todo sobre las memorias digitalesDescripción completa
Feitiço decenteDescrição completa
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Descripción: trabajo de enfermeria (proceso) investigacion a la salud
Música Mexicana: Tres Preludios- Domingo Lobato BañalesDescripción completa
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Descrição: Actividade para trabalhar a auto-estima em crinaças.
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Memorias de África, partitura PianoFull description
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Descripción: libro escaneado espero les sirva
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Descripción: Sistematizacion informe de practica 12345689101112121314151617181920.
Minhas Memórias de Lobato Literatura em minha Casa Novela - Vo Volume 3 Contadas por Emília, Marquesa de Rabicó e pelo Visconde de abu!osa Luciana androni "mpress#o braille em duas partes, do volume 3, da $% edio, $''$, Editora ch(arc) Ltda* +rimeira +arte Ministrio da Educao "nstituto en.amin Constant /ivis#o de "mprensa raille 0v* +asteur, 31'234 - 5rca $$$6'-$7' Rio de 8aneiro R8 - rasil 9el*: 9el*: ;'<<$=> ;'<<$= > $173-===6 $1 73-===6 ?a<: ;'<<$=> $173-==@7 http:A2A2(((*ibcnet*or!*br - $''3 CopBri!ht do te =66@ bB * Monteiro LobatoD CopBri!ht do te =66@ bB Luciana androni +reparao: Mrcia Copola 0 editora a!radece a !entil colaborao da Família de Monteiro Lobato "N 41-417-4=-$ 9odos os direitos desta edio reservados G Editora ch(arc) Ltda* Rua andeira +aulista, @'$, c.* 3$ - '713$-''$ #o +aulo - + - rasil 9eleFone: 9eleFone: ;==> 3=@-'4'= 3=@- '4'= ?a<: ;==> 3=@-'4=7 (((*companhiadasletras*com*br H"I JNota da di!itali)ao: destinando-se o presente te
/ados "nternacionais de Catalo!ao na +ublicao ;C"+> ;Cmara rasileira do Livro, +, rasil> androni, Luciana, =6$Minhas memórias de Lobato, contadas por Emília, Marquesa de Rabicó, e pelo Visconde de abu!osa 2 Luciana androni D ilustra&Oes Laerte* - #o +aulo : Companhia das Letrinhas, =66@* "N da coleo 41-@7'-===-1 "N 41-417-4=-$ =* Literatura inFanto-.uvenil $* Lobato, Monteiro, =44$-=674 "* Laerte* ""* 9ítulo* 6@-'7== C//-'$4A*1 Pndices para catlo!o sistemtico: =* Literatura inFantil '$4A*1 $* Literatura inFanto-.uvenil '$4A*1 H"QI S 9ire o melhor proveito deste livro e procure conserv-lo* Ele uma Fonte permanente de consulta* HQ"""I umrio Teral +rimeira +arte Minhas Memórias de Lobato ******************: = e!unda +arte Minhas Memórias de Lobato ;continuao> ********************* 4= Ulbum de Recorda&Oes ****** =$ "lustra&Oes de Lobato ***** =7 Cronolo!ia ***************** =1 obre a 0utora *********** =4 H1I memórias de lobato +or incrível que pare&a, Emília andava muito quieta* +ensava o dia inteiro em que aventura ia se meter desta ve)* +edrinho e Nari)inho estavam na escola, e ela n#o poderia esperar
para aprontar al!uma* /ona enta, 9ia Nastcia e o Visconde Visconde estavam desconFiadíssimos de que al!o ia acontecer, e com certe)a ia nascer daquela cabecinha* /ito e Feito* /ali a pouco, l veio ela com mais uma das suas: - 9ive uma idia mirabolante Vou escrever minhas memórias* /ona enta n#o entendeu nada* er que Emília estava soFrendo de amnsia e tinha esquecido que . tinha escrito as WMemórias da EmíliaXY - Mas, Emília, vocZ . escreveu suas memórias* N#o me di!a que . tem um se!undo tomo - N#o, que eu tive a idia de escrever as memórias do Monteiro Lobato, e claro que metade do livro vai ser sobre mim, . que eu sou a persona!em mais importante que ele criou* +or isso o livro vai se chamar Eu e Lobato* /ona enta Ficou rindo da !abolice da Emília e, apesar de ter achado que a danadinha teve realmente uma boa idia, p[s um pouco de lenha na Fo!ueira para ver o que a boneca ia di)er: - Mas, Emília, est certo que o Lobato Ficou muito Famoso porque escreveu os livros aqui do ítio, e colocou na sua boquinha todas as críticas e reclama&Oes que ele teve deste mundo, mas alm disso ele Foi um !rande contista, inventou o 8eca 9atu, Fe) campanha sanitarista, Foi um !rande editor de livros HI e, como vocZ deve saber, Foi um dos primeiros brasileiros a bater o p di)endo que no rasil tinha petróleo, numa poca em que todo mundo ria disso* +arece at que vocZ n#o leu WK po&o do ViscondeX* Ent#o, eu acho que o livro deve se chamar Lobato e o petróleo* - Lobato e o petróleoY \ue idia, /ona enta ] claro que eu sou muito mais importante pro rasil que o petróleo Eu sou a independZncia indepen dZncia ou morte 0 senhora só pode estar brincando Est certo que eu escreva escr eva um capítulo sobre o petróleo, ou melhor, um par!raFo, mas mais que isso n#o tem WcaimentoX - Cabimento, Emília* - WCaimentoX Caimento /ona enta parou de ati&ar a boneca e resolveu saber como ela pretendia come&ar a escrever as memórias: - Est bem, Emília, que se.a um par!raFo, mas e o restoY 0 vida do Lobato n#o se resume a vocZ e uma linha sobre a Campanha do +etróleo* VocZ vai ter que Fa)er uma pesquisa sobre a vida dele, e olha que tem muita coisa para p ara ler* 9em 9em W0 barca de TleBreX, que s#o quarenta quare nta anos de correspondZncia com o ami!o TodoFredo Ran!el, tem WMonteiro LobatoX, vida e obra do Ed!ar Cavalheiro, tem WMonteiro LobatoX para crian&as, do 0laor arbosa, tem*** - Che!a Che!a, /ona enta Eu n#o vou Fa)er porcaria de pesquisa nenhuma Eu vou escrever tudo da minha cabe&a, como todos os escritores /uvido que al!um Fa&a pesquisa* Eles di)em que Fa)em, mas no Fundo Fu ndo saem inventando um monte de lorotas e todo mundo cai Feito um patinho* Ks poetas, por e
dele, entendeuY No seu caso diFerente, vocZ n#o est Fa)endo poesia e sim uma bio!raFia* N#o pode inventar a vida de uma pessoa que nasceu, Foi crian&a, cresceu, publicou livros, casou* VocZ tem que pesquisar, ver as datas, os nomes* 9em que ler todos os livros sobre ele, mas sem inventar* V l que vocZ invente nas suas memórias o que n#o aconteceu realmente, mas nas dos outros demais, Emília Emília viu que /ona enta estava danada com aquela história de escrever a vida do Lobato sem pesquisar e ent#o teve uma idia: - Est bom, a senhora !anhou, vai ter pesquisa, sim, mas só um pouquinho, e quem vai Fa)er o Visconde Visconde E saiu no maior assanhamento atrs do Visconde, dei
sei que sem essa H6I paraFernlia a senhora n#o tem condi&Oes con di&Oes de escrever, melhor que esque&amos tudo isso* - Esque&amos, uma pinóia Eu pensei que esse ítio tinha evoluído um pouquinho, ora bolas V l, quem n#o tem cavalo, monta no boi* Mas um dia eu ainda hei de conse!uir cons e!uir papel cor do cu, tinta cor do mar e pena de pato - resmun!ou Emília* K Visconde Visconde se preparou prepar ou para come&ar a escrever* 0 boneca andava de um lado para o outro, pensativa* ?inalmente come&ou a ditar: - Escreva aí, senhor Visconde, bem no alto da Folha: Eu e Lobato, o título, e o subtítulo : Memórias do autor, contadas pela sua mais Famosa persona!em, Emília, Marquesa de Rabicó* K Visconde Visconde escreveu tudinho* Emília co&ava a cabe&a, cabe& a, n#o sabia como come&ar* Resolveu colocar um subsubtítulo* K sabu!o achou aquilo estranhsimo e disse que nunca tinha ouvido Falar que al!um livro tivesse mais que um subtítulo* - VocZ n#o entende nada, seu sabu!o velho, cale a boca e escreva aí: 0qui vocZ vai saber como o autor teve a brilhante idia de criar a maravilhosa boneca Emília, e tambm vai ter um par!raFo sobre a Campanha do +etróleo, porque a /ona enta pediu* K sbio nobre escreveu tudo, mas achava que Emília estava enrolando demais* ?inalmente ela disse: - em, a!ora, escreva aí: +rimeiro capítulo* Emília co&ou a cabecinha e voltou a andar para l e para c* +rocurava um come&o e n#o encontrava* 0t que pediu arre!o para o sabu!o: - Visconde, n#o tenho a mínima idia de como come&ar* ] muito diFícil*** E se a !ente come&asse pelo FinalY 0ssim: *** e aí, Monteiro Lobato, o maior escritor para crian&as, morreu, e ponto Final* \ue talY - Mas, Marquesa, se no Final ele morre, o come&o só pode ser como todos os come&os: ele nascendo - E
mais problemas* - 0h Essa Foi boa, hein, ViscondeY 9em 9em mais dessas travessuras travess uras do LobatinhoY - "hhh*** 9em um bocado, Emília* K 8uca, quer di)er, o Lobatinho aprontava: HM^ I Certa tarde, /ona Klímpia recebeu visitas para um papinho e um lanchinho, e a coisa que Lobatinho mais odiava era visita chata* Vendo Vendo que Tenerosa, uma e<-escrava e ami!a da 8udite e da Ester, estava preparando um suco de abaca
muito !rande e tambm de ter Ficado impressionado com a vo)inha Fina que ele tinha* /e repente Emília se levantou da cadeira toda assanhada e abriu a torneirinha de asneiras, dei
pensa e ouve o que ele pensa tambm* E os dois .untos che!am a uma conclus#o* Emília n#o !ostou muito daquela idia de n#o poder ir mandando no Visconde* Esse ne!ócio de discutir n#o era com ela, dava muito trabalho* Era melhor ir dando ordens e pronto* Mas mesmo assim resolveu procurar o Visconde* Visconde* - Ve.a Ve.a l o que vocZ vai aprontar, Emília - +ode dei
imperador conse!uiu sair do quarto e Foi bater na porta do Visconde de 9remembeb: - ocorro ocorro ocorro enhor Visconde 0cuda 0cuda 0cuda 9em al!um querendo cortar a minha barba Lobatinho Fu!iu correndo antes que o av[ o visse e lhe desse uma surra* /om +edro, ainda trZmulo, contou a história pro Visconde, Visconde, que Ficou tiririca da vida: - Mas isso só pode ser coisa do meu neto Eu vou dar uma surra de chinelo naquele moleque Lobatinho n#o vai conse!uir sentar durante um mZs K Visconde Visconde de 9remembeb Foi tomar satisFa&Oes com Lobatinho, mas quando o viu dormindo Feito um an.o n#o entendeu nada, e at se arrependeu de ter pensado que o neto queria ter cortado a barba de /om +edro* 0chou que /om +edro que estava Ficando !a! e devia ter ima!inado tudo aquilo* \uando Foi Falar com o imperador, este . tinha se pirulitado da Fa)enda com toda a sua comitiva, com medo de que o danado do neto do Visconde tentasse mais uma ve) cortar sua linda e preciosa barba* K Visconde, apatetado com a capacidade que Emília tinha de inventar tanta boba!em, nem conse!uiu rea!ir* 0 _nica coisa que Fe) Foi di)er que n#o era W9remembebX e sim 9rememb* E claro que a nossa Marquesa n#o deu a mínima para aquela observao* H$@I Emília estava toda aFetada e resolveu que tinha que repousar um pouco* - Visconde, eu . trabalhei demais por ho.e* abe que esse ne!ócio de inventar cansaY 0cho que vou tirar uma soneca* E vocZ Fa&a al!uma coisa, heinY 8, . estou de volta* K sabu!o continuava apatetado, mas quando se viu so)inho retomou suas pesquisas e anota&Oes sobre a vida do Lobato* Ele . estava quase se conFormando com as inven&Oes da Emília* Mas era bom voltar G realidade lo!o, antes que a boneca retornasse com mais invencionices* /epois de um bom tempo de leitura e anota&Oes, o Visconde . havia escrito bastante* Emília, que tinha tirado sua soneca, voltou com o maior !s: - E aíY Como v#o minhas memóriasY 8 apareciY K Visconde Visconde estava muito chateado, chateado , ou melhor, indi!nado com um acontecimento acon tecimento marcante na vida do Lobato: - Emília, vocZ n#o sabe da maior - \ue que Foi, ViscondeY Conta lo!o - Lobatinho levou pau abe em que matriaY +ortu!uZs K pobre coitado l em #o +aulo, so)inho* 9inha saído de 9aubat Feito um herói para ir estudar na capital e aconteceu isso* ?oi reprovado in.ustamente, Emília* ?oi uma !rande decepo* - Visconde, n#o tem problema nenhum* ] só Fa)er como os poetas e tacar uma licen&a potica: Lobatinho passou com louvor em todas as matrias, inclusive inclus ive em portu!uZs, e pronto* - N#o sei n#o, Emília* +orque na verdade Foi uma in.usti&a com o pobre)inho* K que aconteceu Foi o se!uinte: HM^ I 0os tre)e anos Foi so)inho para #o +aulo prestar e
H$4I Foi reprovado na oral de portu!uZs* 9odos achavam que aquilo só podia ser um en!ano terrível* Na verdade, Foi uma !rande in.usti&a* Lobatinho voltou para 9aubat disposto a se !rudar nos livros* 9eve aulas particulares, estudou, estudou, e no ano se!uinte, =46, passou com plenamente em tudo - 0h Ele deve ter Feito uma careta enorme para aqueles proFessores que tinham reprovado ele antes* - ]* /eve ter sentido um alívio, uma ale!ria quando passou*** ó que em #o +aulo come&aram os tempos diFíceis* ?oi o Fim da inFncia do menino 8uca Lobatinho* 0 poca de estudante em #o +aulo tambm Foi a poca de tornar-se adulto: seu pai e sua m#e Faleceram, e a!ora seu av[ era quem mandava nele e nas irm#s* K mundo tinha virado, ele pensava* 5ma triste)a* - 0í, para Ficar bem ale!rinho, ele resolveu ser autor de livros pra crian&as e escreveu os livros do ítio do +ica-+au, n#o FoiY - N#o, Emília, ainda n#o* 0lis, bom a !ente Falar disso: HM^ I 0 escrita, como a leitura, sempre Fe) parte da vida de Lobatinho, que, quando estudante, costumava colaborar em .ornais escolares* 0inda em 9aubat, ele Fe) um chamado DK* Era totalmente diFerente: uma p!ina só e escrito G m#o K mesmo .ornal era lido por todos os cole!as ^AJDK representao de: índice $ K^A - Eu n#o quero saber de porcaria de .ornal nenhum, Visconde E ainda mais de um t#o pequeno, um e
- 0 do suco a)edo de lim#o da Tenerosa est !anhando disparado* Emília só Falou aquilo para ata)anar a vida do sabu!o* No Fundo, tinha !ostado de saber das travessuras literrias do Lobatinho* K Visconde continuou, meio desanimado, a sua leitura: HM^ I Lobato passou a adolescZncia estudando muito em #o +aulo e passando as Frias na Fa)enda* Escrevia e lia bastante* \ueria ser escritor, pintor, enFim, um artista* Na hora da escolha da carreira, seu dese.o Foi vetado pelo av[* Naquela poca os .ovens de Família nobre tinham que cursar a ?aculdade de /ireito* E Lobato n#o teve como enFrentar o av[* Em =6'', entrou na ?aculdade do lar!o #o ?rancisco* 0í estudou !ente muito Famosa, como Rui arbosa e Castro 0lves* 0 verdade que Lobato pouco se interessava in teressava por leis e Foi um aluno mdio do curso* Mas Fe) !randes ami)ades, entre elas, Ricardo Ton&alves, 0lbino Camar!o, Cndido Medeiros, H3'I Raul de ?reitas, 9ito Lívio rasil e TodoFredo Ran!el, com quem se correspondeu durante quarenta anos* - Ele Ficou escrevendo cartas durante quarenta anos pra esse TordoalFredoY 0posto que Lobato achava que esse TordoalFredo cheirava muito mal, por isso inventou de Ficar escrevendo cartas pra ele - TodoFredo, Emília E eles se corresponderam durante quarenta anos porque cada um morava numa cidade, e eram muito ami!os* - E vocZ acha que al!um est interessado nesse TordoalFredo, ViscondeY Nin!um est dando a mínima pras cartas que o Lobato escreveu ou dei
- MinareteY \ue que issoY - Minarete uma torre pequena* E Lobato e seus ami!os literatos Foram morar num sobradinho que parecia um minarete* - E o que eles Fa)iam da vidaY - ?a)iam muitas coisas: HM^ I Lobato e seus ami!os discutiam sobre literatura, FilosoFia, política, tudo, enFim* Eram rapa)es que queriam mudar o mundo* Eles eram 8ovens como o sculo QQ, que estava come&ando, cheio H3$I de aventuras, de novidadesD era muita mudan&a para aqueles rapa)es* 0chavam que o velho mundo estava todo errado e eles que iriam consertar* 0ndavam pelas ruas de #o +aulo sonhando com a Fama* Naquele tempo #o +aulo era bem menor* 9inha tre)entos mil habitantes, trinta ve)es menos que ho.e* K bonde eltrico estava sur!indo, os primeiros automóveis apareciam, o cinema era uma !rande novidade* N#o tinha nada a ver com a cidade de ho.e, mas o estado . era o mais rico* 0queles .ovens só queriam saber da rua, dos teatros, dos caFs e das discussOes* E por isso toda noite iam Fa)er o 9rin!ulo* - \ue história essa de Fa)er o trin!uloY Eles Foram estudar !eometria, por acasoY - ?a)er o 9rin!ulo era uma e
bom-dia, muito pra)er* 9inha at um Fiscal que Gs ve)es denunciava: K Fulustreco Falou: Estimo muito conhecZ-lo* 0í o Fulustreco tinha que pa!ar uma rodada de cerve.a, porque tinha Falado um lu!ar-comum* - Mas esse lema meu Eu sempre disse que esse ne!ócio de por Favor, com licen&a, pois n#o era uma perda de tempo /ona enta e Nari)inho que vivem Falando essas asneirices* - N#o s#o asneirices, s#o um sinal de educao, Emília* e as pessoas n#o se tratarem com educao n#o h dilo!o, n#o h convivZncia, amor, ami)ade* - +ra mim isso uma !rande baboseira* 9udo bem quando vocZ !osta de uma pessoa tratar bem, mas quando n#o !osta, Ficar Falando F alando obri!ada, bom-dia, H37I como vaiY uma hipocrisia Eu bem que queria Fa)er parte desse !rupo WCentauroX* - K nome Cenculo, Emília* Cenculo um !rupo de pessoas com as mesmas idias* - WCentauro Centauro CentauroX E vamos lembrando, senhor Visconde, que as memórias do Lobato s#o minhas, por isso v anotando um novo capítulo que acabei de inventar* K Visconde notou que Emília ia abrir a torneirinha de asneiras de novo* Levantou os olhos e se resi!nou a escrever* Emília botou as m#os na cintura e come&ou a ditar: HM^ I WLobato e seus ami!os da turma do Centauro depois do .antar Foram Fa)er o Losan!oW* - Era o 9rin!ulo que eles Fa)iam* - \uieto, Visconde VocZ est tirando a minha concentrao* Nesse capítulo Fica sendo WLosan!oX, que uma palavra mais en!ra&ada que trin!uloD alis, todo mundo Fala do trin!ulo, do retn!ulo, mas nin!um nunca lembra do coitado do losan!o* K Visconde Visconde achou que Emília estava Ficando maluca* 0!ora a boneca FilosoFavaY H31I - Ent#o, como eu ia di)endo, Lobato e seus ami!os Foram Fa)er o WLosan!oX* Nessa noite a turma estava encapetada, e alm de n#o poderem Falar lu!ares-comuns tambm resolveram Fa)er m-cria&Oes horrorosas com as pessoas que passavam* "mplicavam com todo mundo, n#o perdoavam nin!um: - Klha, Lobato - disse o TordoalFredo* - 0quela dona com aquele chapu +arece uma perua N#o deu outra: os rapa)es do Centauro Centaur o Foram atrs da dona imitando peru: - Tlu-!lu-!lu-!lu* 0 dona n#o !ostou nada daquela brincadeira e Foi chamar um !uarda* \uando eles viram que ia ter encrenca, Fu!iram correndo e entraram numa conFeitaria entupida de !ente* Lobato e o TordoalFredo se meteram no meio da orquestra e se Fin!iram de m_sicos* K maestro n#o entendeu nada, mas depois pensou que eles eram os novos cantores contratados, e pediu pra eles cantarem* +ra n#o chamar a ateno da dona perua e do !uarda, que tinham acabado de che!ar G conFeitaria, come&aram a cantar bem bai
0 dona perua pediu desculpas, mas o maestro n#o quis nem saber: pe!ou um violino e .o!ou na cabe&a dela* Lobato e TordoalFredo TordoalFr edo saíram H3I de Fininho antes que sobrasse pra eles* /epois, Foram pra outra conFeitaria, Gs !ar!alhadas, lembrando da cara do maestro e da dona perua* - \ue tal, ViscondeY Essa Foi boa, heinY - 0cho que a Marquesa anda vendo muita comdia-pastel#o* - Eu acho que est ótimo* ?oi melhor que a história do suco a)edo* K Visconde Fe) uma cara de /eus, dai-me paciZncia e, antes que come&asse mais uma bri!a entre dois, resolveu continuar a sua s ua leitura: HM^ I Ks rapa)es do Cenculo, alm de beber, declamar poesias at de madru!ada pelas ruas, discutir nos bares, só sonhavam em escrever* 0t que um dia seus sonhos Foram reali)ados, como que por encanto* - N#o me di!a que a Fada-madrinha da Cinderela apareceu l e Fe) uma m!ica* - \uase isso, Emília* K que aconteceu Foi o se!uinte: HM^ I 5m ami!o do Lobato, en.amim +inheiro, Foi morar no interior paulista, em +indamonhan!aba* - \ue isso, Visconde, a!ora deu pra Falar palavr#oY - +indamonhan!aba ou, para Facilitar, +inda, uma cidade do interior do estado de #o +aulo, Emília* ?ica perto de 9aubat* Mas como eu ia di)endo: di)endo : HM^ I +inheiro resolveu se candidatar a preFeito da cidade, e para isso, alm de dinheiro, precisava de um .ornal* - 8 sei E aí a turma do Lobato inteira se mudou pra W+inda!oiabadaXY H3@I - +indamonhan!aba, Emília* N#o, eles n#o se mudaram coisa nenhuma* Eles escreviam tudo em #o +aulo e mandavam para l pelo correio* - Mas como que al!um Fa) um .ornal de uma cidade morando noutra cidadeY - +ois , Emília, e era um .ornal em que vocZ adoraria trabalhar* HM^ I K .ornal chamava-se WMinareteX e servia só para atacar o preFeito, assim a oposio venceria as elei&Oes se!uintes* en.amim +inheiro mandava a pauta, isto , os temas que eles tinham que abordar, sempre criticando o !overno, para #o +aulo, e pedia que Falassem mal do preFeito por causa da !rama nas ruas, que n#o estavam capinadas, ou porque a carne estava muito cara, e os rapa)es arrasavam com o su.eito sem dó nem piedade*