Louis Althusser
1 BIOGRAFIA
Louis Althusser, filósofo francês, nascido em Birmandreis, na Argélia em 19 de outubro de 1918, e falecido, de ataque cardíaco, em 22 de outubro de 1990, aos 72 anos em Paris, França. Após a morte do pai, sua mãe se mudou, junto com sua irmã e ele para Marseille, onde passou quase toda a infância e juventude. Com dezenove anos fez parte da juventude católica francesa e em 1948 filiou-se ao partido comunista Francês, no mesmo ano em que tornou-se professor da Ecole Normale Supérieure. Em
1939
foi
convocado
para
lutar
na
segunda
guerra
mundial,
permanecendo, a maior parte da guerra preso em um campo de concentração (de 1940 a 1945). Isso, somado a diversos outros problemas na sua infância e juventude,
geraram
uma
pessoa
com
diversos
danos
psíquicos
que
acompanharam por toda vida. Em um surto psicótico, em 1980, Althusser assassinou sua esposa, por estrangulamento. Foi inocentado por ter sido considerado incapaz e permaneceu internado em uma instituição psiquiátrica até 1983 quando se mudou para o norte de Paris e viveu recluso até sua morte, em 1990.
o
2
2 SEU TRABALHO
Seu trabalho é influenciado pela obra de Karl Marx, que mereceu as mais importantes obras de Althusser, que revisitou e analisou sua obra, dividindo-a em fases. Althusser dividiu o pensamento de Marx em períodos; as obras da juventude, ainda ideológico e, segundo Althusser, prisioneiro da ideologia burguesa e a fase madura, onde Marx apresenta sua teoria das relações entre produção e capital, centrando suas idéias nas lutas de classe. Militante do Partido comunista, Althusser é conhecido como o teórico das ideologias. Sua principal corrente é o estruturalismo francês dos anos 1960, juntamente com pensadores como Claude Lévi-Strauss, Jacques Lacan, Michel Foucault ou Jacques Derrida. Também considerava a teoria critico-reprodutivista que insere a crítica, social e política na análise da educação. Segundo Althusser, o Estado possui instrumentos para divulgar a ideologia reinante e se manter no poder, oprimindo a classe operária ou sócioeconomicamente menos favorecida. Esses instrumentos são chamados de Aparelhos de Estado: Os aparelhos de repressão do Estado buscam manter o domínio da classe dominante sobre a operária através da repressão: polícia, exército, o Chefe de Estado, o Governo, a justiça e a Administração impõem o Estado como força de execução e de intervenção repressiva a serviço da "classe dominante". Os aparelhos ideológicos do Estado têm por função incutir a ideologia do sistema dominante. Dentre os diversos aparelhos ideológicos do Estado estão a igreja, os políticos e principalmente, o sistema escolar. Com uma forma bastante pessimista e crítica, Althusser entende que a escola capitalista busca diferenciar a educação, mantendo as elites com o conhecimento e a ideologia para manter o status quo e, de forma sistemática, enfocando o preparo das classes operárias para o sistema produtivo e força de trabalho. Com isso a escola consegue domesticar, adestrar e moldar cidadãos passivos, que servirão às demandas do Sistema Capitalista dominante. Essa teoria manteve-se como base crítica, mas não forneceu outra maneira de se reformar a escola para solução do problema, mantendo-se somente na constatação da situação.
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Essa afirmação de que nada pode ser feito gera pessimismo e imobilismo. Segundo Althusser, são raros os educadores que se posicionam contra a ideologia vigente, contra o sistema e contra essas práticas. Normalmente, nem sequer se dão conta do trabalho que o sistema os obriga a fazer ou, o que é ainda pior, põem todo o seu empenho e engenhosidade em fazê-lo de acordo com o que lhe é exigido. Eles questionam tão pouco que pelo próprio devotamento contribuem para manter e alimentar essa representação ideológica da escola, que hoje faz da Escola algo tão natural e indispensável quanto era a Igreja no passado.