MATRIZES PROGRESSIVAS COLORIDAS DE RAVEN Autor : John Carlyle Raven Padronização Brasileira: Arrigo Leonardo Angelini ; Irai Cristina Boccato Alves; Eda
Marconi Custódio; Walkíria Fonseca Duarte; José Luciano Miranda Duarte. Origem e Data de Publicação : Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia -
CETEPP – 1999 1999 (1ª publicação no Brasil em 1988) 1988)
Desenvolvido na Grã Bretanha em 1947 e revisado em 1956
População: crianças de 5 a 11 anos, pessoas com algum comprometimento intelectual e
idosos
Pode ser utilizada em pessoas com dificuldade na língua nacional, portadores de deficiências físicas, paralisia cerebral, surdez....
Forma de Aplicação: Individual ou coletiva ( Instruções para aplicação na pag.123 a 128)
Aplicação, Folha de Resposta, Resposta, Crivo de Avaliação e cartazes cartazes Material: Manual, Caderno de Aplicação, para aplicação coletiva. Matrizes Progressivas de Raven:
Teste de inteligência não verbal que objetiva avaliar o desenvolvimento intelectual da criança.
Teste de inteligência proposto para avaliar o fator “g” de Charles Spearman (1904, 1927), o qual considera que todas as atividades intelectuais compartilham um único único fator comum (fator (fator g) e fatores específico específicoss (fatores s) a atividade atividade sendo desenvolvida. Spearman (1923, 1927) identifica dois componentes de G a capacidade edutiva e a capacidade reprodutiva.
Capacidade edutiva: capacidade de extrair um significado de uma situação confusa, confusa, de desenvol desenvolver ver novas novas compreensõ compreensões; es; de ir além do que é dado para perceber o que não é imediatamente óbvio, de estabelecer construtos (em (em gran grande de part parte e não não verb verbai ais) s),, que que
faci facililita tam m lida lidarr com com prob proble lema mass
complexos, envolvendo muitas varáveis mutuamente dependentes.
Capacidade reprodutiva: inclui o domínio, a lembrança e a reprodução de materiais (em grande parte verbais), que constituem uma base cultural de conhecimentos explícitos, normalmente verbalizados.
Spearman (1927) considera que as capacidades edutiva e reprodutiva interagem no sent sentid ido o de que que a perc percep epçã ção o e o pens pensam amen ento to são, são, de um modo modo gera geral,l, dependentes de construtos adquiridos e a capacidade de absorver informações Avaliação Psicológica II – Profª Patrícia Ito
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depende muitas vezes da capacidade de extrair um significado de trechos de um discurso confuso. Inteligência geral: requer a capacidade de compreender novas situações e a capacidade de lembrar informações relevantes, requer também qualidades tais como julgamento e um acúmulo de informações especializadas (Spearman).
Matrizes Progressivas Coloridas de Raven :
Ao realizar o teste a criança faz uso de sua capacidade edutiva
Avaliam a capacidade de desenvolver construtos de nível superior, que tornam mais fácil pensar sobre situações e eventos complexos. Capacidade de buscar e analisar evidências.
Instrumento de triagem utilizado para identificar crianças com déficit e superdotados.
Usada como um dos critérios alternativos para o ingresso em programas de educação de superdotados, ao lado de outros aspectos tais como aproveitamento acadêmico, desempenho musical, capacidade atlética, talento artístico, potencial para liderança.....
Material utilizado no teste fornece resultados que são pouco contaminados pela variação interpessoal e grupal, símbolos não contém significados culturais.
Criança é capaz de fazer comparações e raciocinar por analogia? Analogia = identificar pontos de semelhanças entre coisa diferentes. Criança deve analisar as informações para descobrir regularidades, inferindo regras gerais e depois aplica-las na produção de idéias análogas.
Oferece indicadores se a criança é capaz ou não de fazer comparações e raciocinar por analogia e se não for, indica em que extensão uma criança, quando comparada com outras, é capaz de organizar percepções espaciais em todos sistematicamente relacionados
Influência do ambiente e hereditariedade sobre o desempenho no teste Matrizes Progressivas de Raven:
Capacidade da criança em lidar com os problemas proposto no teste depende necessariamente da familiaridade com pontos, triângulos e linhas e também da importância dada a persistir e pensar a respeito de desenhos abstratos.
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Melhorias na nutrição, prosperidade e higiene contribuíram para aumentos na pontuação obtida no testes de matrizes ao longo da décadas; resultados dos grupos socioeconômico baixo são os que mais aumentaram
Valores, motivação e competências da pessoa examinada (aspectos hereditários) também vão influenciar no desempenho do teste
Fadiga, falta de saúde e tensões podem afetar os escores obtidos no teste.
A capacidade edutiva, envolvida na resolução dos problemas propostos pelo teste, pode ser estimulada pelos pais: pais que compartilham com os filhos como resolver problemas, compreender situações difíceis estão desenvolvendo a capacidade edutiva da criança. Descrição Matrizes Progressivas Coloridas de Raven
36 problemas divididos em três séries – A, Ab,B nos quais a criança deve considerar semelhanças,
diferenças,
identidade,
orientação,
subtração
e
adição
de
características....
Série A: sucesso depende da capacidade da criança em completar padrões contínuos que, próximo ao final da série mudam primeiro em uma direção e depois em duas direções ao mesmo tempo
Série Ab: sucesso depende da capacidade da criança em perceber figuras discretas como um todo relacionado espacialmente e de escolher figuras que completam o desenho
Série B : contém problemas de analogia para verificar se a criança é capaz ou não de raciocinar daquela maneira
Seqüência em que os problemas são apresentados nas séries desenvolve gradualmente o campo apropriado de pensamento e, neste sentido, fornece um treinamento no método de trabalho. As três séries em conjunto estão organizadas para abranger todos os processos de raciocínio perceptivo que as crianças até 12 anos são comumente capazes.
Desenvolvimento mental e respostas aos problemas do teste (pp 73 a 76)
Crianças de 5 anos: criança fica satisfeita se sua opção de resposta completa totalmente o desenho em apenas uma direção. Mais tarde a criança começa a escolher um pedaço que completa o desenho em duas direções simultaneamente
Crianças de 6 anos: a criança pode muitas vezes selecionar uma figura que completa o modelo corretamente mesmo quando, como no item A8, a figura a ser selecionada
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(nº 2) é diferente de qualquer parte do desenho a ser completado. É neste estágio de desenvolvimento mental que independente da idade, uma criança “pouco inteligente” começa a errar.São feitos esforços para repetir parte do desenho já dado e adotar este método de trabalho como rotineiro.
Crianças de 7 anos: é comumente capaz de conceber figuras discretas (como as apresentadas na série Ab) como todos relacionados espacialmente, mas aparentemente encontra dificuldade para analisa-las em seus componentes. Quando falha ao resolver um problema na série Ab, se ela não selecionar um pedaço que repete as três partes do desenho, freqüentemente escolherá um que mostra o desenho inteiro, incluindo a parte dada como a parte requerida (Exemplo: no item Ab4 escolherá o nº 2)
Crianças de 8 anos: geralmente pode resolver muitos dos problemas da série Ab sem dificuldade. A dificuldade surge principalmente ao resolver os problemas próximos ao fim da Série B. Itens introdutórios da série parecem não ajudar a criança a resolver estes problemas, ela geralmente repete uma ou outra das figuras já dadas na matriz e pode adotar este método de trabalho como apropriado (Exemplo Item B8 – escolha do nº 4 ou 5).
Crianças de 9 anos: conseguem trabalhar satisfatoriamente bem sozinhas, oferecem uma amostra mais consistente e precisa de seu trabalho mental.
Crianças de 10 anos em diante: Séries A, Ab e B juntas mostram se a capacidade de raciocinar por analogia se desenvolveu ou não.
Pessoas com deficiência intelectual leve: incapaz de resolver os problemas mais difíceis da série B.
Pessoas com deficiência intelectual moderada: falha em resolver os problemas da série Ab
Pessoas com deficiência intelectual severa: apresenta dificuldades nos itens da série A – itens em que a figura a ser acrescentada ao modelo não tenha sido mostrada pelo menos uma vez no modelo a ser completado e encontra dificuldades nos padrões contínuos se tem que considerar linhas dispostas em duas direções simultaneamente (item A7).
Avaliação e interpretação dos resultados:
1. Utilizar o crivo de correção – computar 1 ponto para cada acerto. 2. Obter somatórias parciais de cada série (A, Ab. B) 3.
Obter a Pontuação Total ( Σ A + Σ Ab + ΣB)
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4. Verificar a consistência da pontuação: subtrair os totais parciais obtidos em cada série dos totais parciais esperados (consultar tabela XXIII – pp. 131). Observação: a soma algébrica das três diferenças obtidas deve ser igual a zero, caso contrário o teste não é considerado uma estimativa válida da capacidade intelectual do examinando. 5. Obter o Percentil (Tabelas XXIV a XXVI; pp. 132 a 134). 6. Interpretar o Percentil: consultar pp 131 7. Realizar a análise dos erros cometidos (tabelas XVIII a XX; pp 112 a 113 e a análise das escolhas das alternativas erradas pp. 114 a 120); Tabelas (I, II e III pp 51 a 53) Análise de erros: tipo de erro cometido pode indicar onde a pessoa está errando e, até certo ponto, porquê. Exemplo de Análise dos resultados do teste pp. 135 a 137 Normas: 1908 crianças de 5 a 11,5 anos, do sexo feminino e masculino, alunos de escolas
públicas e particulares.
Considerando a idade da criança existe um aumento progressivo das médias com a idade (tabela XI e figura 16, pp. 95 e 96).
Alunos de escolas particulares obtiveram médias sempre maiores do que os das escolas públicas (tabela XIV, pp. 99)
Dados Psicométricos - Brasil
Análise de itens – dificuldade dos itens Precisão – método das metades correlação entre itens pares e impares Validade – diferenciação dos resultados quanto à idade dos s ujeitos.
Observação: Material de apoio elaborado pela Profª Patrícia Ito a partir do Manual do teste Matrizes Progressivas Coloridas de Raven editado pelo Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia, 1999. Avaliação Psicológica II – Profª Patrícia Ito
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