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A palavra “anjo” vem do hebraico mal ´ āch e do grego ángelos e significa “mensageiro”.
São seres espirituais que Deus criou acima da humanidade, alguns dos quais permanecem obedientes a Ele e realizam a Sua vontade, enquanto outros desobedeceram, perderam sua condição santa e agora se opõem à Sua obra.
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Com exceção dos saduceus (At 23.8), a maioria das pessoas crê na existência e no serviço dos anjos. Muitos falam de um relacionamento entre os anjos e as pessoas em um nível pessoal. É na Bíblia, porém, que devemos procurar informações para entender o relacionamento entre o cristão e os anjos.
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Anjos e os homens foram criados por Deus (Gn 1.27; Cl 1.16). Os anjos foram criados primeiro (Jó 38.4-7). Eles são superiores aos homens (Sl 8.4,6; Hb 2.6,7; 2 Pe 2.11). Deus não deu aos homens uma comunicação direta com os anjos, nem consciência da presença deles. Os anjos, porém, observam os homens (1 Tm 3.16; Lc 12.8,9; Ap 14.10,11) e atuam no universo e na vida dos homens. Os crentes, por sua vez, julgarão os anjos (1 Co 6.3).
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No AT, os anjos são chamados “filhos de Deus”, enquanto os homens são chamados “servos de Deus”. No NT os crentes sendo chamados “filhos de Deus” e os anjos, Seus servos.
Apesar de serem espíritos e, portanto, invisíveis, os anjos por vezes se tornam visíveis (Gn 19.1-22; Mc 16.5; Lc 24.4-6; At 5.19,20; 12.7). Muitas vezes estão presentes e não são percebidos (Nm 22.21-35) e outras vezes são vistos, mas não identificados como anjos (Hb 13.2).
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Os anjos, como os homens, adoram a Deus (Ne 9.6; Lc 2.13,14; Sl 148.2; Is 6.1-3; Ap 7.11), mas não devem ser adorados (Ap 19.10; 22.8,9). A Bíblia condena o culto aos anjos (Cl 2.18), pois somente Deus é digno de adoração e culto.
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Eles os protegem do perigo (Sl 91.11,12; Gn 19.15,16); Eles os livram de inimigos e infortúnios (Sl 34.7; 91.11,12; 2 Rs 6.15-17; Dn 6.22; At 5.19,20; 12.11); Eles os encorajam nas provações (1 Rs 19.5; Gn 28.12,13; 32.1,2; At 27.22-24); Eles dão orientações da parte de Deus (Mt 1.20; Lc 1.13; At 8.26; At 10.3-6); Eles ministram aos salvos (Hb 1.14).
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Algumas pessoas acreditam que cada indivíduo (ou cada cristão) tem um anjo designado para protegê-lo de forma ininterrupta, o seu “anjo da guarda”.
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Jesus menciona uma atividade angélica relacionada aos homens (Mt 18.10).
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O Mestre fala do cuidado vigilante de Deus pelos "pequeninos”, através destes seres
celestiais. •
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O termo "pequeninos" pode ser tomado literalmente (crianças) ou figuradamente (os discípulos). Talvez a última possibilidade deva ser a preferida, já que Jesus usa regularmente "pequeninos" para se referir aos seus discípulos (Mt 10.42; 18.6; Mc 9.42; Lc 17.2).
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Os judeus criam que cada pessoa tem seu próprio "anjo da guarda". Fazia parte desta crença que o anjo "guardião" poderia tomar a forma do seu protegido (At 12.15). Não passava de uma superstição. Jesus está ensinando que Deus envia seus anjos para assistir aos "pequeninos", e que, portanto, nós não devemos desprezar estes.
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Estes anjos estão no céu, vendo a face de Deus e não ao redor das pessoas. Eles aguardam as ordens divinas para servir aos crentes. Esse ministério angélico para com os "pequeninos" faz parte do cuidado geral que os anjos desempenham, pelo povo de Deus (SI 91.11; Hb 1.14; Lc 16.22). No caso de Pedro, vemos que o anjo que o livrou da prisão o deixou logo que chegaram à rua (At 12.10).
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Os anjos são enviados por Deus para realizar uma missão. Se as pessoas tivessem anjos especificamente designados para servi-los não seria necessário enviar, pois o próprio guardião poderia entregar a mensagem ou realizar a missão. Quando o salmista afirma que “o anjo do
Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34.7) está dizendo que ele está
sempre pronto a agir e representa o cuidado permanente de Deus.
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Não há texto na Bíblia que mostre que um anjo tenha um encargo pessoal de um cristão. Suas intervenções são ocasionais, de acordo com a providência divina. Eles não são intermediários entre Deus e os homens (1 Tm 2.5).
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Os anjos que desobedeceram a Deus e caíram ainda são chamados “anjos” (Ap 12.7,9).
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Eles são classificados como espíritos imundos e chamados demônios (Ap 18.2; 16.14). São identificados com a idolatria (Ap 9.20; Lv 17.7; Dt 32.17; Sl 106.37; 1 Co 10.20) e com a mentira (Jo 8.44). Eles se opõem à obra de Deus e batalham contra os seus santos (Ap 2.10; 12.10; Zc 3.1; 1 Ts 2.18). Eles creem em Deus e, mesmo sendo inimigos, o adoram (Mc 5.2,6,7; Lc 4.41; Mc 1.24).
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Satanás e seus anjos (Mt 25.41) vivem em constante atividade para destruir a obra de Deus (Lc 22.31; 1 Ts 2.18). São, por isso, chamados de inimigos (Mt 13.25,39; Lc 10.19) de Deus e dos homens. Sendo inimigos, enquanto os homens viverem nesta terra serão tentados por eles. Porém, seu poder é limitado, não podendo fazer nada além daquilo que Deus permite.
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Devemos considerar que os anjos, bons e maus, são seres reais que exercem atividades em relação aos homens. A revelação da Bíblia acerca deles é periférica, pois a mensagem central é sobre Deus. Não devemos nos relacionar com os seres angelicais, mas com o seu Criador. A nossa segurança não está em saber que os anjos estão conosco, mas que Cristo habita em nós e nunca nos deixará (Jo 14.23; Mt 28.20; Hb 13.5).