-la, tê-la ampliado e observar os átomos e ter penetrado no núcleo de uma emoção estourando-a como se faz com uma bolha de sabão) enquanto avançamos juntos pelo processo de libertação de sentimentos. Soltar-se te ajudará a libertar-se de todos os padrões de conduta, pensamento e sentimento não desejados. A única coisa que te pedimos é que estejas o mais aberto possível ao processo. A libertação de sentimentos te deixará livre para tornar um pensamento mais claro, porém não se trata de um processo de reflexão. Embora te ajude a atingir uma maior criatividade não precisas ser criativo para ser eficiente na libertação de sentimentos. Quanto mais te dediques a ver, ouvir e sentir o funcionamento do processo de libertação de sentimentos, em vez de pensar em como ou porque ele funciona, maior aproveitamento terás. Deixate levar o mais que possa pelo coração (intuição) e não pela cabeça (raciocínio). Se te encontras um tanto preso à vontade de compreender podes usar o processo para te libertares de querer compreender. Garanto-te que à medida que vás trabalhando com o processo o irás compreendendo melhor pela experiência e não pela teoria. Assim, pois, vamos adiante. Exercício número 2:
O nome deste exercício é “Decidir soltar” e ele tem seis passos. 1. Coloca-te numa posição cômoda e ‘olha’ teu interior. Podes ficar com os olhos abertos ou fechados. 2. Concentra-te numa questão sobre a qual gostaria de sentir-se melhor e sinta agora o que sentias naquele momento. Não precisa ser um sentimento forte. De fato, podes pensar como te sentes em relação a este livro e o que desejas obter dele. Limita-te a aceitar o sentimento e deixa que seja o mais completamente possível. 19
(Pode parecer uma instrução simples, porém é assim que deve ser. Vivemos muito nos nossos pensamentos, em nossas imagens e nas histórias sobre o passado e o futuro em vez de ficarmos consciente em como nos sentimos neste exato momento. E o agora é o único momento em que de verdade podemos fazer algo em relação a nossa forma de sentir – nossa profissão e nossa vida. Não há porque esperar até que um sentimento seja forte para soltá-lo. De fato, se te sentes chateado, cabisbaixo, confuso, só ou vazio em teu interior, são estes sentimentos que podes soltar com a mesma facilidade dos outros mais facilmente identificáveis. Basta que faças tudo o que puderes. Quanto mais trabalhares co este processo mais fácil será identificar o que sentes.) 3. Faz a ti mesmo uma das três perguntas seguintes: Eu poderia soltar este sentimento? Eu poderia permitir que este sentimento saia daqui? Eu poderia aceitar este sentimento? Estas perguntas não te dirão se é possível ou não empreender tais ações. ‘Sim’ ou ‘não’ são ambas respostas aceitáveis. Muitas vezes soltarás embora digas ‘não’. Responde o mais rápido que possas, sem pensar. Todas as perguntas utilizadas neste processo são deliberadamente simples e não são importantes por si mesmas. Porém foram pensadas para orientar-te na experiência da libertação de sentimentos, na experiência de deixar de agarrar-se. Vá para o próximo passo qualquer que tenha sido tua resposta. 4. Qualquer que seja a pergunta que tenhas escolhido faz agora esta outra simples pergunta? Estou disposto a soltar? Novamente responde rapidamente ‘sim’ ou ‘não’. Lembra-te também que toda às vezes em que usares este processo estarás com o objetivo de alcançar tua própria liberdade e esclarecimento. Não importa se o sentimento é justificável, antigo ou certo. Se a resposta for ‘não’ ou não estás seguro, faz esta outra pergunta: eu prefiro ficar com este sentimento ou eu quero ser livre? E independente da resposta vá ao próximo passo. 5. Faz esta simples pergunta? Quando? Significando, quando soltarei este sentimento? Esta pergunta é um convite para libertar-te agora! Por isso responde AGORA! É possível que te vejas libertando-te com toda facilidade. Lembra-te que o soltar é uma decisão que podes tomar em qualquer momento que queiras. 6. Repete os passos anteriores tantas vezes quantas sejam necessárias até que te sintas livre do sentimento. É provável que percebas que em cada repetição do processo vás soltando um pouco mais. A princípio os resultados talvez sejam muito sutis. Porém sendo constantemente repetido produzirá resultados mais evidentes. Talvez vejas que existem diversas camadas de sentimentos sobre um mesmo tema. Porém a cada camada que soltes ficarás livre dela. Aceitar um sentimento. É possível que tenhas observado que quando te concentrasse nos teus sentimento no passo 3 do processo de libertação de sentimentos anterior, os soltasses. Eles simplesmente desvaneceram. Como passamos tanto tempo resistindo e reprimindo nossos sentimentos em vez de deixá-los que fluam com liberdade em nós, aceitar a existência de um sentimento será talvez a única coisa de que necessitamos para permitir que ele se solte. Minha aluna Natalie aprendeu a libertar-se sem esforço reconhecendo seus sentimentos no momento em que os sentia. Como era uma pessoa que todos os dias se desesperava no automóvel indo ao trabalho e por sua inquietação, costumava ter muitos problemas devido aos outros veículos na estrada. Vinham ao seu pensamento ruídos e imagens violentas de acidentes e sentia verdadeiro 20
pânico. Logo começou a escutar uma fita sobre libertação de sentimentos elaborada por um dos nossos programas de áudio enquanto ia e vinha para o trabalho. E como falava consigo mesma: ‘estás ansiosa?’ ‘Sim’. ‘Serias capaz de deixar de sentir tanta ansiedade?’ ‘Sim’ ela descobriu que em pouco tempo havia superado a ansiedade. Com o simples fato de permitir seu medo em vez de enfrentá-lo, suas sensações físicas de respiração rápida e tremores desapareceram e sua mente se tanquilizou. Penetrar, mergulhar ou imergir. A experiência de libertar-se mediante a imersão pode ser completamente diferente dos processos anteriores. Em primeiro lugar não é recomendado que tentes imergir enquanto fazes outras coisas. A imersão funciona melhor quando tens um tempo livre para concentrar-te no teu interior. E funciona melhor quando estamos em contanto com um sentimento mais forte. Exercício número 3:
Recebes uma notícia que te afeta. Começas a sentir uma forte sensação de medo ou tristeza, mas tens alguns minutos livre para libertar-se. Senta-te, fecha os olhos e relaxa o melhor que possa mesmo com o sentimento. Faz então as perguntas: o que o núcleo deste sentimento? Eu poderia me permitir entrar conscientemente neste núcleo? Eu poderia mergulhar nele? Provavelmente com o tempo descobrirás tua própria versão de perguntas à medida que vais trabalhando com elas. Podes imaginar a ti mesmo realmente imergindo no centro do sentimento ou podes te encontrar com o que sentes que há no núcleo. Uma vez que comeces a imergir é possível que experimentes diversas imagens e sensações. Também podes observar que o sentimento se intensifica temporariamente. Então pergunta: eu poderia penetrar mais? Percebe-te descendo a profundidades maiores, mais além de quaisquer imagens, sensações e história que tu possas contar sobre este sentimento. Ao continuar este mergulho chegarás a um ponto em que algo muda no teu interior ou talvez observes que já não podes te aprofundar mais. Saberá que chegasse ao núcleo quando ficares tranquilo e em paz interiormente. É até possível que te vejas banhado por uma luz interior ou rodeado de um vazio e um silêncio agradável. Se não tens certeza, se te seguras e crês que não podes seguir adiante neste processo ou se não te sentes preenchido e livre do sentimento passa a uma das outras formas de libertação de sentimentos. Lembre-se que, se o sentimento continua forte ou se intensificou é porque não chegastes ao núcleo. Todos os sentimentos, exceto o de paz, estão na superfície. Talvez isto seja diferente do que te disseram antes sobre mergulhar num sentimento. Muitos de nós evitamos imergir num sentimento porque temos medo de nos perdermos ou de tudo fique pior. No entanto se realmente conseguimos ultrapassar a superfície e chegar ao núcleo descobriremos que lá não há nada mais . Margie chegou à aula com um profundo sentimento de tristeza que a acompanhava há mais de dez anos desde que se sentiu traída pelas pessoas de outra organização de auto ajuda. Sem entrar em detalhes ela concordou em submergir-se na tristeza pensando que assim seria a melhor maneira de libertar-se. Fez as perguntas e logo sua tristeza aumentou. Quando ela começou a chorar eu me limitei a estimulá-la a ir mais profundo nas sensações e na história. Para sua surpresa em poucos minutos ela entrou num estado de profunda paz. Depois ele disse que havia evitado a libertação de sentimentos porque se sentia como se estivesse diante de um mar de dor. Uma vez libertada se deu conta de que a tristeza só estava na superfície. O que na realidade estava evitando no seu interior era um mar de amor.
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A maioria das pessoas quando trabalha com este sistema de libertação de sentimentos observa que cada vez é mais fácil penetrar núcleo de qualquer emoção e deixar que ela se dissolva. Elas percebem que todo sentimento, por mais traumático que seja, tem pouca substância é apenas um ruído. Os sentimentos são mentiras. Quando estiveres refletindo sobre um determinado sentimento, explicando a ti mesmo sobre sua utilidade, justificando que estás completamente certo quando te agarras a ele é sinal de caíste numa grande mentira. À medida que avances em tua experiência de soltar-se uma das coisas que notarás é que os sentimentos que libertas normalmente defendem suas próprias conservações. Os sentimentos mentem e fazem promessas vazias. Por exemplo: ‘o medo me faz sentir seguro’, ‘se me sinto culpado não repito o que fiz’, ‘se fico com raiva critico outra pessoa ao invés de sofre sozinho’. A única coisa que acontece é que um determinado sentimento perpetua o problema que querias evitar. Um sentimento é uma mentira. Duas frases que emprego em minhas aulas refletem este ponto. Talvez te recorde de um koan (uma adivinhação aparentemente absurda e quase sem solução imediata) do Budismo Zen, algo que não se pode entender a menos que se solte. Aqui estão: Os sentimentos só mentem. Dizem-nos que ao soltá-los vamos obter algo que já possuímos quando estamos agarrados a eles . A mente é como um computador. Para compreender melhor o MS vamos dizer que a mente funciona de forma similar ao computador. Evidentemente o funcionamento de um computador se baseia em parte no modelo da mente humana, o que não é incompreensível. Com certeza tu sabes que o computador precisa de uma parte mecânica (hardware) e de programas (software). Em nossa analogia o cérebro e o sistema nervoso é o hardware enquanto que os nossos pensamentos, sentimentos, lembranças e crenças, assim como nossa inteligência inata constituem o software. Em que consiste o sistema operacional humano? Os programas que movem o corpo e a mente são a inteligência oculta que permite que o sistema funcione e guarde conhecimentos. Quase tudo o que precisamos para funcionar bem na vida é inato. As únicas exceções são as habilidades específicas que adquirimos, as quais podem variar muito. Vão desde tocar um instrumento musical até a realizar uma cirurgia num cérebro. Não acontece o mesmo com o computador, que funciona mais depressa e com maior eficácia quanto maior for sua memória, o espaço que dispõe para armazenas informações. À medida que avançamos na vida temos experiências e acumulamos dados até que nossa memória residual se preencha e nossa capacidade de processar se torne excessiva e comece a ficar lenta. Nos computadores, para liberar espaço, podemos comprimir arquivos. Do mesmo modo, as experiências cujo conteúdo emocional é neutro e parecem completas estão muito comprimidas. Enquanto que as experiências incompletas e de muita carga emocional são como programas e arquivos que foram deixados abertos e que seguem funcionando em nossa vida sem os percebermos. E eles utilizam uma quantidade enorme da memória que dispomos e da nossa capacidade de processar. Quando somos crianças os programas abertos normalmente não representam um grande problema, mas à medida que vamos crescendo há menos memória disponível inclusive para as funções corporais como a respiração e a digestão. A consequência é que todo o sistema trabalha em excesso e começa a falhar. Então os programas e arquivos abertos passam a atrapalhar a nossa capacidade básica de funcionar na vida e de aprender habilidades novas e úteis.
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Eles criam confusão e conflitos mentais porque na maioria das vezes nos mandam mensagens que se contradizem e interferem entre si e com nossas intenções conscientes. Quando usamos o MS soltamos as cargas emocionais que mantêm funcionando ocultamente os velhos programas e arquivos e nossas vidas. Deste modo aumentamos nossa memória e aceleramos nossa capacidade de processar. A libertação de sentimentos nos permite conservar a sabedoria adquirida com a experiência sem que nossa energia e nossa memória se desgastem como acontece quando nos sentimos emocionalmente incompletos. Noutras palavras, quanto mais usarmos o MS melhor funcionaremos . A libertação de sentimentos por escrito: o que queres em tua vida? No momento adequado serás convidado a analisar teus sentimentos por escrito. Para isto usarás uma espécie de diário para que possas acompanhar os resultados. Quando tiveres terminado o livro ou o trabalho em áreas íntimas podes rasgar as folhas, pois elas não precisam ser relidas. Exercício número 4:
Antes de seguir lendo pega o teu diário e faz uma lista de tudo aquilo que gostarias de mudar ou melhorar em tua vida. Esta lista te servirá como declaração de intenções para este auto estudo sobre o MS. Voltaremos a ela à medida que avancemos juntos neste processo de modo que leva tanto tempo quanto for necessário para elaborá-la e seja o mais específico possível. Ao escrever tuas intenções lembra-te de não impor limites ao que penses que é possível obter com a leitura deste livro. Estás descobrindo uma ferramenta que te acompanhará pelo resto de tua vida. Diverte-te. Este livro foi projetado para ajudar-te a iniciar um processo que te pode conduzir a possuir, ser e fazer tudo. O processo tem tanta força e funciona de maneira tão simples que muitas das intenções de tua lista serão realizadas sem que chegues a trabalhar nelas diretamente. Escreve também os benefícios obtidos. À medida que vás libertando te recomendo encarecidamente que escrevas os benefícios obtidos, na ordem em que forem chegando, para te proporcionar um descobrimento muito maior de si mesmo. Registra estes resultados positivos em teu diário de libertação de sentimentos onde anotarás teus pensamentos. Veja a seguir uma curta lista dos tipos de benefícios que podes esperar ao trabalhar com o material deste livro. Mudanças positivas nas condutas e atitudes. Maior facilidade, eficácia e alegria nas atividades cotidianas. Comunicações pessoais mais abertas e eficazes. Maior capacidade de resolver problemas. Mais flexibilidade. Estarás mais relaxado e te sentirás mais seguro em tuas atuações. Sucessos. Chegada aos topos. Novos inícios. Aquisição de novas habilidades e destrezas. Aumento dos sentimentos positivos. Diminuição dos sentimentos negativos. Mais amor pelos outros e dos outros. • • • • • • • • • • • • •
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Além destes benefícios, à medida que vais explorando o material deste livro, descobrirás teus padrões de limitação e as formas concretas de poder mudar tua vida para melhor. Recomendo-te que anotes estes descobrimentos à medida que eles forem surgindo . Voltar à vida. Meu objetivo nestas páginas é ajudar-te a aprender tudo o que necessitas para ter, ser e fazer qualquer coisa que desejes. Prometo que se trabalhares fielmente com o MS ele transformará positivamente todos os aspectos de tua vida. Quando teu estresse e tua tensão interiores se forem diluindo com facilidade, te surpreenderás com um sorriso nos lábios e rindo às gargalhadas. Exercício número 5:
Agora antes de começar o capítulo seguinte brinca um pouco com o que acabamos de fazer juntos para ver o que podes descobrir por ti mesmo. Pratica a libertação de sentimentos durante todo o dia, toda vez que perceberes um sentimento negativo (antigo ou não), e observa de que modo já vais libertando sozinho. Quanto mais te dediques a esta maneira de abordar teus sentimentos maiores serão os benefícios e a facilidade de libertação de sentimentos que adquirirás. Sê constante (podes trabalhar a inconstância…). Quanto mais explores a libertação de sentimentos mais natural ela ficará como alternativa à repressão – e te sentirás mais livre . As perguntas básicas de libertação de sentimentos neste capítulo são: • • • • •
Qual é o sentimento agora? Eu poderia aceitá-lo/permiti-lo? Eu poderia soltá-lo? Eu o soltaria? Quando?
Capítulo 2 Tua fórmula para o sucesso. Neste livro minha intenção é guiar-te, através da tua experiência, no aprendizado de como soltar as reações ou os sentimentos que te impedem de render ao máximo, atingir todo teu potencial e viver uma vida cheia de felicidade, alegria e bem estar. Se tiveres tido a oportunidade de praticar as perguntas de libertação de sentimentos ao menos um pouco, este capítulo te oferecerá algumas orientações detalhadas para usar o MS de modo eficaz. (Se não praticastes, volta e pratica ou perderás teu tempo…). São sugestões que se baseiam na experiência de mais de 25 anos de seminários e retiros sobre o MS além de formar instrutores e de analisar as melhores formas de obter o máximo benefício da libertação de sentimentos. Peço-te que à medida que vás avançando estejas consciente de que o processo de libertação de sentimentos é completamente interno. Ou seja, não tem nada a ver com nada ou com ninguém que não sejas tu mesmo. Só pertence a tuas reações ou sentimentos interiores relacionados com as pessoas e as circunstâncias de tua vida . Quando te liberta deles o processo é tão fácil e tão agradável que até é possível que te faça rir. As pessoas normalmente riem muito nos meus workshops. Como o processo de libertação de sentimentos funciona num nível básico e interior até quando o pratiques com outra pessoa – o que vais aprender agora – descobrirás que nunca necessitarás compartilhar 24
os detalhes pessoais para obter os resultados máximos deste trabalho. Podes libertar junto com um companheiro e continuar protegendo tua intimidade. Ao participar das explorações que este livro contém limita-te a soltar teus sentimentos o melhor que possas. “O melhor que possas” significa “Na medida de tua capacidade naquele momento”. Nunca deves forçar um sentimento ou uma libertação de sentimentos que em realidade não exista. Além disso, só podes soltar aquilo a que estás agarrado, sentindo naquele momento . Se por exemplo trabalhas com a raiva, as perguntas de libertação de sentimentos não se referem a todos os momentos de ira que já tivesses. Elas são, simplesmente, um convite para soltar a ira que sentes no momento do exercício. Por favor, leva em conta que, devido ao caráter relaxante deste processo, e em geral a natureza humana, é possível que nem sempre experimentes teus sentimentos com força. Isto não significa que não estás fazendo um bom trabalho. Em geral, o fato de soltar é eficaz tanto para sentimentos que se apresentam fortes quanto para sentimentos que se apresentam fracos . De fato, se te acostumares a soltar sentimentos durante tua vida diária – até nas coisas sem importância – no final te parecerá que tudo é de pouca importância. À medida que comeces a soltar tua tensão interior e outros sentimentos estressantes observará que experimentas um sentimento de alívio e de maior consciência. Este é só um dos muitos benefícios que podes conseguir com o MS. Garanto-te que farás progressos enormes – e rápidos – e experimentarás muitos efeitos positivos e poderosos da libertação de sentimentos, quando aplicares o que estás aprendendo . Como já dissemos na Associação de Treinamentos, nós chamamos estas mudanças de benefícios. Sem dúvida às vezes acontecem surpresas. São resultados agradáveis inesperados. Por exemplo, é possível que o aspecto específico que gostarias de mudar em tua vida com o MS não se transforme tão rapidamente quanto queiras, entretanto outro aspecto começa a mudar. Pode ocorrer que o aspecto a que te proponhas seja realmente o último a mudar. Porém, é mais provável que as mudanças se produzam mais depressa do que jamais tivesses sonhado. Para explicar de outra maneira imaginemos que uma determinada pessoa recorre ao MS objetivamente para adquirir um maior sucesso econômico. Ela lê o livro com atenção, trabalha com esmero com o material nele contido e não vê os benefícios econômicos imediatamente. Em vez disso é possível que sinta uma melhora na saúde e depois melhoras em suas relações pessoais. Depois disto pode ser que se desenvolvam algumas habilidades profissionais melhores. E só então talvez consiga alcançar o sucesso econômico que buscava inicialmente. Por favor, não me interpretes mal. Garanto que o MS produzirá mudanças importantes em tua vida. O que acontece é que, às vezes, é possível que estas mudanças não cheguem exatamente na ordem que esperavas ou na ordem prevista. A mudança pode também ser gradual, lenta. Talvez teus amigos, companheiros de trabalho e empregados (ou patrões) se deem conta das tuas mudanças antes de ti. À medida que incorporas a libertação de sentimentos em tua vida, de forma regular, logo te darás conta de que vai se tornando cada vez mais fácil a percepção dos teus sentimentos. Isto é um sinal de que estás progredindo. Significa que estás preparado para ser consciente de muitas emoções que tens estado reprimindo ou evitando e que estás pronto para libertá-las. Segundo minha experiência as pessoas normalmente não experimentam sentimentos que não sejam capazes de enfrentar – embora tenha havido poucos alunos que passaram uma ou duas noites inquietos e sem poder dormir enquanto sua resistência a determinados sentimentos ia diminuindo. Porém, continuaram libertando e logo soltaram tudo o que lhes preocupava. A maioria das pessoas não é afetada em absoluto quanto ao sono, a não ser de maneira positiva. O bom é que quanto mais se usa o processo de libertação de sentimentos mais fácil fica soltar-se. E isto é o que gera a segurança para que experimentes todos os teus sentimentos – dolorosos ou agradáveis – com maior profundidade. Ao sentir mais plenamente todos os teus sentimentos, terás mais prazer e plenitude em tudo o que fizeres.
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A analogia seguinte reflete um pouco do que significa usar o MS. Alguma vez já comesses em um restaurante onde os pratos ficam em compartimentos diferentes e o cliente escolhe o que deseja? Se já, deves lembrar-se que após tirar o prato alguém põe outro no local. O mesmo acontece com nossas emoções quando as soltamos. Se existirem outros sentimentos relacionados com o mesmo tema do qual começamos a libertar irão aparecendo outros sentimentos relacionados com aqueles até que o compartimento fique vazio. Diferentemente daqueles restaurantes, todo sentimento que captes e libertes desaparecerão, não mais voltarão. Quando analisares os processos deste livro, o mais provável é que comeces a soltar um sentimento de cada vez, e depois em pequenos grupos, até que adquiras tal habilidade em libertar sentimentos que no final trabalharás a níveis mais profundos – até que sejas capaz de libertar muitos sentimentos sobre um mesmo tem, de uma só vez. Acontece muitas vezes que mesmo quando não procuramos nem temos a intenção de conseguir algo é exatamente quando a mente se relaxa o bastante para que seja possível a libertação de sentimentos e a compreensão. Quando por fim experimentares a libertação de sentimentos, à medida que trabalhas com o MS, descobrirás a compreensão e os benefícios que muitas vezes chegam quando menos tu esperas. Portanto é conveniente que observes todo dia para a possibilidade de que cheguem os benefícios e estejas sempre aberto ao inesperado. Faz tudo o que puderes para estar sempre relaxado e para aceitar que o controle do tempo dos teus melhores avanços e compreensões, incluindo a definição de tua verdadeira natureza pode te escapar por completo . Perguntas freqüentes. Os alunos que assistem aos cursos do MS normalmente fazem as seguintes perguntas. Repasse-as quantas vezes necessites enquanto trabalhas com o processo de libertação de sentimentos. 1. Com que frequência devo libertar? Libertar é algo bom, por isso nunca se pode exagerar. Quanto maior for a frequência com que apliques o MS durante o dia, mais benefícios obterás dele. Podes libertar em qualquer momento para se sentir melhor, com as ideias mais claras, mais seguro de si mesmo e mais dinâmico. Simplesmente deixa que teu interior se abra e que saiam os sentimentos que te envolvem. Pensa que cada problema de tua vida é uma oportunidade de maior liberdade. Lembra também que deves te divertir. Evita transformar a libertação de sentimentos em um dever a mais. À medida que adquiras o costume de soltar os sentimentos nos momentos em que eles afloram, desenvolverás uma força magnífica que te servirá de ajuda quando surgirem sentimentos mais profundos. Alem disso, será cada vez mais fácil soltá-los. 2. Quanto tempo se leva para aprender a soltar? Depende de ti. No capítulo 1 aprendeste (?) algumas ideias básicas da técnica de libertação de sentimentos. a rapidez com que podes observar resultados apreciáveis depende de quanto as aplique em tua vida diária. Soltar se torna mais fácil quanto mais se pratica. É possível, além disso, que sintas ou não grandes mudanças imediatamente. Os resultados podem aparecer de repente ou podem acontecer a níveis muito profundos e só aparecerem depois . 3. Como algo tão simples pode ter tanta força? As ferramentas mais úteis e de maior poder são normalmente as mais simples. Quando os processos são fáceis fica mais fácil lembrá-los e repeti-los. Ninguém precisa te convencer 26
sobre a importância de respirar, por exemplo. Se quiseres dar-te instruções para respirar terias que dizer ‘inspira, expira’ e repetir quantas vezes fossem necessárias. Há algo mais simples que respirar? E poucas coisas são tão importantes para a vida. À medida que fores usando o MS descobrirás que é muito fácil, que pode se transformar numa segunda natureza e que, como a respiração, te exige pouca ou nenhuma atenção. Lembra do capítulo 1 quando comparamos os sentimentos reprimidos com uma panela de pressão emocional? Quando libertares muitas vezes, descobrirás também que levantar a ‘tampa’ dos teus sentimentos e deixar que saiam é mais natural que tentar mantê-los presos no teu interior. 4. O que se sente ao libertar? A experiência de soltar é muito pessoal. A maioria das pessoas tem uma sensação imediata de relaxação e tranquilidade ao usar este processo. Outras sentem que uma energia percorre seus corpos como se voltassem à vida. Com o tempo as mudanças se podem tornar-se mais evidentes. Além de sensações físicas, observarás que tua mente irá se acalmando progressivamente e que os pensamentos que nelas permanecerem vão se tornando mais claros. Começarás a perceber mais soluções que problemas. À medida que avances no processo, sentirás melhor a experiência da libertação de sentimentos . 5. Como sei que estou fazendo certo? Se, ao libertar, observas qualquer mudança positiva em teu sentimento, tua atitude ou tua conduta, estás fazendo certo. No entanto cada tema em que trabalhes pode requerer quantidades diferentes de libertação de sentimentos. Se no início não mudar completamente, continue soltando até chegar ao resultado que desejes . 6. O que devo fazer se me vejo preso de novo aos antigos modelos de conduta ou simplesmente me esqueço de libertar? Em primeiro lugar é importante compreender que é algo que deves esperar e que isto não importa. Tua capacidade de libertar de forma espontânea e no momento e que for necessário aumentará com a repetição do processo. Logo saberá libertar na hora certa . Logo logo quando te surpreenderes no meio de um velho padrão de conduta, saberás te libertar mesmo com este velho padrão em marcha, e interrompê-lo. Ao fazê-lo, te darás conta de que era capaz de mudar o padrão. Em pouco tempo aprenderás a prever teu comportamento antes de cair em velhos costumes, te libertarás e não mais os seguirás. Por fim, já não precisarás libertar o mesmo sentimento, pois ele já foi libertado completamente. Se fores constante, tua atitude e eficácia mudarão para melhor, inclusive diante de problemas antigos. Até é possível que chegues a um ponto em que apenas te lembre que já tivesses certo problema quando alguém ou algo te faça lembrar. Pode ser útil programar períodos curtos de libertação de sentimentos durante o dia e praticar. 7. Que devo fazer se já sigo uma terapia ou outro sistema de crescimento pessoal? Como soltar é a essência de qualquer terapia boa e uma ferramenta muito eficaz para o crescimento pessoal, descobrirás que o uso do MS é uma ajuda ideal para outros sistemas. E isto se aplica aos sistemas que podes estar usando ou a outros que vás utilizar. Se combinas a libertação de sentimentos com outras formas de autoanálise, os resultados se produzirão com mais rapidez e facilidade. Com o MS te será mais fácil perseverá em qualquer processo, pois 27
poderás compreender e aplicar de forma mais coerente as ideias que estiveres aprendendo. Quando aprenderes o MS possivelmente dirás que ele é a peça que faltava e que o estavas procurando em tudo o que antes havias feito para ajudar-te a ti mesmo . Nota: se estás seguindo algum tratamento psicológico ou médico, por favor, não pare sem antes consultar teu médico. Aproveita a força de teus diferentes modos de sentir. A maioria de nós tem uma forma dominante de sentir fisicamente: visual, auditiva ou cinestésica. Se não estás certo de qual é o teu principal modo de sentir, ao fazer as perguntas de libertação de sentimentos procura incorporar os três modos ao processo. Depois fica usando aquele que te faz sentir melhor . O sentir visual. Se fores mais visual deixa que apareçam imagens enquanto te fazes as perguntas de libertação de sentimentos. Para começar aqui tens algumas sugestões: •
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Visualiza um nó na tensão ou sensação que sentes em teu corpo e vê-lo se desmanchando enquanto vais libertando. Ou imagina que há uma tampa em tua panela de pressão interior e aceita que a única coisa que tens de fazer é levantar a tampa para que o sentimento saia. Observa como a abres enquanto a pressão vai cedendo. Ou imagine apertando com força um sentimento em tua mão e depois olha como ela vai se abrindo até que o sentimento se vá. Se quiseres usar também o modo cinestésico podes fechar e apertar fisicamente tua mão enquanto te agarras ao sentimento e abri-la quando o fores soltando. Ou imagina que teus sentimentos são sacolas de energia não desejada presas em teu corpo, que fazes furos nelas e assiste como sai esta energia negativa. Ou podes experimentar teus sentimentos limitadores como uma sensação de escuridão. Neste caso imagina como eles desaparecem quando os ilumina.
O sentir cinestésico. Se fores predominantemente cinestésico presta atenção às sensações físicas. Permite inicialmente experimentar um sentimento em teu corpo tão plenamente quanto possas e em seguida o relaxas enquanto vás soltando o sentimento. Talvez prefiras reforçar a experiência de libertação de sentimentos com algum movimento corporal. Experimenta com as seguintes sugestões: •
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Coloca as palmas das mãos sobre o tórax. Enquanto soltas um sentimento levanta um pouco as mãos criando um espaço imaginário por onde o sentimento possa sair e subir. Ou fecha tua mão sobre o tórax e depois a abre quando soltares um sentimento. Ou combina a ação física de abrir os braços com a mesma sensação interior que tens quando estás ao ponto de abraçar alguém a quem queres muito bem. Primeiro, junta as mãos como se fosses rezar e deixa que vás adquirindo consciência de tudo o que te rodeia. Depois abre lentamente os braços e ao mesmo tempo te sintas carinhoso. Continua abrindo-te interiormente o mais que possas enquanto moves as mãos para os 28
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lados até que elas estejam o mais separado possível sem forçar. Se realizares todo o processo sem prestares muita atenção provavelmente o farás mais rapidamente. Ou coloca a mão naquele ponto do corpo onde sentes um sentimento – normalmente está no tórax ou no ventre. Utiliza esta ação para que te lembres que deves concentrarte no sentir o próprio sentimento e não nos pensamentos sobre ele.
O sentir auditivo. Se és mais auditivo as perguntas do capítulo 1 são suficientes para ti. Também podes entabular uma conversação interior curta, positiva e estimulante para reafirmares o que fazes. Evita o debate. Talvez até te surpreendas com o que ouvires. Uma aluna minha ouviu as palavras ‘mal, mal, mal’ repetidas com sua própria voz como se fosse um cachorro zangado. Isto lhe causou risos e veio a libertação de sentimentos. Não importa o modo de sentir que adotes. Todos podem se beneficiar aplicando as sugestões anteriores. Lembra-te do exercício de segurar a caneta? Podes usar este exercício também. Exercício número 6:
Para melhorar tua capacidade natural de soltar-se, pratica um simples jogo várias vezes ao dia. O objetivo é ensaiar em sentir um sentimento e logo soltá-lo. Porém, mantém a pressão baixa e brinca só com transtornos e sentimentos ocasionais. Sempre que estiveres sentindo um sentimento permite-se continuar sentindo. Em seguida analisa para determinar se estás disposto a dar uma oportunidade ao processo de libertação de sentimentos. Se estiveres, faz as perguntas: o que estou sentindo? Eu poderia me permitir sentir este sentimento? Eu poderia soltá-lo? Eu o soltaria? Quando? E ao responder agora! Pergunte-se: e agora como me sinto? Eu poderia soltá-lo? Eu o soltaria? Quando? E ao responder agora! Pergunte-se: e agora como me sinto? E assim sucessivamente. Este jogo melhora a fluidez emocional. Quando duas pessoas se unem com o mesmo objetivo. É possível que tenhas ouvido uma versão de história que se segue. É uma das minhas preferidas. “Um homem chega ao céu e se encontra com Deus às portas do paraíso. Deus lhe pergunta: filho, tens algum último desejo antes de passares toda a eternidade no céu? Sim, responde o homem. Eu queria ver como é o inferno. Deus disse: de acordo. Estalou os dedos e eles entraram no inferno no mesmo instante. Diante deles, até onde a vista alcançava havia uma mesa repleta de bons alimentos. Em ambos os lados da mesa estavam milhões de pessoas todas morrendo de fome. O homem pergunta a Deus: por que elas estão morrendo de fome? Deus responde: todos devem comer com talheres que têm três metros de comprimento. O homem disse: isto é impossível! Deus então estala os dedos e eles voltam ao céu. Quando eles entram diante deles, até onde a vista alcançava havia também uma mesa repleta de bons alimentos. Em ambos os lados da mesa estavam também milhões de pessoas, porém todas estavam felizes e bem alimentadas. O homem pergunta: como são os talheres aqui? Deus responde: também têm três metros de comprimento. Não entendo, diz o homem. Como é possível? E Deus explica: é que aqui cada pessoa alimenta a outra que está ao seu lado… Os processos que se analisam neste livro são dos programas de áudio do MS, assim como dos Cursos Básicos e Avançados que ministramos na Associação de Treinamento Sedona. Foram idealizados para que possas praticar sozinho ou com um amigo, um familiar ou outra pessoa querida. Quando as pessoas se juntam para praticarem como libertar surge uma força impressionante. Esta é a razão pela qual fazemos seminários onde todos podem obter benefícios ao 29
partilhar este material com outras pessoas. Na terra como no céu, quando nos preocupamos com as necessidades dos outros, ninguém fica sem ‘comer’. Exercício número 7:
Se decidires realizar os exercícios deste livro com outra pessoa, vocês podem fazer as perguntas um ao outro durante as explorações. A única coisa que deves fazer é compartilhar com o outro e lerem o livro. Demonstra ao teu companheiro que tu tens confiança nos teus conhecimentos, mas deixa que ele tenha as próprias experiências. Quando ajudares a libertação de sentimentos de teu companheiro esforça-te para libertar a ti também. Será algo que se produzirá de forma natural se mantiveres a mente aberta. Deixa que teu colega se aprofunde no processo o quanto queira. Evita dirigir o processo, evita julgar tuas respostas ou as de teu companheiro. Não é tua missão corrigi-lo. Evita falar das explorações até que tu e teu companheiro tenham completado a sessão e estejam de acordo a falar sobre ela. Aceitas o ponto de vista dele mesmo que não coincida com o teu. É possível que ele te diga: “estou triste”, e que tu penses que em realidade ele esteja cansado, por exemplo. Portanto ajuda-o a libertar-se da tristeza. Aceita sem vacilar tudo o que ela diga durante a sessão. Um desacordo habitual entre companheiros é normal ou não há liberação plena. Tu podes pensar que ele deve seguir libertando um tema embora ele te diga “me sinto bem”, “terminou”. Uma vez mais, por mais forte que seja a tua tentação, não é adequando impor teus sentimentos ao teu companheiro de sessão. Evita representar o papel de conselheiro ou terapeuta a menos que esta seja tua profissão e que teu companheiro te peça especificamente que o ajudes. Além disso, se teu companheiro precisar de ajuda profissional sugere, depois da sessão, que a busque. Kenneth: soltar seu apego a uma história. Kenneth foi testemunha dos atentados contra o World Trade Center de Nova Iorque em 11 de setembro de 2001. A pesar de naquela época já estar praticado libertação de sentimentos todos os dias ele estava, há um mês, num estado de muita ansiedade quando chegou ao Retiro de sete dias em Sedona aquele mês de outubro. Ele nos contou esta história dramática: Eu estava atrasado para uma reunião com um cliente às nove horas da manhã no outro lado da Rua da Zona Centro. Ao sair do metrô as escadas rolantes estavam congestionadas pela multidão que mostravam a agitação própria dos nova-iorquinos. Quando cheguei à rua me voltei para a direita e vi muitas pessoas paradas olhando para cima para a Torre Norte que já estava queimando. Neste momento nenhum de nós sabia o que havia acontecido. Parecia simplesmente um incêndio nos dois andares. Enquanto me apressava tudo que eu pensava era: que cheguem logo os bombeiros! Ao entrar no edifício de meu cliente subi de elevador até o 14° andar. Porém, não havia ninguém e o escritório estava fechado. Desci, saí do edifício e fiquei em pé durante pouco tempo vendo o fogo. Depois de 5 a 10 minutos houve uma nova explosão na outra Torre – um som parecido ao que faz uma estufa de gás. Primeiro foi como um rugido, mas aumentado milhões de vezes. Por estranho que pareça eu não sabia que havia o choque de um avião até mais tarde quando cheguei em casa e falei por telefone com minha noiva que estava assistindo o que acontecia pela CNN. Naquele momento parecia que explodia uma bomba. Foi então que eu e as pessoas da rua nos demos conta de que se tratava de algo mais que um simples incêndio.
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Ao acontecer a explosão começou a chover sobre nós uma quantidade enorme de papéis. As pessoas presas de pânico começaram a correr pela Rua Day. Nas suas pressas para se distanciarem o quanto pudessem quase me atropelaram. Naquele momento eu não estava libertando conscientemente. Mas do que medo eu sentia curiosidade. Tentei ligar pelo celular para contar à minha noiva, porém não funcionava, pois o transmissor era em cima das Torres. Depois de alguns minutos começou o barulho das sirenes dos bombeiros e da polícia que se dirigiam até onde nós estávamos. Continuava caindo papéis, porém não havia poeira. Era algo surrealista. Lembro que caiu um papel aos meus pés onde havia o nome de um banco alemão. Emocionei-me, pois sou alemão. Um segundo momento dramático que observei foi quando começou a pular pessoas dos andares superiores da Torre Norte. Era uma manhã clara, assim tudo me parecia irreal. Era uma imagem perfeita em tela panorâmica e me parecia que eu estava assistindo a um filme. Cores perfeitas e fotos panorâmicas. Houve uma imagem que ficou gravada em minha mente: um homem de negócios saltando com sua valise nas mãos. Em um dia tão claro aquele homem de pernas para cima e mãos para baixo, a gravata no ar volteando enquanto ele descia parecendo que estava voando. As Torres eram muito altas por isso demorou que ele chegasse ao chão. Felizmente não vi o impacto dos corpos, pois os edifícios me impediram. Então eu soube que estava se passando algo muito grave. As pessoas choravam pelas ruas e cada vez que alguém se atirava todo mundo gritava: AAAAAh! Prendendo a respiração. Senti-me obrigado a olhar apesar de ser algo horrível. Eu me dizia: tens de sair daqui, agora! É possível que aconteça algo mais. Não sabemos o que provocou o estouro. Talvez haja mais bombas. Sai daqui e vai para casa! Foi assim que abri espaço como pude entre a multidão até chegar à estação do metrô da Ponte Brooklyn alguns quarteirões ao norte de onde eu estava. Para chegar até ali eu passei junto a um parque. Havia milhares de pessoas no parque as quais contemplavam como as coisas aconteciam. Uma ou duas vezes estive ao ponto de dar a volta e olhar por cima dos ombros. Mas eu decidi ir-me. Por sorte o metrô funcionava, mas eu era quase a única pessoa que viajava e logo ele parou. Cheguei em casa e liguei para minha noiva. Ela me explicou o que viu. Compartilhei com ela meus sentimentos e o impacto que aquilo me causara. Logo entrei num estado de choque. Não pude ligar o televisor imediatamente porque ele estava num armário. Retirei-o e liguei. A imagem estava muito ruim porque as antenas haviam se desconectado. Eu sentia a sensação de que o atentado não era verdadeiro, era um terrível sentimento de incredibilidade, apesar de eu ter sido testemunha do que aconteceu. O drama se repetia diante de mim. Enquanto Kenneth recordava a história eu o guiava no processo de libertação de sentimentos dos pedaços da experiência: os sons, as imagens, os sentimentos, os pensamentos, as sensações. Libertou parte do medo e da ansiedade. Porém oferecia muita resistência e normalmente respondia ‘não’ quando eu lhe perguntava “poderias soltar isto?” Eu sabia que todos no grupo nos beneficiaríamos com o processo de libertação de sentimentos de Kenneth já que a todos havia afetado profundamente a grandeza da tragédia. Até que Kenneth não foi capaz de reconhecer que no fundo ele estava orgulhoso de haver vivido uma situação tão única e de haver desenvolvido uma história tão completa. Uma vez que ele viu realmente seu orgulho ele o libertou e a ansiedade que estava sentindo também se foi e não voltou mais. Como disse Kenneth: o orgulho é um sentimento de muita força, penso que finalmente consegui soltá-lo. A persistência teve sua recompensa. No final me senti alheio ao grupo. Eu estava só, curtindo a vitória da libertação de sentimentos. Não agradecia a ajuda de Hale nem tentava conseguir a aprovação de ninguém, só de mim mesmo. Depois da libertação de sentimentos me senti bem. O 11 de setembro estava ainda muito presente no sentir das pessoas e não deixavam de falar nele, mas nunca mais me senti fixado ao tema de novo durante todo o tempo em que estive em Sedona. E melhor ainda, eu estava desinteressado dele.
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Armadilhas habituais as quais convém evitar. Muitas pessoas tropeçam em armadilhas habituais ao empreender o caminho do desenvolvimento pessoa, qualquer que seja sua direção. Aqui tens alguns conselhos para evitá-las: •
“Sofro logo existo”. Por estranho que pareça esta afirmação reflete uma forma na qual muito de nós vivemos. Identificamo-nos com nossos problemas pensando que somos os únicos que os temos. É quase como se acreditamos que justificamos nossa existência pelo fato de ter algum obstáculo a superar, uns problemas para resolver e pela quantidade de sofrimento que somos capazes de suportar. Identificamo-nos também com o sofrimento que criamos para nós mesmos. Acostumamo-nos tanto a ser uma pessoa com um determinado problema que muitas vezes temos medo de saber quem seríamos sem ele. Quando nos detemos um momento a refletir sobre ‘nossos’ problemas, podemos chegar inclusive a descobrir que chegamos a nos agarramos tanto a estes padrões de pensamento e conduta, que é difícil nos imaginarmos sem eles. Em vez de estarmos abertos à incerteza que vem com o soltar, nos agarramos à sensação artificial de segurança que nos proporciona saber o que podemos esperar, embora se trate de expectativas nada agradáveis. Não tem por que ser assim.
Exercício número 8:
Pensa em um problema que acreditas que tenhas e te pergunta: “Eu preferiria ter esta falsa sensação de segurança por saber tudo sobre este problema ou prefiro ser livre?”. Se preferires ser livre, te soltarás espontaneamente de teu apego a este problema ou começarás a descobrir soluções naturais, em vez de justificar o problema ou continuar agarrado a ele. •
“Mas, de que vou falar?”. Muitos de nós baseamos uma quantidade enorme de nossas comunicações interpessoais tentando fazer com que os outros compreendam nossos problemas ou em sentir pena dos outros. Muitas vezes adquirimos tanta habilidade em expor nossos problemas aos demais que não queremos abandonar nossa experiência. Não é que compartilhar problemas seja algo ruim. De fato, a liberdade em compartilhar o que te preocupa com outras pessoas normalmente pode ser o primeiro passo do processo de soltar e avançar. Além disso, saber estar à disposição de amigos e companheiros quando eles estão emocionalmente necessitados demonstra que a pessoa é um bom amigo. Quando nos agarramos em compartilhar continuamente o mesmo problema não temos alívio algum. Se tu observas que contas a mesma história mais de uma vez, isto comprova que estás buscando a concordância ou a aprovação daquele problema.
Exercício número 9:
Se isto acontece pergunta-te: “eu poderia libertar-me de querer que os outros concordem comigo de que eu tenho este problema?” “Eu poderia me libertar de querer aprovação para este problema?”. •
“É meu, esta é a razão”. O orgulho é um sentimento interessante. Não nos sentimos orgulhosos de nossas falhas, mas realmente nos entusiasmamos ao nos sentirmos orgulhosos dos nossos problemas. Até nos sentimos muito especiais. Este obstáculo no caminho para a liberdade pode adquirir a forma de sentir-se orgulhos por ter-se superado o problema, por haver suportado durante tanto tempo ou por ter um problema que nos é exclusivo. 32
Exercício número 10:
Vigia o orgulho. Presta atenção aos teus problemas quando fores tentando libertá-los e comprova se eles te fazem sentir especial. Se descobrires algum grau de orgulho que podes admitir honradamente e soltá-lo, te encontrarás com a liberdade necessária para libertar-te também do problema. •
“Não é sensato perguntar por quê.” Querer compreender ou averiguar o porquê ou de onde surgem os problemas pode ser também um obstáculo poderoso para soltá-los. Porque temos de nos agarrar ao nosso problema se quisemos entendê-lo.
Exercício número 11:
Se há algo que te parece importante compreender, soltar o desejo de entender muitas vezes te proporcionará, com muito menos esforço, a compreensão que estás buscando. Se isto está ocorrendo pergunta-te: “Eu prefiro compreender meus problemas ou simplesmente gostaria de me ver livre deles?” se preferires livrar-se deles, te recomendo encarecidamente que soltes antes o desejo de compreendê-los. A razão para que isto seja tão importante é que para compreender um problema temos de abandonar o momento presente que é o único lugar em que na verdade podemos solucionar qualquer coisa. Além disso, só precisamos realmente compreender um problema se pensarmos que ele vai acontecer de novo ou que de algum modo ele persista. Há anos enquanto dava um curso do MS sugeri aos meus alunos que se eles soltassem o desejo de compreender seus problemas às respostas apareceriam. Havia um homem em particular ao qual era difícil aceitar esta ideia. Era um engenheiro elétrico e ‘sabia’ sem sombra de dúvida que necessitava o desejo de compreender as coisas de sua profissão, do contrário não poderia exercer sua profissão. Não me opus ao seu ponto de vista; limitei-me apenas a sugerir que ficasse aberto ao menos à possibilidade de que o fato de soltar o desejo de compreender poderia lhe servir. Durante as duas semanas do Curso, o engenheiro teve uma experiência que mudou por completo sua forma de ver as coisas. Ele trabalhava em criar uma apresentação de um circuito e precisava de uma determinada peça para terminá-lo. Quando foi buscá-la no depósito a caixa onde supunha está a peça estava vazia. Pensou: estou certo de que se eu soltar o desejo de querer compreender o que está acontecendo com certeza não funcionará com este tipo de problema, porém, de qualquer modo, vou tentar. Assim que parou ali, de pé, alguns minutos e soltou seu desejo de averiguar onde estaria a peça logo se encontrou dobrando a esquina em direção a outra fileira de prateleiras e, quem diria! Ali estava a peça que estava procurando. Parou atônito porque havia feito a libertação de sentimentos por pura diversão, certo de que não ia funcionar, porém funcionou. Sugiro-te que estejas aberto a possibilidade de que podes obter as respostas que necessitas em tua vida mediante este processo de soltar o desejo de compreender. •
“Deixa de buscar o passado”. Aborda tua nova vida como se estivesses sempre no presente. Vivemos em um mundo que segue a um passo incrivelmente rápido, onde nos obrigamos, sem cessar, a nos mover numa velocidade maior, para que não paremos, para que não fiquemos por último. Com a pressa de atingir nossas metas, inclusive no âmbito da melhora de nós mesmos, muitas vezes nós perdemos o momento exato que nos oferece a melhor oportunidade para nos descobrirmos e nos conhecermos: o agora. 33
A exploração: buscar a liberdade que existe aqui e agora. Qualquer que seja o ponto passado em que se tenha parado tua consciência, ao liberar-se diretamente desta questão, desenvolves o costume de evitar voltar a ele. A maioria de nós sabe perfeitamente encontrar problemas e limitações. Somos especialistas na busca da limitação devido ao nosso costume de encontrar problemas quando eles não existem. A liberdade que temos naturalmente sempre está mais próxima do que nosso pensamento seguinte. A razão porque perdemos nossa liberdade é que saltamos de pensamento em pensamento, de uma percepção familiar a outra esquecendo-nos do que realmente ocorre aqui e agora. Inclusive quando trabalhares sobre um determinado problema permite-te verificar onde existe o problema. Observa que até teu pior problema nem sempre está contigo no momento atual, no agora. Quando começares a ser consciente da liberdade sem limites a qual é própria da tua natureza essencial descobrirás que tal consciência contém todos os supostos problemas numa perspectiva real e te permite viver teu estado natural de liberdade no agora. O processo a seguir te ajudará a avançar nesta direção. É uma forma de experimentar o que há mais além de teus problemas aparentes e de te pôr em contato com a segunda forma de libertação de sentimentos: a aceitação. Exercício número 12:
Toma consciência de tuas percepções sensoriais começando pelo ouvir. Pergunta-te: “Eu saberia limitar-me a ouvir, escutar ou aceitar qualquer coisa que possa ouvir neste momento?” e enquanto te concentras no que ouves pergunta-te: “Eu saberia também aceitar o silêncio que me rodeia e me deixar impregnar com tudo o que ouço agora?” Durante alguns minutos passa suavemente do escutar o que ouves ao escutar o que não ouves, incluindo teus pensamentos. Exercício número 13:
Quando te sentires preparado começa a concentrar-te no que vês e pergunta-te: “Eu saberia limitar-me, da melhor maneira possível, simplesmente a ver, tudo o que vejo agora?” e enquanto te concentras no que vês te pergunta: “Eu saberia também aceitar ou observar o espaço que rodeia todas as imagem e todos os objetos, (inclusive o espaço em branco entre as linhas desta página?)” Alterna de novo suavemente entre as duas percepções (o que vês e o que não vês) durante alguns minutos. Exercício número 14:
Em seguida te concentra em qualquer sensação física que surja neste momento e perguntate: “Eu saberia limitar-me a perceber qualquer sensação que surja neste momento?” e enquanto te concentras em todas as sensações te pergunta: “Eu saberia aceitar também a ausência de sensação que rodeia qualquer sensação?” Alterna de novo suavemente entre as duas percepções (o que entes e o que não sentes) durante alguns minutos. Depois te pergunta: “Eu saberia me concentrar no problema específico e aceitar esta lembrança com todas as imagens, sons, sensações, pensamentos e sentimentos associados a este problema específico?” e “Eu poderia depois observar que a maior parte de minha experiência se
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produz fora do problema específico?” e “Eu saberia aceitar pelo menos a possibilidade de que este problema não seja tão absorvente quanto parecia?” Alterna de novo suavemente da aceitação do problema e suas percepções associadas à observação e aceitação do que realmente há aqui e agora, durante alguns minutos. Ao fazer tudo o que foi descrito verás que progressivamente irás adquirindo uma nova sensação de claridade referente ao teu suposto problema, além de perceber a diferença entre ele e o que existe aqui e agora. Crescer pode ser divertido. Rogo-te que participes ativamente do processo de liberação. Quanto mais o pratiques mais terás proveito do que irás obtendo. Porém deixa de lado qualquer idéia desagradável que tenhas sobre o trabalho. Muitas pessoas acreditam que “nada se consegue sem dor”. O que é errado. À medida que pratiques o soltar-se, estou certo de que descobrirás que simplesmente não tem porque isto teria que ser verdade. Em vez de ‘trabalhar’ com este processo permite a ti mesmo entrar nele como num jogo explorador de tudo o que é possível ser verdade para ti. Como se, o crescimento e a cura pessoais – chegassem a ser um todo – podessem ser algo lúdico e divertido. Tenha a coragem de introduzir grandes mudanças para melhor em tua vida. Concede-te a felicidade, o sucesso e o bem estar que mereces. Quero que tenhas tudo isso e o MS foi desenvolvido para ajudar-te a consegui-lo. Quando deixares que a facilidade, a simplicidade e o poder surpreendente do MS se te manifestem através das tuas explorações pessoais, obterás uma ferramenta que te acompanhará para sempre. Durante 30 anos pessoas como tu, estão se utilizando desta incrível técnica para melhorar de forma radical todos os aspectos de suas vidas . Capítulo 3 Teu mapa para chegares à liberdade emocional Por favor, leia este capítulo com a mente e o coração abertos. Ele foi elaborado para ajudar-te a analisar e libertar através dos nove estados emocionais fundamentais que todos nós experimentamos durante o dia: apatia, tristeza, medo, desejo, ira e orgulho (estados emocionais limitadores) mais coragem, aceitação e paz (estados positivos). Esta informação vai te ajudar não só a ver com maior clareza teus sentimentos e os sentimentos dos demais, senão também a incorporar à tua vida o processo de libertação de sentimentos consciente. Liberdade e imperturbabilidade. A liberdade ou imperturbabilidade é a meta final do MS: a liberdade de decidir ter, ser ou fazer ou não ter, não ser ou não fazer. Este é o estado natural de ser quando nada acontece em nossa vida que possa perturbar. Tua liberdade já está aqui e agora repousando exatamente debaixo da superfície de tuas emoções e à medida que domines a libertação de sentimentos te descobrirás. Então nada nem ninguém te poderá perturbar. Estarás consciente de tudo o que estiver acontecendo e de tudo desfrutarás sem te sentir apegado a nenhum resultado específico nem preocupado por ele. Permanecerás tranquilo e em paz. É possível que agora mesmo estejas dizendo: “Não sei se desejo soltar todas as minhas emoções. Elas dão cores à minha vida. Elas me fazem sentir vivo”. Asseguro-te que a libertação de sentimentos de modo algum leva a uma vida sem emoções. O que ocorre é exatamente o contrário. Dado que em geral nos reprimimos tanto em realidade não nos permitimos sentir o suficiente. Este atordoamento nos separa da bondade e da riqueza natural da vida muito mais do que nos separa das 35
chamadas emoções negativas. Quando compreenderes que podes soltar teus sentimentos e começares a fazê-lo serás capaz de sentir tudo em maior grau e de forma muito positiva. Descansarás seguro no conhecimento de que nenhum sentimento tem poder sobre ti a menos que decidas permiti-lo. Descobre tua intuição. Outra razão de que muitas pessoas hesitem quando começam a soltar os sentimentos é a crença de que isto proporciona informação e intuição importantes. Minha experiência me diz exatamente o contrário. Embora possa parecer que os sentimentos restritivos surjam do mesmo lugar situado debaixo da consciência, como ocorre com a intuição, esta é de fato o conhecimento natural de nossa autêntica natureza que as emoções bloqueiam. Quando libertamos descobrimos a intuição . Lester Levenson (o criador do MS) normalmente dizia: “A intuição só acerta 100% das suas informações”. É algo que talvez seja difícil de aceitar enquanto não descubras a diferença entre tua intuição e tuas reações emocionais. Portanto utiliza o processo de soltar para poderes distinguir melhor. Basta que libertes no momento exato e prestes atenção. Logo descobrirás que à medida que libertas um sentimento limitante ele diminui ou desaparece enquanto que a intuição simplesmente se torna mais clara e tranquila quando libertas os sentimentos limitantes. Não podes libertar tua intuição. Em realidade quanto mais libertares teus sentimentos limitantes, mais intuitivo serás, sem nem sequer precisar soltar no momento em que ela surge. Os nove estados emocionais. Inerente a todos nós existem nove estado emocionais: apatia, tristeza, medo, desejo, ira e orgulho (estados emocionais limitadores) mais coragem, aceitação e paz (estados positivos). Eles se situam em uma escala de energia e de ação. Na apatia quase não dispomos de energia e empreendemos pouca ou nenhuma ação externa. Temos mais energia e realizamos mais atividade exterior quando subimos ao estado de tristeza. Cada emoção sucessiva nessa escala até chegar à paz, tem mais energia e nos dá capacidade para a ação exterior. Talvez seja útil a seguinte analogia. Imagina que tuas emoções sejam como se experimentasse um mar de energia que se canalizara por uma mangueira que representa teu corpo e tua mente. Quando te encontras na apatia a mangueira está quase completamente enrolada e dobrada deixando passar muito pouca energia. Na tristeza ela está um pouco mais aberta. Quando chegas à coragem ela está muito aberta de modo que podes concentrar tua energia em criar o que decidas. Na paz já não há mais constrição alguma: O mar de energia e tu sois um só. Entre outras coisas, pensar nas emoções desta forma te ajudará a deixar de julgar-te por aqueles sentimentos que tenhas ou não tenhas. Afinal as emoções não são nada mais que energias. Rogo-te que revises este capítulo para que isto te ajude a identificar qual estado emocional estás experimentando num dado momento. Volta à lista de palavras e frases que descrevem cada um dos nove estados emocionais sempre que tenhas dificuldades para conectar com o que estiveres sentindo. Por exemplo, se observas que muitas vezes tens sentimentos negativos sobre ti mesmo ou sobre as outras pessoas ou simplesmente é difícil soltar, é possível que estejas experimentando um estado de apatia. Talvez te veja pensando: “Não sou como os outros. Eu tenho razão. Eu sou mais inteligente que os outros”, ou que te sintas satisfeito contigo mesmo e melhor que Fulano… Os pensamentos e sentimentos desta natureza indicam que seguramente estás experimentando um estado de orgulho. À medida que vais te divertindo com este material é provável que descubras que te podes relacionar com maior facilidade com determinadas emoções do que com outras e que tendes a dedicar mais tempo a experimentar uns estados emocionais que a outros. Entretanto é importante
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‘trabalhar’ com a libertação de sentimentos de tuas emoções no momento em que sentes cada um dos nove estados emocionais para que possas alcançar a verdadeira imutabilidade e a liberdade na vida. As nove categorias emocionais são uma forma de entender a grande parte de nossa mente que se situa debaixo de nossa consciência. Esta parte da mente é como uma cesta de lixo: onde lançamos tudo o que não sabemos o que fazer com ele ou ela. Alguns de nós temos um depósito ou um sótão ou uma garagem para isto. À medida que o tempo vai passando teremos lançado naquela parte da mente tudo aquilo que não sabíamos manejar ou não soubemos resolver. Como eu disse antes, todo sentimento que não se solta fica armazenado na mente subconsciente a qual se enche de escombros emocionais e de pensamentos e sentimentos restritivos . Devido à acumulação de perguntas sem respostas que a maioria de nós desenvolve fica muito difícil lembrar o que é importante e demasiado fácil lembrar o que desejaríamos esquecer. Não sei qual será o teu caso, porém quando eu normalmente utilizava uma cesta de lixo eu sempre me frustrava ao tentar encontrar algo nela. No final eu esvaziava e organizava seu conteúdo. Com o MS também podes fazer o mesmo com a mente. Quando fores dedicando tempo a ‘trabalhar’ com os nove estados emocionais e a libertá-los verás que todas as emoções se relacionam entre si de forma muito organizada. Isto te ajudará a peneirar o que estiver acumulado, descartar o que não necessitas e descobrir o que é importante para ti. Quando libertares, observarás que tua mente irá se tornando mais ágil e tua memória se clareará progressivamente. Não só verás com maior clareza o que sentes em cada momento como também começarás a compreender melhor as emoções das outras pessoas. Quando visualizares a escala de energia e ação ou quando releres as palavras que descrevem os sentimentos imagina que a coragem, a aceitação e a paz estão ocultas debaixo das outras emoções. Quando soltares apatia, a sofrimento, o medo, o desejo, a ira e o orgulho irás descobrindo as três emoções de energias mais fortes as quais constituem o que realmente és e que sempre estiveram ali. O resultado será que toda a tua vida mudará por completo. Tudo será mais fácil . Deves levar em conta que é possível que esta completa mudança pode não se dar de maneira imediata. Pode ser um processo gradual. Entretanto cada vez que participas de uma libertação de sentimentos, sem importar por qual estado de emoção comeces, descobrirás que tendes a ir de forma gradual até a coragem, a aceitação e a paz. Reconhecer assim tuas virtudes ocultas pode significar grande diferença em tua de sentir e agir e na tua percepção da vida. Ao ler os nove anexos que se seguem procura estar o mais aberto possível a qualquer sentimento, pensamento ou imagem que surjam. Peço-te que pares sempre que desejes libertar alguma coisa que apareça. E no final de cada anexo pára durante algum tempo para libertar tudo o que esteja em teu consciente.
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Anexo 1: a apatia. Quando sentimos apatia nos parece que o desejo está morto e que não serve de nada. Não somos capazes de fazer nada e ninguém pode nos ajudar. Sentimo-nos inchados e pesados e não vemos escapatória possível. A mente pode se encher de tantos pensamentos que cheguemos a ficar entorpecidos. As imagens que vemos são limitantes e destruidoras. Só pensamos no fracasso e que nada podemos fazer ou que ninguém pode fazer nada também. Temos muito pouca ou nenhuma força para atuar sobre estas imagens e estes pensamentos porque em nosso interior nos vemos para muitas direções opostas. Cheryl estava aposentada e vivia na mesma casa há 30 anos, um período a que se dedicara a recolher todos os tipos de objetos e coisas abandonadas. Na realidade sua casa parecia um depósito de lixo como aquele que de que falávamos quando nos referimos à mente subconsciente. Quando decidiu assistir o Curso Básico do MS ela dizia que se sentia muito pesada e apática a respeito da situação ao seu redor. O interessante foi que durante o curso ela nunca se libertou diretamente de toda a sua vontade de acumular coisas abandonadas ou de sua apatia. Ela se limitava a fixar seu objetivo em sua falta de determinação. Porém quando ela chegou para iniciar a segunda semana do curso, já chegou com um aspecto de maior vitalidade e contou entusiasmada que ao ir libertando sentimentos durante a semana ela se pegou limpando e varrendo a sua casa. Quando tudo o que a rodeava estava em melhor estado suas forças e sua autoconfiança aumentaram de forma sistemática. Dizia que levara anos se obrigando a limpar sua casa, porém nunca conseguira fazê-lo. Quando se relaxou com a libertação de sentimentos de sentimentos ela se descobriu fazendo essas tarefas. Agora leia as palavras e expressões que descrevem a apatia. Estarás sentindo apatia, quando estiveres sentindo que estás abandonado ou oprimido ou chateado ou sonolento ou esgotado ou isolado ou letárgico ou imobilizado ou condenado ao fracasso ou cansado demais ou deprimido ou derrotado ou triste ou desconcentrado ou descuidado ou apático ou desesperado ou desiludido ou desmoralizado ou desolado ou disperso ou desvalorizado ou distraído ou radical ou entorpecido ou que é tarde demais para agir ou fracassado ou frio ou impotente ou impreciso ou incorrigível ou indeciso ou indiferente ou insensível ou inútil ou invisível ou morto ou negativo ou sem se importar com as coisas ou dizendo-sentindo ‘eu não ligo’ ou ‘eu não me importo’ ou ‘não posso vencer’ ou esquecido pelos outros ou perdedor ou perdido ou preguiçoso ou pensando-sentindo ‘por que tentar?’ ou ‘que sentido tem?’ ou resignado ou um choque nervoso ou sem graça ou pensando-sentindo ‘vamos esperar’ ou vão (vã). Exercício número 15:
Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou alguém que conheces sentísseis apatia numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando. No momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de sentimentos. Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não. Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA! Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento.
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Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa para outro sentimento relacionado com a apatia. Anexo 2: o sofrimento Quando sentimos um sofrimento ou uma dor queremos que alguém nos ajude porque pensamos que sozinhos nada podemos fazer. Cremos que talvez outra pessoa possa fazer algo. Imploramos que alguém aja por nós. Nosso corpo tem um pouco mais de energia que no estado de apatia, porém está tão contraído que dói. Temos a mente um pouco menos abarrotada do que na apatia, porém continua sendo ‘ruidosa’ e opaca. Imaginamos nossa dor e nossas carências e muitas vezes nos perdemos nestas imagens. Só pensamos no muito em que sofremos, no que perdemos e se podemos encontrar alguém que nos ajude. Quando a mãe idosa de Sarah sofreu um derrame cerebral, Sarah se deu conta de que suas vidas haviam mudado. Ela se sentia profundamente triste por perder a relação que normalmente desfrutava quando sua mãe estava saudável. Devido à ajuda que sua mãe agora precisava era como se Sarah assumisse o papel de mãe e sua mãe o papel de filha ao menos parte do tempo. Chegou o dia em que Sarah decidiu penetrar em seu sofrimento e encontrou certa paz. Compreendeu que, com ouso do MS podia permitir-se sofrer de forma adequada em vez de ficar parada num estado permanente de sofrimento. Embora existisse a tristeza e a incerteza, também havia um sentimento de grande alívio e de movimento. A libertação de sentimentos lhe facilitou aceitar as mudanças que iam se produzindo em sua mãe. Agora leia as palavras e expressões que descrevem a sofrimento. Estarás sentindo sofrimento, quando estiveres sentindo que não tens importância para ninguém ou abandonado ou abatido ou acusado ou esgotado ou angustiado ou saudade ou autopiedade ou atormentado ou consternado ou culpado ou decepcionado ou ignorado ou desconsolado ou desesperado ou dor física ou moral ou enganado ou ferido ou isolado ou impotente ou incompreendido ou inconsciente ou incapaz ou infeliz ou com lástima ou de luto ou choroso ou maltratado ou marginalizado ou melancólico ou pensando-sentindo ninguém me quer ou não desejado ou não tenho o direito ou não sou querido ou nostalgia ou esquecido ou sofrimento ou perdido ou pesar ou pensando pobre de mim ou por que eu? ou rechaçado ou agredido ou relegado ou remorso ou pensando ‘se ao menos…’ ou torturado ou triste ou tristeza ou que és vulnerável. Exercício número 16:
Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou alguém que conheces sentísseis sofrimento numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando. No momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de sentimentos. Para tua comodidade aqui está repetido o processo de libertação de sentimentos: Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não. Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA! Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento. Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa para outro sentimento relacionado com o sofrimento. 39
Anexo 3: o medo Quando sentimos medo queremos atacar, porém não o fazemos porque pensamos que o risco é demasiado grande. Cremos que seguramente receberemos mais golpes do que aplicaremos. Nosso corpo tem um pouco mais de energia que no sofrimento, porém continua tão contraído que resulta em dor. Os sentimentos sobem e baixam com rapidez como quando se joga água fria numa panela de água quente. A mente está um pouco menos abarrotada que no sofrimento, porém continua ruidosa e opaca. Nossas imagens e pensamentos giram sobre a fatalidade e a destruição. A única coisa que nos ocorre e a única coisa que vemos, é o que nos pode prejudicar, o que podemos perder e que devemos nos proteger e a quem nos rodeia. A libertação de sentimentos é uma ferramenta magnífica para abordar o medo como descobriu Judy numa viagem por Marrocos e Kenia. Em uma estrada isolada e em muito mal estado das montanhas Atlas ela e 11 pessoas foram de repente derrubadas e começaram rolarem umas sobre as outras. Durante alguns momentos todos pensaram que iam morrer até que o veículo parou no meio de um penhasco. Com os corações acelerados todos saíram do ônibus com cuidado e ficaram entregues à sorte durante toda a noite, em condições lamentáveis. Fazia frio e o vento soprava. Tinham poucas provisões, algumas pessoas sofriam de diarreia, e um que estava ferido teve uma crise nervosa. Entretanto no meio de todo aquilo Judy não parou de libertar seu medo. O resultado foi que estava tranquila inclusive fascinada, perguntando-se se poderiam sair daquele apuro e pensando que era uma aventura incrível que por fim terminou. E o melhor de tudo é que viveu para contá-la sem ficar com nenhum sentimento traumático pelo que tinha acontecido. Agora leia as palavras e expressões que descrevem o medo. Estarás sentindo medo, quando estiveres te sentindo ameaçado ou apreensivo ou assustado ou aterrorizado ou preso ou envergonhado ou cuidadoso ou covardia ou impedido ou desconfiado ou desejo de fugir ou desesperado ou dúvida ou cético ou evasivo ou histérico ou horrorizado ou tímido ou incerto ou inquieto ou inseguro ou irracional ou com mau pressentimento ou medo sem motivo aparente ou tontura ou nervosismo ou obcecado ou pânico ou paralisado ou paranóico (perseguido) ou precavido ou preocupado ou receoso ou reservado ou supersticioso ou suspeitas ou trêmulo ou tenso ou terror ou timidez ou vacilante ou vulnerável. Exercício número 17:
Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou alguém que conheces sentísseis medo numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando. No momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de sentimentos. Para tua comodidade aqui está repetido o processo de libertação de sentimentos: Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não. Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA! Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento.
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Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa para outro sentimento relacionado com o medo.
Anexo 4: o desejo Quando sentimos desejo, nós queremos possuir. Queremos. Ansiamos dinheiro, poder, sexo, pessoas, lugares, coisas, porém hesitamos. Pode ser que os alcancemos e pode ser que não. Temos um sentimento oculto de que não podemos ou não devemos ter o que desejamos. Nosso corpo tem um pouco mais de energia que no medo. Mas continua ainda bastante contraído, porém agora as sensações às vezes são agradáveis, sobretudo quando se comparam com as emoções anteriores. Os sentimentos podem ser muito intensos. Nossa mente está um pouco menos abarrotada que no medo, porém continua com os ruídos e as obsessões. Podemos tentar aliviar nossas imagens com fantasias positivas, porém no fundo elas são apenas imagens do que não temos. Nossos pensamentos se ocupam do que necessitamos conseguir e não temos. Por mais que consigamos nunca nos sentimos satisfeitos e raramente desfrutamos do que possuímos. Ron é um fã de basquete, que vive em Seattle, e sente paixão pelos Sonics. No ano em que este time este nas finais contra o Chicago Bulls ele se sentia num intenso estado de desejo. Ela lembrava que desde menino perdia o controle emocional quando se preocupava com um jogo – literalmente se agitava com o esforço de sentir o desejo de que seu time vencesse. Assim, nas poucas vezes que teve oportunidade de assistir a uma final entre os Sonics e o Chicago Bulls ele passava o tempo nos terraços libertando-se do desejo que sentia de controlar o resultado. Isto fazia com que se sentisse muito melhor. Desfrutava muito mais com o jogo e, o mais divertido, lhe parecia que se libertava como fizeram as dez mil pessoas. Ron não aplaudia mecanicamente o time e no final do jogo, já calmo, sentia a mesma euforia. Hoje sua esposa ri porque Ron vai a todos os jogos e o Sonics sempre ganha quando Ron assiste ao jogo dos terraços. Agora leia as palavras e expressões que descrevem o desejo. Estarás sentindo desejo, quando estiveres sentindo que estás aproveitador ou alheio ao que te rodeia ou ansioso ou compulsivo ou permissivo em excesso ou desenfreado ou impiedoso ou egoísta ou invejoso ou exigente ou explosivo ou frenético ou frustrado ou glutão ou fome ou impaciente ou impulsivo ou insaciável ou insensível ou lascivo (luxurioso) ou libidinoso ou libertino ou manipulador ou ‘maquinador’ ou mesquinho ou achando que não pode esperar ou que algo nunca é suficiente ou obcecado ou obsessivo ou perverso ou possessivo ou prepotente ou prevendo ou querendo ou voraz ou sempre insatisfeito ou manhoso ou dengoso ou imprudente ou pensando ‘tenho de possuir isto’. Exercício número 18:
Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou alguém que conheces sentísseis desejo numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando. No momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de sentimentos. Para tua comodidade aqui está repetido o processo de libertação de sentimentos: Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não. 41
Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA! Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento. Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa para outro sentimento relacionado com o desejo. Anexo 5: a raiva Quando sentimos raiva desejamos investir para ferir e deter os demais, porém hesitamos. Podemos investir ou não. Nosso corpo tem um pouco mais de energia que no desejo. Está menos contraído e muitas vezes as emoções podem ser muito intensas e explosivas. Nossa mente está menos abarrotada que no desejo, porém continua com ruídos, teimosia e obsessão. Nossas imagens se referem à destruição e ao que pretendemos fazer aos demais. Nossos pensamentos se ocupam de com conseguir que se nos façam justiça e que os outros paguem por algum sofrimento que nos impuseram. Esta força pode nos assustar e pode ser que nos obriguemos a voltar à experiência com um menor grau de energia. Inclusive até pode nos causar dano. As ações que praticamos são em sua maioria destrutivas para nós mesmos e para quem esteja ao nosso redor. Paige tinha um sentimento contra sua ex-noiva a qual em sua opinião o havia traído. Embora sua relação tivesse terminado dois anos antes sempre que pensava nela observava que sentia tanta ira que praticamente se paralisava. Quando isto ocorria ele se permitia imaginar formas de vingar-se. Como não deixava de alimentar a recordação a dor da experiência continuava viva. E o que era mais importante, a ira que sentia o impedia de iniciar uma nova relação que fosse satisfatória. Quando Paige fez o Curso do MS um dos seus objetivos era libertar-se da sua ira tão antiga e perdoar sua ex-noiva. Na aula ele ficou surpreso ao descobrir como foi fácil soltar as feridas e decepções que ainda lhe incomodavam e que desapareceram com apenas algumas sessões de perguntas. Quase de imediato começou abrir-se à possibilidade de uma nova relação. Assim que surgiam sentimentos negativos ele se limitava a libertar e se sentia mais ágil, feliz e otimista diante da vida. Agora leia as palavras e expressões que descrevem a raiva. Estarás sentindo raiva (ira), quando estiveres te sentindo acalorado ou agressivo ou com raiva ou a ponto de explodir ou amargurado ou ardente ou beligerante ou brusco ou cáustico ou ciumento ou colérico ou desafiante ou impiedoso ou destrutivo ou irascível ou discutidor ou duro ou inflamado ou raivoso ou exigente ou explosivo ou frustrado ou furioso ou hostil ou tímido ou impaciente ou indignado ou impiedoso ou irascível ou irritado ou louco ou mal educado ou malicioso ou mesquinho ou obstinado ou com ódio ou perverso ou petulante ou prepotente ou rebelde ou com ressentimento ou rigoroso ou selvagem ou severo ou mexido ou teimoso ou vingativo ou repetitivo ou violento ou como um vulcão ou com instintos assassinos . Exercício número 19:
Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou alguém que conheces sentísseis raiva numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando. No momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de sentimentos. Para tua comodidade aqui está repetido o processo de libertação de sentimentos: Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não. 42
Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA! Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento. Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa para outro sentimento relacionado com a raiva. Anexo 6: o orgulho Quando sentimos orgulho queremos conservar nossos status. Não estamos dispostos a mudar nem a nos movermos; por isso impedimos que os demais se movam para evitar que eles nos ultrapassem. Nosso corpo tem um pouco mais de energia que na ira, porém muitas vezes não podemos dispor dela. Embora estejamos menos contraídos normalmente ‘estamos apagados e menos visíveis’. Nossa mente está um pouco menos abarrotada que na ira, porém continua sendo ruidosa, rígida e concentrada em si mesma. Nossas imagens e nossos pensamentos se referem ao que temos feito e ao que sabemos. Se de algum modo estivermos conscientes dos demais, esperamos que eles não vejam quão bem ocultamos nossas dúvidas fastidiosas. Martin era o que a maioria consideraria um executivo dinâmico. Em sua carreira profissional muito cedo foi progredindo na empresa sem preocupar-se muito quem ia pisando pelo caminho. Entretanto quando comprou as fitas do MS foi porque havia encontrado uma dificuldade em sua profissão. Pensava que estava fazendo o certo, porém já não obtinha os resultados que desejava. Várias promoções lhe haviam escapado e não entendia porque seus chefes não viam que ele era muito melhor do que as pessoas a quem promoviam. Ao escutar as fitas, Martin descobriu que havia caído no orgulho, que não desejava ver seus defeitos e que se impedia de aproveitar o apoio que estava à sua disposição por não ficar aberto a recebê-lo. Quando soltou seus sentimentos limitantes começou a apreciar aos seus companheiros de trabalho de forma mais espontânea e se sentiu mais disposto a trabalhar em equipe sem se manter distante deles como fazia antes. Depois de fazer esta mudança promoveram-no. Hoje Martin sabe que pode continuar a progredir sem necessidade de pisar em ninguém pelo caminho. Agora leia as palavras e expressões que descrevem o orgulho. Estarás sentindo orgulho, quando estiveres sentindo que estás absorto em ti mesmo ou chato ou agarrado às tuas idéias ou isolado ou altivo ou arrogante ou autoritário ou fechado ou acreditando em algo ou crítico ou sentindo desdém ou depreciativo ou displicente ou distante ou dogmático ou egoísta ou vaidoso ou esnobe ou especial ou estóico ou herói ou com falsa dignidade ou com falsa humildade ou com falsa virtude ou fanfarrão ou frio ou hipócrita ou impassível ou implacável ou inexorável ou inflexível ou insensível ou inteligente ou intolerante ou irrepreensível ou cheio de preconceitos ou malcriado ou se sentindo melhor que os outros ou achando que nunca erra ou obcecado ou paternalista ou petulante ou presunçoso ou certo ou com direito ou reto ou vangloriando-se ou rígido ou como um sabe tudo ou protetor ou exibido ou satisfeito consigo mesmo ou sentencioso ou superior ou teimoso ou vão (vã). Exercício número 20:
Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou alguém que conheces sentísseis orgulho numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando. No momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de sentimentos. Para tua comodidade aqui está repetido o processo de libertação de sentimentos: 43
Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não. Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA! Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento. Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa para outro sentimento relacionado com o orgulho. Anexo 7: a coragem Quando sentimos coragem estamos dispostos a agir sem vacilar. Podemos fazer. Podemos mudar qualquer coisa sempre que seja necessário. Temos a vontade de soltar e de avançar. Nosso corpo tem muito mais energia que no orgulho e podemos dispor dela para a ação exterior e construtiva. A energia que temos à nossa disposição é abundante e clara. A mente está menos abarrotada do que no orgulho e é muito menos ruidosa. Somos flexíveis, capazes de nos recuperarmos e de manter uma atitude aberta. Nossas imagens e nossos pensamentos se referem ao que podemos fazer e aprender e a como podemos ajudas aos outros da mesma forma. Estamos motivados e não dependemos mais do que de nós mesmos sem por isso deixar de desejar que os outros também tenham sucesso. Sabemos rir a gargalhadas inclusive de nossos próprios erros. A vida é divertida. Cada vez que dizemos ‘sim’ às perguntas de libertação dos sentimentos, aproveitamos a energia da coragem. E como este é nosso estado natural, podemos ter acesso à coragem em qualquer momento por mais escondida que pareça estar devido ao predomínio dos outros sentimentos. Além de instrutor do MS David é um exímio profissional e sempre representa um espetáculo de 40 minutos sobre os perigos das drogas aos alunos de escolas públicas de Nova Iorque. Todos os anos pelo menos 20 mil crianças desde a educação infantil até o fim do ensino fundamental veem sua palestra e hoje David os ‘enfrenta’ com um ânimo constante de coragem e aceitação. Porém nem sempre foi assim. Durante 5 ou 6 anos normalmente tinha medo de perder o controle ou de não ser capaz de realizar seu trabalho ou de não saber ‘dominar’ os alunos. Na escola onde atuava muitas vezes havia mais de 500 alunos rebeldes. Sentia um temos impreciso de que algo lhe faltava, de que eles pudessem brigar entre si ou que não fizessem silêncio e que sua palestra fosse um fracasso. Agora graças aos exercícios de libertação dos sentimentos que faz antes de suas palestras e mesmo durante elas, David não sente medo algum e muitas vezes já viveu as situações que antes temia. Pode acontecer que o diretor de uma escola lhe entregue um grupo de alunos que não parem de gritar ou que entre eles haja um típico comum que faz perguntas só para aparecer. David se limita a deixar que se liberte a tensão do seu estômago e com toda a tranqüilidade olha diretamente os alunos e diz; “Estou desejando fazer o que vim fazer para vocês e, dentro de alguns instantes vou continuar se eu não for interrompido. Porém não poderei fazer isto se vocês também mostrarem seus próprios espetáculos enquanto eu trabalho.” Assim ele ganha os alunos. Seu compromisso com a liberdade lhe tem permitido influir positivamente com sua mensagem vital diante dos alunos em situação de risco. Disse David: “Quando atuo com um estado de coragem e aceitação, trago harmonia ao mundo. Somente posso ter sucesso quando deixo que os sentimentos se soltem em meu interior. Então meus atos são automaticamente mais afetuosos e compassivos. Estarás sentindo coragem, quando estiveres te sentindo aberto ou acessível ou afetuoso ou alegre ou apaixonado ou atrevido ou autosuficiente ou capaz de superar-se ou centrado ou claro ou com compaixão ou competente ou com visão de futuro ou consciente ou criativo ou decidido ou desperto ou dinâmico ou disposto ou entusiasmado ou esplêndido ou espontâneo ou estável ou estudioso ou eufórico ou feliz ou firme ou flexível ou forte ou honorável ou com bom humor ou impaciente ou incansável ou independente ou engenhoso ou com iniciativa ou íntegro ou intrépido ou invencível ou lúcido motivado ou otimista ou com perspectiva ou positivo ou pensando ‘eu posso’ 44
ou receptivo ou resoluto ou seguro ou sensível ou solícito ou vigoroso ou vivo ou com objetivos claros. Exercício número 21:
Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou alguém que conheces sentísseis coragem numa das formas descritas. E liberta-te! Já sabes como… Anexo 8: a aceitação Quando experimentamos a aceitação temos e desfrutamos de tudo como tudo é. Não temos necessidade de mudar nada. As coisas são assim e assim estão bem. São belas como estão. Nosso corpo dispõe de muito mais energia do que na coragem. A maior parte desta energia está em repouso, porém à nossa disposição se a necessitamos. É uma energia ligeira, morna e aberta, a mente está menos abarrotada do que na coragem e quase em silêncio e satisfeita. Nossas imagens e nossos pensamentos estão enamorados do requinte das coisas. A vida é alegre. Ralph e sua esposa assistiam comigo a um Retiro de Sete Dias em Sedona. Todas as manhãs, antes de começar a aula, davam um passeio. Certo dia eles chegaram a um lugar conhecido como Rocha Bell, onde Ralph dedicou um tempo para libertar-se com um objetivo. Quando lhe chegou um sentimento familiar: “Nunca vai acontecer”, imediatamente reconheceu a mensagem, era só um sentimento. Nem sequer teve de se agarrar a ele. O que fez com que a experiência fosse tão especial foram as imagens que apareceram. Enquanto estava ali de pé podia ver um torvelinho de sentimentos surgirem de seu interior e observou que se limitava a aceitá-los sem ter de agarrar-se a eles. A imagem do torvelinho se repetiu várias vezes sempre com menor força até que por fim desapareceu. Embora toda esta visão não tenha durado mais que um minuto foi de uma força grandiosa. Disse Ralph: “Era como um cachorro de rua que chegasse à minha porta, eu sabia que se eu alimentasse o sentimento ele voltaria. Porém se eu não o fizesse ele se iria”. De volta à classe contou quão bem e quanto livre havia se sentido. Agora leia as palavras e expressões que descrevem a aceitação. Estarás sentindo aceitação, quando estiveres te sentindo aberto ou com abundância ou afetuoso ou agradecido ou alegre ou ardente ou em harmonia ou surpreso ou bem estar ou afetuoso ou compassível ou compenetrado ou com consideração pelos outros ou cortês ou agradável ou educado ou enriquecido ou equilibrado ou eufórico ou belo ou indulgente ou ingênuo ou integrado ou intuitivo ou brincalhão ou magnânimo ou sem nada para mudar ou com naturalidade ou participante ou com plenitude ou radiante ou seguro ou sensível ou simpático ou sossegado ou pensando ‘eu tenho’ ou terno ou que tudo vai bem ou com empatia. Exercício número 22:
Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou alguém que conheces sentísseis aceitação numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando. No momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de sentimentos. Para tua comodidade aqui está repetido o processo de libertação de sentimentos: Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não. Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA! Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento.
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Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa para outro sentimento relacionado com a aceitação.
Anexo 9: a paz Quando experimentamos a paz sentimos: “Sou um todo, algo completo em mim mesmo. Todos e tudo fazem parte de mim. Tudo é perfeito”. O corpo tem muito mais energia do que na aceitação, porém ela está em repouso total, tranqüila. A energia está calma e em silêncio. A mente está clara e vazia, porém estamos cheios de consciência. Não há necessidade de imagens nem de pensamentos. Ávida é como é e tudo está bem. Minha corretora Stephane me contou um momento de paz e de plenitude pessoal que havia experimentado há pouco tempo enquanto segurava um bebê de seis semanas de seus amigos. Quando o bebê se enrodilhou inocentemente sobre seu peito Stephane se deixou levar pela experiência da confiança que o bebê demonstrava. Libertou por completo todas as suas expectativas e preocupações. Não havia planos para o futuro nem se preocupava com o passado, só descansava no agora com aquela pequena criatura. Nada a impedia de amar e ser amada. Tudo o que ela necessitava era um coração. E no se referia à paz não tinha mais nada para ser. Agora leia as palavras e expressões que descrevem a paz Estarás sentindo paz, quando estiveres sentindo que estás alheio ao tempo ou calmo ou consciente ou interessado ou com espaço ou eternamente jovem ou eterno ou identificado ou ilimitado ou livre ou ligeiro ou com perfeição ou pleno ou puro ou realizado ou resplandecente ou com serenidade ou pensando ‘eu sou’ ou unido com o todo ou tranquilo. Exercício número 23:
Depois de ler aquelas palavras dedicas alguns minutos a recordar a última vez em que tu ou alguém que conheces sentísseis paz numa das formas descritas. Podes ir relendo e lembrando. No momento em que sentires algum dos sentimentos pare e aplique o processo da libertação de sentimentos. Para tua comodidade aqui está repetido o processo de libertação de sentimentos: Ao sentir algum sentimento te pergunta: “Eu poderia aceitar este sentimento o melhor que eu possa?” e responde sim ou não. Pergunta: “Eu saberia soltá-lo?” responde sim ou não. Pergunta: “Eu o soltaria?” responde sim ou não. Pergunta: “Quando?” e responde AGORA! Expirando e sentindo a diferença ao nível do sentimento. Repete este processo desde prestar atenção a um sentimento até a resposta agora! Tantas vezes quantas forem necessárias até que te sinta totalmente livre deste sentimento. Só depois passa para outro sentimento relacionado com a paz.
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Não somos nossos pensamentos. Observa como te sentes depois de tua viagem ao redor dos nove estados emocionais. Se te permitiste sentir a importância do que estás lendo (o melhor que pudestes) possivelmente já te sentes um pouco mais relaxado, aberto às tuas emoções e em contato com elas. Se não estás certo ou não observastes mudança alguma, evita preocupar-te. Lembra que estás aprendendo uma habilidade nova e que pode demorar um pouco dominá-la. Tens muito mais experiência em reprimir e expressar teus sentimentos do que em soltá-los. Logo estarás mais em contato com eles e te será mais fácil identificá-los e soltá-los. Para concluir nossa viagem pelos nove estados de energia dediquemos uns minutos a analisar a seguinte afirmação: “Os sentimentos não são mais do que sentimentos. Não são nós mesmos. Não são fatos e nós podemos soltá-los”. Estas simples palavras resumem o conteúdo do MS. Porém o que realmente significam? A primeira parte (Os sentimentos não são mais do que sentimento.) pode parecer evidente. Entretanto não é assim como a maioria de nós vive. Vivemos em uma cultura que se ocupa, sobretudo dos sentimentos situados num dos extremos de um espectro. Em um dos extremos nós negamos nossos sentimentos e o efeito que eles têm sobre nossos processos de pensamento racional, nossa saúde ou nossa experiência de vida. Em outro extremo os deificamos (lhe damos o valor de deuses), lhe damos uma importância exagerada às supostas mensagens que transmitem e ao que elas significam acerca do que somos. A ideia de agir racionalmente e a de negar nossas emoções têm, ambas, seu ponto de verdade. Entretanto a maioria de nós se perde e perdemos a capacidade de decidir em cada uma destas ideias. Em função de como nossa mente racional interpreta o que captamos pelos sentidos em um determinado momento, muitas vezes podemos oscilar entre uma ideia ou outra. A maioria tende a identificar nossas emoções como se elas fossem quem somos. Como dizia na introdução do capítulo 1 essa identificação se encontra inclusive em nossa forma de falar, quando, por exemplo, dizemos que ‘estamos cansados’ e vez de dizer ‘nos sentimos cansados’. É nossa identificação com os sentimentos o que torna mais difícil o fato de soltarmos. Normalmente nos agarramos a nossa identificação com um sentimento, porque pensamos: “É assim que eu sou”. Acreditamos erroneamente que “Sinto, logo existo”. Na perspectiva da libertação as coisas não são assim. A segunda parte da afirmação (não são nós mesmos) nos lembra que se trata de uma falsa identificação. Recomendo-te que examines está ideia sozinho. Pensa se é mais exato observar que teus sentimentos vão e vêm enquanto que tu sempre permaneces. Se não está certo de que és mais do que teus sentimentos ou emoções deixa as coisas como estão no momento. À medida que analises o MS e comeces a praticar a libertação dos sentimentos durante o dia, descobrirás esta tua verdadeira natureza a qual está por trás das limitações autoimpostas e criadas pelos teus sentimentos. Quando te vires perdido em tua identificação com um sentimento, pergunta: “Sou este sentimento ou simplesmente tenho um sentimento?”. Esta simples pergunta te pode ajudar a diferenciar uma falsa identificação. Também podes usar a primeira pergunta do primeiro passo do 47
MS: “O que estou sentindo?” para que te ajude a reconhecer que não és o sentimento. Acontece simplesmente que tens um sentimento. Reconhecer isto abre a oportunidade de soltá-lo.
Ao avançar na análise da afirmação chegamos a (não são fatos). Não te correu alguma vez que pensavas que estavas certo – por exemplo, que gostavas de alguém – para depois descobrires que estavas errado? Ou não tivesse alguma vez certo de que algo sairia mal e logo saiu bem? São só dois exemplos de como nos relacionamos com a percepção que recebemos dos nossos sentimentos. Vivemos em um mundo de coisas e de ideias que são suposições, crendo que nos relacionamos com fatos. De certo modo nossos sentimentos não são mais do que histórias que elaboramos sobre um determinado conjunto de sensações. Muitas vezes, se não sempre, estas histórias chegam quando o sentimento já surgiu em nossa consciência. Logo as utilizamos para explicar porque nos sentimos como nos sentimos. Tratar os sentimentos como fatos pode ser um problema porque muitas vezes nos damos conta de que acreditamos que algo fosse verdadeiro até que já seja demasiado tarde. Em seguida já temos tomado uma decisão que nos parecia razoável, porém logo vemos que ela se baseava em uma reação emocional automática. A última parte da afirmação se concentra no tema deste livro (nós podemos soltar). Quanto mais aceitares e utilizes tua capacidade natural para libertar sentimentos, mais se transformará cada uma das partes de tua experiência. Compromete-te com teu crescimento. Exercício número 24:
Antes de passar ao capítulo seguinte te sugiro que pratiques muitas vezes a libertação de sentimentos com os nove estados emocionais. Cada vez que releias este capítulo o compreenderás melhor, terás melhor aproveitamento e te aprofundarás mais no uso do MS. Aproveita a oportunidade de examinar tua vida de uma nova perspectiva, do ponto de vista de muita ou pouca energia e permites observar como os diferentes estados emocionais afetam a tua vida. Além disso, faz todo o possível para incorporar de forma mais completa o processo de libertação dos sentimentos em tua vida. Só assim começarás a ver os resultados profundos que este livro trará à tua vida. Só após aprenderes bem, na prática do dia a dia, os exercícios desta primeira parte é que poderás aprender os dos próximos capítulos: Como aprofundar a libertação Como soltar as quatro necessidades básicas Como focar e atingir teus objetivos Como libertar-se dos apegos e das aversões Como tomar decisões Como fazer uma limpeza emocional Como libertar profundamente o medo e a ansiedade Como rir da culpa e da vergonha Como acabar com os maus hábitos Como construir tua própria riqueza 48